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notícias REVISTA TRIMESTRAL INFORMAçãO GERAL DISTRIBUIçãO GRATUITA MARçO 2013 Nº29 DESTAQUE 37º ANIVERSÁRIO PCA DA SONANGOL, FRANCISCO DE LEMOS JOSé MARIA, FAZ BALANçO POSITIVO DO DESEMPENHO DA EMPRESA EM 2012 Nembamba Vita promovido a comandante de navio ORGULHO NACIONAL DESPORTO JIU-JITSU Walter Faustino, perfil de um campeão da casa Unidade petrolífera FSO Palanca em remodelação em Singapura PESQUISA E PRODUÇÃO

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notíciasRevista tRimestRal • infoRmação GeRal • DistRibuição GRatuita • maRço 2013 • nº29

Destaque

37º aniversárioPCA DA SonAngol, FrAnCiSCo De lemoS JoSé mAriA,FAz bAlAnço PoSitivo Do DeSemPenho DA emPreSA em 2012

Nembamba Vita promovido a comandante de navio

oRGULHo NACIoNAL

DESPORTOJIU-JITSUWalter Faustino, perfil de um campeão da casa

Unidade petrolífera FSO Palanca em remodelação em Singapura

PESQUISA E PRODUÇÃO

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34 perfilWAlter FAUStinoO engenheiro da Sonangol é também campeão nacional de jiu-jitsu brasileiro.

opiniãoCADeiA De vAlorAs empresas e o objectivo estratégico da integração vertical. A análise económica de um especialista.

06 naCionalbreveS DA ACtUAliDADe

DesportohÓQUeiO campeonato mundial de hóquei já está a ser preparado. Luanda e Namibe vão receber a competição.

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sHippinG PromoviDo A ComAnDAnteQuadro angolano da Sonangol faz história na empresa e no país.

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naCional SonAngol, 37º AniverSárioPCA faz o balanço do ano passado e lança a ponte para 2013.

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Colabore Com a revista sonangol notíCias, mande os seus textos para [email protected]

eDição• gabinete de Comunicação e imagem – [email protected] • director – João Rosa Santos • técnicosJosé Mota, Sandra Teixeira, Nadiejda Santos, Lúcio Santos, Sarissari Dinis, Paula Almeida • assistentes Hélder Sirgado, Carlos Guerreiro, Kimesso Kissoka, Maria Nestor, Domingos Augusto, Henrique Artur, José Quarenta • administrativos Carvalho Neto, Diogo Lino, Daniel Bumba • interlocutores Andresa Silva, Ângela Feijó, Beatriz Silva, Lúcia Anapaz, Olga Xavier, Sónia Santos, Marta Sousa, Rosa Menezes, Miguel Mendonça, José Oliveira, Pedro Lima, Mondlane Boa Morte, Gil Miguens, Tiago Neto, Nelson Silva, Luís Alexandre e Estêvão Félix • impressão Damer Gráficas, S. A. • tiragem 5000 exemplares• design gráfico, apoio editorial e produção –

ConselHo De aDministração • presidente – Francisco de Lemos José Maria • administradores executivos – Anabela Fonseca, Fernando Roberto, Mateus de Brito, Baptista Muhongo Sumbe, Sebastião Gaspar Martins e Raquel Vunge. • administradores não executivos – Albina Assis Africano, José Guime, André Lelo e José Paiva

revista disponivel nos voos da:

nota: Os textos assinados não vinculam necessariamente a Sonangol ou a revista, sendo de inteira responsabilidade dos seus autores.

proprieDaDe Sonangol, E.P.

• sede Rua Rainha Ginga, 29/31 Caixa Postal 1316 LuandaTel.: 226 643 342 / 226 643 343Fax: 226 643 996www.sonangol.co.ao

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4 • Março 2013 - Nº29

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palavra Do DireCtorJoão Rosa Santos

ConStrUir o FUtUro

A Sociedade Nacional de Combustíveis de Ango-la – Sonangol, que a 25 de Fevereiro último apagou mais uma vela,

completando 37 anos de consti-tuição, iniciou o ano de 2013 com a implementação de dois projectos de grande impacto social.O primeiro está relacionado com um ambicioso programa de Bolsas de Estudo para jovens angolanos no exterior, e o segundo ligado à venda de habitações em várias centralidades sob responsabili-dade da SONIP.A formação de quadros é um imperativo que deve merecer a atenção de todos. Ao mesmo

tempo que a Sonangol cresce, os seus colaboradores envelhecem e, como tal, a renovação gradual e contínua da força de trabalho deve ser encarada com prioridade.O programa é tão mais pertinente e inadiável, em função dos múl-tiplos e gigantescos desafios da empresa, consubstanciados num oportuno e ambicioso programa de desenvolvimento corporativo e empresarial que tem nos Recursos Humanos a sua força motriz. Por outro lado, na perspectiva do bem-estar social, onde a ha-bitação é um direito do cidadão, a SONIP escreve a história em cada nova centralidade erguida, o que orgulha toda uma nação.

Estes dois projectos de gran-de responsabilidade espelham o engajamento directo e activo da petrolífera estatal angolana na solução de alguns dos mais prementes problemas do país.Não por mero acaso, a qualidade que corporiza as suas acções mar-cadamente eficientes constitui uma soberana oportunidade de realização e satisfação do homem angolano.As sementes estão lançadas. Agora é hora de saber cuidar e preservar o bem que plantámos.

Até breve!

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A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola – Sonangol E.P., e a Cabinda Gulf Oil Company Limited (CABGOC) anuncia-ram a Decisão Final de Investimento (FID) do Projecto Mafu-meira Sul do Bloco 0.Localizado a 15 milhas (24 Km) ao largo da costa da província de Cabinda, a uma profundidade de água de 200 pés (60 metros), o Projecto Mafumeira Sul cujo investimento está avaliado em USD 5,6 mil milhões, constitui a segunda fase de desenvolvimento do Campo Mafumeira localizado no Bloco 0. O âmbito do projecto inclui 50 poços, 2 plataformas de cabeça de poços, instalações de processamento e compressão e aproximadamente 75 milhas (121 Km) de condutas submarinas.O início de produção do Mafumeira Sul está previsto para 2015 e deverá atingir uma produção diária máxima de 110 mil barris de petróleo por dia e 10 mil barris de gás petróleo liquefeito (LPG) por dia. O gás natural associado será comercializado através da fábrica do Angola LNG localizada no município do Soyo.A Cabinda Gulf Oil Company Limited (CABGOC) é o Operador do Bloco 0 com uma participação de 39,2%, e tem como parceiros a Sonangol E.P. (41%), a Total Petroleum Angola Limited (10%) e a ENI Angola Production B.V., (9,8%).

O Ministério dos Petróleos tem o plano de licitar blo-cos petrolíferos, ao longo deste ano, principalmente em onshore, afirmou o ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos. O governante, que falava no final do encontro que manteve com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Uruguai, Luis Almagro Lemes, referiu que o interesse do governo do Uruguai em comprar petróleo em Angola foi registado e quando isso ocorrer as empre-sas uruguaias serão convidadas para participar. O gover-nante afirmou que a Sonangol e uma empresa uruguaia estão neste momento a analisar esta intenção, pelo que cabe apenas ao ministério dar o apoio institucional para que o mesmo aconteça. Botelho de Vasconcelos informou que, normalmente, cada carregamento possui entre 900 a um milhão de barris. Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Uruguai, Luis Almagro Lemes, referiu que o seu país está interessado em cooperar no domínio dos petróleos, agro-indústria, energia e em diversificar o mer-cado de importações, acrescentando que o Uruguai está igualmente interessado em fazer, pelo menos, quatro car-regamentos de petróleo por ano, pelo que aguarda pelo resultado das negociações que decorrem neste momento.

mAFUmeirA SUl em mArChA

AngolA vAi liCitAr bloCoS De PetrÓleo em onShore

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• Março 2013 - Nº296

Sob o lema “O Legado Continua”, a Sonangol USA (SONUSA) celebrou, no passado dia 12 de Novembro, o seu 15° aniver-sário, tendo cumprido, a propósito, um programa de acti-vidades que culminou com a realização, naquele país do continente americano, de um jantar comemorativo do qual participaram colaboradores, clientes e parceiros da referida Subsidiária da Sonangol E.P.O programa, bastante participativo, incluiu ainda um jogo de Futsal entre mistos da Sonangol USA e da Sonangol Marine Services.Ao discursar durante o jantar, a Presidente da SONUSA, Elma Almeida, enalteceu o empenho de todos os trabalhadores

nas suas actividades e responsabilidades diárias e reforçou a necessidade de se dar continuidade ao fortalecimento da presença do Grupo Sonangol no mercado americano.

A Operação Houston Express, um serviço de transporte aéreo directo de passageiros e carga entre Luanda e Hous-ton (Estados Unidos da América) e no sentido inverso, ofe-recido pela SonAir, Subsidiária da Sonangol E.P., completou no passado dia 06 de Novembro, doze anos de existência.Na sua primeira década de actividade, a Houston Express funcionou com uma aeronave do tipo MD11, então operada pela companhia WorldAirways. Porém, a partir de 2010, o referido serviço passou a ter como operador a Atlas Air, desta feita com um Boeing 747-400, facto que fez aumentar sig-nificativamente a respectiva taxa de ocupação. Recorde-se, a esse propósito, que o MD11 tinha uma capaci-

dade para 113 lugares, sendo que o Boeing 747-400 actual-mente ao serviço da Houston Express transporta um total de 189 passageiros, dos quais 10 em 1ª Classe, 108 em Exe-cutiva, 35 em Económica Plus e 36 em Classe Económica.

SonUSA CelebrA 15º AniverSário

oPerAção hoUSton exPreSS ComPletoU 12 AnoS De ACtiviDADe

O ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, defendeu que o Exe-cutivo continua a promover o desenvolvimento do sector do petróleo e gás, por se afigurar como catalizador para a diversificação da econo-mia nacional, na perspectiva de contribuir para a redução da pobreza no país. A aposta no sector prende-se também com a vontade de pro-porcionar melhor qualidade de vida à população, através do maior acesso a formas de utilização de energia moderna, mais acessível e eficiente, disponível em abundância no país. O governante sublinhou que “O sector do petróleo e gás, no âmbito das suas atribuições ema-nadas do Executivo, está a desenvolver um conjunto de acções, visando melhor prestação do serviço público, com total respeito às normas de funcionamento necessárias ao desempenho das atribuições económi-cas e sociais de interesse público”. Segundo o governante, o Executivo Angolano traçou, como objectivos principais a médio prazo, intensi-ficar as actividades de prospecção, pesquisa de petróleo bruto e gás natural; licitar novas concessões petrolíferas e desenvolver a indús-tria de gás natural e da petroquímica.

Promoção Do gáS e PetrÓleo nA AgenDA PolítiCA

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O ministro da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kus-sumua, acompanhado da Secretária de Estado e de Directores do referido sector governamental, visitou recentemente a Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEE), nomeadamente as Unidades Industriais VEDATELA, PIPELINE, NINHOFLEX, INDU-CABOS, MANGOTAL, PIVANGOLA, INDUTIVE, MATELECTRICA, ANGOLACABOS, INDUTUBO, TRANSPLAS, TELHAFAL, MT/BT, BOMBAGUA, INDUPLASTIC, INFER e GALVANOPLASTIA. A visita teve como objectivo constatar os níveis de produção das várias unidades industriais localizadas na ZEE e analisar até que ponto os seus produtos podem satisfazer as necessida-des do ministério da Assistência e Reinserção Social, no âmbito das suas responsabilidades relacionadas com o programa de investimentos públicos, muito particularmente a construção

de estruturas de carácter social.O presidente da Associação dos Deficientes de Angola, Silva Etiambulo, também esteve na ZEE, desta feita para tratar, com a empresa Sonangol Investimentos Industriais (SIIND), de questões relacionadas com o cumprimento do Decreto Nº 21/82, de 22 de Abril, que determina medidas para a protecção dos deficientes. De acordo com o referido Decreto, todos os organismos do Estado, empresas estatais, mistas, privadas e cooperativas, bem como organizações de massas e sociais, devem man-ter uma reserva de pelo menos 2% dos seus postos de traba-lho para pessoas deficientes. Refira-se que a MATELECTRICA é uma das unidades industriais da ZEE que já emprega porta-dores de deficiência.

