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  • 7/29/2019 2-GESTO PUBLICA

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    SUMRIO

    INTRODUO............................................................................................................. 1

    1 CONCEITOS BSICOS........................................................................................... 2

    2 CARREIRAS NO MBITO DA ADMINISTRAO PBLICA NO BRASIL.. 3

    3 AGNCIAS REGULADORAS E EXECUTIVAS .................................................. 4

    3.1. AGNCIAS REGULADORAS....................................................................... 4

    3.2. AGNCIAS EXECUTIVAS............................................................................ 5

    4 ENTIDADES, RGOS E AGENTES.................................................................... 6

    4.1. ENTIDADES ................................................................................................... 6

    4.2. RGOS PBLICOS..................................................................................... 6

    4.3. AGENTES PBLICOS ................................................................................... 7

    5 A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA..................................................................... 8

    5.1. REGIME JURDICO ....................................................................................... 9

    5.2. REGIME JURDICO ADMINISTRATIVO .................................................... 9

    5.3. PRINCPIOS DA ADMINISTRAO PBLICA ......................................... 9

    6 USO E ABUSO DO PODER................................................................................... 13

    6.1. USO DO PODER........................................................................................... 13

    6.2. ABUSO DO PODER ..................................................................................... 13

    7 ADMNISTRAO DIRETA E INDIRETA ......................................................... 14

    7.1. ADMNISTRAO DIRETA ........................................................................ 14

    7.2. ADMINISTRAO INDIRETA................................................................... 15

    8 PODERES DA ADMINISTRAO PBLICA ................................................... 19

    9 AUTORIDADE E PODER: DIFERENAS E IMPLICAES......................... 23

    10 STAKEHOLDERS ................................................................................................ 24

    11 CODIFICAO DE PAPIS DE TRABALHO................................................. 24

    11.1. NDICE DOS PAPIS DE TRABALHO .................................................... 26

    12 SINAIS CONVENCIONAIS................................................................................. 34

    13 REFERNCIAS CRUZADAS.............................................................................. 35GLOSSRIO .............................................................................................................. 36

    CONCLUSO DO MDULO I ................................................................................ 38

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    INTRODUO

    A Administrao Pblica ou Gesto Pblica , em sentido orgnico ou

    subjetivo, o conjunto de rgos, servios e agentes do Estado, bem como as demais

    instituies coletivas pblicas que asseguram a satisfao

    das necessidades coletivas como, por exemplo, a segurana,

    a cultura, a sade e o bem estar da populao. a legislao

    que atribui ao conjunto de rgos e pessoas jurdicas o

    exerccio da funo administrativa do Estado. De forma

    objetiva, ela pode ser definida como a atividade concreta e

    imediata que o Estado desenvolve para assegurar os

    interesses coletivos. J em sentido material, ela administra os interesses da

    coletividade.

    Sob o aspecto operacional, a Administrao Pblica o desempenho perene e

    sistemtico, legal e tcnico dos servios prprios do Estado, em benefcio da

    coletividade. Ela pode ser direta ou indireta:

    Administrao Pblica Direta: composta pelas suas entidades estatais (Unio,

    Estados, Municpios e Distrito Federal) que no possuem personalidade jurdica

    prpria.

    Administrao Pblica Indireta: composta por entidades autrquicas, fundacionais

    e paraestatais.

    Seu principal objetivo a defesa do interesse pblico se apoiando, para tanto,

    nos princpios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da

    publicidade e da eficincia.Dessa forma, as pessoas que trabalham na Administrao Pblica so

    chamadas de Funcionrias Pblicas ou Servidoras Pblicas.

    Cabe dizer que as atividades estritamente administrativas devem ser exercidas

    pelo prprio Estado.

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    CAPTULO 1

    1 CONCEITOS BSICOS

    Para um melhor aproveitamento do curso, vamos definir alguns conceitos que

    sero utilizados futuramente:

    ADMINISTRAO Pode ser definida como sendo o estudo das organizaes; o

    processo de tomada de deciso sobre objetivos e uso de recursos ou, ainda, refere-se

    aos

    dirigentes de uma organizao e ao local nas instituies onde so tomadas decises

    administrativas.

    ORGANIZAO o sistema de recursos estruturado com a finalidade de alcanar

    objetivos. A sociedade humana formada por organizaes.

    EFICCIA - Consiste no grau de alcance das metas programadas em um determinado

    perodo de tempo, independentemente dos custos implicados. Quanto mais alto o grau

    de realizao dos objetivos e metas, mais a organizao eficaz. a relao entre

    objetivo e produto; se o produto atendeu o objetivo, a organizao foi eficaz.

    EFICINCIA a relao entre produtos (bens e servios) gerados por uma atividade

    e os custos dos insumos empregados em um determinado perodo de tempo. Uma

    organizao eficiente quando utiliza seus recursos da forma mais produtiva e

    econmica possvel, tambm conhecida como forma racional de utilizao. Este

    conceito envolve os processos de trabalho e o custo dos insumos. tambm a relao

    entre os INSUMOS/ RECUROS e o PRODUTO; se o produto foi conseguido com uma

    alocao racional dos recursos e empregando processos otimizados de trabalho, a

    organizao foi eficiente.

    EFETIVIDADE a relao entre os resultados de uma ao ou programa, com base

    em efeitos sobre a populao-alvo (impactos observados) e objetivos pretendidos

    (impactos esperados). Existem alguns autores consideram a efetividade como a unio

    daeficcia com a eficincia.

    ECONOMICIDADE Implica na minimizao dos custos dos recursos utilizados na

    execuo de uma atividade sem comprometimento da qualidade. a relao entre os

    recursos utilizados e a ao que foi desenvolvida. O objetivo sempre desenvolver a

    ao planejada com a qualidade necessria e o menor custo possvel.

    EQUIDADE tratar da mesma forma aos indivduos com iguais necessidades e

    proporcionar tratamentos diferenciados a indivduos com necessidades diferentes,

    objetivando a justia social.

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    NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    So conceitos bsicos: a Administrao, a Organizao, a Eficcia, a Eficincia,

    a Efetividade, a Economicidade e a Equidade.

    CAPTULO 2

    2 CARREIRAS NO MBITO DA ADMINISTRAO PBLICA NO

    BRASIL

    Dentro da Administrao

    Pblica no Brasil, o Poder Executivo

    Federal integrado por diversas carreiras

    estruturadas de servidores pblicos, entre

    as quais podemos citar:

    Diplomacia (Diplomatas).

    Militar (Fora Armada).

    Ciclo de Gesto (Especialista em Polticas Pblicas, Analistas de Planejamento

    e Oramento, Tcnico do IPEA, Analistas de Finanas e Controle).

    Superviso do Mercado Financeiro e de Capitais (Analista do Banco Central do

    Brasil, Analistas e Inspetor da CVM, Analista da SUSEP).

    Segurana Pblica (cargos de Delegado, Perito, Papiloscopista, Escrivo e

    Agente da Polcia Federal e Analista de Informaes da ABIN).

    4

    Regulao Federal (Especialista em Regulao das Agncias Reguladoras

    Federais - ANATEL, ANCINE, ANEEL, ANP, ANAC, ANTAQ, ANTT,

    ANVISA, ANS e ANA).

    Servidores no estruturados em carreiras: Integrantes do Plano de Participao

    de Cargos de 1970), empregados pblicos e terceirizados via convnio.

    NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    Dentro da Administrao Pblica possvel seguir carreira nas seguintes reas:

    Diplomacia, Militar, Ciclo de Gesto, Superviso do Mercado Financeiro e deCapitais, Segurana Pblica, Regulao Federal e outras.

