1º exame de qualificação -...

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Neste caderno, você encontrará um conjunto de quarenta páginas numeradas sequencialmente, contendo sessenta questões das seguintes áreas: Linguagens; Matemática; Ciências da Natureza; Ciências Humanas. A Classificação Periódica dos Elementos encontra-se na página 39. Não abra o caderno antes de receber autorização. INSTRUÇÕES 1. CARTÃO DE RESPOSTAS Verifique se as seguintes informações estão corretas: nome, número do CPF, número do documento de identidade, data de nascimento, número de inscrição e língua estrangeira escolhida. Se houver erro, notifique o fiscal. Nada deve ser escrito ou registrado no cartão, além de sua assinatura, da transcrição da frase e da marcação das respostas. Para isso, use apenas caneta de corpo transparente, azul ou preta. Após ler as questões e escolher a alternativa que melhor responde a cada uma delas, cubra totalmente o espaço que corresponde à letra a ser assinalada, conforme o exemplo abaixo. As respostas em que houver falta de nitidez ou marcação de mais de uma letra não serão registradas. O cartão não pode ser dobrado, amassado, rasurado ou manchado. 2. CADERNO DE QUESTÕES Ao receber autorização para abrir este caderno, verifique se a impressão, a paginação e a numeração das questões estão corretas. Caso observe qualquer erro, notifique o fiscal. As questões de números 17 a 21, da área de Linguagens, deverão ser respondidas de acordo com a sua opção de Língua Estrangeira: Espanhol, Francês ou Inglês. INFORMAÇÕES GERAIS O tempo disponível para fazer a prova é de quatro horas. Nada mais poderá ser registrado após o término desse prazo. Ao terminar a prova, entregue ao fiscal este caderno e o cartão de respostas. Nas salas de prova, os candidatos não poderão usar relógio digital e boné, nem portar arma de fogo, fumar e utilizar corretores ortográficos. Será eliminado do Vestibular Estadual 2015 o candidato que, durante a prova, utilizar qualquer meio de obtenção de informações, eletrônico ou não. Será também eliminado o candidato que se ausentar da sala levando consigo qualquer material de prova. BOA PROVA! 08/06/2014 1º EXAME DE QUALIFICAÇÃO

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Neste caderno, você encontrará um conjunto de quarenta páginas numeradas sequencialmente, contendo sessenta questões das seguintes áreas: Linguagens; Matemática; Ciências da Natureza; Ciências Humanas. A Classificação Periódica dos Elementos encontra-se na página 39.Não abra o caderno antes de receber autorização.

Instruções1. Cartão de respostasVerifique se as seguintes informações estão corretas: nome, número do CPF, número do documento de identidade, data de nascimento, número de inscrição e língua estrangeira escolhida.Se houver erro, notifique o fiscal. Nada deve ser escrito ou registrado no cartão, além de sua assinatura, da transcrição da frase e da marcação das respostas. Para isso, use apenas caneta de corpo transparente, azul ou preta.Após ler as questões e escolher a alternativa que melhor responde a cada uma delas, cubra totalmente o espaço que corresponde à letra a ser assinalada, conforme o exemplo abaixo.

As respostas em que houver falta de nitidez ou marcação de mais de uma letra não serão registradas.O cartão não pode ser dobrado, amassado, rasurado ou manchado.

2. Caderno de Questões Ao receber autorização para abrir este caderno, verifique se a impressão, a paginação e a numeração das questões estão corretas.Caso observe qualquer erro, notifique o fiscal.As questões de números 17 a 21, da área de Lin guagens, deverão ser respondidas de acordo com a sua opção de Língua Estrangeira: Espanhol, Francês ou Inglês.

Informações GeraIsO tempo disponível para fazer a prova é de quatro horas. Nada mais poderá ser registrado após o término desse prazo.Ao terminar a prova, entregue ao fiscal este caderno e o cartão de respostas.Nas salas de prova, os candidatos não poderão usar relógio digital e boné, nem portar arma de fogo, fumar e utilizar corretores ortográficos.Será eliminado do Vestibular Estadual 2015 o candidato que, durante a prova, utilizar qualquer meio de obtenção de informações, eletrônico ou não. Será também eliminado o candidato que se ausentar da sala levando consigo qualquer material de prova.

Boa prova!

08/06/2014

1º exame de qualificação

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 3

Linguagens

No cartum, há uma alusão aos “rolezinhos”, manifestações em que jovens, em geral oriundos de periferias, formam grandes grupos para circular dentro de shoppings.

Com base no diálogo entre os guardas e nos elementos visuais que compõem o cartum, é possível inferir uma crítica do cartunista baseada no seguinte fato:

(A) os jovens se descontrolam em grupos muito numerosos

(B) os guardas pertencem à mesma classe social dos jovens

(C) os guardas hesitam no cumprimento de medida repressiva

(D) os jovens ameaçam as atividades comerciais dos shoppings

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Por meio de aspectos gráficos, o cartum sugere o caráter generalizante que pode ter um preconceito.

Um aspecto que aponta para essa generalização é:

(A) o traçado plano do cenário principal

(B) a forma difusa das pessoas ao fundo

(C) o destaque dado ao letreiro do shopping

(D) a nitidez da representação dos dois guardas

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AngeliFolha de São Paulo, 17/12/2013

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Linguagens

No início do texto, ao expressar sua indignação em relação ao tema abordado, o autor apresenta uma reflexão sobre o emprego de adjetivos.

Essa reflexão está associada à seguinte ideia:

(A) o fato exige análise criteriosa

(B) o contexto constrói ambiguidade

(C) a linguagem se mostra insuficiente

(D) a violência pede descrição cuidadosa

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O ARRASTÃO

Estarrecedor, nefando, inominável, infame. Gasto logo os adjetivos porque eles fracassam em dizer o sentimento que os fatos impõem. Uma trabalhadora brasileira, descendente de escravos, como tantos, que cuida de quatro filhos e quatro sobrinhos, que parte para o trabalho às quatro e meia das manhãs de todas as semanas, que administra com o marido um ganho de mil e seiscentos reais, que paga pontualmente seus carnês, como milhões de trabalhadores brasileiros, é baleada em circunstâncias não esclarecidas no Morro da Congonha e, levada como carga no porta-malas de um carro policial a pretexto de ser atendida, é arrastada à morte, a céu aberto, pelo asfalto do Rio.

Não vou me deter nas versões apresentadas pelos advogados dos policiais. Todas as vozes terão que ser ouvidas, e com muita atenção à voz daqueles que nunca são ouvidos. Mas, antes das versões, o fato é que esse porta-malas, ao se abrir fora do script, escancarou um real que está acostumado a existir na sombra.

O marido de Cláudia Silva Ferreira disse que, se o porta-malas não se abrisse como abriu (por obra do acaso, dos deuses, do diabo), esse seria apenas “mais um caso”. Ele está dizendo: seria uma morte anônima, aplainada1 pela surdez da praxe2, pela invisibilidade, uma morte não questionada, como tantas outras.

É uma imagem verdadeiramente surreal, não porque esteja fora da realidade, mas porque destampa, por um “acaso objetivo” (a expressão era usada pelos surrealistas3), uma cena recalcada4 da consciência nacional, com tudo o que tem de violência naturalizada e corriqueira, tratamento degradante dado aos pobres, estupidez elevada ao cúmulo, ignorância bruta transformada em trapalhada transcendental5, além de um índice grotesco de métodos de camuflagem e desaparição de pessoas. Pois assim como Amarildo6 é aquele que desapareceu das vistas, e não faz muito tempo, Cláudia é aquela que subitamente salta à vista, e ambos soam, queira-se ou não, como o verso e o reverso do mesmo.

O acaso da queda de Cláudia dá a ver algo do que não pudemos ver no caso do desaparecimento de Amarildo. A sua passagem meteórica pela tela é um desfile do carnaval de horror que escondemos. Aquele carro é o carro alegórico de um Brasil, de um certo Brasil que temos que lutar para que não se transforme no carro alegórico do Brasil.

José Miguel WisnikAdaptado de oglobo.globo.com, 22/03/2014.

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1 aplainada − nivelada2 praxe − prática, hábito3 surrealistas − participantes de movimento artístico do século 20 que enfatiza o papel do inconsciente4 recalcada − fortemente reprimida5 transcendental − que supera todos os limites 6 Amarildo − pedreiro desaparecido na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, em 2013, depois de ser detido por policiais

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Pois assim como Amarildo é aquele que desapareceu das vistas, e não faz muito tempo, Cláudia é aquela que subitamente salta à vista, e ambos soam, queira-se ou não, como o verso e o reverso do mesmo. (l. 22-24)

Neste trecho, para aproximar dois casos recentemente noticiados na imprensa, o autor emprega um recurso de linguagem denominado:

(A) antítese

(B) negação

(C) metonímia

(D) personificação

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É uma imagem verdadeiramente surreal, (l. 17)

Na argumentação desenvolvida pelo autor, a imagem do porta-malas do carro da polícia expressa sentidos ambivalentes em relação à violência.

Esses sentidos podem ser definidos como:

(A) achar − perder

(B) socorrer − redimir

(C) esconder − revelar

(D) orientar − desorientar

Todas as vozes terão que ser ouvidas, e com muita atenção à voz daqueles que nunca são ouvidos. (l. 9-10)

Esta frase contém um ponto de vista que se baseia na pressuposição da existência de:

(A) testemunhas omissas do caso

(B) falhas importantes nos processos

(C) segmentos excluídos da população

(D) imparcialidades frequentes nos julgamentos

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Ele está dizendo: seria uma morte anônima, aplainada pela surdez da praxe, pela invisibilidade, uma morte não questionada, como tantas outras. (l. 14-16)

Logo após citar a declaração do marido de Cláudia, o autor a explica.

Em relação a essa declaração, a explicação do autor produz o efeito de:

(A) enfatizar seu conteúdo

(B) corrigir sua construção

(C) enumerar seus detalhes

(D) contrapor-se a sua simplicidade

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MedO e veRgOnhA

O medo é um evento poderoso que toma o nosso corpo, nos põe em xeque, paralisa alguns e atiça a criatividade de outros. Uma pessoa em estado de pavor é dona de uma energia extra capaz de feitos incríveis.

Um amigo nosso, quando era adolescente, aproveitou a viagem dos pais da namorada para ficar na casa dela. Os pais voltaram mais cedo e, pego em flagrante, nosso Romeu teve a brilhante ideia de pular, pelado, do segundo andar. Está vivo. Tem hoje essa incrível história pra contar, mas deve se lembrar muito bem da vergonha.

Me lembrei dessa história por conta de outra completamente diferente, mas na qual também vi meu medo me deixar em maus lençóis.

Estava caminhando pelo bairro quando resolvi explorar umas ruas mais desertas. De repente, vejo um menino encostado num muro. Parecia um menino de rua, tinha seus 15, 16 anos e, quando me viu, fixou o olhar e apertou o passo na minha direção. Não pestanejei. Saí correndo. Correndo mesmo, na mais alta performance de minhas pernas.

No meio da corrida, comecei a pensar se ele iria mesmo me assaltar. Uma onda de vergonha foi me invadindo. O rapaz estava me vendo correr. E se eu tivesse me enganado? E se ele não fosse fazer nada? Mesmo que fosse. Ter sido flagrada no meu medo e preconceito daquela forma já me deixava numa desvantagem fulminante.

Não sou uma pessoa medrosa por excelência, mas, naquele dia, o olhar, o gesto, alguma coisa no rapaz acionou imediatamente o motor de minhas pernas e, quando me dei conta, já estava em disparada.

Fui chegando ofegante a uma esquina, os motoristas de um ponto de táxi me perguntaram o que tinha acontecido e eu, um tanto constrangida, disse que tinha ficado com medo. Me contaram que ele vivia por ali, tomando conta dos carros. Fervi de vergonha.

O menino passou do outro lado da rua e, percebendo que eu olhava, imitou minha corridinha, fazendo um gesto de desprezo. Tive vontade de sentar na guia1 e chorar. Ele só tinha me olhado, e o resto tinha sido produto legítimo do meu preconceito.

Fui atrás dele. Não consegui carregar tamanha bigorna2 pra casa. “Ei!” Ele demorou a virar. Se eu pensava que ele assaltava, ele também não podia imaginar que eu pedisse desculpas. Insisti: “Desculpa!” Ele virou. Seu olhar agora não era mais de ladrão, e sim de professor. Me perdoou com um sinal de positivo ainda cheio de desprezo. Fui pra casa pelada, igual ao Romeu suicida.

Denise Fragafolha.uol.com.br, 08/01/2013

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Aquele carro é o carro alegórico de um Brasil, de um certo Brasil que temos que lutar para que não se transforme no carro alegórico do Brasil. (l. 27-28)

A sequência do emprego dos artigos em “de um Brasil” e “do Brasil” representa uma relação de sentido entre as duas expressões, intimamente ligada a uma preocupação social por parte do autor do texto.

Essa relação de sentido pode ser definida como:

(A) ironia

(B) conclusão

(C) causalidade

(D) generalização

1 guia − meio-fio da calçada2 bigorna − bloco de ferro para confecção de instrumentos

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09 No primeiro parágrafo, apresentam-se algumas características do medo, quase todas positivas, mas se omite uma de suas características negativas, tematizada no decorrer do texto.

Esta característica negativa do medo é a de:

(A) basear-se em fatos

(B) ter vergonha do sentimento

(C) reforçar um constrangimento

(D) ser motivado por preconceito

Seu olhar agora não era mais de ladrão, e sim de professor. (l. 29)

A frase deixa subentendida a ideia de que o menino foi capaz de ensinar, pelo exemplo, algo à autora.

Esse ensinamento dado pelo menino está ligado à capacidade de:

(A) perdoar

(B) desprezar

(C) desculpar-se

(D) arrepender-se

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10 A crônica é um gênero textual que frequentemente usa uma linguagem mais informal e próxima da oralidade, pouco preocupada com a rigidez da chamada norma culta.

Um exemplo claro dessa linguagem informal, presente no texto, está em:

(A) O medo é um evento poderoso que toma o nosso corpo, (l. 1)

(B) Me lembrei dessa história por conta de outra completamente diferente, (l. 8)

(C) De repente, vejo um menino encostado num muro. (l. 10-11)

(D) ele também não podia imaginar que eu pedisse desculpas. (l. 28)

Na última frase da crônica, a autora correlaciona dois episódios. Em ambos, aparece o atributo “pelado(a)”. No entanto, esse atributo tem significado diferente em cada um dos episódios.

