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FOTOS: VANOR CORREIA
Nº144 Ano14 Julho/2009 – JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ – ASCPDERJ – http://ascpderj.sites.uol.com.br
UNIMED
Acompanhe a
utilização e os
gastos do Convênio.
Pág 6
Internet Comunitária
Serviço de ponta
contrasta com a
desvalorização dos
trabalhadores.
Pág 3
Em reunião com diretores
da ASCPDERJ, o presidente da
Assembléia Legislativa, deputado Jorge Picciani,
debateu a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e
Salários (PCCS) do Proderj. No encontro, Picciani
expôs com clareza suas posições a respeito da
situação. Disse que interpelaria sobre o assunto
em reunião com o governador Sérgio Cabral Filho
e a melhor maneira de como encaminhá-lo. Por
outro lado, a ASCPDERJ explicou os motivos e as
necessidades da readequação do Plano de Cargos da
categoria. Mais informações, pág. 4 e 5
Assembléia Geral
dia 27 de agostono auditório do 23º andar do Banerjão
Picciani negocia com os trabalhadores
2 • Julho/2009 • J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J • Julho/2009 • 3
dades democráticas. Com isso, foram difundidas as principais
bandeiras do movimento, que tinha como objetivo não apenas a
Anistia aos perseguidos pela ditadura, mas também o fim dos
aparatos de repressão, como o DOPS, o SNI, e outros organismos
do gênero, defendendo a instalação de uma Assembléia Nacional
Constituinte e o fim da famigerada Lei de Segurança Nacional
(LSN). O movimento contou com a adesão de importantes enti-
dades classistas, como a Associação
Brasileira de Imprensa (ABI), a Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), a So-
ciedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC), além do movimento
estudantil que já estava se organi-
zando na clandestinidade em 1976
e, especialmente, as greves no ABC
paulista, que marcaram a retomada
do movimento operário no país.
“e sonha, com a volta do irmão do Henfil,
com tanta gente que partiu, num rabo de foguete”
Os comitês foram se espalhando por
todo o país. Vários atos públicos e
manifestações ganharam as ruas, em-
balados pela música de João Bosco e
Aldir Blanc “O bêbado e o equilibrista”,
na voz de Elis Regina, pressionando
o governo a assinar a anistia ampla,
geral e irrestrita. Depois de muita
pressão, no dia 28 de agosto de 1979,
o general João Baptista Figueiredo
assinou a Lei de Anistia, de nº 6.683,
beneficiando 4.650 pessoas, entre presos e exilados políticos.
Mesmo não sendo uma anistia ampla, geral e irrestrita, e com as
manobras dos militares, que utilizaram a própria anistia para liberar
os torturados de qualquer punição, como aconteceram em outros
países da América latina, como Argentina, Chile e Uruguai, essa
foi, sem dúvida, uma grande conquista da democracia e da luta do
nosso povo naquele momento difícil da vida dos brasileiros.
Passados 30 anos da instituição da Anistia, muitos casos de
desaparecimento político ainda não foram esclarecidos para os
familiares e a sociedade. Com a criação da Secretaria Nacional
de Direitos Humanos, ligada ao Ministério da Justiça, que vem
desenvolvendo ações no sentido de combater abusos e o desres-
peito aos direitos humanos no país, o movimento dos familiares
de presos e mortos políticos pela ditadura cobra do governo a
abertura dos arquivos da ditadura e exige a punição aos tortura-
dores e o direito à memória e à verdade!
1979 foi um ano marcado pela conquista da Anistia aos presos
políticos e exilados pela ditadura militar, instalada no Brasil em
1964. Foram 21 anos de ditadura e repressão política que se
abateram sobre o Brasil. Durante esses anos de escuridão, medo
e terror, milhares de brasileiros foram vítimas do autoritarismo e
impedidos de exercer atividades políticas. Foram 50 mil prisões
somente nos primeiros meses após o golpe de 31 de março de
1964; o número de torturados chegou a
20 mil, sendo 426 mortos e “desapareci-
dos” políticos; 10 mil cidadãos sofreram
inquéritos policial-militares, dentre os
quais 7.367 foram acusados formalmen-
te; 4 condenados à pena de morte, 130
banidos; 4.862 cassados e uma lista
gigantesca de exilados políticos.
Esse foi o resultado de um regime fora
da lei, que se implantou no país para impe-
dir o avanço e as melhorias das condições
de vida do povo brasileiro. O golpe militar
de 1964 ocorreu para barrar as reformas
de base que estavam sendo levadas
pelo governo do presidente João Goulart
(Jango), que contrariavam os interesses e
privilégios das classes dominantes.