    CAPTULO 3

    3 AGNCIAS REGULADORAS E EXECUTIVAS

    As agncias executivas e reguladoras fazem parte da

    Administrao Pblica Indireta. So pessoas jurdicas de

    direito pblico interno e consideradas como autarquias

    especiais. Sua principal funo o controle de pessoas

    privadas incumbidas da prestao de servios pblicos, sobo regime de concesso ou permisso.

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    3.1. AGNCIAS REGULADORAS

    Sua funo regular, organizar e fiscalizar a prestao de servios pblicos a

    serem executados por concessionrias ou permissionrias, com o objetivo garantir o

    direito do usurio ao servio pblico de qualidade. No h muitas diferenas em

    relao

    tradicional autarquia, a no ser uma maior autonomia financeira e administrativa,

    alm

    de seus diretores serem eleitos para mandato por tempo determinado.

    Essas entidades tm as seguintes finalidades bsicas:

    5

    A) Fiscalizar servios pblicos (ANEEL, ANTT, ANAC, ANTAC)

    B) Fomentar e fiscalizar determinadas atividades privadas (ANCINE)

    C) Regulamentar, controlar e fiscalizar atividades econmicas (ANP)

    D) Exercer atividades tpicas de estado (ANVS, ANVISA e ANS).

    3.2. AGNCIAS EXECUTIVAS

    So pessoas jurdicas de direito pblico que podem celebrar (fazer) contrato de

    gesto com o objetivo de reduzir custos, otimizar e aperfeioar a prestao de

    servios pblicos. Seu objetivo principal a execuo de atividades administrativas.

    Nelas h uma autonomia financeira e administrativa ainda maior. So requisitos para

    transformar uma autarquia ou fundao em uma agncia executiva:

    A) Ter planos estratgicos de reestruturao e de desenvolvimento institucional em

    andamento.

    B) Ter celebrado contrato de gesto com o ministrio supervisor.

    Dois exemplos de agncias executivas so o INMETRO e a ABIN.

    NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    Agncias Executivas e Reguladoras fazem parte da Administrao Indireta e so

    responsveis por controlar pessoas privadas que prestam servios pblicos.

    As Agncias Reguladoras regulam, organizam e fiscalizam a prestao de serviospblicos feitos por concessionrias ou permissionrias para garantir o servio

    pblico de qualidade.

    As Agncias Executivas so pessoas jurdicas de direito pblico que fazem contratos

    para reduzir custos, otimizar e aperfeioar os servios pblicos.

    6

    CAPTULO 4

    4 ENTIDADES, RGOS E AGENTES

    4.1. ENTIDADESTodas as pessoas jurdicas pblicas ou privadas so denominadas Entidades.

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    4.2. RGOS PBLICOS

    Os rgos Pblicos so divises das entidades estatais, ou centros

    especializados de competncia, institudos para o desempenho de funes estatais

    por

    meio de seus agentes. Sua atuao imputada pessoa jurdica a que pertencem

    como,

    por exemplo, o Ministrio do Trabalho e o Ministrio da Fazenda.

    Eles no tm personalidade

    jurdica prpria. Os atos que praticam

    so atribudos ou imputados entidade

    estatal a que pertencem. Contudo,

    podem os rgos pblicos ter

    representao prpria, por seus

    procuradores, bem como ingressar em

    juzo, na defesa de suas prerrogativas,

    7

    contra outros rgos pblicos.

    Classificao dos rgos Pblicos

    A) Quanto estrutura: simples ou compostos.

    B) Quanto atuao funcional: singulares ou colegiados.

    C) Quanto posio estatal: independentes, autnomos, superiores e

    subalternos.

    4.3. AGENTES PBLICOS

    Agentes Pblicos so todas as pessoas, vinculadas ou no ao Estado, que

    prestam servio ao mesmo de forma permanente ou ocasional. Eles podem ser

    divididos

    em:

    AGENTES POLTICOS - So os que ocupam os cargos principais na estruturaconstitucional, em situao de representar a vontade poltica do Estado. So agentes

    polticos: os chefes do executivo, seus ministros e secretrios, deputados, senadores,

    vereadores, magistrados, membros do Ministrio Pblico, membros do Tribunal de

    Contas e os representantes diplomticos.

    AGENTES ADMINISTRATIVOS - So todos aqueles que se vinculam ao Estado ou s

    suas entidades autrquicas, fundacionais e paraestatais investidos a ttulo de

    emprego.

    Eles representam a grande massa dos prestadores de servio Administrao. Soos

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    servidores pblicos (civis e militares) e os servidores temporrios.

    AGENTES POR COLABORAO OU DELEGADOS: So particulares que

    colaboram com o poder pblico voluntria ou compulsoriamente, ou, ainda, por

    delegao. Nessa categoria encontram-se os concessionrios e permissionrios de

    obras

    e servios pblicos; os serventurios de ofcios ou cartrios no estatizados, os

    leiloeiros, os tradutores e intrpretes pblicos, alm de outros.

    AGENTES HONORFICOS: So cidados convocados, designados ou nomeados para

    prestar transitoriamente determinados servios ao Estado, em razo de sua condio

    cvica, honorabilidade ou de sua notria capacidade funcional, mas sem qualquer

    8

    vnculo empregatcio ou estatutrio e, normalmente, sem remunerao. So eles: os

    jurados, mesrios eleitorais, comissrio de menores e outros dessa natureza.

    AGENTES CREDENCIADOS: So os que recebem a incumbncia da administrao

    para represent-la em determinado ato ou praticar certa atividade especfica, mediante

    remunerao do Poder Pblico Credenciante.

    NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    Entidades so todas as pessoas jurdicas pblicas ou privadas.

    As Entidades podem ser: Estatais, Autrquicas, Fundacionais, Paraestatais ou

    Paraestatais de Cooperao.

    Os rgos Pblicos so divises das Entidades Estatais e desempenham funes

    estatais por meio de seus agentes.

    Os rgos Pblicos podem ser classificados quanto estrutura (simples ou

    compostos), quanto sua funo (singulares ou colegiados) e quanto sua

    posio estatal (independentes, autnomos, superiores ou subalternos).

    CAPTULO 5

    5 A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA

    a atividade que o Estado desenvolve, pormeio de seus rgos, para atender ao interesse

    pblico.

    NATUREZA: A natureza da administrao pblica a

    de um encargo de defesa, conservao e

    aprimoramento dos bens, servios e interesses da

    coletividade.

    FINS: Os fins da Administrao Pblica resumem-se no bem comum da coletividade

    administrada.9

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    5.1. REGIME JURDICO

    Regimes Jurdicos so conjuntos de regras que

    regem as instituies, sejam elas pblicas ou privadas.

    Regimes Jurdicos Administrativos, como veremos

    mais adiante, sempre tm o objetivo de garantir os

    interesses pblicos.

    A Administrao Pblica pode submeter-se ao

    regime jurdico de direito privado ou ao regime jurdico

    de direito pblico.

    As empresas pblicas e as sociedades de economia mista e suas subsidirias que

    exploram atividade econmica, por exemplo, se sujeitam ao regime jurdico prprio

    das

    empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis, comerciais,

    trabalhistas e tributrias.

    importante salientar que, quando a administrao emprega modelo privado,

    sua submisso nunca integral a este modelo, pois ela possui privilgios como o juzo

    privativo, a prescrio quinquenal, o processo especial de execuo e a

    impenhorabilidade de seus bens, que so caractersticos dos modelos pblicos.