A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola – Sonan-gol E.P., e a Maersk Oil Angola A/S, anunciaram mais uma descoberta de petróleo no Bloco 16, com perfuração do poço Caporolo-1, em águas profundas do offshore Angolano. Trata-se da segunda descoberta feita neste bloco depois do Chissonga-1. O poço Caporolo-1, foi perfurado numa lâmina de água de 1 235 metros e atingiu uma profundidade total de 5 508 metros. Os resultados do teste deste poço indica-ram um fluxo máximo de 3.000 barris de petróleo por dia, através de um estrangulador de fluxo de 36/64 polegadas.A Sonangol E.P. é a Concessionária Nacional e a Maersk Oil Angola A/S é o Operador do Bloco16 com 65% de participa-ção, tendo como parceiros a Sonangol P&P (20%) e a Ode-brecht Oil & Gas Angola Ltd (15%).

miniStro DA ASSiStÊnCiA e reinSerção SoCiAl viSitA zonA eConÓmiCA eSPeCiAl

novA DeSCobertA De PetrÓleo no bloCo 16

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• Março 2013 - Nº298

O Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P., Francisco de Lemos José Maria, defendeu recente-mente que é preciso mudar permanentemente para melho-rar a empresa e o desempenho dos colaboradores, sendo que mudar significa ajustar continuamente a organiza-ção, melhorar comportamentos e cumprir e fazer cumprir as orientações superiormente emanadas pelo executivo angolano. Recentemente, numa cerimónia, assistida por membros dos Conselhos de Administração e de Direcção da Sonangol E.P., foram empossados Josina Marília N’gongo Mendes Baião Magalhães para o cargo de Presidente da Comissão Executiva da Sonangol Holdings, Ruben Mon-teiro da Costa para o cargo de Presidente da Comissão Executiva da Sonagás, Diogo da Silva Manuel para o cargo de Presidente da Comissão Executiva da MSTelcom e João António Ramos para o cargo de Presidente da Comissão Executiva da SONAREF. Foram igualmente empossados, Ana Joaquina Van-Dúnem Alves da Costa, nos cargos de Vogal da SONAREF, Gerente Único e Directora Geral da SONAREL, Ana Maria dos Reis Fançony, Vogal da Comissão Executiva da SONAREF, Augusto dos Anjos e Costa Pereira Bravo, Vogal da Comissão Executiva da SONAREF, Vicente Sebastião Inácio, Vogal da Comissão Executiva da Sonan-gol Holdings, Jacinto Estêvão, Vogal da Comissão Execu-tiva da Sonangol Holdings, Joaquim da Conceição Mayer, Vogal da Comissão Executiva da Sonagás, Jaime Cam-pos, Vogal da Comissão Executiva da Sonangol Distribui-dora, José Pedro Benge, Vogal da Comissão Executiva da MSTelcom e Tomás Faria, no cargo de Vogal da Comissão Executiva da Sonangol Logística.Tomaram ainda posse Julião Milagre de Assis Bárber no cargo de Secretário do Conselho de Administração da Sonangol E.P., Belarmino Emílio Chitangueleca no cargo de Director de Produção, Jacinto Manuel Veloso no cargo de Director de Finanças, Natacha Alexandra Ferreira Mon-teiro Massano no cargo de Directora de Economia de Con-cessões, Suzel Cardoso Alves Daniel no cargo de Directora de Negociações, Daniela Baptista Matos no cargo de Directora do Gabinete de Qualidade, Saúde, Segurança e Ambiente, André Pitra no cargo de Director do Projecto Sinco e Rodolfo Aguiar no cargo de Director do Projecto de Fertilizantes da Sonangol E.P.Para além destas nomeações, realizou-se no seio da empresa uma nova distribuição dos pelouros. Assim, em

Despacho datado de 5 de Outubro de 2012, o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P., Francisco de Lemos José Maria, procedeu a um ajustamento na super-visão das Unidades Organizacionais da Sonangol E.P. e suas Subsidiárias pelos membros do Conselho de Admi-nistração. Consequentemente, a referida supervisão ficou assim definida: Presidente do Conselho de Administração: Direcção de Planeamento, Direcção de Auditoria e Con-trolo Interno, Direcção de Serviços Jurídicos, Gabinete para as Relações com o Estado e Fiscalidade, SONIP-Sonan-gol Imobiliária e Propriedade, Sonangol Finance Limited, Fundo Social, Banco de Poupança e Promoção Habitacio-nal, Projectos Institucionais “Bónus Petrolíferos”, Fundos de Abandono e Fundo de Pensões da Sonangol. Admi-nistradora Anabela Soares de Brito da Fonseca: Direcção de Tecnologias de Informação, Gabinete de Qualidade, Saúde, Segurança e Ambiente, Sonangol Pesquisa e Pro-dução, Sonangol Hidrocarbonetos Internacional, SONACI--Sonangol Comercialização Internacional, SSHL-Sonangol Shipping Holding Limited e SONILS.Administrador Baptista Muhongo Sumbe: Direcção de Manutenção e Infraestruturas, Direcção de Serviços Sociais, Sonangol Distribuidora, Sonagás-Sonangol Gás Natural, Projecto de Produção de Fertilizantes e Luxerviza-Gera-ção de Energia Eléctrica.Administrador Fernando Joaquim Roberto: Direcção de Recursos Humanos, Clínica Girassol, MSTelcom, Puaça--Administração e Gestão, UCS-Universidade Corporativa da Sonangol e Unidades de Gestão dos Bolseiros da Sonangol.Administrador Mateus Morais de Brito: Direcção de Segu-rança Empresarial, Gabinete de Comunicação e Imagem, Sonangol Logística, SIIND -Sonangol Investimentos Indus-triais, Comissão de Projectos Sociais do Soyo, Coopera-tiva Cajueiro e Centro Recreativo Paz Flor.Administradora Raquel Rute da Costa Vunge: Direcção de Finanças, Direcção de Gestão de Riscos, Direcção Central de Compras, Sonangol Holdings, SonAir e Projecto Sinco--Sistema de Informação Corporativa.Administrador Sebastião Pai Querido Gaspar Martins: Direcção de Exploração, Direcção de Produção, Direcção de Negociações, Direcção de Economia de Concessões, Gabinete de Arquivo e Base de Dados, Laboratório Cen-tral, Direcção do Comité de Controlo das Concessões e SONAREF-Sonangol Refinação.

SonAngol AJUStA eStrUtUrA orgAnizACionAl

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viSão FUtUriStA PArA o SeCtor DA energiA

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nasa ajuda a criar robots para ajudar na exploração petrolífera. está a começar uma nova era no sector da energia e na exploração petrolífera.

talmente automatizadas que permitam a exploração de um depósito mediante a utilização de coordenadas via satélite. As plataformas automáticas poderiam, desta forma, levantar por si só reforços de aço com 14 pisos de altura e perfurar um poço para logo levantar acampa-mento e passar ao depósito seguinte. Esta nova era que está a surgir na indús-tria já motivou a criação na Universidade do Texas, em Austin, um novo progra-ma de pós-graduação em Engenharia focado na perfuração automatizada. Os especialistas afirmam que a auto-matização das plataformas petrolíferas podem reduzir em metade o número dos seus trabalhadores e ajudar a cobrir os postos cerca de 25% mais rápido.

A travessar o planeta vermelho emitindo informação pelo espaço pode ter muito em comum com

explorar os lugares mais recônditos da terra em busca de petróleo e gás na-tural. Pelo menos assim acredita uma empresa norueguesa que defende que a inteligência artificial do veículo explo-rador de Marte construído pela NASA – Agência Espacial Norte-Americana - o “Curiosity”, poderá ajudar a desenvolver plataformas petrolíferas automatiza-das e ajudar a reduzir os riscos para os trabalhadores da indústria do petróleo.A Robotic Drilling Systems AS é a em-presa norueguesa que está a desen-volver uma plataforma de perfuração petrolífera capaz de pensar por si mes-

ma. Recentemente, a empresa assinou um convénio de partilha de informação com NASA para descobrir o que pode-rá aprender com o veículo explorador “Curiosity”.Recorde-se que o Curiosity é um veículo explorador existente no interior da son-da espacial Mars Science Laboratory lançada em 26 de Novembro de 2011. Os principais objectivos do Curiosity incluem investigar a possibilidade da existência de vida em Marte (isto é, sua habitalidade planetária), estudar o clima e a geologia, e recolher dados para o envio de uma futura missão tripulada a Marte.A empresa de engenharia da empresa espera criar plataformas petrolíferas to-

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o A CADeiA De vAlor nA PerSPeCtivA eStrAtégiCA DAS emPreSAS

• Março 2013 - Nº2910

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P ara superar os limites impostos ao crescimento da firma no mer-cado em que actua e, ao mesmo

tempo, garantir financiamento para os investimentos planejados, as empresas tem como objectivo estratégico: a inte-gração vertical (que consiste na entrada em outros segmentos que compõem a cadeia produtiva), a internacionaliza-ção das suas actividades e a diversifica-ção dos seus serviços e produtos (com a entrada em outros ramos de activi-dade). Associada a condições macroe-conómicas e institucionais favoráveis, estas estratégias desenvolveram-se devido à necessidade de alargamento dos mercados.Primeiramente, antes de expor as estra-tégias, definiremos o risco, incerteza, economia de escala e escopo, que estão directamente relacionadas com as tác-ticas empregadas pelas empresas.O risco é a possibilidade de haver um custo extra ou imprevisto que acarrete em prejuízos contra o qual a firma pode segurar-se. (SALVATORE,1980).“A incerteza quanto ao futuro da eco-nomia, envolvendo os suprimentos, os padrões e a regularidade do abasteci-mento, a ocorrência ou não de crises e de perturbações da ordem político institu-cional estabelecida”. (ROSSETTI,1988)A economia de escala também referida como rendimentos crescentes, caracte-riza-se, quando o aumento da escala de produção gera resultados mais eficien-tes. Ou seja, na economia de escala, o dobro de insumos de uma indústria irá mais que dobrar a produção da mesma.(KRUGMAN P., OBSTFELD M.,1999).Considerando que uma fábrica de papel

sector, mais ou menos lucrativo, assim a firma pode auferir um maior potencial de crescimento e ganhos de economia de escala e escopo. De modo geral, as vantagens estão associadas à econo-mia de escala, pois uma empresa verti-calizada tem o domínio parcial ou total do processo produtivo.Deste modo, é possível aumentar a pro-dução e obter custos decrescentes no processo, na medida em que há capa-cidade instalada ociosa, que permite o aumento da produção com custos marginais cada vez menores. Onde há acréscimo na produção em uma uni-dade diminuímos custos de produção. Segundo Iootty, através de ganhos relacionados a economia de escala é possível reduzir os custos. Como por exemplo, se duas firmas comple-mentares passarem por um processo de fusão. A verticalização poderia ajudar na redu-ção dos custos de produção ao combi-nar firmas cujos processos produtivos requerem maior integração, ou ao redu-zir a incerteza que envolve estágios sucessivos de produção.De acordo com Hay e Morris (1991) as F&A (Fusões e Aquisições) verticais poderiam auxiliar na redução de custos de produção de três formas básicas:• Reduzindo directamente os custos de

operação, ou custos de transporte, ao concentrarem uma mesma planta, dois processos produtivos vertical-mente integrados.

• Eliminando sucessivas margens cal-culadas sobre custos com a integra-ção, quando uma empresa cobra um preço acima do seu custo marginal. Logo, reduziria o custo marginal total de produção, e elevando assim os lucros reais da firma “combinada”.

André Jimbe (texto)Editora Visão (Foto) possui economia de escala, com uma

função de produção F(W,P), onde W e P são os únicos insumos utilizados para a produção de papel. Se dobrar-mos os insumos desta fábrica a pro-dução irá aumentar mais que o dobro, assim temos que: F(2W,2P) > 2F(W,P).A economia de escopo caracteriza-se quando o aumento do escopo de pro-dução gera resultados mais eficientes. Onde a produção de dois tipos de produ-tos numa mesma estrutura será superior à soma da produção das duas fábricas.Agora, analisaremos uma fábrica de papel ofício e de cartolina, ambas pos-suem economia de escopo. A fábrica de papel ofício e de cartolina tem respecti-vamente, as seguintes funções de pro-dução F(A,B) e F(A,C), onde os únicos insumos utilizados nas fábricas são A, B e C. Assim, se adaptarmos a fábrica de papel ofício para produzir cartolina, a produção será maior do que a soma do produto das duas fábricas. De forma que: F(A,B,C) > F(A,B) + F(A,C).

1.1 A integrAção vertiCAl

A integração vertical foi uma táctica pre-dominante, devido às vantagens apresen-tadas, tais como: ganhos de economia de escala, e em alguns casos, economia de escopo. No entanto, há vantagens e desvantagens no processo de verticalização de uma indústria. Algu-mas das vantagens estão associadas à valorização de recursos excedentes em mercado específico, apropriação da renda, a redução dos custos ao longo da cadeia produtiva, devido ao menor número de intermediários e a fixação de contratos entre os agentes. A possibili-dade de subsídio cruzado permite que um sector da cadeia compense um outro

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• Março 2013 - Nº2912

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• Evitando a cobrança de um preço monopolista para o insumo, no caso da demanda ser maior que a oferta no mercado. Com isso, reduz o custo total de produção e eleva os ganhos reais da firma combinada.

