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f». "... Vi.>-.>aVÇX :W S^ _¦¦•*-•¦-¦•. j^g^^-í^.. Jl.»»... ^^jBgpgy . -»^",_-.».a,l_. Si-»-- » ¦xW-í-SP*¥-_-. - * Correio ¦ »»«_»-. Manhã t -:*r. ! .;.¦-». ¦"¦'jr*r<. „.;._ ._- s^aifè ffnprêHO nu machlnai rotativas ie MARINONI DireetOP -*> EDMUNDO BITTENCOURT ANNO VIII- N. 2.883 Rnpreuo em papel da casa J». PR10ÜX C —Paria RIO DE JANEIRO—SEGUNDA-^EIRA, 7 DE JUNHO DE 1909 f Registro literário *\S * ti "Vocabulário clymologico, orlho- graphica . prosódico", pelo barão de Ramiz Galvão. Tenho de me referir a um livro de va- jor tão excepcional e de tão indiscutível importância, que de nenhum outro me poderei oecupar hoje nos estreitos limites deste Registro. O trabalho do illustre glottologo sr. barão de Ramiz Galvão oecupa um vo- lume de 605 paginas, com uma introdu- cção de trinta e tantas, ein que são va- ladas, em estylo escorreito e na mais pura expressão dc linguagem castiça, as opi- niões do'autor acerca de tudo o que con- l cerne á etymologia, á orthographia e á J prosódia das palavras portuguezas deri- vadas do grego.; Abre a introducçao ^'geira synthcse do progresso realizado pela lingua nos sc- culos 15°, ite. e 17° nas obras dc nota- veis clássicos portuguezes; mas aprecia, com razão, o gráo de atrazo cm que fi- cou a orthographia, abandonada ao ca- priohbrsem norma c sem a minima syste- matização, porque os trabalhos, vindos á luz nos primeiros tempos d? disciplina grammatical, pouco influxo exerceram sobre o modo de escrever dos autores, carecendo de methodo racional c, por ve- zes, dos mais simples preceitos da analo- gia, força incomparavel que rege todas as línguas. "Os diecionarios que depois se publi- caram até o mais moderno, o do sr. Can- dido dc Figueiredo, appareceram inçados de absurdos c disparates ctymologicos, embora attestassem reaes progressos quanto á rropia crescente de vocábulos assignalados e estudados em suas diver- sas accepções: do erro dos ctymologistas nasceram desacertos e deploráveis con- tradições grápliicás, não escapando a essa coima nem os mais modernos, que até aggravaram aquelle mal com as hor- riveis tentativas de «inovações no sen- tido plionetico. O autor cita grande numero de incon- gruencias e de erros referentes á ma- neira dc grapliar ou á prosódia de voca- bulos nos léxicos de Aulcte e 110 de Do- mingos Vieira, revisto por Adolpho Coe- lho, e até 110 do sr. Cândido de Figuei- redo, que anda por abi a deslumbrar os basbaques com as suas contraditórias theorias c prclecções desenxabidas acerca das difficultladcs da nossa lingua. A parte mais eloqüente do trabalho é, porém, aquella cm que eruditamente cri- tica o autor os diversos systcnias gra- phicos que sc têm ultimamente proposto em Portugal, defendendo dos botes afeia- dores c irreverentes da iimovação o bcllo idioma*- dilecto filho do tronco latino, que a inconsciencia de tantos escriptores tem deturpado. 1.' mais um titulo de bc- nemerencia conquistado pelo autor, ico- noclasta impiedoso dos diecionaristas sem preslimo a cujo bando pertencem as me- diocridades chatas dc Faria, Lacerda c, «obre todos, Constando. Quando, ha cerca de dois annos, tive ensejo dc assignalar as contradições e os illogismos ila celebre reforma orthogra- phica em tão hora adoplada pela Academia de Letras, vi apenas se- cundada por um dos nossos mais bri- lhantes philologos a maior parte das.mi- nhas affirmações. O li», ro do barão de Ramiz Galvão vem agora deixar patente que eram justas e irrespondíveis todas essas affirmações, áccrcsccnlandò algu- mas que a sua decidida competência rc- gistrou agora e que me haviam escapado na rápida analyse daquelle montão dc incongruências pretenciosas. cu havia ansignalado a contradição dos sábios da Academia nos seguintes pontos:,;. o) a supprcssão do y, com excepção dos nomes tupis; b)a substituição dos grupos ch, ph e th pelas letras c ou qu, fo I; c)a eliminação de toda consoante que não tenha valor na pronuncia; d)a supprcssão dc todas as consoan- tes gcniinailas, excepto os rr, os ss c os U nos pronomes pessoaes; r) a eliminação do h mediano; /) a substituição, por ss, da letra s quando esta tiver entre vogaes o som daquella. Con firmando a sem razão c o despro- posito de semelhantes regras com argu- mentos novos c corroboradores ile quan- to af firmei, adduz ainda o autor nota- veis considerações sobre a eliminação absoluta da letra k c a do g com som de i 110 meio das palavras. Ouçamos o próprio autor: "A letra It de facto deve ser banida de muitos vocábulos portuguezes, cm que o descuido dos doutos a introduziu, como •— kaleidoscôpio, Itelotomia, keratiíc, kiaslro, etc.; nelles a substituição pelo ' t é naturálissima c obrigatória, dc accor- do com as regras communs dc derivação. Mas em hilotjramma, kilolitro, kilometro e kiries é razoável a substituição .fo k, quando esses vocábulos são de emprego mundial? Si syniliolizasscmos as tres pri- meira., que pertencem ao systema me- tricô, por esta fôrma Qyr., QI, e Qut, quen. nos coiiiprclicndcrin ? ¦¦_ A eliminação do uso do tj com som dc / no meio das palavras daria logar á mesma balhiirdia graphica: gestão c <//- jtstào, gerir c dijerir, gênese c con- ienito," Não é preciso a.sigiialar: o duplo disparate da sitpprcssfip do y.n... pala- vras derivadas do grego, c da ma con- icrvaçAo nas oriundas do tiijâng A eliminação do .1 w.rfi_u_£, traria, como lirni assignala o au_qlLfonju.it.- flcnvcl nntitiinnia das fóruía. ¦£«!_.., ina- bitarcl, desumano; no lado dc hábil, Itabi- lavei, humano, etc. A supprcssão de lei ras que nüo soam traria inevitável confusão, pria diversa pronuncia que tem no lirasil c cn,' l*or- •ligai muitas palavra., como fneto, que aqui sc diz fato c sn pronuncia fado . UAgnilo). Por esses c> outros do_t.ropo_.los, assim concluç len.atamçntá o autor as mas jtidicloias ponderações! "Km kunímn, cflá dizendo n Via razilo que os Inconvenientes du adòpçHò de >i- inillianlri preceito! seriam muito mais graves do que a appa.enta inutilidade dc *'Z'A.i'*x* letra», que o uso dos doutos {"».i.mmi cm vocábulos porlügiicse., nilo obstante haverem ellas perdido n seu vn- \ lor tm pronuncia, Si por este lado per- deram laes lelra» algu da .tia impurian- cia; si c verdade,que varia, dellas eni- nm de lodo e desiipparccernm na forma- fio dc certas palavra! portuguc.a. usu- •ei, pur outro ludo as mtc o uiu man* teve fftilMU fiaiidc Nrvtfo. na dli-' Redacçâo Rua do Ouvidor n. 147 tineção dos homopbonos, c sobretudo^ no que respeita á significação dos voca-' bulos. e •'•"«»•?•'*¦• e #a r •¦ ¦ A proposta simplificação, cm vez de ai- liviar, como pretende, o trabalho das ge- rações que nascem, complicar-lhes-á o problema. Linguas cultas ha, de orto- graphia abstrusa (como a ingleza, entre outras) que nunca julgaram necessário semelhante processo para facilitar ás creanças o conhecimento delia. -¦.-¦ Carecemos, sim, de uniformidade, de alguma systematização, de fixação orto- graphica; mas á luz de doutrinas sãs, e tudo isso. feito ponderadamente, de for- ma que se não substitua á variedade dis- crecionaria de hoje coisa mais conde- mnavcl ainda: o rcgreUo a ühi escrever bárbaro c inintelligivcl, que aproveita a ignorantes e desidioso_.,, Admiráveis palavras, qu^tSojdoquen- temente condemnam a audácia dos inca- pazes!-• O autor conclue, brilhantemente, pela ortographia usual, apoiada quanto possi- vel nos dados ctymologicos processo ecíectico c unico possivel entre os dois systemas antagônicos da ortographia ety- mologica e da ortographia phonetica, am- bos exaggerados. Si me assentasse a missão de critico esnr.erilhador de nequices em obra tão preciosa e rcvcladora de tanta competen- cia e tanta autoridade, eu accentuaria, antes de terminar, a minha divergência na prosódia da palavra omega, nome da ultima letra, do a.phabeto grego, que o autor accentúa na antepenu.-í tima syllaba, pronunciando ômega, quan-' do eu me inclino mais á pronun- cia paroxytona (oméga), Ae accôrdo com o parecer do saudoso mestre barão de Tautphoeus e a opinião docompetentis-l simo philologo dr. Alfredo Gomes. Acha-( ria, ainda, um certo excesso de rigor ety-? mologico na graphia das palavras septc,\ ermão e poneto, que a lei do menor cs-! forço e a da-queda da consoante média; —. reguladoras da transformação do la- tim bárbaro ou castrense nas varias lin- Engenho Novo, contra a candidatura Her- mes.* EXTERIOR.—Rcalisott-se eiíi Portugal unt~comicio republicano, de protesto contra o tratado do Transvaal e o adiamento das \ Cortes.—Falleceu cm Lisboa Elysio. Mendes, \—A festa nacional da Itália foi brilhante- Intente commemorada cm todo o'j(vino.—Sm ^Berlim, os membros do Reichstag offerece- fam um lunch aos deputados operários in- \glc:es.—Começaram o sair de èonstantitto- \pla as tropas gue oecupavam a cidade desde ia deposição de Abdul Hamiá.—A rainha Vi- \ctona chegou a Granja.—Realizou-se em An- ituerpia uma manifestação áe regosijo, por >ler a Bélgica recupcraáo o território do \Congo.—0 aeronauta Lathoniifes ifovas e \bem succeiiáas experiências com o seu atro- 1 plano. HOJE •*mr | O Correio Geral expede malas pelo Ri- ^Umberto, para Gênova ;-Rhalif, ^aro Ene- •nós Aires; Vasari, para Santos, Rio da 'Prata, Matto Grosso e Paraguay; Floria- hopolis, para o sul; Savoia, para Gênova f escalas.—Parte do nosso porto, com desti- po a Dakar, o crusaáor francês Catinat.—• H Associação Commercial áa Bahia reúne- ire para tratar da exorbitância áe preços Idas tarifas das ferro-vias.—Está de serviço ina Repartição Central de Policia o delega- \do auxiliar. Reuniões Effectuam-se as seguintes:* ' Gr.:. Cap.:. do Rit. :. Mod.;.,; sessão ordin.:. e eleição de membros effectivos; uymnasio Draniaticdf recita extraordinária; Sociedade União dos Proprietários, sessão; João Lima Monteiro Castro, almirante Alexandrino da Alencar-, conselheiro Catta Preta; dr. Aranjo Jo.ge(.por si e pelo ba- rão' do Rio Branco, conunendador Roberto Tavares, descmbarf;..'lúíí Antônio José de Amorim, dr. Ferrc-ir^' Ifraga, dr. Helvécio Monte, deputado Pedrii, Pernambuco; se- nador Pinheiro Macln}d-íJ.. Gomes de Sou- za, dr. Alfredo Pinto, dr. Baptista Pereira, senador Ruy Barbosa, conde de Selir, dr. Aarão Reis, deputado' Leão Velloso, dr. Da- vid Campista, generai Antônio Geraldo Souza AigUlar, dr. Joio de Oliveira La- caille.,'" Oi generaes Luia^Mcndeâ de Moraes, mi- nistro da Guerra, e Feli-igào Mendes Mo- raes, chefe da casa militar do presidente da Republica, têm recebido grande numero de cartas, cartões e telegrammas de pêsames pela morte de seu venerando pae, o sr. Fre- ilerico José de Móraé.. '«?> guas romanicas pcrmittem^ simpli- ficar. O autor "allegaria, talvez, quanto ás duas primeiras, que procurou a cohcren- cia uniformizando a,graphia dc septe e septuagenário, de cnnõo e germano. Mas cu poderia contestar que o mesmo não se con. a terceira (pondo), ts, em relação ás outras, ousaria lembrar ao erudito mestre: o) que a differcnça de graphica não; importa na incohcrencia allcgada, por-i que tambem na prosódia o mesmo factoí se verifica, pronunciando-sc sete, ao passo que se pronuncia sepiluagenai io. \ b) que a differcnça graphica é in-. evitavel nos derivados, principalmente nos adjectivos, como se nota em inverno e hibernai; egreja c ecclcsiastico; joven c juvenil, etc. Seriam esses os únicos reparos —ver- dadeiras nequices, como acima as quali- fiquei—a fazer no livro pfecioso de que acabo de me occuj».....¦, > : O trabalho no corpo"? magistral e reve- lador da alta competência do sr. barão dc Ramiz Galvão. Não ha descaidas, nem falhas, nem lacunas no texto. De quantos sc têm escripto sobre o as- sumpto, quer cm Portugal, quer no Bra- sil, é o presente livro o mais escorreito, o' mais completo e o mais erudito. £' trabalho dc mestre c de sábio. Otária m\tiem*€ttraòm. P. S. A propósito de umas referencias jocosas (e não crítica, porque tanto não ine- recia o livro) feitas no Registro dc 24 do passado ao impagável poema "O Primeiro Sonho de Adão", do sr. Costa Sampaio, ei- creveit-mc o autor uma carta irônica _ irri- tada, cfimmunicando-me que na 2* edição desse trabalho fará incluir a minha aprecia- ção, para que figure nclla, como notável tno- deto dc crítica literária (e elle a dar-lhe com a critica I), o pequeno commentario liumo- ristico da minha rhronica. Declara-me, tambem, o sr. Sanipaio que ficou consolado, porpue apontei cerca áe sessenta versos máos entre os novecentos e tantos áo volume. Desfaço, nesse ponto, uma ilhisiio do au- tor: cu não li nem a metade do livro, e isso chegaria para mostrar que encontrei ses- senta versos máos cm qiiatrocenlos e cin- coenta; mas a verdade é que o facto ha- vor citado alguns trechos mais caracteristi- cos do poema heroi-conii.o do sr. Sampaio não quer dizer que cu tivesse transplantado para o Registro todos os versos máos que me caíram sob as vistas. Fora mister dispor dc toda a t* pagina do Carreio, e contra isso protestariam, sem duvida, os leitores c a di- recção desta folha, que mais lucraria com lima cópia do Almauak áe Laeiiitiicrt ou dos Animes áo Congresso, si para tanto me desse áj&nàluquice. Deus me livre I Si algum dia me der a pachorra para es- crever utn farto volume commeiitatido todas as billezas do poema, cnvial-o-ei gostosa- mente ao sr. Sampaio, para que o faça figu- rar, mais conspiciiamcnte que as pilhérias do Registro, na 2' edição melhorada do seu lu- niiunso trabalho, I'or cmquaiilo, ficaremos a esperar um pelo outro: isto é: o sr. Sampaio, pelo volu- nn; promettido; eu, pelo esgotamento da l* edição do seu poema... ¦ bnç.imos votos para que, além dc uma pa- ciência evangélica, Deus nos dc a ambos muitos annos de vida e saude... Aiucn 1 O, —>¦—»—¦— ¦->'¦-»_»¦» Tópicos j[ Noticias O TEfflPC. Um domingo delicioso de sol. Cio limpo, irr.p.irlinHh ilmcntc limpo. MnililiMios dl.cr o Ca.tcllo que a temnc- ratürii máxima, _;"_¦, foi rcftistrada _i a lio- 1.1. ila tarde, o ,1 minima, 1./',_, it 7 i|j da m 11 nli.. —O liplelltn tcleirr.iplileo da ReparllçRo da Caria Marítima registrou as seguintes observa- •j.es s ¦Vlctorla, 34,11 Bnrbiíccn»; ifi,:; Capital (.Rio), 110,7: Campinas, ij,8; Oimrapuava, •4,aj Curityba, i_,j; IVirAtinguA, __,n; Plor!a< nopolls, 19,0; Santa Maria, 1.1,5; Porlo Ale irr,», 15,1 ; lliiR., i_,j; |(i0 Ural Montevidéo, 11,0, lililllllf, 10,4, c HONTEM -*a' lNTV.RlpR,~F,ra sallsfoetorlo o estado do dr. Affonso Prima, presidente da Repu* bilat.—RenllioH'Sí uma matlneé abordo do X. allnat,—U. Francisco Htrboio fni recebido tom demonstrações de affecto feio povo da Bahia; visitou vários edifícios, sendo* lhe tiffcreeiila um baitguele 110 palácio das Mereis.— Entrou da Europa o *a. gutle francês hm*ittiiit,—RnilleoH*tt um niatcli de fnot-.mll .11.. _ o BangA t o Ria* thuelo, vencendo o prímtlro, for 4—#.— Ai corridas do Juckry-Club dt s, Paulo rm-' detiim t,1 m.'foco, e at do Dtrbi), desta ca- fitai, lo',4ijtooo,-Ho»it um meellng no Missas Rezam-se as seguintes, por»alma de: D. Emma Baixa, ás 8 ila lioras, na egre- ja deN. S. da Piedade; Antcro José da Costa, ás 9 lioras, na matriz do Engenho Novo; Carlota Andrada Vieira Souto, ás 9 i\t ho- ras, na egreja dc S. Francisco de Paula; Manoel da Costa Alves, ás 9 horas, na ma- triz do Engenho Velho; . D. Carlola Barradas de Oliveira^ is 9 horas, no altar-mór da egreja de S. Francisco de Paula; Capitão de fragata Augusto Guedes dc Car- valho, ás 9 horas, na malriz da Candelária; Dr. Manoel Sylvestre Pereira Santos, á- 9 I noras, na matriz de S. João Baptista da La- \gpa; I ^Eugenia Costa, ás 9 horas, na cereja do Sa- ícramento; ' Paulo Biolchini, ás 9 i|__ horas, na egreja de ;i_. JOSé., A' tnrde e A noite S. Pedro— 11 Marchrsi di P.riola.•* Palace-Theatre—A princecae dos "dollar*. Recreio—O monòciilò do Averno. Apollo— A D C.' * Carlos Gomes—-t-i Luis de oottso. S. José—_1 guerra alegre. Parque Fluminense—Varias diversões. Concerto Avenida—Programma sensacional e sessões -inematograplilcas. Moulin Rouge—Fitas novas e outras diver- sões.' Cinematographo Rio Branco— Attrahente programma. Cineina-Paliice—Novas fitas. Grande Cinematographo Parisiense—Interei- •ante progranima. Cinenuiographo Paris—Fitas interessantes. Cinema Brasil—Programma variada. Deve, conforme "telegramma|lientfiu~'piibli- cado, ser lançado hoje, eni 'tondres, o em- preslimo de 600.000 libras,'ali igenciado nela Municipalidade da capital do Estado do Rio Grande do Sul. Conforme o mesmo tele- gramma, alguns jornaes londrinos fizeram a propaganda do empréstimo por melo de ex- tensos artigos descriptivos, acompanhados de vistas de Porto Alegre, ao passo que outros o combateram, predizendo o Daily Mail, para elle, o maior dos fiascos. Realizado 011 não, o empréstimo provocou aa imprensa londrina discussão que nio podia deixar de tocar ao credito nacional. Nem to- dos que acompanharam a discussão percebe- ram que áquclle empréstimo é indi ..crente a União. A maior parte, mesmo, nâo fez a distincção entre o governo local de Porto Alegre e o da Republica do Brasil. Para es- tes se tratava de um empréstimo brasileiro como qualquer outro. Assim, todas as obje- cçSes que a operação despertou, a critica que ella loffreu, volveram-se contra o credito do paii. Eii ahi em facto um dos muitos inconvenien- tes apontados por nós, dos empréstimos con- traidos no estrangeiros pelos governos e ad- ministraçBes locaes. Rcflectcm forçosamente sobre o credito nacional. Dahi o legitimo in- teresse da União em cohibil-os; o leu direito de intervir para impedil-os, quando 01 consi- dere inconvenientes e prejudiciaes a ella, União, direito que se pretende negar por um exaggerado respeito á autonomia dos Estados e municipios, consagrada na Constituição e inherente ao regimen federativo. E' admirável o santo zelo com que defendem, em tal caso, o que elles luppõem preceito constitucional, aquelles mesmos que vivem a violar a Consti- tuição desembaraçadamente, constantemente, sempre que lhes convém. Ao empréstimo da Municipalidade de Porto Alegre seguir-sc-á o da da capilal da Bahia, autorizado pelo poder legislativo local. Este ultimo empréstimo vae agravar a situação fi- nanecira da Municipalidade bahiana. Si ella não paga aos seus empregados, lia mais de nnno, porque suas rendas não chegam para isto, como poderá fazel-o d'ora avante, quando seus encargos com a nova divida lhe atiRnicntain a despesa, d qual não é de esperar corresponda proporcionalmente o accrcscimo da renda? A principio foram os Estados que recorre- ram .10 credito estrangeiro, agora são os mu- nicipios, por demais elevadas as obriga- ç.es brasileiras no estrangeiro, vão crescer com esses dois últimos empréstimos munici- paes, si forem realizados. Alé onde serio ellas levadas? Nlo presenteai nossos cha- mailos estadistas gestores da Republica os perigos a que expõe o paiz esse abuso do credito ? Não tim elles o dever de pòr termo a tão perigosas operações ? Não podia o go- rerno, mediante a Intervenção de sciu agen- les diplomáticos ou consulares, prevenir cs prestamistas, avliamlo-os positivamente dc que não podem contar com a responsabilidade da União, no caso dc iiupontu.lidadc dos deve- dores ? Será um crime cerrarem es ouvidos .ins nos- ms avisos os que tini a rci|>.ii.n_iil:i.t_» tle direcção da Republica. Sobre elles recairá a culpa do que possa acontecer A União, quando ie voltarem para cila os credores não pagos, apoiados por seus governos, Lembrem-la das luimllliaçõcs por que tèm passado outros pai» tes olicradoi, quando ie viram forçados ao pagamento. O estado dc «ande do presidente da Re- publica, dr, Affonso Penna, pudemos nuil- ciar agora, & %ll_nicntc satisfaclorlo. S. cx, passou melhor o dia c a noite de liontem, Desde o começo de iun enfermidade, sita ex. tem estado sob os cuidados dos drs. Mi- riicI Canto c Carlos llotto, seu medico as. i.«- tente, quu diagnosticaram iiiflucma dc fôrma respiratória. Estiveram hontem no palácio do governo, em visita n s. ex. os srs. major Francisco dc Assis, dr, Henrique Diniz, dr. Cordeiro da (.raça, senador Francisco Clycerlo, dr. l_nía* Martins, coronel J. Antônio de Al- meldt. dr, J. A. Albuquerque Mello, tfr. Ao que se dizia, hotiteml rfiuito em" reserva, em certa roda de senado1. ?jL^p sr. Rodrigues Doria, presidente de^ríÇíSi^p,'mandou propor aos mnioraes do Senado o seguinte accôrdo t ser reconhecido o sr.'Guiluerme de Campos, compromettendo-se o sr. Boria a dar ao sr. Felisbetlo Freire uma' cadeira de deputado. A proposta, segunda et «^segurava, não será acceita. Crusador "Cc,iit*ft »» Y. Realizou-se hontem, a bordo do Catinat, ''tinia malinée offerecida pirlo^ officiaes á marinheira brasileira. O nav.io achava-se ornajnKrntado a capri- cho, tendo tocado a banda do Corpo de Ma- rinheiros Nacíonaes. A's 3 lioras da tarde, teve. fhiçio a condu- cção dos convidados í e rçMia hora depois o navio estava repletode familias. Entre as pessoas presentes conseguimos vêr:» ; BarSo d^nthouard,' miniStró" da.Franca; Budet, cônsul da<França; Ojarlat, vice-con- sul da França;,almirante Hiílieiro Guedes, commendador Luifei Bruno,ministro da lta- Ha; commendador José tampreia, secretario da legação» portugueza; tenente Dods- worth ijartins, ajudante dffjo-dcns do mi- nistro da Marinha; capitão;dS- mar e guerra Ferreira Campello, commaiídante da divisão de cruzadores; c3pitão-de fragata Francisco de Mattos e^astellc Braífco, i"'tenente AristoteTbe.vJBBB|ro, capitão de corveta Paula Barros,"TTf'a»Alíredo aJPinto, chefe de policia c seu ajudante de ordjps; major Au- gusto Costa, dr. Henry Jacqtics Bcrnard. capitão-tenente Appio TÕMJtáto do Couto, assistente da divisão de cruradores; capitão- tenente Mario do Amaral e Souza, assistente dp Corpo de Marinheiros Nacíonaes, ca- pitão-tenente Thiers Fleming, dr. Moutinho Doria Escragnollc Taunay, Hoffinann, Lan-. zac, commendador Francisco Esberard.conde Leon Rccosé, Rcné Trachc, tolii* Subreboss, Artliur Marques, Aslcrio -Krdeatt, Fran- cisco Leite, capitão dV($rvéttRPáula Barros, Luiz Sarthou, tyasliington^cii^dr. Luiz Reis,Jorge Leite, João Berâmini e mada- mes Teixeira dc Barrou; Cazet/ Henry Ber- nard, Edgard Heckster, Cândida - Gomes, Dcsdré Camacho, Annita (Jástro Gomes, Bonavita, Hygino Costa, Bandeira de Mello, Mina Dupas, Amalia CoelIi#,'aFaçny Ver- gnond; e senhoritas Laura Paula. Barros, Lelia e L.la Teixeira Barr-qs, Máfía>, dc Souza Motta, Maria, UrsulíPe Emilia Lé- bre, Alzira Coutinhixv Eugenié, Suzane e Julianne, Bcrnard, Alice e 'Edith- Sarthou e Carlos Eêite.por. c;í-jJ'/..!MÍ.,, A's 3;i|«'lfora'_'"edf-73are;i--a5 (í_nsi-s que 6c prolongaram, senipi': animadas, até ao arriar da bstmleira, mo*:.nto em que as ban- das que achavam a_ bordo- tocaram o hynnio francez c o nacional, Entre os nossos offiiriacs o o? do, Catinat reinou sempre a maior cordialidade, tro- cando-se amistosos brindes. Aos convidados foi servido um deli- cado lunch. O delegado da Liga Marítima Franceza no Brasil e sócios da referida Liga offcre- ceram na pensão Vigouraux, em Santa The- resa, tim almoço intimo aos inferiores do vaso dc çruerra. O Catinat partirá h.ije do nosso porto, com destino directo a Dákar, ao meio dia. Foi julgado incapaz para o sefviço do Exercito o capitão aggrecada ã arma de in- fanteria Alfredo Martins Pereira, que será re- formado no posto de major. Esle distineto official frâ em breve para Manáos, onde aguardará a sua reforma. ,a? O Elixir do Mastruço é o unico que cura qualquer tosse rapidamente. Da commissão promotora do banquete of- ferecido cm Ncw-Castlc pelos officiaes dc marinha brasileiros ,10 contra-almirantc Duarte Huct dc Baccllar, recebemos unia Noticia Commemorativa dessa patriótica festa, realizada a 20 de abril próximo passa- do, enfeixada num esplendido volume, im- jjícsso cm papel áfesetinado c com magniíi- BB, gravuras. \_j Çalii.