iob - icms/ipi - distrito federal - nº29/2016 - 3ª sem julho

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Registro de Apuração do IPI a ICMS - Substituição tributária - Regra geral a ICMS - Substituição tributária - Sorvetes ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 29/2016 Distrito Federal / a Federal IPI Conserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária - Autopeças 04 / a IOB Setorial Federal Taxista - IPI/IOF - Isenção - Formulários digitais alternativos - Insti- tuição 11 / a IOB Comenta Distrito Federal ICMS/ISS - Tributação na manipulação de medicamento por enco- menda do usuário 12 / a IOB Perguntas e Respostas ICMS Sped - EFD - Assinatura digital 13 Sped - MDF-e - Emissão 13 ICMS/DF Serviço de transporte - Local da prestação do serviço 14 ITBI/DF Lançamento do imposto - Forma 14

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IOB ICMS-IPI, Distrito Federal,29-2016,3a Sem Julho

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Registro de Apuração do IPI

a ICMS - Substituição tributária - Regra geral

a ICMS - Substituição tributária - Sorvetes

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 29/2016

Distrito Federal

/a FederalIPIConserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária - Autopeças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB SetorialFederalTaxista - IPI/IOF - Isenção - Formulários digitais alternativos - Insti-tuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB ComentaDistrito FederalICMS/ISS - Tributação na manipulação de medicamento por enco-menda do usuário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

/a IOB Perguntas e RespostasICMSSped - EFD - Assinatura digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Sped - MDF-e - Emissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/DFServiço de transporte - Local da prestação do serviço . . . . . . . . . . . . 14

ITBI/DFLançamento do imposto - Forma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

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© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : conserto, restauração ou recondicionamento.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2754-0

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04569 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

29-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 DF

a Federal

IPI

Conserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados SUMÁRIO 1. Introdução 2. Operações excluídas do conceito de industrialização 3. Entrada do produto a ser consertado 4. Saída do produto consertado (retorno ao encomendante) 5. Estorno de crédito 6. Aplicação de componentes normais do estoque 7. Produtos usados 8. Considerações quanto ao ICMS e ao ISS 9. Soluções de consulta da Receita Federal do Brasil (RFB)

1. INTRODUÇÃO Considera-se como industrializa-

ção, entre outras hipóteses, a ope-ração que exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto inutilizado ou deterio-rado renove ou restaure o pro-duto para utilização (renovação ou recondicionamento).

Observa-se, portanto, que a caracterização da operação como industrialização e a consequente sujeição ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) estão diretamente ligadas à destinação a ser dada ao produto obtido por meio das operações de conserto, restauração ou recondicionamento, conforme examinaremos nos itens seguintes, com fundamento no Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

(RIPI/2010, arts. 4º, 5º, 38, 194, 254, 407 e 434)

2. OPERAÇÕES EXCLUÍDAS DO CONCEITO DE INDUSTRIALIZAÇÃO

A operação de conserto, restauração ou recondi-cionamento de produtos usados não é considerada industrialização quando:

a) os produtos se destinem ao uso da própria empresa executora; ou

b) os produtos não se destinem ao comércio pelo estabelecimento encomendante.

Além desses casos, também são excluídas do conceito de industrialização as operações que consistam no preparo de partes ou peças pelo con-sertador, restaurador ou recondicionador, destinadas e empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações.

Entretanto, se o produto for destinado a revenda (pelo executor da operação ou pelo encomendante),

sua saída estará sujeita à incidência do IPI.

(RIPI/2010, art. 5º, XI)

2.1 Substituição de peças, restauração de pintura, pequenos consertos, etc.

Para efeito de incidência do IPI, não são consideradas indus-

trialização (renovação ou recondi-cionamento) a simples substituição de

peças, a restauração de pintura, a desmontagem, a limpeza, a lubrificação, etc.

Segundo o Parecer Normativo CST nº 214/1972, item 3:

Para que se caracterize o recondicionamento ou renova-ção, não basta que sejam efetuados pequenos consertos, mesmo com substituição de peças, mas é necessário que a operação restitua ao produto condições de funcionamento como se fosse novo. Assim, a desmontagem, limpeza e lubrificação, a eventual substituição de peças e a restau-ração da pintura não caracterizam o recondicionamento.

(RIPI/2010, art. 5º, XI; Parecer Normativo CST nº 214/1972, item 3)

Para efeito de

incidência do IPI, não são consideradas industrialização

(renovação ou recondicionamento) a simples substituição de peças,

a restauração de pintura, a desmontagem, a limpeza, a

lubrificação, etc.

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29-02 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.2 Reparo de produto com defeito de fabricação

Também estão excluídas do conceito de industriali-zação as operações de reparo de produto com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando referidas operações forem executadas gratuitamente, ainda que por concessionários ou repre-sentantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante.

(RIPI/2010, art. 5º, XII)

2.2.1 Exceção

Convém salientar que nas operações de reparo efetuadas após o prazo de garantia as partes ou peças empregadas passam a submeter-se à inci-dência normal do IPI.

É o que esclarece o Ato Declaratório Normativo CST nº 9/1983, segundo o qual:

[...] nos reparos ou manutenções de máquinas e equipa-mentos não há incidência do IPI nas saídas de partes e peças de reposição preparadas pelo executor para subs-tituição de outras no período de vigência de garantia de funcionamento das máquinas e equipamentos nos quais são aplicadas. Após o vencimento da garantia contratada, estão sujeitas à incidência do imposto não somente as partes e peças novas, mas, também, aquelas renovadas.

(RIPI/2010, art. 5º, XII; Ato Declaratório Normativo CST nº 9/1983)

2.3 Produtos destinados à locação ou ao arrendamento

2.3.1 Saída sujeita ao IPI - Exceção

O estabelecimento que promove a locação ou o arrendamento de produtos de fabricação própria ou importados diretamente é considerado contribuinte do IPI.

Portanto, na primeira saída a título de locação ou arrendamento do produto do estabelecimento que o fabricou ou o importou diretamente, ocorre o fato gera-dor do imposto, ou seja, há a tributação normal do IPI.

(RIPI/2010, art. 35, I e II)

2.3.2 Saída não sujeita ao IPI

As saídas subsequentes à primeira não constituem fato gerador, salvo se o produto tiver sido submetido à nova industrialização.

Como se vê, a condição básica para que as saídas subsequentes à primeira não sejam consideradas como fato gerador do IPI é que o produto não tenha sido submetido à nova industrialização.

