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CURSO CERS 2ª FASE X EXAME DE ORDEM DIREITO ADMINISTRATIVO PROF. MATHEUS CARVALHO - AULA 17  (DIREITO ADMINISTRATIVO)   Gratificações : podem incorporar a remune ração diante de previsão específica. o Gratificação natalina: é o 13º salário. É paga na proporção 1/12 na remuneração de dezembro por mês de serviço público prestado no ano. De acordo com a lei a gratificação d eve ser paga int egralmente até o dia 20/12 de cada ano, o que não impede o parcelamento dela anteriormente. Entende-se que, a partir de 15 dias trabalhados no mês, considera-se um mês inteiro para fins de gratificação natalina. No caso de exoneração ou demissão, considera-se para cálculo a remuneração do mês da exoneração/demissão. (ex.: servidor ingressa no serviço público no dia 15/10, trabalha final de outubro, novembro e dezembro. De quanto será sua gratificação natalina? Sua gratificação será de 3/12. Ex.2: o servidor trabalha durante todo o ano, mas a partir de setembro começa a ganhar R$5.000,00 e a partir de outubro começa a ganhar R$10.000,00. Em julho, na primeira parcela da sua gratificação natalina ele ganhou R$2.500,00. Como será feito o cálculo da gratificação natalina? Será feita pela remuneração do mês de dezembro, pois é a regra. No caso, o servidor ganharia gratificação d e R$7.500 ,00) o Gratificação/Retribuição de função: é paga pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento . Atenção!!!! Todo cargo é criado mediante lei e todo cargo tem função. A função é inerente ao cargo, não existe cargo sem função. Pela função a lei sempre prevê uma contraprestação , prevista em lei, pelo exercício das funções do cargo. Existem algumas funções que não podem ser preenchidas por qualquer pessoa, e sim por aquelas em que exista uma co nfiança direta e pessoal entre a pessoa e o agente público, são basicamente as funções de:  Direção  Chefia  Assessoramento Para preencher essas funções foram criadas duas formas:  Funções de confiança: é uma função sem cargo. É uma função solta dentro da estrutura administrativa, sem nenhum cargo inerente a ela. Só poderá ser exercida por alguém que já tenha um cargo efetivo.  Cargos em comissão: é um cargo que possui função de confiança. A diferença é que não é uma função de direção, chefia e assessoramento solta dentro da estrutura e sim inerente a um cargo. Por isso, poderá ser exercida por quem não tenha nenhum. Pode ser entregue a quem já possua cargo efetivo (afasta do cargo efetivo para exercer o cargo em comissão e recebe uma retribuição por isso) ou a pessoas alheias. A CF estabelece que a lei de cada órgão deverá definir um percentual mínimo de cargos em comissão que serão entregues à servidores efetivos, ou seja, servidores de carreira. Sendo uma pessoa alheia exonerada do cargo

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CURSO CERS 2ª FASE X EXAME DE ORDEM  – DIREITO ADMINISTRATIVO PROF. MATHEUS CARVALHO - AULA 17 

(DIREITO ADMINISTRATIVO) 

  Gratificações: podem incorporar a remuneração diante de previsão específica.

o  Gratificação natalina: é o 13º salário. É paga na proporção 1/12 na remuneração de dezembro por mês de

serviço público prestado no ano. De acordo com a lei a gratificação deve ser paga integralmente até o dia

20/12 de cada ano, o que não impede o parcelamento dela anteriormente. Entende-se que, a partir de 15 dias

trabalhados no mês, considera-se um mês inteiro para fins de gratificação natalina. No caso de exoneração

ou demissão, considera-se para cálculo a remuneração do mês da exoneração/demissão. (ex.: servidor

ingressa no serviço público no dia 15/10, trabalha final de outubro, novembro e dezembro. De quanto será sua

gratificação natalina? Sua gratificação será de 3/12. Ex.2: o servidor trabalha durante todo o ano, mas a partir

de setembro começa a ganhar R$5.000,00 e a partir de outubro começa a ganhar R$10.000,00. Em julho, na

primeira parcela da sua gratificação natalina ele ganhou R$2.500,00. Como será feito o cálculo da gratificação

natalina? Será feita pela remuneração do mês de dezembro, pois é a regra. No caso, o servidor ganharia

gratificação de R$7.500,00)

o  Gratificação/Retribuição de função: é paga pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento.