    5.2. REGIME JURDICO ADMINISTRATIVO

    A expresso Regime Jurdico Administrativo reservada to somente para

    abranger o conjunto de traos e de conotaes que caracterizam o Direito

    Administrativo. Baseia-se nas prerrogativas (direitos) e sujeies da Administrao

    Pblica. Muitas dessas prerrogativas e restries so expressas sob a forma de

    princpios que informam o direito pblico e, em especial, o Direito Administrativo.

    5.3. PRINCPIOS DA ADMINISTRAO PBLICA

    A) Legalidade (art. 37 da Constituio Federal)

    Este princpio, juntamente com o controle da

    Administrao pelo Poder Judicirio, nasceu com o Estado de10

    Direito. Segundo o princpio da legalidade, a Administrao Pblica s pode fazer o

    que a lei permite. O administrador no pode agir, nem deixar de agir, seno de acordo

    com a lei, na forma determinada. No direito administrativo, o conceito de legalidade

    contm em si no s a lei, mas tambm, o interesse pblico e a moralidade.

    B) Impessoalidade (art. 37 da Constituio Federal)

    Este princpio atualmente possibilita duas interpretaes distintas: a primeira

    significa dizer que a Administrao no pode atuar com vistas a prejudicar oubeneficiar pessoas determinadas, uma vez que sempre o interesse pblico que tem

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    que nortear o seu comportamento. A Administrao deve servir a todos, sem

    preferncias ou averses pessoais ou partidrias.

    No segundo sentido o princpio significa, segundo Jos Afonso da Silva, que os

    atos e provimentos administrativos so imputveis no ao funcionrio que os pratica,

    mas ao rgo ou entidade administrativa da Administrao Pblica, de sorte que ele

    o autor institucional do ato. Ou seja, o mrito dos atos pertence Administrao, e

    no s autoridades que os executam. A publicidade dos rgos pblicos deve ser

    impessoal, no podendo conter nomes, smbolos ou imagens que caracterizem

    promoo pessoal (art. 37, 1o, da CF).

    C) Moralidade (art. 37 da Constituio Federal)

    Alguns autores entendem que o conceito de moral administrativa vago e

    impreciso ou que acaba por ser absorvido pelo prprio conceito de legalidade. No

    entanto, baseando-se na distino entre Moral e Direito, temos que ambos so

    representados por crculos concntricos, sendo o maior correspondente moral e, o

    menor, ao direito. Portanto, a moralidade no se identifica com a legalidade, uma vez

    que, a lei pode ser imoral e a moral pode ultrapassar o mbito da lei. Alm disso, a lei

    produz efeitos jurdicos, j que acarreta a invalidade do ato, que pode ser decretada

    pela

    prpria administrao ou pelo poder judicirio. O mbito judicial da imoralidade ficou

    consagrado pelo dispositivo concernente ao popular (art. 5, LXXIII, da

    Constituio Federal) e implicitamente pelos artigos 15, V, 37, 4, e 85, V, sendo que

    este ltimo considera a improbidade administrativa (nome tcnico que designa

    corrupo administrativa) como crime de responsabilidade.

    11

    Sendo assim, pode-se associar a Moralidade Administrativa com a tica

    Profissional, que consiste no conjunto de princpios morais que se deve observar no

    exerccio de uma profisso.No mbito do poder judicirio, para anular um ato administrativo pode-se

    examinar no s a legalidade, mas, tambm, a moralidade do ato e a sua

    conformidade

    com os interesses pblicos.

    Resta dizer que, a improbidade administrativa, segundo a legislao competente,

    detectada em alguns casos atravs de provas e, em outros, quando presumida. No

    segundo caso, considera-se atos de improbidade:

    1) Venda de bem pblico abaixo do valor de mercado2) Compra de bens acima do valor de mercado (superfaturamento).

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    D) Publicidade (art. 37 da Constituio Federal)

    Com exceo dos casos previstos em lei, os atos pblicos sempre devem ter

    divulgao oficial, sendo este um requisito de sua eficcia. Entre as excees esto a

    segurana nacional (art. 5o, XXVIII, da CF), determinadas investigaes policiais (art.

    20 do CPP), processos cveis em segredo de justia (art. 155 do CPC), entre outras.

    E) Eficincia (art. 37 da Constituio Federal)

    dever da boa administrao, imposto a todo agente pblico, realizar suas

    atribuies com presteza, perfeio e rendimento funcional.

    F) Finalidade

    A administrao deve agir com a finalidade de atender ao interesse pblico

    visado pela lei, uma vez que este ato se constitui na regra bsica da administrao. O

    ato administrativo no tem legalidade quando o administrador age em prol de

    interesse prprio, ainda que obedecida formalmente a legislao. Deve-se priorizar o

    que chamamos de interesse pblico primrio que considera o bem estar coletivo

    da sociedade como um todo. Este nem sempre coincide com o interesse pblico

    secundrio, que est ligado aos rgos estatais ou governantes. O interesse pblico

    prevalece ainda sobre o interesse individual, sempre respeitadas as garantias

    constitucionais e pagas as indenizaes devidas, quando foi o caso.

    Quando o administrador no segue os princpios acima colocados, temos o que

    chamamos de desvio de finalidade, que uma forma de abuso de poder e acarretana nulidade do ato.

    G) Indisponibilidade

    A administrao no pode transigir, ou deixar de aplicar a lei, seno nos casos

    expressamente permitidos, nem dispor de bens, verbas ou interesses fora dos estritos

    limites legais.

    H) Continuidade

    Os servios pblicos no podem parar, devendo manter-se sempre em

    funcionamento, dentro das formas e perodos prprios de prestao. No deveria

    haver

    greve sem limites no servio pblico. Mas o assunto ainda aguarda regulamentao

    por

    lei complementar, como manda o art. 37, VII, da CF. Para o militar h proibio

    expressa de greve (art. 42, 5o, da CF).

    O particular contratado para executar servio pblico no pode interromper a

    obra sob a alegao de no ter sido pago. Em relao administrao no vigora a

    exceptio non adimpleti contractus (art. 1092 do CC). Contudo, o art. 78, da Lei de

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    Licitaes e Contratos permite a suspenso dos servios no caso de atraso de

    pagamento

    por mais de 90 dias, salvo se houver calamidade pblica, perturbao da ordem ou

    guerra.

    I) Probidade

    Os atos da Administrao Pblica devero estar revestidos de probidade, ou

    seja, devero ser baseados nos princpios como a integridade de carter, a honra e o

    brio.

    J) Prestao de Contas

    O dever de prestar contas decorrncia natural da Administrao como encargo

    de gesto de bens e interesses alheios.

    13

    NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    A Atividade Administrativa aquela que o Estado desenvolve atravs de seus

    rgos para atender aos interesses da sociedade.

    Regimes Jurdicos so conjuntos de regras que regem as instituies pblicas e

    privadas e os Regimes Jurdicos Administrativos tm como objetivo garantir os

    interesses pblicos.

    So princpios da Administrao Pblica: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,

    Publicidade, Eficincia, Finalidade, Indisponibilidade, Continuidade, Probidade e

    Prestao de Contas.

    CAPTULO 6

    6 USO E ABUSO DO PODER

    6.1. USO DO PODER

    O uso do poder prerrogativa da autoridade,

    mas deve ser usado normalmente e sem abuso. Usar

    normalmente o poder empreg-lo segundo as normas

    legais, a moral da instituio, a finalidade do ato e asexigncias do interesse pblico. Abusar do poder

    empreg-lo fora da lei, sem utilidade pblica. O uso do

    poder pode assumir a forma omissiva (consiste na

    transgresso da norma jurdica) ou comissiva (consiste

    na transgresso do dever jurdico de impedir determinado resultado).

