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Dádivas do Céu Dádivas do Céu é quase que um diário espiritual de Jacob Lorber. Essas são mensagens que ele recebia do Pai, como respostas a questões particulares. Essa obra foi copiada por Anselmo Huttembrenner, um seguidor da doutrina. De fato, ele é o escriba da obra, pois Jacob Lorber detestava escrever e assim ditava tudo a Anselmo. Essa obra é o que chamam de “Palavras Secundárias”, pois eram ditadas, enquanto que as grandes palavras da Nova Revelação eram deitadas no coração de Lorber. Essas Dádivas do Céu foram recebidas entre os dias treze de abril de 1840 e dois de janeiro de 1851. Muitas dessas mensagens foram enviadas para pessoas que frequentavam as reuniões de evangelização de Lorber, mas como os temas são atuais, permanecem úteis para toda a humanidade. Resolvemos despersonalizá-las, para não entrar em conflito com ninguém. – A tradutora. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxx Palavras de agradecimento do servo (Jacob Lorber) 1 – Por favor, aceita Senhor nosso mísero agradecimento pelos grandes segredos que Tu tão carinhosamente estás a revelar para nós pecadores, que não o merecemos de forma alguma. Observa nossos corações enternecidos e gratos pela grande felicidade que nos dás de ouvir Tuas Palavras tão plenas de Vida. 2 – Muito obrigado e louvado sejas eternamente, tanto nos céus como em nossos corações. Amém. Jacob Lorber

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Ddivas do Cu

Ddivas do Cu quase que um dirio espiritual de Jacob Lorber. Essas so mensagens que ele recebia do Pai, como respostas a questes particulares. Essa obra foi copiada por Anselmo Huttembrenner, um seguidor da doutrina. De fato, ele o escriba da obra, pois Jacob Lorber detestava escrever e assim ditava tudo a Anselmo. Essa obra o que chamam de Palavras Secundrias, pois eram ditadas, enquanto que as grandes palavras da Nova Revelao eram deitadas no corao de Lorber. Essas Ddivas do Cu foram recebidas entre os dias treze de abril de 1840 e dois de janeiro de 1851. Muitas dessas mensagens foram enviadas para pessoas que frequentavam as reunies de evangelizao de Lorber, mas como os temas so atuais, permanecem teis para toda a humanidade. Resolvemos despersonaliz-las, para no entrar em conflito com ningum. A tradutora.

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Palavras de agradecimento do servo (Jacob Lorber)

1 Por favor, aceita Senhor nosso msero agradecimento pelos grandes segredos que Tu to carinhosamente ests a revelar para ns pecadores, que no o merecemos de forma alguma. Observa nossos coraes enternecidos e gratos pela grande felicidade que nos ds de ouvir Tuas Palavras to plenas de Vida.

2 Muito obrigado e louvado sejas eternamente, tanto nos cus como em nossos coraes. Amm.

Jacob Lorber

Saudaes do Alto Domingo de Pscoa

Recebido por Jacob Lorber, em 10 de abril de 1840

1 Que esta mensagem seja dedicada a todos vs, Meus filhos, para que sirva de prova que vosso trabalho Me agrada. E se vs continuardes a trabalhar em nome de Meu Amor, tal como fizestes desde o comeo da obra, sabereis que Minha Mo est a postos para abrir a comporta de ddivas que derramarei sobre vossas cabeas. E Minha Bno jamais se afastar de vs, de vossos filhos e dos filhos de vossos filhos. Mas no vos preocupeis pelos filhos e suas matrias, mas sim cuidai de seus espritos.

2 No bem mais difcil tratar do corpo do que do esprito? Pois ento entregai a tarefa difcil para Mim e permanecei com a tarefa mais leve, para que possais ficar livres em todas vossas outras atividades e que vossos filhinhos possam reconhecer o grande Amor do Santo do Cu, o nico doador de todas as ddivas boas. Ele , sempre foi, e o ser eternamente. Isto Eu vos dou como um bom conselho, para que possais confiar totalmente em Mim, pois Eu sou fiel a todas as Minhas profecias.

3 Tambm vos digo que todo aquele que auxiliar a disseminao da Luz que vem de Mim - para o reconhecimento de todo o bem que vem de Meu Amor e de toda a verdade que vem de Minha Sabedoria e para o enaltecimento de Meu Nome - Eu lhe darei o renascimento completo e absoluto. Com isto vos darei novos nomes, tambm vos farei Meus filhos queridos, abenoados pelo Meu Amor, igual ao que fiz com Meu amado Joo, o escritor oculto dessas Minhas Palavras.

4 Que isto seja uma feliz saudao, a primeira que recebereis em palavras neste dia importante. Isto fala o eterno, amoroso e santo Pai. Amm.

Chave para as mensagens

Recebido por Jacob Lorber, em 13 de abril de 1840

1 L onde parece que Eu nada tenho a dizer, l que Eu falo ao mximo. E onde Eu pareo estar falando muito, l Eu s digo aquilo que podeis suportar.

2 Que isto vos sirva de chave para Minhas Mensagens e Revelaes.

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O direito de governar no mundo

Recebido por Jacob Lorber, em 13 de abril de 1840

1 Aqui quero dizer umas palavrinhas a vs, Meus filhos, que possuis um cargo administrativo. Este um direito temporrio que os poderosos se outorgaram para oprimir os pequenos e fracos, os que no mundo esto sem poder nem fora, os que devem sustentar e alimentar aqueles poderosos. E tudo isto para nada serve alm da manuteno das leis que colocam todo tipo de peso em seus ombros fracos.

2 Alm de Meu Amor em vs (e da Sabedoria que dele se origina, formando-se destes dois a Ordem eterna da qual se originou tudo que hoje existe, do maior ao mais nfimo, em nmeros infinitos), no existe outro direito. Este Meu Amor no se apodera de nada para possuir algo, mas sim s para dar e dar cada vez mais. Este Amor nada destri, mas sim tudo conserva, para que nada, nem a mnima molcula seja aniquilada; este Amor luta para que todos consigam andar erguidos, sem o peso de sua carga; este Amor humilde, paciente e cheio de misericrdia para as exigncias de sua Sabedoria, este Amor, para o bem dos seus prximos, capaz de suportar insultos e inverdades numa serenidade sem igual. Pensai bem se ainda possvel descobrir algo alm deste Amor que se possa chamar de direito?

3 Vs ainda deveis considerar que a este Amor sempre se junta a verdadeira Sabedoria, que a nica que pode legislar, a que tudo organiza da melhor maneira e tudo ilumina e v. Sim, em todo lugar onde Meu Amor a base l tambm est o verdadeiro direito. Onde ele no estiver, tambm no haver o direito, mas sim a mais pura oposio. Uma lei, quando no baseada em Meu Amor, est baseada no amor-prprio e no passa de um direito obsessivo que se impe pela fora bruta. E mesmo se as pessoas ignorantes pensarem que Amor, de fato no o , o mais puro amor-prprio.

4 Este amor-prprio gera dificuldades para reconhecerdes vossas necessidades e canta vantagens ao conseguir manipular vossas condies de vida; ele permite que tenhais s o espao que vos concede, ou seja, o mnimo, como o de um pssaro na gaiola ou de um peixe no aqurio. Deste amor, quase que um assaltante e assassino de poder fictcio, que vos so dadas as leis, inmeras, sempre que o amor-prprio achar necessrio satisfazer sua fome infinita. Para que estas leis sejam obedecidas, os crceres, a plvora e a morte so usados. s vezes este amor-prprio outorga a seus escravos alguns benefcios imaginrios, ou que favorecem a alguns, e assim consegue que haja paz entre os miserveis, ou que fiquem na noite do desprezo, aguardando as migalhas que sobram da mesa dos poderosos.

5 Vede, nestas ocasies de misria, muitos se veem forados a abandonar o Meu Amor, seguir o amor-prprio e atuar na sua esfera inferior com maldade, como os poderosos o fazem na sua esfera superior. Estes mentem, roubam, assaltam, matam e, alm disto, tm o atrevimento de usar Minhas Leis na sua pocilga, deturp-las, e assim dar um aspecto de moralidade s prprias leis. Isto Eu abomino e amaldioo. Ai deles no futuro! Os cegos podem ser enganados com estas manobras, mas Eu vejo seus truques de cabo a rabo e tudo informo aos Meus filhos, estes que comearam a Me procurar.

6 Esta a razo por que vos aconselho procurar Meu Amor com todas as vossas forcas, pois s assim podereis atuar para o bem de vossos muitos irmos e irms.

7 Lembrai-vos que tudo aquilo que Minha Sabedoria vos ensinar vir do Meu Amor, e assim conseguireis realizar tudo sem que vos seja arrancado um s cabelo. Pois l onde a sabedoria governa, l ela tem todos os meios necessrios para realizar seus atos por Mim autorizados.

8 Isto Eu digo, o eterno Amor, somente a vs, Meus filhos, pelo Meu servo fraco que se dispe a escrever e que no temeu mais ningum depois que Me conheceu melhor. Amm.

O amor dos pais como deve ser

Recebido por Jacob Lorber, em 23 de abril de 1840

1 Esta mensagem especialmente dedicada a todas as mulheres, s mes que sentem uma grande vontade de saber mais a respeito do modo de educar os filhos. Segui, ento, Meu conselho, e devei segui-lo tanto para filhos como para filhas!

2 Eu Me sinto feliz com todo aquele que se alegra Comigo. E Eu tenho muita gua para dar aos que esto com sede. Minha Misericrdia tambm enorme e em nenhum lugar ela diminui.

3 Por isto vs, mes fsicas, destru vosso amor diferenciado entre os vossos, tal qual Eu fao com Minha Misericrdia, para que nenhum de vossos filhos se sinta negligenciado, no sinta inveja e no olhe seus irmos com maus olhos. Da a vossos filhos o mesmo quinho, pois s assim Eu poderei dar a mesma medida de misericrdia para cada um. Se no for assim, os mais amados recebero menos misericrdia e os menos amados recebero mais misericrdia de Mim.

4 Pois observai bem, Eu sou o Pai dos perseguidos, um consolador dos filhos aflitos, mas tambm um juiz muito sensato para os filhos por vs amados em demasia. Pois o exagero de vosso amor estraga vossos filhos e os incapacita a receber Minha Misericrdia e Bno. No futuro, deixai que cada um receba o que lhe til: dor, misria, bem-estar ou felicidade. Dominai vossos coraes, que Minha Misericrdia vos proteger e consolar.

5 Tende f, sou Eu que vos falo, Eu, vosso bondoso Pai. O que envergais de forma nebulosa, Eu vejo com total clareza e exatido; mas onde olhais com firmeza, Eu nem olho. Tudo o que o mundo julga, Eu protejo; mas tudo o que o mundo enaltece, isto ser diminudo na Minha presena. Vede a adltera condenada pelo mundo! Sua culpa Eu escrevi na areia, para que o vento a levasse. Assim deveis fazer vs todos, se desejardes vos tornar filhos Meus, estes filhos que Eu amo muito mais do que jamais pensastes ser possvel.

6 Tal como o Sol brilha e a chuva cai para todos na Terra, assim distribu vosso amor entre vossos filhos. Para os estranhos, que o vosso amor seja qual incndio ou tormenta de vero, para que nenhum amor prprio exista em vs ou em vossos filhos. Com isto vossa confiana ficar cada vez mais forte, e Eu vos poderei ajudar, l onde sentis o ponto mais fraco.

7 Que isto vos seja um pequeno consolo. Onde Eu quero entrar, l Eu varro em primeiro lugar. Isto fala vosso santo Pai. Amm.

Cruz, coroa e amor

Recebido por Jacob Lorber, em 24 de abril de 1840

1 Dize quela que tanto ama Minha Pele, que idolatra as chagas de Meu Corpo, que honra e clama aos cus a madeira da cruz e o ferro dos pregos que furaram as Minhas Mos, dize-lhe a mensagem que se segue, dada por Mim pelo bem de sua sade.

