cers editora revista edital 18 edicao light

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  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    1/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 1

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    EDITORIAL

    Novo formato e mais contedoA Revista Edital est sempre inovando para continuar trazendocontedos relevantes sobre o mundo jurdico, concursos pblicose Exame de Ordem. Nesta 15 edio, voc vai conferir uma sriede novidades, com novas sees e reformulao grfica. Tudopara deixar voc ainda mais preparado para os seus desafios.

    Na matria de Capa, a polmica lei que institui cotas emconcursos pblicos federais. O que muda com a deciso?Qual a opinio dos especialistas contra e a favor da medida?Voc confere uma anlise completa sobre o tema. Na seocolunas, o destaque o artigo assinado por Luciano Rossato

    sobre as alteraes no Estatuto da Criana e do Adolescente.E ainda, a crnica de Geovane Moraes sobre a sensibilidade deuns perante o desprezo de outros pelos livros.

    Reprovao, cansao fsico e mental, presso familiar. Comoa Preparao para um certame envolve variveis alm dosestudos, trouxemos dicas para dar uma injeo de nimo paraningum colocar defeito!

    Neste ms, a nossa Entrevista com o especialista emconcursos Maurcio Gieseler. Ele responde as principaisdvidas sobre a Lei Geral dos Concursos e como a aprovaodo projeto vai ajudar milhares de concurseiros a garantiremos seus direitos. Gieseler, tambm conhecido como o guruda OAB, ainda assina o texto com dicas de como o candidatoao Exame de Ordemdeve proceder caso fique na repescagem.

    Na seo Explorando a matria,comentrios, dicas e resoluode questes sobre diversas disciplinas. A escolhida desse msfoi informtica. Em Planto, um raio-x completo do concursodo Tribunal de Justia do Par e, nas Questes Comentadas, ofoco o certame para tcnico do INSS.

    Escolhido como personagem da seo Perfil, RicardoAlexandre conta sua histria de superao at conquistaro sucesso na carreira. Confira ainda as nossas Sugestes deleitura, eventos, vdeos e tudo o que Acontece no CERS, como lanamento do CERScast e do Blog do CERS.

    Agora com vocs! Estamos aguardando seus comentrios esugestes. Mande seu recado para [email protected]

    Boa Leitura!

    Equipe da Revista Edital

    Nesta 15 edio,voc vai conferiruma srie denovidades, comnovas sees ereformulaogrfica. Tudo

    para deixarvoc ainda maispreparado paraos seus desafios

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    3/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 3

    S

    UM

    ARIO

    DIREO GERALRenato Saraiva

    REDAOEdio, redao:AnaLaranjeira, Manoela

    Moreira e Rodrigo Rigaud

    Colaboraram nesta edio:Ana Cristina Mendona,

    Aryanna Manfredini, CarlosMarques, Cristiane Dupret,Edem Npoli, Emannuelle

    Gouveia, Fbio Roque,Frederico Amado, Geovane

    Moraes, Gladson Bentes,Jaques Augusto, Leo CrisGiani, Llian Felix, LucianoRossato, Maria Augusta,

    Maurcio Gieseler, Orman

    Ribeiro, Patrcia Sivelli,Ricardo Alexandre,Roberto Figueiredo,

    William Douglas.Reviso:Ana Laranjeirae Amanda Fantini Bove

    EDITORA, PRODUOE DIAGRAMAODireo Geral:

    Guilherme Saraiva

    Direo de artee animao:

    Samira Cardoso

    Design grfico ediagramao:

    Tassa Bach, JulianaCarvalho e Euller Camargo

    AUDIOVISUALDireo audiovisual:

    Jefferson Cruz

    Gerente audiovisual:Pedro Zanr

    PUBLICIDADECoordenador de

    Marketing:Ivo Colen

    Criao Publicitria:Diego Pinheiro, RaphaellAretakis e Rodrigo Souza

    COLUNAS>Geovane Moraes faz uma reflexo sobre ovalor dos livros na educao ..........................................10Luciano Rossato aborda as alteraes no ECA .........8

    ENTREVISTA>Maurcio Gieseler responde as principaisdvidas sobre a Lei Geral dos Concursos ..................18

    PREPARAO >No aguento mais!Dicas para manter o foco nos estudos ....................14

    CAPA >Uma anlise sobre o que muda paraos concurseiros com a aprovao das cotas ..........24

    EXAME DE ORDEM>Repescagem: saiba comoaproveitar ao mximo essa segunda chance .............22PERFIL >Conhea a trajetria do professor de Direito

    Tributrio Ricardo Alexandre ...................................35

    EXPLORANDO A MATRIA >Comentrios e dicas paragabaritar a prova de informtica ..................................32

    PLANTO>Tudo sobre o concurso do Tribunal de Justiado Par ..............................................................................38QUESTES COMENTADAS>Teste seu conhecimento

    neste simulado para tcnico do INSS ..............................42

    E MAIS:

    VOC ......................................................................................3

    NOTAS CURTAS ................................................................. 4

    SUGESTES ........................................................................31

    ACONTECE NO CERS ......................................................41

    BOLETIM DE CONCURSOS .............................................5

    REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 3

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    4/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 4

    VOC

    OPINIO

    >Prezados, sou Bacharel e ps-graduado em Di-reito. Venho atravs desta, expressar a minha opi-nio atualizada sobre o Exame de Ordem. Primei-ramente, lamento muito que a prova seja dirigidae fiscalizada pela OAB, que ao meu ver, no passade uma mera entidade de classe, como outra qual-quer. Logo e portanto, deveria se portar como tal.Sendo assim, destaco o absoluto descaso do MECperante a importncia deste exame, pois seria estergo, sim, o possuidor legal de direo, aplicao

    e fiscalizao do exame, sendo a OAB mera enti-dade consultiva de apoio.

    Se o curso de Direito hoje se encontra lamentavel-mente banalizado, por culpa nica e exclusiva doMEC e da OAB. O MEC por permitir, a OAB porser cmplice e conivente com a situao de aberturaindevida de inmeros cursos de Direito pelo pas, semum conjunto de critrios rigorosos, tanto para a aber-tura dos cursos como para a seleo de candidatos paraserem futuros bacharis e profissionais em Direito.

    Mediante o quadro atual em que nos encontramos,sou plenamente a favor de uma mudana do Examede Ordem, principalmente, no que diz respeito aotamanho textual dos enunciados e das assertivas dasquestes da prova. Totalmente desnecessrios e semfundamento, pois s faz o candidato perder tempo ese cansar mentalmente nas respostas de cada questo.

    Como Bacharel, acredito que estas e outras mudanasdevem ocorrer e todos da rea jurdica lutarem para

    que isso de fato acontea.NILSON FILHO

    OL, NILSON! GOSTARAMOS DE AGRADECER A SUAPARTICIPAO. SUA OPINIO SEMPRE MUITO IMPORTANTE PARA NS. CONTINUE ACOMPANHANDO NOSSA REVISTA E PARTICIPANDO SEMPRE QUEDESEJAR. ABRAOS. EQUIPE DA REVISTA EDITAL

    >A Renata Varella, da cidade deSo Paulo, curtiu a 14 edio daRevista Edital na nossa pgina do

    Facebook. Ela achou interessanteo artigo sobre Constituio

    Federal Brasileira de 1988 e osdireitos dos povos indgenas,

    escrito pelo professor RobrioNunes. Obrigada por nos seguirno Facebook e por curtir nossa

    publicao, Renata! Esperamosque voc continue acompanhando

    nossa revista. Abraos.RENATA VARELLA

    SO PAULO/SP

    NOSSAS REDES

    TOQUEPARAASSISTIRAOVDEO

    EL

    OGIO

    ESCREVA PARA NS >[email protected]

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    5/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 5

    NOTAS CURTAS

    PEC da MagistraturaLogo aps a aprovao da PEC da Magistratura(PEC 63/2013) pela Comisso de Constituio eJustia (CCJ) do Senado, diferentes entidadesrepresentativas de carreiras de Estadoencaminharam ofcio a senadores cobrandotratamento isonmico s respectivas propostasque tambm reivindicam adicional remuneratrio

    por tempo de servio. Desta forma, foi aceso osinal amarelo no Palcio do Planalto, sobretudopelo impacto que isso causaria nas contas dosestados. A PEC 63/2013 prope a criao deum adicional por tempo de servio de 5%, a seraplicado a cada cinco anos, sobre os vencimentosdos magistrados e tambm no quadro dosMinistrios Pblicos federal e estaduais.Para muitos, o tema considerado inconstitucionale deve causar reajustes em cascata.

    Concursados ocupam apenas20% do quadro da Petrobras

    ELEIES2014O Tribunal SuperiorEleitoral decidiu quea Lei 12.976/2014,que mudou a ordemde votao na urnaeletrnica, no podeser aplicada naseleies de outubro

    deste ano. Os ministrosentenderam queas alteraes nossistemas de votaono seriam feitasa tempo da eleio.De acordo compareceres tcnicos,seria preciso alteraros programas deinformtica que gerama lista de candidatose as campanhasinstitucionaisde esclarecimentodo eleitor.

    PEC 63/2013

    prope a criaode um adicionalpor tempo deservio de 5%, aser aplicado a cadacinco anos, sobreos vencimentosdos magistrados

    Um levantamento feito pelo jornal O Globo mostra que onmero de terceirizados contratados pela Petrobras cresceumais de 630% nos ltimos 12 anos. No mesmo perodo, onmero de concursados aumentou de 40 mil para 86 mil, que,hoje, representa apenas 20% do quadro de trabalhadores daempresa. Enquanto a terceirizao cresce, a Petrobras deixade convocar boa parte dos aprovados em selees nos ltimosanos, levando muitos Justia para prorrogar a validade deconcursos e garantir a contratao. O MPT estima que mais dametade dos selecionados ainda no tenha sido chamada.

