epidemiologia translacional: desafios semânticos e outros moyses szklo homenagem a rui laurenti...

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Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão de coisas distantes é melhor do que jamais foi, não porque ela é melhor do que a dos outros ou porque somos mais altos, mas sim porque esses gigantes nos levantam e acrescentam a sua grande estatura à nossa” (John of Salisbury, no tratado Metalogicon, escrito em Latin em 1159)

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Page 1: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros

Moyses Szklo

Homenagem a Rui Laurenti Homenagem a Rui Laurenti

“Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão de coisas distantes é melhor do que jamais foi, não porque ela é melhor do que a dos outros ou porque somos mais altos, mas sim porque esses gigantes nos levantam e acrescentam a sua grande estatura à nossa”

(John of Salisbury, no tratado Metalogicon, escrito em Latin em 1159)

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Epidemiologia Translacional: Epidemiologia Translacional: Transferência de novos conhecimentos obtidos a partir de estudos epidemiológicos (inclusive ensaios aleatorizados) ao planejamento de programas e políticas de controle de enfermidades tanto a nível individual quanto a nível populacional.

EpidemiologiaEpidemiologia: (1) Estudos das distribuições e determinantes de estados de saúde ou eventos relacionados à saúde em populações e (2) aplicação dos resultados desses estudos ao controle de problemas de saúde nessas populações (Baseado em: Porta M. Dictionary of Epidemiology, 2014)

tradutraduçãoção

A DEFINIÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA TRANSLACIONAL É A DEFINIÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA

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Mortes por Cólera por 10,000 Casas, de Acordo com a Fonte do Suprimento de Água, Londres, 1854

Suprimento de água No. de casas

Mortes por cólera

Mortes por 10,000 casas

Southwark & Vauxhall 40,046 1,263 315

Lambeth 26,107 98 37

Outras 256,423 1,422 59

O Pai da Epidemiologia Translacional: O Pai da Epidemiologia Translacional: John Snow John Snow

Em meados do século XIX, John Snow descobriu que a causa de uma epidemia de cólera era água fornecida por uma das companhias que abasteciam Londres…e tambem conseguiu que as autoridades removessem a manivela do poço da Rua “Broad” depois de identificar o poço como a fonte de outra epidemia de cólera

Page 4: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Em meados do século XIX, John Snow descobriu que a causa de uma epidemia de cólera era água fornecida por uma das companhias que abasteciam Londres…e tambem conseguiu que as autoridades removessem a manivela do poço da Rua “Broad” depois de identificar o poço como a fonte de outra epidemia de cólera; e sugeriu que a água fosse fervida antes de consumida

O Pai da Epidemiologia Translacional: O Pai da Epidemiologia Translacional: John Snow John Snow

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O Pai da Epidemiologia Translacional: O Pai da Epidemiologia Translacional: John Snow John Snow

Em meados do século XIX, John Snow descobriu que a causa de uma epidemia de cólera era água fornecida por uma das companhias que abasteciam Londres…e tambem conseguiu que as autoridades removessem a manivela do poço da Rua “Broad” depois de identificar o poço como a fonte de outra epidemia de cólera; e sugeriu que a água fosse fervida antes de consumida

Page 6: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Análisede

sensibilidade

Custo-efetividadeRevisão

sistemática

Único estudo sobre o tema

• Avaliação dos níveis de evidência

• Avaliação de opções sobre intervenções, programas e políticas (Análise de decisão)

EvidênciasEstudos

epidemiológicos

RECOMENDAÇÕES

Implementação

Evidências Obstáculos*

Intervenções/Programas/Políticas

baseadas em evidências

*Aspectos éticosPolíticasRecursos

Tradução de Conhecimentos Epidemiológicos

EPIDEMIOLOGIA TRANSLACIONAL: O PROCESSO

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EPIDEMIOLOGIA TRANSLACIONAL: O PROCESSO

Análisede

sensibilidade

Custo-efetividadeRevisão

sistemática

Único estudo sobre o tema

• Avaliação dos níveis de evidência

• Avaliação de opções sobre intervenções, programas e políticas (Análise de decisão)

EvidênciasEstudos

epidemiológicos

RECOMENDAÇÕES

Implementação

Evidências Obstáculos*

Intervenções/Programas/Políticas

baseadas em evidências

*Aspectos éticosPolíticasRecursos

Tradução de Conhecimentos Epidemiológicos

…e sua relação com tradução e implementação

Page 8: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Ciência Translacional e de Implementação*

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Page 9: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Ciência Translacional e de Implementação*

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Page 10: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Ciência Translacional e de Implementação*

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Page 11: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Ciência Translacional e de Implementação*

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Diminuição da prevalência de obesidade e da mortalidade por enfermidade coronariana depois do início do bloqueio econômico de Cuba (Franco M, et al. Am J Epidemiol 2007;166:1374-1380)

Diminuição da letalidade de diabetes depois da introdução da insulina

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Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Ciência Translacional e de Implementação*

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Diminuição da prevalência de obesidade e da mortalidade por enfermidade coronariana depois do início do bloqueio econômico de Cuba (Franco M, et al. Am J Epidemiol 2007;166:1374-1380)

Diminuição da letalidade de diabetes depois da introdução da insulina

Obesidade (%) (IMC >30)

14.3

7.2

Mortalidade por enfermidade coronariana/100 000 1991 1995

140

85

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Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Ciência Translacional e de Implementação*

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Nestes três níveis, pressupõe-se que a intervenção, programa ou

política causam mais benefícios do que danos

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Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*

Page 15: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial

A intervenção ou programa ou política deve ser implementado

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementado

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

Epidemiologia Translacional e Implementação*

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

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(1)(2)

E ENTÃO OCORRE

UM MILAGRE...

EU ACHO QUE AQUI VOCÊ

DEVERIA TER SIDO MAIS ESPECÍFICO

A TRADUA TRADUÇÃOÇÃO DE CONHECIMENTOS NÃO É UMA CIÊNCIA EXATA DE CONHECIMENTOS NÃO É UMA CIÊNCIA EXATA

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A TRADUA TRADUÇÃOÇÃO DE CONHECIMENTOS NÃO É UMA CIÊNCIA EXATA DE CONHECIMENTOS NÃO É UMA CIÊNCIA EXATA

William Farr (1807–1883): “A morte é um “A morte é um fato. Tudo o mais é inferência” fato. Tudo o mais é inferência” (citado por John Last, The Gale Group Inc., Macmillan Reference USA, New York, 2002).