*_¦_« A Bainha das águas de mesa 9Q-U.*r_9 Gonçalves /nnha 4 C. ELYSIO MENDES Mandam-nos di/.cr dc Lisboa que falleceu liontem, na Figueira da Foz, Elysio Mendes. Elysio Mendes, lisboeta da gemnia, foi um bcllo jornalista brasileiro, tendo o seu nome ligado a uma parte brilhante da histo- ria da nossa imprensa, Foi elle quem, em companhia dc Ferreira dc Araújo c Manoel Carneiro, fundou a Gazeta de Noticias. Todos sabem qne o apparccíniento dn Ga- cela 110 nosso mundo jornalístico foi assi- gnalado por um estrondoso suecesso. Era um jornal leve c barato.dc foitio novo, ven- dido pela insignificante quantia dc dois viu- tens. Fez carreira. A Guscla era o conuuentarjo justo, a cjironica ligeira c interessante. a'ndtt crite- riosa sobre oassumpto-do dia, a pilhéria, a reportagem. E Ferreira d>i Araújo, «-grande mestre, teve cm Elysio Mendes um bravo companheiro. Elysio sabia manejar com arte e graça a sua penna de jornalista, Espirito adeantado c culto, facilmente abordava qualquer assum- pto, sabendo tratal-o com superioridade c finura. Era, na vida dc sociedade, um cava- Iheiro dos mais disliuutos que o Kio tem tido. Da trindade de então, s6 agora resta Ma- noel Carneiro. Não é mais da imprensa. De- dicoit-se .'1 vida do commereio c nclla anda n labutar, slttiio com o nicsAo cntmtsiasmo, ao menos com a mesma nètividade com ntic, tantos annos atrás, trat.va dc fazer a Ga- sela. DEPOIS DB AMANHà O Filho da Floresta Os drs. Dtipay c 1'crfet, jncarregades do serviço dc veterinária, nos corpos desla puar- nlção, furam lidiiicin A residência dn Rcnenit Caetano de Faria, Inspector permanente da p" região, f.fim dc cumprhictitnrcm 1, cx, por ler assumido a respectiva Impeeç.lo. A mesa do Senado, attendendo As conve- nlcuelnSido serviço, tomou a resolução de separar'b archivo daquella casa do Con- gresso da respectiva secretaria. Para director do archivo seri. nomeado o antigo official da secretaria, sr. Francisco Calmou. O sr. Francisco Gurgulino tle Souza, professor do Instituto' Benjamin Constant, concorreu com 48$ para auxiliar a nianitten- çáo da escola proflsiloml c asylo pnra cégoi e adultos, estabelecimento de caridade fun- dado ha quasi um anno pela AisoelaçAo Pro-cciora dos Cegos 17 At Setembro, ii- tutdo i rt» Vol-j-tarioi dt Palrk itf, w ILEGÍVEL CanÉatüpa Hérnias A NOSSA ATTITUDE Que ha falta de homens na Repu- blica, ê facto que ninguém pôde con- testar. A prova aqui está: S. Paulo que altivamente se fez o paladino do espirito liberal e anti-militarista, em com- bate à candidatura do marechal Hermes, nfo tendo tido a coragem, que seria nobilissima e sympathica, de ficar ao lado do dr. David Campista; não queren- do ver a Republica e o Thesouro cairem nas mãos dos Carlitos e Azèredos, -si o candidato eleito fosse o sr. Ruy Barbosa; ' sabendo que o barão do Rio Branco não acceita, em caso algum, a futura presi- dencià; S. Paulo anda á cata de um ho- mem no qual possam todos confiar, e não encontra! E' de tal ordem a penúria, que se fala no nome do sr. Joaquim Mur- tinho, que tanto enxovalhou a Republica e o governo com a sua corte de marafo- nas e alcovetos. Não foi um movimento de opinião que fez baquear a candidatura do dr. David Campista. Ao contrario, a opposição que lhe fizeram, longe dc o diminuir, serviu para lhe realçar a formosura do caracter e a pureza inmiáculada da sua vida ou- blica.* A nação inteira o acceitava, sem en- thusiasmo, é certo porque as candi- daUiras politicas não despertam cnthu- 'síasmo mas com a confiança c a dis- crfcta sympathia que inspiram os ho- mens dignos. Duas causas determinaram a queda dessa candidatura. Uma foi a fraqueza do conselheiro Affonso Penna, que não quiz revidar o duro e.iiiòpinádb golpe do seu ministro da Guerra. Outra, e esta a causa verdadeira c unica de tudo o que se deu, foi a traição monstruosa c vil do presidente de Minas. Não foi uma crise politica que aluiu c derrubou a candidatura Campista; íoi uma crise moral, que revela a decaden- cia dos tristes dias em que vamos. Tres personagens figuravam, predo- minando, neste acto da nossa vida poli- tica: o presidente da Republica, o pre- sidente de Minas e o ministro da Guerra. Os mais foram figuras secundarias, que exploraram uma situação para a qual, de facto, em nada concorreram. Não será de nós que partirá uma' palavra dc aceusação contra o venerando sr. conselheiro Affonso Penna, pelo pro- ccdiniento que teve deante da condueta do seu ministro da Guerra. De certo, o primeiro ímpeto que veiu ao seu espiri- to foi aquelle que oceorre logo a toda gente: conceder immediatamente a de- missão que o marechal Hermes solicitara. Mas 110 seu animo prudente e patriótico pesaram, talvez, os receios dc precipitar o paiz numa agitação perigosa. Depois, qualquer que fosse o resultado, não fal- tariam bocas nialdizciil.e_.quc o aceusas- som dc haver, n.unY requinte da arbítrio c teimosia, sacrificado a tranquillidade do paiz, por amor da eleição de um candi- dato seu aniigo. A historia, breve, ha dc fazer justiça a esse acto meritorio, que para muitos foi uma prova de fraqueza, mas, para nós, representa um traço de virtude. O que não podemos perdoar, nem ha um espirito justo que desculpe ca traição abjecta do sr.-í.Vencesláo Braz. Este, devorado por pequeninas ambições inconfessáveis, sacrificou a situação po- litica dc seu Estado c faltou a todos os devores dc honra dc um homem publico,' para se deixar agora pendurar, como um judas, na vicc-presidcncia da Republica I E a condueta do marechal Hermes ? O seu manifesto, cuja publicidade a nação inteira espera anciosa, é que vae responder a essa pergunta. Ou s. ex. revela-se um aventureiro, um traidor ambicioso, que merece a con- demnação dc todo o mundo, e esta hy- pothcsc desde logo excluímos; ou s. cx. se mostra um homem superior, que, num momento angiistioso para sua pátria, se sentiu com a virtude c força para sal- val-a, cngrandcccndo-a. E aqui começamos a definir a nossa at- titude perante s, ex. Era preciso colorir com uma apparen- cia dc lógica c lealdade a campanha 1110- vida contra a candidatura Campista. Al- legavam que cila era uma' imposição do presidente da Republica, quando a nação c que devia escolher o seu candidato. Per- feitamente. Mas a nação não vota. Des- de que veiu a República e sc instituiu o suffragio universal, os cidadãos brasilei- ros perderam o direito dc voto. Ma vinte indivíduos, chamados governadores ide Estado, que dispõem dos destinos da nação. A luta travada contra a candidatura Campista não era, evidentemente, a na- ção reivindicando o legitimo direito dc escolher o seu chefe: ern uma parte dos vinte oligarchas do paiz, representados pelo sr. Pinheiro Machado, que queriam continuar na posse do privilegio dc esco- lher um representante dclleè, que fosse no poder um prisioneiro ou cúmplice dos seu crimes c sc oppuuham á candidatura Campista, por não terem sido prcvinmcii- te consultados. A nação, esta era iudiffe- rente á luta, porque, desde niuito, sabe que perdeu a regência dc si mesma. Perguntc-sc a qualquer um homem sim- pies, capaz de traduzir honestamente o sentimento nacional: Quem c mais competente para indicar um candidato dc accôrdo com os interesses sérios do paiz um presidente da Republica que che- gou ao cimo dc suas ambições politicas c tem a comprchensão Ans necessidades na- cionaes, ou vinte politiqueiros fallidos, frutos da oligarchia c da trapaça, sem as quaes clles,*nfio poderiam existir ? A resposta nào poderia deixar dc ser favorável ao primeiro, que, cvideiitemcii- te, dos males é o menor. Ora, quando mais necesa andava a luta entre a acçSo do presidente e as cavi- lo.;i.i prctciiçóc*. das oligarchia. donii- limites, na escolha do futuro chefe da nação, o marechal Hermes, minis- tro da Guerra, atirou, inop!ttadan>e.itc, a sua espada solire n mesa dos despachos do governo, O teu acto produziu umn im- pressão do desmoronamento. Para logo, sob o prestigio da sua espada, rápido, acollieu-ic o cordão doi oligarchas mais repugnante; e 8. cx, torou-se o can- didiiio á presidência da Republica, avela- mado mima convenção cm que o primeiro suffragio que o lagrou saiu do pús: par- tiu da boca dd ir. Sllvcrlo Nery. Deante disso, a admiração e a i.vmpi- thia daquellei que enxergavam em 1. cx. 0 grande patriota gue vinha immlitir i '!r',«* povo na posse de seus direitos politicos, mudou-se cm uni sentimento de descon- fiança e hostilidade, que vae crescendo dia a dia. A nação, cujos sentimentos civicos despertaram numa esperança de melhora, quer saber, de modo claro e certo, como deve considerar a condueta dc s. ex. Por isso espera anciosa a sua palavra. Ou s. ex. entendeu que nem o presi- dente da Republica nem as oligarchias enfçudadas no Senado e na Câmara têm o direito de escolher e indicar o nome do candidato á presidência, porque o direito dessa escolha cabe unica e exclusiva- mente á nação; e neste caso s. ex. é um benemérito, a quem todos nós temos o de- ver de tributar um grande culto. Ou s. ex. entendeu que essa escolha não cabe ao presidente da Republica, mas pertence ás oligarchias, chefiadas pelo sr. Pinheiro Machado, das quaes se transformou em instrumento, quando gol- peou a candidatura do dr. Campista; e, então, s. cx. é um aventureiro ambicioso, um traidor que todos nós devemos com- bater até ao extermínio. Ora, nós. fazemos justiça ao caracter puro e leal do marechal Hermes, c' nem um instante duvidámos da nobre eleva- ção dos seus intuitos. Por isso, desde o primeiro momento, acceitámos a idéa da sua candidatura, como a do unico homem que, neste momento, pôde realizar a gran- de obra de destruir as , oligarchias que dcshonrani e opprimem a Republica. Mas é preciso que s. ex. declare, alto e bom som, que é esse o seu programma, para que o sr. Pinheiro Mach_-Í_ e o rebanho vil que lhe anda á cirga não vc- iiliíun dizer, mais larde, que s. cx. os traiu. Ora, dentro da Constituição ha um meio cfficaz de destruir as oligarchias: e acabar com o suffragio universal, que a base cm que ellas sc sustentam, c, em logar deste, crear o censo alto. A Mas para isso é preciso a revisão. E esta pôde ser feita por um militar de prestigio, amparado pela sua classe ou por um elemento civil, nascido de uma revolução vencedora De outro modo nunca sairemos do que somos. No dia em que o marechal Hermes da Fonseca levantar a bandeira do revisio- nismo, perderá talvez o apoio do sr. Pi nheiro Machado, mas ganhará o applau so estrepitoso da nação inteira, e con» este a gloria civica mais pura que jamais aurcolou um homem publico 110 Brasil. , Si estas foram as idéas que levaram s ex. a atirar a sua. nobre espada sobre a mesa dos despachos do governo, estarc- mos ao seu lado, para o abençoar e de- fender, em nome do povo agradecido. Mas si, em vez disso, s. ex. se trans- formar cm prisioneiro do general Pinhei- ro Machado e das oligarchias que o acom- patinam, terá nesta folha uma adversário pertinaz c irrcductivel. DEPOIS DE AM " NHà O Filho da Floresta —m-+-^*^~-¦ Hoje e amanhã, grande venda de retalhos e saldos—Casa Rauiiicr—172, Ouvidor. PORTUGAL Lisboa, 6—O cruzador J_>oii Carlos parte, brevemente, para a bahia dc Lagos, onde vae prestar honras á esquadra ihglcza do Mediterrâneo, que é ali esperada no dia 9 do corrente. A demora da esquadra será dc seis dias. Lisboa, 6—Realizou-se hoje, em Porta- legre, um grande comicio republicano, para protestar contra o tratado do Transvaal e o adiamento das Cortes. Falaram os srs. João Chagas, Bemardino Machado, Rclvas eEu- zebio Leão. Lisboa, 6 0 paquete Hollãndiá, que aqui sc acha fundeado, foi hoje visitado por numerosos jornalistas, os quaes verificaram que o deputado hespanhol, sr. Lcrroux, não se achava a bordo, como haviam annuncia- do alguns telegrammas enviados para Lis- boa, dc Santa Cruz de Tencrifc. Lisiíia, 6 Falleceu hoje, na Figueira da Foz, o sr. Elysio Mendes. Os proprietário, dos armazéns "Ao j* Ba- raleiro", á avenida Central, convidam os seus distinetos freguezes a assistirem A primeira extraecão dc brindes semanaes, hoje, ao meio dia, no mesmo edifício. Reforma de assignaturas Attendendo aos pedidos dos nossos leitores, especialmente os do interior, resolvemos, como fitemos em princi- pio do anno, proporcionar-lhes, tam- bem, agora, uni abatimento sensível das assignaturas do CORREIO DA MANHA. Assim, desde já, até 15 do próximo mes, o preço dc nossas assignaturas obedecerá á seguinte tabeliã: <••••• Um anno, Seis mezes. •.. 25$00O i6$ooo 5. importância das- assignaturas deve ser dirigida, cm "vales" ou "rc- gistrados" do Correio, ao gerente desta folha V. A. Duarte Felix. Pingos e Respingos O Carlito (iti IA desanimado com n can- dldalura Ruv. •) Salvador banlo» lomou-lbe a dc-titeir.- na direcção da propaganda, » *? ²O üeninrdo, lanilielrn teve de recuar minuto 00 propósito de ligar o Kstado do Mio 4 Bahia..._,- . , , , . ²Sim. Kr.iinu, O Ascleplaitrs e nue, emuiianto isso, uinneou... na canccis&o paru a caia de ioao na Jurujula. 1.1 * Corre ror «til nue no .manifesto da con- ventiio de __ ha iim.i nsslitnnttir-i.rnsnada. Querem ver que i t do Juruitienlia r O SR. e ? ? GUILHERME DE CAMPOS JA dli um itraceinilur 10 .v«ar-)lio o novo dcunn. ti rr. «mente uu lenailor, o.vir-llio o novo dcsenstei Presidente uu lenador, U' lado mu icr dcpoiio 1 * e . O. AsctenUdei vae orvanliar unia linha de l.imli.i*. a <.'H»r [>,ir,i >nti'lu»lr a, lurtiluU oi Ine.rl», , (liai vio nv .es il Cllll' iil frruticfc* de .11.1 cstncAo IminearlA, , As Imiclin* i>Ao, iiuuenliiai. Ate loii.r como o dlalio I •sora falar miistilíatlniiieiite. •" '". Ttm" " **m Corri",, de Freitas vie Iniiiínle. tm de falir nor dii»< le- Blirm filar , , Uecerto. Ttt_ . «Islnturii. n«.\r_ passada nlo o dtlxarim entrar vara o Cniniri... _ O rovcrnnder .nüo Machado, te pifielo da PimIivIm, 1*111 ym_;i.:, . liniiito I Aiiiuiiica.it nue o Hermes nu. r dar cibo dai eflgarchln, iiori tnxst mano áiUntii acliou de dir um p*imIo A liuropa, «U iMtiibf» I ftltMmêO, . ,y Sagrado é profarjo Um periódico humorístico commentava no u limo sabbado o faeto da inawmraçío da luz electrica na estreia da Gloria, a mais ele- íante talvez de nossas eereias catholicas. * _.-Z.'„\ ¦?"?., * Dr0P0SÍt0 da ,a« de dam- oawe betada „a sacristia. entre saudades ao parocho e bons desejos pelo triumoho" da Este casamento do sacrado com o profano. on« de suscitar o riso trocista, devera dai>* thema a larnas dissertações philosopliica. sobre a possibilidade de vermos em futur». próximo a Religião e a Scieneia. a T_.eo.onta e a Industria, o Dogma e o Th.orema dc mão_ dadas, bons amico», formando na Brande oa- rada humana, caminho do I'rocresso Não ha duvida Que nós caminhamos para o melhor. Tazem no porão da Historia tempos ommosos da intolerância, quando sc n.Z KUt'ÍraS de, 8abios e "hilosonhos merece como se ,. fa-em hoje de bond «11 dias de exacerbação publica. A-jora. ai algum foRo tem os sábios a temer « a „" rotechnia dos rlietoricos. o bem aacrosanio dos vaies oue os descarnam em odes e can- çonetas.u Iloie os inventores ao acclamados. eadeo- sados. chamados de coisas que até bem pouco so eram cabíveis ás namoradas e ás actrizes bonitas: "Salve estrclla da America do Sul" etc. A' mesma victima desta metanhora' astro, nomica. ura austero director de uma de nossas academias superiores, jjjjia, num arroubo de entliusiasmo iuycnil. que'estava lonue de trair os seus setenta invernos: "Sobe. Dumont. atravessa a ailmiosuhcra desconhecida, os Planetas e as estrellas c quando checares ao Sol dize-lhe..." e ao Sol. Era 6esruia-se um recadinho a ameaça de vel-o queimado, o pobre aeronauta, não ás brazas da pyra do Santo Officio. mas nas labaredas de Hclios. para olona do Brasil ante quem a Europa 14 aa curvara. Um membro illustre do Club de Engenharia ' cantava em máos versos: Vae Duino'it abre esse véo Oue occulta de nós o céo Tira a Gloria d'onde esti!.., E' assim hoie em dia: Edison. Mareonl. Roentüen. os irmãos Wrisflit têm o antecoso Ja iinmortalidade. E a EKreia, muito Ioiiru le accusal-os de connivencia com o Demônio, acolhe-os no seu seio bciltifico, tem-n-os como Inspirados pelo foco divino e aproveita-se - Jas suas invenções para maior cloria e brilho- da Fé.'*, Marchamos para o melhor, n.o ha duvida. O actual prisioneiro do Vaticano, apezar * da enraizada primitiva, que o faz parecer um Papa dos tempos de Galba e Doraiciano, vae em breve assustar as andorinhas e 03 -ardacs dos jardins de sua prisão com o fidf-tiuff do seu "auto" de luxo. presente reüio de I. Pierpont Morcan. As bulas oapaes são escripías á machina pelo cardeal secretario, á luz de .uma "Tantalum lamp" de ío velas: e depois impressas em linotypo com o retrato de Sua Santidade, em triehromia. Não tarda o tempo em que a pianola substitua o oreão fanhoso e que os scrniOe» los presradores de nota sejam reproduzidos nhonoeraphicamente. do púlpito de todas as cürci.is db mimdp. com proieccão de cinema» tonraplio. O cineiiiatosraplio. aliás, não é uma aovi, dade uas citrcjiis. Nos Estados Unidos vimos, durante a se. mana santa, em fiEiirns animadas, as scena. da Vida e Paixão de Christo num templo ca- tholico. de um catholicismo irlaudcz. o mais puritano c orthodoxo de quantos haja no mun- do christão. Nesse mesmo paiz de assombros, ha tem- iilos com a disposição inlcrna absolutamente idêntica á dc um theatro moderno: ordens de camarotes, platéa em declive c nalcrias para o povileo: á entrada ha unia bilbeteri* onde se compram os iiiEressos para a missa solenne. Por amor á iustiça, que deve ser altamente cotada na casa de Deus. os preços variam, segundo a mellior collocação dos logares: as cadeiras mais próximas ao altar e ao púlpito são as mais caras c note-se de passagem estão quasi sempre assisnadas por todo o anno. nara a inteira scason rcliüiosa. Escandalizam-se os meus catholicos leitores f Sem razão. Pois não será preferível auxiliar- ie o culto por esse modo franco e pratico, dando-se uma esmola, proporcional ás vanta- gens que se tèm de ouvir melhor as homílias e os psalmos sagrados? Além do que, evita-se assim a snccóla tilin- lante. á porta do templo, causa dc muita enca- listracão. quando o mortal, .1 quem sobra pie- dade e escasseia o crame, de cara com uma lenhora conhecida mie, sorridente, lhe a dentada mvslica: esmola oara a ccral E a sente muito encafifado, apalpando tro forma o bolso magro:— "desculpe d. Ma- roca, não tenho trúco".,, E' horrível 1 A Egreja faz liem cm ir adornando oe pro» cessos da civilisação profana: a luz electrica, o cinema, o nhononrapho, ele. Muilo era breve o Viatico Sagrado será conduzido em automóvel aos moribundos. E porque não? O automóvel é mais rápido: o eslado o adoplou. por isto, para portador dc soceorros corporaes. Porque não ha de o parodio levar com n rapidez possivel o soe- corro espiritual a quem, sem elle. nSo pôde dignamente entrar no seio de Deus? Deixem falar nucia fale: caminhamos para o melhor.* Ha dias, apreciando• cem encantamento a,. illuiniiiação da egreja da -Gloria, cu via Nossa Senhora toda aurcolada num nimbo dc luz suave c mvslica: fulguravatn as pedrarias da coroa e^ o teu \ manto azul parcela banhado de lllha claridade estranha, mysteriosa e dl- vina, vinda talvez do-Além... Não vinha: vinha de mnis perlo, de uma lâmpada de mercúrio, dc 600 velas, convenien- temente collocada ao cimo do aliar. NSo criiii que em muitos espíritos se for», tificas.ie a fe, mercê do ambiente celestial, luggeslivo da Claridade eterna, suave e con- soladora, creado pela luz da latnpada.de mer- curio? Sim: venha .1 Industria moderna em auxilio da I.iiliiirtiia. Dèm-sc as mSos a Mecânica e o Dogma; que n Elcclricidade penetre noi templos e nue o nome de Deus sela propa- rado pelos S. Piiulns modernos, por iiiterme- dio do nlionographo. do clncinatoiiraptio. da tclegranhia sem floi, Tudo isto nâo c em fim de contas obra da meiino Eterno Industrial, em honra de quem ic dizem missas e te fazem sermões? m i 9. Xiquott DEPOIS OB AMANHA 0 FILHO P* FLOREST* ^a»*9**-**^^*»***^ IVrfiiiiiarlmi flua* Caia llermanny —. Gonçalves Dlai 6$ e Avenida Central i__. IHCEHPIO CM CftMplHftS ft, Paulo, fi—Noticiai lioje cliegadai de 1'amplnas, sobre o grande Incêndio havido limitem, a noite, nessa cidade, no deposito de madeiras da Coni|intihia Mie llnrdv, ndcnittnm que o fnno foi extineto de|ioli tias a horas da niuiiniKAila, icmln o serviço feito por algum bombeiros nitmlclpaei, au- xllindus pnr cincoénta toldados dc policia. 1'arece que a cama do ilnislro foi a mé- cha de uni balAo, que caiu lobre o edifício, lendo tido Inicio o fogo no deposito de ma- iltlra.. alcançando depois muros pavilhõei, Inclusive a residência ilo engenheiro Alim David. Oi prcjulioi ilo mcnorei do qut ia itippiinlia.f, nteimo assim, púilcm «if tm perto dt fuireaU cenloi " 1 eO^tf-M '4 I

