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 1 REVISÃO DO CONCURSO DO INSS 2012 Direito Previdenciário Frederico Amado REVISÃO DO CONCURSO DO INSS 2012 DIREITO PREVIDENCIÁRIO PROF. FREDERICO AMADO 01- APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (artigos 42/47, da Lei 8.213/91): Cabimento: segurado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência (incapacidade total e permanente) . Beneficiários: todos os segurados. Carência: 12 contribuições mensais (segurado especial 12 meses de atividade rurícola ou pesqueira em regime de economia familiar para a subsistência), salvo acidente de qualquer natureza, doença profissional ou do trabalho e doenças graves constantes de ato regulamentar. Valor: 100% do salário de benefício. Outras informações:  A) não é definitiva; B) é possível um acréscimo de 25%, inclusive extrapolando o teto, se o segurado necessitar de assistência permanente de outra pessoa. Essa parcela não se incorpora à pensão por morte, sendo personalíssima; C) o segurado é obrigado a se submeter a exames médicos periódicos (a cada 02 anos) e reabilitação profissional (se recomendada), mas não a cirurgia e transfusão de sangue (neste ponto a Lei 8.213/91 é aparentemente contraditória. O artigo 42 coloca a impossibilidade de reabilitação profissional como condição para a concessão da aposentadoria por invalidez, ao passo que o artigo 101 determina que o aposentado por invalidez se submeta a processo de reabilitação profissional, sob pena de suspensão do benefício). D) será devida desde a incapacidade (salvo empregado), se requerida até 30 dias. Se após, a data de início será a data do requerimento; no caso do segurado empregado, o empregador deve arcar com os salários por quinze dias antes da concessão da aposentadoria. E) Em regra, o aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno. Exceções: mensalidades de recuperação (artigo 47, Lei 8.213/91).  Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será observado o seguinte procedimento: I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará: a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social; ou b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade:

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    REVISO DO CONCURSO DO INSS 2012 Direito Previdencirio

    Frederico Amado

    REVISO DO CONCURSO DO INSS 2012

    DIREITO PREVIDENCIRIO

    PROF. FREDERICO AMADO

    01- APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (artigos 42/47, da Lei 8.213/91): Cabimento: segurado incapaz e insusceptvel de reabilitao para o exerccio de atividade que lhe garanta a subsistncia (incapacidade total e permanente). Beneficirios: todos os segurados. Carncia: 12 contribuies mensais (segurado especial 12 meses de atividade rurcola ou pesqueira em regime de economia familiar para a subsistncia), salvo acidente de qualquer natureza, doena profissional ou do trabalho e doenas graves constantes de ato regulamentar. Valor: 100% do salrio de benefcio. Outras informaes: A) no definitiva; B) possvel um acrscimo de 25%, inclusive extrapolando o teto, se o segurado necessitar de assistncia permanente de outra pessoa. Essa parcela no se incorpora penso por morte, sendo personalssima; C) o segurado obrigado a se submeter a exames mdicos peridicos (a cada 02 anos) e reabilitao profissional (se recomendada), mas no a cirurgia e transfuso de sangue (neste ponto a Lei 8.213/91 aparentemente contraditria. O artigo 42 coloca a impossibilidade de reabilitao profissional como condio para a concesso da aposentadoria por invalidez, ao passo que o artigo 101 determina que o aposentado por invalidez se submeta a processo de reabilitao profissional, sob pena de suspenso do benefcio). D) ser devida desde a incapacidade (salvo empregado), se requerida at 30 dias. Se aps, a data de incio ser a data do requerimento; no caso do segurado empregado, o empregador deve arcar com os salrios por quinze dias antes da concesso da aposentadoria. E) Em regra, o aposentado por invalidez que retornar voluntariamente atividade ter sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno. Excees: mensalidades de recuperao (artigo 47, Lei 8.213/91). Art. 47. Verificada a recuperao da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, ser observado o seguinte procedimento: I - quando a recuperao ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do incio da aposentadoria por invalidez ou do auxlio-doena que a antecedeu sem interrupo, o benefcio cessar: a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar funo que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislao trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdncia Social; ou b) aps tantos meses quantos forem os anos de durao do auxlio-doena ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; II - quando a recuperao for parcial, ou ocorrer aps o perodo do inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exerccio de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria ser mantida, sem prejuzo da volta atividade:

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    a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a recuperao da capacidade; b) com reduo de 50% (cinqenta por cento), no perodo seguinte de 6 (seis) meses; c) com reduo de 75% (setenta e cinco por cento), tambm por igual perodo de 6 (seis) meses, ao trmino do qual cessar definitivamente. F) A anterior percepo de auxlio-doena no condio para a concesso da aposentadoria por invalidez. 02- APOSENTADORIA POR IDADE (artigos 48/51, da Lei 8.213/91): Cabimento: devida ao segurado homem com 65 anos de idade e mulher com 60 anos de idade, com reduo de 05 anos para o produtor rural, o segurado especial e o garimpeiro. Beneficirios: todos os segurados. Carncia: 180 contribuies mensais, observada a tabela de transio do artigo 142, da Lei 8.213/91. Valor: 70% do salrio de benefcio, acrescido de 1% a cada grupo de 12 contribuies mensais, no mximo de 100%, sendo facultativa a utilizao do fator previdencirio; no caso do segurado especial, ser de um salrio mnimo, salvo se este contribuiu como contribuinte individual. Outras informaes: A) ser devida desde o requerimento administrativo, exceto para o empregado e o domstico, se requerida at 90 dias, sendo devida para estes aps o desligamento do emprego. B) Aposentadoria compulsria por idade: Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado empregado tenha cumprido o perodo de carncia e completado 70 (setenta) anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 (sessenta e cinco) anos, se do sexo feminino, sendo compulsria, caso em que ser garantida ao empregado a indenizao prevista na legislao trabalhista, considerada como data da resciso do contrato de trabalho a imediatamente anterior do incio da aposentadoria. C) Se o trabalhador rural ou o garimpeiro utilizar perodo de trabalho em outra atividade (48, 3) no tero direito reduo em 05 anos na idade. D)Smula 149, STJ: A prova exclusivamente testemunhal no basta comprovao da atividade rurcola, para efeito da obteno de benefcio previdencirio. E) sedimentado o entendimento das Turmas que integram a Egrgia Terceira Seo no sentido de que as atividades desenvolvidas em regime de economia familiar, podem ser comprovadas atravs de documentos em nome do pai de famlia, que conta com a colaborao efetiva da esposa e filhos no trabalho rural." (REsp 386.538/RS, Quinta Turma, DJ de 07/04/2003). 03- APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO (art. 201, 7, da CRFB; arts. 52/56, da Lei 8.213/91):

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    Cabimento: homem com 35 anos de contribuio ou mulher com 30 anos de contribuio, com reduo de cinco anos de contribuio para o professor que comprove exclusivo exerccio em sala de aula na educao infantil, ensino fundamental e mdio, includas as atividades de coordenao e assessoramento pedaggico (Lei 11.301/06). OBS - Contra a Lei 11.301/2006 foi proposta a ADI 3.772 pelo Procurador-Geral da Repblica, sob o argumento de violao ao artigo 201, 8, da Constituio Federal. Por sua vez, em 29.10.2008, o STF declarou a validade da referida norma, mas determinou a sua interpretao conforme a Constituio: I- A funo de magistrio no se circunscreve apenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo tambm a preparao de aulas, a correo de provas, o atendimento aos pais e alunos, a coordenao e o assessoramento pedaggico e, ainda, a direo de unidade escolar. II - As funes de direo, coordenao e assessoramento pedaggico integram a carreira do magistrio, desde que exercidos, em estabelecimentos de ensino bsico, por professores de carreira, excludos os especialistas em educao, fazendo jus aqueles que as desempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, 5, e 201, 8, da Constituio Federal. III - Ao direta julgada parcialmente procedente, com interpretao conforme, nos termos supra (g.n.) Logo, para as atividades de direo de unidade escolar, coordenao e assessoramento pedaggico no tm mais aplicabilidade a Smula 726, do STF:Smula 726- Para efeito de aposentadoria especial de professores, no se computa o tempo de servio prestado fora da sala de aula. Beneficirios: todos os segurados, exceto o segurado especial (se no recolher como contribuinte individual) e o contribuinte individual ou segurado facultativo que recolha 11% ou 5% sobre o salrio mnimo, conforme facultado pelo artigo 21, da Lei 8.212/91. OBS - Smula: 272 STJ- O trabalhador rural, na condio de segurado especial, sujeito contribuio obrigatria sobre a produo rural comercializada, somente faz jus aposentadoria por tempo de servio, se recolher contribuies facultativas Carncia: 180 contribuies mensais, observada a tabela de transio do artigo 142, da Lei 8.213/91. Valor: 100% do salrio de benefcio, sendo obrigatrio o manejo do fator previdencirio. Outras informaes: A) Apenas existe a aposentaria por tempo de contribuio proporcional em regra de transio da EC 20/1998; B) A comprovao do tempo de contribuio (antigo tempo de servio) demanda incio de prova material, nos termos do artigo 55, 3, da Lei 8.213/91. C)Art. 55, 2, Lei 8213/91- O tempo de servio do segurado trabalhador rural, anterior data de incio de vigncia desta Lei, ser computado independentemente do recolhimento das contribuies a ele correspondentes, exceto para efeito de carncia, conforme dispuser o Regulamento. 04- APOSENTADORIA ESPECIAL(artigos 57/58, da Lei 8.213/91): Cabimento: segurado (no importa o sexo) que tiver trabalhado sujeito a condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, de maneira permanente, no ocasional nem intermitente,