Apesar do golpe fascista, a resistência
à ditadura foi grande, envolvendo os mais
amplos setores da sociedade e oposi-
tores do regime. A resistência política
cresceu com as manifestações estu-
dantis, principalmente em 1968. O auge
foi a resposta da sociedade à morte do
estudante Edson Luiz, que se mobilizou
em torno da Passeata dos Cem Mil, reunindo estudantes, traba-
lhadores, artistas, igrejas, no Centro do Rio de Janeiro. Também,
foram determinantes as greves operárias ocorridas em Osasco
(SP) e Contagem (MG). Após esses episódios, os militares endu-
receram e passaram a agir mais violentamente a qualquer ação
organizada de opositores e da esquerda. Em dezembro de 1969
foi editado o Ato Institucional Nº 5, o AI-5, considerado como um
golpe dentro do golpe. Esta medida correspondeu à radicalização
da repressão por parte do governo militar e foi a senha para a
implacável perseguição, tortura e prisõe.
Foi no início dos anos 70 que surgiu o movimento pela anistia
com a criação do Movimento Feminino pela Anistia. Em outubro de
1975, após a prisão e o assassinato do jornalista Vladimir Herzog,
em São Paulo, a luta pela anistia tomou contornos maiores. Em
1978, o surgimento no Rio de Janeiro do Comitê Brasileiro pela
Anistia representou mais um passo à frente na luta pelas liber-
Proderj
ASCPDERJ
Associação dos Servidores do Centro de Processamento de Dados do Estado do Rio de Janeiro
ENTIDADE DE UTILIDADE
PÚBLICA ESTADUAL
R. São Francisco Xavier, 524/2º
and. Maracanã – CEP 20.550-013
Tel: 2569-5480/2568-0341
Presidente:
LEILA DOS SANTOS
1º Vice-presidente:
JÚLIO CÉSAR FAUSTINO
2º Vice-presidente:
JOSÉ JOAQUIM P. DE C. A. NETO
1º Secretário:
ELIZABETH SILVA MARTINS
2º Secretário:
ULYSSES DE MELLO FILHO
1º Tesoureiro:
MARCOS VILLELA DE CASTRO
2º Tesoureiro:
ANTONIO A. ALMEIDA FILHO
Redação e Edição:
FERNANDO ALVES
DENISE MAIA
Diagramação
ESTOPIM COMUNICAÇÃO
2518-7715
Ilustração:
LATUFF
Fotolitos & Impressão:
GRAFNEWS
3852-7166
Na Internet
http://ascpderj.sites.uol.com.br/
Edição fechada em:21/08/2009
Editorial
Expediente
Uma poderosa arma de inclusão
O Centro de Internet
Comunitária (CIC)
é uma porta de
integração do cidadão
ao mundo digital
Um dos principais pilares nas úl-
timas campanhas eleitorais dos
candidatos à governador do esta-
do do Rio Janeiro, o Centro de Internet
Comunitária (CIC), que trabalha na
inclusão digital das camadas com mais
dificuldades de acesso à tecnologia da
população fluminense, já tem mais de
cinco anos e tem sido um ponto de des-
taque para o acesso livre de milhões
de pessoas ao mundo vir tual e aos
serviços oferecidos pelo Estado.
Atualmente são 43 municípios aten-
didos e mais 18 labo-
ratórios de inclusão
digital somente na
capital, num total de
81 inaugurados nes-
ses cinco anos de
criação até hoje. E
quem vai a um CIC
e vê o perfil de seus
freqüentadores sabe
que esse serviço é
de grande alcance social, visto que nos
tempos de modernização e avanços
tecnológicos a Internet consiste numa
ferramenta estratégica tanto para as
políticas de estado quanto para a vida
das pessoas.
O programa internet comunitária vai
além da infra-estrutura de computadores
e do espaço físico utilizado nos locais
onde funciona. Paralelo a acessibilidade
digital, que também possui servidores
para atender deficientes visuais, os
CIC’s oferecem treinamentos gratuitos
de inclusão digital, acesso em banda
larga e conecta o usuário à diversos
outros serviços do governo, como ins-
crição em concursos públicos, segunda
via de contas de energia, água ou tele-
fone, declaração de isenção do Imposto
de Renda, agendamento de serviços
do INSS, entre outros, num total que
engloba mais de 230 serviços da rede
de governo. Todos esses serviços são
monitorados pelos técnicos da Gerência
de Inclusão Digital (GID), da Diretoria de
Suporte Técnico (DST) do Proderj.
Pela importância dos CICs na vida da
população, principalmente, daquelas
localizadas em comunidades caren-
tes, nas periferias das cidades e em
cidades distantes dos grandes centros
urbanos, o atendimento e as condições
desses Centros devem ser as melhores
possíveis.
