zoneamento custódia

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CONSOLIDAÇÃO DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO E AÇÕES PRIORITÁRIAS PARA O PLANO DE GESTÃO EM UMA ÁREA PILOTO Companhia Pernambucana do Meio Ambiente Serviço Geológico do Brasil CPRM PROASNE Projeto Água Subterrânea no Nordeste do Brasil http://brazil.agg.gsc.nrcan.gc.ca COOPERAÇÃO BRASIL-CANADÁ CANADA-BRAZIL COOPERATION Agência Brasileira de Cooperação (ABC) • Canadian International Development Agency (CIDA) • UniSol - CPRM - GSC Custódia-PE Recife, 2002

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O Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE, coordenado pela Companhia Pernambucana do Meio Ambiente – CPRH, com o objetivo de avaliar e orientar o processo de ocupação e uso do solo em uma área piloto, localizada no município de Custódia, em Pernambuco, visa estabelecer as normas de uso e ocupação do solo e de manejo dos recursos naturais na referida área piloto.

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Page 1: Zoneamento CustóDia

CONSOLIDAÇÃO DO ZONEAMENTOECOLÓGICO ECONÔMICO E AÇÕES PRIORITÁRIAS

PARA O PLANO DE GESTÃO EM UMA ÁREA PILOTO

Companhia Pernambucanado Meio Ambiente Serviço Geológico do Brasil

CPRMPROASNE

Projeto Água Subterrânea no Nordeste do Brasilhttp://brazil.agg.gsc.nrcan.gc.ca

COOPERAÇÃO BRASIL-CANADÁCANADA-BRAZIL COOPERATION

Agência Brasileira de Cooperação (ABC) • Canadian International Development Agency (CIDA) • UniSol - CPRM - GSC

Custódia-PE

Recife, 2002

Page 2: Zoneamento CustóDia

1

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DE UMA ÁREA PILOTO LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE

CUSTÓDIA – PE

Page 3: Zoneamento CustóDia

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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Governador: Jarbas de Andrade Vasconcelos

SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE – SECTMA

Secretário: Cláudio José Marinho Lúcio

COMPANHIA PERNAMBUCANA DO MEIO AMBIENTE – CPRH Presidente: Edrise Aires Fragoso

Diretoria de Planejamento e Integração

Diretora: Berenice Vilanova de Andrade Lima

Diretoria de Controle Ambiental Diretor: Geraldo Miranda Cavalcante

Diretoria de Recursos Hídricos e Florestais

Diretor: Aldir Pitt Mesquita Pimentel

Diretoria de Administração e Finanças Diretor: Hubert Hirschle Filho

Companhia Pernambucana do Meio Ambiente – CPRH Rua de Santana, 367, Casa Forte, Recife – PE Fone: (081) 3267-1800 – Fax: (081) 3441-6088

Disque Ecologia (081) 3267-1923 www.cprh.pe.gov.br

Page 4: Zoneamento CustóDia

3

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DE UMA ÁREA PILOTO LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE

CUSTÓDIA – PE

Selo publicações CPRH

Recife, maio de 2002

Page 5: Zoneamento CustóDia

4

Copyright © 2002 by CPRH

É permitida a reprodução parcial da presente obra, desde que citada a fonte

Gerência de Recursos Hídricos Gerente: Clênio de Oliveira Torres

Equipe Técnica

Hortência Maria Barboza de Assis (Coordenadora da Área de Meio Ambiente) Joana Teresa Aureliano (Coordenadora Executiva)

Mariza Brandão Chávez (Chefe de projeto) Márcia Pedrosa Gondim (Geoprocessamento)

Luis Augusto Clemente da Silva (Geoprocessamento)

Colaboração Marlene Maria da Silva (GERCO/CPRH)

Veronilton Pereira de Farias (GRH/CPRH) Jeane Espíndula (GERCO/CPRH)

Conselho Editorial

Evângela Azevedo de Andrade Francicleide Palhano de Oliveira

Maria Madalena Barbosa de Albuquerque

Revisão ortográfica Francicleide Palhano de Oliveira

Revisão bibliográfica

Maria Madalena Barbosa de Albuqueque

Projeto gráfico e editoração Capa: Mariza Chávez

962 p PROGRAMA Águas Subterrâneas para o Nordeste: Diagnóstico ambiental de uma área piloto localizada no município de Custódia – PE. Recife: CPRH, 2002.60p ISBN:

1. Diagnóstico Ambiental. 2 . Custódia. 3. Área Piloto. 4. Qualidade. Ambiental. I. Título II. Autor

Companhia Pernambucana do Meio Ambiente – CPRH

Rua de Santana, 367, Casa Forte Cep. 52060-460 Recife – PE

Fone (081) 267-1800 FAX (081) 3441-6088 Disque Ecologia: (081) 3267-1923

www.cprh.pe.gov.br

Page 6: Zoneamento CustóDia

5

PROJETO ÁGUA SUBTERRÂNEA NO NORDESTE DO BRASIL

(PROASNE-BRASIL)

CONVÊNIO BRASIL-CANADÁ

Canadian International Development Agency (CIDA) – Agência Brasileira de Cooperação (ABC)

Serviço Geológico do Brasil (CPRM) Geological Survey of Canadá (GSC)

Associação Brasileira de Águas Subterrâneas-Núcleo Ceará (ABAS-CE) Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE)

Comunidade Solidária (CS)

Coordenação Geral

Coordenador Geral Brasileiro – Enjôlras de A. Medeiros Lima Coordenador Geral Canadense – Yvon Maurice

Área Geológica

Coordenador Nacional da Área Geológica – Fernando Antônio Carneiro Feitosa Coordenador Regional do CE – Oderson Souza Coordenador Regional do RN – Walter Medeiros

Coordenador Regional de PE – José Carlos da Silva

Área Social

CoordenadoraCanadense da Área Social e de Gênero – Sherry Nelligan Coordenadora Nacional da Área Social e de Gênero – Luciana Cibelle Araújo dos Santos

Coordenadora Regional do CE – Walda Viana Brígido de MouraCoordenadora Regional do RN/Serrinha – Fátima Rêgo

Coordenadora Regional do RN/Caraúbas – Roberta Medeiros Coordenadora Regional de PE – Ana Arcoverde

Page 7: Zoneamento CustóDia

6

S U M Á R I O

APRESENTAÇÃO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1. INTRODUÇÃO.............................................................................10

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................11

3. ASPECTOS GERAIS DA ÁREA PILOTO....................................14

4. ASPECTOS DO MEIO FÍSICO....................................................16

4.1. Geologia/Geomorfologia..........................................................16

4.2. Solos........................................................................................19

4.3. Recursos Hídricos....................................................................20

4.4. Vegetação................................................................................23

5. POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DOS RECURSOS

NATURAIS...................................................................................27

6. USO E OCUPAÇÃO ATUAL DO SOLO......................................30

6.1. Núcleos Urbanos/Vilas Rurais.................................................30

6.2. Caatinga...................................................................................37

6.3. Áreas de Plantio e Pecuária....................................................40

7. QUALIDADE AMBIENTAL DA ÁREA PILOTO............................45

7.1. Qualidade da água..................................................................47

7.2. Conflitos de Usos, Riscos e Perdas Ambientais na Área Pil...53

8. CONCLUSÕES............................................................................60

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................62

ANEXOS

Anexo 1 - Tabela 5 Anexo 2 - Zoneamento Ecológico Econômico – Cenário com Intervenção 2010 Anexo 3 - Ações Prioritárias do Plano de Gestão Anexo 4 - Mapa de Potencialidades e Limitações Anexo 5 - Mapa de Uso e Ocupação do Solo Anexo 6 - Mapa de Qualidade Ambiental Anexo 7 - Mapa de Zoneamento Ecológico Econômico

Page 8: Zoneamento CustóDia

7

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Lista de Fotos

Foto 1 – Serra das Porteiras formada por rochas quartzíticas. Local: Caiçara............ 17 Foto 2 – Serrote do Praquió formado por rochas ortognáissicas e migmatíticas......... 18 Foto 3 – Sedimentos aluvionares. Local: Fazenda Nova............................................. 18 Foto 4 – Serra da Torre onde localiza-se a nascente do Riacho Copiti....................... 22 Foto 5 – Lagoa do Cascavel......................................................................................... 22 Foto 6 – Poço tubular que abastece o dessalinizador de Samambaia......................... 23 Foto 7 – Pereiro, árvore típica da área. Lagoa do Cascavel........................................ 24 Foto 8 – Flor de Caruá.................................................................................................. 25 Foto 9 – Coroa de Frade. Local: Salgado..................................................................... 25 Foto 10 – Vila rural de Salgado.................................................................................... 31 Foto 11 – Distrito de Caiçara........................................................................................ 31 Foto 12 – Antiga fábrica de caruá. Samambaia........................................................... 32 Foto 13 – Igreja Católica de Samambaia..................................................................... 32 Foto 14 – Caixa d’água que abastece Fazenda Nova.................................................. 36 Foto 15 – Dessalinizador em Samambaia.................................................................... 36 Foto 16 – Escola com sistema de captação de água da chuva................................... 37 Foto 17 – Madeira para estacas retirada da caatinga.................................................. 38 Foto 18 – Troncos de madeira na beira da estrada..................................................... 38 Foto 19 – Aspecto da caatinga arbórea. Samambaia.................................................. 39 Foto 20 – Outra tomada da caatinga arbórea. Samambaia......................................... 39 Foto 21 – Plantação de milho consorciada com feijão. Fazenda Nova........................ 41 Foto 22 – Plantio de milho ao fundo. Poço Escuro....................................................... 41 Foto 23 – Bode se alimentando das folhagens............................................................ 42 Foto 24 – Palma adensada. Fazenda Cacimba de Baixo............................................ 43 Foto 25 – Plantio de algaroba consorciado com capim búfel. Local: Faz. Santa Rita.. 44 Foto 26 – Utilização de agrotóxicos nas áreas próximas ao aluvião. Fazenda Nova.. 55 Foto 27a – Esgoto escoando sobre o terreno. Samambaia......................................... 55 Foto 27b – Matadouro de Samambaia localizado nas proximidades do aluvião.......... 56 Foto 28 – Poço Amazonas construído de forma irregular. Samambaia....................... 56 Foto 29 – Lixo jogado no aluvião do Riacho Copiti. Samambaia................................. 57 Foto 30 – Local onde é queimado o lixo. Samambaia.................................................. 57 Foto 31 – Forno de Carvão. Poço Escuro................................................................... 58 Foto 32 – Animais nas proximidades da barragem. Salgado....................................... 58 Foto 33 – Animais bebendo água nas cacimbas escavadas no Copiti. Samambaia... 59

Page 9: Zoneamento CustóDia

8

Lista de Figuras

Figura 1 – Localização da área piloto.......................................................................... 15 Figura 2 – Diagrama unifilar do Riacho Copiti............................................................. 46

Lista de Tabelas

Tabela 1 – Número de habitantes por localidade........................................................ 14 Tabela 2 – Poços cadastrados na Área Piloto............................................................. 26 Tabela 3 – Relação de Escolas Municipais situadas na Área Piloto – 2001............... 35 Tabela 4 – Distribuição de animais nas grandes propriedades................................... 43 Tabela 5 – Resultados de análises realizadas em amostras de água coletadas na Área Piloto. (Anexo)

Lista de Quadros

Quadro 1 – Potencialidades e Limitações dos Recursos Naturais da Área Piloto....... 29 Quadro 2 – Uso e Ocupação Atual do Solo.................................................................. 34

Lista de Gráficos

Gráfico 1 – Variação da Salinidade.............................................................................. 47 Gráfico 2 – Variação de Cloretos................................................................................. 49 Gráfico 3 – Variação de Sólidos Totais........................................................................ 50 Gráfico 4 – Variação de Oxigênio Dissolvido............................................................... 50 Gráfico 5 – Variação da Condutividade Elétrica........................................................... 50 Gráfico 6 – Variação do pH.......................................................................................... 51 Gráfico 7 – Variação de Turbidez................................................................................. 51 Gráfico 8 – Variação de Amônia................................................................................... 51 Gráfico 9 – Variação de Nitrato.................................................................................... 52 Gráfico 10 – Variação de Nitrito.................................................................................... 52

Page 10: Zoneamento CustóDia

9

APRESENTAÇÃO

O Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE, coordenado pela Companhia

Pernambucana do Meio Ambiente – CPRH, com o objetivo de avaliar e orientar o

processo de ocupação e uso do solo em uma área piloto, localizada no município

de Custódia, em Pernambuco, visa estabelecer as normas de uso e ocupação do

solo e de manejo dos recursos naturais na referida área piloto.

A elaboração do Diagnóstico Sócioambiental e da proposta de ZEE do Litoral Sul,

em 1999, consolidada, em Seminário, com os atores envolvidos e aprovado

através do Decreto Estadual nº 21.972/99, do Governador Jarbas Vasconcelos e

o Diagnóstico Sócioambiental e a proposta de ZEE do Litoral Norte, consolidada

em 2001, tem fornecido subsídios para promover a gestão ambiental do Estado e,

através da implementação de ações integradas, tem buscado alternativas para

promover o desenvolvimento sustentável da Zona Costeira Estadual.

A experiência metodológica alcançada na elaboração dos Zoneamentos do litoral

sul e norte de Pernambuco serviu como base para o desenvolvimento dos

trabalhos, embora tenham sido feitas algumas adaptações, levando-se em

consideração as diferenças ambientais e sócio-econômicas entre o semi-árido e o

litoral.

Neste momento, a CPRH como instituição parceira do Programa de Águas

Subterrâneas para o Nordeste – PROASNE, apresenta o Diagnóstico Ambiental e

Zoneamento Ecológico Econômico e as Ações Prioritárias para o Plano de Gestão

e cumpre mais uma etapa no referido Programa, ampliando a base para a

atuação dos gestores públicos, nos diferentes níveis, através de medidas que

visem a reversão das tendências de ocupação inadequada e a potencialização

das atividades sustentáveis, indutoras do desenvolvimento local.