    6.2. ABUSO DO PODER

    O abuso do poderocorre quando a autoridade, embora competente para

    praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuies ou se desvia das finalidades

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    administrativas. Portanto o gnero abuso de poder ou abuso de autoridade reparte-se

    em

    duas espcies bem caracterizadas: o excesso de poder e o desvio de finalidade.

    14

    EXCESSO DE PODER - O excesso de poderocorre quando a autoridade, embora

    competente para praticar o ato, vai alm do permitido e exorbita no uso de suas

    faculdades administrativas. Excede, portanto, sua competncia legal e, com isso,

    invalida o ato, porque ningum pode agir em nome da Administrao fora do que a lei

    lhe permite. O excesso de poder torna o ato arbitrrio, ilcito e nulo.

    DESVIO DE FINALIDADE - O desvio de finalidade ou de poderverifica-se quando a

    autoridade, embora atuando nos limites de sua competncia, pratica o ato por motivos

    ou com fins diferentes dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse pblico.

    PUNIO - Para combater estes crimes a constituinte armou-nos com o mandado de

    segurana, cabvel contra ato de qualquer autoridade, e assegurou a toda pessoa o

    direito

    de representao contra abusos de autoridade, complementando esse sistema de

    proteo contra os excessos de poder com a Lei de Abuso de Autoridade, que pune

    criminalmente seus autores.

    NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    O uso do poder um direito das autoridades pblicas, mas deve ser feito

    adequadamente.

    O abuso do poder acontece quando a autoridade extrapola o uso de seus

    direitos e faz uso de seu poder de forma inadequada.

    O abuso de poder pode ser de dois tipos: excesso de poder e desvio de

    finalidade.

    O abuso do poder crime e pode ser combatido atravs do mandado de

    segurana.

    CAPTULO 77 ADMNISTRAO DIRETA E INDIRETA

    7.1. ADMNISTRAO DIRETA

    exercida pelos prprios rgos do Estado.

    15

    7.2. ADMINISTRAO INDIRETA

    exercida por entidades interpostas (pessoas jurdicas, pblicas ou privadas),

    que agem em nome do Estado desempenhando servios pblicos. Este tipo tambm

    pode ser denominado Administrao Descentralizada, ou seja, o conjunto deentidades dotadas de personalidade jurdica prpria, que prestam servios pblicos ou

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    servios de interesse pblico. As entidades da administrao indireta, com suas notas

    fundamentais esto arroladas no Decreto-Lei 200/67 (reforma administrativa federal),

    com alteraes posteriores.

    Compem a administrao indireta:

    a) Autarquias

    b) Empresas pblicas

    c) Sociedades de economia mista

    d) Fundaes governamentais.

    Foi o poder pblico que criou as entidades da administrao indireta e

    responde subsidiariamente pelas obrigaes patrimoniais destas, no caso de extino

    ou

    de insuficincia de bens.

    Os rgos da administrao indireta so autnomos, sujeitando-se, contudo,

    superviso do Ministrio respectivo (ou Secretaria), atravs de uma srie de medidas,

    como indicao ou nomeao dos dirigentes da entidade, aprovao de suas contas e

    outros, no significando, contudo, que estejam hierarquicamente subordinados

    administrao direta.

    A) AUTARQUIAS

    So entidades dotadas de personalidade

    jurdica pblica, com capacidade de

    autoadministrao, criadas por lei, para realizar

    atividades tpicas da administrao como, por

    exemplo, a Universidade de So Paulo e o

    Hospital das Clnicas.

    16

    CARACTERSTICAS

    Patrimnio: So dotadas de patrimnio e receita prpria.

    Princpio da Especialidade:Aplica-se a elas o princpio de especialidade, ouseja, as autarquias no podem ter outras funes alm daquelas para as quais

    foram criadas, salvo alterao legal posterior.

    Regime Jurdico:As autarquias tm regimes pblicos idnticos aos das

    entidades da administrao direta quanto aos atos (administrativos), contratos

    (administrativos em grande parte) e pessoal (possibilidade de quadro de

    servidores efetivos).

    Controle: Esto sujeitas ao controle administrativo e financeiro do Tribunal de

    Contas.B) FUNDAES GOVERNAMENTAIS

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    So entidades criadas por lei, com a funo

    de realizar atividades no lucrativas e atpicas do

    Poder Pblico, mas de interesse coletivo, como a

    educao, a cultura e a pesquisa (ex.: Fundao PE

    Anchieta, Fundao de Amparo Pesquisa).

    CARACTERSTICAS

    Personalidade Jurdica: Predomina hoje na

    doutrina o entendimento quase unnime de

    que as fundaes criadas pelo poder pblico so uma espcie de autarquia

    (autarquias fundacionais) com personalidade jurdica, portanto de direito

    pblico, apesar dos termos da lei.

    Patrimnio: Seu patrimnio exclusivamente pblico.

    Regime Jurdico: Quanto ao regime jurdico, temos que: os funcionrios

    dessas instituies so regidos por legislao trabalhista; os contratos realizados

    no so administrativos, mas sempre sujeitos processos de licitao; os atos

    17

    dos dirigentes tambm no so administrativos, mas deles se equiparam a fim de

    garantir o mandado de segurana e ao popular.

    Controle: Esto submetidas ao controle da administrao direta, do Conselho de

    Curadores, do Ministrio Pblico (se consideradas pessoas jurdicas pblicas,

    no incide o controle do Ministrio Pblico) e do Tribunal de Contas.

    C) EMPRESAS PBLICAS

    So pessoas jurdicas de Direito

    Privado criadas por lei especfica, com

    capital exclusivamente pblico, para realizar

    atividades econmicas de interesse da

    Administrao instituidora nos moldes da

    iniciativa particular, podendo revestirqualquer forma e organizao empresarial (ex.: Embratel, EBTC).

    CARACTERSTICAS

    Patrimnio: O patrimnio da empresa pblica, embora pblico por origem,

    pode ser utilizado, onerado ou alienado na forma regulamentar ou estatutria,

    independentemente de autorizao legislativa especial, porque tal autorizao

    est implcita na lei instituidora da entidade. O seu patrimnio, bens e rendas,

    servem para garantir emprstimos e obrigaes resultantes de suas atividades

    sujeitando-se a execuo pelos dbitos da empresa.Regime Jurdico: Regem-se pelas normas aplicveis s empresas privadas,

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    inclusive quanto s obrigaes trabalhistas e tributrias. Seu pessoal no

    tecnicamente funcionrio, s para efeitos penais e para fins de cumulao de

    cargos, para os demais efeitos sero simplesmente empregados regidos pela

    legislao trabalhista, previdenciria e acidentria comum, competindo Justia

    do Trabalho dirimir os litgios resultantes de suas atividades funcionais. Os atos

    dos dirigentes no so atos administrativos, mas equiparam-se a atos de

    autoridade para efeito de mandado de segurana e ao popular. Os contratos

    no so administrativos, mas a licitao obrigatria.

    18

    Controle: O controle administrativo feito pela administrao direta e o controle

    financeiro pelo Tribunal de Contas.

    D) SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

    So pessoas jurdicas de Direito Privado, criadas

    por lei, com participao do Poder Pblico e de

    particulares no seu capital e na sua administrao para a

    realizao de atividade econmica ou servio de

    interesse coletivo outorgado ou delegado pelo Estado.

