iob - icms/ipi - santa catarina - nº29/2016 - 3ª sem julho

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Registro de Apuração do IPI ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 29/2016 Santa Catarina / a Federal IPI Conserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária nas operações com ração tipo pet para ani- mais domésticos 04 / a IOB Setorial Federal Taxista - IPI/IOF - Isenção - Formulários digitais alternativos - Insti- tuição 11 / a IOB Comenta Estadual ICMS - Simples Nacional - Substituição tributária - Prazos diferen- ciados de recolhimento 12 / a IOB Perguntas e Respostas ICMS Sped - EFD - Assinatura digital 13 Sped - MDF-e - Emissão 13 ICMS/SC Venda fora do estabelecimento - Destaque de ICMS 13 Venda para entrega futura - Destaque de ICMS 13

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IOB ICMS-IPI, Santa Catarina,29-2016,3a Sem Julho

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Registro de Apuração do IPI

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 29/2016

Santa Catarina

/a FederalIPIConserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária nas operações com ração tipo pet para ani-mais domésticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB SetorialFederalTaxista - IPI/IOF - Isenção - Formulários digitais alternativos - Insti-tuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB ComentaEstadualICMS - Simples Nacional - Substituição tributária - Prazos diferen-ciados de recolhimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

/a IOB Perguntas e RespostasICMSSped - EFD - Assinatura digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Sped - MDF-e - Emissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/SCVenda fora do estabelecimento - Destaque de ICMS . . . . . . . . . . . . 13Venda para entrega futura - Destaque de ICMS . . . . . . . . . . . . . . . . 13

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Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : conserto, restauração ou recondicionamento.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2754-0

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04569 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

29-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 SC

a Federal

IPI

Conserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados SUMÁRIO 1. Introdução 2. Operações excluídas do conceito de industrialização 3. Entrada do produto a ser consertado 4. Saída do produto consertado (retorno ao encomendante) 5. Estorno de crédito 6. Aplicação de componentes normais do estoque 7. Produtos usados 8. Considerações quanto ao ICMS e ao ISS 9. Soluções de consulta da Receita Federal do Brasil (RFB)

1. INTRODUÇÃO Considera-se como industrializa-

ção, entre outras hipóteses, a ope-ração que exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto inutilizado ou deterio-rado renove ou restaure o pro-duto para utilização (renovação ou recondicionamento).

Observa-se, portanto, que a caracterização da operação como industrialização e a consequente sujeição ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) estão diretamente ligadas à destinação a ser dada ao produto obtido por meio das operações de conserto, restauração ou recondicionamento, conforme examinaremos nos itens seguintes, com fundamento no Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

(RIPI/2010, arts. 4º, 5º, 38, 194, 254, 407 e 434)

2. OPERAÇÕES EXCLUÍDAS DO CONCEITO DE INDUSTRIALIZAÇÃO

A operação de conserto, restauração ou recondi-cionamento de produtos usados não é considerada industrialização quando:

a) os produtos se destinem ao uso da própria empresa executora; ou

b) os produtos não se destinem ao comércio pelo estabelecimento encomendante.

Além desses casos, também são excluídas do conceito de industrialização as operações que consistam no preparo de partes ou peças pelo con-sertador, restaurador ou recondicionador, destinadas e empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações.

Entretanto, se o produto for destinado a revenda (pelo executor da operação ou pelo encomendante),

sua saída estará sujeita à incidência do IPI.

(RIPI/2010, art. 5º, XI)

2.1 Substituição de peças, restauração de pintura, pequenos consertos, etc.

Para efeito de incidência do IPI, não são consideradas indus-

trialização (renovação ou recondi-cionamento) a simples substituição de

peças, a restauração de pintura, a desmontagem, a limpeza, a lubrificação, etc.

Segundo o Parecer Normativo CST nº 214/1972, item 3:

Para que se caracterize o recondicionamento ou renova-ção, não basta que sejam efetuados pequenos consertos, mesmo com substituição de peças, mas é necessário que a operação restitua ao produto condições de funcionamento como se fosse novo. Assim, a desmontagem, limpeza e lubrificação, a eventual substituição de peças e a restau-ração da pintura não caracterizam o recondicionamento.

(RIPI/2010, art. 5º, XI; Parecer Normativo CST nº 214/1972, item 3)

Para efeito de

incidência do IPI, não são consideradas industrialização

(renovação ou recondicionamento) a simples substituição de peças,

a restauração de pintura, a desmontagem, a limpeza, a

lubrificação, etc.

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29-02 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.2 Reparo de produto com defeito de fabricação

Também estão excluídas do conceito de industriali-zação as operações de reparo de produto com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando referidas operações forem executadas gratuitamente, ainda que por concessionários ou repre-sentantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante.

(RIPI/2010, art. 5º, XII)

2.2.1 Exceção

Convém salientar que nas operações de reparo efetuadas após o prazo de garantia as partes ou peças empregadas passam a submeter-se à inci-dência normal do IPI.

É o que esclarece o Ato Declaratório Normativo CST nº 9/1983, segundo o qual:

[...] nos reparos ou manutenções de máquinas e equipa-mentos não há incidência do IPI nas saídas de partes e peças de reposição preparadas pelo executor para subs-tituição de outras no período de vigência de garantia de funcionamento das máquinas e equipamentos nos quais são aplicadas. Após o vencimento da garantia contratada, estão sujeitas à incidência do imposto não somente as partes e peças novas, mas, também, aquelas renovadas.