Caso contrário, a operação (saída subsequente à primeira) poderá ficar novamente sujeita à incidência do IPI, observadas as orientações de que trata o subitem 2.1.

Outro aspecto a registrar é que, nos termos do Parecer Normativo CST nº 214/1972 (citado no subitem 2.1), a expressão “uso da própria empresa” (exigida para que a operação de conserto, restauração ou recondicionamento não se configure como industria-lização) não se aplica nos casos em que referidas operações sejam realizadas em bens destinados a locação ou arrendamento.

(RIPI/2010, arts. 5º, XI, e 38, II, “a”; Parecer Normativo CST nº 214/1972)

3. ENTRADA DO PRODUTO A SER CONSERTADO

3.1 Nota fiscal relativa à entrada - Hipótese de emissão

Como regra, o produto enviado para conserto, restauração ou recondicionamento deve estar acom-panhado de nota fiscal emitida pelo remetente, se este for obrigado à emissão do documento fiscal.

Caso o remetente não esteja obrigado à emissão de documentos fiscais, o estabelecimento que receber produtos para conserto, restauração ou recondiciona-mento estará obrigado a emitir nota fiscal relativa à entrada dos produtos.

(RIPI/2010, arts. 396, I, e 434, IV)

3.2 Escrituração fiscal

O lançamento nos registros fiscais de entradas deverá ser efetuado com base no documento fiscal emi-tido pelo remetente ou na nota fiscal relativa à entrada emitida pelo executor da encomenda, conforme o caso.

(RIPI/2010, art. 456)

4. SAÍDA DO PRODUTO CONSERTADO (RETORNO AO ENCOMENDANTE)

No retorno do produto ao encomendante, o estabe-lecimento executor da operação deve emitir nota fiscal com todos os requisitos exigidos, não se cogitando, natu-ralmente, de lançamento do IPI neste documento fiscal.

Essa nota fiscal deve conter, em especial, os dados da nota fiscal relativa à entrada, emitida por ocasião do recebimento do produto remetido por pessoas físicas ou jurídicas não obrigadas à emissão de documentos fiscais.

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29-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

No caso de aplicação de componentes normais do estoque do executor, salientamos que haverá incidência do IPI (veja item 6).

(RIPI/2010, art. 407, caput, IV, § 1º)

5. ESTORNO DE CRÉDITO

O contribuinte deve estornar o crédito do IPI relativo a matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem empregados nas operações de conserto, restauração ou recondicionamento, con-forme o disposto no RIPI, art. 254, I, “e”.

Quando houver mais de uma aquisição de produ-tos e não for possível determinar aquela a que corres-ponde o estorno do IPI, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, art. 254, caput, I, “e”, § 1º)

5.1 Escrituração fiscal

O valor do crédito a estornar deverá ser lançado diretamente no livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, no item “010 - Estorno de Créditos”.

Exemplificando, supomos que determinado con-tribuinte efetuou, no mês de junho/20XX, o conserto de uma máquina e empregou nessa operação peças no valor de R$ 2.000,00 (custo de aquisição).

Admitindo-se, ainda, que por ocasião da entrada dessas peças no estabelecimento o contribuinte apro-priou (escriturou nos registros fiscais de entradas) o crédito do IPI lançado na nota fiscal correspondente à aquisição (R$ 200,00).

Nesse caso, o lançamento do estorno (R$ 200,00) será efetuado no quadro “Demonstrativo de Débitos” do livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8.

Nota

Conforme salientamos no item 5, quando houver mais de uma aquisição de produtos e não for possível determinar aquela a que corresponde o estorno do imposto, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, arts. 254, § 1º, e 477)

5.1.1 EFD

O contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Digital (EFD), nos termos do Ajuste Sinief nº 2/2009, deverá observar as orientações contidas no Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que estabelece as especifica-ções técnicas do leiaute dos arquivos digitais, no Guia Prático da EFD-ICMS/IPI e nos arts. 453 a 455 do RIPI.

Além de outros registros específicos, o estorno do crédito será lançado nos Registros E520 “Apuração do IPI”, campo 05 “Valor de “Outros débitos do IPI (inclusive estornos de crédito)”, e E530 “Ajustes da Apuração do IPI”, campos 02, item 0 “Ajuste a débito”, e 07 “Descrição detalhada do ajuste, com citação dos documentos fiscais”.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; RIPI/2010, arts. 453 a 455; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI)

6. APLICAÇÃO DE COMPONENTES NORMAIS DO ESTOQUE

Como exposto no item anterior, o executor deverá estornar o crédito do IPI relativo aos insumos, bem como às partes e às peças importadas ou adquiridas no mercado interno, empregados nas operações de conserto, restauração ou recondicionamento.

A única hipótese que constitui exceção a essa regra é quando as partes e peças a serem emprega-das nas operações forem componentes normais do estoque do executor (produtos de fabricação própria).

Isso porque, nesse caso, tais produtos não foram confeccionados para serem empregados exclusivamente nas operações de conserto, restauração ou recondicio-namento, cabendo ao executor pagar o imposto devido e incidente sobre as referidas partes e peças.

(Parecer Normativo CST nº 437/1970, item 12)

7. PRODUTOS USADOS

A operação de renovação ou recondicionamento de produtos usados insere-se entre aquelas sujeitas ao IPI, embora a tributação do produto dela resultante seja diferenciada, isto é, o imposto será calculado sobre a diferença de preço entre a aquisição e a revenda.

(RIPI/2010, art. 194)

8. CONSIDERAÇÕES QUANTO AO ICMS E AO ISS

As operações de conserto, restauração ou recon-dicionamento executadas sob encomenda do usuário final estão compreendidas no campo de competência tributária dos municípios, sujeitando-se, portanto, à incidência do ISS, podendo, eventualmente, ser oneradas pela incidência do ICMS, caso nas referidas operações sejam empregadas partes ou peças.

Essas operações estão previstas nos itens 14.01 e 14.03 da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003, nos seguintes termos:

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29-04 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a Estadual

14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipa-mentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS);

14.03 - Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).

Verifica-se, com base nos itens transcritos, que o executor da encomenda está obrigado a destacar o ICMS sobre o valor das partes e das peças eventual-mente empregadas naquelas operações.

Por sua vez, o ISS (de competência dos municí-pios) deverá ser calculado sobre o valor da mão de obra cobrado a título de serviço prestado, observadas as normas previstas na legislação tributária do res-pectivo município onde o contribuinte for domiciliado.

(Lei Complementar nº 116/2003)

9. SOLUÇÕES DE CONSULTA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL (RFB)

Transcrevemos, a seguir, soluções de consulta relacionadas ao assunto:

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 118 de 26 de Abril de 2012

[...]