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    -:*r. ! .;.¦-». ¦"¦'jr*r EDMUNDO BITTENCOURT

    ANNO VIII- N. 2.883Rnpreuo em papel da casa J». PR10ÜX '» C —Paria

    RIO DE JANEIRO—SEGUNDA-^EIRA, 7 DE JUNHO DE 1909

    f Registro literário

    *\S

    *

    ti

    "Vocabulário clymologico, orlho-graphica . prosódico", pelo barão deRamiz Galvão.

    Tenho de me referir a um livro de va-jor tão excepcional e de tão indiscutívelimportância, que de nenhum outro mepoderei oecupar hoje nos estreitos limitesdeste Registro.

    O trabalho do illustre glottologo sr.barão de Ramiz Galvão oecupa um vo-lume de 605 paginas, com uma introdu-cção de trinta e tantas, ein que são va-ladas, em estylo escorreito e na mais puraexpressão dc linguagem castiça, as opi-niões do'autor acerca de tudo o que con-l cerne á etymologia, á orthographia e á

    J prosódia das palavras portuguezas deri-vadas do grego. ;Abre a introducçao ^'geira synthcse do

    progresso realizado pela lingua nos sc-culos 15°, ite. e 17° nas obras dc nota-veis clássicos portuguezes; mas aprecia,com razão, o gráo de atrazo cm que fi-cou a orthographia, abandonada ao ca-priohbrsem norma c sem a minima syste-matização, porque os trabalhos, vindos áluz nos primeiros tempos d? disciplinagrammatical, pouco influxo exerceramsobre o modo de escrever dos autores,carecendo de methodo racional c, por ve-zes, dos mais simples preceitos da analo-gia, força incomparavel que rege todasas línguas."Os diecionarios que depois se publi-caram até o mais moderno, o do sr. Can-dido dc Figueiredo, appareceram inçadosde absurdos c disparates ctymologicos,embora attestassem reaes progressosquanto á rropia crescente de vocábulosassignalados e estudados em suas diver-sas accepções: do erro dos ctymologistasnasceram desacertos e deploráveis con-tradições grápliicás, não escapando aessa coima nem os mais modernos, queaté aggravaram aquelle mal com as hor-riveis tentativas de «inovações no sen-tido plionetico.

    O autor cita grande numero de incon-gruencias e de erros referentes á ma-neira dc grapliar ou á prosódia de voca-bulos nos léxicos de Aulcte e 110 de Do-mingos Vieira, revisto por Adolpho Coe-lho, e até 110 do sr. Cândido de Figuei-redo, que anda por abi a deslumbrar osbasbaques com as suas contraditóriastheorias c prclecções desenxabidas acercadas difficultladcs da nossa lingua.

    A parte mais eloqüente do trabalho é,porém, aquella cm que eruditamente cri-tica o autor os diversos systcnias gra-phicos que sc têm ultimamente propostoem Portugal, defendendo dos botes afeia-dores c irreverentes da iimovação o bclloidioma*- dilecto filho do tronco latino,que a inconsciencia de tantos escriptorestem deturpado. 1.' mais um titulo de bc-nemerencia conquistado pelo autor, ico-noclasta impiedoso dos diecionaristas sempreslimo a cujo bando pertencem as me-diocridades chatas dc Faria, Lacerda c,«obre todos, Constando.

    Quando, ha cerca de dois annos, tiveensejo dc assignalar as contradições e osillogismos ila celebre reforma orthogra-phica em tão má hora adoplada pelaAcademia de Letras, vi apenas se-cundada por um dos nossos mais bri-lhantes philologos a maior parte das.mi-nhas affirmações. O li», ro do barão deRamiz Galvão vem agora deixar patenteque eram justas e irrespondíveis todasessas affirmações, áccrcsccnlandò algu-mas que a sua decidida competência rc-gistrou agora e que me haviam escapadona rápida analyse daquelle montão dcincongruências pretenciosas.

    Já cu havia ansignalado a contradiçãodos sábios da Academia nos seguintespontos: ,;.

    o) a supprcssão do y, com excepçãodos nomes tupis;b) a substituição dos grupos ch, phe th pelas letras c ou qu, fo I;c) a eliminação de toda consoante quenão tenha valor na pronuncia;d) a supprcssão dc todas as consoan-

    tes gcniinailas, excepto os rr, os ss c osU nos pronomes pessoaes;

    r) a eliminação do h mediano;/) a substituição, por ss, da letra s

    quando esta tiver entre vogaes o somdaquella.

    Con firmando a sem razão c o despro-posito de semelhantes regras com argu-mentos novos c corroboradores ile quan-to af firmei, adduz ainda o autor nota-veis considerações sobre a eliminaçãoabsoluta da letra k c a do g com somde i 110 meio das palavras.