EDRISE AIRES FRAGOSO Presidente da CPRH

Page 11: Zoneamento CustóDia

10

1.INTRODUÇÃO

A Companhia Pernambucana do Meio Ambiente – CPRH como instituição

parceira do Programa de Águas Subterrânea para o Nordeste – PROASNE e do

Programa de Cooperação Técnica Canadá-Brasil, desenvolveu o Projeto

“Diagnóstico Ambiental e Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE em uma

Área Piloto, localizada no município de Custódia – PE” , visando auxiliar na

elaboração do Plano de Gestão, o qual deverá promover o ordenamento físico e

territorial, assegurar a proteção das águas subterrâneas e superficiais e fortalecer

as comunidades locais.

A elaboração do Diagnóstico Ambiental, iniciada em fevereiro de 2001 e concluída

em janeiro de 2002, teve como resultados o Diagnóstico do Meio Físico,

Diagnóstico do Meio Sócio-Econômico e a Qualidade Ambiental da área. Como

produtos foram gerados relatórios parciais e os seguintes Mapas Temáticos: Uso

e Ocupação do Solo, Potencialidades e Limitações e Qualidade Ambiental. Com

base neste diagnóstico, foi elaborada a Proposta de Zoneamento Ecológico-

Econômico-ZEE, onde foram estabelecidas zonas e subzonas homogêneas,

considerando-se as tendências de uso e ocupação do solo e a adequação das

mesmas às potencialidades e limitações de uso dos recursos da área. Nessa

proposta, constam: a situação atual das zonas e subzonas, os objetivos para o

Cenário 2010 e a indicação de usos/ações proibidos, tolerados e a incentivar. A

delimitação das zonas e subzonas são mostradas no Mapa de Zoneamento

Ecológico-Econômico.

A Consolidação da Proposta de Zoneamento e a definição de Ações Prioritárias

para o Plano de Gestão, foram viabilizadas através de oficinas com as

comunidades envolvidas e com representantes do poder público e de diversos

órgãos e instituições.

Page 12: Zoneamento CustóDia

11

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O Diagnóstico Ambiental e Zoneamento Ecológico Econômico- ZEE, proposto

pela Companhia Pernambucana do Meio Ambiente – CPRH para ser

desenvolvido na Área Piloto, teve como referência metodológica o Zoneamento

Ecológico-Econômico Costeiro – ZEEC do litoral pernambucano, elaborado pela

CPRH, através do Programa de Gerenciamento Costeiro de Pernambuco

(GERCO/PE). A metodologia adotada pelo GERCO, baseia-se nos trabalhos de

OGATA (1995), onde são discutidos aspectos metodológicos para o

macrozoneamento costeiro.

Tendo em vista as diferenças ambientais e sócio econômicas entre o semi-árido e

o litoral, foram feitas algumas adaptações na metodologia utilizada, para que a

mesma se enquadrasse da melhor forma possível à Área Piloto.

Levantamento de dados secundários

Os trabalhos iniciais consistiram no levantamento de dados bibliográficos e

cartográficos disponíveis em meio digital , magnético ou cópia heliográfica. Foram

consultados vários órgãos como: Superintendência de Desenvolvimento do

Nordeste (SUDENE), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM),

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Secretaria de

Recursos Hídricos (SRH), Secretaria de Ciência, Tecnologia e do Meio Ambiente

(SECTMA), Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH), Universidade

Federal de Pernambuco (UFPE) e Fundação de Desenvolvimento Municipal

(FIDEM).

Dentre os dados obtidos, podem ser citados:

¾�Mapa Topográfico da Sudene (1972), folha Custódia (SC. 24-A-X-III) na

escala 1:100.000.

¾�Mapa de Vegetação Nativa Lenhosa folha Custódia na escala 1:100.000

publicado pela SECTMA (1992).

Page 13: Zoneamento CustóDia

12

¾�Mapa de Reconhecimento de Baixa e Média Intensidade de Solos, folha

Custódia 1:100.000, cedido pela EMBRAPA (1999)

¾�Mapa Geológico do Alto Vale do Rio Moxotó, escala 1: 100.000 (CPRM,

1999)

¾�Geologia da Área Piloto Caiçara-Samambaia, escala 1:25.000 cedido pela

CPRM (inédito)

¾�Cadastro e Inventário de Poços Alto Vale do Rio Moxotó-PE (CPRM,

inédito)

¾�Médias Mensais de Pluviometria de 1999 a 2001 (SRH)

Trabalhos de campo

Os trabalhos de campo foram efetuados em três etapas principais:

¾�Primeira etapa - foram estabelecidos contatos com o poder público local e

com a comunidade, permitindo a identificação de pessoas que poderiam

contribuir com informações relacionadas às questões sócio-econômicas e

ambientais da comunidade.

¾�Segunda etapa - consistiu no levantamento de dados sócio-econômicos

como: infra-estrutura presente nos núcleos urbanos, qualidade de vida,

formas de captação de água e finalidades de uso, estrutura fundiária

(tamanho médio) das propriedades, relação dos grandes com os pequenos

proprietários, atividades desenvolvidas, relações com o mercado, etc

através da aplicação de entrevistas e observações de campo. Também

foram observados dados sobre aspectos do meio físico-biótico (vegetação,

relevo, drenagem etc), infra-estrutura (saneamento, água, luz, etc) e a

existência de impactos ambientais. As observações foram registradas

através de anotações, fotografias e tomadas de coordenadas com GPS.

¾�Terceira etapa - teve como objetivos principais: avaliação da qualidade

ambiental da área piloto, através da coleta de água para análise em

laboratório, avaliação da qualidade da cobertura vegetal, levantamento dos

conflitos de uso e ocupação do solo, além da complementação do mapa de

uso e ocupação do solo, com novos dados.

Page 14: Zoneamento CustóDia

13

Elaboração de mapas

Procedimentos para confecção do Mapa de Uso e Ocupação do Solo:

¾� Digitalização da base cartográfica - Carta Topográfica da SUDENE

(1972), folha Custódia e ampliação para a escala 1:25.000.

¾� Plotagem das informações pontuais (cacimbas, poços, barragens,

escolas, fornos de carvão, etc.) adquiridas na 2ª etapa de campo.

¾� Delimitação de manchas referentes à existência de antropismo e

vegetação nativa, utilizando como base o mapa de levantamento de

vegetação nativa lenhosa da SECTMA (1992).

¾� Retificação e delimitação de novas manchas, utilizando informações

obtidas na 3ª etapa de campo: grandes propriedades, plantios, área

de reserva legal, patrimônio da igreja e caatinga.

Mapa de Potencialidades e Limitações

¾� Fotointerpretação utilizando fotografias aéreas na escala 1:30.000 e

delimitação das áreas potenciais: aluvião, elevações morfológicas

(serras e serrotes).

¾� Justaposição do mapa geológico (CPRM, 2000) com o mapa de uso

e ocupação atual do solo.

Mapa de Qualidade Ambiental

¾� O mapa de Qualidade Ambiental é resultante da justaposição dos

mapas anteriores, acrescido de informações obtidas em campo e

laboratório.

Page 15: Zoneamento CustóDia

14

3. ASPECTOS GERAIS DA ÁREA PILOTO

A Área Piloto, localizada no município de Custódia-PE, delimita-se pelas

coordenadas UTM: 636000E - 644000E e 9079000N – 9092000N (Figura 1) e

apresenta uma área de 104 km². O acesso pode ser feito pela BR-232 até a sede

municipal e daí percorre-se pela PE-312, cerca de 20 Km na direção sul.

A escolha da área baseou-se na existência de pesquisas anteriores feitas pela

CPRM e em alguns fatores que são requisitos para a execução do projeto, como:

densidade populacional elevada em relação ao restante da área rural do

município, abastecimento de água precário, tanto em qualidade como em

quantidade, problemas sociais diversos, além de questões pertinentes ao estudo

da hidrogeologia das rochas fraturadas.

De acordo com os dados obtidos nos cadastros dos agentes de saúde em

novembro de 2001, o número total de habitantes é de 1267, distribuídos como

mostra a Tabela 1.

Tabela 1 – Número de habitantes por localidade

Localidade Nº de habitantes

Poço Escuro 47 Tapera 19 Salgado 107 Caiçara 255

Samambaia 429 Fazenda Nova 304

Santa Rita 21 Cacimba de Baixo 29

Santo Antônio 56 Total 1267

Fonte: Cadastro de Agentes de Saúde (2001)

Os povoados de Samambaia, Caiçara, Fazenda Nova e Salgado constituem as

principais localidades da área. As mesmas apresentam diferenças entre si, com

relação à infra-estrutura e equipamentos, porém, problemas como abastecimento

de água (quantidade e qualidade), destinação de lixo, falta de saneamento básico,

ausência de associativismo etc, são comuns a todos.

Page 16: Zoneamento CustóDia

15

Page 17: Zoneamento CustóDia

16

4. ASPECTOS DO MEIO FÍSICO

4.1. Geologia/Geomorfologia

Geologicamente, a área é formada predominantemente por rochas cristalinas de

idade pré-cambriana e em menor parte por coberturas areno-argilosas de idade

tércio-quaternária e por depósitos aluvionares quaternários.

O relevo apresenta-se pouco acidentado e suavemente ondulado na maior parte,

com altitudes variando entre 490 e 655 metros. O relevo suave é quebrado por

cristas alinhadas na direção SW-NE, como a Serra do Caldeirão, a Serra das

Porteiras (Foto 1) e a Serra do Saquinho, constituídas por rochas quartzíticas e

com altitudes que chegam a atingir 655 metros.

ANGELIM et al. (inédito) dividem as rochas pré-cambrianas que ocorrem no local

em quatro classes litologicamente distintas, descritas pela seguinte legenda:

Ogn/mg - ocorre na porção sudeste da área, associada a um relevo pouco

acidentado, onde se destaca o Serrote do Praquió (Foto 2), com altitude

aproximada de 590 metros. Esta classe é representada por ortognaisses e

migmatitos indiscriminados.

Ogn - ocorre na porção central da área, associada a um relevo suavemente

ondulado, com altitudes em torno de 500 metros. As principais litologias

enquadradas nesta classe são: augengnaisses, gnaisses bandados, tonalitos a

dioritos, localmente migmatizados com xenólitos de metassedimentos.

qtz - é formada por quartzitos micáceos, paragnaisses epidotíferos e micaxistos.

Ocorrem sob a forma de cristas alinhadas com altitudes que chegam a 655

metros, contrastantes com o relevo suave da área.

Page 18: Zoneamento CustóDia

17

mx - ocorre predominantemente na porção noroeste da área, aflorando

esporadicamente devido a uma cobertura elúvio/coluvionar. É representada por

biotita-xistos granatíferos com finos veios de quartzo.

Os depósitos sedimentares que ocorrem na área são representados por

coberturas areno-argilosas, de origem elúvio-coluvionar e idade tércio-

quaternária. Também ocorrem depósitos aluvionares (Foto 3), de idade

quaternária, predominantes na porção noroeste e ao longo dos riachos Copiti e

Cipó. O depósito mais significativo de aluvião é encontrado a oeste da Serra das

Ponteiras, cuja deposição, segundo ANGELIM et al. (inédito), foi provavelmente

favorecida pelo fato do fluxo das águas ser no sentido sul e serra funcionar como

um barramento.

Foto 1 – Serra das Porteiras formada por rochas quartzíticas. Local: Caiçara

Page 19: Zoneamento CustóDia

18

Foto 2 – Serrote do Praquió formado por rochas ortognáissicas e migmatíticas

Foto 3 – Sedimentos aluvionares. Local: Fazenda Nova

Page 20: Zoneamento CustóDia

19

4.2. Solos

O Mapa de Reconhecimento de Baixa e Média Intensidade de Solos, realizado

pela EMBRAPA (1999) no Zoneamento Agroecológico do Estado de Pernambuco,

mostra que ocorrem os seguintes tipos de solo na área:

O solo tipo Planossolo ocorre como uma associação de Planossolo, Solonetz

Solodizado, Solos Litólicos Eutróficos com textura média, cascalho a cascalhento

e Bruno Não Cálcico, com vértico e não vértico, horizonte A fraco e moderado,

caatinga hiperxerófila e relevo suavemente ondulado a plano. Este tipo predomina

na Área Piloto.

A segunda maior ocorrência na área é o tipo Bruno Não Cálcico, caracterizado,

de maneira geral, pela coloração avermelhada, pouco profundo ou raso e

moderadamente drenado. A textura é média ou argilosa cascalhenta,

moderadamente ácido a praticamente neutro, com fertilidade aparente média. O

relevo é predominantemente ondulado a suave ondulado. Este tipo de solo

apresenta limitação à mecanização, devido a pouca profundidade e à

pedregosidade. O desenvolvimento de culturas neste solo requer práticas de

conservação, devido à tendência à erosão, sendo mais indicados para

pastagens. É considerado gerador de escoamentos representativos, quando

ocorrem precipitações.

Os solos tipo Regossolo são geralmente pouco desenvolvidos, arenosos,

medianamente profundos a profundos, totalmente drenados, ácidos a

moderadamente ácidos e com baixa fertilidade natural. O relevo apresenta-se

predominantemente suave ondulado. Apresentam limitações devido à sua textura

arenosa, aliada à deficiência de nutrientes e a reações ácidas, embora seja

considerado gerador de pouquíssimos escoamentos.

Os solos tipo Litólicos são pouco desenvolvidos, rasos a muito rasos,

pedregosos e rochosos com textura média ou arenosa e horizonte superficial

assentando diretamente sobre a rocha. Ocorrem tanto em relevo suave ondulado

como em montanhoso. É comum encontrar material grosseiro tanto na massa do

Page 21: Zoneamento CustóDia

20

solo, como em superfície, representado por calhaus e cascalho. Apresentam

severas limitações, sendo mais apropriados para recomposição da flora e da

fauna, podendo gerar deflúvios, na ocorrência de precipitações.

4.3. Recursos Hídricos

A Bacia do Moxotó, onde está inserida a Área Piloto, representa a terceira maior

bacia hidrográfica do Estado de Pernambuco, sendo formada pelo Rio Moxotó e

seus principais tributários: Piutã, Piore, Várzea Grande, Custódia, Poço da Cruz,

Curupiti, Alexandre, Juazeiro, Feliciano, Riacho do Mel, Riacho da Gameleira e

Manari. De acordo com a Secretaria de Recursos Hídricos de Pernambuco - SRH

(1998), a Bacia do Moxotó apresenta potencialidade de águas superficiais,

avaliada em 161,46 x 106 m³/ano e disponibilidade efetiva de águas subterrâneas

de 5,80 x 106 m³/ano.