Para esclarecer, retomaremos o exem-plo da fábrica de celulose, supondo que é capaz de produzir duas toneladas de papel por dia, a empresa não irá pro-duzir somente 0,5 toneladas se houver demanda no mercado para absorver a produção. Ou seja, não há interesse em operar abaixo da capacidade operacio-nal se houver possibilidade de explorar e obter maiores ganhos.Considerando que há custos fixos em capacidade instalada e custos variá-veis com mão de obra e insumos. Deste modo, se a fábrica decidir produzir mais, poderá vender mais produtos e auferir uma receita maior, que cobriria não só

os custos, como proporcionaria uma boa remuneração ao capital investido.Além disso, a integração vertical facilita a função do regulador de monitorar o poder de mercado dessas firmas e reduz o problema de assimetria de informação. Tornando a regulação menos complexa, quando comparada a necessidade de regular centenas de firmas, onde cada uma possui características diferentes e que consequentemente aumentaria as distorções de informação.Uma outra estratégia é a integração “para trás” que consiste no investi-mento na matéria prima que é utilizada durante o processo produtivo. Na visão de Iootty, a integração de uma firma, com grande market-share, pode criar um mercado cativo de outro segmento. Desta forma, aumentaria a competição entre as empresas que actuam no mer-cado fornecedor ao mesmo tempo em

que reduziria seu poder de barganha. Com isto, a empresa garante o supri-mento do bem essencial ao processo, evitando o risco inerente de boicote por parte dos fornecedores. Pois, no mer-cado em que o insumo é “monopólio” de um ou de poucos fornecedores, cria condições favoráveis à formação de car-téis com o intuito de conseguir maiores vantagens na negociação do produto.Além disso, a integração elimina proces-sos intermediários, como transacções financeiras, negociações, que represen-tam custos para as empresas. Contudo, são necessários altos investimentos para se realizar a integração para trás.Por outro lado, há desvantagens asso-ciadas ao processo de verticalização de uma firma, que estão relacionadas ao fun-cionamento interno da firma. Na medida em que a firma incorpora mais etapas da produção, esta torna-se maior e mais

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de escopo, em sectores como o petróleo. Assim como, a possibilidade de diversi-ficação em outros negócios da cadeia produtiva. Estas empresas possuem vantagens competitivas que possibili-tam o seu crescimento: seja no que se refere ao tamanho pertinente ao porte ou à parcela do mercado dominante, seja pela base financeira com lucros estáveis ou maiores quando os inves-timentos já estão amortizados.

i.3 A DiverSiFiCAção

O processo de reforma dos sectores de infra-estrutura de vários países e a convergência técnica induz a diversificação com objectivo de: reduzir os riscos relacionados ao investimento, aproveitar as economias de escala e

complexa no que tange ao gerencia-mento da empresa e consequentemente a criação de diversos departamentos. A interacção entre estes departamentos torna-se essencial para o bom funcio-namento da empresa, pois, uma falha de comunicação pode acarretar em erros graves na tomada de decisões da firma. Desta forma, a terceirização de um serviço torna-se mais vanta-joso num ambiente competitivo, que não seja dominado por poucas empre-sas deste ramo. Uma vez que, a delega-ção de responsabilidades reduz o risco de erros relacionado ao mau gerencia-mento dentro da empresa.

i.2 A internACionAlizAção

A perda de fôlego dos mercados nacio-nais nas economias amadurecidas, onde a demanda limita os investimentos, fez com que as empresas buscassem novas estratégias, tal como a interna-cionalização. Este processo é realizado por meio de fusões e aquisições trans-fronteiriças, que segundo Iootty(2002), possibilitariam a redução dos riscos de investimentos, já que “os retornos dos investimentos em actividades produti-vas localizadas em diferentes mercados geográficos tendem a ser menos corre-lacionados do que dentro de um mesmo país” (Iootty, 2002, pg31). Ou seja, o risco de investimento realizado em diversos países é relativamente menor se com-parado ao investimento concentrado em um único país.Uma vez que ocorra inflação ou distúr-bios políticos dentro de um país em que a empresa possui investimentos, o risco é relativamente elevado. Assim, se os investimentos estivessem distribuídos em diversos países, os riscos poderiam ser consideravelmente menores.Estas estratégicas foram impulsionadas com o processo de desregulamenta-ção, que removeu as barreiras institu-cionais à entrada e promoveu a abertura às empresas de energia.Nos países onde há mercado potencial e com dotações de recursos promis-sores de petróleo, como Angola, for-maram-se alianças estratégicas entre as empresas. Isto foi realizado com o intento de aproveitar a economia de escala na cadeia produtiva e, conse-quentemente, minimizar os riscos e cus-tos ligados aos pesados investimentos. Em alguns casos, também há economia

escopo com a possibilidade de subsídio cruzado. Na visão de Iootty (2002), as firmas diversificam para aproveitar os seus recursos excedentes na procura pela realização do seu potencial de crescimento. Por outro lado, Penrose considera que a diversificação, enquanto política geral de crescimento, ocorre como uma forma natural de superar o entrave que os mercados e produtos existentes definem para a capacidade de crescimento da firma. Portanto, a diversificação pode ser empregue para solucionar problemas específicos, ou então como uma política deliberada de crescimento. No primeiro caso a diversificação seria uma forma de minimizar riscos e incertezas associadas a flutuações cíclicas de demanda. No segundo caso, uma firma em processo

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de crescimento sempre encontrará incentivo para diversificar, quando a sua capacidade de crescimento é superior àquela permitida pelo mercado em que ela opera (Penrose, 1959,p.144). Da mesma forma, Guimarães (1982) considera que a diversificação tenderia a ser o caminho natural adoptado pela firma que procura superar os limites impostos pelo ritmo de crescimento de seu mercado corrente (Guimarães, 1982, pg62). Para exemplificar, utilizaremos a empresa de celulose que fabrica papel. Esta obteria, maior ganho se ampliasse a oferta de produtos para o mercado, ou seja, se passasse a produzir não só um único tipo de papel, mas vários outros. Como o papel manteiga, sulfite, crepom, cartolina, dentre outros. A diversificação dentro de um mesmo ramo pode gerar economias de escopo, se o custo com o processo de adequação para a produção de uma gama de produtos for menor do que o custo de construir outras fábricas que somente produzam um tipo de papel. Neste caso, a aquisição de uma fábrica de papel crepom, por exemplo, teria que ser mais caro do que o custo de diversificação, pois seria necessário realizar gastos com a contratação de novos trabalhadores, a compra de novos equipamentos, o pagamento de aluguer, a construção de instalações, os dispêndios com transacções legais, entre outros.Portanto, a abertura de uma nova fábrica é um processo muito oneroso, se comparado com a expansão das instalações dentro da fábrica existente. Ademais, a diversificação de uma determinada empresa não pode ser interessante se esta não proporciona bons rendimentos em relação ao capital empregado.Portanto, a partir desta análise é possível analisar que a diversificação é realizada com objectivos industriais e financeiros. Os objectivos industriais estão relacionados a:- Primeiro: diversificação concêntrica, que consiste em actuar em mercados com base técnica semelhante e implementar a diversificação conglomerada onde os investimentos sejam promissores. Com isso, evita-se a redução abrutadas mar-gens de lucro de um sector, que pode ser compensado pelo aumento em outro, obtendo um subsídio cruzado. Logo, isto possibilita a ampliação da base produ-tiva e dos tipos de consumidores, com a

oferta de um maior leque de produtos e serviços diferenciados. No entanto, para operar com custos competitivos no mer-cado é imprescindível adoptar uma tec-nologia moderna. - Segundo: objectiva-se ampliar/aumen-tar a capacidade de atrair os consumi-dores das firmas existentes através de promoções ou serviços diferenciados. Ou seja, a diversificação é uma ferramenta que possibilita aumentar o market-share das firmas através de um diferencial em relação a outras empresas. - Terceiro: a capacidade de se ajustar ao padrão de competição prevalecente no mercado, para ao menos manter a sua fatia de mercado. Para isto é necessário acompanhar a demanda e as especifici-dades do mercado. Tanto na diversifica-ção concêntrica, como na diversificação via F&A é possível obter ganhos com a economia de escopo.

eSPeCiAlizAção e nAtUrezA DoS reCUrSoS

Na visão penrosiana, haveria duas possíveis direcções para a diver-sificação da firma. Na primeira, a diversificação aprofundaria a área de especialização já exis tente, caracterizando-se, mais especi-ficamente, pelo movimento da firma em direcção às industrias no interior das suas bases tecnológica e/ou de mercado e na direcção de indústrias vizinhas do ponto de vista destas bases de mercado e técnica. (Guimarães,1982,pg 64).

DiverSiFiCAção relACionADA

Na segunda, a diversificação relacionada ou concêntrica como denominou Wood (1971), representaria a diversificação em direcção ou ao mercado existente da firma (mercado-concêntrica) ou ao uso de uma tecnologia similar a anualmente utilizada (tecnológica-concêntrica) (Wo od, 1971,p 428 e 429). Desta forma, Iootty define que a diversificação estaria relacionada à natureza dos recursos existentes e aos tipos de serviços produtivos que eles podem gerar.O processo de diversificação das actividades produtivas na visão de Penrose (1959), sedaria em torno das áreas de especialização da firma, definidas pela base técnica/tecnológica utilizada e pelos mercados para os quais a produção é direccionada. No caso de algumas empresas a diversificação é procurada para auferir economias de escopo. De modo que a empresa aufira maiores lucros na diversificação de seus produtos, uma vez que a firma já se encontra no ramo e tem conhecimento do seu mercado, torna-se mais fácil expandir as suas actividades. Neste caso a empresa possuiria vantagem na diversificação de seu produto, produzindo com custos menores do que outras empresas que trabalham com um único produto.O aproveitamento dos mercados relacionados, em torno dos quais a firma diversifica, segundo Kay, (1007, p 69)

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possibilitaria a exploração de esforços comuns – entre as actividades de origem e destino - em termos de propaganda, pesquisa de mercado, departamento de marketing e vendas (Iootty,2004).

DiverSiFiCAção ConglomerADA

Diversificação não relacionada ou conglomerada corresponderia à entrada em novas áreas de especialização que não se relacionam com as suas antigas bases tecnológicas e de mercado. Desta forma, pode ser realizada com o intuito de reduzir os riscos operacionais, obter ganhos de sinergia financeira, derivados da formação de um “mercado de capitais interno”. A diversificação conglomerada garantiria a estabilidade dos ganhos futuros da firma diversificada, pois os perfis de retorno das actividades desempenhadas seriam não correlacionados. Desta forma, uma eventualidade sobre uma actividade não necessariamente influenciaria dire-ctamente a outra. Excepto, é claro, se ocorrerem eventos externos que afectem tanto uma actividade como a outra.

DiverSiFiCAção FinAnCeirA

A diversificação financeira visa minimizar os riscos de perda do aplicador, realizada através da diversificação do portfólio de acções em activos distintos. Com isso, o agente defende-se das oscilações do mercado, através de firmas multi-uti-lites que actuam em diversos sectores de infra-estrutura.

reFerÊnCiAS bibliográFiCAS

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A separação de linhas produtivas não relacionadas em diferentes divisões, de acordo com Iootty (2002), permitem que sejam acessadas como centro de lucro individuais possibilitando, desta forma, a relocação de fluxos de renda de divi-sões pouco dinâmicas que requerem investimentos. Deste modo, a forma multidivisional de organização pode-ria agir como um “mercado de capitais interno”. Com isso, o acesso aos recur-sos advindos de uma unidade adquirida não ocasionaria elevação dos custos de transacção e outras consequências associadas ao pagamento de impostos sobre dividendos. Um outro factor teria origem no apro-veitamento de recursos e competências (habilidades) não totalmente utilizados pela firma em questão como o capital humano, por exemplo.Para Iootty (2002), as economias de escopo obtidas através da diversifica-ção são baseadas no uso do recurso capital humano (ou no conhecimento, de modo geral) e, portanto, haveria um limite decorrente do congestionamento no acesso a esse recurso produtivo. No entanto, é possível obter economia de escopo baseada no compartilhando de activos físicos indivisíveis.Desta forma, apresentamos os con-ceitos fundamentais do valor adicio-nado e os métodos de mensuração. Assim como, as estratégias actual-mente utilizadas pelas empresas para expandir seus mercados e auferir maio-res ganhos.

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SonAngol regiStoU DeSemPenho PoSitivo em 2012

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SonAngol regiStoU DeSemPenho PoSitivo em 2012

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Francisco Lemos Maria presidiu à confe-rência de imprensa alusiva às comemo-rações dos 37 anos da empresa e com notícias positivas para o sector. O presi-dente do conselho de Administração da Sonangol procedeu ao balanço do ano de 2012 e referiu que a produção petrolífera do país cresceu a uma taxa de 4,5 por cento, cifra que elevou a produção interna em 75 mil barris/dia, registando-se uma produção média de um milhão e 700 mil barris por dia. O responsável referiu que esse progresso vai ter impacto sobre a taxa de crescimento real do produto in-terno bruto (PIB). Francisco Lemos Maria afirmou que o país vai registar taxas de crescimento real do PIB mais elevadas para o ano de 2012, período cujas contas ainda estão em execução.

