zoneamento no pacaembu · novos horizontes da nossa urbe. página 8, em tempos de conexão e big...

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Ano XII - nº 19 Novembro/Dezembro 2014 NESTA EDIÇÃO Página 2, dois assuntos: os progressos da construção do nosso Plano de Bairro. Página 3, vários assuntos: mesmo com o calor, não teremos a piscina do Pacaembu para nadar; Cemitério do Araçá, Waze no Pacaembu, oportunistas de final de ano, mudança da coleta de recicláveis, etc. Páginas 4 e 5, vários moradores: de zero a cem anos, nossos vizinhos do Pacaembu são nota dez e vale a pena conhecê-los. Página 6, duas dicas: na Carta do Leitor, o morador pede orientação sobre como proceder diante de irregularidades e nas Regras do Bairro estão algumas normas para não errarmos. Página 7, dois temas atuais: a CHIKUNGUNYA que pode querer se estabelecer no Pacaembu e a Cia City falando dos novos horizontes da nossa urbe. Página 8, em tempos de conexão e Big Brother, desaprendemos a pensar e não guardamos segredos. Zoneamento no Pacaembu: ajudem-nos a manter o nosso bairro um lugar agradável para morar Fevereiro de 2015 é a previsão dada pela Prefeitura para que o novo zoneamento da cidade de São Paulo seja aprovado. Hoje, temos um novo Plano Diretor em vigor (Lei 16050, de 31 de Julho de 2014), porém o atual zoneamento ainda é norteado pela Lei 13.885, de 2004. O novo zoneamento proposto dividirá a nossa cidade em diversos setores cujas classificações e restrições serão bastante alteradas, causando impacto na qualidade de vida da população. Devemos continuar lutando para que nosso bairro continue sendo predominantemente ZER (Zona Estritamente Residencial), cortado por algumas vias ditas como “corredores”, hoje determinadas como ZCL (Zona de Centralidade Linear), onde são permitidos serviços restritos. algumas propostas incabíveis de transformar algumas ZER em ZCorr (Zona Corredores), onde serão permitidos usos não residenciais muito permissivos, cuja consequência traria grande impacto negativo ao Pacaembu e a toda cidade de São Paulo. Nossa luta é para que o zoneamento do bairro tombado do Pacaembu continue igual, com as mesmas restrições já pré estabelecidas. A frequência das reuniões de moradores do nosso bairro foi intensificada neste final de ano para esmiuçarmos as necessidades e diretrizes que queremos ver atendidas pelo Zoneamento. No começo de 2015, voltaremos a reunir os vizinhos para a elaboração final de nossa proposta. Participem! Rodrigo Mauro

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Page 1: Zoneamento no Pacaembu · novos horizontes da nossa urbe. Página 8, em tempos de conexão e Big Brother, desaprendemos a pensar e não guardamos segredos. Zoneamento no Pacaembu:

Ano XII - nº 19 Novembro/Dezembro 2014

NESTA EDIÇÃOPágina 2, dois assuntos: os progressos da construção do nosso Plano de Bairro.

Página 3, vários assuntos: mesmo com o calor, não teremos a piscina do Pacaembu para nadar; Cemitério do Araçá, Waze no Pacaembu, oportunistas de final de ano, mudança da coleta de recicláveis, etc.

Páginas 4 e 5, vários moradores: de zero a cem anos, nossos vizinhos do Pacaembu são nota dez e vale a pena conhecê-los.

Página 6, duas dicas: na Carta do Leitor, o morador pede orientação sobre como proceder diante de irregularidades e nas Regras do Bairro estão algumas normas para não errarmos.

Página 7, dois temas atuais: a CHIKUNGUNYA que pode querer se estabelecer no Pacaembu e a Cia City falando dos novos horizontes da nossa urbe.

Página 8, em tempos de conexão e Big Brother, desaprendemos a pensar e não guardamos segredos.

Zoneamento no Pacaembu: ajudem-nos a manter o nosso bairro

um lugar agradável para morarFevereiro de 2015 é a previsão dada pela Prefeitura para que o novo zoneamento da cidade de São Paulo seja aprovado. Hoje, temos um novo Plano Diretor em vigor (Lei 16050, de 31 de Julho de 2014), porém o atual zoneamento ainda é norteado pela Lei 13.885, de 2004.

