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77' '"'• çJUlUíl WffRBJg V3^Ob REDiCÇiO, IDMIHISTHiÇiO E OFFIGIMS 16—Praça da Independência—17 IADO DA AVENIDA l6 DE NOVEMBRO, EU BELÉM TELEPHONE 433 ESTADO BO PARÁ—ESTADOS UNIDOS DO BRASIL ÍSSIGH1TUR1S PARA A AMAZÔNIA Semestre iófcooo Anno 3otooo Pagamento, assim de assignaturas como de quaesquér publicações, adiantado. Absolutamente imparcial, a F0LH1 DO SORTE recebe e publica todos e quaesquér artigos, noticias e informações, comtanto que lançados em termos convenientes. iSSIGNÃTURÃS PARA FORA DA AMAZÔNIA Semestre 20Í000 Anno 381000 NUMERO AVULSO DO DIA 120 RS. NUMERO ATRASADO . . . 50O » SEGUNDA-FEIRA, 17 de Agosto de 1896 Morre gm Londres Odorico Mendes, genial posta do Vircilio Brasileiio (1864) Anno ,Num. 230 Recebem-se publicações até as 8 horas da noite. Palavras a Cecy Cecy, onde está a tua ballata, aquella divina amphora de doçuras que vibram lamartinianamente, aquel- Ias vibrações que adoçam e adormen- tara como os filtros das velhas fadas, onde está ella, Cecy ó alma pura como o aroma das mattas virgens, alma mys- tica e adamantina como as almas das santas? Que ella te venha hoje á flor dos lábios, ella, a feiticeira canção dos teus amores de anjo, ella, a sonata, que tan- to realce a tua belleza e a tua can- dura, ó Cecy dos olhos azues como esses trechos de céo vesperal que se arqueiam, melaneholicamente doces e ¦suggéstivos, por sobre as florestas da nossa terra! Da tua bocca mais uma vez se de- bulhem agora, lúcidas e consolativas, essas pérolas maviosas, esses favos. musicaes, esse hydromel celestial e mágico, que desde Março de 1870 amenisa e enleva a briosa geração das almas para as quaes o amor é uma au- rora perenne, uma intérmina prima- vera em flor! Canta, Cecy! A tua voz vale todas aa sympho- nias das nossas aves, todas as harmo- nias da nossa virgem natureza. :/•' Talvez—quem sabe?—que essas notas que outr'ora derramavas no seio olente das noites enluaradas, sobras irradiações sideraes de um céo inspi- rador, operassem o milagre, fizessem ^y^e impotência,' acaba de 'declarar iifipòssiveL para sempre impossível! Canta, Cecy, canta! E que as tuas melodias unctuosas, rescendentes a dhulias, ás vezes cal- mas e piedosas como uma prece, soem pelos reductos d'aquella organisaçao épica onde não mais se accendraro as energias heróicas e os estímulos victoriosos! Eo gigante moribundo, ainda n'um sorriso de ineffavel gratidão, descer- rara certamente para ti aquelies la- bios que a agonia começa a desmaiar com os seus beijos de gelo e de fel! Arte, que a fatalidade em breve de- porá do augusto throno que o gênio lhe construíra na alma dos que sen- tem e dos que vibram passionalmente! Canta, canta, Cecy! Pará. J0A0 Dl! DEUS DO REGO. A ESTAÇÃO e outros jornaes de modas, e quaesquér revistas naeionaes ou extrangei- ras, assignam-se na livraria commercial —Rua Conselheiro JoSo Alfredo, n.° 12. 2 COELHO NETTO A PORTUGAL No banquete que os amigos e admirado- res do dr. Assis Brasil lhe offereceram no Casino Fluminense, no pretérito mez de Ju- lho, proferiu o notável escriptor e brilhante estylista brasileiro Coelho Netto o seguinte bellissimo discurso sobre Portugal: Exms. srs.—O brinde que tenho de fazer, em phrase sóbria, deve referir-se aos dois elos fortes que ligam tradicionalmente Por- tugal e Brazil—o braço e o espirito, mas as minhas palavras estão para a grandeza do assumpto como gottas d'agua para a immen- sidâo do oceano. Nao cabem na estreiteza d'um valle as águas assoberdadas d'um caudaloso rio que vem rolando beneficentemente, desde os nossos primeiros momentos históricos, pelo solo verde e fértil da Pátria—rio humano que trouxe de roldão ás nossas praias selvagens —a arvore do Calvário, que produz os fruetos da Misericórdia, a primeira lei e o primeiro altar. Falar-vos do colono portuguez ê, por assim dizer, recapitular a vida no Brasil—é vir do momento do desencanto, qmando as galés surgiram pilotadas pela providencia, diante da grande terra vestida de verde, enfeitada de sol, até a hora agoniada do abandono dos solitários que tiveram como presidio um mun- ue a sciencia n'nm doloroso pqnas- do' *2ue tiveram P01" menagemas embrenha- ue a. sciencia, n um aoiorosc»espas-^^^tasr .o^aMpaj ^3*6*7-05- montes hispidos, os rios largos, mares e céos; é lem- brar-vos as primeiras marchas dos serta- nistas, á conquista da natureza, luetando com a fera, com o homem, com a selva, com a água e com o pavor, na solidão casta d'um mundo virgem; é falar-vos das missões evan- gelicas, mostrando-vos, ao mesmo tempo, a caiçara da primeira aldeia e a torre da pri- meira ermida; mas n3o tornemos a tao re- moto passado. D'onde vimos nós com a alma dilatada, cantando fervorosos hymnos? vimos da Es- cravidao, d'esse peroido de lueto, que o pro- prio homem escolhido para o soffrimento o trazia na pelle, como se Deus o tivesse mar- cado desde o Berço para a dolorosa missão que lhe estava reservada. A terra, emquanto os filhos do Nilo, lodo do rio santo, fecundavam-n'a, era propicia e fértil; mas a Grande Luz, espalhando-se pe- Ias senzalas, seccando a lagrima, que era a rega e o sangue era o adubo, tornou-o agres- te como nos primeiros dias. A selva original teria reconquistado o seu terreno, se nao saisse a combatel-a, nao mais o captivo—o homem-braço, mas o colono—o homem am- biçao, o rústico que deixa o vinhal murcho da sua aldeia e vem arar o campo da Ame- rica, onde a Primavera mora.^ A lueta, posto que fácil pareça nesta ref giao feracissima, é das mais difficeis e peno- sas—é a campanha contra a seiva que pro- dúzia os assombros nas Idades Primeiras. A rega do Sol que se derrama copiosamente cresta a sementeira e mirra o terreno—cum- pre fazer com que seus raios trabalhem fe- cundamente e nao assoladoramente e o co- lono assim procede e com alegria—do seu casal sahem para os campos as cantilenas e entre as culturas começa agoia a bucólica abafando os derradeiros cchos da monodia negra. Na cidade, a colônia é o commercio, é a industria, é a vida activa na terra e nos ma- res e, quer á beira da matta, quer sob as te- lhas urbanas, o colono implanta-se na pátria pelo amor, constituindo a familia—-e a arvo- Pobre Carlos Gomes! Illustre e re- signado martyr! Procura ouvir ainda nas amplitudes do teu ideal a incom- paravel ballata, onde deixaste toda a essência do teu carinhoso sentir e toda a seiva affectiva do teu gênio. Ella te illuminará com harmonias preclaras, com excelsos accordes, a treva apavorante e formidável que te cerca, convertendo em radiosos epini- cios, em triumphantes cânticos de glo- ria, esse De-Profundis aterrador e inexorável que te está entoando a Morte, a nefanda e consoladora em- baixatriz das sombrias plagas do an- niquilamento ultimo. Canta, canta, Cecy! A tua ballata deve ser hoje o hym- nO funerário do velho príncipe da re transplantada sombra e frueto no ter- reno extranho. Que tem elle feito, o colono ? qual é a obra d'esse extrangeiro que é o nosso irmão—é o celleiro farto, é a escola, é o hospital, é o templo e mesmo, n'um momento, soffrendo comnosco, sahio a pelejar á sombra d'aza verde louro do nosso pavilhão. A arvore genealogica da familia brasileira tem, como semente, o luzitano, tritao nas águas, centauro nos campos, fiel á lei e á sua crença e aos ramos nao fica bem revoltarem- se contra as raizes d'onde brotaram, nem nos lustraria, em tempos tao claros e justos, o procedimento ingrato que tivaram os de Car- thago contra os que lhes defenderam os mu- ros da cidade. O sangue humano, depois da primeira re- dempçao sobre as águas, decorre do coração de Noé—é o mesmo nas veias do bárbaro e nas do homem civilisado e porque havemos nós de accender a revolta ridícula d'uma gotta contra o estuário universal ? A huma- nidade é uma grande familia acolhida sob a tenda azul de Deus, que é o céo : o princi- pio da constituição universal, da paz, é a fra- ternidade humana. Amemo-nos. Para a ligação espiritual temos o elo in- destructivel da lingua sonora e rica, que é uma doce e correntia ribeira derivada da fonte clássica que cantava á sombra das col- linas de Roma, na qual se foram abeberar as musas immortaes de Ovidio e de Virgílio. Em Portugal, nos tempos modernos, quan- tos mestres a tem polido, limpando, por assim dizer, o leito da corrente para que flua lim- pida e serena essa encantadora herança que, passando por entre as margens do tempo, nos vem edntando os feitos dos maiores e recitando epinicios e eglogas, estrophes de epopêas e quadras meigas de idylios. Herculano, o solitário de Vai de Lobos, o homem da natureza e da simplicidade, ami- go do camponio, asylado na paz rural á som- bra dos velhos carvalhos, dá-lhe uma vez a expressão piedosa d'uma prece quando pede pelas freiras de Lorv3o unge-a d'um espirito prophetico, n'um pamphleto que parece vir do velho tempo bíblico annunciador e lasti- moso, gemendo e sobre o descalabro da Pa- tria, torna-a sóbria e forte na Historia e ame- nisa-a na lyrica. A linguagem do stoico é austera e grave, nao tem grandes ardores, é de escassos ornamentos exprimindo bem o estado d.'_alma dp misanthrnpo -z,z ssreMtia- de do meio de silencio e virtude em que vi- via. Vejamol-a tratada pela penna amável de Júlio Diniz; canta eexhala fragrantemente— é toda idéa e sentimento. Nos períodos ha um fresco e perenne murmúrio d'aguas, um doce zumbir de abelhas, echos melancólicos de cantilenas, luz branda de soes de outono, alvos luares e as figuras que passam tao sim- pies, tao humildes, tao felizes na passagem têm uma tal expressão de realidade que, lendo os seus livros, cuida a gente estar em transporte levada pelo seu período, nas re- pousadas aldeias, acolhida sob os ramos al- tos dos castanheiros, ouvindo melros e coto- vias. A linguagem do campesino apparece- nos como uma pastora. Quental, o poeta-philosopho, torna-a dis- creta e pensadora, dá-lhe azas e faz com que elle ascenda ás regiões altíssimas do absoluto, concentra-a e os seus sonetos de- correm lentamente, recolhidamente carrega- dos de duvidas, a caminho do Mysterio. Vede a sua expressão como é perfeitamente a sua alma—nem um termo demais, sao todos os necessários e sombrios. João de Deus, o cândido, rimando senti- mentos, abeberando a musa no próprio cora- çao dá-lhes simpleza e naturalidade. Olivei- ra Martins, o incansável trabalhador que ex- piorou todas as províncias do saber humano com rara felicidade, revestindo toda às scien- cias d'uma fôrma amena e grandiosa por vezes, até que, n'um assomo de amor pátrio, abeirou-se dos túmulos* dos grandes patriar- chás da gloria portugueza e invocou-os, tra- zendo-os á vida nas paginas lapídarias dos seus livros, que sao outros tantos monüy^n- tos erigidos a Portugal e á lingua portugueza, deu-lhe todos os tons e todas as cores. Ortigao, o touriste, deu-lhe a alegria salti- tante d'uma faceira rapariga estroina, insa- ciada de maravilhas, correndo sempre ao novo e contando garraula e pittorescamente o que viu pelo mundo, o que assitio, quanto gosou, as decepções que teve, sempre com um sorriso irônico nos lábios. Eça de Quei- roz, finalmente, o Cellini. Para os que têm, como eu, um grande amor á forma é esse o senhor do sceptro da litteratura portugueza actual. Nunca a lingua portugueza teve tanta melodia, tanta frescura, tanto colorido, tanta precisão como sahindo da penna magnifica desse maravilhoso artista. Cada um dos seus livros é um modelo per- feito de composição, cada um dos seus pe- riodos é um diamante de lapidação tortura- da e as suas paginas, d'um desusado brilho, offuscam muitas vezes, fazendo com que a acçSo desappareça sob a claridade irradian- te da fôrma. O seu poder descriptivo assombra e leva á illusao da verdade. O sol que elle nos mos- tra ganhando o céo arde e allumia, a sua pai- sagem tem murmúrios d'arvores e prantos daguas, ouve-se o<canto do pastor, ouve-se o balar da ovelha, sente-se o aroma dos fe- nos frescos e«.vê-se*ir subindo do tecto baixo do casal o fino fio do fumo do fogão domes- tico. As suas tardes cahem melancolicamen- te e a vida no campo, como na cidade, passa n'um flagrante de verdade paginas a fôra, triumphalmente levadas ao rythmo da fôrma altíssima e poderosíssima do mestre inimita- vel. Esse é o perfeito artista e brindando-o, brindo nelle toda a arte nova de Portugal, tao querida do Brasil, nio esquecendo a im- prensa, que é o ninho d'onde saem, para glo- ria das litteraturas e do mundo, os principes da palavra. PELO EXTRANGEIRO Safra bovina Sob esta epigraphe, encontramos no Echo do Sul, que se publica na cidade do Rio- Grande, de 11 do passado, a seguinte noti- cia: «Até 4 do corrente as xarqueadas de Mon- tevidéo e Passo dos Touros tinham abatido 293.727 rezes (sendo 100 no referido dia, em que nas tabladas foram pagos os preços de 13 a iól[2 pesos por novilho) contra 376.825 na mesma data dc 1895 e 391.280 na de 1894. O resumo das mari >^nas xarqueu.das do kio da .Trata e KicJUrande do Sul até 30 > de Tuntio .de.^896 jjMi&ã nos stguintae ter- mos" por uma rctta fflff Montevidéo: por XarqueadasCabeças Montevidéo 291.178 Rio Uruguay 432.200 Buenos-Aires Rios Argentinos . , Total do Rio da Prata Rio-Grande do Sul . 206.400 242.000 1.171.778 115.000 Total geral1.386.778 D'este numero'foram applicadas: A xarque1.113.278 A extractos. 273-5oo A existência de xarque do Rio da Prata em 30 de Junho ultimo era a seguinte, se- gundo calculo publicado pela mesma folha acima alludida: Quintaes Buenos-Aires115.000 Entre-Rios140.000 Montevidéo e Passo dos Touros110.000 Uruguay127.500 Total 492.500 Do Rio da Prata a exportação de xarque na 2,a quinzena de Julho elevou-se a . . . . 4.023.400 kilos e foi toda para o Brasil (por- tos de Rio, Bahia e Pernambuco), em 9 va- pores e 1 navio de vela. Para Cuba ficava carregando 188.600 kilos um navio. Por telegrammas recebidos no Rio da Pra- ta, sabe-se que no dia 4 havia em deposito na Bahia 3.000.000 kilos de xarque, d'este F"'';$p. e do Prata, cotando-se de 540 a 630 e à6«awdo-ss o msreado calmo». A Singer Vibrante é a me- lhor machina de costura do mundo, por ser a maissimples e silenciosa. ALLEMANHA: O Tageblall, de Berlim, applaudc a re- solução do governo, de fazer-se represen- tar na exposição de Paris de 1900. Diz confiar em que será uma nova victoria para a industria allema, e externa a opinião de que a França, com essa ex- posição, á Europa inteira uma garantia de paz. —Causou impressão em Berlim a demis- silo do Ministro do Commercio o da In- dustria sr. M. A. de Berlepsch. Essa reti- rada era prevista. O ministro havia toma- do uma attitude desdenhosa com os con- servadores, por causa de uma moção sem importância apresentada por um dos mem- bros d'esse partido. Convém tambem notar que, desde a sua entrada para o ministério prussiano, o sr. de Berlepsch destacou-sc por grande acti- vidade reformadora 110 domínio social. Propoz projectos de lei relativos á refor- ma das Câmaras de Commercio. Partida- rio da diminuição das horas de trabalho, apresentou um projecto de lei ordenando o fechamento das lojas depois das oito horas da noite. N'esse ponto encontrou viva opposiçao da parte do chanceller do império, o principe Hohcnlohe, tambem partidário das reformas, mas mais mode- rado na acçSo e mais cuidadoso do que seu collega em poupar as transições e respeitar os direitos e usos adquiridos. A retirada do Sr. Berlepsch indica nova orientação do governo. —Oflereceram mais de uma phase inte- ressante os debates que terminaram no Reichstag, sobre a questão matrimonial. Os socialistas queriam que a mulher nao pudesse se casar antes da idade de 20 annos, o que foi repellido. Pediram e obti- veram que o consentimento do pai, no casamento, nao fosse mais necessário, des- de que o filho ou filha tivesse chegado á sua maior idade. Queriam que a mulher casada pudesse administrar por si os seus bens. Nao conseguiram fazer adoptar esse principio na lei; tambem naufragaram na tentativa que fizeram para a admissão de divorcio por simples declaraçUc-^de pedido de-í" *çlto dos ccánjugues. .;*J Sfssão apressada ^lo- " $ código ¦-'"T""^'*.''"'"""-««n dei- xat*^A ^níatr Jau- blica, b^*.Agos artigos, os juriscoh.-,.. ÄJa. opinião em preso eleito de tou ao imperador o boch habitual. O de- putado socialista conservou-se sentado. Muitos deputados gritaram: Fora o gros- seiro. —O socialista Kuners, que fura no meio do periodo eleitoral, foi deputado por Halls, com a maioria S.000 votos. —A's sete horas da tardo de 30 de Julho, rebentou um grande incêndio no arsenal de Devant-les-Ponts, de Metz, e ás sete horas e tres quartos deu-se uma explosío, que destruio parcialmente o ar- senal, ficando mortas algumas pessoas e feridas gravemente muitas outras. O fogo manifestou-se em um tèlheiro, que continha foguetes duplos. Em ioda do edifício havia muitos curiosos, quando um official os avisou de que o tellíeiro conti- nha foguetes. Immediatamente deu-se uma explosão formidável, que arrombou o te- lheiro, arremessando sobre os bombeiros, soldados e curiosos, uma chuva de fogue- tes, estilhaços de ferro e tijolos. Averi- guou-se terem ficado mortos 5 homens, sendo 2 bombeiros civis e 3 militares, e feridas umas 30 pessoas, das quaes 8 gra- vemente. —Os jornaes berlinezes atacam violen- tamente o marquez di Rudini, presidente do Conselho de Ministros da Itália, por- que na recente discussão do orçamento do ministério dos Negócios Extrangeiros, fal- lou de modificações da tríplice alliança sem ser prevenida a Allemanha. —A fabrica de Lowei recebeu uma en- commcnda de 60.000 espingardas e outras armas de guerra para o Transvaal. Asse- gura-se tambem que um neto do presi- dente Kruger, que é esperado próxima- mente em Berlim, fará outras encom- mendas. revistas, sobre essu- pie. unificação do direito allemao, que naj constituirá sem- pre um progresso; a grande "massa popu- lar, porém, pouco se interessa com uma obra legislativa que mesme nao é actual, pois que o novo código nao entrará em vigor antes de 1900. —Tem sido muito commentado nas ro- das militares allemás, um artigo do gene- ral Lesczniski, relativamente ao serviço de dois^ annos. O general refuta a opinião dos partidários de um exercito pouco nume- roso, mas bem disciplinado. Declara-se absolutamente em favor dos exércitos nu- raerosos. O general reconhece que, sob o ponto de vista militar, era certamente melhor guardar o soldado tres annos sob a ban- deira; mas como o orçamento nao fornece recursos suficientes, fica para o lado uma massa de cidadãos. E' um grave inconve- niente. Para remedial-o seria necessário adoptar o serviço de dois annos. Esta me- dida é quasi uma necessidade para a Alie- manha. —O chanceller do império pronunciou, no dia 2 de Julho, o adiamento do Reichs- tag para o dia 10 de Novembro. Expri- mlu, em nome do imperador e dos gover- nos confederados, os seus agradecimentos á assembléa pelo zelo extraordinário com que discutio o projecto do código civil. Declarou que a unidade judiciaria ajun- tava novo laço aos que unem a nação e augmentava o prestigio da Allemanha no exterior. Os socialisias, á excepçao de um só, deixaram a sala para nio assistirem ao boch tradicional erguido em honra do im- perador, 0 presidente agradeceu ao chanceller e aos membros do Reichstag, que se levan- taram. N'essa oceasião o presidente levan- Vingança... fidalga Pela noite fria, a estrada escura alongava-se silente, interminável. _ No meio da estrada avançava a zig-zags, lentamente, o vulto de um ho- mem, amnaando-se ás columnas dos pórticos, aos eneontrõe3 ás paredes e ás portas. Por cima da minha cabeça, á ja- nella, espiava-o anciosamente uma ra- panga.... —Eli! stenhor, por favor diga aquelle homem—è com a mão indicava-me o bebedo—que volte ^ara casa ... se soubesse . . . é meu mando .. . temos quatro filhos ... se não se recolhe. .. calcule . . . passará a noite pelos bt ,"> deis .. . hoje é* sabbado e ... Aquella voz implorava, desolada, plangente! . . . Cheguei-me ao do bebedo e ten- tei: rio-me na cara, encolheu os hom- bros e ficou gesticulando, a falar com sua sombra projectada por um Iam- peito sobre a parede de uma casa. Da janella partia um soluço: era a impotência de uma mãe previdente que sabia que 110 dia seguinte os seus filhos não teriam pão. * * Sabes em que pensei então, desde- nhosa rapariga, que me rèpelles? N'um marido igual que te coubesse em sorte! ETTOKE ALIIIXEIXT. A tríplice alliança Nao mantém a paz na Europa, que amea- ça conflagração. ( O poderoso depurativo Pílulas de Pião, po- rém, garante a cura das moléstias da pelle. Deposito DROGARIA NAZARKTH Folhetim da Folha do NortQ-17-8-96 COUSAS DA VIDA FOR ALBERT DELPIT Segunda parte ..,//« coupable. peut Hre indifferettt aprh le crime, quanl à Ia nature epou- vantable de Vacte, Accompli dans un mo* tnent ou Vagent etait hors de lui, Vacte n*est pas plus son acte à lui, quo sa con- vulsion n'est un effet de Ia volante... H. MAUDSLEY. 0 AMOR IV —CONTINUAÇÃO— Todas as tardes chegava decidido a to- mar-lhe a mao e dizer: «—Amo-a . .. Quer ser minha mulher? E por fim calava-se cheio de invencível timidez. Aquelle homem de coração virgem, nunca amara e o amor parecia-lhe um soberano temível. Comprehendeo que Florence o es- timava e apreciava. Mas tambem ás vezes, ella se mostrava tao fria e silenciosa, que parecia abrir um abysmo entre elles. Como Alice guardava segredo sobre o que lhe contara a americana, Rolando igno- rava os motivos do seu exquisito procedi- mento. «—Extraordinária rapariga I pensava elle. A mais refinada namoradeira nao faria tanto, e no fim de contas ella nao é uma le- viana. Os seus olhos sao puros e os seus modos sao francos. Ella percebeu o meu amor e entretanto ás vezes parece odiar-me, com receio que eu me declare . . . :> N'esse dia Rolando saio a depois do almoço. Como de costume foi até Passy im- paciente como um collegial. Encontrou Florence a ler: o seu lúcido rosto illuminou-se ao avistar o seu amigo. —Que amabilidade a sua em vir tao cedo I exclamou ella. —Então, nao me torno aborrecido ? —Quer um cumprimento ? pois achou-se enganado! Deixe-me porem agradecer as suas lindas flores. Chegaram de Nice esta manha. Veja como estão frescas e perfuma- das! Flores, eram os únicos presentes que Ro- lando ousava offerecer-lhe. Duas. pu tres vezes por semana, um jardi- neiro de Nice enviava a mlle. Sidney o seu ramo. Para attenuar a incorrecçao dos presentes de um rapaz solteiro a uma senhora, Alice dizia-se sócia nos pequenos mimos. —Nem o senhor nem sua irmã imaginam o prazer que me dão com tanta gentileza I disse ella com a sua voz harmoniosa. E' tao bom ser amada I E eu que sou no mundo . . . Rolando sentara-se junto d'ella; ao ouvir aquellas palavras sentio bater com força o coração. —Só no mundo, miss Florence ? E' então cega ou ingrata ? Nao encontrou o seu «home* no meu «hotne» uma familia na minha familia? Quan- do se reúne comvosco nao 'nos pertence pela satisfação e pela alegria ? A voz de Rolando tremia e Florence fi- cava pallida. Fechou os olhos e murmurou : —Oh I nao prosiga I —Quer que me cale ? Entretanto nao a ofiendi. Nao, deixe-me fallar, deixe-me con- fessar e mostrar-lhe o meu coraçaq-. Tenho trinta e dois annos, Florence; até.hoje nao sabia o que era amar. Que quer ? A vida foi rude para mim. O homem que n3o tem o seu futuro garantido é um egoísta ou um doido se pensa era, crear familia. No dia em que a fortuna me sorriu, absorveram-me os sonhos de ambição. Eu tinha jurado que pertenceria a uma mu- lher. Esperei por essa mulher durante muito tempo. E quando a encontrei . . . Rolando pegou na m3o de mlle. Sidney, e aquella mão tremia entre as suas. Porem, bruscamente a americana recuou como para fugir-lhe e repetio pela segunda vez. —Oh I cale-se I Rolando queria saber emfim o que tinha a esperar. —Quando a encontrei, continuou elle com ardor, senti-me inteiramente conquistado e dominado. Se a vejo perto de mim, fico tiraido como uma creança receando profanar a sua casti- dade como se receasse murchar um lyrio por lhe tocar . . . —Oh I cale-se I . . . cale-se ... balbu- ciava Florence.I Elle parou, buscando aquelies olhos que fugiam dos seus. —Florence balbuciou ainda algumas pa- lavras; e por fim vencida pela sinceridade d'aquelle amor, deixou pender a cabeça e encostou-a ao bom bro de Rolando. —Foi assim qus elles se comprehenderam. Ella sem ter a que responder. Durante al- guns minutos, deixarám-se ficar silenciosos, olhando-se e lendo mil proraessas nos seus olhos, esmagados pela deliciosa emoção que os invadia. Por fim, Rolando ajoelhou-se e tomando as mãos de Florence disse 1 —Minha mulher . . . quer então ser mi- nha mulher ? A americana soltou um grito como se a despertassem de um sonho encantador; d'um salto fugio para a extremidade do salão, e carnbaleante encostou-se ao piano aberto. A pallidez de Florence transformava-se em lividez; assim, ficou muda, sacudida por es- tremecimentos e por fim disse : —Sua mulher ? Nunca seria sua mulher. Rolando julgava sonhar. Pois que ! era ella que lhe respondia aquillo, ella, que cin- co minutos antes partilhava a sua perturba- çao! —Então repelle-me. . . recusa-me ? bal- buciou elle. Florence fez um ultimo esforço e respon- deu : —Sim. Rolando escondeu o rosto entre as m3os ardentes. Queria ser senhor de si, abafar aquella revolta de todo o seu ser. —Foi miss Florense que me respondeu ou ... ou foi a outra "> Ha em si duas mulheres, uma cujos olhos me dizem : «-—Ama-me; eu te amo ...» outra cuja voz responde; «Nunca será meu marido! » Quem é a se nhora ? Nao a comprehendo! Eu que a res- peito e adoro nao quero julgal-a. Mas julgue-se por si! Porque me enga- nou tanto tempo ? Eu nao escondia os sentimentos que me inspirava. O meu amor ... Ah! o meu amor via-se nos meus olhos, ouvia-se nas mi- nhas palavras 1 Devia ter-me dito que nao era livre . . . e entretanto vi-a ha pouco tremula . . . E' impossível que estivesse representando uma comedia abominável! Florence, ama- me ? Sim ou nao ? Ella parecia soffrer horrivelmente; o seu rosto bianco estremeceu e murmurou: —Nao . . . nao o amo! . . . Rolando reprirnio os soluços que subiam do seu coração aos lábios e fugio desespera- do. Ao vel-o partir, Florence fez um movi- menlo para o prender; depois sem se poder conterjá sem forças, caiu de joelhos sobre o tapete. Chorava a pobre menina sentindo bem que era. a sua felicidade que fugia por aquella porta entreaberta. Rolando ia desprezal-a, odial-a. O seu odio... vá; mas o sou desprezo ? (4 wk!>). -V-V-- ' '^•i^rr^tt ''r**tf. . ,'lllliSMjlIJI '¦jd n v

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ÍSSIGH1TUR1SPARA A AMAZÔNIA

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Semestre 20Í000Anno 381000

NUMERO AVULSO DO DIA 120 RS.NUMERO ATRASADO . . . 50O »

SEGUNDA-FEIRA, 17 de Agosto de 1896Morre gm Londres Odorico Mendes, genial posta do Vircilio Brasileiio (1864)

Anno Num. 230Recebem-se publicações até as 8 horas da noite.

Palavras a Cecy

Cecy, onde está a tua ballata,aquella divina amphora de doçurasque vibram lamartinianamente, aquel-Ias vibrações que adoçam e adormen-tara como os filtros das velhas fadas,onde está ella, Cecy ó alma pura comoo aroma das mattas virgens, alma mys-tica e adamantina como as almas dassantas?

Que ella te venha hoje á flor doslábios, ella, a feiticeira canção dos teusamores de anjo, ella, a sonata, que tan-to realce dá a tua belleza e a tua can-dura, ó Cecy dos olhos azues comoesses trechos de céo vesperal que searqueiam, melaneholicamente doces e¦suggéstivos, por sobre as florestas danossa terra!

Da tua bocca mais uma vez se de-bulhem agora, lúcidas e consolativas,essas pérolas maviosas, esses favos.musicaes, esse hydromel celestial emágico, que desde Março de 1870amenisa e enleva a briosa geração dasalmas para as quaes o amor é uma au-rora perenne, uma intérmina prima-vera em flor!

Canta, Cecy!A tua voz vale todas aa sympho-

nias das nossas aves, todas as harmo-nias da nossa virgem natureza.

:/•' Talvez—quem sabe?—que essasnotas que outr'ora derramavas no seioolente das noites enluaradas, sobrasirradiações sideraes de um céo inspi-rador, operassem o milagre, fizessem

^y^e impotência,' acaba de 'declarariifipòssiveL para sempre impossível!

Canta, Cecy, canta!E que as tuas melodias unctuosas,

rescendentes a dhulias, ás vezes cal-mas e piedosas como uma prece, soempelos reductos d'aquella organisaçaoépica onde já não mais se accendraroas energias heróicas e os estímulosvictoriosos!

Eo gigante moribundo, ainda n'umsorriso de ineffavel gratidão, descer-rara certamente para ti aquelies la-bios que a agonia começa a desmaiarcom os seus beijos de gelo e de fel!

Arte, que a fatalidade em breve de-porá do augusto throno que o gêniolhe construíra na alma dos que sen-tem e dos que vibram passionalmente!

Canta, canta, Cecy!Pará.

J0A0 Dl! DEUS DO REGO.

A ESTAÇÃO e outros jornaes de modas,e quaesquér revistas naeionaes ou extrangei-ras, assignam-se na livraria commercial—Rua Conselheiro JoSo Alfredo, n.° 12. 2

COELHO NETTO A PORTUGAL

No banquete que os amigos e admirado-res do dr. Assis Brasil lhe offereceram noCasino Fluminense, no pretérito mez de Ju-lho, proferiu o notável escriptor e brilhanteestylista brasileiro Coelho Netto o seguintebellissimo discurso sobre Portugal:

Exms. srs.—O brinde que tenho de fazer,em phrase sóbria, deve referir-se aos doiselos fortes que ligam tradicionalmente Por-tugal e Brazil—o braço e o espirito, mas asminhas palavras estão para a grandeza doassumpto como gottas d'agua para a immen-sidâo do oceano.

Nao cabem na estreiteza d'um valle aságuas assoberdadas d'um caudaloso rio quevem rolando beneficentemente, desde osnossos primeiros momentos históricos, pelosolo verde e fértil da Pátria—rio humano quetrouxe de roldão ás nossas praias selvagens—a arvore do Calvário, que produz os fruetosda Misericórdia, a primeira lei e o primeiroaltar.

Falar-vos do colono portuguez ê, por assimdizer, recapitular a vida no Brasil—é vir domomento do desencanto, qmando as galéssurgiram pilotadas pela providencia, dianteda grande terra vestida de verde, enfeitadade sol, até a hora agoniada do abandono dossolitários que tiveram como presidio um mun-

ue a sciencia n'nm doloroso pqnas- do' *2ue tiveram P01" menagemas embrenha-ue a. sciencia, n um aoiorosc»espas-^^^tasr .o^aMpaj ^3*6*7-05- monteshispidos, os rios largos, mares e céos; é lem-brar-vos as primeiras marchas dos serta-nistas, á conquista da natureza, luetandocom a fera, com o homem, com a selva, coma água e com o pavor, na solidão casta d'ummundo virgem; é falar-vos das missões evan-gelicas, mostrando-vos, ao mesmo tempo, acaiçara da primeira aldeia e a torre da pri-meira ermida; mas n3o tornemos a tao re-moto passado.

D'onde vimos nós com a alma dilatada,cantando fervorosos hymnos? vimos da Es-cravidao, d'esse peroido de lueto, que o pro-prio homem escolhido para o soffrimento otrazia na pelle, como se Deus o tivesse mar-cado desde o Berço para a dolorosa missãoque lhe estava reservada.

A terra, emquanto os filhos do Nilo, lododo rio santo, fecundavam-n'a, era propicia efértil; mas a Grande Luz, espalhando-se pe-Ias senzalas, seccando a lagrima, que era arega e o sangue era o adubo, tornou-o agres-te como nos primeiros dias. A selva originaljá teria reconquistado o seu terreno, se naosaisse a combatel-a, nao mais o captivo—ohomem-braço, mas o colono—o homem am-biçao, o rústico que deixa o vinhal murchoda sua aldeia e vem arar o campo da Ame-rica, onde a Primavera mora. ^

A lueta, posto que fácil pareça nesta refgiao feracissima, é das mais difficeis e peno-sas—é a campanha contra a seiva que pro-dúzia os assombros nas Idades Primeiras. Arega do Sol que se derrama copiosamentecresta a sementeira e mirra o terreno—cum-pre fazer com que seus raios trabalhem fe-cundamente e nao assoladoramente e o co-lono assim procede e com alegria—do seucasal sahem para os campos as cantilenas eentre as culturas começa agoia a bucólicaabafando os derradeiros cchos da monodianegra.

Na cidade, a colônia é o commercio, é aindustria, é a vida activa na terra e nos ma-res e, quer á beira da matta, quer sob as te-lhas urbanas, o colono implanta-se na pátriapelo amor, constituindo a familia—-e a arvo-

Pobre Carlos Gomes! Illustre e re-signado martyr! Procura ouvir aindanas amplitudes do teu ideal a incom-paravel ballata, onde deixaste toda aessência do teu carinhoso sentir etoda a seiva affectiva do teu gênio.

Ella te illuminará com harmoniaspreclaras, com excelsos accordes, atreva apavorante e formidável que tecerca, convertendo em radiosos epini-cios, em triumphantes cânticos de glo-ria, esse De-Profundis aterrador einexorável que te está entoando aMorte, a nefanda e consoladora em-baixatriz das sombrias plagas do an-niquilamento ultimo.

Canta, canta, Cecy!A tua ballata deve ser hoje o hym-

nO funerário do velho príncipe da

re transplantada dá sombra e frueto no ter-reno extranho.

Que tem elle feito, o colono ? qual é a obrad'esse extrangeiro que é o nosso irmão—é ocelleiro farto, é a escola, é o hospital, é otemplo e mesmo, n'um momento, soffrendocomnosco, sahio a pelejar á sombra d'azaverde louro do nosso pavilhão.

A arvore genealogica da familia brasileiratem, como semente, o luzitano, tritao naságuas, centauro nos campos, fiel á lei e á suacrença e aos ramos nao fica bem revoltarem-se contra as raizes d'onde brotaram, nem noslustraria, em tempos tao claros e justos, oprocedimento ingrato que tivaram os de Car-thago contra os que lhes defenderam os mu-ros da cidade.

O sangue humano, depois da primeira re-dempçao sobre as águas, decorre do coraçãode Noé—é o mesmo nas veias do bárbaro enas do homem civilisado e porque havemosnós de accender a revolta ridícula d'umagotta contra o estuário universal ? A huma-nidade é uma grande familia acolhida sob atenda azul de Deus, que é o céo : o princi-pio da constituição universal, da paz, é a fra-ternidade humana. Amemo-nos.

Para a ligação espiritual temos o elo in-destructivel da lingua sonora e rica, que éuma doce e correntia ribeira derivada dafonte clássica que cantava á sombra das col-linas de Roma, na qual se foram abeberar asmusas immortaes de Ovidio e de Virgílio.

Em Portugal, nos tempos modernos, quan-tos mestres a tem polido, limpando, por assimdizer, o leito da corrente para que flua lim-pida e serena essa encantadora herança que,passando por entre as margens do tempo,nos vem edntando os feitos dos maiores erecitando epinicios e eglogas, estrophes deepopêas e quadras meigas de idylios.

Herculano, o solitário de Vai de Lobos, ohomem da natureza e da simplicidade, ami-go do camponio, asylado na paz rural á som-bra dos velhos carvalhos, dá-lhe uma vez aexpressão piedosa d'uma prece quando pedepelas freiras de Lorv3o unge-a d'um espiritoprophetico, n'um pamphleto que parece virdo velho tempo bíblico annunciador e lasti-moso, gemendo e sobre o descalabro da Pa-tria, torna-a sóbria e forte na Historia e ame-nisa-a na lyrica. A linguagem do stoico éaustera e grave, nao tem grandes ardores, éde escassos ornamentos exprimindo bem oestado d.'_alma dp misanthrnpo -z,z ssreMtia-de do meio de silencio e virtude em que vi-via.

Vejamol-a tratada pela penna amável deJúlio Diniz; canta eexhala fragrantemente—é toda idéa e sentimento. Nos períodos haum fresco e perenne murmúrio d'aguas, umdoce zumbir de abelhas, echos melancólicosde cantilenas, luz branda de soes de outono,alvos luares e as figuras que passam tao sim-pies, tao humildes, tao felizes na passagemtêm uma tal expressão de realidade que,lendo os seus livros, cuida a gente estar emtransporte levada pelo seu período, nas re-pousadas aldeias, acolhida sob os ramos al-tos dos castanheiros, ouvindo melros e coto-vias. A linguagem do campesino apparece-nos como uma pastora.

Quental, o poeta-philosopho, torna-a dis-creta e pensadora, dá-lhe azas e faz comque elle ascenda ás regiões altíssimas doabsoluto, concentra-a e os seus sonetos de-correm lentamente, recolhidamente carrega-dos de duvidas, a caminho do Mysterio. Vedea sua expressão como é perfeitamente a suaalma—nem um termo demais, sao todos osnecessários e sombrios.

João de Deus, o cândido, rimando senti-mentos, abeberando a musa no próprio cora-çao dá-lhes simpleza e naturalidade. Olivei-ra Martins, o incansável trabalhador que ex-piorou todas as províncias do saber humanocom rara felicidade, revestindo toda às scien-cias d'uma fôrma amena e grandiosa porvezes, até que, n'um assomo de amor pátrio,abeirou-se dos túmulos* dos grandes patriar-chás da gloria portugueza e invocou-os, tra-zendo-os á vida nas paginas lapídarias dosseus livros, que sao outros tantos monüy^n-tos erigidos a Portugal e á lingua portugueza,deu-lhe todos os tons e todas as cores.

Ortigao, o touriste, deu-lhe a alegria salti-tante d'uma faceira rapariga estroina, insa-ciada de maravilhas, correndo sempre aonovo e contando garraula e pittorescamenteo que viu pelo mundo, o que assitio, quantogosou, as decepções que teve, sempre comum sorriso irônico nos lábios. Eça de Quei-

roz, finalmente, o Cellini. Para os que têm,como eu, um grande amor á forma é esse osenhor do sceptro da litteratura portuguezaactual. Nunca a lingua portugueza teve tantamelodia, tanta frescura, tanto colorido, tantaprecisão como sahindo da penna magnificadesse maravilhoso artista.

Cada um dos seus livros é um modelo per-feito de composição, cada um dos seus pe-riodos é um diamante de lapidação tortura-da e as suas paginas, d'um desusado brilho,offuscam muitas vezes, fazendo com que aacçSo desappareça sob a claridade irradian-te da fôrma.

O seu poder descriptivo assombra e leva áillusao da verdade. O sol que elle nos mos-tra ganhando o céo arde e allumia, a sua pai-sagem tem murmúrios d'arvores e prantosdaguas, ouve-se o<canto do pastor, ouve-seo balar da ovelha, sente-se o aroma dos fe-nos frescos e«.vê-se*ir subindo do tecto baixodo casal o fino fio do fumo do fogão domes-tico. As suas tardes cahem melancolicamen-te e a vida no campo, como na cidade, passan'um flagrante de verdade paginas a fôra,triumphalmente levadas ao rythmo da fôrmaaltíssima e poderosíssima do mestre inimita-vel.• Esse é o perfeito artista e brindando-o,brindo nelle toda a arte nova de Portugal,tao querida do Brasil, nio esquecendo a im-prensa, que é o ninho d'onde saem, para glo-ria das litteraturas e do mundo, os principesda palavra.

PELO EXTRANGEIRO

Safra bovina

Sob esta epigraphe, encontramos no Echodo Sul, que se publica na cidade do Rio-Grande, de 11 do passado, a seguinte noti-cia:

«Até 4 do corrente as xarqueadas de Mon-tevidéo e Passo dos Touros tinham abatido293.727 rezes (sendo 100 no referido dia, emque nas tabladas foram pagos os preços de13 a iól[2 pesos por novilho) contra 376.825na mesma data dc 1895 e 391.280 na de1894.

O resumo das mari >^nas xarqueu.dasdo kio da .Trata e KicJUrande do Sul até 30> de Tuntio .de.^896 jjMi&ã nos stguintae ter-mos" por uma rctta fflff Montevidéo:porXarqueadas Cabeças •

Montevidéo 291.178Rio Uruguay 432.200Buenos-AiresRios Argentinos . ,

Total do Rio da PrataRio-Grande do Sul .

206.400242.000

1.171.778115.000

Total geral 1.386.778D'este numero'foram applicadas:

A xarque 1.113.278A extractos. 273-5oo

A existência de xarque do Rio da Prataem 30 de Junho ultimo era a seguinte, se-gundo calculo publicado pela mesma folhaacima alludida:

QuintaesBuenos-Aires 115.000Entre-Rios 140.000Montevidéo e Passo dos Touros 110.000Uruguay 127.500

Total 492.500Do Rio da Prata a exportação de xarque

na 2,a quinzena de Julho elevou-se a . . . .4.023.400 kilos e foi toda para o Brasil (por-tos de Rio, Bahia e Pernambuco), em 9 va-pores e 1 navio de vela.

Para Cuba ficava carregando 188.600 kilosum navio.

Por telegrammas recebidos no Rio da Pra-ta, sabe-se que no dia 4 havia em depositona Bahia 3.000.000 kilos de xarque, d'esteF"'';$p. e do Prata, cotando-se de 540 a 630e à6«awdo-ss o msreado calmo».

A Singer Vibrante é a me-lhor machina de costura do mundo, por ser amaissimples e silenciosa.

ALLEMANHA:

O Tageblall, de Berlim, applaudc a re-solução do governo, de fazer-se represen-tar na exposição de Paris de 1900.

Diz confiar em que será uma novavictoria para a industria allema, e externaa opinião de que a França, com essa ex-posição, dá á Europa inteira uma garantiade paz.—Causou impressão em Berlim a demis-silo do Ministro do Commercio o da In-dustria sr. M. A. de Berlepsch. Essa reti-rada era prevista. O ministro havia toma-do uma attitude desdenhosa com os con-servadores, por causa de uma moção semimportância apresentada por um dos mem-bros d'esse partido.

Convém tambem notar que, desde a suaentrada para o ministério prussiano, o sr.de Berlepsch destacou-sc por grande acti-vidade reformadora 110 domínio social.

Propoz projectos de lei relativos á refor-ma das Câmaras de Commercio. Partida-rio da diminuição das horas de trabalho,apresentou um projecto de lei ordenandoo fechamento das lojas depois das oitohoras da noite. N'esse ponto encontrouviva opposiçao da parte do chanceller doimpério, o principe Hohcnlohe, tambempartidário das reformas, mas mais mode-rado na acçSo e mais cuidadoso do queseu collega em poupar as transições erespeitar os direitos e usos adquiridos.

A retirada do Sr. Berlepsch indica novaorientação do governo.—Oflereceram mais de uma phase inte-ressante os debates que terminaram noReichstag, sobre a questão matrimonial.Os socialistas queriam que a mulher naopudesse se casar antes da idade de 20annos, o que foi repellido. Pediram e obti-veram que o consentimento do pai, nocasamento, nao fosse mais necessário, des-de que o filho ou filha tivesse chegado ásua maior idade. Queriam que a mulhercasada pudesse administrar por si os seusbens. Nao conseguiram fazer adoptar esseprincipio na lei; tambem naufragaram natentativa que fizeram para a admissão dedivorcio por simples declaraçUc-^de pedidode-í" *çlto dos ccánjugues. .;*J

Sfssão apressada ^lo- " $ código¦-'"T""^'*.''"'"" "-««n

dei-xat*^ A ^níatr Jau-blica, b^*. Agos artigos,os juriscoh.-,.. Ja. opinião em

presoeleito

de

tou ao imperador o boch habitual. O de-putado socialista conservou-se sentado.Muitos deputados gritaram: Fora o gros-seiro.

—O socialista Kuners, que furano meio do periodo eleitoral, foideputado por Halls, com a maioriaS.000 votos.

—A's sete horas da tardo de 30 deJulho, rebentou um grande incêndio noarsenal de Devant-les-Ponts, de Metz, eás sete horas e tres quartos deu-se umaexplosío, que destruio parcialmente o ar-senal, ficando mortas algumas pessoas eferidas gravemente muitas outras.

O fogo manifestou-se em um tèlheiro,que continha foguetes duplos. Em ioda doedifício havia muitos curiosos, quando umofficial os avisou de que o tellíeiro conti-nha foguetes. Immediatamente deu-se umaexplosão formidável, que arrombou o te-lheiro, arremessando sobre os bombeiros,soldados e curiosos, uma chuva de fogue-tes, estilhaços de ferro e tijolos. Averi-guou-se já terem ficado mortos 5 homens,sendo 2 bombeiros civis e 3 militares, eferidas umas 30 pessoas, das quaes 8 gra-vemente.

—Os jornaes berlinezes atacam violen-tamente o marquez di Rudini, presidentedo Conselho de Ministros da Itália, por-que na recente discussão do orçamento doministério dos Negócios Extrangeiros, fal-lou de modificações da tríplice alliançasem ser prevenida a Allemanha.

—A fabrica de Lowei recebeu uma en-commcnda de 60.000 espingardas e outrasarmas de guerra para o Transvaal. Asse-gura-se tambem que um neto do presi-dente Kruger, que é esperado próxima-mente em Berlim, fará outras encom-mendas.

revistas, sobre essu- pie. unificação dodireito allemao, que naj constituirá sem-pre um progresso; a grande

"massa popu-lar, porém, pouco se interessa com uma

obra legislativa que mesme nao é actual,pois que o novo código nao entrará emvigor antes de 1900.

—Tem sido muito commentado nas ro-das militares allemás, um artigo do gene-ral Lesczniski, relativamente ao serviço dedois^ annos. O general refuta a opinião dospartidários de um exercito pouco nume-roso, mas bem disciplinado. Declara-seabsolutamente em favor dos exércitos nu-raerosos.

O general reconhece que, sob o pontode vista militar, era certamente melhorguardar o soldado tres annos sob a ban-deira; mas como o orçamento nao fornecerecursos suficientes, fica para o lado umamassa de cidadãos. E' um grave inconve-niente. Para remedial-o seria necessárioadoptar o serviço de dois annos. Esta me-dida é quasi uma necessidade para a Alie-manha.

—O chanceller do império pronunciou,no dia 2 de Julho, o adiamento do Reichs-tag para o dia 10 de Novembro. Expri-mlu, em nome do imperador e dos gover-nos confederados, os seus agradecimentosá assembléa pelo zelo extraordinário comque discutio o projecto do código civil.Declarou que a unidade judiciaria ajun-tava novo laço aos que unem a nação eaugmentava o prestigio da Allemanha noexterior. Os socialisias, á excepçao de umsó, deixaram a sala para nio assistirem aoboch tradicional erguido em honra do im-perador,

0 presidente agradeceu ao chanceller eaos membros do Reichstag, que se levan-taram. N'essa oceasião o presidente levan-

Vingança... fidalgaPela noite fria, a estrada escura

alongava-se silente, interminável._ No meio da estrada avançava a

zig-zags, lentamente, o vulto de um ho-mem, amnaando-se ás columnas dospórticos, aos eneontrõe3 ás paredes eás portas.

Por cima da minha cabeça, á ja-nella, espiava-o anciosamente uma ra-panga....—Eli! stenhor, por favor diga aquellehomem—è com a mão indicava-me obebedo—que volte ^ara casa ... sesoubesse . . . é meu mando .. . temosquatro filhos ... se não se recolhe. ..calcule . . . passará a noite pelos bt ,">deis .. . hoje é* sabbado e ...

Aquella voz implorava, desolada,plangente! . . .

Cheguei-me ao pé do bebedo e ten-tei: rio-me na cara, encolheu os hom-bros e ficou gesticulando, a falar comsua sombra projectada por um Iam-peito sobre a parede de uma casa.

Da janella partia um soluço: eraa impotência de uma mãe previdenteque sabia que 110 dia seguinte os seusfilhos não teriam pão.

* *Sabes em que pensei então, desde-

nhosa rapariga, que me rèpelles?N'um marido igual que te coubesse

em sorte!ETTOKE ALIIIXEIXT.

A tríplice alliançaNao mantém a paz na Europa, que amea-

ça conflagração.( O poderoso depurativo Pílulas de Pião, po-rém, garante a cura das moléstias da pelle.Deposito

DROGARIA NAZARKTH

Folhetim da Folha do NortQ-17-8-96

COUSAS DA VIDAFOR

ALBERT DELPIT

Segunda parte..,//« coupable. peut Hre indifferettt

aprh le crime, quanl à Ia nature epou-vantable de Vacte, Accompli dans un mo*tnent ou Vagent etait hors de lui, Vacten*est pas plus son acte à lui, quo sa con-vulsion n'est un effet de Ia volante...

H. MAUDSLEY.

0 AMOR

IV—CONTINUAÇÃO—

Todas as tardes chegava decidido a to-mar-lhe a mao e dizer: «—Amo-a . .. Querser minha mulher? E por fim calava-secheio de invencível timidez.

• Aquelle homem de coração virgem, nuncaamara e o amor parecia-lhe um soberano

temível. Comprehendeo que Florence o es-timava e apreciava.

Mas tambem ás vezes, ella se mostravatao fria e silenciosa, que parecia abrir umabysmo entre elles.

Como Alice guardava segredo sobre oque lhe contara a americana, Rolando igno-rava os motivos do seu exquisito procedi-mento. «—Extraordinária rapariga I pensavaelle. A mais refinada namoradeira nao fariatanto, e no fim de contas ella nao é uma le-viana. Os seus olhos sao puros e os seusmodos sao francos. Ella já percebeu o meuamor e entretanto ás vezes parece odiar-me,com receio que eu me declare . . . :>

N'esse dia Rolando saio a pé depois doalmoço. Como de costume foi até Passy im-paciente como um collegial.

Encontrou Florence a ler: o seu lúcidorosto illuminou-se ao avistar o seu amigo.

—Que amabilidade a sua em vir tao cedo Iexclamou ella.

—Então, nao me torno aborrecido ?—Quer um cumprimento ? pois achou-se

enganado! Deixe-me porem agradecer assuas lindas flores. Chegaram de Nice estamanha. Veja como estão frescas e perfuma-das!

Flores, eram os únicos presentes que Ro-lando ousava offerecer-lhe.

Duas. pu tres vezes por semana, um jardi-

neiro de Nice enviava a mlle. Sidney o seuramo.

Para attenuar a incorrecçao dos presentesde um rapaz solteiro a uma senhora, Alicedizia-se sócia nos pequenos mimos.

—Nem o senhor nem sua irmã imaginamo prazer que me dão com tanta gentileza Idisse ella com a sua voz harmoniosa. E' taobom ser amada I

E eu que sou só no mundo . . .Rolando sentara-se junto d'ella; ao ouvir

aquellas palavras sentio bater com força ocoração.

—Só no mundo, miss Florence ? E' entãocega ou ingrata ?

Nao encontrou o seu «home* no meu«hotne» uma familia na minha familia? Quan-do se reúne comvosco nao 'nos pertence pelasatisfação e pela alegria ?

A voz de Rolando tremia e Florence fi-cava pallida. Fechou os olhos e murmurou :

—Oh I nao prosiga I—Quer que me cale ? Entretanto nao a

ofiendi. Nao, deixe-me fallar, deixe-me con-fessar e mostrar-lhe o meu coraçaq-. Tenhotrinta e dois annos, Florence; até.hoje naosabia o que era amar.

Que quer ? A vida foi rude para mim. Ohomem que n3o tem o seu futuro garantidoé um egoísta ou um doido se pensa era, crearfamilia. No dia em que a fortuna me sorriu,

absorveram-me os sonhos de ambição. Eutinha jurado que só pertenceria a uma mu-lher. Esperei por essa mulher durante muitotempo. E quando a encontrei . . .

Rolando pegou na m3o de mlle. Sidney, eaquella mão tremia entre as suas.

Porem, bruscamente a americana recuoucomo para fugir-lhe e repetio pela segundavez.

—Oh I cale-se IRolando queria saber emfim o que tinha

a esperar.—Quando a encontrei, continuou elle com

ardor, senti-me inteiramente conquistado edominado.

Se a vejo perto de mim, fico tiraido comouma creança receando profanar a sua casti-dade como se receasse murchar um lyrio sópor lhe tocar . . .

—Oh I cale-se I . . . cale-se ... balbu-ciava Florence. I

Elle parou, buscando aquelies olhos quefugiam dos seus.—Florence balbuciou ainda algumas pa-

lavras; e por fim vencida pela sinceridaded'aquelle amor, deixou pender a cabeça eencostou-a ao bom bro de Rolando.

—Foi assim qus elles se comprehenderam.Ella sem ter a que responder. Durante al-

guns minutos, deixarám-se ficar silenciosos,olhando-se e lendo mil proraessas nos seus

olhos, esmagados pela deliciosa emoção queos invadia. Por fim, Rolando ajoelhou-se etomando as mãos de Florence disse 1

—Minha mulher . . . quer então ser mi-nha mulher ?

A americana soltou um grito como se adespertassem de um sonho encantador; d'umsalto fugio para a extremidade do salão, ecarnbaleante encostou-se ao piano aberto. Apallidez de Florence transformava-se emlividez; assim, ficou muda, sacudida por es-tremecimentos e por fim disse :

—Sua mulher ?Nunca seria sua mulher.Rolando julgava sonhar. Pois que ! era

ella que lhe respondia aquillo, ella, que cin-co minutos antes partilhava a sua perturba-çao!—Então repelle-me. . . recusa-me ? bal-buciou elle.

Florence fez um ultimo esforço e respon-deu :

—Sim.Rolando escondeu o rosto entre as m3os

ardentes. Queria ser senhor de si, abafaraquella revolta de todo o seu ser.

—Foi miss Florense que me respondeuou ... ou foi a outra >

Ha em si duas mulheres, uma cujos olhosme dizem : «-—Ama-me; eu te amo ...»outra cuja voz responde;

«Nunca será meu marido! » Quem é a senhora ? Nao a comprehendo! Eu que a res-peito e adoro nao quero julgal-a.Mas julgue-se por si! Porque me enga-nou tanto tempo ?

Eu nao escondia os sentimentos que meinspirava. O meu amor ... Ah! o meuamor via-se nos meus olhos, ouvia-se nas mi-nhas palavras 1

Devia ter-me dito que nao era livre . . .e entretanto vi-a ha pouco tremula . . .

E' impossível que estivesse representandouma comedia abominável! Florence, ama-me ? Sim ou nao ?

Ella parecia soffrer horrivelmente; o seurosto bianco estremeceu e murmurou:

—Nao . . . nao o amo! . . .Rolando reprirnio os soluços que subiam

do seu coração aos lábios e fugio desespera-do. Ao vel-o partir, Florence fez um movi-menlo para o prender; depois sem se poderconterjá sem forças, caiu de joelhos sobre otapete.

Chorava a pobre menina sentindo bemque era. a sua felicidade que fugia por aquellaporta entreaberta.

Rolando ia desprezal-a, odial-a. O seuodio... vá; mas o sou desprezo ?

(4 wk!>).

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Folha do Norte —17 de Agosto de 1896

issos teleNoticias do paiz

Itio, 15 dc agosto. (Exp,--didos ds 11 da noite, recebidos viaWestern ds 3 h. 30' da manhã deie.)'

A policia do Districto Federal in-timou os promotores de um meeiingannunciado para hoje no local fron-teiro ao quartel general, contra o pro-tocollo italiano, a níío effectuarem talcomicio, visivelmente sedicioso, sendoevidente o empenho dos agitadoresem auxiliarem os oradores da Cama-

-ra, que por politicagem debateram aquestão por termos inconvenientes, pro-curando explorar o exercito, já invo-cado pela Gazeta da Tarde para sal-var a honra nacional.

E' esperada com anciedade a se-gunda discussão do protocollo das re-clamações italianas, na Câmara, cons-tando que n'ella falarão os deputadosEduardo Ramos, Alcindo Guanabara,Leovegildo Filgueiras, Enéas Martins,Bellisario de Sousa, Alberto Torres,Cincinato Braga e Benedicto Valia-dares.

O almirante Eliziario Barbosa, mi-nistro da marinha está providencian-do no sentido de serem severamentepunidos o guarda-marinha Pina Ju-nior e o capitão-tenente Lopes daCruz, pelo aeto de indisciplina d'estesii'uma questão levantada a bordo docruzador Benjamin Con-stant, quandonas águas do Pará, a propósito debrindes feitos a Saldanha da Gama eJeronymo Gonçalves.

Gravíssimas desordens provocadaspor partidos deram-se na villa deNioac, em Matto Grosso.

Os grupos adversos travaram luctaarmada, dando-se dois mortíferos com-bates.

Affirmam de Cuyabá que o gover-no estadual acha-se impotente parasuffocar as desordens, reprimindo oscrimes praticados pelos mais exaltadosdos combatentes, que dispõem de ele-mentos para a continução dii, meta in-testina.

Em tal conjuntura, pedio a inter-venção do governo federal, que agiráno sentido de restabelecer a ordem.

cambio:A taxa cambial do dia fechou a

9 _i8 d. sobre Londres.

Rio, 16.E' possivel que a questão do pro-

tocollo italo-brasileiro dê origem agrandes acontecimentos.

Sobre o melindroso assumpto pai-ram no espirito publico sérias appre-hensues.

O capitão-tenente Pedro Paulo deOliveira Santos foi nomeado ajudan-te do inspector do Arsenal de Mari-nha do Pará.

O Diário Official da Republicaestampou, hoje circumatanciadas de-clarações do governo a propósito dasnegociações terminadas do protocolloitaliano.

A leitura das peças officiaes causouexcellente impressão, e por ellas se vêqne o aeto do dr. Carlos de Carvalhoé plenamente justificado.

Ao commandante Rufino Luiz Ta-vares, lente da Escola de machinistasdo Pará, foram conferidos pelo minis-terio da marinha quatro mezes de li-cença.

Noticias do extrangeiro

Rio, 16 de agosto. (Expe-didos ás 11 da noite, recebidos viaWertern ás 3 h, 30' da manhã de16.)

Annunciam de Suakin que Mene-lik protege os derviches, prestando-lhes auxilios contra os inglezes, comos quaes esperam elles travar n'estesdias um grande combate,

Dizem de Lima que acha-se bas-tante doente o general Pierola.

Accrescentam que ha sério desac-cordo entre o poder executivo e oCongresso peruano.

AvulsoBreves, 16 de agosto.Os paraenses residentes n'esta ci-

dade reunidos em banquete comme-morativo da adhesão do Pará á inde-pendência do Brazil, saúdam o activopatriota dr. Lauro Sodré.—Amadoda Silva, Percorio Corrêa, Mam-miliano Lopes, Avelino de Freitas,Lauro Mendes.

Loterias importantes

16:000$000 e 12:000^000

Amanha serão extrahidas as seguintes im-portantes loterias :

Federal—M—8a sorte grande.i6:ooo$ooo por 48000.

Rio-Grande—7a serie de Plano E.Sorte i2:oooSooo por 2S000.

Na popular Agencia de Moura Ferro &C.a ha esplendidos números expostos ávenda.

BOÜQÜET PARAENSENOVAS PHOTOGRAPHÍAS NOS CIGARROS

Peret & Comp.RUA PADRE PRUDENCIO, N.° 5

(antiga da Trindade )

JORNAL DOS ESTADOS

BAHIA:

Na matriz da Penha celebraram-se suf-fragios por alma do conselheiro Saraiva nodia 21 do passado, i.° anniversario de seupassamento. Foi muito concorrida a solem-nidade.

—Lemos na Boa Nova sob o titulo—Cau-sando sobiesalto :

« No logar Símio, onde residem os nossosassignantes srs. Dyonisio Campos e Manoelde Cerqueira Campos, tem ultimamente ap-parecido um bicho de tamanho crescido, pa-recendo ser bipede, tendo o pello bastantepreto.

;<O animal apparece somente de noite, e,como era de esperar, tem originado o sobre-salto das pessoas ali moradoras.

«Ha dias, o sr. Manoel Campos ia sendovictima, livrando-se da morte devido ao au-xilio que na situação afflictiva em que seachara prestou-lhe seu irmão o sr. Dyonisio,o qual, devidamente armado poude afugen-tar o terrível inimigo. »

—A mesma folha publica nma carta rece-bida do Sururú relatando que a populaçãodaquella localidade vive impressionada como contagio Ia hydrophobia.

O casy j que no sitio de S. G: noengenho, ' wai d. I*.osa, uma ncpois dpJ •

^bastante, A ..> uonovelha, que fóV ,. J pastoser logo morto .....endido logopor qualquer preçt, . -

Se a baba de umVesses animaes cahe so-bre uma pessoa; esta para logo se vê aban-donada até pelos seus parentes, até que sepurgue do mal, passando ondas.

—Foi mettido no asylo de S. João de Deus,o indivíduo de nome Jeronymo de Miranda,que se dizia negociante na capital federal, eali está sofTrendo de uma terrível persegui-çao, e que para escapar com vida embarcarano Clyde.

Este infeliz padecente da mania das per-seguições fora preso pela policia no HotelParis.

Constava que em sua companhia viera ummenino, que elle dizia ser seu filho.

—Falleceram: no Remanso, d. PrudênciaMaria Clara da Conceição, sogra do profes-sor Gabino Corrêa e em Joazeiro, victima deferimentos que recebera quando em viagempara sua fazenda Pedrao, o tenente-coronelCustodio Luiz Ferreira.

O finado era influencia política no sertãodeste Estado.

—Por communicaçao do dr. preparadordo termo de Giboia, sabia-se que a cadeiadaquella villa fora arrombada no dia 16 dopassado, evadindo-se três criminos, sendo 2pronunciados.—A policia perseguia activaraente as ca-sas de tavolagem.

—Era anciosamente esperada na capital aCompanhia Lyrica Sansone.

—Era regular o estado sanitário.

Jornalzinho da moda

RIO GRANDE DO NORTE!

doNoticiou o Diário do Natal depassado:

«Hontem ao meio-dia, uma criança dodr. José Paulo Antunes, que pôde ter 13annos de idade, derramou sobre os vesti-dos com que estava, uma garrafa de ke-rozene, e tocou fogo ella própria nas rou-pas, produzindo logo o incêndio: aos gri-tos da victima acudio muita gente, e com-pareceu o subdelegado capitão JoaquimMoreira, que tomou as providencias que ocaso exigia.

Disseram-nos que a infeliz rapariga assimprocedera, levada por desgostos em con-seqüência de uma represenhao que sof-frera.»

—Em Ponta Negra estava grassandohorrorosamente a varíola, havendo umacasa onde se contavam 13 pessoas accom-mettidas do terrível morbo,

—O capitão Antônio Leitão Ferreira ca-sou-se com d. Lina Leienhardt, filha domajor Felippe Leienhardt.

—O inspector do Thesouro do Estado,em observância das ordens que lhe fo-ram expedidas pelo Goxernador do Es-tado, em oflicio de 16 do corrente, sobn. 96, declarou a todos os srs. collectoressubordinados á sua repartição, que, a con-tar de 23 de Julho passado lhes ficavamarcado o prazo de noventa dias (go)para prestarem fiança idônea dos cargosque exercem, de conformidade com oart. 4.0 do reg. n. 16 de 18 de Agosto de1862 e mais disposições em vigor, sobpena de exoneração.

—No dia 24 do passado veio a fallecera criada do dr. José Paulo Martins, aquem atraz nos referimos,

Passa hoje a data do anniversario natali-cio do sr. tenente coronel Antônio SérgioDias da Fontoura, brioso commandante do2.0 corpo de infanteria do Estado, e cava-lheiro assaz estimado em o nosso meio, pelacorrecçao do seu proceder e apreciáveis do-tes que lhe enaltecem o caracter.

A.*.s mãe*Em proveito das mães de familia, declaro

que, tendo sido accommiutidos de coquelu-che dous dos meus netinhos, e, nao colhen-do melhoras com o tratamento medico, dei-lhes o Peitoral de Cambará, de Souza Soa-res, e com quatro frascos deste efficaz reme-dio ficaram completamente restabelecidos.—Maria fosé Rodrigues Barcellos. (Firma re-conhecida). 4

A Siuger Vibrante da dezcontos do ruis a qualquer das suas rivaesque se aproseuto como igual ou melhor.

DE TODA A PARTE

Foi concedida medalha de distineçao del.a classe ao dr. Manuel Antônio de Carva-lho Leite, medico de bordo do vapor nacio-nal Brasil, por haver salvo com risco de vidaum passageiro que tentou suicidar-se, atiran-do-se ao mar, durante uma viagem do mes-mo vapor.

Diz-se que mediante a apresentação de ummilhão de sellos do correio inutilisados, ob-tem-se a entrada de um velho ou de umacriança em um asylo, razão pela qual muitasfamílias guardam cuidadosamente os sellosde toda a correspondência. Que isso é ver-dade, attestam as noticias que se recebem naEuropa sobre as missões do Congo Belga.Monsenhor Artilaer acaba de fundar a su-doeste de Busambo, na margem direita doLiger, um povoado com o producto da ven-da de 40 milhões de sellos.

Um periódico hespanhol publica o resul-tado das experiências de um novo fuzil, in-vento do deputado carlista Llorens.

Segundo o collega, a penetração do fuzilLlorens é de 1.460 milímetros, emquanto quea do Mauser de 720. A velocidade do pto-jectil do fuzil Mauser é de 680 metros; a doLlorens é de 1.055 metros. O Mauser alcan-ça até 2.200 metros e o Llorens alcança 5.145;este pôde disparar 52 tiros por minuto eaquelle somente 40, pesando o projeclil doprimeiro 11 grammas e o do segundo 6.

O professor Langleg, de Washington, dis-se haver descoberto uma machina para voar,que se chamará—aerodromo. A machina éde aço e deve ser movida a vapor. As expe-riencias demonstraram que Langleg foi felizcom sua descoberta,

A Inglaterra conserva preciosamente o Vi-doria, a bordo do qual cahio Nelson na ba-talha de Trafalgar. Mas notoriamente fez

fiasco com o Fulminanit, navio que o celebrealmirante commanii."-^ antes de passar parao Victoria. ''' ,1

Vendeu-o por 350.ÍXDO francos (350 con-tos) a um traficante, q ..' proruelteu aesiiian-rhm a embarcação. Mudou, porem, de idéa4 em vez de demolir o navio gastou mais150000 para o pôr a navegar. Assim que oFulminante se encontrou prompto, o nossohomem mandou-o rebocar para Londres,onde poderá ser visitado a schelling por ca-beca (1.000 réis). Depois será exhibido emKiel, Flessingne, Anvers, Calais, Bolonge,Dieppe e Havre.

O auetor da Aida depositou ha pouco400.000 francos no banco de Milão.

Verdi destina esta somma para a constru-cçao d'um asylo para músicos e auetores dra-maticos que cheguem á velhice sem meios desubsistência.

O Asylo Verdi será construido segundo oplano do architecto Camillo Boito, irmão doinspirado poeta e compositor Arrigo Boito,auetor da opera Mephislopheles e dos libretosdo Othelo e do Falstaff, escriptos expressa-mente para Verdi.

Estes 400.000 francos constituem o pri-meiro desemb pjso feito pelo maestro octoge-nario para a construcçao que ha de ter o seunome glorioso.

O asylo custará I 200:000 francos. Só omobiliário está orçado em 20O.000 francos.

Em um artigo escripto por J. Hqlt Schoo-ling, membro da Royal Statistical Society epublicado no Strand Magazine d'este mez,apparecem alguns dados curiosissimos, entreos quaes os seguintes!

No Reino Unido, durante o anno de 1894,as linhas ferroviárias attingiram uma exten-sao total de 20.908 milhas, ou perto de35.000 kilometros.

O capital empregado nas emprezas dpJfci íno Unido attingiu a cifra de 985 millipe^etanto de libras esterlinas. \

Ha dnis pontos que sao de interesse; uni-versai, a saber: a segurança relativa d'estemodo de viajar e os bons fesültàdos finan-ceiros dos bilhetes barátos!"Dé _3j*-5 a 1894,inclusive, o anno peor foi o dc 1879, cm quese deu o sinistro da ponte do Tay. N'esseanno, de cada 8 11_ milhões de viajantes,morreu um. O anno mais favorável foi o de1891, em que perdeu a vida um passageiropor cada 169 milhões,

JORNAL DO POVO E O CAFÉ BEIRÃO'

«O povo doveter muito cm vista i[\xo as copiasnunca tôm o merecimento tio original, e que só oCa/é Beirão è capaz de debelar as febres sem acar-retar outras complicações orgânicas tao funestas, comoa inflamação do fígado, dos rins, do baço, dos intes-tínos, etc, etc.

«Na verdade, parece uma inspiração do cóu estesanto remédio; pois _ possível que a soiedeia se cou-centrasse no Café Beirão, para produzir uma tal ma-ravilha, quando A sabido quo notáveis pessoas temfeito pululas contra sezões e quo só conseguem es-tragar o organismo dos infelizes doentes sem lhes tiraras febres.

«Gloria ao Rei Popular!»(Jorttaldo Povo, de r/do junho de 1890),

(I—N

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Peret «Sc Comp.RUA PADRE PRUDENCIO, N.° 5

(antiga da Trindade)

A Newf-Home 6 a melhor ms-china conlieoida par» costurai

A municipalidade portenha acaba de pu-blicar o Armário estatístico de Ia ciudadde Bue-nos-Aires ano V 1895, formando um volumein-fol. deCXIX 476 paginas, do qual saoex-trahidos os seguintes dados:

O recenseamento feito a 10 de Maio de1895 verificou pxistir na capital da Republi-ca Argentina 663.854 habitantes, incluindo656 que residem em Martin Garcia, e 7.656da população fluvial.

Comparando o recenseamento de 1895 como de 1887, reconhece-se ura acerescimo de230479 habitantes.

Sao argentinos 318361 e extrangeiros345 493-

Durante o anno nasceram 27.492 crianças,isto é, 14 273 meninos e 13 669 meninas. Le-gitimos 23124, illegitimos.3643, dos quaessó 3 eram tuiiiririas de mai e pai argentinos;inanimadi>s r 175

Celebraram-se 5.402 casamentos civis e3660 religiosos, incluindo n'este algarismoin éfiectuados em igrejas protestantes.

Falleceram 16.122 pessoas.Nos diversos hõspitaes entraram 6.700 ar-

gentinos e 12476 extrangeiros; sairam 5.928argentinos e 10.889 extrangeiros; morreramS10 argentinos e 1 428 extiangeiros.

Nos hóspitaes municipaes foram applica-dos 60 370 banhos frios, 64.057 quentes,43638 inediciiiaes e foiam aviadas 251.531receitas.

Nos asvlos havia a 1 de Janeiro 6.373 or-phaos; entraram durante o anno 4378 argen-tinos, 30.123 extrangeiros; sairam 3.853 ar-gentinos e 29.990 extiangeiros; falleceram648 argentinos e 80 extrangeiros.

O refugio nocturnó municipal asylou 3.209pessoas.

Nos manicômios entraram 578 homens e497 mulheres; sairam curados 157 homens e70 mulheres; sairam em melhores condições132 homens e 158 mulheres; retiraram-sealienados 6 homens e 20 mulheres; fugiram73 homens e 7 mulheres; morreram 148 ho-mens e 86 mulheres; ficaram em tratamento932 homens e 742 mulheres.

A vaccina anti-rabica foi applicada a 295pessoas; e a contra a varíola a 174 334.

Houve 308 cremações.Na inspecção hygienica da prostituição fo-

ram praticados 35653 exames e em virtudedos mesmos, reineltidas para o sifilicomio,632 mulheres.

Quanto ao movimento criminal verifica-seque em 1895 houve em Buenos-Aires 4.553,assim classificados, conforme a sua natureza:delictos contra as pessoas, 1.949; contra apropriedade particular, 2.305; contra a ho-nestidade, 10; contra a ordem publica e pe-culiares a empregados públicos 1289.

Pertenciam á nacionalidade argentina1.453, e eram extrangeiros 2.444.

Ha em Buenos-Aires 9 compalihias de car-ris urbanos, percoriendo 382 50okilometros;dispondo de 3.8.17 empregados, 1543 bonds e8 497 animaes. Os carros eífectuaram . . . .2215,969 viagens e transportaranji 84 991.868passageiros.

As bibliothecas officiaes e populares foramfreqüentadas por 29 668; e as escolas prima-rias por 38260 crianças; as de instrucçãonormal por 1.353; e as de instrucção superiorpor 1.820.

Chapéus de «oi e toeiiga-Ias, a excentricirl ide elevada ao mais altograu, taes «riii,, s gostos destes objectos, ven-dem-se na casa iuiiiana, rua de Santo An-tonio, n. 29.

ggjgiljggPALESTRAS UTEIS

(as segundas _ sextas)

Lavagem das rendasHa muitas srsnhoras que possuem grande

quantidade de boas e lindas rendas e ficamimposibilitadas de aproveital-as de um ves-tido para outro, por estarem sujas e ignora-rem um processo para laval-as sem as preju-dicar.

Entretanto, a lavagem é muito fácil:Desfaz-se um pedaço de sabonete degly-

cerina n'um pouco d'agua morna, até queesta Aquecem grossa.

Enrolam-se as rendas 11'urn vidro vaziocobrindo-as com um panno de Unho fino emergulha-se na água de sabão durante dozehoras; esta operação repete-se três vezes,renovando de cada \ima a água de sabão.

No fim d'este tempo passa-se a renda,ainda enrolado no' vidro, mas sem o panno,por uma água bem limpa não a deixandodemorar muito, pois é conveniente deixal-aficar com um pouco de sabão o que a faztomar uma certa consistência precisa, depoisde passada a ferro.

Estica-se cada bico da renda com alfine-tes e cobre-se-a com uma fina cambraia an-tes de passar-lhe o ferro, o que deverá • serfeito pelo lado do avesso. Finda esta. opera-çao, com o auxilio d'um furador dé mar-fim põe-se em relevo os desenhos da renda.

E' este o processo empregado pelas damasda alta sociedade para lavar as suas mara-vilhosas rekdas hereditárias d'Argentan,Malines, Alefiçon, Inglaterra, etc.

Si a renda estiver apenas ligeiramentesuja bastará limpal-a com bolas de miolo dep3o.

Para dar ás rendas brancas um novo as-pecto bastará mergulhal-as n'uma ligeira in*

fusão de chá. preto o que lhes dará uma lin-da côr de creme. Deverão ser passadas aferro, empregando-se o mesmo systema queacíima se disse. As rendas pretas lavam-seperfeitamente, fazendo-se com ellas um roloque se envolve cora fios d'algodão para quenio se desmanche, e mergulha-se-o n'umpouco de cerveja, amassando-o levementecom as mãos para que deixe o sujo. Quandotiver-se de retirar o rolo das rendas, da cer-veja, dever-se-á espremel-o nas mãos semtorcer e enrolal-o em seguida n'um pannolimpo.

Quanto mais humida estiver a renda, maisdura ficará depois de passada a ferro.

Para passal-a a ferro é necessário esten-del-a sobre um espesso panno de Ia, deixan-do o lado do avesso para cima.

E' prudente antes de passar o ferro narenda preta cobril-a com um panno paraevitar o brilho que lhe communicaria o ferroquente applicado sobre ella.

Is manchasA's vezes, uma pequena mancha inutilisa

um vestido.Indicaremos alguns processos para reti-

ral-as.As manchas de tinta retiram-se perfeita-

mente, empregando o ácido oxalico; porém,para que o ácido nao faça descorar a fazen-da applique-se lngo depois do ácido umpouco de vinagre forte.

Nos tecidos brancos, o limão, o leite, osueco de tomate maduro, etc, tiram com-pletamente as manchas de tinta.

Quando a côr de qualquer tecido fôr ac-cidentalmente destruída por um ácido, es-fregae as partes manchadas com ammoniacoe a côr reapparecerá.

As manchas de cera ou esparmacete la-vam-se com água de Colônia

As manchas de verniz, tintas, desappare-cerão, cobrindo-se-as com manteiga ou azeite,applicando-lhes em seguida essência de te-rebenthina.

As manchas de gordura sao as mais des-agradáveis de todas por offereceram aspectorepugnante. Retira-se-as applicando sobreellas um papel mata-borrao e passando umferro quente, passando-lhes depois uma so-lução de álcool e ammoniaco em partesiguaes.

A New-Home é a machina paracostura mais perfeita, mais segura e maiseconômica,

ECHOS E NOTICIAS

Conforme noticiamos, inaugura-se hoje ogrande estabelecimento commercial Leão daAmerica, actualmenre entre nós o centro domais variado sortimento desde tudo quantodiz respeito á moda até aos gêneros alimen-ticios de primeira necessidade, tudo com adupla vantagem da modicidade dos preçose cia superior qualidade.

Tendo em vista o melhoramento que re-presenta entre nós o Leão da America, e quebem apreciará hoje a concorrência que af-fluir aquelle rico empório do commercio, naopodemos deixar sem as referencias do justoencomio a brilhante iniciativa dos seus pro-prietarios, os sympathicos e incansáveis srs.Mourisca, Barros & Delfim, cuja somma deesforços no intuito de collocar aquella casana altura em que se vê. é incalculável. .-

As famílias, sobretudo, riuó deverão taltarhoje á inauguração do Leão da America, on-de poderão adquirir desde as mais elegantestoilettes até os mais communs objectos deuso doméstico.

Dias de longa prosperidade, favoneadossempre pela sympathia publica, de que éjustamente digno, eis o que desejamos aobrilhante estabelecimento que se inaugurahoje.

De Breves recebeu hontem o nosso illus-tre amigo dr. Cypriano Santos o seguintedespacho telegraphico:

Doutor Cypriano.—Breves 16.—Realisou-se hontem aqui grande banquete em com-memoraçao ao dia 15 de Agosto, tendo sidomuito saudado o valente chefe, a quem abra-çamos.

JOSO PERCORIO CORRÊA.AVELINO DE LYRA FREITAS.

O subprefeito de Sant'Anna gosta de des-ordens no seu districto ?

Eis uma pergunta mui fácil de responderpelos pacíficos indivíduos José da Silva, Bra-zilio da Silva Tavares e Graciliano da MottaBezerra, quo ante-hontem ás 8 horas da noi-tejjiintarain o Simao no largo da Trindade.

O subprefeito de Marco de Légua man-dou hontem recolher á estação policial Jo-sepha Maria da Conceição, que andava aperturbar a paz bucólica da sua circumscri-pçao.

Cheio de profundo desvanecimento e areceber as homenagens dos illustres collegasque lá se achavam, fez, hontem ás 11 horasdo dia, sua entrada triumphal na estação depolicia o desordeiro João Soares Gabriel,nome que tão brilhantemente fulge na chro-nica das ruas de Belctn

Quem lhe proporcionou tao subida honrafoi o subprefeito de Sant'Anna.

Os artistas Francisco C. de Menezes eManoel Soares da Silva cahiram hontem dacorda, na oecasião em que muito honesta-mente apropriavam-se d'aquilIo que lhes naopertencia.

Quem deu-lhes o Irambolhão fatal foi osubprefeito da Sé, qne como recompensa detrabalho tao limpo mandou-os para a esta-çao policial.

O Correio do Estado eípcdiri as seguintes malas :HOJEPelo vapor Afunduructis para Àbactó, Curralinho,

Breves c Anajris, As 4 horas da tarde—Pelo vapor Guamá para. Silo Domingos, Silo Mi-

guri e Ourem, ds mesmas horas,—Pela lancha Rio Acará para o Ac.ar.-t, ás mesmas

horas.

Pelo correio urbano informa-nos que sechama Erncsto.e nao Estevão, o guarda municipal, que n'uma das ultimas noites, feriocom uma cacetada um hebraico na ocea-siâo em que era preso e soffria atrozes vio-lencias por parte de agentes da força arma-da do Estado, conforme noticiamos ante-hontem.

Dizem-nos que trabalha no chalet mer-cado da Companhia Pastoril um cortador dccarne de nome Manoel que exige dos fre-guezes que acceitem carne em máo estado;recusa-se a trocal-a e até a vender a essesque reclamam, levando seu procedimentomerecedor de punição ao ponto de impedirque seus companheiros vendam.

Nao ha ninguém que mais depressa per-mute affectos e assente as bases da melhorcamaradagem do que dois irmãos da opaquando se encontram, ou por outra, quandoabalrôam.

Eis porque João Baptista dos Santos, queandava eminentemente molhado, fez-se ante-hontem á noite, do pé p'ra mao, amigo inse-paravel do inglez John. Olwn, que em iden-ticas condições andava pelo largo de SantaAnna, onde elles pela Ia vez na vida tive-ram a ventura de encontrar-se.

Foram logo beber alguma cousa, nao dei-xando de ter a sua graça o espectaculo queofTereciam os dois a conversar. Santos, naocomprehendendo o idioma de John Buli,procurava fazer-se comprehender pelo ca-marada com mil e um gestos, cuja significa-çao o subdito de Sua Graciosa Magestadedebalde esforçava-se por entender.

Santos foi escamando-se por não atinarcom que o inglez lhe dizia; este, por sua vez,começou a desconfiar que aquelle o estavatlauteando com taes mímicas.

E roncou o sôcco, furiosamente, aterrado-ramente.

Lá se foi a amisade pela água abaixo,emquanto os afiéctuosos amigos eram con-duzidos para a estação policial.

Amanha ás o, haras da noite haverá elei-çao no Club Euterpe para o preenchimentodo cargo de presidente, vago pela exonera-çao do actual.

Procedente dos portos do sul da Republi-ca chegará hoje a nosso porto o vapor na-cional Olinda.

A' ordem do subprefeito de Sant'Annafoi posto em liberdade o indivíduo AntônioRodrigues de Almeida, que conseguio habi-litar-se á elevada honra de uma prisão cor-reccional.

Regressa hoje do sul no Olinda o sr.coronel José Sotero de Menezes, comman-dante do Regimento Militar do Estado.

Amanha haverá sessão na SociedadeCametáense, tendo por fim a conclusão devários trabalhos iniciados na ultima reu-niao.

O vapor Mundurucns segue hoje á noitepara o Anajás. .

'

Seguiu para Soure, onde vai assumir ocargo de medico regional, o sr. dr. Pereirade Barros,

Em viagem extraordinoria parte hojopara Iquitos o vapor Barcellos, tocando neporto de Manáos e na bocca do Jary.

Estão annunciados para hoje os seguintesleilões;

De assacar, café'a milho no armazém dossrs. E. Pinto Alves & C.a, ás 8 horas da ma-nha ;

—De 250 saccas de milho e 300 ditas deJarinha, no trapiche da sub-gerencia doLloyd, ás 8 i|2 horas;

—De tabaco de Bragança, no mesmo locale á mesma hora;

—De camarão, milho, farinha e tabaco, nomesmo local e á mesma hora;

—De tabaco, farinha e milho em saccos de30 e 60 kilos, no mesmo local e á mesmahora;

—De uma taberna, sita á rua de S. Amaro,' onde estiver o sig-naí, ãs- 2 feoras. da tard^-

—De uma ojficina de carpina, sita á riw ...Paes de Carvalho, canto da travessa de S.Antônio, á mesma hora;

—De farinha do Guamá, no trapiche docommercio, ás 8 horas da manhã;

—De assucar, café z xarque, no trapicheAuxiliar, á mesma hora;

—De estivas novas, no armazém de Perei-ra & Gomes, ao meio dia;

—De diversas mercadorias nacionaes e ex-trangeiras, na agencia Mesquita, ás 2 horasda tarde;

—De 300 saccas de milho, 200 ditas Aefa-tinha e 250 encapados de farinha d'agua, notrapiche Auxilar ás 8 horas da manhã;

—pefatinha, tabaco e milho no trapicheda sub-gerencia do Lloyd, ás 8 112 horas damanhã;

—De fazendas geraes e artigos d* fantasiapara festas no armazém dos srs, Gaspar Mar-tins&C; ' • '

—De tamancos, na agencia Lopes Pereira,ás 9 horas da manha;

—De estivas, no armazém dos srs. M. L.de Sousa & C.a, ás 8 horas da manhã;

—De moveis, no prédio n.° 44, á rua daIndustria, á 1 hora da tarde.

Não ha quem ignore que o uso de certasarmas é prohibido por lei.

Pois o |o3o Antônio Leal fez-se ante-hon-tem de Mane Coco e por ahi andava a osten-tar com galhardia um punhal de arripiar 03cabellos,

Todos, ao vêl»o, recuavam espavoridos,como já sentindo nas entranhas a aguçadaponta d'aquelle instrumento, com o qual elledizia vencer até um batalhão que tivesse aaudácia de interceptar-lhe o passo.

Pura conversa fiada tudo aquillo. Nao fo-ram precisos nem batalhões e nem exercitopara conterem o valiente: bastou o capitãoMattos, que, em três tempos, tomou-lhe aarma e fel-o repousar na estação policial.

Heraclito Pinto Chaves é o que se podechamar um sujeito desabusado; não conhececonveniências, nao attende a considerações,coisa alguma inspira-lhe respeito,

Excessivo em tudo e por tudo.Eis ahi a razão por que ante-hontem, cs-

tando a proceder contra os dictaraes d'essaillustre e caprichosa Dama, que é pela con-vençao chamada Moral, foi unhado e intui-duzido na estação policial â ordem do dr,chefe de segurança.

A Republica e o Diaiio de Noticias não fo-ram publicados hontem e nem o serão hoje.

Estão convocados novamente para hoje á1 hora da tarde a reunirem-se em sesão deassembléa geral extraordinária os accionistasda Companhia de Seguros Paraense, afim deser cumprido o disposto no art. 96 do dec.434 de 4 de Julho de 1896.

N'essa reunião será apresentada e discu-tida uma proposta da directoria para a fusãod'essa Companhia com outras congêneres.

A FOLHA DO NORTE 6 o único jornal donorto do Brasil quo estampa em suas edi-çõos quotidianas as ultimas notioias dos acon-tocimontos *da vespora, quer por via telegra-pliica do paiz e do extorior, quer de suecessolocal,

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ti..". rtAl;'

Page 3: WffRBJg çJUlUíl V3^O bmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00230.pdf · 2013. 1. 17. · nistas, á conquista da natureza, luetando com a fera, com o homem, com a selva, com

Folha do Norte —17 de Agosto de 1896 3

PUBLICAÇÕES A PEDIDO

1 vestoria do «Espirito-Santo»Quem leo hontem o artigalhaço que o de-

generado patrono do Lloyd escreveu contranós, de certo que nos dará razão, por termosdito que s. s. precisa- abandonar o feio vicioda embriaguez, antes que o delirium tremensacabe de consumir o seu organismo já satu-rado pelo álcool.

Tao titubiantes insultos proferidos peloirresponsável conselheiro Samuel Mac-Do-well attestam mais ainda o triste estado doseu cérebro enfermo. . .

Felizmente quem o conhece n'esta cidade,amigos, visinhos, collegas e clientes, só to-marao as suas vozes roucas e descompassa-das na justa medida de seu valor,- e portantome faraó a devida justiça.

Além d'isso, nem me é licito retaliar, ser-vindo-me de sua indecente e indigna lin-guagem, nem preciso fazer ao publico a no-menclatura de todas as conhecidas fraquezase desvios moraes de que sua vida publica élargo repositório. Pode, pois, continuar aexhibir em publico as suas bcllas qualidadespesso aes, a elogiar-se por nao ter mais quemo fa^a, a escrever sob a mascara dos covar-des, que nào lhe darei troco: s. s. hoje sóme inspira a commiseraçao que se sentepelos homens que decahiram para a valacommum dos reprobos sociaes.

Belém, 16 de Agosto de 1896.Arthur Porto.

Aos srs. Gervasio Ben-tes *&> €."

Concito-vos a explicar pela imprensa,o fim de seu annuncio inserto nos ns. 6042e 6043 d'A Província do Pará e as razõesque os levaram a isso.

Pará, 14 de Agosto de 1896. ¦

Antônio Brandão Dias. (3

AFECCION DEL HIGADÜ, INTESTINOY CATARRO DEL ESTÔMAGO

Certifico que despues do recurrir a rauchos reme-dios y consejos médicos para curarme do crueles su-frimientos dei higado, intestinos y estômago mo so.meti Á tratamiento com Ias pildoras Antidispoticas deidr, Heinzelmann, La digestion arruinada hacia aflosse hizo normal desde las primeras pildoras que tome,A los 20 dias de tratamiento com las pildoras dei dr.Heinzelmann estaba completamente curado y mi di-gestion mejor que nunca asi el higado y estômago.Agradecido me suscrlbo.

Capitan José Ernesto Lcivas. (i-«¦¦m m ¦ mi———

Gloria a Deus nas alturas!«Illm. sr. Marciano Beirão.— Tantas e tão repeti-

das manifestações de apreço_ publicadas acerca doaeu afamado — CAFÉ BEIRÃO — mo demoveram acomprar-lho ura vidro d'cllc. Estou velho, meu ami-go, e, com franqueza não sou muito crente no quodizem os jornaes em favor d'csto ou d'aquelle remédiopara curar toda c qualquer enfermidade; força poróm,é confessar quo o seu CAFÉ BFIRÃO está, cm mi-nha humilde opinião, alóm de todo o elogio,

«Eu mesmo tomei-o; nesta nossa casa, na do muitaspessoas do meu conhecimento, principalmente na dealgumas que o não podem comprar, elle, o—CAFÉIÈEIRÃO—tem sempre debellado as febres mais inten-sas; è por isso que o tenho sempre comprado e cons-tantemente o inculco como o melhor remédio quo co-nheço para ns febres, So o meu amigo achar conveni-ente, pude juntar esto meu insignificante testemunhode reconhecimento ás muitas o valiosas provas do quecom toda a justiça so lho tem dado. Com estima ogratidão mo subscrevo — Do v. s. amigo dedicadoservo.—Padre Julião Joaquim d'Abreu.—Keconheçoverdadeira a assignatura supra — O tabellião.—Theo-dosio Lacerda Chermont,

«Pará, 29 do Julho de 1890». (2—P

~r JOCKEY-CLUB PAÍttPAREÔ AMAZÔNIA

Para a 12a corrida ordinária da presenteestação, a realizar em 6 de Setembro vin-douro, convida-se os srs. proprietários á ins-cripçao d'este pareô, com animaes pungasdo Pará, Amazonas e Ceará que ainda naotenham corrido, a qual encerrará ás 4 horasda tarde de sexta-feira, 14 do mez fluente.

Belém, 10 de Agosto 1896.D. Barreira, gerente.

SUPREMOSTÚnicos!

Appetite, alerta 1ESTÔMAGO, RESPIRA!

E' com effeito admirável o que sinto, de-pois que passei a tomar os coktails—Supre-mos do Verv Well. Que frescura, e que pra-zer nas regiOes do meu apparelho digestivo!Agora, sim; as tripas—desenvolvem-se coma máxima facilidade, o angulo esperto—ati-rou por terra a minha bisonha careta e fezde mim um homem. Na mesa sou trumfo,tal é a gula que me invade. O Ferro escon-de o segredo d'este medicamento nupcial,que dá vida aos nervos e saude aos fracos

Fraqueza. (3

DOLORES DE CABEZA, JAQUECACertifico que afligido por continuas jaquecas que me

postraban em el lecho por muchos dias, sufriendo dedolores de cabeza, constlpación y dureza dei vlentreacompafiado de afección hemorroldat, me curo emmuy corto tiempo, usando las benéficas pildoras An-tidíspepUcas pel dr. Heinzelmann. Puedo garantir bajomi palavra de honor que estas pildoras son eficacespara curar estas enformedadades,

Jorge C, Nevarez, negociante, (a—-——¦ ¦ m ¦ — É de justiça

Nao posso deixar de dar os parabéns aoincansável Peret, do Bouquet Paraense, pelosmagníficos cocktails com ovo que preparapela insignificante quantia de 800 reis.

Sou um bom freguez d'elles, e dos seusincomparaveis cigarros.

Recommendo-os sinceramente aos apre-ciadores.

Antônio Maria. (2

AvisoPela ultima vez, declaro peremptoriamen-

te que esta companhia nao se responsabilisapor quaesquer compras ou encommendasfeitas sem auctorisaçao assignada por mim.

Pará, 12 de agosto de 1896.E. Pontet, gerente. (5

FELIZ DESCOBERTAA DO «LICOR PARAENSE»

Srs. Rodrigues Vidigal, &• Comp,

Soffrendo de umas rebeldes sezões hamuitos mezes e lendo nos jornaes diaiiosdesta capital, os annuncios do Licor Paraense,resolvi-me a tomar e acceitar um vidro queme foi offerecido por um amigo.

Em 3 dias as febres foram completamentecombatidas e sinto até restabelecerom»se asminhas forças.

Peço-lhes permissão para felicital-os portao feliz descoberta e consintam«que me as-signe

De Vcms. Am.0 ob.°Pará, 19 de Junho de 1891 — Luiz Sanlia-

a da Silva, (Firma reconhecida),

SUFFOCADOSoltado do má digestão, o com tanta gravidade

quo ficava suffocado depois do cada refeição, fiz usode muitas receitas dos melhores médicos d'esta cidade,som resultado algum, pois minha doença continuavacada vez mais amargurando-mo a vida. Desanimadorosolvi experimentar as Pilulas Antidyspopticas do dr.Heinzelmann o desdo as primeiras pilulas colhi exccl-lentes eífoitos. Segui tomando todos os dias uma pilu-Ia 1/2 hora antes do jantar e já tres mezes quo estourestabelecido,

Attesto quo sofTri dessa doença 2 annos, padecendohorrores, prejudicando meus negócios o gastando ex-traordinaria quantidade do dinheiro em médicos o bo-Uca. Quom ler esto attestado poderá julgar quanto sou

grato as Pilulas Antidyspopticas do dr. Hcinzelmann.Leonardo Goncochea, negociante.

Cada frasco çM«rt» 3$ooo. (3—— ¦ m ¦ ¦——¦Peitoral de Cambará

BRILHANTES CURAS DE BRONCHITE

Victima durante 30 annos de uma aca-brunhadora bronchite, para a qual foramimproficuos todos os recursos empregados, oSr. João Coelho de Queiroz curou-se radi-ca... inte com o uso do Peitoral de Camba-rá, de Souza Soares.

—A Exm.a esposa do Sr. Joaquim SoaresGomes, vice-cônsul de Portugal e França emParanaguá, padecendo durante muitos me-zes de uma bronchite do peor caracter, res-tabeleceu-se completamente com o uso ape-nas de quatro frascos, tendo antes tomadoinutilmente cerca de cincoenta outros reme-dios! '

—Dous frascos apenas restabeleceram oSr. commendador Antônio Mendes Ferreirade uma grave bronchite.

—Em casa do commerciante Sr. ManoelVirissimo da Costa, uma criança, atacada degravíssima bronchite capillar, salvou-se como uso de tres frascos.

—O Sr. tenente-coronel Silvino Ribeiro,atormentado durante 4 annos poi uma ter-rivel bronchite, apenas com 6 frascos resta-beleceu-se completamente.

—Em menos de tres dias de uso, o Sr.major honorário Francisto Gonçalves Pirescurou-se de uma forte bronchite.

—Dous filhos do commerciante Sr. JoséDomingues de Jesus Braz, que padeciam hamuitos mezes de uma desesperadora bron-chite, rebelde a todos os remédios empre-gados, curaram-se radicalmente em menosde um mez.

Os agentes,

Rodrigues, Vidigal 6= C. (3

Popular Agencia de LoteriasLISTA GERAL dos prêmios da U 4* LO-

TERIA DA CAPITAL FEDERAL, oxtrahida em15 dc Agosto de 1896,NÚMEROS PRÊMIOS

98018 . . • 15:000^00076762 5:000^00053926 .v • 4:O0O$OOO27667 3:00050001485 2:oooÇooo24973 1:000.00040975 1:000^00060402 i:ooo§ooo93328 l;ooo. 000

PRÊMIOS f)E 50S00011466, 12918, 30332, 46139, 70681, 72267, 73377.

76149.PRÊMIOS DE 200. 000

795, 12214, 14050, 17656, 25195, 29402, 30723,36782, 38141, 42047, 42528, 42893, 54348. 54649i55323. 59°67. 62049, 66042, 67489, 71248, 91931,74431, 76375, 76416, 81373, 89121, 96568, 98765.

PRÊMIOS DE looJÇooo1363. 23<>9. 49°3. 5355. 5937. i°5°9. I766li 18379,19494, 20202, 24035, 24070, 334o6. 347'4. 35869,37724, 38289, 38752, 39296, 54419, 63047, 63562,63591, 64359, 66492, 67399, 69400, 75438, 76569,76584, 76623, 80573, 87625, 89351, 92070, 92763,92844, 94405. ,

-.. | 'fm AP."r' ......

9801*7 e 98019 400^00076761 e 70763 200Ç00053925 e 53927 200J00027666 e 27668 200JJ0001484 e 1486 2oo?ooo

DEZENASDe 98011 a 98020 . . . • . 4o$oooDe 76761 a 76770 20$oooDe 53921 a 53930 20ÍS000De 27661 a 27670 20Ç000De 1481 a 1490 2of>ooo

CENTENASDe 98001 a 98100 20$oooDè 76701 a 76800 iojíoooDe 53901 a 54000 10. 000De 27601 a 27700 10J.000De 1401 a 1500 iojfooo

MILHARESDc 98001 a 99000 . . . • 6£oooDe 76001 a 77000 »¦''«:.. 4. 2$oooDe 53001 a 54000 2foooDo 27001 a 28000 2JS000De zooi a 2000 .... 2$ooo

TERMINAÇÕESTodos os ns, terminados em 2. ooo

Esta importante agencia recebe dlrectamente os te-legrammas com o resumo das extracçõos e são francos«o publico,

A venda de bilhetes em nosaa agenda á franca.Os Agentes:

Moura Ferro cs* C.»

PARÁ

PEPSENCIANutrimo-nos com o que digerimos.—A

Pepsencia fortifica a digestão fraca, e assimdá vigor aos orgaos vitaes.

A Pepsencia é o remédio melhor contra to-dos os males conseqüentes da falta de diges-tao.

Preparada unicamente pelos afamados chi-micos Fairchild Bros & Foster, Nova-York.—

Vende-se em todas as Pharmacias e Dro-garias. (2~

É ESPANTOSO!..^Para o tratamento de qualquer doença tor-

na-se sempre difficil a escolha do medica-mento, porque os organismos sao todos dif-ferentes e, o que faz bem a uns, pôde fazermal a outros. Por isso é espantoso nao haveruma só pessoa que use o DERMOL que logoem seguida lhe nao faça os maiores elogios.E' que estes elogios sao realmente mereci-dos, porque nas doenças de que elle 6 o uni-co especifico, como sao os dartros, herpes eempigens, consegue-se uma cura immediatasem o perigo de recolher a doença, evitandoassim um longo soffrimento e grandes despe-zas com muitos depurativos.

Além dos dartros e todas as manifestaçõesherpeticas, com ou sem inflammaçao, o DER-MOL tira rapidamente as dores e inflamma-ções dos callos e as dores de dentes, cura golpes,excoriações, picadas venenosas, queimaduras eulceras antigas.

O DERMOL vende-se nas principaes phar-macias e drogarias.

Henrique e. n. santos, pharmaceutico,

augmentam constantemente e já com difficul-dade a fabricação chega para o consumo.

As pílulas de sâo raymundo sao, pois,inquestionavelmente, o melhor remédio con-tra febres palustres e inilammaçOes do figa-do e do baço.

A' venda nas principaes pharmacias e dro-garias.

Depositários, srs. B. A. Antunes & C*.Henrique E. n. santos, pharmaceutico

DEBILIDADE DO ESTÔMAGO, ACCU-MULAÇÃO DE GAZES

Declaro quo.tomei as «Pilulas Antidyspepli :as», dopj. Heinzelmann para curar-me do enxaqueca, prove-niente do debilidade do estômago e grande aácuraula-çao do gazes quo muito me anciava. Por ser verdadee estar muito agradecida e maravilhada cora o1! effeitodas «Pílulas Antidyspopticas», do dr. Heinzelmann,faço espontaneamente esta declaração. \

Sofia Soenez de Mello, senhora do sr. Alberto 1\do Mello. (4

ATTENÇÁOittençao-NÃO Hi MUS FEBRES!--Attençáo

SUBLIME PREPARAÇÃO do pharma-CEUTICO JOÃO vÍcTAÍ DE MATTOS

Enérgicas, infullivois as pilulas doMacela e Gençiana cora CMorfiyd: Qranice

Approvadas pelo Instituto Sanitário Federale analisadas pelo Laboratório Nacional dc Analyses

e authorisadas por Decreto do Governo Geral

Como remédio poderosíssimo para as fe-bres dos pântanos, ellas teem o duplo effeitode fazer cessar o accesso febril e produzir adescarga das matérias biliosas, limpando asvísceras intestinaes e impedindo a formaçãode hypertrophias de fígado e baço, produzi-das sempre pelas febres palustres.

Tonificao promptamente o organismo, e oepetite renasce para o doente, que pouco apouco adquire forçasse o restabelecimentocompleto.

Nunca precisa mais que uma só caixa dasprodigiosas pilulas para cada doente.

Deposito 110 ParáEM TODAS AS PHARMACIAS-¦^¦¦-•«M^Hím-

05 rUHI Específico «*"»*. inflammaçíiesDLCIlUL e corrimento» das mucosas, re-centes ou chronicos. cos homens ou nas senhoras.

ASINGER VIBRANTE Mim-siderada pelo jury da Exposição de Okicagoa rainha de todas as machinas de costura

Moléstias suspeitasVALE MAIS PREVENIR...

Quasi todos os vapores que estão chegan-do do interior, trazem noticias de fallecimen-tos de muitos passageiros e tripulantes, queforam rapidamente atacados de febres, a q^uesuecumbiram em poucos dias. Deu-se poremo facto bem notável, de nâo ter sido atacadonenhum dos que estavam prevenidos com—pílulas de sao raymundo; e todos os queas tomaram voltaram de perfeita saude,

2. por isto que os pedidos destas pílulas

Amou Steam Navigation Company, LimitedA- LINHA de soure

Dq Agosto a Janeiro as viagens da linha do Soureserão feitas semanalmente, sahindo os vapores nos sab-bados, ú noite.

VIAGEM EXTRAORDINÁRIA A IQUITOS

O vapor Barcellos segue para Iquitos, tocando nosportos do Manáos e bocca do Javary, na noite de 17do corrente.

Recebo carga somente ató o dia 14, encommendase passagens ató ás 3 horas da tarde do dia da par-tida,

Belém, 11 de Agosto de 1896.

VAPORES DE A. BERNEAÚD & C.aTiiuha «le Chaves

RIO XAPURYSahirá no dia 19 do corrente, ás 12 horas da ma-

nhã, recebendo carga ató o dia r8 no trapiche Cen-trai, onde será dado o expediente.

Passagens ató ás 10 horas do dia da sahida, noeecriptorio de

A, Berneaúd &- Comp.

HOJEDe 300 saccas de milho,

SOO ditos farinha seccae 250* encapados de

farinha d'aguaPor ordem dos srs. Antônio dos Santos Cardozo &

C.\ o agente Oliveira, venderá em loilão, no trnpi-che Auxiliar, os gêneros acima mencionados, vindosno vapor nacional «Camocim»,—A's horas.

De assucar, café, milho,farello e farinha secca

No trapiche Auxiliar, o agente Souza venderá emleilão, os gêneros acima mencionados, por conta e or-dem doa srs. A, F. de Oliveira, vindos no vapor «Caraocim»,—A's 8 horas,

L ^'tahaec, titriiiiia secca emilho

No trapiche Subgerencia do Lloyd, o agente Souzavenderá em leilão, os gêneros acima mencionados, porconta de quem pertencer,—A's 8 ipt horas.

De café e milhoO preposto do agente Fuitado, venderá em leilão,

os gêneros acima mencionados, por conta de quem per-tencer.—A's 8 horas.

De tabaco e farinhaO preposto do agente Furtado venderá em leilão

os gêneros acima mencionado, por conta de quempertencer.—A's 8 i[2 horas.

Grande leilão de diversasmercadorias, nacio-naes e extrangeiras

O agente Mesquita venderá em leilão, na sua agen-cia sita á travessa Campos Salles, n. 24, diversasmercadorias, como sajam : camizas de linho, ditas demeia, ditas de riscado nacional, fatos de casemíracompletos, finíssimas redes do Maranhão, uma grandecollecão debengílas do óbano screjo e outras mudei*ras próprias para esse gênero, cobertores lindos, col-chás brancas e de cores e uma grande collecão devasos o que pode chamar-se o chiquismo da floresta,terminará este importante leilão, com a venda de umabem conhecida marca de cerveja o uma rica collecãode cachimbos.—A's 2 horas.

AMANHÃDe um terreno com uma

puchada dentroO agente Souza venderá em leilão, um terreno cora

8 braças do frente o 3 ditas de fundo, com arvoresfiuctiferas, tendo uma puchada dentro, sito á rua JoãoBalby, n. 17. Chama-se attençáo para esto bom em-prego de capital.—A's 4 ifz horas,

De vinhos portuguesesO agente Souza venderá em leilão, na agencia Fur-

tado, á rua Treze de Mato, n. 73, uma partida devinhos portuguozes, em barris e caixas, asaber : 7 bar-ris de 5° (vinho virgem), 45 ditos do 10o, 40 ditos de5o, 13 ditos (verde) em 5a, 75 ditos (verde) em 10*,40 caixas de vinho Clareto (Joaquim de Castro e Sil-va), 68 caixas de Vinho do Porto Oriente, (uma es-trella) 25 ditas de dito trez estrellas) e Simão Abran-ches, 44 barris de 50 (vinho verde).

Tudo se venderá sem reserva de preços, e chama-se a attenção dos srs. compradores para este bomleilão.

N. B,—Serão vendidas tambom 10 caixas do vinhogcroplga, branco, de Malfazia e dito dito de Bas-tardo.

Pede-se o compareci mento dos srs, donos de hotéise casas de pasto.—A's 2 horas. *

A legitima Mew-Home só se vendeno CENTRO OOMMÉROIAL PARAENSE,de Moreira dos Santos•& Comp., ÚNICOSagentes, rua 15 de Novembro, n, 8.

AVISOS MARÍTIMOS

LANCHA IRENEEsta lancha farí duas viagens ractisaes ao Athud e

Anabijú ató Porto Alegro, sahindo d'aqui nos dias i.°o 16 do cada mez.

Expediente no escriptorio do Ecllx 1'araenso Ss C\Freta-ae a mesma lancha para passeios, robdques,

ou para viagens fora ia quadro.Para tratar dirijam-so a bordo da mesma, on na

casa Vidigal.Pará, 29 de Julho 1696, (13

leiga "EsbensenEu por este certifico que o estabelecimen-

to do sr. P. F. Esbensen, era Copenhagen,onde se faz o serviço de enlatar e encaixo-tar a manteiga, tem estado sob minha ins-pecçao desde o dia i.° de maio de 1894 atéhoje, durante cujo tempo tenho tomado mui-tas amostras de manteiga para analysar, quertomando a manteiga das latas já encaxota-das, quer tomando-a da massa depositadanos armazéns, antes de enlatada.

Devo mencionar que sempre tenho tidoentrada livre em todas as partes dos depo-sitos e armazéns do sr. P. F. Esbensen.

Declaro mais que nunca achei no seu esta-beleeimento manteiga contendo margarina, nemgordura estranha de qualquer qualidade, pò-rém, ao contrario, todas as amostras provamserABSOLUTAMENTE PURA

A SUA MANTEIGA!!Declaro também que nunca encontrei ali

a presença de preservativos estranhos.Laboratório chimico-analytico, em Cope-

nhagen, 18 de dezembro de 1895.(Assignado) V. Stein, professor-director do

Laboratório do Governo Dinamarquez, parauaalysar alimentos. (51

Declarações e avisos

Banco Commercialdo Pará

DIVIDENDO

Convido os srs. accionistas a virem receber o diví-dendo relativo ao semestre findo, á razão de 4 °{at dodia I.0 de agosto cm diante, das 10 horas da manhã,ás 2 da tarde.

Paia, 22 de julho do. 1896.O dij i Secretario:

\ Manoel Pereira Dias,

l

Amazon Steam Naviga-tion Company, Limited

DIVIDENDOAvisa-se aos srs. accionistas d'esta Companhia que,

do dia 12 do corrente em diante, das 6 horas dama-nha ás 3 horas da tarde, na secção da caixa, serãoeutregues os warratits paia pagamento do dividendodo 7 shillings e 6 pence, por acção, relativo ao se-gundo semestrt) do anno p. passado.

Outrosim, previne-so aos mesmos srs. accionistasquo, os warrants não reclamados, dentro de seis me-zes, serão devolvidos para Londres, d'ondo virão me-diante pedido.

Fará, ir de Agosto do 1896.

Banco Norte do BrasilEMPRÉSTIMO FEDERAI. DE 1895

Scientificamos aos srs. subscriptores do omprestimointerno do 1895, que os títulos definitivos do referidoempréstimo estão sendo entregues exclusivamente noRio de Janeiro pelo Thesouro Federal, contra as res-pccüvas cautelas; as apólices nominativas serão á vis-ta de procuração bastante.

Pará, II de Agosto de 1896.Direclor-gerenle,

João B. de Britto Pereira. (6

AVISOS ESPECIAES

15." Escola publica do 40 districto, dosexo feminino

A abaixo assignada, faz publico para co-nhecimento dos interessados, que n'estadataabriu a escola para a qual foi removida, átravessa Generalissimo Deodoro, casan. 167entre o arrayal de Nazareth e estrada de S.Braz.

Belern, Io de Agosto de 1896.A professora, Gregoria Leão de Mattos. (4

T- ¦ TV m

&anco do Pará25° dividendo

Convida-se os srs. accionistas a virem receber do Ide agosto vindouro cm diante, o dividendo do i° se-mestre d'este anno, na rasão de 7 0[o ou 7,000 réispor acçao.

Pará, 21 de Julho do 1896.Manoel Augusto Marques, director-secretario

Banco Commercial do FaráJUROS DAS APÓLICES FEDERAES DO

EMPRÉSTIMO INTERNO DE 1895Por ordem do Banco da Republica do Brasil, faie-

mos publico que os juros das apólices do EmpréstimoFederal Interno de 1895, relativos ao x.° semestre docorrente anno, só serão pagos no Rio de Janeiro noreferido Banco.

Os portadores das cautellas provisórias do dito Em-presumo, terão pois de remettel-as para alli para orecebimento dos ditos juros e troca d'essas cautellaspelos títulos definitivos no Thesouro.

Pará, 23 de Junho de 1896.Augusto de La-Rocque*Manoel Pereira Dias.

Banco da Republica daBrasilDIVIDENDO

O Banco Commercial do Pará, convida aos srs.accionistas do Banco da Republica, a virem receberdo dia 24 do corrente em diante o dividendo de suasacçSes subscriptas n'esta cidado, relativo ao semestrefindo, a rasão de 6$ooo por acção da i.* serie e 3$pelas da 2.*.

Pará, 20 de julho de 1896.O director secretario ;

Manoel Pereira Dias,

Banco Commercial doPará

3» EMISSÃO

5* chamada de 20 °/o

De conformidade com o annuncio da directoria d'es-te Banco de 4. do abril próximo passado, continuamconvidados os srs. accionistas a realisarem a 5* entra-da de 20 ¦[„, na caixa do Banco, ás horas do expe-diente, até o dia 30 de agosto próximo.

Chamo a attenção dos srs. accionistas para o seguin-te art. dos Estatutos :

cAít. 64—Os accionistas do novo capital só tem di-reito a dividendos, dos lucros realísados no semestreposterior aquelle em que tiverem eSectuado as entra-das.

Fará, 23 de maio de 1896.O director secretario, Manoel Pereira Dias,

Farello Fluminense2000 saccas

Receberasm este carre-gamento e vendem no ar-mazem de

E. PINTO ALVES(3

Vinhos genuínosA. J. HENRIQUES, o maior viticultor da

Beira Alta e Beira Baixa, (Portugal) já temá venda no seu armazém á rua 15 de No-vembro, n.° 81, onde foi M. M. Nogueira &C.*, vinhos das suas vastas propriedades emuito especialmente da sua Quinta d'Avel-leira, como sejam :

j Vinho Collares Alimentar.Winho Collares simples.'O puro vinho Extra-fino.p puro vinho Reina Victoria, e muitas ou-

trás marcas, que se tornam recommendaveispela sua pureza, pelo que chama a attençáodós srs. consumidores.

] BOA PINGA.'. O melhor Vinho de raeza que vem aomercado vend|-se em casa de thomé dev/ilhena & c,a, á rua 15 de Novembro n. 51,

Sa barris, meioè barris e em caixas, a preço

duxida ;.-.

KeJ tíbrxAiip4rican.oGrai,..- _ortimento de reloj ..1 '°

para bolso, enchapados em Oi. ^^4 "14 e 16

quilates; ditos, de prata com embutidos deouro: sao os melhores relógios e os mais mo-demos que têm vindo a este mercado.

Trav. Occidental do Mercado n. 13Regulador Americano

J. A. REIS & C.»

13.° corrida ordináriaa reai.isar-se em 6 de setembro de 1896

Pareô—IMPORTAÇÃO—Em 1.200 me-tros.

(Pesos iniciacs da tabeliã do Código)Prêmios:—1:2008 ao primeiro e 300$ ao

segundo.Para animaes estrangeiros de qualquer

edade que ainda nao tenham corrido noprado paraense.

Pareô—IMPORTAÇÃO II—Era 1.200metros.

Prêmios:—1:200$ ao primeiro, 300$ aosegundo e 1208 ao terceiro vencedor.

Para animaes nacionaes de puro e meiosangue que ainda nio tenham disputado noprado d'esta Hociedade.

Até ás 4 horas da tarde de sexta-feira, 14de agosto vindouro, serão recebidas no es-criptorio do Jockey-Club as propostas parainscripção privativa dos animaes recentemen-te importados por esta sociedade, divididaspelos dois pareôs especiaes acima annuncia-dos, e os quaes se terão de exhibir na festasportiva a realisar no dia 6 de setembro pro-ximo.

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¦ \'A':A%

• A

Manteiga J. LepelletierAnalysada pela Junta de Hygione deste Estado

Incontestavelmente é a melhor que vemao mercado

Encontra-se em todas as mercearias e ar-mazens de estivas.

Deposito constante no armazém de Al-fredo Barros C.â

Rua 15 de Novembro, n. 89—Pará— (35

PAPEL DE IMPRESSÃO PARA JORNAESDeposito permanente Preços reotasidos

PAPELARIA SJXTA.Typographia e Encadernação de Al-fredo Süva & C.a.

72—Largo das Mercês—12 (ió

Para a realisação d'estes pareôs é neces-sario que se inscrevam dois dos animaes im-portados em cada torneio, e que sejam deproprietários diflferentes; e se no dia da cor-rida só se apresentar um, este levantaiá me-tade do prêmio, dando uma volta na raia.

Os forfaits, embora justificados, importamna perda da quantia de entrada.

Para haver o 2.° prêmio é preciso que seinscrevam e venham a coirer 3 animaes epara o 3.0 quatro animaes.

O mais da inscripção e corrida fica sujei-to ás determinações do código e mais reso-luçOes em vigor.

Prêmio de inscripção:—120S000 para cadaanimal.

Pará, 27 de julho de 1896.O gerente,—D. Barreira.

Para casalLindas camas, do fabrico europeu, para casal, com

esplendidas telas do metal galvanisado: despacharam-se, e estão expostas nos salões da CADEIRA DOU-RADA. travessa Campos Salles, 22.

Vende-se um terreno com uma puchada den-

tro, sito no Pinheiro á rua 27 de Novembro, per-to da ponte, medindo 7 braças dc frente e 45 ditasde fundo.

Trata-se com o agente Oliveira. (2

PARA NOIVOSLindas e aparatosas guarnições para alcovas e va-

randas, vendem-se a preços sem competência, no Arma-zem de Moveis, de Albino Francisco Pereira & C\Travessa Dr. Fructuoso Guimarães, n. 50, entre ásruas Nova e 13 do Maio.

Mobilias AustriacasCadeiras de balanço, Sofás, Divans, e chaise-longues,

Consolos, Jardinciras, Lavatorios, Lindíssimas camaspara casal, Cabides de pé para quarto e ante-sala,Cúpolas para cama (12 modeles diversos) Galeriaspara cortinados, Cadeiras para mesa o escola, o debalanço para creanças, Cadeiras para salas e varan-das* Mobilias completas e meias mobilias.—Vendem«s©-"vpecas avulsa.", no CADEIRA DOURADA. r *J

AO ALCANCE DE TODOS/Mobílias completas para sala de vizitas c*

florõb c-dourados, meias mobilias com ode palhh aa, despacharam e vendem Albi.co Pereí; '-S^C.*, travessa Dr. Fructroso iSn. 50, entre ás ruas Nova e 13 do Maio.

Camas cie FerrPAEA CREANÇAS

com colchão elástico, a preços muitos redu-zidos. Ditas de ditas de lastro de palha.

Na Cadeira DouradaTravessa Campos Salles (Passinho) n. 22

Para viagemCadeiras de lona, tapete e palhinha, seis modelos e

preços diversos ua CADKIKA DOUBADA, _ travessaCampos Rall«« ípawlnhn) 1*.

Paraenses listesá yenda em todas as livrarias

PBEÇ0-3$000

Banco do Pará2" CHAMADA DE IO °[„

Convido os srs. accionistas a realisarem a 2' en-trada de xo°|, de suas acções da 4* emissão, do dia27 do corrente ató 20 do Agosto próximo, desdequando lhos ó facultado fazerem maíor entrada, afimde poderem ser negociadas as referidas acções pelosque o pretenderem.

Outrosim, e conformo resolução tomada em sessãode assembléa geral de 16 de Maio findo, podem ossra. accionistas integralisar o valor de suas acçõesató 3t do Dezembro d'este anno, cabendo-lhes as-sim, bem como das entradas parclaes que fizerem atéentiío, direito ao dividendo de Io semestre de 1897.

Porá. 17 de Julho de 1896. •Manoel Augusto Marques, director-secretario.

Banco Norte do BrasilConvlda-se os srs. accionistas da í* emlssío, a rea-

liiarem a 3' entrada do 10 °|„ do valor',,de suaaacções, do dia 15 a 25 do corrente.

Pari, 5 de Agosto de 1S96.João B. de Britto Pereira, director-gereute. _J

-^sssgss^ j

ÁGUA

í. MELHOft doí

j* /*??Aa~z? ^Af^^V jÍ\émmm^oSA¦ABA à MES*

Ao «ouiiiicreioAlbino Gomes da Silva & C." pedem a todos os

seos credores qUe apresentem as suas contas) pataserem Conferidas ató o dia 20 do corrente.

Par4, t] de Agosto de 1896,

AUitiO G<»m da Silva (J« ÇV (S

Analyse quantitativa da Água Mineral de Rosbach, feita no laboratório de analyses deInspectoria de Hygiene.

Cada garrafa contém:Água 300-ccÁcido carbônico livre. 360-cc

Por litro:Ácido carbônico livre 2,^372Sulphato de cal 0,003Carbonato de cal 0,418Chloruretr» de Sodium 0,972

« de potassium 0,036» de calcium 0,170

Silicio 0,003Oxydo de ferro 0,001Indeterminados e mal orgânicos 0,077

, Peso de residuo secco. 1.680E considerada digestiva pela presença do gaz Co * e do Chlorureto de Sodium." 'Pará, 15 de Julho de 1896.—(Assignado), dr.f. Godinho, director do Laboratório (in-terino).

Únicos agentes para o Norte do Brasil

Único depositou fraca das Maro^n. 21,1.' andar—PARA gj

^-~-

Page 4: WffRBJg çJUlUíl V3^O bmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00230.pdf · 2013. 1. 17. · nistas, á conquista da natureza, luetando com a fera, com o homem, com a selva, com

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Folha do Norte-17 de Agosto de 1896

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[SOCIEDADE DE SEGUROS SOBRE A VIDA]Auctorizada à funccionar por Dec. n.° 2.245 de 23 de Março de 1896

Sede social:—Rua da Candelária, n.° 7 (RIO DE JANEIRO)Esta Sociedade efíectúa segm-os puramente mútuos e não tem accionistas a quem pagar dividendos.

p0+0 cs^i^ ^ ~ OClOS OS seus lvLCr?& sao> portanto, rateados entre os seus segurados, exclusivamenteEsta Socledad^a°^e^ra seus riscos em outras Companhias extrangeirfs; não exporta assim os capitães dos seussegui ados e nao os sujeita, portanto, aos prejmsos provenientes das oscillações do cambioe ao juro diminuto que taes capitães alcançam no extrangeiro.ESTA SOCIEDADE É, POIS, UMA DAS QUE MAIORES VANTAGENS OFFERECE AOS SEUS SEGURADOS

Os cálculos sobre os quaes se basea o mecanismo desta Sociedade obedecem ás mais estrictas leis mathematicas,e a sua direçtoria se propõe a admmistral-a com a mais severa economiae prudência em favor de seus segurados, desprezando a ostentação que tanto os preiudica,,para constituir uma companhia pecuniariamente solida e prospera.0 seguro de vida nesta Sociedade eonstitue assim o meio mais certo de proteger as familias dos que fallecem

e de accumular o dinheiro para os que sobrevivem.

L>v. Ubaldino do A.maral Fontoiira,PEESIDENTE;

T)v. Franklin. Ferreira Sampaio, iDIRE OTOE-OONSULTOE;

Dr. Antônio augusto d^zevedo Sodré,DIREOTOR-MEDIOO;

Carlos Fereira Eeal, IDIRE OTOR-SE ORE T ARÜ O;Francisco Ximenez Oervantes, ¦'.DIRE OTOR-GEEENTÇ.

Oonselho-PiscalDr. Torquato TapajozGonseibeiro Felippe Franco do SáDi*. José Cardoso de Moura BrasilConselheiro Francisco de O. S. BrandãoCommendador Manoel (Gonçalves DuarteVisconde de GruahyConselheiro Fa\ilino Soares de SousaDr. Feliciano Mesquita BarrosManoel Eopes d'OüveiraVisconde da Cruz ^Llta

¦j Sixp>p>l^ia.-tcx3 c3Lo Conselho-Piscalaugusto Weguelirj Q^|§^ R&ynsforclj Dr(. Antônio Felicio d^s-fefeos^fe*r&Ç>í^ricJ^Thi?*

\\ -A"r'}\ Jorge Luiz Teixeira Deite ' \.0- A-i v, >

EttUITATIVA Ç<S5 EVrÀbi^-UIIIDOS DO BRASIL», subordinando a direcção dos seus negócios a tão conspicuos cavalheiros, não nodia offfor.....,..-' maior garantia moral de seriedade aos seus associados. cawameiros, nao podia offffereoer

Esta sympathica Sociedade offerece, para referencias neste Estado, os seguintes exm.°s srs.:"Dr. Lauro Sodré, muito digno Governador do Estado.

Dr. José Paes de Carvalho.Conselheiro Samuel Wallace Mac-Dowell.Desembargador Ernesto A. V. Chaves.Desembargador Fulgencio da Rocha Vianna.Bernardino de Senna Pinto Marques, muito digno inspector do Thesouro.Tenente-coronel Pedro da Cunha, muito digno adminitrador da Recebedoria.General Jacintho Butinelly.Tenente-coronel Raymundo C. Alves da Cunha, muito digno contador do Thesouro.Visconde de Sao Domingos, presidente da Associação Commerciai.José Marques Braga, presidente da Junta Commerciai.Bernardo Ferreira d'01iveira, presidente do Banco do Pará.Augusto de La-Rocque, presidente do Banco Commerciai.Joaquim Taveira Lobato, director do Banco de Belém do Pará.Francisco Leite Chermont, director do Banco Norte do Brasil.Francisco B. da Silva Aguiar, director do Banco Norte do Brasil.Commendador Antônio José de Pinho, director do Banco Norte do Brasil.JoSo Baptista de B. Pereira, director do Banco Norte do Brasil.Manoel Augusto Marques, director do Banco do Pará. *'Albino José Cordeiro, director do Banco do Pará.Júlio Lambert Pereira, director do Banco do Pará.Manoel Pereira Dias, director do Banco Commerciai.José Antônio de Pinho, director do Banco Commerciai. <!José C. Brasil Montenegro, director do Banco Commerciai. v.'Mauricio Grumbacher, director da Sociedade de Credito Popular. '?''Frank da Costa, da firma La-Rocque da Costa & C.a . >A * 'José Furtado de Mendonça, da firma Guimarães Mendonça & C.aJosé Bernardo da Cunha, da firma Cunha & Cunha. :* } '•Antônio Saraiva da Cunha, idem, idem. 'Aí ;»" ' »'João Moreira Costa, da firma João Costa & C.» »Xj * 'Joio Lúcio d'Azevedo, da firma A. Berneaud'& €.*. <A '•

A. Riekenberg, José Moreira

Jo3o Borges Alves, da firma A. Berneaud & C.nJoSo AlTonso do Nascimento, da firma A. Berneaud & C.aManoel T. de S. Vasconcellos, da firma Vasconcellos, Mendonça & C.»Alexandre Keghels, idem, idem.Luiz Furtado de Mendonça, idem, idem.Frederico Pusinelli, da firma Pusinelli, Prüsse & C.aConstantino de Quadros Carvalho, da firma Carvalhos & C.aJoio Ventura Ferreira, da firma Ricardo José da Cruz & C.aFulgencio da Motta Marques, da firma F. M. Marques & C.aJosé Fernandes Valente, idem, idem.Francisco Joaquim Pereira, idem, idem.Augusto Camarinha, da firma B. A. Antunes & C.aPlácido Felippe Ribeiro, idem, idem.Joaquim Gomes Nogueira, idem, idem.José Machado de Brito e Cunha, da firma GirSo, Cunha & C.«Francisco de A. C. Lima, da firma Cerqueira Lima & C.aJoaquim Maria Leite, da firma Leite & C.aCoronel Joaquim Theodoro Bentes, da firma Bentes & Irmão.José da Silva Jordão, da firma Belleza, Sousa & C.aJoão Domingos de Sousa, idem, idem.José Rodrigues d'01iveira, da firma Antônio Cruz & C.»Luiz d'Azevedo, idem, idem.Joaquim Augusto SaltSo, da firma J. A. Saltao & C.aThomé de Vilhena, da firma Thomé de Vilhena & C.1Serafim F. d'01iveira, da firma Serafim Ferreira d'01iveira & C.a•.; Joaquim Gomes de Freitas, da firma Samuel & C.aFrancisco A. Pereira Júnior, da firma Pereira, Irmãos iS: C.aAdolpho Braga, da firma A. Braga & C.aFloriano B. de Brito, da firma Velhote, Brito & C.aMáximo de Miranda Portugal, idem, idem.Theodotico de Senna Bentes, da firma Gervasio Bentes & C.a

Miguel José Vieira Braga, da firma Miguel Vieira & C.aManoel Castello, da firma M. Castello «Sr C.aAntônio Silva, da firma Silva, Kaulfuss & C.aSilvestre Joaquim Dias, da firma Dias & Vianna.Florencio Carreira, da firma Florencio Carreira & C.aJosé Rodrigues Vieira, da firma Rodrigues Vieira & C.aBento José da Sila Santos, da firma Santos & Filho.Manoel Moreira da Silva, da firma M. M. da Silva & C.»Antônio Pereira d'Azevedo, da firma Pereira d'Azevedo & C.aJosé Pinto Ribeiro, idem,. idem.Simao Sarraf, da firma Roflfé & C.aDomingos José da Silva Sá, da firma Silva Sá & C."Benjamim Lamarão, da firma B. Lamarão & C.aJoaquim da Silva Vidinha, da firma Vidinha & C.aBarão de Cametá, da firma Mello & C.aIgnacio de Sousa Lages, idem, idem.Antônio Fernandes Costeira, idem, idem.Abel José da Cruz, da firma Manoel José Pereira Leite Júnior & C»Emilio Kantack, da firma R. F. Sears & C.»Paulo Mourraille, da firma Paulo Mourraille & Hermano.José Maria Borges de Lima, da firma Levy, Ferreira & C.aLe3o Levy, idem, idem.Antônio Leite Chermont, da firma Chermont, Braga & C.»F. W. Dunbar, da firma Adelbert H. Alden.Manoel Landeira da Silva, da firma Martins, Lage & C.»Franklin Corrêa de Albuquerque, da firma Corrêa & C.aAlberto Alves da Motta, da

"firma A. J. de Sousa & C.aSalomão Grumbacher, da firma Grumbacher & C.aFrancisco Júlio Pereira, da firma Manoel R. d'01iveira & C.»Arthur Miranda, da firma Arthur Miranda & C.a

Manoel Parada Corbacho, da firma Corbacho & Silva.

JoaquimE

Êk • de AmorimTRAVESSA SETE DE SETEMBRO :N. '33—A

Belém «lo Pará-(BRASrL)

E medico examinador da Sociedade, em Belém,o distineto clinico dr. Firmo Braga

Banqueiro da Sociedade, em Belém,The London and Brazilian Bank, Limited

0 LICOR PARUESiSE é o iiiiiuci infbSSSvo" na eura das febres e sezões••f^,;

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