Entretanto, ainda há muitos desafios
a serem vencidas.
Vencer os desafi osO primeiro desafio é técnico. Com
o sucateamento sofrido pelo Proderj
nos últimos quinze anos, somado ao
pouco investimento do governo nesse
período no conhecimento acumulado
pelos profissionais da autarquia, essa
situação alargou ainda mais a distância
das condições de trabalho a que estão
submetidos os trabalhadores daquelas
oferecidas pelos mais modernos cen-
tros tecnológicos no Brasil e no mundo.
O sucateamento, retirou vários serviços
da autarquia e os
pulverizou, nos diver-
sos órgãos da admi-
nistração estadual,
ou os entregou nas
mãos de empresas
privadas, através de
terceirizações dentro
das próprias estrutu-
ras governamentais.
Todos os setores do
Proderj foram atingidos por essa política
que vem sendo implementada desde o
início dos anos 90.
O CIC é mais um serviço realizado pelo
Proderj que traz grandes benefícios à
população, por sua capacidade de dar
possibilidade de acesso às novas tecno-
logias, merece mais investimentos.
Requalifi cação é urgente!Apesar dessas limitações e dificuldades, o resultado dos serviços e a qualida-
de técnica desenvolvida pelos profissionais do Proderj ainda é grande. No caso
dos CIC’s, é necessário investimento em equipamentos mais modernos e em
quantidade que garanta o funcionamento mais estável dos atuais centros.
O principal desafio está na parte dos recursos humanos. E a maior carên-
cia é a requalificação de seus quadros técnicos, que precisam responder e
acompanhar as novas linguagens e tecnologias para atender as demandas que
aparecem em cada CIC, além de dominar o Linux, sistema operacional utilizado.
Juntamente com os profissionais do Proderj, atuam estagiários da parceria com
o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), que são supervisionados pelo
pessoal do Proderj. Mas as restrições imposta ela nova Lei de Estágios e a
necessidade real da presença de um técnico da área de suporte da autarquia
é uma das maiores dificuldades. Pois a quantidade de profissionais alocados
na gerência é insuficiente para o crescimento que os CIC’s obtiveram nos cinco
anos de sua existência.
O resultado é uma conseqüente perda de memória, com a aposentadoria de
servidores, que já não se sentem motivados por conta dos baixos salários, e a
não renovação do quadro técnico, o que invialiliza a transformação do projeto
numa ponta de lança para a ampla inclusão digital da população.
Os profissionais da área já alertaram a direção do Proderj sobre a possível
perda na qualidade do serviço, pedindo providências, mas até agora, não ouve
resposta nem atenção para que futuras lacunas sejam resolvidas para que o
projeto não venha a ser inviabilizado.
2010 é ano de campanha eleitoral e, mais uma vez, não faltarão candidatos
nessas eleições que tentarão utilizar a implantação dos CIC’s como suas
realizações. Essa atitude é muito oportunista, principalmente, quando são os
trabalhadores do Proderj que desenvolvem e executam os serviços, garantin-
do o funcionamento e a qualidade dos atuais Centros. Resta saber se haverá
preocupação em manter e melhorar os CIC’s.
No dia 19 de agosto, no auditório
do 11º andar do Banerjão, foi reali-
zada a Assembléia Estatutária que
tratou da alteração do Estatuto da
ASCPDERJ visando a contribuição do
associado aposentado. A principal
motivação para esta mudança no
Estatuto foi a redução de receita
diante da política de arrocho salarial
dos Governos Garotinho’s e o atual,
da falta de empenho das direções
que se sucedem desde 2002 na não
renovação dos quadros do Proderj e
da prerrogativa do atual Estatuto em
isentar o aposentado da contribuição
associativa que diante, deste mas-
sacre a que são submetidos, muitos
são obrigados a se beneficiar deste
dispositivo. A discussão tomou um
peculiar rumo por conta de argumen-
tações em favor dos associados que
já usufruem da isenção do pagamento
de mensalidade.
O primeiro ponto aprovado foi a retira-
da do período que torna o aposentado
isento da contribuição e o impede
de participar da formação de chapa
para as eleições da ASCPDERJ. Após
o registro em Cartório da Ata desta
Assembléia os aposentados poderão
fazer parte de chapa e concorrer às
eleições.
O segundo ponto debatido foi em rela-
ção à contribuição do aposentado. Den-
tre as propostas apresentadas, foram
4 encaminhadas à mesa, a vencedora,
cuja redação será incluída no artigo 12o
do Estatuto, mantém a concessão de
isenção para os associados aposen-
tados com mais de 70 anos de idade,
para os associados aposentados há
mais de 10 anos e para os associados
aposentados por invalidez.