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    durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, a depender da atividade, conforme lista regulamentar (ANEXO IV RPS). OBS - De acordo com o 1, do artigo 201, da Constituio, com redao dada pela Emenda 20/98 e posteriormente alterada pela Emenda 47/05, vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos beneficirios do regime geral de previdncia social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica e quando se tratar de segurados portadores de deficincia, nos termos definidos em lei complementar. Beneficirios: a Lei 8.213/91 no restringe os segurados beneficirios. Contudo, o artigo 64 do Regulamento da Previdncia Social aduz que apenas o empregado, o avulso e o contribuinte individual cooperado faro jus ao benefcio, pois nestes casos h contribuio previdenciria para o seu custeio (adicional SAT). Carncia: 180 contribuies mensais, observada a tabela de transio do artigo 142, da Lei 8.213/91. Valor: 100% do salrio de benefcio, sem a incidncia do fator previdencirio. Outras informaes: A) a comprovao da efetiva exposio do segurado aos agentes nocivos ser feita mediante formulrio (perfil profissiogrfico previdencirio), na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo tcnico de condies ambientais do trabalho expedido por mdico do trabalho ou engenheiro de segurana do trabalho, nos termos da legislao trabalhista; B) O aposentado especial que retornar a atividade especial ter o benefcio suspenso, mas a lei no veda o retorno atividade comum com perda da aposentadoria; C)De acordo com a Smula 09, da TNU-JEF, O uso de Equipamento de Proteo Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposio a rudo, no descaracteriza o tempo de servio especial prestado. D) Antes da Lei 9.032/95 (24.09.95), o tempo especial era contado de acordo com a categoria profissional, independentemente de exposio aos agentes nocivos, havendo presuno absoluta (Decretos 53.831/64 e 83.080/79) das atividades listadas, ou ento deveria haver efetiva comprovao, caso a atividade no fosse listada. No caso de rudo, era necessria percia tcnica para comprovar exposio acima de 80 DB. E) Frise-se que para o reconhecimento do tempo de contribuio especial incidir o Princpio do Tempus RegitActum, de modo que ser aplicada a legislao previdenciria vigente no momento da sua prestao. esse sentido, colaciona-se passagem do Informativo 457, do STJ: APOSENTADORIA ESPECIAL.TEMPUS REGIT ACTUM. A Turma deu provimento ao recurso especial para afastar o cmputo como atividade exercida em condies especiais de perodos anteriores vigncia da Lei n. 3.807/1960, regulamentada pelo Dec. n. 53.831/1964 (revogado pelo Dec. n. 63.230/1968), a qual instituiu a aposentadoria especial. In casu, sustentou o Min. Relator que o art. 162 do referido diploma legal no assegurou a retroatividade do benefcio, mas apenas resguardou os direitos outorgados pela respectiva legislao. Nesse contexto, concluiu no ser possvel que a norma retroaja sem expressa previso nesse sentido, tendo em vista que o tempo de servio regido pela lei vigente poca em que efetivamente exercido. Precedentes citados: AgRg no REsp 1.103.602-RS, DJe 3/8/2009; REsp 1.105.630-SC, DJe 3/8/2009, e AgRg no REsp 924.827-SP, DJ 6/8/2007. REsp 1.205.482-SC, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 23/11/2010. F) Caso o segurado tenha laborado em condies especiais e passe a trabalhar em atividade comum, plenamente possvel a converso do tempo especial em comum, proporcionalmente, conforme tabela constante no Regulamento (artigo 70).

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    TEMPO A CONVERTER

    MULTIPLICADORES

    MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)

    DE 15 ANOS 2,00 2,33

    DE 20 ANOS 1,50 1,75

    DE 25 ANOS 1,20 1,40

    05- AUXLIO-DOENA(artigos 59/64, da Lei 8.213/91): Cabimento: segurado queficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Beneficirios: todos os segurados. Carncia: 12 contribuies mensais (segurado especial 12 meses de atividade rurcola ou pesqueira em regime de economia familiar para a subsistncia), salvo acidente de qualquer natureza, doena profissional ou do trabalho e doenas graves constantes de ato regulamentar. Valor: 91% do salrio de benefcio. Outras informaes: A) O auxlio-doena ser considerado como acidentrio, independentemente da expedio da CAT Comunicao de Acidente de Trabalho, quando ocorrer o nexo epidemiolgico entre o trabalho e o evento, gerando uma presuno relativa, podendo ser impugnada pela empresa (artigo 21-A, da Lei 8.213/91). Isso influenciar na fixao do FAP Fator Acidentrio de Preveno para majorar a contribuio SAT Seguro de Acidente da Trabalho (art. 202-A, do RPS). B)No ser devido auxlio-doena ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdncia Social j portador da doena ou da leso invocada como causa para o benefcio, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento dessa doena ou leso. C) Para o empregado, a empresa dever arcar com os primeiros 15 dias de incapacidade (o STJ entende que no incidir contribuio previdenciria patronal nesse perodoAGRESP 1039260, de 04.12.2008); para os demais o benefcio ser devido desde a incapacidade, se durar mais de 15 dias consecutivos. D) Se houver controvrsia judicial sobre o incio da incapacidade (STJ, AGRESP 735329) ou se inexistir requerimento administrativo (STJ, AGA 1045599), a DIB Data de Incio do Benefcio ser a data de juntada do laudo pericial. E) O segurado em gozo de auxlio-doena, insusceptvel de recuperao para sua atividade habitual, dever submeter-se a processo de reabilitao profissional para o exerccio de outra atividade, exceto o cirrgico e a transfuso de sangue, que so facultativos. F) No cessar o benefcio at que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistncia ou, quando considerado no-recupervel, for aposentado por invalidez. G)Alta programada (art. 78, do RPS): o INSS poder estabelecer, mediante avaliao mdico-pericial, o prazo que entender suficiente para a recuperao da capacidade para o trabalho do segurado, sendo dispensvel nessa hiptese a realizao de nova percia, salvo se o segurado ainda se julgar incapacitado.