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: RENOVAÇÃO. RECONDICIONAMENTO. CILIN-DROS USADOS. INDUSTRIALIZAÇÃO. ENCOMENDA DE TERCEIROS. A operação de revestimento de cilindros

usados (revestimento com novos componentes elastomé-ricos), sob encomenda de terceiros estabelecidos com o comércio de tais produtos, caracteriza-se industrializa-ção na modalidade de renovação ou recondicionamento. O estabelecimento que realizar a operação é considerado estabelecimento industrial, contribuinte do IPI e sujeito a todas as obrigações principal e acessórias do imposto. A incidência do ISS naquela operação caracterizada como industrialização é inteiramente irrelevante para determinar a incidência, ou não, do IPI. A operação de revestimento de cilindros usados não será considerada industrialização se estiver enquadrada nas hipóteses previstas no art. 5º, inciso XI, do Ripi/2010, isto é, nos casos em que os produtos usados se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não esta-belecidos com o comércio de tais produtos.

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 127 de 30 de Outubro de 2012

[...]

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: IPI. INDUSTRIALIZAÇÃO. RECICLAGEM DE PAPÉIS OU PAPELÕES USADOS. CARACTERIZAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. A reciclagem de papéis e caixas de papelão já utilizados, dando origem a chapas e emba-lagens de papel e papelão ondulado, é um processo de industrialização e está sujeita à incidência do IPI. A men-cionada reciclagem de papéis e caixas de papelão não se enquadra na modalidade de industrialização denominada renovação ou recondicionamento. A base de cálculo de IPI prevista no art. 194 do RIPI (diferença de preço entre a aquisição e a revenda de produtos usados) só se aplica a produtos resultantes de processo de renovação ou recon-dicionamento.

(Soluções de Consulta nºs 118 e 127/2012)

N

ICMS

Substituição tributária - Autopeças SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Definição de contribuinte substituto 4. Regime de substituição tributária 5. Lista de produtos abrangidos pelo regime 6. Aplicabilidade 7. Obrigação acessória específica para montadoras 8. Cálculo do imposto retido 9. Alíquota 10. Prazo de recolhimento

11. Código Especificador da Substituição Tributária 12. Nota fiscal e escrituração 13. Jurisprudência 14. Penalidades

1. INTRODUÇÃO

O ICMS tem como fato gerador a saída da mer-cadoria do estabelecimento contribuinte que deverá recolher o imposto relativo às operações realizadas no mês. Trata-se de um imposto cuja principal caracterís-tica é a não cumulatividade, prevista na Constituição Federal/1988, no art. 155, § 2º, I, segundo a qual o valor do ICMS devido em cada operação relativa à

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29-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

circulação de mercadorias será compensado com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado, ou pelo Distrito Federal. Portanto, no final do mês, o contribuinte poderá apresentar saldo credor ou devedor, conforme o caso.

Em alguns casos, a legislação do ICMS atribui a responsabilidade do pagamento do imposto a outro contribuinte que não praticou o fato gerador, mas que possui vinculação indireta a ele. Isso é o que se chama de substituição tributária, que pode ser “para frente” ou “para trás”, dependendo do produto envolvido ou da operação.

Na substituição tributária “para frente”, o con-tribuinte nomeado como substituto tributário paga o imposto devido pelas operações posteriores até chegar ao consumidor final, ou seja, paga o imposto de uma operação que ainda não ocorreu e que não se sabe se vai ocorrer.

No Distrito Federal, esse instituto se aplica às operações internas e interestaduais com peças, com-ponentes, acessórios e demais produtos automotivos. Nessa abordagem, vê-se a relação dos produtos, a base de cálculo, a forma de recolhimento e outros assuntos pertinentes às operações que envolvam tais produtos.

As regras gerais de substituição tributária estão descritas no Convênio ICMS nº 81/1993 e foram incor-poradas à legislação distrital pelo RICMS-DF/1997, arts. 321 a 336.

A matéria relativa à substituição tributária nas operações com peças, componentes, acessórios e demais produtos automotivos está prevista no RICMS--DF/1997, Anexo IV, Caderno I, item 28, o qual foi acrescentado pelo Decreto nº 32.943/2011, em vigor desde 1º.06.2011.

Resta observar que, até 31.05.2011, a substituição tributária era aplicada somente às operações internas do Distrito Federal. Entretanto, com a publicação do Protocolo ICMS nº 5/2011, que alterou o Protocolo ICMS nº 41/2008, e do Decreto nº 32.943/2011, aplica--se, desde 1º.06.2011, a substituição tributária tanto às operações internas quanto às interestaduais.

(Constituição Federal/1988, art. 155, § 2º, I)

2. CONCEITO

A substituição tributária é um regime por meio do qual a responsabilidade pelo ICMS devido, em relação às operações ou às prestações, é atribuída a outro contribuinte, ou seja, a lei altera a responsa-

bilidade pelo cumprimento da obrigação tributária, conferindo-a a terceiro que não aquele que praticou o fato gerador diretamente, mas que possui vinculação indireta com aquele que deu causa ao fato.

3. DEFINIÇÃO DE CONTRIBUINTE SUBSTITUTO

São contribuintes substitutos os responsáveis pelo lançamento e pelo recolhimento do imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes.

No caso específico das autopeças (tópico 5 deste texto), contribuinte substituto tributário é:

a) o remetente da mercadoria, situado em Uni-dade da Federação signatária do Protocolo ICMS nº 41/2008, nas operações interesta-duais destinadas ao Distrito Federal;

b) nas operações internas, o industrial, o impor-tador e o atacadista que preencham os requi-sitos estabelecidos em ato do Secretário de Estado de Fazenda (Portaria SEF nº 92/2014).

(RICMS-DF/1997, art. 13, § 1º, e Anexo IV, Caderno I, su-bitem 28.1)

4. REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

A adoção do regime de substituição tributária nas operações interestaduais depende de acordo específico celebrado pelos Estados interessados e pelo Distrito Federal, no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), conforme previsto na Lei Complementar nº 87/1996, art. 9º, tendo validade apenas para as Unidades da Federação signatárias.

Para amparar a substituição tributária nas opera-ções interestaduais com autopeças, foi celebrado o Protocolo ICMS nº 41/2008, do qual o Distrito Federal voltou a ser signatário por intermédio do Protocolo ICMS nº 5/2011.

Anteriormente, por meio do Despacho nº 88/2008 do Secretário Executivo, houve a denúncia do Proto-colo ICMS nº 41/2008 feita pelo Distrito Federal.