Outra proposta surgida foi a de forma-
lizar a contribuição voluntária de parte
dos associados aposentados, sem a
qual a arrecadação seria ainda menor.
Esta última também deverá fazer parte
do Estatuto.
Devido ao grande debate ocorrido e o
avançar da hora, a proposta do núme-
ro de aposentados na formação das
chapas para as eleições da ASCPDERJ
não foi discutida e ficará a critério de
Regulamentação do Processo Eleitoral
por ocasião das eleições.
As deliberações ocorridas nesta
Assembléia serão amplamente divul-
gadas para que se possa coletar as
assinaturas de pelo menos dois terços
dos associados e, com isso, registrar
em Cartório para que tais mudanças
passem a valer.
ASCPDERJ
Deliberações de assembléia estatutária
J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S ECampanha Salarial 2009 R V I D O R E S D O P R O D E R J • Julho/2009
FOTOS: VANOR CORREIA
Reforço da CUT e do Sindpd
A direção estadual da Central
Única dos Trabalhadores (CUT),
através de seu diretor Lima, e o
Sindpd, vão buscar intermediar
uma audiência com o secretário
Régis Fichtner. O presidente
Paulo Coelho afirmou, insistente-
mente, nas mesas de negociação
com a ASCPDERJ que esperava
o melhor momento para falar
com o secretário Régis, mas a
CUT informou que esse tema já
é do conhecimento da secreta-
ria. Isso prova, mais uma vez,
que a direção do Proderj está
empurrando com a barriga essas
negociações.
É importante ressaltar que a en-
trada da CUT e do Sindpd nessas
negociações pode fortalecer em
muito a luta dos trabalhadores
do Proderj. Vai ser um passo
importante para as negociações
e vai obrigar o Sr. Paulo Coelho
a aparecer e sair desse papel
ridículo de se esconder dos tra-
balhadores.
Após reunião com o deputado Jorge Picciani, Presidente da Alerj, trabalhadores vãão intensificar as mobilizações para que negociações sejam agilizadas pelo Proderj
É hora de garantir a revisão do Plano de Cargos
Uma audiência entre o presidente
da Assembléia Legislativa do
Rio de Janeiro (Alerj), deputado
Jorge Picciani, e diretores da
ASCPDERJ, abriu novas possibilidades
nas negociações sobre a revisão do
Plano de Cargos, Carreiras e Salários
(PCCS) dos trabalhadores do Proderj e a
readequação da tabela de vencimentos
aos valores de mercado.
Na reunião, Picciani foi claro quanto
à situação financeira do Estado, que,
segundo ele, está passando por dificul-
dades por causa da crise econômica,
mas afirmou que a pauta de alteração
do Plano de Cargos pode ser encami-
nhada ao plenário do legislativo para
efetivação das adequações feitas pelos
trabalhadores da autarquia. Também,
esteve em debate a plena aplicação do
PCCS e necessidade de uma solução
imediata da situação, já que todos os
procedimentos foram tomados pelos
trabalhadores em relação ao tempo
para encaminh ar à direção do Proderj,
mas a direção não cumpriu nenhum dos
prazos que havia se comprometido com
os trabalhadores.
A busca de espaço na Alerj é mais
uma forma de encontrar a solução
para um problema que já se arrasta
há bastante tempo, sem nenhuma
resposta concreta por parte da direção
do Proderj.
Em outro momento de dificuldades,
foi na Alerj que os trabalhadores do
Proderj encontraram eco às suas rei-
vindicações. E o atual presidente Jorge
Picciani mais uma vez abriu espaço
para que os trabalhadores possam
encaminhar através do legislativo sua
pauta de reivindicações.
Picciani, por seu lado, disse que
conversaria com o governador Sérgio
Cabral Filho sobre a situação.
Paulo Coelho foge dos trabalhadores
Com essas iniciativas, a direção da AS-
CPDERJ pretende fazer com que a direção
da Autarquia cumpra o que prometeu aos
servidores, já que o presidente do Pro-
derj, Paulo Coelho, está há dois meses
sem se comunicar com a representação
dos trabalhadores. Nem mesmo para fes-
ta do Proderj a ASCPDERJ foi chamada,
uma atitude, no mínimo, deselegante e
que jamais deixou de ser praticada na
autarquia, em nenhum momento de sua
história das relações dos trabalhadores
com a direção.
O presidente Paulo Coelho age como
uma verdadeira Rainha da Inglaterra,
não responde aos ofícios, não marca as
reuniões para negociação, não recebe
os trabalhadores. Que papelão!!!
