apostila portugues correios

Upload: gabriela-ayres

Post on 14-Jul-2015

230 views

Category:

Documents


6 download

TRANSCRIPT

APOSTILA PORTUGUES CORREIOS INTERPRETAO DE TEXTOS ORIENTAO PARA AS QUESTES DE TEXTO 1. Ler duas vezes o texto. A primeira para ter noo do assunto, a segunda para prestar ateno s partes. Lembrar-se de que cada pargrafo desenvolve uma idia. 2. Ler duas vezes o comando da questo, para saber realmente o que se pede. 3. Ler duas vezes cada alternativa para eliminar o que absurdo. Geralmente um tero das afirmativas o so. 4. Se o comando pede a idia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no ltimo pargrafo - introduo ou concluso. 5. Se o comando busca argumentao, deve localizarse nos pargrafos intermedirios desenvolvimento. 6. Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observaes margem do texto. CORRESPONDNCIAS: CORRESPONDNCIA FORMAL Possui uma linguagem tcnica, pois precisa ser rpida e exata para poupar tempo. So elas: a) Bancria: a correspondncia ligada a assuntos bancrios. b) Comercial: quando ela se ocupa com qualquer transao comercial ou industrial. c) Oficial: aquela enviada por rgos de servio pblico para se manterem relaes de servio de administrao pblica, civil ou militar de fundaes ou associaes. So redaes tcnicas de documentos que esto a servio do comrcio, indstria e dos rgos oficiais e possuem uma linguagem prpria, padronizada, funcional e objetiva. Queremos levar at voc, prezado aluno, esse tipo de comunicao. Apresentamos aqui alguns conceitos, normas e sugestes ora com a inteno de ensinar a redigir, ora com a simples inteno de informar. No pretendemos ser rgidos, mas apenas orientar o interessado.

Sugerimos, no final deste Caderno, em sua bibliografia, algumas obras para quem deseja aperfeioar-se. Procure-as na biblioteca da sua escola, em bibliotecas pblicas ou em boas livrarias. Alm da correspondncia formal, apresentaremos tambm o modo correto de preenchimento de alguns documentos mais usuais que fazem parte do nosso dia-a-dia. Para iniciar, importante lembrarmos os tipos de correspondncias existentes: Qualidades Bsicas da Redao Tcnica Apresentao dos papis usados na correspondncia CORREO: evite os erros gramaticais, as grias e a linguagem complicada. Consulte um dicionrio e/ou uma boa gramtica sempre que tiver dvidas. OBJETIVIDADE e IMPESSOALIDADE: use somente as palavras necessrias ao perfeito entendimento da mensagem. Cada frase deve ter sua presena justificada. Evite as palavras vazias e as bajulaes. O objetivo expressar e no impressionar. PRECISO: cuidado com o uso de sinnimos. Na redao tcnica, as palavras geralmente tm um significado diferenciador. Sua troca pode trazer outro entendimento. CLAREZA: faa perodos curtos e diretos. Procure se expressar de uma forma que no deixe dvidas na interpretao. HARMONIA: evite o emprego de cacofonias ( Ex.: "la tinha" - "latinha"), de palavras rimadas ou ecos (repetio sucessiva de finais idnticos). So falhas desagradveis que se percebe lendo o texto em voz alta. POLIDEZ: faa uma redao simples e respeitosa, sem intimidades ou ironias. Evite palavras agressivas e sem cordialidade. At as censuras so feitas com elevao, sem insultos. importante lembrar que qualquer correspondncia sigilosa e a discrio, ou seja, os comentrios desnecessrios, dentro ou fora do servio, devem ser evitados. Alm de uma redao bem feita e de uma datilografia ou digitao cuidadosa, procure, ao escrever, distribuir o texto de forma agradvel visualmente. importante que voc verifique, num bom livro de Correspondncia Comercial e Oficial, a forma correta para o registro final de seu texto, de acordo com as normas de leitura dos diversos documentos oficiais ou comerciais.

PARTE III: REDAO OFICIAL

1. CARACTERSTICAS ESSENCIAIS DA REDAO OFICIAL Na Redao Oficial, quem comunica sempre o Servio Pblico. O que se comunica sempre algum assunto relativo s atribuies do rgo que comunica. O destinatrio dessa comunicao o pblico, o conjunto dos cidados ou outro rgo Pblico, do Executivo ou dos outros Poderes. A Redao Oficial deve caracterizar-se pela correo, clareza, conciso, harmonia, originalidade e vigor. a) CORREO Os textos oficiais, por seu carter impessoal, por sua finalidade de informar com o mximo de clareza e conciso, requerem o uso do padro culto da lngua. H concenso de que o padro culto aquele em que a) se observam as regras da gramtica formal; e b) se empregam vocabulrio comum ao conjunto dos usurios do idioma. importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padro culto na redao oficial decorre do fato de que ele est acima das diferenas lexicais e morfolgicas ou sintticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingsticas, permitindo, por essa razo, que se atinja a pretendida compreenso por todos os cidados. Nada to prejudicial s comunicaes escritas como sintaxe deficiente ou erro de ortografia. Da a necessidade de dominar as regras gramaticais bsicas. Devem ser evitadas construes como: Fazem dez dias que encaminhamos os documentos. Vossa Excelncia podeis dispor sempre de seus auxiliares. Estamos, desde ontem, ao par dos acontecimentos. Esta medida implica na reduo de gastos. b) CONCISO Conciso o texto que consegue transmitir um mximo de informaes com um mnimo de palavras. A conciso no significa que se deve escrever pouco, mas simplesmente o necessrio. V, tambm, direto ao assunto; evite rodeios. Observe: Temos o imenso prazer de comunicar o recebimento, nesta data, de sua prezada carta de cinco do ms em curso e... Podemos dizer a mesma coisa, com grande economia de palavras, de papel e de tempo se escrevermos:

Recebemos sua carta de 5 do corrente... Por intermdio da presente, estamos levando ao conhecimento de Vossa Senhoria que, nesta data, enviamos o material que consta do seu pedido de nmero 15, de 10 de novembro prximo findo. Podemos simplesmente dizer: Enviamos o material do seu pedido n. 15, de 10 de novembro. Devemos evitar o uso de circunlquios (frases comumente empregadas e equivalentes a uma s palavra) e tautologias (dizer o mesmo duas vezes, com palavras diferentes): em vista das circunstncias mencionada = portanto realizar a verificao = verificar superpostos uns sobre os outros = superpostos

c) CLAREZA Significa expor o pensamento de forma que no haja interpretao dupla (ambigidade ou obscuridade) ou um esforo mental para se entender o que o redator procurou dizer. Muitas vezes, o que claro para o emissor no o para o receptor. Para evitar a ambigidade recomendaes: ou obscuridade, devemos observar algumas

No empregar o pronome relativo QUE quando houver mais de um antecedente a que possa referir-se: Demitiu o auxiliar do meu gerente que muito ineficiente. (Quem ineficiente?) O emprego dos pronomes possessivos seu(s) e sua(s) pode acarretar ambigidade frase quando eles se referirem a mais de uma pessoa: A assinatura do delegado, senhor diretor, aparece no seu despacho. (Despacho do delegado ou do diretor?)a)

HARMONIA

Ajustamento eufnico (boa sonoridade) das palavras na frase e das frases no conjunto. No agradvel ao ouvido a desafinao desta frase: A apurao da eleio no causou reao na populao.

e) ORIGINALIDADE Ser original significa deixar de lado os chaves e os lugares-comuns; criar expresses e estilos prprios. Veja: *0 Por intermdio desta, solicitamos... *1 Sirvo me deste ofcio para... *2 Sem mais para o presente, apresentamos... f) VIGOR a energia de expresso dos aspectos, episdios ou concepes. Encontra-se vigor quando se foge ao vago, ao indefinido. Portanto, deve-se evitar o abuso de artigos e pronomes indefinidos, substantivos abstratos, verbos no infinitivo impessoal. Veja a falta de vigor deste trecho: A pesquisa demonstrou que um homem comum ouve muito e gasta muitas horas do dia ouvindo. Quando ele quer se comunicar com algum, ele no usa apenas a linguagem, usa de outros meios. (A pesquisa. Que pesquisa? Que se entende por homem comum? Ouve muito. O qu? De qu? De quem? Gasta muitas horas do dia. Quantas? Comunicar com algum. Comunicar o qu? Usa de outros meios? Que meios?) D a sua correspondncia um clima POSITIVO. Nunca a inicie por Infelizmente, Lamentamos, etc. Saiba negar uma solicitao de maneira atenuada e cordial. Tudo questo de modo de dizer. Assim, em vez de dizer: Infelizmente no podemos atender ao pedido..., diga: Gostaramos, sinceramente, de atender sua solicitao, porm...

Introduo e fechos Vimos, por intermdio do presente, levar ao conhecimento de Vossa Senhora que... ou Este tem por finalidade levar ao conhecimento de Vossa Senhoria que... Vimos por intermdio do presente e Este tem por finalidade so expresses que nada acrescentam mensagem; so, portanto, inteiramente desnecessrias.

Esses tipos de Introduo podem ser substitudos por Comunicamos que..., Encaminhamos..., pois uma das caractersticas da Redao Oficial a conciso, mencionando somente as palavras essenciais.

Tambm no se deve abusar de palavras como honra, satisfao, prazer e gentileza, pois no h satisfao, prazer ou gentileza em solicitar a algum algo que vai custar-lhe horas de trabalho. Do mesmo modo, no h nenhuma honra em comunicar a algum uma ocorrncia rotineira da atividade administrativa, ainda pior quando uma correspondncia iniciada por honra, prazer, etc. portadora de notcias desagradveis ao destinatrio.

O ato de redigir deve ser levado a srio, conscientemente, no repetindo maquinalmente frases feitas, chaves que no dizem nada. Melhor entrar direto no assunto. Os longos e tradicionais fechos de cortesia consomem duas ou mais linhas de papel, representando desperdcio de material e de tempo, e revelam a tradio e o arcasmo de grande parte dos ofcios que se expedem nos diversos rgos pblicos. raro ver um ofcio sem os costumeiros protestos de estima e apreo ou protestos de elevada estima e distinta considerao. Estima e apreo so sinnimos, razo pela qual no se justifica o seu emprego cumulativo. Os tradicionais Sem mais para o momento e Sendo o que tnhamos a informar so inteiramente desnecessrios e esto sendo banidos mesmo na correspondncia empresarial, donde provieram. Melhor substituir esses fechos por outros corteses. O Manual de Redao da Presidncia da Repblica estabelece somente o emprego de dois fechos para todas as modalidades de comunicao oficial: a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repblica: Respeitosamente; b) para autoridades da mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente,

2 MODELOS DE TEXTOS OFICIAIS Os modelos aqui apresentados devem servir apenas como uma orientao. Torna-se necessrio consultar os procedimentos adotados pelo rgo sobre Redao Oficial.1) ATA

o registro dos fatos ocorridos em reunies. Deve ser um relato claro, direto, preciso. No cabem na ata divagaes e floreios. Os assuntos devem ser registrados na ordem que surgirem na reunio. A ATA deve conter: a) CABEALHO - Ata n ... - Ttulo - natureza da reunio. (Do ttulo para a abertura, saltam-se dois espaos) b) ABERTURA - Dia, ms, ano e hora da reunio, por extenso. - Lugar de reunio - Nome do presidente da reunio e informao de quem vai secretari-lo.c) RELAO NOMINAL das pessoas presentes reunio. d) APROVAO da ata anterior. e) DESENVOLVIMENTO - registro dos fatos ocorridos.

f) FECHO Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente declarou encerrada a

reunio. Para constar, eu, Fulano de Tal, servindo de secretrio, lavrei a presente ata, que, depois de lida e aprovada, ser assinada por mim e demais pessoas presentes. Notas: 1- Os assuntos devem ser registrados na ordem que surgirem na reunio. 2- No deve haver espao em branco em nenhum lugar da ata, para impossibilitar acrscimos. Por isso, no h pargrafos. 3- Os numerais so sempre escritos por extenso, admitindo-se, para facilidade de visualizao, repeti-los em algarismos, entre parnteses, quando extensos. 4- As ressalvas se fazem pela partcula retificadora digo. 5- Quando o erro s for percebido aps a lavratura da ata, a ressalva se faz escrevendo Em tempo. Assim: onde se l (-), leia-se (-). 6- Acrscimos tambm podem ser feitos com a ressalva em tempo. Ex.: Em tempo: Na relao dos presentes, acrescente-se o nome do Senhor Nicolau Nicodemus.