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Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial

A intervenção ou programa ou política deve ser implementado

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementado

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

Epidemiologia Translacional e Implementação*

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Page 19: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial

A intervenção ou programa ou política deve ser implementado

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementado

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*

Page 20: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial A intervenção, programa

ou política deve ser implementada

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementado

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*

Page 21: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial A intervenção, programa

ou política deve ser implementada

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementado

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*

Page 22: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial A intervenção, programa

ou política deve ser implementada

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementado

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*

Page 23: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial A intervenção, programa

ou política deve ser implementada

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementado

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*

Page 24: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial A intervenção, programa

ou política deve ser implementada

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementada

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*

Page 25: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial A intervenção, programa

ou política deve ser implementada

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementada

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*

Page 26: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial A intervenção, programa,

política deve ser implementada

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementada

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*

Page 27: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial A intervenção, programa,

política deve ser implementada

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementada

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*Rastreamento de Câncer de Próstata

Page 28: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

“…o ERSPC confirma uma redução substancial da mortalidade por câncer de próstata atribuível ao teste de PSA…depois de 13 anos de seguimento…

(Schroder FH, et al. Lancet 2014;384:2027-2035)

Mortalidade por Câncer de Próstata no Estudo Aleatorizado Europeu de

Rastreamento por PSA

Mor

talid

ade

Tempo de seguimento (anos)

PSAControles

(Andriole GL, et al. New Eng J Med 2009;360:1310-1319)

Mortalidade por Câncer de Próstata no Estudo Aleatorizado dos Estados Unidos de Rastreamento por PSA

Tempo de seguimento (anos)

Mor

talid

ade

PSA

Cont

role

s

“Depois de 7 a 10 anos de seguimento, a mortalidade por câncer de próstata era muito baixa a não diferiu significantemente entre os dois grupos.”

Page 29: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

“…o ERSPC confirma uma redução substancial da mortalidade por câncer de próstata atribuível ao teste de PSA…depois de 13 anos de seguimento…No entanto, No entanto, quantificação dos efeitos deletérios do quantificação dos efeitos deletérios do restreamento…ainda é considerada como um restreamento…ainda é considerada como um pré-requisito para o rastreamento de base pré-requisito para o rastreamento de base populacional.”populacional.”

(Schroder FH, et al. Lancet 2014;384:2027-2035)

Mortalidade por Câncer de Próstata no Estudo Aleatorizado Europeu de

Rastreamento por PSA

Mor

talid

ade

Tempo de seguimento (anos)

PSAControles

(Andriole GL, et al. New Eng J Med 2009;360:1310-1319)

Mortalidade por Câncer de Próstata no Estudo Aleatorizado dos Estados Unidos de Rastreamento por PSA

Tempo de seguimento (anos)

Mor

talid

ade

PSA

Cont

role

s

“Depois de 7 a 10 anos de seguimento, a mortalidade por câncer de próstata era muito baixa a não diferiu significantemente entre os dois grupos.”

Page 30: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

PSA (≥4.0 ng/ml): Frequência de Falso Positivos  Prevalência do Câncer de Próstata Depois dos 60 anos = 33%

Validade do PSAValidade do PSA Frequência de falso-Frequência de falso-positivospositivos

Sensibilidade 35 - 71%≈ 20% - 68%Especificidade 63 - 91%

(Crawford et al, The Prostate 1999;38:296; Gann et al, JAMA 1995;273-289)

Page 31: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Algumas causas de Falso-Algumas causas de Falso-Positividade do PSAPositividade do PSA

Transitórias:• Prostatite• Endoscopia da uretra• Ejaculação• Certos medicamentos

(ex: anti-andrógenos, finasteride)

De longa duração:• Hiperplasia benigna da

próstata

Complicações da biópsiaComplicações da biópsia

• Dor severa: 24%• Hematúria e hematospermia:

40-50%• Febre alta: 3-4%

Complicações do tratamentoComplicações do tratamento CirurgiaCirurgia RadioterapiaRadioterapiaMorte 0.5 – 1.0% 0.2 – 0.5%Incontinência urinária 2.0 – 27.0% 1.0 – 2.0%Impotência sexual 15.0 – 60% 40.0 – 67%Estreitamento da uretra 10.0 – 18.0% 3.0 – 8.0%

Page 32: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

História Natural do Teste PSAHistória Natural do Teste PSA

Verdadeiro negativo

Falso negativo

PSA

Positivo

Negativo

Page 33: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

PSA

Biópsia

Câncer potencialmente invasivo

Jamais invasivo

Positivo

Negativo

Cirurgia ouRadioterapiaPositiva

Negativa

História Natural do Teste PSAHistória Natural do Teste PSA

Câncer de próstata não se torna invasivo na maioria dos indivíduos

Verdadeiro negativo

Falso negativo

Page 34: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

DEFINIÇÃO REVISADAREVISADA DE FALSO-POSITIVIDADE

Câncer de próstata não se

torna invasivo na maioria dos indivíduos

Page 35: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Indivíduos com PSA positivo, mas sem câncer de próstata…e…

DEFINIÇÃO REVISADAREVISADA DE FALSO-POSITIVIDADE

Câncer de próstata não se

torna invasivo na maioria dos indivíduos

Page 36: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Indivíduos com PSA positivo, mas sem câncer de próstata…e…

DEFINIÇÃO REVISADAREVISADA DE FALSO-POSITIVIDADE

• Individuos com câncer de próstata que jamais se torna invasivo

Câncer de próstata não se

torna invasivo na maioria dos indivíduos

Page 37: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de evidênciaNíveis Definições

I Pelo menos um ensaio clínico aleatorizado demonstrou eficácia ou efetividade

II-1 Um estudo de coorte ou caso-controle sugere que a intervenção, programa ou politica é eficaz/efetiva

II-2 Resultados dramáticos em experimentos naturais

III Especialistas na área estão convencidos de que a intervenção,programa ou politica é eficaz/efetiva

Categoria Tradução ImplementaçãoA Há um forte grau de

certeza de que o benefício é substancial A intervenção, programa,

política deve ser implementada

B Há um forte grau de certeza de que o benefício é moderado a substancial

C Há um grau de certeza forte ou moderado de que o benefício é pequeno

A intervenção, programa ou política deve ser implementada, mas a decisão deve ser feita a nível individual

D Há um grau de certeza forte ou moderado de que não há benefício ou que o dano é maior do que o benefício

A intervenção, programa ou política não deve ser implementada

I A evidência atual não existe ou é inconsistente ou de baixa qualidade

Se a intervenção for implementada, os indivíduos devem saber que sua efetividade é duvidosa

(*Baseado em: US Preventive Services Task Force and Canada’s Periodic Health Examination Task Force)

Epidemiologia Translacional e Implementação*Rastreamento de Câncer de Próstata

pelo menosna população. na população.