O cadastramento de poços realizado pela Companhia de Pesquisa de Recursos

Minerais (CPRM 2000), no Alto Vale do Moxotó, mostra que dos 435 poços

tubulares cadastrados, 20% estão localizados em Custódia, sendo que a maioria

desses poços estão paralisados ou abandonados.

Águas Superficiais

Os cursos d'água que atravessam a Área Piloto são de regime temporário,

permanecendo a maior parte do ano secos. O principal curso d’água, o Riacho

Copiti, nasce na Serra da Torre (Foto 4), situada a noroeste de Custódia, deságua

no Açude Poço da Cruz, situado a sul da área. Seus principais afluentes, pela

margem esquerda, são: Santa Rita, Caetitu, do Defunto, da Cascavel e pela

margem direita: Simplício, Boqueirão e Cipó.

Outras formas de ocorrência de águas superficiais na área são as lagoas que,

assim como os riachos, também são intermitentes: Lagoa da Cruz, Lagoa dos

Pinhões, Lagoa Grande, Lagoa do Farias, Lagoa do Salgado e Lagoa da

Page 22: Zoneamento CustóDia

21

Cascavel (Foto 5). Também são encontrados barreiros para abastecimento animal

e pequenas barragens e açudes.

Águas Subterrâneas

Na área piloto, a água subterrânea é proveniente dos aqüíferos fissural e

aluvionar. O aqüífero fissural é representado pelas rochas cristalinas, cujo

acúmulo de água dá-se na presença de fraturas ou fissuras sendo a captação

feita por meio de poços tubulares. Com relação ao aqüífero aluvionar, o mesmo é

formado pelos depósitos aluvionares que ocorrem ao longo dos leitos dos riachos

da área, sendo a captação feita através de poços amazonas e cacimbas

escavadas

O cadastramento de poços realizado pela Companhia de Pesquisa de Recursos

Minerais - CPRM (2000), na Área Piloto (Tabela 2), mostra que há 32 (trinta e

dois) poços cadastrados, sendo 11 (onze) tubulares e 21 (vinte e um) do tipo

amazonas. Dos poços tubulares, três foram informados como secos. A maioria

apresenta vazões que variam entre 4,23 a 14,00 m³/h e apenas um apresenta

vazão abaixo deste intervalo (0,76 m³/h). Com relação aos poços amazonas, não

foram informadas as vazões e as profundidades variam entre 1,20 a 6,00 metros

e os diâmetros, entre 2,00 e 3,00 metros.

Os povoados de Samambaia e Caiçara possuem dessalinizadores, mas apenas o

de Samambaia está em atividade, abastecido por poço tubular (Foto 6).

Page 23: Zoneamento CustóDia

22

Foto 4 – Serra da Torre onde localiza-se a nascente do Riacho Copiti.

Foto 5 – Lagoa do Cascavel.

Page 24: Zoneamento CustóDia

23

Foto 6 – Poço tubular que abastece o dessalinizador de Samambaia

4.4. Vegetação

A vegetação de caatinga, típica da Região do Sertão, caracteriza-se, de forma

geral, por ser uma vegetação espinhenta, de folhas pequenas e caducas,

constituída por arbustos e árvores de pequeno porte, rica em cactáceas,

bromeliáceas, euforbiáceas e leguminosas.

O mapeamento da Cobertura Florestal Nativa Lenhosa do Estado de PE,

realizado pela SECTMA (1992), mostra que na área ocorrem três tipos florestais:

Vegetação Arbustiva Arbórea Aberta - caracterizada pela presença de

indivíduos pouco arbóreos, com altura média de 4 metros e presença de

vegetação herbácea e cactácea em abundância. Está associada a solos rasos e

pedregosos.

Vegetação Arbustiva Arbórea Fechada - caracteriza-se por apresentar altura

média de 5 metros, ocorrendo nos locais em que os solos são profundos e bem

drenados, onde a vegetação herbácea a cactácea torna-se escassa.

Page 25: Zoneamento CustóDia

24

Vegetação Arbórea Fechada - caracteriza-se por apresentar altura média de 5

metros e emergentes de 8 metros de altura, ocorrendo, geralmente nas encostas

das serras e nas áreas com solos profundos.

As espécies vegetais mais comuns, são: Bromelia laciniosa (macambira),

Neoglaziovia variegata (caroá), Caesalpinia pyramidalis (catingueira), Mimosa

hostilis (jurema preta); Cereus jamacaru (mandacaru), Melocactus bahiensis

(coroa de frade), Pilosocereus gounellei (xique-xique), Chidoscolus phyllacanthus

(faveleira), Spondias tuberosa (umbuzeiro), Anadenanthera macrocarpa (angico),

Opuntia ficus-indica (palma forrageira) etc. As fotos 7,8 e 9 mostram algumas das

espécies.

Foto 7 – Pereiro, árvore típica da área. Lagoa do Cascavel

Page 26: Zoneamento CustóDia

25

Foto 8 – Flor de Caruá

Foto 9 – Coroa de Frade. Local: Salgado

Page 27: Zoneamento CustóDia

26

Tabela 2 – Poços cadastrados na Área Piloto

DADOS DE LOCALIZAÇÃO COORDENADAS DADOS DE PERFURAÇÃO CARACTERÍSTICAS DO POÇO

N0

Cat N0

SIAGAS LOCAL MUNICÍPIO PROPRIETÁRIO UTM-E UTM-N

ÓRGÃO Perf. Data

Coleta (Data)

Prof (m)

NE (m)

ND (m)

S (m)

Q m3/h

Qesp.m3/h/m

BOCA φ(”) h

UB

USO

PT-100 PE4486 Samambaia Custódia PREFEITURA 640408 9079956 DEPA 1971 04/10/00 21 2,70 - - - - 6 0,50 - PA PT-101 PE4485 Samambaia Custódia PREFEITURA 640504 9080020 DNOCS 1993 04/10/00 22 8,30 - - - - 6 0,70 BS D PT-136 PE4482 Sitio Caiçara Custódia Jeremias Melo 639764 9084770 - 1993 05/10/00 48 - - - Seco - 6 0,50 - AB PT-145 PE4512 Sitio Caiçara Custódia Hermes Rodrigues 639743 9085752 CONESP 1984 05/10/00 60 4,00 - - Seco - 5 0,70 - AB PT-147 PE4481 Caiçara Custódia SUDENE 639384 9086415 CONESP 1980 05/10/00 60 - - - Seco - 5 0,70 - OB PT-173 PE4491 Faz. Nova Custódia José Gregório Neto 640679 9090826 DNOCS 1993 07/10/00 35 - - - 14,00 - 6 0,80 BI I PT-179 PE4796 Faz. Nova Custódia PREFEITURA 640760 9091700 CDRM 1987 07/10/00 50 3,00 21,29 18,41 0,76 0,041 5 0,20 CT G PT-436 - Caiçara Custódia Manoel Rodrigues 639236 9086559 - 1999 07/10/00 50 - - - - - 5 - BI H PT-437 - Fortaleza(Jaçanã) Custódia Ricardo Fiuza 638461 9087470 - 2000 06/10/00 50 - - - 5,00 - 6 0,50 BS G PT-438 - Fortaleza(Jaçanã) Custódia Prefeitura 638493 9087597 - 2000 06/10/00 50 - - - 4,23 - 6 0,70 BS G PT-439 - Faz. Nova Custódia Francinaldo Figueiredo 640749 9090623 - 1999 07/10/00 40 - - - 10,00 - 6 0,50 BS I PA-01 - Samambaia Custódia Sebastião 640257 9079915 - - 04/10/00 2,50 1,00 - - - - 3 m 0,50 BC G PA-02 - Samambaia Custódia Zé dos Porcos 640336 9079825 - - 04/10/00 1,50 1,00 - - - - 1 m 1,60m - - PA-03 - Samambaia Custódia Djalma 640360 9079836 - - 04/10/00 1,5 1,00 - - - - 2 m 1,00m - - PA-04 - Samambaia Custódia - 640320 9079940 - - 04/10/00 4,0 2,00 - - - - 3 m 1,10m - - PA-05 Samambaia Custódia Prefeitura 640170 9080178 - - 04/10/00 5,00 3,50 - - - - 2 m 1,50m BC G PA-06 - Samambaia Custódia Edelson(Dedinho) 640413 9080197 - - 04/10/00 6,00 2,00 - - - - 4 m 0,50 m BI I PA-07 - Samambaia Custódia Aristóteles 640177 9080746 - - 05/10/00 5,00 3,00 - - - - 2 m 0,50 m BC I PA-08 - Samambaia Custódia Flávio 640124 9082186 - - 05/10/00 1,20 0,00 - - - - 4 m 1,00 m - - PA-09 - Poço Escuro Custódia Manoel Pacífico 639941 9083021 - - 05/10/00 2,50 1,00 - - - - 2 m 0,50 m - - PA-10 - Poço Escuro Custódia Eduardo Numeriano 640033 9083272 - - 05/10/00 2,00 - - - - - 2 m 0,30 m - - PA-11 - Fortaleza(Jaçanã) Custódia Ricardo Fiuza 638680 9087498 - - 06/10/00 6,00 3,00 - - - - 3 m 3,00m - - PA-12 - Fortaleza(Jaçanã) Custódia Ricardo Fiuza 638592 9087410 - - 06/10/00 - - - - - - 3 m 3,00m - - PA-13 - Fortaleza(Jaçanã) Custódia Ricardo Fiuza 638680 9087357 - - 06/10/00 - - - - - - 3 m 3,00m - - PA-14 - Fortaleza(Jaçanã) Custódia Ricardo Fiuza-Prefeitura 638657 9087258 - - 06/10/00 - - - - - - 3 m 2,00m - OB PA-15 - Fortaleza(Jaçanã) Custódia Ricardo Fiuza 638850 9087525 - - 06/10/00 - - - - - - 3 m 2,00m - - PA-16 - Fortaleza(Jaçanã) Custódia Ricardo Fiuza 638978 9087531 - - 06/10/00 5,30 5,00 - - - - 3 m 1,70m BC G PA-17 - Faz. Nova Custódia - 640532 9089835 - - 07/10/00 3,00 2,00 - - - - 4 m 1,00m - - PA-18 - Faz. Nova Custódia Sebastião Liberato 640773 9090254 - - 07/10/00 2,00 1,00 - - - - - 0,00m CP I PA-19 - Faz. Nova Custódia - 640811 9090294 - - 07/10/00 3,00 - - - - - - - - - PA-20 - Faz. Nova Custódia Sebastião Liberato 640705 9090163 - - 07/10/00 3,50 3,00 - - - - 3 m 1,00m - - PA-21 - Faz. Nova Custódia Agenor 640820 9090313 - - 07/10/00 3,00 2,00 - - - - 3 m 0,00 - -

Fonte: CPRM (inédito) CONVENÇÕES

PT – Poço Tubular PA – Poço Amazonas Prof . – Profundidade em metros NE – Nível estático em metros ND – Nível dinâmico em metros Q – Vazão em m3/h Qesp .- Vazão específica em m3/h/m S. -Rebaixamento em metros Boca – Diâm.em φ - polegada ou m – metros, h – altura em metros UB – Unid.de Bombeamento – BS- Bomba Submersa, BI –Bomba Injetora, BC, Bomba Centrífuga, CP – Compressor, CT – Catavento, D- Dessanilizador USO – H- Consumo Humano, G – Consumo Animal, I – Irrigação, OB – Obstruído, PA – Paralisado, AB - Abandonado

Page 28: Zoneamento CustóDia

27

5. POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DOS RECURSOS

NATURAIS

As potencialidades naturais e culturais são definidas como os recursos existentes

em uma área que representem algum valor para o homem, seja estético,

econômico, cultural ou moral e que, utilizados adequadamente, proporcionem

uma melhor qualidade de vida sem prejudicar a qualidade ambiental.

As limitações ao uso do território podem ser definidas como tudo aquilo que

requer por parte do homem, algum cuidado especial no uso dos recursos

naturais/ambientais (OGATA, 1995). Nestas limitações, enquadram-se as

restrições naturais e as de ordem legal, definidas por leis que tratam da proteção

e preservação dos recursos naturais e culturais.

Foram identificados, como áreas potenciais dentro da área piloto, os depósitos

aluvionares, caatinga, pé de serras, serras (áreas elevadas), aqüífero fissural

(embasamento cristalino), lagoas, afloramentos de rochas gnáissicas e

migmatíticas, mananciais de superfície e áreas com predomínio de declividade

suave (mapa em anexo).

O Quadro 1 mostra, de forma resumida, as potencialidades dos recursos e

atributos naturais existentes na área piloto, assim como também as suas

restrições naturais e de ordem legal.

Page 29: Zoneamento CustóDia

28

QUADRO SÍNTESE 1 - POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DOS RECURSOS NATURAIS DA ÁREA PILOTO

RECURSOS/ATRIBUTOS NATURAIS CARACTERÍSTICAS GERAIS POTENCIALIDADES NATURAIS

E CULTURAIS LIMITAÇÕES/RESTRIÇÕES

DEPÓSITOS ALUVIONARES

Os depósitos aluvionares ocorrem ao longo dos principais riachos da área piloto. A acumulação mais expressiva ocorre à oeste da Serra das Porteiras, onde se situa a Faz. Porteiras. A captação de água nestes depósitos é feita através de poços tipo Amazonas, com profundidade média de 6 metros e de cacimbas escavadas, com profundidade média de 2 metros.

Os depósitos aluvionares têm potencial para:

¾� Captação de água

subterrânea ¾� Barragens Subterrâneas ¾� Agricultura

¾� Restrições para a utilização da água para o consumo humano em

alguns locais, devido à salinização elevada e à grande quantidade de coliformes fecais.

¾� Restrições para a ocupação urbana, agricultura e disposição de resíduos sólidos, já que essas atividades associadas às propriedades naturais dos aluviões, aumentam o risco de contaminação.

¾� Restrições ao uso agrícola e à ocupação nas proximidades destas áreas, por estarem sujeita à inundação nos períodos de chuva mais intensa.