Nesse período, Paulo Coelho recebeu
em suas mãos a planilha sistematizada
com a cesta de empresas da Abep,
mas até agora não informou à
ASCPDERJ os resultados dessa
pesquisa. Parece que a direção
do Proderj não tem nenhuma
responsabilidade com as nego-
ciações da pauta dos servido-
res. Paulo Coelho pode até não
querer, mas é obrigado a sentar à
mesa de negociações.
Essa postura de descaso é uma
maldade com os trabalhado-
res, já que a direção garantiu
o aumento de seus salários,
mas ignora a necessidade de
reajuste para os trabalhado-
res. Pior ainda é agir com to-
tal indiferença com relação à
proposta de revisão do Pla-
no de Cargos. Depois não
adianta ficar contrariado, se
colocando como vítima, por
conta das críticas realizadas
pelos trabalhadores por causa de
sua postura omissa.
Diante desses fatos, não resta
alternativa aos trabalhadores senão
ir à luta, com mobilização e muito
barulho. Não adianta
o corpo funcional fi-
car esperando cair
alguma coisa do céu,
porque isso não vai
acontecer. O único ca-
minho é unir as forças
e lutar, pois a cada mês
que passa, o governo
vai ganhando tempo, no
intuito de jogar essa de-
cisão para o ano que vem,
que é um ano elei-
toral, e levar os
trabalhadores à
ter que aceitar qual-
quer coisa do governo.
Uma assembléia está marcada para
o dia 27 de agosto, com o objetivo de
radicalizar as mobilizações para enfren-
tar a morosidade e pressionar a direção
a apresentar os resultados da planilha
da cesta de empresas e se posicionar
de forma contundente em relação às
propostas apresentadas pela direção
da ASCPDERJ.
As reuniões de mobilização e prepa-
ração da assembléia já estão aconte-
cendo, como as realizadas no
Banerjão e na UERJ. A partici-
pação do corpo funcional é
grande, com muita dispo-
sição vem respondendo
positivamente ao chama-
do da ASCPDERJ.
FOTOS: VANOR CORREIA
FOTOS: VANOR CORREIAFOTOS: RAFAEL WALLACE
Presidente da ALERJ, deputado Jorge Picciani, durante pronunciamento no Plenário da Assembléia
Manifestação em frente ao Palácio Guanabara pela aplicação integral do PCCS ALERJ foi palco de Audiência Pública para apurar as terceirizações realizadas no Proderj
Servidores comparecem em massa a uma das Audiências Públicas convocadas pela Assembléia Legislativa
6 • Julho/2009 • J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J • Julho/2009 • 7
EspecialGeral
América Latina debate a crise mundialCompet.
DespesasOutras Despesas
Usuários Contra Prestação
Serviço Local Intercâmbio Ativos Sinistrados Emitida Recebida
Abril/2009
Consultas 37.680,00 23.212,25 OPME 26.314,00
1982 1059 570.915,38 570.138,85
Serviço 72.075,35 90.268,51 Reembolso 3.303,60
Trat.Med. 21.141,01 1.077,75 NAC 0,00
Guias 90.983,91 48.009,48 Oncologia 0,00
Total 221.880,27 162.567,99 Diversas 0,00
221.880,27 162.567,99
Total 29.617,60
TOTAL 29.617,60 570.915,38 570.138,85
Compet.Despesas
Outras DespesasUsuários Contra Prestação
Serviço Local Intercâmbio Ativos Sinistrados Emitida Recebida
Maio/2009
Consultas 29.950,00 44.060,33 OPME 23.654,96
1978 1.138 571.674,82 568.091,30
Serviço 85.834,79 70.718,17 Reembolso 6.147,60
Trat.Med. 18.558,32 1.948,19 NAC 0,00
Guias 24.519,18 83.143,75 Oncologia 0,00
Total 158.862,29 199.870,44 Diversas 0,00
158.862,29 199.870,44
Total 29.802,56
TOTAL 29.802,56 571.674,82 568.091,30
Compet.Despesas
Outras DespesasUsuários Contra Prestação
Serviço Local Intercâmbio Ativos Sinistrados Emitida Recebida
Junho/2009
Consultas 33.984,00 32.119,93 OPME 154.034,13
1985 1.151 570.042,26 546.827,14
Serviço 78.950,79 96.796,07 Reembolso 6.356,22
Trat.Med. 37.689,64 1.784,51 NAC 0,00
Guias 79.428,67 288.245,97 Oncologia 0,00
Total 230.053,10 418.946,48 Diversas 0,00
230.053,10 418.946,48
Total 160.390,36
TOTAL 160.390,36 570.042,26 546.827,14
Total de Receitas: R$ 570.915,38