5 milhõeS De ProDUtoS ComerCiAlizADoS

Outra das boas notícias que o PCA apre-sentou na conferência de imprensa foi relativa ao aumento da comercialização de produtos refinados. A Sonangol co-mercializou, em 2012, cinco milhões e 850 mil toneladas métricas de diversos pro-dutos refinados, número que representa um aumento de 19% em relação ao ano anterior (2011). Segundo Francisco Lemos

Maria, os principais produtos refinados consumidos e de maior crescimento, em 2012, foram o petróleo iluminante, gasó-leo e gás butano. O responsável afirmou que devido à liberalização do mercado interno de combustíveis, a Sonangol efectuou vendas a outros distribuidores no volume de um milhão de toneladas métricas. Trata-se de diversos produtos, com destaque para a gasolina e o gasó-leo. Durante a conferência, o PCA referiu ainda que capacidade de armazenamento de produtos líquidos também aumentou no período em análise, e como resultado de um reforço no aumento de stocagem no mar ascendeu às 729 mil toneladas métricas.A produção de refinados do crude na Refinaria de Luanda representa apenas 20% das necessidades do mercado in-terno e para cobrir a procura (consumo) nesse segmento, a Sonangol recorreu, em 2012, a importação de cerca de quatro milhões de toneladas de produtos refina-dos diversos. O presidente do Conselho de Administração da companhia referiu que o valor representa um aumento de 23% em relação a 2011. Verificou-se um aumento das importações de gás butano (44%), gasolina (25%), gasóleo (23%) e de asfalto (53%).

Na produção da Refinaria de Luanda, o gestor da Sonangol destacou o aumento de 15% na produção da gasolina e Jet B (combustível necessário para a geração de energia pela ENE). No mesmo perío-do, 2012, a refinaria de Luanda registou um decréscimo na produção de “Nafta” e “Fuel oil”, produtos destinados para a exportação.Recorde-se que, quando estiverem pron-tas as duas unidades de refinação pro-jectadas, uma no Soyo (Zaire) e outra no Lobito (Benguela, que teve o lançamento da primeira pedra em Dezembro de 2012), vão poder processar, no conjunto, 400 mil barris/dia.

obJeCtivoS AmbiCioSoS

Contudo, o presidente do conselho de administração da Sonangol possui ob-jectivos mais ambiciosos para 2013. O objectivo é que Angola passe a produzir dois milhões de barris de petróleo por dia entre (2013 e 2017). Francisco de Le-mos lembrou que o Executivo aprovou, para o presente ano, uma taxa de cres-cimento média anual de sete por cento na produção petrolífera. “Esta meta será alcançada. Para isso, vamos continuar a contratar pessoal qualificado e acompa-

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nhar, através da introdução de outras regras, os projectos que estão em curso”, assegurou o gestor máximo da Sonangol. O presidente do conse-lho de administração apresentou ain-da um vasto programa de prospec-ção e pesquisa, avaliado em 8.800 milhões de dólares. Para alcançar as metas pretendidas, Francisco de Lemos garantiu que a Sonangol vai impor mais celeridade na identifica-ção de projectos, ao mesmo tempo que exercerá influência e pressão so-bre todas as instalações e estaleiros do país para o aumento da produção petrolífera.

AngolA lng AvAnçA eSte Ano

Também no dia de aniversário, o admi-nistrador executivo da Sonangol Bap-tista Sumbe confirmou que, logo que terminem as obras, será comunicada a data da realização do primeiro car-regamento de gás natural liquefeito.O projecto Angola LNG tem potencial para produzir mil milhões de pés cú-

bicos de gás limpo por dia, que será distribuído nos mercados doméstico e internacional.A fábrica deverá ser abastecida atra-vés das reservas de gás, estimadas em mais de 10 triliões de pés cúbicos de gás, que estão disponíveis nos blo-cos 0,1,2,14,15,17 e 18, localizados na zona marítima do país. Baptista Sumbe referiu ainda que, re-lativamente às subvenções do Esta-do sobre os preços de combustíveis, estas podem ser retiradas ainda este ano. Caso o corte dos subsídios seja total, o preço do litro de gasolina pode ser vendido a 150 kwanzas e o de ga-sóleo a 75, contra os actuais 60 e 40 kwanzas. Os cortes de subsídios dos combustíveis, referiu Baptista Sumbe, é uma questão que tem vindo a ser introduzida nos dossiers da empresa. Antes da sua concretização, o Execu-tivo, em colaboração com a Sonangol, vai tomar medidas que permitam a redução do impacto da subida dos preços dos combustíveis no orçamen-to dos consumidores.

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• Março 2013 - Nº2920

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eXposiÇÃo no edÍFiCio sede

VISITA à EXPOSIçãO

Em dia de aniversário, as celebrações tiveram ínicio bem cedo com a inauguração de uma exposição patente no edíficio sede da Sonangol. A exibição, relativa à história e às actividades da companhia petrolífera nacional, teve como convidado de honra o Presidente do Conselho de Administração. O responsável máximo da Sonangol participou numa visita guiada a este belo espaço que documenta as grandes realizações da empresa ao nível nacional e internacional. Momentos importantes e significativos que ficam assim em exibição para funcionários, parceiros e clientes da empresa.

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Carlos Guerreiro (texto)

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oA inteligÊnCiA ComPetitivA nAS emPreSAS

As empresas que sabem usar o recurso da inteligência com-petitiva destacam-se no mer-cado, pois conseguem ver as

oportunidades e os perigos no mer-cado interno e externo mais facilmente. A inteligência competitiva, como dizem os grandes experts, é administração proactiva, que resumidamente pode-mos traduzir como a capacidade que as empresas têm de se antecipar às grandes mudanças e oportunidades internas e externas.Cada vez mais as empresas preocu-pam-se com a qualidade dos seus ser-viços e produtos, com a valorização do seu capital humano e é através da inteligência competitiva que ultrapas-sam a concorrência e se posicionam no mercado como grandes fornecedoras.Hoje, as empresas não devem descurar o factor competitividade sob pena de ficarem relegadas para segundo plano. O nosso posicionamento no mercado como empresa do topo é e será sempre uma constante, considerando o com-promisso das pessoas com a estraté-

gia da empresa, sendo que deve ser percebida por todos, independente-mente da sua posição na estrutura ou das suas competências. Estamos numa fase crucial do desen-volvimento do país e as empresas nacionais que fornecem produtos e serviços devem aproveitar as oportu-nidades oferecidas pelo mercado que, anteriormente, era parco em unidades fabris capazes de satisfazer as grandes necessidades internas. Hoje a situação é bem diferente, sendo inquestionável a existência, cada vez mais, de unida-des industriais. Algumas pesquisas confirmam que não existem empresas excelentes para sempre, da mesma maneira que não há sectores excelentes o tempo todo. Conforme constatamos, no âmbito da nossa própria trajectória, todos nós, assim como as empresas, fazemos coisas inteligentes e não tão inteligen-tes. Para melhorar a consistência do nosso sucesso, precisamos de estu-dar as nossas acções de maneira sis-temática. Isso é o que chamamos de

movimentos estratégicos inteligentes, e certamente que o movimento estra-tégico mais importante é criar merca-dos consumidores.Tudo isto só é possível, quando se res-peita a diversidade e, ao mesmo tempo, se juntam as equipas e os talentos indi-viduais. Uma equipa de verdade começa a florescer quando as pessoas pas-sam a compreender-se mutuamente e aprendem a trabalhar produtivamente em conjunto. As diferenças são a fonte de inovação, crescemos quando parti-lhamos percepções divergentes sobre o mundo e estamos abertos e dispos-tos a buscar a evolução. Na sua mensagem de fim de ano, o PCA Francisco de Lemos José Maria disse “que as nossas realizações não escondem as nossas ineficiências. As responsabilidades são enormes e os desafios permanentes O CA conta com todos nós, sem excepção, para conti-nuarmos a corresponder com todas as necessidades do mercado, dos nos-sos parceiros, dos nossos clientes e do nosso accionista”.

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• Março 2013 - Nº2922

Miguel Costa Pinto (texto)

SonAngol - 37 AnoS A trAçAr o rUmo Certo

A Sonangol posicionou-se ao nível das empresas do ramo cujo desen-volvimento estrutural e diversifi-

cação do negócio é hoje digno de nota a nível mundial. O processo da sua rápida internaciona-lização teve como suporte estratégico a visão dos seus responsáveis, a rigo-rosa obediência às normas de gestão, a visão da dinâmica do desenvolvimento tecnológico, o respeito e observância das normas ambientais, a seriedade na execução dos objectivos preconi-zados visando o desenvolvimento do sector, o sentido de responsabilidade social para com o Estado e para com a comunidade, a valorização dos seus empregados. Todos estes factores contri-buíram para que a Sonangol se tornasse uma empresa de prestígio nacional e de renome mundial. A marca da Sonangol é incontornável no leque das empresas petrolíferas mais mediáticas da actualidade mundial, e capaz de desempenhos muito posi-tivos em termos de desenvolvimento económico-financeiro.

O projecto Angola-LNG no Soyo, a Nova Refinaria no Lobito, a Zona Económica Especial, o Biodiesel, assim como outros, tornaram-se na pedra de toque do pro-cesso de integração multissectorial que a Sonangol tem sido capaz de assumir com firmeza. Ao executar os desígnios estabelecidos, a Sonangol tem o propósito de, real e inequívocamente, transformar a vida e melhorar o bem-estar social de todos os Angolanos, rumo ao progresso e ao desenvolvimento, alavancando Angola para patamares que lhe conferirão o respeito e a dignidade no conjunto das nações mundiais. Como grande corporação que é, a Sonan-gol reconhece que há ainda muita coisa por se fazer. Por exemplo, o desenvolvi-mento do segmento da Indústria Petro-química é uma prioridade para que, internamente, se possa suprir carências de consumos de fertilizantes e insectici-das para o sector da agricultura e para a agro-indústria, bem como sustentar a fabricação dos polietilenos e acetile-nos para o sector da construção civil

na área das tubagens em PVC e reves-timentos, indústria automobilística e aviação, a médio e longo prazo. Neste momento, a Sonangol está forte-mente engajada através dos seus par-ceiros na exploração do pré-sal tendo já sido adjudicados aos diferentes grupos de empreiteiros alguns blocos cujos tes-tes se mostraram animadores.A intervenção da empresa na área do imobiliário veio, de certa forma, insu-flar a dinâmica da política habitacional do Estado na solução dos problemas e das necessidades dos angolanos nesta matéria.A Sonangol vive um ciclo de grande dina-mismo, muito embora os desafios que ainda se impõem. Mas por isso estamos cá todos nós. “O Sucesso das Organizações assenta fundamentalmente na maneira como se conduzem as pessoas” , disse o Enge-nheiro Manuel Domingos Vicente, ex--PCA da Sonangol, exaltando, desta forma, um dos bens mais preciosos de qualquer empresa no geral e da nossa em particular: os recursos humanos.

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Joaquim Vicente (texto) Editora Visão (Fotos)

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o"A SonAngol é PorQUe nÓS SomoS”

D eixamos para trás mais um ano - 2012. Entrámos com ansiedade e incerteza contínua para os desa-

fios em 2013. Que tenhamos a coragem de fazermos equipa e assumirmos jun-tos os riscos, porque é inútil um dente fora da boca ou um dedo fora da mão.Que possamos merecer dignamente o nome de Bravos e Valiosos Colabora-dores do Grupo Sonangol, transmitido em primeira mão, aquando da Mensa-gem de Fim de Ano, pelo Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P, Drº Francisco de Lemos José Maria.Se pararmos um momento para anali-sar a mensagem, podemos encontrar interessantes ideias, que não só enco-rajam o futuro, como também enume-ram conquistas individuais e colectivas. Tudo isto, é claro, assenta no compro-misso da empresa, para com o estado, sociedade, parceiros e nós, empregados.Esperamos ser capazes de partilhar o sucesso e os insucessos porque o ciclo da empresa continua além de nós, e disto depende o desenvolvimento sus-tentável em prol das gerações vindouras.As expectativas alarmistas em 21/12/12, com o proclamado ”Fim do Mundo” pas-saram despercebidas. Uma vez que não chegou o fim do mundo, temos mais uma oportunidade para aproveitar aprimo-rar o conselho do colega e autor, Mário C. Bragança, do Livro sobre “Os Segre-dos da Liderança”, lançado em 2010,

sobre a importância da utilização, quer a nível pessoal, como das empresas, de ferramentas como a análise SWOT, inventada pelo Chines Sun Tsun; princi-palmente numa altura de balanço. Con-centrarmo-nos com alegria nos Pontos Fortes, reconhecer de cabeça erguida as Debilidades, estar atento nas Opor-tunidades, e obviamente, prepararmo--nos diante das constantes Ameaças.Em 2012, a empresa registou alguns marcos e manchetes em 2012: a elei-ção por sufrágio do então, PCA, Eng.º Manuel Vicente, quadro e senhor e de elevada competência, para Vice-Pre-sidente de Angola, coadjutor principal do Titular do Poder Executivo. E ainda outros: a realização do sonho da casa própria, actualização das pensões de reforma, alguns ajustes do salário real incluído a inflacção. "As responsabilidades são enormes e os desafios são permanentes", Francisco Lemos PCA da Sonangol. Em 2012, ao nível de sistema SAP, terá sido feito algo bom, mas, muito está ainda por fazer. Na minha opinião, é importante termos infraestruturas robustas e todos os pre-dicados imaginários. Mas é ainda impor-tantíssimo, e aqui é o desafio que nos espera em 2013, promover acções con-tinuadas de Gestão de Mudança, para agregar valor ao esforço financeiro até agora feito pela Sonangol.Não é brincadeira, nós nos tornámos

totalmente dependentes das TIC, (Tec-nologias e Sistemas) seja quais forem, e isso é positivo desde que aumente a satisfação dos clientes. Será possível que as empresas, sejam de downstream, medstream ou mesmo do upstream, dinâmicas e com contactos privilegia-dos com os clientes, poderiam viver sem sistemas?

mAS não vAmoS Ser AlArmiStAS...

Isso pode ser um grande avanço e, ao mesmo tempo, um excelente desafio, para promover a transparência nos actos de gestão e conduzir a Sonangol, cujo slogan é "Produzir para Transformar" para o mundo da Bolsa de Valores e Mercados de Capitais.Em relação às propostas de questões pendentes do SAP, a serem abordados em conjunto em 2013:• Melhorias contínuas dos processos

transversais nas empresas do grupo;• Criação de um fórum “Sonangol RUN

SAP“;• Aumentar o número de Técnicos cer-

tificados em SAP;• Estudar um modelo único e participa-

tivo de Gestão de Mudança;• Diminuir a presença de consultores

externos.Assim nos despedimos com um adeus a 2012 e desejos de oportunidades mil e muita empatia em 2013.

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• Março 2013 - Nº2924

o PortAl CorPorAtivo

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se

Um portal na internet é um sítio que permite ao utilizador do computador aceder a uma gama de serviços (notícias, informação

meteorológica ou do funcionamento de uma organização, compras, entre outros), e é neste contexto que está enquadrado o portal da Sonangol.Com os inúmeros avanços tecnológicos, muitas instituições sofrem com o excesso de informação, sendo imprescindível a aplicação da gestão da informação para administrar esse caos informacional do mundo digital. Muitas vezes, as informações estão arma-zenadas em equipamentos de informática de forma não integrada, espalhadas nos seus bancos de dados, dificultando o seu acesso e, consequentemente, o desempe-nho das actividades necessárias ao pleno funcionamento da instituição.

VISãO GLOBAL

Devido à proliferação de arquivos electró-nicos produzidos individualmente pelos funcionários, sem o intuito de compar-tilhamento de informações, e de várias aplicações de bancos de dados desenvol-vidas ao longo do tempo para atender a demandas específicas, falta, a essas ins-tituições, uma visão global de seus pró-prios dados e informações.Embora seja uma tecnologia muito recente, vários são os benefícios apontados por fornecedores e consultores de informá-tica, associados aos portais corporati-vos. Dentre esses benefícios, destaca-se a facilidade de acesso às informações dis-tribuídas nos diversos sistemas, arquivos e bases de dados institucionais.

Alfredo Tomás (texto)Editora Visão (Foto)

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Para se conseguir concretizar esse bene-fício, é fundamental que o projecto do portal corporativo leve em considera-ção a interação dos usuários com a sua interface. A sua capacidade de facilitar o acesso dos usuários às informações institucionais está intrinsecamente relacionada à facilidade de uso, apren-dizagem e satisfação do usuário, isto é, à usabilidade de sua interface web. Há 14 ou 15 anos, o que hoje é chamado de portal era conhecido como máquina de busca, cujo objectivo era facilitar o acesso às informações contidas em documentos espalhados pela internet. Inicialmente, as máquinas de busca possibilitavam ao usuário da internet localizar documentos a partir de pes-quisas booleanas e navegação associa-tiva entre links. Para reduzir ainda mais o tempo de busca na internet e auxiliar os usuários menos experientes, vários sites de busca incluíram categorias, isto é, passaram a filtrar sites e docu-mentos em grupos pré-configurados de acordo com o seu contéudo – des-portos, meteorologia, turismo, finan-ças, notícias, cultura etc.O passo seguinte foi a integração de outras funções, como por exemplo, as comunidades virtuais e suas listas de discussão, chats em tempo real, pos-sibilidade de personalização dos sites de busca ( My yahoo!, My Excite, etc. ) e acesso a contéudos especializados e comerciais. Essa nova concepção de máquina de busca é que passou a ser chamada de portal.

EVOLUçãO DA INTRANET

O portal corporativo insere-se no mundo institucional com o propó-sito de expor e fornecer informa-

ções específicas de negócio, dentro de determinado contexto ajudando os usuários de sistemas informati-zados corporativos a encontrar as informações de que precisam para fazer frente aos concorrentes. O por-tal corporativo é considerado como uma evolução do uso das intranets, incorporando a essa tecnologia, novas ferramentas que possibilitam a iden-tificação, captura, armazenamento, recuperação e distribuição de gran-des quantidades de informações de múltiplas fontes internas e externas para os indivíduos e equipas de uma instituição. Essa evolução tem uma relação com o processo de mudança, pois, à medida que evoluem as T.I. (Tecnologias de Informação) nas organizações, aumentam a eficácia e eficiência na gestão e consequen-temente os níveis de produtividade.Relativamente à Sonangol, é deten-tora de um portal corporativo e de informação da indústria petrolífera em Angola, cujo papel é expor e for-necer informações específicas do negócio dos petróleos no contexto do ramo de pesquisa, exploração e pro-dução tendo como destinatários os técnicos da empresa distribuídos pelas subsidiárias e a outros fun-cionários que laboram nas regiões do interior do país em que se veri-fica a actividade da Sonangol, bem como nas suas representações do estrangeiro.Do que acima foi exposto, conclui--se que o portal corporativo é de extrema importância na comuni-cação efectiva e gestão transpa-rente de todas empresas de grande dimensão em geral e, em particular, da Sonangol.

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• Março 2013 - Nº2926

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UniDADe PetrolíFerA FSo PAlAnCA reJUveneSCe em SingAPUrA

O FSO (Floating Storage Offloa-ding) Palanca, há cerca de duas décadas ao serviço da Sonan-gol Pesquisa e Produção, no

Bloco 3/05 do offshore angolano, está desde o dia 20 de Outubro de 2012 em Singapura, no âmbito de um projecto de remodelação global da referida unidade petrolífera.

Depois de concluídos os trabalhos de remo-delação, quando for entregue à Sonangol P&P, no dia 25 de Março de 2013, tal como previsto, o FSO Palanca, que entrou para o Sembawang Shipyard, um dos mais conceituados estaleiros marítimos de Singapura, no dia 9 de Novembro do ano passado, estará verdadeiramente rejuve-nescido e apto para operar durante mais

vinte (20) anos. Refira-se que a viagem de regresso à Angola do FSO Palanca, que será feita com o apoio de navios rebo-cadores, deverá durar cerca de sessenta (60) dias.Com o objectivo de se inteirar da evolução do projecto, uma equipa de trabalho da Sonangol Pesquisa e Produção, liderada pela Chefe de Departamento de Instala-

está em marcha um projecto de remodelação global do Fso palanca ao serviço da sonangol pesquisa e produção. Uma equipa da empresa esteve em singapura para acompanhar os trabalhos.

Helder Sirgado (texto) José Quarenta (Fotos)

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ções Petrolíferas da referida Subsidiária da Sonangol E.P., Divua Caposso, deslo-cou-se, em meados de Fevereiro de 2013, àquele país asiático, onde já se encon-tram, há vários meses, alguns técnicos da empresa, igualmente envolvidos no projecto em curso.Ainda em Singapura, onde esteve também uma equipa de reportagem do Gabinete de Comunicação e Imagem da Sonangol E.P. à convite da P&P, Divua Caposso mani-festou-se satisfeita com o empenho que tem sido demonstrado por todos os inter-venientes no projecto e convicta de que a data acordada para a sua conclusão será cumprida. A Chefe de Departamento da P&P realçou ainda que a remodelação do FSO Palanca obedece à requisitos inter-nacionais para o sector petrolífero.Por seu lado, o gestor do projecto, Abdur Rob, natural de Singapura, garantiu que todo o esforço está a ser feito para que os compromissos assumidos sejam hon-rados. “Actualmente estamos a trabalhar durante vinte e quatro horas por dia, com cerca de mil homens no período diurno

e trezentos no período da noite”, referiu Abdur Rob que está envolvido pela pri-meira vez num projecto da Sonangol, facto que, confessou, lhe enche de orgu-lho e de felicidade. O gestor do projecto falou também de algumas das inovações a introduzir no FSO Palanca durante a sua remodela-ção, com destaque para o aumento e modernização do helideck, que passará a ter capacidade para receber helicópteros Super Puma, a modificação dos oleodu-tos, o aumento da área de acomodação, a reestruturação completa das casas das máquinas, entre tantas outras novidades. O grande optimismo que se vive na equipa de trabalho foi igualmente exteriorizado pelo representante da área de contra-tos da Sonangol Pesquisa e Produção no projecto, Nelson Barros, que faz parte do grupo de técnicos da P&P que está há vários meses em solo singapuriano. “O tra-balho é de grande dimensão e complexi-dade, mas apesar disso a equipa está à altura do desafio e confiante no sucesso do projecto”, afirmou com convicção.

A equipa integra ainda Hélia Cunha, Mário Costa, Carlos Salvador e Tibúrcio Sabalo, estes três últimos também há vários meses em Singapura, cada um assumindo a sua responsabilidade específica no projecto. Aliás, uma das particularidades desta grande empreitada é que embora muito jovens, os membros da equipa da Sonan-gol P&P têm demonstrado grande matu-ridade, abnegação e competência, o que faz do seu envolvimento no projecto uma aposta em quadros nacionais inquestio-navelmente ganha.Um outro aspecto que também merece referência é o facto de a remodelação do FSO Palanca estar a ser executada com base nos mais altos padrões de segu-rança internacionais utilizados na indús-tria petrolífera.Quando o projecto terminar, o FSO Palanca, que tem uma capacidade de armazena-gem de cerca de um milhão e oitocentos mil barris de petróleo, será certificado pelo Bureau Veritas, o líder mundial em servi-ços de certificação e avaliação de con-formidade.

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• Março 2013 - Nº2928

A meio da manhã de um dia cin-zento, que entretanto não conse-guiu ofuscar o brilho da cerimónia

de promoção do primeiro comandante de navio formado pela Sonangol, os rebocadores Kamabanga I e II, verda-deiras coqueluches da Sonangol Ship-ping Angola (Luanda) e as meninas dos olhos da Baía de Luanda, partiram da base da SONILS em direcção ao petro-leiro “Loengo”, atracado não muito dis-tante, tendo a viagem demorado pouco mais de doze (12) minutos. A bordo dos rebocadores, com coletes salva-vidas, luvas e outro tipo de equi-pamento circunstancial, seguiam mem-bros do Conselho de Administração e de Comissões Executivas de empresas Subsidiárias da Sonangol E.P., Gesto-res das mais diversas áreas funcionais do Grupo Sonangol e convidados que, minutos antes, ainda na SONILS, tinham ouvido atentamente explicações rela-tivas aos procedimentos de segurança marítima.No “Loengo” estava tudo a postos para se escrever mais uma “página dourada” da história da Sonangol. A cerimónia começou com os votos de Boas Vindas do Presidente da Comissão Executiva da Sonangol Shipping Angola (Luanda), Poli-carpo Júlio Pinto, seguindo-se um breve discurso da Administradora da Sonan-

gol E.P., Anabela Fonseca, que a nível do Conselho de Administração da conces-sionária nacional se fazia acompanhar dos Administradores Baptista Sumbe, Fernando Roberto e Raquel Vunge.Na ocasião, Anabela Fonseca realçou a importância do acto, não só para a Sonangol mas também para o país, tendo-o considerado como mais uma evidência da atenção que a Sonan-gol tem prestado à formação dos seus colaboradores e da aposta da empresa na angolanização do sector petrolífero.Posteriormente, o até então comandante do “Loengo”, Miguel Garcia Gonzalez, de nacionalidade espanhola, passou o testemunho a Nembamba Vita, acção simbolizada com a entrega, ao novo

“líder” do petroleiro da Sonangol Ship-ping Angola (Luanda), de um sextante (instrumento utilizado no sector marí-timo) e de um mapa. Durante a cerimó-nia, Nembamba Vita recebeu também, das mãos do Administrador Baptista Sumbe, uma maquete de navio que orgu-lhosamente exibiu aos participantes à cerimónia da sua promoção. E porque o Grupo Sonangol tem a segu-rança no trabalho como uma das suas principais bandeiras, o acto foi apro-veitado para se proceder igualmente à entrega do “Prémio de Segurança no Trabalho 2012” conquistado pelo navio Ngol Chiloango, também pertencente à frota da Sonangol Shipping Angola (Luanda).

Helder Sirgado (texto) José Quarenta (Fotos)

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ue Petroleiro “loengo”

Sob AS orDenS De 1º ComAnDAnte De nAvio FormADo PelA SonAngol

o dia 25 de Janeiro de 2013 ficará marcado na história da sonangol como o início de uma era que se deseja consequente e duradoura. É que, nessa data, a Baía de luanda testemunhou a promoção à comandante de navio, pela primeira vez, de um quadro formado pela sonangol. nembamba Camilo Miezi vita, de 36 anos de idade, natural do namibe, assume assim o comando do navio petroleiro “loengo” ao serviço da sonangol shipping angola (luanda).

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nembAmbA vitA relACionA SUCeSSo

inDiviDUAl Ao trAbAlho em eQUiPA

No decorrer do pequeno cocktail ofere-cido à bordo do navio “Loengo”, o novo comandante concedeu uma entrevista à equipa de reportagem da Revista Sonan-gol Notícias, cujo conteúdo, na íntegra, apresentamos já a seguir.

Que significado tem para si a sua pro-moção à comandante de navio?

Significa, acima de tudo, o reconhe-cimento da parte da empresa de um trabalho que é de equipa e que muito me orgulha. Tenho consciência de que agora as mi-nhas responsabilidades profissionais serão ainda maiores. Por outro lado, a minha promoção transmite confiança a outros colegas que estão a seguir o mesmo caminho que eu e que certa-mente acreditam que um dia também alcançarão este posto de comandante de navio.

em sua opinião, quais são os principais requisitos para se chegar a um patamar tão alto?

Um dos ingredientes que considero indispensável é a disciplina. Não me posso esquecer, evidentemente, da perseverança, da fé, do querer. É uma junção de vários factores, todos con-correndo para o mesmo fim: o sucesso. Eu sempre acreditei que era possível. Não seria justo se não dissesse tam-bém que o apoio dos colegas é muito importante. Neste aspecto particular gostaria de endereçar os meus agrade-cimentos a algumas pessoas a quem muito devo este momento singular da minha vida: a minha mãe, como é ló-

gico, o Administrador Baptista Sumbe que considero um “pai profissional”, e o “chefe” Baiona que tanto tem feito pelos nossos cadetes e que também me incentivou muito a alcançar os meus objectivos.

a marinha mercante foi uma escolha sua ou o resultado da influência de al-guém da família, algum amigo, enfim?

Eu tive um avô, pai da minha mãe, que também foi um homem do mar e que trabalhou no Namibe. Foi um dos factores que concorreu para a minha opção. Como vê tenho sangue do mar nas veias. A própria Sonangol tam-

bém me encorajou muito na escolha da minha carreira que me tem dado tantas alegrias.

o comandante afirmou que a sua pro-moção representa a assumpção de maiores responsabilidades. a propó-sito, quantos membros da tripulação terá sob seu comando?

Terei em média entre 25 a 30 pessoas sob meu comando; pertencentes às mais diversas áreas do navio, desde as máquinas, convés, hotelaria, aspectos comerciais, etc. Embora esteja no na-vio “Loengo” apenas desde meados de Novembro do ano passado, já me sinto

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• Março 2013 - Nº2930

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Jacinta miezi – a felicidade incontida de uma mãe

Ainda a bordo de um dos rebocadores kabamanga, em direcção ao “loengo”, já era perfeitamente visível o estado de ansiedade de Jacinta Felício António miezi. Ademais, a presença de tão altos responsáveis da Sonangol fazia antever uma cerimónia com pompa e circunstância. Já no interior do “loengo”, logo que se deparou com o filho uniformizado à rigor, o seu semblante transformou-se no espelho do orgulho e da felicidade de uma mãe a viver um dos momentos mais marcantes da sua vida. “Faltam-me palavras para descrever o que sinto. Agradeço a Deus a força que me deu para criar este filho. é um acontecimento muito importante para mim, para ele, para a minha família, para a Sonangol”, disse quase ofegante Jacinta miezi à revista Sonangol notícias. Afirmou também que sempre teve convicção de que o filho chegaria tão longe. Até porque, tal como referiu, nembamba vita demonstrou, desde muito cedo, grande apego pelos estudos. recordou igualmente o seu pai, o avô de nembamba vita, que o contagiou para a vida do mar, hoje já tão familiar ao primeiro comandante de navio formado pela Sonangol.

muito familiarizado com este petrolei-ro, incluindo com a sua rota, o que me permite realizar o meu trabalho muito à vontade, com eficiência.

Certamente que se recorda de outros navios pelos quais já passou?!

Eu cresci na frota da Suezmax, em Houston (Estados Unidos da América), onde trabalhei durante vários anos. Antes de chegar ao “Loengo”, também já passei por muitos navios da nossa empresa, como por exemplo o Sonan-gol Kizomba, Sonangol Girassol, So-nangol Kassange, Sonangol Luanda, Sonangol Huíla, Sonangol Kalandula. Também trabalhei no navio Imbon-

deiro, gerido pela empresa V Ships, entre tantos outros igualmente não geridos pela Sonangol e onde estive a título de treino.

depois destes anos todos, que retrato faz da vida no mar?

É interessante. No princípio pode não parecer tão atraente devido a alguns constrangimentos como a ausência dos nossos familiares, dos amigos, dos vizinhos, mas quando se apanha o ritmo profissional as coisas mudam. Do meu ponto de vista esta carreira torna-se mais apaixonante porque ainda não é muito comum entre nós, angolanos. Sinto-me um privilegiado

pelo facto de ter a oportunidade de di-vulgá-la para que no futuro possamos ter mais jovens nacionais a optarem pela marinha mercante. E repito: temos de acreditar que é possível chegar lá

Como é que encarou a presença da sua mãe nesta cerimónia?

Foi um momento muito emocionante ver pela primeira vez a minha mãe a bordo deste navio do qual sou agora comandante. É um acontecimento ímpar que ficará inquestionavelmente gravado para sempre na minha me-mória. Estou muito grato à Sonangol por me ter proporcionado esta opor-tunidade tão sublime.

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SonAngol ShiPPing AngolA (lUAnDA)

ComemorA 5º AniverSário

Três dias antes da cerimónia de pro-moção de Nembamba Vita, ou seja, no dia 22 de Janeiro, a Sonangol Shipping Angola (Luanda) assinalou o 5º aniver-sário da sua constituição, tendo rea-lizado, no dia 25 do mesmo mês, um almoço comemorativo que decorreu no Centro Cultural Paz Flor e que ser-viu igualmente para festejar a promo-ção do novo comandante do “Loengo”.

A criação da Sonangol Shipping Angola (Luanda), em 2008, resultou da perspi-caz decisão da Sonangol de reestrutu-rar a sua área de transporte marítimo de combustíveis. A actividade da refe-rida empresa, que tem actualmente um total de vinte e sete (27) navios, dos quais dois (2) rebocadores (Kamaban-gas I e II), abrange o transporte de produ-tos refinados e de petróleo bruto, não só para o mercado interno, incluindo crude para a Refinaria de Luanda, mas tam-bém para o externo. A Sonangol Ship-

ping Angola (Luanda) assegura cerca de 80% da armazenagem de combustí-veis nos navios de stockagem flutuante e é responsável por toda a cabotagem ao longo da costa marítima angolana, dados que, de um modo geral, demons-tram bem a dimensão e a importância estratégica desta empresa do sector marítimo. A actual Comissão Executiva da Sonangol Shipping Angola (Luanda) tem como Presidente Policarpo Júlio Pinto e como Vogais Carlos Alberto Pitra e Inácio Amaral.

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A ForçA DA União

Alfredo Tomás (texto) Editora Visão (Fotos)

• Março 2013 - Nº2932

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É consensual afirmar-se que a união faz a força, e isso é tão evidente quando nos referimos à união que existe entre os sec-

tores da economia que fortalecem os países que tanto podem ser classifica-dos como subdesenvolvidos, em vias de desenvolvimento ou desenvolvidos.Já dizia o Doutor António Agostinho Neto primeiro presidente da então República Popular de Angola, cito: “A agricultura é a base e a indústria o factor decisivo”, fim de citação. Uma análise profunda desta afirmação, leva-nos a reflectir que os três sectores da economia estão interligados ou seja, nenhum dos sec-tores é bem sucedido sem o concurso dos demais.Senão vejamos: o sector primário (acti-vidades dependentes dos recursos naturais) fornece matérias-primas ao sector secundário (actividade trans-formadora) indústria, que por sua vez fornece os produtos acabados ao sec-tor terciário (actividade de comércio e prestação de serviços) que os fornece e vende ao consumidor final.A união faz a força neste caso, desde que os três sectores estejam em har-monia, isto tem reflexos positivos no nível de vida dos cidadãos traduzido em mais campos agrícolas (cultivo de cereais, legumes e tubérculos), mais pescas (maior captura de pescado),

mais indústrias transformadoras (mais postos de trabalho, mais emprego e mais produtos para a comercialização) e mais prestação de serviços elevando o bem-estar das comunidades, porque melhora a dieta alimentar, aumentam os empregos nas fábricas, aumenta o circuito de comercialização entre o campo e os grandes centros de con-sumo (as cidades ), aumenta a pres-tação de serviços de saúde, educação, fornecimento de energia eléctrica e água, saneamento básico, para citar apenas estes.Se nos ativermos à afirmação do Doutor Agostinho Neto “a agricultura é a base e a indústria o factor decisivo”, dita no século passado, hoje em pleno século XXI, tem um eco maior e aglutinador pois existem, curiosamente os Minis-tério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e Ministério da Geolo-gia e Minas e da Indústria, no leque de ministérios que compõem o governo de Angola, e não acreditamos tratar-se de um mero acaso, mas sim a reafirma-ção da simbiose entre dois elementos fundamentais do sector primário por um lado: agricultura e pescas, e por outro, o elemento do sector secundá-rio: a indústria.Vale referir que o sector primário, dada a especificidade da sua actividade, emprega trabalhadores não muito qua-

lificados e com salários relativamente baixos; ao passo que o sector secun-dário exige trabalhadores mais quali-ficados o que lhes permite manejar a tecnologia de ponta instalada nas indús-trias siderúrgicas, têxteis e alimenta-res, enquanto que o sector terciário, esse sim é mais exigente no tocante à qualificação profissional e nível de formação académica não apenas por estarmos na era da globalização, mas também pela sensibilidade das áreas em que actua tais como agências de seguros, bancos, instituições de inves-timentos, transportes aéreos, maríti-mos, rodoviários e ferroviários.Usando uma analogia, comparamos a união dos sectores da economia ao funcionamento do corpo humano, em que se verifica um completo entrosa-mento entre todos os membros/ele-mentos que o integram, trabalhando para um bem comum, a sustentabili-dade da pessoa como um todo.Transportando a importância do tema para o nosso dia-a-dia, na empresa, na família ou em qualquer outra organiza-ção de que façamos parte, indepen-dentemente da “hierarquia” que possa existir, devemos nos unir sem precon-ceito do nosso grau “hierárquico” para desenvolver e alcançar os objectivos previamente estabelecidos.

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• Março 2013 - Nº2934

F az três a quatro horas de treino por dia. Os seus adversários fazem o dobro do treino, reconhece o

lutador que divide o dia a dia entre a actividade profissional e a desportiva de “alta competição”. Walter Faustino é campeão mundial de Jiu-Jitsu Brasi-leiro, ao serviço no clube Z1 Academy de Luanda, e tem alcançado importan-tes vitórias nas participações despor-tivas onde marca presença. O atleta suporta este sacrifício todos os dias graças ao apoio que tem tido da sua família, do mestre e dos colegas da sua equipa que estão sempre presentes para darem um apoio adicional que o permite ultrapassar as adversidades.Para Walter Faustino, na preparação não existem diferenças nos treinos entre ele e os colegas. Mas existe sem-pre um outro pormenor que diferencia um campeão mundial dos demais atle-tas, confessa. Treinam todos ao mesmo

nível, mas para além disso, todos os dias fazem apontamentos auto-críti-cos à sua preparação, e com a ajuda dos colegas e do mestre que o treina, faz a diferença.Walter Faustino sagrou-se campeão mundial de Jiu-Jitsu brasileiro, no cam-peonato que decorreu em Abril do ano passado no Dubai (Emirados Ára-bes Unidos), local onde se disputam todas as competições mundiais, por ser onde está localizada a Federação Internacional da modalidade. A vida do lutador, pouco ou nada mudou em termos de rotina. O lutador angolano vai defender o seu título este ano no mesmo local onde obteve a sua consa-gração, em data ainda por determinar. Desde a sua consagração continua o mesmo de sempre: humilde e respei-tador. Fruto disso, o lutador ganhou o reconhecimento da sociedade e um patrocinador oficial.

Faustino conta com o apoio e patro-cínio da Sonangol. Para além da car-reira desportiva de grande sucesso, Walter veste a camisola da empresa, uma vez que o também engenheiro de mecânica é quadro na Sonangol Inves-timentos Industriais.Recorde-se que o campeão mundial iniciou a sua carreira na “Aliança do Tatame”, onde fez formação durante os primeiros três anos, tendo como treina-dor o mestre Yuri Alexandre e Osvaldo da Silva como companheiro de luta.O atleta transferiu-se depois para a “Z1 Academy” do mestre Sérgio Lopes, que tem como lema “uma escola de valores e uma oficina de campeões”. Um deles é Walter Faustino, que come-çou no Judo, fez Jiu-Jitsu para com-plementar a sua formação em lutas, e acabou por ficar. Hoje é campeão mundial da modalidade.

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WAlter rUben FAUStinoorgUlho nACionAl

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•nome: WAlter rUben FAUStino•Data De nasCimento: 11/10/87•estaDo Civil: Solteiro•naturaliDaDe: lUAnDA•função: engenheiro

eleCtrotéCniCo •siGno: bAlAnçA•altura: 1,86m•BeBiDa: ágUA, SUmoS•Desejo: Ser Feliz•Desporto: JiU-JitSU brASileiro•nível aCaDémiCo: téCniCo

SUPerior•peso: 78 kg•prato preferiDo: mUFete•músiCa: hiP hoP UnDergroUnD•fuma: não•Carro: não tem•HoBBy: oUvir múSiCA e

ACtiviDADeS FíSiCAS

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• Março 2013 - Nº2936

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Já ArrAnCoU

Depois do final da Taça das Nações Africanas, viveu-se o arranque oficial da época des-portiva futebolística em Angola.

Por um lado, iniciou-se o campeonato nacional de futebol, o Girabola 2013, com a entrada em campo das 16 equi-pas à procura de se sagrarem campeãs. à quarta jornada era o Kabuscorp que liderava destacado a tabela. No pódio dos três melhores marcadores da prova estavam Meyong do Kabuscorp, Moco do Interclub e Yano do Progresso. Estas são apenas algumas curiosidades de começo de época porque ainda muita bola vai rolar nos relvados nacionais.

EQUIPAS NO GIRABOLA

Kabuscorp

Interclube

1º de Agosto

Bravos do Maquis

Desportivo da Huíla

Benfica de Luanda

Petro de Luanda

Sagrada Esperança

1º de Maio

Santos FC

Recreativo da Caála

Progresso

Porcelana

ASA

Recreativo do Libolo

Atlético do Namibe

MELHORES MARCADORES

Meyong

Moco

Yano

petro de luanda arreCada super taça

Por outro lado, aconteceu também a Supertaça em futebol, prova que marca a abertura da época futebolística 2013 e que foi conquistada pelo Petro de Luanda que ganhou assim o primeiro troféu da época 2013, ao empatar, no Kwanza Sul, diante do Recreativo do Libolo (1-1) na segunda mão da competição. Os “petrolíferos” beneficiaram da vitória (1-0) alcançada no jogo da primeira mão em Luanda. O golo do Libolo foi apontado por Dário aos 63 minutos, Job empatou aos 87.

petro de luanda, plantel para 2013Com Flávio como principal referência, o Petro de Luanda apresentou o plantel para a temporada 2013 no campo do Catetão, em Luanda. Além do antigo avançado do Lierce da Bélgica, os “petrolíferos” reforçaram--se com Bua (ex-1º de Agosto), Isaac (Progresso do Sambizanga), Nari (Interclube), Borges (Kabuscorp do Palanca), Benjamin (Ashanti Kotoko do Ghana). Seis juniores ascenderam ao escalão principal, nomeada-mente Lumeca, Abdul, Filhão, Edie, Diógenes e Mig. Durante o ano de 2013, o Petro de Luanda estará em várias frentes, nomeadamente no Campeonato Nacional (Girabola), na Taça de Angola e na Taça CAF.

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rolA AngolA 2013

Angola irá receber o Mundial de Hóquei em Patins, que decorre de 20 a 28 de Setembro, nas cidades de Luanda e Namibe.

Um evento que promete atrair os olhos do mundo para o nosso país. Na ceri-mónia oficial de apresentação do Mun-dial, que decorreu no mês de Fevereiro, estiveram presentes os responsáveis do Comité Internacional de Rink Hockey (CIRH), membros do Executivo, depu-tados e dirigentes desportivos.Gonçalves Muandumba, que é também coordenador do comité organizador, disse que Angola tem uma trajectória de realização de acontecimentos des-

portivos que a todos orgulha. O ministro da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, garantiu que o Executivo tudo vai fazer para prestigiar a moda-lidade, o país e o continente, no Cam-peonato do Mundo de Hóquei em Patins. O comité interministerial de organiza-ção e realização do campeonato, criado por Decreto Presidencial, tem respon-dido com eficácia às suas competências.“O Executivo garante as condições orga-nizativas ideais para a realização de um campeonato de excelência, proporcio-nando aos participantes infra-estruturas modernas, transportes, acomodação, alimentação, segurança e assistên-

cia médica condigna para que seja um sucesso”, garantiu. Harros Strucksberg, presidente do Comité Internacional de Rink Hockey disse que o dia de apre-sentação do Mundial vai ficar na his-tória, porque marca o lançamento do primeiro que África vai realizar. Disse que ficou impressionado com o nível da organização.Durante a cerimónia foi igualmente apre-sentada a mascote da prova, ainda sem nome. Com o nome por definir em con-curso público, a mascote da competição é de cor amarela com vivos vermelhos, criada exclusivamente para simbolizar e divulgar a tradição e cultura nacional.

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• Março 2013 - Nº2938

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APoiA DeSPorto nACionAl

O apoio à actividade desportiva nacional constitui uma das acções de grande visibilidade da Sonan-

gol no contexto da sua responsabilidade social, cujos resultados têm dado mui-tas alegrias à empresa e aos beneficiá-rios desse investimento, em particular, e ao país de um modo geral. E quão gratificante é ver esse esforço reconhecido, mesmo que através de gestos simbólicos. É o caso da entrega, pelo Presidente do Atlético Petróleos de Luanda, Mateus de Brito, ao Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P., Francisco de Lemos José Maria, da Taça de Angola (edição 2012) conquis-tada pela equipa de futebol dos petró-leos. Refira-se que o Petro de Luanda é actualmente a equipa de futebol com

mais Taças de Angola na sua galeria, ou seja, nove (9).No decorrer da cerimónia recentemente realizada em Luanda, Francisco Maria ape-lou à direcção e aos jogadores do Petro a darem cada vez mais orgulho à Sonan-gol, principal patrocinador da formação petrolífera, tendo manifestado votos de que a equipa possa ganhar muitos mais troféus. “Queremos que o Petro conti-nue a proporcionar-nos bastantes ale-grias e também qualidade desportiva em todas as modalidades nas quais o clube está inserido”, sublinhou o Presi-dente do Conselho de Administração da empresa que é a principal patrocinadora do Petro de Luanda. Mas o reconhecimento pelo apoio que a Sonangol tem prestado ao desporto

não veio apenas do futebol, modalidade praticada em terra. Tal como a sua acti-vidade petrolífera abrange áreas onshore e offshore, a sua responsabilidade social também beneficia modalidades desporti-vas ligadas ao mar. É o caso, por exemplo, da Pesca Desportiva. E foi nesse âmbito que no dia 25 de Fevereiro, por ocasião dos 37 anos da Sonangol, o PCA congra-tulou-se com a recepção de uma outra taça, desta feita entregue pelo Presi-dente da Federação Angolana de Pesca Desportiva, Fernando Santos.Em suma, duas taças, dois momentos, uma só essência: a grande dimensão da política de responsabilidade social da Sonangol que continuará a dar, com toda a certeza, muitas alegrias e, tratando-se de desporto, também muitos troféus.

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• Março 2013 - Nº2940

A falta de interesse das pessoas pelos livros tem causado bas-tante preocupação ao secretário-

-geral da União dos Escritores Angolanos (UEA), Carmo Neto, que disse que uma das grandes problemáticas da União é a difusão dos livros em Angola.Em entrevista prestada à nossa revista o secretário garantiu que o objectivo prin-cipal é continuar a promover e divulgar a cultura angolana."A União dos Escritores Angolanos é uma associação criada com o propó-sito de divulgar a cultura angolana e não só. Queremos dar a conhecer e mostar o que há de literário no nosso país", des-tacou.O secretário explicou que antes do sur-gimento da União eram jovens que, na época, formavam grupos de amigos

para falar sobre literatura e daí, surgiu a necessidade de se criar uma associação, o que se fez naquela altura". Era um momento promissor e foi então que fize-mos a edição de dez mil exemplares de livros de poesia. Nesta época éramos nós a suportar as despesas da União, hoje temos uma verba pendente do Ministé-rio da Cultura para gerir as suas neces-sidades”, referiu.De acordo com Carmo Neto, não basta apenas a escrita, havendo também a necessidade do gosto pela leitura. "Se o livro não é divulgado ou promovido não há como chegar aos leitores", afirmou.Aquele responsável disse ainda que os pais devem incentivar mais os seus filhos à leitura. “Seria bom se as crianças em casa, nas escolas ou creches fossem incentivadas a praticar a leitura porque

quem muito lê, escreve melhor. Hoje vemos crianças sem nenhum interesse pela leitura e isso tem nos preocupado muito. Não bastam apenas campos de futebol, ainda existem poucas bibliote-cas cá em Angola”.O secretário esclareceu que um dos objec-tivos da União é internacionalizar os livros dos seus membros e não membros. “Temos obras já traduzidas nas principais línguas do mundo como inglês, árabe, francês, italiano, japonês e estamos a negociar em chinês, queremos mostrar ao mundo que somos capazes de o fazer e que também temos cultura e literatura e bons escritores”, afirmou a propósito.O responsável garantiu que a participa-ção de Angola em vários eventos inter-nacionais ajudou a literatura angolana a atingir outros patamares.

Ângela Correia (texto) Malocha (Fotos)

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a União dos escritores angolanos está preocupada com a falta de interesse das pessoas pelos livros. Carmo neto aponta soluções.

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Carmo Neto falou da participação de Angola em vários eventos internacionais, como a feira de Havana, em Cuba, a feira do livro em Jerusalém (Israel). Acrescen-tou que um dos livros de Manuel Rui está traduzido em várias línguas, e que estão a ser criadas condições para que se possa comemorar condi gnamente o quinqua-gésimo aniversário da primeira edição do livro de Luandino Vieira “Luanda”.Realçou também que os empresários angolanos devem investir mais na lite-ratura e não apenas na música ou em outras áreas. "A leitura é a chave para qualquer sucesso, o livro é o mestre mudo, uma sociedade é bem consti-tuída com bons leitores”, argumentou.De lembrar que a União dos Escritores Angolanos foi fundada em 1975, um mês após a independência de Angola, e tem inscritos 120 escritores.

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• Março 2013 - Nº2942

Paulo Kapela, (o 'kota', nascido em 1947), Kiluanji Kia Henda, Nástio Mosquito, Edson Chagas, e Yona-

mine (a nova geração, nascida após a Independência) são os seis artistas ango-lanos que integram a exposição "No Fly Zone. Unlimited Mileage", patente até 31 de Março no Museu Berardo, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Portu-gal. Entre instalação, fotografia e vídeo, os seis pretendem reflectir, a partir das suas obras e das memórias pessoais e colectivas, sobre África e Angola. A exposição conta com a curadoria de Fernando Alvim para quem este evento marca a “desconstrução do preconceito contra Angola e os angolanos” através da forma livre e sem preconceitos com que os jovens artistas retratam a realidade do país. O conjunto de artistas “aborda

o nosso referencial artístico sem rene-gar o passado, porque a nova geração tem grande necessidade de conhecer a história de Angola”, admite o curador.

lUgAr Do ArtiStA

Actualmente, a braços também com a terceira Trienal de Luanda 2013, a expo-sição de Lisboa acaba por funcionar como uma ante-câmara da mostra que Fernando Alvim está a coordenar para acontecer entre Novembro e Dezembro deste ano, em Luanda. Esta primeira abordagem pode con-siderar-se como auspiciosa tendo em conta o “sucesso mediático e de público”, segundo a organização, que a exposi-ção tem alcançado junto dos visitan-tes portugueses.

Para Pedro Lapa, Director Artístico do Museu Colecção Berardo, a exposição “ não é só sinal de uma nova vida que Angola experimenta depois da desco-lonização e da guerra, como define um posicionamento num quadro proble-matizado sobre as heranças culturais e a sua redefinição, as migrações dos conflitos e o seu feedback, o lugar do artista e da sua produção num mundo que continuamente extravasa os limi-tes do seu conhecimento e reconheci-mento e se experimenta, agora por estes novos protagonistas”.Assim, “No Fly Zone” aparece como um espaço aberto à reflexão, sem interdi-ções, pilotado por artistas contempo-râneos de uma Angola em expansão e que, cada vez mais, incita a curiosidade a norte do Equador.

Museu Colecção Berardo (Fotos)

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zonA interDitA A Pré-ConCeitoS

seis artistas angolanos partilham com o público português a sua visão sobre a nova vida de angola, sem esquecer o passado.