MODELO ATA DA TERCEIRA ASSEMBLIA EXTRAORDINRIA DA EMPRESA

Aos vinte e um dias do ms de maro de dois mil e dois, s vinte e uma horas, no dcimo andar do edifcio Bandeira, situado na Rua E, n 10, reuniu-se a Diretoria desta Empresa para a terceira Assemblia Geral Extraordinria, atendendo ao edital de convocao, de quinze (15), dezesseis (16), dezessete (17) de maro de dois mil e dois, sob a presidncia do Sr. X e secretariada por mim, Y, estando presentes os demais membros da Diretoria, Sr. M. Sr. Z e Sr. N. Aberta a sesso, foi lida e aprovada, sem discusso, a Ata da reunio anterior. O senhor presidente cedeu a palavra ao Sr. M, que exps aos presentes a situao [...] Em seguida, o Senhor Presidente declarou encerrada a sesso. E nada mais havendo a tratar, eu, Y, lavrei a presente Ata, que, depois de lida e aprovada, ser assinada por mim e demais pessoas presentes. Nomes Assinaturas Secretrio Presidente Demais participantes

2) ATESTADO Documento fornecido a pedido do interessado por pessoa credenciada declarando a ocorrncia de um fato ou a existncia de uma situao. Limita-se caracterizao do fato, sem qualquer apreciao sobre ele. Compe-se das seguintes partes:a) TIMBRE - vem impresso no alto do papel e contm o nome do rgo ou da

empresa.b) TTULO - a cerca de dez linhas do timbre e no centro da folha (mais ou menos

vinte e cinco espaos lineares da margem), escreve-se: ATESTADO (em letras maisculas). c) TEXTO - inicia-se a cerca de quatro linhas do ttulo, contendo: 1 verbo atestar no presente do indicativo, 1 pessoa do singular (no caso de um s emissor) ou do plural (no caso de mais de um emissor);1. finalidade do documento; 2. nome do interessado e seus dados de identificao; 3. indicao do fato ou situao a ser atestada. d) LOCALIDADE E DATA - a certa de trs linhas do texto. e) NOME DO EMISSOR E CARGO f) ASSINATURA - a cerca de trs linhas da localidade e data.

Observao O nome do interessado pode aparecer em letras maisculas, para facilidade visual.

MODELO

INSTITUTO FREI ARMANDO

ATESTADO

Atesto, para fins de concurso pblico, que FILOMENA ALMEIDA DA CRUZ, brasileira, solteira, residente nesta capital, filha de Joo Solano da Cruz e Ruth Almeida da Cruz, trabalha neste estabelecimento de ensino, como Auxiliar de Secretaria, h 10 (dez) anos. Belo Horizonte, 18 de janeiro de 2003.

Assinatura [Nome] [Diretor]

3) AVISO Expediente pelo qual se comunica com iguais ou subalternos, transmitindo instrues, fazendo solicitaes, interpretando dispositivos regulamentares ou determinando providncias necessrias ordem dos servios pblicos. O aviso tem se apresentado de vrias formas. Sua estrutura se constitui de:a) TIMBRE b) INDICAO DO N DO AVISO c) VOCATIVO (s vezes no aparece) d) TEXTO (incio, meio e fim) e) FECHO f) LOCAL E DATA g) ANEXOS (se houver) h) ASSINATURA DO EMISSOR

MODELO

INSTITUTO FREI ARMANDO

AVISO N. 03/03 O Diretor do Instituto Frei Armando avisa aos Senhores Professores que as inscries para o Curso de Aperfeioamento Metodologia de Ensino encontram-se abertas no perodo de 10 a 15 de abril. Os interessados devero dirigir-se sala 503, no horrio de 14h s 17h.

Belo Horizonte, 8 de abril de 2004.

[Assinatura] [Nome]

4) CIRCULAR toda comunicao reproduzida em vias, ou exemplares de igual teor, e expedida a diferentes pessoas, rgos ou entidades. Especificamente como documento, mensagem endereada simultaneamente a vrios destinatrios para transmitir avisos, ordens ou instrues. Datilografada, multicopiada ou impressa, cada via assinada e autenticada. Quando individualizada, traz o nome do destinatrio. Por meio de circulares, comunica-se s chefias subordinadas o que se julga indispensvel que elas saibam. So, noutras palavras, instrues escritas em carter geral, multidirecionais quanto ao destino. Compe-se das seguintes partes:1) TIMBRE (Nome do rgo, entidade ou empresa; endereo.) 2) TTULO E NMERO 3) DATA (Aps o nmero, pe uma vrgula, a preposio de e a data) 4) EMENTA (Nem sempre aparece nas circulares.) 5) INVOCAO 6) TEXTO (Exposio, apelo, impulso.) 7) CUMPRIMENTO FINAL 8) ASSINATURA 9) ANEXOS 10)

INICIAIS (redator/datilgrafo)

MODELO PREFEITURA MUNICIPAL DE CARREIRA COMPRIDA Alameda das Flores, 33 CARREIRA COMPRIDA - SC CIRCULAR N. 03, DE 25 DE ABRIL DE 2003. Ementa: Licena por enfermidade Senhor Secretrio Municipal: Por ordem do Prefeito Municipal, informo a V.Sa. que, de acordo com o art. 89 da Lei Municipal n 33, de 3 de maio de 1993, as licenas por enfermidade s sero concedidas aos funcionrios municipais quando houver: impossibilidade de trabalho motivada por doena, leso, gravidez ou parto; b) necessidade de ateno a membros familiares ascendentes e/ou descendentes diretos, portadores de doena grave; c) perigo de transmisso de doena infecto-contagiosa de que seja portador.a)

Em qualquer das trs hipteses, o pedido de licena deve ter anexo o atestado mdico fornecido pela Secretaria Municipal de Sade, indicando o tempo previsto de afastamento. Atenciosamente [Nome] [Chefe de Administrao] Jpl/ms

5) REQUERIMENTO um documento usado para solicitar a determinada autoridade pblica algo que, ao menos supostamente, tenha amparo legal. Compe-se das seguintes partes: 1) INVOCAO (Indicam-se, no alto da folha, a partir da margem esquerda, o pronome de tratamento conveniente e o ttulo ou o cargo da pessoa a quem se dirige o requerimento, sem citar o nome civil. costume fazer a invocao com todas as letras maisculas, quando datilografada. Nada impede que s as letras iniciais sejam maisculas.)

2) TEXTO:

A cerca de sete linhas da invocao e sem pargrafos intermedirios.a) nome e identificao perfeita do requerente (nacionalidade,

nmero do CPF e outros dados que a natureza do requerimento exigir); b) exposio do que se est requerendo com toda clareza e conciso necessrias; c) justificativa do que se requer: citaes legais e indicao de documentos comprobatrios. 3) FECHO Parte que encerra o documento. Compreende: (facultativo) frmula terminal (Nestes termos pede deferimento), lugar, data e assinatura.

Notas: Escreve-se o requerimento em papel tamanho ofcio. Com pauta, se manuscrito; sem pauta, se datilografado. Em folha simples, tamanho ofcio, se no houver anexao de outros papis. Folha dupla, almao duplo, dobrada na maior extenso, se forem anexados outros papis, os quais sero citados no requerimento e grampeados no interior da folha. O requerimento deve ser entregue, mediante recibo, Seo de Protocolo do rgo ao qual dirigido. Se algum requer algo, evidente que deseja do requerente deferimento. Assim, julgamos desnecessrio o fecho. total perda de tempo datilografar o nome do requerente abaixo da assinatura, pois ele est claro no texto. Havendo anexos, estes sero citados na seqncia do desenvolvimento do texto, logo aps o amparo legal e entre parnteses.

MODELO

Sr. CHEFE DO DEPARTAMENTO DE PESSOAL

EPAMINODAS SILVA SILVEIRA, brasileiro, solteiro, servidor pblico, controle n 500-3, lotado neste Departamento, residente nesta cidade, na Rua Salto Longo, 15, portador da cdula de identidade M-400007, CPF 333.333.000-01, requer a V. Sa. licena especial de trs meses, a partir de 1 de maio de 2003, por ter completado cinco anos de servio pblico em 6 de abril de 2002, com base na Lei n 10.877/53, artigo 23, combinado com o artigo 86. Neste termos Pede deferimento, Campo Florido, 20 de abril de 2003.

[Assinatura]

6) MEMORANDO OU COMUNICAO INTERNA Tipo de mensagem usada para comunicaes breves entre agentes de uma mesma repartio, no qual se versam, de maneira simples e direta, assuntos de rotina para conhecimento interno. O memorando dispensa certas formalidades da correspondncia oficial e vem se apresentando sob diversas formas. A mais comum compe-se de:

1) TIMBRE (Vem impresso no papel.) 2) CDIGO E NMERO (Cdigo do setor ou departamento, seguido do 3) 4) 5)

6) 7)

8) 9)

nmero do memorando.) DE (Indicao de emissor, seguida do cargo.) PARA (Indicao do destinatrio, seguida do cargo.) EMENTA OU ASSUNTO (Na linha seguinte do cdigo e do nmero e esquerda, escreve-se a palavra Ementa ou Assunto, indicando-se, em seguida, a identificao do processo ou protocolo e do assunto.) TEXTO (O texto aqui, mais do que no ofcio, deve ser sucinto.) CUMPRIMENTO FINAL (O memorando dispensa excesso de cortesia, bastando escrever, a duas linhas do texto, a palavra Atenciosamente ou outra forma conveniente.) ASSINATURA ANEXOS (Caso existam, indica-se apenas a quantidade deles, o que feito esquerda e a duas linhas da assinatura.)

Nota: No memorando, o texto pode ser datilografado em espao um e meio.

