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A Biblioteca de Babel [Jorge Luis Borges] . experiência metódica/científica Laboratório II Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. 4º ano. licenciatura. Design de Comunicação. ano lectivo 2008/2009. 2º semestre. assistente Sofia Gonçalves /// sofi[email protected] [ lombada ]

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A Biblioteca de Babel [Jorge Luis Borges].experiência metódica/científica

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ex02. Biblioteca de Babel[Jorge Luis Borges].experiência metódica/científica.Meta-Página: interrogação e crítica da forma através das suas próprias convenções.Exploração da Página como modelo conceptual. Da página como objecto à página como sistema.Investigação e exploração dos princípios de auto-referencialidade (conteúdos, tipologias, estruturas, acções) sustentados por uma aproximação analítica e crítica ao arte-facto Página. Transformação do modelo de comunicação em metáfora da interface digital._de 07 de Maio a 16 de Junho

E começam a desenhar-se agora as inquietações que foram assaltando o ouvinte: mas como pensar o livro hoje? Como pensar o livro na sua diluição, no seu desaparecimento, na sua absorção pelo espaço multimedia? Maria Augusta Babo (1999). “O hiperlivro: ainda um livro?”

As páginas web não devem ser pensadas em termos de Começo, Desenvolvimento e Fim, mas sim Abertura, Acesso, Encerramento. (...) A experiência hermenêutica no ecrã de computador revela, por um lado, a continuidade nos princípios discursivos clássicos, e por outro, a extensão destes princípios por explorar da tradição da escrita e do design gráfico.Falamos de revolução digital, no sentido em que se desenvolveram os novos sentidos de leitura, educação e comunicação, que no entanto, se continuam a basear nos hábitos prévios da persuasão. A reordenação destas possibilidades recoloca o design como o veículo para a reflexão e produção destas inovações.Alejandro Tapia (2003). “Graphic Design in the Digital Era: The Rhetoric of Hypertext” pp. 21-22. disponível em http://www.mitpressjournals.org/toc/desi/19/1

Paper involves many senses, mainly touch, smell and sight.Touch tells you the type of information that you’re reading when you turn the pages (rough for text books or xeroxes, smooth for magazines and illustrated books). The smell of paper can tell you how old an item of information is (inky for recently printed and mouldy or dusty for older texts). The colour of pages can tell you their age. The paper that turns yellow show its old age, but it takes decades to take this degenerative process. The electronic media are very focused on sight. You can guess the type and age of information mainly by the technology implied, like the resolution and number of colours for the digital pictures, or the graphic style used.Alessandro Ludovico (2006). “Paper and Pixel, the mutation of Publishing”

{ legenda capa.Un coup de dés jamais n’abolira le hasard. Stephane Mallarmé. Paris 1897 + Un Coup de Dès Jamais N’Abolira Le Hasard. Marcel Broodthaers. Antuérpia 1969fonte das imagens: Extended Caption (DDDG). Stuart Bailey. Roma Pulications 128. 2009

{fig. à esquerda} Aspen: “a magazine in a box”. Phyllis Johnson (ed.). Aspen E.U.A. 1965-1971. (nº4. McLuhan e Fiore. 1967) {fig. à direita} Aspen (projecto de remediação digital). Andrew Stafford/ UbuWeb (arquivo de poesia experimental). 1996. versão on-line http://www.ubu.com/aspen/intro.html