(RIPI/2010, art. 5º, XII; Ato Declaratório Normativo CST nº 9/1983)

2.3 Produtos destinados à locação ou ao arrendamento

2.3.1 Saída sujeita ao IPI - Exceção

O estabelecimento que promove a locação ou o arrendamento de produtos de fabricação própria ou importados diretamente é considerado contribuinte do IPI.

Portanto, na primeira saída a título de locação ou arrendamento do produto do estabelecimento que o fabricou ou o importou diretamente, ocorre o fato gera-dor do imposto, ou seja, há a tributação normal do IPI.

(RIPI/2010, art. 35, I e II)

2.3.2 Saída não sujeita ao IPI

As saídas subsequentes à primeira não constituem fato gerador, salvo se o produto tiver sido submetido à nova industrialização.

Como se vê, a condição básica para que as saídas subsequentes à primeira não sejam consideradas como fato gerador do IPI é que o produto não tenha sido submetido à nova industrialização.

Caso contrário, a operação (saída subsequente à primeira) poderá ficar novamente sujeita à incidência do IPI, observadas as orientações de que trata o subitem 2.1.

Outro aspecto a registrar é que, nos termos do Parecer Normativo CST nº 214/1972 (citado no subitem 2.1), a expressão “uso da própria empresa” (exigida para que a operação de conserto, restauração ou recondicionamento não se configure como industria-lização) não se aplica nos casos em que referidas operações sejam realizadas em bens destinados a locação ou arrendamento.

(RIPI/2010, arts. 5º, XI, e 38, II, “a”; Parecer Normativo CST nº 214/1972)

3. ENTRADA DO PRODUTO A SER CONSERTADO

3.1 Nota fiscal relativa à entrada - Hipótese de emissão

Como regra, o produto enviado para conserto, restauração ou recondicionamento deve estar acom-panhado de nota fiscal emitida pelo remetente, se este for obrigado à emissão do documento fiscal.

Caso o remetente não esteja obrigado à emissão de documentos fiscais, o estabelecimento que receber produtos para conserto, restauração ou recondiciona-mento estará obrigado a emitir nota fiscal relativa à entrada dos produtos.

(RIPI/2010, arts. 396, I, e 434, IV)

3.2 Escrituração fiscal

O lançamento nos registros fiscais de entradas deverá ser efetuado com base no documento fiscal emi-tido pelo remetente ou na nota fiscal relativa à entrada emitida pelo executor da encomenda, conforme o caso.

(RIPI/2010, art. 456)

4. SAÍDA DO PRODUTO CONSERTADO (RETORNO AO ENCOMENDANTE)

No retorno do produto ao encomendante, o estabe-lecimento executor da operação deve emitir nota fiscal com todos os requisitos exigidos, não se cogitando, natu-ralmente, de lançamento do IPI neste documento fiscal.

Essa nota fiscal deve conter, em especial, os dados da nota fiscal relativa à entrada, emitida por ocasião do recebimento do produto remetido por pessoas físicas ou jurídicas não obrigadas à emissão de documentos fiscais.

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29-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

No caso de aplicação de componentes normais do estoque do executor, salientamos que haverá incidência do IPI (veja item 6).

(RIPI/2010, art. 407, caput, IV, § 1º)

5. ESTORNO DE CRÉDITO

O contribuinte deve estornar o crédito do IPI relativo a matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem empregados nas operações de conserto, restauração ou recondicionamento, con-forme o disposto no RIPI, art. 254, I, “e”.

Quando houver mais de uma aquisição de produ-tos e não for possível determinar aquela a que corres-ponde o estorno do IPI, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, art. 254, caput, I, “e”, § 1º)

5.1 Escrituração fiscal

O valor do crédito a estornar deverá ser lançado diretamente no livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, no item “010 - Estorno de Créditos”.

Exemplificando, supomos que determinado con-tribuinte efetuou, no mês de junho/20XX, o conserto de uma máquina e empregou nessa operação peças no valor de R$ 2.000,00 (custo de aquisição).

Admitindo-se, ainda, que por ocasião da entrada dessas peças no estabelecimento o contribuinte apro-priou (escriturou nos registros fiscais de entradas) o crédito do IPI lançado na nota fiscal correspondente à aquisição (R$ 200,00).

Nesse caso, o lançamento do estorno (R$ 200,00) será efetuado no quadro “Demonstrativo de Débitos” do livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8.

Nota

Conforme salientamos no item 5, quando houver mais de uma aquisição de produtos e não for possível determinar aquela a que corresponde o estorno do imposto, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, arts. 254, § 1º, e 477)

5.1.1 EFD

O contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Digital (EFD), nos termos do Ajuste Sinief nº 2/2009, deverá observar as orientações contidas no Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que estabelece as especifica-ções técnicas do leiaute dos arquivos digitais, no Guia Prático da EFD-ICMS/IPI e nos arts. 453 a 455 do RIPI.

Além de outros registros específicos, o estorno do crédito será lançado nos Registros E520 “Apuração do IPI”, campo 05 “Valor de “Outros débitos do IPI (inclusive estornos de crédito)”, e E530 “Ajustes da Apuração do IPI”, campos 02, item 0 “Ajuste a débito”, e 07 “Descrição detalhada do ajuste, com citação dos documentos fiscais”.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; RIPI/2010, arts. 453 a 455; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI)

6. APLICAÇÃO DE COMPONENTES NORMAIS DO ESTOQUE

Como exposto no item anterior, o executor deverá estornar o crédito do IPI relativo aos insumos, bem como às partes e às peças importadas ou adquiridas no mercado interno, empregados nas operações de conserto, restauração ou recondicionamento.