A decisão deve ser feita A decisão deve ser feita a nível individuala nível individual

Mor

talid

ade

PSAControles

Estudo Europeu

(Schroder FH et al, 2014)

Page 38: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade

Temas de Natureza Semântica e Outros Temas de Natureza Semântica e Outros Relevantes à Epidemiologia TranslacionalRelevantes à Epidemiologia Translacional

Page 39: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Confundimento Confundimento é sempre um viés?.. é sempre um viés?..

A semântica da epidemiologia translacional difere da semântica da epidemiologia acadêmica?

É engraçado que somente as pessoas de quem eu

discordo são sempre enviesadas

Page 40: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Tradução de Conhecimentos EpidemiológicosTradução de Conhecimentos Epidemiológicos

Em alguns livros de texto de epidemiologiaEm alguns livros de texto de epidemiologia

- Viés por confundimento

- Outros tipos de viésViés de seleção

Viés de informação

Confundimento é um fenômeno comum em estudos observacionais (estudos de coorte, caso-controle, pré-pós,

quasi-experimental)

Page 41: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Estudos ObservacionaisEstudos Observacionais

• Estão em boa companhia: Geologia, Astrofísica, Ecologia, etc...

• Servem de base a numerosas políticas de saúde

• Porem, em estudos observacionais, confundimento residual é uma ameaça à inferência causal, que é sine qua non para prevenção primária

• No entanto, uma associação que resulta de confundimento é útil à epidemiologia translacional?

Page 42: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Estudos ObservacionaisEstudos Observacionais

• Estão em boa companhia: Geologia, Astrofísica, Ecologia, etc...

• Tem servido de base a políticas de saúde

• Porem, em estudos observacionais, confundimento residual é uma ameaça à inferência causal, que é sine qua non para prevenção primária

• No entanto, uma associação que resulta de confundimento é útil à epidemiologia translacional?

Page 43: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Proibição de fumo em ambientes fechados

• Limites (padrões) de poluição atmosférica e de radiação ionizante

• Consumo de ácido fólico em produtos alimentícios

• Rótulos em alimentos processados referentes à quantidade de gorduras animais e sódio

• Vacinação

Etc, etc

Exemplos de Políticas Influenciadas por Evidências Exemplos de Políticas Influenciadas por Evidências Epidemiológicas ObservacionaisEpidemiológicas Observacionais

Page 44: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Estudos ObservacionaisEstudos Observacionais

• Estão em boa companhia: Geologia, Astrofísica, Ecologia, etc...

• Tem servido de base a políticas de saúde

• Porem, em estudos observacionais, confundimento residual é uma ameaça à inferência causal, que é sine qua non para prevenção primária

• No entanto, uma associação que resulta de confundimento é útil à epidemiologia translacional?

Page 45: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Estudos ObservacionaisEstudos Observacionais

• Estão em boa companhia: Geologia, Astrofísica, Ecologia, etc...

• Tem servido de base a políticas de saúde

• Porem, em estudos observacionais, confundimento residual é uma ameaça à inferência causal, que é sine qua non para prevenção primária

• Isso significa que uma associação que resulta de confundimento não tem utilidade para a epidemiologia translacional?

- Intervenções- Programas- Políticas públicas

Page 46: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Viés e Confundimento São Fenômenos Diferentes e Ocorrem Viés e Confundimento São Fenômenos Diferentes e Ocorrem em Fases Diferentes da “História Natural” de um Estudoem Fases Diferentes da “História Natural” de um Estudo

(Baseado em: Samet J)

População Participantes Resultados Coleta de dados

Viés de seleção

Viés de informação

Viés inferencial

Confundimento

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Etnia Afro-Americana e hipertensão arterial

• Consumo excessivo de sal• Dieta altamente calórica• Obesidade• Hábitos sedentários

Variáveis de confundimento

Exemplo de Associação Resultante de Confundimento

(a) Rastreamento a fim de identificar e controlar hipertensão arterial

(b) Prevenção primária de fatores de risco modificáveis

Útil para…

Marcador de alto risco

Page 48: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

CONFUNDIMENTO É UM CONFUNDIMENTO É UM VIÉS?VIÉS?

• Sim, se o objetivo é estabelecer causalidade: confundimento etiológicoconfundimento etiológico

Depende…

 

•Não, se o objetivo é identificar groups de alto risco: confundimento de Saúde Pública*confundimento de Saúde Pública*

*Donna Spiegelman

Page 49: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade

Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações em Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações em epidemiologia translacional?epidemiologia translacional?

Temas de Natureza Semântica e Outros Temas de Natureza Semântica e Outros Relevantes à Epidemiologia TranslacionalRelevantes à Epidemiologia Translacional

Page 50: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Fumante? Exposição a asbesto*

No. Pessoas-Ano

Taxa** Risco Relativo

Diferença absoluta**

Never Baixa 280 812 2.8 1.031.0Elevada 23 686 33.8 12.1

Current Baixa 581 497 81.3 1.0555.2Elevada 50 590 636.5 7.8

**por 100 000

Mortalidade por Câncer de Pulmão/100 Pessoas-Ano Segundo Hábito de Fumar e Exposição a Asbesto, 1971-2005

*<10 anos vs. ≥30 anos de exposição ocupacional a asbesto

(Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)

Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações em epidemiologia translacional?em epidemiologia translacional?

A soberania do modelo aditivoA soberania do modelo aditivo

Page 51: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

“A melhor forma de analisar dados é…olhar para os dados e pensar naquilo que se está vendo”

( George W. Comstock),

Page 52: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Fumante? Exposição a asbesto*

No. Pessoas-Ano

Taxa** Risco Relativo

Diferença absoluta**

Never Baixa 280 812 2.8 1.031.0Elevada 23 686 33.8 12.1

Current Baixa 581 497 81.3 1.0555.2Elevada 50 590 636.5 7.8

**por 100 000

Mortalidade por Câncer de Pulmão/100 Pessoas-Ano Segundo Hábito de Fumar e Exposição a Asbesto, 1971-2005

*<10 anos vs. ≥30 anos de exposição ocupacional a asbesto

(Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)

Interação multiplicativa negativa

Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações em epidemiologia translacional?em epidemiologia translacional?