DITO E ESCRITO NA IMPRENSA ESTRANGEIRA:

- “No Fly Zone, a espantosa exposição da nova geração an-golana no Museu Berardo, em Lisboa, mostra-os a observar como nós os vemos. Sem paternalismos, de forma acutilante e com humor. Amigos, mas não como dantes.”, Jornal Sol - “Seis artistas angolanos tentam evitar 'amnésia coletiva'”, Diário de Notícias - “É a primeira vez que uma colectiva de arte contempo-rânea angolana é exibida em Lisboa. A proposta foi refletir sobre o pós-colonialismo e as alterações às coordenadas tradicionais do país onde nasceram os artistas. No Fly Zone é uma plataforma de diálogo (...) Pretende inverter poderes e preconceitos”, RTP- “A visão artística desta nova geração angolana é sempre apresentada em contraste com o preconceito e a generali-zação ocidental.”, Jornal i

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A SonAngol notíCiAS AComPAnhA oS leitoreS nUmA viSitA gUiADA à exPoSição “no Fly zone” moStrAnDo AS obrAS em exibição AComPAnhADAS DAS PAlAvrAS DoS CUrADoreS Do CertAme.

Yonamine remete-nos para a história europeia e mundial: a partir do indivíduo, o artista trabalha o arquivo da memória, entendido como um espaço onde a memória é construída de vivências particulares. (Imagem 1)

Paulo Kapela, reproduz numa espécie de altar, a história recente angolana, particularmente a da cidade de Luanda, recorrendo a recortes de jornais, desenhos, objectos encontra-dos e textos, num processo contínuo de fixação da memória e de exorcismo do passado. (Imagem 2)

Edson Chagas retira do contexto antropológico as máscaras africanas e atribui-lhes uma identidade actual. (Imagem 3)

Hyrcan, na obra “Thirteen Hours (2011)”, confere às galinhas características humanas e papéis sociais. (Imagem 4)

Nástio Mosquito, em “My African Mind (2009)”, “desconstrói o discurso ocidental sobre África, na tentativa de questio-nar como África é retirada da modernidade, como o negro é transformado em monstro. (Imagem 5)

Kiluanji Kia Henda, na série fotográfica “homem novo”, analisa a relação de Luanda com o seu passado colonial, através dos pedestais hoje vazios de estátuas e ocupados por figu-ras que fazem parte da história contemporânea da cidade. (Imagem 6)

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• Março 2013 - Nº2944

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Ao mAiS Alto nível

A moda angolana desfilou em grande estilo na passadeira ver-melha da cerimónia dos Óscares 2013. A estilista angolana Nadir

Tatu foi convidada para vestir a jovem congolesa democrática Rachel Mwanza. O vestido, feito durante um fim-de--semana, em Kinshasa, capital da Repú-blica Democrática do Congo, foi exibido para todo o mundo na 85ª edição dos Óscares.De acordo com a criadora de moda, Rachel Mwanza escolheu aquele ves-tido de dois modelos que Nadir Tati con-feccionou para o evento. “Foi a Rachel quem escolheu. Foram feitos dois e ela escolheu o vermelho. O vestido foi

feito a pensar no Congo e na idade da jovem!”. Sobre a ida de Rachel Mwanza, de 15 anos, aos Óscares, Nadir classi-fica como “extremamente importante para o continente africano”. Com efeito, Rachel Mwanza é a mais nova revelação do cinema africano. A actriz do filme “Rebelle (War Witch)”, que retrata a vida de uma mulher que sobrevive a um conflito armado, foi descoberta nas ruas de Kinshasa. Durante anos, Rachel, que foi abandonada pelos pais, era uma menina de rua. A sua parti-cipação num documentário sobre as crianças de rua, chamou a atenção do realizador Kim Nguyen e foi escolhida para trabalhar como actriz na produção.

O seu desempenho no filme “Rebelle” permitiu-lhe ser nomeada para Melhor Actriz em diversos festivais de cinema como os prestigiados Festivais de Ber-lim (Alemanha), Tribeca (Estados Uni-dos) e Vancouver (Canadá).Quanto à “nossa” Nadir Tati, nasceu a 2 de Setembro de 1974, em Luanda e é mãe de dois filhos. Foi vencedora três vezes do Moda Luanda, como melhor criadora de moda e, por duas vezes, venceu o Divas Angola, na categoria de Diva da Moda. Actualmente, é a grande referência da moda angolana e presença assídua em semanas de moda interna-cionais como a da África do Sul, Tân-zania, Nigéria e Nova Iorque.

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Prémio SonAngol revelAção

A cerimónia de entrega do Pré-mio Literário Sonangol Reve-lação teve lugar no dia 25 de Fevereiro, durante a conferên-

cia de imprensa realizada por ocasião do 37º aniversário da Sonangol . “Contos do Céu e da Terra” do escritor Victor Amorim Guerra foi a obra esco-lhida por unanimidade pelo júri do con-curso que decidiu atribuir o prémio a uma obra de ficção, por se tratar de um registo ficcional de acontecimentos que terão eventualmente ocorrido no país. O autor apontou a vivência do povo ango-lano como grande inspiração para a pro-dução da obra agora premiada. Victor Amorim Guerra retratou os aspectos liga-dos ao conflito militar que o país viveu, descrevendo as grandes deslocações de populações de uma cidade para outra, bem como assuntos ligados à feitiça-ria e ao garimpo de diamantes no leste de Angola.Segundo a apreciação do júri, o trabalho de Victor Amorim Guerra “combina com mestria a dimensão estética e a dimen-são sociocultural, ambas bem escritas”.Muito “satisfeito pela atribuição do pré-mio”, Victor Amorim Guerra agradeceu à Sonangol pela realização do concurso. O autor defendeu ainda que o concurso é uma mais-valia para que surjam novos valores no campo literário angolano.Recorde-se que o prémio, de periodici-dade bienal, foi instituído pela Sonnagol E.P., e contou com o apoio da União dos Escritores Angolanos (UEA). Trata-se de um concurso literário exclusivamente destinado a jovens escritores angolanos, aplicável a todos os concorrentes nacio-nais que residam em território angolano e visa distinguir qualitativamente obras literárias ou de investigação, de escritores angolanos sem qualquer obra publicada.

Quanto ao género literário, as obras submetidas a concurso podem com-preender todos os géneros literários, sendo igualmente considerados todos os trabalhos científicos ou de ensaios em língua portuguesa, que se refiram aos factos e acontecimentos ou per-

sonalidades, ocorridos ou relaciona-dos com Angola. O júri foi composto por cinco membros, dois nomeados pela UEA, um nomeado pelo Ministé-rio da Cultura, outro designado pelo Ministério da Educação e um indicado pela Sonangol.

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Nascida na província de Luanda aos 23 de Agosto de 1991, Vau-mara Patrícia Carriço Rebelo é

uma jovem estudante que com garra, dedicação, e disciplina, experimen-tou a recompensa do trabalho árduo. A jovem teve a oportunidade de desfi-lar em grandes eventos internacionais de moda, o que lhe permitiu ganhar

experiência num mundo muito com-petitivo. Galardoada Miss Angola USA 2012, Vaumara Rebelo foi a favorita pelos júris e pela votação pública. A estudante do terceiro ano de Ges-tão de Empresas e Economia, no Miami Dade College, nos Estados Unidos da América, é a actual Miss Angola 2013. A jovem prossegue a sua jornada pro-

fissional com dinamismo e pretende dar "enorme foco na comunicação e integração juvenil rumo a uma socie-dade produtiva e bem sucedida". Também escritora, Vaumara Rebelo vai participar na 62ª edição do Concurso Miss Universo. A jovem promete lutar para obter mais um grande sucesso na sua vida. Boa sorte!

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vAUmArA rebelo, miSS AngolA 2013

a jovem vaumara rebelo será a representante de angola na 62ª edição do Concurso Miss Universo e promete lutar para alcançar um resultado feliz no evento internacional.

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leila lopes

Leila Lopes é, até ao momento, o nome maior quando falamos no concurso Miss Angola. A jovem de Benguela atingiu um patamar nunca antes alcançado quando venceu a coroa da mais bela do univer-so. Em Novembro de 2011 fez uma visita triunfal a Angola, onde desfilou pelas ruas entre o povo, e foi recebida pelo presidente José Eduardo dos Santos. Em relação ao título e ao seu país, declarou: "Ser Miss Universo é muito mais do que uma coroa e uma faixa. Para mim, é um orgulho e um compromisso pessoal de servir o meu país e todas as mulheres como embaixadora no mundo."Durante o seu reinado e cumprindo suas obrigações de Miss Universo, Leila visitou inúmeros países como Singapura, Indonésia, África do Sul, onde contactou e prestou solidariedade à instituição de caridade e amparo a crianças carecidas Thuthuzela Orphanage. Na República Dominicana visitou a Operation Smile, uma instituição norte-americana sem fins lucrativos dedicada a tratar de crianças pobres com malformações congénitas. Leila Lopes esteve no Rio de Janeiro, onde participou na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, na qualidade de Embaixadora da Con-venção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD).

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no CorAção Do PlAnAlto CentrAl

a natureza generosa, as lendas dos povos antigos, a história registada nos museus, ruínas, estátuas e túmulos conferem ao Huambo uma mão cheia de atractivos históricos, de grande riqueza antropológica e cultural.

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A província do Huambo e seus gran-diosos planaltos está situada no centro-sul de Angola. A natureza

foi generosa com esta região repleta de diversas florestas, montanhas e pai-sagens que fascinam todos que a visi-tam. É também aqui, nas terras altas do planalto central, que nascem a maioria dos rios de Angola e correm, depois, em várias direcções diferentes sendo fonte de vida numa vasta área do continente. A capital da província, a cidade do Huambo, destaca-se pelos seus edi-fícios históricos e jardins, tendo sido considerada uma das cidades mais bonitas de Angola. Apesar dos efei-tos da guerra ainda serem visíveis na cidade, tem sido realizada uma notá-vel obra no sentido da reabilitação de grande parte dos seus edifícios e vias. São inúmeros os pontos de interesse histórico para serem visitados com destaque para o Forte da Quissala e os museus reestruturados com a recolha de peças pilhadas durante a guerra. Pode--se também visitar o Campo de Tourada de Gandavila, um dos poucos sobrevi-ventes da actividade em Angola.

riQUezA CUltUrAl

Em termos culturais a província é também dotada de grande riqueza. O “Olundongo”, por exemplo, ocupa lugar de destaque em manifestações culturais do povo ovimbundo do planalto central. “Olundongo” é um ritual que tem sentido cultural e serve para agradecer a Deus pelos bons resultados das colheitas agrícolas. Essas manifestações são realizadas no tempo seco, depois das colheitas agrícolas, pois, na época chuvosa, os membros das comunidades sofrem, passam fome e têm um trabalho árduo nas lavouras. Quando chegam ao cacimbo realizam “olundongo”. Fazem parte da cerimónia os membros da comunidade, das aldeias e bairros vizinhos que, em pleno dia, festejam a dançar, bebendo kassongueno (aguardente), kissangua, vinho e whisky com comidas típicas. A gastronomia da região também é merecedora de uma palavra. Entre os pratos típicos encontra-se o pirão de milho acompanhado de verduras,

cogumelos frescos e secos e peixes do rio (cacusso e bagre).

A montAnhA mAiS AltA

Começámos por enunciar que a natureza foi generosa com esta província, e de facto, com 2620 metros de altitude, o Monte Moco é a montanha mais alta de Angola e um dos ex-libris da província. Constituído por vales escarpados e húmidos, o Monte Moco é refúgio dos maiores e mais importantes fragmentos de floresta de montanha de Angola. Uma caminhada no Monte Moco oferece ao visitante vistas espectaculares sobre as pla-nícies e os maciços de montanhas mais distantes. É também um óptimo lugar para avistar aves e fauna muita diversa.Se aceitar esta proposta de destino de viagem para passar alguns dias na cidade alta, anote na sua agenda a data em que se celebram as Festas da cidade: dia 21 de Setembro. Um pretexto para ir conhecer melhor as belezas do planalto central.

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• Março 2013 - Nº2950

ekUikUi iA mAiS reCente UniDADe hoteleirAO vasto potencial turístico da província começa a ser apro-veitado e promete proporcionar os melhores momentos de lazer para todos os gostos. Exemplo disso mesmo é o recém-inaugurado hotel de quatro estrelas “Ekuikui I”. Com um elevado nível de qualidade, exclusividade e luxo, este hotel foi pensado para o turismo de negócios. O moderno hotel pertence ao grupo Opaia e possui uma vasta gama de serviços a pensar no bem-estar do consumidor e totalmente voltado para a sustentabilidade e para a eco-consciência. Uma unidade que veio, sem dúvida, engrandecer o portfólio de alojamento de alta qualidade na província do Huambo.

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A não perder:

- Admire as inúmeras estátuas que se encontram nas dife-rentes praças e jardins na capital Huambo.- Museu Antropológico Municipal, possui um vasto acervo museológico dividido em secções de etnografia, quadros e fotografias. - Museu Regional do Huambo, possui cerca de três mil peças de artes sacras e botânicas, antropomórficas, zoomórficas, etnográficas, arqueológicas, foto gravuras e obras de pintura, das quais algumas estão expostas aos visitantes e outras em depósito. - Túmulo do rei Ekuikui, situado no Morro de Santo António do Bailundo.- Parque Natural da Estufa-fria, visite a sua rica fauna e exu-berante flora.- Caminhe no Monte Moco, a montanha mais alta de Angola, e admire a beleza de uma paisagem única.

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