A única hipótese que constitui exceção a essa regra é quando as partes e peças a serem emprega-das nas operações forem componentes normais do estoque do executor (produtos de fabricação própria).

Isso porque, nesse caso, tais produtos não foram confeccionados para serem empregados exclusivamente nas operações de conserto, restauração ou recondicio-namento, cabendo ao executor pagar o imposto devido e incidente sobre as referidas partes e peças.

(Parecer Normativo CST nº 437/1970, item 12)

7. PRODUTOS USADOS

A operação de renovação ou recondicionamento de produtos usados insere-se entre aquelas sujeitas ao IPI, embora a tributação do produto dela resultante seja diferenciada, isto é, o imposto será calculado sobre a diferença de preço entre a aquisição e a revenda.

(RIPI/2010, art. 194)

8. CONSIDERAÇÕES QUANTO AO ICMS E AO ISS

As operações de conserto, restauração ou recon-dicionamento executadas sob encomenda do usuário final estão compreendidas no campo de competência tributária dos municípios, sujeitando-se, portanto, à incidência do ISS, podendo, eventualmente, ser oneradas pela incidência do ICMS, caso nas referidas operações sejam empregadas partes ou peças.

Essas operações estão previstas nos itens 14.01 e 14.03 da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003, nos seguintes termos:

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29-04 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a Estadual

14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipa-mentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS);

14.03 - Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).

Verifica-se, com base nos itens transcritos, que o executor da encomenda está obrigado a destacar o ICMS sobre o valor das partes e das peças eventual-mente empregadas naquelas operações.

Por sua vez, o ISS (de competência dos municí-pios) deverá ser calculado sobre o valor da mão de obra cobrado a título de serviço prestado, observadas as normas previstas na legislação tributária do res-pectivo município onde o contribuinte for domiciliado.

(Lei Complementar nº 116/2003)

9. SOLUÇÕES DE CONSULTA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL (RFB)

Transcrevemos, a seguir, soluções de consulta relacionadas ao assunto:

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 118 de 26 de Abril de 2012

[...]

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: RENOVAÇÃO. RECONDICIONAMENTO. CILIN-DROS USADOS. INDUSTRIALIZAÇÃO. ENCOMENDA DE TERCEIROS. A operação de revestimento de cilindros

usados (revestimento com novos componentes elastomé-ricos), sob encomenda de terceiros estabelecidos com o comércio de tais produtos, caracteriza-se industrializa-ção na modalidade de renovação ou recondicionamento. O estabelecimento que realizar a operação é considerado estabelecimento industrial, contribuinte do IPI e sujeito a todas as obrigações principal e acessórias do imposto. A incidência do ISS naquela operação caracterizada como industrialização é inteiramente irrelevante para determinar a incidência, ou não, do IPI. A operação de revestimento de cilindros usados não será considerada industrialização se estiver enquadrada nas hipóteses previstas no art. 5º, inciso XI, do Ripi/2010, isto é, nos casos em que os produtos usados se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não esta-belecidos com o comércio de tais produtos.

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 127 de 30 de Outubro de 2012

[...]

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: IPI. INDUSTRIALIZAÇÃO. RECICLAGEM DE PAPÉIS OU PAPELÕES USADOS. CARACTERIZAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. A reciclagem de papéis e caixas de papelão já utilizados, dando origem a chapas e emba-lagens de papel e papelão ondulado, é um processo de industrialização e está sujeita à incidência do IPI. A men-cionada reciclagem de papéis e caixas de papelão não se enquadra na modalidade de industrialização denominada renovação ou recondicionamento. A base de cálculo de IPI prevista no art. 194 do RIPI (diferença de preço entre a aquisição e a revenda de produtos usados) só se aplica a produtos resultantes de processo de renovação ou recon-dicionamento.

(Soluções de Consulta nºs 118 e 127/2012)

N

ICMS

Substituição tributária nas operações com ração tipo pet para animais domésticos SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Aplicabilidade 4. Mercadoria recebida sem a retenção do imposto

5. Cálculo 6. Nota fiscal 7. Escrituração - Principais reflexos na EFD 8. Recolhimento 9. Infrações e penalidades

1. INTRODUÇÃO

Nos termos da Lei Complementar nº 87/1996, arts. 5º e 6º, o Estado, para consecução de seus fins, pode atribuir, de modo expresso, a terceiros vinculados e com interesse no fato gerador do imposto, a respon-

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29-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

sabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária. Esse mecanismo constitui-se na figura da substituição tributária, excluindo a responsabilidade do contri-buinte ou atribuindo a este um caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

Examinaremos, neste procedimento, as hipóteses de aplicação do regime de substituição tributaria nas operações com rações tipo pet para animais domés-ticos, com base nas informações do RICMS-SC/2001, Anexo 3.

2. CONCEITO

Por imposição legal, a substituição tributária consiste em atribuir a determinado contribuinte do ICMS, qualificado como contribuinte substituto, a res-ponsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido por outros contribuintes, nomeados contribuintes substituídos.

O regime de substituição tributária nas operações com ração tipo pet para animais domésticos encontra--se expresso na legislação catarinense, nos arts. 117 a 119-A do Anexo 3 do RICMS-SC/2001 e, nas opera-ções interestaduais, aplica-se aos Estados signatários dos Protocolos ICMS nº 26/2004 e 91/2007.