A soberania do modelo aditivoA soberania do modelo aditivo

Page 53: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Risco

Risco

Relativo

RelativoRR

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Fumante? Exposição a asbesto*

No. Pessoas-Ano

Taxa** Risco Relativo

Diferença absoluta**

Never Baixa 280 812 2.8 1.031.0Elevada 23 686 33.8 12.1

Current Baixa 581 497 81.3 1.0555.2Elevada 50 590 636.5 7.8

**por 100 000

Mortalidade por Câncer de Pulmão/100 Pessoas-Ano Segundo Hábito de Fumar e Exposição a Asbesto, 1971-2005

*<10 anos vs. ≥30 anos de exposição ocupacional a asbesto

(Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)

Para a epidemiologia translacional, o modelo aditivo é soberano!

Interação aditiva positiva!

Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações em epidemiologia translacional?em epidemiologia translacional?

A soberania do modelo aditivoA soberania do modelo aditivo

Page 55: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade

Temas de Natureza Semântica e Outros Temas de Natureza Semântica e Outros Relevantes à Epidemiologia TranslacionalRelevantes à Epidemiologia Translacional

Page 56: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Níveis de Evidência: Critérios para Avaliação da Efetividade de uma Intervenção, Programa Níveis de Evidência: Critérios para Avaliação da Efetividade de uma Intervenção, Programa ou Políticaou Política

Nível   Descrição do Nível1a   Revisão sistemática e meta-análise de ensaios aleatorizados de boa

qualidade com homogeneidade 1b   Um único ensaio aleatorizado de boa qualidade com boa precisão1c   Experimentos naturais2a   Revisão sistemática e meta-análise de estudos de coorte de boa

qualidade com homogeneidade2b   Um único estudo de coorte de boa qualidade com boa precisão2c   Pesquisa de desfechos baseada em registros disponíveis3a   Revisão sistemática e meta-análise de estudos de casos e controles de

boa qualidade com homogeneidade3b   Um único esudo de casos e controles de boa qualidade com boa

precisão4   Série de casos e estudos de coorte e de casos e controles de menor

qualidade5   Opinião de especialistas não baseada em evidências

Melhor

Pior

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Níveis de Evidência: Critérios para Avaliação da Efetividade de uma Intervenção, Programa Níveis de Evidência: Critérios para Avaliação da Efetividade de uma Intervenção, Programa ou Políticaou Política

Nível   Descrição do Nível1a   Revisão sistemática e meta-análise de ensaios aleatorizados de boa

qualidade com homogeneidade 1b   Um único ensaio aleatorizado de boa qualidade com boa precisão1c   Experimentos naturais2a   Revisão sistemática e meta-análise de estudos de coorte de boa

qualidade com homogeneidade 2b   Um único estudo de coorte de boa qualidade com boa precisão2c   Pesquisa de desfechos baseada em registros disponíveis3a   Revisão sistemática e meta-análise de estudos de casos e controles de

boa qualidade com homogeneidade3b   Um único esudo de casos e controles de boa qualidade com boa

precisão4   Série de casos e estudos de coorte e de casos e controles de menor

qualidade5   Opinião de especialistas não baseada em evidências

Page 58: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade

Temas Relevantes à Epidemiologia TranslacionalTemas Relevantes à Epidemiologia Translacional

Page 59: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

A Principal Ameaça à Verdadeira Homogeneidade

Viés de Publicação: Ocorre quando fatores não relacionados à qualidade do manuscrito influenciam a probabilidade de publicação

O viés de publicação resulta de política editorial?

Os autores têm medo de rejeição de resultados “negativos”?

Page 60: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

“Caro autor”

Page 61: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

“Obrigado por enviar seu artigo para a nossa revista”

Page 62: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

“Para não perder tempo, estamos incluindo duas cartas de rejeição”

Page 63: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

“Uma para esse artigo e a outra para o próximo artigo que o Sr. nos enviar”

Page 64: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Fatores Associados a Viés de PublicaçãoFatores Associados a Viés de Publicação

Page 65: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Maior chance de publicação se os resultados forem estatisticamente significantes

• Chance de publicação de resultados de ensaios clínicos aleatorizados é menor do que os de estudos observacionais

• Resultados de ensaios clínicos patrocinados pela industria que favorecem o produto têm maior probabilidade de publicação do que os financiados por agências públicas

Fatores Associados a Viés de PublicaçãoFatores Associados a Viés de Publicação

Page 66: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Maior chance de publicação se os resultados forem estatisticamente significantes

• Chance de publicação de resultados de ensaios clínicos aleatorizados é menor do que os de estudos observacionais

• Resultados de ensaios clínicos patrocinados pela industria que favorecem o produto têm maior probabilidade de publicação do que os financiados por agências públicas

Fatores Associados a Viés de PublicaçãoFatores Associados a Viés de Publicação

Page 67: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Fatores Associados a Viés de PublicaçãoFatores Associados a Viés de Publicação

• Maior chance de publicação se os resultados forem estatisticamente significantes

• Chance de publicação de resultados de ensaios clínicos aleatorizados é menor do que os de estudos observacionais

• Resultados de ensaios clínicos patrocinados pela industria que favorecem o produto têm maior probabilidade de publicação do que os financiados por agências públicas

Avaliação de Viés de Publicação Avaliação de Viés de Publicação em Revisões Sistemáticasem Revisões Sistemáticas

•“Beggs funnel plot”

•Testes de simetria

Prevenção de Viés de PublicaçãoPrevenção de Viés de Publicação

•Publicação de descrições de desenhos de estudos

•Registros (exemplo: Cochrane)

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• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade

Temas de Natureza Semântica e Outros Temas de Natureza Semântica e Outros Relevantes à Epidemiologia TranslacionalRelevantes à Epidemiologia Translacional

Page 70: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Diferenças com relação ao desenho e procedimentos utilizados (exemplos: variáveis ajustadas, duração do seguimento, etc.)

• Diferenças com relação à fase da história natural em que o estudo é realizado

• Diferenças com relação à prevalências de modificadores de efeito

• Diferenças com relação à variabilidade da exposição e/ou do desfecho

Determinantes de Heterogeneidade nos Resultados dos EstudosDeterminantes de Heterogeneidade nos Resultados dos Estudos

Page 71: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Diferenças com relação ao desenho e procedimentos utilizados (exemplos: variáveis ajustadas, duração do seguimento, etc.)

• Diferenças com relação à fase da história natural em que o estudo é realizado

• Diferenças com relação à prevalências de modificadores de efeito

• Diferenças com relação à variabilidade da exposição e/ou do desfecho

Determinantes de Heterogeneidade nos Resultados dos EstudosDeterminantes de Heterogeneidade nos Resultados dos Estudos

Page 72: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Diferenças com relação ao desenho e procedimentos utilizados (exemplos: variáveis ajustadas, duração do seguimento, etc.)