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1. Introdução

Entre a página física ou material e a página digital, acompanhamos toda a história e imaginário do design. A página surge como paradigma, como objecto mitificado que se presta às lógicas de transformação, mas também de continuidade do universo ou léxico do Design de Comunicação. Afirma-se como elemento representativo da ligação do design aos me-dia—com a prensa de Gutenberg, os vários processos de impressão gráfica, fotocomposição, fotocópia, desktop publishing revolution, Internet, assistimos simultaneamente à evolução dos valores expressivos em design. À história das várias configurações da escrita e da página sobrepõem-se as várias experiências da sua formatação gráfica na história do design. A aproximação à página faz-se recorrentemente a partir do legado de alguns autores de vanguarda como Tschishold ou El Lissitsky, do trabalho da racionalidade modernista e dos autores do Estilo Internacional, ou na definição da grelha tipográfica, como agente legitimador do espaço da página. Hoje, deixando de lado os princípios de negação de todo e qualquer sistema de ordem, pelos pós-modernistas, a recuperação do valor da grelha faz-se na procura de princípios de expansão dos sistemas físicos em páginas temporais digi-tais, procurando um novo sentido para uma possível aproximação à noção de sistema.

Negando a simples coincidência semântica, a nomeação “página” dada ao espaço preferencial de suporte da comunicação digital (a página web) transporta este elemento on-tológico do Design de Comunicação, do seu enquadramento tradicional ao contemporâneo. Como elemento transversal à cultura impressa e à cultura digital, a “página” assume um carácter de normalização paradigmático: sugere uma iconografia, estrutura, léxico e imaginário próprios, de extrema relevância na cultura do design e surge, ao mesmo tempo, como o seu “suporte clássico” (à semelhança da “tela” na pintura).

Contrária à distopia do “fim do livro”, a página web não contradiz totalmente o formato do códice; reorganiza-o tirando partido da especificidade da apresentação electrónica.Aliás, a ordem do livro reconfigura-se nos termos das novas situações pragmáticas da rede. O portal web ou as janelas ainda são pensadas como páginas, ao partilhar muitos dos seus aspectos tradicionais, sendo recorrentes as aproximações às estruturas clássicas e à organização da página impressa (com o reforço evidente da grelha tipográfica). As páginas web utilizam igualmente a metáfora do portal, como o início de “viagem” ou ponto de partida (transposto para a homepage). A composição organiza-se a partir de frames (moldu-ras), o limite clássico da obra de arte na cultura ocidental. Cada página constrói um determinado ambiente e a navegação através do território virtual aproxima-se duma viagem pelo espaço arquitectónico (Tapia 2003 in “Graphic Design in the Digital Era: The Rhetoric of Hypertext”).

Para além destas aproximações, as páginas analógica e digital assumem também a inevitável dicotomia. A página impressa impõe a sua estrutura hierárquica, fechada através de uma grelha estática (o sistema cartesiano de organização do desenho da página em design) e é o lugar da escrita. A página digital, por seu lado, desdobra-se nas infindáveis ligações da rede, prefere o rizoma à linha de texto e oferece a possibilidade da re-escrita. Ao tornar-se independente da matéria, a possibilidade de construção de “páginas sem papel” (um dos tópicos de “Book without pages” de Nicolas Negroponte), anuncia a hipótese de mutação, a ideia de personalização ou reconfiguração do espaço de informação através de mecanismos de reconhecimento das características do utilizador.Em oposição à fixidez ou conclusão da página impressa, hoje, o computador abraça a possibilidade do incompleto, como qualidade positiva e desejável ao abrir espaço para o prazer e identificação que nenhuma obra completa parece oferecer. A celebração do incompleto sublinha a importância do processo em vez do objecto; mais do que a apresenta-ção da resolução prefere o estado de suspensão (Lunenfeld 1999 in “Unfinished Business”. The digital dialectic: new essays on new media).

O conceito de página leva-nos ainda da unidade à fragmentação. Como unidade ou matriz sólida, disponível à multiplicação que origina o livro, é agora também elemento fun-damental das estratégias de fragmentação tipificadoras e estruturantes dos artefactos digitais. A sua multiplicação já não dá apenas origem a um e mesmo objecto (o livro), mas constrói um sistema de relações que não se encerra em si próprio. Mais do que a autoridade ou volume do objecto livro, sublinha-se o sistema, regulado pelos seus princípios internos (o “sítio”) e externos (o ciber-espaço). Deste modo, a página web parece tornar exequível o conceito de livro digital. A versatilidade de adaptação de uma unidade menor, a página, parece adequar-se melhor aos princípios hipertextuais da rede. Enquanto a produção de livros electrónicos decresce (porque se tornam menos evidentes as vantagens deste modelo, face ao livro tradicional), o número de páginas web aumenta drasticamente.