Atenção!!!! Todo cargo é criado mediante lei e todo cargo tem função. A função é inerente ao cargo, não existe

cargo sem função. Pela função a lei sempre prevê uma contraprestação, prevista em lei, pelo exercício das

funções do cargo. Existem algumas funções que não podem ser preenchidas por qualquer pessoa, e sim por

aquelas em que exista uma confiança direta e pessoal entre a pessoa e o agente público , são basicamente as

funções de:

 Direção

 Chefia

 Assessoramento

Para preencher essas funções foram criadas duas formas:

 Funções de confiança: é uma função sem cargo. É uma função solta dentro da estrutura administrativa, sem

nenhum cargo inerente a ela. Só poderá ser exercida por alguém que já tenha um cargo efetivo.

 Cargos em comissão: é um cargo que possui função de confiança. A diferença é que não é uma função de

direção, chefia e assessoramento solta dentro da estrutura e sim inerente a um cargo. Por isso, poderá ser

exercida por quem não tenha nenhum. Pode ser entregue a quem já possua cargo efetivo (afasta do cargoefetivo para exercer o cargo em comissão e recebe uma retribuição por isso) ou a pessoas alheias. A CF

estabelece que a lei de cada órgão deverá definir um percentual mínimo de cargos em comissão que serão

entregues à servidores efetivos, ou seja, servidores de carreira. Sendo uma pessoa alheia exonerada do cargo

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em comissão ela “irá para a rua”, mas sendo um servidor efetivo exercendo um cargo em comissão ele voltará

para seu cargo anterior. Quem já tem um cargo em comissão poderá exercer outro cargo em comissão desde

que seja interinamente, ou seja, provisoriamente. É a garantia do princípio da continuidade. Nessas situações

a lei estabelece que, durante o período da interinidade, ele acumula funções, mas deve optar por apenas uma

das duas remunerações. (ex.: X é comissionado e seu chefe, que também é comissionado, sai de férias. X irá

exercer as funções do seu chefe até que ele volte).

O servidor que receberá as funções de confiança já possui funções inerentes ao seu cargo e é remunerado pelo

exercício das funções inerente ao seu cargo. Entregando ao servidor novas funções, diferentes daquelas pela

qual ele já é originariamente remunerado, irá receber uma gratificação, são a chamada gratificação de função.

A gratificação de função pode ser incorporada na remuneração, desde que a lei da carreira assim preveja , pois

a lei 8112/90 não prevê e nem proíbe. Incorporar significa que a gratificação de função se transforma em uma

vantagem permanente e assim não pode sair mais da remuneração.

o  Gratificação por encargo de curso ou concurso: inserida em 2006, é uma gratificação paga a um servidor que

irá uma função alheia à sua em atividades de curso ou concurso, nas hipóteses de interesse da AP: 

  Instrutor de treinamento: pode chegar até 2,2% da remuneração por hora. 

 Banca examinadora: pode chegar até 2,2% da remuneração por hora. 

 Coordenação de um concurso: pode chegar até 1,2% da remuneração por hora. 

 Aplicação de um concurso: pode chegar até 1,2% da remuneração por hora. 

Segundo a lei, as hipóteses apresentadas só poderão ser exercidas por no máximo 120h por ano, prorrogáveis

por mais 120h, vedando qualquer espécie de incorporação. Se uma das funções do cargo forem alguma das

hipóteses acima não se paga gratificação.

  Adicionais:

o  Insalubridade: por atividade prejudicial à saúde. Deverá ser regulamentado por lei de cada entidade. Não

pode cumular com periculosidade. Só recebe o adicional enquanto exercer a atividade. Servidora

gestante/lactante não pode exercer este tipo de atividade .

o  Periculosidade: por atividade que gera perigo de vida. Deverá ser regulamentado por lei de cada entidade.

Não pode cumular com insalubridade. Só recebe o adicional enquanto exercer a atividade. Servidora gestante/lactante não pode exercer este tipo de atividade.