• Diferenças com relação à fase da história natural em que o estudo é realizado

• Diferenças com relação à prevalências de modificadores de efeito

• Diferenças com relação à variabilidade da exposição e/ou do desfecho

Determinantes de Heterogeneidade nos Resultados dos EstudosDeterminantes de Heterogeneidade nos Resultados dos Estudos

Page 73: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Examplos: (Armenian HK, Lilienfeld AM. Am J Epidemiol 1974;99:92-100

•Tumores de bexiga em trabalhadores expostos a pigmentos de tinturas

•Leucemia depois da explosão da bomba atômica

Período de incubação (latência) mínimo

Casos não relacionados à exposição

Núm

ero

de c

asos

TEMPO

Início da exposição

CURVA EPIDÊMICA

Agosto Setembro

Núm

ero

de c

asos

Investigação de John Snow: Número Casos de Cólera Por Data de Início da

Enfermidade

Manivela removida em 8 de setembro

Page 74: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Núm

ero

de c

asos

TEMPO

Início da exposição

Exemplo: terapia de substituição hormonal e câncer de mama

Estudos comresultados nulos

Estudos em que as associações

são encontradas

Heterogeneous

Page 75: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Câncer de Mama: Razões de “Hazards” (IC 95%) de Estrogênio + Progestina de Acordo com o Ano de Estudo em Mulheres que, na Linha de Base, Jamais Haviam Usado Terapia Hormonal:

“Women’s Health Initiative” (Modificado de: Anderson GL et al, Maturitas 2006;55:103-15)

Nos 3 primeiros anos após a introdução da terapia hormonal, não foi

observado um aumento de risco

Razões de ”Hazards”Ano

Page 76: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Diferenças com relação ao desenho e procedimentos utilizados (exemplos: variáveis ajustadas, duração do seguimento, etc.)

• Diferenças com relação à fase da história natural em que o estudo é realizado

• Diferenças com relação às prevalências de modificadores de efeito

• Diferenças com relação à variabilidade da exposição e/ou do desfecho

Determinantes de Heterogeneidade nos Resultados dos EstudosDeterminantes de Heterogeneidade nos Resultados dos Estudos

Page 77: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Fumo Exposição a Asbestos*

No. de Mortes

No. de Pessoas-Ano

Taxa Diferença absoluta*

Nunca Baixa 8 280 812 2.831.0Elevada 8 23 686 33.8

Atual Baixa 473 581 497 81.3555.2Elevada 322 50 590 636.5

Taxas de Mortalidade Por Câncer de Pulmão por 100 000 Pessoas-Ano, 1971-2005

(Modificado de: Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)

*Baixa: < 10 anos de exposição ocupacional

Elevada: ≥ 30 anos de exposição ocupacional

*Por 100 000 Pessoas-Ano

Page 78: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Fumo Exposição a Asbestos*

No. de Mortes

No. de Pessoas-Ano

Taxa Diferença absoluta*

Nunca Baixa 8 280 812 2.831.0Elevada 8 23 686 33.8

Atual Baixa 473 581 497 81.3555.2Elevada 322 50 590 636.5

Taxas de Mortalidade Por Câncer de Pulmão por 100 000 Pessoas-Ano, 1971-2005

(Modificado de: Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)

*Baixa: < 10 anos de exposição ocupacional

Elevada: ≥ 30 anos de exposição ocupacional

Estudo No. 1Estudo No. 1*Por 100 000 Pessoas-Ano

Page 79: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Fumo Exposição a Asbestos*

No. de Mortes

No. de Pessoas-Ano

Taxa Diferença absoluta*

Atual Baixa 473 581 497 81.3555.2Elevada 322 50 590 636.5

Taxas de Mortalidade Por Câncer de Pulmão por 100 000 Pessoas-Ano, 1971-2005

(Modificado de: Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)

*Baixa: < 10 anos de exposição ocupacional

Elevada: ≥ 30 anos de exposição ocupacional

Estudo No. 2Estudo No. 2*Por 100 000 Pessoas-Ano

Page 80: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Fumo Exposição a Asbestos*

No. de Mortes

No. de Pessoas-Ano

Taxa Diferença absoluta*

Nunca Baixa 8 280 812 2.831.0Elevada 8 23 686 33.8

Fumo Exposição a Asbestos*

No. de Mortes

No. de Pessoas-Ano

Taxa Diferença absoluta*

Atual Baixa 473 581 497 81.3555.2Elevada 322 50 590 636.5

Estudo No. 1Estudo No. 1

Estudo No. 2Estudo No. 2

Heterogeneous

Page 81: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Diferenças com relação ao desenho e procedimentos utilizados (exemplos: variáveis ajustadas, duração do seguimento, etc.)

• Diferenças com relação à fase da história natural em que o estudo é realizado

• Diferenças com relação às prevalências de modificadores de efeito

• Diferenças com relação à variabilidade da exposição e/ou do desfecho

Determinantes de Heterogeneidade nos Resultados dos EstudosDeterminantes de Heterogeneidade nos Resultados dos Estudos

Page 82: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Heterogêneos

Hip

erte

nsão

Arte

rial

Consumo de Sal

Estudo AEstudo A Estudo BEstudo B

Hip

erte

nsão

Arte

rial

Consumo de Sal

Associação fraca Associação forte

100 Média

PadrãoDesviodade Variabilide eCoeficient

Efeito da Variabilidade da ExposiçãoEfeito da Variabilidade da Exposição

Page 83: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Hum

an p

opul

atio

n si

ze (i

n th

ousa

nds)

Page 84: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Correlação Entre o Tamanho da População de Oldenburg e o Número de Cegonhas Observado em Cada Ano de 1930 a 1936

Ornitholigische Monatsberichte 1936;44(2)

Number of storks

Hum

an p

opul

atio

n si

ze (i

n th

ousa

nds)

Pop

ulaç

ão H

uman

a (×

100

0)

Número de Cegonhas

Coeficiente de Correlação = 0.70

Page 85: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Correlações ecológicas às vezes produzem resultados mais Correlações ecológicas às vezes produzem resultados mais válidos do que estudos observacionais em indivíduosválidos do que estudos observacionais em indivíduos

Indivíduos A

BC

D

X

Y Valores médios

X

Um “detour”Um “detour”: A falácia ecológica é sempre…falácia ecológica?NÃO!