MODELO

SERVIO PBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS DES-55 DE: Nome Cargo PARA: Nome Cargo ASSUNTO: PROCESSO 374/03 Informamos a V.Sa. que o processo em epgrafe transitou por esta Diretoria, tendo recebido informao favorvel. Solicitamos aguardar a publicao do despacho no Dirio Oficial, quando ento tomaremos as demais providncias. Atenciosamente, [Assinatura]

7) OFCIO Comunicao escrita e formal entre autoridades da mesma categoria ou de inferiores e superiores hierrquicos. O ofcio no se define apenas pelo formato do papel; antes de qualquer detalhe est o carter oficial do contedo. As entidades civis, religiosas ou comerciais no expedem ofcio. Elemento comum na vida diria dos organismos pblicos, o ofcio deve apresentar, mais do que qualquer outro documento, sobriedade, naturalidade e unidade. A linguagem oficial sinttica, sem prejuzo da clareza do texto. Requer simplicidade e conciso. Como instrumento oficial, compreende as seguintes formalidades:

a) b) c) d)

1) TIMBRE 2) NDICE OU CLASSIFICAO E NMERO (Escreve-se a palavra Ofcio, por extenso ou abreviada, esquerda da margem, seguida do nmero do ofcio, uma barra oblqua e os dois ltimos algarismos do ano.) 3) LOCALIDADE E DATA (Na mesma linha do ndice e do nmero, direita.) 4) INVOCAO, VOCATIVO OU CHAMAMENTO cargo do receptor, precedido do tratamento que convier: Senhor Presidente, Excelentssimo Senhor Governador, etc... 5) TEXTO ( a aproximao do assunto. Encerra a matria que serve de objeto ao ofcio. No primeiro pargrafo, deve-se colocar o assunto com conciso e clareza. No pargrafo ou pargrafos subseqentes, passa-se a apreci-lo e a ilustr-lo de maneira objetiva, com esclarecimentos e informaes pertinentes e indispensveis. A seguir, expressa-se a concluso, na forma mais clara e precisa possvel.) 6) CUMPRIMENTO FINAL (O cumprimento final constitui novo pargrafo e pode conter simplesmente um advrbio que represente o sentimento do emissor: Respeitosamente, Atenciosamente, Cordialmente.) Observao: O advrbio usado no cumprimento final deve estar seguido de vrgula. 7) ASSINATURA (Nome civil do emissor datilografado, com apenas as iniciais: maisculas e o cargo que ocupa, logo abaixo.) 8) ANEXOS (Caso o ofcio seja acompanhado de outros papis, escreve-se esquerda a palavra anexo e a indicao desses papis.) 9) ENDEREO (Na parte inferior do papel, esquerda, escreve-se em linhas diferentes) forma de tratamento exigida; nome civil do receptor (todas as letras maisculas); cargo que o receptor ocupa (s as iniciais maisculas); e Cidade e sigla da Unidade da Federao

NOTAS SOBRE O OFCIO Havendo num mesmo rgo mais de uma seo competente para expedir ofcio, pem-se antes do nmero as iniciais ou cdigo. Aps a invocao, indiferente o uso de vrgula ou de dois pontos. Simplesmente, pode-se deixar sem pontuao. Caso o nome civil do receptor no seja conhecido, escreve-se em seu lugar, com todas as letras maisculas, o cargo que ocupa. O ofcio instrumento de comunicao do servio pblico; portanto, de autoridade a autoridade. Por outro lado, o ofcio no meio de comunicao interna ou interdepartamental. O nmero de linhas de separao entre as diversas partes do ofcio pode ser alterado. O que realmente importa a disposio esttica do escrito no papel. A trs linhas do timbre na folha de continuao, esquerda, repete-se o ndice e o nmero. Assim: Ofcio 36/99. A duas linhas do ndice e do nmero, faz-se a continuao normal do texto, seguido do cumprimento final, da assinatura e da indicao de anexos, caso existam. O ofcio deve ser datilografado com cpia para os arquivos do rgo emissor (Correspondncia Expedida). No se admite um ofcio com borres e rasuras. indiferente grafar as iniciais redator/datilgrafo com maisculas ou minsculas. Caso o redator e o datilgrafo sejam a mesma pessoa, no h necessidade de repetir as iniciais. Basta indic-las aps uma barra. Assim: /asfs. Ateno: essa indicao deve aparecer apenas na cpia, onde tambm dever constar o arquivo em que se encontra o documento. Dobra-se o papel ofcio horizontalmente, de modo que se obtenham trs partes iguais em forma de Z, ficando visvel a parte que contm o timbre. Usar fonte Times New Roman, tamanho 12 para o texto e 8 para a indicao do arquivo em que se encontra.

MODELO

Of. n. 188/03 2003. Senhor Secretrio:

Lagoa Funda, 9 de abril de

Analisamos a proposta de V. Exa. Para desativar o prdio da Escola Inocncia Barroso. Concordamos com a maioria dos argumentos. Cremos, entretanto, ser de nossa obrigao encaminhar outras informaes para anlise. Sua retido de carter no lhe permitir agir sob influncia, e influenci-lo no nossa inteno. Apenas julgamos teis essas informaes para uma anlise sob outros pontos de vista. Rogamos, pois, a V.Exa. que mande analisar essas informaes antes de tomar a deciso final. Atenciosamente, [Assinatura] [Nome] [Inspetor Regional] Anexos: Mapa da rea de influncia Projeto de matrculas Manifesto da comunidade A S. Exa. o senhor FULANO DE TAL Secretrio De Estado da Educao Macei / AL shs/asf

8) CARTA Documento semi-oficial de que se servem os agentes da Administrao para corresponder cortesia, fazer solicitao e convite ou externar agradecimentos. Consideram-se tambm correspondncia semi-oficial as cartas endereadas ao presidente da Repblica, ministros de Estado, diretores e chefes de servio por particulares, quer reivindicando direitos negados, quer encaminhando memorial. Costumam designar como carta-circular um documento que, na estrutura e destinao, nada mais que a circular.

Segundo os historiadores, a carta, como meio de substituir contatos pessoais, existe desde o sculo IV a.C. Por ser um documento antigo, adquiriu, com o passar do tempo, inmeras funes: carta aberta, carta celeste, carta constitucional, carta de abono, carta de alforria, carta de aviso, carta de crdito, carta de fiana, carta de navegao, carta testamentria, carta topogrfica, carta precatria, carta geogrfica, etc. Compese a carta das seguintes partes:1) TIMBRE 2) LOCALIDADE DO EMISSOR E DATA COMPLETA. 3) ENDEREO ( esquerda) a) Forma de tratamento adequada. b) Nome civil do receptor c) Cidade e Sigla da Unidade de federao. 4) INVOCAO ( esquerda) 5) TEXTO 6) CUMPRIMENTO FINAL (Constitui novo pargrafo.) 7) ASSINATURA (Nome civil do emissor, com letras iniciais maisculas, e,

logo abaixo, o cargo que ocupa.) 8) ANEXOS (Caso existam outros papis que acompanhem a carta, escrevem-se esquerda, e logo abaixo da assinatura, a palavra anexo e a discriminao do que acompanha.) 9) INICIAIS (Na ltima linha til do papel, e esquerda, escrevem-se as iniciais do redator e do datilgrafo, separadas por uma barra oblqua. Caso o redator e o datilgrafo sejam a mesma pessoa, basta pr a barra e depois dela escrever as iniciais da pessoa).

MODELO

Braslia, 26 de maro de 2004. Ilmo. Sr. FULANO DE TAL Porto Alegre RS Prezado Senhor: Levo ao conhecimento de V.Sa. que o Senhor Chefe de Gabinete Civil, em 21.3.03, despachou seu expediente a respeito da solicitao de cpias com referncia racionalizao dos servios administrativos e elaborao e tramitao de documentos oficiais para o DASP, que lhe comunicar a soluo, depois de apreciar devidamente o assunto. Atenciosamente, [Assinatura] [Nome] [Secretria da Chefia do Gabinete Civil] gpe/9) RELATRIO descrio e anlise objetiva e lcida de ocorrncias, da execuo

de servios ou, ainda, dos fatos de uma administrao pblica, visando divulgar concluses ou decises. NOTAS: O relatrio deve possuir todas as qualidades de fidelidade, objetividade e exatido de um relato. Quando necessrio, o relatrio deve vir acompanhado de grficos, mapas, tabelas e ilustraes.

ESPCIES DE RELATRIOS 1) RELATRIOS INFORMATIVOS Transmitem informaes simplesmente, sem a preocupao de apresentar o menor empenho para avali-las ou sugerir qualquer recomendao. So puramente informativos. 2) RELATRIOS ANALTICOS Analisam os fatos e apresentam concluses ou recomendaes. 3) RELATRIOS PARA FINS ESPECIAIS Incluem os elementos e caracteres prprios dos relatrios informativos e analticos. Devem apresentar, necessariamente, o sumrio, relatar o progresso verificado, apresentar o status atual, fazer recomendaes, expor concluses e prever condies futuras de uma situao dada. ESTRUTURA DE RELATRIO Normalmente, constitui-se das seguintes partes fundamentais:1) SUMRIO: constitui-se de sntese de todo o relatrio, sendo a melhor maneira para

isso apresent-la em forma de ndice. O sumrio no incio do relatrio facilita as consultas. 2) APRESENTAO: procura-se descrever a finalidade do relatrio, fazendo-se referncia ordem superior que o determinou, quando necessrio. Enuncia, portanto, o propsito do relatrio. 3) CORPO DO RELATRIO: o desenvolvimento do assunto, registrando-se todos os fatos e pormenores, indicando-se: a) data b) local; e c) processo ou mtodo adotado na apurao4) CONCLUSES: dedues acerca dos fatos apresentados. 5) RECOMENDAES: devero ser fundamentadas nas concluses, oferecendo

soluo ou sugesto a algum problema

10) FAX Modalidade de comunicao que, por sua velocidade e por ser, em princpio, menos oneroso do que o telegrama ou telex, passou a ser adotado pelo Servio Pblico e vem substituindo, em muitos casos, outras formas de correspondncia. O fax deve ser utilizado, exclusivamente, na transmisso e recebimento de assuntos oficiais de extrema urgncia e para o envio antecipado de documentos de cujo conhecimento h premncia, sendo obrigatrio o encaminhamento posterior dos originais. O fax no documento; uma cpia que se apaga muito rapidamente, e por isso o original deve ser enviado. Ofcios, memorandos e outros atos podem ser enviados por meio de fax, bastando preencher o formulrio adequado e escrever o ato no espao reservado para tal. Modelo NOME: CARGO: ENDEREO: MUNICPIO: SES/DRS: NOME: CARGO: DATA: _____/_____/__ _ ESTADO: N DO FAX: ( PAS: ) N DO FAX: RGO:

N DE PGINAS INCLUSIVE ESTA: OBSERVAO: EM CASO DE PROBLEMAS NA RECEPO CHAMAR O FAX DE ORIGEM. ____________________ ___/___/___/ ____________________ ___/___/___ AUTORIZAO DATA AUTORIZAO DATA MENSAGEM:

11) E-MAIL O e-mail vem se tornando o mtodo preferido de comunicao em empresas e, at mesmo, em rgos pblicos. Pelo fato de ser to prtico e rpido, porm, deixa de merecer a devida ateno. A orientao a seguir poder ajud-lo quando tiver de fazer uso deste precioso instrumento: s um e-mail. Ningum se preocupa com a aparncia, certo? No creia nisso! Poucas pessoas gastam tempo tentando decifrar um e-mail mal-escrito. Crie uma linha de referncia e escreva nela a mensagem fundamental. Lembre-se: esta linha de referncia a primeira coisa que o seu leitor v, e pode determinar se ele o ler agora, mais tarde ou nunca. Ateno: e-mails no oferecem privacidade! Use ttulos para prazos e solicitaes, dando preferncia ao uso de maisculas. Formate o mnimo possvel. Edite e confira a ortografia de sua mensagem antes de envi-la, assim como o endereo. Usando o E-mail com elegncia 1. Escreva suas mensagens de e-mail com o tamanho mnimo necessrio. Seja breve. Mensagens excessivamente longas congestionam a rede e ocupam espao nos servidores. 2. Lembre-se de que as mensagens de e-mail tm uma privacidade relativa. No difcil para algum que tenha algum conhecimento sobre computadores ter acesso a sua correspondncia. 3. Embora os sistemas modernos de correio eletrnico sejam eficientes e confiveis, uma mensagem pode no ser entregue. Um bom sistema o avisar quando isso ocorrer. 4. Responda a todas as mensagens que receber. Isso faz parte da etiqueta do uso do e-mail na internet. 5. Evite escrever o texto inteiro da mensagem em maisculas. Palavras escritas totalmente em maisculas equivalem a gritar, segundo a etiqueta do e-mail na internet. 6. Cheque com regularidade o seu servidor para verificar a chegada de novas mensagens. 7. Nos termos da legislao em vigor, para que a mensagem de e-mail tenha valor documental, isto , para que possa ser aceito como documento legal, necessrio existir certificao digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei. 8) Sempre que disponvel, deve-se utilizar o recurso de configurao de leitura. Caso no seja disponvel, deve constar da mensagem pedido de confirmao de recebimento.

3 MANUAL DE REDAO DA PRESIDNCIA DA REPBLICA ASPECTOS GERAIS DA REDAO OFICIAL A redao oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padro culto de linguagem, clareza, conciso, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente, esses atributos decorrem da Constituio, que dispe, no art. 37: A administrao pblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia (...). Sendo a publicidade e a impessoalidade princpios fundamentais de toda administrao pblica, claro est que devem igualmente nortear a elaborao dos atos e comunicaes oficiais. A transparncia no sentido dos atos normativos e a sua inteligibilidade, so requisitos do prprio Estado de Direito: inaceitvel que um texto legal no seja entendido pelos cidados. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e conciso. Os princpios de impessoalidade, clareza, uniformidade, conciso e uso de linguagem formal aplicam-se s comunicaes oficiais: elas devem sempre permitir uma nica interpretao e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nvel de linguagem. Nesse quadro, fica claro tambm que as comunicaes oficiais so necessariamente uniformes, pois h sempre um nico comunicador (o Servio Pblico) e o receptor dessas comunicaes ou o prprio Servio Pblico (no caso de expedientes dirigidos por um rgo a outro) ou o conjunto dos cidados ou instituies tratados de forma homognea (o pblico). A redao oficial no necessariamente rida e infensa evoluo da lngua. que sua finalidade bsica comunicar com impessoalidade e mxima clareza impe certos parmetros ao uso que se faz da lngua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalstico, da correspondncia particular, etc.: Impessoalidade O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicaes oficiais decorre: a) da ausncia de impresses individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado pelo chefe de determinada seo, sempre em nome do Servio Pblico que feita a comunicao; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicao, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidado, sempre concebido como pblico, ou a outro rgo pblico. Nos dois casos, temos um destinatrio concebido de forma homognea e impessoal; c) do carter impessoal do prprio assunto tratado: se o universo temtico das comunicaes oficiais se restringe a questes que dizem respeito ao interesse pblico, natural que no cabe qualquer tom particular ou pessoal. Dessa forma, no h lugar na redao oficial para impresses pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literrio. A redao oficial deve ser isenta da interferncia da individualidade que a elabora. A conciso, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcanada a necessria impessoalidade.

A linguagem dos Atos e Comunicaes Oficiais A necessidade de empregar determinado nvel de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do prprio carter pblico desses atos e comunicaes; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como de carter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidados, ou regulam o funcionamento dos rgos pblicos, o que s alcanado se em sua elaborao for empregada a linguagem adequada. O mesmo se d com os expedientes oficiais, cuja finalidade precpua a de informar com clareza e objetividade. As comunicaes que partem dos rgos pblicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro. Para atingir esse objetivo, h que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. No h dvida que um texto marcado por expresses de circulao restrita, como a gria, os regionalismos vocabulares ou o jargo tcnico, tem sua compreenso dificultada. A linguagem tcnica deve ser empregada apenas em situaes que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadmicos e, mesmo, o vocabulrio prprio a determinada rea,so de difcil entendimento por quem no esteja com eles familiarizados. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicit-los em comunicaes encaminhadas a outros rgos da administrao e em expedientes dirigidos aos cidados. Formalidade e Padronizao As comunicaes oficiais devem ser sempre formais, isto , obedecem a certas regras de forma: alm das exigncias de impessoalidade e uso do padro de linguagem, imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. No se trata somente da eterna dvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nvel; mais do que isso, a formalidade diz respeito polidez, civilidade no prprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicao. A formalidade de tratamento vincula-se, tambm, necessria uniformidade das comunicaes. Ora, se a administrao federal una, natural que as comunicaes que expede sigam um mesmo padro. O estabelecimento desse padro exige que se atente para todas as caractersticas da redao oficial e que se cuide, ainda, da apresentao dos textos.

Conciso e Clareza A conciso antes uma qualidade do que uma caracterstica do texto oficial. Para adquiri-la, fundamental que se tenha, alm de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessrio tempo para revisar o texto depois de pronto. nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundncias ou repeties desnecessrias de idias. A clareza deve ser a qualidade bsica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreenso pelo leitor. No entanto, a clareza no algo que se atinja por si s: ela depende estritamente das demais caractersticas da redao oficial. Para ela concorrem: a) impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretaes que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; b) o uso do padro culto de linguagem, em principio, de entendimento geral e, por definio, avesso a vocbulos de circulao restrita, como a gria e o jargo; c) a formalidade e a padronizao, que possibilitam a imprescindvel uniformidade dos textos; e d) a conciso, que faz desaparecer do texto os excessos lingsticos que nada lhe acrescentam.

PADRO OFICIAL H trs tipos de expedientes, que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofcio, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformiz-los, pode-se adotar um diagramao nica, que siga o que chamamos de padro ofcio. Todos devem conter as seguintes partes:a) Tipo e nmero de expediente, seguido da sigla do rgo que o expede:

Aviso 123/2003-SG Ofcio 123/2003-MME Memo 123/2003-MFb) Local e data em que foi assinado, datilografado por extenso, com alinhamento

direita: Braslia, 15 de maro de 2003.a) Assunto: resumo do teor do documento

Ex.: ASSUNTO: Produtividade do rgo em 2003 d) Destinatrio: o nome e o cargo da pessoa a quem dirigida a comunicao. No caso de ofcio, deve ser includo tambm o endereo. e) Texto. Nos casos em que no for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve apresentar em sua estrutura: Introduo que se confunde com o pargrafo de abertura, no qual apresentado o assunto que motiva a comunicao. Evite o uso das formas: Tenho o prazer de, Cumpre-me informar que. Empregue a forma direta: Informo Vossa Excelncia de que, Submeto apreciao de Vossa Excelncia, Encaminho a Vossa Senhoria. Desenvolvimento no qual o assunto detalhado. Se o texto contiver mais de uma idia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em pargrafos distintos, o que confere maior clareza exposio. Concluso em que reafirmada ou simplesmente reapresentada a posio recomendada sobre o assunto. No texto, exceo do primeiro pargrafo e do fecho, todos os demais pargrafos devem ser numerados, como maneira de facilitar a remisso, exceto no caso em que estejam organizados em itens ou ttulos e subttulos. Se o autor da comunicao desejar fazer algum comentrio a respeito do documento que encaminha, poder acrescentar pargrafos de desenvolvimento. Quando se tratar de mero encaminhamento de documentos, a estrutura a seguinte:

Introduo Deve iniciar fazendo referncia ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento no tiver sido solicitada, deve iniciar com a informao do motivo da comunicao, que encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, nmero, data, origem ou signatrio e assunto de que trata) e a razo pela qual est sendo encaminhado, segundo a seguinte frmula: Em resposta ao Aviso n. 12, de 1 de fevereiro de 2003, encaminho, anexa, cpia do Ofcio n. 34, de 3 de abril de 2003, do Departamento Geral de Administrao, que trata da requisio do servidor Fulano de Tal. Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cpia do telegrama n. 12, de 1 de fevereiro de 2003, do Presidente da Confederao Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernizao de tcnicas agrcolas na regio Nordeste. f) Fecho: Respeitosamente ou Atenciosamente, conforme o caso. g) Assinatura do autor da comunicao h) Identificao do signatrio. 1) Ofcio

1 Ofcio [ Ministrio] [Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] 5 cm Endereo para correspondncia Telefone e Endereo de Correio Eletrnico] Ofcio no tal Braslia, 27 de maio de 1991. A Sua Excelncia O Senhor Deputado [nome] Cmara dos Deputados 70.160-900 Braslia-DF Assunto: Demarcao de terras indgenas Senhor Deputado, 2,5 Em complemento s observaes transmitidas pelo telegrama no 154, de 24 de abril ltimo, informo a Vossa Excelncia de que as medidas mencionadas em sua carta no 6 708, dirigida ao Senhor Presidente da Repblica, esto amparadas pelo procedimento administrativo de demarcao de terra indgenas institudo pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cpia anexa). Em sua comunicao, Vossa Excelncia ressalva a necessidade de que na definio e demarcao das terras indgenas fossem levadas em considerao as caractersticas scio-econmicas regionais. Nos termos do Decreto no 22, a demarcao de terras indgenas dever ser precedida de estudos e levantamentos tcnicos que atendam ao disposto no art. 231, 1o, da Constituio Federal. Os estudos devero incluir os aspectos etnohistricos, sociolgicos, cartogrficos e fundirios. O exame deste ltimo aspecto dever ser feito conjuntamente com o rgo federal ou estadual competente. Os rgo tcnicos pblicos federais, estaduais e municipais devero encaminhar as informaes que julgarem pertinentes sobre a rea em estudo. igualmente assegurada a manifestao de entidades representativas da sociedade civil. Os Estudos tcnicos elaborados pelo rgo federal de proteo ao ndio sero publicados juntamente com as informaes recebidas dos rgos pblicos e das entidades civis acima mencionadas. 1. Como Vossa Excelncia pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a deciso a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justia sobre os limites e a demarcao de terras indgenas seja informada de todos os elementos necessrios, inclusive daqueles assinados em sua carta, com a necessria transparncia e agilidade. Atenciosamente, [Nome] [Cargo] 2) Mensagem 5 cm