3. APLICABILIDADE

Nas operações internas e interestaduais destina-das a Santa Catarina com rações tipo pet, classifica-das na posição 2309 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado/ Nomenclatura Comum do Mercosul (NBM/SH-NCM), fica atribuída ao estabelecimento industrial fabricante ou ao importa-dor a responsabilidade pelo recolhimento do imposto relativo às operações subsequentes ou de entrada no estabelecimento destinatário para uso ou consumo.

Nota

A partir de 1º de janeiro de 2016, o disposto no RICMS-SC/2001, rela-tivamente ao regime de substituição tributária nas operações subsequentes, continua a vigorar em conformidade com os respectivos Convênios e Pro-tocolos, naquilo que não for contrário às disposições do Convênio ICMS nº 92/2015.

Neste sentido, o Anexo XXIII do Convênio ICMS nº 92/2015 possibilita a incidência de substituição tributária sobre ração tipo pet para animais do-mésticos, classificada na posição NCM/SH 2309.

(RICMS-SC/2001, art. 109, Anexo 3, art. 117; Convênio ICMS nº 92/2015)

3.1 Inaplicabilidade

O regime de substituição tributária nas operações com ração tipo pet não se aplica:

a) às operações de remessa por estabelecimen-tos industriais ou importadores a estabeleci-mentos industriais ou importadores, qualifica-dos como sujeitos passivos por substituição;

b) às transferências entre estabelecimentos do industrial fabricante ou do importador.

Nessas hipóteses, a substituição tributária caberá ao estabelecimento destinatário que promover a saída da mercadoria para estabelecimento de pessoa diversa.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 117, §§ 1º e 2º)

4. MERCADORIA RECEBIDA SEM A RETENÇÃO DO IMPOSTO

4.1 Originária de Estado signatário de convênio ou protocolo

O contribuinte substituto, estabelecido em outro Estado, que não providenciar sua inscrição nos ter-mos do art. 27 do Anexo 3 do RICMS-SC/2001 deverá recolher o imposto devido por substituição tributária a este Estado por ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento, caso em que o transporte deverá ser acompanhado por uma das vias da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE).

Caso o contribuinte substituído receba mercado-rias sujeitas à substituição tributária de contribuinte substituto estabelecido em outro Estado e que não possua inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS (CCICMS) de Santa Catarina, acobertadas por documento fiscal desacompanhado da GNRE ou Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais (Dare/SC), deverá.

a) apurar o imposto devido por substituição tribu-tária, na forma prevista no tópico 5;

b) recolher o imposto relativo a cada operação até o 7º dia subsequente ao da emissão do documento fiscal.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 18, caput e § 3º)

4.2 Outras hipóteses

Na hipótese do recebimento de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária sem a retenção do imposto, exceto no caso indicado no subtópico 4.1, o destinatário deverá:

a) apurar mensalmente o imposto devido, obser-vando, para o cálculo do valor a ser recolhido, o disposto no tópico 5;

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29-06 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

b) recolher o imposto devido por substituição tri-butária até o 10º dia do período seguinte ao da apuração.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 119-A)

5. CÁLCULO

5.1 Base de cálculo

A base de cálculo do imposto, para substituição tri-butária, será o valor correspondente ao preço máximo de venda a varejo fixado por autoridade competente ou, na falta deste, o preço sugerido ao público pelo fabricante ou importador, acrescido, em ambos os casos, do valor do frete quando não incluído no preço.

Nota

O estabelecimento industrial ou importador remeterá, em meio eletrô-nico, à Gerência de Fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) listas atualizadas dos preços referidos neste subtópico sempre que efetuar quaisquer alterações.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 118, caput e § 5º)

5.1.1 Margem de valor agregado

Inexistindo o valor mencionado no subtópico 5.1, a base de cálculo corresponderá ao montante formado pelo preço praticado pelo substituto, acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ou cobrados do destina-tário, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de:

a) nas operações internas de margem de valor agregado (MVA) original de 46%;

b) nas operações interestaduais de MVA ajusta-da, calculada segundo a fórmula: “MVA ajus-tada = [(1 + MVA-ST original) x (1 - ALQ inter)/(1 - ALQ intra)] - 1”, em que:

b.1) MVA-ST original é a margem de valor agregado prevista na letra “a” deste sub-tópico;

b.2) ALQ inter é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à ope-ração; e

b.3) ALQ intra é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou percentual de carga tributária efetiva quando este for inferior à alíquota interna, praticada pelo contri-buinte substituto da Unidade da Federa-ção (UF) de destino nas operações com as mesmas mercadorias.

Nota

Na hipótese de a “ALQ intra” ser inferior à “ALQ inter”, deverá ser apli-cada a MVA-ST original.

Na impossibilidade de inclusão do valor do frete na composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente será efetuado pelo esta-belecimento destinatário, acrescido do respectivo percentual de MVA.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 118, §§ 1º a 3º)

5.2 Alíquota

A alíquota do imposto nas operações internas com ração tipo pet é de 17%.

(RICMS-SC/2001, art. 26, I)

5.3 Apuração

O imposto a recolher por substituição tributária será apurado mensalmente e corresponderá à dife-rença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações internas sobre a base de cálculo da substituição tributária e o valor devido pela operação própria do substituto, observando-se que o crédito será apropriado proporcionalmente nos casos em que a operação ou prestação subsequente for beneficiada por redução da base de cálculo, de acordo com a forma prevista na legislação tributária.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 16)

5.3.1 Mercadoria destinada a uso e consumo

Tratando-se de mercadoria destinada a uso ou consumo do substituído, o imposto a ser recolhido pelo remetente por substituição tributária corresponderá à diferença entre as alíquotas interna e interestadual aplicadas sobre a base de cálculo relativa à operação própria do substituto.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 16, § 1º)

5.4 Observações quanto ao Simples Nacional

O imposto devido por contribuinte enquadrado no Simples Nacional será calculado conforme dispuser resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional.