    (ex.: Petrobrs).

    CARACTERSTICAS

    Forma:A forma usual da sociedade de economia mista tem sido a de sociedade

    annima, no importando, porm, que o Estado seja scio majoritrio ou

    minoritrio, mas sim que a administrao seja conferida por lei ou conveno ao

    Poder Pblico.

    Patrimnio: O patrimnio formado com bens pblicos e subscries

    particulares. No est ela sujeita falncia, mas seus bens so penhorveis e

    executveis e a entidade pblica que a instituiu responde, subsidiariamente,

    pelas suas obrigaes.

    Regime Jurdico: Regem-se pelas normas aplicveis s empresas privadas,inclusive quanto s obrigaes trabalhistas e tributrias. Seu pessoal no

    tecnicamente funcionrio, s para efeitos penais e para fins de cumulao de

    cargos, para os demais efeitos sero simplesmente empregados regidos pela

    legislao trabalhista, previdenciria e acidentria comum, competindo Justia

    do Trabalho dirimir os litgios resultantes de suas atividades funcionais.

    NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    A Administrao Direta exercida pelos prprios rgos do Estado.

    A Administrao Indireta exercida por pessoas pblicas ou privadas que agemem nome do Estado desempenhando servios pblicos.

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    A Administrao Indireta composta pelas Autarquias, Empresas Pblicas,

    Sociedades de Economia Mista e Fundaes Governamentais.

    CAPTULO 8

    8 PODERES DA ADMINISTRAO PBLICA

    Os poderes e deveres do administrador pblico so os que esto expressos em

    lei, os impostos pela moral administrativa e os exigidos pelo interesse da coletividade.

    Cada gestor pblico ou agente da administrao investido de uma parcela de

    poder pblico e deveres especficos do cargo, funo, servio ou atividade pblica que

    exera, com responsabilidades prprias de suas atribuies. Em funo de serem

    poderes instrumentais, trazem em si a caracterstica de dever, sendo de realizao

    obrigatria sempre que objetivem interesse pblico.

    Diferente do direito privado em que o poder de agir uma faculdade, no direito

    pblico uma imposio, um dever para o agente que detm o poder, no se

    admitindo

    a omisso da autoridade diante de situaes que exigem sua atuao. A

    Administrao

    responde, civilmente, pelas omisses ou comisses lesivas de seus agentes.

    Esses poderes que a doutrina denomina de poderes da Administrao Pblica,

    inerentes s estatais, Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, so

    prerrogativas que viabilizam e fazem valer a supremacia do interesse pblico em

    relao

    ao interesse individual. So eles que emprestam autoridade ao agente pblico,

    quando,

    por lei, recebe competncia decisria e fora para impor suas decises aos

    administrados. Devem, contudo, ser usados como atributos do cargo ou funo, e no

    como privilgio da pessoa que o exerce.

    Logo, o agente despido da funo ou fora do exerccio do cargo no pode usarda autoridade pblica nem invoc-la por vontade prpria para superpor-se aos demais

    cidados, pois, no estando no exerccio de suas funes, deixa de ser autoridade,

    igualando-se aos demais. Tal conduta caracterizaria abuso de poder, acarretaria na

    ilegalidade do ato e, conforme o caso, tipificaria o crime de abuso de autoridade,

    20

    definido e punido pela Lei n. 4.898, de 9/12/65. Neste caso, vigora como nivelador o

    princpio do art. 5, caput, da CF, que estabelece a igualdade de todos perante a lei.

    A doutrina destaca os seguintes poderes administrativos: Vinculado eDiscricionrio (tocantes aos atos administrativos), Hierrquico e Disciplinar (quanto

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    administrao pblica), Regulamentar e de Polcia.

    8.1. PODER VINCULADO

    O chamado Poder Vinculado no abole prerrogativas do poder pblico, mas d

    a ideia de restrio, afinal, quando se diz que determinada atribuio da Administrao

    vinculada, significa que est sujeita lei em praticamente todos os aspectos. O

    legislador, nessa hiptese, pr-estabelece todos os requisitos do ato, de tal forma que,

    no cabe autoridade administrativa seno edit-lo, sem apreciao de aspectos

    concernentes oportunidade, convenincia, interesse pblico, equidade. Esses

    aspectos

    foram previamente valorados pelo legislador.

    Assim, na existncia de Poder Vinculado ou Regrado, a Administrao Pblica

    fica obrigada a observar os limites exatos impostos pela lei para a prtica de todos os

    atos administrativos e a fundament-los, indicando o dispositivo legal que serviu de

    base para a sua prtica.

    Os atos vinculados so praticados conforme o nico comportamento prescrito

    em lei. A vontade do legislador, ou seja, a especificao da lei, predomina sobre a

    vontade do administrador.

    So elementos vinculados: a competncia, a finalidade e a forma, alm de outros

    que a norma legal indicar. Sem a observncia desses requisitos o ato nulo, podendo

    ser

    assim declarado pela Administrao ou pelo Judicirio.

    21

    8.2. PODER DISCRICIONRIO

    Diferente do poder vinculado, que estabelece restries ao Administrador para a

    prtica do ato administrativo, devendo este se ajustar aos requisitos da lei, o poder

    discricionrio uma prerrogativa da Administrao Pblica. Aqui a Administrao

    pode atuar com opes e com a faculdade de escolha, externando um juzo de valor

    sobre a situao posta, embora essa liberdade deva ser exercida nos limites fixadosem

    lei. Essa faculdade de atuao concedida pela prpria lei.

    No entanto, embora tenha a prerrogativa descrita, no se pode dizer que a

    Administrao tem poder autnomo. O que ocorre que as competncias exercidas

    pela Administrao com base nos poderes regulamentar, disciplinar, de polcia, sero

    vinculadas ou discricionrias, dependendo da liberdade, deixada ou no, pelo

    legislador Administrao Pblica.

    O fundamento para essa liberdade est no fato de que, em determinadassituaes, apenas o administrador tem conhecimentos e informaes suficientes para

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    avaliar o caso e decidir administrativamente. Para o legislador seria impossvel prover

    de forma justa a soluo de determinados casos e express-la em uma regra abstrata.

    Sendo assim, ele concede liberdade ao administrador atribuindo-lhe a

    discricionariedade.

    Sendo assim, os atos discricionrios seriam aqueles cuja prtica exige

    conhecimentos especficos que apenas o administrador possui, situao criada pela

    maneira como a lei regulou esta atividade. Nesses casos inevitvel que se faa uma

    anlise subjetiva quanto melhor maneira de proceder e atender a finalidade legal, o

    que concede base para a existncia do poder discricionrio.

    Assim como ocorre no ato vinculado, no ato discricionrio a atividade

    administrativa tambm est sujeita a determinados princpios como o condicionamento

    interno imposto pela exigncia do bem comum, o atendimento ao interesse social ou

    coletivo, a submisso moralidade administrativa e ao condicionamento externo pelo

    ordenamento jurdico.

    22

    8.3. PODER HIERRQUICO

    O poder hierrquico possibilita a existncia de diferentes instncias decisrias

    na organizao estrutural da administrao pblica, bem como o escalonamento de

    seus

    rgos e a repartio de suas funes e a definio, conforme a lei, dos limites de

    competncia de cada um deles.

    8.4. PODER DISCIPLINAR

    Este poder uma resultante do poder hierrquico. Ele apresentado por

    doutrinadores como sendo uma prerrogativa ou faculdade da administrao, e,

    portanto,

    pode parecer ser discricionria a sua aplicao. No entanto, essa discricionaridade

    limitada, podendo incidir apenas na sano a ser imposta aos servidores. Afinal, a

    apurao de falta e sancionamento de conduta afrontosa de deveres funcionais dever e

    no um direito da administrao.