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o  Penosidade: por atividade que gere esforço demasiado. Deverá ser regulamentado por lei de cada entidade.

Só recebe o adicional enquanto exercer a atividade. Servidora gestante/lactante não pode exercer este tipo de

atividade.

o  Horas extras: horas trabalhadas além da hora normal são pagas no percentual de 50% de adicional, podendo

ocorrer por no máximo 2h a mais e sempre em caráter excepcional. Sendo possível a compensação dos

horários deverá prevalecer. O excesso de hora extra significa falta de servidor.

Atenção!!! A lei 8112/90 estabelece a jornada normal dos servidores da União, as demais carreiras deverão

definir em lei de carreira a jornada normal. No entanto, o mínimo estabelecido é de 6h e no máximo de 8

horas diárias e no máximo 40h semanais.

o  Noturno: é considerada hora noturna aquela que durar das 22h às 5h, com percentual de 25% em relação à

hora normal. A hora noturna possui um cômputo diferenciado, ou seja, é menor que a hora normal, pois

possui 52 min e 30 seg. (ex.: X trabalho das 22 às 5h. O cálculo é feito 7horas x 60min/ 52,5= 8 horas). Embora

a hora noturna seja das 22h às 5h, a hora que se estender à jornada noturna também terá cômputo diferente.

Atenção!!! Se tratando de hora noturna e extra deverão incidir os dois adicionais em juros compostos, ou seja,um

incidindo sobre o outro.

o  Adicional de férias: corresponde à 1/3 da remuneração do mês das férias e deverão ser pagas pelo menos até

dois dias antes das férias. A lei autoriza o parcelamento das férias até 3 vezes durante o ano, e mesmo assim o

adicional deve ser pago integralmente até a primeira parcela das férias.

o  Outros adicionais previstos em lei: cada carreira poderá estabelecer outros adicionais além dos previstos da

lei 8112/90 

  Ausências: situações nas quais o servidor pode se ausentar do serviço público sem consideração de falta

injustificada.

 Férias: ausência autorizada por lei. O servidor público federal tem direito à 30 dias de férias por ano. Para gozar

do primeiro período de férias o servidor deve ter 12 meses de exercício, ou seja, todas as vezes que vira o ano

civil o servidor tem direito a férias a exceção ocorre somente no primeiro período que se exige 12 meses de

exercício. (ex.: X ingressou em setembro de 2011 terá férias em setembro de 2012 e depois só terá férias a

partir de 1º de janeiro de 2013.). De acordo com a lei, no interesse da AP, é possível acumular até 2 períodos

de férias por meio de uma portaria. As férias podem ser parceladas em até 3 vezes a pedido do servidor e a

critério da AP. A lei também prevê que pode haver a interrupção de férias, pois sempre haverá a supremacia

do interesse público sobre o privado. Serão motivos de interrupção de férias: calamidade pública, comoção

interna, convocação para júri, convocação para serviço militar/eleitoral, necessidade do serviço autorizado

pela autoridade máxima do órgão. Interrompidas as férias uma vez o restante do período deverá ser gozado

de uma vez só, ou seja, não pode incidir várias interrupções sobre o mesmo período. 

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Atenção!!! Para os servidores que atuam como operadores de raio x , de acordo com a lei, há o direito de 20 dias

de férias a cada 6 meses, não acumuláveis.

Membros da magistratura e MP possuem regramento de férias definido em suas respectivas leis de carreira.

  Licenças paga aos servidores pela AP:

Atenção!!! Licenças não remuneradas não são contadas como tempo de serviço, em regra.