Restrições de Ordem Legal:

¾� Decreto n° 20.423 que regulamenta a Lei Estadual 11.427 que trata da conservação e proteção das águas subterrâneas.

CAATINGA

A vegetação de caatinga, caracterizada na área pela presença de herbáceas e cactáceas, apresenta-se bastante devastada, devido aos sucessivos cortes para exploração de madeira para lenha e estacas e à pecuária extensiva. O porte da vegetação, em média, não ultrapassa 4 metros, mas em alguns poucos locais podem ser observado portes maiores. As espécies mais comuns encontradas, são: juazeiro, catingueira, jurema preta, angico, faveleira, umbuzeiro, macambira, mandacaru, caroá, xiquexique, etc. Com relação à fauna poucas espécies são encontradas, hoje, na área.

As espécies vegetais encontradas na caatinga apresentam potencial para diversos usos, como: ¾� Forragem para alimentação

dos rebanhos. ¾� Lenha, estacas e carvão. ¾� Plantas medicinais. ¾� Fibra para produção de

artesanato. ¾� Apicultura. ¾� Reflorestamento. ¾� Refúgio da fauna.

Apresenta restrições para: ¾� Pecuária extensiva. ¾� Corte da caatinga para obtenção de lenha e estacas e para produção

de carvão, sem que haja um manejo adequado. ¾� Caça ou captura de espécies animais. Restrições de Ordem Legal:

¾� Lei Federal 4.771, que institui o novo Código Florestal ¾� Lei Federal 5.197, que dispõe sobre a proteção à Fauna

SERRAS (ÁREAS ELEVADAS) E PÉ DE

SERRAS

As feições geomorfológicas elevadas são representadas por serras e “serrotes”. Os

mesmos são geologicamente formados por rochas quartzíticas ou por gnaisses e

migmatitos. As elevações atingem altitudes de 655 metros e apresentam uma cobertura vegetal predominantemente arbustiva. Nas partes mais baixas das serras, denominadas

de Pé de Serras pode-se observar uma camada de solo resultante do intemperismo

das rochas quartzíticas.

Os topos destas áreas podem ser utilizados como: ¾� Pontos de contemplação ¾� Áreas de preservação Os pé de serras apresentam potencial para agricultura

Fica restrita nestas áreas: ¾� A prática de queimadas para evitar o empobrecimento do solo. ¾� Ao desmatamento Restrições de Ordem Legal: ¾� Lei Federal 4.771, que institui o novo Código Florestal

Page 30: Zoneamento CustóDia

29

AQÜÍFEROS FISSURAIS (EMBASAMENTO

CRISTALINO)

O aqüífero fissural é representado pelas rochas do embasamento cristalino, cujo acúmulo de água dá-se na presença de

fraturas ou fissuras, sendo a captação feita por meio de poços tubulares

O potencial destas áreas é a captação de água subterrânea

através de poços tubulares.

¾� Os aqüíferos fissurais apresentam limitação com relação à , que normalmente são baixas

¾� Restrições para o uso da água para consumo humano, devido a elevada salinidade

Restrições de Ordem Legal : ¾� Decreto n° 20.423, que regulamenta a Lei Estadual 11.427, que trata

da conservação e proteção das águas subterrâneas.

LAGOAS

As lagoas, assim como os riachos, são intermitentes. Quando secas, pode-se

observar nelas um solo predominantemente arenoso, com resquícios de vegetação e

restos de animais. O diâmetro médio é de 250 metros. Quando cheias, é possível

encontrar animais como cágados e patos, além de outras espécies.

¾� Mata ciliar ¾� Quando cheias apresentam

potencial para preservação de espécies animais

cam limitadas às seguintes atividades: ¾� Ocupação urbana em torno destas lagoas ¾� Práticas agrícolas Restrições de Ordem Legal : ¾� Lei Federal 4.771 que institui o novo código florestal

AFLORAMENTOS DE ROCHAS GNÁISSICAS E

MIGMATÍTICAS

Ocorrem ao longo da área diversos afloramentos de rochas na forma de

“lajedos” e pequenas elevações (serrotes). Na porção oeste da área, é possível

encontrar pedreiras abandonas, utilizadas para exploração de paralelepípedo

Extração de brita e paralelepípedo

MANANCIAIS DE SUPERFÍCIE

Os mananciais de superfície são representados pelas pequenas barragens e barreiros existentes na área. São utilizados para abastecimento da população e para

dessedentação animal. As margens apresentam-se desprovidas de vegetação.

Os mananciais de superfície caso sejam devidamente protegidos,

apresentam potencial para: ¾� Abastecimento das

comunidades ¾� Dessedentação animal

(pequenos barreiros) ¾� Reflorestamento das

margens

¾� Restrições para consumo humano quando apresentam salinidade elevada e coliformes fecais.

¾� Também fica restrita a circulação de animais nas proximidades dos mananciais, quando esses forem destinados ao abastecimento humano.

Restrições de Ordem Legal: Lei Estadual n: 11.426/97 que trata da Política e do Sistema Estadual de Recursos Hídricos.

ÁREAS COM PREDOMÍNIO DE

DECLIVIDADE SUAVE

Correspondem aos terrenos onde a declividade é predominantemente suave. Estas áreas são na maioria das vezes, ocupadas por práticas agropecuárias.

As áreas de declividade suave tem potencial para:

¾� Ocupação urbana ¾� Agricultura ¾� Pecuária

¾� Reflorestamento ¾� Barragens/açudes

¾� Restrições para o uso de agrotóxicos ¾� Pecuária extensiva, somente se houver manejo adequado.

Page 31: Zoneamento CustóDia

30

6. USO E OCUPAÇÃO ATUAL DO SOLO

Com base nas observações de campo, foram identificados os principais padrões

de uso e ocupação do solo presentes na área piloto (Quadro 2). Esses padrões

encontram-se representados sob a forma de manchas e pontos, no Mapa de Uso

e Ocupação do Solo (em anexo), elaborado na escala de 1:25.000.

6.1. Núcleos Urbanos/Vilas Rurais

Os povoados de Samambaia e Caiçara e as vilas rurais de Fazenda Nova e

Salgado representam as principais localidades da Área Piloto, estando todas

situadas ao longo da PE-312, principal via de acesso local.

Equipamentos

Salgado e Fazenda Nova apresentam menor infra-estrutura, sendo constituídas

apenas por casas e uma escola em cada uma (Foto 10). Caiçara apresenta uma

área urbanizada (Foto 11), formada por uma via dupla calçada, praça, igreja,

posto de saúde, espaço cultural, escolas, “vendas” e casas, além de um

dessalinizador que está sendo instalado.

Samambaia constitui o povoado mais desenvolvido da Área Piloto. É formada por

uma via dupla calçada, ao longo da qual encontram-se duas igrejas, um centro

comunitário, posto telefônico, posto de saúde, sanitário público, dessalinizador,,

escola, comércio e residências, além de uma fábrica abandonada que produzia

fibra de Caroá e um museu. As Fotos 12 e 13 mostram a fábrica e a igreja. O

povoado também possui uma lavanderia comunitária, atualmente desativada , um

matadouro e um cemitério.

Page 32: Zoneamento CustóDia

31

Foto 10 – Vila rural de Salgado

Foto 11 – Distrito de Caiçara

Page 33: Zoneamento CustóDia

32

Foto 12 – Antiga fábrica de caruá. Samambaia

Foto 13 – Igreja Católica de Samambaia

Page 34: Zoneamento CustóDia

33

QUADRO SÍNTESE 2 – USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA ÁREA PILOTO USO E OCUPAÇÃO

PREDOMINANTE LOCALIZAÇÃO CARACTERÍSTICAS GERAIS PROBLEMAS E TENDÊNCIAS ATUAIS

CAATINGA ARBÓREA

Ocorre de forma restrita na porção sul da área piloto. São encontradas mais especificamente a leste de Samambaia, nas terras que pertencem ao Patrimônio da Igreja e em Poço Escuro, em uma das grandes propriedades particulares.

A vegetação caracteriza-se por apresentar um porte maior por ser mais fechada com relação ao restante da caatinga que ocorre na área. Nas terras pertencentes à Igreja é onde encontra-se a vegetação em melhor estado de conservação de toda a Área Piloto. Em Poço Escuro a caatinga já apresenta sinais de devastação.

¾�Pecuária extensiva. ¾�Corte da vegetação para

obtenção de lenha e estacas, principalmente em Poço Escuro.

CAATINGA ARBUSTIVA Predomina na maior parte da Área Piloto

O porte da vegetação, em média, não ultrapassa 4 metros de altura e apresenta-se na maior parte rala e espaçada. A maior parte destas áreas estão inseridas em pequenas propriedades e são muito utilizadas para a pecuária extensiva.

¾�Pecuária extensiva ¾�Apresenta-se bastante

devastada devido à intensa exploração de lenha para a produção de carvão.

PLANTIO DE PALMA/CAPIM

Os plantios mais extensos de palma forrageira e capim são encontrados nas grandes propriedades, existentes na Área Piloto, A Fazenda Cacimba de Baixo possui a maior área com plantio de palma. Nas pequenas propriedades, também é cultivada a palma, mas em extensões bem menores.

Nas grandes propriedades é empregada a técnica da palma adensada e o capim plantado é do tipo “búfel”.

¾�A palma forrageira adapta-se bem ao clima do semi-árido, suportando longos períodos de estiagem, porém não está livre do ataque de pragas e doenças

PLANTIO DE ALGAROBA/CAPIM

O Plantio de Algaroba restringe-se às grandes propriedades e fazem parte de um Projeto de Reflorestamento, incentivado pelo IBAMA. Nas Fazendas Sta Rita e Porteiras, são encontradas as áreas mais extensas deste plantio.

A algaroba, planta xerófica, pertence à família das leguminosas e seu plantio tem como objetivo a alimentação do rebanho e o aproveitamento da madeira. O plantio é consorciado com capim búfel

¾�A algaroba absorve grande quantidade de água do solo.

Page 35: Zoneamento CustóDia

34

AGRICULTURA/PECUÁRIA

A agricultura é desenvolvida principalmente ao longo dos aluviões. A Pecuária é extensiva, predominando a criação de bodes, embora também sejam encontrados bovinos.

As culturas mais comuns são: feijão, milho, capim-elefante, algumas fruteiras e hortaliças. Normalmente, o capim é plantado nas partes mais baixas do aluvião e o feijão e o milho nas partes mais altas. Nos locais onde não há plantio, os animais costumam circular pelo aluvião, principalmente quando há cacimbas.

¾�As áreas onde é desenvolvida a agricultura correspondem, na maior parte, aos aluviões, o que representa um risco de contaminação para as águas subterrâneas.

¾�Outro problema é que nos períodos de chuvas mais intensas estas áreas podem ser inundadas, causando a perda dos plantios.

RESERVA LEGAL

Na área piloto foram

identificadas duas áreas de

reserva legal, ambas situadas

nas fazendas que constituem a

Pecuária Jaçanã.

De acordo com a Lei Federal n° 4.771, de 15 de setembro de 1965, artigo 16° alínea “d”, parágrafo 2°, são descritas como áreas de no mínimo, 20% da propriedade onde não é permitido o corte raso.

¾�As áreas não parecem corresponder ao tamanho mínimo exigido por Lei.

NÚCLEOS URBANOS/VILA RURAL

Os núcleos urbanos pertencem aos distritos de Samambaia e Caiçara e as vilas rurais são formadas por Fazenda Nova e Salgado.

Samambaia é a principal localidade da Área Piloto, apresentando maior número de casas e equipamentos públicos (escola, igreja, posto de saúde etc). Caiçara apresenta menor número de equipamentos e casas. As vilas rurais apresentam apenas a escola e casas. Embora Fazenda Nova não apresente uma infra-estrutura mínima, é a segunda localidade em número de habitantes.

¾�A maioria das casas não possui fossa.

¾�Não existe nenhuma espécie de tratamento para o lixo, o mesmo é apenas queimado ou então jogado às margens do aluvião, como é o caso de Samambaia.

¾�A água proveniente dos diferentes mananciais (aluvião, barragens, poços) apresenta nível de coliformes fecais acima do permitido para o consumo humano e boa parte dos moradores não utiliza nenhum tipo de tratamento na água.

Page 36: Zoneamento CustóDia

35

Educação

Dados cedidos pela Secretaria de Educação do Município mostram que na Área

Piloto existem 05 (cinco) escolas de 1º Grau (1ª à 4ª séries) cadastradas, com

número de alunos variando de acordo com a Tabela 3. A maior parte das escolas

funciona no turno da tarde. Aqueles que querem dar continuidade aos estudos (5ª

série em diante) são obrigados a se deslocarem para Custódia.

Tabela 3 - Relação de Escolas Municipais situadas na Área Piloto - 2001

ESCOLA LOCALIDADE Nº DE ALUNOS

Esc. Munic. Joaquim Bezerra de Messias Samambaia 110

Sc. Munic. Pacífico Rodrigues de Melo Salgado 19

Esc. Munic. Luís Cristino Bezerra Caiçara 56

Esc. Munic. Pedro José Soares Sto. Antônio 38

Esc. Munic. Antônio Francisco de Góis Fazenda Nova II 54

Fonte: Secretaria de Educação de Custódia (março/2001)

Abastecimento de água

O abastecimento de água é bastante precário, tanto em quantidade como em

qualidade. A maior parte das casas de Fazenda Nova é abastecida por água

proveniente de um poço tubular, atualmente paralisado por defeito na bomba. A

Foto 14 mostra a caixa d’água que abastece a comunidade.

Em Caiçara, a água que abastece a população é proveniente de um dos poços,

localizado na Fazenda Porteiras.

Em Samambaia, há dois poços tubulares, um encontra-se paralisado e o outro

está ligado a um dessalinizador (Foto 15). A taxa cobrada por uma lata de água

(aproximadamente 18 litros) é de 0,10 centavos. Algumas casas são abastecidas

pela água proveniente de um poço amazonas, construído pela prefeitura. Há uma

pequena barragem que vem sendo utilizado para o abastecimento animal,

causando insatisfação por parte da população que também utiliza a água.

Page 37: Zoneamento CustóDia

36

Outra forma de captação de água observada na área são as cisternas para

armazenamento de água da chuva. A água que cai no telhado é captada através

de telhas de zinco e levada até a cisterna, por canos de PVC (Foto 16).