    8.9. PODER REGULAMENTAR

    Tambm chamado de poder normativo, o poder regulamentar o que confere

    administrao pblica, mais precisamente ao chefe do Executivo da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, poderes para editar normas,

    regulamentos ou decretos que sejam complementares lei e tenham a finalidade de

    explic-la ou de prover sua fiel execuo.Os atos pelos quais a administrao exerce o seu poder normativo tm em

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    comum com a lei o fato de emanarem normas e possurem efeitos gerais e abstratos.

    NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    O poder dado ao administrador pblico deve ser usado apenas no exerccio

    de sua funo.

    dever do administrador pblico usar o seu poder diante de uma situao

    que exija sua atuao.

    23

    So poderes administrativos: o Poder Vinculado, o Poder Discricionrio, o

    Poder Hierrquico, o Poder Disciplinar e o Poder Regulamentar.

    CAPTULO 9

    9 AUTORIDADE E PODER: DIFERENAS E IMPLICAES

    Embora as duas expresses paream ter o mesmo significado, elas possuem

    algumas diferenas. Para um melhor entendimento desta questo, fomos buscar no

    Minidicionrio Antnio Olinto da Lngua Portuguesa as duas definies ali

    apresentadas:

    AUTORIDADE: Direito de se fazer obedecer; poder de mandar; prestgio; magistrado

    que exerce o poder; pessoa competente no assunto.

    PODER: Ter a faculdade ou possibilidade de; ter autorizao para; estar sujeito,

    arriscado, exposto a; ter ocasio ou oportunidade de; ter fora de nimo para; ter o

    direito de; ter influncia, fora; ter vigor ou capacidade (fsica ou moral) para suportar,

    para aguentar.

    Como se pode observar, o contedo de Autoridade representa uma condio

    de superioridade, de determinao, de mando, indicando maior fora em relao ao

    Poder, que reflete mais precisamente a capacidade de execuo e de cumprimento

    de

    determinaes.

    A diferena entre autoridade e poder fcil de ser percebida. Quando fazemos

    uma tarefa forados ou at mesmo coagidos por algum que impe sua vontadeem

    funo da sua posio ou fora, estamos sendo submetidos a uma liderana pautada

    na

    autoridade. J quando fazemos um trabalho motivados pela boa vontade de um lder

    e

    somos levados a isso pela sua influncia pessoal, sendo capazes de realizar

    determinada

    atividade, isso poder.NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

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    Autoridade o direito de se fazer obedecer e constitui algo legitimado.

    Poder a capacidade de fazer ou executar algo.

    24

    CAPTULO 10

    10 STAKEHOLDERS

    O termo stakeholders designa todos os segmentos, pessoas fsicas e jurdicas,

    entidades, organizaes, empresas e muitos outros que influenciam ou so

    influenciados

    no mbito dos processos administrativos. Podemos entender, de uma maneira

    simplista,

    que stakeholder uma evoluo, com detalhes mais sofisticados, do j conhecido e

    estudado ambiente empresarial.

    A partir dessa definio, abre-se um leque gigantesco de possibilidades para a

    existncia de stakeholders. Como possveis participantes do processo podemos citar:

    mdia, ONGs, rgos reguladores, governo, fornecedores, meio ambiente,

    terceirizados, futuras geraes, concorrentes, acionistas, clientes, parceiros,

    comunidade, aposentados, entre muitos outros. Ou seja, todo e qualquer elemento

    fsico

    ou jurdico que interaja com as organizaes.

    NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    No mbito da Gesto Pblica, Stakeholders so todos aqueles que influenciam

    ou so influenciados pelos processos administrativos.

    CAPTULO 11

    11 CODIFICAO DE PAPIS DE TRABALHO

    Pensar em um processo de auditoria pensar

    em documentos que sero analisados e dos quais se

    tiraro informaes para a composio do relatrio

    final, onde o auditor emitir sua opinio sobre aentidade auditada.

    Neste contexto, torna-se necessrio que se

    tenha disposio um conjunto de papis devidamente

    25

    organizados, que facilitem o acesso s informaes no s do tcnico que as

    manipulou,

    mas de qualquer outro interessado.

    Mesmo na hiptese da auditoria realizada sem papel, que se utiliza apenas de

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    meios eletrnicos, necessrio que se organize a documentao que foi analisada,

    para

    que informaes valiosas no sejam perdidas.

    Um conjunto de papis de trabalho sem referncias, pode ser comparado a um

    livro sem ttulo, sem ndice, de folhas soltas, sem numerao de pginas, captulos e

    pargrafos. evidente que a localizao de um determinado assunto nesse livro

    enormemente dificultada, sua compreenso prejudicada e o risco de torn-lo

    imprestvel grande pela probabilidade de que suas folhas, acidentalmente ou no,

    tenham sua ordem modificada.

    A codificao de papis de trabalho , antes de tudo, uma questo de mtodo.

    Sua organizao deve ser feita dentro da racionalidade, da lgica formal. Assim, o

    auditor utiliza a codificao dos papis de trabalho para que estes se tornem um

    conjunto harmnico de informaes de fcil acesso e compreenso para os que

    necessitam dessa documentao, quer para reviso do trabalho realizado, quer para

    conhecimento e diagnstico daquilo j apurado, como visitas ao planejamento de

    novas

    etapas da auditoria.

    Os papis de trabalho, em princpio, so representados em dois grupos. O

    primeiro aquele que tm caracterstica de resumo ou de sintetizao e geralmente

    denominado papel de trabalho mestre. Os demais, que por suas caractersticas

    daro

    sempre maiores subsdios ou detalhes, so denominados papis de trabalho

    subsidirios.

    Os papis de trabalho devem ser organizados em sees, codificados de forma

    alfanumrica e reunidos em pastas especficas correspondentes s trs distintas fases

    do

    processo de auditoria, ou seja: planejamento geral, execuo dos trabalhos de campo

    eelaborao do relatrio de auditoria.

    A codificao dos papis de trabalho convencionada geralmente com a

    utilizao de letras maisculas e nmeros (A-1, C-3), onde as letras so usadas para

    identificao de folhas mestras e as letras e nmeros para as folhas subsidirias,

    26

    obedecendo a uma sequncia lgica e racional e procurando sempre resumir os

    trabalhos realizados em um jogo de papis que em seu conjunto representar todo o

    servio executado.Na forma usual de utilizao desta codificao, o componente alfabtico da

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    codificao ser separado dos componentes numricos por um hfen, enquanto que os

    componentes numricos sero sempre separados entre si por um ponto.

    Caso existam muitos segmentos a serem analisados e/ou ocorra grande volume

    de papis, recomendvel que se estruture as reas em sub-captulos especficos,

    como

    forma de melhor represent-los e, assim, facilitar seu manuseio.

    11.1. NDICE DOS PAPIS DE TRABALHO

    O ndice de papis de trabalho apresentado a seguir observa a forma de

    codificao comentada e est seguido de comentrios sobre que contedo dever

    conter.

    Observe que alguns itens esto com mais desdobramentos que outros, podendo haver

    mais outros se assim for julgado necessrio para um correto ordenamento dos papis

    e

    melhor clareza sobre os trabalhos realizados. Pode, tambm, haver trabalhos que

    produzem poucos papis, quando no sero necessrios tantos desdobramentos.