2 Nem ela nem ningum deve amar a cruz mais que a Mim mesmo, nem aos pregos mais do que a cabea coroada. Pois quem assim fizer dever sofrer muito pelo seu amor errado. A quem ama a cruz, como tambm os pregos, eu darei a coroa de espinhos. E aquele que amar a cruz, os pregos e a coroa como amor a Mim, este ser crucificado, tal qual Eu fui. Mas aquele que Me ama por causa da cruz, dos pregos e da coroa, este ama Minha Pele que est cheia de feridas e do sangue das chibatadas. Parece com aquelas crianas que s comeam a amar seus pais, quando estes, destrudos pelo sofrimento, batem chorando porta dos filhos.

3 Quem quiser Me amar corretamente que Me ame pelo Meu Amor e que obedea aos Meus mandamentos, que dei a todos sem cruz, sem pregos, sem coroa. Eu os dei com toda a pureza de Meu Ser, pois Eu sou puro. Dize a todos: Quem em verdade Me amar assim, sem cruz, pregos ou coroa, este tem toda a firmeza em seu sentimento. Mas quem Me amar cheio de dvidas, este precisa da cruz, dos pregos da coroa ou das chagas para Me amar; Eu lhe darei um destes ou todos, pois assim ele ver seu amor fortificado. Ele ver que sofrimento mais difcil que amor fortificado. Ele ver que sofrer mais difcil que amar, e Eu no Me alegro com os sofrimentos de Meus Filhos, mas sim s Me causam grande tristeza no corao.

4 V, Meu jugo suave e Minha carga leve! S filhos do mundo precisam usar de violncia com Meu reino, se desejarem apoderar-se dele. Meus filhos no devem ir luta, expondo-se serem violentados por Meus inimigos, para Me defender. Por eles Eu irei luta, pois o Amor est muitssimo acima de qualquer luta aceita sem Meu beneplcito.

5 Mas aquele que desejar lutar e tiver prazer na luta, este tem que estar preparado para os vrios ferimentos que poder sofrer, ou mesmo sua derrota.

6 Por isto, por aquele que Me amar, por este Eu lutarei e vencerei, e seu amor ser a mais linda coroa de louros que poder me oferecer. Mas aqueles que por vontade prpria desejarem lutar junto a Mim, estes Eu distribuirei aos seus postos. E tero que lutar com suas foras, com muito medo e esforo. A vitria muitas vezes lhes custar bem caro e ser amarga, e tambm tero que prestar muitas contas.

7 Mais uma explicao necessria: Se algum deseja comprar uma casa, este no deve se contentar com a vistoria de seu exterior, muitas vezes pura maquiagem. Deve ir ao vendedor e dizer: Deixa-me ver os pilares, as paredes, o cho e o telhado!. Se ele no considerar a casa como boa, que se afaste e no tente negociar com o vendedor esperto, mesmo que este lhe diga que a casa est em timas condies e aguentar bem muitos anos. No primeiro terremoto, seria destruda. Se morar numa casa velha, esteja sempre pronto a abandon-la. Ao sentir os primeiros tremores ou rachaduras, saia de imediato.

8 Isto vos diz o pastor cuidadoso das ovelhas mansas, habitantes da difcil seara do mundo dos servos. Amm. Eu, Jesus, Jeov. Amm.

Ave Maria

Recebido por Jacob Lorber, em 26 de abril de 1840

1 Vede, a nica obrigao de todos vs o amor, o Amor puro e divino que existe em vs por Mim e aquele por vossos irmos e irms.

2 De acordo com o grau de intensidade deste vosso amor, mais vos ser dado por Mim, Eu, que sou Amor em todo o Meu ser. Vs, se Me amardes com todas as vossas foras, sereis Meus amados filhos por todo o sempre, filhos do mesmo Amor que colocou o fruto em Maria, Minha Me fsica, quando estive na Terra como o filho do homem, Jesus. Este amor, porm, um verdadeiro irmo para todos vs, pronto a vos ajudar, forte o bastante para vos carregar, a vs todos, irmos e irms adultas, este amor vos guiar com todo cuidado. E aquele que desejar chegar ao Pai, este deve dirigir-se a Mim, somente a Mim, pois Eu sou o favorito do Pai, Eu sou o nico e verdadeiro irmo para vs e estou pleno de Amor e Sabedoria. Vs no precisais vos dirigir a ningum mais do que a Mim, se desejardes expressar um pedido ou um grito de socorro.

3 Vede, a saudao para Maria veio na ocasio da anunciao da mais elevada divindade de Deus em toda plenitude do poder e fora de Seu Esprito, para que este Amor no Pai vos seja um verdadeiro irmo. Eu vos pergunto: O que quereis com esta saudao ainda hoje? Maria no precisa e tambm no o deseja. E ela sabe melhor que ningum que Meus Ouvidos so mais agudos que os dela, que Meus Olhos so muito melhores que os seus e que Minha humilde Pacincia e Meu Amor anulam todos os predicados do mais santo esprito de todo o cu.

4 Em verdade, vossa tolice, vosso desconhecimento e vosso engano s lhe causam tristeza. Eu, no entanto, Me antecipo e dirijo a Mim todos os vossos pedidos e invenes que fazeis a ela ou a algum irmo bem-aventurado. Vede, por isto que Eu torno os ouvidos destes irmos surdos a vossas adoraes errneas e seus olhos cegos, para que sua bem-aventurana no seja perturbada por vossa enorme tolice.

5 Mas quem Me procura, tenho certeza que este irmo ter uma grande alegria com todos os bem-aventurados. Eles tambm tero grande prazer em servi-lo pelo Meu grande Amor que existe neles, e este amor que lhes informa como e quando deles algum necessita.

6 Vs podeis relembrar e comentar com muito carinho tudo o que aconteceu durante Minha vida na Terra, e com isto vos sujeitar a toda Misericrdia que Eu tenho por vs. Isto Me far feliz; mas se desejais transformar tudo isto em oraes decoradas e vomitadas, sem sentimento, ento vos tornastes tolos cegos e enganados por guias cegos e mal-intencionados.

7 Eu agora vos mostrei, na mais absoluta verdade, como o assunto deve ser. Deveis vos orientar com estes ensinamentos, se desejais vos tornar verdadeiros filhos do Pai e verdadeiros irmos do filho de Maria, que vos ama tanto quanto vs Me amais. Amm.

Trs perguntas

Recebido por Jacob Lorber, em 03 de maio de 1840

1. A igreja catlica no falha quando no d o clice para os leigos beberem, se em Mateus 26-2 consta: Bebei todos deste clice.?

2. A hstia pode ser adorada?

3. Devemos dar total crdito aos livros de E. Swedenborg?

1 Para estas trs perguntas que Me foram apresentadas darei trs respostas bem duras e severas, pois esto perguntando antes do momento certo de perguntar; com isto querem enriquecer seu conhecimento e no seu amor por Mim, que muito superior a todo ou qualquer conhecimento. Eles no pensam no que necessrio em primeiro lugar. A bno da sabedoria chega ao homem de acordo com o seu amor por Mim - o que o verdadeiro Po, ou o verdadeiro Clice, ou Meu Corpo e Meu Sangue. A bno da sabedoria chega antes que todos os profetas - desde Moiss at Joo e de Joo at Emanuel Swedenborg - e antes que todos os Meus amados sbios testemunhem.

2 Vs enxergais o sol na gota de orvalho e dizeis: Esta uma verdadeira fotografia do sol, s falta o calor!. Eu, porm, digo: mais fcil aquecer a gota de orvalho, do que colocar nela uma verdadeira reproduo do Sol. J que Eu fao isto (coloco o retrato do sol no orvalho), por que no podeis fazer o mais fcil? E ainda perguntais se algum deve adorar a hstia? J no vos ensinei de sobejo como deve ser feita a adorao e de que tipo o Meu relacionamento com a matria?

3 Respondendo primeira pergunta - O que estais a imaginar? Bem, vou dar-vos mais uma vez uma boa resposta, mas tratai de no esquec-la mais! Guardai-a bem em vossas cabeas duras! Vivificai vosso corao e dirigi vossa vista para Emas! Quando eu l parti o Po, os Meus discpulos me reconheceram mesmo sem a presena do clice, e se inflaram do mais puro Amor por Mim. Segui o seu exemplo! Desfrutai o Po no mais puro e verdadeiro Amor por Mim e no vos escandalizareis com a maneira que dizem que se deve fazer isto, pois no tem nenhum valor. Pensai sim somente no amor e na f que dele emana. E Eu em pessoa vos apresentarei o clice, pleno do Esprito Santo, que Meu Sangue.

4 O vinho no clice uma bebida que contm a prostituio e a impudiccia em esprito. Vs no deveis ter sede disto e deveis deixar que o bebam somente os servos que ento se tornaram uns vales de impureza. Com este vinho molham seu colo infrutfero, por sentirem um amor impuro. Com isto conseguem que uma flor nasa deste solo, tal qual o girassol nasce sobre os mais imundos sepulcros de impureza.

5 Somente o clice que Eu vos entrego o verdadeiro clice, pois nele est todo o Esprito Verdadeiro da Vida. Por este clice deveis estar cheios de sede.

6 Para a segunda pergunta - Em relao hstia da santa ceia, ela no passa de po feito de farinha. como o po de Emas: somente matria, no possui a vida, morto e s d a morte.

7 Somente quem o partir e abenoar, este sim tem vida e pode dar vida a todos aqueles que o comem no verdadeiro Amor e na verdadeira f que deste gesto simblico se origina. Pois onde existir o verdadeiro Amor em vs, l estar a Ddiva; onde esta est, o Doador tambm estar. A este, somente a este, devido todo o louvor e adorao.

8 Portanto, em primeiro lugar procurai o Amor em Mim pela obedincia voluntria dos mandamentos. Assim, a bno vos iluminar, e vs reconhecereis o grande doador das bnos e no amor por ele adorareis Sua Grande Divindade.

9 Pois ento, amai em primeiro lugar, e a ddiva ser justa, iluminada e viva no po. S ento a bno do grande doador estar no mesmo. E vs ento adorareis em esprito e verdade sua divindade.

10 Resposta para a terceira pergunta - Em relao a Emanuel Swedenborg, os questionadores deveriam tentar, sem Minha Sabedoria, escrever o que ele escreveu. Ser que conseguiriam?

11 Ele foi por Mim chamado e foi orientado pelos Meus anjos em toda sua sabedoria que emana de Mim, sempre de acordo com o grau de seu amor. E o que ele diz bom e verdadeiro.

12 Meus ensinamentos e Minha Palavra viva que chegam at vs so muito mais elevados que todos os profetas e toda a sabedoria de Meus anjos. Pois o Amor o mais alto, o primeiro, s ento vem a sabedoria.

13 Aquele que tiver o verdadeiro amor por Mim, a este tambm ser dada a mais plena sabedoria. Mas aquele que procura a sabedoria antes do amor, este no encontrar nada alm de engano, ser uma cpia e no saber jamais qual a verdade e a realidade.

14 Assim, amai em primeiro lugar e deixai de lado a curiosidade, e o sol nascer em vs. Amm. Amm. Amm.

15 Estas so as trs respostas severas que vm das alturas de Mim, Jeov. Amm.

Para Meus Amigos

Recebido por Jacob Lorber, em 09 de maio de 1840

1 Quando expressardes vossos sentimentos de amor entre os de vosso grupo, deixai espao para Mim, para Eu vos dar uma saudao carinhosa. Como podeis ver, Eu Me autoconvido, quando pressinto que haver uma boa refeio. Eu sabia que vs no vos zangareis, se Eu viesse ao vosso meio ficar um pouquinho entre amigos.

2 Vede, aos que Eu amo - pois eles comeam a Me procurar e a Me amar e reconheceram na voz de Meu servo a Minha Voz - para junto destes Eu venho com prazer, muitas vezes numa hora imprpria. Mas o que pode fazer o Pai, se Ele ama mais aos seus filhos do que vice-versa? Deveis por na conta de Meu grande Amor por vs, por Eu quase forar Minha presena entre vs com tanta frequncia! Meus Filhos, no sabeis o quanto Eu vos amo, a todos!!! Amai-Me tambm, o vosso bondoso Pai, e sempre olhai o Meu exemplo. Eu serei o vosso prmio!

3 Ouvi - vs que apreciais Minha presena entre vs - a estes Eu colherei para junto de Mim e de Meu Amor, e eles comero mesa de seu Pai. Vede, hoje ser a primeira vez que estaro mesa de seu Pai. Vede, hoje ser a primeira vez que estarei completamente vontade em vosso meio; vs no podereis Me ver com vossos olhos fsicos, mas vossos coraes sero por Mim tocados no momento em que Meu pobre servo disser estas palavras.

4 No deveis vos tolher em vossa alegria, sede felizes e alegres. Quando Eu estou convosco, vs tambm estais Comigo, vosso Pai. Vs estareis em casa e todo embarao acaba aqui.

5 J que estou convosco, recebei todos vs, Meus filhinhos e Meus filhos, um caloroso beijo de vosso Pai. E que este verdadeiro beijo seja uma verdadeira bno, se a receberdes com tanta boa vontade, quanto o tanto de prazer que sinto sempre que vos dou bnos. Isto to certo, como Eu sou o verdadeiro Pai para todos vs. Segue Minha saudao:

6 Paz entre todos vs. Que Meu Amor seja o nico tesouro! Que Minha bno ilumine as trevas do mundo que vos rodeia e que vos mostre o suave caminho para a vida eterna. Amm.

Esprito Religioso Esprito do Amor

Recebido por Jacob Lorber, em 14 de maio de 1840

1 Esta mensagem para aquele que Me teme (mais por causa da igreja do que por Mim mesmo), mas que assim mesmo gostaria de receber uma palavra de consolo, pois acha que Eu tenho algo contra ele, devido fraqueza de sua f, j que Eu no o tratei imediatamente igual queles que h anos Me procuram em seus coraes. Por outro lado, a igreja material ainda o satisfaz, quando acha que o vento na gruta era o Meu Esprito, e o trovo era a voz da Vida no Filho. Bem, a esta pessoa dize:

2 Eu olhei em seu corao e nele achei uma semente boa. Ele deve regar a mesma com afinco, com a gua da vida que vem de Mim, esta gua ele encontrar em grandes quantidades no Velho e no Novo Testamento. Ento muitos espritos celestiais chegaro e alegremente se instalaro em seus galhos e ramagens desta nova rvore que veio de Mim e est nele. Ento tambm Eu virei, despertarei seu esprito completamente e habitarei em seu corao por toda eternidade.

3 Ele no deve ser medroso, se realmente Me ama. E no deve achar que a igreja construda por pedras seja algo vivo, pois ela foi construda por mos humana tal qual qualquer casa comum. Tambm no deve achar que as variadas missas existentes lhe traro a salvao, tampouco a confisso. Esta ento vos totalmente intil, se vs no vos modificardes totalmente em vossos coraes. Todos os sacramentos so de fato um verdadeiro veneno para a alma, se no os tornardes vivos pelo grande e verdadeiro Amor por Mim em vossos coraes iluminados.

4 Ele deve saber que para os vivos tudo est vivo, e para os mortos tudo est morto. Quem possui o Meu Amor (o puro e divino amor por Mim e pelo prximo) este Me possui, a Mim, a vida de tudo que vivo dentro de si. Mas quem no tem Meu Amor, este igual matria, que morta e que emana da morte da clera de Deus; ele mesmo est morto, e a vida passa muda por ele, pois totalmente mudo para a vida.

5 Por isto, procurai todos o Meu grande Amor em todos os lugares. Onde o encontrardes, podeis estar certos, tambm tereis encontrado a vida. No vos deixeis prender por nada, a no ser pelo Meu Amor; assim vivereis, por mais temores que tenhais.

6 No procureis a luz, pois ela morta. Antes sim procureis o amor, e tudo ser luz para vs, tudo ser plenamente vivo, pois Eu sou o Amor e a Vida por toda eternidade. Amm. Eu, Jesus, Jeov. Amm.

Obs.: Jesus a forma latina para Jeschua ou Jehoschua = Jeov = Fora de Deus.

Preocupaes desnecessrias

Recebido por Jacob Lorber, em 24 de maio de 1840

Pergunta: Podemos te pedir, Pai que ests no Cu, para que acabe o recrutamento, no qual o marido tirado da mulher, o pai das crianas, o filho de seus pais, o cidado de suas tarefas, o agricultor de suas terras, onde frequentemente deve-se tomar atitudes foradas, nas quais pouco do cristianismo existe. Por quanto tempo este mal ainda durar de acordo com Tua Vontade? Seria de Teu agrado que este mal se acabe logo, pois muito nos di ver nossos irmos nesta situao? Mas no a nossa, e sim a Tua Vontade que deve ser obedecida por toda a eternidade.

1 Como vosso santo Pai, Eu sempre fico feliz quando procurais Meus conselhos para resolver vossos problemas. Mas no devereis fazer perguntas tolas, as quais no desejo responder, porque seria irracional e vos levaria a enganos.

2 Estas perguntas tolas so referentes a datas, ano, dia, hora. Pois vede: Eu jamais imponho um tempo para alguma coisa, mas sim ajo de acordo com as circunstncias da ocasio e conforme os homens esto se comportando, assim como um pai com seus filhos. Assim age Deus com as pessoas do mundo. Eu no seria um atormentador, se dissesse: Ano que vem vou fazer Meu julgamento convosco!... E de fato o fizesse, mesmo que vs vos tivsseis convertido totalmente? Bem, julgai por vs mesmos. E se Eu no o fizesse, Eu no seria um reles mentiroso? E como que isto combinaria com Meu Amor e Minha Divindade?

3 Este o motivo por que Eu permito que todos os profetas de datas e calculadores de data se exponham, para, no fim, desacredit-los. Eu no determinarei a hora, mas sim as pessoas o faro pelo seu comportamento, mas o faro sem saber. E eu ento chegarei como um ladro, no momento em que elas nem pensam mais no assunto.

4 Uma segunda pergunta tola : Com que tipo de sacrifcio Eu serei levado a fazer isto ou aquilo? Esta pergunta Me causa muita dor, especialmente se vem de Meus filhos, pois Me mostra que eles ainda Me vm como um tipo de dolo, no como seu santo Pai, que de vs nada quer, a no ser o vosso sincero amor filial. Vosso amor filial a nica oferenda que d alegria ao vosso Pai e grande prazer ao vosso Deus.

5 A respeito do recrutamento, ele no o pior mal do mundo, mas somente consequncia do amor mundano. Ele deve ser visto como mais uma consequncia do que um mal por si mesmo. O mesmo acontece com o ser soldado (militar). Isto vai existir enquanto houver mundo, por causa do amor prprio das pessoas. Por isto no deveis vos preocupar tanto com o tal do recrutamento. Pois podeis ter a mais absoluta certeza que Meus Filhos jamais portaro armas, pois Eu sou sua arma contra todo o mal. Mas se excepcionalmente tiverem que atuar na guerra, coisa que raramente acontecer, estejai certos que Eu estarei com eles, qual arma inderrotvel.

6 Vede, pouca importncia tem o que fostes na Terra: agricultores, cidados urbanos, soldados, prncipes, reis ou imperadores; o que importa pelo que fostes: por amor prprio, por amor ao prximo, ou por Meu amor, que se derrama sobre o prximo. De acordo com isto, ser vossa vida na eternidade.

7 Que no servio militar existe pouqussima religio, isto j sabeis de sobejo, e Eu tambm. Que l h muito mais vida dissoluta do que na vida civil no novidade. Mas por causa disto o castigo mais severo que o do civil. E assim, muita coisa que na vida civil corre solta evitada.

8 A propsito, para Mim a religio como acontece entre vs nula. Pois l onde nada existe, ainda possvel construir algo que possa ser bom. Mas onde h coisas ruins, l pouco lugar existe para o bem. Tudo o que pertence ao mundo est repleto de coisas infernais e por isto recheado de maldades, cujo prmio no deixar de ser dado mais cedo ou mais tarde, tanto no civil como no militar.

9 Porm, Meus filhos, no deveis vos preocupar com nada. Pois Eu tenho muito a dar aos oprimidos e miserveis, se eles vierem a Mim. E aqueles que perderam algo no mundo por Minha causa, estes o reencontraro multiplicado por milhes de vezes no seio bondoso e santo do Pai. Amm.

Como devemos ler os profetas e entend-los totalmente?

Recebido por Jacob Lorber, em 26 de maio de 1840

1 Este tipo de pergunta sempre podeis fazer, se as levardes a srio. Elas so de Meu agrado, se desejardes ver o caminho do bem iluminado. Eu tambm no vou responder-vos com respostas totalmente exatas, mas elas lanaro um raio que atravessar todos os cus celestiais. Este raio se origina em Mim e ilumina vossos coraes e vossa razo. Estes descobriro coisas importantes e maravilhosas da nova vida que emana de Mim e est em vs, consequncia de Meu amor em vs, tal qual tudo nos planetas uma consequncia do Sol, pela Minha Misericrdia.

2 Se vs lerdes em uma s gotinha de gua do mar da Minha Misericrdia infinita em Meus profetas, precisareis de uma enorme lente de aumento (na realidade, vossa humildade). Ento tereis de colocar a gota na bandeja de vossa conscincia e abaixo acender uma lmpada preenchida com o leo da f, para que a chama luminosa fique bem viva. No momento em que a chama fizer sair bolhas de gua da gotcula, ento tomai da lente de aumento e observai a gota fervente que est sobre a bandeja de vossa conscincia e que foi inflamada pela chama do amor. No podeis imaginar quantas maravilhas podereis ver na gota e em seu contorno.

3 Ento estareis cheios da mais pura alegria e vontade de entender mais. Mas ainda no conseguireis entender a maravilha da bno. S quando vos voltardes, cheios de Amor e Humildade, vossos coraes para Mim, Me implorardes e desejardes com todas vossas foras a bno de Minha Luz, s ento deixarei um raio, qual flecha, atingir-vos, o que no machucar nem um pouquinho vosso exterior, mas em compensao despertar vosso esprito do sono da morte. O esprito, porm, entender, pela Minha Luz viva, as inmeras maravilhas da gota.

4 E ento tereis para observar eternamente, com o vosso esprito vivo, as maravilhas sobre maravilhas de todas as maravilhas, isto na vossa maior liberdade viva, pelo amor de vosso santo Pai, em e sobre todos os cus. Amm.

Eu, Jesus, o eterno amor e a eterna Vida. Amm.

Sobre o juramento e a promessa

Recebido por Jacob Lorber, em 28 de maio de 1840

1 Um dentre vs est querendo saber o que h de verdadeiro com manter, exigir e fazer uma promessa ou mesmo um juramento. Pergunta muito boa.

2 Vede, no momento em que Eu estou no corao de algum, ento ele ter a verdade em si. Ele pensa, atua e fala de acordo com a mesma. Esta atividade tripla verdadeira e real e s precisa de Mim. Tudo alm pecado, pois tanto aquele que exige um juramento ou promessa quanto o que os d esto colocando em dvida a Minha Divindade intocvel, fonte original de toda a Verdade e Sabedoria que est em Mim eternamente.

3 Mas se algum no Me possuir fielmente em seu corao, toda sua atividade falsa e enganosa na ao, no pensar e falar. Como que desejais obter de um falso e mentiroso um smbolo de verdade e estampar na mentira o selo de Minha Divindade, para que um juzo mundano, um julgo falso e enganoso, mantenha como plenamente correta a afirmativa egosta de qualquer um?