Em síntese, a Página oferece-se como paradigma da passagem das lógicas projectuais, de objecto ou produto, a sistema ou processo.

Conceptual Models as StoriesWhat are conceptual models? I think the easiest way to connive of them is as stories, stories in context. A model is a story that puts the operation of the system into context: it weaves together all of the essential components, providing a framework, a context, and reasons for understanding. Without this story, without this conceptualization, the operation of something becomes a set of memorized actions, but without reason or purpose except “this is how it is done.”Don Norman (2004). “Design as Communication”. disponível em http://www.jnd.org/dn.mss/design_as_comun.html

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2. Síntese do exercício

A ciência pergunta “o que é isto?” enquanto o design questiona “o que é que isto deve ser?” (Krippendorff 2006 in The Semantic Turn: A New Foundation for Design). No seguimento desta posição, o modelo da página, neste exercício, oferece-se como território de inquérito, análise, crítica e produção.Pretende-se que os alunos explorem as definições dos modelos conceptuais ou mentais nos processos de interação, partindo do artefacto Página. O “modelo mental” ou “concep-tual”, compreende a descrição dos objectos ou opções nas acções, a definição de funções e modos de comportamento do sistema com os seus utilizadores.Neste sentido, procuraremos utilizar o reconhecimento dos modelos paradigmáticos do livro e da página para a circunscrição de linguagens e códigos específicos destes artefactos no Design de Comunicação perante a cultura digital. A abordagem parte dos aspectos genéricos meta-projectuais, i.e. a interrogação e modelação da crítica operativa da forma, através dos seus próprios conceitos e convenções. O projecto pretende, numa primeira instância, explorar os modos convencionais da representação, expôr e revisitar as bases ideológicas da Página, para mais tarde devolver um possível inventário experimental para o artefacto. Parte-se então de um entendimento intuitivo—o que é a Página para cada um de nós—para um desenvolvimento metódico ou científico, que questiona esse reconhecimento imediato, procura consolidação em referências e, por fim, se transporta para outras configurações.

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3. Modos de abordagem

As aproximações possíveis ao exercício organizam-se em torno dos seguintes tópicos: estrutura, representação / forma(s) e conteúdo(s), metáfora, remediação, navegação/leitura. Em cada proposta prevê-se uma possível articulação destas formas de abordagem.

_Estrutura:Do volume à unidade, do objecto ao sistema, do Livro à Página.Texto e Paratexto e a passagem das convenções da página impressa para a página digital.Exploração da estrutura, dos modos convencionais de ligação entre páginas ou das estratégias de apresentação do volume. Exploração dos limites da Forma: teste dos limites e meios para a sua expansão._estrutura convencional do artefacto (grelha e morfologia da página)_estrutura do texto (colophon, prefácio, introdução, corpo, conclusão, elementos paratextuais, notas à margem, glossário, bibliografia, etc.)_estrutura de apresentação (scroll, códice, página a webpage, volume e pop-up, etc.)

_Representação / Forma(s) e Conteúdo(s):Exploração do território comum e dos modos de representação da Página, naquilo que compõe o seu imaginário de reconheci-mento. Experimentação com as componentes essenciais (texto/imagem)._representação da Página Digital_representação do Texto_representação da Imagem_relação Texto/Imagem. _World Wide Web e a relação imagem/texto: lugar de conflito ou apaziguamento?_informação e/ou experiência

