1282236520 dietetica e confeccao dos alimentos (1)

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1 PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO Co-financiado pelo FSE e Estado Português Dietética e Confecção dos Alimentos UFCD : 3525 Duração: 50 horas Formadora: Gisela Pereira

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Dietetica e Confeccao Dos Alimentos (1)

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  • 1

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Diettica e Confeco dos Alimentos

    UFCD : 3525

    Durao: 50 horas

    Formadora: Gisela Pereira

  • 2

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Objectivos Descrever as necessidades alimentares do organismo

    Cuidar da dieta segundo o grupo etrio

    Reconhecer os princpios gerais da confeco dos alimentos

    Contedos

    Necessidades alimentares do organismo

    Necessidades alimentares do organismo

    Nutrientes energticos e no energticos

    Grupos alimentares

    Nova roda dos alimentos

    Elaborao de planos nutricionais

    Requisitos nutricionais e ingestes recomendadas

    Dieta e grupo etrio

    Nutrio segundo a idade

    Idosos

    Adultos

    Crianas

    Princpios gerais da confeco

    Noes de diettica

    Princpios gerais da confeco dos alimentos

    Controlo das condies de preparao e distribuio de alimentos

    Nutrio em situaes especiais

    Desidratao

    Carncia proteica e vitamnica

    Desnutrio

    Imobilizao

    Infeco

    Estados terminais

    Nutrio em determinadas doenas

    lceras gstricas e duodenais

    Insuficincias biliares

    Insuficincia cardaca e hipertenso

    Diabetes

    Obesidade

  • 3

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    NECESSIDADES ALIMENTARES DO

    ORGANISMO

    A ingesto de alimentos permite compensar as perdas dirias do nosso organismo,

    assegurando o seu funcionamento.

    Alimento

    Alimento toda a substncia utilizadas pelos animais como fonte de matria e energia

    para poderem realizar as suas funes vitais, incluindo o crescimento, movimento, reproduo,

    etc. Para o homem, a alimentao inclui ainda vrias substncias que no so necessrias

    para as funes biolgicas, mas que fazem parte da cultura, como as bebidas com lcool,

    refrigerantes, compostos qumicos psicotrpicos, os temperos e vrios corantes e conservantes

    usados nos alimentos.

  • 4

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Alimento vs Nutriente

    Qual a relao?

    Nutriente

    Um nutriente um constituinte alimentar utilizado pelo organismo capaz de fornecer a

    energia e ou os materiais necessrios manuteno da vida.

    Os nutrientes podem ter funes de:

    Formao

    Crescimento

    Reproduo

    Trabalho

    Manuteno fisiolgica

    Podemos dividir os nutrientes em:

    Nutrientes energticos / macronutrienes

    Protenas (ou prtidos)

    Lipidos (ou gorduras)

    Hidratos de carbono (ou glcidos, acares)

    Nutrientes no energticos / micronutrientes

    Minerais

    Vitaminas

  • 5

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Nutrientes

    Protenas

    Encontram-se presentes em todos os tecidos, so usadas

    para construir e reparar tecidos, defendem o organismo, formam

    parte de hormonas e so enzimas.

    Podemos obter as protenas ingerindo:

    Leite e produtos lcteos

    Ovos

    Carnes

    Peixes

    As protenas que ingerimos so preferencialmente

    usadas para reparao dos tecidos do nosso corpo, mas

    quando a ingesto de calorias insuficiente, as protenas

    ingeridas assim como as protenas armazenadas so

    usadas para outras necessidades do organismo.

    Lpidos ou Gorduras

    A ingesto adequada de gorduras essencial para a sade!

    A ingesto de gorduras importante pois estas so essenciais

    a vrios processos metablicos, so veculo transportador de

    vitaminas, so nutriente calrico e permitem uma manuteno da

    temperatura.

    Existem vrios tipos de gorduras:

    Mono insaturados (azeite)

    Poli insaturados (vegetais e peixes gordos)

    mega-3

    mega-6

    Saturados (animal)

    Prejudiciais sade

    Relacionados com o aumentos do mau colesterol (LDL)

  • 6

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Hidratos de Carbono

    Principal fonte de energia obtida por meio da

    alimentao.

    Assim os hidratos de carbono tm como funo no organismo:

    Principal fonte de energia

    Aco poupadora de protenas

    Constituio de compostos estruturais (DNA e RNA, membranas

    plasmticas, etc)

    Combustvel para o sistema nervoso central (glicose)

    Podemos obter hidratos de carbono ingerindo alimentos de origem

    vegetal tais como:

    Cereais

    Verduras

    Frutas

    Sais minerais

    Co-factores ajudam o metabolismo

    Exemplos

    Sdio regulao osmtica do sangue

    Potssio equilbrio osmtico, crescimento celular

    Clcio ossos e dentes

    Fsforo tecidos humanos

    Cloro lquidos celulares

    Magnsio sntese de substncias, co-enzima

    Ferro - hemoglobina

  • 7

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Vitaminas

    Presentes em pequenas quantidades nos alimentos

    No so sintetizadas pelo indivduo

    Essenciais para o organismo mas em pequenas quantidades

    Manuteno

    Crescimento

    Desenvolvimento

    Reproduo

    Tipos

    Lipossolveis

    Vitamina A

    Vitamina D

    Vitamina E

    Vitamina K

    Hidrossolveis

    Vitamina B1

    Vitamina B2

    Vitamina B5

    Vitamina B6

    Vitamina B12

    Vitamina C

    Vitamina H

    Vitamina M

    Vitamina PP

    Vitamina P

  • 8

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Vitamina A

    Caroteno ou retonol

    Fonte Cenoura, frutos e vegetais amarelos ou

    alaranjados

    Deficincia cegueira nocturna, danos na

    crnea

    DDR 0,7mg

    Vitamina D

    calciferol

    Fonte - Exposio ao sol, leo fgado de bacalhau

    Deficincia raquitismo

    DDR 10mg

    Vitamina E

    tocoferol

    Fonte vegetais

    Deficincia esterilidade, cataratas,

    derrames

    DDR 10mg

    Vitamina K

    Naftoquinona

    Fonte espinafres

    Deficincia hemorragias

    DDR 2mg/kg peso

  • 9

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Vitamina B1

    Tiamina ou vitamina F

    Fonte ervilhas, feijo, espargos

    Deficincia depresso, nervosismo, beribri

    (atrofia muscular)

    DDR 1mg

    Vitamina B2

    Riboflavina ou vitamina G

    Fonte leite, fgado, vegetais de folha verde e amarela

    Deficincia inflamaes olhos, pele, boca

    DDR 1,5 mg

    Vitamina B5

    cido pantoteico

    Fonte - cogumelos

    Deficincia cibras musculares

    DDR - 7mg

    Vitamina B6

    Piridoxina

    Fonte cereais integrais

    Deficincias anemia, nuseas, nervosismo

    DDR 2 mg

  • 10

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Vitamina B12

    Cobalamina

    Fonte carnes vermelhas

    Deficincia - anemia

    DDR 0,001 mg

    Vitamina C

    cido ascrbico

    Fonte vegetais folha verde, carnes vermelhas,

    frutas

    Deficincia deficincia do sistema imunolgico

    DDR 0,06 mg

    Vitamina H

    Biotina

    Fonte rebentos soja, fgado, ovo, vegetais

    Deficincia no neutraliza o colesterol

    DDR 10mg

    Vitamina M

    cido flico , vitamina B9

    Fonte vegetais de folha verde

    Deficincia anemia, palpitaes, diarreia

    Excesso hiperactividade

    DDR 200mg

  • 11

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Vitamina PP

    Niacina ou vitamina B3

    Fonte carnes magras

    Deficincia fadiga, diarreia

    DDR 13 mg

    Vitamina P

    Rutina

    Fonte - amoras

    Deficincia fragilidade capilar

    Fibras

    Fibras alimentares ou dietticas

    Hidratos de carbono

    Polissacarideos ( cadeia longa de hidratos de

    carbono)

    Sem valor nutricional

    No so digeridos pelo organismo

    No possuem calorias

    Benficos para o transito inestinal

    Fibras solveis da aveia

    Tm capacidade de baixar o colesterol

    Quantidade de fibras necessrias diariamente varia de 18 a 30gramas por dia

    60g po integral + 1 pra com casca + 100g arroz integral + 50 g cenoura + 50 g

    espinafres

    = 21,5 g de fibras

  • 12

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

  • 13

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Calorias

    Caloria =energia

    Necessrias para manter funes indispensveis vida

    Actividade fisica

    Regulao temperatura

    Crescimento

    falta de calorias

    Proteinas ingeridas que deveriam ser usadas na reparao dos tecidos so

    degradadas.

    Necessidade calorica diria (actividade ligeira)

    Criana 1000+(100 x idade)

    Adulto magro 40 x peso

    Adulto normal 35 x peso

    Adulto gordo 30 x peso

    Ou ento calcula-se a de outra forma mais precisa que tem em conta a idade, peso,

    altura e sexo da pessoa. Que atravs da Taxa Metablica Basal (TMB), taxa ocupacional

    (TO) e gasto em actividades fsicas (GAF).

    calorias necessrias = TMB +TO + GAF

    homens:

    Mulheres:

    TO = 20% TMB

    GAF= MET x peso x tempo (min) / 60

  • 14

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    http://www.idademaior.iol.pt/wp-content/uploads/2009/04/tab_calorias_pingo_doce.jpg

  • 15

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Exemplo Homem : 30 anos, 70 kg, 170 cm caminha 6 km durante 30 min Mtodo 1: 40 x peso = 40 x 70 =2800 cal/dia

    Mtodo 2:

    51706,730

    TMB= 2177

    TO = 20 % TMB

    TO = 435

    GAF= MET x peso x Tempo/60

    GAF = 5,5 x 70 x 30/60

    GAF = 192

    Calorias = TMB+TO+GAF

    Calorias = 2177+435+192

    Calorias = 2808 cal/dia

    (diferena mnima)

    Mulher : 30 anos, 70 kg, 170 cm caminha 6 km durante 30 min Mtodo 1: 40 x peso = 40 x 70 =2800 cal/dia

    Mtodo 2:

    1,81704,630

    TMB= 1935

    TO = 20 % TMB

    TO = 387

    GAF= MET x peso x Tempo/60

    GAF = 5,5 x 70 x 30/60

    GAF = 192

    Calorias = TMB+TO+GAF

    Calorias = 1935+387+192

    Calorias = 2514 cal/dia

    (diferena de 286 cal/dia = um bolo de arroz)

  • 16

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Tabela de Calorias dos Alimentos

    Alimento Unidade Cal

    Abacate meio 324

    Abacaxi fatia 52

    Acar colher sopa 100

    Agrio prato sobremesa 6

    Aguardente copo mdio 231

    Alface prato sobremesa 6

    Alho um dente 7

    Almndega uma 60

    Ameixa preta uma 22

    Ameixa vermelha uma 27

    Amndoa dez 192

    Amendoim torrado pires ch 595

    Atum em leo uma lata 483

    Aveia em flocos colher sopa 49

    Avel uma 19

    Arroz branco cozido duas colheres sopa 88

    Arroz integ cozido duas colheres sopa 85

    Azeite colher sopa 90

    Azeitonas dez 110

    Bacalhau posta mdia 169 Bacon colher sopa 142

    Banana uma 62

    Banha colher sopa 180

    Batata cozida mdia 68

    Batata frita 10 palitos 274

    Beterraba prato sobremesa 17

    Bife a cavalo um 196

    Bife frito um 330

    Bife de porco um 355

    Bolacha gua e sal uma 32

    Bolacha recheada uma 78

    Bolo recheado fatia 540

    Bolo simples fatia 160

    Brigadeiro um 100

    Brculos pires ch 22

    Camaro quatro unid mdias 82

    Canelloni uma 92

    Carne vaca poro 140

    Carne frango poro 107

    Carne galinha poro 235

    Carne peru magra poro 153

    Carne porco uma poro 285

    Castanha de caj poro 609

    Caviar colher sopa 40

    Cenoura mdia 25

    Cerveja copo grande 126

    Champagne taa 70

    Chantilly colher sopa 90

    Cheeseburger um 600

    Chocolate amargo tablete 185

    Chocolate em barra tablete 163

    Coca-Cola copo mdio 78

    Conhaque copo mdio 249

    Costeleta de vaca uma 380

    Couve-flor pires ch 25

    Couve-de-bruxelas pires ch 59

    Coxinha de galinha mdia 221

    Croquete de carne mdio 86

    Damasco fresco um 19

    Leite creme colher de sopa 87

    Empada de frango mdia 256

    Enrolad. de salsicha mdia 79

    Ervilhas colher sopa 18

    Esparguete prato 192

    Espinafres prato sobremesa 18

    Fanta copo mdio 108

    Far. de trigo colher sopa 75

    Feijo preto concha mdia 137

    Feijoada poro 456

    Figo fresco um 68

    Bife de frango um 128 Filet mignon um 240

    Frango assado coxa mdia 48

    Frango assado peito mdio 217

    Frango assado sobrecoxa mdia 78

    Frango frito coxa mdia 58

    Frango frito sobrecoxa mdia 94

    Gelatina de frutas taa 238

    Gema de ovo uma 71

    Gin copo 230

    Gro-de-bico colher sopa 230

    Hamburger carne um 248

    Hamburger frango um 234

    Hamburger per um 148

    Iogurte desnatado um 84

    Iogurte natural um 152

    Ketchup colher de sopa 6

    Lagosta poro 84

    Laranja uma 43

    Lasanha poro 620

    Leite condensado colher sopa 101

    Licor clice 103

    Limo um 22

    Linguado um filete 87

    Linguia um 190

    Lombo de porco fatia 363

    Lula poro 87

    Ma mdia 64

    Maionese comum colher sopa 107

    Maionese light colher sopa 50

    Manga meia 91

  • 17

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Manteiga colher caf 38

    Maracuj um 90

    Margarina comum colher caf 36

    Margarina light uma colher caf 18

    Melancia fatia 31

    Mel colher sopa 62

    Melo fatia 30

    Batido chocolate copo grande 345

    Batido morango copo grande 336

    Molho bolonhesa colher sopa 36

    Molho de tomate colher sopa 10

    Molho branco colher sopa 100

    Morangos dez 39

    Mortadela fatia 42

    Mostarda colher sopa 12

    Mousse chocolate taa 300

    Mousse maracuj colher sopa 99

    Nabo um 35 leo de girassol colher sopa 82

    leo de milho colher sopa 90

    leo de soja colher sopa 90

    Ovo inteiro cru um 74

    Ovo frito um 108

    Po de centeio fatia 70

    Po de queijo um 75

    Po integral fatia 70

    Papos-de-anjo um 116

    Pastel de carne um pequeno 165

    Pastel de queijo pequeno 170

    Peixe de escabeche filete mdio 219

    Peixe de escabeche posta mdia 366

    Peixe milanesa filete mdio 305

    Peixe cozido posta mdia 196

    Peixe ensopado filete mdio 156

    Peixe frito filete mdio 436

    Pepino mdio 22

    Pra mdia 63

    Per coxa mdia 124

    Per fatia mdia 49

    Pescada filete mdio 97

    Pssego um 52

    Pssego em calda um 67

    Picanha fatia 250

    Pipoca pacote 403

    Pistachio poro 640

    Pizza quatro queijos fatia 370

    Pizza mozzarela fatia 289

    Presunto cozido fatia mdia 85

    Pudim de claras poro 107

    Pudim de leite uma taa 138

    Pudim de chocolate taa 173

    Queijo emmental fatia mdia 99

    Queijo mozzarela uma fatia mdia 81

    Queijo parmeso uma fatia 101

    Queijo suo fatia mdia 101

    Rabanete um 2

    Repolho prato sobremesa 8

    Requeijo colher sopa 75

    Requeijo light colher sopa 45

    Rosbife fatia 66

    Rum copo 231

    Salada de frutas taa 230

    Salame cinco fatias 74

    Salmo fresco poro 211 Salsicha comum uma 165

    Salsicha de frango uma 116

    Sardinha crua uma 120

    Sardinha em leo uma 298

    Sopa de feijo prato fundo 289

    Sopa de legumes prato fundo 215

    Sorvete de creme bola 208

    Souflet de legumes poro grande 170

    Suco de laranja copo mdio 128

    Suco de tomate copo mdio 22

    Tangerina uma 50

    Tomate uma 25

    Torrada uma 31

    Torta de limo fatia mdia 335

    Torta de ma fatia 252

    Torta de frango poro 230

    Trigo colher sopa 72

    Truta uma 89

    Usque dose 120

    Uva cacho peq 118

    Uvas passas xcara ch 298

    Vagem colher sopa 10

    Vinagre colher sopa 2

    Vinho branco taa 87

    Vinho tinto uma taa 75

    Vodca copo 230

  • 18

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    ndice Glicmico (IG)

    Cada alimento tem um valor de ndice glicmico, de acordo com a mas rpida ou mais

    lenta absoro no sangue, e consequente maior ou menor subida de acar no sangue.

    O valor indicado em percentagem, tomando como ponto de referncia o po branco,

    definido como 100.

    Quanto mais lenta for a absoro menor o IG mais benfico o alimento, quanto mais

    rpida for a absoro maior o IG menos benfico o alimento.

    IG baixo 70

    Alimentos com baixo IG - Creiais integrais, arroz integral, lentilhas, frutos e legumes

    Alimentos com alto IG - Acar de mesa, farinhas brancas, batata, milho, arroz branco

  • 19

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Grupos alimentares

    Roda dos alimentos

    Representao grfica em forma de crculo

    Inicialmente era uma pirmide

    Divide os alimentos de acordo com a sua composio

    Divises do informao das diferentes pores

    Elaborada no final da dcada 70

    Por portugueses

    Recentemente revista - Nova roda dos alimentos

    gua no um grupo independente

    Informao sobre alimentao saudvel

    Completa comer alimentos de todos os grupos

    Equilibrada comer quantidades de acordo com as reas

    Variada comer alimentos diferentes dentro do grupo

  • 20

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Roda dos Alimentos Nova Roda dos Alimentos

    Nova roda dos alimentos

    COMA BEM VIVA MELHOR!!!

    o slogan da roda dos alimentos.

    A roda dos alimentos uma representao grfica em forma de crculo que s divide em

    fatias de diferentes tamanhos que se designem por grupos alimentares, e que renem

    propriedades nutricionais semelhantes.

    A roda dos alimentos surge na dcada de 70 em Portugal, hoje em dia a

    representao mais importante e utilizada em vrios pases.

    De uma forma simples a roda dos alimentos transmite orientaes para uma

    alimentao:

    Completa comer alimentos de cada grupo

    Equilibrada comer de acordo com o tamanho dos grupos

    Variada comer alimentos diferentes dentro de cada grupo

  • 21

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    A- leite e derivados

    2 a 3 pores

    B- carne, peixe e ovos

    1,5 a 4,5 pores

    C- leguminosas

    1 a 2 pores

    D- cereais, tubrculos e legumes

    4 a 11 pores

    E- hortalias

    3 a 5 pores

    F- fruta

    3 a 5 pores

    G- gorduras

    1 a 3 pores

    H- gua

    1 a 3 litros

    Pores

    Nmero de pores depende das necessidades

    energticas individuais

    Crianas 1 a 3 anos limites inferiores

    Adultos activos limites superiores

    Restante populao valores intermdios

  • 22

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Cereais e derivados, tubrculos 4 a 11 pores

    1 po (50g)

    1 fatia fina de broa (70g)

    1 e 1/2 batata - tamanho mdio (125g)

    5 colheres de sopa de cereais de pequeno-almoo (35g)

    6 bolachas - tipo Maria / gua e sal (35g)

    2 colheres de sopa de arroz / massa crus (35g)

    4 colheres de sopa de arroz / massa cozinhados (110g)

    Hortcolas 3 a 5 pores

    2 chvenas almoadeiras de hortcolas crus (180g)

    1 chvena almoadeira de hortcolas cozinhados (140g)

    Fruta 3 a 5 pores

    1 pea de fruta - tamanho mdio (160g)

    Lacticnios 2 a 3 pores

    1 chvena almoadeira de leite (250ml)

    1 iogurte lquido ou 1 e 1/2 iogurte slido (200g)

    2 fatias finas de queijo (40g)

    1/4 de queijo fresco - tamanho mdio (50g)

    1/2 requeijo - tamanho mdio (100g)

    Carnes, pescado e ovos 1,5 a 4,5 pores

    Carnes / pescado crus (30g)

    Carnes / pescado cozinhados (25g)

    1 ovo - tamanho mdio (55g)

    Leguminosas 1 a 2 pores

    1 colher de sopa de leguminosas secas cruas (ex: gro de bico, feijo, lentilhas) (25g)

    3 colheres de sopa de leguminosas frescas cruas (ex: ervilhas, favas) (80g)

    3 colheres de sopa de leguminosas secas / frescas cozinhadas (80g)

    Gorduras e leos 1 a 3 pores

    1 colher de sopa de azeite / leo (10g)

    1 colher de ch de banha (10g)

  • 23

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    4 colheres de sopa de nata (30ml)

    1 colher de sobremesa de manteiga / margarina (15g)

    Bebidas

    gua a melhor bebida para satisfazer a sede

    Outras bebidas que no contenham adio de acar, lcool ou cafena.