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    06- SALRIO-FAMLIA (art. 201, IV, da CRFB; arts. 65/70, da Lei 8.213/91): Cabimento: determinados segurados que tenham filhos/equiparados menores de 14 anos ou invlidos, condicionado apresentao do atestado anual de vacinao (at 06 anos de idade) ou semestral de freqncia escolar (maiores de 07 anos). Beneficirios: ser devido apenas aos segurados baixa renda(renda mensal de at R$ 915,05 - valor atualizado de 2012), especificamente ao segurado empregado (domstico no), ao avulso, ao aposentado por invalidez, ao aposentado por idade e aos demais aposentados com idade mnima de 65 anos (homem) ou 60 anos (mulher). Carncia: no h. Valor: ser de R$ 22,00(renda maior que R$ 608,80 at R$ 915,05) ou de R$ 31,22(renda de at R$ 608,80), conforme valores atualizados em 2011, por filho menor de 14 anos ou invlido. Outras informaes: A) possvel a percepo de dois salrios-famlia por um filho,desde que ambos os pais sejam responsveis pelo infante. B) No caso de separao, divrcio ou abandono, salrio-famlia passar a ser pago diretamente quele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinao judicial nesse sentido (artigo 87, RPS). C) A DIB Data de Incio do Benefcio ser a data da apresentao da certido de nascimento(art. 84, RPS). D)O salrio-famlia ser pago mensalmente ao empregado, pela empresa, com o respectivo salrio, e ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou rgo gestor de mo-de-obra, mediante convnio. E)As cotas do salrio-famlia no sero incorporadas, para qualquer efeito, ao salrio ou ao benefcio. 07- SALRIO-MATERNIDADE(art. 201, II, da CRFB; arts. 71/73, da Lei 8.213/91): Cabimento: ser devido segurada da Previdncia Social, durante 120 dias, com incio de vigncia no 28 dia antes do parto. Beneficirias: todas as seguradas. Carncia: para a segurada empregada, domstica e trabalhadora avulsa no h carncia; para as demais (contribuinte individual, facultativa e especial), ser de 10 contribuies mensais ou 10 meses de atividade rurcola/pesqueira em regime de economia familiar para a subsistncia (segurada especial). Valor: Para a empregada e a avulsa, o valor equivaler auma remunerao mensal, no se sujeitando ao teto do RGPS (STF, ADI 1.946), mas deve observar o teto federal (artigo 248, da CRFB), cabendo a empresa arcar com a eventual diferena; para aempregada domstica, ser o ltimo salrio de contribuio; no caso da segurada especial, equivaler em um doze avos do valor sobre o qual incidiu sua ltima contribuio anual, ou 01 salrio mnimo, ao menos; para a contribuinte individual e a facultativa, consistir na mdia aritmtica dos 12 ltimos salrios de contribuio, apurados em perodo no superior a 15 meses. Outras informaes:

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    A) Para a segurada da Previdncia Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoo de criana devido salrio-maternidade pelo perodo de 120 (cento e vinte) dias, se a criana tiver at 1(um) ano de idade; de 60 (sessenta) dias, se a criana tiver entre 1 (um) e 4 (quatro) anos de idade e de 30 (trinta) dias, se a criana tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade. B) considerado parto o evento ocorrido aps a 23 semana de gestao, inclusive natimorto, salvo interrupo criminosa. C)Em caso de aborto no criminoso (antes da 23 semana), comprovado mediante atestado mdico, a segurada ter direito ao salrio-maternidade correspondente a duas semanas (RPS, 93, 5). D)Em casos excepcionais, os perodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado mdico especfico (RPS, 93, 3). E) O salrio-maternidade no pode ser acumulado com benefcio por incapacidade (art. 102, RPS). F)A segurada aposentada que retornar atividade far jus ao pagamento do salrio-maternidade (art. 103, RPS). G) O salrio-maternidade da empregada gestante ser pago pela empresa, salvo se a empresa for um MEI. F) possvel que a segurada receba mais de um salrio-maternidade se tiver empregos concomitantes (art. 98, RPS). 08- AUXLIO-ACIDENTE(artigo 86, da Lei 8.213/91): Cabimento: ser devido, como indenizao, ao segurado quando, aps consolidao das leses decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia ou impossibilidade de desempenho da atividade que exercia a poca do acidente, porm permita o desempenho de outra, aps processo de reabilitao profissional. A) Ocorra um acidente de qualquer natureza, independentemente de ser decorrente do trabalho; B) Haja sequela; C) Ocorra perda funcional para o trabalho que o segurado habitualmente desenvolviaou impossibilidade de desempenho da atividade que exercia a poca do acidente, porm permita o desempenho de outra, aps processo de reabilitao profissional, nos casos indicados pela percia mdica do INSS. Beneficirios:apenas o segurado empregado, o trabalhador avulso e o segurado especial (art. 18, 1, da Lei 8.213/91). Carncia: no h. Valor: 50% do salrio de benefcio. Outras informaes: A) o nico benefcio previdencirio exclusivamente indenizatrio, podendo ter renda inferior a um salrio mnimo. B) O auxlio-acidente ser devido a partir do dia seguinte ao da cessao do auxlio-doena, independentemente de qualquer remunerao ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulao com qualquer aposentadoria.