No texto, o significado de cada termo se caracteriza por ser, respectivamente:

(A) literal e figurado

(B) geral e particular

(C) descritivo e irônico

(D) ambíguo e polissêmico

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CAnÇÃO dO veR

Fomos rever o poste.

O mesmo poste de quando a gente brincava de pique

e de esconder.

Agora ele estava tão verdinho!

O corpo recoberto de limo e borboletas.

Eu quis filmar o abandono do poste.

O seu estar parado.

O seu não ter voz.

O seu não ter sequer mãos para se pronunciar com

as mãos.

Penso que a natureza o adotara em árvore.

Porque eu bem cheguei de ouvir arrulos1 de passarinhos

que um dia teriam cantado entre as suas folhas.

Tentei transcrever para flauta a ternura dos arrulos.

Mas o mato era mudo.

Agora o poste se inclina para o chão − como alguém

que procurasse o chão para repouso.

Tivemos saudades de nós.

Manoel de BarrosPoesia completa. São Paulo: Leya, 2010.

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No poema, o poste é associado à própria vida do eu poético.

Nessa associação, a imagem do poste se constrói pelo seguinte recurso da linguagem:

(A) anáfora

(B) metáfora

(C) sinonímia

(D) hipérbole

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1 arrulos − canto ou gemido de rolas e pombas

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A memória expressa pelo enunciador do texto não pertence somente a ele.

Na construção do poema, essa ideia é reforçada pelo emprego de:

(A) tempo passado e presente

(B) linguagem visual e musical

(C) descrição objetiva e subjetiva

(D) primeira pessoa do singular e do plural

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14 O título Canção do ver reúne duas esferas diferentes dos sentidos humanos: audição e visão. No entanto, no decorrer do poema, a visão predomina sobre a audição.

Os dois elementos que confirmam isso são:

(A) o imobilismo do poste e a saudade dos tempos passados

(B) a inclinação do poste e sua adoção pela paisagem natural

(C) a aparência do poste e a suposição do arrulo dos passarinhos

(D) o silêncio do poste e a impossibilidade de transcrição musical

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15 Agora ele estava tão verdinho! (v. 4)

De modo diferente do que ocorre em passarinhos, o emprego do diminutivo, no verso acima, contribui para expressar um sentido de:

(A) oposição

(B) gradação

(C) proporção

(D) intensidade

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Causas de las masivas manifestaCiones en Brasil

Brasil, la potencia emergente, el país en el que deposita su mirada el mundo entero, sorprendió a ese mismo mundo con masivas manifestaciones populares que alcanzaron al menos a veinte ciudades y movilizaron a miles de personas.

¿Cuáles fueron los motivos que impulsaron tan espectaculares protestas? El disparador fue, sin duda, el aumento en el precio del transporte público. El costo de un viaje en ómnibus o metro puede alcanzar, dependiendo de la ciudad, hasta 1,60 dólares. El inminente incremento en esta ya elevada tarifa fue la gota que rebasó el vaso. Estudiantes universitarios, organizados por medio de las redes sociales, fueron los principales organizadores de las concentraciones. Nadie esperaba un despliegue de semejante envergadura en un país que no presenciaba protestas de este ámbito desde 1992. Aquel año el movimiento estudiantil llamado caras pintadas tomó las calles y el entonces presidente Fernando Collor de Melo abandonó el poder mediante un procedimiento de impeachment.

Las motivaciones de fondo que llevaron a la gente a las calles son muy amplias. Desde esta fecha hasta 2016, Brasil será sede de los más importantes eventos del deporte mundial: el Mundial de Fútbol y los Juegos Olímpicos. El gobierno ha desembolsado inmensas sumas en el acondicionamiento de estadios, los cuales, en muchos casos, costaron a las arcas públicas mucho más de lo que deberían. Los gastos efectuados para la organización de la Copa del Mundo ya han superado la barrera de los 13.000 millones de dólares y aún falta mucho por hacer. Por citar un ejemplo particular, el estadio Maracanã había sido integralmente reformado para los Juegos Panamericanos de 2008, el jugoso presupuesto había sido aprobado bajo la justificación de que el escenario quedaría listo para el Mundial de 2014. Pero nada de eso sucedió.

Con el mundial en la mira, el gobierno federal desembolsó 500 millones de dólares adicionales para demoler las reformas realizadas en 2008 y reconstruir el Maracanã una vez más, esta vez sí, respetando los padrones de la FIFA. Es cierto que el estadio es simplemente espectacular, de lo mejor de lo mejor a nivel mundial. Pero vale esta pregunta: ¿era necesaria la re-reforma? En las manifestaciones se vieron muchos carteles que sostenían que lo único que respeta los “padrones internacionales de la FIFA” en el Brasil de hoy son los estadios, porque los hospitales, escuelas y otros servicios públicos siguen sin satisfacer las necesidades de la población.

La primera plana del diario paulista Folha de São Paulo bien lo resumió con este titular: “Miles salen a las calles contra todo”. Se trata de un fenómeno más social que político, el cual predomina en las grandes ciudades. En medio de la sorpresa, los principales referentes políticos han limitado sus declaraciones. La presidenta Dilma Rousseff ha sostenido que está “orgullosa” de los manifestantes y que todo reclamo debe ser escuchado. Su pasado como activista política juvenil y luchadora social explican su “tolerancia” para con los movimientos estudiantiles. Por ahora más interrogantes que certezas en relación a esta nueva y compleja realidad social brasileña.

nuevatribuna.es

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 11

Linguagens espanhoL

Con la pregunta ¿era necesaria la re-reforma? (l. 27), se hace una crítica a las nuevas obras en el estadio Maracanã.

La idea de que se hace una re-reforma se verifica en el siguiente fragmento:

(A) esta vez sí, respetando los padrones de la FIFA. (l. 25)

(B) de lo mejor de lo mejor a nivel mundial. (l. 26)

(C) En las manifestaciones se vieron muchos carteles (l. 27)

(D) sin satisfacer las necesidades de la población. (l. 30)

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En la cohesión textual, se llama anáfora al procedimiento de utilizarse un término para referirse a algo ya enunciado.

Se puede identificar la anáfora en el siguiente ejemplo:

(A) Desde esta fecha hasta 2016, (l. 13-14)

(B) Pero nada de eso sucedió. (l. 22)

(C) Pero vale esta pregunta: (l. 26-27)

(D) lo resumió con este titular: (l. 31)

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La presidenta Dilma Rousseff ha sostenido que está “orgullosa” de los manifestantes (l. 34-35)

El autor trae al texto la voz de Dilma Rousseff, destacándola por un recurso gráfico, las comillas.

En ese contexto, el uso de las comillas objetiva identificar el procedimiento de:

(A) citación

(B) diálogo

(C) inferencia

(D) comparación

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“Miles salen a las calles contra todo”. (l. 32)

El titular de la noticia resume la insatisfacción de los brasileños respecto a la situación actual del país.

La palabra que se acerca al sentido de ese sentimiento de insatisfacción es:

(A) apatía

(B) rechazo

(C) arrogancia

(D) deshonestidad

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Según el texto, el mundo se ha sorprendido con las manifestaciones en Brasil.

Una explicación que se presenta para esa sorpresa se basa en el siguiente hecho relacionado al país:

(A) invertir poco en educación pública

(B) recibir importantes eventos deportivos

(C) haber aumentado abusivamente la tarifa

(D) representar actualmente una potencia emergente

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Les manifestations au BrésiL et La dispute pour Leurs significations

L’insatisfaction de la population a eu comme étincelle l’augmentation des prix des transports publics et a atteint divers secteurs de la société qui sont venus appuyer la cause. Les premières manifestations de 2013 ont eu lieu à Porto Alegre. Les manifestations suivantes gagnant toujours plus d’adhésion, la mairie s’est vue forcée par une décision de justice de révoquer l’augmentation des prix des bus.

Face à l’adhésion gigantesque de la population, les protestations se sont étendues sur tout le pays et une grande partie de la population a revendiqué que le mouvement aborde d’autres thématiques. Le consensus autour de la situation chaotique du transport public a canalisé une insatisfaction populaire générale liée parallèlement au niveau de qualité des services offerts dans les secteurs de la santé ou de l’éducation primaire. Cette situation coexiste avec les forts investissements dirigés vers la construction des stades en vue de la Coupe du Monde de 2014.

Le fait est qu’une grande partie de la population ne se sent pas représentée par les partis politiques actuels. Les manifestants rejetant les drapeaux des partis politiques lors des manifestations, parmi lesquels ceux des plus petits partis de gauche, ont fait que certains spécialistes analysent que le paradigme du système politique représentatif est en crise. Quoi qu’il en soit, il semble évident qu‘il existe un rejet d’un grand pan de la société, particulièrement de la classe moyenne, envers les partis politiques actuels. Cela se vérifie par l’absence de projet alternatif venant des opposants au gouvernement et de leurs leaders, susceptible de satisfaire une grande partie de la population mécontente. Alors que l’actuel ton de conciliation entre les plus grands partis donne l’impression pour beaucoup qu’il n’existe plus de différence entre la gauche et la droite, la population se divise sur des causes qu’elle juge nécessaire de défendre.

Les médias et les élites tentent de profiter de cette division. Des secteurs de la gauche accusent la droite, et particulièrement les médias, de vouloir “adopter” le mouvement pour le détourner. Ce risque est réel. Mais même la presse la plus conservatrice n’a pas réussi à détourner la légitimité du mouvement. Cette presse, qui qualifiait les manifestants de “vandales” qui perturbaient la circulation et menaient les villes au chaos, a dû revoir ses postures, affirmant que le “géant s’est réveillé”, allant jusqu’à proposer des revendications. Certains journalistes en sont même venus à faire des excuses.

Ainsi, nous notons un consensus sur l’importance du mouvement politique, dans un pays où la majeure partie de la population se limite à une action politique dans les urnes et à des échanges sur les réseaux sociaux. Il est important de remarquer que l’action politique partisane et les mouvements sociaux n’ont jamais cessé d’exister au Brésil, mais il est indéniable qu’après l’arrivée de l’actuel gouvernement au pouvoir, ils ont perdu de leur visibilité. Il existe, donc, un mécontentement contre les principaux partis politiques. Bien que les manifestants aient de nombreuses et diverses demandes, le mouvement a assurément une racine de gauche. Moins de conciliation, mais plus de droits, est ce qui est demandé dans les rues.

Teresa C. S. Marques gribresil.org

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Linguagens Francês

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 13

Linguagens Francês

Les manifestations populaires ont mobilisé toute la population et ont constitué un lieu d’affrontement d’intérêts antagonistes.

Le deuxième paragraphe met l’accent sur l’opposition entre:

(A) l’insatisfaction populaire générale et la grande diversité des revendications

(B) le peu d’intérêt porté aux services publiques et les forts investissements en sport

(C) l’adhésion de la population aux manifestations et les protestations sur tout le pays

(D) la situation chaotique du transport public et la qualité des services de santé ou d’éducation

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Au quatrième paragraphe, le mot adopter est mis entre guillemets.

Dans ce cas, la présence des guillemets se justifie par:

(A) un usage figuré

(B) une citation anonyme

(C) une valeur emphatique

(D) un emploi métalinguistique

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ESTÃ

O

19

Bien que les manifestants aient de nombreuses et diverses demandes, (l. 37)

Bien que est un connecteur qui introduit une idée de:

(A) mode

(B) temps

(C) explication

(D) concession

QU

ESTÃ

O

21

Quoi qu’il en soit, il semble évident qu‘il existe un rejet (l. 17)

L’expression soulignée peut être remplacée sans changement important de sens par:

(A) que ce soit cette situation

(B) quelle que soit la situation

(C) quelque soit cette situation-là

(D) quoique la situation soit celle-là

QU

ESTÃ

O

18

Une phrase est à la forme active ou passive selon que le sujet pratique ou subit l’action exprimée par le verbe.

Un extrait à la voix active peut être trouvé dans:

(A) la mairie s’est vue forcée par une décision de justice (l. 4)

(B) une grande partie de la population ne se sent pas représentée par les partis politiques (l. 13-14)

(C) Certains journalistes en sont même venus à faire des excuses. (l. 30)

(D) Moins de conciliation, mais plus de droits, est ce qui est demandé dans les rues. (l. 38-39)

QU

ESTÃ

O

20

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação14

Global protest Grows as citizens lose faith in politics and the state

The demonstrations in Brazil began after a small rise in bus fares that triggered mass protests. Within days this had become a nationwide movement whose concerns had spread far beyond fares: more than a million people were on the streets shouting about everything − from corruption to the cost of living to the amount of money being spent on the World Cup.

In Turkey, it was a similar story. A protest over the future of a city park in Istanbul snowballed too into something bigger, a wider-ranging political confrontation with prime minister.

If the recent scenes have seemed familiar, it is because they shared common features: viral, loosely organised with fractured messages and mostly taking place in urban public locations.

Unlike the protest movement of 1968, or even the end of Soviet influence in Eastern Europe in 1989, these are movements with few discernible leaders and often conflicting ideologies. Their points of reference are not even necessarily ideological, but take inspiration from other protests, including those of the Arab Spring and the Occupy movement. The result has seen a wave of social movements − sometimes short-lived − from Wall Street to Tel Aviv and from Istanbul to Rio de Janeiro, often engaging younger, better educated and wealthier members of society.

In Brazil, the varied banners underlined the difficulty of easy categorisation as protesters held aloft signs expressing a range of demands from education reforms to free bus fares, while denouncing the billions of public dollars spent on stadiums for the 2014 World Cup and the Olympics.

“It’s sort of a Catch-22”, Rodrigues da Cunha, a 63-year-old protester told the Associated Press. “On the one hand, we need some sort of leadership; on the other, we don’t want this to be compromised by being affiliated with any political party.”

As the Economist pointed out, while mass movements in Britain, France, Sweden and Turkey have been inspired by a variety of causes, including falling living standards, authoritarian government and worries about immigration, Brazil does not fit the picture, with youth unemployment at a record low and enjoying the biggest leap in living standards in the country’s history.

So what’s going on? “This is a very peculiar moment”, Saskia Sassen, a sociology professor at Columbia University, New York, told the Observer. She argues that one distinguishing factor is that many of the protest movements of the past decade have been defined by the involvement of what she calls “the modest middle class”, who have often been beneficiaries of the systems they are protesting against, but whose positions have been eroded by neoliberal economic policies that have seen both distribution of wealth and opportunities captured by a narrowing minority. As people have come to feel more distant from government and economic institutions, a large part of the new mass forms of dissent has come to be seen as an opportunity to demonstrate ideas of “citizenship”.