Mensagem n. 118

4 cm Excelentssimo Senhor Presidente do Senado Federal Comunico a Vossa Excelncia o recebimento das Mensagens SM n. 106 a 110, de 1991, nas quais informo a promulgao dos Decretos Legislativos n. 93 a 97, relativos explorao de servios de radiodifuso. [Data] [Nome] [Cargo]

3) Memorando 5 cm Memo. 118/DI Em 12 de abril de 1991. Ao Sr. Chefe do Departamento de Administrao Assunto: Administrao Instalao de microcomputadores Nos termos do Plano Geral de informatizao, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados trs microcomputadores neste Departamento. 2. Sem descer a maiores detalhes tcnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rgido e de monitor padro EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e ou gerenciador de banco de dados. 3. O treinamento de pessoal para operao dos micros poderia ficar a cargo da Seo de Treinamento do Departamento de Modernizao, cuja chefia j manifestou seu acordo a respeito. 4. Devo mencionar, por fim, que a informatizao dos trabalhos deste Departamento ensejar racional distribuio de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos servios prestados. Atenciosamente [Nome] [Cargo]

4) Aviso 5 cm Aviso n. 45/SCT-PR Braslia, 27 de fevereiro de 1991. A Sua Excelncia o Senhor [Nome e Cargo] Assunto: Seminrio sobre o uso de energia no setor pblico. Convido Vossa Excelncia a participar da sesso de abertura do Primeiro Seminrio Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Pblico, a ser realizado em 5 de maro prximo, s 9 horas, no auditrio da Escola Nacional de Administrao Pblica (ENAP), localizada no Setor de reas Isoladas Sul, nesta capital. O Seminrio mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das Comisses Internas de Conservao de Energia em rgo Pblicos, institudo pelo Decreto n. 99 656, de 26 de outubro de 1990. Atenciosamente, [Nome] [Cargo]

5) Exposio de Motivos 5 cm Em n. 00146/1991-MRE Braslia, 24 de maio de 1991. 5cm Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica 1,5 cm O Presidente George Bush anunciou no ltimo dia 13 significativa mudana de posio norte-americana nas negociaes que se realizam na Conferncia do Desarmamento, em Genebra de uma conveno multilateral de prescrio total das armas qumicas. Ao renunciar conveno de todos os pases em condies de produzir armas qumicas os Estados Unidos reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta pases possibilidades concretas de que o tratado venha a ser concludo e assinado em prazo de cerca de um ano (...) 1 cm Respeitosamente, [Nome] [Cargo]

6) EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO

O emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradio. So de uso consagrado: Vossa Excelncia, para as seguintes autoridades:a) do Poder Executivo:

Presidente da Repblica; Vice-Presidente da Repblica; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Foras Armadas; Embaixadores; Secretrios Executivos de Ministrios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretrios de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais.a)

do poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da Unio; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Cmaras Legislativas Municipais.

c) do Poder Judicirio: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros dos Tribunais; Juzes; Auditores da Justia Militar.

O vocativo a ser empregado em comunicaes dirigidas aos Chefes de Poder Excelentssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica; Excelentssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional; Excelentssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. As demais autoridades sero tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador; Senhor Juiz; Senhor Ministro; Senhor Governador; No envelope, o endereamento das comunicaes dirigidas s autoridades tratadas por Vossa Excelncia obedecer seguinte forma:

A Sua Excelncia Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justia 70.064-900 Braslia-DF

A Sua Excelncia Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara Civil Rua ABC, 123 01.010-000 So Paulo-SP

Em comunicaes oficiais, est abolido o uso do tratamento Dignssimo (DD) s autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade pressuposto para que se ocupe qualquer cargo pblico, sendo desnecessria a sua repetida evocao. Vossa Senhoria empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado : Senhor Fulano de Tal Senhor Chefe da Diviso de Servios Gerais; No envelope, deve constar: Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, n. 123 70.123 - Curitiba/PR Fica dispensado o emprego do superlativo Ilustrssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Acrescente-se que doutor no forma de tratamento, e sim ttulo acadmico. No deve ser usado indiscriminadamente. Seu emprego deve restringir apenas s comunicaes dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concludo curso universitrio de doutorado. costume designar por doutor os bacharis formados em medicina e direito. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade s comunicaes. Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificncia, empregada, por fora da tradio, em comunicaes dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo: Magnfico Reitor, Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesistica so: Vossa Santidade, em comunicaes dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente : Santssimo Padre, Vossa Eminncia ou Vossa Eminncia Reverendssima, em comunicaes aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo Eminentssimo Senhor Cardeal ou Eminentssimo e Reverendssimo Senhor Cardeal. Vossa Excelncia Reverendssima usado em comunicaes dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendssima ou Vossa Senhoria Reverendssima para Monsenhores, Cnegos e superiores religiosos. Vossa Reverncia empregado para sacerdotes, clrigos e demais religiosos. Excludas as comunicaes assinadas pelo Presidente da Repblica, todas as demais comunicaes oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificao deve ser a seguinte:

(espao para assinatura) Nome Diretor do Departamento de Servios Gerais Secretaria da Administrao Federal NORMAS DE PADRONIZAO PARA A REDAO OFICIAL Papel Tipo: off set branco, alcalino; Formato: A Tamanho A4 = 21,0 x 29,7 cm; A5 = 14,8 x 21,0 cm; A6 = 10,5 x 14,8 cm Fonte para ttulos Times New Roman, caixa alta, negrito, tamanho 14 Alinhamento do texto Justificado Espaamento entre linhas 1,5 ponto Margens esquerda = 2,5cm; direita = 1,5; superior = 1,5; inferior = 2,0 Fonte para texto Times New Roman, normal, tamanho 12 14. De acordo com a prxis consagrada do uso dos pronomes de tratamento, assinale a alternativa correta. a) Pela presente, enviamos a V S. a relao de seus dbitos e solicitamos-lhe a gentileza de sald-los com urgncia. (correspondncia comercial) b) Vossa Alteza Real, o Prncipe de Gales, vir ao Brasil para participar da ECO-92. (nota de jornal) c) Sua Santidade pode ter a certeza de que sua presena entre ns motivo de jbilo e, de mstico fervor. (discurso pronunciado em recepo diplomtica ao Sumo Pontfice) d) Solicito a V. Ex. dignar-vos aceitar as homenagens devidas, por justia, a quem tanto engrandeceu a ptria. (ofcio dirigido a ministro do Supremo Tribunal). NVEIS DE LINGUAGEM (LINGUA CULTA) A lngua um cdigo de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basicamente duas modalidades de lngua, ou seja, duas lnguas funcionais: 1) a lngua funcional de modalidade culta, lngua culta ou lngua-padro, que compreende a lngua literria, tem por base a norma culta, forma lingstica utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a lngua utilizada pelos veculos de comunicao de massa (emissoras de rdio e televiso,

jornais, revistas, painis, anncios, etc.), cuja funo a de serem aliados da escola, prestando servio sociedade, colaborando na educao, e no justamente o contrrio; 2) a lngua funcional de modalidade popular; lngua popular ou lngua cotidiana, que apresenta gradaes as mais diversas, tem o seu limite na gria e no calo. Norma culta: A norma culta, forma lingstica que todo povo civilizado possui, a que assegura a unidade da lngua nacional. E justamente em nome dessa unidade, to importante do ponto de vista poltico-cultural, que ensinada nas escolas e difundida nas gramticas. Sendo mais espontnea e criativa, a lngua popular se afigura mais expressiva e dinmica. Temos, assim, guisa de exemplificao: Estou preocupado. (norma culta) T preocupado. (lngua popular) T grilado. (gria, limite da lngua popular) No basta conhecer apenas uma modalidade de lngua; urge conhecer a lngua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge conhecer a lngua culta para conviver. Podemos, agora, definir gramtica: o estudo das normas da lngua culta. O conceito de erro em lngua: Em rigor, ningum comete erro em lngua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete so transgresses da norma culta. De fato, aquele que, num momento ntimo do discurso, diz: "Ningum deixou ele falar", no comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta.

Um reprter, ao cometer uma transgresso em sua fala, transgride tanto quanto um indivduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola. Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser ntimo, neutro ou solene. O momento ntimo o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, so consideradas perfeitamente normais construes do tipo: Eu no vi ela hoje. Ningum deixou ele falar. Deixe eu ver isso! Eu te amo, sim, mas no abuse! No assisti o filme nem vou assisti-lo. Sou teu pai, por isso vou perdo-lo. Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores. O momento neutro o do uso da lngua-padro, que a lngua da Nao. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramtica, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construes se alteram: Eu no a vi hoje. Ningum o deixou falar. Deixe-me ver isso!

Eu te amo, sim, mas no abuses! No assisti ao filme nem vou assistir a ele. Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe. Considera-se momento neutro o utilizado nos veculos de comunicao de massa (rdio, televiso, jornal, revista, etc.). Da o fato de no se admitirem deslizes ou transgresses da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quando no exerccio do trabalho, que deve refletir servio causa do ensino, e no o contrrio. O momento solene, acessvel a poucos, o da arte potica, caracterizado por construes de rara beleza. Vale lembrar, finalmente, que a lngua um costume. Como tal, qualquer transgresso, ou chamado erro, deixa de s-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato lingstico registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que no tenha amparo gramatical. Exemplos: Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!) Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.) No vamos nos dispersar. (Substituiu: No nos vamos dispersar e No vamos dispersar-nos.) Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.) O soldado est a postos. (Substituiu: O soldado est no seu posto.) Txtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, no poderia ser adjetivo associado a indstria, j que no existe indstria que se pode tecer. Hoje, porm, temos no s como tambm o operrio txtil, em vez da indstria de fibra txtil e do operrio da indstria de fibra txtil.

As formas impeo, despeo e desimpeo, dos verbos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, so exemplos tambm de transgresses ou "erros" que se tornaram fatos lingsticos, j que s correm hoje porque a maioria viu tais verbos como derivados de pedir, que tem, incio, na sua conjugao, com peo. Tanto bastou para se arcaizarem as formas ento legtimas impido, despido e desimpido, que hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de usar. Em vista do exposto, ser til eliminar do vocabulrio escolar palavras como corrigir e correto, quando nos referimos a frases. "Corrija estas frases" uma expresso que deve dar lugar a esta, por exemplo: "Converta estas frases da lngua popular para a lngua culta". Uma frase correta no aquela que se contrape a uma frase "errada"; , na verdade, uma frase elaborada conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma culta. Lngua escrita e lngua falada. Nvel de linguagem: A lngua escrita, esttica, mais elaborada e menos econmica, no dispe dos recursos prprios da lngua falada. A acentuao (relevo de slaba ou slabas), a entoao (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), alm da possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da lngua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontnea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformaes e a evolues. Nenhuma, porm, se sobrepe a outra em importncia. Nas escolas principalmente, costuma se ensinar a lngua falada com base na lngua escrita, considerada superior. Decorrem da as correes, as retificaes, as emendas, a que os professores sempre esto atentos.

Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as caractersticas e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum carter de superioridade ou inferioridade, que em verdade inexiste. Isso no implica dizer que se deve admitir tudo na lngua falada. A nenhum povo interessa a multiplicao de lnguas. A nenhuma nao convm o surgimento de dialetos, conseqncia natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra. A lngua escrita , foi e sempre ser mais bem-elaborada que a lngua falada, porque a modalidade que mantm a unidade lingstica de um povo, alm de ser a que faz o pensamento atravessar o espao e o tempo. Nenhuma reflexo, nenhuma anlise mais detida ser possvel sem a lngua escrita, cujas transformaes, por isso mesmo, se processam lentamente e em nmero consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada. Importante fazer o educando perceber que o nvel da linguagem, a norma lingstica, deve variar de acordo com a situao em que se desenvolve o discurso. O ambiente sociocultural determina. O nvel da linguagem a ser empregado. O vocabulrio, a sintaxe, a pronncia e at a entoao variam segundo esse nvel. Um padre no fala com uma criana como se estivesse dizendo missa, assim como uma criana no fala como um adulto. Um engenheiro no usar um mesmo discurso, ou um mesmo nvel de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nvel de fala no recesso do lar e na sala de aula. Existem, portanto, vrios nveis de linguagem e, entre esses nveis, se destacam em importncia o culto e o cotidiano, a que j fizemos referncia. A gria: Ao contrrio do que muitos pensam, a gria no constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, j no usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar?

O mal maior da gria reside na sua adoo como forma permanente de comunicao, desencadeando um processo no s de esquecimento, como de desprezo do vocabulrio oficial. Usada no momento certo, porm, a gria um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porm, que estamos falando em gria, e no em calo. Ainda que criativa e expressiva, a gria s admitida na lngua falada. A lngua escrita no a tolera, a no ser na reproduo da fala de determinado meio ou poca, com a visvel inteno de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicao entre amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal.

ORTOGRAFIA ORTHOS - (correta) + GRAFIA (escrita) escrita correta A funo da ortografia o emprego correto das letras e dos sinais grficos na lngua escrita, ou seja, definir normas as quais as palavras devem ser escritas corretamente. Regra geral: escreve-se com s derivados de palavras em s, e com z derivados de palavras em z.

S Adjetivos ptrios (exs: francs, ingls) Verbos em isar, cujo radical termine em s (exs: analisar, alisar) *Exceo: catequese = catequizar Derivados de pr, querer e usar (pusesse, quiser, usou) Adjetivos em oso (exs: prazeroso, gostoso) Derivados de verbos em erter (exs: reverter = reverso, converter = converso) S Adjetivos, derivados de substantivos (ex: corts)

ESA Substantivos derivados de verbos em ender (exs: defesa, despesa) Substantivos nobilirquicos (exs: baronesa, duquesa, princesa) Adjetivos femininos de s (exs: burguesa, freguesa) EZA Abstratos (exs: avareza, leveza) Quando a base adjetivo, denotando qualidade fsica (ex: belo = beleza) SS Derivados de verbos em tir (ex: discutir = discusso, repercutir = repercusso) SC Palavras latinas (exs: conscincia, crescer, descender/descendente, descer) Palavras rabes, indgenas ou africanas (exs: mianga, paoca, aa, jaan) O Substantivos derivados de verbo (ex: intuir = intuio) G Substantivos em agem, igem e ugem (exs: libertinagem, vertigem) Palavras terminadas em gio (exs: pedgio, litgio, refgio) Z Derivados em zal, zinho e zito (exs: irmozinho, cafezal, cafezinho) Derivados de palavras com z (exs: cruzeiro, enraizar) Verbos em izar (exs: fertilizar, civilizar) Palavras em triz (ex: bissetriz) EZ Substantivos abstratos femininos, derivados de adjetivos (exs: aridez, acidez, estupidez)

J Derivados de ja (ex: laranja = laranjada) Verbos em jar (exs: viajar, arranjar) Palavras indgenas, africanas ou populares (exs: jequitib, paj) Palavras terminadas em aje (exs: viaje, traje) X Aps ditongo (exs: caixa, ameixa, frouxo) Geralmente, aps en (enxame, enxada) Palavras indgenas, africanas ou traduzidas do ingls (exs: abacaxi, xavante, caxanb, xampu) Aps me (exs: mexer, mexerica) *Exceo: mecha Obs: charco = encharcar rabo = rabicho cochilo = cochilar pechincha = pechinchar cochicho = cochichar fuxico = fuxicar sucesso / suceder = sucesso tigela, gengiva, ojeriza, gorjeta, berinjela empecilho, privilgio, incipiente, disenteria, crnio, periquito, requisito, digladiar discrio (discreto) iminente (prestes a acontecer) / eminente (clebre) discente (alunos) / docente (professores) ele possui, ele distribui, ele conclui, ele constitui

flecha / encher / mexer talvez / atravs xingar agito = agitar batismo = batizar, deslize = deslizar ressuscitar, pssego, carrossel pus, muulmano trs = traseiro obsquio, irrequieto brasa, balsa esplndido, espontneo, misto, escasso, displicncia, obceno, macio, sumio erva, mido, gil bueiro, bujo, curinga, cutia viaje (verbo) / viagem (substantivo) seo (departamento) / sesso (da assemblia) / cesso (doao) cassada (licena) censo (IBGE) / senso (conscincia) afim (relacionado) / a fim (em iminncia de) infringir (desrespeitar) / infligir (impor) cela (priso) / sela (de cavalo) flagrante (no flagra)

EMPREGO DAS LETRAS G/J

Escrevemos com a letra G:

I Substantivos terminados em agem, -igem, -ugem.

Exemplos: Garagem, aragem, viagem, vertigem, origem, ferrugem.

II Os substantivos terminados em gio, -gio, -gio, -gio, -gio.

Exemplos: Contgio, egrgio, prodgio, relgio, refgio.

III Nomes derivados de outros grafados com G.

Exemplos: Massagista (derivado de massagem), passageiro (derivado de passagem), mensageiro (derivado de mensagem).

IV Outros substantivos grafados com G.

Exemplos: Algema, apogeu, auge, estrangeiro, gengiva, gengivite, gesto, gestao, giz, gria, megera, monge. Escrevemos com a letra J: I Palavras derivadas de outras que terminadas em ja. Exemplos:

Cerejeira (derivado de cereja), lisonjear e flexes (derivado de lisonja), laranjada, laranjeira (derivado de laranja), lojista (derivado de loja). II Todas as formas dos verbos terminados em jar ou jear. Arranjar arranjei, arranjou, arranjamos. Viajar viajei, viajamos, viajem. Gorjear gorjeio, gorjeiam. III Palavras cognatas ou derivadas de outras que tm J. Exemplos: Jeito, ajeitar, desajeitado, projeto, projtil, nojo, nojento, nojeira, objetivo.

IV Palavras de origem indgena ou africana: Exemplos: Canjica, jenipapo, jerimum, paj. V Outras palavras grafadas com a letra J. Exemplos: Berinjela, sujeira, traje, ultraje, manjedoura, Jernimo.

Acentuao Grfica

O portugus, assim como outras lnguas neolatinas, apresenta acento grfico. Vimos anteriormente que toda palavra da lngua portuguesa de duas ou mais slabas possui uma slaba tnica. Observe as slabas tnicas das palavras arte, gentil, txi e mocot. Voc constatou que a tonicidade recai sobre a slaba inicial em arte, a final em gentil, a inicial em txi e a final em mocot. Alm disso, voc notou que a slaba tnica nem sempre recebe acento grfico. Portanto, todas as palavras com duas ou mais slabas tero acento tnico, mas nem sempre tero acento grfico. A tonicidade est para a oralidade (fala) assim como o acento grfico est para a escrita (grafia). Oxtonas 1. So assinaladas com acento agudo as palavras oxtonas que terminam em a, e e o

abertos, e com acento circunflexo as que terminam em e e o fechados, seguidos ou no de s: a as e es o os e es o os j, caj, vatap s, anans, mafus f, caf, jacar ps, pajs, pontaps p, cip, mocot ns, ss, retrs cr, dend, v fregus, ingls, ls av, bord, metr bisavs, borders, props

NOTA Incluem-se nesta regra os infinitivos seguidos dos pronomes oblquos lo, la, los, las: dlo, mat-los, vend-la, f-las, comp-lo, p-los etc.

OBSERVAO: Nunca se acentuam: (a) as oxtonas terminadas em i e u, e em consoantes - ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor etc.; (b) os infinitivos em i, seguidos dos pronomes oblquos lo, la, los, las - fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las. 2. Acentuam-se sempre as oxtonas de duas ou mais slabas terminadas em -em e -ens: algum, armazm, tambm, contns, parabns, vintns. Paroxtonas Assinalam-se com acento agudo ou circunflexo as paroxtonas terminadas em: i is /s o/os us l um/uns n ps r x dndi, jri, txi lpis, tnis, Clvis m, rf, ms bno, rfo, rgos bnus, nus, vrus amvel, fcil, imvel lbum, mdium, lbuns albmen, hfen, Nlton bceps, frceps, trceps Csar, mrtir, revlver fnix, ltex, trax

NOTAS a) O substantivo den faz o plural edens, sem o acento grfico. b) Os prefixos anti-, inter-, semi- e super-, embora paroxtonos, no so acentuados graficamente: anti-rbico, anti-sptico, inter-humano, inter-racial, semi-rido, semiselvagem, super-homem, super-requintado. c) No se acentuam graficamente as paroxtonas apenas porque apresentam vogais tnicas abertas ou fechadas: espelho, famosa, medo, ontem, socorro, pires, tela etc.

Proparoxtonas Todas as proparoxtonas so acentuadas graficamente: abbora, bssola, cntaro, dvida, lquido, mrito, nrdico, poltica, relmpago, tmpora etc. Casos especiais 1. Acentuam-se sempre os ditongos tnicos abertos i, u, i: bolia, fiis, idia, cu, chapu, vu, apio, heri, caracis etc. 2. Acentuam-se sempre o i e o u tnicos dos hiatos, quando estes formam slabas sozinhas ou so seguidos de s: a, balastre, ba, egosta, fasca, herona, sada, sade, vivo, etc. 3. Acentua-se com acento circunflexo o primeiro o do hiato o, seguido ou no de s: abeno, enjo, coro, perdo, vos etc. 4. Mantm-se o acento circunflexo do singular cr, d, l, v nas formas do plural desses verbos - crem, dem, lem, vem - e de seus compostos - descrem, desdem, relem, revem etc. 5. Acentua-se com acento agudo o u tnico pronunciado precedido de g ou q e seguido de e ou i, com ou sem s: argi, argis, averige, averiges, obliqe, obliqes etc. 6. Acentuam-se graficamente as palavras terminadas em ditongo oral tono, seguido ou no de s: rea, geis, importncia, jquei, lrios, mgoa, extemporneo, rgua, tnue, tneis etc. 7. Emprega-se o trema no u que se pronuncia depois de g ou q, sempre que for seguido de e ou i: agentar, argio, ungento, eloqncia, freqente, tranqilizante etc. 8. Emprega-se o til para indicar a nasalizao de vogais: af, corao, devoes, ma, relao etc. Acento diferencial O acento diferencial utilizado para distinguir uma palavra de outra que se grafa de

igual maneira. Usamos o acento diferencial - agudo ou circunflexo - nos vocbulos da coluna esquerda para diferenciar dos da direita: ca/cas (verbo coar) pra (3. pessoa do sing. do pres. do ind. de parar) pla/plas e pla (verbo pelar e subst.) plo/plos e plo (subst. e verbo pelar) pra (arcasmo-subst. pedra) pra (subst. fruto da pereira) pde (pret. perf. do ind. de poder) coa/coas (com + a/as) para (preposio)

pela/pelas (per + a/as) pelo/pelos (per + o/os) pera (arcasmo-prep. para) pera (arcasmo-prep. para) pode (pres. do ind. de poder)

plo/plos polo/polos (subst. eixo em torno do qual uma coisa (aglutinao da prep. por e dos arts. arcaicos gira) lo/las) pr (verbo) CLASSES DAS PALAVRAS As palavras usadas na nossa lngua podem ser divididas em Classes Gramaticais em razo do significado e da funo de cada uma. O estudo dessas Classes Gramaticais nos ajuda a ter mais segurana ao escrever e a ter uma maior facilidade de expresso, seja de forma oral ou escrita. Mas no imagine que sempre ser necessrio reservar um tempo para fazer uma anlise das palavras antes de criar uma frase ou orao. Com o tempo, aps fazer muitos exerccios, analisar textos de outros autores e criar seus prprios textos, esse processo passa a acontecer automaticamente. a prtica que nos d essa agilidade. por (preposio)