Em relação ao valor do imposto devido por substi-tuição tributária, corresponderá à diferença entre:

a) o valor resultante da aplicação da alíquota in-terna do ente detentor da respectiva compe-tência tributária sobre o preço máximo de ven-da a varejo fixado pela autoridade competente

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29-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ou sugerido pelo fabricante, ou sobre o preço a consumidor usualmente praticado; e

b) o valor resultante da aplicação da alíquota in-terna ou interestadual sobre o valor da opera-ção ou prestação própria do substituto tributá-rio.

Na hipótese de inexistência dos preços mencio-nados na letra “a”, o valor do ICMS devido por subs-tituição tributária será calculado da seguinte forma: “Imposto devido = [base de cálculo x (1,00 + MVA) x alíquota interna] - dedução”, em que:

a) “base de cálculo” é o valor da operação pró-pria realizada pela microempresa (ME) ou em-presa de pequeno porte (EPP) substituta tribu-tária;

b) “MVA” é a margem de valor agregado divulga-da pelo ente detentor da respectiva competên-cia tributária;

c) “alíquota interna” é a alíquota do detentor da respectiva competência tributária;

d) “dedução” é o valor mencionado na letra “b” do parágrafo anterior.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 16, § 2º; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 28, §§ 2º e 3º)

5.4.1 MVA-ST original

Será aplicada a “MVA-ST original”:

a) quando o contribuinte, na condição de subs-tituto tributário, for optante e recolher o ICMS nos termos do regime simplificado e diferen-ciado do Simples Nacional previsto na Lei Complementar Federal nº 123/2006;

b) quando o remetente, nas operações interesta-duais, for optante e recolher o ICMS nos ter-mos do regime simplificado e diferenciado do Simples Nacional previsto na Lei Comple-mentar federal nº 123/2006 e o adquirente da mercadoria, optante ou não pelo regime do Simples Nacional, for o responsável pelo re-colhimento do imposto devido por substituição tributária.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 16, § 5º)

5.5 Exemplo de cálculo

Apresentamos exemplo de cálculo de uma ope-ração interna realizada por contribuinte normal com a mercadoria a seguir especificada.

WExemploD

Exemplo de cálculo informado no modelo da nota fiscal - Mer-cadoria: Alimentos para cães - Classificação fiscal: 2309.10.00Base de cálculo do ICMS da operação própria R$ 5.000,00ICMS da operação própria (R$ 5.000,00 x 17%) R$ 850,00Base de cálculo do ICMS da substituição tribu-tária [preço da mercadoria (R$ 5.000,00) + IPI (10% = R$ 500,00) + margem de lucro (46% = R$ 2.530,00)]

R$ 8.030,00

Valor do ICMS-ST [ICMS-ST (R$ 8.030,00 x 17% = R$ 1.365,10) - ICMS da operação pró-pria (R$ 850,00)]

R$ 515,10

Valor total da nota fiscal (valor dos produtos + IPI + ICMS-ST) R$ 6.015,10

6. NOTA FISCAL

As disposições relativas à emissão de nota fiscal encontram-se no art. 36 do Anexo 5 do RICMS-SC/2001.

6.1 Contribuinte substituto

O contribuinte substituto emitirá nota fiscal em conformidade com a legislação, devendo mencionar a base de cálculo aplicada para a determinação do valor do ICMS retido por substituição tributária e o valor do imposto retido. A não observância de tais indicações implica exigência do imposto nos termos da legislação.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 28, caput e § 1º)

6.2 Contribuinte substituído

O contribuinte substituído, nas operações que realizar, emitirá documento fiscal sem destaque do imposto, contendo, além dos demais requisitos, a declaração “Imposto retido por substituição tributária - RICMS-SC/2001 - Anexo 3” e a indicação, no quadro “Dados adicionais”, da base de cálculo da substi-tuição tributária e o valor do imposto retido, salvo nas saídas destinadas a não contribuinte.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 29, caput e § 1º)

6.3 Modelo de Danfe

Com base no exemplo dado no subtópico 5.5, demonstramos, a seguir, o modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) emitido pelo contribuinte substituto.

Lembramos que os dados preenchidos são mera-mente ilustrativos e que os demais campos devem ser preenchidos com base na legislação vigente.

Page 10: IOB - ICMS/IPI - Santa Catarina - nº29/2016 - 3ª Sem Julho

29-08 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

DANFE

Nota

A partir de 1º.10.2016, nas operações com mercadorias ou bens listados nos Anexos lI a XXIX do Convênio ICMS nº 92/2015, o contribuinte deverá men-cionar o respectivo Código Especificador da Substituição Tributária (Cest) no documento fiscal que acobertar a operação, ainda que a operação, mercadoria ou bem não estejam sujeitos ao regime de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do imposto (RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 30-B).

Page 11: IOB - ICMS/IPI - Santa Catarina - nº29/2016 - 3ª Sem Julho

29-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

7. ESCRITURAÇÃO - PRINCIPAIS REFLEXOS NA EFD

Ao contribuinte que estiver obrigado à apre-sentação da Escrituração Fiscal Digital (EFD), para lançamento fiscal da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) apresentada no subtópico 6.3, a título exemplificativo, apresentamos, a seguir, o preenchimento dos princi-pais registros/campos.

Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e posteriores alterações, bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital - EFD- -ICMS/IPI.

7.1 Registro C100

Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C100 O2 IND_OPER 1 O3 IND_EMIT 0 O

4 COD_PART * Código interno decla-rante O

5 COD_MOD 55 O6 COD_SIT 00 O7 SER 1 OC8 NUM_DOC 000000003 O

9 CHV_NFE42160677682601588706550010000000031000050003

O

10 DT_DOC 16062016 O11 DT_E_S OC12 VL_DOC 6515,10 O13 IND_PGTO 0 O14 VL_DESC OC15 VL_ABAT_NT OC16 VL_MERC 5000,00 OC17 IND_FRT 9 O18 VL_FRT OC19 VL_SEG OC20 VL_OUT_DA OC21 VL_BC_ICMS 5000,00 OC22 VL_ICMS 850,00 OC23 VL_BC_ICMS_ST 8030,00 OC24 VL_ICMS_ST 515,10 OC25 VL_IPI 500,00 OC26 VL_PIS OC27 VL_COFINS OC28 VL_PIS_ST OC

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

29 VL_COFINS_ST OC

Nota

Considerando que os valores referentes ao PIS e à Cofins dependem do tipo de apuração adotado pelo contribuinte, optamos, preventivamente, por não apresentá-los nesta matéria.

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C100|1|0|*Código interno declarante|55|00|1|0000 00003|42160677682601588706550010000000031000050003|16062016||6015,10|0|||5000,00|9||||5000,00|850,00|8030,00|515,10|500,00|||||

7.2 Registro C110

Este registro destina-se ao lançamento da informação apresentada no campo “Informações Complementares”, na nota fiscal. Para a NF-e exempli-ficada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C110 O2 COD_INF *Código interno declarante O

3 TXT_COMPL

ICMS retido por substitui-ção tributária conforme arts. 117 a 119-A do Anexo 3 do RICMS-SC/2001.

OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C110|*Código interno declarante| ICMS retido por substituição tributária conforme arts. 117 a 119-A do Anexo 3 do RICMS-SC/2001.|

7.3 Registro C190

O registro analítico de documento fiscal tem por objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por Código de Situação Tributária (CST), Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) e alíquota do ICMS. Para o exemplo em ques-tão, teríamos o seguinte preenchimento:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C190 O2 CST_ICMS 010 O3 CFOP 5401 O4 ALIQ_ICMS 17 OC5 VL_OPR 6015,10 O6 VL_BC_ICMS 5000,00 O

Page 12: IOB - ICMS/IPI - Santa Catarina - nº29/2016 - 3ª Sem Julho

29-10 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

7 VL_ICMS 850,00 O8 VL_BC_ICMS_ST 8030,00 O9 VL_ICMS_ST 515,10 O10 VL_RED_BC 0,00 O11 VL_IPI 500,00 O12 COD_OBS *Código interno declarante OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C190|010|5401|17|6015,10|5000,00|850,00|8030,00|515,10|0,00|500,00|*Código interno declarante|

7.4 Registro C195

Este registro deve ser informado quando, em decorrência da legislação estadual, houver ajustes nos documentos fiscais, informações sobre o dife-rencial de alíquota, antecipação do imposto e outras situações. Estas informações equivalem às obser-vações que são lançadas na coluna “Observações” dos livros fiscais previstos no Convênio SN/70 - Sinief, art. 63, I a IV. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C195 O2 COD_OBS *Código interno declarante O

3 TXT_COMPLBase de cálculo do ICMS retido: 8030,00; ICMS reti-do 515,10

OC

A representação deste registro no arquivo txt da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C195|*Código interno declarante|Base de cálculo do ICMS retido: 8030,00; ICMS retido 515,10|

8. RECOLHIMENTO

O imposto devido por substituição tributária deverá ser recolhido até o 10º dia do período seguinte ao da apuração.

Para empresa inscrita no CCICMS e enquadrada no Simples Nacional, o imposto devido por substituição tributária deverá ser recolhido até o 10º dia do 2º mês subsequente ao do período de apuração, mediante declaração na Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA), prevista no RICMS/SC-2001, art. 22 do Anexo 4.

O contribuinte substituto, estabelecido em outro Estado, que não providenciar sua inscrição no Estado

de Santa Catarina, deverá recolher o imposto devido a este por ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento, caso em que o transporte deverá ser acompanhado por uma das vias da GNRE.

Ainda que na mesma operação as mercadorias estejam sujeitas ao regime de substituição tributária regidas por normas diversas, o sujeito passivo por substituição poderá, por meio de aplicativo disponível na página oficial da SEF, na Internet, utilizar uma GNRE ou um Dare/SC abrangendo vários documentos fiscais e diversos destinatários, desde que respeitados os prazos de pagamento do imposto.

Nota

O Ajuste Sinief nº 7/2016 postergou a entrega da DeSTDA de fatos gera-dores ocorridos de janeiro a junho de 2016, para o dia 20 de agosto de 2016.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, arts. 17 e 18, caput, e §§ 5º e 6º)

9. INFRAÇÕES E PENALIDADES

A fiscalização, a autuação e a execução do su-jeito passivo por substituição, localizado em outra UF, serão efetuadas:

a) pelo Estado de Santa Catarina, mediante ciên-cia ao Estado de origem das mercadorias;

b) pelo Estado de origem, na forma prevista em acordo com este Estado;

c) conjuntamente pelos Estados interessados.