SE DO TÉRMINO DE UMA LICENÇA PARA O INÍCIO DE OUTRA DA MESMA NATUREZA NÃO TRANSCORRER 60

DIAS, A SEGUNDA LICENÇA É CONSIDERADA A PRORROGAÇÃO DA PRIMEIRA.

o  Licença por doença em pessoa da família:  possível durante o período de estágio probatório, mas não será

computado no tempo do estágio. Decorre de uma demonstração de laudo médico oficial verificando a doença

em ascendente, descendente, irmãos e cônjuge. Para que seja concedida deve ser comprovado três requisitos

cumulativos: laudo médico oficial, no laudo deve haver explicação de que a pessoa doente depende da

assistência direta do servidor e a demonstração de que o servidor não tem como conciliar a assistência à

pessoa doente e o serviço público. A licença pode se estender até 60 dias com remuneração, possível a

prorrogação, além dos 60 dias com máximo de 90 dias, se preenchidos novamente os três requisitos tratados

anteriormente, mas além dos primeiros 60 dias não haverá remuneração. Concedida a licença entende-se que

só pode se conceder nova licença por motivo de doença em pessoa da família, ainda que outra pessoa, após

12 meses. 

o  Licença por motivo de afastamento do cônjuge : possível durante o período de estágio probatório, mas não

será computado no tempo do estágio. A lei estabelece que nos casos do cônjuge, que pode ser até mesmo

um empregado privado, do servidor ser deslocado a trabalho para qualquer ponto do território nacional ou

do exterior o servidor poderá requerer licença para acompanhá-lo. A lei diz que a AP pode conceder a

licença, mas hoje o STJ entende que quando a lei 8112/90 diz “pode” nesse caso ela trata de um poder-dever.

A licença não tem prazo, mas também não tem remuneração. No caso do cônjuge ser servidor público e o

servidor que solicita a licença não ter a possibilidade da sua remoção juntamente com seu cônjuge, ele

poderá requerer a licença e ficar em exercício provisório em outro órgão na nova localidade onde seu

cônjuge está, desde que a carreira seja compatível com a sua. Nesta possibilidade não se perde a

remuneração.

o  Licença para o serviço militar: possível durante o período de estágio probatório, mas será computado no

tempo do estágio. Licença para aquele servidor que seja chamado para prestar serviço militar. Essa licença é

regulada por lei específica. A remuneração, duração, etc. são estabelecidos pela lei que trata o serviço militar.

Terminado o serviço militar, e consequentemente terminado a licença , o servidor tem até 30 dias, sem

remuneração, para voltar ao serviço público.

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o  Licença para o exercício da atividade política: possível durante o período de estágio probatório, mas não será

computado no tempo do estágio. É a licença concedida ao servidor que pretende se candidatar, com exceção

dos servidores que exerçam cargo em comissão ou função de fiscalizar, estes deverão sair do cargo para

buscar a atividade política. É dividida em dois momentos diferentes:

 Escolha do candidato em convenção coletiva até a véspera do registro do candidato: entre esse período a

licença é feita sem remuneração 

 Do registro da candidatura na JE até 10 dias após as eleições: entre esse período a licença é com

remuneração. Essa parte remunerada não pode ultrapassar 3 meses.

o  Licença à capacitação: a cada 5 anos de efetivo exercício no âmbito federal o servidor tem direito de até 3

meses de licença para fazer um curso de capacitação profissional. Esta licença é remunerada integralmente e

o curso de capacitação profissional deverá ser de interesse da AP . Hoje a jurisprudência autoriza a licença à

capacitação para elaboração/apresentação de teses de mestrado e doutorado. Os períodos de licença à

capacitação são improrrogáveis e inacumuláveis.

o  Licença para interesse particular: licença para trato de assunto particular. É imotivada e será concedida de

forma discricionária e precária pela AP. Concedida a licença esta não será remunerada e o prazo é de até 3

anos. Não é possível a prorrogação desta licença.

o  Licença para o exercício de mandato classista: concedida ao servidor que irá receber uma função de direção

ou representação em entidade de classe. Será concedida sem remuneração e irá durar o prazo de duração

do mandato. A lei diz que há possibilidade de prorrogação em caso de reeleição . Esta licença conta como

tempo de serviço para todos os efeitos, com exceção da promoção por merecimento.