5. LISTA DE PRODUTOS ABRANGIDOS PELO REGIME

A lista de produtos (autopeças) sujeitos à subs-tituição tributária, na forma dos arts. 321 a 336 do RICMS-DF/1997, está no Anexo IV, Caderno I, item 28, do mesmo.

Veja, a seguir, a lista de produtos constantes no mencionado item 28, com suas respectivas posições na Nomenclatura Comum do Mercosul - Sistema Har-monizado (NCM/SH):

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29-06 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

PRODUTOS ABRANGIDOS PELO REGIME

Nº DESCRIÇÃO NCM/SH

1Catalizadores em colmeia cerâmica ou metálica para conversão catalítica de gases de escape de veículos

3815.12.103815.12.90

2 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, co-tovelos, flanges, uniões), de plásticos 39.17

3 Protetores de caçamba 3918.10.004 Reservatórios de óleo 3923.30.005 Frisos, decalques, molduras e acabamentos 3926.30.00

6

Correias de transmissão de borracha vulcanizada, de matérias têxteis, mesmo impregnadas, revesti-das ou recobertas, de plástico, ou estratificadas com plástico ou reforçadas com metal ou com outras matérias

4010.35910.0000

7 Juntas, gaxetas e outros elementos com função semelhante de vedação

4016.93.004823.90.9

8 Partes de veículos automóveis, tratores e máqui-nas autopropulsadas 4016.10.10

9 Tapetes, revestimentos, mesmo confeccionados, batentes, buchas e coxins

4016.99.905705.00.00

10 Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados, com plástico 5903.90.00

11Mangueiras e tubos semelhantes, de matérias têx-teis, mesmo com reforço ou acessórios de outras matérias

5909.00.00

12 Encerados e toldos 6306.1

13Capacetes e artefatos de uso semelhante, de pro-teção, para uso em motocicletas, incluídos ciclo-motores

6506.10.00

14

Guarnições de fricção (por exemplo, placas, ro-los, tiras, segmentos, discos, anéis, pastilhas), não montadas, para freios, embreagens ou qualquer outro mecanismo de fricção, à base de amianto, de outras substâncias minerais ou de celulose, mesmo combinadas com têxteis ou outras matérias

68.13

15 Vidros de dimensões e formatos que permitam aplicação automotiva

7007.11.007007.21.00

16 Espelhos retrovisores 7009.10.0017 Lentes de faróis, lanternas e outros utensílios 7014.00.0018 Cilindro de aço para gás natural veicular (GNV) 7311.00.0019 Molas e folhas de molas, de ferro ou aço 73.20

20 Obras moldadas, de ferro fundido, ferro ou aço73.25, exceto

7325.91.0021 Peso de chumbo para balanceamento de roda 7806.00

22 Peso para balanceamento de roda e outros uten-sílios de estanho 8007.00.90

23 Fechaduras e partes de fechaduras 8301.208301.60

24 Chaves apresentadas isoladamente 8301.70

25 Dobradiças, guarnições, ferragens e artigos se-melhantes de metais comuns

8302.10.008302.30.00

26 Triângulo de segurança 8310.00

27Motores de pistão alternativo dos tipos utilizados para propulsão de veículos do Capítulo 87 do RICMS-DF/1997

8407.3

28 Motores dos tipos utilizados para propulsão de veículos automotores 8408.20

29Partes reconhecíveis como exclusiva ou princi-palmente destinadas aos motores das posições 84.07 ou 84.08

84.09.9

Nº DESCRIÇÃO NCM/SH

30 Motores hidráulicos 8412.2

31Bombas para combustíveis, lubrificantes ou líqui-dos de arrefecimento, próprias para motores de ignição por centelha ou por compressão

84.13.30

32 Bombas de vácuo 8414.10.00

33 Compressores e turbocompressores de ar 8414.80.18414.80.2

34 Partes das bombas, compressores e turbocom-pressores dos itens 31, 32 e 33

84.13.91.9084.14.90.1084.14.90.38414.90.39

35 Máquinas e aparelhos de ar-condicionado 8415.20

36 Aparelhos para filtrar óleos minerais nos motores de ignição por centelha ou por compressão 8421.23.00

37 Filtros a vácuo 8421.29.90

38 Partes dos aparelhos para filtrar ou depurar líqui-dos ou gases 8421.9

39 Extintores, mesmo carregados 8424.10.00

40 Filtros de entrada de ar para motores de ignição por centelha ou por compressão 8421.31.00

41 Depuradores por conversão catalítica de gases de escape 8421.39.20

42 Macacos 8425.42.0043 Partes para macacos do item 42 8431.1010

44Partes reconhecíveis como exclusiva ou princi-palmente destinadas às máquinas agrícolas ou rodoviárias

84.31.49.284.33.90.90

45 Válvulas redutoras de pressão 8481.10.00

46 Válvulas para transmissão óleo-hidráulicas ou pneumáticas 8481.2

47 Válvulas solenóides 8481.80.9248 Rolamentos 84.82

49

Árvores de transmissão (incluídas as árvores de cames e virabrequins) e manivelas; mancais e bronzes; engrenagens e rodas de fricção; eixos de esferas ou de roletes; redutores, multiplica-dores, caixas de transmissão e variadores de velocidade, incluídos os conversores de torque; volantes e polias, incluídas as polias para cader-nais; embreagens e dispositivos de acoplamento, incluídas as juntas de articulação

84.83

50

Juntas metaloplásticas; jogos ou sortidos de jun-tas de composições diferentes, apresentados em bolsas, envelopes ou embalagens semelhantes; juntas de vedação mecânicas (selos mecânicos)

84.84

51 Acoplamentos, embreagens, variadores de velo-cidade e freios, eletromagnéticos 8505.20

52 Acumuladores elétricos de chumbo, do tipo utili-zado para o arranque dos motores de pistão 8507.10.00

53

Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por cente-lha ou por compressão (por exemplo, magnetos, dínamos-magnetos, bobinas de ignição, velas de ignição ou de aquecimento, motores de ar-ranque); geradores (dínamos e alternadores, por exemplo) econjuntores-disjuntores utilizados com estes motores.