Foto 14 – Caixa d’água que abastece Fazenda Nova.

Foto 15 – Dessalinizador em Samambaia

Page 38: Zoneamento CustóDia

37

Foto 16 – Escola com sistema de captação da água da chuva.

6.2. Caatinga

O padrão predominante é a Caatinga Arbustiva , caracterizada na área por

apresentar uma vegetação de porte médio, bastante degenerada devido a

intensificação das atividades antrópicas. A pecuária extensiva e o corte da

madeira para produção de estacas e de lenha para carvão são atividades que têm

contribuído com a devastação da caatinga, tornando-se difícil encontrar áreas

neste padrão que não estejam ou que não tenham sido utilizadas para tais

atividades (Fotos 17 e 18).

A Caatinga Arbórea apresenta uma vegetação mais fechada e com porte maior

que a arbustiva, além de encontrar-se em melhor estado de conservação (Fotos

19 e 20). Esse padrão pode ser encontrado no extremo sudeste da área piloto,

dentro dos limites do Patrimônio da Igreja e na porção oeste da Fazenda Poço

Escuro. Estes são os locais onde a caatinga encontra-se em melhor estado de

preservação, muito embora já possam ser notados sinais de corte da madeira na

Fazenda Poço Escuro e animais soltos (bodes) no terreno pertencente ao

Patrimônio da Igreja.

Page 39: Zoneamento CustóDia

38

De acordo com a Lei Federal n° 4.771, de 15 de setembro de 1965, artigo 16°

alínea “d”, parágrafo 2°, Áreas de Reserva Legal são descritas como áreas de no

mínimo, 20% da propriedade onde não é permitido o corte raso. Na Área Piloto,

foram identificadas duas áreas de reserva legal, ambas situadas nas fazendas

que constituem a Pecuária Jaçanã.

Foto 17 – Madeira para estacas retirada da caatinga

Foto 18 – Troncos de madeira na beira da estrada

Page 40: Zoneamento CustóDia

39

Foto 19 – Aspecto da caatinga arbórea. Samambaia

Foto 20 – Outra tomada da caatinga arbórea. Samambaia

Page 41: Zoneamento CustóDia

40

6.3. Áreas de Plantio e Pecuária

As áreas de plantio e pecuária caracterizam outro padrão de uso e ocupação do

solo, desenvolvido nas pequenas e grandes propriedades, podendo ser divididas

em: Agricultura/Pecuária, Plantio de Palma/Capim e Plantio de Algaroba/Capim.

O padrão de Agricultura/Pecuária é encontrado nas pequenas propriedades,

cujo tamanho médio é de 70 hectares. As culturas, geralmente, são desenvolvidas

ao longo dos aluviões e nas suas proximidades. As culturas mais comuns são:

feijão, milho, capim elefante, algumas fruteiras e hortaliças. Normalmente, as

áreas mais baixas do aluvião são destinadas ao plantio de capim (elefante) e nas

partes mais altas são cultivados feijão e milho consorciados (Fotos 21 e 22). O

plantio geralmente, é realizado na estação chuvosa (fevereiro a junho), mas a

irregularidade e a má distribuição das chuvas na região fazem com que o risco de

baixa produtividade ou mesmo fracasso total, seja alto. Em Fazenda Nova, alguns

proprietários utilizam o sistema de irrigação para o plantio de tomate.

Os caprinos formam a maior parte dos rebanhos, seguidos pelos ovinos e

bovinos. O predomínio de caprinos/ovinos pode ser justificado pela fácil

adaptação desses animais ao semi-árido, pelo crescimento acelerado dos

rebanhos em função dos partos múltiplos e curtas gestações, por serem animais

dóceis e de fácil manejo, além de que os custos gastos na criação destes é menor

do que com os bovinos. Os animais são criados soltos na caatinga, alimentando-

se das espécies de arbustos e árvores forrageiras. Por serem bastante seletivos

têm preferência por forrageiras de folhagem do que por gramíneas (Foto 23). O

tamanho médio dos rebanhos de caprinos, nestas propriedades, varia de 20 a 40

cabeças.

Os rebanhos de gado bovino são bem menores, variando, em média, de 10 a 20

cabeças. A palma forrageira constitui a principal fonte de alimentação desses

animais na região, embora também sejam utilizados capim búfel e ração. Nos

períodos mais críticos de estiagem, alguns proprietários alugam o pasto das

grandes propriedades para alimentar o gado dos pequenos proprietários.

Page 42: Zoneamento CustóDia

41

Foto 21 – Plantação de milho consorciada com feijão. Fazenda Nova

Foto 22 – Plantio de milho ao fundo. Poço Escuro.

Page 43: Zoneamento CustóDia

42

Foto 23 – Bode se alimentando das folhagens.

O Plantio de Palma/Capim é desenvolvido de forma mais expressiva nas

grandes propriedades. Nestas, é empregada a técnica da palma adensada, que

permite obter um maior número de “raquetes” em um menor espaço de terreno

plantado (Foto 24). Nas pequenas propriedades, o plantio é feito da maneira

tradicional, ou seja, a palma é plantada em “fileiras” e com espaçamentos entre

uma “fila” e outra.

Page 44: Zoneamento CustóDia

43

Foto 24 – Palma adensada. Fazenda Cacimba de Baixo.

O Plantio da Algaroba/Capim é encontrado nas grandes propriedades como

resultado de Projetos de Reflorestamento, incentivados pelo IBAMA. Nas

fazendas Sta. Rita e Porteiras estão situadas as áreas mais expressivas, em

extensão, com o plantio da Algaroba, consorciada com o capim búfel (Foto 25).

Nestas áreas, também é desenvolvida a pecuária com predomínio de rebanhos

de caprinos e/ou ovinos. A tabela 4 mostra a distribuição dos rebanhos, segundo

dados fornecidos em entrevistas com proprietários e/ou administradores.

Tabela 4 – Distribuição de animais nas grandes propriedades

Propriedades Bovino

s

Caprinos e

ovinos Eqüinos Fontes de Alimentação

Pecuária Jaçanã

(Fazendas Sta Rita,

Cacimba de Baixo e

Porteiras)

1000 3000 229

plantios de palma forrageira,

capim bufel e algaroba

Fazenda Poço

Escuro - 600 -

plantios de palma forrageira e de

capim bufel e áreas de caatinga

Page 45: Zoneamento CustóDia

44

Foto 25 – Plantio de algaroba consorciado com capim búfel. Local: Faz. Santa Rita

Page 46: Zoneamento CustóDia

45

7. QUALIDADE AMBIENTAL DA ÁREA PILOTO

7.1. Qualidade da água

A água que abastece as comunidades da área piloto é proveniente de poços

tubulares ou poços Amazonas. Muitas vezes, apresenta salinidade elevada,

tornando-a imprópria para o consumo humano e obrigando a população a

procurar outras formas de captação como as barragens, açudes ou cacimbas

escavadas no aluvião. Nos períodos de estiagem mais críticos, quando as

barragens e açudes estão secos ou com a sua capacidade mínima, as cacimbas

escavadas no aluvião tornam-se a principal fonte de captação de água. No

aluvião do Riacho Copiti, são encontradas a maior parte dessas captações, cuja

profundidade média varia de 1 a 3 metros. O fato de não existir nenhum tipo de

proteção sanitária expõe o aqüífero aluvionar à contaminação, fato agravado pela

circulação de animais sobre o mesmo, pela deposição de resíduos sólidos como

ocorre em Samambaia e pelo uso de adubos químicos e pesticidas nos locais de

plantio. Diante deste quadro, a CPRH concentrou os estudos de análise de água

no aluvião, embora também tenham sido feitas algumas análises em amostras de

água de poços tubulares, coletadas pela CPRM e em algumas barragens

superficiais. A figura 2 mostra um diagrama com a localização das estações de

coleta.

Em campo, foram tomados os seguintes procedimentos:

¾�Coleta de amostras de água para análise bacteriológica.

¾�Coleta de amostras de água para determinação em laboratório de

nitratos, nitritos, amônia, cloretos, turbidez, pH, TSD (Total de

sólidos dissolvidos), sólidos suspensos e oxigênio dissolvido.

¾�Medidas de salinidade, condutividade e temperatura “in situ”

utilizando o Condutivímetro YS1 Model 30.

Page 47: Zoneamento CustóDia

46

Figura 2 – Diagrama unifilar do Riacho Copiti

Custódia 20 Km

Riacho do Simplício

E1

E2

E3

E16

E4

E7

E5

E6

E18

E11

E20

E10

E19

P15 E14

E8

E9

P21

Povoado de Fazenda Nova

9092000

9079000

Fazenda Sta. Rita

Fazenda Cacimba de Baixo

Fazenda Porteiras

Núcleo urbano de Caiçara

Povoado de Salgado

Núcleo urbano de Samambaia

Fazenda Poço Escuro

Matadouro e Cemitério de Samambaia

Açude Poço da Cruz 10 Km

LEGENDA

Estação

Barragem

Sto Antônio

Page 48: Zoneamento CustóDia

47

Qualidade da água no aqüífero aluvionar

Tendo em vista que se desconhece a existência de metodologias específicas para

avaliação da qualidade da água em aqüíferos aluvionares no semi-árido

nordestino, fez-se uma tentativa de enquadramento da água com base na

Resolução do CONAMA n° 20/86. Vale salientar que a quantidade de parâmetros

físico-químicos obtidos não são suficientes para determinação da qualidade da

água e que a coleta em apenas uma estação sazonal (período de estiagem) não é

suficiente, sendo necessário também, avalia-la no período chuvoso. A tabela 5

(em anexo) mostra os resultados das análises obtidos nas estações de coleta.

Tomando-se como base a Resolução do CONAMA n° 20, de 18 de Junho de

1986, que estabelece a classificação das águas, doces, salobras e salinas no

Território Nacional, o aqüífero aluvionar, situado ao longo do Riacho Copiti, pode

ser dividido em dois trechos. No primeiro trecho, que vai do início da Área Piloto,

em Fazenda Nova, até a Fazenda Porteiras, todas as estações medidas (E1, E2,

E4, E16, E19, E21) obtiveram valores de salinidade abaixo de 0,5 ‰,

caracterizando a água como doce. No segundo trecho, que se estende de

Caiçara, até Samambaia (limite sul da área), a maioria das estações (E5, E10,

E11, E14, E15, E18) apresentou valores de salinidade acima de 0,5 ‰,

caracterizando a água como salobra.

As estações E10 e E11, localizadas em Samambaia apresentaram os maiores

valores: 1,9 ‰ e 2,4 ‰, respectivamente. O Gráfico 1 mostra a variação da

salinidade, ao longo das estações.

Page 49: Zoneamento CustóDia

48

Variação de Salinidade

00,20,40,60,8

11,21,41,61,8

22,22,42,6

E1 E4 E5 E6 E7 E8 E10 E11Estações

Sal

inid

ade

(°/°

°)

Salinidade Limite para água doce

Qualidade do Trecho 1

Segundo o artigo 2° da Resolução do CONAMA n° 20/86, que classifica a água

quanto ao uso preponderante, o trecho 1 pode ser enquadrado na Classe 1 de

águas doces. As estações E1 e E4, situados neste trecho, apresentaram valores

de cloretos (Gráfico 2) inferiores a 250 mg/l que é o valor máximo permitido nesta

classe. Com relação aos valores do pH, Nitrato, Nitrito e Sólidos Totais

Dissolvidos, todos estão dentro do padrão estabelecido. Nas duas estações, os

valores de Oxigênio Dissolvido ficaram abaixo do padrão (> 6) e com relação à

Amônia e à Turbidez, a estação E1 apresentou valores acima do permitido 0,37

mg/l e 124 UNT, respectivamente.

Qualidade do Trecho 2

O trecho 2, classificado como água salobra, não pôde ser enquadrado em

nenhuma das classes deste tipo de água. Por se tratar de uma área onde os

recursos hídricos são bastante escassos e pelo fato do aqüífero aluvionar ser,

atualmente, o principal manancial disponível, não poderia ter seu uso restringido

ao consumo humano. Então, mesmo tratando-se de água salobra, serão

utilizados os padrões da Classe 1 de água doce, para efeitos comparativos.

Gráfico 1

Page 50: Zoneamento CustóDia

49

Todas as estações deste trecho apresentaram pH dentro da faixa permitida

(Gráfico 6). Com relação à Turbidez, apenas as estações E6 e E7 apresentaram

valor maior que o admitido. Para Nitritos, as estações E10 e E11 ficaram acima do

valor máximo (0,1 mg/l). Com relação ao OD (Oxigênio Dissolvido), apenas a

estação E10 ficou dentro do padrão (Gráfico 4).

Para Nitratos, todas estão dentro do padrão, com exceção da E11 e para Cloretos

as estações E5, E10 e E11 apresentaram valores acima do padrão permitido.

Todas as estações apresentaram valores de Sólidos Totais Dissolvidos e Amônia

(Gráficos 3 e 8) acima do padrão permitido.

Qualidade da água da Barragem Superficial de Samambaia

A água da barragem apresentou salinidade de 0,1 ‰, o que caracteriza uma água

doce. Utilizando-se os padrões da Classe 1 de água doce, os resultados das

análises feitas na água da barragem, mostram que os valores de turbidez e

amônia ultrapassaram o máximo permitido. O restante dos parâmetros analisados

apresentaram valores dentro dos padrões estabelecidos (ver tabela 5 em anexo).