_Remediação / Metáfora:A página como território comum: da semântica à forma e função.Os legados históricos da Página Impressa convertidos em metáforas da interface digital. A “contaminação” da página impressa pelas lógicas da página digital. Da “página-papel” à “página-ecrã”, ou do plano para ao “sítio”. Conceitos inerentes à cultura digital na sua relação com o conceito de página: personalização e customização, rizoma e rede, siste-mas generativos, conteúdos geridos pelo utilizador, etc. _matéria: do papel ao pixel_espaço: expansão das coordenadas x/y para x/y/z, meta-design e grelhas dinâmicas_formatos híbridos e/ou múltiplos. Página impressa/página digital_processos de remediação bilateral (do livro impresso para o digital, da biblioteca física à biblioteca virtual e vice-versa)

_Navegação/Leitura:O espaço da Página e as formas de leitura: pergaminho e scroll, volumes e códices. O ecrã como página hipermedia.A utilização da acção de leitura como leit-motif para o design (da absorção dos conteúdos à interacção). Exploração das acções do leitor (leitor passivo, leitor activo). A desconstrução do paradigma escritor/leitor e as novas economias culturais (cultura da participação, autoria e inteligência colec-tiva, sistemas de gestão dos conteúdos pelos utilizadores) _Navegação: linear, não-linear_Narrativa: linear, não-linear_modos de leitura: procurar uma informação, “ler”, seguir uma narrativa, contemplação, velocidade de navegação (consciente/in-consciente), etc._acção do leitor_relação autor/leitor

{fig. à esquerda} webpage RosaB (http://www.rosab.net) {fig. à direita} webpage Werkplaats Typographie (http://www.werkplaatstypografie.org/)

{fig.} aplicação TRAIL (http://www.thecafesociety.org/)

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_4.Fases de Desenvolvimento

fase 1.Proposta de desenvolvimento e diário de estudos21 de Maio

Propõe-se que o aluno evolua da definição convencional para a explo-ração das potencialidades ou limites da Página, através da interpre-tação, interrogação, recriação ou ruptura com as suas convenções.Para a exploração das possibilidades deve fazer um primeiro re-conhecimento deste contexto, em função da(s) abordagem(ns) seleccionada(s) no ponto anterior deste enunciado.Para a consolidação da abordagem, o aluno deve recolher o material referencial que considere necessário para o correcto entendimento do seu processo projectual. Deve começar por sistematizar todo este processo de forma ao seu correcto entendimento na aula.

_Selecção e apresentação do(s) modo(s) de abordagem. Intenções iniciais.Início do diário de estudos: recolha de registos e/ou referências

6 ecrãs/imagens para visualização na sala de aula (formato .pdf ou .jpg_ 72 dpi)diário de estudos (blog. recomendação wordpress.com)

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fase 2.Experimentação04 de Junho

Com todo o material congregado até então, o aluno deve começar a configurar as primeiras experiências._6 ecrãs/imagens para visualização na sala de aula (formato .pdf ou .jpg_ 72 dpi) ou upload dos ficheiros no servidor para visualização online

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fase 3.Protótipo ou configuração final16 de Junho

Desenvolvimento de protótipo ou configuração final da meta-página. Cada aluno deve encontrar as estratégias mais adequadas para co-municar o resultado do projecto.Se optar pela apresentação de um protótipo, deve lembrar-se que estes correspondem ao desenvolvimento de representações incom-pletas, “à idealização de um processo ou sistema que integre con-ceptualmente uma determinada competência científica e formule uma hipótese efectiva de solução de uma necessidade” (Damásio, Manuel José. 2005. “New Media frontiers” in Número Magazine, Vol. 2, nº 3, p. 130). A prototipagem pode variar de esboços extrema-mente simples (por exemplo, prototipagem em papel ou protótipos low-fi), a sistemas completos que contêm quase todas as funcionali-dades do sistema final (protótipos high-fi).

_Apresentação dos resultados.

Para a aula:6 páginas para o entendimento da proposta e da configuração do sistema.Em qualquer das opções (protótipo ou configuração final), deve e-xistir uma representação on-line do desenvolvimento do exercício. Upload ficheiros para visualização nos browsers Firefox e/ou Safari._Para documentação:Intra ou extra página, cada alunos deverá organizar toda a infor-mação respeitante ao seu processo de trabalho, num registo online (continuação do blog da fase 1 ou integração dos conteúdos no ob-jecto final).