    Os sumos de fruta naturais e os chs sem cafena (camomila, cidreira,

    limo, tlia...).

    Consumo mximo de cafena

    300mg por dia

    Crianas e adolescentes - consumo desaconselhado.

    Teores mdios de cafena (mg)

    1 Caf cheio 125

    1 Caf mdio 115

    1 Caf curto 104

    1 Refrigerante de Cola 46

    1 Chvena de Ch 36

    1 Descafenado 2

    As bebidas alcolicas

    O seu consumo totalmente desaconselhado a crianas, jovens, grvidas e

    aleitantes.

    Com moderao, e a acompanhar as refeies, os adultos podem consumilas

    sem risco.

    Bebida (grau alcolico) Ingesto mxima admissvel / dia

    Homens Mulheres

    Cerveja (5) 3 copos fino/imperial 2 copos

    fino/imperial

    Vinho (12) 2 copos pequenos 1 copo pequeno

    Whisky (40) 1/3 de copo 1/5 de copo

  • 24

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Acar e produtos aucarados

    Refrigerantes, bolos, chocolates, compotas, rebuados e outros doces

    O consumo deste tipo de alimentos deve ser feito,

    no final das refeies

    ingesto no deve ser diria mas sim restrita a ocasies festivas.

    A leitura cuidadosa dos rtulos fundamental na seleco de alimentos com reduzido

    teor em acares.

    Exemplos

    sacarose (vulgar acar de mesa), glucose, dextrose, frutose, maltose, lactose,

    acar invertido, mel, melao, xarope de . . .

    Sal e produtos salgados

    A quantidade de sal ingerida por dia deve ser inferior a 5g.

    moderar no s o consumo de produtos salgados (por ex: produtos de

    salsicharia/ charcutaria, alimentos enlatados, batatas fritas, aperitivos, . . .)

    mas tambm a utilizao de sal em natureza.

    A leitura atenta dos rtulos fundamental na seleco de alimentos com reduzido teor

    de sal e sdio.

    A substituio do sal por

    ervas aromticas aipo, alecrim, alho, cebolinho, coentro, estrago, hortel, louro,

    orego, salsa, . . .)

    especiarias (aafro, baunilha, canela, caril, colorau, noz-moscada, . . .)

    na preparao e confeco de alimentos uma boa forma de adicionar sabor e

    realar a cor aos alimentos.

  • 25

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Manter um peso saudvel

    Seguir as recomendaes da nova Roda dos Alimentos

    Praticar Actividade Fsica moderada e regular

    Ex: Um passeio a p com durao de pelo menos 30 minutos realizado

    diariamente

    Na populao adulta, o ndice de Massa Corporal (IMC) uma medida que permite

    avaliar a adequao entre peso e altura.

    Se IMC . . .

    - 18,5 baixo peso

    18,5 - 24,9 peso normal

    25,0 - 29,9 excesso de peso

    + 30,0 obesidade

  • 26

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Elaborao de planos nutricionais

    Plano nutricional regras base

    Ser adequado ao indivduo

    Ser adequado fase do ciclo da vida

    Ter em ateno o meio cultural

    Atender aos princpios de variedade

    Considerar produo dos alimentos

    Estimular diminuio desperdcios

    Estimular consumo alimentos da poca e da regio

    Estimular aproveitamento integral dos alimentos

    Requisitos nutricionais

    Variam conforme

    Idade

    Sexo

    Actividade fsica

    Sade

    Estes factores definem

    Quantidades de nutrientes necessrias para manuteno do sprocessos vitais

  • 27

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Ingestes recomendadas

    As recomendaes tabeladas no tm em considerao as perdas na preparao dos

    alimentos!!!

    Necessidade calrica diria (actividade ligeira)

    Criana 1000+(100 x idade)

    Adulto magro 40 x peso

    Adulto normal 35 x peso

    Adulto gordo 30 x peso

    1 grama de: calorias pores

    Hidratos de C. 4 cal 57%

    Lipdeos 9 cal 30%

    Protenas 4 cal 13%

    Tabela de nutrientes dos alimentos

    Grupo Calorias Proteinas Lipdios Glicdios Fibras

    Vegetais e

    tubrculos

    11-43 (25)

    86-149 (115) 0.6-3 (2) 0.1-0.5 (0.2) 1-10 (5) 0.4-3 (1)

    Leguminosas 34-360 (130) 4-30 (14) 0.1-0.3 (0.3) 11-61 (25) 2-8 (5)

    Cereais 11-365 (290) 3-30 (11) 0.51-9 (3) 25-79 (59) 0.60-13 (4)

    Carnes 157-258 (215) 12-31 (23) 7-18 (13) Menos de 1 g Zero

    leos 884 (884) Zero 100 em 100 Zero Zero

    Leite e derivados 105-716 (340) 1-26 (12) 0.18-81 (27) 0.06-19 (4) Zero

    Frutas 31-109 (56)

    135-589 (309) 0.39-7 (1) 0.1-1 (0.4) 4-32 (14) 0.1-13 (3)

    Frutas

    oleaginosas 94-685 (511) 4-20 (11) 13-63 (42) 15-57 (31) 0.5-7 (3)

  • 28

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Exemplo de uma Semana Ideal

    SEGUNDA TERA QUARTA QUINTA SEXTA SBADO DOMINGO

    MANH Caf com leite

    magro

    Tosta mista de

    requeijo e

    fiambre magro

    Sumo de laranja

    natural

    Iogurte magro

    Salada de fruta

    Bola de mistura

    com queijo

    fresco

    3 tostas integrais

    com queijo e

    fiambre

    magros

    Chvena de ch

    1 gelatina

    1 pao de

    sementes com

    requeijo

    Leite com

    cevada

    Caf com leite

    magro

    Bola de mistura

    com fiambre e

    queijo magros

    Sumo natural de

    laranja e

    cenoura

    3 tostas integrais

    com requeijo e

    um fio de mel

    Cereais com leite

    1:30 ANTES

    ALMOO

    1 ma

    1 bolacha Maria

    1 kiwi

    1 bolacha Maria

    1 pssego

    1 bolacha Maria

    banana

    1 bolacha Maria

    1 fatia de melo

    1 bolacha Maria

    6 morangos

    1 bolacha Maria

    1 quadrado de

    chocolate

    ALMOO Sopa

    Peixe no forno

    com batata a

    murro

    Frango com

    laranja e

    legumes

    salteados

    Canja de galinha

    1 chvena de ch

    Arroz de coelho Omoleta com

    salada

    Bacalhau cozido

    com todos

    Arroz de marisco

    LANCHE Iogurte magro

    3 nozes

    1 tosta integral

    com queijo

    magro

    Iogurte magro Meia de leite 1 bolacha Maria 1 fatia de bolo

    1 ch

    1:30 ANTES

    JANTAR

    meloa

    1 bolacha Maria

    1 pra

    1 bolacha Maria

    6 cerejas

    1 bolacha Maria

    1 ma

    1 bolacha Maria

    manga

    1 bolacha Maria

    1 ma

    1 bolacha Maria

    JANTAR Salada de alface,

    tomate e ovo

    cozido

    Sopa de abbora Espetada de

    peixe com

    esparregado

    Sopa de feijo

    verde

    Roti de peru com

    arroz banco

    Sopa de alho

    francs

    Hambrguer no

    po

    EXERCICIO

    DO DIA

    Ginsio antes de

    ir para o

    emprego

    Caminhada a

    seguir ao

    almoo (30min)

    Ginsio antes de

    ir para o

    emprego

    Caminha da a

    seguir ao

    almoo (30min)

    Ginsio antes de

    ir para o

    emprego

    Dana

    (discoteca)

    Patinagem com os

    amigos

  • 29

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

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    Recomendaes

    - consumo de todo o tipo de alimentos

    - liberdade uma vez por semana

    - controlar o emagrecimento pela roupa e no pela balana

    - beber muita gua (far das refeies) ou infuses sem acar

    - refrigerantes e lcool so para o dia de liberdade

    - consumo de doces deve ser reduzido (somente no dia de liberdade)

    - evitar enchidos e conservas

    - comer somente 1 po por dia, preferencialmente de mistura, acompanhado por queijo

    fresco e/ou fiambre de peru

    - deixar os cereais (mesmo os light) para o dia de liberdade

    - escolher uma refeio para comer hidratos de carbono (batata, arroz, massa), na outra

    refeio optar por legumes

    - privilegiar peixe carne, e carnes brancas as vermelhar. Retirar gorduras visveis

    - comer grelados, cozidos ou assados sem gordura, em vez de, fritos e evitar molhos

    - comer sopa sem restries, evitar sopa com batata e cenoura, das 14 refeies

    semanais 5 devem ser apenas sopa preferencialmente noite

    - no comer fruta refeio, comer fruta uma hora e meia antes das refeies e

    acompanhada de uma bolacha Maria (a fruta sozinha abre o apetite, em conjunto com

    a bolacha reduz o apetite)

    - sempre que possvel iniciar as refeies com uma salada ou sopa

    - optar por lacticnios magros

    - comer a horas e num ambiente tranquilo

    - comer devagar

    - a isto deve-se juntar exerccio fsico, 30 minutos dirios

  • 30

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    NUTRIO NAS DIFERENTES FASES DA

    VIDA

    Durante toda a vida, o ser humano deve alimentar-se correctamente para garantir a sua

    sade.