85.11

54

Aparelhos elétricos de iluminação ou de sinaliza-ção (exceto os da posição 85.39), limpadores de para-brisas, degeladores e desembaçadores (de-sembaciadores) elétricos

8512.208512.408512.90

55 Telefones móveis 8517.12.13

Page 9: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº29/2016 - 3ª Sem Julho

29-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Nº DESCRIÇÃO NCM/SH

56 Alto-falantes, amplificadores elétricos de audiofre-quência e partes 85.18

57 Aparelhos de reprodução de som 85.19.81

58 Aparelhos transmissores (emissores) de radiotele-fonia ou radiotelegrafia (rádio receptor/transmissor)

8525.50.18525.60.10

59 Aparelhos receptores de radiodifusão que só fun-cionam com fonte externa de energia 8527.2

60 Antenas 8529.10.9061 Circuitos impressos 8534.00.0062 Interruptores e seccionadores e comutadores 8535.3063 Fusíveis e corta-circuitos de fusíveis 8536.10.0064 Disjuntores 8536.20.0065 Relés 8536.4

66Partes reconhecíveis como exclusivas ou princi-palmente destinados aos aparelhos dos itens 62, 63, 64 e 65

8538

67 Interruptores, seccionadores e comutadores 8536.50.9068 Faróis e projetores, em unidades seladas 8539.10

69 Lâmpadas e tubos de incandescência, exceto de raios ultravioleta ou infravermelhos 8539.2

70 Cabos coaxiais e outros condutores elétricos coaxiais 8544.20.00

71 Jogos de fios para velas de ignição e outros jogos de fios 8544.30.00

72 Carroçarias para os veículos automóveis das posi-ções 87.01 a 87.05, incluídas as cabinas 87.07

73 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05 87.08

74 Parte e acessórios de motocicletas (incluídos os ciclomotores) 8714.1

75 Engates para reboques e semirreboques 8716.90.9076 Medidores de nível; medidores de vazão 9026.1077 Aparelhos para medida ou controle da pressão 9026.20

78 Contadores, indicadores de velocidade e tacôme-tros, suas partes e acessórios 90.29

79 Amperímetros 9030.33.21

80

Aparelhos digitais, de uso em veículos automóveis, para medida e indicação de múltiplas grandezas, tais como: velocidade média, consumos instantâ-neo e médio e autonomia (computador de bordo)

9031.80.40

81 Controladores eletrônicos 9032.89.2

82 Relógios para painéis de instrumentos e relógios semelhantes 9104.00.00

83 Assentos e partes de assentos 9401.20.009401.90.90

84 Acendedores 9613.80.00

85 Tubos de borracha vulcanizada não endurecida, mesmo providos de seus acessórios 4009

86 Juntas de vedação de cortiça natural e de amianto 4504.90.006812.99.10

87 Papel-diagrama para tacógrafo, em disco 4823.40.00

88

Fitas, tiras, adesivos, autocolantes, de plástico, refletores, mesmo em rolos; placas metálicas com película de plástico refletora, próprias para colo-cação em carrocerias, para-choques de veículos de carga, motocicletas, ciclomotores, capacetes, bonés de agentes de trânsito e de condutores de veículos, atuando como dispositivos refletivos de segurança rodoviários

3919.10.00 3919.90.00 8708.29.99

89 Cilindros pneumáticos 8412.31.10

Nº DESCRIÇÃO NCM/SH

90 Bomba elétrica de lavador de para-brisa8413.19.008413.50.908413.81.00

91 Bomba de assistência de direção hidráulica 8413.60.19 8413.70.10

92 Motoventiladores 8414.59.108414.59.90

93 Filtros de pólen do ar-condicionado 8421.39.9094 “Máquina” de vidro elétrico de porta 8501.10.1995 Motor de limpador de para-brisa 8501.31.1096 Bobinas de reatância e de autoindução 8504.50.00

97 Baterias de chumbo e de níquel-cádmio 8507.208507.30

98 Aparelhos de sinalização acústica (buzina) 8512.30.00

99 Instrumentos para regulação de grandezas não elétricas 9032.89.8

100 Analisadores de gases ou de fumaça (sonda lambda) 9027.10.00101 Perfilados de borracha vulcanizada não endurecida 4008.11.00

102

NotaEste item foi excluído em decorrência da Instrução Nor-mativa Surec nº 1/2016, que relaciona as mercadorias excluídas do regime de Substituição Tributária, em de-corrência do Convênio ICMS nº 92/2015, alterado pelo Convênio ICMS nº 146/2015, e referia-se a “Catálogos contendo informações relativas a veículos”.

Item ex-cluído

(4911.10.10)

103 Artefatos de pasta de fibra para uso automotivo 5601.22.19104 Tapetes/carpetes - nylon 5703.20.00105 Tapetes mat. têxteis sintéticas 5703.30.00106 Forração interior de capacete 5911.90.00107 Outros para-brisas 6903.90.99108 Moldura com espelho 7007.29.00109 Corrente de transmissão 7314.50.00110 Corrente transmissão 7315.11.00111 Condensador tubular metálico 8418.99.00112 Trocadores de calor 8419.50

113 Partes de aparelhos mecânicos de pulverizar ou dispersar 8424.90.90

114 Macacos hidráulicos para veículos 8425.49.10

115 Caçambas, pás, ganchos e tenazes para máqui-nas rodoviárias 8431.41.00

116 Geradores de corr. alternada com potência não superior a 75 kVA 8501.61.00

117 Aparelhos elétricos para alarme de uso automotivo 8531.10.90118 Bússolas 9014.10.00119 Indicadores de temperatura 9025.19.90120 Partes de indicadores de temperatura 9025.90.10121 Partes de aparelhos de medida ou controle 9026.90122 Termostatos 9032.10.10123 Instrumentos e aparelhos para regulação 9032.10.90124 Pressostatos 9032.20.00

6. APLICABILIDADE

O regime da substituição tributária aplica-se às operações com peças, partes, componentes e acessó-rios listados no item 28 do Caderno I do Anexo IV do RICMS-DF/1997, de uso especificamente automotivo, assim compreendidos os que, em qualquer etapa do ciclo econômico do setor, sejam adquiridos ou reven-

Page 10: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº29/2016 - 3ª Sem Julho

29-08 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

didos por estabelecimento industrial ou comercial de veículos automotores terrestres, bem como de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários, ou de suas peças, partes, seus componentes e acessórios.

O disposto no citado item 28 aplica-se, também, às operações com os produtos destinados a:

a) aplicação na renovação, recondicionamento ou beneficiamento de peças, partes ou equipa-mentos;

b) integração ao Ativo Imobilizado ou ao uso ou con-sumo do destinatário, relativamente ao imposto correspondente ao diferencial de alíquotas.