Fica dispensado o credenciamento prévio da UF de origem quando a fiscalização, a autuação e a execução do sujeito passivo por substituição, localizado em outro Estado, forem exercidas sem a presença física da autori-dade fiscal no local do estabelecimento a ser fiscalizado.

Para efeitos da aplicação de penalidades relativas ao descumprimento de obrigações relacionadas ao imposto, constitui infração toda ação ou omissão que importe em descumprimento de obrigação tributária, principal ou acessória, prevista na legislação, sendo irrelevante, para a caracterização das infrações, a intenção do agente ou o efeito econômico/tributário do ato ou omissão.

O documento fiscal com vícios que o tornem impróprio para documentar a operação ou prestação a que se refere é considerado inidôneo, fazendo prova apenas em favor do Fisco.

A seguir, indicamos, por meio de quadro prático, algumas penalidades aplicáveis à falta de recolhi-mento do imposto, à incorreção na emissão de do-cumento fiscal e ao descumprimento de obrigações acessórias.

Page 13: IOB - ICMS/IPI - Santa Catarina - nº29/2016 - 3ª Sem Julho

29-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

INFRAÇÕES E PENALIDADES

Infração Penalidade Fundamento legal

Deixar de recolher, total ou parcialmente, o imposto:a) apurado pelo próprio sujeito passivo;b) devido por estimativa fiscal.

Multa de 50% do valor do imposto Lei nº 10.297/1996, art. 51

Deixar de recolher ou reter, no todo ou em parte, o imposto relativo à substituição tributária, devido por contribuinte estabelecido em outra UF, quando constatado, durante o transporte, que o imposto não foi recolhido ou retido.

Multa de 30% do valor da mercadoria Lei nº 10.297/1996, art. 66-C

Emitir documento fiscal sem o destaque, quando compulsório, do total ou de parte do imposto devido, ou indicando indevidamente que se trata de operação sem débito do imposto.

Multa de 100% do valor do imposto não destacado Lei nº 10.297/1996, art. 67

Emitir documento fiscal de forma ilegível, com omissões, incorre-ções ou emendas ou rasuras que dificultem ou impeçam a verifi-cação dos dados nele informados.

Multa de R$ 5,00 por documento, não inferior a R$ 106,00, limitada a R$ 1.064,00A imposição da multa prevista não elide a exigên-cia do imposto e da multa cabíveis

Lei nº 10.297/1996, art. 70

Descumprir qualquer obrigação acessória prevista na legislação tributária, sem penalidade capitulada em qualquer outro disposi-tivo da legislação.

Multa de R$ 250,00 Lei nº 10.297/1996, art. 90

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 39; Lei nº 10.297/1996, arts. 91, 92 e 94)

N

a IOB Setorial

FEDERAL

Taxista - IPI/IOF - Isenção - Formulários digitais alternativos - Instituição

Foram instituídos, por meio do Ato Declaratório Executivo Coaef nº 2/2016, com o intuito de facilitar a apresentação de informações pelo interessado, os formulários digitais nele especificados, como alternativa aos formulários aprovados pela Instrução Normativa RFB nº 987/2009, que disciplina a isen-ção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de veículo destinado ao transporte autônomo de passageiros (táxi), bem como para atender à previsão do art. 72 da Lei nº 8.383/1991, no que se refere à isenção do Imposto sobre as Operações de Crédito, Câmbio, Seguros e Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) para as operações de financiamento para a aquisição de automóveis de passageiros.

O art. 72, caput, I a III, da Lei nº 8.383/1991 estabelece que ficam isentas do IOF as operações de financiamento para a aquisição de automóveis de

passageiros de fabricação nacional de até 127 HP de potência bruta (SAE), quando adquiridos por:

a) motoristas profissionais que, na data da pu-blicação daquela lei, exerçam comprovada-mente em veículo de sua propriedade a ativi-dade de condutor autônomo de passageiros, na condição de titular de autorização, permis-são ou concessão do poder concedente e que destinem o automóvel à utilização na categoria de aluguel (táxi);

b) motoristas profissionais autônomos titulares de autorização, permissão ou concessão para exploração do serviço de transporte individual de passageiros (táxi), impedidos de continuar exercendo essa atividade em virtude de des-truição completa, furto ou roubo do veículo, desde que destinem o veículo adquirido à utili-zação na categoria de aluguel (táxi);

c) cooperativas de trabalho que sejam permis-sionárias ou concessionárias de transporte pú-blico de passageiros, na categoria de aluguel (táxi), desde que tais veículos se destinem à utilização nessa atividade.

Veja, a seguir, a relação dos formulários digitais alternativos:

Page 14: IOB - ICMS/IPI - Santa Catarina - nº29/2016 - 3ª Sem Julho

29-12 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a) declaração de união estável;

b) declaração de disponibilidade financeira ou patrimonial;

c) requerimento de isenção do IPI para táxi;

d) requerimento de isenção do IPI para táxi - transferência do direito;

e) requerimento de isenção do IPI para táxi - transferência do veículo;

f) requerimento para transferência, com paga-mento do IPI;

g) autorização - condutor autônomo;

h) autorização - cooperativa;

i) autorização - benefício pleiteado por transfe-rência do direito;

j) autorização - transferência de veículo adquiri-do com isenção do IPI;

k) autorização - transferência de veículo com pa-gamento do IPI;

l) declaração de regularidade fiscal - contribui-ções previdenciárias; e

m) requerimento de isenção do IOF - taxista.

(Lei nº 8.383/1991, art. 72, caput, I a III; Instrução Nor-mativa RFB nº 987/2009; Ato Declaratório Executivo Coaef nº 2/2016)

N

ESTADUAL

ICMS - Simples Nacional - Substituição tributária - Prazos diferenciados de recolhimento

Por força do art. 13, § 1º, XIII, “a”, da Lei Complementar federal nº 123/2006, o recolhimento feito por meio do Simples Nacional não exclui, dentre outros casos, a incidência do ICMS nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária, hipótese em que o imposto será recolhido separadamente dos tributos englobados no Simples Nacional, observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

Em que pese a legislação dispor sobre a aplicação da mesma legislação utilizada pelos demais contri-buintes para fins de recolhimento do ICMS devido por substituição tributária, desde 1º.01.2016, o Estado de Santa Catarina dispõe de prazo diferenciado para que as empresas do Simples Nacional realizem esse recolhimento.

O § 29 do art. 60 do RICMS-SC/2001 prevê que o imposto devido por substituição tributária, devido por contribuinte inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS (CCICMS) de Santa Catarina e enquadrado no Simples Nacional, será recolhido até o 10º dia do 2º mês subsequente ao do período de apuração, obser-

vado o disposto no art. 22 do Anexo 4, que trata sobre a entrega da Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA).

Cumpre observar que o Ajuste Sinief nº 7/2016 postergou a entrega da DeSTDA de fatos geradores ocorridos de janeiro a junho de 2016 para o dia 20 de agosto de 2016. Porém, a Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina já se manifestou no sen-tido de que, independentemente da postergação da entrega da DeSTDA, o pagamento devido por empre-sas optantes pelo Simples Nacional na condição de substituto tributário ou destinatário de mercadorias sujeita à substituição tributária por responsabilidade não foi prorrogado.

O prazo estendido para o recolhimento do imposto apurado por substituição tributária não se aplica ao contribuinte enquadrado no Simples Nacional esta-belecido em outro Estado que não providenciar sua inscrição no CCICMS de Santa Catarina, nos termos do RICMS-SC/2001, art. 27. Neste caso, o recolhi-mento do imposto deve ser feito por ocasião da saída da mercadoria do estabelecimento do remetente, e o transporte deverá ser acompanhado por uma das vias da guia de recolhimento do imposto.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 13, § 1º, XIII, “a”; RICMS-SC/2001, art. 60, §§ 29 e 30, Anexo 4, art. 22; Ajuste Sinief nº 7/2016)

N

a IOB Comenta

Page 15: IOB - ICMS/IPI - Santa Catarina - nº29/2016 - 3ª Sem Julho

29-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 29 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ICMS

Sped - EFD - Assinatura digital

1) Como pode ser adquirido o certificado digital e como será efetuada a assinatura digital do arquivo da Escrituração Fiscal Digital (EFD)?

Para se obter um certificado digital, o interessado poderá recorrer a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) para localizar a lista de autori-dades certificadoras, pelo site http://www.iti.gov.br/twiki/bin/view/Certificacao/EstruturaIcp.

O arquivo deverá ser assinado digitalmente de acordo com as normas da ICP-Brasil pelo contribuinte ou por seu representante legal.

(Ajuste Sinief nº 2/2009, cláusula primeira, § 2º)

Sped - MDF-e - Emissão

2) Em quais hipóteses será emitido o Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e)?

O MDF-e, modelo 58, será utilizado pelos con-tribuintes do ICMS em substituição ao Manifesto de Carga, modelo 25, devendo ser emitido:

a) pelo contribuinte emitente de Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) de que trata o Ajuste Sinief nº 9/2007;

b) pelo contribuinte emitente de Nota Fiscal Ele-trônica (NF-e) de que trata o Ajuste Sinief nº 7/2005, no transporte de bens ou mercadorias realizado em veículos próprios ou arrendados, ou mediante contratação de transportador au-tônomo de cargas.

O MDF-e deverá ser emitido nas situações ora descritas e sempre que houver transbordo, redes-pacho, subcontratação ou substituição do veículo, do motorista, de contêiner ou a inclusão de novas mercadorias ou documentos fiscais, bem como na

hipótese de retenção imprevista de parte da carga transportada.

(Ajuste Sinief nº 7/2005; Ajuste Sinief nº 9/2007; Ajuste Sinief nº 21/2010, cláusulas primeira e terceira, § 1º)

ICMS/SC

Venda fora do estabelecimento - Destaque de ICMS

3) Na saída de mercadorias para realização de operações fora do estabelecimento, o contribuinte de-verá emitir nota fiscal com destaque do ICMS?

Sim. Na saída de mercadorias para realização de operações fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículos, o contribuinte deverá emitir nota fiscal relativa à totalidade das mercadorias transportadas, com destaque do ICMS calculado pela aplicação da alíquota vigente para as operações internas sobre o valor total da mercadoria.

(RICMS-SC/2001, Anexo 6, art. 44)

Venda para entrega futura - Destaque de ICMS

4) Em uma operação de venda para entrega futu-ra, em qual nota fiscal deverá ser feito o destaque de ICMS?

O destaque do ICMS na operação de venda para entrega futura deverá ser feito apenas na nota fiscal que acompanhar a efetiva saída, global ou parcial, das mercadorias, vedado o seu destaque na nota fiscal emitida apenas para documentar o faturamento.

Por ocasião da efetiva saída global ou parcial das mercadorias, momento em que ocorre o fato gerador do ICMS, o vendedor emitirá nota fiscal com a natu-reza de operação “Remessa - entrega futura” com destaque do ICMS, quando devido.

(RICMS-SC/2001, Anexo 6, arts. 41 e 42)

a IOB Perguntas e Respostas