Variação de Cloreto

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

E1 E4 E5 E6 E7 E8 E10 E11

Esta ções

Clo

reto

s (m

g/l)

Page 51: Zoneamento CustóDia

50

Varia ção de Sólidos Totais

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

E1 E4 E5 E6 E7 E8 E10 E11

Estações

Sól

idos

Tot

ais

(mg/

l)

Varia ção de Oxigênio Dissolvido

0

2

4

6

8

10

12

E1 E4 E5 E6 E7 E8 E10 E11

Estações

Oxi

gêni

o D

isso

lvid

o (m

g/l)

Varia ção da Condutividade Elétrica

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

E1 E4 E5 E6 E7 E8 E10 E11

Estações

Con

dutiv

idad

e E

létr

ica

Gráfico 3

Gráfico 4

Gráfico 5

Page 52: Zoneamento CustóDia

51

Variação do pH

6

6,26,4

6,6

6,8

77,2

7,4

7,6

E1 E4 E5 E6 E7 E8 E10 E11Estações

pH

Variação de Turbidez

0

20

40

60

80

100

120

140

E1 E4 E5 E6 E7 E8 E10 E11

Estações

Tur

bide

z (U

NT

)

Variação de Amônia

Faz

enda

Nov

a

Faz

enda

Por

teira

s

Cai

çara

Cai

çara

Cai

çara

Poç

o E

scur

o

Sam

amba

ia

Sam

amba

ia

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

E1 E4 E5 E6 E7 E8 E10 E11

Estações

Am

ônia

(m

g/l)

Gráfico 6

Gráfico 7

Gráfico 8

Page 53: Zoneamento CustóDia

52

Variação de Nitrato

Faz

enda

Nov

a

Faz

enda

Por

teira

s

Cai

çara

Cai

çara

Sal

gado

Poç

o E

scur

o Sam

amba

i a

Sam

amba

ia

0

5

10

15

20

25

30

35

E1 E4 E5 E6 E7 E8 E10 E11

Estações

Nitr

ato

(mg/

l)

Variação de Nitrito

Faz

enda

Nov

a

Faz

enda

Por

teira

s

Cai

çara

Cai

çara

Sal

gado

Poç

o E

scur

o

Sam

amba

ia

Samambaia

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

E1 E4 E5 E6 E7 E8 E10 E11

Estação

Nitr

ito (

mg/

l)

Com relação aos resultados das análises bacteriológicas, todas as estações de

coleta apresentaram resultados acima de 23 coliformes/100 ml, o que caracteriza

uma água contaminada e imprópria para o consumo humano.

Gráfico 9

Gráfico 10

Page 54: Zoneamento CustóDia

53

7.2. Conflitos de Usos, Riscos e Perdas Ambientais na Área Piloto.

Os diversos conflitos de usos diagnosticados exercem, com intensidades

diferentes, pressão sobre os recursos naturais existentes na área. A seguir, são

descritos alguns dos conflitos existentes, os possíveis riscos e, as perdas

decorrentes.

Agricultura/Agrotóxicos x Aluvião/Solo

O desenvolvimento de plantios nas áreas de aluvião é uma prática comum, devido

às características naturais favoráveis que este tipo de solo apresenta comparado-

se a outros tipos de solo existentes na área. Por outro lado, as propriedades

físicas do aluvião como boa porosidade e permeabilidade, elevam o risco à

contaminação do solo e, conseqüentemente, do aqüífero, principalmente quando

utilizados adubos químicos e ou pesticidas (Foto 26).

Núcleo Urbano x Aluvião/Solo

A instalação de núcleos urbanos nas proximidades do aluvião, sem nenhum

planejamento, contribuem para a contaminação do mesmo. Em Samambaia,

principal povoado da Área Piloto, equipamentos públicos como o matadouro e

cemitério encontram-se bastante próximos do leito do Riacho Copiti. As águas

servidas e o esgoto oriundos da maioria das casas, escoam em direção ao

aluvião, aumentando o risco de contaminação do aqüífero. (Foto 27a e 27b)

Cacimbas Escavadas/Poços Amazonas x Aluvião

As cacimbas escavadas são encontradas em grande quantidade ao longo do

aluvião e não apresentando nenhum tipo de proteção sanitária. Algumas possuem

uma tampa improvisada (madeira ou latão), o que não impede o risco de

contaminação. Os poços Amazonas são construídos precariamente e não

apresentam tampa, facilitando a contaminação da água e, conseqüentemente, do

aluvião (Foto 28).

Page 55: Zoneamento CustóDia

54

Lixo x Aluvião

O lixo é despejado diretamente no aluvião, sem nenhum tipo de tratamento

adequado. Nos períodos chuvosos, a situação se agrava mais, já que o lixo é

carreado para o riacho, prejudicando a qualidade da água. (Foto 29)

Produção de Lenha/Estacas x Caatinga

O corte da madeira das espécies da caatinga para produção de lenha e estacas

é feita, na área, de forma descontrolada, aumentando o risco da devastação da

vegetação natural e diminuindo o número de espécies. (Foto 30)

Pecuária Extensiva x Caatinga

A prática da pecuária extensiva, onde os animais são criados soltos na caatinga,

aumenta o risco de devastação da vegetação.

Dessedentação de animais x Barragem/Açude/Aluvião

A circulação de animais em torno e dentro das barragens, açudes e no aluvião,

aumenta o risco de contaminação da água destes mananciais, prejudicando a

saúde das pessoas que utilizam esta água (Foto 31 e 32).

Page 56: Zoneamento CustóDia

55

Foto 26 – Utilização de agrotóxicos nas áreas próximas ao aluvião. Fazenda Nova

Foto 27a – Esgoto escoando sobre o terreno. Samambaia

Page 57: Zoneamento CustóDia

56

Foto 27b – Matadouro de Samambaia localizado nas proximidades do aluvião.

Foto 28 - Poço Amazonas construído de forma irregular. Samambaia.

Page 58: Zoneamento CustóDia

57

Foto 29 – Lixo jogado no aluvião do Riacho Copiti. Samambaia

Foto 30 – Local onde é queimado o lixo. Samambaia.

Page 59: Zoneamento CustóDia

58

Foto 31 – Forno de Carvão. Poço Escuro.

Foto 32 – Animais nas proximidades da barragem. Salgado.

Page 60: Zoneamento CustóDia

59

Foto 33 – Animais bebendo água nas cacimbas escavadas no Copiti. Samambaia

Page 61: Zoneamento CustóDia

60

8. CONCLUSÕES

¾�A principal atividade econômica é a pecuária extensiva com predomínio de

caprinos e a extração de lenha para produção de carvão.

¾�A agricultura é de subsistência e as principais culturas desenvolvidas são o

milho, feijão e a palma forrageira;

¾�O tamanho médio da maioria das pequenas propriedades é de 70 hectares.

¾�As fazendas Sta. Rita, Cacimba de Baixo e Porteiras, que fazem parte da

Pecuária Jaçanã, são as maiores propriedades da área, seguidas da Fazenda

Poço Escuro e da área pertencente ao Patrimônio da Igreja, localizada em

Samambaia.

¾�Nos períodos mais críticos de estiagem, os pequenos produtores trabalham

por empreitada, para complementar a renda nas grandes propriedades,

cortando palma e algaroba e na manutenção das pastagens.

¾�Não há associações ou cooperativas de produtores na área. A associação

mais próxima é a Associação dos Produtores da Barriguda, situada ao sul de

Samambaia e que, atualmente, está desativada por falta de incentivo.

¾�Técnicas adequadas de carvoejamento são empregadas apenas nas grandes

propriedades.

¾�As principais fontes de água, que são as cacimbas escavadas no aluvião e as

barragens superficiais, não possuem nenhum tipo de proteção, ficando

expostas à contaminação.

¾�A caatinga arbustiva, padrão de uso e ocupação do solo predominante na

Área Piloto, é largamente utilizada como pastagem para os animais e para o

corte da madeira (estacas e lenha).

¾�A qualidade da água proveniente do aluvião do Riacho Copiti apresenta-se

bastante comprometida com relação à presença de coliformes fecais, não

sendo recomendado seu uso para consumo humano sem que ao menos haja

um tratamento prévio, simplificado.

¾�Adotando-se a Resolução do CONAMA n° 20/86 que estabelece a

classificação das águas doces, salobras e salinas no Território Nacional, o

aluvião do Riacho Copiti pode ser dividido em dois trechos: o primeiro, situado

Page 62: Zoneamento CustóDia

61

entre Fazenda Nova e Fazenda Porteiras, onde a água é considerada doce e o

segundo, localizado entre Caiçara e Samambaia, onde a água é salobra.

¾�As estações de coleta, localizadas em Samambaia, são as que apresentaram

maior número de valores fora dos padrões de qualidade ambiental para os

diferentes parâmetros analisados. Este fato pode ser atribuído aos diversos

fatores impactantes que atuam no aluvião, deste núcleo urbano, como: grande

quantidade de lixo jogado, animais circulando livremente, esgoto despejado

diretamente, sem tratamento, moradores lavando roupas, poços amazonas

abandonados e sem tamponamento, etc.

¾�Os resultados das análises na água de Fazenda Nova mostraram valores

dentro dos padrões estabelecidos, o que pode ser atribuído ao fato de que a

maior parte das casas situa-se distante do aluvião, não havendo muita

influência de lixo e esgoto.

Page 63: Zoneamento CustóDia

62

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANGELIM, L.A. de A.; AMARAL, C.A.; GALVÃO, M.J.T.G. Geologia da área

Piloto Caiçara-Samambaia . Recife : CPRM, 2000. 12p (minuta)

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISAS AGROPECUÁRIA. Mapa de

reconhecimento de baixa e média intensidade de solos : Folha Custódia-

Zoneamento agroecológico de Pernambuco. Recife. 1999. 1 mapa, color., 80cm x

63cm. Escala 1: 100.000.

OGATA, M.G. . Macrozoneamento costeiro : Aspectos metodológicos. Brasília

: Programa Nacional do Meio Ambiente. 1995. 26p.

SANTOS, E. J. dos. ; MORAIS, F. de. ; GALVÃO, M. J. T. G. . Programa de

Águas Subterrâneas para a Região Nordeste : Mapa geológico do alto vale do

Rio Moxotó. Recife : CPRM, 1999. 1 mapa, color. , 114cm x 91cm . Escala 1:

100.000.

SECRETARIA DE CIÊNCIA , TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE. Mapa de

vegetação nativa Lenhosa - Folha Custódia. Recife , 1992. 1 mapa, preto e

branco , 70cm x 87cm. Escala 1: 100.000.

____. Plano estadual de recursos hídricos - Documento síntese. Recife, 1998.

215p.

SUPERINTENDENCIA DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE. Mapa

topográfico - Folha Custódia (SC.24-X-A-III). Recife, 1972. 1 mapa, color. ,63cm

x 74cm. Escala 1: 100.000.

Page 64: Zoneamento CustóDia

63

A N E X O S

Page 65: Zoneamento CustóDia

64

ANEXO 1

TABELA 5 – Resultados de análises realizadas em amostras de água coletadas na Área Piloto. Análise Físico-Química

Estaçã

o Data Hora T

(°C) Ph Turbidez

(UNT) Cond. Elet.

(µS/cm)

Amônia (mg/l)

Nitrito (mg/l)

Nitrato (mg/l)

Cloreto (mg/l)

Oxigênio Dissolvido (mg/l)

Sólidos Totais (mg/l)

Sol. Dissolv. (mg/l)

Sol. Suspensos

(mg/l)

Salin. (‰) Análise*

Bacteriológica (coliformes/100 ml)

E1 13/11 08:25 26,7 6,5 124 330 0,37 0,04 0,08 53,2 2,4 413,2 366,7 46,5 0,2 > 23 E4 13/11 09:55 26,0 7,4 18 495 0,06 ND 0,07 108,3 4,1 366,8 327,3 39,5 0,3 > 23 E5 13/11 10:18 30,2 7,0 26 1510 0,25 0,02 0,53 383,4 2,4 1014 978,5 35,5 0,9 > 23 E6 13/11 10:44 28,1 6,8 60 705 1,66 ND 0,16 137,1 0,0 516 462 54 0,4 > 23 E7 13/11 11:05 30,4 7,1 80 910 ND 0,06 3,46 211,1 2,6 919 673 246 0,5 > 23 E8 13/11 11:42 27,6 7,0 14 960 0,24 0,02 0,41 227,4 0,6 606 593,5 12,5 0,6 > 23 E9* 13/11 12:05 31,0 7,3 200 106,4 0,59 0,08 ND 2,71 6,1 328,2 213,6 114,6 0,1 500 E10 13/11 12:17 35,9 7,4 5,1 3590 0,19 0,19 8,3 1028 10,8 2586 2549 37 1,9 > 23 E11 13/11 12:35 30,4 7,0 4,0 4310 0,06 0,80 29,4 1155 3,0 2899 2884 15 2,3 > 23 E12* 13/11 12:50 30,2 7,8 8,4 2320 ND ND 3,98 766,5 6,2 2074 2026 48 1,5 > 23 E22* 13/11 13:50 35,2 7,0 5,0 133,1 0,17 ND 0,42 29,5 6,1 81,6 78,8 2,8 0,1 > 23

Padrões segundo CONAMA n° 20/86 (Classe 1)

6,0 a

9,0 ��� - 0,02 1,0 10 250 ��� 500 - - -

-

* As estações E9, E12 e E22 correspondem à barragem de Samambaia, Poço tubular de Samambaia e ao dessalinizador, respectivamente

Estação UTM (E) UTM (N) Local E1 640759 9091034 Fazenda Nova E4 638696 9087497 Fazenda Porteiras E5 639397 9086535 Caiçara E6 639808 9085578 Caiçara E7 640086 9084983 Salgado E8 640251 9082021 Poço Escuro E9* 640629 9080047 Samambaia E10 640281 9079901 Samambaia E11 640348 9079837 Samambaia E12* 640504 9080020 Samambaia E22* 640411 9080001 Samambaia

Page 66: Zoneamento CustóDia

65

ANEXO 2

ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO EM UMA ÁREA PILOTO

LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE CUSTÓDIA - PE CENÁRIO COM INTERVENÇÃO 2010

Considerando-se as tendências de uso e ocupação do solo e a adequação das

mesmas às potencialidades e limitações dos recursos naturais, levantadas no

Diagnóstico Ambiental, foi possível identificar quatro zonas e sete subzonas

homogêneas, delimitadas no Mapa de Zoneamento Ecológico Econômico. À partir

destas informações, foi elaborada uma proposta de zoneamento, descrevendo-se

a situação atual de cada subzona, os objetivos do ZEE/Plano de Gestão para o

Cenário 2010 e a indicação de usos/ações distinguindo os proibidos, tolerados e a

incentivar.

A proposta, inicialmente levada à discussão em oficinas preparatórias com as

comunidades locais, teve sua consolidação em uma reunião final na qual foram

cumpridas as seguintes etapas:

9� Apresentação do Diagnóstico Ambiental e a Proposta de Zoneamento

Ecológico Econômico realizado pela CPRH aos representantes dos

órgãos e instituições convidados.