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    7/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 7

    BOLETIM DE CONCURSOS

    Outros concursos previstos aguardando edital:Advocacia-Geral da Unio

    (AGU)Agncia Brasileira de Inteligncia(Abin)

    Agncia de Defesa Agropecuriado Paran (Adapar)

    Agncia Espacial Brasileira (AEB)

    Agncia Estadual de Metrologiade Mato Grosso do Sul

    Agncia Estadual de Regulaodos Servios Pblicos de MatoGrosso do Sul

    Agncia Nacional deTelecomunicaes (Anatel)

    Agncia Nacional de TransportesAquavirios (Antaq)

    Assembleia Legislativa dePernambuco

    Autoridade Municipal de Limpeza

    Urbana (Amlurb), em So PauloCmara Municipal do Recife

    Companhia Nacional deAbastecimento (Conab)

    Corpo de Bombeiros Militar doPiau

    Correios

    Defensoria Pblica do Amap

    Defensoria Pblica do Rio deJaneiroDefensoria Pblica da Unio(DPU)

    Empresa Brasileira de ServiosHospitalares

    Exrcito

    Governo do Distrito Federal

    Governo de Mato Grosso do Sul

    Governo de Minas Gerais

    Governo do Rio Grande do Sul

    Governo de So Paulo

    Hospital das Clnicas daFaculdade de Medicina deBotucatu (SP)

    Hospital das Foras Armadas

    Imprensa Oficial do Rio deJaneiro

    Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos RecursosNaturais Renovveis (Ibama)

    Instituto Nacional da PropriedadeIndustrial (Inpi)

    Instituto Nacional de Metrologia,Qualidade e Tecnologia (Inmetro)

    Instituto Paranaense deAssistncia Tcnica (Emater)

    Instituto de Previdncia dosServidores do Estado do EspritoSanto

    Instituto de Proteo Ambientaldo Estado do Amazonas (Ipaam)

    Junta Comercial do Mato Grossodo Sul

    Ministrio da Agricultura,Pecuria e Abastecimento

    Ministrio da Educao

    Ministrio da Previdncia Social

    Ministrio da Sade

    Ministrio do Trabalho e Emprego

    Polcia Civil do Distrito Federal

    Polcia Civil do Rio de Janeiro

    Polcia Civil de So Paulo

    Polcia Civil de Tocantins

    Polcia Federal

    Polcia Militar do Acre

    Polcia Militar doDistrito Federal

    Polcia Militar da Paraba

    Polcia Militar do Rio de Janeiro

    Prefeitura de So Paulo

    Prefeitura de Teresina

    Secretaria da AdministraoPenitenciria de So PauloSecretaria de AdministraoPblica do Distrito Federal

    Secretaria da Cultura do DistritoFederal

    Secretaria de Educao deManaus

    Secretaria da Educao do Riode Janeiro

    Secretaria de Estado daEducao de So Paulo

    Secretaria da Fazenda doMaranho

    Secretaria de Infraestruturado Cear

    Secretaria Municipal deEducao de So Paulo

    Secretaria de Seguranado PiauTribunal de Justia do Cear

    Tribunal de Justia do Piau

    Tribunal de Justia do Rio deJaneiro

    Tribunal de Justia de Sergipe

    Tribunal Regional Eleitoral deRondnia

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    8/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 8

    ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    Lei 12.962O Estatuto da Criana e do Adolescente uma lei em constante

    evoluo. Muitas j foram as alteraes realizadas (a mais conside-rvel delas advinda da Lei 12.010/2009 a Lei Nacional da Adoo),e muitas outras viro (como a que probe os castigos fsicos), fatoresse que demonstra a preocupao da sociedade com os aspectosligados criana e ao adolescente e ao exerccio do dever jurdicoque possuem a famlia, a sociedade e o Estado para com elas.

    Por fim, a Lei 12.962/2014 alterou alguns dispositivos do

    Estatuto, o que pode ser sistematizado da seguinte forma:

    I OBJETIVOS DA MUDANA:O Direito da Criana e do Adolescente parte do princpio de

    que a famlia natural o local adequado para a permanncia dacriana e do adolescente, devendo a sua retirada ocorrer de for-ma excepcional, partindo-se de uma deciso judicial.

    Sendo assim, somente se o juiz autorizar que a criana po-

    der ser inserida em famlia substituta, ou, sendo imprescindvel,em medida protetiva de acolhimento institucional ou familiar.

    Para tanto, deve o Poder Pblico empreender esforos erecursos no sentido de auxiliar a famlia nessa tarefa que, paramuitos, apresenta-se to difcil, por conta de suas poucas con-dies materiais e mesmo afetivas.

    Sendo assim, o Estatuto ressalta que a ausncia de condiesmateriais no importar na perda ou suspenso do poder fami-liar, alterando-se, por fora da Lei 12.962/2014, que no existin-

    O Direito daCriana e doAdolescente

    parte doprincpio deque a famlianatural o localadequado paraa permannciada criana e do

    adolescente

    POR LUCIANO ROSSATO

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    9/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 9

    do outro motivo que por si s autorize a decretao da medida, acriana ou o adolescente ser mantido em sua famlia de origem,a qual dever obrigatoriamente ser includa em programas ofi-ciais de auxlio ( 1, acrescentado ao art. 23 do Estatuto).

    E mesmo que ocorra, de forma excepcional, a alterao do pa-norama natural e a insero da criana e do adolescente em medidasprotetivas de acolhimento institucional ou familiar, deve-se asse-gurar o contato com os genitores, que no perdem automaticamen-te o poder familiar, embora a guarda seja exercida por outrem.

    Imagine-se a seguinte situao: determinada criana estem um abrigo (espcie de acolhimento institucional) e os seuspais esto com a liberdade restrita por conta da prtica de umcrime de furto. Note-se que o delito no tem qualquer relao

    com maus tratos com a criana, mas decorre de fato externoque no compromete por completo o seu carter ou a possibili-dade de que volte a cuidar da criana quando em liberdade.

    Trabalhando com essa hiptese, o Estatuto agora determinano 4, do art. 19, que ser garantida a convivncia da crianae do adolescente com a me ou o pai privado de liberdade, pormeio de visitas peridicas promovidas pelo responsvel ou, nashipteses de acolhimento institucional, pela entidade respon-svel, independentemente de autorizao judicial.

    Note-se que o Estatuto agora determina que a prpria entidadede acolhimento conduza a criana s visitas, sem necessidade deprvia autorizao judicial, para que no haja a perda das relaesde afinidade entre genitores e o filho, possibilitando que, quandoem liberdade, os pais possam retomar o exerccio da guarda.

    Dessa maneira, constata-se que a finalidade das modifica-es justamente incrementar o esforo j iniciado com a Lei12.010/2009, qual seja, repetir que a famlia natural o local

    adequado para a permanncia da criana e do adolescente, asquais somente podero ser inseridas em famlia substituta emsituaes excepcionais.

    II PODER FAMILIARE CONDENAO CRIMINAL

    No qualquer condenao criminal que impor a perdado poder familiar, mas, exclusivamente, a decorrente da prti-

    a finalidade dasmodificaes justamenteincrementaro esforo jiniciado com aLei 12.010/2009

    ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

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    ca de crime doloso, sujeito pena de recluso, contra o prpriofilho ou filha.

    A propsito, o Cdigo Penal j dispe que efeito da con-denao a incapacidade para o exerccio do poder familiar, tu-tela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos pena de recluso,cometidos contra filho, tutelado ou curatelado (art. 92, II).

    Verifica-se que no h modificao considervel, pois oprprio Cdigo Penal j impunha os requisitos de que a prti-ca seja de crime doloso, sujeito recluso e praticado contra oprprio filho ou filha, de modo que a insero no Estatuto temcarter pedaggico e de reiterao, lembrando-se que a per-da do poder familiar uma deciso excepcional, carecendo depronunciamento judicial expresso (e no como uma decorrn-

    cia lgica da condenao criminal).

    III ALTERAES PROCESSUAISSob o aspecto processual, a Lei 12.962/2014 reitera que a

    citao do requerido, no procedimento de perda ou suspensodo poder familiar, dever ocorrer de forma pessoal, salvo se es-gotados todos os meios para a sua realizao.

    Estando o ru preso (no importa o motivo da priso), de-

    ver ser citado pessoalmente, por meio de oficial de justia.Nessa oportunidade, o meirinho dever perguntar-lhe se desejaque lhe seja nomeado defensor.

    Disso, ento, podem resultar duas situaes distintas.

    a) o ru afirma no desejar que lhe seja nomeado defensor:nessa hiptese, o prprio ru constituir um advogado paradefend-lo. Contudo, se no o fizer, dever o magistradonomear-lhe curador, consoante dispe o art. 9o, CPC.

    b) o ru afirma desejar que lhe seja nomeado defensor: omagistrado nomear o defensor, que ter a obrigatorieda-de de oferecer contestao, podendo ser por negativa geral(por se tratar de advogado dativo art. 302, pargrafo ni-co, CPC).

    Em suma, foram essas as alteraes.

    Abraos a todos e bons estudos!

    lembrando-seque a perda dopoder familiar uma decisoexcepcional,carecendo depronunciamentojudicial expresso

    ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

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    11/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 11

    CRNICA

    De como um prncipe sem trono foi lanado ao cho

    e resgatado pela sensibilidade de um desconhecidoE o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do cu uma

    grande estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a teraparte dos rios, e sobre as fontes das guas.

    E o nome da estrela era Absinto, e a tera parte das guastornou-se em absinto, e muitos homens morreram das guas,porque se tornaram amargas.

    (Apocalipse, Captulo 8, versculos 10 e 11)

    Estava hoje em um dos meus lugares favoritos uma livra-ria aqui na cidade do Recife. Mais especificamente na fila do cai-xa. Tinha acabado de escolher um livro para o final de semana eaguardava para efetuar o pagamento.

    Fila longa, demorada, incomum para o local e o momento.

    minha frente, uma senhora e sua filha. A me segurava umlivro com cara de poucos amigos. A filha, uma adolescente que su-ponho ter entre 14 e 15 anos, teclava avidamente no celular, semsequer levantar a cabea e olhar para as pessoas a sua volta.

    A me comeou a reclamar da demora, perguntou que palha-ada era aquela e fez questo de deixar bem claro a todos a sua voltao seu descontentamento. A moa do caixa, educadamente, sorriue pediu um pouco de pacincia. Tentou explicar que o sistema depagamento deu problema e ela estava reiniciando tudo. Por isso ademora no atendimento.

    A me comeoua reclamar dademora, perguntouque palhaadaera aquela e fezquesto de deixarbem claro a todosa sua volta o seudescontentamento.A moa do caixa,educadamente,sorriu e pediu umpouco de pacincia.

    POR GEOVANE MORAES

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    12/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 12

    A me no se deu por satisfeita e disse: Voc idiota minhafilha? Voc acha que eu vou ficar esperando para comprar essaporcaria?(sic) , bradou com o livro nas mos.

    Neste momento, a filha, que at ento ainda no tinha tira-do os olhos da tela do celular, falou para me: Me, deixa essetroo para l. Tipo assim, essa coisa de velho, esse negcio delivro (sic).

    Mas tambm no sei para que esse teu professor foi inventaressa coisa de ler esse livro. Quando vai ser a prova? (sic) per-guntou a me para a filha.

    A prova segunda, mas j falei com .......... e ele disse quetipo assim, ele meio que tipo me conta por cima a histria. Pareceque ele j viu um pedao do filme(sic).

    A me ento jogou o livro em uma prateleira de revistas queestava ao seu lado, pegou a filha pelo brao e disse: E por quevoc deixou eu perder esse tempo todo sem precisar?

    Deu meia volta e saiu, acompanhada da filha.

    Neste nterim, o livro escorregou da prateleira e caiu. As duasperceberam e nada fizeram. Simplesmente foram embora.

    Uma senhora que estava na minha frente na fila apanhou olivro. Pude ver o ttulo O Pequeno Prncipe de Antoine de Saint

    -Exupry, mas a senhora no reps na prateleira das revistas. Saiuda fila, levou o livro at o local em que ele ficava em exibio, odepositou cuidadosamente e retornou ao seu lugar.

    Senti-me amargo. Triste. Orgulhoso. Tudo ao mesmo tempo.

    Pensei como deveria estar se sentido a moa do caixa. Traba-lhando, sorriso no rosto, tentando atender bem e de repente sertratada com grosseria e chamada de idiota na frente de todos por-que uma mquina quebrou.

    Mquinas quebram.Pessoas quebram.

    Pessoas amargam pessoas.

    E isso me trouxe um amargo boca.

    Pensei tambm como ser o mundo onde cada vez mais jo-vens acreditam que a leitura um fardo. Ou coisa de velho.

    Onde 140 caracteres mais do que suficiente para externaruma ideia.

    CRNICA

    Pude ver o ttulo O PequenoPrncipe deAntoine deSaint-Exupry,mas a senhorano reps naprateleira dasrevistas.

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    13/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 13

    Onde um professor criticado por tentar proporcionar aos seusalunos adolescentes uma viagem ao planetinha B612, com seus trsvulces e uma flor orgulhosa de si mesma ou uma reflexo sobre osdilogos entre o menino-prncipe, sem trono e corte, e a raposa.

    Fiquei triste.

    Mas senti um orgulho danado da senhora que apanhou olivro. Seus olhos eram ternos e sua atitude foi serena. Ela noparecia reprovar a atitude da me. Talvez no lhe coubesse fa-zer tal juzo de valor.

    Apenas queria tratar respeitosamente o livro. Devolv-lo ao seudevido lugar. Criar a oportunidade para que outras pessoas pudes-sem manuse-lo, sentir seu cheiro, desfrutar de suas palavras. O

    cho no era lugar apropriado para aquele livro. Para nenhum livro.

    Posso apostar que ela j tinha lido Saint-Exupry.

    ... e sabia que o essencial invisvel aos olhos.

    A fila andou. Paguei o que tinha escolhido. A moa docaixa continuava com um sorriso no rosto. Tive vontade deagradecer a ela por no se deixar amargar com atitudes comoaquelas, mas me contive.

    Tambm tive uma enorme vontade de agradecer a senho-

    ra que apanhou o livro. Mas me contive mais uma vez. Senti-memeio covarde.

    Chego em casa e inicio a leitura do livro que comprei. A pri-meira coisa que consta na obra uma referncia passagem bblicado Apocalipse sobre a estrela Absinto e o amargor que ela trar asguas da terra e espritos dos homens.

    Pus-me a pensar que talvez esta estrela j esteja bem prximade ns e eu esteja ficando velho.

    Mas como os livros adoam o corao e rejuvenescem o esp-rito, vou retomar a minha leitura.

    Um cheiro para quem for de cheiro e um abrao para quem forde abrao.

    * A frase - o essencial invisvel aos olhos - de autoria doescritor e piloto francs Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Fos-colombe de Saint-Exupry, autor de livros como Terra dos Ho-mens, Piloto de Guerra e O Pequeno Prncipe.

    CRNICA

    Apenasqueria tratarrespeitosamenteo livro. Devolv-lo ao seu devidolugar. Criar aoportunidadepara que outraspessoas pudessemmanuse-lo, sentir

    seu cheiro, desfrutarde suas palavras.

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    14/48

    PR

    RC

    P

    E

    A

    A

    AODerrotas, cansao fsico, desgaste

    emocional, presso da famlia...Diversos so os fatores que fazem oscandidatos simplesmente desistirem

    dos concursos. Mas no hojePOR ANA LARANJEIRA

    REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 14

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    15/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 15

    PREPARAO

    T

    rabalhar na redao da Revista Edital teste-munhar todos os dias histrias de superao,sofrimento, vitria e at mesmo de frustraodiante de concursos que exigem todo o tem-

    po e ateno dos nossos leitores e concurseiros. Assim,constatamos que quando a aprovao no vem, o de-snimo toma conta como uma doena, que paralisa,anestesia e consome os candidatos. Reunimos entouma lista de sintomas dessa enfermidade e convi-damos os nossos professores e especialistas para pres-creverem antdotos que podem ajudar no processo derecuperao da autoestima para acreditar nos estudos.

    FALTA DE TEMPOConciliar trabalho e estudo; Curto prazo entre a

    divulgao do edital e a prova; Contedo programti-co extenso; Tudo isso pode fazer o candidato colocara mo na cabea e imaginar que no vai conseguir. Odesejo que os ponteiros do relgio congelem, ou queo dia tenha mais de 24h. Mas, infelizmente, nada disso possvel. Fazer o desafio dos concursos trazer resul-

    tados depende unicamente do empenho do candidatono pouco tempo que lhe resta.

    Segundo a professora Aryanna Manfredini, o se-gredo para no desanimar com a falta de tempo sum: organizao. Seja 1h, 2h ou 3 horas dirias, cum-prir um plano de estudos e dar ateno qualidade des-se tempo o que vai garantir a aprovao. Seja honestoconsigo mesmo, se voc s tem duas horas, no planeje

    estudar mais do que isso, s vai causar frustrao. Noso raros os casos em que um candidato que tinha pou-co tempo para estudar consegue passar com maior ra-pidez do que aquele que tinha tempo de sobra, diz ela.

    O que podemos concluir que nem sempre umcronograma apertado motivo para desnimo. Aocontrrio do que muitos pensam, pode ser sim umestmulo para aproveitar com maior qualidade ashoras disponveis.

    Falta tempode

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    16/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 16

    PREPARAO

    CANSAO FSICOPassar horas na mesma posio; Falta de exerccios e alongamentos; Dores de cabe-

    a ou no pescoo, costas e lombar; Vista cansada; Sono leve; so alguns males comunsaos concurseiros. Quando o corpo pede socorro e chega ao seu limite, no adianta for-

    ar mais algumas horas de estudo, porque o nvel de concentrao j no ser o mesmo.E isso pode ser realmente desesperador, mas no deve ser motivo para desistir. Cansaofsico algo que se pode controlar. Muitas vezes o problema est no local que voc vemescolhendo para estudar, onde vai sentar e onde apoiar o computador.

    Segundo a fisioterapeuta Renata Vieira, por mais correta que seja sua postura, apresso sobre os discos lombares aumenta em at 30% quando voc est sentado. Por-tanto, o seu corpo no deve permanecer por mais de duas horas na mesma posio.Essa regra difcil de obedecer para quem precisa estudar muitas horas por dia, mas as

    pausas so extremamente necessrias. A cada duas horas, levante-se da cadeira paraaliviar a presso sobre pernas e coluna e faa exerccios de alongamento por cerca de 10minutos. Efeitos de relaxamento podem se atingidos tambm com o controle da respi-rao. Quando respiramos profundamente, oxigenamos o crebro ajudando-o a traba-lhar melhor e relaxamos o corpo como um todo, afirma a profissional.

    Noaguento

    estudamais

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    17/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 17

    Noaguento

    estuda

    mais

    PREPARAO

    PRESSO DA FAMLIAMuitos candidatos se deixam levar

    pela tristeza ao sentir que a famlia noapoia sua deciso de dedicar boa parte dotempo aos estudos. comum ouvir os res-

    mungos pela casa: Mas voc no est ga-nhando dinheiro..., Parece que no temmais tempo para a prpria famlia.... E osincmodos questionamentos: Ser quevale a pena perder tanto tempo?, Vocvai mesmo deixar a vida passando l fora,meu filho?, Mas seu primo (pai, irmo,amigo) est to bem na iniciativa privada.Por que voc insiste tanto nesses concur-

    sos?.Em contraponto, tem ainda a presso

    da famlia que deseja com todas as foras aaprovao do parente: O nosso maior de-sejo que voc passe neste concurso...,Hoje eu sonhei que voc passava nessaprova, meu filho..., Pelo que vimos, essaprova est muito fcil. CLARO que voc vai

    passar..., e depois Fulano passou de pri-meira e voc nada.... Atingir as altas ex-pectativas da famlia pode ser ainda maisdifcil do que a prpria seleo pblica. Dvontade mesmo de jogar tudo para o alto edesistir.

    Para a professora Ana Cristina Men-dona, nesses casos, perseverana e con-fiana so as palavras de ordem. Esquea

    a opinio dos outros. Faa ouvidos moucos.Ningum entende melhor sobre o que vocest fazendo do que voc mesmo. Tente fa-z-los entender que cada caso um casoe que tudo acontece na hora certa. Se elesno entenderem, mais do que nunca, vocprecisar ser forte e continuar acreditan-do, mesmo se sentindo sozinho. Faa dissoa sua fora, afirma ela.

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    PREPARAO

    REPROVAOVrias tentativas de aprovao sem sucesso so a causa da maioria das desis-tncias. Afinal, a cada reprovao, fica constatada a incapacidade do candidatoem realizar aquela prova, certo? Errado! Cada prova vai exigir um tipo de dedi-cao ou de conhecimento diferente da outra. Na verdade, a cada novo desafio,voc ir acumular bagagem intelectual que pode ser utilizada para o prximo.

    Para aqueles que pensam em desistir porque reprovaram uma, duas, trs oumais vezes, o que eu tenho a dizer que qualquer obstculo pode ser superadocom foco. Concurso se faz at passar. preciso ter persistncia. Esta uma fr-

    mula infalvel, afirma o professor Edem Npoli.

    DESGASTE EMOCIONALO problema maior quando todos os elementos acima se unem. Lidar com a falta

    de tempo, o cansao fsico, a presso da famlia e seguidas reprovaes pode gerar umdesgaste emocional inimaginvel. Isso leva o candidato a entrar em um processo dedesconfiana sobre suas prprias capacidades e incerteza sobre as decises que tomoupara a vida. Para os propensos, a depresso pode pegar de jeito e trazer tona pensa-

    mentos sempre negativos. Mas justamente essa a hora de dar a volta por cima.Segundo a professora Aryanna Manfredini, essa vontade de desistir acontece

    com todos os candidatos. Todo concurseiro pensa, em algum momento da suapreparao, se vale a pena continuar. Nem que seja apenas um pensamento passa-geiro, uma dvida, uma pontada no corao... Ele precisa pensar nisso, pois se tra-ta de uma deciso importante. Mas o que se deve ter em mente, com muita fora, que desistir o caminho mais fcil, um atalho para no se frustrar consigo mesmo,porm, desistindo impossvel alcanar o sucesso esperado. S no passa quemdesiste. Mas a vitria, na hora que vier, ser para o resto da vida, explica ela.

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    EN

    VS

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    de

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    O especialista emconcursos pblicos

    Maurcio Gieseler, ementrevista Revista

    Edital, comenta a

    chamada Lei Geral dosConcursos (PL 6004/13)POR ANA LARANJEIRA

    REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 19

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    ENTREVISTA

    OProjeto de Lei (PL) 6004/13,mais conhecido como a Lei Ge-ral dos Concursos Pblicos,surgiu para tentar dar um norte

    conduo dos certames federais. O texto

    foi aprovado pelo Senado no ano passado eser analisado em conjunto com outro maisantigo (PL 252/03), que tramita h 14 anosno Congresso. Agora, o PL 6004 aguardavotao na Comisso de Constituio e Jus-tia e de Cidadania (CCJ) da Cmara. Se foraprovado na comisso, o texto seguir parao Plenrio. Se os deputados fizerem mo-dificaes na proposta, ela retornar para

    nova anlise no Senado.Para entender melhor os prs e con-

    tras do projeto e o que mudar, na prtica,para os concurseiros, caso seja aprovado,convidamos o especialista em concursospblicos Maurcio Gieseler. Em entrevis-ta, ele explica os tpicos mais relevantesdo PL e opina sobre questes polmicas emtorno do texto.

    Revista Edital: Qual a abrangncia daLei Geral dos Concursos? Em que esferasela passa a valer aps aprovada?MAURCIO GIESELER: O pargrafo nicodo art. 1 do projeto da Lei Geral dos con-cursos identifica os subordinados a esta

    futura lei: os aprovados para cargos pbli-cos civis e militares, efetivos e vitalcios,e empregos pblicos dos rgos da admi-nistrao direta da Unio, suas autarquias,fundaes pblicas, empresas pblicas esociedades de economia mista, e das de-mais entidades controladas direta ou indi-retamente pela Unio.Os estados e municpios ficaram de fora doprojeto.

    O que seria necessrio para que as regrasda Lei Geral dos Concursos, ou similares,tivessem tambm vigncia nas esferasestaduais e municipais?MG: Curiosamente, a ideia base do pro-

    jeto inclua os estados e municpios, mashouve a ponderao que, no mbito dadistribuio das competncias na Consti-tuio, no havia nada que justificasse aautonomia dos estados e municpios paralegislar sobre o tema. Ento, com medode incidir em um debate sobre a consti-tucionalidade da lei, resolveram que a leificaria adstrita esfera federal.Pode ser que na Cmara esse debate ressurja,mas acho difcil que vingue. H a expectativade que ao menos os estados sigam o conceito-base deste projeto, quando aprovado.

    Voc acredita que a aprovao deste Pro-jeto de Lei ser um alento para aquelesque pedem por transparncia nos proces-sos seletivos pblicos?MG: Melhorar significativamente. Hoje osconcursos pblicos so regulamentados, ba-sicamente, por dois artigos da lei 8.112/90.Com o passar do tempo e do amadurecimentodeste mercado, alm da evoluo das deman-das no judicirio em torno do tema, estru-turou-se, por assim dizer, uma teoria sobrecomo os concursos deveriam ser conduzidos.

    Esta lei reflexo dessa expertise.Quais voc considera os principais pontosdo projeto?MG: O primeiro ponto, aqui tratado generica-mente, o do ntido propsito de proteger oconcurseiro. A lei cobe, sob muitos aspectos,uma srie de arbitrariedades da administra-o. Esse seria o ponto mais relevante, olhan-do a lei como um todo.

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    ENTREVISTA

    Sob um olhar mais especfico, podemos res-saltar os seguintes avanos:1. Regras mais claras para a contratao das

    organizadoras de concursos;2.Exigncia de delimitao precisa das regras

    do edital e o estabelecimento de uma cor-relao entre o contedo programtico e asfunes a serem exercidas pelos aprovados;

    3.Fim do cadastro de reserva;4.Delimitao do lapso de tempo mnimo en-

    tre a publicao do edital e a aplicao daprova, que ser de 90 dias;

    5.Regras especficas para a elaborao dasprovas, com a obrigatoriedade das questes

    serem elaboradas de forma clara e objetiva.Isso um grande avano;

    6. Regras sobre a anulao de questes emcaso de falhas nas provas;

    7. A conceituao clara do controle judicialdos concursos pblicos;

    8.Elevao sensvel no nvel de transparnciae publicidade.

    Qual desses pontos voc consideraria odireito conquistado mais relevante?MG: Sem dvida a conceituao clara docontrole judicial dos concursos pblicos. Hoje um drama para qualquer candidato superar

    a jurisprudncia defensiva dos tribunais. umdrama superar o mantra no compete ao ju-dicirio adentrar no mrito da administraopblica sob o risco de macular o princpio daseparao dos poderes.Com a nova lei, o judicirio no ter como fi-car ao largo das demandas dos concurseiros.Isso, no mdio prazo, produzir um impactobem interessante: as organizadoras que no

    conseguirem aplicar provas em um alto nveldeixaro de existir. E deixaro porque o custode se manter concursos sob o risco constan-te de paralisaes por conta de liminares ousentenas ser muito elevado. O controle ju-risdicional efetivo ir, ao meu ver, melhorar aaplicao dos concursos de forma sensvel.

    Com a aprovao da nova Lei, os con-

    cursos abertos unicamente para preen-chimento do cadastro de reserva estoproibidos, mas o cadastro de reserva emconcursos com vagas efetivas continuara existir. Nesses casos, candidatos aprova-dos dentro do cadastro de reserva pos-suiro algum direito?MG: No, somente a expectativa de direito tal

    como ocorre hoje. A lei fala que os aprovadosem nmero excedente ao das vagas inicial-mente previstas no edital possuem direito nomeao ou contratao, limitada pelo prazode validade do concurso. Aqui houve a preocu-pao que a convocao fosse feita em caso dedemonstrao inequvoca da Administraoquanto necessidade de admisso de pessoal,

    (...)as organizadoras queno conseguirem aplicarprovas em um alto nveldeixaro de existir. E

    deixaro porque o custode se manter concursossob o risco constante deparalisaes por contade liminares ou sentenasser muito elevado.

    Maurcio Gieseler

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    22/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 22

    de posicionamentos no ortodoxos ou minorit-rios. Trata-se de uma questo de segurana tantopara a banca como para os candidatos.Isso dar margem, e de forma desnecessria,para muitas demandas, e todas elas poderiam

    ser evitadas.Voc consegue vislumbrar uma data para asano presidencial deste projeto?MG: Difcil dar um prognstico. A lei acabou dechegar na Cmara dos Deputados e provavelmentesofrer emendas. Neste caso seu retorno ao Sena-do ser inevitvel, para mais um turno de votao.Como agora vamos entrar no perodo de copa do

    mundo e, logo aps, eleies, creio que, pelo atu-al estgio do processo legislativo, s teremos algomais concreto l para 2016.O sonho por concursos mais justos e transparentestende a demorar um pouquinho...

    ENTREVISTA

    inclusive pela contratao de agentes tempo-rrios ou prestadores de servios terceirizadospara o desempenho de funes inerentes aoscargos ou empregos do concurso.

    Voc enxerga pontos negativos da LeiGeral dos Concursos?MG: Apesar da pretensa inconstitucionalidade,acho que a lei deveria tambm abranger estadose municpios. Faria mais sentido desta forma.Alm disto, acho que faltou uma disciplinamais consistente sobre as organizadoras deconcursos e a imposio de critrios mais ri-gorosos para o funcionamento destas. Deveria

    ter sido criado algum sistema de certificaopara assegurar, minimamente, a qualidadedas organizadoras. Em muitos concursos ve-mos falhas grotescas cometidas, em especial,por quem no tem condies de conduzir algoto importante quanto um concurso pblico.Acho tambm que a OAB e o Ministrio P-blico deveriam ter um papel de destaque nafiscalizao dos concursos, at para garan-

    tir a correta observao da lei ainda duran-te a seleo.

    Voc concorda com a prova especial paracandidatos por motivo de religio no pro-

    jeto aprovado pelo Senado?MG: Concordo. No vejo como isto possa atra-palhar o andamento dos concursos. Ademais,um direito fundamental, de crena religiosa,

    estaria sendo preservado.

    Um dos pontos que ficou de fora da novaLei e que vem incomodando os candida-tos a falta de obrigatoriedade da bancaem indicar bibliografia referencial. Qual a sua opinio quanto a esta questo?MG: A insatisfao justificvel. A indicaoda bibliografia visa impedir que a banca abuse

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    EXAME DE ORDEM

    E agora?repescagemFiquei na

    tudo ou nada! Aproveite essa segundachance e comece a estudar o quanto antesPOR MANOELA MOREIRA, COM TEXTO DE MAURCIO GIESELER

    P

    or muitos anos, os candidatos ao Exame de Ordem sonharam coma repescagem. O reaproveitamento da 1 fase uma oportunidadede fugir da temida prova e no precisar estudar todas as matrias

    novamente. Afinal, tudo isso consome tempo e energia para umaatividade que voc j conquistou o mrito. Alm disso, o candidato pode sededicar com antecedncia e exclusividade para a disciplina escolhida na 2fase do exame e ir muito mais preparado e confiante para prova.

    Mas ser que os candidatos esto sabendo aproveitar essa chance?Confira abaixo a anlise e algumas dicas do guru da OAB, Maurcio Gie-seler, do blog Exame de Ordem:

    Repescagem! Ningum quer ir para ela, mas todos se sentem alivia-dos com sua existncia!

    Os reprovados na 2 fase do XII Exame foram os primeiros a serembeneficiados com essa inovao, e agora os futuros reprovados na 2 fasedo XIII Exame podero fugir da 1 fase.

    O bom da repescagem deriva da fuga, por assim dizer, da ne-cessidade de estudar tudo de novo para a 1 fase, notria e sabidamentemais difcil que a 2 fase. Isso no s pelo ponto de vista tcnico comotambm pelo ponto de vista estatstico.

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    24/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 24

    EXAME DE ORDEM

    Enquanto, na mdia, a 1 fase reprova algoentre 60 a 80% dos examinandos logo de pla-no, a 2 fase tem reprovado algo prximo dos50% a cada edio. So percentuais aproxima-dos, mas eles refletem a realidade estatstica.

    Afora isso, muito mais cmodo, sob to-dos os pontos de vista, se dedicar por muitomais tempo ao estudo de uma nica disciplinado que usar um tempo menor, a partir da re-provao, para estudar todas as disciplinas daprova objetiva. A vantagem manifesta.

    Por outro lado, a repescagem representadar um tiro de canho, pois se o candidato nolograr a aprovao nela ele ter pouqussimo

    tempo para se preparar para a iminente 1 fase.

    SIGAM O RACIOCNIO:

    Tal como aconteceu na transio do XIIpara o XIII Exame, do dia do resultadopreliminar da 2 fase do XII (07/03) ato dia da prova da repescagem, ou seja, odia da prova da 2 fase do XIII Exame deOrdem (01/06), tivemos exatos 87 dias!Foi um lapso temporal muito considervelpara se estudar apenas uma nica disciplina.

    Todo esse tempo deve ser usado para seestudar na integralidade toda a sua disciplinade opo, alm de avaliar as razes para ofracasso. Ou seja: d para estudar tudo, fazera autocrtica e corrigir os defeitos.

    Por isso chamo de tiro de canho: oexaminando pode ir para a prxima 2 fase edestruir com a prova. Tempo para isso ele ter!

    UMA CHANCE DE OURO!

    O problema achar exatamente que seter muito tempo e postergar o incio dosestudos. Isso um imenso equvoco. Sabemquando se tem muito tempo para resolver

    uma coisa e a gente relaxa porque d tem-po de fazer? Pois ... O deixar para de-pois a grande armadilha para quem ficouna repescagem, o deixar para depois temum nome: procrastinao!

    A procrastinao no depende diretamenteda dimenso ou do teor da tarefa, da importn-cia da deciso ou da ao a ser realizada. Quemprocrastina posterga desde tarefas banais atcompromissos importantes. H um forte medodo fracasso e de errar por trs da procrastinao.

    Mas isso no serve para quem ficou para arepescagem!

    Procrastinar uma pssima opo, emespecial porque quem est indo para a repes-cagem est vindo de uma experincia de re-provao. Isso significa que algo deu erradona 2 fase anterior e que algo precisa ser cor-rigido. A repescagem uma chance, mas nouma chance derivada do mrito.

    Pior! Se por um acaso o candidato reprovana prova da repescagem, ele ter aproximada-

    mente 40 dias de estudo para a prxima 1 fase.Sim! Isso dramtico! Ele estar frio, vir

    de uma 2 reprovao, ter de estudar tudo denovo e, para completar, com o moral baixo.Pssimo negcio...

    Os candidatos da repescagem estaro huns quatro meses s estudando para 2 fase etero 40 dias para estudar TUDO DE NOVO

    para a prxima 1 fase.Reprovar na repescagem no uma op-

    o! Ser aprovado na repescagem um im-perativo e, exatamente por isso, a palavraprocrastinao no pode fazer parte do voca-bulrio de ningum! A repescagem vale ouro,mas s vale nas mos de quem entende o con-texto e dimensiona corretamente o tamanhodo desafio, dando-lhe a devida importncia.

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    CA

    A

    P terVai

    notciaquente

    Entenda as vrias faces e cores da lei

    que reserva 20% das vagas emconcursos federais para negros e pardosPOR RODRIGO RIGAUD

    Cotas

    REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 25

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    MATRIA DE CAPA

    PRETO NO BRANCOO projeto de Lei 6738/2013, como tan-

    tos outros apresentados pela Cmara, trou-xe ementa direta e precisa: Reserva aos ne-

    gros vinte por cento das vagas oferecidas nosconcursos pblicos para provimento de car-gos efetivos e empregos pblicos no mbitoda administrao pblica federal, das autar-quias, das fundaes pblicas, das empresaspblicas e das sociedades de economia mistacontroladas pela Unio. O conjunto de sen-tidos evocados pelas poucas linhas da emen-ta, entretanto, no desgua em nada de muito

    slido ou hegemnico. Essa reserva qualconhecemos por cotas motivo de grandesdissenses e embates ideolgicos. A recenteaprovao do PL no Senado reacendeu ques-tionamentos semelhantes a quando, em 2012,a presidenta Dilma sancionava a Lei das Co-tas nas Universidades Federais. Mas a mudan-a de cenrio, da educao ao funcionalismopblico, trouxe novos elementos, e ainda mais

    tnues, a essa discusso fadada recorrncia.

    A princpio, para que o conceito de cotasseja compreendido em sua totalidade, ne-cessrio o entendimento do que se tratam asdenominadas aes afirmativas. Segundoo presidente do STF, Joaquim Barbosa, em seuartigo As aes afirmativas e os processosde promoo da igualdade efetiva, projetos

    que contm estas aes buscam mitigar aflagrante desigualdade brasileira atacando-anaquilo que para muitos constitui a sua causaprimordial, isto , o nosso segregador siste-ma educacional, que tradicionalmente, pordiversos mecanismos, sempre reservou aosnegros e pobres em geral uma educao deinferior qualidade.

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    27/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 27

    MATRIA DE CAPA

    O posicionamento de Barbosa claroquanto defesa de medidas compensatriasque possam levar populao negra e pardado pas, condies que em at um passadorecente esta no teria condies de usufruir.

    Partindo da estatstica de que este contingen-te representa mais da metade (precisamente50,7%) do nmero de habitantes do pas, nose v clareza na distribuio de reservas ga-rantidas em universidades ou concursos p-blicos. Mas outros dados do IBGE reforamo discurso do ministro. Apesar de majori-trios dentre os brasileiros, negros e pardosso apenas 17,6% dentre os mdicos, 22,7%dentre os advogados e juristas, 26,3% dentreos profissionais das cincias e da engenharia,28,5% dos que atuam com tecnologia ou co-municao e, por fim, 30% do funcionalismopblico em suas esferas municipais.

    Em contrapartida, as profisses commaior nmero de representantes dessa par-cela da populao so as de menor destina-

    o financeira, como no caso do ofcio decarregador de bagagens ou entregadores deencomendas com 58,9% de negros ou par-

    dos, porteiros e zeladores com 63,3% e cole-tores de lixo e material reciclvel com 70,2%.Assim, o IBGE constatou no iniciou deste anoque a renda de toda a populao negra noBrasil referencia a apenas 57,4% do PIB do

    montante somado pela populao branca.

    EM BUSCA DA REPARAOUma das maiores defensoras da nova Lei

    das Cotas, a senadora Ana Rita (PT-ES) expli-cou que a reserva a ser aplicada em concursospblicos de rgos federais como Petrobrs,Banco do Brasil, Caixa Econmica Federal,dentre outros, acontece no processo de classi-

    ficao: importante esclarecer que a cota aplicada no processo de classificao. Todas aspessoas vo disputar as vagas no concurso p-blico em p de igualdade, afirmou a senado-ra. As novas cotas tambm surgem com prazode validade. Dez anos foi o tempo determina-do para que os prximos governos trabalhemem novas polticas pblicas capazes de tornar

    a reserva de vagas desnecessrias para a equi-parao scio-econmica das populaes ne-gra e branca no Brasil.

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    MATRIA DE CAPA

    Na prtica dos processos seletivos, os con-curseiros que se auto-declararem negros oupardos concorrero, simultaneamente, s va-gas destinadas a ampla concorrncia e s opor-tunidades prescritas nas cotas, que s podem

    existir em certames cujo nmero de vagas forigual ou superior a trs. Caso um candidatonegro for aprovado dentre as vagas de amplaconcorrncia, este no interferir na reservadeterminada pelas cotas. Entretanto, se o n-mero de cotistas selecionados no alcanar os20%, as demais oportunidades sero preenchi-das por candidatos que disputaram o concursopelo sistema universal. Na possibilidade de al-gum concurseiro mentir na hora de se declararnegro ou pardo, no o sendo, este ser elimi-nado do concurso e se j tiver sido nomeado,responder por procedimento administrativo epoder ter sua admisso cancelada.

    Segundo a senadora do PSDB, Lcia V-nia, as cotas em concursos representam umaconquista importante da populao negra: se

    ainda temos que discutir a instituio de cotaspara acesso ao servio pblico da parte da po-pulao negra porque a Lei urea, embora seconstitua um marco no processo de emanci-pao do negro, no trouxe consigo os instru-mentos que amparassem o negro no perodo

    ps-libertao.

    QUEM GANHA COM AS COTAS?Mas, assim quando na aprovao da Leidas Cotas para as universidades do pas, noh consenso da populao, nem mesmo dopblico concurseiro, quanto aos benefciosdas cotas raciais em concursos. Uma parce-la de especialistas vira as costas para toda equalquer reserva de vagas nos certames. Ou-tra j se posiciona favorvel s cotas sociais,

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    MATRIA DE CAPA

    que atenderiam a candidatos que comprovas-sem baixa renda, sendo assim uma forma debeneficiar majoritariamente a negros e pardossem evocar a distino racial, mas ainda as-sim remetendo denominada discriminao

    positiva, que segundo o filsofo Nigel War-buton, trata-se do favorecimento de pessoasadvindas de grupos que tenham sido vtimashabituais de discriminao.

    William Douglas construiu solidamentesua concepo acerca das cotas em concursos.H alguns anos, o famoso jurista escreveu umlongo texto enxergando exageros inmeros,na proposta de cotar candidatos para assu-mirem vagas no funcionalismo pblico, uti-lizando como fator de seleo, a cor da pele:no devemos ter cotas raciais nos concursos,como se prope. Uma coisa ter cotas nas es-colas, nas universidades, nos estgios. Mas ascotas nos concursos pervertem o sistema domrito, defendeu o especialista.

    Com opinio semelhante, o analista

    do CERS Cursos Online, Maurcio Gieseler,aponta para complicadores na aplicao danova lei e contesta a eficcia das cotas para areparao social de qualquer tipo: o que sediscute uma espcie de igualdade materialem funo de um processo histrico. Mas asaes de igualdade para que seja implantadoalgum tipo de reparao no deve comear a,na fase de ingresso numa carreira, nesse caso,no funcionalismo pblico, ela deve comearno ensino fundamental, na primeira infn-cia, explana Maurcio.

    Ainda segundo o especialista do CERS,as cotas em concursos surgem para beneficiarum pblico que no precisa delas: cotas emconcurso sero benficas a um grupo que noprecisa de cotas. O afro-descendente cuja fa-

    mlia, ao longo das dcadas, em suas geraesanteriores, conseguiu sair de uma condioprejudicial e ter um preparo adequado, um es-tudo de qualidade, que vai se beneficiar dis-so tudo, justifica.

    DO CONTRAUm nmero massivo de concurseiros

    contra as cotas em certames. Muitos afirmamque tal reserva pode prejudicar o bom anda-mento do servio pblico. O Gladson Bentes,de Amazonas, asseverou: a vaga deve ser dequem realmente estudou e batalhou para con-quist-la. Se for pensar dessa forma deveria

    haver mais negros e pardos na poltica tambme no somente nos cargos de concurso pbli-co. J o Leo Cris Giani, de Belo Horizonte, foimais a fundo com a crtica: sou branco, nun-ca tive condies de pagar um cursinho antesde passar em concurso publico de um banco.Estudava em casa na raa pois estava desem-pregado e minha famlia no me ajudava. Porque um negro no teria condio da mesma fa-

    anha?. Jaques Augusto, que se auto-declarada cor negra, tambm contra as cotas: co-modismo. Simples e intil comodismo. Nadavai mudar com essas cotas. Os novos indicado-res que surgiro, traro a iluso de que algumacoisa mudou, mas a populao negra que notem acesso riqueza continuar sem ter aces-so, pois no foi preparada para tal, defendeu.

    Opinies semelhantes so capitaneadaspelo jornalista da VEJA, Reinaldo Azevedo, quese referiu lei como um mal gasto de dinhei-ro pblico: trata-se de contratar uma mo deobra profissional. Qualquer procedimento queno seja a seleo do mais capaz, tenha l quecor de pele for, se estar malversando dinhei-ro pblico de brancos e de pretos, de ricos ede pobres, de homens e de mulheres. Preterir

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    30/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 30

    MATRIA DE CAPA

    o mais competente por causa da cor da pele uma agresso ao bem pblico. Reinaldo che-

    gou a mencionar uma suposta inconstitucio-nalidade da lei, j que em seu ponto de vista atal viola o fundamento da igualdade perantea lei. Mas o argumento foi contrariado peloSupremo, que considerou o respeito do proje-to Constituio Federal.

    FIM PARDOAs cotas para negros tambm devem

    existir. E digo mais: a urgncia de sua conso-lidao e aperfeioamento extraordinria.A convicta frase novamente fruto da opiniode William Douglas sobre a questo das cotasraciais, mas dessa vez ele comenta sobre umaespcie de favorecimento (segundo ele, estesim, aceitvel) ao acesso de negros s univer-sidades: conheo heris, negros que chega-

    ram longe. Apenas no acho que temos queexigir herosmo de cada menino pobre e negrodesse pas.

    Entretanto, e ironicamente, as palavrasdo jurista tambm se encaixam no tnue de-bate da atualidade. Mesmo sendo contra ascotas raciais em certames, William apon-ta o herosmo, hoje necessrio, para que al-gum negro ou pardo, integrante desta parcela

    da populao menos favorecida, venha a ter

    acesso a algum cargo pblico. Se, nesta con-

    vergncia entre econmico e racial, as cotasdeveriam enxergar o universo da baixa-renda

    e no, em Stricto sensu, a reparao histrica

    que remete s desfavorveis heranas scio-

    culturais, uma discusso vencida. A Lei j foi

    aprovada e sancionada pela presidenta. Com a

    aplicao da norma, segundo anlise de Mau-

    rcio Gieseler, passaremos, com certeza, por

    um perodo de acomodao dos candidatosdentro dessa nova sistemtica at podermos

    compreender com mais clareza como esse sis-

    tema ir funcionar de fato e como isso vai al-

    terar a dinmica concorrencial.

    Se, entretanto, o conceito de pardo,

    para os avaliadores dos certames, for to flex-

    vel quanto a miscigenao do nosso pas per-

    mite s-lo, sinal de que o imbrglio acercado quantitativo de concurseiros beneficiados

    (ou no) pela reserva de vagas est apenas co-

    meando. Afinal, quem avaliar conceito to

    relativo? Que critrios sero observados

    para identificar um branco travestido de par-

    do, ou um pardo dentre os brancos que ficam

    de fora da rerseva? Enfim, vai ter cotas sim. E

    elas sero raciais.

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    31/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 31

    MATRIA DE CAPA

    SOBRE A LEI DAS COTAS:A reserva de 20% das vagas;

    A durao de 10 anos;

    Vale para concursos federais com trs ou maisvagas ofertadas;

    Prope equilibrar nmero de negros e pardos aode brancos no funcionalismo pblico;

    Sero beneficiados os candidatos que seautodeclararem negros ou pardos no ato dainscrio;

    Concurseiros de cor branca, continuamdisputando apenas as vagas universais enquantonegros e pardos disputam ambas: universais ecotas;

    Um concurseiro negro ou pardo aprovado dentreas vagas universais no reduz o nmero das vagasreservadas a cotistas.

    No havendo nmero suficiente de aprovadosnegros ou pardos para preencher as vagas dascotas, a reserva ser preenchida pelos respectivosmelhores colocados na disputa das vagasuniversais.

    Se algum candidato se autodeclarar negro oupardo, no o sendo, ser eliminado do concursoe se j tiver sido nomeado, responder porprocedimento administrativo;

    Critrios sobre quem pardo e quem no eoutros detalhes sobre como ser realizada estaavaliao, ainda devero ser divulgados.

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    32/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 32

    SUGESTES

    LEITURA

    NO AR

    EVENTOS

    Dias 28 e 29 deagosto de 2014XIII CONGRESSO

    BRASILEIRODE DIREITOCONSTITUCIONALAPLICADOCentro de Convenesda Bahia Salvador/Ba

    Em sua 13 edio, oevento reunir autoresconsagrados no DireitoConstitucional paradiscutir temas degrande importncia,onde os estudantese profissionais teroa oportunidade deenriquecer seusconhecimentos com asabordagens que seroapresentadas, aliandoaspectos tericos eprticos e buscandosemear em todos osparticipantes o cultoao estudo do DireitoConstitucional comoparte do compromissode cada um com aagenda de construode uma sociedade justa.Dentre os palestrantesescalados figuramnomes como LnioStreck, Alexandrede Moraes, Dalmo deAbreu Dallari, dentreoutros. Para inscrever-se no evento ou obtermais informaesacesse o site do PortalMltipla. As inscriesrealizadas at o dia 13de agosto custamR$ 290 (Profissional)e R$ 145 (Estudante).

    Sinopse:A ideia do livro surgiu da crescente demanda trazidapelos alunos, sobretudo aqueles que labutam na batalha dosconcursos pblicos de mbito federal. A partir da, o objetivopassou a ser a elaborao de uma obra que, sendo didtica eobjetiva, pudesse aprofundar as reflexes acerca dos crimes decompetncia da Justia Federal. H uma anlise minuciosa doscrimes de competncia exclusivamente federal, com nfase nasmais relevantes discusses doutrinrias e jurisprudenciais.

    Comentrio: O professor Rogrio Sanches, um dos autores do

    livro, comentou brevemente a finalidade da publicao: Trata-se de uma obra pensada, sobretudo, para os alunos que almejamum cargo pblico federal. De maneira didtica e objetiva,abordamos cada detalhe dos crimes federais. Inserimos ao final docomentrio de cada crime jurisprudncia selecionada e questesdos principais concursos. Desejamos bons estudos a todos.

    LIVRO:Crimes FederaisAUTORES:Rogrio Sanches e Fbio RoqueEDIO:2NMERO DE PGINAS:354

    EDITORA:Juspodivm

    FACEBOOK.COM/CERSTVAbaixo voc confere

    programas que sodestaque do CERS TV,a maior TV onlinede contedo jurdico do pas:

    PAPEANDOCOM PAMPLONAN 06 | ADOO

    INFORMATIZANDON 02 | FUNO SE

    DIREITO & NOVELAN 06 | SESSORETR POR AMOR A TROCA DOS BEBS:

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    33/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 33

    EXPLORANDO A MATRIA

    Viver na frentedo computadore ainda assimerrar questesimportantesnas provas de

    informtica emconcursos. Como possvel resolver

    este misteriosoparadoxo?

    POR RODRIGO RIGAUD

    sem mistriosInformtica

    GOUVEIAEMANNUELLE

    COM

    MISTRIO 1: POR QUE NO ACERTAM?Tomando como exemplo o certame da Assembleia

    Legislativa de Pernambuco (Alepe), vrios candidatos sequeixaram de ilgicas especificidades na prova de in-formtica da seleo. Questes que cobravam memori-zao da ordem de disposio das ferramentas do Micro-soft Word, por exemplo, fizeram dezenas de concurseirosperderem importantes pontos na busca pela aprovao.

    De acordo com a professora de informtica do CERSCursos Online, Emanuelle Gouveia, o problema estexatamente na preparao: existe certa resistncia eat mesmo algum resqucio de preconceito de algunsconcurseiros quanto disciplina. Muitos distribuemtoda a ateno em matrias que envolvem o Direito ououtras reas, e acabam no estudando informtica deforma adequada, explicou a professora.

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    34/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 34

    EXPLORANDO A MATRIA

    MISTRIO 2: COMO ACERTAR?Segundo Emanuelle, nos concursos atuais a infor-

    mtica tem uma abordagem muito variada. Tudo depen-de do conjunto Elaboradora X rgo para o qual o con-

    curso est sendo preparado, por isso to importanteque o aluno atualize sua preparao a cada novo processoseletivo: temos uma oscilao muito grande de nveisentre provas de uma mesma elaboradora, porm parargos diferentes, e entre rgos similares, porm comelaboradoras diferentes. Ou seja, cada caso merece umaanlise criteriosa para sabermos dosar adequadamente onvel da prova e a parte do contedo que ser abordadacom maior propriedade, destacou Emanuelle.

    A professora, entretanto, mencionou um grupo deassuntos que comumente caem em certames de todo opas: geralmente o que mais cai por rea do gru-po de Hardware e Introduo a Informtica: a partede barramentos, perifricos e memrias; do grupo deredes de Computadores: redes sociais, conceitos de ti-pos de redes (abrangncia fsica e lgica), protocolos,funcionamento bsico de redes e servios; do grupo de

    segurana da informao: princpios bsicos, tipos eformas de ataques e tcnicas de segurana; do grupo desoftware: conceitos bsicos, teclas de atalho, barras deferramentas, menus explicou.

    Para uma atualizao constante, a professora apon-ta alguns caminhos possveis a serem escolhidos pelosdiferentes perfis de alunos:

    CAMINHO INICIALCURSO COMEANDO DO ZERO

    Para aqueles que sentem extrema e recorrente di-ficuldade na rea, Emanuelle Gouveia recomenda o

    Curso Comeando do Zero da disci-plina de informtica, (http://www.cers.com.br/cursos/onlineDeta-lhe/2587/curso-de-informatica-

    comecando-do-zero-2014-profa-emannuelle-gouveia-disciplina-i-solada-) oferecido pelo CERS CursosOnline. Atravs deste, o concurseiroembarcar em uma caminhada ex-tensa que vai da raiz de problemasbsicos e que geram deslizes emconcursos questes mais comple-xas a serem elucidadas num estgioavanado, em comprovao do de-senvolvimento de uma familiaridadecom a informtica e seus conceitosgerais. O curso recomendado paraalunos que pensam em preparaesa longo-prazo, ou seja, no buscamaprovaes imediatas.

    CAMINHO AVANADOCURSOS ESPECFICOSPARA CONCURSOS

    Em ocasio do lanamento dosmais diversos concursos estaduais efederais, o CERS Cursos Online lan-a constantemente cursos espec-ficos e que abordam todo o conte-do presente em edital, inclusive ode informtica: informtica umamatria complexa de se estudar por-que a cada nova prova a gente tem

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    EXPLORANDO A MATRIA

    toda uma anlise em cima da elaboradora para aque-le nvel de exame. Nesse contexto, importante que oaluno realize os cursos especficos porque esse trabalhode orientao, de mostrar o caminho curto em meio s

    pedras, nosso papel, nosso trabalho, separar o joio dotrigo, o que cai e como cai e o que no cai no concurso,explicou a professora.

    ATALHOPROGRAMAINFORMATIZANDO

    Seja qual for o caminho mais adequado sua pre-parao, a professora Emanuelle ainda traz um atalho,uma alternativa para que, com apenas alguns minuti-nhos de vdeo, voc turbine ainda mais os seus estudos.

    Agora ela comanda o programa Informatizando noCERSTV (http://www.cerstv.com.br/84/informati-zando) e atravs dele voc pode, de forma gratuita, fi-car por dentro de contedos que certamente figuraroem diversos concursos ainda neste ano. Na atrao, aprofessora traz vrias dicas que aprimoram a experin-cia prtica do concurseiro com a informtica. O Infor-matizando a nossa oportunidade de dar dicas curtas,sempre agregando itens que caem em prova com ne-

    cessidades do dia-a-dia. Teoria e prtica que, unidas,podem gerar os resultados satisfatrios esperados pelosconcurseiros, finaliza Emannuelle.

    VEJA AINDA:Na nossa seo Questes Comentadas, nas lti-

    mas pginas desta revista, voc confere uma questo deInformtica referente preparao para o concurso deTcnico do INSS. Enfim, informtica sem mistrios.

    O Informatizando a nossa

    oportunidade dedar dicas curtas,sempre agregandoitens que caemem prova comnecessidades dodia-a-dia. Teoriae prtica que,unidas, podemgerar os resultadossatisfatriosesperados pelosconcurseiros

    Emannuelle Gouveia

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    36/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 36

    PE

    L

    F

    R

    I

    Ricardo

    Alexandre,um tributaristaarretado

    Nascido na Paraba,o professor conta

    das dificuldades queenfrentou at a possecomo Procurador do

    Ministrio Pblico deContas de PernambucoPOR ANA LARANJEIRA

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    37/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 37

    PERFIL

    No interior da Paraba, na cidade de CampinaGrande, nasceu e cresceu Ricardo Alexandre.Bola de gude, esconde-esconde, garrafo e obom e velho futebol de boto eram as brin-

    cadeiras preferidas de quando menino. De famlia pobre,

    Ricardo tinha apenas seis anos quando perdeu o pai, v-tima de um AVC. Foi assim que, desde cedo, percebi anecessidade de ter sempre muito respeito pela sade epela vida, afirma ele, que hoje Procurador do Minist-rio Pblico de Contas de Pernambuco e integra a equipede professores do CERS Cursos Online.

    A IMPORTNCIA DA EDUCAO

    Com a morte do pai, na poca com apenas 33 anos, ame, viva aos 23 e com dois filhos (um com trs e o outrocom seis anos), precisou cri-los e educ-los com o bai-xo salrio de uma professora de ensino fundamental. Elabatalhou, lutou por nossa educao e pelo respeito aos pa-dres ticos, mesmo nos momentos de dificuldade. Essa uma lio de vida. Quando imagino que algo difcil,lembro que ela venceu problemas maiores. Tambm merecordo da frase que ela sempre citava: a vida s dura

    para quem mole!, relembra o nosso protagonista.Do trajeto bem sucedido entre as escolas pblicas

    de Campina Grande aos portes da carreira jurdica, Ri-cardo agradece educao oferecida pela me e ao valorque ela, como professora em casa e na escola, atribuaaos estudos. Consigo mensurar isso quando fao umcomparativo com a atual situao dos meus amigos ecolegas de infncia. Muitos esto presos, outros mortos,outros desempregados ou subempregados. Acho queapenas cinco de ns construram um futuro bem dife-rente. Marcelinho Paraba jogando futebol; eu e maistrs passando pelas democrticas portas do concursopblico. Da meu fascnio pelo instituto do concurso.No importa sua origem nem o rtulo da faculdade emque voc estudou, voc e seu esforo pessoal contra abanca examinadora. Se fizer tudo direitinho, o sucesso inevitvel!, afirma Alexandre.

    ESCOLHASNa escola, a primeira pai-

    xo foi pela matemtica. Fazen-do contas, chegou at a ganharOlimpada! Mas na hora de esco-

    lher a profisso, o jovem Ricardopensava apenas em suas limita-es financeiras e era a rea ju-rdica que lhe parecia ofereceruma melhor remunerao e, fu-turamente, maior facilidade decolocao no mercado de traba-lho. Esses quesitos foram decisi-vos para o ingresso no curso deDireito da Universidade Estadualda Paraba.

    Desisti do sonho do cur-so de matemtica, mas descobrialgo fundamental: o ser humanoconfunde gostar de uma rea doconhecimento com ter facilidadenesta rea. No momento que co-

    mecei a entender melhor o direi-to, vieram algumas conquistas edesde ento eu passei a parafra-sear o McDonalds: amo muitotudo isso, brinca ele.

    Tempos depois, uma novapaixo profissional se mostrou:o magistrio. Ricardo Alexandrecomeou a lapidar o seu nome

    como uma nova referncia entreos cursinhos preparatrios paraconcursos. Em 1998, instala emCampina Grande a primeira ins-tituio local especializada naatividade. O que ele no sabiaera que, a partir deste momento,tudo iria mudar. Para melhor.

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    38/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 38

    PERFIL

    O professor tema oportunidadede participar

    ativamente dapreparao depessoas nosdiversos rincesdo Pas. Umpoderoso meio

    de igualar asoportunidadesde todos oscandidatos, poiseles passam ater acesso aexcelentes cursose recursos, ondequer que estejam

    Ricardo Alexandre

    O SUCESSONo furaco de novas escolhas e projetos, uma certeza

    existia: a firme deciso de seguir carreira pblica. Tinhaem vista a estabilidade e a maravilha que no pedir em-prego a ningum. Concurseiro tem autoestima elevada:

    voc passa na prova e chega para tomar posse num cargopblico por legtimo direito, sem se preocupar com o re-sultado das futuras eleies, diz o professor.

    Foi com essa confiana que foi aprovado para Tcnico deFinanas e Controle, Tcnico da Receita Federal, Auditor-Fiscalda Receita Federal, Procurador do Ministrio Pblico junto aoTCE/RN, at chegar ao cargo que hoje exerce: o de Procuradordo Ministrio Pblico de Contas do Estado de Pernambuco.

    Nesse nterim, veio o primeiro livro, Direito Tribut-rio Esquematizado, que inseriu Ricardo no mercado na-cional de cursinhos. Agora estou na expectativa do se-gundo livro, que j est no forno: Direito AdministrativoEsquematizado, que, se fizer um tero do sucesso do pri-meiro, j me deixar muito feliz, comenta alegremente.

    AULAS ONLINE E TEMPO LIVREEm 2014, Ricardo Alexandre passou a integrar a equipe

    de professores especialistas do CERS Cursos Online. Segundoele, ingressar no seguimento e conhecer as novas tecnolo-gias do ramo lhe abriu novas portas e perspectivas. umamaravilhosa experincia. O professor tem a oportunidade departicipar ativamente da preparao de pessoas nos diversosrinces do Pas. Um poderoso meio de igualar as oportunida-des de todos os candidatos, pois eles passam a ter acesso a ex-celentes cursos e recursos, onde quer que estejam, reflete.

    Apesar das tantas frentes em que trabalha e se de-dica diariamente, o professor e procurador ainda arrumatempo para assistir o mengo jogar no Maracan e via-jar bastante. Alm das conquistas profissionais, adoro ternovas experincias culturais e gastronmicas, finaliza.

    Conhea mais sobre o professor Ricardo Alexandre,seus livros e disciplinas com o curso preparatrio do CERSpara o concurso de Auditor Fiscal da Secretaria da Fazendado Rio Grande do Sul.

    CURSO PARA

    AUDITOR FISCALDO ESTADO DORIO GRANDEDO SUL 2014

    TEORIA ERESOLUO

    DE QUESTES

    CONHEA!

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    39/48

    PLANTO

    Tribunaljustia

    ParSaiba todos os detalhes sobre o concurso queoferece 109vagas para Analista Judicirio -

    Direito e Oficial de Justia AvaliadorPOR MANOELA MOREIRA

    de

    do

    Nesta edio reformulada da Revista Edital, alm de muitasoutras novidades, a seo Planto vem para destrinchar in-formaes relevantes dos principais concursos abertos nopas e trazer dicas de como se preparar para cada um deles.

    Para estrear esse novo espao, nossa redao escolheu o concurso doTribunal de Justia do Par, que atraiu muitos interessados este ano.

    Os certames para tribunais ainda continuam sendo a porta de entra-da da carreira pblica para muitos candidatos, principalmente os bacha-ris em Direito. Exclusivamente para eles, esse concurso oferece 84 vagaspara o cargo de Analista Judicirio Direito e 25 para Oficial de JustiaAvaliador. O certame tambm abriu 23 vagas para Analista Judicirio outras especialidades e 68 para Auxiliar Judicirio (nvel mdio).

    As inscries foram encerradas no dia 06 de junho. Quem se ins-creveu, tem at o dia 10 de agosto para se preparar e fazer uma boaprova. A banca organizadora a Vunesp.

    REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 39

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    PLANTO

    Para a professora Maria Augusta, o editalno trouxe muitas surpresas em relao dis-ciplina de Lngua Portuguesa. A Vunesp man-teve um padro e cobrou os pontos relevantesque costumam ser priorizados em concursospara julgar o conhecimento do candidato sobrea matria. Entre os contedos, esto interpre-tao e compreenso de texto, ortografia, crase,regncia nominal e verbal, concordncia, vozesverbais (passiva e ativa), uso e colocao de pro-nomes e classes gramaticais. Em redao oficial,o candidato deve saber as caractersticas dos

    documentos como ofcios, memorando, pare-cer. preciso saber como finalizar o texto, en-derear, e saber usar corretamente os pronomesde tratamento, explicou Maria Augusta.

    No contedo de Direito Penal, os crimes co-muns na esfera estadual - que eram esperados- acabaram ficando de fora do edital, como cri-me contra a vida e patrimonial. O professor Fbio

    Roque ainda chama ateno para dois pontos: a

    banca incorporou temas sobre legislao extrava-gante dentro do tpico de Direito Penal. Alm deter exigido conhecimento sobre as leis de crime de

    responsabilidade fiscal, como ato de improbidadeadministrativa, que matria estudada em DireitoAdministrativo. O candidato deve estar atento aessas particularidades, recomenda Roque.

    O professor Orman Ribeiro ressalta que oprograma de Direito Constitucional j conheci-do por quem vem se preparando para concursos.Para quem est comeando a estudar agora, eletranquiliza: o tempo at a prova suficiente para

    que voc tenha uma boa noo dos assuntos.Segundo o professor, a Vunesp no tem tradioem fazer provas para tribunal, mas tem um es-tilo parecido com a Fundao Carlos Chagas nasmatrias de Direito. So questes literais, de nvelsimples, transcritas dos artigos da Constituio.Apenas uma ou outra questo cobra um poucomais de doutrina e de entendimento do STF. Mas

    no tem muito segredo, avalia Ribeiro.

    EDITALNa prova objetiva para os cargos de Analista Judicirio Direito e Oficial de Justia Avaliador, a

    banca est exigindo conhecimentos gerais sobre Lngua Portuguesa e Regimento Interno (incluindoLei n 5.810/94 e Lei n 6.969/07).

    Em conhecimentos especficos, os candidatos devem estar aptos a responder questes sobre Di-

    reito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Penal, Di-reito Processual Penal e Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA).

    CONFIRA AQUIO VDEO COM AS

    DICAS DOS NOSSOSPROFESSORES

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    41/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 41

    PLANTO

    CARREIRA

    Tanto o cargo de Analista Judicirio comoo de Oficial de Justia privativo para bacha-rel em Direito, sendo necessria aprovao emconcurso pblico. Alguns certames exigemapenas nvel mdio para Oficial de Justia por-que a Resoluo do CNJ no foi regulamentadapor todos os tribunais. Tendo como base o con-curso do TJ-PA, o salrio inicial de ambos deR$ 3.218,56, alm das gratificaes e auxlios.

    Analista Judicirio Direito: Materializamas decises dos juzes por meio do registro nosatos do processo e o cumprimento das deci-ses. Elabora pareceres, minutas de atos, leise outros documentos de carter tcnico/jur-dico. O salrio atrativo e possui possibilidadede ascenso na carreira. A atividade exclusi-va, sendo incompatvel com a advocacia, per-

    mitida apenas atuao no magistrio.Oficial de Justia Avaliador: Possuem como

    atribuio a execuo de mandados judiciais,ou seja, executa de forma efetiva e material asdeterminaes que o juiz registra no papel. Fazcitaes, intimaes, prises, penhores, ar-restos e demais diligncias prprias do ofcio.Executa atividade de risco e em alguns Estados

    recebe adicional de periculosidade.

    CURSO ONLINEFicou interessado? O CERS oferece cursos

    com revises tericas e resoluo de questespara o concurso do TJ-PA. Separamosperguntas recorrentes dos alunos que podemauxiliar seus estudos:

    DIREITO CIVIL - Quais as regras essenciaisda prescrio?O candidato precisa estar bem familiarizadocom os artigos 190 a 196 do Cdigo Civil.Podemos citar que a prescrio pode ser objetode renncia; as partes no podem alterar o prazoprescricional; o juiz pode pronunciar de ofcioa prescrio; e no corre prescrio contra oabsolutamente incapaz, mas corre contra orelativamente incapaz.

    DIREITO PENAL - Quais so asexcludentes dos elementos do crime?Como exemplo, so excludentes legais da

    ilicitude o estado de necessidade, a legtimadefesa, o estrito cumprimento do dever legale o exerccio regular de direito. J no quetange s excludentes de culpabilidade, so elas:inimputabilidade, erro de proibio inevitvel einexigibilidade de conduta diversa.

    ECA - Crianas e adolescentes podempraticar ato infracional?CMuitos acham que criana (menor

    de 12 anos) no pratica ato infracional,o que incorreto. Ela apenas norecebe medidasocioeducativa,mas sim medidade proteo. J oadolescente (dos 12aos 17 anos) podereceber ambas as

    medidas.

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    42/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 42

    ACONTECE NO CERS

    CERScastEm maio, foi lanado o CERScast, novoprojeto do CERS que segue a mesma linha dosj conhecidos Podcasts, que so arquivos deudio transmitidos via internet. Nele, os temasmais relevantes do mundo concurseiro estaroem constante debate, e contaro sempre coma presena do advogado Maurcio Gieseler,especialista em Exame de Ordem, e DaniloFernandes do Portal Carreira Jurdica, tambmadvogado. Os debates sero mediados pelojornalista Rodrigo Rigaud, com a presena

    surpresa de um novo convidado a cada semana.O CERScast tem a proposta de fazer com que

    os concurseiros estejam sempre antenadosem tudo que est acontecendo no mundo dosconcursos de forma descontrada e fluda.Comentrios, sugestes e questionamentospodero ser enviados via Facebook e todossero lidos durante o debate.

    Os programas tm durao de 50min a 1h eficam disponveis para download gratuitopelo SoundCloud todas as quartas-feiras,podendo ser ouvidos a qualquer momento e

    compartilhados com os amigos.POR LILIAN FELIX

    O Podcast semanal do CERS

    BLOG CERSA ferramenta que faltava parafazer de voc um candidato completo

    Lanado em meados de maro, o Blog CERS fruto de uma pretenso antiga do advogadoMaurcio Gieseler. Com um trabalho slidoe confivel, j executado no Portal Examede Ordem, o Blog CERS chega como umdesdobramento natural do empenhode Maurcio em trazer informaes exclusivas,em primeira mo, desta vez com focono universo dos concursos pblicos.

    No Blog CERS, o concurseiro conta diariamente com

    dicas, estratgias de prova e preparao, novidades,motivao e muito mais. Segundo o blogueiro,a interao com os leitores nessa fase inicial temsido excelente, e para um blog iniciante, a audinciatem se revelado surpreendente, afirma ele.

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    POR LILIAN FELIX

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    43/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 43

    QUESTES COMENTADAS >PROVA DE TCNICO DO INSS

    Gabaritocomentado:1)Correta

    O termo se pronomerecproco e assumefuno de objeto diretode enfrentar. (enfrentarquem? Uns aos outros)

    2) Errada

    A substituiode marcou pormarcaram nomantm a correo,

    j que o verbo deveconcordar com o ncleodo sujeito sorteio.

    3) Errada

    A orao est na vozpassiva sinttica e osujeito as vendasdos ingressos.Portanto, o verbo

    dever ser levado aoplural: Reabriram-seas vendas dos ingressos.

    4) Certa

    Assim como estabeleceuma comparao.

    5) Certa

    O uso do acento graveem coletividade

    se deve presenada preposio A,regida por prestados+ o artigo definidofeminino singularA antes de coletividade.

    Gabarito D. Estocorretas 1 , 4 e 5.

    Lngua Portuguesa

    O torcedor sabe quais selees vo se enfrentar, e onde sero as partidasda primeira fase da Copa no Brasil. Turistas de variados recantosdo planeta, de vrios continentes, devem aportar no nosso pas. Osorteio dos grupos marcou a acelerao do calendrio. As vendas dosingressos foram reabertas, e o entusiasmo dos brasileiros no deixou deser percebido. Apesar de casos pontuais, como a trgica construo doestdio de abertura em So Paulo, os palcos esto montados. O eventotem tudo para ser um sucesso, com a adeso macia do pblico, tanto

    presencialmente quanto pela TV. Assim como outros eventos esportivosde porte global, a Copa uma oportunidade fantstica para a cidadaniadar um salto no seu grau de exigncia, com a reinveno dos servios

    prestados coletividade postos na vitrine da mdia mundial.

    (Adaptado do Jornal do Commercio ( PE), 22/12/2013)

    1) Em vo se enfrentar (l.1) o se pronome recproco eassume funo de complemento verbal direto de enfrentar.

    2) A substituio de marcou (l.4) por marcaram altera

    as relaes semnticas do texto, mas preserva sua correogramatical.

    3) Mantm-se a correo gramatical com a redao: reabriu-seas vendas dos ingressos...(l.5).

    4) O termo Assim como (l.9) introduz uma ideia de comparaoentre Copa e outros eventos no especificados no texto.

    5) O emprego do sinal indicativo de crase em coletividade(l.12) justifica-se pela regncia de nominal de prestados,que exige preposio a, e pela presena de artigo definido

    feminino antes de coletividade.

    Esto corretas assertivas:

    (A) 1 , 3 , 4 e 5

    (B) 2 , 4 e 5

    (C) 1 , 2 , 3 e 5

    (D) 1 , 4 e 5

    (E) 2 , 4 e 5

    Prof Maria Augusta G. Almeida

    QUESTO 1Em relao s estruturas lingusticas utilizadas no textoabaixo, assinale as opes corretas.

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    44/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 44

    QUESTES COMENTADAS >PROVA DE TCNICO DO INSS

    Gabarito comentado:(A) falso.

    Prev o artigo 201, da Constituio, que a previdncia social ser organizada sob aforma de regime geral, de carter contributivo e de filiao obrigatria, observadoscritrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial, e no regime especial.

    (B) falso.A filiao obrigatria com base no artigo 201, da Constituio. Ademais, no hdescentralizao para outras esferas de governo, pois a gesto do Regime Geral dePrevidncia Social da Unio, atravs do Ministrio da Previdncia Social.

    (C) falso.

    O carter complementar e autnomo so caractersticas da previdncia privada, a teordo artigo 202[1], da Constituio.

    (D) falso.

    A previdncia privada que baseia-se na constituio de reservas que garantam o

    benefcio contratado, na forma do artigo 202, da Constituio.(E) verdadeiro.

    Nesse sentido, o artigo 201, da Constituio.

    [1] Art. 202. O regime de previdncia privada, de carter complementar e organizado de forma autnoma em relao ao regime geral deprevidncia social, ser facultativo, baseado na constituio de reservas que garantam o benefcio contratado, e regulado por lei complementar.

    Gabarito E.

    Direito Previdencirio

    (A) organizada sob a forma de regime especiale observa critrios que preservem o equilbrio financeiro.

    (B) descentralizada, de carter facultativo.

    (C) tem carter complementar e autnomo.

    (D) baseia-se na constituio de reservas quegarantam o benefcio contratado.

    (E) contributiva, de carter obrigatrio.

    Prof. Frederico Amado

    QUESTO 2(TCNICO 2012) No tocante Previdncia Social, corretoafirmar que:

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    45/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 45

    QUESTES COMENTADAS >PROVA DE TCNICO DO INSS

    Gabarito comentado:(A) verdadeiro.

    O auxlio-acidente possui naturezaindenizatria da sequela acidentria queprejudicou a sua capacidade funcional parao trabalho habitual, no tendo o objetivode substituir a renda do segurado ou o seusalrio de contribuio. Nesse sentido,

    pontifica o artigo 86, da Lei 8.213/91,que o auxlio-acidente ser concedido,como indenizao, ao segurado quando,aps consolidao das leses decorrentesde acidente de qualquer natureza,resultarem sequelas que impliquemreduo da capacidade para o trabalho quehabitualmente exercia.

    (B) verdadeiro.

    Conforme prev o artigo 86, 3,

    da Lei 8.213/91, o recebimentode salrio ou concesso de outro benefcio,exceto de aposentadoria, devendo sercessado por ocasio da concesso dequalquer espcie de aposentadoria.

    (C) verdadeiro.

    O auxlio-acidente corresponder a 50%do salrio de benefcio, a teor do artigo 86,

    1, da Lei 8.213/91.

    (D) verdadeiro.

    Essa a inteligncia do caputdo artigo 86, caput e 2, da Lei 8.213/91.At a consolidao da sequela o seguradoreceber o auxlio-doena,que ser convertido em auxlio-acidenteemps a referida consolidao.

    (E) falso.

    Em regra, a concesso doauxlio-acidente pressupe a percepo doauxlio-doena pelo segurado acidentado.Nesse sentido, obtempera o artigo 86, 2,da Lei 8.213/91, que o auxlio-acidente serdevido a partir do dia seguinte ao da cessaodo auxlio-doena, independentementede qualquer remunerao ou rendimentoauferido pelo acidentado, vedada suaacumulao com qualquer aposentadoria.Contudo, por exceo, possvela concesso apenas do auxlio-acidente,embora incomum, a exemplo da ausnciade requerimento do auxlio-doena,mas esta hiptese excepcional no tornaa alternativa E verdadeira.

    Gabarito E.

    (A) Tem carter indenizatrio.

    (B) Cessa com o advento de qualquer aposentadoria.

    (C) Corresponde a 50% (cinquenta por cento) do salrio de benefcio.

    (D) Somente devido aps a consolidao das leses decorrentes de acidente.

    (E) devido se no houver a concesso do auxlio-doena previamente.

    QUESTO 3(TCNICO 2012) Em relao ao auxlio-acidente, assinale a resposta INCORRETA.

    Direito PrevidencirioProf. Frederico Amado

  • 7/21/2019 Cers Editora Revista Edital 18 Edicao Light

    46/48REVISTA EDITAL > EDIO 15 > JUNHO 2014 > PG. 46

    QUESTES COMENTADAS >PROVA DE TCNICO DO INSS

    Gabaritocomentado:

    A situao acimamostra claramente umataque de Engenharia

    Social, essa novaexpresso se refereas mais diversasabordagens que podemser feitas a um usuriode um determinadoservio ou sistemacom o intuito deobter informaesque no lhe seriam

    possveis de outraforma. Seu sucessotermina por exibiruma vulnerabilidadehumana.

    Gabarito E

    Informtica

    Exemplo 1:algum desconhecido liga para a sua casa e diz ser dosuporte tcnico do seu provedor. Nesta ligao ele diz que suaconexo com a internet est apresentando algum problema epede sua senha para corrigi-lo. Caso voc en