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    C) A perda da audio, em qualquer grau, somente proporcionar a concesso do auxlio-acidente, quando, alm do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doena, resultar, comprovadamente, na reduo ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. D) O STJ entende que no imprescindvel que a molstia seja irreversvel para a concesso deste benefcio (REsp 1.112.866, de 25.11.09). E) Artigo 31, Lei 8213/91: O valor mensal do auxlio-acidente integra o salrio-de-contribuio, para fins de clculo do salrio-de-benefcio de qualquer aposentadoria 09- PENSO POR MORTE(artigos 74/79, da Lei 8.213/91): Cabimento: bito do segurado da Previdncia Social que deixar dependentes. Beneficirios: os dependentes, observada a ordem preferencial das classes do artigo 16, da Lei 8.213/91, ressaltando que a classe I tem presuno de dependncia econmica. Art. 16. So beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social, na condio de dependentes do segurado: I - o cnjuge, a companheira, o companheiro e o filho no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 (vinte e um) anos ou invlido ou que tenha deficincia intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redao dada pela Lei n 12.470, de 2011) II - os pais; III - o irmo no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 (vinte e um) anos ou invlido ou que tenha deficincia intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redao dada pela Lei n 12.470, de 2011) Carncia: no h. Valor: o mesmo da aposentadoria percebida pelo instituidor ou da que teria direito se aposentado por invalidez (100% do salrio de benefcio). Outras informaes: A) A condio de dependente ser aferida no momento do bito, e no posteriormente. B) Ser devida desde o falecimento ou do requerimento, se postulada aps 30 dias; no caso de morte presumida, aps a deciso judicial.No caso dos absolutamente incapazes ser devida desde a morte, mesmo que requerida aps 30 dias. C) Havendo mais de um dependente da mesma classe, ser divida em partes iguais, excludos os da classe inferior. D) Com a morte, a cessao da invalidez, a emancipao ou a maioridade, a cota da penso ser revertida para o outro dependente, no se transmitindo para os dependentes de classe inferior. E) De acordo com o artigo 114, II, do RPS, a emancipao por colao de grau em curso superior antes dos 21 anos no faz cessar a penso por morte.O texto confuso, mas na sua literalidade apenas o menor de 21 anos invlido ter este direito (POSICIONAMENTO CONTRRIO PESSOAL FREDERICO AMADO). F)Smula 340, STJ: A lei aplicvel concesso de penso previdenciria por morte aquela vigente na data do bito do segurado.

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    G)Smula 336, STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na separao judicial tem direito penso previdenciria por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econmica superveniente. H)Smula 416, STJ- devida a penso por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obteno de aposentadoria at a data do seu bito. H) Na poca da LOPS, a penso era de 50%, mais 10% para cada dependente; com a Lei 8.213/91, passou para 80%, mais 10% para cada dependente; com a Lei n 9.032/95, passou para 100% (valor da aposentadoria por invalidez); I) Revertendo entendimentos do STJ e do prprio STF, no julgamento dos RREE 416.827 e 415.454, a Suprema Corte entendeu no ser possvel a reviso para 100% da penso por morte, em aplicao ao Princpio do Tempus RegitActum e da Precedncia de Fonte de Custeio, para os dependentes que recebem um valor menor, pois anterior edio da Lei 9.032/95. J)De acordo com o novel 4, do artigo 77, da Lei 8.213/91, inserido pela Lei 12.470/2011, a parte individual da penso do dependente com deficincia intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exera atividade remunerada, ser reduzida em 30% (trinta por cento), devendo ser integralmente restabelecida em face da extino da relao de trabalho ou da atividade empreendedora. K)A concesso da penso por morte no ser protelada pela falta de habilitao de outro possvel dependente, e qualquer inscrio ou habilitao posterior que importe em excluso ou incluso de dependente s produzir efeito a contar da data da inscrio ou habilitao. L) PENSO PROVISRIA POR MORTE PRESUMIDA - Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da penso cessar imediatamente, desobrigados os dependentes da reposio dos valores recebidos, salvo m-f 10- AUXLIO-RECLUSO(art. 201, IV, da CRFB; art. 80, da Lei 8.213/91): Cabimento: ser devido aos dependentes do segurado baixa renda recolhido priso, que no receber remunerao da empresa nem estiver em gozo de auxlio-doena, abono de permanncia em servio ou de aposentadoria. Beneficirios: os dependentes do segurado baixa renda (renda mensal de at R$ 915,05- valor atualizado de 2012). Carncia: no h. Valor: o mesmo da penso por morte. Outras informaes: A) A DIB ser a data do recolhimento, salvo de requerido aps 30 dias. B) O requerimento do auxlio-recluso dever ser instrudo com certido do efetivo recolhimento priso, sendo obrigatria, para a manuteno do benefcio, a apresentao de declarao de permanncia na condio de presidirio (atestado trimestral). C) S ser cabvel para o regime fechado, semi-aberto, medida scio-educativa de internao e nas prises cautelares (exclui o regime aberto e a priso civil).