Sassen’s belief that many of the recent protests are middle-class-driven appeared to be confirmed overtly − in the case of Brazil, at least.

theguardian.com

5

10

15

20

25

30

35

Linguagens ingLÊs

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 15

Linguagens ingLÊs

It’s sort of a Catch-22, (l. 21)

The underlined idiomatic expression introduces the idea of:

(A) solution

(B) certainty

(C) dilemma

(D) suspicion

QU

ESTÃ

O

20

According to Saskia Sassen, protesters have taken to the streets to show their dissatisfaction with various issues.

One of the main reasons for the protests is the lack of confidence in:

(A) political parties

(B) living standards

(C) immigration systems

(D) governmental entities

QU

ESTÃ

O

21

This text is an example of the genre opinion article.

The purpose of this article can be described as:

(A) provide the analysis of a current issue

(B) reveal the truth about a political event

(C) expose the details of a complex matter

(D) explain the coverage of a sensitive subject

QU

ESTÃ

O

17

From the first to the fourth paragraph, various protest movements in different countries of the world are mentioned.

The author establishes links among them by means of the following textual strategy:

(A) causality

(B) comparison

(C) enumeration

(D) particularization

QU

ESTÃ

O

18

In the fourth paragraph (l. 10-16), the author characterizes the typical members of the Brazilian society engaging in the protests.

This characterization is based on the criteria of:

(A) age, education, income

(B) maturity, schooling, profit

(C) experience, culture, interest

(D) generation, breeding, expenditure

QU

ESTÃ

O

19

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matemática

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação16

Na situação apresentada nos quadrinhos, as distâncias, em quilômetros, dAB, dBC e dCD formam, nesta ordem, uma progressão aritmética.

O vigésimo termo dessa progressão corresponde a:

(A) -50

(B) -40

(C) -30

(D) -20

QU

ESTÃ

O

22

Adaptado de Ieceblog.blogspot.com.

O valor, em reais, de um quilograma desse produto é igual a:

(A) 25,60

(B) 32,76

(C) 40,00

(D) 50,00

QU

ESTÃ

O

23 Na imagem da etiqueta, informa-se o valor a ser pago por 0,256 kg de peito de peru.

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matemática

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 17

QU

ESTÃ

O

24 Um funil, com a forma de cone circular reto, é utilizado na passagem de óleo para um recipiente com a forma de cilindro circular reto. O funil e o recipiente possuem a mesma capacidade.

De acordo com o esquema, os eixos dos recipientes estão contidos no segmento TQ, perpendicular ao plano horizontal β.

Q

P

T

A

HH

β2

B

Admita que o funil esteja completamente cheio do óleo a ser escoado para o recipiente cilíndrico vazio. Durante o escoamento, quando o nível do óleo estiver exatamente na metade da altura

do funil, , o nível do óleo no recipiente cilíndrico corresponderá ao ponto K na geratriz AB.

A posição de K, nessa geratriz, é melhor representada por:

(A)

(B)

(C)

(D)

H 2

AK

B

K

A

B

K

A

B

K

A

B

AK

B

K

A

B

K

A

B

K

A

B

AK

B

K

A

B

K

A

B

K

A

B

AK

B

K

A

B

K

A

B

K

A

B

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matemática

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação18

O valor de t, em horas, equivale a:

(A) 1

(B) 2

(C) 3

(D) 4

QU

ESTÃ

O

26 As baterias B1 e B2 de dois aparelhos celulares apresentam em determinado instante, respectivamente, 100% e 90% da carga total.

Considere as seguintes informações:

• as baterias descarregam linearmente ao longo do tempo;

• para descarregar por completo, B1 leva t horas e B2 leva duas horas a mais do que B1;

• no instante z, as duas baterias possuem o mesmo percentual de carga igual a 75%.

Observe o gráfico:

0 (t + 2)t

90

100

y (%

de

carg

a)

x (horas)z

75

Na tabela abaixo, estão indicadas três possibilidades de arrumar n cadernos em pacotes:

Se n é menor do que 1200, a soma dos algarismos do maior valor de n é:

(A) 12

(B) 17

(C) 21

(D) 26

QU

ESTÃ

O

25Nº de pacotes

Nº de cadernos

por pacotes

Nº de cadernos que

sobram

X 12 11

Y 20 19

Z 18 17

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matemática

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 19

Uma loja identifica seus produtos com um código que utiliza 16 barras, finas ou grossas. Nesse sistema de codificação, a barra fina representa o zero e a grossa o 1. A conversão do código em algarismos do número correspondente a cada produto deve ser feita de acordo com esta tabela:

Utilize as informações a segUir para responder às qUestões de números 27 e 28.

Considere o código abaixo, que identifica determinado produto.

Esse código corresponde ao seguinte número:

(A) 6835

(B) 5724

(C) 8645

(D) 9768

QU

ESTÃ

O

27

Observe um exemplo de código e de seu número correspondente:

= 0729

Código Algarismo Código Algarismo

0000 0 0101 5

0001 1 0110 6

0010 2 0111 7

0011 3 1000 8

0100 4 1001 9

Existe um conjunto de todas as sequências de 16 barras finas ou grossas que podem ser representadas.

Escolhendo-se ao acaso uma dessas sequências, a probabilidade de ela configurar um código do sistema descrito é:

(A)

(B)

(C)

(D)

QU

ESTÃ

O

285

215

25

214

125

213

625

212

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matemática

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação20

Admita que, no eixo x, 10 unidades correspondem a 1 cm e que, no eixo y, a ordenada log(1000) corresponde a 15 cm.

A escala x:y na qual os eixos foram construídos equivale a:

(A) 5:1

(B) 15:1

(C) 50:1

(D) 100:1

QU

ESTÃ

O

29 Observe no gráfico a função logaritmo decimal definida por y = log(x).

x10

0

20 30

y

0,2

0,4

0,6

0,8

1

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ciências da natureza

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 21

As letras A, B e C indicam, respectivamente, o momento em que surgem, ao longo do processo evolutivo, as seguintes características dos vegetais:

(A) cutícula, sementes, tecidos vasculares

(B) embriões multicelulares, esporófito dominante, frutos

(C) esporófito dominante, embriões multicelulares, frutos

(D) gametângios multicelulares, tecidos vasculares, sementes

QU

ESTÃ

O

30 No cladograma, está representado o grau de parentesco entre diferentes grupos de vegetais.

A

B

C

Ant

óce

ros

Hep

átic

as

Mus

go

s

Sam

amb

aias

Gim

nosp

erm

as

Ang

iosp

erm

as

QU

ESTÃ

O

31 Os combustíveis fósseis, que têm papel de destaque na matriz energética brasileira, são formados, dentre outros componentes, por hidrocarbonetos.

A combustão completa dos hidrocarbonetos acarreta a formação de um óxido ácido que vem sendo considerado o principal responsável pelo efeito estufa.

A fórmula química desse óxido corresponde a:

(A) CO2

(B) SO3

(C) H2O

(D) Na2O

Adaptado de biologiaevolutiva.wordpress.com.

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ciências da natureza

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação22

A vanilina é a substância responsável pelo aroma de baunilha presente na composição de determinados vinhos. Este aroma se reduz, porém, à medida que a vanilina reage com o ácido etanoico, de acordo com a equação química abaixo.

QU

ESTÃ

O

33

A substância orgânica produzida nessa reação altera o aroma do vinho, pois apresenta um novo grupamento pertencente à função química denominada:

(A) éster

(B) álcool

(C) cetona

(D) aldeído

Uma ave marinha costuma mergulhar de uma altura de 20 m para buscar alimento no mar.

Suponha que um desses mergulhos tenha sido feito em sentido vertical, a partir do repouso e exclusivamente sob ação da força da gravidade.

Desprezando-se as forças de atrito e de resistência do ar, a ave chegará à superfície do mar a uma velocidade, em m/s, aproximadamente igual a:

(A) 20

(B) 40

(C) 60

(D) 80

QU

ESTÃ

O

32

Um carro, em um trecho retilíneo da estrada na qual trafegava, colidiu frontalmente com um poste. O motorista informou um determinado valor para a velocidade de seu veículo no momento do acidente. O perito de uma seguradora apurou, no entanto, que a velocidade correspondia a exatamente o dobro do valor informado pelo motorista.

Considere Ec1 a energia cinética do veículo calculada com a velocidade informada pelo motorista e Ec2 aquela calculada com o valor apurado pelo perito.

A razão corresponde a:

(A)

(B)

(C) 1

(D) 2

QU

ESTÃ

O

34

14

12

Ec1

Ec2

+ +HO

OO

H

O

H

O

O

O

OH

OH2O

ácido etanoico vanilina

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ciências da natureza

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 23

QU

ESTÃ

O

35 Considere um peixe em estresse osmótico que consegue sobreviver eliminando mais urina e reabsorvendo mais sais do que em seu habitat original.

Esse peixe é encontrado no trecho do rio identificado pela seguinte letra:

(A) W

(B) X

(C) Y

(D) Z

Utilize as informações a segUir para responder às qUestões de números 35 e 36.

A salinidade da água é um fator fundamental para a sobrevivência dos peixes. A maioria deles vive em condições restritas de salinidade, embora existam espécies como o salmão, que consegue viver em ambientes que vão da água doce à água do mar. Há peixes que sobrevivem em concentrações salinas adversas, desde que estas não se afastem muito das originais.

Considere um rio que tenha passado por um processo de salinização. Observe na tabela suas faixas de concentração de cloreto de sódio.

QU

ESTÃ

O

36 Um aquário com 100 L de solução aquosa de NaCl com concentração igual a 2,1 g.L−1, será utilizado para criar peixes que vivem no trecho Z do rio. A fim de atingir a concentração mínima para a sobrevivência dos peixes, deverá ser acrescentado NaCl à solução, sem alteração de seu volume.

A massa de cloreto de sódio a ser adicionada, em quilogramas, é igual a:

(A) 2,40

(B) 3,30

(C) 3,51

(D) 3,72

Trecho do rio Concentração de NaCl(mol.L−1)

W < 0,01

X 0,1 − 0,2

Y 0,4 − 0,5

Z ≥ 0,6*

*isotônica à água do mar

Diversos mecanismos importantes para a manutenção da vida na Terra estão relacionados com interações químicas.

A interação química envolvida tanto no pareamento correto de bases nitrogenadas no DNA quanto no controle de variações extremas de temperatura na água é uma ligação do seguinte tipo:

(A) iônica

(B) covalente

(C) de hidrogênio

(D) de van der Waals

QU

ESTÃ

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37

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ciências da natureza

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação24

QU

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O

39

A perda desse tecido ocorre a partir de determinada fase do desenvolvimento, quando as células da membrana liberam em seu citoplasma enzimas que digerem a si próprias.

A principal organela participante desse processo de destruição celular é denominada:

(A) lisossomo

(B) peroxissomo

(C) complexo de Golgi

(D) retículo endoplasmático rugoso

Em embriões de alguns vertebrados, conforme ilustra a imagem, pode-se observar a presença de uma membrana interdigital que não estará presente em filhotes de desenvolvimento normal por ocasião do nascimento.

med.unsw.edu

Em fins do século XVI, foi feita uma das primeiras aplicações práticas de uma pilha: a decomposição da água em oxigênio e hidrogênio, processo denominado eletrólise.

Já naquela época, com base nesse experimento, sugeriu-se que as forças responsáveis pelas ligações químicas apresentam a seguinte natureza:

(A) nuclear

(B) elétrica

(C) magnética

(D) gravitacional

QU

ESTÃ

O

38Q

UES

TÃO

40 Com base no número de partículas subatômicas que compõem um átomo, as seguintes grandezas podem ser definidas:

O oxigênio é encontrado na natureza sob a forma de três átomos: 16O, 17O e 18O. No estado fundamental, esses átomos possuem entre si quantidades iguais de duas das grandezas apresentadas.

Os símbolos dessas duas grandezas são:

(A) Z e A

(B) E e N

(C) Z e E

(D) N e A

Grandeza Símbolo

número atômico Z

número de massa A

número de nêutrons N

número de elétrons E

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ciências da natureza

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 25

QU

ESTÃ

O

42 A proporção de moléculas de água presentes na forma hidratada de um sal pode ser representada da seguinte forma, na qual X corresponde ao número de mols de água por mol desse sal:

CuSO4 . X H2O

Uma amostra de 4,99 g desse sal hidratado foi aquecida até que toda a água nela contida evaporou, obtendo-se uma massa de 3,19 g de sulfato de cobre II.

O número de mols de água por mol de sulfato de cobre II na composição do sal hidratado equivale a:

(A) 2

(B) 5

(C) 10

(D) 20

Em 1815, o médico inglês William Prout formulou a hipótese de que as massas atômicas de todos os elementos químicos corresponderiam a um múltiplo inteiro da massa atômica do hidrogênio. Já está comprovado, porém, que o cloro possui apenas dois isótopos e que sua massa atômica é fracionária.

Os isótopos do cloro, de massas atômicas 35 e 37, estão presentes na natureza, respectivamente, nas porcentagens de:

(A) 55% e 45%

(B) 65% e 35%

(C) 75% e 25%

(D) 85% e 15%

QU

ESTÃ

O

44

QU

ESTÃ

O

41 Quando um filamento de RNAm é traduzido para a produção de uma proteína, ele pode sofrer uma mutação em que bases nitrogenadas adjacentes são substituídas simultaneamente por outras.

Admitindo que todas as substituições resultem em produção de aminoácidos, o número de bases substituídas simultaneamente capaz de gerar mais alterações na proteína produzida é:

(A) 3

(B) 4

(C) 6

(D) 9

Um mergulhador precisa encher seu tanque de mergulho, cuja capacidade é de 1,42 × 10−2 m3, a uma pressão de 140 atm e sob temperatura constante.

O volume de ar, em m3, necessário para essa operação, à pressão atmosférica de 1 atm, é aproximadamente igual a:

(A)

(B)

(C) 2

(D) 4

QU

ESTÃ

O

431412

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ciências HUManas

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação26

Ocorrida entre o final de 1879 e o início de 1880, a Revolta do Vintém representou a manifestação de segmentos populares descontentes com a decisão do governo de aumentar os preços das passagens dos bondes puxados a burro, que trafegavam na então capital do Império.