Total de Despesas: R$ 414.065,86
Saldo: R$ 156.849,52
Utilização por área:
Na rede local:
R$ 221.880,27 53.59%
Intercâmbio:
R$ 162.567,99 39.26%
Outras despesas:
R$ 29.617,60 7.15%
Total: R$ 414.065,86
Índice de Sinistralidade: 72,53%
Total de Receitas: R$ 571.674,82
Total de Despesas: R$ 388.535,29
Saldo: R$ 183.139,53
Utilização por área:
Na rede local:
R$ 158.862,29 40.89%
Intercâmbio:
R$ 199.870,44 51.44%
Outras despesas:
R$ 29.802,56 7.67%
Total: R$ 388.535,29
Índice de Sinistralidade: 67,96%
Total de Receitas: R$ 570.042,26
Total de Despesas: R$ 809.389,93
Saldo: R$ -239.347,67
Utilização por área:
Na rede local:
R$ 230.053,10 28.42%
Intercâmbio:
R$ 418.946,48 51.76%
Outras despesas:
R$ 160.390,35 19.82%
Total: R$ 809.389,93
Índice de Sinistralidade: 141,99%
Unimed
Acompanhe o Relatório de Sinistalidade / Convênio 3056
DisponibilidadeO mandado de segurança so-
bre a disponibilidade ocorrida
em 1996 chegou ao Proderj
para revisão dos valores mês
a mês, conforme divulgado.
Devido ao volume de cálculos,
o Proderj solicitou mais prazo
para o TJ.
Atualmente está aguardando
o retorno; entretanto o RH
do Proderj dedicou especial
empenho e já concluiu todos
os cálculos. Fará a juntada de
todo este material tão logo o
processo retorne ao Proderj.
Após o retorno ao TJ será en-
caminhado ao advogado para
o cálculo atuarial.
Os servidores devem continu-
ar acompanhando o processo
e seguir as orientações do
departamento jurídico.
Rioprevidência e adicionaisO Judiciário tem fome de
que?
Algumas situações que ocor-
rem com processos judiciais,
apesar de estarem previstas
no Código de Processo Civil,
são absurdas na ótica do
trabalhador que depende da
Justiça para fazer valer seus
direitos. Em um dos proces-
sos sobre o Rioprevidência o
juiz entendeu ser necessário
desmembrar o grupo de in-
teressados em dois grupos
menores, o que determinou
o ajuizamento de outro pro-
cesso para o segundo grupo.
Ambos os grupos tiveram ga-
nho de causa, como tem sido,
mas o segundo teve o valor a
pagar reduzido devido a data
do novo ajuizamento baseado
no período prescricional de
5 anos.
Nos processos sobre os
adicionais, alguns associados
pediram gratuidade que foi ne-
gada; foi pedido o pagamento
das custas ao final do proces-
so e novamente foi negado.
Uma associada não tinha
condições de pagar e requereu
o arquivamento.
Mesmo assim o juiz determi-
nou o pagamento das custas
relativas ao TJ. Em um outro
caso um juiz contestou o do-
cumento expedido pelo Proderj
reconhecendo a dívida. Em ou-
tro, foi dado ganho de causa,
mas com redução de valores
devido a data de ajuizamento,
mesmo estando dentro do
prazo prescricional. Assim
caminha a humanidade.
ASCPDERJ 2 X 0 O SOMBRAUm associado utilizou os
serviços de uma advogada, à
época contratada pela Ascp-
derj, para mover ação sobre
desvio de função. O associado
requereu o substabelecimento
para outra advogada de sua
escolha, que nada fez em
relação ao processo, não lo-
grando êxito. Este associado,
então, moveu ação por danos
morais e materiais contra a
Ascpderj como contratante
dos serviços advocatícios à
época, alegando que o pro-
cesso sobre desvio de função
ainda estava sob o patrocínio
da advogada anterior. Atu-
almente a ação cível, sob o
número 2009.001.35942,
tem como parecer a negação
ao provimento. Vale destacar
o cumprimento de prazos por
parte da advogada contrata-
da da Ascpderj, exposto pelo
parecer.
A Justiça reconhece respon-
sabilidades quando uma insti-
tuição contrata serviços que
podem produzir algum dano;
entretanto, esta vitória se de-
veu à torpe percepção de que
a Ascpderj deva ser respon-
sabilizada pelas lambanças
de uma advogada que alegou
não saber que um processo foi
substabelecido para ela.
A ação em segunda instância
foi acompanhada pelo atual
escritório contratado pela As-
sociação.