(RICMS-DF/1997, Anexo IV, Caderno I, item 28 e subitens 28.2 e 28.11)

6.1 Responsabilidade estendida

A substituição tributária aplicável às operações com autopeças será estendida, de modo a atribuir a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto pelas saídas subsequentes de quaisquer peças, partes, componentes e acessórios concei-tuados no subitem 28.11 do Caderno I do Anexo IV do RICMS-DF/1997, ainda que não estejam listados no Anexo Único ao Protocolo ICMS nº 41/2008, na condição de sujeito passivo por substituição, ao esta-belecimento fabricante:

a) de veículos automotores para estabelecimen-to comercial distribuidor, para atender a índice de fidelidade de compra de que trata o art. 8º da Lei federal nº 6.729/1979;

b) de veículos, máquinas e equipamentos agrí-colas ou rodoviários para estabelecimento co-mercial distribuidor, cuja distribuição seja efe-tuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade.

(RICMS-DF/1997, Anexo IV, Caderno I, item 28 e subitens 28.12 e 28.13)

7. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA ESPECÍFICA PARA MONTADORAS

Em relação à atribuição da responsabilidade a outros estabelecimentos, as montadoras deverão encaminhar mensalmente relação de terceirizados, a qual poderá ser emitida por meio magnético, à Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal, Núcleo de Substituição Tributária do ICMS, SBN, qua-dra 2, Ed. Vale do Rio Doce, 5º andar, sala 507, Bra-sília, DF, CEP: 70040-909, telefones (61) 3312-8434 e 3312-8436, telefax (61) 3312-8379, e-mail [email protected].

Para os efeitos dessa obrigação acessória, equipara-se a estabelecimento de fabricante o ataca-dista de peças controlado por fabricante de veículo automotor que opere exclusivamente junto aos con-cessionários integrantes da rede de distribuição do referido fabricante, mediante contrato de fidelidade.

(RICMS-DF/1997, Anexo IV, Caderno I, item 28 e subitens 28.14 e 28.15)

8. CÁLCULO DO IMPOSTO RETIDO

O valor do imposto retido corresponderá à diferença entre aquele calculado de acordo com as regras mencionadas nos subtópicos 8.1 a 8.3 adiante e o devido pela operação própria realizada pelo con-tribuinte que efetuar a substituição tributária.

(RICMS-DF/1997, Anexo IV, Caderno I, item 28 e subitem 28.9)

8.1 Base de cálculo

A base de cálculo do imposto, para os fins de subs-tituição tributária, será o valor correspondente ao preço máximo de venda a varejo fixado por autoridade com-petente ou, na falta deste, o preço sugerido ao público pelo fabricante ou importador, acrescido, em ambos os casos, do valor do frete quando não incluído no preço.

Inexistindo o preço máximo fixado ou o preço sugerido pelo fabricante ou importador, a base de cálculo corresponderá ao montante formado pelo preço praticado pelo remetente, acrescido dos valo-res correspondentes a frete, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de margem de valor agregado (MVA) ajustada, calculada segundo a fórmula: MVA ajustada = [(1 + MVA-ST original) x (1 - ALQ inter)/(1 - ALQ intra)] - 1, em que:

a) MVA-ST original = margem de valor agregado (veja o subtópico 8.2 adiante);

b) ALQ inter = coeficiente correspondente à alí-quota interestadual aplicável à operação;

c) ALQ intra = coeficiente correspondente à alí-quota interna ou percentual de carga tributária efetiva, quando este for inferior à alíquota in-terna, praticada pelo contribuinte substituto da Unidade da Federação de destino, nas opera-ções com as mesmas mercadorias.

(RICMS-DF/1997, Anexo IV, Caderno I, item 28 e subitem 28.4)

8.2 MVA

A MVA-ST original é de:

a) 36,56%, tratando-se de:

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29-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a.1) saída de estabelecimento de fabricante de veículos automotores para atender a índice de fidelidade de compra de que trata o art. 8º da Lei federal nº 6.729/1979;

a.2) saída de estabelecimento de fabricante de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodoviários, cuja distribui-ção seja efetuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade;

b) 71,78%, nos demais casos.

(RICMS-DF/1997, Anexo IV, Caderno I, item 28 e subitem 28.5)

8.3 Impossibilidade de inclusão do frete

Na impossibilidade de inclusão do valor do frete na composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente será efetuado pelo estabe-lecimento destinatário, acrescido dos percentuais de MVA de que tratam os subtópicos 8.1, 8.2 e 8.4 deste procedimento.

(RICMS-DF/1997, Anexo IV, Caderno I, item 28 e subitem 28.7)

8.4 Alíquota interna inferior à alíquota interestadual

Na hipótese da “ALQ intra” ser inferior à “ALQ inter”, deverá ser aplicada a “MVA-ST original” referida no subtópico 8.2.

(RICMS-DF/1997, Anexo IV, Caderno I, item 28 e subitem 28.18)

8.5 Exemplo de cálculo

Um industrial estabelecido no Estado de São Paulo vendeu R$ 2.000,00 em tubos plásticos, posição 39.17 da NCM/SH para um estabelecimento comercial estabelecido no Distrito Federal (considera-se IPI zero para facilitar o cálculo).

Consideradas as referidas informações e a apli-cação da alíquota interna de 18%, pode-se exemplificar o cálculo dessa operação com MVA-ST original de 40%. Valendo-se dos seguintes valores hipotéticos, tem-se:

a) preço praticado pelo fabricante: R$ 2.000,00;b) base de cálculo ICMS próprio = R$ 2.000,00;c) ICMS operação própria = R$ 2.000,00 x 7% =

R$ 147,00;d) MVA ajustada (“b” x 94,82%) = R$ 1.896,40;e) base de cálculo ST (“b” + “d”) = R$ 3.896,40;f) ICMS-ST: (R$ 3.896,40 x 18% = R$ 701,35) -

R$ 147,00 = R$ 554,35;g) total da nota fiscal (R$ 2.000,00 + R$ 554,35) =

R$ 2.554,35.

9. ALÍQUOTA

Nas operações cuja tributação ocorre sob a siste-mática da substituição tributária, a alíquota aplicável será a mesma vigente para as operações internas com o produto.

As alíquotas internas do ICMS no Distrito Federal estão previstas no RICMS-DF/1997, art. 46, II.

Especificamente para a mercadoria citada no exemplo do subtópico 8.5, a alíquota de 18% está fundamentada no RICMS-DF/1997, art. 46, II, “c”.