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    Frederico Amado

    D) Art. 117, 2 do RPS no caso de fuga, o benefcio ser suspenso e, se houver recaptura do segurado, ser restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado. E)Art. 117, 3 do RPS se houver exerccio de atividade dentro do perodo de fuga, o mesmo ser considerado para a verificao da perda ou no da qualidade de segurado. F)Art. 118, do RPS falecendo o segurado detido ou recluso, o auxlio-recluso que estiver sendo pago ser automaticamente convertido em penso por morte. E)O baixa renda dever ser o segurado, e no o dependente, conforme ratificado pelo STF, no RE 587365, de 25.03.2009 (Informativo 540). 11- ABONO ANUAL Regulamentao bsica:artigo 40, da Lei 8.213/91; artigo120, do RPS (Decreto 3.048/99). Conquanto a Lei de Benefcios no o faa expressamente, o Regulamento da Previdncia Social colocou o abono anual no rol dos benefcios previdencirios (Seo VI Dos Benefcios - Subseo XI). Trata-se do direito anual dos beneficirios da Previdncia Social de perceber uma quantia correspondente ao respectivo benefcio previdencirio, tomando por base o valor pago no ms de dezembro, sendo calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificao natalina dos trabalhadores. Todos os segurados e dependentes faro jus ao abono anual, exceto no que concerne ao salrio-famlia, que no gera o seu pagamento, sendo o pagamento proporcional ao nmero de meses de percepo da aposentadoria, auxlio-acidente, auxlio-doena, auxlio-recluso ou penso por morte. ACUMULAO DE BENEFCIOS Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, no permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefcios da Previdncia Social: I - aposentadoria e auxlio-doena; II - mais de uma aposentadoria; (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995) III - aposentadoria e abono de permanncia em servio; IV - salrio-maternidade e auxlio-doena; (Includo dada pela Lei n 9.032, de 1995) V - mais de um auxlio-acidente; (Includo dada pela Lei n 9.032, de 1995) VI - mais de uma penso deixada por cnjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opo pela mais vantajosa. (Includo dada pela Lei n 9.032, de 1995) Pargrafo nico. vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefcio de prestao continuada da Previdncia Social, exceto penso por morte ou auxlio-acidente. PRINCPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL

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    CAPTULO II

    DA SEGURIDADE SOCIAL Seo I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social.

    Pargrafo nico. Compete ao Poder Pblico, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:

    I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios; IV - irredutibilidade do valor dos benefcios; V - eqidade na forma de participao no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto quadripartite, com

    participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados.

    Princpio da Solidariedade; Princpio da Precedncia da Fonte de Custeio (artigo 195, 5); Princpio do Oramento Diferenciado (artigo 165, 5, inciso III). CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL

    Art. 195. A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes contribuies sociais:

    I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo,

    pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio (CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA PATRONAL);

    b) a receita ou o faturamento; (COFINS) c) o lucro; (CSLL) II - do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social, no incidindo contribuio sobre

    aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognsticos. IV - do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar

    SEGURADOS OBRIGATRIOS DO RGPS

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    EMPREGADO EMPREGADO DOMSTICO

    TRABALHADOR AVULSO

    SEGURADO ESPECIAL

    CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

    - aquele que presta servio de natureza urbana ou rural empresa, em carter no eventual, sob sua subordinao e mediante remunerao, inclusive como diretor empregado; - aquele que, contratado por empresa de trabalho temporrio, definida em legislao especfica, presta servio para atender a necessidade transitria de substituio de pessoal regular e permanente ou a acrscimo

    - aquele que presta servio de natureza contnua a pessoa ou famlia, no mbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos

    - aquele que presta servios a diversas empresas, sem vnculo empregatcio, de natureza urbana ou rural, sindicalizado ou no, por intermdio de rgo gestor de mo-de-obra ou do sindicato da categoria.