    Entretanto, importante considerar, para ordenamento da utilizao deste ndice, que

    os

    captulos e que os subcaptulos tenham sua codificao mantida, mesmo que no

    sejam

    utilizados em determinado trabalho.

    A seguir, esto alguns comentrios sobre os componentes do conjunto de papis

    de trabalho, que esto agrupados de acordo com sua utilizao.

    A Introduo

    A-1 Documentos Bsicos

    Este dever ser o grupo de papis iniciais do trabalho desenvolvido no campo,

    onde sero agrupados os papis indicativos do desenvolvimento dos trabalhos,

    inclusive

    os relativos s possveis limitaes ao seu escopo.Aqui tambm devero ser agrupados os documentos referentes prpria

    execuo do trabalho, inclusive aqueles referentes determinao das aes que

    devero ser desenvolvidas.

    27

    A-1. 1 - Autorizao para a Auditoria

    A-1. 2 Correspondncias

    A-2 Limitao de Escopo

    Nesta denominao devero ser relacionados os tpicos que, por qualquer

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    motivo, causaram limitao ao escopo do trabalho, indicando-se os itens do relatrio

    em

    que aparecero.

    fator de importncia no desenvolvimento das atividades a serem desenvolvidas

    que a limitao de escopo seja bem especificada, j que seus efeitos podero ser

    significativos no contexto geral do trabalho.

    B ANLISE DO PROCESSO

    A auditoria a ser realizada poder ser em razo de um processo j em

    andamento. Nestes casos, este captulo fica reservado ao agrupamento dos papis

    que

    propiciaro a anlise dos seus componentes, dividido em sub-captulos de acordo com

    a

    segmentao que se torne necessria.

    B-1 Formalizao

    Nesta folha mestra devem ser juntados os documentos, registros e comentrios

    sobre a formalizao do processo, ou seja, quais so seus componentes, como esto

    estruturados e se so aqueles que efetivamente deveriam estar compondo-o.

    C ESTRUTURA OPERACIONAL

    Aqui devero estar agrupados os documentos relativos estrutura operacional da

    empresa, com detalhes que permitam conhecer seu funcionamento e identificadas

    suas

    pessoas-chave, com os cargos e respectivos nmeros telefnicos.

    Para efeito destes registros, oferecemos o formulrio "Gestores e Pessoas chave"

    que dever ser preenchido pela equipe de campo, indicando todas as pessoas que

    foram

    contadas no curso do trabalho. Esta informao servir de direcionador para futuras

    equipes que retornem Unidade, as quais tero seus contatos facilitados.

    28C-1 Documentos Bsicos

    Neste segmento devero estar agrupados os papis que tratem da estrutura

    operacional da entidade que est sendo auditada.

    C-2 Pessoal

    Aqui sero agrupadas as informaes relativas ao pessoal, tanto qualitativamente

    quanto aos seus custos.

    D EXECUO PROGRAMTICA

    Neste captulo devero ser agrupados os documentos, registros e observaes

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    concernentes aos planos e programas de trabalho da entidade, devendo ser

    segmentados

    de acordo com as suas prprias especificidades.

    Sero agregados os papis relativos s metas previstas, que possibilitem uma

    avaliao para o segmento a ser auditado, sendo desdobradas para que possam ser

    identificadas as realizaes quantitativas com a anlise comparativa entre o previsto e

    o

    realizado e os desembolsos financeiros orados e realizados por meta.

    D-1 Metas Fsicas

    Devero ser levantadas informaes sobre todas as atividades programadas,

    registrando-se em detalhes as previstas e as realizadas.

    D-2 Desembolsos

    Todo o volume de recursos previstos para a realizao dos programas da

    Unidade deve ser levantado, relacionando-o com cada meta.

    E PROGRAMAO ORAMENTRIA

    Neste captulo, devero estar agrupados os documentos, registros e observaes

    concernentes ao oramento da entidade, devendo ser identificado seu valor inicial e as

    alteraes ocorridas no perodo analisado.

    E-1 Oramento Inicial

    Nesta folha mestra devem ser juntados os documentos e averiguaes referentes

    ao oramento aprovado para o exerccio. Se junta, tambm, documentos relativos

    29

    legislao oramentria que possam interessar ao auditor no momento de redigir seus

    pontos de auditoria.

    E-2 Oramento Final

    Aqui sero catalogadas as informaes sobre toda a evoluo ocorrida com o

    oramento, demonstrando sua situao ao final do perodo auditado.

    E-3 ProvisesTodos os documentos relativos s provises realizadas sero catalogados neste

    item.

    E-4 Crditos Adicionais

    Todos os documentos relativos aos crditos adicionais concedidos, bem como os

    cancelamentos, sero catalogados neste item.

    F DEMONSTRAES CONTBEIS

    Como a avaliao das despesas e receitas parte significativa dos trabalhos

    auditoriais, torna-se necessrio que se proceda anlise das principaisdemonstraes

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    contbeis, juntando-se documentos seu respeito.

    No papel de trabalho referente a cada balano e demonstrao das variaes

    patrimoniais (DVP), devem ser registradas as impresses do auditor sobre sua

    estrutura

    e propriedade dos valores ali registrados.

    F-1 Balano Oramentrio

    F-2 Balano Financeiro

    F-3 Balano Patrimonial

    F-4 Demonstrao das Variaes Patrimoniais

    F-5 Razo Sinttico

    F-6 Razo Analtico

    G EXECUO FINANCEIRA

    o grupo de papis que vai demonstrar todo o objetivo dos trabalhos realizados

    na avaliao da regularidade, objetividade e economicidade das despesas realizadas,

    30

    agrupando aqueles relativos s despesas, receitas e outras informaes importantes

    ao

    perfeito conhecimento dos trabalhos auditados, bem como, para consubstanciarem o

    contedo do relatrio.

    G-1 Receita

    Aqui estaro documentados os recursos recebidos pela entidade auditada no

    perodo em anlise, com documentos e informaes que permitam o pleno

    conhecimento de sua composio, bem como a caracterizao da amostra analisada.

    Os

    pontos abordados podero ser desdobrados em tantos itens quantos se tornem

    necessrio

    para a fiel demonstrao dos trabalhos realizados.

    G-1.1 ComposioTudo que se referir receita da entidade, oramentria, extra-oramentria, da

    prpria atividade, doaes ou qualquer outra origem deve estar demonstrado neste

    segmento dos papis de trabalho, com os desdobramentos que se fizerem

    necessrios.

    G-1.2 Amostra Analisada

    A demonstrao da amostra analisada fator significativo para efeito de

    julgamento do prprio resultado da auditoria, j que dever conter em detalhes os

    pontos levantados. Este segmento dos papis refletir as observaes do auditor, comsuas concluses sobre a regularidade dos registros e a materialidade de possveis

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    incorrees identificadas.

    G-2 Despesa

    Aqui estaro documentados os desembolsos realizados pela entidade auditada no

    perodo em anlise, com documentos e informaes que permitam o pleno

    conhecimento de sua composio, bem como a caracterizao da amostra analisada.

    Os

    pontos abordados devero ser desdobrados em tantos itens quantos se tornem

    necessrios para a fiel demonstrao dos trabalhos realizados.

    G-2. 1 Distribuio por Projeto/Atividade

    A demonstrao, nos papis de trabalho, das despesas por elemento facilitar

    melhor visualizao dos gastos realizados e possibilitar melhor base para definio

    da

    amostra a ser analisada.