_Nota: A fase 3 é essencial para o correcto entendimento da proposta. O projecto deverá ser finalizado até à avaliação final da disciplina,

To explore these complexities, I propose regarding the transformationof a print document into an electronic text as a form of translation,which is inevitably also an act of interpretation. […] the adage that something is gained as well as lost in translation applies with special force to importing print documents to the Web. The challenge is to specify, rigorously and precisely, what these gains and losses entail and especially what they reveal about presuppositions underlying reading and writing. […] The advent of electronic textuality presents us with an unparalleled opportunity to re-formulate fundamental ideas about texts and, in the process, to see print as well as electronic texts with fresh eyes. For theory, this is the “something gained” that media translation can offer. It is a gift we cannot afford to refuse. […] changing the navigational apparatus of a work changes the work.Translating the words on a scroll into a codex book, for example, radically alters how a reader encounters the work; by changing how the work means, such a move alters what it means. One of the insights electronic textuality makes inescapably clear is that navigational functionalities are not merely ways to access the work but part of a work’s signifying structure. An encyclopedia signifies differently from a realistic novel in part because its navigational functionalities anticipate and structure different reading patterns from the novel.N. Katherine Hayles. Translating Media: Why We Should Rethink Textuality in “The Yale Journal of Criticism”. pp. 263-364. disponível em http://a.aaaarg.org/text/2618/translating-media-why-we-should-rethink-textuality

[in webpages] Traditional editorial features of reading are not suppressed, but rather take on greater force: typographies and the metaphorical value granted to the order of thought are maintained as decisive instruments of discursive organization.[…] Many Web pages are developed with the idea of traditional reading in mind, without understanding of the inferential rules specific to hypertext. The prerogatives of significance, and even more of clarity, define one of the rhetorical principles for the production of hypertext (that with the incorporation of movement and sound the rules of oral rhetoric are needed more than those of the written word).[…] writers and designers in the new media “have been using punctuation marks for expressive ends.” Thus form, color, and the different semantic operations contributed by graphics to the organization of thought once more assume a place as instruments in the building of cognition and expression.Alejandro Tapia (2003). “Graphic Design in the Digital Era: The Rhetoric of Hypertext” pp. 13-16 + 19-20. disponível em http://www.mitpressjournals.org/toc/desi/19/1

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_5.Objectivos

Exploração das convenções da Página, através da investigação e configuração experimental.Exploração dos princípios da representação visual para a construção de sentido e das linguagens e convenções do Design de Comuni-cação na cultura digital.Capacidade de articulação do contexto referencial como suporte da actividade projectual.Desenvolvimento da capacidade analítica e crítica exposta no artefacto (aproximação aos princípios do “design crítico”).

_6.Textos de leitura obrigatória

DRUCKER, Johanna 2003. “The Virtual Codex from Page Space to E-space”. conferência apresentada no seminário History of the Book; Syracuse University Seminar. Disponível em: http://www.philobiblon.com/drucker/ [último acesso: 28.02.2009]

GONÇALVES, Sofia 2009. “Página: espaço de reconfiguração do Design de Comunicação pela Cultura Digital”, in Cibertextualidades #3, Universidade Fernando Pessoa, Porto

LUDOVICO, Alessandro 2006. “Paper and Pixel, the mutation of publishing”. Disponível em http://magnet-ecp.org/files/the_mag-net_reader.pdf [último acesso: 28.2.2009]

{fig. à direita} Digit. Julien Maire. dispositivo 2006 / performance 2007. vídeo disponível em http://julienmaire.ideenshop.net/mov/digit_mov.html

{fig. à esquerda} Calligrammes, poèmes de la paix et de la guerre

Guillaume Apollinaire. Paris, 1913-1916