O novo zoneamento proposto dividirá a nossa cidade em diversos setores cujas classificações e restrições serão bastante alteradas, causando impacto na qualidade de vida da população. Devemos continuar lutando para que nosso bairro continue sendo predominantemente ZER (Zona Estritamente Residencial), cortado por algumas vias ditas como “corredores”, hoje determinadas como ZCL (Zona de Centralidade Linear), onde são permitidos serviços restritos.

Há algumas propostas incabíveis de transformar algumas ZER em ZCorr (Zona Corredores), onde serão permitidos usos não residenciais muito permissivos, cuja consequência traria grande impacto negativo ao Pacaembu e a toda cidade de São Paulo.

Nossa luta é para que o zoneamento do bairro tombado do Pacaembu continue igual, com as mesmas restrições já pré estabelecidas.

A frequência das reuniões de moradores do nosso bairro foi intensificada neste final de ano para esmiuçarmos as necessidades e diretrizes que queremos ver atendidas pelo Zoneamento. No começo de 2015, voltaremos a reunir os vizinhos para a elaboração final de nossa proposta. Participem!

Rodrigo Mauro

Page 2: Zoneamento no Pacaembu · novos horizontes da nossa urbe. Página 8, em tempos de conexão e Big Brother, desaprendemos a pensar e não guardamos segredos. Zoneamento no Pacaembu:

Janeiro/ Fevereiro/Março 20142 3www.vivapacaembu.com.br

Segurança: nova modalidade de assalto?

Verifiquem sempre as credenciais do profissional, antes de liberar a entrada em sua casa para os técnicos de manutenção da TV a cabo, Eletropaulo, Congás, etc. Nunca abra a porta sem ter certeza de que o serviço foi mesmo solicitado ou confirmar com a concessionária a existência do trabalho. Golpes de falsos agentes têm acontecido pela cidade toda. Instrua seus funcionários. Alerta!

Casa vazia: oficina do diabo?

Acúmulo de correspondência é sinal de casa vazia. Se viajar, não se esqueça de cancelar a entrega do jornal e pedir ao vizinho ou a pessoa de confiança que recolha a correspondência.

Fim de ano: bondade sem olhar a quem?

Fiquem atentos aos pedidos de donativos e às costumeiras caixinhas de Natal para garis, lixeiros, carteiros,...! É sabido que aproveitadores se fazem passar por instituições e por esses profissionais; assim, só entregue as gratificações quando eles estiverem identificados ou desempenhando sua função, com o caminhão de lixo ou com as vassouras e lixeiras em punho.

Waze: faca de dois gumes do trânsito?

Sabemos da importância de escapar daquele trânsito carregado de nossa cidade. E, como saída, é quase unanimidade a utilização do aplicativo para celular Waze, ferramenta eficaz que indica aos motoristas atalhos nunca “dantes navegados”. Por um lado, chega-se mais rápido ao destino; por outro, é grande o volume de carros desviado das artérias principais. Por isso, algumas ruas do Pacaembu passaram a receber um fluxo imenso de veículos, porém incompatível com o traçado do bairro e sem respeitarem o limite de velocidade, tornando a circulação e os cruzamentos muito perigosos. Cuidado!

Cemitério do Araçá: museu a céu aberto?

Fomos procurados, em novembro, pela administração do Cemitério do Araçá solicitando-nos uma aproximação com a comunidade da região. Naquele encontro, apontamos diversas situações que merecem ser corrigidas interna e externamente, de modo que o espaço seja mais bem utilizado pelo morador da cidade e, principalmente, pelos pacaembuenses. A ideia é integrar o local à paisagem urbana, assim como acontece, por exemplo, com outros cemitérios na Europa e em nossa vizinha Argentina; afinal de contas, o Araçá tem um bom acervo artístico e faz

parte da história cultural de São Paulo. As portas estão abertas ao diálogo!

Caminhão de reciclagem: quando passa?

Observou-se mudança do horário da coleta seletiva no bairro. Nem todas as ruas receberam o aviso desta alteração, por isso, foi pedido que os responsáveis façam comunicado para o bairro avisando o novo horário. Caso alguém queira saber mais informações, basta telefonar para LOGA AMBIENTAl 0800-7701111.

Conversa: aproximação com a municipalidade?