Felizmente, a decisão judicial
foi mais uma vez a de não reco-
nhecer esse absurdo. É mais
uma derrota do oportunismo.
INFORME JURÍDICO
AUniversidade Central do Equador sediou o XIII
Seminário Internacional “Problemas da Revo-
lução na América Latina”, que ocorreu de 13 a
17 de julho, em Quito, com o tema “A resposta dos
trabalhadores e dos povos frente à crise mundial do
capitalismo”.
Estiveram presentes representantes de movimentos
sociais, organizações populares, estudantis e sindi-
cais da maioria dos países do continente, com des-
taque para Venezuela, Bolívia e Cuba, que debateram
a situação política na América Latina e o crescimento
das lutas populares diante da aplicação do projeto
neoliberal na região.
Um dos temas mais enfatizados foram as ações
do governo dos Estados Unidos de apostar no dese-
quilíbrio entre os países da região, principalmente
após o anúncio do acordo entre o governo da Casa
Branca com o governo do presidente Álvaro Uribe, da
Colômbia, para a instalação de sete bases militares
em território colombiano. Situação que tem aumen-
tado as tensões entre os países da América do Sul
e se transformou numa das grandes preocupações
dos governos da região. Essa situação foi um dos
debates principais dos participantes do Seminário.
Qual é o objetivo de instalar sete bases militares em
apenas um país?
Além disso, temas que envolvem a discussão de
entidades e sindicatos de qual a melhor estratégia
dos trabalhadores para enfrentar a crise econômica
capitalista, originada nos países centrais da econo-
mia mundial, como Estados Unidos, União Européia,
Japão, foram debatidos.
Sobre a crise mundial a conclusão do Seminário
foi de que a crise geral do sistema capitalista deve
ser utilizada pelos trabalhadores e pelos movimen-
tos de esquerda como fator de unidade dos povos
latino-americanos e do mundo contra as políticas de
dominação econômica, militar e territorial dos países
imperialistas frente aos países em desenvolvimento,
considerando que o sistema capitalista já se mos-
trou incapaz de solucionar os graves problemas da
humanidade. Trata-se, na verdade, de “uma crise de
superprodução de bens de consumo, em contraste
ao baixo poder econômico da massa trabalhadora.
Sua causa é a contradição entre o caráter social da
produção e a apropriação privada dos bens e riquezas
produzidas”, expõe a declaração final aprovada pelos
participantes do Seminário.
Nesse sentido, os presentes no encontro defenderam
como alternativa de saída para um modelo mais humano
e justo, que supere a exploração imposta pelas classes
dominantes, o socialismo e uma relação econômica
soberana, de igualdade e respeito entre os países.
O documento apresenta ainda “esta crise” como
“a mais profunda da história do capitalismo, só
comparável á de 1929, que levou a Segunda Guerra
Mundial”.
A realidade mostra que o alcance dessa crise atin-
ge não apenas o sistema financeiro internacional,
como também as diversas áreas da economia, com
enormes impactos ambientais, crise institucional,
crise nas relações de trabalho e produção, crise nas
áreas sociais, e o mais grave: uma crise que joga
os países ricos no abismo, colocando para estes a
adoção de uma política mais agressiva no campo
militar, pela necessidade dos mesmos em obter as
matérias primas, que são encontradas em abundân-
cia nos chamados países em desenvolvimento e que
levarão a cabo políticas para monopolizar as riquezas
de outras nações. Alguns recursos estratégicos serão
alvos dos monopólios internacionais, como energia e
água, essenciais para o desenvolvimento de qualquer
país. Tudo por causa do lucro e da ganância.
Uma das principais alternativas apresentadas no Se-
minário foi a de integração latino-americana dos povos
através da Alternativa Bolivariana para as Américas,
antigo sonho do libertador Simon Bolívar, de Tiraden-
tes, de Solano López, de José Marti, e outros heróis
dos povos da América Latina. A atual crise serve na
verdade como uma grande oportunidade para que os
trabalhadores afirmem seus direitos e não permitam
que lhes sejam retirados por empresas e governos
neoliberais.
Do ponto de vista político, os participantes do Semi-
nário condenaram os golpes militares em Honduras e
no Haiti, em que seus presidentes foram seqüestra-
dos por militares, com o apoio da CIA e do governo
dos Estados Unidos. Além disso, a tentativa de gol-
pes contras os governos da Venezuela a da Bolívia,
fazem recordar as ditaduras militares que vitimaram
milhares de intelectuais, estudantes e trabalhadores
do campo e das cidades em grande parte dos países
do continente.