9� Coleta de contribuições dos participantes nas suas respectivas áreas de

atuação.

9� Definição das ações prioritárias para o Plano de Gestão e designar os

responsáveis e colaboradores por cada ação.

A oficina contou com a participação de diversos órgãos e instituições federais e

estaduais e municipais, órgãos não governamentais, além dos representantes das

comunidades eleitos nas oficinas preparatórias. Na escolhas das entidades

participantes, levou-se em consideração a atuação daqueles na área ou a

experiência em áreas com características e problemas semelhantes. O Quadro A

abaixo mostra a lista de participantes.

Page 67: Zoneamento CustóDia

66

QUADRO A – PARTICIPANTES DA OFICINA DE CONSOLIDAÇÃO JOSÉ ESDRAS Prefeito de Custódia

EDRISE AIRES FRAGOSO Presidente da CPRH HORTÊNCIA ASSIS BARBOZA Coordenadora do Projeto da CPRH

JOANA AURELIANO Representante da CPRH MARIZA BRANDÃO CHÁVEZ Representante da CPRH

JOSÉ DA LUZ DE ALENCAR Representante da Regional de Salgueiro do IBAMA

SUZANA MONTENEGRO Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE

ANA CRISTINA BRITO ARCOVERDE

Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco -

UFPE/Parceiro no PROASNE

JOÃO GOMINHO Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente-SECTMA/PE.

MARIEDILSA F. CORREIA MEDEIROS Prefeitura Municipal de Custódia

Dra. MARIA EDNA GÓIS Prefeitura Municipal de Custódia

FLORISA Representante da Comunidade de Samambaia

SEBASTIANA (SESE) Representante da Comunidade de Samambaia

ANTÔNIO RODRIGUES Representante da Comunidade de Caiçara JERÔNIMO Representante da Comunidade de Caiçara

JANAIR Representante da Comunidade de Fazenda Nova

MARIA JOSÉ Representante da Comunidade de Fazenda Nova

FLAVIANO FEITOSA BEZERRA Vereador - Proprietário da Faz. Poço Escuro INÁCIO CÂNDIDO DA COSTA

FILHO Banco do Nordeste - BNB – Regional de

Sertânia

GERALDO SEVERINO DE LIMA PRORURAL - Regional de Salgueiro (Projeto Renascer)

ANTÔNIO NETO Fundação Joaquim Nabuco – FJN/Parceiro no PROASNE

RONALDO PEREIRA DE SOUZA Presidente da Associação de Trabalhadores Rurais de Fazenda Nova

IRMÃ NOELI MASSONI Centro Diocesano de Apoio Comunitário CEDAC

RIVANEIDE LÍGIA ALMEIDA MATIAS

CECOR – Centro de Educação Comunitária Rural

ENJÔLRAS MEDEIROS Serviço Geológico do Brasil – CPRM/Parceiro no PROASNE

CRISTIANO AMARAL Serviço Geológico do Brasil – CPRM/Parceiro no PROASNE

MANOEL JÚLIO GALVÃO Serviço Geológico do Brasil – CPRM/Parceiro no PROASNE

Page 68: Zoneamento CustóDia

67

HELENA PORTO FUNASA –Fundação Nacional de Saúde LUCIANA CIBELLE Coordenação Social Nacional – PROASNE

SHERRY NELLIGAN Coordenação Social Canadá – CIDA NORMA GUSMÃO Representante da UNISOL/PROASNE)

FERNANDA Representante da UNISOL/PROASNE) JOSÉ WALTER SIQUEIRA

CAVALCANTI Membro do Fórum CUSTOATIVA –

Comunidade Ativa

IRMÃ IDALINA Centro Diocesano de Apoio Comunitário CEDAC

RENATA SEVERO Bolsista do Departamento de Serviço Social da UFPE

MÁRCIA Bolsista do Departamento de Serviço Social da UFPE

Page 69: Zoneamento CustóDia

68

ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO EM UMA ÁREA PILOTO LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE CUSTÓDIA - PE CENÁRIO COM INTERVENÇÃO 2010

ZONA: URBANA INDICAÇÃO DE USOS/AÇÕES SUBZONA SITUAÇÃO ATUAL OBJETIVOS DO

ZEE/PG – CENÁRIO 2010 PROIBIDOS TOLERADOS À INCENTIVAR

ÁREA URBANA DO POVOADO

Situam-se nos povoados de Samambaia e Caiçara e caracterizam-se por apresentarem um aglomerado de casas juntas umas das outras em ambos os lados da via calçada, além de equipamentos públicos como Escola, Igreja, Posto de Saúde, Centro Comunitário, etc. Samambaia possui maior número de habitantes e maior infraestrutura do que Caiçara. Em ambas não existe rede de esgoto. O sistema utilizado é o da “fossa negra” ou então lançamento de efluente à céu aberto. Com relação ao abastecimento de água, parte das casas possui água encanada, porém de péssima qualidade. Parte da população utiliza água proveniente de cacimbas e da barragem publica. O dessalinizador de Samambaia funciona precariamente e o de Caiçara ainda está desativado. Inexistência de gestão participativa do uso e manutenção do sistema.

¾�Sistema de esgotamento sanitário implantado.

¾�Ocupação urbana ordenada.

¾�Abastecimento de água melhorado.

¾�Qualidade construtiva das moradias melhorada.

¾�Comunidade organizada, assistida e ambientalmente conscientizada.

¾�Desenvolvimento de emprego e renda.

¾�Patrimônio Histórico e Cultural preservado.

¾�Serviços básicos melhorados e/ou implantados

¾�Serviço de coleta e disposição de resíduos sólidos implantado.

¾�Mulheres socialmente integradas.

¾�Mananciais hídricos subterrâneos e

¾� Lançamento de efluentes domésticos diretamente no solo

¾� Instalação de equipamentos (públicos ou privados) potencialmente poluidores na faixa marginal ao aluvião (15 metros).

¾�Dessedentação de animais diretamente no aluvião ou em barragens/açudes.

¾�Distribuição de água sem tratamento prévio.

¾�Destruir ou danificar o Patrimônio Histórico e Cultural.

¾�Disposição inadequada de resíduos sólidos.

¾�Construção de novas casas sem autorização da Prefeitura.

¾� Jogar animais mortos ao ar livre.

¾�Atividade doméstica de lavagem de roupa na faixa marginal ao aluvião.

¾�Circulação de animais domésticos pelo aluvião até que sejam construídos currais e pocilgas.

¾�Cacimbas escavadas desde que sejam tamponadas.

¾�Poços Amazonas com proteção sanitária adequada e localizados nas margens do aluvião.

¾�A localização do cemitério desde que se mantenha inativo.

¾�Distribuição de água sem tratamento.

¾�Construção de fossas em todas as casas ou sistema coletivo de esgotamento sanitário.

¾�Remanejamento do matadouro para local afastado do aluvião.

¾�Construção de novos poços. ¾�Captação e Manejo da água da

chuva. ¾� Instalação de dessalinizadores e

manutenção freqüente dos mesmos.

¾� Tratamento simplificado da água de abastecimento.

¾�Criação de conselhos de usuários da água com participação preferencialmente feminina.

¾�Substituição de casas de taipa por alvenaria.

¾�Cursos de capacitação para a comunidade na área de educação

ambiental, qualidade da água, associativismo e cidadania.

¾� Incentivar a busca de parcerias para geração de emprego e renda. ¾�Valorização das atividades

culturais. ¾�Recuperação do prédio da Fábrica

de Caruá. ¾�Melhoria na educação básica e

curso de alfabetização de adultos. ¾�Melhoria nos serviços de

transporte, inclusive passagem molhada. ¾�Coleta de lixo seletiva.

¾�Aproveitamento do rejeito do dessalinizador.

Page 70: Zoneamento CustóDia

69

O lixo é acumulado ao ar livre com presença de animais e vetores e posteriormente queimado. As escolas precisam de reforma, o posto de saúde trabalha com deficiência.

superficiais protegidos.

¾�Associativismo feminino e valorização da mão de obra feminina através de cursos de capacitação.

¾�Construção de um açougue. ¾� Funcionamento da lavanderia

pública existente.

Page 71: Zoneamento CustóDia

70

ZONA: URBANA INDICAÇÃO DE USOS/AÇÕES SUBZONA SITUAÇÃO ATUAL OBJETIVOS DO ZEE/PG

– CENÁRIO 2010 PROIBIDOS TOLERADOS À INCENTIVAR

VILA RURAL

São formadas pelos povoados de Salgado e Fazenda Nova. As moradias estão distribuídas aleatoriamente. A via não é calçada e os equipamentos públicos existentes são uma escola e no caso de Fazenda Nova há ainda uma caixa d’água abastecida pelo poço da prefeiitura, mas que devido a elevada salinidade está sendo utilizada apenas para o abastecimento de animais. Salgado não é servida por abastecimento público e na maior parte das casas não existe fossa. A escola de Salgado está fechada por falta de professores. O lixo é queimado atrás das casas e a água é proveniente de cacimbas e barragens. Não há serviço de telefonia.

¾�Sistema de esgotamento sanitário implantado.

¾�Abastecimento de água melhorado, tanto em quantidade como em qualidade,

¾�Qualidade construtiva das moradias melhorada,

¾�Comunidade organizada, assistida e ambientalmente conscientizada.

¾�Desenvolvimento de emprego e renda.

¾�Serviços básicos melhorados e/ou implantados.

¾�Serviço de coleta e disposição de resíduos sólidos implantado.

¾�Mulheres socialmente integradas.

¾�Mananciais hídricos subterrâneos e superficiais protegidos.

¾�Serviço telefônico implantado.

¾� Lançamento de efluentes domésticos diretamente no solo

¾� Instalação de equipamentos (públicos ou privados) potencialmente poluidores na faixa marginal ao aluvião (15 metros).

¾�Dessedentação de animais diretamente no aluvião, barragens e açudes.

¾�Disposição inadequada de resíduos sólidos.

¾�Circulação de animais na escola.

9� Lançamento de efluentes domésticos no Rio Copiti pela comunidade do Ingá.

¾� Lavagem de roupa nas margens do aluvião desde que seja construído um local apropriado que não permita o escoamento da água de volta para a cacimba.

¾�Circulação de animais domésticos pelo aluvião mediante a construção de passarelas.

¾�Cacimbas escavadas desde que sejam tampadas.

¾�Poços Amazonas com proteção sanitária adequada e localizados nas margens.

¾�Construção de fossas nas casas. ¾�Construção de novos poços. ¾�Captação e manejo da água da

chuva. ¾� Instalação de dessalinizadores. ¾�Construção de bebedouros para

os animais em local adequado ¾� Tratamento simplificado da água

de abastecimento. ¾�Utilização da semente da moringa

oleifera para tratamento da água. ¾�Criação de conselhos de usuários

da água. ¾�Substituição de casas de taipa por

alvenaria. ¾�Cursos de capacitação para a

comunidade em educação ambiental, qualidade da água, entre outros.

¾�Curso de alfabetização de adultos. ¾�Coleta de lixo seletiva. ¾�Associativismo feminino e

valorização da mão de obra feminina através de cursos de capacitação.

¾�Reforma da escola e construção de muro ou cerca.

¾�Contratação de professores. ¾� Transporte para os alunos. ¾� Fazer periodicamente analise da

qualidade da água. ¾� Instalação de telefone publico. ¾�Construção de um posto de

saude. ¾�Construir poço para

abastecimento d’agua. ¾�Construir no rio passagens para

os animais.

Page 72: Zoneamento CustóDia

71

ZONA: AGROPECUÁRIA

INDICAÇÃO DE USOS/AÇÕES SUBZONA SITUAÇÃO ATUAL OBJETIVOS DO ZEE/PG – CENÁRIO 2010

PROIBIDOS TOLERADOS À INCENTIVAR

AGRICULTURA

Ocupam principalmente, as áreas de aluvião e proximidades. A agricultura é praticada nas pequenas propriedades sendo mais comum encontrar culturas de subsistência como feijão e milho. Nesta subzona ainda podem ser encontrados plantios de palma forrageira, capim elefante, fruteiras e hortaliças. Poucas propriedades utilizam o sistema de irrigação. A utilização de agrotóxicos, o desmatamento e a prática de queimadas e a ocupação dos leitos dos riachos são alguns dos problemas encontrados. Não há plantios com árvores frutiferas e hortaliças

¾� Técnicas agrícolas mais modernas e menos agressivas ao meio ambiente amplamente utilizadas.

¾� Pequenos produtores organizados e associados.

¾� Atividades agrícolas diversificadas e prática de cultivos conservacionistas amplamente utilizadas.

¾� Produção animal geneticamente melhorada.

¾� Vegetação ciliar em torno das barragens e dos riachos recuperada.

¾� Oferta de água para atividade agrícola ampliada.

¾� Mananciais hídricos subterrâneo e superficial protegidos.

¾�Mulheres socialmente integradas.

¾�Produção agricola com resultado econômico.

¾�Utilização indiscriminada de agrotóxicos.

¾�Desmatamento indiscriminado.

¾�Plantio dentro do leito dos cursos d’água.

¾�Permitir que os animais se abasteçam de água diretamente nos açudes ou barragens

¾� Jogar lixo e esgoto no rio ou aluvião.

¾�Plantios no aluvião desde que não sejam utilizados agrotóxicos e que estejam a uma distância mínima do leito dos riachos.

¾�Sistema de irrigação desde que seja controlado.

¾�Utilização de agrotóxico, desde que não seja em aluvião e que obedeçam as regras de utilização.

¾�Arar a terra com tração animal.

¾�Utilizar máquinas para arar desde que haja acompanhamento técnico

¾�Prática de queimadas desde que seja para o roçado

¾�Utilização de adubos orgânicos. ¾�Correção dos solos. ¾� Formação de associação de pequenos

produtores ¾�Diversificação de culturas. ¾� Fomento à criação de bancos de

sementes. ¾�Cursos de capacitação para agricultores. ¾�Reestruturação da atual Secretaria

Municipal de Agricultura; ¾� Implantação de barragens subterrâneas. ¾�Construção de açudes e barreiros. ¾�Construção de poços para a irrigação. ¾�Manejo e captação da água da chuva. ¾�Práticas de conservação do solo através

de consorciação de culturas, controle de queimadas e de erosão, etc.

¾�Associativismo feminino e valorização da mão de obra feminina através de cursos de capacitação.

¾�Utilização de sistemas de energia alternativa (solar e eólica) na irrigação.

¾�Divulgação e facilitação de acesso a programas de crédito rural.

¾� Instalação de unidade de repasse de tecnologia.

¾�Recuperação da vegetação ciliar em torno das barragens e cursos d’água.

¾� Implantação de sistemas agroflorestais; ¾� Incentivar irrigações localizadas e por

gotejamento ¾� Identificação e proteção das áreas de

recarga de aquifero.

Page 73: Zoneamento CustóDia

72

ZONA: AGROPECUÁRIA INDICAÇÃO DE USOS/AÇÕES SUBZONA SITUAÇÃO ATUAL OBJETIVOS DO ZEE/PG –

CENÁRIO 2010 PROIBIDOS TOLERADOS À INCENTIVAR

AGROSSILVOPASTORIL

Ocupam áreas extensas dentro das grandes propriedades e correspondem aos plantios de algaroba consorciada com capim e palma adensada e a criação de ovinos, bovinos e eqüinos. O plantio da algoraba faz parte de projetos de reflorestamento incentivados pelo IBAMA (antigo IBDF) e seu manejo inclui o aproveitamento da madeira como estaca e das vagens para ração animal. Nesta subzona também estão inclusas as áreas de reserva legal.

¾�Áreas de reserva legal

preservadas. ¾�Plano de

reflorestamento implantado com espécies preferencialmente nativas.

¾�Mananciais hídricos subterrâneos e superficiais protegidos.

¾�Qualidade de vida dos moradores e/ou trabalhadores da zona agrossilvopastoril melhorada.

¾� Técnicas utilizadas difundidas para toda a área piloto.

¾�Vegetação natural preservada nos topos de morros e áreas com alta declividade.

¾�Produção agrossilvopastorio com resultado econômico.

¾�Extração de lenha e

madeira nas áreas de reserva legal.

¾�Atividades pecuárias nas áreas de reserva legal.

¾�Comercializar animais sem controle sanitário.

¾�Prática de queimadas.

¾�Utilização de agrotóxicos.

¾�Permitir a dessedentação de animais diretamente nos açudes, barragens ou aluvião.

¾�Desmatamento indiscriminado.

¾�Plantio dentro do leito dos cursos d’água.

¾�Produção de

lenha e carvão desde que seja através de plano de manejo adequado.

¾�Animais de baixa qualidade genética

¾�Replantio de vegetação ciliar nas

margens dos aluviões e barragens. ¾�Preservação da vegetação situada

nas áreas elevadas (serras) e de alta declividade.

¾�Beneficiamento da vagem da algaroba para ração animal.

¾�Beneficiamento do leite e da carne animal.

¾�Controle sistemático de doenças nos animais.

¾�Melhoramento genético do rebanho.

¾� Fomentar as reservas estratégicas de alimentos.

¾�Construção de bebedouros para os animais em local adequado.

¾�Práticas de conservação do solo através de consorciação de culturas, controle de queimadas e de erosão, entre outras.

¾�Difusão de técnicas agrassilvopastoril que obtiveram sucesso para toda a área piloto.

¾�Melhoria da infraestrutura (moradia e trabalho) que beneficie moradores e trabalhadores da zona agossilvopastoril.

¾�Capacitação da mão de obra agrossilvopastoril.

¾� Identificação e proteção das áreas de recarga de aquifero.

Page 74: Zoneamento CustóDia

73

ZONA: CAATINGA INDICAÇÃO DE USOS/AÇÕES SUBZONA SITUAÇÃO ATUAL OBJETIVOS DO ZEE/PG

– CENÁRIO 2010 PROIBIDOS TOLERADOS À INCENTIVAR

MANEJO/PECUÁRIA EXTENSIVA

A caatinga ocupa maior parte da área piloto, caracterizando-se por uma vegetação predominantemente arbustiva e bastante degradada. O corte da madeira para produção de lenha/carvão e estaca tem sido a principal causa dessa degradação seguida da pecuária extensiva. Nesta subzona estão inclusas barragens/açudes, lagoas, afloramentos rochosos e serras.

¾� Planos de manejo florestal estabelecidos

¾� Planos de reflorestamento com espécies preferencialmente nativas implantados.

¾� Técnicas de manejo sustentado e carvoejamento difundidas e aplicadas.

¾� Moradores capacitados no manejo sustentado da caatinga.

¾� Planos de manejo do rebanho.

¾� Mananciais hidrícos subterrâneos e superficiais protegidos.

¾� Vegetação natural preservada nos topos de morros e áreas com alta declividade.

¾�Corte indiscriminado da caatinga.

¾�Caça a espécies da fauna nativa da caatinga ou aves migratórias.

¾�Pecuária extensiva sem controle.

¾�Dessedentação de animais diretamente nos açudes, barragens ou aluvião.

¾�Prática de queimadas.

¾�Reflorestamento com espécies para usos múltiplos como Sabiá e Algaroba

¾�Exploração do potencial medicinal e artesanal das espécies da caatinga.

¾�Práticas de conservação e aumento do potencial forrageiro, através de técnicas de silagem, raleamento, rebaixamento, enriquecimento, entre outras.

¾�Apicultura. ¾�Aproveitamento da fibra de

caroá. ¾�Construção de bebedouros para

os animais em local adequado. ¾� Incentivar a utilização de

técnicas de manejo florestal. ¾�Capacitação dos proprietários

em manejo sustentado da caatinga.

¾� Implantação de fornos de melhor qualidade.

¾�Revegetação ciliar no entorno das lagoas e do leito dos cursos d’água.

¾�Reflorestamento de áreas degradadas com espécies nativas.

Page 75: Zoneamento CustóDia

74

ZONA: CAATINGA

INDICAÇÃO DE USOS/AÇÕES SUBZONA SITUAÇÃO ATUAL OBJETIVOS DO ZEE/PG – CENÁRIO 2010

PROIBIDOS TOLERADOS À INCENTIVAR

INCENTIVO A PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO

Correspondem a áreas onde a vegetação caracteriza-se por apresentar um porte maior e por ser mais fechada com relação ao restante da caatinga que ocorre na área. Nas terras pertencentes à Igreja é onde se encontra a vegetação em melhor estado de conservação de toda a Área piloto. Animais (bovinos e caprinos) soltos nestas áreas constituem um problema, além de indícios de retirada de madeira na propriedade de Poço Escuro.

¾�Vegetação natural preservada e conservada

¾�Fauna preservada ¾�Mananciais hídricos

subterrâneos e superficiais protegidos

¾�Corte indiscriminado da

caatinga. ¾�Caça a espécies da

fauna nativa e aves migratórias.

¾�Prática de queimadas. ¾�Disposição de resíduos

sólidos. ¾�Pecuária extensiva.

¾�Recomposição da

vegetação com espécies nativas.

¾�Manejo adequado da caatinga.

¾�Apicultura apenas em áreas de conservação.

¾�Aproveitamento de espécies vegetais para fins medicinais e artesanais.

¾�Criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

¾�Recomposição da fauna.

¾� Licenciamento e demarcação da reserva legal e preservação permanentes nas Áreas de Conservação.

¾�Conscientizar a população através de educação ambiental.

¾� Incentivar o manejo florestal nas áreas de conservação.

Page 76: Zoneamento CustóDia

75

ZONA: PROTECAO DE MANANCIAIS

INDICAÇÃO DE USOS/AÇÕES SUBZONA SITUAÇÃO ATUAL OBJETIVOS DO ZEE/PG – CENÁRIO 2010

PROIBIDOS TOLERADOS À INCENTIVAR

PROTEÇÃO DOS MANANCIAIS

SUBTERRÂNEOS

Os depósitos aluvionares ocorrem ao longo dos principais riachos da área piloto. A acumulação mais expressiva ocorre à oeste da Serra das Porteiras, onde se situa a Faz. Porteiras. A captação de água nestes depósitos é feita através de poços tipo Amazonas com profundidade média de 6 metros e de cacimbas escavadas com profundidade média de 2 metros. Constitui o principal manancial de água da área, principalmente nos períodos de estiagem quando a população recorre as cacimbas escavadas. Suas características naturais somadas às atividades antrópicas, aumentam o risco de contaminação deste manancial .

¾�Capacidade de armazenamento de água ampliada.

¾� Identificação de locais com disponibilidade de água subterrânea

¾�Qualidade da água melhorada.

¾�Educação sanitária e ambiental.

¾�Plano de mobilização comunitária e social

¾� Implantar conselhos de usuários da água.

¾�Desenvolvimento sócio econômico apoiado.

¾�Aquifero aluvionar protegido.

¾�

¾� Lançamento de efluentes domésticos diretamente no solo

¾� Instalação de equipamentos (públicos ou privados) potencialmente poluidores na faixa marginal ao aluvião (15 metros).

¾� Lançamento de resíduos sólidos

¾�Uso de agrotóxicos ¾�Dessedentação de

animais nas cacimbas que também são utilizadas para abastecimento humano

¾�Construção de poços e cacimbas desde que tenham proteção sanitária adequada.

¾�Plantios nas áreas do aluvião desde que não seja utilizado agrotóxico e que estejam a uma distância mínima do leito dos riachos.

¾� Irrigação desde que seja controlada.

¾�Uso da água da cacimba para consumo humano desde que seja fervida.

¾�Soluções comunitárias de abastecimento.

¾�Projetos de capacitação simplificada.

¾�Construção de bebedouros animais.

¾� Local para banho de animais.

¾�Controle da qualidade da água dos carros pipa.

¾� Formação de conselhos de usuários de água.

¾�Construção de poços amazonas.

¾� Implantação de barragens subterrâneas.

¾�Monitoramento da qualidade da água.

¾�Estudos sobre disponibilidade hídrica do aqüífero.

¾� Tamponamento de poços abandonados.

¾� Instalação de bebedouros para os animais.

¾� Funcionamento do dessalinizador .

¾� Tratamento simplificado da água: filtragem e fervura.

¾� Implantação de área de proteção dos poços tubulares.

¾�Aproveitamento do rejeito do dessalinizador.

¾� Lavanderia comunitária. ¾� Indicadores Qualidade da

Água (coliformes fecais e nitratos).

¾�Plantas e técnicas de irrigação adequadas.

¾� Tratamento de cisternas domiciliares e comunitárias.

¾�Gestão junto a Secretaria de Saúde do Estado - implantação e monitoramento.

Page 77: Zoneamento CustóDia

76

ANEXO 3

PLANO DE GESTÃO

Ações Prioritárias para o Plano de Gestão

AÇÕES RESPONSÁVEL E COLABORADORES PRAZO ¾� Levantamento sobre saneamento

básico Secretaria de Saúde - PMC FUNASA

Durante o ano de 2002

¾�Elaboração de um Projeto para a Área Piloto

Conselho de Desenvolvimento Municipal do FUMAC PRORURAL Associação de Faz. Nova

Até o final de 2002

¾� Implantação do SISAGUAS Secretarias Municipal e Estadual de Saúde FUNASA 6 meses

¾� Levantamento da situação atual do dessalinizador

CPRM FUNASA

Iniciar até o final de 2002

¾�Projeto piloto para reaproveitamento do rejeito do dessalinizador

UFPE (Dep. Eng. Civil -Recursos Hídricos UFRPE CPRM Prefeitura Municipal de Custódia Comunidade

Segundo semestre de

2002

¾�Perfuração de novos poços tubulares;

CPRM EBAPE FUNASA

Até o final de 2002

¾� Implantação de barragens subterrâneas

UFPE (Dep. Eng. Civil -Recursos Hídricos. UFRPE UNISOL CPRM

Até o final de 2002

¾�Difusão de técnicas de manejo florestal através de capacitação.

¾�Elaboração de seminários sobre o manejo sustentado da caatinga.

SECTMA IBAMA/Ministério do Meio Ambiente Prefeitura Municipal de Custódia Associação

Primeiro Semestre de

2002

¾�Priorizar os projetos de manejo IBAMA Após o curso de capacitação

¾�Criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)

IBAMA Prefeitura Municipal de Custódia

Até dezembro de 2002

¾�Áreas de expansão agropecuária

IBAMA BNB Sindicato Técnicos Projetistas EBAPE

Até dezembro de 2002

¾�Negociação para revitalização da Usina de Caroá conservando a originalidade do projeto inicial.

Prefeitura Municipal de Custódia PROASNE Empresários locais Comunidade

Até o final de março de 2003

¾�Mobilização e organização comunitária PROASNE (UFPE, FUNDAJ, UNISOL) Comunidade Poder público local

Até março de 2003

¾�Queimar o lixo em local adequado e não joga-lo no aluvião do rio

Comunidades de Samambaia, Caiçara e Fazenda Nova

À partir de março de 2002

¾�Manter a porteira da barragem fechada e consertar a cerca

Comunidade de Samambaia Prefeitura Municipal de Custódia

À partir de março de 2002

¾� Tratamento simplificado (fervura) da água para consumo Comunidade de Fazenda Nova À partir de

março de 2002

¾�Não lavar roupa próximo às cacimbas Comunidades de Caiçara, Salgado e Poço Escuro

À partir de março de 2002

¾�Criação de cooperativa de artesanato Comunidade de Samambaia e Fazenda Nova Prefeitura Municipal de Custódia

À partir de março de 2002

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¾�Evitar que os animais circulem pelo aluvião Comunidade de Fazenda Nova À partir de

março de 2002 ¾�Promover reunião com a comunidade

do Ingá e o Vereador Flaviano para resolver a questão do esgoto jogado no Rio Copiti por aquela comunidade.

Comunidade de Fazenda Nova À partir de março de 2002

¾� Fornecimento de mão de obra para construção das fossas nas casas

Comunidades de Caiçara, Salgado e Poço Escuro

À partir de março de 2002

Page 79: Zoneamento CustóDia

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ANEXO 4

Mapa de Potencialidades e Limitações

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ANEXO 5

Mapa de Uso e Ocupação do Solo

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ANEXO 6

Mapa de Qualidade Ambiental

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ANEXO 7

Mapa de Zoneamento - Ecológico Econômico