Um dos principais efeitos dessa revolta naquele momento foi:

(A) politização dos oficiais militares

(B) privatização dos serviços públicos

(C) modernização dos meios de transporte

(D) enfraquecimento das instituições monárquicas

QU

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46 A um grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes começaram a espancar condutores, esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois pelotões do Exército ocuparam o Largo de São Francisco, postando-se parte da tropa em frente à Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A multidão dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios nos três dias seguintes, estava findo o motim do vintém. A cobrança da taxa passou a ser quase aleatória. As próprias companhias de bondes pediam ao governo que a revogasse. Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março. O novo ministério revogou o desastrado tributo.

Adaptado de CARVALHO, José Murilo de. A Guerra do Vintém. Revista de História, setembro/2007.

Com base na análise dos mapas e dos dados, o fluxo de jogadores identifica-se com a ocorrência do seguinte tipo de deslocamento populacional:

(A) tráfico de pessoas

(B) migração de retorno

(C) transferência de refugiados

(D) movimento de transumância

QU

ESTÃ

O

45 fLUXOS DE JOGADORES DE fUtEbOL: tEMPORADA 2012-2013

Atletas transferidos para a Espanha: 162 Atletas transferidos da Espanha: 231

slate.com

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ciências HUManas

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 27

QU

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47

geography.wise.edu

mapsfordesign.com

heliheyn.de

progonos.com

O problema básico das projeções cartográficas é a representação de uma superfície curva em um plano. Pode-se dizer que todas as representações de superfícies curvas em um plano envolvem “extensões” ou “contrações”, que resultam em distorções ou “rasgos”. Diferentes técnicas de representação são aplicadas no sentido de alcançar resultados que possuam certas propriedades favoráveis para um propósito específico.

Adaptado de IBGE. Noções básicas de cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 1999.

Para o propósito específico de reduzir as distorções tanto de forma quanto de área dos continentes, os resultados mais adequados são alcançados pela seguinte projeção cartográfica:

(A)

(B)

(C)

(D)

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ciências HUManas

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação28

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49 O aniversário dos quarenta anos da Revolução dos Cravos está sendo comemorado com uma série de conferências, debates e eventos culturais. A agência turística Lisbon Movie Tour lançou um roteiro inspirado no filme Capitães de abril. Os turistas visitam os locais onde foram filmadas as principais cenas, em uma mistura de passeio cinéfilo e aula de História. Em cada parada, a guia conta detalhes do famoso 25 de abril de 1974 e do movimento político que derrubou o regime salazarista. O giro termina no Largo do Carmo onde, há quarenta anos, uma barraca de flores deu origem ao nome dessa revolução.

Adaptado de portugues.rfi.fr, 21/04/2014.

As diversas comemorações do aniversário da Revolução dos Cravos, em Portugal, indicam a importância dessa data para o país.

Devido à conjuntura em que ocorreu, a Revolução dos Cravos tem para a sociedade portuguesa o seguinte significado:

(A) instauração da ordem democrática

(B) diversificação dos espaços culturais

(C) integração do setor financeiro europeu

(D) internacionalização do desenvolvimento econômico

A década de 1930, quando a tela Operários foi pintada, caracterizou-se pela deflagração do processo de industrialização na sociedade brasileira.

Nessa tela, por meio da representação proposta pela artista, pode-se observar o seguinte aspecto do operariado nacional na época:

(A) defasagem salarial

(B) diversidade cultural

(C) associativismo sindical

(D) disparidade educacional

QU

ESTÃ

O

48Nascida em Capivari, no interior do estado de São Paulo, Tarsila do Amaral (1886-1973) cumpriu um papel fundamental na arte brasileira. A boa posição financeira herdada da família permitiu a ela viajar para a Europa várias vezes para estudar. A influência marcou sua produção. Operários foi pintada em 1933 e exibe a força do estilo de Tarsila ao retratar a população paulistana e, ao fundo, chaminés e fábricas em formas geométricas.

Operários

Adaptado de vejasp.abril.com.br, 21/01/2011.

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ciências HUManas

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50

A Conferência de Estocolmo e o surgimento de organizações ambientalistas, como Greenpeace e WWF, provocaram mudanças na percepção social da questão ambiental no final do século XX.

Dentre essas mudanças, a mais difundida foi a conscientização da:

(A) limitação da tecnologia moderna

(B) dimensão da interferência humana

(C) recorrência do desmatamento intenso

(D) insuficiência do abastecimento alimentar

A ONU e o meio ambiente

Pode-se dizer que o movimento ambiental começou séculos atrás, como resposta à industrialização. Após a Segunda Guerra Mundial, a era nuclear fez surgir temores de um novo tipo de poluição por radiação. Em 1969, a primeira foto da Terra vista do espaço tocou o coração da humanidade com a sua beleza e simplicidade. Em 1972, a Organização das Nações Unidas convocou a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, na Suécia, em Estocolmo. A declaração final do evento contém dezenove princípios que representam um manifesto ambiental para nossos tempos.

Adaptado de onu.org.br.

O lixo gerado especialmente nas cidades mais populosas se tornou, no último século, um dos fatores causadores de impactos ambientais nem sempre reversíveis a curto prazo.

Um dos problemas e uma das soluções relativos ao acúmulo do lixo em áreas urbanas estão apresentados em:

(A) poluição de ecossistemas fluviais − coleta seletiva

(B) aumento da emissão de gases − remodelação de áreas de risco

(C) destruição de reservas florestais − reciclagem de resíduos tóxicos

(D) diminuição dos reservatórios de água − redistribuição de núcleos populacionais

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ESTÃ

O

51 VAMOSTER QUEMUDAR?

SIM,OS NOSSOSHÁBITOS!

Gilmaragitors.com

greenpeace.org

wwf.org.br

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação30

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52

No livro Os sertões, Euclides da Cunha aborda o episódio da Guerra de Canudos (1896-1897), organizando seu texto em três partes: a terra, o homem, a luta.

A letra do samba, inspirada nessa obra, apresenta uma imagem do sertão nordestino vinculada ao seguinte aspecto:

(A) mandonismo local

(B) miscigenação racial

(C) continuísmo político

(D) determinismo ambiental

Marcado pela própria natureza

O Nordeste do meu Brasil

Oh! solitário sertão

De sofrimento e solidão

A terra é seca

Mal se pode cultivar

Morrem as plantas e foge o ar

A vida é triste nesse lugar

Sertanejo é forte

Supera miséria sem fim

Sertanejo homem forte

Dizia o Poeta assim

Edeor de PaulaSamba de enredo da G.R.E.S. Em cima da Hora, em 1976.

letras.mus.br

Foi no século passado

No interior da Bahia

O Homem revoltado com a sorte

do mundo em que vivia

Ocultou-se no sertão

espalhando a rebeldia

Se revoltando contra a lei

Que a sociedade oferecia

Os Jagunços lutaram

Até o final

Defendendo Canudos

Naquela guerra fatal

Os sertõesQ

UES

TÃO

53 Rússia formaliza anexação da Crimeia

A Rússia anexou formalmente a Península da Crimeia a seu território, depois de um duro discurso do presidente Vladimir Putin em meio a pesadas críticas aos E.U.A., à União Europeia e ao governo interino da Ucrânia. Nesse discurso que antecedeu a assinatura da anexação da Crimeia, Putin destacou a questão como vital para os interesses russos. Segundo ele, o Ocidente “cruzou uma linha vermelha” ao interferir na Ucrânia. “A Crimeia sempre foi e é parte inseparável da Rússia”, declarou o presidente.

Adaptado de estadao.com.br, 18/03/2014.

O evento abordado na reportagem está simultaneamente associado ao presente e ao passado dos povos envolvidos.

Para explicar essa ação russa em relação à Crimeia, são fundamentais os seguintes interesses do atual governo Putin:

(A) superar o pan-eslavismo − reduzir a diversidade étnica

(B) estimular a economia − ampliar a produção energética

(C) combater a corrupção − reconstruir a geopolítica global

(D) reforçar o nacionalismo − consolidar a geoestratégia militar

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54

As diferenças observadas entre a fábrica fordista e a fábrica pós-fordista são explicadas, principalmente, pela introdução da estratégia de organização produtiva denominada:

(A) regulação

(B) terceirização

(C) padronização

(D) hierarquização

A fábrica da ford em River Rouge, nos E.U.A., inaugurada em 1928, ocupava 8 km2 e chegou a ter 120 mil operários.

A fábrica da ford em Camaçari, no brasil, inaugurada em 2001, ocupa 1,6 km2 e tem 8 mil operários.

columbia.edu

ford.com.br

Apesar das muitas diferenças existentes entre Paris no século XIX e Rio de Janeiro no século XXI, os textos apontam para manifestações do exercício do poder militar em ambas as cidades.

Nos dois contextos, é reconhecível a seguinte relação estratégica entre o espaço da cidade e a ação do Estado:

(A) sítio urbano e polarização política

(B) morfologia urbana e controle social

(C) hierarquia urbana e segurança pública

(D) centro urbano e marginalização econômica

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55 O movimento e a avenida

Em vista da importância do Exército para as classes dominantes, não é de admirar que o tráfego militar fosse o fator determinante do planejamento das cidades, exemplificado pelo traçado das avenidas de Paris, proposto pelo prefeito Haussmann entre 1853 e 1870.

Adaptado de MUNFORD, Lewis. A cidade na história: suas origens, transformações e

perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

topografia da Maré facilita ocupação pelo Exército

Ao adotar no Complexo da Maré estratégia semelhante à utilizada para ocupar os Complexos do Alemão e da Penha, o Exército vai encontrar mais vantagens do que desvantagens, apesar de a nova região ser maior e mais populosa. A topografia da área a ser pacificada é plana, e as ruas são mais largas, fatores que acabam facilitando a distribuição do efetivo e as manobras dos veículos militares.

Adaptado de extra.globo.com, 02/04/2014.

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação32

As declarações do professor Alcino Salazar e do presidente João Goulart foram feitas em um momento de polarização na sociedade brasileira, que culminou na instauração do regime autoritário em 31 de março de 1964.

Ambas as declarações expressavam, naquele momento, visões antagônicas relacionadas à seguinte dimensão da cidadania:

(A) direitos políticos

(B) reparações étnicas

(C) benefícios sociais

(D) oportunidades econômicas

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56 O professor Alcino Salazar, secretário de Justiça da Guanabara, declarou a O Globo que a extensão do voto ao analfabeto é perigosa concessão aos inimigos do regime democrático, fundado na verdade e na pureza do princípio da representação.

Adaptado de O Globo, 21/02/1964.

Em sua mensagem ao Congresso Nacional em 15 de março de 1964, o presidente João Goulart escreveu: “Outra discriminação inaceitável atinge milhões de cidadãos que, embora investidos de todas as responsabilidades (...) e integrados à força de trabalho, com seu contingente mais numeroso, são impedidos de votar por serem analfabetos”.

ALEIXO, J. C. B; KRAMER, Paulo. Os analfabetos e o voto: da conquista da alistabilidade ao desafio da elegibilidade.

Senatus, Brasília, outubro/2000.

Adaptado de Folha de São Paulo, 23/03/2014.

Nos gráficos, estão indicadas mudanças que afetaram a sociedade brasileira em um período que inclui os Governos Militares (1964-1985) e o restabelecimento do regime democrático de 1985 aos dias de hoje.

Analisando o primeiro e o segundo gráficos, conclui-se que os Governos Militares favoreceram, respectivamente, a ocorrência de:

(A) redução da pobreza e estabilização do deficit público

(B) diminuição do poder aquisitivo e incremento da dívida externa

(C) crescimento da riqueza nacional e elevação da concentração de renda

(D) expansão do desenvolvimento econômico e elevação da remuneração salarial

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57 bRASIL: PIb per capita (R$1.000, corrigido pela inflação)

7,33

1960 1980 2000 2013

25

20

15

10

5

0

17,96 18,42

24,07

bRASIL: DESIGUALDADE DE RENDA (Coeficiente de Gini: quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade.)

0,54

0,580,59

0,64

0,60

0,53

1960 1970 1979 1989 2001 20120,5

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 33

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vegakosmonaut.blogspot.com.br, 11/06/2013

Nessa representação das rotas do transporte aéreo comercial, o mapa ilustra a seguinte mudança na geopolítica internacional contemporânea:

(A) aculturação de áreas periféricas

(B) metropolização de regiões rurais

(C) globalização de países desenvolvidos

(D) conurbação de aglomerações populacionais

Um consultor canadense, Michael Markieta, desenvolveu um sistema de visualização das rotas de tráfego aéreo ao redor do globo que recria o mapa-múndi, como mostra a imagem. Atualmente, há 58 mil rotas aéreas cruzando os céus nos cinco continentes. Na imagem revelada por Markieta, não causa surpresa o fato de que os pontos mais densos aparecem em áreas onde muitas rotas seguem o mesmo trajeto e têm como destino as maiores cidades do mundo.

Adaptado de vegakosmonaut.blogspot.com.br, 11/06/2013.

ROtAS DE AVIÕES RECRIAM MAPA DO MUNDO

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação34

pt.wikipedia.org

O romance 1984, de George Orwell, publicado em 1948, apresenta um mundo de impérios em conflito e uma sociedade em que todos são observados pelo poder central − o Big Brother.

No contexto internacional da época dessa publicação, o escritor britânico direcionou uma crítica ao seguinte sistema:

(A) socialismo

(B) capitalismo

(C) anarquismo

(D) totalitarismo

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59

Meu romance, 1984, foi concebido como uma mostra das perversões que regimes políticos já realizaram parcialmente ou podem realizar.

George OrwellAdaptado de pt.wikipedia.org.

Cartaz do filme inspirado no romance de George Orwell.

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 35

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Adaptado de memoria.ebc.com.br, 21/01/2013.

As taxas de desemprego são um dos indicadores das condições do crescimento socioeconômico de países e de regiões, em especial quando afetam contingentes populacionais mais jovens.

De acordo com o mapa, a região que apresenta o maior potencial para crescimento da força de trabalho é:

(A) Ásia Oriental

(B) Oriente Médio

(C) Norte da África

(D) Sudeste Asiático

6,9 17,1

Europa Central fora da U.E.