    Ouçamos o próprio autor:"A letra It de facto deve ser banidade muitos vocábulos portuguezes, cm queo descuido dos doutos a introduziu, como•— kaleidoscôpio, Itelotomia, keratiíc,kiaslro, etc.; nelles a substituição pelo' t é naturálissima c obrigatória, dc accor-do com as regras communs dc derivação.Mas em hilotjramma, kilolitro, kilometroe kiries é razoável a substituição .fo k,quando esses vocábulos são de empregomundial? Si syniliolizasscmos as tres pri-meira., que pertencem ao systema me-tricô, por esta fôrma Qyr., QI, e Qut,quen. nos coiiiprclicndcrin ?¦¦_ A eliminação do uso do tj com som dc/ no meio das palavras daria logar ámesma balhiirdia graphica: gestão c i-inillianlri preceito! seriam muito maisgraves do que a appa.enta inutilidade dc*'Z'A.i'*x* letra», que o uso dos doutos

    {"».i.mmi cm vocábulos porlügiicse., niloobstante haverem ellas perdido n seu vn-\ lor tm pronuncia, Si por este lado per-deram laes lelra» algu da .tia impurian-

    cia; si c verdade,que varia, dellas eni-nm de lodo e desiipparccernm na forma-fio dc certas palavra! portuguc.a. usu-•ei, — pur outro ludo as mtc o uiu man*teve fftilMU fiaiidc Nrvtfo. Já na dli-'

    Redacçâo — Rua do Ouvidor n. 147tineção dos homopbonos, já c sobretudo^no que respeita á significação dos voca-'bulos.• e •'•"«»•?•'*¦• • e • • • #a r •¦ • • • • ¦

    A proposta simplificação, cm vez de ai-liviar, como pretende, o trabalho das ge-rações que nascem, complicar-lhes-á oproblema. Linguas cultas ha, de orto-graphia abstrusa (como a ingleza, entreoutras) que nunca julgaram necessáriosemelhante processo para facilitar áscreanças o conhecimento delia. -¦.-¦

    Carecemos, sim, de uniformidade, dealguma systematização, de fixação orto-graphica; mas á luz de doutrinas sãs,e tudo isso. feito ponderadamente, de for-ma que se não substitua á variedade dis-crecionaria de hoje coisa mais conde-mnavcl ainda: o rcgreUo a ühi escreverbárbaro c inintelligivcl, que só aproveitaa ignorantes e desidioso_.,,

    Admiráveis palavras, qu^tSojdoquen-temente condemnam a audácia dos inca-pazes! -•

    O autor conclue, brilhantemente, pelaortographia usual, apoiada quanto possi-vel nos dados ctymologicos — processoecíectico c unico possivel entre os doissystemas antagônicos da ortographia ety-mologica e da ortographia phonetica, am-bos exaggerados.

    Si me assentasse a missão de criticoesnr.erilhador de nequices em obra tãopreciosa e rcvcladora de tanta competen-cia e tanta autoridade, eu accentuaria,antes de terminar, a minha divergênciana prosódia da palavra omega, nomeda ultima letra, do a.phabeto grego,que o autor accentúa na antepenu.-ítima syllaba, pronunciando ômega, quan-'do eu me inclino mais á pronun-cia paroxytona (oméga), Ae accôrdocom o parecer do saudoso mestre barãode Tautphoeus e a opinião docompetentis-lsimo philologo dr. Alfredo Gomes. Acha-(ria, ainda, um certo excesso de rigor ety-?mologico na graphia das palavras septc,\ermão e poneto, que a lei do menor cs-!forço e a da-queda da consoante média;—. reguladoras da transformação do la-tim bárbaro ou castrense nas varias lin-

    Engenho Novo, contra a candidatura Her-mes. * •

    EXTERIOR.—Rcalisott-se eiíi Portugalunt~comicio republicano, de protesto contrao tratado do Transvaal e o adiamento das

    \ Cortes.—Falleceu cm Lisboa Elysio. Mendes,\—A festa nacional da Itália foi brilhante-Intente commemorada cm todo o'j(vino.—Sm^Berlim, os membros do Reichstag offerece-fam um lunch aos deputados operários in-\glc:es.—Começaram o sair de èonstantitto-\pla as tropas gue oecupavam a cidade desdeia deposição de Abdul Hamiá.—A rainha Vi-\ctona chegou a Granja.—Realizou-se em An-ituerpia uma manifestação áe regosijo, por>ler a Bélgica recupcraáo o território do\Congo.—0 aeronauta Lathoniifes ifovas e\bem succeiiáas experiências com o seu atro-1 plano.

    HOJE•*mr

    | O Correio Geral expede malas pelo Ri-^Umberto, para Gênova ;-Rhalif, ^aro Ene-•nós Aires; Vasari, para Santos, Rio da'Prata, Matto Grosso e Paraguay; Floria-hopolis, para o sul; Savoia, para Gênovaf escalas.—Parte do nosso porto, com desti-po a Dakar, o crusaáor francês Catinat.—•H Associação Commercial áa Bahia reúne-ire para tratar da exorbitância áe preçosIdas tarifas das ferro-vias.—Está de serviçoina Repartição Central de Policia o J° delega-\do auxiliar.

    ReuniõesEffectuam-se as seguintes: *» * 'Gr.:. Cap.:. do Rit. :. Mod.;.,; sessão

    ordin.:. e eleição de membros effectivos;uymnasio Draniaticdf recita extraordinária;Sociedade União dos Proprietários, sessão;

    João Lima Monteiro dè Castro, almiranteAlexandrino da Alencar-, conselheiro CattaPreta; dr. Aranjo Jo.ge(.por si e pelo ba-rão' do Rio Branco, conunendador RobertoTavares, descmbarf;..'lúíí Antônio José deAmorim, dr. Ferrc-ir^' Ifraga, dr. HelvécioMonte, deputado Pedrii, Pernambuco; se-nador Pinheiro Macln}d-íJ.. Gomes de Sou-za, dr. Alfredo Pinto, dr. Baptista Pereira,senador Ruy Barbosa, conde de Selir, dr.Aarão Reis, deputado' Leão Velloso, dr. Da-vid Campista, generai Antônio Geraldo déSouza AigUlar, dr. Joio de Oliveira La-caille. ,'"

    Oi generaes Luia^Mcndeâ de Moraes, mi-nistro da Guerra, e Feli-igào Mendes dé Mo-raes, chefe da casa militar do presidente daRepublica, têm recebido grande numero decartas, cartões e telegrammas de pêsamespela morte de seu venerando pae, o sr. Fre-ilerico José de Móraé.. '«?>

    guas romanicas — pcrmittem^ simpli-ficar.

    O autor "allegaria, talvez, quanto ásduas primeiras, que procurou a cohcren-cia uniformizando a,graphia dc septe eseptuagenário, de cnnõo e germano. Mascu poderia contestar que o mesmo não sedá con. a terceira (pondo), ts, em relaçãoás outras, ousaria lembrar ao eruditomestre:

    o) que a differcnça de graphica não;importa na incohcrencia allcgada, por-ique tambem na prosódia o mesmo factoíse verifica, pronunciando-sc sete, aopasso que se pronuncia sepiluagenai io. \b) que a differcnça graphica é in-.evitavel nos derivados, principalmentenos adjectivos, como se nota em invernoe hibernai; egreja c ecclcsiastico; jovenc juvenil, etc.

    Seriam esses os únicos reparos —ver-dadeiras nequices, como acima as quali-fiquei—a fazer no livro pfecioso de queacabo de me occuj».....¦, — > :

    O trabalho no corpo"? magistral e reve-lador da alta competência do sr. barãodc Ramiz Galvão.

    Não ha descaidas, nem falhas, nemlacunas no texto.

    De quantos sc têm escripto sobre o as-sumpto, quer cm Portugal, quer no Bra-sil, é o presente livro o mais escorreito, o'mais completo e o mais erudito.

    £' trabalho dc mestre c de sábio.Otária m\tiem*€ttraòm.

    P. S. — A propósito de umas referenciasjocosas (e não crítica, porque tanto não ine-recia o livro) feitas no Registro dc 24 dopassado ao impagável poema "O PrimeiroSonho de Adão", do sr. Costa Sampaio, ei-creveit-mc o autor uma carta irônica _ irri-tada, cfimmunicando-me que na 2* ediçãodesse trabalho fará incluir a minha aprecia-ção, para que figure nclla, como notável tno-deto dc crítica literária (e elle a dar-lhe coma critica I), o pequeno commentario liumo-ristico da minha rhronica.

    Declara-me, tambem, o sr. Sanipaio queficou consolado, porpue só apontei cerca áesessenta versos máos entre os novecentos etantos áo volume.

    Desfaço, nesse ponto, uma ilhisiio do au-tor: cu não li nem a metade do livro, e issojá chegaria para mostrar que encontrei ses-senta versos máos cm qiiatrocenlos e cin-coenta; mas a verdade é que o facto Aí ha-vor citado alguns trechos mais caracteristi-cos do poema heroi-conii.o do sr. Sampaionão quer dizer que cu tivesse transplantadopara o Registro todos os versos máos queme caíram sob as vistas. Fora mister dispordc toda a t* pagina do Carreio, e contra issoprotestariam, sem duvida, os leitores c a di-recção desta folha, que mais lucraria comlima cópia do Almauak áe Laeiiitiicrt ou dosAnimes áo Congresso, si para tanto me desseáj&nàluquice.

    Deus me livre ISi algum dia me der a pachorra para es-crever utn farto volume commeiitatido todas

    as billezas do poema, cnvial-o-ei gostosa-mente ao sr. Sampaio, para que o faça figu-rar, mais conspiciiamcnte que as pilhérias doRegistro, na 2' edição melhorada do seu lu-niiunso trabalho,

    I'or cmquaiilo, ficaremos a esperar umpelo outro: isto é: o sr. Sampaio, pelo volu-nn; promettido; eu, pelo esgotamento da l*edição do seu poema...¦ bnç.imos votos para que, além dc uma pa-ciência evangélica, Deus nos dc a ambosmuitos annos de vida e saude...

    Aiucn 1O,

    —>¦—»—¦— ¦->'¦-»_»¦»

    Tópicos j[ NoticiasO TEfflPC.

    Um domingo delicioso de sol. Cio limpo,irr.p.irlinHh ilmcntc limpo.

    MnililiMios dl.cr o Ca.tcllo que a temnc-ratürii máxima, _;"_¦, foi rcftistrada _i a lio-1.1. ila tarde, o ,1 minima, 1./',_, it 7 i|j dam 11 nli..—O liplelltn tcleirr.iplileo da ReparllçRo daCaria Marítima registrou as seguintes observa-•j.es s¦Vlctorla, 34,11 Bnrbiíccn»; ifi,:; Capital(.Rio), 110,7: Campinas, ij,8; Oimrapuava,•4,aj Curityba, i_,j; IVirAtinguA, __,n; Plor!a.ii.n_iil:i.t_» tledirecção da Republica. Sobre elles recairá aculpa do que possa acontecer A União, quandoie voltarem para cila os credores não pagos,apoiados por seus governos, Lembrem-la dasluimllliaçõcs por que tèm passado outros pai»tes olicradoi, quando ie viram forçados aopagamento.

    O estado dc «ande do presidente da Re-publica, dr, Affonso Penna, pudemos nuil-ciar agora, & %ll_nicntc satisfaclorlo.

    S. cx, passou melhor o dia c a noite deliontem,

    Desde o começo de iun enfermidade, sitaex. tem estado sob os cuidados dos drs. Mi-riicI Canto c Carlos llotto, seu medico as. i.«-tente, quu diagnosticaram — iiiflucma dcfôrma respiratória.

    Estiveram hontem no palácio do governo,em visita n s. ex. os srs. major Franciscodc Assis, dr, Henrique Diniz, dr. Cordeiroda (.raça, senador Francisco Clycerlo, dr.l_nía* Martins, coronel J. Antônio de Al-meldt. dr, J. A. Albuquerque Mello, tfr.

    Ao que se dizia, hotiteml rfiuito em" reserva,em certa roda de senado1. ?jL^p sr. RodriguesDoria, presidente de^ríÇíSi^p,'mandou proporaos mnioraes do Senado o seguinte accôrdo tser reconhecido o sr.'Guiluerme de Campos,compromettendo-se o sr. Boria a dar ao sr.Felisbetlo Freire uma' cadeira de deputado.

    A proposta, segunda et «^segurava, nãoserá acceita.

    Crusador "Cc,iit*ft »»

    Y.

    Realizou-se hontem, a bordo do Catinat,''tinia malinée offerecida pirlo^ officiaes ámarinheira brasileira.O nav.io achava-se ornajnKrntado a capri-

    cho, tendo tocado a banda do Corpo de Ma-rinheiros Nacíonaes.

    A's 3 lioras da tarde, teve. fhiçio a condu-cção dos convidados í e rçMia hora depoiso navio estava repletode familias.

    Entre as pessoas presentes conseguimosvêr: » ;BarSo d^nthouard,' miniStró" da.Franca;

    Budet, cônsul da, dcSouza Motta, Maria, UrsulíPe Emilia Lé-bre, Alzira Coutinhixv Eugenié, Suzane eJulianne, Bcrnard, Alice e 'Edith- Sarthoue Carlos Eêite.por. c;í-jJ'/..!MÍ., ,• A's 3;i|«'lfora'_'"edf-73are;i--a5 (í_nsi-s que6c prolongaram, senipi': animadas, até aoarriar da bstmleira, mo*:.nto em que as ban-das que sé achavam a_ bordo- tocaram ohynnio francez c o nacional,

    Entre os nossos offiiriacs o o? do, Catinatreinou sempre a maior cordialidade, tro-cando-se amistosos brindes.

    Aos convidados foi servido um deli-cado lunch.

    O delegado da Liga Marítima Francezano Brasil e sócios da referida Liga offcre-ceram na pensão Vigouraux, em Santa The-resa, tim almoço intimo aos inferiores dovaso dc çruerra.O Catinat partirá h.ije do nosso porto,com destino directo a Dákar, ao meio dia.

    Foi julgado incapaz para o sefviço doExercito o capitão aggrecada ã arma de in-fanteria Alfredo Martins Pereira, que será re-formado no posto de major.

    Esle distineto official frâ em breve paraManáos, onde aguardará a sua reforma. ,a?

    O Elixir do Mastruço é o unico quecura qualquer tosse rapidamente.

    Da commissão promotora do banquete of-ferecido cm Ncw-Castlc pelos officiaes dcmarinha brasileiros ,10 contra-almirantcDuarte Huct dc Baccllar, recebemos uniaNoticia Commemorativa dessa patrióticafesta, realizada a 20 de abril próximo passa-do, enfeixada num esplendido volume, im-

    jjícsso cm papel áfesetinado c com magniíi-BB, gravuras. \_jÇalii.*_¦_« A Bainha das águas de mesa9Q-U.*r_9 Gonçalves /nnha 4 C.

    ELYSIO MENDESMandam-nos di/.cr dc Lisboa que falleceuliontem, na Figueira da Foz, Elysio Mendes.Elysio Mendes, lisboeta da gemnia, foi

    um bcllo jornalista brasileiro, tendo o seunome ligado a uma parte brilhante da histo-ria da nossa imprensa,

    Foi elle quem, em companhia dc Ferreiradc Araújo c Manoel Carneiro, fundou aGazeta de Noticias.

    Todos sabem qne o apparccíniento dn Ga-cela 110 nosso mundo jornalístico foi assi-gnalado por um estrondoso suecesso. Eraum jornal leve c barato.dc foitio novo, ven-dido pela insignificante quantia dc dois viu-tens. Fez carreira.

    A Guscla era o conuuentarjo justo, acjironica ligeira c interessante. a'ndtt crite-riosa sobre oassumpto-do dia, a pilhéria, areportagem. E Ferreira d>i Araújo, «-grandemestre, teve cm Elysio Mendes um bravocompanheiro.

    Elysio sabia manejar com arte e graça asua penna de jornalista, Espirito adeantadoc culto, facilmente abordava qualquer assum-pto, sabendo tratal-o com superioridade cfinura. Era, na vida dc sociedade, um cava-Iheiro dos mais disliuutos que o Kio temtido.

    Da trindade de então, s6 agora resta Ma-noel Carneiro. Não é mais da imprensa. De-dicoit-se .'1 vida do commereio c nclla anda nlabutar, slttiio com o nicsAo cntmtsiasmo, aomenos com a mesma nètividade com ntic,tantos annos atrás, trat.va dc fazer a Ga-sela.

    DEPOIS DB AMANHÃ

    O Filho da FlorestaOs drs. Dtipay c 1'crfet, jncarregades doserviço dc veterinária, nos corpos desla puar-nlção, furam lidiiicin A residência dn RcnenitCaetano de Faria, Inspector permanente da p"região, f.fim dc cumprhictitnrcm 1, cx, por lerassumido a respectiva Impeeç.lo.

    A mesa do Senado, attendendo As conve-nlcuelnSido serviço, tomou a resolução deseparar'b archivo daquella casa do Con-gresso da respectiva secretaria.

    Para director do archivo seri. nomeado oantigo official da secretaria, sr. FranciscoCalmou.

    O sr. Francisco Gurgulino tle Souza,professor do Instituto' Benjamin Constant,concorreu com 48$ para auxiliar a nianitten-çáo da escola proflsiloml c asylo pnra cégoie adultos, estabelecimento de caridade fun-dado ha quasi um anno pela AisoelaçAoPro-cciora dos Cegos 17 At Setembro, ii-tutdo i rt» Vol-j-tarioi dt Palrk itf,

    w

    ILEGÍVEL

    CanÉatüpa HérniasA NOSSA ATTITUDE

    Que ha falta de homens na Repu-blica, ê facto que ninguém pôde con-testar. A prova aqui está: S. Paulo —que altivamente se fez o paladino doespirito liberal e anti-militarista, em com-bate à candidatura do marechal Hermes,— nfo tendo tido a coragem, que serianobilissima e sympathica, de ficar aolado do dr. David Campista; não queren-do ver a Republica e o Thesouro cairemnas mãos dos Carlitos e Azèredos, -si ocandidato eleito fosse o sr. Ruy Barbosa;' sabendo que o barão do Rio Branco nãoacceita, em caso algum, a futura presi-dencià; S. Paulo anda á cata de um ho-mem no qual possam todos confiar, e nãoencontra! E' de tal ordem a penúria, quejá se fala no nome do sr. Joaquim Mur-tinho, que tanto enxovalhou a Republicae o governo com a sua corte de marafo-nas e alcovetos.

    Não foi um movimento de opinião quefez baquear a candidatura do dr. DavidCampista. Ao contrario, a opposição quelhe fizeram, longe dc o diminuir, serviupara lhe realçar a formosura do caractere a pureza inmiáculada da sua vida ou-blica. *

    A nação inteira o acceitava, sem en-thusiasmo, é certo — porque as candi-daUiras politicas não despertam cnthu-'síasmo — mas com a confiança c a dis-crfcta sympathia que inspiram os ho-mens dignos.

    Duas causas determinaram a quedadessa candidatura. Uma foi a fraquezado conselheiro Affonso Penna, que nãoquiz revidar o duro e.iiiòpinádb golpe doseu ministro da Guerra. Outra, e esta acausa verdadeira c unica de tudo o que sedeu, foi a traição monstruosa c vil dopresidente de Minas.

    Não foi uma crise politica que aluiuc derrubou a candidatura Campista; íoiuma crise moral, que revela a decaden-cia dos tristes dias em que vamos.Tres personagens figuravam, predo-minando, neste acto da nossa vida poli-tica: o presidente da Republica, o pre-sidente de Minas e o ministro da Guerra.Os mais foram figuras secundarias, queexploraram uma situação para a qual, defacto, em nada concorreram.

    Não será de nós que partirá uma' sópalavra dc aceusação contra o venerandosr. conselheiro Affonso Penna, pelo pro-ccdiniento que teve deante da conduetado seu ministro da Guerra. De certo, oprimeiro ímpeto que veiu ao seu espiri-to foi aquelle que oceorre logo a todagente: conceder immediatamente a de-missão que o marechal Hermes solicitara.Mas 110 seu animo prudente e patrióticopesaram, talvez, os receios dc precipitaro paiz numa agitação perigosa. Depois,qualquer que fosse o resultado, não fal-tariam bocas nialdizciil.e_.quc o aceusas-som dc haver, n.unY requinte da arbítrio cteimosia, sacrificado a tranquillidade dopaiz, por amor da eleição de um candi-dato seu aniigo.