Recebemos convite para reunião com membros da Prefeitura de São Paulo para, de forma direta, discutir as propostas para a nova Lei de Zoneamento da Capital. Estiveram presentes o Secretário de Desenvolvimento Urbano Fernando Mello Franco (representando o Prefeito Fernando Haddad) e o Diretor do Departamento de Uso do Solo Daniel Todtmann Montandon. Reafirmamos a nossa intenção de também dialogar diretamente com o Prefeito Haddad.

Rodrigo Mauro

Editorial

EXPEDIENTE Boletim Informativo Viva Pacaembu Por São Paulo

• Conselho editorialRodrigo Mauro, Iênidis Benfati , Cláudia Sodré, Maria Amélia Perrone, Elisângela Borges, Alberto Milani Jr

• Colaboraram nessa ediçãoRodrigo Mauro , Iênidis Benfati,Cláudia Sodré, Maria Amélia Perrone, Elisângela Borges, Alberto Milani, José Pereira W. Bicudo

• Projeto Gráfico : Juan José Balzi

• Jornalista Responsável: Silvio Henrique Barbosa (MTB 19258)

• Diagramação: Rodrigo Cheruti Caetano

• Fotografia : Miriam Rezende Fotografia

• Tiragem: 2800 exemplares

• Gráfica Activa: Fone – 3255-6718

Novembro/Dezembro 2014

TELEFONES ÚTEIS

GCM: 153PM: 190Prefeitura: 156Defesa Civil: 199Corpo de Bombeiros: 193LIMPURB: 0800-727-0211CET: 1188SAMU: 1920800-175-717COMGÁS: 08000 110 197ANATEL: 1331ILUME: 0800-779-0156FALTA DE LUZ: 0800 72 72 196

SAC

Prefeitura:www.prefeitura.sp.gov.brSubprefeitura Lapa:[email protected] Sé:[email protected]

Balaio de Notícias

A hora é agora!

Reforma da piscina do PACAEMBU, em caráter de urgênciaA Viva Pacaembu Por São Paulo recebeu comunicação da Administração do Complexo Esportivo do Pacaembu de que, neste verão, a piscina estará indisponível para a população.

Alegam que os equipamentos datam de 1940 - ano de inauguração do Complexo Esportivo - e que os problemas são antigos. Informam que “a Secretaria Municipal de Esportes iniciou em fevereiro o processo licitatório para a substituição dos 3 filtros, tubulação e motores, além do reforço estrutural de sustentação e a inclusão de mais dois ralos, atendendo às normas técnicas e de segurança vigentes. O período estimado de trabalho estabelece prazo de 90 a 120 dias para a conclusão.”

Os trâmites legais foram finalizados em outubro e a obra teve início em novembro e, para minimizar os transtornos “Buscando... possibilitando planejamento pessoal dos usuários contínuos das equipes de treinamentos, resolvemos:

1) Iniciar as obras pela desmobilização dos 2 filtros inutilizados, com serviços realizados na sala de máquinas, possibilitando assim a continuidade do uso da piscina até 21/12.

2) Estabelecemos acordo com os equipamentos públicos...para receber a demanda de usuários do Pacaembu, mediante a apresentação de carteirinha e comprovante de Orientação de Saúde...”

No mês de agosto começamos a delinear o que queremos para o futuro do nosso bairro. Pensando no Pacaembu e para traçarmos nosso Plano de Bairro, contratamos a expertise arquiteta urbanista Regina Monteiro. A partir de então, definimos em nossos encontros com os associados os 7 temas em que focamos os trabalhos: concessionárias, vegetação, parcelamento/uso e ocupação do solo, bens tombados, superfícies verdes, trânsito e segurança. Foram muitas as discussões, algumas vezes acaloradas, as quais nos ajudaram a traçar um norte para o nosso pedaço, dentro da metrópole paulistana.

Pretendemos transformar o Plano de

Bairro em um projeto de lei e, para que a participação dos moradores pudesse ser plena, disponibilizamos, além das reuniões presenciais semanais, o nosso e-mail, o facebook e o site da Viva Pacaembu.

Agradecemos a todos aqueles que nos ajudaram com suas sugestões e críticas, pois democracia é isso. E a Viva Pacaembu precisa da contribuição de todos que vivem e trabalham no bairro tombado do Pacaembu.

Por isso, digo sempre: a hora é agora! Depois, poderá ser tarde demais.