7,1 23,8

Norte da África

6,0 11,8

África Subsaariana

7,5 28,1

Oriente Médio2,3 9,8

Sul da Ásia

2,5 13,0

Sudeste Asiático

3,5 9,5

Ásia Oriental

4,9 13,5

América Latina e Caribe

tAXA DE DESEMPREGO NO MUNDO (%)

adultos jovens

Economias desenvolvidas

Total mundial

7,3 17,9

4,5 12,6

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ SUB-REITORIA DE GRADUAÇÃO - SR-1 DEPARTAMENTO DE SELEÇÃO ACADÊMICA - DSEA

1 B 22 A 41 ANULADA2 B 17 A 23 D 42 B3 C 18 B 24 A 43 C4 C 19 B 25 B 44 C5 A 20 D 26 D 45 B6 C 21 A 27 A 46 D7 A 28 D 47 A8 D 17 B 29 C 48 B9 D 18 B 30 D 49 A

10 B 19 A 31 A 50 B11 A 20 C 32 A 51 A12 A 21 D 33 A 52 D13 B 34 B 53 D14 D 17 A 35 C 54 B15 D 18 B 36 B 55 B16 D 19 A 37 C 56 A

20 C 38 B 57 C21 D 39 A 58 C

40 C 59 D60 A

INGLÊS

1º EXAME DE QUALIFICAÇÃOGABARITO

08/06/2014

ESPANHOL

FRANCÊS

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Neste caderno, você encontrará um conjunto de quarenta páginas numeradas sequencialmente, contendo sessenta questões das seguintes áreas: Linguagens; Matemática; Ciências da Natureza; Ciências Humanas. A Classificação Periódica dos Elementos encontra-se na página 39.Não abra o caderno antes de receber autorização.

Instruções1. Cartão de respostasVerifique se as seguintes informações estão corretas: nome, número do CPF, número do documento de identidade, data de nascimento, número de inscrição e língua estrangeira escolhida.Se houver erro, notifique o fiscal. Nada deve ser escrito ou registrado no cartão, além de sua assinatura, da transcrição da frase e da marcação das respostas. Para isso, use apenas caneta de corpo transparente, azul ou preta.Após ler as questões e escolher a alternativa que melhor responde a cada uma delas, cubra totalmente o espaço que corresponde à letra a ser assinalada, conforme o exemplo abaixo.

As respostas em que houver falta de nitidez ou marcação de mais de uma letra não serão registradas.O cartão não pode ser dobrado, amassado, rasurado ou manchado.

2. Caderno de Questões Ao receber autorização para abrir este caderno, verifique se a impressão, a paginação e a numeração das questões estão corretas.Caso observe qualquer erro, notifique o fiscal.As questões de números 17 a 21, da área de Lin guagens, deverão ser respondidas de acordo com sua opção de Língua Estrangeira: Espanhol, Francês ou Inglês.

Informações GeraIsO tempo disponível para fazer a prova é de quatro horas. Nada mais poderá ser registrado após o término desse prazo.Ao terminar a prova, entregue ao fiscal este caderno e o cartão de respostas.Nas salas de prova, os candidatos não poderão usar relógio e boné, nem portar arma de fogo, fumar e utilizar corretores ortográficos.Será eliminado do Vestibular Estadual 2015 o candidato que, durante a prova, utilizar qualquer meio de obtenção de informações, eletrônico ou não. Será também eliminado o candidato que se ausentar da sala levando consigo qualquer material de prova.

Boa prova!

14/09/2014

2º exame de qualificação

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 3

Linguagens

“Caso tenha uma aranha na sua perna, é melhor não se mexer.”

No quadrinho seguinte, o próprio personagem analisa essa fala como hipotética.

A construção de hipótese está marcada na frase do personagem pelo seguinte traço linguístico:

(A) tom de conselho da fala

(B) ordem inversa do período

(C) emprego do conectivo inicial

(D) presença de forma negativa

QU

eSTÃ

O

01

Nos quadrinhos, há uma representação de crescente desespero do personagem que estaria com a aranha em sua perna.

A representação desse desespero é construída por meio do emprego de:

(A) frases afirmativas e pontuação

(B) vocabulário usual e interjeições

(C) linguagem culta e exclamações

(D) elementos verbais e não verbais

QU

eSTÃ

O

02

Diante do estranhamento de um dos personagens no primeiro quadrinho, o outro explica a própria fala no segundo quadrinho.

Essa explicação configura um recurso conhecido como:

(A) ironia

(B) metáfora

(C) polissemia

(D) metalinguagem

QU

eSTÃ

O

03

Fernando Gonsales Folha de São Paulo, 18/07/2013

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação4

Linguagens

bem no fundo

no fundo, no fundo,

bem lá no fundo,

a gente gostaria

de ver nossos problemas

resolvidos por decreto

a partir desta data,

aquela mágoa sem remédio

é considerada nula

e sobre ela − silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,

maldito seja quem olhar pra trás,

lá pra trás não há nada,

e nada mais

mas problemas não se resolvem,

problemas têm família grande,

e aos domingos saem todos a passear

o problema, sua senhora

e outros pequenos probleminhas

Paulo LeminskiToda poesia. São Paulo: Cia. das Letras, 2013.

5

10

15

QU

eSTÃ

O

04 no fundo, no fundo,

bem lá no fundo, (v. 1-2)

Nesses versos iniciais do poema, a repetição de palavras e o emprego do vocábulo “bem” produzem um efeito de:

(A) ênfase

(B) eufemismo

(C) enumeração

(D) ambiguidade

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 5

Linguagens

QU

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07 A última estrofe apresenta imagens relacionadas à família.

Em relação ao conjunto do texto, a figuração do casal com seus filhos pequenos remete à ideia de:

(A) angústia

(B) mudança

(C) continuidade

(D) preocupação

a gente gostaria

de ver nossos problemas

resolvidos por decreto (v. 3-5)

A expressão sublinhada tem sentido figurado que, no contexto, corresponde a:

(A) imediatamente e sem esforço

(B) legalmente e com garantias

(C) gradativamente e sem contestação

(D) surpreendentemente e com restrições

QU

eSTÃ

O

06

QU

eSTÃ

O

05 O poeta emprega dois termos diferentes para se aproximar do leitor: a gente (v. 3) e nossos (v. 4).O emprego de tais termos produz, em relação à percepção de mundo, o sentido de:

(A) idealização

(B) explicitação

(C) universalização

(D) problematização

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação6

Linguagens

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08

É menInA

É menina, que coisa mais fofa, parece com o pai, parece com a mãe, parece um joelho, upa, upa, não chora, isso é choro de fome, isso é choro de sono, isso é choro de chata, choro de menina, igualzinha à mãe, achou, sumiu, achou, não faz pirraça, coitada, tem que deixar chorar, vocês fazem tudo o que ela quer, isso vai crescer mimada, eu queria essa vida pra mim, dormir e mamar, aproveita enquanto ela ainda não engatinha, isso daí quando começa a andar é um inferno, daqui a pouco começa a falar, daí não para mais, ela precisa é de um irmão, foi só falar, olha só quem vai ganhar um irmãozinho, tomara que seja menino pra formar um casal, ela tá até mais quieta depois que ele nasceu, parece que ela cuida dele, esses dois vão ser inseparáveis, ela deve morrer de ciúmes, ele já nasceu falante, menino é outra coisa, desde que ele nasceu parece que ela cresceu, já tá uma menina, quando é que vai pra creche, ela não larga dessa boneca por nada, já podia ser mãe, já sabe escrever o nomezinho, quantos dedos têm aqui, qual é a sua princesa da Disney preferida, quem você prefere, o papai ou a mamãe, quem é o seu namoradinho, quem é o seu príncipe da Disney preferido, já se maquia nessa idade, é apaixonada pelo pai, cadê o Ken, daqui a pouco vira mocinha, eu te peguei no colo, só falta ficar mais alta que eu, finalmente largou a boneca, já tava na hora, agora deve tá pensando besteira, soube que virou mocinha, ganhou corpo, tenho uma dieta boa pra você, a dieta do ovo, a dieta do tipo sanguíneo, a dieta da água gelada, essa barriga só resolve com cinta, que corpão, essa menina é um perigo, vai ter que voltar antes de meia-noite, o seu irmão é diferente, menino é outra coisa, vai pela sombra, não sorri pro porteiro, não sorri pro pedreiro, quem é esse menino, se o seu pai descobrir, ele te mata, esse menino é filho de quem, cuidado que homem não presta, não pode dar confiança, não vai pra casa dele, homem gosta é de mulher difícil, tem que se dar valor, homem é tudo igual, segura esse homem, não fuxica, não mexe nas coisas dele, tem coisa que é melhor a gente não saber, não pergunta demais que ele te abandona, o que os olhos não veem o coração não sente, quando é que vão casar, ele tá te enrolando, morar junto é casar, quando é que vão ter filho, ele tá te enrolando, barriga pontuda deve ser menina, é menina.

Gregorio DuvivierFolha de São Paulo, 16/09/2013.

5

10

15

20

A crônica de Gregorio Duvivier é construída em um único parágrafo com uma única frase. Essa frase começa e termina pela mesma expressão: é menina.

Em termos denotativos, a menina, referida no final do texto, pode ser compreendida como:

(A) filha da primeira

(B) ideal de pureza

(C) mulher na infância

(D) sinal de transformação

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 7

Linguagens

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09 O uso da expressão “é menina”, tanto para começar quanto para finalizar o texto, adquire também um valor simbólico, pelo significado que assume no contexto.

No contexto, esse recurso provoca um entendimento de:

(A) alteração previsível de juízos morais

(B) reprodução indefinida de preconceitos sociais

(C) rejeição possível de comportamentos familiares

(D) esperança vaga de novas atitudes das mulheres

isso vai crescer mimada, (l. 4)

isso daí quando começa a andar é um inferno, (l. 5-6)

Os trechos acima são exemplos de pontos de vista negativos acerca da menina.

Esses pontos de vista são reforçados pelo uso do pronome isso, porque ele associa a criança a uma ideia de:

(A) negação

(B) coisificação

(C) deseducação

(D) individualização

QU

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O

11

QU

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O

10 vai ter que voltar antes de meia-noite, o seu irmão é diferente, menino é outra coisa, (l. 18-19)

O fragmento reproduz falas que apontam uma diferença entre meninos e meninas.

Essa diferença se verifica em relação ao seguinte aspecto:

(A) beleza

(B) esperteza

(C) inteligência

(D) comportamento

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Linguagens

SePARAÇÃo

Voltou-se e mirou-a como se fosse pela última vez, como quem repete um gesto imemorialmente irremediável. No íntimo, preferia não tê-lo feito; mas ao chegar à porta sentiu que nada poderia evitar a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é a história do mundo. Ela o olhava com um olhar intenso, onde existia uma incompreensão e um anelo1, como a pedir-lhe, ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, por isso que era tudo impossível entre eles.

(...)

Seus olhares fulguraram por um instante um contra o outro, depois se acariciaram ternamente e, finalmente, se disseram que não havia nada a fazer. Disse-lhe adeus com doçura, virou-se e cerrou, de golpe, a porta sobre si mesmo numa tentativa de secionar2 aqueles dois mundos que eram ele e ela. Mas o brusco movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da vida, e ele ficou retido, sem se poder mover do lugar, sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo e subir em busca de espaço, como um rio que nasce.

Fechou os olhos, tentando adiantar-se à agonia do momento, mas o fato de sabê-la ali ao lado, e dele separada por imperativos categóricos3 de suas vidas, não lhe dava forças para desprender-se dela. Sabia que era aquela a sua amada, por quem esperara desde sempre e que por muitos anos buscara em cada mulher, na mais terrível e dolorosa busca. Sabia, também, que o primeiro passo que desse colocaria em movimento sua máquina de viver e ele teria, mesmo como um autômato, de sair, andar, fazer coisas, distanciar-se dela cada vez mais, cada vez mais. E no entanto ali estava, a poucos passos, sua forma feminina que não era nenhuma outra forma feminina, mas a dela, a mulher amada, aquela que ele abençoara com os seus beijos e agasalhara nos instantes do amor de seus corpos. Tentou imaginá-la em sua dolorosa mudez, já envolta em seu espaço próprio, perdida em suas cogitações próprias − um ser desligado dele pelo limite existente entre todas as coisas criadas.

De súbito, sentindo que ia explodir em lágrimas, correu para a rua e pôs-se a andar sem saber para onde...

Vinícius de MoraisPoesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1986.

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10

15

1 anelo − desejo intenso2 secionar − dividir em partes3 categóricos − claros e explícitos

20

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No íntimo, preferia não tê-lo feito; (l. 2)

Embora seja narrada em terceira pessoa, a crônica apresenta ao leitor as sensações do personagem, por meio de termos que remetem à intimidade, como exemplificado acima.

Dois outros termos, empregados pelo narrador, que remetem ao universo interior do personagem são:

(A) sentiu (l. 2) − imaginá-la (l. 21)

(B) fulguraram (l. 7) − acariciaram (l. 7)

(C) Disse-lhe (l. 8) − abençoara (l. 20)

(D) Sabia (l. 15) − distanciar-se (l. 18)

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Linguagens

A hipérbole é uma figura empregada na crônica de Vinícius de Morais para caracterizar o estado de ânimo do personagem.

Essa figura está exemplificada em:

(A) Ela o olhava com um olhar intenso, (l. 4)

(B) sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo (l. 11-12)

(C) não lhe dava forças para desprender-se dela. (l. 14-15)

(D) De súbito, sentindo que ia explodir em lágrimas, (l. 24)

QU

eSTÃ

O

13Q

UeS

TÃO

Uma metáfora pode ser construída pela combinação entre elementos abstratos e concretos.

No texto, um exemplo de metáfora que se constrói por esse tipo de combinação é:

(A) como a pedir-lhe, ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, (l. 4-5)

(B) o brusco movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da

vida, (l. 10-11)

(C) Fechou os olhos, tentando adiantar-se à agonia do momento, (l. 13)

(D) E no entanto ali estava, a poucos passos, (l. 19)

15

QU

eSTÃ

O

16 Sabia que era aquela a sua amada, por quem esperara desde sempre e que por muitos anos buscara em cada mulher, na mais terrível e dolorosa busca. (l. 15-16)

Neste trecho, existe um contraste que busca acentuar o seguinte traço relativo à mulher amada:

(A) distância

(B) intimidade

(C) indiferença

(D) singularidade

QU

eSTÃ

O

14 nada poderia evitar a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é a história do mundo. (l. 2-4)

O trecho sublinhado reformula uma expressão anterior.

Essa reformulação explicita a seguinte relação de sentido:

(A) enumeração

(B) generalização

(C) exemplificação

(D) particularização

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EL procEso dE autoficción

Creo no haber confundido todavía nunca la ficción con la realidad, aunque sí las he mezclado en más de una ocasión como todo el mundo, no sólo los novelistas, no sólo los escritores sino cuantos han relatado algo desde que empezó nuestro conocido tiempo. Así, cualquiera cuenta una anécdota de lo que le ha sucedido y por el mero hecho de contarlo ya lo está deformando y modificando.