    A historia, breve, ha dc fazer justiça aesse acto meritorio, que para muitos foiuma prova de fraqueza, mas, para nós,representa um traço de virtude.

    O que não podemos perdoar, nem haum só espirito justo que desculpe — catraição abjecta do sr.-í.Vencesláo Braz.Este, devorado por pequeninas ambiçõesinconfessáveis, sacrificou a situação po-litica dc seu Estado c faltou a todos osdevores dc honra dc um homem publico,'para se deixar agora pendurar, como umjudas, na vicc-presidcncia da Republica I

    E a condueta do marechal Hermes ?O seu manifesto, cuja publicidade a

    nação inteira espera anciosa, é que vaeresponder a essa pergunta.

    Ou s. ex. revela-se um aventureiro,um traidor ambicioso, que merece a con-demnação dc todo o mundo, e esta hy-pothcsc desde logo excluímos; ou s. cx.se mostra um homem superior, que, nummomento angiistioso para sua pátria, sesentiu com a virtude c força para sal-val-a, cngrandcccndo-a.

    E aqui começamos a definir a nossa at-titude perante s, ex.

    Era preciso colorir com uma apparen-cia dc lógica c lealdade a campanha 1110-vida contra a candidatura Campista. Al-legavam que cila era uma' imposição dopresidente da Republica, quando a naçãoc que devia escolher o seu candidato. Per-feitamente. Mas a nação não vota. Des-de que veiu a República e sc instituiu osuffragio universal, os cidadãos brasilei-ros perderam o direito dc voto. Ma vinteindivíduos, chamados governadores ideEstado, que dispõem dos destinos danação.

    A luta travada contra a candidaturaCampista não era, evidentemente, a na-ção reivindicando o legitimo direito dcescolher o seu chefe: ern uma parte dosvinte oligarchas do paiz, representadospelo sr. Pinheiro Machado, que queriamcontinuar na posse do privilegio dc esco-lher um representante dclleè, que fosseno poder um prisioneiro ou cúmplice dosseu crimes c sc oppuuham á candidaturaCampista, por não terem sido prcvinmcii-te consultados. A nação, esta era iudiffe-rente á luta, porque, desde niuito, sabeque perdeu a regência dc si mesma.

    Perguntc-sc a qualquer um homem sim-pies, capaz de traduzir honestamente osentimento nacional: — Quem c maiscompetente para indicar um candidato dcaccôrdo com os interesses sérios do paiz— um presidente da Republica que che-gou ao cimo dc suas ambições politicas ctem a comprchensão Ans necessidades na-cionaes, ou vinte politiqueiros fallidos,frutos da oligarchia c da trapaça, sem asquaes clles,*nfio poderiam existir ?

    A resposta nào poderia deixar dc serfavorável ao primeiro, que, cvideiitemcii-te, dos males é o menor.

    Ora, quando mais necesa andava a lutaentre a acçSo do presidente e as cavi-lo.;i.i prctciiçóc*. das oligarchia. donii-limites, na escolha do futuro chefe danação, o marechal Hermes, minis-tro da Guerra, atirou, inop!ttadan>e.itc, asua espada solire n mesa dos despachosdo governo, O teu acto produziu umn im-pressão do desmoronamento. Para logo,sob o prestigio da sua espada, rápido,acollieu-ic o cordão doi oligarchas maisrepugnante; e 8. cx, torou-se o can-didiiio á presidência da Republica, avela-mado mima convenção cm que o primeirosuffragio que o lagrou saiu do pús: par-tiu da boca dd ir. Sllvcrlo Nery.

    Deante disso, a admiração e a i.vmpi-thia daquellei que enxergavam em 1. cx.0 grande patriota gue vinha immlitir •

    i '!r',«*

    povo na posse de seus direitos politicos,mudou-se cm uni sentimento de descon-fiança e hostilidade, que vae crescendodia a dia.

    A nação, cujos sentimentos civicosdespertaram numa esperança de melhora,quer saber, de modo claro e certo, comodeve considerar a condueta dc s. ex. Porisso espera anciosa a sua palavra.

    Ou s. ex. entendeu que nem o presi-dente da Republica nem as oligarchiasenfçudadas no Senado e na Câmara têmo direito de escolher e indicar o nome docandidato á presidência, porque o direitodessa escolha cabe unica e exclusiva-mente á nação; e neste caso s. ex. é umbenemérito, a quem todos nós temos o de-ver de tributar um grande culto.

    Ou s. ex. entendeu que essa escolha nãocabe ao presidente da Republica, maspertence ás oligarchias, chefiadas pelosr. Pinheiro Machado, das quaes setransformou em instrumento, quando gol-peou a candidatura do dr. Campista; e,então, s. cx. é um aventureiro ambicioso,um traidor que todos nós devemos com-bater até ao extermínio.

    Ora, nós. fazemos justiça ao caracterpuro e leal do marechal Hermes, c' nemum instante duvidámos da nobre eleva-ção dos seus intuitos. Por isso, desde oprimeiro momento, acceitámos a idéa dasua candidatura, como a do unico homemque, neste momento, pôde realizar a gran-de obra de destruir as , oligarchias quedcshonrani e opprimem a Republica.

    Mas é preciso que s. ex. declare, altoe bom som, que é esse o seu programma,para que o sr. Pinheiro Mach_-Í_ e orebanho vil que lhe anda á cirga não vc-iiliíun dizer, mais larde, que s. cx. ostraiu.

    Ora, dentro da Constituição só ha ummeio cfficaz de destruir as oligarchias:e acabar com o suffragio universal, que

    .é a base cm que ellas sc sustentam, c, emlogar deste, crear o censo alto. A

    Mas para isso é preciso a revisão. Eesta só pôde ser feita por um militar deprestigio, amparado pela sua classe oupor um elemento civil, nascido de umarevolução vencedora De outro modonunca sairemos do que somos.

    No dia em que o marechal Hermes daFonseca levantar a bandeira do revisio-nismo, perderá talvez o apoio do sr. Pinheiro Machado, mas ganhará o applauso estrepitoso da nação inteira, e con»este a gloria civica mais pura que jamaisaurcolou um homem publico 110 Brasil.

    , Si estas foram as idéas que levarams ex. a atirar a sua. nobre espada sobre amesa dos despachos do governo, estarc-mos ao seu lado, para o abençoar e de-fender, em nome do povo agradecido.

    Mas si, em vez disso, s. ex. se trans-formar cm prisioneiro do general Pinhei-ro Machado e das oligarchias que o acom-patinam, terá nesta folha uma adversáriopertinaz c irrcductivel.

    DEPOIS DE AM " NHÃ

    O Filho da Floresta—m-+-^*^~-¦

    Hoje e amanhã, grande venda de retalhose saldos—Casa Rauiiicr—172, Ouvidor.

    PORTUGALLisboa, 6—O cruzador J_>oii Carlos parte,

    brevemente, para a bahia dc Lagos, ondevae prestar honras á esquadra ihglcza doMediterrâneo, que é ali esperada no dia 9do corrente. A demora da esquadra será dcseis dias.

    Lisboa, 6—Realizou-se hoje, em Porta-legre, um grande comicio republicano, paraprotestar contra o tratado do Transvaal e oadiamento das Cortes. Falaram os srs. JoãoChagas, Bemardino Machado, Rclvas eEu-zebio Leão.

    Lisboa, 6 — 0 paquete Hollãndiá, queaqui sc acha fundeado, foi hoje visitado pornumerosos jornalistas, os quaes verificaramque o deputado hespanhol, sr. Lcrroux, nãose achava a bordo, como haviam annuncia-do alguns telegrammas enviados para Lis-boa, dc Santa Cruz de Tencrifc.

    Lisiíia, 6 — Falleceu hoje, na Figueira daFoz, o sr. Elysio Mendes.

    Os proprietário, dos armazéns "Ao j* Ba-raleiro", á avenida Central, convidam os seusdistinetos freguezes a assistirem A primeiraextraecão dc brindes semanaes, hoje, ao meiodia, no mesmo edifício.

    Reforma de assignaturasAttendendo aos pedidos dos nossos

    leitores, especialmente os do interior,resolvemos, como fitemos em princi-pio do anno, proporcionar-lhes, tam-bem, agora, uni abatimento sensíveldas assignaturas do CORREIO DAMANHA.

    Assim, desde já, até 15 do próximomes, o preço dc nossas assignaturasobedecerá á seguinte tabeliã:

    ,ir,i >nti'lu»lr a, lurtiluU oiIne.rl», ,(liai vionv.es il

    Cllll'iilfrruticfc* de .11.1 cstncAo IminearlA,

    , As Imiclin* i>Ao, iiuuenliiai. Ateloii.r como o dlalio I

    •sora falar miistilíatlniiieiite.•" '". Ttm " "

    **mCorri",, de Freitas vie

    Iniiiínle.tm de falir nor dii»< le-— Blirm

    filar, , Uecerto. Ttt _ .«Islnturii. n«.\r_ passada nlo o dtlxarimentrar vara o Cniniri...

    • • •_ O rovcrnnder .nüo Machado, te pifielo daPimIivIm, 1*111 ym_;i.:,. — liniiito I Aiiiuiiica.it nue o Hermes nu. rdar cibo dai eflgarchln, • iiori tnxst manoáiUntii

    acliou de dir um p*imIo A liuropa, «UiMtiibf» I

    ftltMmêO, .

    ,y

    Sagradoé profarjo

    Um periódico humorístico commentava nou limo sabbado o faeto da inawmraçío daluz electrica na estreia da Gloria, a mais ele-íante talvez de nossas eereias catholicas. *_.-Z.'„\

    ¦?"?., * Dr0P0SÍt0 da ,a« de dam-oawe betada „a sacristia. entre saudadesao parocho e bons desejos pelo triumoho" daEste casamento do sacrado com o profano.on« de suscitar o riso trocista, devera dai>*thema a larnas dissertações philosopliica.sobre a possibilidade de vermos em futur».próximo a Religião e a Scieneia. a T_.eo.ontae a Industria, o Dogma e o Th.orema dc mão_dadas, bons amico», formando na Brande oa-rada humana, caminho do I'rocressoNão ha duvida Que nós caminhamos parao melhor. Tazem no porão da Historia o»tempos ommosos da intolerância, quando sc

    n.Z KUt'ÍraS de, 8abios e "hilosonhosmerece como se ,. fa-em hoje de bond«11 dias de exacerbação publica. A-jora. aialgum foRo tem os sábios a temer « a „"rotechnia dos rlietoricos. o bem aacrosaniodos vaies oue os descarnam em odes e can-çonetas. u

    Iloie os inventores ao acclamados. eadeo-sados. chamados de coisas que até bem poucoso eram cabíveis ás namoradas e ás actrizesbonitas: "Salve estrclla da America do Sul"etc.A' mesma victima desta metanhora' astro,nomica. ura austero director de uma de nossasacademias superiores, jjjjia, num arroubo deentliusiasmo iuycnil. que'estava lonue de trairos seus setenta invernos: — "Sobe. Dumont.atravessa a ailmiosuhcra desconhecida, osPlanetas e as estrellas c quando checares aoSol dize-lhe..." e

    ao Sol.Era

    6esruia-se um recadinho

    a ameaça de vel-o queimado, o pobreaeronauta, não ás brazas da pyra do SantoOfficio. mas nas labaredas de Hclios. paraolona do Brasil ante quem a Europa 14 aacurvara.Um membro illustre do Club de Engenharia 'cantava em máos versos:

    Vae Duino'it abre esse véoOue occulta de nós o céoTira a Gloria d'onde esti!..,

    E' assim hoie em dia: Edison. Mareonl.Roentüen. os irmãos Wrisflit têm o antecosoJa iinmortalidade. E a EKreia, muito Ioiirule accusal-os de connivencia com o Demônio,acolhe-os no seu seio bciltifico, tem-n-os comoInspirados pelo foco divino e aproveita-se -Jas suas invenções para maior cloria e brilho-da Fé. '*,

    Marchamos para o melhor, n.o ha duvida.O actual prisioneiro do Vaticano, apezar *da enraizada fé primitiva, que o faz parecer

    um Papa dos tempos de Galba e Doraiciano,vae em breve assustar as andorinhas e 03-ardacs dos jardins de sua prisão com ofidf-tiuff do seu "auto" de luxo. presentereüio de I. Pierpont Morcan. As bulasoapaes são escripías á machina pelo cardealsecretario, á luz de .uma "Tantalum lamp" deío velas: e depois impressas em linotypo como retrato de Sua Santidade, em triehromia.

    Não tarda o tempo em que a pianolasubstitua o oreão fanhoso e que os scrniOe»los presradores de nota sejam reproduzidosnhonoeraphicamente. do púlpito de todas ascürci.is db mimdp. com proieccão de cinema»tonraplio.

    O cineiiiatosraplio. aliás, não é uma aovi,dade uas citrcjiis.

    Nos Estados Unidos vimos, durante a se.mana santa, em fiEiirns animadas, as scena.da Vida e Paixão de Christo num templo ca-tholico. de um catholicismo irlaudcz. o maispuritano c orthodoxo de quantos haja no mun-do christão.

    Nesse mesmo paiz de assombros, ha tem-iilos com a disposição inlcrna absolutamenteidêntica á dc um theatro moderno: ordensde camarotes, platéa em declive c nalcriaspara o povileo: á entrada ha unia bilbeteri*onde se compram os iiiEressos para a missasolenne.

    Por amor á iustiça, que deve ser altamentecotada na casa de Deus. os preços variam,segundo a mellior collocação dos logares: ascadeiras mais próximas ao altar e ao púlpitosão as mais caras c — note-se de passagem— estão quasi sempre assisnadas por todoo anno. nara a inteira scason rcliüiosa.

    Escandalizam-se os meus catholicos leitores fSem razão. Pois não será preferível auxiliar-ie o culto por esse modo franco e pratico,dando-se uma esmola, proporcional ás vanta-gens que se tèm de ouvir melhor as homíliase os psalmos sagrados?

    Além do que, evita-se assim a snccóla tilin-lante. á porta do templo, causa dc muita enca-listracão. quando o mortal, .1 quem sobra pie-dade e escasseia o crame, dá de cara com umalenhora conhecida mie, sorridente, lhe dá adentada mvslica: — esmola oara a ccral

    E a sente muito encafifado, apalpandotro forma o bolso magro:— "desculpe d. Ma-roca, não tenho trúco".,, E' horrível 1

    A Egreja faz liem cm ir adornando oe pro»cessos da civilisação profana: a luz electrica,o cinema, o nhononrapho, ele.

    Muilo era breve o Viatico Sagrado seráconduzido em automóvel aos moribundos. Eporque não? O automóvel é mais rápido: oeslado já o adoplou. por isto, para portadordc soceorros corporaes. Porque não ha de oparodio levar com n rapidez possivel o soe-corro espiritual a quem, sem elle. nSo pôdedignamente entrar no seio de Deus?

    Deixem lá falar nucia fale: caminhamospara o melhor. *

    Ha dias, apreciando• cem encantamento a,.illuiniiiação da egreja da -Gloria, cu via NossaSenhora toda aurcolada num nimbo dc luzsuave c mvslica: fulguravatn as pedrarias dacoroa e^ o teu \ manto azul parcela banhadode lllha claridade estranha, mysteriosa e dl-vina, vinda talvez do-Além...

    Não vinha: vinha de mnis perlo, de umalâmpada de mercúrio, dc 600 velas, convenien-temente collocada ao cimo do aliar.

    NSo criiii que em muitos espíritos se for»,tificas.ie a fe, mercê do ambiente celestial,luggeslivo da Claridade eterna, suave e con-soladora, creado pela luz da latnpada.de mer-curio?

    Sim: venha .1 Industria moderna em auxilioda I.iiliiirtiia. Dèm-sc as mSos a Mecânica eo Dogma; que n Elcclricidade penetre noitemplos e nue o nome de Deus sela propa-rado pelos S. Piiulns modernos, por iiiterme-dio do nlionographo. do clncinatoiiraptio. datclegranhia sem floi,

    Tudo isto nâo c em fim de contas obra dameiino Eterno Industrial, em honra de quemic dizem missas e te fazem sermões?

    m i

    9. Xiquott

    DEPOIS OB AMANHA

    0 FILHO P* FLOREST*^a»*9**-**^^*»***^

    IVrfiiiiiarlmi flua* — Caia llermanny —.Gonçalves Dlai 6$ e Avenida Central i__.

    IHCEHPIO CM CftMplHftSft, Paulo, fi—Noticiai lioje cliegadai de

    1'amplnas, sobre o grande Incêndio havidolimitem, a noite, nessa cidade, no depositode madeiras da Coni|intihia Mie llnrdv,ndcnittnm que o fnno tó foi extineto de|iolitias a horas da niuiiniKAila, icmln o serviçofeito por algum bombeiros nitmlclpaei, au-xllindus pnr cincoénta toldados dc policia.

    1'arece que a cama do ilnislro foi a mé-cha de uni balAo, que caiu lobre o edifício,lendo tido Inicio o fogo no deposito de ma-iltlra.. alcançando depois muros pavilhõei,Inclusive a residência ilo engenheiro AlimDavid. Oi prcjulioi ilo mcnorei do qut iaitippiinlia.f, nteimo assim, púilcm «iftm perto dt fuireaU cenloi 4»

    "1 eO^tf-M'4

    I

  • ^^^^'^^^r^l~.^-^.^^^s'7^^^X*^^ -«-•,-. '^5rc»»»J¥--~_í

    »s^^,t»»7»m-r;i^.ri-i'nrr,ltl«.CORREI© DA MANHAR0UQlv-Pitai novas e outras

    dlveruBei,CINEMATOGRAPHO RtO nRANCO-At-

    traente nrournitimii.CINBmA-PAI;ACK—Novai fim».ORAKDU CINKMATOORAPHO PARI-

    Stlf.VSE--lii,*t.,».*..«ií proBramiiia.¦ CINEMATOORAPHO PARIS-MItai In.tíre««milo«.

    ÇtNKMA*BRAStI>->Pre8ramma variado,

    A 0A1.NH .,N'o -i.i!."totir» dl Plffll «CWi fwiti hon-

    tem nlutldo»!Mete; .i'«: iMrn-lfji, itt ucrtuj*, \% t vi.

    tel «i, i«.,,, .1'or.un releluilna t, re»c» e a noren".A ii::ii,nn. 1 (iil [eil-i parti 01 ituulmea «rs. t

    Dutlici « 1 .. iu rezei, 1 ciruclru, • porcot 1, vliclliii 1'iirtlnlio » r,, 1* nr-ei! JoiíPAilieo «te A-Jllir. 80,r; ei», o.ntrcoi « «vlltll»; Catt'lluO KMdnJiiU «li Mc •. C. 107 dc Edgard«le Azevedo e ai de Antônio Cândido RibeiroPorto»' Finr si U*ti TnHPremiados om todas as*

    ExposloOes

    atnáre if 1 ue*nf 1 ° dB outros,fabrienn-DCÜL3 JUiYlC/àU tes, vestidos e om ca-misti.Cullocam-sa ei bayas e fa/.-s» qualquerconcerto. Vi-iio Turco—Kua do Ouvidor Ott.