Rodrigo Mauro

Page 3: Zoneamento no Pacaembu · novos horizontes da nossa urbe. Página 8, em tempos de conexão e Big Brother, desaprendemos a pensar e não guardamos segredos. Zoneamento no Pacaembu:

Janeiro/ Fevereiro/Março 20144 5www.vivapacaembu.com.brNovembro/Dezembro 2014

PACAEMBU, DE ZERO A CEM, NOTA MIL!Moradores de todas as idades encontram, aqui, o melhor lugar para morar.

Sou o Jacques. Dentro de pouco tempo, mostrarei meu rosto, pois, agora, ainda estou na barriga da mamãe Elisângela. A mamãe caminha diariamente pelas ruas tranquilas e arborizadas do bairro para que eu já aproveite as vantagens de morar aqui. A mudança da família para cá foi há quatro anos por causa da tranquilidade e da localização privilegiada: “Acreditamos que o Pacaembu proporciona a qualidade de vida que buscamos para a nossa família, dentro de uma cidade grande como São Paulo”, sempre dizem os meus pais.

Eu me chamo Leo. Gosto de morar perto da banca de revista porque faço álbum de figurinhas. Gosto de ir a pé tomar água de coco. Gosto da minha casa também porque fica perto da minha escola e do Estádio do Pacaembu. Gosto da minha rua porque ela é calma e gosto de morar em casa porque tem um jardim grande para brincar com o meu cachorro e com os meus amigos que vêm aqui nos fins de semana.

Sou a Ângela e, desde que nasci, vivo no bairro. Tenho maravilhosas lembranças das tardes andando de bicicleta na praça em frente ao Estádio Paulo Machado de Carvalho, das caminhadas pelas ruas sinuosas com lindas vistas e das árvores frutíferas espalhadas pelo bairro - de amoreiras até cacauzeiros, mostram a flora variada ainda presente no centro urbano de São Paulo. O Pacaembu é um refúgio, um lugar pacífico, no qual ainda é possível escutar passarinhos cantarem e ver um magnífico nascer do sol. O bairro faz parte da minha história e espero que continue bem do jeitinho que sempre foi, residencial e com praças para o lazer.

Irene Figueiredo é uma senhora centenária que veio para o Pacaembu há exatos 50 anos. A casa na rua Itápolis, com fundos para a Minas Gerais, tem um lindo jardim. Por seus olhos passaram desde a primeira Copa do Mundo com jogos no Pacaembu até o desparecimento do Pico do Jaraguá engolido pelos prédios. Afirma: “Comecei a trabalhar com 14 anos, mas tive que esconder a idade para ser aceita na Companhia Telefônica de São Paulo (TELESP), pois só aceitavam com 18 anos...” Professora sem diploma, casou-se aos 23 anos e, junto com o marido, iniciou sua futura indústria dentro de uma garagem. Diz: “Fomos para frente porque os Matarazzos compravam toda a produção.” De memória impressionante, mostra as fotos da festa dos seus já distantes 90 anos, nomeando todos os convidados. Hoje, distrai-se reciclando embalagens de sorvete em úteis caixas forradas com tecido e rendas.

Meu nome é Fábio. Nasci no bairro e voltei, depois de breve intervalo, para a mesma casa onde ainda resido. Tenho lembranças especiais de quando minha irmã e eu éramos crianças: costumávamos brincar pelas ruas Itapemirim, Itápolis e Ceará, junto com nosso fiel defensor, o cão da raça Boxer; pelas manhãs, sempre parávamos numa praça para colher as painas do chão, caídas de uma bela Paineira, para usarmos como enchimento natural para travesseiros... Uma época mágica, só possível em ambiente à sombra de árvores centenárias como aquela e de vizinhança acolhedora, características que se mantém até hoje.

Tia Thereza é brincalhona e cheia de energia. Veio morar no Pacaembu, com a irmã e o cunhado, há mais de 40 anos. Diz: “Nos fins de semana, meus sobrinhos vêm aqui e é muita alegria; quando solteiros, dormiam de sábado para domingo e faziam ‘aquela’ bagunça- eu era a mais bagunceira, mas a minha irmã Mietta só ficava uma ‘fera’ com as crianças e ameaçava chamar os pais dos netos... Gosto daqui porque é calmo e seguro; tem belas árvores e só casas; também, dos vizinhos, do Pão de Açúcar, da farmácia e da feira na frente do Pacaembu. Gosto dos torcedores dentro do estádio, mas o barulho e a sujeira que eles fazem do lado de fora só prejudica o bairro... Acho que a Prefeitura cuida pouco da região, das árvores e não limpa as ruas... Aumentou muito o trânsito!...”