(RICMS-DF/1997, art. 46, II)

10. PRAZO DE RECOLHIMENTO

O imposto retido deverá ser recolhido, a favor do Distrito Federal, até o dia 9 do mês subsequente ao da saída das mercadorias, no caso de mercadoria remetida por contribuinte inscrito no Cadastro Fiscal do Distrito Federal (CF/DF) como substituto tributário.

(RICMS-DF/1997, Anexo IV, Caderno I, item 28 e subitem 28.10)

11. CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

O Confaz, por meio do Convênio ICMS nº 92/2015, estabeleceu a sistemática de uniformização e identi-ficação de mercadorias e bens passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipa-ção de recolhimento do ICMS com o encerramento da tributação, relativos às operações subsequentes.

Cumpre assinalar que o citado Convênio se aplica, indistintamente, a todos os contribuintes do ICMS, optantes ou não pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), inclusive nas operações de venda de mercadorias ou bens pelo sistema porta a porta.

Em razão da sistemática de tributação em evidência, foi instituído o Código Especificador da Substituição Tributária (Cest), que deverá constar em todos os documentos fiscais, independentemente de a operação estar sujeita ou não aos mencionados regimes.

Vale ressaltar que o Convênio ICMS nº 16/2016 prorrogou até 1º.10.2016 o prazo para a indicação do Cest nos documentos fiscais.

(Convênio ICMS nº 92/2015)

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29-10 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

12. NOTA FISCAL E ESCRITURAÇÃO

12.1 Modelo

A seguir, confira o modelo de nota fiscal emitida pelo contribuinte substituto tributário, tomando por base valores e a MVA hipotéticos (neste caso, 71,78%).

Ressalta-se que a nota fiscal demonstrada tem caráter meramente ilustrativo, devendo o contribuinte preencher todos os campos do documento fiscal, no momento de sua emissão, em conformidade com as exigências previstas na legislação para a respectiva operação e que não foram incluídos os dados relati-vos ao IPI.

NOTA FISCAL

Page 13: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº29/2016 - 3ª Sem Julho

29-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

12.2 Escrituração

O documento fiscal será escriturado, pelo substi-tuto tributário, no livro Registro de Saídas, da seguinte forma:

a) nas colunas adequadas, constarão os dados relativos à operação ou prestação própria;

b) na coluna “Observações”, na mesma linha dos dados de que trata a letra “a”, constarão o va-lor do imposto retido e o da respectiva base de cálculo, com a utilização de colunas distin-tas para essas indicações, sob o título comum “Substituição Tributária”, ou sob o código “ST”.

Observa-se que, no caso de contribuinte que uti-lize sistema eletrônico de processamento de dados, os valores relativos ao imposto retido e à respectiva base de cálculo serão escriturados na linha seguinte a do registro da operação própria, sob o título comum “Substituição Tributária”, ou sob o código “ST”.

Os valores constantes na coluna relativa ao imposto retido e à sua base de cálculo serão totali-zados no último dia do período de apuração, para escrituração no livro Registro de Apuração do ICMS, separadamente, a saber:

a) das operações internas;

b) das operações interestaduais.

Nota

Embora a legislação continue inalterada, o contribuinte do DF está obri-gado à utilização do Livro Fiscal Eletrônico e deverá utilizar-se do mesmo para registrar a operação, fazendo as adaptações necessárias.

(RICMS-DF/1997, art. 332, caput, §§ 1º e 2º)

13. JURISPRUDÊNCIA

A seguir, está transcrita uma ementa de um acórdão extraído do site da Secretaria da Fazenda do Distrito Federal (www.fazenda.df.gov.br), relacionado à utilização de MVA diferente da prevista na legislação para a substituição tributária:

ACÓRDÃO DA 1ª CÂMARA Nº 90/2006 (10774) EMENTA: SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - MARGEM DE AGREGA-ÇÃO AQUÉM DA PREVISTA PARA A OPERAÇÃO - LAN-ÇAMENTO DA DIFERENÇA - Constatada em procedimento fiscalizatório a agregação de margem do lucro aquém da legalmente prevista para substituição tributária, procede o lançamento que visa exigir a diferença devida ao erário.

14. PENALIDADES

Os contribuintes que cometerem infrações à legis-lação tributária, sejam elas voluntárias ou não, estarão sujeitos às seguintes penalidades:

a) multa;b) sistema especial de controle, fiscalização e ar-

recadação;c) apreensão de bens e mercadorias, na forma

da legislação específica;d) cassação de incentivos ou benefícios fiscais;e) suspensão ou cancelamento de inscrição ca-

dastral;f) proibição de transacionar com órgãos e entida-

des da administração pública do Distrito Federal;g) cassação de regime especial de emissão e es-

crituração de documentos fiscais e apuração e recolhimento do imposto.

(RICMS-DF/1997, arts. 357 e 358)

N

a IOB Setorial

FEDERAL

Taxista - IPI/IOF - Isenção - Formulários digitais alternativos - Instituição

Foram instituídos, por meio do Ato Declaratório Executivo Coaef nº 2/2016, com o intuito de facilitar a apresentação de informações pelo interessado, os for-mulários digitais nele especificados, como alternativa

aos formulários aprovados pela Instrução Normativa RFB nº 987/2009, que disciplina a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de veículo destinado ao transporte autônomo de passageiros (táxi), bem como para atender à previsão do art. 72 da Lei nº 8.383/1991, no que se refere à isenção do Imposto sobre as Operações de Crédito, Câmbio, Seguros e Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) para as operações de financiamento para a aquisição de automóveis de passageiros.

Page 14: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº29/2016 - 3ª Sem Julho

29-12 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

O art. 72, caput, I a III, da Lei nº 8.383/1991 estabelece que ficam isentas do IOF as operações de financiamento para a aquisição de automóveis de passageiros de fabricação nacional de até 127 HP de potência bruta (SAE), quando adquiridos por:

a) motoristas profissionais que, na data da pu-blicação daquela lei, exerçam comprovada-mente em veículo de sua propriedade a ativi-dade de condutor autônomo de passageiros, na condição de titular de autorização, permis-são ou concessão do poder concedente e que destinem o automóvel à utilização na categoria de aluguel (táxi);

b) motoristas profissionais autônomos titulares de autorização, permissão ou concessão para exploração do serviço de transporte individual de passageiros (táxi), impedidos de continuar exercendo essa atividade em virtude de des-truição completa, furto ou roubo do veículo, desde que destinem o veículo adquirido à utili-zação na categoria de aluguel (táxi);

c) cooperativas de trabalho que sejam permis-sionárias ou concessionárias de transporte pú-blico de passageiros, na categoria de aluguel (táxi), desde que tais veículos se destinem à utilização nessa atividade.