Page 86: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

ConclusõesConclusões

• Homogeneidade não é necessariamente evidência a favor de causalidade ou efetividade (viés de publicação)

• Heterogeneidade não é necessariamente evidência de que a relação não é causal

Consequentemente, os determinantes de homogeneidade e heterogeneidade tem que ser

melhor compreendidos a fim de que estes conceitos possam ser usados a favor ou contra a existência de

uma relação causal ou efetividade positiva

Page 87: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade

Temas Relevantes à Epidemiologia TranslacionalTemas Relevantes à Epidemiologia Translacional

Page 88: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Análisede

sensibilidade

Custo-efetividadeRevisão

sistemática

Único estudo sobre o tema

• Avaliação dos níveis de evidência

• Avaliação de opções sobre intervenções, programas e políticas (Análise de decisão)

EvidênciasEstudos

epidemiológicos

RECOMENDAÇÕES

Implementação

Evidências Obstáculos*

Intervenções/Programas/Políticas

baseadas em evidências

*Aspectos éticosPolíticasRecursos

Tradução de Conhecimentos Epidemiológicos

EPIDEMIOLOGIA TRANSLACIONAL: O PROCESSO

Page 89: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Análise de decisão: abordagem quantitativa para a avaliacão do valor relativo (efetividade) de uma ou mais intervenções,

programas ou serviços de saúde

ÁRVORE DE DECISÃO

Nódulo de decisãoNódulo de decisão: sob controle do investigador Nódulo de probabilidadeNódulo de probabilidade: fora de controle do investigador

Uma das estratégias da análise de decisão é a construção de uma árvore de decisão, cujo objetivo é

estimar efetividade

ExemploExemplo árvore de decisão com dois nódulos de probabilidade: (1) aderência ao programa/protocolo/intervenção e (2) classe social

Page 90: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta(0.10)

Classe Social Baixa(0.90)

CS

Classe Social Alta(0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.20)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.05)

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)Nãoão(0.70)

Exemplo de árvore de decisão com 2 nódulos de probabilidades

Nãoão(0.30)

Aderência

Sim (0.70)

Aderência

Sim (0.30)

Page 91: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta(0.10)

Classe Social Baixa(0.90)

CS

Classe Social Alta(0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.20)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.05)

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)Nãoão(0.70)

Exemplo de árvore de decisão com 2 nódulos de probabilidades

Nãoão(0.30)

Aderência

Sim (0.70)

Aderência

Sim (0.30)

Nódulo de decisãoNódulo de decisão

Programa B

Programa A

Page 92: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Exemplo de árvore de decisão com 2 nódulos de probabilidades

Nódulo de decisãoNódulo de decisão

Programa B

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta(0.10)

Classe Social Baixa(0.90)

CS

Classe Social Alta(0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.20)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.05)

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Nãoão(0.30)

Aderência

Sim (0.70)

Aderência

Sim (0.30)

Nãoão(0.70)

Programa A

Page 93: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Exemplo de árvore de decisão com 2 nódulos de probabilidades

Nódulo de decisãoNódulo de decisão

Programa A

Programa B

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa(0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Nãoão(0.30)

Aderência

Sim (0.70)

Aderência

Sim (0.30)

Nãoão(0.70)

Page 94: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Nódulo de decisãoNódulo de decisão

Programa A

Programa B

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa(0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.20)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.05)

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Nãoão(0.30)

Aderência

Sim (0.70)

Aderência

Sim (0.30)

Nãoão(0.70)

Exemplo de árvore de decisão com 2 nódulos de probabilidades

Page 95: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Nódulo de decisãoNódulo de decisão

Programa A

Programa B

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta(0.10)

Classe Social Baixa(0.90)

CS

Classe Social Baixa (0.90)

Mortalidade (0.10)Classe Social Alta (0.10)

Mortalidade (0.20)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.05)

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Nãoão(0.30)

Aderência

CS

Sim (0.30)

Nãoão(0.70)

Exemplo de árvore de decisão com 2 nódulos de probabilidades

0.70 × 0.10 × 0.10 = 0.007

Aderência

Sim (0.70)

Page 96: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Nódulo de decisãoNódulo de decisão

Programa A

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta(0.10)

Classe Social Baixa(0.90)

Classe Social Baixa (0.90)

Mortalidade (0.10)Classe Social Alta (0.10)

Mortalidade (0.20)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.05)

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Nãoão(0.30)

CS

Sim (0.30)

Exemplo de árvore de decisão com 2 nódulos de probabilidades

0.70 × 0.10 × 0.10 = 0.007

Aderência

Sim (0.70)

0.70 × 0.90 × 0.50 = 0.315

Programa BAderência

CSNãoão(0.70)

Page 97: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Nódulo de decisãoNódulo de decisão

Programa A

Programa B

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa(0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.20)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.05)

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.50)

Nãoão(0.30)

Aderência

Sim (0.70)

Aderência

Sim (0.30)

Nãoão(0.70)

Exemplo de árvore de decisão com 2 nódulos de probabilidades

0.70 × 0.10 × 0.10 = 0.007

0.70 × 0.90 × 0.50 = 0.315

0.70 × 0.90 × 0.20 = 0.126

0.30 × 0.10 × 0.50 = 0.015

0.30 × 0.90 × 0.50 = 0.135

0.30 × 0.10 × 0.05 = 0.0015

0.30 × 0.90 × 0.10 = 0.027

0.70 × 0.10 × 0.50 = 0.035

Total = 0.2830Total = 0.2830

Total = 0.3785Total = 0.3785

Page 98: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Nódulo de decisãoNódulo de decisão

Programa A

Programa B

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

SC

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.20)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.05)

Mortalidade (0.10)

Aderência

Sim (0.70)

Aderência

Sim (0.30)

Exemplo de árvore de decisão com 2 nódulos de probabilidades

Para os que aderem à intervenção,, B tem mortalidade

mais baixa do que A

Page 99: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Nódulo de decisãoNódulo de decisão

Programa A

Programa B

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

SC

Classe Social Alta (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Classe Social Alta(0.10)

Classe Social Baixa (0.90)

CS

Mortalidade (0.10)

Mortalidade (0.20)

Mortalidade (0.50)

Mortalidade (0.05)

Mortalidade (0.10)

Aderência

Sim (0.70)

Aderência

Sim (0.30)

Exemplo de árvore de decisão com 2 nódulos de probabilidades

Para os que aderem à intervenção,, B tem mortalidade

mais baixa do que A

No entanto, aderência é maior ao programa A do que ao programa B

Page 100: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Programa A: maior mortality, porem, maior aderência (70%)