    - a pessoa fsica residente no imvel rural ou em aglomerado urbano ou rural prximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxlio eventual de terceiros, na condio de produtor rural, que explore atividade agropecuria em rea de at 4 mdulos fiscais ou de seringueiro ou extrativista vegetal como principal meio de vida; - pescador artesanal ou a este assemelhado que faa da pesca profisso habitual ou principal meio

    - a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade agropecuria, a qualquer ttulo, em carter permanente ou temporrio, em rea superior a 4 (quatro) mdulos fiscais; ou, quando em rea igual ou inferior a 4 (quatro) mdulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxlio de empregados ou por intermdio de prepostos; - a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade de extrao mineral - garimpo, em carter

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    extraordinrio de servios de outras empresas; - o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agncia de empresa nacional no exterior; - aquele que presta servio no Brasil a misso diplomtica ou a repartio consular de carreira estrangeira e a rgos a elas subordinados, ou a membros dessas misses e reparties, excludos o no-brasileiro sem residncia permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislao previdenciria do pas da respectiva misso diplomtica ou repartio consular; - o brasileiro civil que trabalha para a Unio, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que l domiciliado e contratado, salvo se segurado na

    de vida; - cnjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 anos de idade ou a este equiparado, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.

    permanente ou temporrio, diretamente ou por intermdio de prepostos, com ou sem o auxlio de empregados, utilizados a qualquer ttulo, ainda que de forma no contnua; - o ministro de confisso religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregao ou de ordem religiosa; - o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil membro efetivo, ainda que l domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime prprio de previdncia social; - o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor no empregado e o membro de conselho de administrao de sociedade annima, o scio solidrio, o scio de indstria, o scio gerente e o scio cotista que recebam remunerao decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de

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    Frederico Amado

    forma da legislao vigente do pas do domiclio; - o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertena a empresa brasileira de capital nacional; - o servidor pblico ocupante de cargo em comisso, sem vnculo efetivo com a Unio, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundaes Pblicas Federais; - o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime prprio de previdncia social - o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que no vinculado a regime prprio de previdncia social.

    direo em cooperativa, associao ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o sndico ou administrador eleito para exercer atividade de direo condominial, desde que recebam remunerao; - quem presta servio de natureza urbana ou rural, em carter eventual, a uma ou mais empresas, sem relao de emprego; - a pessoa fsica que exerce, por conta prpria, atividade econmica de natureza urbana, com fins lucrativos ou no;

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    SEGURADOS FACULTATIVOS DO RGPS ARTIGO 13, LEI 8213/91. Art. 13. segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos (ateno) que se filiar ao Regime Geral de Previdncia Social, mediante contribuio, desde que no includo nas disposies do art. 11. Entretanto, de acordo com o artigo 11, do RPS, a idade mnima para a filiao do segurado facultativo de 16 anos de idade, sendo este o posicionamento dominante na doutrina e administrativo do INSS . Artigo 9, da IN INSS PRES 45/2010. Eis um rol exemplificativo: Artigo 11, 1, do RPS.

    I - a dona-de-casa; II - o sndico de condomnio, quando no remunerado; III - o estudante; IV - o brasileiro que acompanha cnjuge que presta servio no exterior; V - aquele que deixou de ser segurado obrigatrio da previdncia social; VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990,

    quando no esteja vinculado a qualquer regime de previdncia social; VII - o bolsista e o estagirio que prestam servios a empresa de acordo com a Lei n 6.494, de 7

    de dezembro de 1977; VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especializao, ps-

    graduao, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que no esteja vinculado a qualquer regime de previdncia social;

    IX- o presidirio que no exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdncia social;

    X- o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdencirio de pas com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e

    XI- o segurado recolhido priso sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condio, preste servio, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediao da organizao carcerria ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta prpria (inserido pelo Decreto 7.054/2009).

    Destaque-se que o servidor pblico participante de RPPS no poder se filiar como segurado facultativo do RGPS, ante a vedao contida no 5, do artigo 201, da CRFB, inserida pela Emenda 20/98.

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    FILIAO E INSCRIO

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    Frederico Amado

    Artigo 18, RPS. 5 Presentes os pressupostos da filiao, admite-se a inscrio post mortem do segurado especial. SALRIO DE CONTRIBUIO

    Salrio de contribuio a base de clculo sobre a qual incidir a contribuio previdenciria do segurado empregado, domstico, avulso, contribuinte individual e facultativo, assim como da cota patronal do empregador domstico, normalmente formado por parcelas remuneratrias do labor, ou, no caso do segurado facultativo, o valor por ele declarado, observados os limites mnimos e mximos legais.

    O limite mnimo do salrio de contribuio corresponde ao piso salarial, legal ou normativo, da

    categoria ou, inexistindo este, ao salrio mnimo, tomado no seu valor mensal, dirio ou horrio, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o ms.

    Teto R$ 3.916,20

    I - para o empregado e trabalhador avulso: a remunerao auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer ttulo, durante o ms, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos servios efetivamente prestados, quer pelo tempo disposio do empregador ou tomador de servios nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de conveno ou acordo coletivo de trabalho ou sentena normativa.

    II - para o empregado domstico: a remunerao registrada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovao do vnculo empregatcio e do valor da remunerao;

    III - para o contribuinte individual: a remunerao auferida em uma ou mais empresas ou pelo exerccio de sua atividade por conta prpria, durante o ms;

    IV - para o segurado facultativo: o valor por ele declarado.

    Em regra, o salrio de contribuio ser composto pelas parcelas remuneratrias decorrentes do labor, inclusive abarcando a gratificao natalina (13 salrio), conforme referendado pela Smula 688 do STF, legtima a incidncia da contribuio previdenciria sobre o 13 salrio.

    O salrio-maternidade considerado como salrio de contribuio. O total das dirias de viagem integrar o salrio de contribuio, se excedentes a 50% da

    remunerao mensal. Havia se formado uma controvrsia sobre a legalidade ou no da contribuio previdenciria

    incidente sobre a quantia paga a ttulo de tero de frias gozadas, se posicionando o STF e o STJ pela impossibilidade da cobrana, haja vista no serem incorporadas na aposentadoria do trabalhador.STF, AI 712.880 AgR, de 26.05.2009.STJ, Pet 7.296 / PE, de 28.10.2009.

    De acordo com a Smula 458, do STJ, a contribuio previdenciria incide sobre a comisso paga ao corretor de seguros, por se tratar de verba remuneratria do labor, devendo compor o salrio de contribuio.

    NO INTEGRAM O SC (9)- A)Os benefcios da previdncia social, exceto o salrio maternidade; B)A parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentao aprovados pelo

    Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social, nos termos da Lei n 6.321, de 14 de abril de 1976 - O STJ, NO FINAL DE 2010, MUDOU O SEU POSICIONAMENTO:1. O valor concedido pelo empregador a ttulo de vale-alimentao no se sujeita contribuio previdenciria, mesmo nas hipteses em que o referido benefcio pago em dinheiro. REsp 1185685 , DE 17.12.2010

    C) STJ - AVISO PRVIO INDENIZADO. CONTRIBUIO PREVIDENCIRIAA Turma reafirmou que no h incidncia de contribuio previdenciria sobre a verba paga ao trabalhador a ttulo de

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    Frederico Amado

    aviso prvio indenizado, tendo em vista sua natureza indenizatria. Ressaltou-se que o salrio de contribuio o valor da remunerao, considerados os rendimentos destinados a retribuir o trabalho (art. 28 da Lei n. 8.212/1991), o que no se verifica na verba em questo, pois, durante o perodo que corresponde ao aviso prvio indenizado, o empregado no presta trabalho algum, nem fica disposio do empregador. REsp 1.221.665-PR, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 8/2/2011.

    D) DESPESAS DE TRANSPORTE - Em 2010, ao julgar o RE 478.410 (Informativo 578), o STF afirmou que mesmo o vale-transporte pago em dinheiro no integrar o salrio de contribuio, por no afetar o carter no salarial da verba, sendo esta a posio a ser adotada atualmente.

    E) Smula 310, do STJ, o auxlio-creche no integra o salrio de contribuio. F) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise educao bsica de

    empregados e seus dependentes e, desde que vinculada s atividades desenvolvidas pela empresa, educao profissional e tecnolgica de empregados, nos termos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e: (Redao dada pela Lei n 12.513, de 2011)1. no seja utilizado em substituio de parcela salarial; e (Includo pela Lei n 12.513, de 2011)2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente, no ultrapasse 5% (cinco por cento) da remunerao do segurado a que se destina ou o valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mnimo mensal do salrio-de-contribuio, o que for maior.

    PRESCRIO E DECADNCIA NAS CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS

    Smula vinculante 08 - So inconstitucionais o pargrafo nico do artigo 5 do Decreto-Lei n 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei n 8.212/1991, que tratam de prescrio e decadncia de crdito tributrio.

    PERODO DE GRAA

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    Smula 27, TNU: a ausncia de registro em rgo do Ministrio do Trabalho no impede a

    comprovao do desemprego por outros meios admitidos em Direito. De arremate, excepcionalmente, vale lembrar que a concesso da aposentadoria por idade,

    especial ou por tempo de contribuio no mais exige a manuteno da qualidade de segurado, desde que o segurado preencha todos os requisitos legais, mesmo que no simultaneamente, a teor do artigo 3, da Lei 10.666/2003.

    SALRIO DE BENEFCIO um instituto previdencirio utilizado para a definio do valor do benefcio de prestao continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, exceto o salrio-famlia e o salrio-maternidade, na forma do artigo 28, da Lei 8.213/91, correspondendo mdia aritmtica simples dos 80% maiores salrios de contribuio do segurado. No caso da aposentadoria por idade (facultativamente) e na aposentadoria por tempo de contribuio (obrigatoriamente), a referida mdia aritmtica ainda dever ser multiplicada pelo fator previdencirio.