Y sin embargo voy a alinearme aquí con los que han pretendido hacer eso alguna vez o han simulado lograrlo. Voy a relatar lo ocurrido o averiguado o tan sólo sabido: lo ocurrido en mi experiencia de escritor, o en mi fabulación, o en mi conocimiento.

No soy el primero ni seré el último escritor cuya vida se enriquece o condena por causa de lo que imaginó o fabuló y haya escrito y publicado. A diferencia de lo que sucede en las verdaderas novelas de ficción, los elementos de este relato que empiezo ahora son del todo azarosos y caprichosos, meramente episódicos y acumulativos. No creo que esto sea una historia, aunque puede que me equivoque, al no conocer su fin. El principio de este relato, eso lo sé, está fuera de él, en la novela que escribí hace tiempo, o aún antes de eso, y entonces es más difuso, en los dos años que pasé en la ciudad de Oxford enseñando como un impostor entretenidas materias más bien inútiles en su Universidad y asistiendo al transcurso de aquel tiempo convenido. Su final quedará también fuera, y seguramente coincidirá con el mío, dentro de algunos años, o así lo espero.

Siempre se dice que detrás de toda novela hay una secuencia de vida o realidad del autor, por pálida o tenue e intermitente que sea, o aunque esté transfigurada. Se dice esto como si se desconfiara de la imaginación y de la inventiva, también como si el lector o los críticos necesitaran un asidero para no ser víctimas de un extraño vértigo, el de lo absolutamente inventado o sin experiencia ni fundamento, y no quisieran sentir el horror a lo que parece existir mientras lo leemos y sin embargo nunca ha sido.

De todas mis novelas hay una que permitió a sus lectores este consuelo o coartada en mayor medida que las demás, y no sólo eso, sino que invitó a sospechar que cuanto se contaba en ella tuviera su correspondencia en mi propia vida, aunque yo no sé si ésta es a su vez parte o no de la realidad. Quizá no lo sería si la contara y algo estoy ya contando. En todo caso, esa novela titulada Todas las almas se prestó también a la casi absoluta identificación entre su narrador sin nombre y su autor con nombre, Javier Marías, el mismo de este relato, en el que narrador y autor sí coincidimos y por tanto ya no sé si somos uno o si somos dos, al menos mientras escribo.

Todas las almas fue publicada hace ya ocho años y bastaba mirar la solapa de la edición primera, con unos escuetos datos biográficos sobre el autor, para saber que yo había enseñado en la Universidad de Oxford durante dos cursos, entre 1983 y 1985, al igual que el narrador español del libro. Y es cierto que ese narrador ocupa el mismo puesto que ocupé yo en mi propia vida o historia de la que guardo recuerdo, pero eso, como muchos otros elementos de esta y de otras novelas mías, era sólo lo que suelo llamar un préstamo del autor al personaje.

Javier MaríasAdaptado de randomhouse.ca.

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Linguagens esPanHOL

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 11

Linguagens esPanHOL

Javier Marías trata el tema de la autoficción, que es una posibilidad de género de la novela.

Por lo leído, se puede afirmar que la autoficción presenta la siguiente característica:

(A) contar una historia semejante a la vida real

(B) comprobar la total veracidad de lo ocurrido

(C) evitar la asociación entre el autor y el personaje

(D) incorporar experiencias del escritor al texto literario

QU

ESTÃ

O

17Q

UES

TÃO

19 No soy el primero ni seré el último escritor cuya vida se enriquece o condena por causa de lo que imaginó o fabuló y haya escrito y publicado. (l. 9-10)

Se observa en este fragmento una imagen de escritor que comparte características comunes con escritores de diferentes épocas.

Esta idea se construye por medio de la asociación de las siguientes formas verbales:

(A) soy − seré

(B) imaginó − fabuló

(C) se enriquece − condena

(D) haya escrito − publicado

QU

ESTÃ

O

21 Determinados términos indican la actitud del autor ante lo que dice.

Un término con esa función está subrayado en el siguiente fragmento:

(A) Creo no haber confundido todavía nunca la ficción con la realidad, (l. 1)

(B) Voy a relatar lo ocurrido o averiguado o tan sólo sabido: (l. 7)

(C) A diferencia de lo que sucede en las verdaderas novelas de ficción, (l. 10-11)

(D) sino que invitó a sospechar que cuanto se contaba en ella tuviera su correspondencia (l. 26-27)

QU

ESTÃ

O

20 y no quisieran sentir el horror a lo que parece existir mientras lo leemos y sin embargo nunca ha sido. (l. 23-24)

Los conectores destacados establecen relación de sentido entre lo que viene inmediatamente antes y después en el fragmento entresacado.

Este sentido se puede definir respectivamente como:

(A) contradicción − finalidad

(B) finalidad − simultaneidad

(C) adversidad − contradicción

(D) simultaneidad − adversidad

Para no determinar el responsable de una afirmación, el autor puede hacer uso de la generalización.

Un uso de la generalización se puede identificar en:

(A) los elementos de este relato que empiezo ahora son del todo azarosos (l. 11-12)

(B) Su final quedará también fuera, y seguramente coincidirá con el mío, (l. 17-18)

(C) Siempre se dice que detrás de toda novela hay una secuencia de vida (l. 19)

(D) De todas mis novelas hay una que permitió a sus lectores este consuelo (l. 25)

QU

ESTÃ

O

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação12

L’écriture autofictionneLLe

Le terme d’autofiction est un néologisme apparu en 1977, sous la plume de l’écrivain Serge Doubrovsky, qui l’a employé sur la couverture de son livre Fils. Ce néologisme a connu depuis un succès grandissant aussi bien chez les écrivains que dans la critique. Il est intéressant de remarquer que la paternité du terme revient à quelqu’un qui a été à la fois un critique universitaire français enseignant à New York et un écrivain menant une carrière littéraire (après Fils, il a publié une suite de livres d’inspiration autobiographique).

Cette double obédience, universitaire et littéraire, me paraît significative de l’esprit dans lequel cette notion d’autofiction a été forgée. On pourrait dire qu’il s’agit d’une mise en question savante de la pratique naïve de l’autobiographie. La possibilité d’une sincérité ou d’une vérité de l’autobiographie s’est trouvée radicalement mise en doute à la lumière de l’analyse du récit et d’un ensemble de réflexions critiques touchant à l’autobiographie et au langage. A la suite de Doubrovsky, d’autres écrivains-professeurs, comme Alain Robbe-Grillet, ont écrit des autofictions dans lesquelles ils soumettaient leur propre biographie au crible de leur savoir critique. Encore récemment, en 1996, des réflexions théoriques sur l’autofiction ont été élaborées par Marie Darrieussecq qui est à la fois une universitaire et une romancière à succès, auteure notamment du roman Truismes.

Il faut cependant reconnaître que la notion d’autofiction est sortie des cercles intellectuels et qu’elle s’est vulgarisée. Comme le mot est depuis une dizaine d’années très répandu, on se demande ce qu’il signifie exactement. On peut d’abord remarquer que c’est ce qu’on appelle un mot-valise, suggérant une synthèse de l’autobiographie et de la fiction. Mais la nature exacte de cette synthèse est sujette à des interprétations très diverses.

Dans tous les cas, l’autofiction apparaît comme un détournement fictif de l’autobiographie. Mais selon un premier type de définition, stylistique, la métamorphose de l’autobiographie en autofiction tient à certains effets découlant du type de langage employé. Selon un second type de définition, référentielle, l’autobiographie se transforme en autofiction en fonction de son contenu, et du rapport de ce contenu à la réalité.

Nombreux sont les critiques à avoir relevé le caractère impur du genre autofictionnel. Jacques Lecarme le qualifie ainsi plaisamment de mauvais genre. Gérard Genette ne lui concède une existence que du bout des lèvres. Et plus récemment, Marie Darrieussecq le présente comme un genre pas sérieux. Mais elle veut donner un sens précis à cette expression. Par pas sérieux, Marie Darrieussecq entend désigner le caractère contradictoire de l’autofiction: si l’auteur d’autofiction affirme que ce qu’il raconte est vrai, il met en garde le lecteur contre une adhésion à cette croyance. Dès lors, tous les éléments du récit pivotent entre valeur factuelle et valeur fictive, sans que le lecteur puisse trancher entre les deux.

Ce non sérieux veut cependant sérieusement mettre en doute la vérité naïve de l’autobiographie. Il plaide pour le caractère indécidable de la vérité d’une vie, qui se laisse peut-être mieux saisir dans les détours de la transposition fictionnelle que dans la maîtrise d’un récit ordonné et prétendument fidèle.

Laurent Jenny Adaptado de unige.ch.

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Linguagens Francês

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 13

Linguagens Francês

La métaphore est une figure basée sur l’analogie: on donne à un mot un sens attribué normalement à un autre.

L’alternative qui présente une expression métaphorique est:

(A) la paternité du terme (l. 4)

(B) La possibilité d’une sincérité (l. 9)

(C) l’analyse du récit (l. 11)

(D) la vérité d’une vie (l. 37)

QU

ESTÃ

O

17

21 sans que le lecteur puisse trancher entre les deux. (l. 34-35)

L’expression soulignée indique que le lecteur d’autofiction n’est pas capable de:

(A) adhérer à ces deux valeurs

(B) comprendre les deux valeurs

(C) choisir l’une des deux valeurs

(D) réfléchir sur ces deux valeurs

QU

ESTÃ

OQ

UES

TÃO

19 Un même connecteur peut assumer différentes valeurs selon le contexte.

Le connecteur comme a une valeur causale dans l’extrait suivant:

(A) d’autres écrivains-professeurs, comme Alain Robbe-Grillet, (l. 12-13)

(B) Comme le mot est depuis une dizaine d’années très répandu, (l. 18)

(C) comme un détournement fictif de l’autobiographie. (l. 22)

(D) Marie Darrieussecq le présente comme un genre pas sérieux. (l. 29-30)

QU

ESTÃ

O

18 Les préfixes sont des éléments qui, précédant le radical pour en modifier le sens, jouent un rôle important dans la formation des mots.

Parmi les mots ci-dessous, un préfixe exprimant l’idée de négation est présent dans:

(A) intéressant (l. 4)

(B) inspiration (l. 6)

(C) interprétations (l. 21)

(D) indécidable (l. 37)

La récente vulgarisation de l’autofiction favorise le débat sur ses points positifs et négatifs.

L’extrait qui présente une image négative de l’autofiction est:

(A) Ce néologisme a connu depuis un succès grandissant (l. 2-3)

(B) une mise en question savante de la pratique naïve de l’autobiographie. (l. 8-9)

(C) la notion d’autofiction est sortie des cercles intellectuels (l. 17)

(D) Gérard Genette ne lui concède une existence que du bout des lèvres. (l. 28-29)

QU

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O

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação14

The Genre of AuTobioGrAphy And AuToficTion

Derived from three Greek words meaning “self”, “life” and “write”, autobiography is a style of writing that has been around nearly as long as history has been recorded. Yet, autobiography was not classified as a genre within itself until the late eighteenth century.

In his book, Inside out, E. Stuart Bates offers a functional definition of autobiography as “a narrative of the past of a person by the person concerned”. That definition, however, is too broad for some literary critics. Many, such as Philippe Lejeune, wish to define the genre more narrowly: “(a) retrospective prose narrative produced by a real person concerning his own existence, focusing on his individual life, in particular on the development of his personality”.

Despite disagreements concerning how inclusive the category of autobiography should be, there are characteristics that are common to the majority of autobiographical works. These features are the grammatical perspective of the work, the identity of the self, self-reflection and introspection.

Most autobiographies are written from the first person singular perspective. The author, the narrator and the protagonist must share a common identity for the work to be considered an autobiography. This common identity could be similar, but is not identical. The self that the author constructs becomes a character within the story that may not be a completely factual representation of the author’s actual past self.

In their book The voice within, Roger Porter and H. R. Wolf state that “truth is a highly subjective matter, and no autobiographer can represent exactly what happened back then, any more than a historian can definitively describe the real truth of the past”.

Because the author cannot describe events objectively, even the most accurate autobiographies have fictional elements. The blurring of fiction and truth characteristic of autobiography has even led to the creation of a subdivision within the genre of autobiography that deals with fictionalized self-accounts. For this style of writing that blends characteristics of both fiction and autobiography, Serge Doubrovsky coined the literary term “autofiction”.

The difference between traditional autobiography and the genre of autofiction is that autobiographers are attempting to depict their real life, while writers of autofiction are only basing their work upon real experiences. Writers of autofiction are not expected to be as historically accurate as possible as autobiographers are. According to Alex Hughes, authors of autofiction are saying “this is me and this is not me”. This sums up autofiction. Autofiction draws from the life of the writer with the addition of fictional elements to make the work more than just a life story.

Autobiography is a popular genre. Writers of memoirs and life stories never lack an audience. People are interested in the actual lives of others and want to know about others’ pasts and feelings and desires. Autobiography is a way to organize the story of a life and reflect on the past in order to better understand the present.

hubpages.com

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Linguagens ingLês

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 15

Linguagens ingLês

Before the difference between autofiction and autobiography is presented, an important concept for the understanding of such distinction is introduced in the text.

This concept is the one of:

(A) self

(B) past

(C) truth

(D) genre

QU

ESTÃ

O

18

In the second paragraph, the author of the text cites E. Stuart Bates, who defines the term autobiography. Another writer, Philippe Lejeune, criticizes this definition and proposes a new one.

The characteristic present in Lejeune’s definition that justifies his criticism is:

(A) erudition

(B) ambiguity

(C) usefulness

(D) preciseness

QU

ESTÃ

O

17

The genre of autofiction shares some of the features of autobiographies.

One of the important characteristics of autofiction can be summarized as:

(A) the distinction between reality and fiction is highly obscure

(B) the discrimination between past and present is fairly vague

(C) the difference between genre and style is intentionally hazy

(D) the contrast between the self and the other is slightly ambiguous

QU

ESTÃ

O

19

This sums up autofiction. (l. 31)

The underlined pronoun refers to:

(A) the summary of the term proper

(B) the life of the autobiography writer

(C) the feature of the genre concerned

(D) the content of the preceding quotation

QU

ESTÃ

O

20

Writers of memoirs and life stories never lack an audience. People are interested in the actual lives of others (l. 34-35)

The semantic relationship between the two sentences above can be made explicit by the additon of following connective:

(A) unless

(B) because

(C) however

(D) as though

QU

ESTÃ

O

21

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matemática

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação16

De acordo com os dados do quadrinho, a personagem gastou R$ 67,00 na compra de x lotes de maçã, y melões e quatro dúzias de bananas, em um total de 89 unidades de frutas.