Ao todo, so 10 (dez) Classes Gramaticais, 6 (seis) delas compostas por palavras variveis e mais 4 (quatro) de palavras invariveis. As palavras chamadas variveis so aquelas que podem se flexionar em gnero, nmero, tempo, modo, pessoa etc. So elas: 1. Substantivo 2. Artigo 3. Adjetivo 4. Numeral 5. Pronome 6. Verbo J as palavras chamadas invariveis no se flexionam. So elas: 1. Advrbio 2. Preposio 3. Conjuno 4. Interjeio Vamos, a partir de agora, relembrar as definies, funes e exemplos de cada uma dessas Classes Gramaticais. SUBSTANTIVO Basicamente, Substantivo toda palavra que d nome a seres, objetos, lugares, sentimentos, aes, qualidades ou estados etc. Exemplos: Seres: cachorro, flor, homem, Maria, Joo Objetos: computador, borracha, livro Lugares: sorveteria, aeroporto, Belo Horizonte, Brasil Sentimentos: amor, dio, rancor, aflio, afeio Aes: nascimento, digitao, colheita, salto Qualidades ou estados: beleza, alegria, juventude Os substantivos podem ser classificados em comuns e prprios, concretos e abstratos, e coletivos. Quanto formao, podem ser primitivos ou derivados e simples ou compostos. E so variveis pois podem se flexionar em gnero (masculino e feminino), nmero (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). ARTIGO O Artigo uma palavra varivel que acompanha os substantivos e tem a funo de determin-lo, indicando-lhe ainda gnero e nmero. Isoladamente, o artigo no possui nenhum significado. Podem variar em gnero e nmero, de acordo com o substantivo ao qual se referem.

Os artigos so classificados como Definidos quando determinam o substantivo de modo particular e preciso, ao passo que so Indefinidos quando determinam o substantivo de forma geral, vaga e imprecisa. Os artigos definidos so as palavras: o, a, os, as. J os artigos indefinidos so: um, uma, uns, umas. ADJETIVO O Adjetivo a palavra que atribui caractersticas aos seres, objetos, lugares, sentimentos, aes, qualidades etc, ou seja, ao substantivo. Assim, dizemos que o adjetivo modifica o substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade ou expressando sua aparncia, aspecto ou mesmo seu estado. Por exemplo: gua fria, sapato grande, carne congelada. O adjetivo, assim como o substantivo, tambm pode ser classificado quanto sua formao em primitivos ou derivados e simples ou compostos, e variar em gnero, nmero e grau. NUMERAL O Numeral a palavra que modifica o substantivo determinando a sua quantidade em nmeros, mltiplos ou frao, ou mesmo a sua ordem em uma determinada seqncia. Por exemplo: dois bois, salto triplo, meio quilo, primeiro lugar. Podem ser classificados em numerais ordinais (um, dois, trs), cardinais (primeiro, segundo, terceiro), multiplicativos (duplo, triplo, sxtuplo) e fracionrios (meio, tero, onze avos). Como regra, os numerais so variveis, mas nem todos os numerais variam em gnero e nmero. Por exemplo, os numerais cardinais em geral so invariveis, com exceo de um (uma), dois (duas), e dos terminados em -entos e -o (quinhentas, milhes). PRONOME Os Pronomes constituem uma categoria de palavras to importante quanto a dos substantivos. Eles podem servir como uma espcie de curinga, sendo usados para substituir um substantivo. Pode ainda se referir a um substantivo, ou acompanh-lo qualificando-o de alguma maneira. Variveis em gnero e nmero, os pronomes concordam com o substantivo ao qual substituem, se referem ou qualificam. Podem ser classificados como pessoais (eu, voc, eles), possessivos (meu, seu), demonstrativos (este, aquele), interrogativos (quem, qual), indefinidos (alguma, algum), relativos (que, qual) e reflexivos (si mesmo). VERBO Os Verbos so palavras que podem indicar uma ao (correr, trabalhar), um estado (ser, estar), um fenmeno da natureza (chover, ventar), uma ocorrncia (aconteceu, sucedeu), uma vontade, desejo ou sentimento (sentir, querer), uma convenincia (convm, cumprir), uma opinio (achar) etc. A classe dos verbos a mais varivel da lngua portuguesa, se flexionando em nmero, pessoa, tempo, modo e voz. Suas variaes so chamadas conjugaes. De

acordo com a forma de conjugao, os verbos so classificados em regulares, irregulares, anmalos, defectivos, e abundantes. ADVRBIO Os Advrbios so palavras que indicam as circunstncias em que os fatos acontecem. Podem indicar tempo (hoje, quando), modo (rapidamente, normalmente), afirmao (sim, realmente), negao (no, nunca), dvida (talvez, acaso), intensidade (muito, pouco), lugar (abaixo, dentro, fora), designao (eis), interrogao (onde, quanto), incluso (at, inclusive, tambm), excluso (fora, salvo, exceto) etc. So palavras invariveis, pois no se flexionam em gnero e nmero como os substantivos e nem em pessoa, modo, tempo e voz como os verbos. Entretanto, podem ser flexionados em grau, admitindo os graus comparativo e superlativo absoluto. PREPOSIO A Preposio uma palavra invarivel que liga dois elementos de uma orao, estabelecendo uma relao entre eles. As preposies podem ser classificadas como essenciais, quando so palavras que sempre desempenham a funo de preposio (por, para, perante, a, ante, at, aps, de, desde, em, entre, com, contra, sem, sob, sobre, trs), ou acidentais, quando forem palavras de outras classes gramaticais que estiverem, eventualmente, ocupando o papel de uma preposio (afora, fora, exceto, salvo, malgrado, durante, mediante, segundo, menos). comum acontecer a juno de uma preposio com outra palavra. Quando isso ocorre, chamamos de combinao a juno que no leva a uma alterao fontica, como por exemplo a juno do a (preposio) + o (artigo) que resulta em "ao". Haver contrao quando, na juno, a preposio sofre reduo, como por exemplo: de (preposio) + a (artigo) resulta em "da". CONJUNES As Conjunes so palavras invariveis que ligam duas oraes ou duas palavras semelhantes (de mesma funo gramatical) da mesma orao. s vezes, uma conjuno representada no por apenas uma palavra, mas por duas ou mais palavras. Nesses casos, esse conjunto chamado de Locuo Conjuntiva. As conjunes podem ser Coordenativas (quando ligam palavras ou oraes com a mesma funo gramatical e no estabelecem relao de dependncia entre elas) ou Subordinativas (quando ligam duas oraes em que cada uma delas depende da existncia da outra). As conjunes Coordenativas podem ser aditivas (e, nem), adversativas (mas, porm, contudo), alternativas (ou ... ou, ora ... ora), conclusivas (ora, logo) ou explicativas (que, pois, porque). J as conjunes Subordinativas se classificam em causais (porque, pois, desde que), concessivas (embora, conquanto, ainda que), condicionais (se, caso, a menos que), conformativas (como, conforme, segundo), comparativas (tanto quanto, como, tal e qual), consecutivas (de modo que, de forma que), finais (para que, a fim de

que), proporcionais (ao passo que, quanto mais) e temporais (logo que, agora que, depois que) e integrantes (se, que). Em geral, as conjunes no tm uma nica classificao, devendo ser analisadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto em que se inserem. INTERJEIES As Interjeies so palavras invariveis usadas para expressar sensaes ou estados emotivos, podendo ser classificadas de acordo com a emoo que traduzem, como por exemplo alegria (Viva!), dor (Ai!), advertncia (Cuidado!), alvio (Ufa!), surpresa (Nossa!), espanto (Oh!), afugentamento (Passa!), saudao (Oi!), agradecimento (Obrigado!) etc. H tambm interjeies chamadas de imitativas, pois exprimem rudos e vozes (Zs!, Pum!, Miau!, Tique-taque!, Psiu!). Observe que, de acordo com o tom de voz utilizado, a mesma interjeio poder expressar sentimentos diferentes. A duas ou mais palavras usadas como interjeio damos o nome de Locuo Interjetiva (Muito obrigado!, Que pena!, Bom dia!, Muito bem!). 1 - Crase 1.1 - Introduo Crase uma palavra de origem grega e significa "mistura", "fuso". Nos estudos de lngua portuguesa, o nome dado fuso ou contrao de duas letras "a" em uma s. A crase indicada pelo acento grave (`) sobre o "a". Assim, apesar do uso corrente, crase no o nome do acento, mas do fenmeno representado atravs do acento grave. A crase pode ser a fuso da preposio a com: 1) o artigo feminino definido a (ou as): Fomos cidade e assistimos s festas. 2) o pronome demonstrativo a (ou as): Irei (loja) do centro. 3) os pronomes demostrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Refiro-me quele fato. 4) o a dos pronomes relativos a qual e as quais: Existem comunidades s quais no possvel enviar mensagens. A ocorrncia da crase depende, pois, da verificao da existncia de duas vogais "a" (preposio + artigo ou preposio + pronome) no contexto sinttico. Como obrigatoriamente o primeiro a preposio, exigida quase sempre por um verbo ou um nome, a crase um fato gramatical estreitamente relacionado regncia verbal e nominal. Observe as frases: - Encontrei a menina. - Gostei da menina. - Conversei com a menina. - Agradei menina.