Veja, a seguir, a relação dos formulários digitais alternativos:

a) declaração de união estável;

b) declaração de disponibilidade financeira ou patrimonial;

c) requerimento de isenção do IPI para táxi;

d) requerimento de isenção do IPI para táxi - transferência do direito;

e) requerimento de isenção do IPI para táxi - transferência do veículo;

f) requerimento para transferência, com paga-mento do IPI;

g) autorização - condutor autônomo;

h) autorização - cooperativa;

i) autorização - benefício pleiteado por transfe-rência do direito;

j) autorização - transferência de veículo adquiri-do com isenção do IPI;

k) autorização - transferência de veículo com pa-gamento do IPI;

l) declaração de regularidade fiscal - contribui-ções previdenciárias; e

m) requerimento de isenção do IOF - taxista.(Lei nº 8.383/1991, art. 72, caput, I a III; Instrução Nor-

mativa RFB nº 987/2009; Ato Declaratório Executivo Coaef nº 2/2016)

N

a IOB Comenta

DISTRITO FEDERAL

ICMS/ISS - Tributação na manipulação de medicamento por encomenda do usuário

O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) tem como fato gerador a prestação de serviços relacionados na lista do Anexo I do RISS-Distrito Fede-ral/2005, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

Ressalvadas as exceções expressas na citada lista, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua prestação envolva o forneci-mento de mercadorias.

Muito se questiona quanto à incidência dos impos-tos sobre os produtos farmacêuticos produzidos em farmácias de manipulação.

Esclarecemos que os produtos farmacêuticos manipulados pelas farmácias de manipulação, personalizados e individualizados, decorrentes de

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29-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

encomenda e confeccionados nos termos da pres-crição médica, sujeitam-se à incidência do ISS e se enquadram entre os serviços farmacêuticos previstos na lista constante no RISS-Distrito Federal/2005, Anexo I, subitem 4.07.

A base de cálculo do ISS nessa hipótese é o preço do serviço, e a alíquota interna para este serviço no Distrito Federal é de 2%.

Ressalte-se que haverá a incidência do ICMS quando se tratar de produtos farmacêuticos decorren-tes de manipulação realizada para o público em geral. Nesse caso, ocorre a saída de mercadorias, e não a prestação de serviços.

Vale observar que os medicamentos e outros produtos farmacêuticos estão sujeitos ao regime de substituição tributária no Distrito Federal, conforme tabela a seguir:

PRODUTOS FARMACÊUTICOS SUJEITOS AO REGIME DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Produto NBM/SH

Soros e vacinas, exceto para uso veterinário 3002Medicamentos, exceto para uso veterinário 3003 e

3004Algodão, atadura, esparadrapo, haste flexível ou não, com uma ou ambas as extremidades de algodão, ga-zes, pensos, sinapismos, e outros, impregnados ou recobertos de substâncias farmacêuticas ou acondi-cionados para venda a retalho para usos medicinais, cirúrgicos ou dentários

3005

Preservativos 4014.10.00Seringas 9018.31Agulhas para seringas 9018.32.1Provitaminas e vitaminas 2936Contraceptivos (dispositivos intrauterinos - DIU) 3926.90.90Preparações químicas contraceptivas à base de hor-mônios ou de espermicidas

3006.60

(RISS-Distrito Federal/2005, arts. 27 e 38, I, “e”, e art. 60; RICMS-DF/1997, Anexo IV, Caderno III)

N

a IOB Perguntas e Respostas

ICMS

Sped - EFD - Assinatura digital

1) Como pode ser adquirido o certificado digital e como será efetuada a assinatura digital do arquivo da Escrituração Fiscal Digital (EFD)?

Para se obter um certificado digital, o interessado poderá recorrer a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) para localizar a lista de autori-dades certificadoras, pelo site http://www.iti.gov.br/twiki/bin/view/Certificacao/EstruturaIcp.

O arquivo deverá ser assinado digitalmente de acordo com as normas da ICP-Brasil pelo contribuinte ou por seu representante legal.

(Ajuste Sinief nº 2/2009, cláusula primeira, § 2º)

Sped - MDF-e - Emissão

2) Em quais hipóteses será emitido o Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e)?

O MDF-e, modelo 58, será utilizado pelos con-tribuintes do ICMS em substituição ao Manifesto de Carga, modelo 25, devendo ser emitido:

a) pelo contribuinte emitente de Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) de que trata o Ajuste Sinief nº 9/2007;

b) pelo contribuinte emitente de Nota Fiscal Ele-trônica (NF-e) de que trata o Ajuste Sinief nº 7/2005, no transporte de bens ou mercadorias realizado em veículos próprios ou arrendados, ou mediante contratação de transportador au-tônomo de cargas.

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29-14 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

O MDF-e deverá ser emitido nas situações ora descritas e sempre que houver transbordo, redes-pacho, subcontratação ou substituição do veículo, do motorista, de contêiner ou a inclusão de novas mercadorias ou documentos fiscais, bem como na hipótese de retenção imprevista de parte da carga transportada.

(Ajuste Sinief nº 7/2005; Ajuste Sinief nº 9/2007; Ajuste Sinief nº 21/2010, cláusulas primeira e terceira, § 1º)

ICMS/DF

Serviço de transporte - Local da prestação do serviço

3) Qual o local da prestação de serviço de trans-porte para efeito de cobrança do imposto?

O local da prestação, para os efeitos de cobrança do imposto e definição do estabelecimento respon-sável, em se tratando de prestação de serviço de transporte, é:

a) o do estabelecimento onde tenha início a pres-tação, observado que as hipóteses de conexão e escala não descaracterizam como local da prestação do serviço de transporte de passa-geiros o do início da prestação, assim entendi-do aquele no qual se inicia o trecho da viagem indicado no respectivo bilhete de passagem;

b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular;

c) o do estabelecimento destinatário, na hipóte-se de utilização, por contribuinte do imposto, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outra Unidade da Federação e não esteja vin-culada a operação ou prestação subsequente.

(RICMS-DF/1997, art. 4º, II)

ITBI/DF

Lançamento do imposto - Forma

4) Qual é a forma de lançamento e pagamento do ITBI no Distrito Federal?

O imposto é lançado, de oficio ou mediante decla-ração do sujeito passivo.

Observe que o sujeito passivo, o representante legal ou os tabeliães deverão apresentar, na forma e em meio definidos pela Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal, declaração mediante a qual será apurado, lançado e cobrado o imposto.

(RITBI-Distrito Federal/2006, art. 10)