Aderência Classe Social

Mortal. Probab. conjunta

0.70 × 0.10 × 0.10 = 0.007

0.70 × 0.90 × 0.20 = 0.126

0.30 × 0.10 × 0.50 = 0.015

0.30 × 0.90 × 0.50 = 0.135

Mortal. total

(0.007 + 0.126 + 0.015 + 0.135) × 100 = 28.30%

Programa B: menor mortality, porem, menor aderência (30%)

Aderência Classe Social

Mortal. Probab. conjunta

0.30 × 0.10 × 0.05 = 0.0015

0.30 × 0.90 × 0.10 = 0.027

0.70 × 0.10 × 0.50 = 0.035

0.70 × 0.90 × 0.50 = 0.315

Mortal. total

(0.0015 + 0.027 + 0.035 + 0.315) × 100 = 37.85%

ConclusãoConclusão: Para aderentes, a mortalidade associada ao programa B é menor do que ao programa A (isto é, o programa B é mais eficaz), mas como a aderência é maior para o programa A, a mortalidade total mortalidade total dos seus participantes, que incluem tanto aderentes quanto não aderentes, é menor do que a do programa B (isto é, o programa A é mais efetivo)

Eficácia Vs. EfetividadeEficácia Vs. Efetividade

Page 101: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Programa A: maior mortality, porem, maior aderência (70%)

Aderência Classe Social

Mortal. Probab. conjunta

0.70 × 0.10 × 0.10 = 0.007

0.70 × 0.90 × 0.20 = 0.126

0.30 × 0.10 × 0.50 = 0.015

0.30 × 0.90 × 0.50 = 0.135

Mortal. total

(0.007 + 0.126 + 0.015 + 0.135) × 100 = 28.30%

Programa B: menor mortality, porem, menor aderência (30%)

Aderência Classe Social

Mortal. Probab. conjunta

0.30 × 0.10 × 0.05 = 0.0015

0.30 × 0.90 × 0.10 = 0.027

0.70 × 0.10 × 0.50 = 0.035

0.70 × 0.90 × 0.50 = 0.315

Mortal. total

(0.0015 + 0.027 + 0.035 + 0.315) × 100 = 37.85%

ConclusãoConclusão: Para aderentes, a mortalidade associada ao programa B é menor do que ao programa A (isto é, o programa B é mais eficaz), mas como a aderência é maior para o programa A, a mortalidade total mortalidade total dos seus participantes, que incluem tanto aderentes quanto não aderentes, é menor do que a do programa B (isto é, o programa A é mais efetivo)

Eficácia Vs. EfetividadeEficácia Vs. Efetividade

Page 102: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Análisede

sensibilidade

Custo-efetividadeRevisão

sistemática

Único estudo sobre o tema

• Avaliação dos níveis de evidência

• Avaliação de opções sobre intervenções, programas e políticas (Análise de decisão)

EvidênciasEstudos

epidemiológicos

RECOMENDAÇÕES

Implementação

Evidências Obstáculos*

Intervenções/Programas/Políticas

baseadas em evidências

*Aspectos éticosPolíticasRecursos

Tradução de Conhecimentos Epidemiológicos

EPIDEMIOLOGIA TRANSLACIONAL: O PROCESSO

Page 103: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Análise de SensibilidadeAnálise de Sensibilidade

Estratégia de avaliação de mudanças no “output” (resultados) de um certo modelo como resultado da

variação de certos parâmetros do modelo (ou pressupostos) dentro de uma faixa de valores razoável

(Szklo M & Nieto FJ. Epidemiology: Beyond the Basics. 3ª Edição, Jones & Bartlett, 2014)

ExemploExemplo: Qual seria diferença na mortalidade entre os programas A e B se a aderência ao programa B

aumentasse para 50%? (Pressuposto: o aumento de 30% para 50% é factível)

Page 104: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Programa A: maior mortality e maior aderência(70%)

Aderência Classe Social

Mortal. Probab. conjunta

0.70 × 0.10 × 0.10 = 0.007

0.70 × 0.90 × 0.20 = 0.126

0.30 × 0.10 × 0.50 = 0.015

0.30 × 0.90 × 0.50 = 0.135

Mortal. total

(0.007 + 0.126 + 0.015 + 0.135) × 100 = 28.30%

Programa B: menor mortality, aderência aumentada para 50%

AderênciaAderência Classe Social

Mortal. Probab. conjunta

0.500.50 × 0.10 × 0.05 = 0.0025

0.500.50 × 0.90 × 0.10 = 0.045

0.500.50 × 0.10 × 0.50 = 0.025

0.500.50 × 0.90 × 0.50 = 0.225

Mortal. total

(0.0025 + 0.045 + 0.025 + 0.225) × 100 = 29.75%

Análise de Sensibilidade – pressuposto: Análise de Sensibilidade – pressuposto: aderência de B aumentou para 50%

(Antes: 37.85%)

O Programa A é ainda um pouco mais efetivo do que o Programa B, mas como a diferença é pequena, se o custo de B for menor, pode ser custo-

efetivo implementar o Programa B

Page 105: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Aderência

Sim (0.53)

Não (0.47)

(Nieto FJ, et al. Population awareness and control of hypertension and hypercholesterolemia. Arch Intern Med 1995;155:677-684; Chambless LE, et al. Association of coronary heart disease incidence with carotid arterial wall thickness and major risk factors. Am J Epidemiol 1997;146:483-494; Moore J. Hypertension. Catching the Silent Killer. The Nurse Practitioner 2005;30:16-35)

Árvore de Decisão com um Nódulo de Decisão: Terapia Anti-Hipertensiva e Enfermidade CoronarianaÁrvore de Decisão com um Nódulo de Decisão: Terapia Anti-Hipertensiva e Enfermidade Coronariana

Nota: Efetividade tem validade externa

limitada

Nódulos de chance

Sim (0.68)

Não (0.32)

Sim (0.10)

Não (0.90)

Controle da hipertensão

Controle da hipertensão

Nódulo de decisão: terapia oferecida a todos

os pacientes com hipertensão arterial

Incidência em aderentes e não aderentesIncidência em aderentes e não aderentes

SimSim: (0.53 × 0.68 × 0.005) + (0.53 × 0.32 × 0.011)= 0.0037= 3.7/1,000NãoNão: (0.47 × 0.10 × 0.005) + (0.47 × 0.90 × 0.011)= 0.0049= 4.9/1,000

Page 106: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade

• Estratégia Populacional vs. Estratégia de Alto Risco (Rose)

Temas Relevantes à Epidemiologia TranslacionalTemas Relevantes à Epidemiologia Translacional