    Coinmunicamos que o 1° sorteio da Coopc-xativa de Jóias e Relógios, á rua do Hospícion. 33, reáliza-se segunda-feira, ás 2 horasda tarde.

    '.>.v.;',

    Bouquet de favaiosde A. Nicidaii -da Almeida & C. Ltd.

    Vinho Moscatol para damas

    TERRA &lr1 ARExerritf)Foi nomeada uma commissão composta dos

    drs. major Leovigildo d« Carvalho, 1" tenenteManoel Petrarcha de Mesquita e i* tenentepltarniaeeulico Alamiro Castellões. para reor-ganizar o serviço a cargo da cxlincta direcçãogeral de saúde, e bem assim, confeccionar orespectivo regulamento. ;

    —Serviço para hoje:Superior de dia, major Aniano;0*2^ regimento de infanteria dá o o-icial

    para dia ao quartel gencrai;O 3° regimento de infanteria dá os extraor-

    dinarios e patrulhas;O 1° regimento de artilheria montada dá o

    official para ronda;Uniforme, 7". * *

    '"Korrs PolicialServiço para hoje:Superior de dia. maior Paranhos.Auxiliar, um commaiulante du esquadrão.Medico de »lia, tenente dr. Garçon.Interno de dia.'alferes honorário Menezes.Musica de parada c promptidão, a do 2"reKuiicnto.Ronda aos theatros. tenente Novo.Pronintidão de 'incêndio um official do 2"

    regimento.Rondam as ruas do Nuncio. Regente e São

    Torgc. um official c um inferior do regimentoiL" ca valia ria.

    Rondam eom o superior de-dia. 2 officiaes10 regimento de cavállariá e 1 do 1° regi-mento; 10 inferiores do regimento de cavai-Inria. ç do 1" regimento c 7 «lo 2°.

    Guardas, da Amortisação. Moeda e Thewuro. 1 officiaes do 2" regimento e do nuar-tçl general, um inferior do mesmo regimento.Dia ao quartel venerai, capitão Valerio.

    A' disposição do official dc dia. um inferiorlo 2° reirimento.

    Pioiieie ao miartel general, um corneteirodo s° regimento.

    O reirimento de cavallaria dá a conduecão'e. presos. 10 praças nara o gabinete de iden'ificaeão. 20 praças nrompras em 24 liorascom um official stihaltcrno. o noliciamento docostume c o mais nue íòr pedido.

    O 1° regimento dá duas ordenanças narao «itiarle! general e 09 extraordinários pedidose a pedir-se.

    O 2° reaimento de infanteria dá a guarnteãoe ço nraças Dromntas enr 24 horas com umcommarirlnntc de companhia.

    Unifor-me. s".* * • -

    fíim*'»!»» CivilServiço para hoje:

    "Dia á Central, fiscal Antônio de AzevedoCarvalho;

    Ronda aos theatros e cinemas, fiscal Carva-lho;

    Rondam as secções no i* e 3' quarto:Fiscaes—Alvarenga, P. Duarte, T. Lopes,

    Azevedo Fernandes. Alfredo. Calmou, Moreira,Horacidio, Henrique e Aurélio.

    Rondam m secções no 20 quarto:Fiscaes—Coelho de Aguiar, Lisboa, Ávila,

    Favilla, Madureira, Arnaldo, Taulo, S. N>ttnro. a «mal scrJlti.iuri

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    CORREIO DA MANHA — Segunda-feira, 7 de Junho de 1909aS^BÍ

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    José Ribeiro Duarte, Thomaz Costa, Jacintho de Magalhães, Paulino José da Costa e Emílio do Amaraco-autores principaes do crime de estellionato

    A JUSTIÇA E A VERDAD

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    - -'3

    yk '7imo sejam: a fraude e simulação comque geriram os negócios; desvio frattdu-lento de haveres c valores para negócios etransacções particulares; abusos de accei-tes, endossos e responsabilidades dc merofavor; emprego de meios ruinosos paraobtenção de recursos; organização de in-ventarios c balanços fictícios, cm que scoocultou dolosamente o eslado real dacaixa; negociações feitas em evidente pre-juizo dos cofres sociaes e dos credores,para o fim dc favorecer a certas c dc-terminadas casas coninicrcinos; pagamentode dividendos indevidos, e absoluta faltade justificação da applicação de fundos dcque o Banco cra depositário ou manda-tario."

    Em virtude desses factos "que tiveramplena confirmação nas provas do iiujuc-rito", o 2* delegado auxiliar concluiu dandoos dois ditos directores, José Ribeiro Duartee Thomaz Costa, como autores do crime deestellionato definido 110 art. 203 do cit. dect.n. 434, ein referencia ao art. 340 do Co-digo Penal, acerescentando, quanto a ou-tros indivíduos, que os chamados JoaquimNunes da Rocha, Jacintho Magalhães, ex-directores, c Severino Campcllo dc Re-zende, membro do Conselho Piscai, tive-ram, conforme se evidencia dos depoimen-tos das testemunhas, e exame pericial, co-participação nos factos ddictuosos que dc-terminaram a ruina do Banco Utinião doCommercio, sondo, por isso, necessário queelles so defendessem em juizo.

    Remctlidos os autos a Juizo, e enviadoscom vista ao 1° promotor publico, o com-pétente dr. Estcvam Lobo apresentou de-milícia (cert, a fls. 88) contra José Ri-beiro Duarte, Tlioinaz Costa, Jacintho Ma-galhãcs, Joaquim Nunes da Rocha, SovcriuoCampcllo dc Rezende c José Maria Pereiradc Castro, os dois primeiros como directo-res que foram do Banco União do Com-mercio, c os demais como membros doConselho Fiscal, incursos, os primeiros, nasaneção dos arts. 331 n. 2 do Código Pc-nal, coíno autores, c os segundos, comocúmplices, na saneção do art. 340 paragra-pho único do mesmo Código.

    Na promoção, coni que illustrott a dc-mmeia, disse o dr. Estcvam Lobo (Vide"Boletim Policial", n. 4. Agosto dc 1908,pag. 170):" Da mésse avullado de actos illieitos inipu-tados aos indiciados, sobrosaom os quevamos annttnciar, por serem aquelles a quea lei altribi' a responsabilidade penal:

    a) diminuição è desvio do parte do acti-vo, constituindo os elementos orgânicosda appropriação indébita;

    l>) distribuirão de dividendos indevidos.Terminado que foi o sunmiario dc culpa,

    a que s«'i responderam esses cinco noniea-dos indivíduos, o dr. promotor publicoopinou também pola pronuncia dos réosJoaquim Nunes da Rocha e Jacintho Ma-Balhãos como autores, incursos; aquelle noart. 331 11 2 c 330 parngrapho 4° com-binados, c 110 art. 340 11. 2 do Código Pc-nal, c este 110 cit. art. 340 11. 2, pelos de-lidos que praticaram na qualidade dc di-redores do Ilanco União do Coiuincrao.

    Mas o integro juiz da I* vara criminal, aoproferir o despacho dc pronuncia (cai. afls. 115) decidiu que, — "so a classificaçãodo dflicto pódc variar, c até nicsino ser con-siderado attetor quem haja sido deniiiei-idocomo cúmplice, é indispensável, c.ilritíiuto,quo a apreciação verse sempre sobre os mes-mos tidos ddictuosos, constantes da queixaou denuncia, não sendo, portiúitoi licito queo réo processado por certos factos, sejapronunciado por outros que não foram ob-jceto da poça cm que se tem d-i bàícár o pro-ccdjincnto criminal contra olle instaurado;assinv-os dois referidos réos, .lètitilisiâdosconto cúmplices na qualidade dc ils-acs, pornüo terem denunciado nos seus relatórios ;t,fraudes praticadas pelos directores do Banco,nAo podiam ser pronunciados neste processocomo ntic.tprcs por factos outros que liou-vcssoiii praticado 110 caracter de directores.*'

    Do exposto resulta que a acção criminalpendente do juizo da 1* vara criminal, ficoulimitada aquelles sois indivíduos, c aos actosdc administração, deixando de parle quaes-quer outros responsáveis pelas fraudes pra-ficadas, não só ua administração,. comomormente na fundação do Hanco União doCoiuincrcio, fraudes que, no dizer do pro-vcctii dr. Esteiam Lobo,— "constituem umvasto systema dc estellionato qttc, para Leintraduzir a sua expressiva ilcrioihinaçfin.cam-bia-so cm matizes vários ; ora é estellionatopropriamente dito, ora se desdobra cin ou*iras modalidades qito afinal nelle vão seenibeber oomo especialidades do mesma ac-urro.

    O Intuito do presente inquérito, segundo aIntenção do dr. Edmundo Bittencourt, que orequereu, é cxaclltllieiitc o lie aclarar a res*Ppusnbilidiido de todos os indivíduos, nilini-nislriulorcs otí nüo, Í1S0 contemplado* na do-iiuncia, relativamente não só á administração,uias laiui.çm e com especialidade, á fttittla-çao «I.. Manco, conforme expõe uu sua longapolicio ilo fls, 3,

    Abi declara o dr, Bittencourt que, em finsd.» nnno dc ino.!, José Ribeiro Duarte, ontãopresidente ttn Associação dou Empregados 110Coiniuerçlo, concertou-se còtii Jacintho Mn-gn hfiei. Th.min:; Cosln o Emílio do AmaralRibeiro, seus ex-companheiros tle directorianaquellit Associação, pnrn rurprchciiilcrcin n"111.1 fe dc grande numero du pessoas, c npn-nhiir-llies dinheiro, com t|uc afinal sc l«>-çuplclarnm, com esse intento, coiiielicrnm elevaram a effeito 11 orgahiznçilti do IlancoUma., dn Çomniercio, dc qiie fizeram incor-pòrndoro nqttclla Aisoclaçilo. dn qual dis-punham como donos, Não tiulinm capitães,nem meios de 0.1 obter iinqitclln ípocn, ctuque ern ioi'1'iiie a quebra dns Imncm na*violinos, Seivir.uu-se cntflo dc um nrllílciofraudulento! -- "arranjaram uma lista destwsciipiores, 11,1 qual puseram os própriosnomes, «• os nomes de nutra.' pessoas, quederam como subsetiplores ile milhares dcttetõei .Deste gcito, eoiivciicernm .1 gente,lo bon fe que rfcnltnciile haviam ríüiiido ca-lutne.» pau. num empreso báitenrlii; coiijcgiiÜrnm assim apanhar Mibscrlplòrú renes, cujnsnoções subiram a t!iv. mil, icn.lo Mo fcltusein dliilielrn 111 respectivos entrada»."

    nll nhl uni facto de nue, como ó evidente,im.. ne oecupiirniii o primeiro Inquérito c o¦ubicqncnte «itmiiinrlo de culpai o. portanto.um /i(«'/,i H,i;v, mu fiu-to diverso «liiqiielleipio npnilltulu nliiocti) das primeiras noinul.•as pullciaei, e de que 1A0 accuiadoi esmo

    autores e co-résponsaveis, os mesmo» indi-VÍÚiios e mais alguns outros.

    Ora, a serem verdadeiros os factos narra-dos. os seus autores teriam praticado a es-pceie do crime dc estellionato, definido 110art ào8, pnragraplio 5°, do Código Penal.

    Ura caso para inquérito, pois, que, con-forme dispõe o art. 38 do Dec. n. 4.824, de22 de novembro dc.1871, em pleno vigor noDistricto Federal, cx-vi do que dispõe oart. 243 do Dec. n. 6.440, dc 30 de março de1907, os delegados dc policia, logo que, porqualquer meio, lhes chegue a noticia de scter praticado algum crime commum, proce-derão cm seus distrietos ás diligencias ne-cessarias para verificação da existência domesmo crime, descobrimento de todas as suascircumstancias c dos delinqüentes. Essas dili-gencias.comprehendcm, além do corpo dedclicto directo, exames e buscas para apprc-liensão dc instrumentos e documentos, inqiti-rição dc testemunhas que houverem presen-ciado o facto criminoso, ou tenham razão dcsabcl-o, c perguntas ao réo c offendido, f«rfoo que fôr ulil para esclarecimento do factoe das suas circitmstaucias (cit. dec. hi 4.824,art. 39).

    Accresce que qualquer cidadão tem o di-reito de dar denuncia; noticia, ou aviso docrime á autoridade,, para que ella sc informee proceda como julgar conveniente (Pi-menta Bueno, Proc. Crim.Bnísilciro, 11.148).

    O signatário da petição dc fls. 2 exerceu,portanto, um direito, requerendo á autori-dade policial ns diligencias o pesquizas nc-cessarias, para averiguar factos criminososattribuidos a determinados indivíduos, c aautoridade policial cumpriu uni dever, orde-liando essas diligencias c pesquizas.

    E ucni sc diga que o presente inquérito éuma stiperfetação, porquanto, não só, poruin lado, é diverso o facto constitutivo docrime, como tnmbem c preceito legal (çií.(/«•«.-/. it.' 4.824, arl, 43) que não ha preven-ção de jttrisdicção no aclo do inquerito poli-ciai para o effeito de poder ex-officio cadaqual das autoridades policiaes colher escla-rocimentos e provas a bem da formação daculpa, oínrfii depois dc iniciada.

    E' lambem principio dc direito, c assim foideclarado por aviso de 27 de dezembro dc1855, com assento aliás 110 art. 270 do Regul.

    n. 120, dc 31 dc janeiro de 1842, quo, cm-quanto o crime não prescrever, pôde se re-petir a qticixa.ou'denuncia contra o réo des-pronunciado, ainda que em gráo dc recurso,si contra elle novas provas appareccieni,porquanto não se pódc applicar a expres-são absolvido do art. 327 do Cod. do Pro-cesso áqtielle que é desprontmeiado, c simao que for definitivamente julgado.

    Isto posto, entremos ua apreciação dosfactos.

    E- facto incontestável que a fundação e aadministração do Banco União do Commer-cio constituem um vasto systema dc eslellio-nalo.praticado por um grupo de indivíduos,cni quem não sc sabe o que mais admirar:si a audácia estupenda com que empolga-rom a boa fé dos .incautos, dc quem depoisvieram a zombar, ou a tranquilla segurançacom que dilapidaram os capitães confiados ásna guarda e sna gerencia, formando essefecundo Syndiçato da Fraude, que foi oIlanco União, convertido, no dizer oxpres-sivo do dr. Estevam Lobo. em unia "Socic-dade Beneficente Familiar" para goso e pro-veito delles próprios, e de seus parentes cadhcrentcs.

    O malfadado Banco nasceu no crime, nocrime sc alimentou; c nelle subverteu-se.

    Para essa grande burla que clle foi, nósvemos formar-se no .seio tia Associação dosEmpregados no Commercio ttm núcleo, com-posto elementarmente dos mesmos indivi-duos, c cohéso c inalterável manter-se atéo fim.

    Diz Albino Ferreira de Sá Coelho, ex-thc-soureiro da Associação, nas suas declaraçõesdefIs.3S,qucquemteveaidéa de fundar nes-ta capital o Banco União do Çomniercio, foiThomaz Costa,"que a apresentou á dire-ctoria da Associação, dc que fazia parle, nãosó como um negocio vantajoso, porque áAssociação seria attribuido o décimo doslucros verificados, conto tambom por serum nieio dc sc dar emprego ou collocaçãoa Emílio do Amaral Ribeiro, que gos.ivadc fundas sympatliias 110 seio da Associa-ção, c em outra epoca tinha vivido cm abas-lança, bem reputado 110 çomniercio comohomem trabalhador, honesto, e cumpridor dcseus devores, mas que então sc achava cmcondições precárias, segundo propalavamThomaz Costa o outros amigos dc Eniilio.

    Realizada por Thomaz Costa e,outrosamigos a iusinuante propaganda, foi o as-smnpto apresentado á directoria da Asso-ciação, onde soffrcu discussão, sondo nfi-nal adoplado. Esta deliberação da directo-ria foi suhmettidit ii consideração dn As-sembléa Deliberativa; onde nova discussãose travou, havendo manifestações favora-veis e contrarias, passando atinai por gran-dc maiorin, qunsi unanimidade, a propostada fundação do Banco, cm sessão realizada110 dia 21 de agosto de 1902.

    Feito isto, foram espalhados largamentelistas avulsas impressas para o levantamentodo oapital por meio dc subscripçâo deacções, que seriam 50.000 do valor de 100$cada unia; fez-se larga reclame pelos jor-naes diários, c a mais espalhafatosa «Iaspropagandas. Diz Jaeintlio de Magalhães,

    .1 fls. to, que essa subscripçâo foi feita, oomohabitualmente se fnz em empresas conge-neves, por moio tle listas avulsas, em queforam colhidas as assignaturas dos diversossubscriptores; tomou elle próprio interessepela fundação do Hanco, exercendo papelsaliente, c parn o bom oxito da empresa pó/,em contribuição todas ns suns rcInçOcs, cempenhou todos os esforços, inclusive tunaviagem ao Rio Grande do Sul.

    Nessas listas já ernm apresentados cnmofuturos directores do futuro Danço (vide oaiinc.ro tt. 2 ao laudo pericitd) os srs. TI10*maz Costa, Eniilio «In Amaral Ribeiro, Ja-ciiilho Magalhães, José Ribeiro Duarte, Pou-lino José dn Costa, llriiulin Martins, Sovo-rino Campcllú de Rezende, Manoel Moreira cJoão Francisco de Leão Cnstro, todos comexcepção (lo penúltimo, pertencentes ii dire-cloria iiu Associação dos Empregados noCommercio (vide ofí. dc fls. iny), «1 quede começo deixa [intente que, trabalhandosiintiladamonte pelo bem do ooinniercio, náoesqueciam ns suns próprias pessoas,A'fronte desse grupo (dlscm Atinandode Figueiredo c Albino Sá nas suns doolit-rações de fls, 35 c fls. j8 v,). oollocarntit->,c cm nòtnvol destaque -ílionínk Coiín eJosé Ribeiro Duorlc, os quaes, Segundo odizer de Albino Sn, nndiivnui com òs clcninlscomparsas çiii cochklios e canciUabiüos sc-crelos, fugindo do dar nos outros membro»dn clireclorln noticias do nsiunipto, do talsorte que o llicioitrelro nfnstoii-se «In As»snciaçio, o o Bccreinrlo so limitava ;i,* pro-viiloncias tle caracter official.

    Coticiiniiiniileniciito mantinham ttui ter-viço tle fnttitosn propaganda pela Iniprcn-sn. Assim ó, quo, «1 Pais tle lt ile relembrodaquelle anno, cotimurnvn extenso editorialno iisitiiíiplo, realçando a groiidç serviço quéa Associação prestaria ao eoniiiicrcli) tlcsliioiipitiil, "aerviço tle uni raro nlcniiec nn iiòs«>o melo, etn umn epoco cm que o coiniiicrelose achava depauperado cm forçar, pela dlf-flciililade de operar com os eitibcleclnienlosdem natvrcza."