Veja que a crase s ocorreu na ltima frase. No primeiro caso (Encontrei a menina), o verbo encontrar no exige a preposio a, j que transitivo direto; por isso, o substantivo menina precedido apenas de artigo. Nos dois casos seguintes (Gostei da menina e Conversei com a menina), os verbos gostar e conversar, transitivos indiretos, exigem preposio que se contrai (de+a=da) ou no (com a) com aquele artigo. No ltimo caso (Agradei menina), o verbo agradar, na acepo de "ser gentil", "ser agradvel", transitivo indireto e exige a preposio a, que se contrai com o artigo a resultando em crase. 1.2 - Regras Prticas Como foi dito anteriormente, o estudo da crase ir esbarrar necessariamente no estudo das regncias verbais e nominais. Entretanto, como esse estudo deve ser mais aprofundado e demorado, optamos por fornecer algumas regras simples para facilitar a utilizao da crase de forma mais rpida e prtica. A primeira regra prtica para descobrir se ocorreu ou no a crase tambm a mais simples e mais utilizada: 1 Regra Prtica: Substituia a palavra feminina por uma masculina, de mesma natureza. Se aparecer a combinao ao, certo que ocorrer crase antes do termo feminino: Amanh iremos ao colgio / escola. Prefiro o Corinthians ao Palmeiras / Portuguesa. Resolvi o problema / a questo. Vou ao campo / praia. As crianas foram ao largo / praa. Veja abaixo alguns casos nos quais a substituio pelo substantivo masculino explicitou a no ocorrncia da crase (repare que o ao no aparece aps a substituio, seja por falta da preposio ou do artigo): Convoquei as alunas / os alunos para a reunio. Fazer bem feito vale a pena / o esforo. preciso respeitar a sinalizao / o regulamento. Este molho cheira a cebola / a alho. Segunda Regra Prtica: A segunda regra a ser verificada consiste em substituir o termo regente da preposio a por outro que exija uma preposio diferente (de, em, por). Se essas preposies no se contrarem com o artigo, ou seja, se no surgirem as formas da(s), na(s) ou pela(s), no haver crase: Refiro-me a voc. (sem crase)Gosto de voc / Penso em voc / Apaixonei-me por voc. Refiro-me menina. (com crase)Gosto da menina / Penso na menina / Apaixoneime pela menina.

Comeou a gritar. (sem crase)Gosta de gritar / Insiste em gritar / Optou por gritar. Mais uma regra que deve ser verificada a de substituir verbos que transmitem a idia de movimento (ir, voltar, vir, chegar etc.) pelo verbo voltar. Ocorrendo a preposio "de", no haver crase. E se ocorrer a preposio "da", haver crase: Vou a Roma. / Voltei de Roma. Vou Roma dos Csares. / Voltei da Roma dos Csares. Voltarei a Curitiba e Bahia. / Voltarei de Curitiba e da Bahia. A ltima regra deve ser usada no caso de locues, ou seja, reunio de palavras que equivalem a uma s idia. Se a locuo comear por preposio e se o ncleo da locuo for palavra feminina, ento haver crase: Gente toa. Vire direita. Tudo s claras. Hoje noite. Navio deriva. Tudo s avessas. Mais exemplos: Ele estava procura de trabalho. Pedro estava busca de aventuras. Ana estava espera de um prmio. A turma de Paulo est frente de todas. O problema foi resolvido maneira de Paulo. O arroz estava moda da casa. No caso da locuo moda de, a expresso "moda de" pode vir subentendida, deixando apenas o "" expresso, como nos exemplos abaixo: Sapatos Luiz XV. Relgios Santos Dummont. Bifes milanesa. Churrasco gacha. Fil parmes. Mas cuidado: De acordo com a normal culta, em "bife a cavalo" e "frango a passarinho", as expresses "moda de" ou "maneira de" no esto implcitas ou subentendidas e, assim, o a no recebe o acento indicativo da crase, j que precede palavras masculinas. Bife a cavalo: bife com um ou mais ovos fritos por cima

Frango a passarinho: frango picado em pequenos pedaos No caso de locues relativas a horrios, somente no caso de horas definidas e especificadas ocorrer a crase: meia-noite. uma hora. duas horas. s trs e quarenta. 1.3 - Casos de crase proibida Vimos que dois elementos so necessrios para que aparea a crase. Um deles a palavra com sentido incompleto (palavra relativa) que venha seguida da preposio a; e o outro o artigo feminino singular ou plural. Nas pginas a seguir, listamos alguns casos em que, obviamente, no poder haver crase, j que se exclui a hiptese de aparecer o artigo "a" exigido. No haver crase antes de nomes masculinos: Tenho um fogo a gs. Assisti a jogos memorveis. Fui a p. No compro a prazo. Isto cheira a vinho. Admiro os quadros a leo. Venho a mando de meu patro. Escreveu um bilhetinho a lpis. No haver crase antes de verbos: A partir da meia-noite, os alunos saem a passear. Comeou a chorar. Cheguei a insistir. Disponho-me a colaborar. Ps-se a gritar. No haver crase antes de pronomes em geral: Mostre a ela. Disse a mim. Parabns a voc. Isso no interessa a ningum. Aquilo interessa a qualquer um de ns.

No haver crase antes de pronomes de tratamento. Se aparecer Vossa, por exemplo, troque por Voc e analise: Refiro-me a Vossa Excelncia. Refiro-me a voc. Antes de pronomes indefinidos tambm no haver crase: Ele no se prendia a nenhuma mulher. Ele havia declarado amor a certa jovem. No haver crase antes de palavras femininas repetidas: Entraram duas a duas. Estiveram cara a cara. Viram-se frente a frente. Caiu gota a gota. Dia a dia a empresa foi crescendo. Em geral, no haver crase antes de nomes prprios de cidades: Meus advogados retornaro a Braslia em breve. Entretanto, se o nome da cidade vier determinado, poder haver crase se a preposio a tambm estiver presente: O jovem arquiteto referia-se monumental Braslia. No haver crase antes da palavra "casa": Fui bem recebido, mesmo tendo chegado tarde a casa. Entretanto, se a palavra "casa" vier determinada, tambm poder haver crase: Maria foi casa da irm para fazer um emprstimo. No haver crase antes de palavras femininas no plural precedidas de um a: No vou a festas. A pesquisa no se refere a mulheres casadas. O prmio s foi concedido a cantoras nacionais. um assunto relativo a jornalistas especializadas. Nesses casos de palavras femininas no plural precedidas de um a, este a preposio, e os substantivos esto sendo usados em sentido genrico. Quando so usados em sentido especfico, passam a ser precedidos do artigo as e,

ento, ocorrer a crase. Compare as frases abaixo: O estudo no se aplica a pessoas de ndole nervosa. O estudo no se aplica s pessoas de que estvamos falando. Voc est se referindo a secretrias? Voc est se referindo s secretrias desta empresa? No haver crase antes de nomes de parentesco, precedidos de pronome possessivo: Recorri a minha me. Faremos uma visita a nossa tia. Pea desculpas a sua irm. No haver crase antes de nomes prprios que repelem o artigo: Rezo a Nossa Senhora. O guerreiro falou a Iracema. Fiz uma promessa a Santa Teresinha. Fomos a Paquet. Iremos a Curitiba e depois a Londrina. No haver crase antes do substantivo terra, em oposio a bordo, a mar: Saiu do navio e chegou a terra. Vendo o tubaro, o nadador voltou logo a terra. No haver crase antes de numerais cardinais referentes a substantivos no determinados pelo artigo: Assisti a duas sesses. Daqui a trs semanas muita coisa ter mudado. A fazenda ficava a quatro lguas da cidade. Foi visto a 20 de setembro de 1955. Mas lembre-se: como vimos anteriormente, usa-se a crase nas locues adverbiais que exprimem hora determinada. Ainda, usa-se a crase nos casos em que o numeral estiver precedido de artigo. Chegamos s nove horas da manh. Assisti s duas sesses de ontem.

Entregaram-se os prmios s quatro alunas. 1.4 - Casos de uso facultativo da crase A crase facultativa diante dos nomes prprios de pessoas, antes de possessivos e depois da preposio at que antecede substantivos femininos, desde que o termo antecedente reja preposio a: Ofereci um presente a () Carolina. O porteiro entregou os papis a () minha secretria. Irei a () vila. Enviei flores a () Paula. Vou at a () escola. Fui at as (s) ltimas conseqncias. No te dirijas a () tua terra nem a () minha. At a () praia. Se o "a" antes de "que" significar aquela, aquelas, o a poder ter crase: No me refiro a esta pessoa, mas sim que esteve aqui hoje. 1.5 - Casos sujeitos a verificao Algumas expresses adverbiais de lugar formadas por nomes de cidades, estados e pases aceitam o uso do artigo definido feminino. Nesses casos, se houver tambm a presena da preposio a, haver crase. Voc poder fazer a verificao da ocorrncia do artigo definido feminino por meio da troca do termo regente: Vou Bahia (Vim da Bahia / Estou na Bahia) Vou a Florena. (Vim de Florena / Estou em Florena) Vou Itlia (Vim da Itlia / Estou na Itlia) Ateno: importante ter cuidado de no esquecer de verificar os dois lados. No basta constatar que surge da ou na antes de Itlia, por exemplo. Isso no garantia de acento indicador de crase; apenas confirma a existncia de artigo antes de Itlia. Para que ocorra crase, preciso que o termo anterior pea a preposio a. No caso de "Visitei a Itlia", por exemplo, no h crase, j que visitar verbo transitivo direto. Com as palavras casa e terra, deve-se observar o comportamento de tais palavras nas expresses: Cheguei a casa (Venho de casa / Estou em casa) Neste caso, "casa" designa a residncia de quem fala ou escreve. Cheguei casa do diretor (Venho da casa do diretor / Estou na casa do diretor) J neste caso, a palavra casa

A ocorrncia da crase com os pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo depende apenas da verificao da presena da preposio que antecede esses pronomes: Veja aquele monumento / aquela praa / aquilo. (O verbo ver transitivo direto, portanto, no h preposio) Refiro-me quele jardim / quela praa / quilo. (O verbo referir-se transitivo indireto e rege a preposio a) A crase com o pronome a qual detectvel pelo expediente da substituio do termo regido feminino por um termo masculino: A professora qual devo meu aprendizado j se aposentou. O professor ao qual devo meu aprendizado j se aposentou. Muitas das alunas s quais ele dedicou seus estudos estiveram presentes homenagem de ontem. Muitos dos alunos aos quais ele dedicou seus estudos estiveram presentes homenagem de ontem. 1.6 - Crase em locues adverbiais Em algumas locues adverbiais femininas, ainda que no haja, a rigor, uma fuso entre o "a" preposio e o "a" artigo (j que existe apenas o "a" preposio), muitos gramticos consideram aceitvel (e alguns acham at mesmo prefervel) o uso do acento indicativo da crase no "a". A justificativa buscar a forma que d maior clareza frase. Veja: Eu estudo a distncia. (Que distncia voc estuda?) Eu estudo distncia. (Ah! Voc estuda pela internet, no ?) IMPORTANTE Foi caada a bala. ( a bala que foi caada?) Foi caada bala. (Coitada... Ser que tomou algum tiro?) Bateu a mquina. (Ser que ele bateu o carro?) Bateu mquina. (Usando a mquina de escrever at hoje, hein?) Tranquei a chave. (Trancou a chave? Onde?) Tranquei chave. (Trancou usando a chave.) Cortou a faca. (Ter a prpria faca sido cortada?) Cortou faca. (Algum cortou alguma coisa usando a faca.)

Vendeu a vista. (Ser que algum vendeu os olhos?) Vendeu vista. (Vendeu para pagamento imediato.) Coloquei a venda. (Que venda, no olhos?) Coloquei