4 Agora vos darei um conselho que se origina em Meu Amor, para que poupeis a Minha Divindade. Vede, se uma promessa significa uma verdade segura, no bastaria que fosse um sim ou um no? Se vs castigais uma promessa falsa, no podeis fazer o mesmo com um sim ou com um no simples?

5 Eu vos aconselho que exponhais o nome da pessoa que fez um falso juramento ao pblico, declarando-a infame e sem honra, at que reconhea sua culpa e humildemente confesse sua mentira em pblico, o que de fato seria a primeira verdade a sair de sua boca.

6 Vs podeis apoderar-vos da tera parte, da metade ou at de todos os seus bens, (de acordo com a gravidade de sua culpa), para uma justa reparao dos males que seu ato egosta e mentiroso tenha causado, pois ele no dever possuir um pedao de po nem um teto, isto por ter desprezado a verdade.

7 E vs podeis ter certeza que o mais infame meliante no se atrever a vos mentir, ou ficar mudo como os espritos do inferno, aqueles que no conseguem nem podem pronunciar o Meu Nome.

8 Aquele que for justo em seu corao, a este confiai apenas com base em sua palavra, sem promessas ou juramentos, pois podeis ter certeza que ele diz a verdade e assina suas palavras com seu prprio sangue.

9 Mas aquele que tem um corao traioeiro e egosta, deste Deus est bem distante, mas o inferno lhe bem prximo. A este podeis exigir juramento sobre juramento, mas qual a sua utilidade?

10 Ento que vossas falas sejam sim ou no! O que for alm um pecado ante o esprito da Minha Divindade intocvel!

11 Esta Minha Lei, sem nenhuma alterao posterior! Pois Meus Mandamentos so nicos e no sofrem nenhuma modificao como vossas leis pagas. Amm.

Eu, Jeov, a mais elevada Sabedoria e Justia em toda a eternidade. Amm.

Justia terrena e justia divina

Recebido por Jacob Lorber, em 28 de maio de 1840

1 No que vem a seguir, vos darei uma gotcula de Sabedoria. Que vos seja de bom proveito, a vs, criaturas filiais pelo Meu Amor eterno. Pois na posio de Deus, Eu no tenho filhos, a no ser a eterna e nica Palavra em Mim, a qual o Filho nico, do qual muito Me comprazo. Mas no Filho Eu estou como vosso Pai e tenho prazer convosco, logo que tiverdes adotado este Meu filho em vossas vidas e, com Ele, Minha Divindade.

2 Mas esta gotcula de Sabedoria cai na areia quente da Terra, para que possais enriquecer vossa sabedoria. Se sois capazes de agir de acordo com isto, a parte mais importante, pois somente a ao, jamais a pura sabedoria, condiciona a vida eterna.

3 Vede, toda a vossa injustia est baseada em tudo que mau, na falsidade do amor-prprio que dividiu a palavra Meu e nunca Teu, do qual se originam vossos enganos horrorosos e a maioria de vossa violncia. O amor-prprio causou a criao das mais terrveis leis, as quais deveriam, pela violncia e fora, assegurar a cada um sua propriedade suposta. Eu criei a Terra tal qual o ar, a luz, a gua, a chuva e os raios do Sol para todos, sem distino, para que os usassem comunitariamente, e ningum repito ningum obteve de Mim o menor ttulo de propriedade.

4 Agora, porm, a Terra est toda delimitada, feito o inferno, pois cada um tem o seu lugar definido. Por isto s podem existir leis que originam esta situao, e so leis infernais, com castigos diablicos. Eu vos digo: Todas as leis so originrias do inferno, como o so as fronteiras que dividem a Terra e os decorrentes castigos.

5 Vede, difcil aconselhar dos cus, onde um tem para o outro e todos tm para um, no mais puro amor. O que vos ensina o Evangelho que deve se acrescentar a cala quando algum lhe pede o casaco, para evitar toda ou qualquer briga. Se todos fizessem o mesmo, como no cu, nenhuma lei infernal seria necessria, pois ningum possuiria nada e ficaria livre de assaltos e roubos.

6 Em poucas palavras, vos mostrei como tudo de fato. Por esta razo no deveis chamar vosso Pai Celestial para ajuizar vossos assuntos infernais, pois assim O ofendeis na sua Pacincia e grande Indulgncia, apresentando-lhe tanto horror e injria. Especialmente porque Eu j Me encontro nas portas da Terra, armado e disposto a dar o Meu ltimo julgamento, para que todo este agir infernal acabe de vez e seja jogado l no local em que seu criador j habita faz muito tempo.

7 Considerai bem estas Minhas Palavras e atuai com todo vosso amor. Assim, ser demonstrado no futuro quanto ouro poderemos encontrar no lixo do inferno. Amm.

Pacincia para o amadurecimento

Recebido por Jacob Lorber, em 30 de maio de 1840

Mensagem para Jac Lorber sobre um pintor de quadro.

1 No pode ser como tu desejas, pois o momento em que Eu dirijo Minhas palavras a algum, sou Eu quem determina e escolhe este algum e s Eu sei quando o farei.

2 A ocasio para aquele por quem Me pedes ainda no amadureceu. Para isto ainda passar um bom tempo, e ele dever beber bastante gua do rico poo de Jacob Lorber. Depois, ficar bem pequenino e olhar com olhos bem abertos, ouvir com ateno e ficar bem quieto (em silncio). No contar somente os sis no firmamento, mas tambm a erva que cresce no solo, no escalar as montanhas da Lua, mas sim permanecer nos vales da Terra.

3 V, com as crianas Eu falo como uma criana e com homens, como um homem; com os senhores, como um senhor; com regentes, como Deus; com todos os superiores, como o superior de todos; com os poderosos, como o poderoso; com os grandes, como o Todo poderoso; com os pecadores, como pastor e juiz. Eu falo com cada um dos mencionados sua maneira, ou como o Deus inalcanvel. Mas com aqueles que me amam com toda sua humildade Eu falo como o Pai, Me dirijo a sua inferioridade como um irmo que vem da altura de todas as alturas, como o Mais Alto em Toda Minha Plenitude.

4 Por isto s resta um curto espao de tempo, para que o ferro se transforme em ouro pelo banho da gua viva.

5 Eu, o justo, nico e verdadeiro Emanuel. Amm.

O mandamento principal

Recebido por Jacob Lorber, em 02 de junho de 1840

A respeito da pergunta sobre Marcos 12.29.30: Ouve Israel. O primeiro de todos os mandamentos o seguinte: O Senhor, nosso Deus, o nico Senhor. Amars ao Senhor teu Deus de todo o teu corao, de toda tua alma, de todos os teus sentidos, de todas as tuas foras. Este o mandamento principal.

1 Meus queridos filhos, coisas to pequenas vs no entendeis, coisas que so vosso po de cada dia, que so e sempre devero ser. Dizei-Me como que pensais entender coisas muito maiores, como por exemplo, um evangelho das ervas, das plantas, das rvores, como tambm das pedras, da terra, da gua, do ar, do fogo, de todos astros e tambm de todos os animais, tudo isto que Meu testemunho? E muito menos conseguireis entender todo o espiritual e o celestial to inconcebveis! Como desejais sentar-vos grande mesa de Abrao, se todos vossos dentes (a sabedoria da f na Palavra) ficaram ocos por causa das loucuras mundanas a que vos entregastes e assim vos tornastes incapazes de mastigar o vosso po de cada dia, pelo qual pedis em vossas oraes dirias (infelizmente a maioria pede pelo po dos vermes)?

2 Vs amais mais a Sabedoria do que o Amor e por isto tendes muito pouco amor. Consequentemente, tendes menos compreenso verdadeira, que o complemento justo do amor.

3 Amai-Me, a Mim, mas como as criancinhas amam seus Pais antes mesmo de conseguirem falar, como uma noiva sincera ama seu noivo antes de conhec-lo mais intimamente. Ento fechos de luz fluiro de vossas entranhas.

4 Por isto em primeiro lugar deveis vos modificar e amar em primeiro lugar! S ento vossa f se tornar viva. Se no for assim, vossas cabeas ficaro entulhadas de coisas, como se fosse o estmago de um boi, mas vossos coraes ficaro vazios feito empada de vento. Deveis aplicar todo vosso conhecimento de amor a vossos filhos e logo a seguir tornar-vos iguais a eles.

5 Esta a compreenso de: o po nosso de cada dia.

6 De todo teu corao - Aqui corao significa o esprito da vida, o que, como fiel exemplo de Meu Amor e no perodo probatrio em vs, de fato o Amor puro. De toda a alma - Como alma aqui devemos entender um corpo etreo do esprito, o qual deve ser preenchido plenamente com o Amor original que nela se encontra como sementinha por nascer, para que se torne viva em todos seus pedaos. De todos teus sentidos - Aqui com a palavra sentidos devemos entender todos vossos conhecimentos, sendo que devem ser todos aprisionados em Meu Amor que existe em vs, para que a alma, que o corpo do esprito, obtenha firmeza, obtenha pele e cabelos, ps para ficar de p e para caminhar, mos para poder apanhar e manipular as coisas, olhos para ver, boca - com todos seus elementos teis - para saborear os alimentos mais requintados e melhores e para falar as palavras de Vida que vm de Mim. Deveis possuir todas as foras e tambm deveis ser plenos de Amor.

7 Vede, esta a compreenso curta e simples do pequeno texto que foi dito por Meu Marcos e todos os que falam a mesma mensagem. Mas prestai ateno: Eu no vos disse isso para vossa razo, mas sim para vosso corao, para que vs finalmente Me ameis, nem que seja pela Minha boa vontade, mesmo que o resto de tudo que vem de Mim no baste para acordar em vs o Amor que desejo receber.

8 Por isto, observai essas Minhas Palavras bem no fundo de vossos coraes ainda vazios, para que eles se satisfaam diariamente com o po de todos os dias que ofertado pelo cu. Isto desejo Eu, vosso santo e amoroso Deus, Pai no filho Jesus, Jeov.

Amm. Amm. Amm.

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Amor e sabedoria

Trecho retirado da Criao de Deus, que Jac Lorber estava recebendo naquela poca.

Aquele que possuir o Amor, o verdadeiro Amor a Deus - Pai de todos os homens e criador de todas as coisas e, a partir deste amor, ama tambm seus irmos na medida justa e pura, este possui tudo, possui a Vida eterna e a Sabedoria. Tal sabedoria no aquela das trevas do mundo, que no serve para nada, nada alm de levar o homem vivo lentamente para a morte (Criao de Deus - Vol 1 cap. 174).

Seguem-se duas mensagens que foram traduzidas no livreto Salmos.

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O mximo

Trecho retirado da Criao de Deus, sendo recebido por Jac Lorber naquela ocasio.

O mximo que algum pode fazer o cuidado dos pobres, a ajuda velhice e o acolhimento dos pequeninos. Se isto for feito por amor, ainda que a pessoa tenha de pecados com nmero idntico s ervas da terra, areia do mar, estes lhe sero relegados. No momento em que algum abrir seu corao para o prximo, Eu estarei ao seu lado e tudo que Meu ser dele. (Vol.2, cap.93)

Os sete espritos maus

Recebido por Jacob Lorber, em 06 de junho de 1840

Lucas 11-24-26 - Quando um esprito imundo sai do homem, anda por lugares vrios, buscando repouso; no o achando diz: Voltarei a minha casa, donde sa. Chegando, acha-a varrida e adornada. Vai ento e toma sete espritos piores do que ele, que entram e se estabelecem ali. E a ltima condio deste homem vem a ser pior do que a primeira. (ou, em outra verso: ... E o fim em um homem como este ser pior do que o comeo A tradutora).

1 Dizei a todos os teus amigos adultos o seguinte: Quem procura acha; quem bate porta, esta lhe ser aberta; quem pede, a este ser plenamente dado o que pede.

2 Algum tem uma mulher, e esta ama seu marido em silncio, para que o mundo no tome conhecimento deste fato (pois ela acha que o mundo pensaria coisas ruins dela, logo que percebesse que ela ama o marido de todo o seu corao). Assim, exteriormente ela se comporta fria, mas no fundo est cheia de desejos e ansiedades. Quando o marido, aps ter usado de toda sua capacidade de convencimento e tentar fazer de sua esposa uma mulher carinhosa e ardente, vir que ela continua a agir muito tmida - seja por ser mulher, seja por suas besteiras - o que ele far?

3 Eu vos digo: por amor a ela, ele a deixar ficar na sua bobagem afetada, no a tocar mais at o seu fim, nem com um dedo; porm colocar sua semente em solo estranho, estando este cheio de ervas daninhas e cardos. Ele ento pensar: Est certo que no conseguirei uma boa colheita neste solo impuro, mas ao menos meu nome estar numa semente, para colheitas boas no futuro.

4 Eu vos digo: Este marido aplicou o castigo certo mulher, pois o fez por amor. Alm disso, Eu vos digo:

Este marido sou Eu, e a mulher tola sois vs!

5 Muitas vezes j desejei abraar-vos, tocar-vos e apertar-vos contra Meu Peito, mas vs vos afastais de Mim por motivos mundanos, ou por timidez tola e desnecessria frente do mundo. Vs prendeis em vosso interior o amor que Me deve ser dado e achais que no tempo certo Eu chegarei a vs, vos darei um sopro, e assim vs podereis amar-Me plena e infinitamente; ou tambm achais que Eu Me darei conta deste vosso amor escondido, talvez com ajuda de um microscpio... Mas a estais bem enganados, pois farei o mesmo que o marido e vos abandonarei em vosso pudor tolo.

6 Por isso sede abertos em confessar vosso Amor por Mim, como Eu fao convosco. Falai Comigo abertamente, com toda a liberdade que vosso amor permite. E Meu Livro Antigo no ter uma s letra que no vos seja iluminada por sete fachos de luminosidade de Amor. E em vossas esferas podereis ler os grandes segredos do mundo espiritual, escritos em letras bem grandes.

7 E agora ouvi e entendei os trs versculos de Lucas.

8 Se uma pessoa viver de acordo com os preceitos da lei mundana e mantiver os mesmos por sua prpria vontade e pelos sentimentos corretos que neles existem, ela vence diariamente as tentaes que esto subordinadas sua razo, e ento o sedutor (tanto quanto o tentador) se d conta que naquela casa nada conseguir. Ento ele, zangado, a abandona e comea a procurar um pouso em todas as localidades da Terra. E quando v que naqueles lugares nenhuma semente conseguir se arraigar, ento ele diz: Onde no h humildade, j existem desertos e no h pousada para mim. Que fazer? Vou voltar a minha propriedade original e ver como tudo est l.

9 Ele retorna depressa e encontra sua casa toda limpa e enfeitada com coroas de vitria e de virtude. Ele tem prazer no que v, mas se sente fraco demais para tomar posse do local novamente, pois um esprito da carne.

10 Ele ento retorna ao inferno e l apanha sete espritos, cada um mais malvado que o outro: um orgulhoso, um desprezador, um adulador, um galanteador, um usurrio, um mentiroso, um mestre de artimanhas, classe na qual ele mesmo se encontra. Esta quadrilha malvada facilmente consegue entrada na casa e se apodera da mesma.

11 E por pior que a situao original tivesse sido, sob a lei da carne esta situao ser muitas vezes pior, pois o homem se entrega aos grilhes da maldade. E onde toda a sua justia acontece no por amor a Mim, mas sim pura e exclusivamente pelo seu amor-prprio, com isto acabou toda a unidade de vida. Por isto ele no consegue mais dar nenhuma fruta e assim fica seco, parecendo morto.

12 Vede, s Eu sou a vida em vs, e esta acontece s pelo amor por Mim que existe em vs e pela obedincia voluntria dos mandamentos, tanto na ao como no discurso e pensamento de amor a Mim.

13 E mesmo se trabalhardes to ativamente como as abelhas (ou as formigas), se no o fizerdes por amor a Mim - o nico a vos dar foras e vida para poderdes enfrentar as tentaes do inferno - mesmo assim jamais encontrareis a paz, nem aqui nem no Alm. Vai vos acontecer o mesmo que aos animaizinhos supramencionados, dos quais so retirados tanto o mel como seus derivados, apesar de seus ferres; isto porque s so criaturas orientadas pelo instinto, como um homem que permitiu que sua vontade fosse aprisionada pela mente e se esqueceu do Amor, que a liberdade e a verdadeira vida.

14 Vede, isto o que se compreende destes trs versculos. Por isto, cuidado com a mente, a razo, se esta no se originar em Meu Amor, mas sim de outras fontes. Cuidai que ela (a mente) sempre seja subordinada ao Amor, tal qual a divindade Minha subordinada; a no ser assim, sereis qual aquela casa limpa e enfeitada da qual falam os trs versculos. Amm.

O Pai nos conclios, nas igrejas e junto s crianas

Recebido por Jacob Lorber, em 29 de junho de 1840

1 Toda a vez que dois, trs ou mais estiverem reunidos em Meu Nome, l Eu estarei, mas jamais estarei nos conclios. Pois nos conclios se reuniam com intenes idnticas s dos seus conselhos. E dizendo atuar sob Minha inspirao, discutiam sobre as hierarquias, sua prpria divindade e infalibilidade, e calculavam o grande prejuzo econmico que o Templo estava sofrendo, mas nem uma vez pensavam em Mim. Eu Me sentia com a mesma ateno que uma ameba recebe em relao a todo o Universo. Meu nome era dito como se Eu fosse um personagem histrico. Alguns trechos de Minha Palavra eram acompanhados de uma f pag cega e um a um amor morto, uma adorao sistemtica de dolos e um culto cerimonial originado neles; era isto unicamente o que Me permitiram ser nestes conclios, reunies, etc.

2 Eu Me sinto como aquele governante que usado pelos seus funcionrios como uma cobertura para todas as suas malvadezas e engodos, colocado e mantido no trono para dar um cunho de legalidade a todos os decretos e leis deles.

3 Vede, o mesmo acontece na maioria de Minhas igrejas. Em todos os lugares tentam Me ocultar aos olhos de Meus filhos; entopem seus ouvidos com sons vazios, para que no consigam ouvir Minha verdadeira voz paternal; Cristos de madeira so colocados na frente de seus olhos, para que no vejam o Cristo Vivo, e com os sinos tornam seus ouvidos surdos, para que no ouam Minha voz e no deixem que Minha Palavra Viva se manifeste em seus coraes.

4 Vede, por isto que Eu aqui Me encontro, para aconselhar-vos contra as palavras dos fariseus egostas, para que sempre consigais olhar a face de vosso Santo Pai e ouvir Sua Voz viva que diz: Tornai-vos pequeninos feito as criancinhas, para que Meu Reino seja o vosso. Nisto se encontra a verdadeira Sabedoria, enquanto que no Amor, a mais verdadeira felicidade.

5 Para ti, Meu querido falador quero dar um pouco de consolo, tanto quanto para tua mulher. Eu j inscrevi vossos filhinhos em Meu livro. Dize-lhes que Eu os adotei como Meus filhos e que Eu desejo ser seu Pai carinhoso.

6 Ento vou presente-los com um desejo Meu: Que aprisionem suas vontades a tudo o que Eu j revelei ao Meu servo e a tudo que ainda revelarei; que alegremente obedeam a seus pais j iniciados em Minha Doutrina. Ento comearo a perceber o que significa ter a Mim como Pai, este que tem tantos tesouros para dar aos filhos que O amam.

7 Vs, Meus queridos, ainda de to poucos amigos, sede alegres em vossos coraes! Pois Eu estou convosco, Me alegro em vossa companhia e fico feliz com vosso amor. Esta alegria vos ser uma estrela brilhante, quando abandonardes esse mundo. Ela vos acompanhar fielmente na longa viagem no Meu enorme Cu e vos levar l, como j o faz aqui, para a Minha Cidade. Amm.

8 Bem, agora sede alegres. E aquele que desejar falar Comigo, que fale. Eu soltarei a lngua e abrirei a boca deste Meu servo! Mas que fique bem longe de vs toda curiosidade que se manifeste. Amm. Eu, vosso amado Pai, em Jesus, Meu Filho. Amm.

Conselho sobre o casamento

Recebido por Jacob Lorber, em 06 de julho de 1840

1 Essa mensagem para o irmo que prefeito daquela cidade dissoluta, onde a prostituio espiritual e fsica impera, pois Eu aceitei com alegria o seu pedido e vou dar-lhe um ensinamento que se origina em Meu amor.

2 Mas ele deve acreditar que Eu posso ajudar, e sua f deve estar viva na fora de sua vontade e do mais elevado amor. Tambm no deve temer sua mulher pelo dinheiro que ela possui e no deve dar-lhe sempre razo, mesmo a constrangendo, tal como no o faria se tivesse uma mulher pobre. Ele deve se lembrar do jovem rico do Evangelho e l ver como difcil a entrada de um rico em Meu Reino. Porm, o que para os homens parece ser impossvel, para Mim um nada. Vede o curso da Terra em volta do Sol, como Eu o dividi em dias e noites, para resolver o crculo completo do ano. Eu vos afirmo: At agora nenhum matemtico conseguiu calcular a quadratura da elipse que usada por Mim como base do curso de todos os planetas e sis.

3 Os homens no vm floresta por causa das tantas rvores. Por isto tambm no veem a floresta numa semente. Meu filho no enxerga bem o grande mal. Eu o aconselho a pegar o boi pelos cornos sem medo nem d! Pois aquele que atua em Meu Nome e no Meu Amor verdadeiro, este nada deve temer. E aquele que Me adora nos coraes de seus irmos, de suas irms e mais ainda de sua mulher e filhos, em verdade vos digo: a este nada de mal acontecer.

4 Este, porm, o conselho: Tudo aquilo que Eu te chamar a ateno deves apresentar a tua mulher, chamar o testemunho da Palavra e mostrar-lhe que tu s a cabea e ela o corpo, que ela deve te obedecer segundo Minha Vontade, como Sara obedeceu a Abrao e Maria a seu querido Jos. Esta a razo pela qual Eu sempre dei Minhas ordens a Jos e jamais a Maria, que Me carregou nove meses em seu ventre: para que Minha Ordem, da qual todas as coisas se originam, no fosse afetada nem um pouquinho.

5 Depois disto feito, mostra a tua mulher que a verdadeira felicidade num casamento se encontra num relacionamento igual ao de Deus com os homens, entre o Esprito e a alma, entre a verdadeira igreja viva e um estado do mundo, e outros similares.

6 Alm disto, dize-lhe que quelas mulheres que se acham superiores aos seus homens acontece o mesmo que aos atestas, ou queles que negam Deus: as noites se tornam verdadeiras torturas, ainda mais se junto a isto ainda perderem suas fortunas materiais. Isto frequentemente acontece por Minha Vontade, para que, se no tiverem cado demais, ainda exista uma possibilidade de salvao.

7 O homem aprende a Me conhecer pelo seu amor por Mim. A mulher, porm, no amor de seu homem. Como ela pode dizer Eu amo meu marido, se os desejos dele no lhe so santos? Por isto num casamento importante que o homem se conhea totalmente em primeiro lugar, para que ele veja bem em que situao se encontra a mulher a ser desposada e para conseguir lev-la pelo caminho certo.

8 Mas se o homem, em sua absoluta cegueira, um verdadeiro fracote em sua vontade e cede mulher em assuntos errados, ento ele encontrou um verdadeiro cncer, e em pouco tempo nada de sadio e verdadeiro existir neste casamento.

9 Por isto o homem no deve se casar antes de se conhecer completamente.

10 Que o dinheiro dela no tenha importncia para ti, pois possuis a Minha Misericrdia. Tu, porm, te torna indispensvel para tua mulher, pois ela ainda no possui Minha Misericrdia. Que utilidade tem seu dinheiro e seus bens sem Minha Misericrdia? Mas se ela a tiver por meio do corao devoto do marido, ela olhar seu dinheiro com olhos vendados.

11 Meu querido filho, Eu conheo tua mulher muito mais do que tu jamais a conhecers. Acredita, tua mulher tem um orgulho trplice. Ela se orgulha de seu dinheiro e ela se orgulha de ser tua esposa pela tua posio social, pois se tu no fosses o prefeito e sim um funcionrio comum, ela jamais seria tua mulher. J que ela se acha bem rica e, alm disso, bastante casta, ela tambm tem orgulho com relao a ti e vosso relacionamento; mas tu no te ds conta disto devido a um antigo hbito. Mas toca nela em lugares diferentes, que logo te lembrars dessas Minhas palavras.

12 Por isto, em primeiro lugar, mostra-lhe que s a cabea e Eu sou o Senhor. Em segundo lugar, mostra-lhe que seu dinheiro te completamente dispensvel e que ela deve ser grata a ti e at a Mim, pois administras sua fortuna sem nada cobrar, e esta gratido deve constar do verdadeiro amor e no respeito que te devido. Em terceiro lugar, mostra-lhe o Evangelho do gluto rico e do jovem rico, pede-lhe que explique o que entendeu de forma amigvel e alegre, mas ao fim explica-lhe o seu real significado, no que Eu te ajudarei.

13 Apresenta-lhe a Nova Revelao e mostra-lhe no que consta a morte eterna e a vida eterna, o que o renascimento, o que necessrio fazer para conseguir tudo isto e como o esprito eterno afetado com a morte material sem o renascimento.

14 Faze assim logo, e com Minha ajuda tudo se aplainar. Dentro de um ano ters uma outra mulher em teu lar. Ters xito maior, se no a tocares e orares por ela no fundo de teu corao.

15 Depois de certo tempo, podes traz-la para as reunies de Jacob Lorber. Ele tem muito poder em seu peito.

16 Atua, pois, e Minha Misericrdia no tardar. Amm.

Eu, Jesus, o melhor conselheiro. Amm. Amm. Amm.

Caridade falsa e caridade verdadeira

Recebido por Jacob Lorber, em 07 de julho de 1840

1 Cada miservel o Meu irmo mais prximo, como cada rico avarento o de Sat.

2 No momento em que Eu envio a vossas portas, a vs - ricos, afortunados e proprietrios - um pobre irmo Meu, podeis considerar-vos amados por Mim. Eu ainda no retirei Meu amor de vs.

3 Mas se conseguistes - e aqui falo em geral - que os pobres no se atrevam mais a chegar a vossas moradias, a sabei que Meu Amor se retirou para sempre. E um destes ricos se encontra materialmente sob a proteo do inferno, mas em toda sua felicidade aparente no existe nem uma mnima chama de Meu Amor, muito menos de Minha Misericrdia.

4 Este fato tambm acontece com aqueles ricos que fazem donativos somente para aparecer ou ento para conseguir vantagens. Para Mim so verdadeiros horrores aqueles donativos conseguidos pela prostituio, danas, jogos, etc., todos estes meios por Mim detestados, pois isto instalar uma capela de oferendas em Meu louvor no inferno.

5 Por isto, Meus filhos, no deveis atuar como o fazem os filhos do inferno, mas sim que vosso donativo no seja visto por ningum mais do que Eu, os pobres e vs mesmos. E que cada um d o mximo, de acordo com sua possibilidade.

6 Pois em verdade Eu vos digo: Recebereis uma Terra por um centavo, um Sol por um copo de gua viva e l sereis reis. Mas se o fizerdes pelo mais puro amor por Mim, a sim Meus amigos, Eu vos prometo: Nunca vereis a morte ou senti-la-eis em vossos corpos. Pois a doce morte ser um acordo sereno nos braos do Santo Pai e sabereis o que ser um amigo de Deus por toda a eternidade. Isto Meus amigos, isto no podereis imaginar jamais.

7 Agora Meu servo vos mostrar um homem pobre. Ele duplamente pobre, no fsico e no espiritual. Ajudai-o, tanto material como espiritualmente. O primeiro a fazer isto ter uma grande alegria. Atuai e no pergunteis a quem. Mas aquele que vos for apresentado, a este ajudai sempre. Ele vosso irmo e no vos preocupeis por nada mais, se quiserdes ser filhos verdadeiros Daquele que permite que o Sol brilhe sobre bons e maus e que alimenta at os animais mais ferozes. Amm.

Eu, Jeov, vosso Pai. Amm. Amm. Amm.

Bailes e locais de diverso

Recebido por Jacob Lorber, em 17 de julho de 1840

1 Isto Eu te digo, meu querido e preguioso servo, para que entendas o mal-estar que te ataca quando ouves falar dos antigos e novos locais de danas e diverso diversa.

2 O teu mal-estar bem compreensvel, pois ele vem do esprito. Pois o baile e tudo o que o acompanha so uma vala aberta cheia de lixo. Os cassinos so um lixo cheio de anfbios mortos, e o clube um precipcio em cujo fundo Sat depositou um tanque grande e ornamentado com flores, para que um nariz ainda um pouquinho espiritualizado no sinta o mal cheio do lixo em que se encontra.

3 Com estas poucas palavras creio que j satisfiz tua sabedoria, mas Eu quero que teus amigos tambm obtenham uma explicao satisfatria e por seu pouco conhecimento do Evangelho que devo dar mais explicaes.

4 Sat viu, com muito sofrimento e irritao, que algumas famlias virtuosas desta cidade no se dobraram a seus desejos, pois detectavam o mau cheiro que emanava de seus locais de diverso. Por isto ele inventou um meio no fundo do precipcio. Ele colocou um tanque bem fechado na parte inferior (o precipcio do inferno) e o cobriu com lindos assoalhos lisos. Toda sada foi ornamentada com flores bonitas e perfumadas, para que ningum detectasse alguma coisa errada ou algum mal.

5 Pois ele disse: Aqui vou preparar uma boa refeio para mim e comearei a viver da carne tenra das crianas. J estou cansado de devorar somente as carnes endurecidas das prostitutas; estas devero ser devoradas pelos meus anjos infernais. Eu vou me ocultar atrs das atraentes flores bonitas e perfumadas, l, onde ningum me notar. No momento em que uma criancinha, atrada pelas flores, se aproximar, eu a apanharei, engolirei e a digerirei, deixando seus restos como lixo no tanque e no precipcio. Os pais que se virem para tir-las de l. Em verdade, retirar uma estrela fixa do firmamento lhes ser uma tarefa muito mais fcil, do que recuperar esta criana do precipcio.

6 Aqui tens a declarao buclica de Sat. So suas prprias palavras e seu prprio plano. Qual satisfao Eu posso ter num destes estabelecimentos de prazer?

7 Aqui vos mostrei o grande perigo em toda a Minha Verdade. Essas palavras vos diz o Pai que se preocupa com vosso futuro. Sat est a vossa frente, totalmente descoberto e com toda a sua maldade vista para vs, Meus pouqussimos filhos. Observai no fundo de vossos coraes estas palavras que se originam em Meu Amor e na Misericrdia deste vosso Pai e estai sempre atentos, pois aquele que enxerga o inimigo pode fugir do mesmo. Ai dos cegos e surdos e dos que no querem se converter ao Meu conselho. Eu prefiro mandar todos Meus anjos aos infernos para converter os perdidos, do que dar uma s olhadinha de comiserao neste tanque imundo. Amm.

Ateno! Isto Eu falo Eu, o Deus da eternidade. Amm.

Um conselho importante para a educao

Recebido por Jacob Lorber, em 17 de julho de 1840

Uma mensagem em resposta a um irmo que deseja saber se poderia confiar a educao de seus filhos a um jovem professor.

1 Dize a teu irmo que escutei seu corao e vi que ele era puro e decente. Vou dar-lhe o seguinte conselho:

2 Ningum pode dar o que no possui! Para educar, no basta um corao bom e cheio de boa vontade, mas sim um carter por Mim educado e orientado. Pois se algum nunca foi por Mim orientado e educado, se este algum no sabe quem Eu sou e como atuo, como conseguir educar as criancinhas?

3 Por isto trata deste jovem como se ele fosse duplamente pobre. Podes deixar tuas crianas em suas mos, para aprenderem a ler, escrever, fazer contas e as outras matrias mundanas. Mas no que Me cabe, na Minha alada, ele nada poder fazer. Quanto educao religiosa que a igreja materialista exige, contrata um capelo inteligente; mas seus coraes s tu deves ensinar, seguindo Meus ensinamentos.

4 Com respeito ao jovem, ele tem o Meu amor para com todos os seres por Mim criados. Se desejar, poder - como qualquer outra pessoa - facilmente encontrar Minha Misericrdia e nela a Vida Eterna.

5 Leva-o para a presena de Meu servo, para que este lhe mostre o caminho. E se ele desejar andar no mesmo, isto lhe ser de grande utilidade, na vida terrena e na eternidade.

6 Mas no deve ser obrigado de nenhuma maneira, mas sim considerar o conselho de Meu servo como o meio mais elevado para chegar bem-aventurana e para que Eu Me torne uma necessidade, mesmo que ele tudo possua.

7 Tu, porm, observa-o sempre com um carinho severo. Mas se encontrares algo que te desagrade, fala com ele, mas sempre s em particular.

8 Ele deve se orientar de acordo com os conselhos de Meu servo e deve te obedecer, s a ti. E esta obedincia deve ser observada pelos teus filhos com relao s tuas determinaes. Mas que tudo sempre seja iluminado pela Minha Vontade.

9 Se tu Me obedeceres, os outros aceitaro as tuas determinaes, e com pouco tempo podereis estar como um pequeno rebanho sob Minha orientao; Eu, que sou o nico e verdadeiro pastor. Amm.

Sobre a viso espiritual e sua compreenso

Recebido por Jacob Lorber, em 24 de julho de 1840

1 Vede, ainda existem muitos segredos sobre Meus Ombros e muitas palavras em Meu Peito sagrado, cheio de vida, fora, Amor, Misericrdia e graa, dos quais no tendes a mnima noo e sobre os quais direis O que eu no sei, no me atinge. Sim, isto provavelmente est correto e esta afirmao seria aplicvel em muitas cincias mundanas, mas jamais para a Minha enorme Misericrdia, infinita no infinito de todos os infinitos, a fim de dar-vos cada vez mais a bem-aventurana que aumenta cada vez mais no ntimo de tudo e todos.

2 Amigos, acreditai, sou Eu quem voz diz tudo isto. Acreditai, mesmo que eternidades passem, um dia chegar em que direis: No haver um nico nmero, por mais nfimo que seja, com o qual poderemos comparar nosso conhecimento ao de Deus? E uma voz sair de vosso peito, esta voz que se origina em Meu corao, e responder: No existe tal nmero. Por toda a eternidade vossa sabedoria ser nada, mas Eu sou tudo no todo. Vs podereis ser tudo em Mim e por Mim, por vs e em vs, porm, jamais.

3 Vede, por isto que Eu ainda tenho muito a vos dizer, coisas que no disse mesmo aos apstolos, pois no o suportariam, j que eram quais frutos tempores, amadurecidos pela Minha presena fsica. Mas vs, que Me amais e tendes f mesmo sem Me ver fisicamente, estais prontos para ouvir algo bem mais importante e maior. Por isto vos contarei mais coisas, coisas que faro que vosso esprito se espante e fique maravilhado. Observai bem o que Eu vos vou dizer e guardai-o bem em vossos coraes.

4 Vede, tudo o que jamais pensastes ou sonhastes, o que estais a pensar ou sonhar e tudo o que pensareis ou sonhareis no futuro jamais se perder; tal como aconteceu em vosso ntimo, um dia vereis acontecer de fato e logo reconhecereis a ao, e isto vos alegrar ou entristecer. necessrio tocar neste assunto, para que vosso entendimento futuro se concretize. Pois aquele que existe e atua em seu interior, este jamais conseguir entender seus prprios pensamentos, desejos e tendncias.

5 Vede, em vosso esprito est enterrado todo o infinito em totalidade e cada partcula especfica do mesmo. Esta a razo por que podeis imaginar infinitas terras, sis, rvores, pessoas, animais, etc. Quero dizer que conseguis multiplicar ao infinito todas as terras, sis, animais, vegetais, etc, etc; pois se no fosse assim, vossos pensamentos em pouco tempo acabariam. Vou explicar como isto acontece:

6 Se colocsseis dois espelhos bons, um na frente do outro, um se refletiria totalmente no outro. Este reflexo se refletiria por sua vez ao outro e assim em diante infinitamente. A em B, B em A continuamente. O mesmo acontece convosco. Vossa alma um tal espelho para o mundo exterior e vosso esprito o para o mundo interior espiritual. Esta a razo por que cada coisa se encontra em vs infinitamente, como tambm para o esprito, o qual obtm rapidamente o que desejou ou pensou.

7 Vs, porm, sabeis que quanto mais limpo e polido o espelho , tanto melhor o reflexo que ele apresenta. Assim, se polirdes o espelho de vossa alma com a humildade, para que ela se torne uma superfcie lisa onde qualquer elevao lhe tenha sido retirada, logo comeareis a perceber coisas maravilhosas em vs: pela alma, as coisas exteriores; pelo esprito, tudo que vem de Mim. Notareis tambm que de fato alma e esprito so o total contedo de cada objeto.

8 Aqui vai um exemplo: Se vs pensais numa pedra, numa rvore, em um animal ou qualquer outra coisa, conseguireis ver o seu exterior em primeiro lugar. Mas se a luz do esprito se derramar sobre a alma e iluminar esta figura completamente, vs podereis ento ver este objeto na sua totalidade. Quando este espelho da alma se tornar bem brilhante pela luz do esprito, as partes internas comearo a se refletir na alma e se tornaro visveis a vossa razo, como se as tivsseis vendo com vossos olhos fsicos. E se desejardes conversar com um destes objetos, Meu esprito que est em vs para o qual tudo, do maior ao mais infinito, no passa de pensamentos materializados penetrar no objeto pensado e falar de sua fonte interna e original.

9 Eis a explicao clara e simples de como Ado, Abel e muitos outros conseguiam falar com toda a criao e de como vs podereis vos comunicar com o mundo espiritual, se o desejardes de verdade.

10 Por isto deveis polir vossa alma com muita vontade, pois ainda existem muitas coisas que vo dar testemunho de Mim. Mas ainda sois demasiado insensatos e disparatados para verem o Meu Nome na Criao. Por isto poli, limpai, lapidai vossa alma, que em pouco tempo comeareis a ver e entender o mundo de uma forma bem diferente, e a Minha maravilhosa Criao no ter fim aos vossos olhos.

11 Um bom escrevente v com Meu servo para junto de uma rocha ou outra coisa da natureza, e Eu farei com que ela fale por intermdio de Meu Servo (Jacob Lorber). O que for dito o escrevente dever anotar e redigir como testemunho de Minha Palavra.

12 Pois nada importa o lugar e o tempo que algo ocupa no espao, mas sim tudo depende de como vossa vida fora do espao e tempo, quero dizer, no eterno ser. Com os olhos fsicos vs conseguis ver as coisas que se encontram em vosso mundo exterior. Com os olhos da alma que se encontra em vs e com os olhos do esprito vs observais tudo, desde o centro das coisas e tambm do centro de vosso lar. Mas somente com a aproximao de Meu Esprito que tudo se tornar vivo e falar convosco.

13 Eu, vosso Santo Pai, vos mostro muitas coisas. Por isto, sede ativos em vosso amor, para que Minha Misericrdia no fique no meio do caminho. Amm.

Uma Palavra sobre um pedido

Recebido por Jacob Lorber, em 28 de julho de 1840

Senhor eu te agradeo humildemente pela Espanha. Posso continuar a orar pela mesma? E eu estava certo em ter orado pela mesma?

1 Por acaso no dizes: Se a arte comea a brigar pelo po, ela de pouco valia, e ainda: No se d arte o po, s aps ela ter encontrado a sua verdade?

2 Como achas que seja Meu servio no momento em que Meus servos comeam a brigar por assuntos mundanos, por po, ouro e poder na Terra?

3 No existe nenhum pas como o que tu mencionaste (Espanha) que tenha promovido a prostituio de tal porte, tanto fsica como espiritual, e que tenha queimado e assassinado Meus filhinhos em todos os tempos. Se pudesses contar, como Eu contei, quantas jovens inocentes foram violentadas e logo depois enterradas vivas ou emparedadas por hordas de falsos monges, quantos rapazes foram sacrificados por rituais impudicos e sodmicos, quantos milhares e milhares de aes inimaginveis de violncia, mentiras e terror foram acobertadas pelas assim ditas razes religiosas e espirituais, para conseguir se obter uma msera vantagem temporria, como se amaldioava publicamente a Minha Palavra escrita (Bblia), pois ela no combinava com todo horror que l se praticava em Meu Nome..., ento tu claramente verias pelo que Meu trabalho lutou.

4 E j que cada operrio deve receber pelo seu trabalho, Eu dei a estes operrios o seu salrio h tempos j merecido.

5 Que tenhas orado de vez em quando foi muito bom. Faze sempre o mesmo, mas com continuidade. Tu obters muitas vantagens, se praticares em meu Grande Amor. Mas sempre tem em mente que Meus julgamentos sempre so corretos e que s se abatem sobre os que h muito o merecem.

6 Se Huss (um reformador tcheco) no tivesse sido to teimoso e tivesse seguido Meus conselhos - como fez Nicolau Coprnico, um matemtico muito inteligente no estudo da Minha Criao - ele no teria sido morto na fogueira. Pois Eu falo: Deveis sempre enganar Sat com a esperteza de vossa mansido. Amm. Eu, o juiz correto. Amm.

Um Evangelho de uma fonte de gua

Recebido por Jacob Lorber, em 30 de julho de 1840

Lorber e trs escreventes esto na nascente de uma fonte nas cercanias de Graz, onde o Senhor fala pela fonte:

1 Antes que eu (a fonte) vos mostre minha essncia, necessrio que vs saibais de onde e como eu me origino.

2 A mais de 4.000 braas de profundidade, em direo ao nascente do sol, existe, entre vrias montanhas, uma larga e grande abertura criada pelo fogo divino. L nesta abertura juntam-se todas as guas que foram captadas do ar pelas montanhas. Como este grande buraco est sempre cheio de gua, com o peso das montanhas (que so em grande quantidade), as guas subterrneas emergem nesta abertura que ests vendo neste momento e tambm afloram ainda em outras vrias aberturas maiores ou menores. Vede, eu sou levada da superfcie s profundezas da Terra e no sou jogada sobre a mesma direto da atmosfera, como muitos de vs acreditais. Isto acontece porque a base desta minha morada subterrnea composta de rochas duras e impermeveis, nas quais eu me encontro como que descansando num caldeiro.

3 Mas neste caldeiro existem trs veios do tamanho de um brao de um homem, os quais se alastram embaixo destas montanhas, a trs milhas de profundidade, em direo norte. E l se encontra um caldeiro cheio de gua, muito maior, o qual tambm foi criado pelo fogo divino no momento da criao desta cadeia de montanhas. Este fogo divino o mais puro amor do Pai.

4 Este fogo permaneceu queimando no interior desta abertura por muitas e muitas centenas de anos. E quando a gua avanou pelas brechas criadas por este fogo, eu quase fui destruda e vaporizada. E minha fora em descanso (presso da vaporizao) foi ativada pelo fogo e eu precisei auxiliar no transporte da gua para a superfcie. Mas as brechas ficaram maiores, e a gua conseguiu ocupar espaos cada vez maiores e pde assim acalmar o fogo que chamava pelo Amor do Pai. Mas como o fogo ainda representava uma grande parte da ira divina, comeou a se apagar lentamente, e isto ainda durou mais de duzentos anos.

5 Mas finalmente, quando pela Vontade do Senhor as montanhas adquiriram o tamanho, formato, altura, largura e peso desejados, o grande Amor enviou um pequeno anjo e apagou totalmente o fogo.

6 Ningum se atreva a duvidar da existncia destes pequenos anjos que dominam tudo pela Vontade do Pai. Pois sob o amoroso poder do Eterno existem hordas e mais hordas destes pequeninos auxiliares, cujo maior prazer satisfazer os desejos do Amor do Senhor, em todos os lugares e ocasies, e o Pai alegremente lhes permite atuar.

7 Para que vs me enxergueis desta maneira, eu me esguio por pequenas veias e por mais de cem braas, at o lugar que chego superfcie e me apresento a todos. E se no houvesse um esprito pleno de boa vontade a me acompanhar na minha viagem, se ele no limpasse os caminhos que devo seguir, desde h muito tais caminhos j teriam sido destrudos ou obstrudos pela minha grande falta de jeito. Mas este esprito que me foi designado mantm estes caminhos limpos e desobstrudos por milhares de anos, numa ordem bonita e suave. Da muitos vm me visitar pela minha beleza, pureza, meu alegre frescor e limpidez. Eles tambm devem se lembrar (se tiverem um mnimo de f em Deus) que a introspeco pura e luminosa s acontece no silncio e na calma da solido, o que junto a mim podem encontrar.

8 No passado moravam nesta vizinhana vrias pessoas piedosas, em cujas mentes Deus era o mais puro amor, e que atuavam neste amor divino. Estas pessoas vinham, diariamente a este lugar com seus coraes cheios de f e amor. E quando tinham ofertado o seu dia ao Senhor e se encontravam em orao, meditao e humildade, sempre aparecia na direo do monumento (que infelizmente foi destrudo faz pouco tempo) este meu esprito guia. Ele ensinava estas pessoas piedosas sobre o amor divino, sabedoria, obedincia e humildade, tambm sobre o grande Amor de Deus e muitos segredos e maravilhas da natureza.

9 Estas pessoas conversavam por horas com este esprito. Ele s se afastava, se uma tarefa urgente o chamava. Vs devereis ter estado aqui e visto meu espelho dgua, ento tereis visto que ante Deus tudo alegria, tanto em dar como em receber. Eu vos afirmo, mas, por favor, no acheis graa, que eu pulava feito uma bailarina na minha pequena bacia, e as pessoas riam e aplaudiam.

10 Mas as pessoas que agora aqui moram, muito mais materialistas que as pedras envelhecidas que me rodeiam, no mais podem assistir este espetculo alegre e natural. Pois aquele que no vivificou a vida do seu esprito pela influncia dos espritos divinos, pela humildade e obedincia, este s tem uma vida material e s entretido pelos espritos da matria, que chegam a ele atravs da alimentao e bebida. Uma pessoa igual a esta, que eventualmente volta matria, no consegue ver, ouvir ou sentir nada com sua mente material a no ser matria, matria e matria.

11 Bem diferente acontece com uma pessoa espiritualizada que humilde e obediente. Esta no v somente a matria, mas sim v na mesma o seu bem conhecido esprito vivo e sbio; v na natureza no apenas a matria mais grosseira, mas sim muitos espritos da natureza, de onde obter grandes conhecimentos.

12 Enquanto estiveres a olhar meu espelho dgua, podereis descobrir um sem fim de movimentos em minha superfcie, mas especialmente um bem organizado movimento circular que se origina de meu interior; pode haver um outro desorganizado, sem forma regular, que no constante e que ir perturbar minha superfcie por motivos externos.

13 Se vs no estivsseis to mergulhados na matria, vereis no primeiro movimento no s uma agitao ordenada material, mas descobrireis mensagens maravilhosas escritas pela mo de Deus. J que no sois videntes, farei um pequeno resumo deste ABC espiritual e seu significado mais profundo.

14 Este movimento circular se forma de uma pequena bolha material-espiritual que vem de meu interior, pela qual (no vos surpreendais com o que vou dizer agora) libertado um esprito amansado que se libertou da matria morta. No fiqueis surpresos, mas uma vez vosso esprito (a alma) se libertou da mesma maneira da matria, e mesmo em vs (que sois uma outra classe de matria, mas sois matria) um dia dever fazer o mesmo: do intimo da matria para o exterior, para vossa superfcie, e que l se revelar num movimento circular semelhante, em volta de vosso ser, que como j disse matria, para colocar o mesmo em atividade ordenada, como acontece com minha superfcie. Que meu exemplo vos sirva, para que reconheais que esta vida espiritual divina fica cada vez mais linda e pura, quanto mais vos afastais das atraes malignas do mundo.

15 Esta pequena lio que aqui obtivestes o que eu posso vos informar nesse momento. Mas no momento em que comeardes a observar estes movimentos circulares regulares em vossa superfcie, cheios de vida e felicidade, tal como estais a ver em meus espelhos dgua, ento voltai para c, para que aprendais mais e mais sobre o Amor e o poder divino que vos estaro sendo revelados na minha superfcie. Amm.

A vida de uma rvore

Recebido por Jacob Lorber, em 06 de agosto de 1840

Na floresta Freiberg, em So Leotando, perto de Graz, composta de pinheiros, foi revelado a Jacob Lorber:

1 Aqui nessa floresta em que vs vos encontrais e no seu interior, no qual desejais adentrar, j existiram outras florestas por dez vezes, e cada uma sempre composta com o mesmo tipo de rvore, cada qual combinando com a natureza do solo local, pois nenhuma outra rvore diferente conseguiria se desenvolver aqui.

2 Pois vede, cada rvore est em seu lugar e espalha suas razes no solo, razes grandes e pequenas razes chamadas capilares, que se distribuem no solo poroso do local. A cada rvore dada uma alma vegetativa, ou - como compreendeis mais facilmente - cada rvore possui um esprito mudo; ou seja, em cada rvore habita um esprito silencioso.

3 Este esprito dotado por uma inteligncia bem simples. Com este meio que Eu lhe outorguei, ele reconhece na natureza o alimento a ela destinado e cria mais razes. Nestas ele tambm habita confortavelmente e com muitos braos, segundo Minha vontade. Com estes milhares de braos, ele suga a seiva e a leva at a copa, para todos os seus galhinhos.

4 Porm aqueles sucos que ele debaixo do solo reconhece como sendo teis para sua natureza, ele os segrega nos galhos, direcionando-os s diferentes partes. Os mais espessos vo para o tronco, e mesmo l os mais impuros so depositados na crosta, que um vestido ou a pele da rvore.

5 Os mais fluidos so utilizados para a criao dos galhos. No local onde emerge um galho, podereis ver uma massa bem mais compacta e que vai at o centro do tronco. Isto acontece devido simples inteligncia do esprito da rvore, que tomou os canudos dos galhos, cerca de dez vezes mais finos que os do tronco. Por estes tubinhos to finos, somente sucos bem mais fluidos podem passar, os quais so muito mais substanciais.

6 Quando observais os galhos, podeis observar uma grande quantidade de raminhos emergindo deles. Ali tambm acontece o mesmo, como foi entre os galhos e o tronco. A seiva nos ramos ento novamente dez vezes mais forte, do que a que vai do tronco aos galhos.

7 Destes ramos, seguindo uma ordem severa, ficam abertos vrios tubinhos dos quais se originam as folhas ou agulhas, de acordo com o tipo de rvore. A seiva a novamente dez vezes mais fina. Quando esta folha adquirir o seu tamanho original, ento estes canais que vm dos ramos sero obstrudos lentamente, deixando somente um aberto, para que a folha seja alimentada.

8 Finalmente este nico canal ser fechado. E como esta folha no tem mais alimento, ela cai seca e morta da rvore.

9 Na parte mais externa dos ramos encontram-se milhares de minsculos rgos que possuem uma vida animal. Quando os sucos chegam a este ponto, l acontece formalmente uma luta, uma guerra, pois o esprito, na sua impureza, quer abandonar a priso (a rvore), quer se libertar e abandonar a matria da rvore. Mas nesta ocasio os canais se estreitam de tal maneira, que impossibilitam sua passagem.

10 J que com isto, na sua curta inteligncia, o esprito se d conta de sua priso, ele lentamente abandona seu desejo de fugir e se refugia na humildade, e assim todo o seu ser comea a se transformar em amor.

11 Quando tal acontece, estes rgos estreitos comeam a amolecer e se estender por causa do calor do amor, e o esprito fica etreo e realmente vivo.

12 Aps isto acontecer, ele - com sua inteligncia bem mais evoluda - pensa na bondade do amor, se coloca na parte mais externa destes rgos e se transforma em fruto da rvore. Aps ter se tornado este minsculo fruto, invisvel aos vossos olhos fsicos, Eu permito que uma pequena centelha seja insuflada no mesmo pelo Meu Amor misericordioso e pelo calor do Sol.

13 Ele se apodera avidamente desta minscula centelha e a envolve numa pequena bolsa. Quando este casamento de espritos da natureza se realiza, ento a flor, o rgo da procriao, criada. Logo a seguir, o fruto correspondente arvore ser levado ao amadurecimento pelo aumento gradativo do calor do amor da centelha.

14 s vezes acontece que este local onde acaba o canal esquecido pelo esprito, devido a sua falta de ateno. Ento esta pequena centelha foge, aps um certo tempo de espera, de volta para sua origem. Da os rgos a fecham e no do mais alimento a esta base do fruto, o qual logo murcha, morre e cai da rvore.

15 No fruto perfeito, esta pequena centelha de amor envolta numa bolsinha e colocada bem no centro da semente, onde permanecer protegida. E como uma centelha que se origina no Meu Amor misericordioso, ela assim contm - como a sua origem primria que sou Eu - a vida e o infinito, desde o mais minsculo tomo ao maior do universo.

16 Vede, aqui, pois, tendes uma rvore, ou quantas vs desejais em todo o seu ser. Agora tenho que vos mostrar a sua criao e o seu fim.

17 A criao de uma rvore bem simples: uma destas sementinhas cai ou colocada no solo. Quando se encontra no solo, ele chama um destes espritos primitivos (da natureza), para que entre nele e com isto este esprito recebe o primeiro hlito de vida e a inteligncia mais nfima de todos os seres. Como este est muito zangado, deseja apoderar-se e matar aquela centelha divina que se encontra na semente, mas a centelha sempre foge com sua aproximao. Por isto este esprito procura no solo seus semelhantes e aumenta cada vez mais, o que podeis observar facilmente no crescimento das rvores. O crescimento de uma rvore se deve a esta perseguio assassina de um esprito ou de uma legio de espritos.

18 A centelha foge deste esprito cada vez mais para cima. No seu dio, milhes e milhes de espritos (atrados pela centelha) se endurecem e tornam a ser uma matria morta e silenciosa, o que podeis observar na madeira e na crosta da rvore. Com esta longa perseguio, estes espritos comeam a ficar humildes, conseguem se unificar com a centelha e assim obtm sua liberdade.

19 Um esprito como aquele que, com amor e humildade, conseguiu unir-se a esta centelha viva, se torna etreo e livre com o amadurecimento do fruto e entra numa inteligncia mais elevada, de acordo com Minha Ordem eterna. Assim, sobe a escada, podendo at alcanar o estado humano (ao ser consumido).

20 Quando, por meio desta rvore, for libertada uma boa quantidade deste tipo de espritos primitivos e quando estes espritos libertos de vrios tipos de rvores se unirem em amor, de tal maneira que eles representem um esprito mais evoludo, eles ento sero transferidos para o reino animal e assim elevados ao segundo degrau evolutivo.

21 Se estes espritos do mundo animal novamente se unirem por amor, este novo esprito poder galgar mais um degrau e tornar-se um esprito bem primrio (seria a alma) de um humano, do qual poder se libertar e se afastar, para observar e ver, com todo o amor, sua Fonte Original: Eu. Um esprito deste tipo sempre ser influenciado pela matria, e somente com a nova ira dos espritos deste humano, onde nenhum amor consegue dar frutos, um caminho longo e similar ao anterior ser reiniciado.

22 Uma rvore que acaba desta maneira, pois entregou seus elementos espirituais para um degrau superior, morre, seca e apodrece; ou - o que muito melhor para ela - queimada como madeira.

23 Vede, este o segredo da criao, crescimento e fim dos vegetais.

24 Mas, como Eu disse no comeo aqui, essa floresta a dcima que cresce neste local. Vou dizer-vos o seguinte: tantas vezes tambm esse solo esteve coberto de gua, cem anos por vez, para acalmar o fogo satnico do inferno que aqui reinava. Por isto, se escavsseis s algumas braas, encontrareis rvores bem conservadas, fsseis em camadas de 10, 100, 200 a mais braas de profundidade.

25 Vede, tudo isto Eu fao por causa de um nico anjo orgulhoso (Lcifer). Eu vos digo: Jamais existiria uma Terra, um Sol, ou alguma outra matria, se este anjo singular tivesse permanecido humilde. Somente por amor Eu, o Eterno Amor, preenchi o infinito com sis e mundos, para poder salvar at o ltimo tomo deste anjo cado.

26 Pensai bem o que Eu fiz por vossa causa, o que ainda fao e farei por toda a eternidade. Amm.

Eu, o Eterno Amor. Amm.

Evangelho da videira

Recebido por Jacob Lorber, em 09 de agosto de 1840

Numa vinha situada na vizinhana do mosteiro das carmelitas.

1 No local em que vos encontrais havia, h algumas centenas de anos, uma densa floresta com vegetao rasteira. E h dois mil anos atrs as ondas batiam no sop das pequenas montanhas e preenchiam os baixios.

2 Esta elevao que se sobrepe ao vale e onde desde muito tempo vinhas so plantadas foi criada da mesma maneira que as grandes montanhas: pela exploso de fogo do interior da Terra. Mas a sua superfcie composta por detritos de montanhas que os depositavam no baixio e tambm por aluvies.

3 De acordo com Minha Ordem, sempre um degrau mais nobre da vegetao afasta um menos nobre, s vezes pela influncia da atmosfera e especialmente pelos homens. Em qualquer lugar onde tenha havido uma floresta virgem com toda sua vegetao rasteira, l o solo enriquecido e frtil, pois esta vegetao anterior foi abandonada pelos espritos que evoluram e, como consequncia, apodreceu e fertilizou assim o solo com seus elementos mais nobres. Nestes locais, os homens, sob Minha orientao, plantam vegetais mais nobres, e assim as inteligncias apodrecidas e decadas encontram um novo caminho para sua evoluo.

4 A vinha um vegetal nobre e s o foi aps o dilvio misericordioso (na poca de No), pois ento Eu a modifiquei e a abenoei. Isto porque, quando foi criada, originria da vontade de Meu Inimigo, ela derrubou Ado, que vagava no mundo embevecido por suas tentaes e totalmente afastado de Mim em seu corao, motivo pelo qual voltou para sua casa levando os frutos venenosos com os quais se embriagou.

5 Devido a esta volta (motivada pela queda que a vinha lhe ocasionou), Eu, aps o dilvio, retirei o veneno de seus frutos e a abenoei quatro vezes. E tambm abenoei a gua vinte e nove vezes. Com esta qudrupla bno, a vinha pertence s mais nobres espcies vegetais.

6 Porm antes de vos poder dizer algo nobre sobre sua composio interna, o mais profundo de sua fruta, tenho que vos explicar tudo sobre o que chamais de composio botnica.

7 Em cada um de seus frutos encontrareis uma ou mais sementes de formato de corao. A partir deste formato de corao, quanto mais ou menos parecido com o mesmo, podereis deduzir a pureza e nobreza do fruto. Quanto mais parecido, mais nobre. Isto tambm acontece com o reino animal: quanto mais parecido ao vosso corao, tanto mais evo