Desse total, o número de unidades de maçãs comprado foi igual a:

(A) 24

(B) 30

(C) 36

(D) 42

QU

ESTÃ

O

23

A B C D E F G H I

X Y

1 6

3 2

QU

ESTÃ

O

22 O segmento XY, indicado na reta numérica abaixo, está dividido em dez segmentos congruentes pelos pontos A, B, C, D, E, F, G, H e I.

Admita que X e Y representem, respectivamente, os números e .

O ponto D representa o seguinte número:

(A)

(B)

(C)

(D)

1 5

7 10

17 30

8 15

Adaptado de mundinhoinfantil.blogspot.com.br.

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matemática

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 17

Uma chapa de aço com a forma de um setor circular possui raio R e perímetro 3R, conforme ilustra a imagem.

A área do setor equivale a:

(A) R2

(B)

(C)

(D)

QU

ESTÃ

O

24

R2 2

R2 4

3R2 2

A

B

R

R

R

Uma criança ganhou seis picolés de três sabores diferentes: baunilha, morango e chocolate, representados, respectivamente, pelas letras B, M e C. De segunda a sábado, a criança consome um único picolé por dia, formando uma sequência de consumo dos sabores. Observe estas sequências, que correspondem a diferentes modos de consumo:

(B,B,M,C,M,C) ou (B,M,M,C,B,C) ou (C,M,M,B,B,C)

O número total de modos distintos de consumir os picolés equivale a:

(A) 6

(B) 90

(C) 180

(D) 720

QU

ESTÃ

O

26

QU

ESTÃ

O

25 Um triângulo equilátero possui perímetro P, em metros, e área A, em metros quadrados. Os valores de P e A variam de acordo com a medida do lado do triângulo.

Desconsiderando as unidades de medida, a expressão Y = P - A indica o valor da diferença entre os números P e A.

O maior valor de Y é igual a:

(A)

(B)

(C)

(D)

2√33√3

4√3

6√3

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matemática

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação18

QU

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O

27 Considere uma mercadoria que teve seu preço elevado de x reais para y reais. Para saber o percentual de aumento, um cliente dividiu y por x, obtendo quociente igual a 2,08 e resto igual a zero.

Em relação ao valor de x, o aumento percentual é equivalente a:

(A) 10,8%

(B) 20,8%

(C) 108,0%

(D) 208,0%

Observe a matriz A, quadrada e de ordem três.

Considere que cada elemento aij dessa matriz é o valor do logaritmo decimal de (i + j).

O valor de x é igual a:

(A) 0,50

(B) 0,70

(C) 0,77

(D) 0,87

QU

ESTÃ

O

29 0,3 0,47 0,6

0,47 0,6 x

0,6 x 0,77

A =

h = 4√t

QU

ESTÃ

O

28 Um recipiente com a forma de um cone circular reto de eixo vertical recebe água na razão constante de 1 cm3/s. A altura do cone mede 24 cm, e o raio de sua base mede 3 cm.

Conforme ilustra a imagem, a altura h do nível da água no recipiente varia em função do tempo t em que a torneira fica aberta. A medida de h corresponde à distância entre o vértice do cone e a superfície livre do líquido.

Admitindo π = 3, a equação que relaciona a altura h, em centímetros, e o tempo t, em segundos, é representada por:

(A)

(B)

(C)

(D)

h = 4√t3

h = 2√t3

h = 2√t

h

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ciências da natureza

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 19

QU

ESTÃ

O

30 Com a implantação de atividades agropecuárias, populações muito reduzidas de uma mesma espécie podem ficar isoladas umas das outras em fragmentos florestais separados. Caso permaneçam em isolamento, tais populações podem tender à extinção.

Na fotografia, observa-se um corredor florestal, construído para interligar ambientes expostos a esse tipo de impacto ecológico.

Sem a construção de corredores florestais, essas populações isoladas estariam sujeitas ao processo de extinção cuja causa é denominada:

(A) pan-mixia

(B) deriva gênica

(C) seleção natural

(D) migração diferencial

midias.folhavitoria.com.br

QU

ESTÃ

O

31 Para fabricar um dispositivo condutor de eletricidade, uma empresa dispõe dos materiais apresentados na tabela abaixo:

Sabe-se que a condutividade elétrica de um sólido depende do tipo de ligação interatômica existente em sua estrutura. Nos átomos que realizam ligação metálica, os elétrons livres são os responsáveis por essa propriedade.

Assim, o material mais eficiente para a fabricação do dispositivo é representado pelo seguinte número:

(A) I (B) II(C) III (D) IV

Material Composição química

I C

II S

III As

IV Fe

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ciências da natureza

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação20

QU

ESTÃ

O

33 Na pele dos hipopótamos, encontra-se um tipo de protetor solar natural que contém os ácidos hipossudórico e nor-hipossudórico. O ácido hipossudórico possui ação protetora mais eficaz, devido à maior quantidade de um determinado grupamento presente em sua molécula, quando comparado com o ácido nor-hipossudórico, como se observa nas representações estruturais a seguir.

O grupamento responsável pelo efeito protetor mais eficaz é denominado:

(A) nitrila

(B) hidroxila

(C) carbonila

(D) carboxila

HO

O

HO

O

HO

O

O

O

O

HOHO

O

O

O

ácido hipossudórico ácido nor-hipossudórico

As principais reservas de energia dos mamíferos são, em primeiro lugar, as gorduras e, em segundo lugar, um tipo de áçucar, o glicogênio. O glicogênio, porém, tem uma vantagem, para o organismo, em relação às gorduras.

Essa vantagem está associada ao fato de o glicogênio apresentar, no organismo, maior capacidade de:

(A) sofrer hidrólise

(B) ser compactado

(C) produzir energia

(D) solubilizar-se em água

QU

ESTÃ

O

32

Em uma área onde ocorreu uma catástrofe natural, um helicóptero em movimento retilíneo, a uma altura fixa do chão, deixa cair pacotes contendo alimentos. Cada pacote lançado atinge o solo em um ponto exatamente embaixo do helicóptero.

Desprezando forças de atrito e de resistência, pode-se afirmar que as grandezas velocidade e aceleração dessa aeronave são classificadas, respectivamente, como:

(A) variável − nula

(B) nula − constante

(C) constante − nula

(D) variável − variável

QU

ESTÃ

O

34

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ciências da natureza

Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 21

Em um experimento, os tubos I, II, III e IV, cujas aberturas estão totalmente vedadas, são iluminados por luzes de mesma potência, durante o mesmo intervalo de tempo, mas com cores diferentes. Além da mesma solução aquosa, cada tubo possui os seguintes conteúdos:

A solução aquosa presente nos quatro tubos tem, inicialmente, cor vermelha. Observe, na escala abaixo, a relação entre a cor da solução e a concentração de dióxido de carbono no tubo.

Os tubos I e III são iluminados por luz amarela, e os tubos II e IV por luz azul. Admita que a espécie de alga utilizada no experimento apresente um único pigmento fotossintetizante. O gráfico a seguir relaciona a taxa de fotossíntese desse pigmento em função dos comprimentos de onda da luz.

Após o experimento, o tubo no qual a cor da solução se modificou mais rapidamente de vermelha para roxa é o representado pelo seguinte número:

(A) I(B) II(C) III(D) IV

QU

ESTÃ

O

35

380 440 500 565 590 625 740

vio

leta

azul

verd

e

amar

ela

lara

nja

verm

elha

comprimento de onda (nm)

taxa

de

foto

ssín

tese

vermelhahaveroxa

cor

da

solu

ção

amarela

concentração de dióxido de carbono no tubo(−) (+)

algas e caramujos

algas algas caramujos

IVI II III

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação22

QU

ESTÃ

O

37 Em uma pista de competição, quatro carrinhos elétricos, numerados de I a IV, são movimentados de acordo com o gráfico v × t a seguir.

O carrinho que percorreu a maior distância em 4 segundos tem a seguinte numeração:

(A) I(B) II(C) III(D) IV

2,0

1,5

1,0

0,5

v(m

/s)

t (s)1 2 3 4

I

II

III

IV

QU

ESTÃ

O

36 Um processo petroquímico gerou a mistura, em partes iguais, dos alcinos com fórmula molecular C6H10. Por meio de um procedimento de análise, determinou-se que essa mistura continha 24 gramas de moléculas de alcinos que possuem átomo de hidrogênio ligado a átomo de carbono insaturado.

A massa da mistura, em gramas, corresponde a:

(A) 30

(B) 36

(C) 42

(D) 48

Admita uma colisão frontal totalmente inelástica entre um objeto que se move com velocidade inicial v0 e outro objeto inicialmente em repouso, ambos com mesma massa.

Nessa situação, a velocidade com a qual os dois objetos se movem após a colisão equivale a:

(A)

(B)

(C) 2v0

(D) 4v0

QU

ESTÃ

O

38 v0

4

v0

2

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 23

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40 A decomposição térmica do carbonato de cálcio tem como produtos o óxido de cálcio e o dióxido de carbono. Na tabela a seguir, estão relacionados os períodos de quatro elementos químicos do grupo 2 da tabela de classificação periódica e a entalpia-padrão de decomposição do carbonato correspondente a cada um desses elementos.

A energia, em quilojoules, necessária para a obtenção de 280 g de óxido de cálcio a partir de seu respectivo carbonato é igual a:

(A) 500

(B) 900

(C) 1100

(D) 1300

Período Entalpia-padrão(kJ.mol−1)

3º 100

4º 180

5º 220

6º 260

Considere um corpo sólido de volume V. Ao flutuar em água, o volume de sua parte submersa é igual a ; quando colocado em óleo, esse volume passa a valer .

Com base nessas informações, conclui-se que a razão entre a densidade do óleo e a da água corresponde a:

(A) 0,15

(B) 0,35

(C) 0,55

(D) 0,75

QU

ESTÃ

O

39 V 8

V 6

O princípio físico do funcionamento de alternadores e transformadores, comprovável de modo experimental, refere-se à produção de corrente elétrica por meio da variação de um campo magnético aplicado a um circuito elétrico.

Esse princípio se fundamenta na denominada Lei de:

(A) Newton

(B) Ampère

(C) Faraday

(D) Coulomb

QU

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41

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação24

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42 O craqueamento é uma reação química empregada industrialmente para a obtenção de moléculas mais leves a partir de moléculas mais pesadas. Considere a equação termoquímica abaixo, que representa o processo utilizado em uma unidade industrial para o craqueamento de hexano.

Em um experimento para avaliar a eficiência desse processo, a reação química foi iniciada sob temperatura T1 e pressão P1. Após seis horas, a temperatura foi elevada para T2, mantendo-se a pressão em P1. Finalmente, após doze horas, a pressão foi elevada para P2, e a temperatura foi mantida em T2.

A variação da concentração de hexano no meio reacional ao longo do experimento está representada em:

(A)

(B)

(C)

(D)

conc

entr

ação

de

hexa

no(m

ol ×

L−1

)

6 12tempo (h)

conc

entr

ação

de

hexa

no(m

ol ×

L−1

)

6 12tempo (h)

conc

entr

ação

de

hexa

no (m

ol ×

L−1

)

6 12tempo (h)

conc

entr

ação

de

hexa

no(m

ol ×

L−1

)

6 12tempo (h)

H3C − CH2 − CH2 − CH2 − CH2 − CH3 (g) H3C − CH2 − CH2 − CH3 (g) + H2C = CH2 (g) ∆H > 0

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação 25

Para a realização de um exame, os indivíduos A e B ingeriram uma solução contendo glicose. Após a ingestão, foram registradas as alterações da concentração plasmática da glicose e dos hormônios X e Y em ambos os indivíduos. Observe os resultados das medições nos gráficos:

Com base na análise dos gráficos, é possível identificar que um dos indivíduos apresenta diabetes tipo II e que um dos hormônios testados é o glucagon.

O indivíduo diabético e o hormônio glucagon estão representados, respectivamente, pelas seguintes letras:

(A) A − X

(B) A − Y

(C) B − X

(D) B − Y

QU

ESTÃ

O

43

AB

tempo (minutos)− 60 0 60 120 180 240 300

ingestãode glicose

conc

entr

ação

pla

smát

ica

Hormônio X

A

B

tempo (minutos)− 60 0 60 120 180 240 300

ingestãode glicose

conc

entr

ação

pla

smát

ica

Hormônio Y

A

B

tempo (minutos)− 60 0 60 120 180 240 300

conc

entr

ação

pla

smát

ica

ingestãode glicose

Glicose

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44 Considere dois ecossistemas, um terrestre e outro marinho. Em cada um deles, é possível identificar o nível trófico em que se encontra a maior quantidade de biomassa por unidade de área, em um determinado período.

Para o ecossistema terrestre e para o marinho, esses níveis tróficos correspondem, respectivamente, a:

(A) produtores − produtores

(B) consumidores primários − produtores

(C) produtores − consumidores primários

(D) consumidores primários − consumidores primários

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação26

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45

Na década de 1970, o modelo produtivo predominante no capitalismo brasileiro era o fordista. Contudo, na publicidade veiculada em 1977, é possível identificar a transição para o modelo produtivo subsequente.

A partir do anúncio publicitário, esse novo modelo é caracterizado pela introdução de:

(A) consumo de massa

(B) linha de montagem

(C) fabricação por demanda

(D) produção com flexibilidade

Adaptado de projetoslokos.blogspot.com.br.

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46 Big Science (Grande Ciência) é um tipo de pesquisa científica realizado por grupos numerosos de cientistas e técnicos, com instrumentos e insumos em larga escala, financiados por fundos governamentais e por agências internacionais. No momento de seu surgimento, durante a Segunda Guerra Mundial e nos anos da Guerra Fria, a Big Science integrou esforços econômicos e políticos do governo dos E.U.A. visando à segurança nacional.

Adaptado de global.britannica.com.

O apoio a projetos de Big Science pelo governo dos E.U.A., no contexto da Guerra Fria, esteve diretamente relacionado ao desenvolvimento do seguinte aspecto:

(A) globalização dos mercados financeiros e de trabalho

(B) cooperação tecnológica entre países periféricos e centrais

(C) integração entre conhecimentos científicos e mudanças demográficas

(D) modernização dos sistemas de informação e comunicação aeroespacial

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47 A vontade de mudar o nome do antigo Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, em Salvador, não aconteceu por conta da efeméride dos 50 anos do golpe militar. Segundo a diretora Aldair Almeida Dantas, essa era uma insatisfação antiga da comunidade. “A novidade foi a convergência de intenções e a coincidência com esse período de resgaste histórico”, disse a diretora do, agora, Colégio Estadual do Stiep Carlos Marighella. Um colegiado escolar, formado pelos funcionários, professores, pais de alunos e pela comunidade, entendeu que o lançamento de muitos candidatos ao novo nome criaria confusão. Por isso surgiu a ideia de encontrar apenas dois que fossem baianos e representassem o combate ao regime militar. Os nomes do guerrilheiro Carlos Marighella e do geógrafo Milton Santos foram os escolhidos. “Ambos são da Bahia. Cada um tentou lutar contra a imposição do regime”, analisa Aldair.

Adaptado de educacao.uol.com.br, 15/04/2014.

A escolha de nomes de logradouros e de edificações pode representar uma homenagem em determinada época, assim como a mudança desses nomes pode indicar transformações históricas, simbolizando novas demandas da sociedade.

A situação apresentada na reportagem exemplifica, para a sociedade brasileira atual, um contexto político associado a:

(A) crítica da opinião pública às heranças autoritárias

(B) revalorização da memória dos governos ditatoriais

(C) reforço da gestão democrática de empresas estatais

(D) renovação de critérios de escolha de heróis nacionais

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48

No período 1990-2000, o processo de periferização ocorreu de forma mais intensa na área metropolitana de:

(A) Varsóvia

(B) Chengdu

(C) Bangalore

(D) Sacramento

Observe nas imagens a área urbanizada em quatro metrópoles nos anos de 1990 e de 2000.

Adaptado de O Globo Amanhã, 11/06/2013.

Varsóvia (Polônia) Sacramento (E.U.A.) Bangalore (Índia) Chengdu (China)

Área urbana: 1990 2000

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49

Com base nos dados apresentados, o ritmo do crescimento da cabotagem pode ser explicado pela característica da organização socioespacial brasileira indicada em:

(A) portos separados por distância reduzida

(B) estradas presentes ao longo do território

(C) cultivos direcionados ao mercado mundial

(D) populações concentradas em faixa litorânea

Adaptado de O Globo, 12/01/2014.

Mesmo com a economia brasileira crescendo pouco, um setor se expande de forma vigorosa, com taxas “chinesas”: a cabotagem, ou o transporte interno de cargas pelo mar, que avançou 7,7% só nos primeiros nove meses de 2013, frente ao mesmo período de 2012. O incremento é mais sentido na área nobre do setor de cargas, os produtos transportados por contêineres, nos quais está o maior valor agregado. No período, a taxa de expansão desse segmento foi de 28%.

NoVoS CAmiNhoS PElo mAr

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50 O patriotismo é o amor pelos seus; o nacionalismo é o ódio pelos outros.Romain Gary (1914-1980)

Citado por Henri Deleersnijder.O Globo, 28/07/2014

A frase do escritor francês Romain Gary ajuda a compreender como reivindicações de autonomia de povos e sociedades variadas acabam por ocasionar disputas territoriais e políticas.

Um exemplo dessa situação é a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), para a qual contribuiu o seguinte fator:

(A) difusão do domínio soviético

(B) expansão do ideal pangermânico

(C) agravamento das crises balcânicas

(D) crescimento das ações antissemitas

Belém (PA) 0,1%Vila do Conde (PA) 13,6%

Itaqui (MA) 20,6%

Fortaleza (CE) 33,3%

Suape (PE) 18,8%

Aratu (BA) 25,7%

Itaguaí (RJ) 21%

Santos (SP) 5,2%

Paranaguá (PR) 3,3%

Rio Grande (RS) 16,3%

% – crescimento em relação a 2012

8.7924.9681.600

Movimento de carga nos principais portos,em milhões de toneladas (jan/set 2013)

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51 Os mapas constituem uma representação da realidade. Observe, na imagem abaixo, dois mapas presentes na reportagem intitulada “Um estudo sobre impérios”, publicada em 1940.

O uso da cartografia nessa reportagem evidencia uma interpretação acerca da Segunda Guerra Mundial.

Naquele contexto é possível reconhecer que essa representação cartográfica tinha como finalidade:

(A) criticar o nacionalismo alemão

(B) justificar o expansionismo alemão

(C) enfraquecer o colonialismo britânico

(D) destacar o multiculturalismo britânico

Adaptado de MONMONIER, M. How to lie with maps [Como mentir com mapas]. Chicago/Londres: The University of Chicago Press, 1996.

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52

O personagem dos quadrinhos expressa um ponto de vista que indica restrição ao seguinte princípio democrático:

(A) igualdade do padrão de renda

(B) garantia da propriedade de bens

(C) liberdade da divulgação de ideias

(D) universalidade do estado de direito

O Globo, 21/02/2014

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação30

Apesar da presença da China na primeira lista, observa-se sua ausência na segunda, o que é explicado pelo seguinte fator:

(A) controle estatal da informação

(B) precariedade local da tecnologia

(C) restrição econômica da população

(D) monopólio privado da comunicação

País Usuários

Mundo 971.426.940

1. Estados Unidos 164.958.520

2. Brasil 65.657.820

3. Índia 61.697.760

4. Indonésia 48.807.580

5. México 39.810.220

Países com mais usuários de Facebook(fevereiro de 2013)

Font

e: o

lhar

dig

ital.u

ol.c

om.b

rQU

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Font

e: q

uint

ly.c

om

Países com mais internautas(dezembro de 2013)

País Internautas

1. China 353.929.000

2. Estados Unidos 196.547.000

3. Índia 81.792.000

4. Japão 73.656.000

5. Brasil 67.015.000

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53

O problema habitacional na cidade do Rio de Janeiro é antigo, com alguns de seus efeitos mantendo-se há mais de um século, como o tipo de moradia popular retratado nas imagens.

Uma causa econômica e um resultado socioespacial, associados diretamente à expansão desse tipo de moradia ao longo do século XX, são:

(A) mercantilização do solo urbano − segregação

(B) fortalecimento do comércio informal − verticalização

(C) crescimento do trabalho assalariado − suburbanização

(D) redução do financiamento habitacional − periferização

educacaopublica.rj.gov.br revistaescola.abril.com.br

Favela no morro de Santo Antônio, 1914 Favela da rocinha, 2014

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O Brasil, na última década, tem atraído migrantes originários de países americanos, em especial haitianos e bolivianos.

A vinda desses migrantes para o Brasil na atualidade pode ser justificada pelo seguinte motivo:

(A) demanda de mão de obra qualificada

(B) oferta de empregos em áreas diversificadas

(C) facilitação para aquisição de dupla cidadania

(D) elevação da remuneração da força de trabalho

O haitiano Guerrier Garausses, de 31 anos, era motorista em seu país de origem. Como muitos conterrâneos, ele veio ao Brasil em busca de emprego. Saiu da capital haitiana, Porto Príncipe, até a capital da República Dominicana. Lá, foi de avião até o Panamá e seguiu para o Equador. Dali foi para o Peru, até a cidade de Iñapari, que faz fronteira com Assis Brasil, no Acre.

Adaptado de g1.globo.com, 17/04/2014.

Debaixo de um sol inclemente, Juan Apaza formava fila no Parque Dom Pedro II, centro de São Paulo. Costureiro como quase todos os bolivianos na cidade, Juan está há menos de um ano no país, dividindo uma casa apertada com outras dez pessoas. Com as rezas do xamã, incensos e um pouco de cerveja, acredita que sua casa própria se transformará em realidade.

Adaptado de redebrasilatual.com.br, 26/01/2014.

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55 Para evitar novos flagelos

Os eventos extremos de curta duração, como as chuvas intensas que caíram sobre São Paulo e outras cidades brasileiras com suas trágicas consequências, vão se intensificar com as mudanças climáticas em curso há algumas décadas. “Na década de 1930 e, se formos um pouco mais atrás no tempo, no século XIX, não ocorriam tantos eventos extremos de chuva como acontecem hoje na cidade de São Paulo”, diz Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. “Isso é mudança climática, não necessariamente provocada pelo aquecimento global”, ressalta. O mais provável é que a maior parte dessa mudança climática tenha origem na própria Região Metropolitana de São Paulo.

Dinorah ErenoAdaptado de revistapesquisa.fapesp.br, 26/05/2010.

Considerando a dinâmica ambiental de grandes metrópoles, como São Paulo, as circunstâncias locais para a elevação do índice de chuvas apontada no texto estão relacionadas ao fenômeno de:

(A) ilha de calor

(B) inversão térmica

(C) campo de vento

(D) precipitação ácida

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Vestibular estadual 2015 1ª fase exame de Qualificação32

UtilizE AS iNFormAçõES A SEgUir PArA rESPoNdEr àS qUEStõES dE NúmEroS 57 E 58.

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57 A década de 1940 representou um momento importante para debates e iniciativas relacionados aos direitos das populações indígenas, como a realização do 1º Congresso Indigenista Interamericano.

Naquele momento, a iniciativa de criar o Dia do Índio tinha como objetivo o estímulo a:

(A) conversão religiosa de comunidades tribais

(B) preservação de línguas em desaparecimento

(C) reconhecimento de patrimônios culturais nativos

(D) crescimento demográfico de grupos em extinção

aderir ao congresso, que teve entre suas resoluções a adoção da data comemorativa para toda a América. Também na década de 1940, o Brasil viveu um momento importante com relação à sua população indígena. Em 1943, a Marcha para Oeste incentivou a ocupação e o desenvolvimento da região Centro-Oeste do país. Entre os desbravadores, estavam três jovens sertanistas, os irmãos Villas Bôas, que tiveram suas trajetórias levadas ao cinema no filme “Xingu”.

Adaptado de blogs.estadao.com.br, 19/04/2012.

Um Xingu comportado demais

Fui ver “Xingu”: didático, belo, comportado. Eu queria ver outro filme, e definitivamente “Xingu” não é sobre os “índios”, mas sobre a relação dos brancos com um mundo que precisam neutralizar e que é, de certa forma, insuportável. O filme aplaca certa culpa com essa bela defesa do Parque do Xingu, que evitou a dizimação ainda mais atroz de índios brasileiros. Mas criar uma reserva de humanidade já é matar. Mal menor, diz o filme. A história dos irmãos Villas Bôas e dos sertanistas é tão incrível que

www.turismo.gov.br

Congresso indigenista originou o dia do Índio

No Brasil, o Dia do Índio é celebrado em 19 de abril desde um decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, de 1943. A origem da data é resultado do 1º Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México em 1940. Compreendendo a importância do diálogo, diversas lideranças indígenas resolveram

o filme é um disparador de mundos e imaginários. A cosmologia indígena, sua outra forma de viver e de pensar são uma das mais radicais experiências de outras humanidades.

Ivana BentesAdaptado de controversia.com.br, 17/04/2012.

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58 Na crítica ao filme “Xingu”, é apontado um dilema quanto aos direitos de populações indígenas.

Nesse dilema, são confrontadas as seguintes diretrizes das atuais políticas governamentais:

(A) tutela − emancipação

(B) proteção − aculturação

(C) preservação − integração

(D) territorialização − miscigenação

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59

Considerando as imagens das telas e as informações do texto, as pinturas históricas para o governo do Segundo Reinado tinham a função essencial de:

(A) consolidar o poder militar

(B) difundir o pensamento liberal

(C) garantir a pluralidade política

(D) fortalecer a identidade nacional

A pintura histórica alcançou no século XIX importante lugar no projeto político do Segundo Reinado. Esse gênero artístico mantinha intenso diálogo com a produção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada nos eventos gloriosos da história nacional. O trabalho de Araújo Porto-Alegre como crítico de arte e diretor da Academia Imperial de Belas Artes possibilitou a visibilidade da pintura histórica com seus pintores oficiais, Pedro Américo e Victor Meirelles.

Isis Pimentel de CastroAdaptado de periodicos.ufsc.br.

correiobraziliense.com.br

BAtAlhA NAVAl do riAChUElo(Guerra do Paraguai)

Victor meirelles, 1872 Pedro Américo, 1873

A FAlA do troNo

galeria.cluny.com.br

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60

A escolha de países que sediam a copa de futebol baseia-se em fatores variáveis. A partir de 2002, observa-se, na tabela, a diversificação geográfica dos países-sede.

Duas motivações para a escolha desses países, a partir de 2002, estão explicitadas em:

(A) valorização dos campeonatos desportivos − apoio à democratização política

(B) inclusão de áreas periféricas − ampliação do número de seleções participantes

(C) mundialização do esporte coletivo − multipolaridade das relações internacionais

(D) quebra da hegemonia europeia − expansão econômica de áreas subdesenvolvidas

Adaptado de quadrodemedalhas.com.

Edições da Copa do mundo de Futebol

País Ano País Ano

Uruguai 1930 Espanha 1982

Itália 1934 México 1986

França 1938 Itália 1990

Brasil 1950 Estados Unidos 1994

Suíça 1954 França 1998

Suécia 1958 Coreia do Sul / Japão 2002

Chile 1962 Alemanha 2006

Inglaterra 1966 África do Sul 2010

México 1970 Brasil 2014

Alemanha Ocidental 1974 Rússia (previsão) 2018

Argentina 1978 Catar (previsão) 2022

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ SUB-REITORIA DE GRADUAÇÃO - SR-1 DEPARTAMENTO DE SELEÇÃO ACADÊMICA - DSEA

1 C 22 D 41 C2 D 17 D 23 C 42 A3 D 18 C 24 C 43 B4 A 19 A 25 B 44 C5 C 20 D 26 B 45 D6 A 21 A 27 C 46 D7 C 28 A 47 A8 A 17 A 29 B 48 B9 B 18 D 30 B 49 D

10 D 19 B 31 D 50 C11 B 20 D 32 A 51 B12 A 21 C 33 D 52 D13 D 34 C 53 A14 B 17 D 35 B 54 A15 B 18 C 36 C 55 A16 D 19 A 37 B 56 B

20 D 38 A 57 C21 B 39 D 58 C

40 B 59 D60 C

FRANCÊS

INGLÊS

GABARITO2º EXAME DE QUALIFICAÇÃO

14/09/2014

ESPANHOL