    31

    G-2.1 Pessoal

    G-2.2 Material de Consumo

    G-2.3 Servios de Terceiros

    G-2.4 Material Permanente

    G-2.5 Obras e Instalaes

    G-2.2 Amostra Analisada por Elemento de Despesa

    importante que se demonstre, nos papis de trabalho, a amostra analisada,

    como meio de auxlio na avaliao da materialidade de possveis incorrees

    verificadas

    na realizao das despesas.

    G-2.3 Adiantamentos

    Nesta folha mestra devero estar registrados os demonstrativos de adiantamentos

    concedidos a terceiros, com a respectiva situao quanto s prestaes de contas e

    irregularidades identificadas. Observe-se que neste segmento tambm deve sercomentada a amostra analisada.

    G-2.4 Restos a Pagar

    Tanto os valores inscritos em Restos a Pagar do exerccio anterior, como aqueles

    relativos ao prprio exerccio devero ser analisados e ter sua situao at a data de

    encerramento dos trabalhos auditoriais.

    G-3 Disponibilidades

    importante que se faa uma avaliao das diversas contas bancrias

    movimentadas no exerccio, juntando-se documentos elucidatrios do que foiidentificado, com as observaes cabveis.

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    H EXECUO PATRIMONIAL

    Aqui devero ser agrupados os documentos e feitas as anotaes a respeito da

    composio das mutaes no acervo de bens permanentes de consumo, bem como

    aqueles que se encontrem em Almoxarifado.

    32

    H-1 Bens em Almoxarifado

    Neste papel devero ser juntados os documentos relativos ao material que esteja

    no Almoxarifado da entidade auditada, seja de consumo ou permanente.

    H-2 Material de Consumo

    Aqui sero documentadas as anlises do material de consumo adquirido e

    disponibilizado para uso da entidade.

    H-3 Material Permanente

    Aqui sero documentadas as anlises do material permanente que esteja sendo

    utilizado pela entidade.

    I LICITAES, CONTRATOS E CONVNIOS

    Os desembolsos de uma entidade, particularmente as componentes da estrutura

    do estado, tm como suporte bsico a realizao de licitaes. Assim, fundamental

    que

    sejam agrupados papis de trabalho que possibilitem o conhecimento pleno de tudo o

    que acontece nas compras que so efetuadas. Devero ser demonstradas e

    comentadas

    as diversas espcies de licitaes e seus respectivos contratos quando couber. Deve-

    se

    demonstrar tambm os processos em que a licitao foi dispensada e a

    documentao no

    caso da existncia de convnios.

    Neste segmento, tambm relevante que se identifique a amostra analisada,

    principalmente pelo grande volume de processos que podem ter existido e aimpossibilidade de no se poder cobrir sua totalidade. Deve-se, inclusive, na

    demonstrao da amostra ser informado o valor total dos desembolsos e o valor dos

    desembolsos da amostra.

    I-1 Licitaes

    Aqui devero ser juntados todos os documentos que caracterizem as licitaes

    realizadas, com comentrios sobre a existncia de controles e sua eficcia. Os papis

    de

    trabalho devem ser separados por cada modalidade de licitao, para uma melhorvisualizao da amostra analisada.

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    I-1.1 Concorrncias

    I-1.2 Tomada de Preos

    33

    I-1.3 Convites

    I-1.4 Dispensas de Licitao

    I-1.5 Inexigibilidades de Licitao

    I-2 Contratos

    Os contratos firmados no exerccio e os oriundos de exerccios anteriores que

    tiverem desembolsos no perodo analisado, devem ser demonstrados neste segmento

    dos

    papis de trabalho, indicando-se a amostra analisada.

    I-2.1 Firmados no Perodo Analisado

    I.2.2 Firmados Anteriormente

    I-3 Convnios

    Os convnios firmados no exerccio e os oriundos de exerccios anteriores que

    tiverem desembolsos no perodo analisado, devem ser demonstrados neste segmento

    dos

    papis de trabalho.

    I-3.1 Firmados no Perodo Analisado

    I-3.2 Firmados Anteriormente

    J INQURITOS E SINDICNCIAS

    Todos os inquritos realizados no mbito da Unidade devem ter sua situao

    noticiada, com comentrios sobre sua finalizao e consequncias.

    J-1 Instaurados Concludos

    J-2 Instaurados e No Concludos

    T ACOMPANHAMENTO DE AUDITORIAS ANTERIORES

    Neste segmento devero estar os relatrios de auditorias anteriores que foram

    acompanhadas no curso dos trabalhos, registrando-se os pontos que tiveramsituaes

    sanadas com as respectivas medidas adotadas e outros que continuaram a ocorrer.

    34

    T-1 Situaes Sanadas

    Tendo sido verificado que situaes apontadas em auditorias anteriores foram

    corrigidas, o auditor deve fazer o registro de sua verificao, ponto por ponto, como

    forma de historiar a evoluo das ocorrncias at sua regularizao.

    T-2 Situaes com Novas OcorrnciasNas situaes que houve novas ocorrncias, estas devem ser demonstradas,

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    destacando-se os nveis do seu grau de reincidncia.

    NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    Quando ocorrem auditorias na Administrao Pblica, necessrio que se tenha

    todos os documentos organizados para que o processo seja facilitado.

    A organizao dos documentos pode ser chamada de Codificao dos Papis de

    Trabalho.

    A Codificao dos Papis de Trabalho dividida em dois grupos: papel de

    trabalho mestre e papis de trabalho subsidirios.

    O ndice dos Papis de Trabalho deve conter elementos como: Introduo,

    Documentos Bsicos, Limitao do Escopo, Anlise do Processo, Estrutura

    Operacional, Oramento, Licitaes, entre outras.

    Observao: Auditorias so processos de controle que tem como objetivo verificar se o

    trabalho da Administrao Pblica auditada est sendo executado de maneira

    adequada.

    CAPTULO 12

    12 SINAIS CONVENCIONAIS

    Alm dos agrupamentos dos papis de trabalho, existem alguns sinais

    convencionais para a realizao de exames, conferncias e indicao das fontes de

    obteno de informaes e documentos, o que tambm facilita os processos de

    auditoria, como voc pode ver a seguir:

    35

    Tiques Explicativos so sinais geralmente colocados em vermelho que indicam a

    fonte de obteno de um valor ou conferncias com a documentao que comprova.

    Letras Explicativas utilizao de letras minsculas do alfabeto e circunferncias em

    vermelho para explicar uma informao recebida.

    Notas Explicativas so usadas para chamada de ordem geral como a definio de

    um

    escopo de trabalho ou a concluso de um exame.NESTE CAPTULO VOC APRENDEU QUE:

    Alm dos papis de trabalho, existem outros elementos que tambm ajudam em

    processos de auditoria atravs de uma melhor organizao e compreenso dos

    documentos que sero analisados.

    Tambm auxiliam no processo de auditoria: Tiques Explicativos, Letras

    Explicativas e Notas Explicativas.

    CAPTULO 13

    13 REFERNCIAS CRUZADASReferncias Cruzadas so artifcios utilizados pelo auditor para proporcionar

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    uma amarrao entre os papis de trabalho dentro de uma mesma rea, bem como os

    papis de trabalho que tenham ligaes com outras reas. Nada mais so do que a

    demonstrao de onde os trabalhos foram realizados ou de onde os valores foram

    examinados com a utilizao de letras codificadoras dos papis de trabalho. Tais

    codificaes devem ser inscritas ao lado da informao que se deseja amarrar.

    Este artifcio o meio mais simples de se localizar a evidncia de realizao dos

    trabalhos, bem como de qualquer problema que tenha o auditor encontrado no

    transcorrer da sua atividade.

    36