    Accrcascentava que a Associação dos Em-pregados 110 Commercio era por si só a ga-rantia do êxito desse louvável tentaincn,que iria libertar a praça dos liamcs a que aprendiam a inércia c o paralysia do credito.

    Ein 2t do mesmo mez, esse grande e repu-tado órgão dé publicidade voltava no as-suinpto cm estirado editorial, tecendo cx-cepcionaes louvores á Associação, e frisan-do que a idéa da fundação do Banco mar-.chava victoriosa com o apoiodos principaeselementos financeiros c econômicos do pais(fado que não sc milhou)."Dc uni prospero Estado do Sul (acere-scentava o jornal) um forte estabelecimento,tão justamente confiante na magna empresa,mandou saber até quantas acções podia sub-screver (não subscreveu nenhuma); estefacto auspicioso frisa o triunipho completoda idéa."

    Conchava a classe commercial do Rio deJaneiro a unir-se cm torno desse mónii-mento, e terminava com estas palavras: —"A actual directoria pôde rJrgulhar-se le-gilimainentc dos seus iritelligcntés esforços,como dignos conlinutidorcs de Thomaz Cos-ta, Jacintho Magalhães e Paulino Costa.Quer como negociantes, defendendo os in-teresses dc sua classe, quer como homenspugnando pelo progresso desta nossa terra,são dignos do respeito, da consideração, cdo applauso unanime da nossa collccliviíla-dc."

    Os organizadores do Banco conheciam,sem duvida, como toda a gente, o forniido-vel poder stjggcslivp da imprensa, "este pro-digioso telephone, qne 110 dizer dc GabrielTarde, tão! dcscpinnícdidáinciilc engrosspuo ahtgo auditório dos tribunos c dos pre-gadores."

    Não se pódc negar, com esse illustre es-criptor, que os jornalistas fazem a opi-nião nas çjrcumstaiicias criticas; . impren-sa mobiliza tudo que toca c vivifica, e nãoba egreja, na apparcncia iminutavel, que,desde o momento cm que se submetia ámoda da pnblicação a jacto continuo, nãodé signaes visíveis dc mutações internas, emvão dissimuladas.

    Foi a anua principal dc que sc soecorre-ram os organizadores do Banco para levara cabo essa empresa, a que as suas publi-cadas previsões reservavam o mais bellofuturo. Ao lado disso, a imprensa endeo-sava potentemente os indivíduos que se met-teram á frente, apresentando-os ao com-mercio e ao publico como homens dignos dorespeito, da consideração, da confiança, edo applauso unanime da nossa còllcctivi-dade, como os salvadores do çomniercio emum momento de aguda crise econômica cfinanceira.

    Tres mezes decorridos, a Associação fezpublicar cm todos os jornaes do dia 15 denovembro os prospectos da incorporação,declarando quaes os fins do Banco, e que,no intuito do desenvolver e facilitar o es-pirito dc economia enlre os auxiliares docommercio, estabeleceria c manteria tunasecção denominada ile pequenos depósitos,emittindo a favor dos depositantes caderno-tas qttc abririam com iof, mediante juroconvenieiile, o que claramente sc traduziacm operações de Caixa Econômica, que oGoverno aliás não permittiu, mas que eraentretanto um excellente engodo para at-trair depositantes.

    Nos prospectos declarava ainda a Asso-ciação incorporadora que o capital seria di-vidido em 50.000 acções de 100$ cada uma,c realizado por esta fôrma:

    20 o|o, ou 20$ por acção, no acto da snb-scripção;

    10 o|o, ou 10$ por acção, até 30 dias dadata da assembléa geral de installa-ção;

    10 o|o, dentro de 90 dias, coutados da dataprecedente;

    IO o|o dentro dc um anuo da data dainstallação.

    O resto do capital seria realizado com oslucros du Banco,

    A propósito, dizia O Paiz do dia 23 da-quelle mcsmo.iucz:"A directoria da Associação já publicouos respectivos prospectos, c o çomniercioacolheu sympatliicamontc esta iniciativa, cn-tendendo que a sun realização será fecundadc resultados benéficos, por garantir-lherecursos que aqui aciuahnenle escasseiam.Assim, não pódc haver duvida quanto aoêxito du subscripçâo do capital, cuja aber-tura sc rcali;a amanhã (24) na secretariada Associação incoi poi-.idora, devendo cn-cerrar-sc uo dia iinmcdiato."

    Esse aviso foi egualmcnte publicado emtodos os jornaes do dia.

    Tornou-se evidente, porém, que essa sub-scripção publica, nssim annunciadn, com opraso" de dois dias, não significava mais doque o moro preenchimento dc uma foiniali-dade legal, porquanto a subscripçâo foi foi-tn, não na soorotaria da Associação incorpo-rndura o 110 praso auiuiuci.ido, mas por meiode listas avulsas, largamente derramadas,antes c depois daquelle praso, como já ficouexplicado. No praso especialmente destina-do"á subscripçâo publica, isto é, nos dins 24e 25 de novembro de v>02, con formo sc vedo documento de fk 50, só teriam sido sub-scriptns O95 acções, tomadas por 28 indi-yldiios,

    Mas a verdade c que, no dia ;| começou opagamento dn 1* entrada de 20 olo; quo erarealizada na thcsonrai ia da Associação, onde

    O fiel do thesoureiro, Antônio José da Costa,recebia dos necionisln.1 n respectiva impor-tnnci.i e dava mn recibo; di-to minava notacm unia coslaneira, por ordem cltrònologico,o 11,1 qual lançava o nome de cada um necio-nisiiis, numero de acções, c a importânciapaga, çoslaiicirn dc quo o listo de Hs. ;«.yétuna copia aiithcniicn. Do seu cxiiine sò vo-rificii «nie o pagamento do capital (1" eu-Irada) começou o ser feito 110 dia j.| detiOvcmbo, quo ern o dia designado pnrn asubscripçâo publico; c continuou pelos diastegtiintes, com nipecto normal, até o dia 7de janeiro de 11103, inclusive. Até osso dia,conforme a mesma li.-tn. estavam sulucrl*pias apena* 1 r-5-*5 ncçOcs, cqrrcipondcntcjo 6S9 siil.soiiptiiros, representando o capitalrenhindo de 350:500$, A prova desta ver-*,dnde resulta da simples inspecção dn lisin «Iofls. 50. O povo o o coiutucrclo não haviamcorrespondido no enloroio nppclío da Asso*ciaçáii, não obstante todo o icrvlçò dc es*piilhiifíiii.s.i propaganda, deniro o fora d.toiipitnl, sondo mesmo necessário, para do*minar essa lucrcln, que uni dos mais nola-veis membros do Syndiçato viajasse até no'Kio Graútlc tio Sul, eiiiborn tlrbnldc.

    O insuicr w era patente e irreaedinvet,ntu* o syiiilicitto htcorporotlòr, ou p..r cni*culo ou por nventürn, entendeu do nílo ie*citar do seu dclilirrndo propoillo de fumliir

    llflucoi o embora u "de Janeiro a sub*icrlpçfio citnclàiinstc muito aquém da me-Indo. ftv ptiíillrnr nos jornncs dó «lín.8(ciVo "loriiul ,l,i Cninnicitio" deite dia, tú»

    fl«7.) "lufcrinaeòet"), •fslgii.ida p to l*iccrctnrlo dn aiíocimçíIo, .uiuniiilu do Pi*ninilrcdUi unia dècliirnçSo (ndliiráliiientefeila ile vc.spera) éoiivltloiulo os ttt sub»lerlptorcs dn cipllnl do llunco o se reuni*reni om AiíeinhWn ('«oral Uiiqiulle dia, ft

    Iiora tln lorde, tm edifício dn Aisoelíçâo,nflin dc proceder-se ii liiilnllitçílo dn inosiiioDmico, fot itcharcm-!c cumpridas a.» eon.dicití tatu itio txtgiJat nu /»:, novesubscriptores de 200 noções, acima ditas,estão coinprcliondiilos Thomaz Cosia, tuacasa commercial, Jacintho Magalhães c Eni;-lio do Amaral Ribeiro; entro os de 100, o.s-tão Paulino Costa e José Ribeiro Duarte, eo dc 300, c o sócio e amigo de José RiboiroDuarte.

    Assim: Emílio do Amaral Ribeiro, que namanhã de 8 de janeiro nppnr:ee stibsçrc-vindo 895 noções, já havia realizado a 111-trada de 150 cm 7 desse mesmo mez (isto é,nn véspera) e de 50 no dia 2 do «Iciüutbro,om nome comniercial de "Amaral Ribeiro& Ç."Thomaz Costa jn figurava como snbscri-plór de 400 acções cm 3 do dezembro,sondo ;oo cm srn liontc individual e 200 cmnome da sua firma commercial, Carvalho,Cosia & C.

    Paulino José do Costa figurava em lt» dcdezembro oomo tubsçrlntor do 100 acções.

    José Ribeiro Duarte já linha 100 om seunome, c 50 0111 nome dn firma Duarte, Silva'& Fonccco, fórn us 300 do Antônio F. dnFonseca Sabroía, teu sócio e amigo in-limo,

    Jnointho Magalhães cm 3 dc janeiro linha200 cm «eu líòmc o jo em nome da sua fir-ma coiiimeretal ''Carvalho Sr Magalhãc."

    Jloin claro i que ossos Indivíduos reparti*ram entro si ns acções que faltavam, afimde evitar o fracasso do emprezn. o pnr.t quese inostriisio que lodo o capital estava ef-•fccttvniuento tubscriplo; c cntflo escreve-rnm, 011 man.lnrniii cícrcvcr 110 livro oscetis nomes, us do sun* mulheres, filho* me*norc», Irm&bi, pnrcnlc*, niulgos e npnnlgun-dos. Entro o.-tc* estão evidentemente o* tre*grandes accionistas que :«li figuram, reprè*.sentando, ello* tio* reunidos, 30«.,«« de lodoo onpiinl do lt.iuco.

    Pelo que «o \ò dn ll»ln do fl», 50, minutadapçln Asioolnçild, ver!fiea«ie que 1B0 (teclo-nistas do ultima hornj quo ilpiirniii Invcrrenhindo iis entradas 110 din 8 de Jnuclro, nopróprio momeiiio du Initallaçílo tló Banco,ikii dia depois de ter o sclirétario feito ptt«hllcnr licia Imprensa que jú m achavamcumpridos (iio dia j),, todos os condiçõesexigidas pela Iri.

    Accionlstss í.iiiln.iioí)*, kiii «tuviiln, pcil*.loii'l«.-so Inscrlpto cuitin iiios, no itin H tiojaneiro, logo uo dia ímiiicdluto, no itiu "«to Janeiro, lotloi ire*, Pedro Pereira doCarvalho, Jiiíío dn Silva Moroct c Antouio1,'ipc (I.i Baniot tvm/i'!ii a» itins iieçôcn:

    o !• n.l.ioliiili.i MàgalliBcs,por .-oíooo3", Thomaz Costa; I37:ooo?ooo4", Emílio do Amaral Ribeiro. 133:90030005°, Paulino José da Costa. . . 13! :900$ooo

    Mas nenhum desses indivíduos, á excepçãotalvez do ultimo, podia dispor da quantiacorrespondente.

    Diz .Albino Sá, ex-thesouroiro da Asso-ciação dos Empregados no Çomniercio, 110seu depoimento a fls. 37 v. que "era voz cor-rente, e facto dc que elle estava o está con-vencido, que um certo numero dc accionis-tas eram fantásticos, pois alguns conheciaque não estavam absolutamente nas condi-ções de realizar as entradas que lhes ciamatlribtiidas, taes como: Thomaz Costa, JoscRibeiro Duarte, Paulino Josc da Costa, Emi-lio do Amoral Ribeiro, e outros mais, a nãoser que o fizessem com dinheiro alheio, poisque de seu não tinham o sufficicnte pararealizar entradas correspondentes ao nu-mero elevado do acções que subscreveram,porquanto Thomaz Costa c José RibeiroDuarte, embora fossem sócios dc uma casacommercial oada um, ahi tinham um capilalinferior a com contos de réis, que eslava emgyró, o rto qual, todavia, não tocaram na oc-casiâo: talvez tivesse feito excepção a essaregra Paulino José da Costa, que estaria por-ventura cm condições de realizar o capitalcorrespondente a mil acções mais ou menos;não sendo egualmcnte possivel a JacinthoMagalhães, cujo capital máximo seria de 150coutos, localizado em uma easa commercialc em prédios, realizar capital correspondeu-le a 2;200 ncçiões, o mesmo ppdchdo.se dizerde /. Teixeira dc Carvalho Junior c ile Emirlio do Amaral Ribeiro. Nada pôde dizer deJoão da Silva Mornos, Antônio Lopes dosSantos e Pedro Pereira de Carvalho, pornão lhes conhecer os recursos."

    Estas declarações tão confirmadas porArmando de Figueiredo, cx-i" .secretario daAssociação 110 seu depoimento n fls. 41: —"Em relação n Tbomnz Cosia c José RibeiroDuarte, acha muito cxnggerados, c acima desuas posses, os compromissos assumidoscomo accionistas, nada podendo dizer cmrelação a Jacintho Magalhães o Emilio doAmaral Ribeiro, por ciar tle relações coita-das com os mesmos, e cm relação a João daSilva Moraes e Antônio Lopes dos Santos,por uio çonhcccl-os."

    Eduardo Piores, que foi ohefo dn couta-biliiladc do Ilanco e secretario da directoria,disse 110 seu depoimento de fls. 30 que —"é sabido c corrente que não fórn subscriptoo onpit.il social todo, fazendo os directoresjogo com as acções, o que dava semestral-inenle grande trabalho no empregado in-oiiml.ido dns transferencias, para fazer o des-fazer transferencias das ncçOcs, segundo nsordens na oceasião dadas polo* directores/ícllílo lambem verdade que havia grande uu-meio de noções que não represcnliivnm offe-cllvnnicute capital cm dinheiro, bens, nu di-rcllos, mulo nislm qua nos ultimo* tempo*do sua vida, o Banco linha om carteira .10 otanlas mil noções das 50.000 que constituíamo seu capital."

    E„ns declarações são egiii.Inirnle cnnfir-innilns por Henrique Ferreiro dc Carvalho,que foi lambem ohefo dn contnlilllilndc «Iollancn, duccciléuitò a Edttnrdo Elorcs, Dizello 1111 cnrltt de fl*. "8: — "Sei, oiilrctiiiil.i,assim como o publico nu getnl, que n maiorparte dos accionistas que figuram 110 reta-loiio do. Banco, como possuidores de milha*re, tle noções, sio Indivíduos cuja situaçãofinanceira nfio Iho* perinlltin absolutamenten.li|iiiiir um ifio elevado .numero do acções,c í'.mui npriui» Inventados puta representarp papel tle grínides accionistas, com o fimUiiièo dc iüitilir o Ima fl do publico inexpe-titule."

    Sai», pci*. accionistas foulnilleos c *i*muliidns, que náo rcili.T.irnin nem uiuaentrada, flgurnuil.» cmn.) Ino» 110 illn 8 «tejaneiro (Ilo somente pnrn que não falhasseo plano ila ftintlnçfio do Ilanco.

    IÍ' corto, como Já disso, que n *uli»eri*pção d«) cnpltnl fui feita por melo «Io ns*ilitiinturn* em li i.> nvulaai, .lnclinho Mn-KiilliV'* nçcreiõcnln ip',c Anlnnio Lopes dosHantoi, Pedro Pereira de Carvalho c Jóflotl.i Silva Morar* atilgnaram tti próprio pu-nlia o* *cit* nome nn* ll«m* referida», oque & repetido polo* duis primeiro.*.

    A».«iiii díiieront, ma* nfio i verdade ; nííoiu cm hI«',.!u a esle» tres iiijipoitoi

    accionistas, como em relação a todos osmais, do dia S de janeiro.

    Declaram os peritos, incumbidos poresla delegacia do exame «los livros c pa-peis do Banco; que no archivo encontra-ram as referidas listas originaes 0111 numerodc 144 (quesito 11. 22).

    Nellas não figuram os seguintes suppos-los subscriplores:Antônio Lopes dos Santos S-3°°João da Silva Moraes 5.600Pedro Pereira dc Carvalho 1.200

    Toda a familia de Thomaz Costa; todaa família dc José Ribeiro Duarte; todaa familia dc Jacintho Magalhães; o, alémdestes :José Teixeira de Carvalho Junior e

    sua mulher 2.000Roque dc Moraes Costa 455

    O.s peritos quizeram illustrar este ponto..Assim é quo, cotejando' a relação ile accio-nistas, lançada 110 livro Diário, oom as 114listas originaes (cguaes ao modelo anncxoao laudo) existentes no archivo do Ilanco,notaram pasmosas divergências, não sóentre ns quantidades do acções suhscriplasnas listas, c as quo são mencionadas nolivro Diário, como tambom entre os nomes,porquanto figuram exclusivamente no Dia-rio muitos notncs dc accionistas que nãonssignaram as referidas listas do snbscri-ptores.

    Chegaram os peritos demonstrativamenteao seguinte resultado: '

    O total subscripto nas listas originaes éde 22.318 acções. Deste total a directoriado Ilanco fez uma stibtracçâò muito curió-sa. Dispõe o art. 33 do cit. doe. 11. 434que, quando o accionisfa não cffcctitár asentradas no prazo estipulado, cabe á so-ciedade, salva a sua acção de pagamento,contra subscriptores c cessionários, o direitode fazer vender cm leilão as acções, porconta c risco de seu dono, á cotação dodia, depois de notificado o ácciònista me-diante umn ultimação judicial, publicadapor dez vezes durante o moz, cm duas fo-lhas das de maior circulação.

    E o art. 34: — "Quando a venda nãosc effcctuar por falta dc compradores, a so-ciedade poderá declarar perdida a acção,c appropriar-sc das entradas feitas, ou cx-crcer contra os subscriptores e os ces-stonarios os direitos derivados de suas ros-ponsabilidades.

    Assim, porém, não procedeu a directoriado Banco. — Do total acima dito de 2:\-m8acções, eliminou arbitraria e síimma-riamente 5.053 acções, corespondentes a•32 indivíduos, pór não terem estes cffe-¦tuado a primeira entrada do capilal. Res-taram 17.265 noções correspondentes a24.655 na lista lançada no Diário. Entreesses totaes .verifica-se a differençà de7.390 acções, que figuram a- mais ua rc-lação do • Diário, o q«ie quer dizer o so-guinlc : os mesmos indivíduos, pelas listasavulsas, são possuidores de 17.265 acções,c pelo Diário dc 24.655.

    Essa diferença de 7.390 acções corre-sponde tios oito -seguintes, c sempre osmesmos indivíduos: Emilio do Amaral Ri-beiro, Jacintho Magalhães, José RibeiroDuarte, Thomaz Costa, Paulino Costa, cmais tres comparsas.