    Porm, cada perodo da vida de cada um, desde o seu nascimento at morte, exige

    um tipo de alimentao.

    LEI QUANTIDADE comer o suficiente para cobrir as exigncias do nosso organismo

    LEI QUALIDADE a alimentao deve ser completa nas substncias necessrias

    LEI DA HARMONIA a quantidade dos diversos nutrientes devem ser adequadas

    LEI DA ADEQUAO

    A finalidade da alimentao est subordinada sua adequao no organismo.

    Indivduo sadio conserv-lo assim

    Enfermo curar a enfermidade

    Criana assegurar crescimento e desenvolvimento

    Trabalhador favorecer rendimento no trabalho

  • 31

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

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    Nutrio nos Idosos

    A pessoa idosa precisa igualmente de alguns cuidados alimentares especiais.

    Comea a faltar o apetite, as foras, a energia, surgem problemas em diversas zonas do

    corpo, e normal que a pessoa se comece a sentir desmotivada e mais fraca.

    Quadro perfeitamente normal nesta altura da vida, preciso conseguir invert-lo e dar

    aquilo que o organismo precisa.

    Muita fruta, legumes, carnes, produtos lcteos, gros e vegetais, devem ser a base da

    ementa diria dos idosos.

    As refeies devem ser em menores quantidades, mas contendo todos os nutrientes

    necessrios, de preferncia contendo um alimento de cada categoria alimentar.

    H que ter maiores cuidados nesta fase:

    ingerir o menor nmero de fritos possvel,

    optar por carnes magras,

    reduzir a quantidade de comida nas refeies medida que o dia avana.

    Ao jantar, a refeio deve ser mesmo muito ligeira!

  • 32

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

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    Terceira Idade

    As necessidades calricas diminuem de 20% a 25% entre os 50 e os 65 anos. Depois

    desta idade, diminuem cinco a dez por cento em cada 10 anos. Por este motivo, essencial

    reduzir o consumo de calorias no nutritivas, como o acar, o lcool ou a gordura.

    Com a idade, o apetite, o olfacto e o paladar diminuem, tornando a comida menos

    atraente. Muitos idosos tem dificuldade em mastigar, alm disso, azia, priso de ventre,

    intolerncia a lactose e outros problemas digestivos aumentam com a idade. Tudo isso faz com

    que eles no se alimentem direito.

    Assim, uma eventual m nutrio pode ser evitada dando-se ateno aos alimentos de

    pouco volume e calorias concentradas que sejam ricas em protenas, vitaminas e minerais, e

    que so preparados de um modo saboroso.

    Os alimentos de baixo valor calrico devem ser escolhidos com cuidado, pois devem

    conter todos os elementos essenciais nas devidas propores. H uma necessidade evidente

    de alimentos com alto teor de protenas, minerais e vitaminas.

    Necessidades proteicas

    O aporte proteico no deve exceder 12 15 % das calorias, mas deve assegurar os

    cidos aminados essenciais, em particular a Lisina, a Metionina e o Triptofano. No entanto, h

    que ter em ateno que os idosos adoecem mais frequentemente.

    A carncia proteica do idoso surge sobretudo por fatores econmicos e sociais, estados

    depressivos, anorexia, mau estado de dentio, entre outros fatores.

    Necessidade lipdicas

    bem conhecida a relao que existe entre a gordura da dieta e os nveis de colesterol,

    assim como a relao deste com a arteriosclerose. Assim, as gorduras devem manter-se na

    proporo de 25 30% das calorias, sobretudo de origem vegetal (azeite e leos alimentares

    ricos em gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas), reduzindo ao mximo as de origem

    animal (manteiga, banha, enchidos, gema de ovo) e com colesterol alto.

  • 33

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

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    Necessidades de carboidratos

    Os carboidratos constituem uma fonte importante de energia. O idoso deve consumir

    quantidades adequadas de carboidratos, para que a glicemia se mantenha dentro dos valores

    normais.

    Deve-se dar preferncia aos carboidratos complexos representados pelos amidos, pois a

    absoro destes lenta na medida em que eles devem ser previamente submetidos digesto

    enzimtica que os reduzir a molculas de glicose. Esto presentes em muitos alimentos de

    origem vegetal. Devem representar 50 60% do valor calrico total.

    Necessidade de Vitaminas e Minerais

    No h dados cientficos de que as necessidades vitamnicas diminuam com a idade.

    Por este motivo, seguro afirmar que as pessoas idosas necessitam de todas as vitaminas da

    mesma forma que quando mais jovens, em especial a vitamina A, as vitaminas do complexo B

    e vitamina C. A melhor maneira de assegurar o aporte de vitaminas dirio est na dieta

    variada. Quando no estiver seguro, utilize produtos farmacuticos polivitaminados de tipo

    geritrico sob orientao de um mdico.

    Principais carncias vitamnicas do idoso:

    - Vitamina D: A carncia desta vitamina surge principalmente devido a dois fatores: a falta de

    exposio ao sol e os regimes alimentares montonos. Ajuda na absoro do clcio.

    - Vitamina B1: A carncia desta vitamina surge devido a uma alimentao pouco diversificada

    ou ao abuso de acares refinados.

    - Vitamina B12: A carncia desta vitamina pode levar a uma situao comum no idoso, a

    anemia. Participa da formao das clulas vermelhas do sangue e mantm os nervos

    saudveis.

    - Vitamina C: A carncia desta vitamina surge devido a regimes pobres em vegetais e frutas.

    - Vitamina E: Esta carncia surge quando a relao entre a vitamina E e as gorduras

    polinsaturadas no so adequadas.

  • 34

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Os minerais precisam de ser fornecidos em quantidades semelhantes s do adulto.

    - Clcio: So necessrios 800 mg deste mineral por dia. Nos casos de Osteoporose, as

    necessidades situam-se volta de 1000 mg/dia.

    - Ferro: As necessidades de ferro aumentam para os idosos. Na mulher, diminuem muito

    depois da menopausa, tornando-se iguais s dos homens. Ainda assim, so conhecidos os

    estados frequentes de anemia nessa fase. Essas anemias resultam, de uma alimentao

    inadequada (regime alimentar montono desprovido de alimentos ricos em ferro, como a carne,

    os ovos, os cereais e os legumes verdes) e, por outro lado, devido a uma m absoro.

    - Iodo: um elemento importante a considerar, pois a sua falta ocasiona frequentemente

    estados de hipotiroidismo nas pessoas idosas.

    - Sdio: A sua restrio conveniente pelas suas relaes com a hipertenso e com a

    insuficincia cardaca.

    Necessidade hdricas e de fibras

    Os idosos necessitam de quantidades adequadas de lquidos e de fibras, a fim de evitar

    a obstipao (intestino preso), uma queixa entre comum entre os indivduos nesta faixa etria.

    No idoso h uma tendncia desidratao. Assim, deve-se ingerir lquidos em

    quantidades suficientes, mas tendo o cuidado de no ser ingerido junto s refeies. O ideal

    beber no mnimo 2L de lquidos no dia.

    Quanto fibra, uma dieta normal contendo frutas, vegetais e cereais fornece uma dieta

    adequada neste elemento para a maioria das pessoas.

    As refeies na terceira idade devem ser fracionadas em pequenas refeies mais

    vezes ao dia, assim como o indivduo adulto, para que no "enche" muito o estmago (caf da

    manh - lanche da manh - almoo - lanche da tarde - jantar - ceia).

    As refeies devem ser preparadas para facilitarem a mastigao e permitirem uma fcil

    digesto, evitando a utilizao de condimentos fortes e comidas gordurosas.

    Alm disso, as refeies devem ser atrativas em termos de aspecto, de paladar e de

    consistncia, a fim de estimularem o apetite.

    O aspecto visual da comida muito importante. At uma comida simples e bem

    apresentada poder fazer com que o idoso sinta prazer em comer.

  • 35

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Dicas Gerais

    Estabelea horrios para suas refeies;

    Coma com calma e mastigue bem os alimentos;

    Escolha pratos que proporcionem contrastes de cor, textura e sabor - use ervas e

    temperos. Uma pitada de noz-moscada ou canela pode compensar o paladar diminudo;

    Beba cerca de 2L de lquido por dia. Pessoas idosas geralmente sentem menos sede ou

    reduzem a ingesto de lquidos devido incontinncia urinria. Isso pode contribuir para priso

    de ventre e problemas renais, alm de aumentar o risco de desidratao no vero;

    Se voc tem problemas de mastigao, no h necessidade de fazer dieta lquida. Em

    vez disso, prepare peixe ou carne cozida e purs de legumes, sopas e outros alimentos

    nutritivos;

    Ingira alimentos ricos em clcio como: leite, queijos, iogurtes, coalhadas, aveia, soja,

    sardinha gergelim, etc. Previne a osteoporose e mantm os ossos saudveis;

    Ingira alimentos ricos em vitamina C como: acerola, caju, goiaba, laranja, melo, banana,

    tomate, limo, pimento verde. Ajuda a prevenir as infeces e melhora a absoro do ferro;

    Ingira alimentos ricos em ferro como: carnes, gema de ovo, fgado, melado de cana,

    feijo, farelo de trigo e soja. Sua falta causa anemia, cansao, diminuio do apetite, irritao e

    dores de cabea;

    Ingira alimentos ricos em vitamina B12 como: vegetais verdes, ovos, cereais, carne,

    fgado, peixe, feijo, queijo, midos, leite, banana e abacate. Participa da formao das clulas

    vermelhas do sangue e mantm os nervos saudveis;

    Vitamina D presente nos: leo de fgado de peixe e de bacalhau, gema de ovo, raios

    solares, leite;

    Coma mais fibras para prevenir a priso de ventre:frutas, verduras, leguminosas e

    alimentos integrais;

    Faa actividade fsica diariamente sempre com uma orientao profissional.

    Nenhuma informao deste manual substitui uma orientao nutricional!

    Consulte um nutricionista para um plano alimentar individualizado.

  • 36

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Principais Doenas da Terceira Idade

    Doenas Cardiovasculares: Enfarto, Angina de peito, Insuficincia Cardaca

    Factores de risco: Pouca actividade fsica (sedentarismo), fumo, diabetes, alta taxa de

    gordura no sangue (colesterol) e obesidade (gordura).