Vários sindicatos, além da ASCPDERJ, deram apoio
à delegação brasileira presente no Equador. O diretor
da ASCPDERJ, Marcos Villela, foi um dos integrantes
da delegação brasileira, tendo participação ativa no
seminário, levando aos representantes dos demais
países a mensagem dos trabalhadores brasileiros.
A ASCPDERJ está programando um debate sobre os
temas do Seminário, com ênfase na realidade e na
luta dos trabalhadores da América Latina.
“uma crise de superprodução de
bens de consumo, em contraste
ao baixo poder econômico da
massa trabalhadora. Sua causa é a
contradição entre o caráter social da
produção e a apropriação privada dos
bens e riquezas produzidas”
Trecho da Declaração Final do Seminário
Manifestações pelas ruas do Centro Histórico de Quito Marcos Villela, diretor da ASCEPDERJ, fala sobre o Brasil
8 • Julho/2009 • J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J
Cultura
A exposição Ar tevida Brasileira,
uma reunião dos trabalhos
mais significativos de diversos
artistas populares brasileiros,
acontece na Galeria Cândido Portinari
da UERJ, a partir do dia 18 de agosto
de 2009, terça-feira, às 19h. A mostra
é uma homenagem ao centenário do
nascimento de Vitalino Pereira dos San-
tos (Mestre Vitalino, 1909-1963).
Mestre Vitalino: Vida e ObraVitalino Pereira dos Santos, nascido em
1909, no Distrito de Ribeira dos Campos,
nos arredores da cidade de Caruaru,
aprendeu a lidar com o barro graças a
sua mãe, uma artesã de panelas de
barro. Aos seis anos, o pequeno Vitalino
já confeccionava pequenos bonequinhos
com o barro que sobrava das panelas e
ia vendê-los na feira de Caruaru.
Com o passar do tempo, aquela
brincadeira de criança que até então
resultava em bichinhos como cavalos,
bodes e vacas de cerâmica, deu lugar
a outros personagens. Vitalino passou
a retratar em suas obras, o homem
do agreste nordestino, o vaqueiro, o
agricultor, os retirantes etc , em cenas
de seu cotidiano rural.
Os trabalhos de Mestre Vitalino, que
antes eram vendidos livremente nas fei-
ras de Pernambuco, foram mostrados
pela primeira vez no Rio de Janeiro em
1947. “Mestre Vitalino foi o primeiro ci-
dadão dos estratos populares de nossa
sociedade a ser reconhecido como um
artista popular”, afirma Ricardo Gomes
Lima, curador da exposição.
A ExposiçãoA exposição é sobre o mundo da arte
e contará com 25 artistas populares
integrantes desse universo que se for-
mou a partir do surgimento e do legado
de Mestre Vitalino. Os artistas que
compõem a mostra são de diferentes
pontos do país, como Amazonas, Ce-
ará, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí,
Paraná, Rio de Janeiro, Alagoas e Rio
Grande do Norte, entre outros.
As técnicas utilizadas são variadas,
bem como as matérias-primas de sua
confecção. Serão expostas obras feitas
desde finais do século 19 até produ-
ções mais contemporâneas, como
esculturas em madeira, modelagem,
argila, sucata, assemblages e pinturas.
Os temas passeiam pela imaginária
sacra católica e afro-brasileira, figu-
ras de animais, festas, formas fan-
tásticas e humanas,
carrancas, mitolo-
gias, crenças popu-
lares e cenas do
cotidiano rural.
Uma das surpre-
sas é um Boi de
argila original do
próprio Mestre
Vitalino. O acer-
vo per tence a
colecionadores
que resolveram
compar ti lhar
com o público
mais amplo a fruição desses objetos.
“‘Artevida’ é uma brincadeira com a
palavra ‘atrevida’. É uma palavra que
aponta para o caráter transgressor
da arte popular. Ao mesmo tempo a
palavra ‘ar tevida’ aponta para
a continuidade entre a arte
e a vida, característica
presente no campo do
fazer popular, pois a arte
popular não tem compro-
misso com escolas ou ten-
dências artísticas, mas
sim com a verdade
da vida de cada
ar tista que a ela
se dedica”, explica
Ricardo Lima, cura-
dor, sobre o título
da exposição.
Exposição Artevida BrasileiraHomenagem ao artista popular na galeria Cândido Portinari da UERJ
formas fan-
,
UERJ/SR-3/Decult apresentam:
ARTEVIDA BRASILEIRA
Local: Galeria Cândido Portinari / UERJ
Rua São Francisco Xavier, 524 – Maracanã
Tel.: (21) 2334-0728 / 0114
Inauguração: 18 de agosto à 02 de outubro
de segunda a sexta, das 9h às 20h
ENTRADA FRANCA
Exposição Artevida Brasileira