    Além disso, ha 25.345 acções que nãoconstam das listas originaes de sttbscrijftò-res, existentes no archivo do Banco e quefiguram unicamente lia relação de accio-nistas do livro Diário; e taes são todosaquelles que apparecem à ultima hora comorealizando na thesouraria dn Associaçãoas suas entradas: Antônio Lopes dos San-tos, Pedro Pereira de Carvalho, João dáSilva Moraes, Roque dc Moraes Costa, ctoda «a família de Thomaz Costa, JaeintlioMagalhães c José Ribeiro Duarte.

    Mas, a par disso, dcscobrcm-sc coisas po-sitivnmcntc fantásticas c iniioniinnveis nocotejo das diversas listas de accionistas.

    Comecemos por dizer que ellas são 4:1° — 114 listas originaes, onde os sub-

    scriptores deveriam ter dc próprio ptmliolançado 03 seus nomes;

    2" — Lista organizada na Assorinção in-corporadoro com a indicação da data c daimportância da 1" entrada, li' a qttc sc vénos autos de fls. 50 «1 61 v.

    3* — Lista lançada no livro Diário doBanco.

    4* — Lista registrada na Junta Commer-ciai (fls. 94).

    Seria curial que a 2* fosse cópia da 1".assim como a 3* seria cópia da 2\ e a 4*da 3*. Mas assim não é : não lia duas cen-formes «* harmônicas. Quo a lista lançadano livro Diário imo é tuna cópia das 114listas avulsas já os peritos demonstraramcabalmente, como ficou explicado.

    Tombem não é uma cópia da lista dacoslaneira, a que t* refere o Associação nooffioio de fls. 49, pois desla constam no-mes que não constam nom das 114 listasavulsas, nem do Diário, nem da Junta Com-mcrciol.

    Taes são, entre otilros:José Fernandes Pereira 25 acçõesJoão Moreira dns Santos Pinto, ao» "José Marques dn Silva 25 "José Antunes tia Sllvn 5 "José Poreira do Miranda 10 "Albino de Azevedo Branoo 15 "Geruldiiio Machado 5 "

    E outros mais, que pódem ser verifiendos.Seria noturnlissiiiio que no menos n lista

    rctlicltldo pnra registro 11.1 Junta Connnor-ciai fosse cópia fiel da lista lançada nns li-vros do Banco. Pois nem isso. Assim, onome de Adriano Alvos «lo Araujo constada lista registrada na Junta Con1111eroi.1Icomo possuidor dc 20 acções, e com essenumero cousln lambem do uma das listasavulsos, ma.) não consta «Io Dinrlo. Pelosassentamentos do Banco ello não^é accio-¦lista.

    Eglçsiiis & C. figuram como accionistas«le 20 acções ha coslaneira «Ia Associação cuo lista da .Imita Commerclal, mas nãonppnrcccin, quer nns listas avulsos, querna relação do Diário, K assim outro*.

    Além disso, eili toda* essas listas diver-ucm ns quantidades, Assim: Manuel Jon-quini «lc Andrade, na lista «Ia Associaçãoligtim coni .15 ncçõc*, e nns outras coni»20.»

    Joaquim Duarte Frnzão, un li.,1,1 da As-toclnçüo figura com 5, o nns oulrns coni 15.

    Joaquim dn Silva Pinto, na 1' com 50 ;nus outras oom 5,

    Em nome de J««*é Ribeiro Duarte o ex-nine pericial encontrou: nas listas otigitinu»,300 n.-çõe» : n nr. Diário 2.10:1, No liplijé (teDuarte, Silvo &l'onscca (casn coinmcrclalde I'uailo 1 o oxamo encontrou: ilas listasorlglunci sm; no Dinrlo 50;

    Pois liem, nn costuiiblra d.t A.uoclaçãoci instam ns seguintes notas cm relnçSo aesc* «lui* notncs i

    José Ribeiro D)i:iiii'—"\ quantidade «lenoções, bem como tt importância, rsiánemendadas de imo para 100, o de 4:000$pnra u:boo$ooo, Consta «» pagamento, ílnj.i do dezembro de 1002; de 3:000$, cor-rcipoiidcnlci ú i* entrada dc 20 ...jo tle 100nc«j'"c.«."

    Duarte, Silva c*r Fonseca—W qunutliloilodc ncçõc::, l.tut como i. Iinpi.iiiii.oi.i, cilfioeuiciiilnila* de 300 pnra 50 e do 41000$ paru1 !00ft$0W."

    Cousln o pagamento de 1 iene?, na miíinntinta, prin i* prestação dc soclo, relativa aüo ncçõc*.

    2uni ilcciis list« deve-se-reputar ver*

    cira?»

    Tudo isto deixa patente a maneira irre.guiar por que os cinco indivíduos, acima,,",referidos, conduziram a fundação do Banco iUnião do Commercio. Tudo isto deixa forade duvida quo todos aquelles accionistasdo ultima hora eram accionistas para en--cher; não representavam realmente pessoas;eram nomes para salvar a empresa.

    Vejamos ngora si esses accionistas, quefiguram na relação de fls. 50, realizaram,effeòiivnmeíite, a i* entrada de 20o|o.Quem olha para a lista existente nos au-tos, fica acreditando que assim, tenha sido.E, depois, cada iim dos Suplicados 110 caso,depoz nosso sentido. Assim: Armando deFigueiredo diz, a fls. 3S v., que, pdos H-vros da Associação, pôde verificar qno eu-,,trou a parto'do capital correspondente' á"1" entrada de 20o|o. Antônio José da Cos-ta', quo ora o caixa da Associação c quemextraída o assignava as cautelas ou recibosque deviam ser entregues aos accionistas,não se recorda sc recebeu toda a importânciarelativa á 1* entrada de accionistas, maspódc garantir que não cscriplurou comoentrada na thesouraria qualquer qitnnlianue eifectivanicnle não tivesse recebido, ex-primindo os sous* lançamentos, portanto,a verdade dos factos. Disse ainda que r>lançamento dns quantias recebidas por clle,por conta do oapital subscripto, ora feito,diariamente, 110 livro caixa a seu cargo,sendo mensaes as partidas do livro Dia-rio". escripturado na secretaria, sendo ellea tmica'pessoa que escrevia 110'Teferidolivro caixa.

    Verifiquemos estas asserções. . , gA Associação informa, no ofíicio de fls.

    49, o siíguiiite:"No Diário daquella época foram fei*tos, cnglobtidanicnle, nas paginas 348, 365c 37S os seguintes lançamentos de Caixa,por diversas entradas do dinheiro em pa-gamenló de acções subscriptãs para o fun-cciónãmcntp daquelle estabelecimento ban-cario, na importância tolatdc 1.000:000$; cmnovembro ile i9o2, 179:300$; em dezembro470:800?, e em janoiro do 1903. 349:8oo$."

    A fls. 73 está junta uma cópia dos lan-çamenos do livro Caixa, a cargo de Al-tonio J. da Costa. Verifica-se a prima j'\l-cie que Costa faltou á verdade, pois que oslançamentos não eram diários, como disse,porquanto foram feitos nos dias 25, 26, 28e 29 de novembro; 2, 3, 5, 6, 13, 20, 23e 31 de dezembro, c 8 dc janeiro. Istomesmo revela a má fé preconcebida comque sc procedia, pois, ao passo que em no-;vembrò c dezembro faziam-se lançamentospor dias mais ou menos seguidos, íizeraju-se os referentes a janeiro, em ttm só dia ede um só jacto, no uliimo dia, 110 dia 8.

    E, depois, notac a divergência. No co-meço escrevia-se assim: "Novembro, 25.Recebido dn 1* entrada de 20o|o sobre 695acções subscriptãs por diversos, conformea coslaneira, tanto." "*_._

    Do mesmo modo, no dia 26—Esses .'di-zeres c quantias conferem com a lista defls. 50, cópia dc tuna coslaneira, existentena secretaria da Associação e que, por in-formação tradicional, contem os nomes dossubscriptores do Banco. Dahi resulta:

    1"—Que havia uma costaneira.2°—Quo essa costaneira era um livro au-

    xiliar do Caixa.' 3"—Que havia enumeração dc acções edc quantias, e indicação do numero dos re-cilios.

    Mas depois os lançamentos começarama ser feilos muito mais simplesmente, ape-nas assim: Recebido da j* entrada de 20010Je acções subscriptãs por diversos, tanto.

    lia divergência fundamental:1°—Enlre o livro Caixa c a costanciraa.2°— Entre qualquer delles e os próprios

    livros do Banco.Para notar a divergência entre o Caixa

    e a costaneira, basta comparar a lista defls. 50, com o documento dc fls. 72. Porqualquer delles, cmliora escriptos de mododiffcrentc, a Associação recebeu 1.000 con-tos, e com elles entrou para os cofres doIlanco. Isto, porém, é uma dupla fantasia.ÃVni a Associação recebeu dos accionistasos 1.000 coutos correspondentes â 1* cn-Irada, nem com cllcs entrou para os cofresdo Banco,

    PRIMEIRO PONTO—A Associação nãorecebeu os mil conlos da primeira entrada.

    A primeira prova é-nos fornecida pelolaudo pericial. Os peritos verificaram (res-posla 00 quesito ir. 22) que a directoria doBanco eliminou da lista de accionistas 22.:indivíduos, inscriptos nas listas_ originaescomo subscriptores de 5.053 acções, que re-prcsenlariain unia entrada de 101 :ofio$ooo.Este é um facto indisputável c provado, eque. prova «|tio, a rigor, teriam entrado osmil contos, menos 101 :«J6o$ooo.

    Temos cm segundo lugar os depoimentosdos próprios interessados.

    Jacintho Magalhães disse:"que o Banco inslallou-se no dia8 do janeiro do 1903, tendo a maiorparte dos accionistas, a sur. quasi lo-talidado, realizado até esse «lia o pri-hiéira entrada correspondente a20 «.io. havendo naturalmente itlgun.-rctardtiltirins que realizaram suas.entradas cm {poça posterior."

    Armando Figueiredo disse:"que, pelos livros, podo verificar

    que entrou parte do capital corro-sponilcnte á primeira entrada dc200 o; isto diz, guiado pelos lança-mentos do livro, podendo aííiimar,entretanto, positivamente, que cn-liaiitni sciscentos c tantos contos,porquo ossos foram recolhidos aosBancos Couimcrcial c do Commer-cio."

    Sraulio Martin* disse:•quo, naquella época, dizia-se e era

    eorrentc,*qiic o llnnco tinha realiza-do lodo o capital tle 1 .,00o contos,havendo todos os subscriplores rea-liznd.i a sua parle de capilal; mas oo declarante não veri fiou si o fn-cto era mi não verdadeiro, ouvindotambém djzer nn oceasião qno o dl-

    . nheiro eslava depositado tios BancosCoinnioicial c do Commercio."

    Accrcsccnlop quo, niuiiiucindas ns entra-das dc capilal, alguns dos iiibscriplores fo-ram rcallzat-da nicsníotua lliesournrin daAssociação, o n otilros furam levados os rc-cilios cni caia, tendo sido mesmo contraiu-dus cobradores para esc fim, Esta riícrcii-cia é vcrdtiileirn, e cousln do laudo pcricl.il.No "Caixa gcrnl" do Ilanco consta nn ,]ide janeiro de 1'Jo.t o lançamento dn qiimillatio 13:500$, paga pnr comnilifOcs, que a In*corporad.iiíi, Associação do. Empregados naÇomniercio, deixou de pngar pela incurpü-raçiló do Ilanco.

    Do* ciindo:) ili'p'i!nic;ilo.i de Armando Fl?giielr.cilo c Brattlio Mai tln* vê*»o que tu iiu-poriiiiicllts das entradas terintn sido recolhi-da* a dois bnncoi desla capind; entretanto,lio BfiíicO d«. Coiiniicrclo, havia npenas111:300$, e no Cniiiiiii rolai 21 :03q?am. Sltivciiciiioi tle lhes ji.i.inr w 500 contos dodeposito terinmos um total máximo tle....6jJuwfvjn. Síiiaiu laivo/: 1» óou e íamoscontos a que üc referiu o tt, Arnimiilo Fi-giirlrcdo, t

    Em letciiro loj.nr, j.'t fleoii ilonioiulrndoque grando purte do accionistas niio. iintllntneffcctuar „ entrada relativa nu dcvnillsihnonumero do (tcijõei biicripun cm mu BOM»

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    Sl^P^iS^lSSí^!

    «HCORREIO DA MÁ, TH A Sá Sogijnda-feira, 7 de Junho

    j\ n.-.. oo ueãics autos está junto um do-cumciiln assignado por esse mesmo AnlonioJvÓpes dos Santos, com a firma devidamentereconhecida pelo tábellião Carlos Guimarães;Ahi declara que não subscreveu acções doJlanco, tendo apenas dado autorização aoseu amigo Jacintho Magalhães para usar doseu nome, ignorando o numero de acções«|iic foram tomadas cm seu nome, pelas quaesnada pagou nem mandou pagar.

    Estas graves declarações são confirmadasjior ditas pessoas: Norberto Martins Viannac Agostinho Dias Nunes de Carvalho, nas

    í* suas declarações de fls. 20 v. c 23, c estei» repetiu-as cm acareação com Antônio Lopes

    $oooEis ahi a fôrma por que a'Associação

    completou os mil contos. — Examinemos'estas parccllas.

    Quanto á de 15:949$55o dizem os peritosque no archivo do Banco não existem ascontas da Associação dos Empregados 110Commercio relativas ús despesas de instai-lação a que se referem os lançamentos aci-ma transcriptos. ¦ Qiianlo á ultima dc•78:91*4130, .0 laudo pericial explica o se-guinte: — Em 26 dc fevereiro de 1903 olivro caixa do Banco registra o lança-,mento seguinte: — Recebido da Associaçãodos Empregados 110 Commercio «lo Rio deJaneiro pelos juros dc 10 o)o sobre.78:(ji7$i3o de 31 de janeiro até hoje, valorde seu debilo, conforme a conta que apre-sentou — 'ÍKjÇoejo. •'•-'. : .

    E mais o seguinte: — Em 7 de fevereirodc 1903 José Ribeiro Duarte acçeitòu',, cmnome da Associação como seu presidente,2r letras, sem endossante, c com vcucimeii-tos mensaes, dc 5:000$ cada tinia. ,

    Em 26 do mesmo mez, o mesmo JoséRibeiro Duarte, cm nome ainda da mesmaAssociação, ncceilou uma outra letra, semcudossaittc, dc 85:830$ooo, com vencimentopara 31 de dezembro: Esta ultima letra(diz o laudo), deduzida a importância de7:343?"io «lo desconto pago, prodti/.iu-o li-quidüde 78:48;$5(Jo, quantia quasi cqiiivii-lente á dc 78:9.17$ 130'qúc "=' mesma datadc 26 de fevereiro dc H303 foi creditada aAssociação como recebida por saldo de seudebito de íncorporudora.

    As 21 letras do valor dc lo8:723$574>descoirtadus. pela' Associação em 7 de íc-verciro de 1903 110 Banco União, foram poreslc redescontadas cm 29 de maio do mesmoanuo 110 Banco da Republica.

    Para se ver a immoralidade de todas estastratísacçOes; basta intentar no seguinte:Os directores do Banco eram:

    Tliomaz Costa.Emilio do Amaral Ribeiro.Jacinllio Magalhães.

    Conselho Fiscal:José Ribeiro Duarte.Paulino José da Costa.BrautiÒ Martins.

    Os directores-da Associação crantiTliomaz Costa.Emilio do Amaral Ribeiro.Jacintho Magalhães.José Ribeiro Duarte.Paulino José da Costa.Braulio Martins.Outro facto que ainda vem rolutslcccr a

    prova da simulação dc subscripçáo c o quepasso a commcntar.

    Conforme se vê do officio de fls. 112,dirigido a esta delegacia pelo honrado pre-sidente do'Banco do Brasil, — "em 14 denovembro de 1902 foi descontada nesseBanco unia letra da quantia dc 400 contosde réis, ácceiia pela Associação dos Km-pregados 110 Commercio do Rio de Janeiro,saccada pela firma Duarte, Silyà & Fòii-seca, e endossada pela mesma firma sacca-dora e mais por Carvalho Costa & C, Pau-liuo Salgado & C, Amaral Ribeiro 4 C,c Carvalho & Magalhães.

    Por officio de 12 dc maio próximo pas-sado, perguntei á actual directoria da As-sociação o seguinte:

    1°) Si essa quantia dc 400 contos de réisfoi applicada* em despesas .determinadas pelaincorporação do Banco do Commercio;-

    2") Qual o modo por que foi despendidaessa quantia;

    3") Qual á dala em que foi o saldo entregueaos directores do Banco (vide despacho dcfls. pi.)¦O honrado presidente da Associaçãorcspondeii-nic, em officio dc fls. io9, di-zendo que nada consta a este respeito noslivros du Associação!!!

    Por sua vez, respondem os peritos dcfls. 145 (cr quesito)':'.

    '"Nos livros da cs-cripturação do B;u)co União do Commercionada consta sobre o assumpto, e nemfoi encontrada no archivo a letra a quese refere o quesito."

    Ao mesmo tempo informa o Banco doBrasil, 110 citado officio, que a letra íoipaga no seu vencimento.

    Por que fôrma ? Dizem os peritos, rc-spondeiido ao mencionado quesito:"No que se relaciona a operações dceles-contos de letras feitos pela Associação dosEmpregados 110 Coimncrcio, apenas encon-trainos nos livros do Banco os seguintes:

    io8:723$574. em 7 dc fevereiro de 1903,dc 21 letras acecitas em nome da Associa-ção pelo seu presidente José Ribeiro Ditar-te. sem endossante, conforme a proposta as-signada pelo mesmo c constante do ar-cliivo do Banco.

    85:8,io$gco, cm 26 dc fevereiro do mesmoanuo, ácceita pela mesma Associação, porseu presidente José Ribeiro Duarte, Iam-bem sem endossante. As 21 letras, «Io va-lòr de io8:72,i$574. foram pelo Banco Uniãodescontadas 110 .Banco da Republica, cm29 de maio do nicsiuo anuo.

    A fls. 27, disse Albino Ferreira de SáCoelho, ck-i° thesoureiro da Associação:—que não tomou parle, nem ao menos teveconhecimento da letra de 400 coutos dçréis, dc acccitc da Associação, descontada110 Banco da Republica; posteriormente, (te-pois de installado o Banco, ouviu dizei*que os seus incorporadores, não tendo con-sequido lodo o capital por subscripçáo. ar-ranjaram dinheiro com um Banco destapraça. .,

    A fls. 40 v.. diz Armando Figueiredo,cx-i" secretario da Associação, que, recen-temente, depois dc haver entrado o BancoUnião do Commercio cm liquidação for-cada, é que soube do desconto no Bancoda Republica, cm novembro de 1902, dcuma letra (lc 400 contos de réis, acecitapela Associação dos Empregados no Com-mercio, e endossada por diversas firmascotnmcrciacs, pois na oceasião não tevenenhum conhecimento dessa operação, nãofoi ouvido a respeito c nem dus livros con-siava.