    Sintomas: Falta de ar, dor no peito, inchao, palpitaes.

    Preveno: Praticar actividade fsica de forma sistemtica, no fumar e controlar o

    peso, colesterol e a diabetes e uma alimentao equilibrada

    Derrames (Acidente Vascular Cerebral - AVC)

    Factores de risco: Presso alta (hipertenso arterial), fumo, sedentarismo, obesidade

    e colesterol elevado.

    Sintomas: Tontura, desmaio paralisia sbita.

    Preveno: Praticar actividade fsica de forma regular e sistemtica, no fumar,

    controla a presso arterial, peso e o colesterol e alimentao equilibrada

    Cancros

    Factores de risco: Fumo, exposio ao sol, alimentao inadequada, obesidade,

    casos na famlia, alcoolismo.

    Sintomas: Depende do tipo de Cancro, um dos sintomas mais comuns e o

    emagrecimento inexplicvel

    Preveno: Consultar o mdico pelo menos uma vez por ano para fazer exames

    preventivos, evitar exposio ao sol em excesso, no fumar e ter uma

    alimentao equilibrada

  • 37

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Pneumonia

    Factores de Risco: Gripes, bronquite anteriores, alcoolismo e imobilizao na cama

    Sintomas: Febre, dor ao respirar, escarro, tosse.

    Preveno: Praticar actividade fsica de forma regular e sistemtica, boa alimentao,

    vacinao contra gripe e pneumonia.

    Bronquite Crnica

    Factores de Risco: Fumo, casos na famlia, poluio excessiva.

    Sintomas: Tosse, falta de ar e escarro.

    Preveno: Parar de fumar, manter a casa ventilada e aberta ao sol, e suplementos

    alimentares especficos

    Infeco urinria

    Factores de Risco: Reteno urinria no homem e na mulher a incontinncia urinria.

    Sintomas: Ardor ao urinar e vontade frequente de urinar.

    Preveno: Consultar um mdico e tratar a infeco e sua causa, modificar hbitos

    alimentares

    Diabetes

    Factores de Risco: Obesidade, sedentarismo, casos na famlia

    Sintomas: Muita sede e aumento no volume de urina.

    Preveno: Controlar o peso e a taxa de acar no sangue, atravs da mudana de

    estilo de vida e/ou o uso de suplementos alimentares

  • 38

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Osteoporose

    Factores de Risco: Fumo, sedentarismo, dieta pobre em clcio, nas mulheres o risco

    7 vezes maior.

    Sintomas: No h sintomas, em geral, descoberta pelas complicaes (fracturas).

    Preveno: Praticar actividade fsica de forma regular e sistemtica, no fumar, comer

    alimentos ricos em clcio

    Osteoartrose

    Factores de Risco: Obesidade, traumatismo, casos na famlia.

    Sintomas: Dores nas juntas de sustentao (joelho, tornozelo e coluna), e na mos

    Preveno: Controlar o peso e praticar actividades fsica adequada.

    Todas as patologias implicam e revelam, uma insuficincia de

    determinados nutrientes ao longo da vida, logo, todas tero que passar

    por uma alimentao especfica para cada caso.

  • 39

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Nutrio nos Adultos

    Esteja com o seu Peso Ideal

    excesso de peso piora muitos problemas de sade, como hipertenso, artrite,

    cancro, diabetes ou doenas de corao.

    Se tiver excesso de peso, perder alguns quilos, desde que de forma controlada,

    pode reduzir drasticamente estes riscos.

    Esta perda de peso deve manter-se de forma equilibrada, entre as 500 e 1000 grs

    por semana.

    Seja activo:

    importante que seja o mais activo possvel.

    Ser activo ajuda a manter a tenso sangunea baixa e o peso ideal, bem como

    manter um corao, ossos e articulaes fortes.

    Ser activo no quer dizer necessariamente uma actividade exagerada

    um simples passeio por dia pode ser muito benfico.

    Mantenha o consumo de lcool dentro dos limites

    pequenas quantidades de lcool podem ser benficas, mas beber em demasia

    pode ser desastroso para a sua sade.

    Beber dentro dos limites significa entre 2 e 3 bebidas por dia para homens e 1 a 2

    para mulheres.

    Limite o consume de sal:

    muitos adultos e crianas consomem sal em excesso, muito mais do que o

    precisam, o que pode aumentar significativamente o risco de contrair doenas

    coronrias e de corao ou osteoporose.

    Reduzir a quantidade de sal em alimentos processados ou durante a refeio

    ajuda a manter-se saudvel.

    Suplementos Nutricionais

    Adultos saudveis no devem precisar de suplementos nutricionais ou

    vitamnicos se mantiver uma alimentao equilibrada diariamente.

    De facto, pesquisas mostram que pessoas que consomem pelo menos 5 doses

    de frutas ou legumes por dia tem uma taxa de enfarte e cancro muito baixa.

  • 40

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Nutrio nas grvidas

    As necessidades da grvida e do prprio feto devem ser rigorosamente seguidas, a fim

    de assegurar a segurana de ambos.

    Quando a grvida no satisfaz as necessidades de ambos, o feto recorre s reservas da

    me, podendo originar problemas na grvida ou mesmo alguns defeitos no

    desenvolvimento normal da criana.

    Os hidratos de carbono e as gorduras so essenciais para garantir a necessidade extra

    de energia, e as protenas, vitaminas, clcio, ferro, bem como os restantes produtos,

    determinam o boa constituio, formao e desenvolvimento dessa nova vida.

  • 41

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Nutrio das crianas

    Melhoras nutricionais no incio da infncia

    levam a melhoras no desempenho intelectual

    durante a adolescncia!

    Bebs

    fundamental que a alimentao seja base de leite materno, de forma a assegurar as

    foras e as defesas naturais. Nele se encontram todos os nutrientes que a criana necessita

    nos primeiros meses de vida, mas quando a criana comea a crescer, o leite nica e

    exclusivamente, j no suficiente.

    A partir dos 6 meses, pode ser dado criana outros nutrientes que contenham energia,

    protenas, sais minerais e vitaminas, embora nunca se dispense o leite. Vegetais, frutas,

    produtos de origem animal e legumes devem ser, por isso, adicionados alimentao da

    criana.

    Posteriormente, e quando os dentes j tiverem em fase de nascimento j podem ser

    dados criana alimentos mais slidos.

    O crescimento da criana deve ser assegurado da melhor forma possvel, conferindo-lhe

    tudo aquilo que ela necessita para crescer forte.

    Na infncia fundamental dar-lhes muitos nutrientes, mantendo sempre cuidados

    especiais na alimentao. Assim, saiba que no se deve dar somente a comer aos mais novos

    tudo aquilo que eles pedem ou que mais gostam!

    Frutas, vegetais, alimentos com muita protena, e energia, so os pilares fulcrais para a

    alimentao. Os alimentos responsveis pelo crescimento do corpo so imprescindveis neste

    momento da vida!

    a partir destes anos de vida que se constroem os hbitos alimentares posteriores, que

    vo pela adolescncia e maturidade adiante.

  • 42

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Idade escolar

    Entre o 6 anos e o inicio da puberdade

    Com a entrada na escola as crianas ganham uma autonomia alimentar, a escola tem

    um papel importante na alimentao das crianas.

    iniciado o processo de socializao onde a imitao e a influncia dos companheiros

    cria novos hbitos alimentares.

    Factores que afectam uma alimentao adequada:

    Aparncia dos pratos

    Quantidade de comida

    Combinao dos alimentos

    Bom exemplo familiar

    Objectivos nutricionais:

    Manter o crescimento adequado

    Evitar o dfice de nutrientes

    Prevenir possveis problemas de sade da fase adulta

    Subnutrio

    Atraso no crescimento fsico e no desenvolvimento motor

    Efeitos sobre o desenvolvimento cognitivo

    Maior incidncia de problemas comportamentais e aptides sociais deficientes

    em idade escolar

    Aprendizagem deficiente, ateno diminuda e desempenho escolar mais fraco.

  • 43

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

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    Obesidade infantil

    Crianas amamentadas durante o 1 ano de idade tm menos tendencia para se

    tornarem obesas.

    Causas:

    hbitos alimentares errneos

    propenso gentica (pais obesos - 80% prob.)

    estilo de vida familiar (sedentarismo e actividade fsica)

    condio scio-econmica

    factores psicolgicos (ex: ansiedade)

    factores hormonais- 10%

    Consequncias

    Crescimento anormal na infncia

    Maior propenso de se tornarem adultos obesos

    Maior tendencia para diabetes, hiperteno

    Psicolgicas ( rejeio social )

    Fsicas ( coluna e articulaes )

    Ementa tipo

    Pequeno almoo

    - Leite

    - Cereais/po

    - Fruta

    Meio da manha

    - Po com

    fiambre/queijo

    - Fruta/sumo de fruta

    Almoo

    - Sopa

    - Po

    - Massa/arroz

    - Frango/carne

    vermelha

    - Legumes/salada

    - Fruta

    Lanche

    - Leite/derivados

    - Po

    - Fruta

    Jantar

    - Sopa

    - Arroz/batata

    - Peixe/ovos

    - Legumes/salada

    - Fruta

    Ceia

    - Leite

  • 44

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

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    Eliminao do pequeno almoo

    As crianas que saltam o pequeno-almoo ingerem at menos 40% de vit C e clcio e

    menos 10% de ferro.

    Almoo 1 refeio do dia

    Jejum mais prolongado

    Tendncia para petiscar

    Aumento risco de diabetes e obesidade

    Consequncias

    Risco de hipoglicmia

    Alteraes de humor

    Confuso mental

    Dificuldade de raciocnio

    Dificuldade de aprendizagem

    Debilidade fsica

    Doenas gastrointestinais

    Actividade fsica nas crianas

    A actividade fsica fundamental para que a criana possa aproveitar os nutrientes de

    forma adequada, previne a obesidade, melhora a capacidade pulmonar e a resistncia fsica e

    aumenta a densidade mineral ssea

  • 45

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Adolescncia

    Para os adolescentes os conselhos mantm-se tal como para as crianas, com a

    diferena de que agora so necessrias ao organismo muitas vitaminas, nomeadamente A, C,

    e D, ferro e clcio, para fortalecer os ossos.

    H que garantir igualmente a ingesto de protenas e produtos energticos durante toda

    a adolescncia, ao mesmo tempo que deve ser incutida desde esta altura, ou antes, a prtica

    de exerccio fsico a fim de evitar problemas de obesidade anos mais tarde.

    No entanto, uma m alimentao pode provocar igualmente anemia ou problemas de

    falta de clcio.

    Diversifique as refeies e coma em quantidades reduzidas!

  • 46

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    PRINCIPIOS GERAIS DA CONFECO

    Noes de diettica

    a parte da cincia da nutrio que se ocupa da prescrio cientfica e racional da

    dieta para todo e qualquer ser humano sadio.

    a arte de alimentar corretamente pessoas e coletividades sadias. Consiste na

    aplicao da cincia da nutrio no planejamento e preparaes de refeies adequadas.

    Princpios gerais da confeco dos alimentos

    A culinria transforma produtos in natura pouco aproveitveis em alimentos fceis de

    digerir , pois, melhora o paladar, a digestibilidade, e a segurana dos alimentos.

    Os mtodos culinrios:

    Estufar / Guisar

    Assim, conseguimos ingerir vrias vitaminas e minerais que por arrasto saem dos

    alimentos e passam para o lquido.

    Cozinhar a vapor

    Diminui as perdas de nutrientes para a gua de confeco,

    Cozer a vapor com presso aumenta a temperatura, aumentar as perdas nutritivas

    diminui grandemente o tempo de confeco o que faz com que no total as perdas sejam

    menores

    Cozinhar com microondas

    Assemelha-se cozedura em vapor, do ponto vista nutricional

    Assar, saltear

    Levam a temperaturas muito elevadas e portanto a maiores perdas nutritivas

    No caso dos alimentos mais gordos ( frango e pato) deve proceder-se de modo a que a

    gordura escorra e no seja aproveitada, obtendo-se um cozinhado mais magro .

  • 47

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Grelhar

    Uma menor ingesto de gordura , mtodo que no exige a sua adio permite que a

    gordura de constituio seja libertada do alimento.

    As partes carbonizadas devem ser rejeitadas.

    Fritos

    Devem ser evitados, deve-se retirar o excesso de gua dos alimentos antes de fritar, o

    que diminui o tempo de fritura e, em consequncia, a quantidade de gordura retida pelo

    alimento, fritar temperatura adequada, os alimentos a fritar no devem ser demasiado finos,

    no reutilizar demasiadas vezes o banho de fritura.

    Fritos - leos

    O aquecimento prolongado a altas temperaturas, com a presena de gua e oxignio

    contidos nos alimentos, provoca a oxidao do leo de fritura originando compostos qumicos

    txicos.

    Boas prticas que permitem alargar a durabilidade dos leos:

    - O uso de leos de boa qualidade, resistentes a altas temperaturas;

    - Substituio de leo regularmente, sendo totalmente proibida a juno de leo novo

    com leo usado ou dois tipos de leo distintos;

    - O no aquecimento do leo a temperaturas superiores a 180C;

    - A filtrao do leo aps cada utilizao e aps arrefecimento, de forma a remover as

    partculas slidas;

    - Proteger o leo nas fritadeiras do contacto com o ar e da luz;

    - Esvaziar e limpar as cubas das fritadeiras aps cada utilizao.

    Sopas

    Imprescindveis numa alimentao saudvel o consumo de sopa apresenta vrios

    benefcios para o sistema digestivo.

  • 48

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Controlo das condies de preparao e distribuio

    de alimentos

    Preparao de alimentos higiene

    As zonas de preparao devem ser limpas e desinfectadas

    Os manipuladores de alimentos devem respeitar todas as regras de higiene pessoal,

    Todos os equipamentos, bancadas e utenslios devem ser cuidadosamente lavados e

    desinfectados antes da preparao;

    Na mesma bancada no podem existir alimentos crus e confeccionados, ou alimentos na

    proximidade de lixos ou objectos sujos, de forma a evitar a contaminao cruzada;

    No permitido que a mesma faca ou tbua de corte contacte simultaneamente com

    alimentos crus e confeccionados, e com alimentos de origem animal e vegetal;

    Os alimentos devero permanecer na zona de perigo (entre 4C e 63C) o menor

    tempo possvel,

    Todos os materiais devem ser utilizados apenas para uma tarefa,

    Os alimentos devem ser colocados na cmara de refrigerao, devidamente

    acondicionados, aps a sua preparao e at sua confeco.

    Temperaturas

    A temperatura ptima de multiplicao dos microrganismos

    36-37C.

    Embora este seja mais lento, o desenvolvimento dos microorganismos d-se

    entre os 4C e os 63C,

    "zona de perigo".

    Assim, importante que as temperaturas de conservao se mantenham fora desta

    zona

    zona fria (63C).

  • 49

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Preparao de alimentos crus

    Carnes

    Preparao de carnes

    Os procedimentos operacionais na zona de preparao de carnes lavagem, corte

    e tempo de espera para confeco. Devero seguir uma sequncia que assegure que:

    Os produtos perecveis crus de origem animal no estejam expostos mais

    que 1 hora temperatura de risco;

    As carnes de aves, coelhos e vsceras no estejam expostas mais que 30

    minutos temperatura de risco.

    Em unidades de restaurao deve-se ter sempre presente que:

    No devem adquirir carnes frescas para congelar;

    Aquando da aquisio de carnes embaladas em vcuo, esta dever ser retirada 2

    horas antes da sua preparao, de modo a retomar a sua colorao natural e o odor a

    vcuo desaparecer.

    Durante este perodo a carne dever estar armazenada em cmaras de

    refrigerao;

    A preparao de carne picada deve ser realizada na unidade, o mais prximo

    possvel da sua confeco;

    Os enchidos a servir crus devero ser previamente escaldados, devendo ser

    introduzidos em gua a ferver durante 4 a 5 segundos.

  • 50

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Pescado

    Preparao de pescado

    Os procedimentos operacionais na zona de preparao de pescado eviscerao,

    remoo das cabeas, descamao, lavagem, Corte e tempo de espera para confeco.

    Devero seguir uma sequncia que assegure que o pescado e moluscos no

    estejam expostos mais que 30 minutos temperatura de risco.

    No final de todas estas operaes, os desperdcios gerados devem ser imediatamente

    retirados, realizando-se uma lavagem do pescado com gua corrente.

    A compra ou congelao de pescado desfiado ou picado proibida, devendo esta

    operao ser realizada na unidade de restaurao, o mais prximo possvel da sua confeco.

    Bacalhau

    Relativamente ao bacalhau, quer seja seco ou salgado, depois de cortado em postas,

    deve ser demolhado em gua fria corrente.

    Em alternativa, pode ser demolhado em 48 horas, num recipiente coberto, com

    mudanas de gua frequentes, em ambiente refrigerado.

  • 51

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Frutas e hortcolas

    Preparao de hortcolas e frutcolas

    Todos os produtos hortcolas e frutcolas a serem servidos crus, incluindo as

    ervas aromticas, tm que ser bem lavados e desinfectados.

    De modo sequencial, deve-se:

    Rejeitar as folhas exteriores dos vegetais,

    Lavar em gua fria corrente,

    Mergulh-los numa soluo de gua e desinfectante apropriada,

    Passar novamente por gua fria corrente.

    Depois de cuidadosamente lavados, desinfectados e preparados, os produtos a

    servir em cru devem ser guardados na cmara de refrigerao, devidamente

    cobertos com pelcula aderente, at ao momento de servir.

    Ovos

    Preparao de ovos

    Devido sua estrutura fsica e casca coberta por uma fina camada protectora, o ovo

    encontra-se relativamente protegido de contaminantes. Mas, se a porosidade da casca

    fragilizada, os microrganismos podem facilmente passar para o seu interior. Assim sendo, os

    ovos devem ser rejeitados sempre que a casca esteja suja, rachada, partida ou com manchas.

    Ateno aos seguintes aspectos:

    A quebra dos ovos no dever ser efectuada nos bordos do recipiente onde o

    contedo destes vai ser colocado.

    Os ovos devem ser partidos um a um, num recipiente parte, antes de serem

    adicionados aos restantes, assim caso um ovo aparente estar estragado, possa ser

    rejeitado, sem necessidade de rejeitar todos os outros.

    As cascas, aps ter sido partido cada ovo, devero ser colocadas imediatamente

    nos recipientes de lixo a superfcie onde foram quebrados dever ser lavada e

    desinfectada no final da operao.

  • 52

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Alimentos congelados

    Descongelao

    A correcta descongelao dos alimentos muito importante na higiene e

    segurana alimentar.

    Os alimentos devem ser colocados a descongelar com a devida antecedncia,

    no mximo 72 horas,

    em ambiente refrigerado (temperatura entre 1 e 4C).

    Depois de totalmente descongelados, os produtos tm que ser consumidos

    no prazo de 24 horas,

    durante esse perodo de tempo, ser conservados na cmara de

    refrigerao.

    Existem, no entanto, alguns alimentos de pequena dimenso, que podem ser

    retirados da cmara de conservao de congelados directamente para a

    confeco, sem descongelao prvia.

    o caso de legumes, batata pr-frita, rissis, pastis de bacalhau e

    mariscos.

    Deve-se evitar que o alimento, durante e aps a fase de descongelao, entre em

    contacto com o suco de descongelao,

    devendo-se por isso coloca-lo em

    grelhas de plstico ou inox,

    ou em tabuleiros adequados

    que permitam que os sucos escorram.

  • 53

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Todos os alimentos em descongelao devem estar cobertos

    com a prpria tampa do recipiente,

    com pelcula aderente

    com um saco de plstico transparente

    devem ser

    devidamente acondicionados nas prateleiras inferiores das cmaras de

    refrigerao.

    Tambm se pode realizar a descongelao

    em microondas,

    se o alimento for confeccionado imediatamente a seguir.

    A descongelao do pescado e da carne

    deve ser realizada em cmaras de refrigerao separadas.

    Se tal no for possvel,

    os produtos devem estar cobertos,

    de forma a evitar contaminaes cruzadas

    mistura de odores.

    Todos os recipientes e utenslios utilizados no processo de descongelao devem

    ser limpos e desinfectados

    o mais rapidamente possvel.

    Produtos que tenham sido descongelados

    nunca podem ser congelados outra vez.

  • 54

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Confeco a quente

    A confeco a ltima hiptese de destruio dos microrganismos que possam estar

    presentes nos alimentos.

    Para assegurar a sua destruio durante o processo de confeco (a quente) do

    alimento,

    a temperatura deve ser superior a 75C.

    Na confeco de alimentos de origem animal,

    deve evitar-se a confeco de peas de carne inteiras

    com peso superior a 2,5kg,

    devido dificuldade de se atingir aquela temperatura no interior da pea.

    Deve-se ter em considerao, que

    destruio microbiana no depende somente da temperatura

    mas tambm do tempo a que o alimento se encontra submetido a essa temperatura

    e da sua contaminao inicial.

    O processo de confeco deve

    ocorrer sem interrupes,

    devendo-se ter o cuidado de reduzir ao mnimo imprescindvel toda a manipulao

    de um produto aps a sua confeco a quente.

    Na preparao de pratos, molhos ou sobremesas que no sofrem um processamento

    trmico ou com processamento trmico ligeiro,

    nunca devem ser utilizados ovos crus ou mal cozinhados,

    devido aos riscos que apresentam para a sade.

  • 55

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Na tabela seguinte so apresentadas as temperaturas mnimas de segurana o tempo

    de permanncia nessa temperatura,

    PRODUTO TEMPERATURA INTERNA E TEMPO

    Carne recheada, massas e recheios que

    contenham carne, aves ou peixe 74C durante 15 segundos

    Aves (frango, peru, pato, ganso, etc.) 74C durante 15 segundos

    Porco, bacon, salsicha fresca 63C durante 15 segundos

    Carne moda ou desfiada incluindo

    hambrgueres, peixe desfiado e salsicha 68C durante 15 segundos

    Carne assada de porco e vaca 63C durante 4 minutos

    Bife de vaca, carneiro, vitela e veado 63C durante 15 segundos

    Peixe e marisco 63C durante 15 segundos

    Vegetais a servir quentes 60C durante 15 segundos

    Alimentos pr-cozinhados 74C durante 15 segundos

    Qualquer alimento de alto risco confeccionado

    no microondas 74C durante 15 segundos

  • 56

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Ovos

    ovo pasteurizado, pode existir sob a forma de

    ovo inteiro,

    s gema

    s clara.

    Os ovos crus ou mal cozinhados no devem ser utilizados devido presena de uma

    bactria, a salmonela, que pode provocar toxicaes alimentares.

    Por isso, os ovos devem ser sempre sujeitos a um intervalo de tempo/temperatura de

    confeco que permita eliminar esta bactria.

    Os ovos possuem um perodo de conservao de duas a trs semanas, devendo ser

    mantidos na embalagem de modo a controlar e respeitar o prazo de validade.

    Para sua conservao, as seguintes regras devem ser cumpridas:

    Colocar os ovos em local fresco, seco e abrigado da luz;

    Colocar os ovos com a extremidade mais estreita para baixo;

    Armazenar os ovos longe dos alimentos de cheiro intenso (peixe, queijo,

    etc.);

    Caso a preparao culinria destinada no utilizar a clara ou a gema, estas

    podem conservar-se no frigorfico durante 12 e 24 horas, respectivamente;

    O ovo cozido com casca deve ser consumido no prazo de 4 dias, e 2 dias

    se estiver sem casca.

  • 57

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Recomendaes na confeco dos ovos:

    Ter as mos lavadas para no se contaminar a casca;

    Remover, com um pano seco, toda a sujidade (caso exista);

    Lavar os ovos, apenas e somente, imediatamente antes da sua utilizao;

    Partir o ovo com um utenslio diferente daquele que vai utilizar na

    preparao/confeco;

    Abrir o ovo para um recipiente vazio e diferente daquele que vai utilizar para a

    preparao/confeco;

    Aps a quebra dos ovos, colocar imediatamente as cascas no recipiente do lixo

    para no ficarem esquecidas em cima da bancada.

    Lavar e desinfectar todos os recipientes utilizados durante a operao;

    Aps manipulao dos ovos, deve-se lavar as mos com gua e sabo lquido

    desinfectante, uma vez que a casca pode estar contaminada.

    Na tabela seguinte so apresentados os tempos de confeco aconselhados para os

    vrios processos de confeco dos ovos.

    PROCESSO TEMPO (minutos)

    Quente 3 (gua em ebulio)

    Cozido 10 (gua em ebulio)

    Escalfado 3

    Estrelado 4 - 5

    Mexido 5 - 6

    Omeleta 4 - 5

  • 58

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Manuteno da temperatura - a frio

    Os pratos confeccionados mantidos em frio, at ao momento do seu consumo ou da sua

    regenerao, devem conservar-se a uma temperatura inferior a 4C.

    A manuteno de alimentos confeccionados no frio no poder ser por muito tempo.

    O frio no destri os microrganismos, apenas retarda o seu crescimento. Assim:

    Os pratos confeccionados a serem consumidos em quente,

    devem ser mantidos no mximo 5 dias em refrigerao,

    sendo aconselhvel no superar os 3 dias.

    Os pratos que incorporem ovo,

    nunca devem ser mantidos mais de 24 horas,

    a uma temperatura mxima de 8C.

    Nunca se devem deixar arrefecer os alimentos

    temperatura ambiente,

    durante um longo perodo de tempo,

    pois esta prtica coloca os alimentos na

    zona de perigo.

    Manuteno da temperatura - a quente

    Os alimentos a servir quentes devem ser mantidos

    acima dos 63C,

    at ao momento do seu consumo.

    Devem ser conservados em

    mesas, armrios ou banhos quentes,

    a temperaturas de 80-90C,

    para que a temperatura interior seja superior a 63C.

  • 59

    PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO

    Co-financiado pelo FSE e Estado Portugus

    Manuteno da temperatura - arrefecimento

    O arrefecimento dos alimentos confeccionados deve

    ocorrer o mais rapidamente possvel,

    de modo a manter uma boa qualidade fsica e microbiolgica dos alimentos.

    Aps a sua confeco os alimentos devem ser arrefecidos,

    em menos de 2 horas,

    at aos 10C,

    sendo posteriormente acondicionados a temperaturas iguais ou inferiores a

    4C.

    o arrefecimento dever ser efectuado

    colocando o recipiente com o alimento num banho de gua fria,

    introduzindo-o posteriormente na cmara de refrigerao.

    Manuteno da temperatura reaquecimento

    O reaquecimento o processo em que

    um alimento confeccionado a quente e

    mantido durante um determinado tempo em refrigerao,

    volta a sofrer um tratamento trmico

    antes de ser servido.

    A temperatura de reaquecimento (ou regenerao)

    deve atingir os 75C

    em pelo menos 2 horas.

    Qualquer alimento reaquecido no pode ser refrigerado outra vez.

  • 60

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    Frigorifico

    Temperatura 5C

    Lacticnios devem ser tapados

    Absorvem cheiros

    Carnes e peixes frescos

    No fundo

    Pingam

    Ovos

    No colocar na porta

    Porta

    Produtos consumidos rapidamente

    Produtos que no estragam

    Bebidas de garrafa e em latas

    Guardar e conservar alimentos

    Vantagens

    Evita desenvolvimento de microorganismos

    Evita aco de enzimas

    Evita oxidao

    Prolonga a vida do alimento

    Mtodos

    Secar

    Diminui actividade de miroorganismos

    Perda de vitaminas (C)

    Fruta, massa, caf e ch

  • 61

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    Congelar

    Temperaturas inferiores a -18C

    Pouca perda de nutrientes

    Frutas perdem firmesa ao descongelar

    Irradiar

    Destroi microorganismos

    Evita por ex: germinao das batatas

    Enlatar

    Aps enlatados os alimentos so submetidos a tratamento termico

    Para eliminar mircoorganismos

    Aditivos

    Tipos

    Concervantes

    Corantes

    Intensificadores de sabor

    Emulsionantes, estabilizantes, espessantes

  • 62

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    Nutrio em situaes especiais

    Desidratao

    Descrio

    Trata-se de um problema de sade, uma disfuno de nosso organismo, decorrente de

    uma deficincia da concentrao de gua em nosso corpo, o que inviabiliza a boa manuteno

    do mesmo.

    Causas da Desidratao

    Baixa ingesto de lquidos (principalmente a gua, que participa da maior parte dos

    processos vitais em nosso organismo);

    Perda excessiva de lquidos corporais, como por: Vmitos; Diarreia; Produo

    excessiva de urina (poliria); Sudorese excessiva; Exposio prolongada luz solar

    Sintomas ou consequncias

    Aumento da sede e reduo da urina; Fraqueza e fadiga; Tontura e dores de cabea;

    Boca e/ou lngua seca; Pode prejudicar as actividades renais; Irritabilidade ou apatia (falta de

    energia).

    No caso de bebs e crianas pequenas, pode-se incluir no diagnstico ainda o facto de

    haver pouca ou nenhuma lgrima ao chorar, bem como no molharem as fraldas por trs horas

    ou mais.

    Quando no diagnosticada e bem tratada, pode levar o indivduo morte!

    Preveno e Tratamento

    A fim de prevenir os riscos de desidratao, a pessoa deve: Ingerir bastante lquidos,

    principalmente gua! Evitar o calor excessivo, que pode, inclusive, levar insolao;

    Observe a colorao de sua urina: tonalidades fortes ou escuras indicam grande

    concentrao de sais e detritos para uma quantidade menor de gua, beba gua aos poucos

    (mas sempre, como uma rotina) at que a cor da urina fique novamente clara;

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    Desnutrio

    Definio

    A desnutrio pode ser definida como uma condio clnica decorrente de uma

    deficincia ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais.

    Causas

    Causas primrias A pessoa come pouco ou mal. Alimentao quantitativa ou

    qualitativamente insuficiente em calorias e nutrientes.

    Causas secundrias A ingesto de alimentos no suficiente porque as

    necessidades energticas aumentaram

    Exemplos: presena de verminoses, cncer, anorexia, alergia ou intolerncia

    alimentares, digesto e absoro deficiente de nutrientes.

    Outros factores relacionados s causas da desnutrio

    Desmame precoce pode causar desnutrio em crianas

    Socioeconmicos famlias de baixo rendimentos apresentam um risco maior,

    condies sanitrias precrias as condies sanitrias insatisfatrias e prticas inadequadas

    de higiene , favorece a ocorrncia de parasitoses, infeces e diarreia.

    Culturais Factores culturais influenciam muito o consumo de alimentos. Mitos, crenas

    e tabus podem interferir negativa ou positivamente

    Sintomas

    Existem diversos mtodos de diagnosticar a desnutrio.

    Eles vo desde uma avaliao clnica (observao de caractersticas como peso, altura

    e idade) at uma completa avaliao do estado nutricional do paciente, anlise clnica, dados

    sobre alimentao, avaliao bioqumica e imunolgica, avaliao metablica e diagnstico

    nutricional.

    Os profissionais capacitados para fazer tal diagnstico so o nutricionista e o mdico.

  • 64

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    Consequncias

    Grande perda muscular e dos depsitos de gordura, provocando debilidade fsica.

    Emagrecimento: peso inferior a 60% ou mais. Desacelerao, interrupo ou at mesmo

    involuo do crescimento.

    Alteraes psquicas e psicolgicas: a pessoa fica retrada, aptica, esttica, triste.

    Alteraes de cabelo e de pele: o cabelo perde a cor (fica mais claro), a pele descasca

    e fica enrugada.

    Alteraes sanguneas, a anemia.

    Alteraes sseas, como a m formao.

    Alteraes no sistema nervoso: depresso, apatia.

    Alteraes nos demais rgos e sistemas respiratrio, imunolgico, renal, cardaco,

    heptico, intestinal etc.

    Tratamento

    Recuperar o estado nutricional. Normalizar as alteraes orgnicas ocasionadas pela

    desnutrio. Promover o crescimento (no caso das crianas) e o ganho de peso.

    Existem recomendaes gerais que ajudam no tratamento de desnutridos: uma dieta

    especfica para o caso, aliada a uma educao (ou reeducao) alimentar; orientaes sobre

    higiene alimentar e pessoal;

    Dieta e educao alimentar

    Algumas sugestes para aproveitar ao mximo o valor nutritivo dos alimentos, em

    especial das frutas e verduras:

    Frutas e verduras devem ser consumidas bem frescas, Evite bater esses alimentos no

    liquidificador, No cozinhe demais os alimentos, principalmente os vegetais. Aproveite a gua

    que sobrou do cozimento para preparar outro prato, como sopas, cozidos ou sucos. No

    coloque nenhuma substncia para ressaltar a cor dos vegetais (como bicarbonato de sdio),

    pois as vitaminas se perdem. No submeta nenhum alimento a temperaturas altas demais;

    Conserve os alimentos de maneira adequada.

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    Imobilizao

    Alimentao

    Deve ser prescrita por um especialista, pois cada caso um caso. Geralmente as

    refeies so pequenas e nutritivas.

    Antes das refeies deve-se conduzir a pessoa casa de banho ou dar-lhe a

    aparadeira, se a pessoa sofrer de incontinncia deve-se lava-la a fazer necessidades aps da

    refeio.

    Deve-se acomodar a pessoa de uma forma confortvel, sentada e nunca deitada, nunca

    dar gua ou a refeio a pessoas sonolentas.

    No final da refeio deve-se fazer a higiene oral e deixar a pessoa em repouso.

    Lquidos

    Deve-se levar em conta que o paciente pode estar menos sensvel sensao de sede

    sendo incapaz de solicitar lquidos.

    Outro fato relevante uso de diurticos que pode agravar esse quadro.

    Factores de ordem ambiental, calor excessivo, excesso de agasalhos ocorrncia de

    febre, hiperventilao, diabetes descompensado, processos infecciosos, diarreia etc. Podem

    determinar quadros de desidratao extremamente graves.

    A administrao de lquidos deve ser cuidadosa em pacientes portadores de hipertenso

    arterial, ascite, insuficincia cardaca insuficincia renal crnica

    A orientao mdica fundamental e imprescindvel. A quantidade de lquidos a ser

    administrada varia de caso para caso.

    Sondas

    A dieta a ser usada, artesanal ou industrializada, sempre ser determinada pelo

    profissional de nutrio em conjunto com o mdico do paciente.

    As dietas industriais so excelentes, mas o custo acaba por vezes inviabilizando sua

    prescrio.

    A dieta artesanal uma alternativa mais acessvel. Essas dietas podem ser feitas em

    casa, porm com cuidados de asseio rigorosos no preparo.

  • 66

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    Infeco

    Descrio

    Colonizao de um organismo hospedeiro por uma espcie estranha. Em uma infeco,

    o organismo infectante procura utilizar os recursos do hospedeiro para se multiplicar (com

    evidentes prejuzos para o hospedeiro). O organismo infectante, ou patognico, interfere na

    fisiologia normal do hospedeiro e pode levar a diversas consequncias. A resposta do

    hospedeiro a inflamao.

    Inflamao

    A inflamao definida como a presena de edema (inchao), hiperemia (vermelhido),

    hiperestesia (dor ao toque), aumento da temperatura no local. A infeco pode levar a

    formao de pus, num processo conhecido por supurao.

    Alguns alimentos tm propriedades antimicrobianas e antivirais

    Podem destruir ou inibir os microorganismos Ex: alho

    Tipos (13)

    Infeco area infeco microbiana adquirida atravs do ar e dos agentes infectantes

    nele contidos.

    Infeco critognica infeco de porta de entrada desconhecida.

    Infeco directa infeco adquirida por contacto com um indivduo doente.

    Infeco endgena infeco devido a um microorganismo j existente no organismo,

    e que, por qualquer razo, se torna patognico.

    Infeco exgena infeco provocada por microorganismos provenientes do exterior.

    Infeco focal infeco limitada a uma determinada regio do organismo.

    Infeco indirecta infeco adquirida atravs da gua, dos alimentos ou por outro

    agente infectante, e no de indivduo para indivduo.

    Infeco nosocomial infeco adquirida em meio hospitalar.

    Infeco oportunista ou Oportunista infeco que surge por diminuio das defesas

    orgnicas.

  • 67

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    Infeco puerperal infeco surgida na mulher debilitada e com defesas diminudas,

    logo aps o parto.

    Infeco secundria infeco consecutiva a outra e provocada por um

    microorganismo da mesma espcie.

    Infeco sptica ou Septicemia infeco muito grave em que se verifica uma

    disseminao generalizada por todo o organismo dos agentes microorgnicos infecciosos.

    Infeco terminal infeco muito grave que, em regra, causa de morte.

    Urinria

    Definio Invaso de bactrias no aparelho urinrio

    Causas Via ascendente (bactrias do nus, vagina). Diminuta ingesto lquidos.

    Urinar pouco e esvaziamento incompleto. Doenas que causam imunodepresso (ex: stress),

    alguns medicamentos. Obstruo dos canais urinrios e refluxo da urina para os rins.

    Sintomas Desconforto ou peso no baixo ventre, dor e/ou ardor a urinar, necessidade

    de urinar mais frequentemente e em pequenas quantidades, por vezes com dificuldade, a

    urina est turva (suja) e algumas vezes muito mal cheirosa. Raramente h febre. Se o

    rim que atingido, h muitas vezes dor na regio lombar, que pode simular clica, e

    febre elevada.

    Tratamento geral Aumento da ingesto hdrica - beber muita gua e chs;

    Esvaziamento urinrio frequente e completo; Cuidados gerais de higiene ntima, embora no

    excessivos; Comidas e bebidas "irritantes", como: condimentos, especiarias, lcool, caf,

    bebidas cidas ou alcalinas, etc.;

    Tratamento com antibiticos

    Tratamento urologico ( drenagem).

  • 68

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    Estados terminais

    Cuidados paliativos

    A nutrio em pacientes com doena avanada deve oferecer: conforto emocional,

    prazer, auxiliar na diminuio da ansiedade, aumento da auto-estima e independncia, alm de

    permitir maior integridade e comunicao com seus familiares.

    Problemas mais comuns

    Diarreias

    Tratamento e conduta nutricional

    No caso dos bebs, deve-se diminuir a ingesto de leite. Assim, uma boa opo ser

    fazer as papas com gua fervida.

    Devem evitar alimentos fritos e gordurosos.

    Deve-se aumentar a ingesto de gua, evitando a ingesto de bebidas muito doces

    como sumos, caf e lcool.

    Dieta o arroz e torradas, alimenos ricos em hidratos de carbono e pobre em fibras.

    Sopa de arroz e cenoura. Ma cozida, Banana. Frango e peru. Iogurte natural

    Intestinos presos

    A primeira atitude a tomar para melhorar o funcionamento do intestino uma dieta com

    pelo menos 30 g de fibras dirias.

    Para alcanar esta quantidade voc deve comer todos os dias: Frutas com casca,

    Leguminosas: feijo, gro-de-bico, lentilha, soja, fava e ervilha. Legumes de folhas verdes.

    Cereal integral: arroz, trigo, po, milho ou aveia

  • 69

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    Xerostomia (boca seca)

    A estimulao mecnica da secreo de saliva feita com recurso a gomas de mascar.

    A estimulao gustativa feita, por exemplo, ao chupar pastilhas de Vitamina C.

    Deve tambm aconselhar-se uma dieta mole, devendo evitar-se alimentos muito duros

    ou secos e o uso de tabaco e bebidas alcolicas.

    Disgeusia (falta de paladar)

    Disgeusia a distoro ou diminuio do senso do paladar.

    Est associada a deficincia de zinco e alguns medicamentos para hipertenso ou

    contra a ansiedade.

    Tambm encontrada em pacientes com insuficincia renal severa.

    Hiperglicemia

    Valores glicemia altos

    Sintomas Semelhantes hipoglicemia. Suores, tonturas e sonolncia

    Tratamento Insulina

    Consequncias Avaliar estado do paciente para uma possivel Alterao da

    alimentao

  • 70

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    Nutrio em determinadas doenas

    Diabetes

    No causada pela ingesto excessiva de acar . No apanhada

    Descrio

    A Diabetes Mellitus uma doena metablica caracterizada por defeitos na