  Afastamento: hoje se entende que o afastamento não é somente para interesse público, com exceção do

serviço militar. 

o  Afastamento para servir à outro órgão: quando o servidor é afastado do seu cargo para servir a um outro

órgão nas hipóteses de exercer cargo em comissão e nas hipóteses definidas em lei específica. Na hipótese

de exercício de cargo em comissão, a chamada cessão, pode ocorrer em outro órgão ou no próprio órgão

originário do servidor. Quanto a concessão de afastamento no período de estágio probatório, a lei de âmbito

federal diz, que só pode ser computado o período do estágio quando o servidor tiver cargo de DAS de 4 para

cima em outro órgão(olhar sobre DAS anteriormente). O ônus da cessão será pago pelo órgão cedente ou o

órgão cessionário. Salvo disposição expressa em contrário no ato de cessão, a regra da lei 8112/90, é de que

se o servidor estiver sendo cedido à outro órgão da União o ônus será do cedente, no caso de cessão a outro

órgão do DF, Estados e Municípios o ônus será do cessionário.

o  Afastamento, art. 94 da 8112/90 e art. 38 da CF: é o afastamento para servidor eleito. É possível durante o

período de estágio probatório, mas será computado no tempo do estágio. 

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CARGO ELETIVO PROVIDÊNCIA

Cargo eletivo da União, Estado, DF Afastamento do cargo efetivo

Prefeito Afasta optando pela remuneração de prefeito ou do

cargo efetivo.

Vereador   Compatibilidade de horário: acumula funções e

remunerações;

  Não havendo compatibilidade: afasta do cargo e

opta pela remuneração do vereador ou do cargo

efetivo.

O tempo de afastamento conta como tempo de serviço para qualquer efeito, menos para promoção por

merecimento. A contribuição ao regime de previdência é feita, por exigência da CF, necessariamente como se

o servidor estivesse em atividade.

o  Afastamento para estudo ou missão no exterior: para o servidor que vai estudar ou exercer uma missão de

interesse público fora do país. É possível durante o período de estágio probatório, mas será computado no

tempo do estágio. A lei diz que a forma de remuneração será definida pelo regulamento do afastamento e

dura no máximo 4 anos. Depois que o servidor volta, pelo interesse da AP no afastamento, pelo mesmo

período que ele ficou afastado (no máximo 4 anos) não poderá fazer requerimento de licença para interesse

particular e exoneração, salvo se o servidor ressarcir o erário por todos os gastos do afastamento. A lei diz

que o servidor que irá prestar serviço em um organismo internacional que o Brasil participou/participa ou

cooperou/coopera terá afastamento sem remuneração e suspende a contagem do estágio probatório.

o  Afastamento para pós-graduação sticto sensu no Brasil: a pós-graduação strictu sensu é mestrado, doutorado

ou pós-doutorado. É remunerado. A lei estabelece que só será concedido este afastamento se não for possível

um horário especial de servidor estudante. Neste afastamento há requisitos:

 Exercício efetivo do cargo: pela lei entende-se que não pode ser concedido no período de estágio probatório.

Será concedido em pelo menos 3 anos no cargo nos casos de mestrado e 4 anos no cargo nos casos de

doutorado e pós-doutorado.

 Demonstração de que nos últimos 2 anos não foram concedidas licença particular, licença capacitação e

afastamento para mestrado e doutorado, no casos de mestrado e doutorado. Nos casos de pós-doutorado o

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requisito será a demonstração de que nos últimos 4 anos não foi concedida ao servidor licença particular ou

afastamento para outra pós.

Quando o servidor retorna para o cargo depois do afastamento, deverá se manter na mesma função por igual

período do afastamento, salvo ressarcimento do erário pelos gastos com o afastamento.

  Concessões: situações nas quais o servidor pode se afastar do serviço público, considerando como se ele

estivesse em atividade. São divididas em:

o  Concessões comuns:

 1 dia para doação de sangue;

 2 dias para alistamento eleitoral ou para mudança de domicílio eleitoral;

 8 dias corridos em caso de casamento (licença gala) ou luto (licença nojo);

o  Concessões especiais: são para determinadas pessoas

 Servidor Estudante: tem direito à horário especial com compensação de horário, não irá trabalhar menos só

irá adequar o horário de prestação dos serviços .

 Servidor deficiente: desde que a junta médica demonstre necessidade o servidor poderá ter horário especial,

sem necessidade de compensação de horário.

 Tendo cônjuge ou parente com deficiência: desde que comprovada a deficiência pela junta médica poderá

haver horário especial com compensação de horário.