Morador de 0 ano

Morador de 8 anos

Moradora de 18 anos

Morador de 40 anos

Moradora de 85 anos

Moradora de 100 anos

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Janeiro/ Fevereiro/Março 20146 7www.vivapacaembu.com.br

Carta do leitor

EcologiaRegras do bairro

Muitas pessoas não sabem, mas não são permitidas hospedarias em nenhuma rua de nosso bairro, isto é, seja na ZCLzI ou na ZCLzII - em ruas como a Traipu (no trecho da zona mista), Av. Pacaembu, Arnolfo Azevedo, Almirante Pereira Guimarães, entre outras.

É uma prática comum o sujeito interpretar erroneamente a lei e achar que em certo trecho do bairro é possível instalar sua empresa com funcionamento “24h”, seja ela um pet

shop, uma clínica, um hostel ou uma pousada.

As Zonas de Centralidade Linear no Pacaembu - tanto no polígono de gestão da Sub Prefeitura da Sé, como no domínio da Lapa - são mais restritivas que o restante da cidade. Para estes casos específicos, deve-se ater à Lei de Zoneamento nº 13.885/04, cadernos Plano Regional Estratégico (Parte II). As vias tratadas aqui têm regras específicas em ZEPEC (Zona Especial de Preservação Cultural), que é o caso

do bairro tombado do Pacaembu e os usos permitidos são: residencial, escritórios de administração sem operação de vendas, escritórios de profissionais liberais, museu e estacionamento.

Portanto, mais uma vez reiteramos que antes de comprar seu imóvel do Pacaembu, atente-se a todos os detalhes da Lei específica para este pedaço de nossa cidade.

Rodrigo Mauro

Espaço Cia City

O processo de revisão da Lei que regulamenta o parcelamento, uso e ocupação do solo, é uma etapa que sucede a aprovação do Plano Diretor Estratégico de São Paulo – PDE.

Os debates, iniciados em 8/2014, objetivam adequar a atual lei às estratégias de organização e desenvolvimento da cidade definidas no novo PDE, além de construir uma estrutura legal que facilite sua compreensão por parte de proprietários, empreendedores, residentes e do próprio poder público.

Estão contidos, no novo PDE, 49 diretrizes que vão desde a simplificação da lei, até a orientação para estudo de zonas e de conceitos de regulação da quadra e do lote.

De forma simplificada, as

diretrizes estratégicas buscam:

• Promover a qualidade ambiental

• Melhorar o desenho e a forma urbana

• Fortalecer a dimensão social da cidade

• Promover a mobilidade urbana sustentável

• Melhorar a gestão de impactos urbanísticos

• Equilibrar a oferta de emprego e moradia

• Preservar o patrimônio cultural

Dentro das premissas levadas a debate sobre os parâmetros de parcelamento do solo, existe uma que afeta diretamente os bairros-jardins. Pretende-se, com a revisão da Lei, eliminar

a prevalência das restrições convencionais de loteamentos já implantados, incorporando, eventualmente, as que estejam de acordo com a visão de cidade promovida pelo novo PDE.

As diretrizes para a nova lei de uso e ocupação do solo fortalecem a criação de zonas mistas introduzindo novas subcategorias de uso, que flexibilizam as atuais restrições e viabilizam a implantação de atividades não residenciais, em regiões até então estritamente residenciais. Inclusive nas zonas dos corredores, nos lotes lindeiros a ZER, está em discussão, no Caderno de Propostas para a Revisão do Zoneamento, a instalação de atividades não residenciais de baixo impacto, numa diversidade e extensão maiores do que as permitidas na legislação vigente.

Abre-se, com isto, a possibilidade de se alterar a proposta urbanística implantada pela Cia City nos bairros-jardim que se caracteriza pela qualidade urbanística-ambiental e pela sua sustentabilidade. Enfraquecer a prevalência das restrições convencionais dos lotes implantados, mais rigorosas do que as municipais, ainda que sob alegação de inequívoco interesse público, deve ser objeto de reflexão dos munícipes, no que diz respeito à construção da cidade com a qualidade de vida que se almeja.

José Pereira W. BicudoCia City

Novembro/Dezembro 2014

Hospedarias

Revisão da Lei de Zoneamento: entenda o que pode lhe afetar

É a chamada de Chikungunya - ou Chicungunha (aportuguesado) ou Catoloto. Dengue e Chikungunya são doenças parecidas.

A febre chikungunya teve seu vírus – CHIKV - isolado pela primeira vez em 1950, na Tanzânia. Recebeu esse nome porque chikungunya significa “aqueles que se dobram” (no dialeto Makonde da Tanzânia) e essa febre provoca tanta dor por causa da inflamação das articulações que as pessoas ficam com dificuldade para a locomoção.

No Brasil, o vírus foi detectado pela primeira vez em agosto de 2010; em junho de 2014, foram confirmados seis casos da febre entre os soldados que retornaram do Haiti para cá. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 15 de outubro último, foram confirmados 337 casos no país, sendo 274

apenas na cidade de Feira de Santana (BA).

A transmissão do vírus CHIKV é feita pela picada de insetos-vetores do gênero Aedes, principalmente pelo Aedes aegypti (o mesmo da dengue). O Aedes albopictus, que vive em ambiente silvestre, também é considerado vetor da doença.

A incubação da doença pode durar até 12 dias, mas comumente em 5 ou 6 dias já se manifestam os primeiros sintomas: febre e dores nas articulações, nas costas e de cabeça. Podem aparecer também outros sinais: erupções cutâneas, fadiga, náuseas, vômitos, mialgias. O maior diferencial entre ela e a dengue é que as dores nas articulações e tendões são muito mais pronunciada na chikungunya; existem testes laboratoriais para diferenciar as duas febres.

A preveção é a mesma para as duas doenças: tentar eliminar o criadouro destes mosquitos, não deixando juntar água em pratinhos de vasos, garrafas, caixas de água sem tampa, pneus, vidros, folhas de palmeiras etc..

Não podemos nos descuidar porque a época de chuvas vem ai – assim esperamos!

Maria Amélia Perrone

NOVA DOENÇA: CHIKUNGUNYA

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O CONTEÚDO DAS MATÉRIAS ASSINADAS É DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES.

Cartas à redação: [email protected]

FORNECENDO DNA PARA CLONE

Outro dia, liguei para um laboratório para saber onde encontrar determinado medicamento. Após ouvir aquela musiquinha enervante, veio, objetiva, a impassível atendente:

- Nome completo? Endereço? CPF?

Eu, do lado de cá, respondi a primeira pergunta, a segunda... Aí, acendeu uma luz vermelha no meu cérebro, e comecei a falar:

- Bom dia. Desculpe, mas qual é o seu nome?

- Josi.

- Bom dia, Josi. Eu só necessito saber onde encontrar o medicamento X. Você poderia, por favor, me indicar uma rede de farmácias da capital que tenha?

- CPF? RG?

- Josi, é só essa a informação que eu quero. Talvez, do que você precise é do CRM do médico...

- CPF? RG?

- Josi, qual é o seu nome todo?

- Josi! Sem todos os seus dados, não passo nada. Preciso do seu cadastro completo.

Agradeci, desliguei e recomecei a procura pelo remédio. Logo, comecei a lembrar de todas as outras situações Kafkanianas em que, sem titubearmos, passamos todos os Dados Nossos Atualizados (DNA) a desconhecidos que deles fazem o uso que querem! Seja na loja para fazer uma troca ou comprar um simples perfume, seja no site para pesquisar alguma novidade, escancaramos a nossa vida... Em tempos de 1984 de George Orwell,

esses dados são vendidos e revendidos por verdadeiras fortunas e, aí, só nos resta reclamar da montanha de spans, de ‘torpedos’ e de ligações que recebemos oferecendo as coisas mais bizarras, vendendo a alma e o paraíso e nos jogando no aborrecimento/inconveniente infernal.

E o clone do título? Pois é, agora mesmo mais uma pessoa próxima acabou de contratar um advogado para abrir um processo a fim de provar que não é ela quem vai passar o resto da vida dando voltas pelo mundo, conhecendo os lugares mais incríveis! Clonaram o seu DNA e exigem que pague as passagens, porém não querem deixar que ela embarque... Cuidado! Só situações específicas é que requerem tal identificação.

Cláudia Sodré

SER INTELIGENTE É ECONOMIZAR ÁGUA. PRESERVE A VIDA.