Page 107: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Hipertensão

Pressão Arterial Sistólica

No.

de

indi

vídu

os

Hipertensão

Pré-hipertensão

Pressão Arterial Sistólica

No.

de

indi

vídu

osEstratégia de Alto Risco Estratégia de Alto Risco

(intervenção em causas proximais): identificação, tratamento e controle

de todos os pacientes com hipertensão arterial de ≈15% da incidência de AVE (Law MR, et al. Br

Med J 1991;302:819-24)

Page 108: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Hipertensão

Pressão Arterial Sistólica

No.

de

indi

vídu

os

Hipertensão

Pré-hipertensão

Pressão Arterial Sistólica

No.

de

indi

vídu

osEstratégia de Alto Risco Estratégia de Alto Risco

(intervenção em causas proximais): identificação, tratamento e controle

de todos os pacientes com hipertensão arterial de ≈15% da incidência de AVE (Law MR, et al. Br

Med J 1991;302:819-24)

Page 109: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Estratégia de Alto Risco Estratégia de Alto Risco (intervenção em causas proximais): identificação, tratamento e controle

de todos os pacientes com hipertensão arterial de ≈15% da incidência de AVE (Law MR, et al. Br

Med J 1991;302:819-24)

Hipertensão

Pré-hipertensão

Pressão Arterial Sistólica

No.

de

indi

vídu

os

Page 110: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Estratégia de Alto Risco Estratégia de Alto Risco (intervenção em causas proximais): identificação, tratamento e controle

de todos os pacientes com hipertensão arterial de ≈15% da incidência de AVE (Law MR, et al. Br

Med J 1991;302:819-24)

Hipertensão

Pré-hipertensão

Pressão Arterial Sistólica

No.

de

indi

vídu

os

Pressão Arterial Sistólica

No.

de

indi

vídu

os

Pré-hipertensão + hipertensão

Estratégia PopulacionalEstratégia Populacional: decréscimo de 33% do consumo per capita de sal na população

incidência de AVE de ≈22% (Law et al)

Page 111: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Estratégia de Alto Risco Estratégia de Alto Risco (intervenção em causas proximais): identificação, tratamento e controle

de todos os pacientes com hipertensão arterial de ≈15% da incidência de AVE (Law MR, et al. Br

Med J 1991;302:819-24)

Hipertensão

Pré-hipertensão

Pressão Arterial Sistólica

No.

de

indi

vídu

os

Pré-hipertensão + hipertensão

Pressão Arterial SistólicaAntes da

intervençãoDepois da

intervenção

No.

de

indi

vídu

os

Estratégia PopulacionalEstratégia Populacional: decréscimo de 33% do consumo per capita de sal na população

incidência de AVE de ≈22% (Law et al)

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Estratégia de Alto Risco Estratégia de Alto Risco (intervenção em causas proximais): identificação, tratamento e controle

de todos os pacientes com hipertensão arterial de ≈15% da incidência de AVE (Law MR, et al. Br

Med J 1991;302:819-24)

Hipertensão

Pré-hipertensão

Pressão Arterial Sistólica

No.

de

indi

vídu

os

Pré-hipertensão + hipertensão

Pressão Arterial SistólicaAntes da

intervençãoDepois da

intervenção

No.

de

indi

vídu

osPré-hipertensão + hipertensão

Pressão Arterial SistólicaAntes da

intervençãoDepois da

intervenção

No.

de

indi

vídu

os

Estratégia PopulacionalEstratégia Populacional: decréscimo de 33% do consumo per capita de sal na população

incidência de AVE de ≈22% (Law et al)

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Estratégia de Alto Risco Estratégia de Alto Risco (intervenção em causas proximais): identificação, tratamento e controle

de todos os pacientes com hipertensão arterial de ≈15% da incidência de AVE (Law MR, et al. Br

Med J 1991;302:819-24)

Hipertensão

Pré-hipertensão

Pressão Arterial Sistólica

No.

de

indi

vídu

osEstratégia PopulacionalEstratégia Populacional: decréscimo de 33% do consumo per capita de sal na população

incidência de AVE de ≈22% (Law et al)

Pré-hipertensão + hipertensão

Pressão Arterial SistólicaAntes da

intervençãoDepois da

intervenção

No.

de

indi

vídu

osPré-hipertensão + hipertensão

Pressão Arterial SistólicaAntes da

intervençãoDepois da

intervenção

No.

de

indi

vídu

os

PopulacionalPopulacional

- Risco relativo baixo - Risco atribuível na população elevadoAlto RiscoAlto Risco

•Risco relativo elevado

•Risco atribuível na população baixo

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Hipertensão severa (PAS= 160+ or DBP=100+ mmHg) e AVEHipertensão severa (PAS= 160+ or DBP=100+ mmHg) e AVE

- Risco Relativo ~ 4.0

- Prevalência ~ 5%

Pré-hipertensão (PA= 120-139 or DBP 80-98 mmHg) e AVE Pré-hipertensão (PA= 120-139 or DBP 80-98 mmHg) e AVE

- Risco Relativo ~ 1.5

- Prevalência ~ 50%

(Chobanian A, et al. The seventh report of the Joint National Committee on prevention, detection, evaluation and treatment of high blood pressure: the JNC 7 report. JAMA 2003;289:2560-2572)

13%1001.01.0)(4.00.051.0)(4.00.05RA POP

20%1001.01.0) (1.50.501.0)(1.50.50RAPOP

1.01.0)(RR1.0)(RRRA

FR

FRPOP

aPrevalênci

aPrevalênci*

*Risco Atribuível na População Sem Ajuste

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Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

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Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

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Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

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Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

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Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

Page 120: Epidemiologia Translacional: Desafios Semânticos e Outros Moyses Szklo Homenagem a Rui Laurenti “Somos anões sentados nos ombros de gigantes. Nossa visão

Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

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Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

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Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

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Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

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Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

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Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação de conhecimentos

Tem como objetivo o estudo de etiologia e mecanismos de doença

Avalia associações através de medidas baseadas em diferenças absolutas (risco atribuível)…

Avalia associações através de medidas baseadas em razões (risco relativo, razão de chances)…

…e consequentemente privilegia avaliação de interação aditiva

…e consequentemente privilegia avaliação de interação multiplicativa

Avalia efetividade Avalia eficáciaConsidera confundimento de Saúde Pública de utilidade para a identificação de grupos de alto risco

Considera confundimento etiológico como um viés semelhante ao viés de seleção

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“Saber não é suficiente: é necessário aplicar

Ter vontade não é suficiente: é necessário fazer”

Johann Wolfgang von Goethe

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO