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-,.... __________^__t______ffáamm ámmmf ______i^^í W\^ri| I ' 1 H AmtmJ naam REDICÇiO, ÍDMIHISTRIÇÍO E OFFICINAS 16—Praça da Independência—17 LADO DA AVBNIDA l6 DB NOVBMBRO, BM BBLBM TELEPHONB 433 ESTADO BO PAR* ESTADOS UNIDOS DO BRASIL ÍSSIGHITÜRIS FARÁ A AMAZÔNIA Semestre i6$ooo Anno 30I000 Pagamento, 'assim de assignaturas como de quaesquer publicações, adiantado. Absolutamente imparcial, a FOLHI DO MORTE recebe e publica todos e quaesquer artigos, noticias e informações, comtanto que lançados em termos convenientes. ÍSSIGHITÜRIS PARA FORA DA AMAZÔNIA Semestre 20I000 Anno' 381000 NUMERO AVULSO DO DIA NUMERO ATRASADO . . . 120 RS. 50O » DOMIHGO, 21 de março de 1897 Fere-se a batalha de Souco, Paraguay (18G8) Anno 2.°Num. 445 Recebem-se publicações até as 8 horas da noite. EDIÇÃO ROSA Cancioneiro (LAUS VENERIS) Brusco, lesto, vibra e timbra o relógio... e nada mais. Em frente, impassíveis, o céo, osculado de estrellas, é o mar, alvorado de espumas. O céo plácido, o mar manso. Será meu coração maior do que elles ambos? Sinto muito mais luz dentro em mim, muito mais luz do que existe no céo, por- que surges, na minha saudade, viva, núa, palpitante, rindo: e o túmulo do meu co- ração é bem maior do que o chofrar pe- renne do oceano. Porque não vens ? O vento vôa... Ha duas anciedades irmãs; a do moribundo e a do amante—esperar a morte, esperar a vida... Que terá acontecido?! Batem á porta delicadamente; três pan- cadas, três... Corro precipitado. Oh! que cortejo. Deus! As princezas das terras levantinas não trariam delicias mais preciosas. Entra um suavissimo perfume, volatilisa-se, toma todos os cantos, e a ai- cova inteira fica num ambiente cheiroso. Oh! sensualissimos lábios! aromabilis- sima bocca, que apenas um vocábulo dis- seste, um só, meu nome! e a alcova in- teira guarda o echo de tua palavra, que é o aroma. Sol nocturno... e neve ao mesmo tem- po, estrellas e rosas... são as tuas faces, são os teus olhos, é tua bocca e, por mim o supremo triumpho; o Laus Veneris, in- carnado, tu! que atravessas, como uma deusa, o limiar do meu retiro cheio de an- cia de amor... Meu Deus! não ha tanta luz nem tanto aroma em minha alcova, de manhã, quan- do abro ao sol as portas, de par em par... Oh! Volúpia dos olhos! Flamma subtil das lúcidas pupülasl que claridade, que divino êxtase concentras, que bemfazejo calor prodigalisas! Olhos, astros de amor! astros sensuaes do céo dos beijos, salve! salve! salve! COELHO NETTO. Louca Sangrenta fiôr viçosa, que te abriste No pequeno jardim de minha vida, Estrella que nos céos te descobriste D'esta minh'alma agora entristecida, Bem cedo, ó flor mimosa, me fugiste Em precipite carreira desabridal E longe, muito longe te sumiste, Sem um adeus sequer, por despedida! O que me punge, emtanto, e faz soffrer, Não é o teres, tão bella e radiosa, D'aqui partido, sem nada me dizer! O que punge-me sabes, ó fiôr sangrenta, E' que louca partiste, e mais formosa, Por uma fria noute luarental Pará. Solteiro e solteirão FLAVIO JUNIOR. II Polycarpo continua a ser rico, mas vão os seus 30 annos. Elle tem... não, não quero dizer que ida- de tem. E' difficil marcar os limites, quando o ho- mem deixa de ser solteiro, para passar ao estado de solteirão; o caso é delicado, e para não melindrar os muitos que conheço, deixo á discreção de cada um adivinhar a idade que Polycarpo tem. Ainda diz que as mulheres não o que- rem, mas d'esta vez ú com alguma razão. Nos bailes onde apparece, não faz fal- ta, outros mais moços tomaram o seu lo- gar. Deixou de dansar. Más línguas dizem que é por nâo ter com quem. Outros mais bem informados affirmam que é porque tem callos. Um amigo encontrou-o um dia na Dro- garia Beirão comprando um d'esses relógios que parecem feitos para marcar horas, mas que são, na realidade engenhosas caixi- nhas contendo rodeüas muito apreciadas para extracção de callos. Bateu-lhe no hombro perguntando: —Também usas d'istos? O Polycarpo enfiou; respondeu ataran- tado: —Qual! callos é coisa que não conheço. Largou a caixinha, e em seguida despe- diu-se. O amigo, muito obsequiador tornou a chamal-o para lhe mostrar um vidro de opodeldock que tinha deixado no balcão. D'esta vez, Polycarpo zangou-se. —Isto não é meu, adeus. E sahiu apressadamente. O caixeiro riu-se e disse, embolsando o dinheiro: —O melhor, é que pagou. Uma manhã, mirando-se ao espelho, no- tou uns cabellos brancos, bem por cima da orelha direita.i Arrancou-os. No dia seguinte, viu egual porção do ou- tro lado.—A mesma operação. Pouco tempo depois, appareceram-lhe ca- bellos brancos mesmo na frente. O Polycarpo hesitou; por este andar, ar- rançando assim os cabellos todos os dias, dentro em pouco ficaria calvo. Resolveu pintal-os. 0 bigode também, se vê. Ao principio, por falta de pratica não ti- nha a mão bem certa. O bigode e o cabello appareciam de uma côr duvidosa, de um preto sujo, ou café mal' torrado. Pouco a pouco aperfeiçoou-se até chegar a um preto luzidio, podendo rivalisar com o polimento do seu calçado, mas não lhe saía tão barato. Como outr'ora, tem bonitos dentes. Que o diga o dentista que lh'os vendeu e o seu creado que tem o trabalho de os limpar e pôl-os todas as noites n'um copo d'sgua fresca, No seu toucador, ha de tudo: água cir- cassiana, tinetura de Ayer, cosmético para o bigode, opodeldock para rheumatismo, quina e quinina, etc. Na banca de cabeceira, água carmelita- na; ao da cama o «Tractado Homcepa- thico» de Humphreys. Outros tempos, outros costumes. Outras idades, outros gostos. O Polycarpo anda triste, não come, dor- me pouco e mal. Tudo o aborrece: bailes, festas, theatros' lhe repugnam essas afleições pàssagei- ras que n'outtos tempos p,...curou com tanto ardor. Falta-lhe não sabe o quê, mas falta-lhe alguma coisa. Sente um peso no coração endurecido pela solidão. Acha-se isolado, no meio da mocidade, agora que todos os seus baixaram ao tu- mulo. Arrepende-se de não ter creado familia, falta-lhe o aconchego do lar, a affeição pura, a dedicação leal da esposa, os afia- gos e beijos dos filhos. Tem saudade de um passado que go- zou, e lastima um futuro que não soube prever. - E é tarde já. Não casou até agora, não casará mais. Solteiro foi, solteirão ha de morrer. Pobre Polycarpo! MARGOT. AO DR. ELADIO LIMA Tal a doçura olyrapica, a inuoconcia, Que do seu rosto cândido irradia, Quo nao sei dc que estrella ou dc que essência Mystoriosa cila nascera um dia. Mágoa não sei sc é ou se demência, Ou agri-doce pona pungidfa O quo me assalta ao vêl-a na bravia E fragorosa vaga da existência. Seu passo o como o tímido voejo De rolas traquinando ao iiimorcjo De estiva tarde, em virginal seara... Toda cila á como ura cântico ferido; Serena apothooso, hosanna erguido Ao prestigio e ao fulgor da Forma raral Pará. JOÃO DE DEUS DO REGO. MARIA A minha Maria vive perto da egreja, em uma casita branca que tem uma ramadinha de flores. E' muito interessante e bonita e tem dois olhos pretos, ternos e scismadores que são as minhas delicias. Papá e mama morreram, era ella muito novita; e neste mundo tem apenas um ir- mâosito pequeno, traquinas, e branco como um lyiio e uma criada grave, discreta e idosa, que tem por ella a ternura de uma mãe e a fidelidade de um cão de guarda. Somos noivos, mas nunca nos confessamos amor; no meu coração mora ella toda; eu habito todo o seu coração. Oh I que dulcissimo pretexto de viver. Bem feita, amorosamente bem feita... e no emtanto ha em torno delia uma casta pacificação á forte organisação de um rapaz no meio da sua existência. E' verdade, ás vezes tenho vontade de a beijar, como dou um beijo em minha irmã; mas está a cria- da grave que fia emquanto nos amamos. Não tem conta as visitas que lhe faço, de manhã, de tarde, a toda hora. E á noite, na sombra do abatjour, emquanto ella borda e o fusc^anta nas mãos da criada grave, ensi- no a\ \peqii. pito todo cheiroso a sabo- nete, | " iodo' de João de Deus, que era uijoeta e um bondoso coração. De qium quando ergo para ella os meus olhos e encontro os seus postos em nós ternamente. Então sinto não sei o quê percorrer-me.—Sorrimos—e a minha alma abre-se toda em flores como as da sua ra- madinha. O abbade vae falando em casar-nos. GUILHERME GAMA. A, flor exul Eil-o: é um escrinio d'ebano. Incrustada Na tampa vê-se em letras de saphira Uma inicial bordada, Unida á minha em forma de uma lyra. Abro-o. Contemplo alli a prenda amada, Que um aroma subtil, em torno, expira: —Algida flor magoada Que me deixara alguém quando partira... E beijo-a... Mas apenas fecho o cofre, Parece que ouço o coração que soffre E de saudade chora.. Naquella flor exul que alli definha, —Flor qv.e deixou para lembrança minha, E que ella esquece agora ... VENCESLAU DE QUEIROZ. A Navegação Aérea Não é ainda um problema resolvido como é o da cura das moléstias da pelle pelo de- purativo sem rival «.Pílulas de Pião» que se vende na DROGARIA NAZARETH O coração devorado Em uma noite de carnaval, disse á sua formosa um cavalleiro galanteador: —Gentil senhora, quando terei o seu amor ? —Cavalleiro, amarte-ei, quando me trou- xeres a Flor Dourada, a Flor que sabe can- tar, e canta ao nascer do sol. —Adeus, formosa. Quando vier a noite de S. Felippe, e'pera-me no portal da tua casa. —Boa noute, formosa. Aqui tens a Flor Dourada, a Flor que canta quando o sol nasce. Dize-me, gentil dama, dize-me ago- ra que tenho o teu amor. —Amo-te, cavalleiro. Mas, Deus meu! como vens pallido! —Pallido, sim; e bastante razão tenho para isso. Cem lobos negros guardavam a Flor Dourada, a Flor que canta ao nascer do sol. De tal modo me morderam e tanto, que perdi metade do meu sangue.—Dize- me, formosa, dize quando seremos noivos ? —Havemos de ser noivos, cavalleiro, quando me deres a Ave Azul, a Ave que fala e raciocina como um christão. —Adeus, formosa. Quando vier a noute de S. Roque, espera-me no portal da tua casa. Quando veiu a noute de S. Roque, a dama gentil esperava o cavalleiro galantea- dor no portal da sua casa. —Boa noute, formosa. Aqui tens a Ave Azul, a Ave que fala e raciocina como um christão. Dize-me gentil senhora, dize quan- do nos casaremos? •—Cavalleiro, havemos de casar, quando me tiveres dado o Rei das Águias, o Rei soberbo, encarcerado n'uma gaiola de fer- ro.-—Mas, Deus meu! cavalleiro como estás triste 1 —Triste, tenho razão de o estar. A Ave Azul, a Ave que fala e raciocina como um christão, diz que me não amas. —Mentiste, Ave Azul. E para teu castigo has de ser logo depennada e cozida viva. —Adeus, formosa. Espera-me no portal tua casa, quando vier a noute de S. Lu- cas. Quando veiu a noute de S. Lucas, era es- perado o cavalleiro pela dama formosa, no portal da sua casa. —Mãe, minha mãe, o cavalleiro não volta. —Vem para a mesa, minha filha. O ca- valleiro voltará durante a tua ceia. Depois da ceia, voltou a dama para o por- tal da sua casa. —Mãe, minha mâe, o cavalleiro não volta. —Vae-te deitar, minha filha. O cavallei- ro virá de manhã, quando acordares. Foi a gentil dama para o seu quarto e deitou-se.—Mas, á meia noite, ergueu-se muito leve, e foi. para o portal da sua casa, esperar. —Boas noutes, formosa. O Rei das Águias é mais forte do que eu. Procura quem t'o dê, quem o traga a teus pés encarcerado numa gaiola de ferro! —Cavalleiro, o que é esse buraco encar- nado e tâo profundo que tens no peito ? —Formosa, é o logar onde esteve o meu coração. O Rei das Águias devorou-o.— Jamais nos casaremos, jamais, jamais. E o cavalleiro sumiu-se na escuridão da noite. No dia seguinte, a dama formosa entrou para um convento de carmelitas e cobriu-se com o véo preto que trouxe até a hora da morte. JEAN BLADE. CARNETS para baile, cartões para con- vites e participações, e papel de fantasia para cartas não ha sortimento igual no Pará ao da livraria commercial. Rua Conse- lheiro João Alfredo, n.° 12.(d A Marcellino Baratta Ao que cahio na tenebrosa lida, Ao que tombou avassalado á sorte, E que soube viver, honrando a Vida, E que soube morrer, honrando a Morte!.. A ti, meu pobre e infortunado amigo, A ti, dos nobres ideaes poeta!... Immaculado perfil de grego antigo, De alma stoica, sonora e irrequieta! Traz, hoje, a Musa heróica, palpitante, A' flor do verso cândido e iriante, Co'o addio extremo, a lagrima sincera, —Luz d'amizade na tua noite fria!— O' Poeta da cândida ironia! O' morto sol da lúcida chimera!... Belém—Fev. 97. MUCIO JAVR0T. Academia de Bellas Irtes Musicas mandadas adoptar pelo maestro Carlos Gomes vende a LIVRARIA CONTEMPORÂNEA A rua Conselheiro João Alfredo n.° 20 (20 PARA A QUARESMA Sedas, merinós, cachemiras, crepons e guarnições pretas, tudo muito moderno, rece- beu o BAZAR PARAENSE(2 A flor da recordação De seus loiros cabellos sedosos cahira uma flor; elle quiz apanhal-a, ella, deten- do-o, disse: —Deixa, deixa que o vento leve a flor, toma esta- E tirando-me do seio, deitou-me entre os dedos de seu bem amado. —Flor delicada e querida, disse elle por sua vez, sorrindo para mim, quero guardar- te eternamente, flor idolatrada, flor de re- cordação! E levando-me comsigo, deitou-me num vaso do mais puro crystal; olhava-me sem cessar, e, olhando-me, era ella que elle via. Quantas vezes dizia: flor de minha ado- rada, como é delicioso o teu perfume, como embriaga o coração! Ella tocou-te com seus dedinhos de fada, sobre ti deixou passar seu hálito perfuma- do; entre mil, eu te reconheceria. Entretanto minhas cores desmaiavam, a haste inclinava-se languidamente, e um dia elle disse-me com ar triste: —Pobre flor, vaes morrer, bem o vejo. Vem... quero enterrar-te num logar secreto e privilegiado, ficarás como que sepultada ao lado de minha alma. Collocou-me entre as cartas de sua que- rida, e eu sentia-me satisfeita em repousar naquella athmosphera suave. Vinha constantemente visitar meu tumu- lo, e, fantasma reconhecido, eu recobrava meus antigos perfumes, apparecia-lhe em todo o esplendor da minha mocidade, e seu amor lhe parecia cada vez mais vivo. Pouco a pouco, foi espaçando suas visi- tas. Ha dias voltou, pegou nas cartas e, sem as lêr, queimou-as. Viu-me e contemplou-me por muito tem- po. Que fazes ahi ? Parecia perguntar-me. Segurou-me, e, approximando-se da ja- nella, senti que escorregava por entre seus dedos distrahidos. O ingrato não me reconhecia, a mim, flor tirada do seio de sua bem amada, flor de recordação ! E o vento espalhou no espaço minhas pobres pétalas seccas. AFFONSO KARR. _ST'nm cartão A esperança tem uns olhos Tem uns olhos verde mar, Deus me salve dos abrolhos Com a luz do seu olhar ! Ha tanta fiôr pela vida, Ha tanta fiôr pelo prado .., Uma esperança, querida, Será fiôr pelo noivado. E quando o peito palpita, Cheio de gala e vigor, Abre-se a umbella bemdicta Das rosas puras do amor I... CARVALHO ARANHA. A "Singor Vibrante" . a rainha do to- das as machinas do costura, por sor a mais durável, a mais simples o a mais silencio- sa; dá-se doz contos do réis a quem pro- var quo ha egual ou mollior. Únicos depósitos— rua Quinze do Novem- bro, n.40 o travessa da Vigia, casa Amaral, do J. V, d'01iveira & Oomp. ¦y Folhetim da Folha do Norte-21-3-97 O rouxinol morto Godofredo de Rohan, trovador e cavai- leiro, andando em aventuras continuas pe- Ias rerras de Vanne3, encontrou-se, um dia, com Luiza de Renon, condessa de Auray, que bella e loura, sobre um ginete fogoso, com seu manto de velludo e ouro fluetuan- do ao vento, recolhia ao seu castello, ga- lopando alegremente, á frente de cavalga- ta luzida, em direcçao a Sarzeau. Garbosos sobre montaiios escuros, dois pagens de capa escarlate seguiam-n'a, qua- si imberbes e infantes, tricornes de felpo ã cabeça, a delgada chibata de castão de maifim presa á rédea no guante, e dois soberbos amestrados falcões erapoleirados aos hombros. Alguns guerreiros e damas, com plumas brancas nos goiros, em corpe- tes e grilhões de setim, cavalgavam aos flancos, dispostos em ordem e aos pares, falando de torneies e guerras, em galan- teios de amor. Em seguida, e um pouco distante, os guardas de caça, de fardeta azul e branco, longo rabicho empoado cain- do solto nas costas, e as curvas trombetas de ts. tal ieluzente, mudas a tiracolo, pen- dendo do torçal verde. Mais atraz, uma matilha de galgos correndo de cauda no ar, pela mão de um escudeiro armado montando um esguio alazão, emquanto ou- tros serviçaes retardados, os alfo-ges vasios a bater contra as sellas, caças moitas so- bre as ancas das éguas, voavam ao longe, nas landes. Estacando o corcel branco na encruzi- lhada arenosa, para não cortar a frente á condessa, Godofredo de Rohan, viu-a pas- sar, deslumbrado, a espada caída em con- tinencia, a fronte pallida descoberta, o bus- to curvo no arção. E por muito tempo ainda retido por força desconhecida, ficou a seguil-a com os olhos, enternecido e em êxtase, como stb a pressão de um en- canto. Tinha de ir a Questembert, mas deu de rédea após instantes, apenas a cavalgata internou-se na grande floresta de carvalho, ao norte, para os lados de Grandmont. Lançou o cavallo por um pequeno atalho, que atravessava a estrada em um ponto, e alcançou n'um galope, a colina que domi- na o Morbian, A essa hora, o sol sumia-se a oeste, n'uma leve barra de ouro, illuminando frou- xamente a cidade, pousada pittorescamen- te nos seus outeiros e montes. Parando um momento, o cavalleiro ena- morado quedou-se a olhar a casaria bran- ca e a paizagem em volta, buscando o cas- tello de Auray, quando o avistou, de re- pente, em baixo, junto á faixa prateada do rio, faiscando pelas ameias e torres. Teso nos estribos, esticado na sella, torso inclinado para adiante, tentava descobrir a cavalgata, que lhe parecia não ir muito longe. Mas em balde investigou veredas e trilhas: o cortejo desapparecera do outro lado das landes. Entrou, então, a costear a colina, des- cendo para Sarzeau, direito ás campinas do Auray. Ao sair a estrada real, por um carreiro barrento, torcendo-se entre duas encostas, esbarrou com a comitiva, mas tão inespe- radamente, que, antes de colher a rédea ao ginete, roçou o manto da sr." condessa cujo corcel impetuoso, galopando ardida- mente, distanciara-se dos cavalleiros, mui- tas braças à frente. Abancou de chôfre o mon tario, voltean- do garbosamente á esquerda, e, todo cur- vo no arção, a espada em continência, murmurou, entre embaraçado e amoroso: —Perdão, pela Virgem, condessa! Firme e alta no sellim, ella apenas o fi- tou de relance, era silencio, continuando a galopar nobremente, com o manto de ve- ludo e ouro a fluetuar ao vento. Mas elle notara vagamente que dos olhos ezues de Luiza uma flamma sairá, langue e meiga, procurando ardentemente os seus. Antes que os cavalleiros surgissem, re- ceiando ser visto outra vez, para despertar ¦.-¦¦¦¦i_, ._ suspeitas, esporeou o corcel, oceultando-se na vereda. E, á noite, mettendo-se de novo a ca- minho, foi rondar o castello, sob a escuii- dão da ramaria espessa. Altas horas, fechadas as portas e janellas, silente e apagado tudo, quando a lua appa- receu, grande e branca no céo, como um escudo gaulez, entornando docemente na terra a poeira deliciosa da sua luz argentea, deixou as frondes de verdura, e, saindo para as muralhas, começou a espreitar os torreões no alto, a ver se descobria a vidraçaria ren- dilhada dos aposentos da condessa, ülu- minada de ceito, posto que frouxamente, pelo clarão da veilleuse. Encontrou-a, afinal, na fachada do orien- te, atravéz de cujos vidros polychiomos uma sombra vaga se movia, desenhando um per- fil de mulher, que .era naturalmente Luiza. As janellas, ahi, davam para um massiço de carvalheiras, cujas franças magníficas ro- cavam, em cima, os balcões, onde o luar batia em cheio, e, cosendo-se com a parede, ficou a olhar as vidraças, sob a abobada im- mensa das copas, que, vistas agora debaixo, pareciam crivadas de estrellas. Assim postado entre as arvores abtindo no alto, como um pallio, a sua umbella pro- tectora e densa, esperava um acaso bemdito que fizesse a condessa apparecer, quando um rouxinol inspirado veiu pousar súbita- mente no cimo das carvalheiras, desferindo, após instantes, uma dessas aiias ideaes, que enchem os céos da Bretanha nas doces noi- tes albentes. Em pouco, um rumor abafado e leve cor- reu s bre os ramos, onde uma brisa de cal- ma mal sussuirava gemente—e um vulto aéreo e lindo suigiu, banhando-se na luz branca da lua. Era a condessa de Auray, que, impressio- nada também pelo moço cavalleiro, sentira o coração repentinamente preso de uma flamma de amor, e desde o momento em que o vira até aquella hora, levara inquieta, n'uma palpitação que não podia conter. Mai chegara da caçada e trocai a algumas phra- ses com o conde, velho príncipe encanecido que a desposara, n'um assomo de paixão desvairada, em uma abbadia do Rheno, quando visitava o Palatino; mal chegara da caçada, pretextando fadiga e doença, reco- lhera á sua câmara, pensativa, cheia de uma idealidade, e dolente. Recordava as pala- vras que ouvira a Rohan, no segundo encon- tro venturoso em que os seus corceis se es- barraram, e preparava as orações á Virgem, quando o rouxinol a despertou cora o seu bello gorgeio. E ali estava á janella, mais apaixonada ainda pelo seu trovador, sob o luar admirável e a impressão celestial da- quella cavatina. Mas o rouxinol emmudecera, e instan- tis depois recomeçara a trinar, mais lon- ge, n'uma outra carvalheira. Ao vêl-a sob a arcada ogival, n'u-ia aUu- ra de Veleda, Godofredo suspirou, emocio* / nado, e querendo revelar-se á condessa, co- meçou a entoar, á meia voz, saudoso, apai- xonado rimance. Surprehendida de repente, e n'um susto, Luiza quizera deixar o balcão, mas a tonali- dade daquella voz, que lhe não era extra- nha, attrahiu-a. E reconhecendo no canto o timbre doce das palavras queridas, que ou- vira á taide ao joven cavalleiro—«Perdão, pela Viigem, condessa!» achegou-se de novo, procurando descobril-o, por entre o ciivo dos ramos. Bem oceulto pela sombra, porém, o trova- dor proseguia, estribilhando certas estrophes ardentes com mais doçura e paixão. Os versos gemedores e tristes envolviam como uma primeira, vacillante confidencia de amor: e seu rhythmo suavissimo, de um encanto mysterioso, enlevava a castellâ, cujos olhos ineffaveis, voltados idealmente para a lua, cobriam-se, ás vezes, de pranto... Quando o rimance findou, a condessa agitava-se no balcão, anciosa por vêr se era com effeito o cavalleiro a quem dera a sua alma. Godofredo deixou, então% subitar**-1 *"« «¦ - escuridão das ramagens e cóio" pequena distancia, n'uma,cl3r o luar, fic-v. ah^ muito ter?' a con"1'"wnbever- r *

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REDICÇiO, ÍDMIHISTRIÇÍO E OFFICINAS16—Praça da Independência—17

LADO DA AVBNIDA l6 DB NOVBMBRO, BM BBLBMTELEPHONB 433

ESTADO BO PAR* — ESTADOS UNIDOS DO BRASIL

ÍSSIGHITÜRISFARÁ A AMAZÔNIA

Semestre i6$oooAnno 30I000

Pagamento, 'assim de assignaturas comode quaesquer publicações, adiantado.

Absolutamente imparcial, a FOLHI DOMORTE recebe e publica todos e quaesquerartigos, noticias e informações, comtanto

que lançados em termos convenientes.

ÍSSIGHITÜRISPARA FORA DA AMAZÔNIA

Semestre 20I000Anno ' 381000

NUMERO AVULSO DO DIANUMERO ATRASADO . . .

120 RS.50O »

DOMIHGO, 21 de março de 1897Fere-se a batalha de Souco, Paraguay (18G8)

Anno 2.° Num. 445Recebem-se publicações até as 8 horas da noite.

EDIÇÃO ROSACancioneiro

(LAUS VENERIS)

Brusco, lesto, vibra e timbra o relógio...e nada mais.

Em frente, impassíveis, o céo, osculadode estrellas, é o mar, alvorado de espumas.

O céo plácido, o mar manso. Será meucoração maior do que elles ambos?

Sinto muito mais luz dentro em mim,muito mais luz do que existe no céo, por-

• que surges, na minha saudade, viva, núa,palpitante, rindo: e o túmulo do meu co-ração é bem maior do que o chofrar pe-renne do oceano.

Porque não vens ? O vento vôa... Haduas anciedades irmãs; a do moribundoe a do amante—esperar a morte, esperara vida... Que terá acontecido?!

Batem á porta delicadamente; três pan-cadas, três... Corro precipitado.

Oh! que cortejo. Deus! As princezas dasterras levantinas não trariam delicias maispreciosas. Entra um suavissimo perfume,volatilisa-se, toma todos os cantos, e a ai-cova inteira fica num ambiente cheiroso.

Oh! sensualissimos lábios! aromabilis-sima bocca, que apenas um vocábulo dis-seste, um só, meu nome! e a alcova in-teira guarda o echo de tua palavra, que éo aroma.

Sol nocturno... e neve ao mesmo tem-po, estrellas e rosas... são as tuas faces,são os teus olhos, é tua bocca e, por mimo supremo triumpho; o Laus Veneris, in-carnado, tu! que atravessas, como umadeusa, o limiar do meu retiro cheio de an-cia de amor...

Meu Deus! não ha tanta luz nem tantoaroma em minha alcova, de manhã, quan-do abro ao sol as portas, de par em par...

Oh! Volúpia dos olhos! Flamma subtildas lúcidas pupülasl que claridade, quedivino êxtase concentras, que bemfazejocalor prodigalisas!

Olhos, astros de amor! astros sensuaesdo céo dos beijos, salve! salve! salve!

COELHO NETTO.

Louca

Sangrenta fiôr viçosa, que te abristeNo pequeno jardim de minha vida,Estrella que nos céos te descobristeD'esta minh'alma agora entristecida,

Bem cedo, ó flor mimosa, me fugisteEm precipite carreira desabridalE longe, muito longe te sumiste,Sem um adeus sequer, por despedida!

O que me punge, emtanto, e faz soffrer,Não é o teres, tão bella e radiosa,D'aqui partido, sem nada me dizer!

O que punge-me sabes, ó fiôr sangrenta,E' que louca partiste, e mais formosa,Por uma fria noute luarental

Pará.

Solteiro e solteirão

FLAVIO JUNIOR.

II

Polycarpo continua a ser rico, mas já lávão os seus 30 annos.

Elle tem... não, não quero dizer que ida-de tem.

E' difficil marcar os limites, quando o ho-mem deixa de ser solteiro, para passar aoestado de solteirão; o caso é delicado, epara não melindrar os muitos que conheço,deixo á discreção de cada um adivinhar aidade que Polycarpo tem.

Ainda diz que as mulheres não o que-rem, mas d'esta vez ú com alguma razão.

Nos bailes onde apparece, já não faz fal-ta, outros mais moços tomaram o seu lo-gar.

Deixou de dansar. Más línguas dizemque é por nâo ter com quem.

Outros mais bem informados affirmamque é porque tem callos.

Um amigo encontrou-o um dia na Dro-garia Beirão comprando um d'esses relógiosque parecem feitos para marcar horas, masque são, na realidade engenhosas caixi-nhas contendo rodeüas muito apreciadaspara extracção de callos.

Bateu-lhe no hombro perguntando:—Também usas d'istos?O Polycarpo enfiou; respondeu ataran-

tado:—Qual! callos é coisa que não conheço.Largou a caixinha, e em seguida despe-

diu-se.O amigo, muito obsequiador tornou a

chamal-o para lhe mostrar um vidro deopodeldock que tinha deixado no balcão.

D'esta vez, Polycarpo zangou-se.—Isto não é meu, adeus.E sahiu apressadamente.O caixeiro riu-se e disse, embolsando o

dinheiro:—O melhor, é que já pagou.Uma manhã, mirando-se ao espelho, no-

tou uns cabellos brancos, bem por cima daorelha direita.i Arrancou-os.

No dia seguinte, viu egual porção do ou-tro lado.—A mesma operação.

Pouco tempo depois, appareceram-lhe ca-bellos brancos mesmo na frente.

O Polycarpo hesitou; por este andar, ar-rançando assim os cabellos todos os dias,dentro em pouco ficaria calvo.

Resolveu pintal-os. 0 bigode também, jáse vê.

Ao principio, por falta de pratica não ti-nha a mão bem certa.

O bigode e o cabello appareciam de umacôr duvidosa, de um preto sujo, ou cafémal' torrado.

Pouco a pouco aperfeiçoou-se até chegara um preto luzidio, podendo rivalisar como polimento do seu calçado, mas não lhesaía tão barato.

Como outr'ora, tem bonitos dentes. Queo diga o dentista que lh'os vendeu e o seucreado que tem o trabalho de os limpar epôl-os todas as noites n'um copo d'sguafresca,

No seu toucador, ha de tudo: água cir-cassiana, tinetura de Ayer, cosmético parao bigode, opodeldock para rheumatismo,quina e quinina, etc.

Na banca de cabeceira, água carmelita-na; ao pé da cama o «Tractado Homcepa-thico» de Humphreys.

Outros tempos, outros costumes.Outras idades, outros gostos.O Polycarpo anda triste, não come, dor-

me pouco e mal.Tudo o aborrece: bailes, festas, theatros'Já lhe repugnam essas afleições pàssagei-

ras que n'outtos tempos p,...curou com tantoardor.

Falta-lhe não sabe o quê, mas falta-lhealguma coisa.

Sente um peso no coração endurecidopela solidão.

Acha-se isolado, no meio da mocidade,agora que todos os seus baixaram ao tu-mulo.

Arrepende-se de não ter creado familia,falta-lhe o aconchego do lar, a affeiçãopura, a dedicação leal da esposa, os afia-gos e beijos dos filhos.

Tem saudade de um passado que já go-zou, e lastima um futuro que não soubeprever. -

E é tarde já. Não casou até agora, nãocasará mais.

Solteiro foi, solteirão ha de morrer.Pobre Polycarpo!

MARGOT.

AO DR. ELADIO LIMA

Tal a doçura olyrapica, a inuoconcia,Que do seu rosto cândido irradia,Quo nao sei dc que estrella ou dc que essênciaMystoriosa cila nascera um dia.

Mágoa não sei sc é ou se demência,Ou agri-doce pona pungidfaO quo me assalta ao vêl-a na braviaE fragorosa vaga da existência.

Seu passo o como o tímido voejoDe rolas traquinando ao iiimorcjoDe estiva tarde, em virginal seara...

Toda cila á como ura cântico ferido;Serena apothooso, hosanna erguidoAo prestigio e ao fulgor da Forma raral

Pará.JOÃO DE DEUS DO REGO.

MARIAA minha Maria vive perto da egreja, em

uma casita branca que tem uma ramadinhade flores. E' muito interessante e bonita etem dois olhos pretos, ternos e scismadoresque são as minhas delicias.

Papá e mama morreram, era ella muitonovita; e neste mundo tem apenas um ir-mâosito pequeno, traquinas, e branco comoum lyiio e uma criada grave, discreta e jáidosa, que tem por ella a ternura de umamãe e a fidelidade de um cão de guarda.

Somos noivos, mas nunca nos confessamosamor; no meu coração mora ella toda; euhabito todo o seu coração.

Oh I que dulcissimo pretexto de viver.Bem feita, amorosamente bem feita... e

no emtanto ha em torno delia uma castapacificação á forte organisação de um rapazno meio da sua existência. E' verdade, ásvezes tenho vontade de a beijar, como douum beijo em minha irmã; mas lá está a cria-da grave que fia emquanto nos amamos.

Não tem conta as visitas que lhe faço, demanhã, de tarde, a toda hora. E á noite, nasombra do abatjour, emquanto ella borda eo fusc^anta nas mãos da criada grave, ensi-no a\ \peqii. pito todo cheiroso a sabo-nete, |

" iodo' de João de Deus, queera ui joeta e um bondoso coração.De qi um quando ergo para ella osmeus olhos e encontro os seus postos emnós ternamente. Então sinto não sei o quêpercorrer-me.—Sorrimos—e a minha almaabre-se toda em flores como as da sua ra-madinha.

O abbade já vae falando em casar-nos.

GUILHERME GAMA.

A, flor exul

Eil-o: é um escrinio d'ebano. IncrustadaNa tampa vê-se em letras de saphira

Uma inicial bordada,Unida á minha em forma de uma lyra.

Abro-o. Contemplo alli a prenda amada,Que um aroma subtil, em torno, expira:

—Algida flor magoadaQue me deixara alguém quando partira...

E beijo-a... Mas apenas fecho o cofre,Parece que ouço o coração que soffre

E de saudade chora..

Naquella flor exul que alli definha,—Flor qv.e deixou para lembrança minha,

E que ella esquece agora ...

VENCESLAU DE QUEIROZ.

A Navegação Aérea

Não é ainda um problema resolvido comoé o da cura das moléstias da pelle pelo de-purativo sem rival «.Pílulas de Pião» que sevende na

DROGARIA NAZARETH

O coração devorado

Em uma noite de carnaval, disse á suaformosa um cavalleiro galanteador:—Gentil senhora, quando terei o seuamor ?

—Cavalleiro, amarte-ei, quando me trou-xeres a Flor Dourada, a Flor que sabe can-tar, e canta ao nascer do sol.

—Adeus, formosa. Quando vier a noitede S. Felippe, e'pera-me no portal da tuacasa.

—Boa noute, formosa. Aqui tens a FlorDourada, a Flor que canta quando o solnasce. Dize-me, gentil dama, dize-me ago-ra que tenho o teu amor.

—Amo-te, cavalleiro. Mas, Deus meu!como vens pallido!—Pallido, sim; e bastante razão tenhopara isso. Cem lobos negros guardavam aFlor Dourada, a Flor que canta ao nascerdo sol. De tal modo me morderam e tanto,que perdi metade do meu sangue.—Dize-me, formosa, dize quando seremos noivos ?

—Havemos de ser noivos, cavalleiro,quando me deres a Ave Azul, a Ave quefala e raciocina como um christão.

—Adeus, formosa. Quando vier a noutede S. Roque, espera-me no portal da tuacasa.

Quando veiu a noute de S. Roque, adama gentil esperava o cavalleiro galantea-dor no portal da sua casa.

—Boa noute, formosa. Aqui tens a AveAzul, a Ave que fala e raciocina como umchristão. Dize-me gentil senhora, dize quan-do nos casaremos?

•—Cavalleiro, havemos de casar, quandome tiveres dado o Rei das Águias, o Reisoberbo, encarcerado n'uma gaiola de fer-ro.-—Mas, Deus meu! cavalleiro como estástriste 1

—Triste, tenho razão de o estar. A AveAzul, a Ave que fala e raciocina como umchristão, diz que me não amas.

—Mentiste, Ave Azul. E para teu castigohas de ser logo depennada e cozida viva.

—Adeus, formosa. Espera-me no portaldá tua casa, quando vier a noute de S. Lu-cas.

Quando veiu a noute de S. Lucas, era es-perado o cavalleiro pela dama formosa, noportal da sua casa.

—Mãe, minha mãe, o cavalleiro não volta.—Vem para a mesa, minha filha. O ca-

valleiro voltará durante a tua ceia.Depois da ceia, voltou a dama para o por-

tal da sua casa.—Mãe, minha mâe, o cavalleiro não volta.—Vae-te deitar, minha filha. O cavallei-

ro virá de manhã, quando acordares.Foi a gentil dama para o seu quarto e

deitou-se.—Mas, á meia noite, ergueu-semuito leve, e foi. para o portal da sua casa,esperar.

—Boas noutes, formosa. O Rei das Águiasé mais forte do que eu. Procura quem t'odê, quem o traga a teus pés encarceradonuma gaiola de ferro!

—Cavalleiro, o que é esse buraco encar-nado e tâo profundo que tens no peito ?

—Formosa, é o logar onde esteve o meucoração. O Rei das Águias devorou-o.—Jamais nos casaremos, jamais, jamais.

E o cavalleiro sumiu-se na escuridão danoite.

No dia seguinte, a dama formosa entroupara um convento de carmelitas e cobriu-secom o véo preto que trouxe até a hora damorte.

JEAN BLADE.

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A Marcellino Baratta

Ao que cahio na tenebrosa lida,Ao que tombou avassalado á sorte,E que soube viver, honrando a Vida,E que soube morrer, honrando a Morte!..

A ti, meu pobre e infortunado amigo,A ti, dos nobres ideaes poeta!...Immaculado perfil de grego antigo,De alma stoica, sonora e irrequieta!

Traz, hoje, a Musa heróica, palpitante,A' flor do verso cândido e iriante,Co'o addio extremo, a lagrima sincera,—Luz d'amizade na tua noite fria!—O' Poeta da cândida ironia!O' morto sol da lúcida chimera!...

Belém—Fev. 97.MUCIO JAVR0T.

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BAZAR PARAENSE (2

A flor da recordaçãoDe seus loiros cabellos sedosos cahira

uma flor; elle quiz apanhal-a, ella, deten-do-o, disse:

—Deixa, deixa que o vento leve a flor,toma esta-

E tirando-me do seio, deitou-me entreos dedos de seu bem amado.

—Flor delicada e querida, disse elle porsua vez, sorrindo para mim, quero guardar-te eternamente, flor idolatrada, flor de re-cordação!

E levando-me comsigo, deitou-me numvaso do mais puro crystal; olhava-me semcessar, e, olhando-me, era ella que elle via.

Quantas vezes dizia: flor de minha ado-rada, como é delicioso o teu perfume, comoembriaga o coração!

Ella tocou-te com seus dedinhos de fada,sobre ti deixou passar seu hálito perfuma-do; entre mil, eu te reconheceria.

Entretanto minhas cores desmaiavam, ahaste inclinava-se languidamente, e um diaelle disse-me com ar triste:

—Pobre flor, vaes morrer, bem o vejo.Vem... quero enterrar-te num logar secretoe privilegiado, ficarás como que sepultadaao lado de minha alma.

Collocou-me entre as cartas de sua que-rida, e eu sentia-me satisfeita em repousarnaquella athmosphera suave.

Vinha constantemente visitar meu tumu-lo, e, fantasma reconhecido, eu recobravameus antigos perfumes, apparecia-lhe emtodo o esplendor da minha mocidade, eseu amor lhe parecia cada vez mais vivo.

Pouco a pouco, foi espaçando suas visi-tas.

Ha dias voltou, pegou nas cartas e, semas lêr, queimou-as.

Viu-me e contemplou-me por muito tem-po. Que fazes ahi ? Parecia perguntar-me.

Segurou-me, e, approximando-se da ja-nella, senti que escorregava por entre seusdedos distrahidos.

O ingrato já não me reconhecia, a mim,flor tirada do seio de sua bem amada, florde recordação !

E o vento espalhou no espaço minhaspobres pétalas seccas.

AFFONSO KARR.

_ST'nm cartão

A esperança tem uns olhosTem uns olhos verde mar,Deus me salve dos abrolhosCom a luz do seu olhar !

Ha tanta fiôr pela vida,Ha tanta fiôr pelo prado ..,Uma esperança, querida,Será fiôr pelo noivado. •

E quando o peito palpita,Cheio de gala e vigor,Abre-se a umbella bemdictaDas rosas puras do amor I...

CARVALHO ARANHA.

A "Singor Vibrante" . a rainha do to-das as machinas do costura, por sor a maisdurável, a mais simples o a mais silencio-sa; dá-se doz contos do réis a quem pro-var quo ha egual ou mollior.

Únicos depósitos— rua Quinze do Novem-bro, n.40 o travessa da Vigia, casa Amaral,do J. V, d'01iveira & Oomp.

¦y

Folhetim da Folha do Norte-21-3-97

O rouxinol morto

Godofredo de Rohan, trovador e cavai-leiro, andando em aventuras continuas pe-Ias rerras de Vanne3, encontrou-se, um dia,com Luiza de Renon, condessa de Auray,que bella e loura, sobre um ginete fogoso,com seu manto de velludo e ouro fluetuan-do ao vento, recolhia ao seu castello, ga-lopando alegremente, á frente de cavalga-ta luzida, em direcçao a Sarzeau.

Garbosos sobre montaiios escuros, doispagens de capa escarlate seguiam-n'a, qua-si imberbes e infantes, tricornes de felpoã cabeça, a delgada chibata de castão demaifim presa á rédea no guante, e doissoberbos amestrados falcões erapoleiradosaos hombros. Alguns guerreiros e damas,com plumas brancas nos goiros, em corpe-tes e grilhões de setim, cavalgavam aosflancos, dispostos em ordem e aos pares,falando de torneies e guerras, em galan-teios de amor. Em seguida, e um poucodistante, os guardas de caça, de fardetaazul e branco, longo rabicho empoado cain-do solto nas costas, e as curvas trombetasde ts. tal ieluzente, mudas a tiracolo, pen-

dendo do torçal verde. Mais atraz, umamatilha de galgos correndo de cauda noar, pela mão de um escudeiro armadomontando um esguio alazão, emquanto ou-tros serviçaes retardados, os alfo-ges vasiosa bater contra as sellas, caças moitas so-bre as ancas das éguas, voavam ao longe,nas landes.

Estacando o corcel branco na encruzi-lhada arenosa, para não cortar a frente ácondessa, Godofredo de Rohan, viu-a pas-sar, deslumbrado, a espada caída em con-tinencia, a fronte pallida descoberta, o bus-to curvo no arção. E por muito tempoainda retido por força desconhecida, ficoua seguil-a com os olhos, enternecido eem êxtase, como stb a pressão de um en-canto.

Tinha de ir a Questembert, mas deu derédea após instantes, apenas a cavalgatainternou-se na grande floresta de carvalho,ao norte, para os lados de Grandmont.Lançou o cavallo por um pequeno atalho,que atravessava a estrada em um ponto, ealcançou n'um galope, a colina que domi-na o Morbian,

A essa hora, o sol sumia-se a oeste,n'uma leve barra de ouro, illuminando frou-xamente a cidade, pousada pittorescamen-te nos seus outeiros e montes.

Parando um momento, o cavalleiro ena-morado quedou-se a olhar a casaria bran-ca e a paizagem em volta, buscando o cas-tello de Auray, quando o avistou, de re-

pente, lá em baixo, junto á faixa prateadado rio, faiscando pelas ameias e torres.

Teso nos estribos, esticado na sella, torsoinclinado para adiante, tentava descobrir acavalgata, que lhe parecia não ir muitolonge. Mas em balde investigou veredas etrilhas: o cortejo desapparecera do outrolado das landes.

Entrou, então, a costear a colina, des-cendo para Sarzeau, direito ás campinasdo Auray.

Ao sair a estrada real, por um carreirobarrento, torcendo-se entre duas encostas,esbarrou com a comitiva, mas tão inespe-radamente, que, antes de colher a rédeaao ginete, roçou o manto da sr." condessacujo corcel impetuoso, galopando ardida-mente, distanciara-se dos cavalleiros, mui-tas braças à frente.

Abancou de chôfre o mon tario, voltean-do garbosamente á esquerda, e, todo cur-vo no arção, a espada em continência,murmurou, entre embaraçado e amoroso:

—Perdão, pela Virgem, condessa!Firme e alta no sellim, ella apenas o fi-

tou de relance, era silencio, continuando agalopar nobremente, com o manto de ve-ludo e ouro a fluetuar ao vento.

Mas elle notara vagamente que dos olhosezues de Luiza uma flamma sairá, languee meiga, procurando ardentemente os seus.

Antes que os cavalleiros surgissem, re-ceiando ser visto outra vez, para despertar

¦.-¦¦¦¦i_, ._

suspeitas, esporeou o corcel, oceultando-sena vereda.

E, á noite, mettendo-se de novo a ca-minho, foi rondar o castello, sob a escuii-dão da ramaria espessa.

Altas horas, fechadas as portas e janellas,silente e apagado tudo, quando a lua appa-receu, grande e branca no céo, como umescudo gaulez, entornando docemente naterra a poeira deliciosa da sua luz argentea,deixou as frondes de verdura, e, saindo paraas muralhas, começou a espreitar os torreõesno alto, a ver se descobria a vidraçaria ren-dilhada dos aposentos da condessa, já ülu-minada de ceito, posto que frouxamente,pelo clarão da veilleuse.

Encontrou-a, afinal, na fachada do orien-te, atravéz de cujos vidros polychiomos umasombra vaga se movia, desenhando um per-fil de mulher, que .era naturalmente Luiza.

As janellas, ahi, davam para um massiçode carvalheiras, cujas franças magníficas ro-cavam, em cima, os balcões, onde o luarbatia em cheio, e, cosendo-se com a parede,ficou a olhar as vidraças, sob a abobada im-mensa das copas, que, vistas agora debaixo,pareciam crivadas de estrellas.

Assim postado entre as arvores abtindono alto, como um pallio, a sua umbella pro-tectora e densa, esperava um acaso bemditoque fizesse a condessa apparecer, quandoum rouxinol inspirado veiu pousar súbita-mente no cimo das carvalheiras, desferindo,após instantes, uma dessas aiias ideaes, que

enchem os céos da Bretanha nas doces noi-tes albentes.

Em pouco, um rumor abafado e leve cor-reu s bre os ramos, onde uma brisa de cal-ma mal sussuirava gemente—e um vultoaéreo e lindo suigiu, banhando-se na luzbranca da lua.

Era a condessa de Auray, que, impressio-nada também pelo moço cavalleiro, sentirao coração repentinamente preso de umaflamma de amor, e desde o momento emque o vira até aquella hora, levara inquieta,n'uma palpitação que não podia conter. Maichegara da caçada e trocai a algumas phra-ses com o conde, velho príncipe encanecidoque a desposara, n'um assomo de paixãodesvairada, em uma abbadia do Rheno,quando visitava o Palatino; mal chegara dacaçada, pretextando fadiga e doença, reco-lhera á sua câmara, pensativa, cheia de umaidealidade, e dolente. Recordava as pala-vras que ouvira a Rohan, no segundo encon-tro venturoso em que os seus corceis se es-barraram, e preparava as orações á Virgem,quando o rouxinol a despertou cora o seubello gorgeio. E ali estava á janella, maisapaixonada ainda pelo seu trovador, sob oluar admirável e a impressão celestial da-quella cavatina.

Mas o rouxinol emmudecera, e só instan-tis depois recomeçara a trinar, já mais lon-ge, n'uma outra carvalheira.

Ao vêl-a sob a arcada ogival, n'u-ia aUu-ra de Veleda, Godofredo suspirou, emocio*

/

nado, e querendo revelar-se á condessa, co-meçou a entoar, á meia voz, saudoso, apai-xonado rimance.

Surprehendida de repente, e n'um susto,Luiza quizera deixar o balcão, mas a tonali-dade daquella voz, que lhe não era extra-nha, attrahiu-a. E reconhecendo no canto otimbre doce das palavras queridas, que ou-vira á taide ao joven cavalleiro—«Perdão,pela Viigem, condessa!» achegou-se de novo,procurando descobril-o, por entre o ciivodos ramos.

Bem oceulto pela sombra, porém, o trova-dor proseguia, estribilhando certas estrophesardentes com mais doçura e paixão.

Os versos gemedores e tristes envolviamcomo uma primeira, vacillante confidenciade amor: e seu rhythmo suavissimo, de umencanto mysterioso, enlevava a castellâ, cujosolhos ineffaveis, voltados idealmente para alua, cobriam-se, ás vezes, de pranto...

Quando o rimance findou, a condessaagitava-se já no balcão, anciosa por vêr seera com effeito o cavalleiro a quem dera jáa sua alma.

Godofredo deixou, então% subitar**-1 *"« «¦ -escuridão das ramagens e cóio"pequena distancia, n'uma,cl3ro luar, fic-v. ah^ muito ter?'a con"1' "wnbever-

r

*

Page 2: NUMERO AVULSO DO DIA ESTADO BO PAR* — ESTADOS …memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1897_00445.pdf · Sinto muito mais luz dentro em mim, muito mais luz do que existe no céo, por-•

2 Folha do E.o*r*ie—21 de março de 1897

Nossos telegrammasNoticias do paiz

Rio, 19 «ie março. (Retar-dados).

No correio desta capital foi appre-bendido um frasco vindo da Allema-nha com destino a Blumenau, era San-ta Catharina, o qual suppõe-se seruma machina infernal.

Vae-se proceder a averiguações.

Falleceo o illustre advogado dr. Al-varo Caminha Tavares da Silva. .

Foi nomeado Dario Galvão para ocargo de 2° secretario da legação bra-sileira junto ao Vaticano.

O general João Thomaz de Cantua-ria está em Queimadas, segundo tele-gramma de S. Salvador.

O dr. Prudente de Moraes, presi-dente da Republica, recebeo do dr.Luiz Vianna, governador do Estadoda Bahia, uma mensagem historiandotodos os acontecimentos que se têmsuccedido na. serra de Canudos, tendo

$>,:,: por agente principal Antônio Conse-Y lheiro.

Conforme telegramma de S. Salva-dor, o dr. Luiz Vianna, governador doBahia, havia encommendado no ex-trangeiro uma rica espada para, emnome do Estado, offerecer ao coronelMoreira César, victimado pelos conse-lheiristas.

Em trens de carga da ferro-via Cen-trai do Brasil foram apprehendidasalgumas caixas que suspeita-se coute-rem armameutos bellicos.

A divisão naval da marinha brasi-leira,que operavanas águas de S. Catha-rina em revoluções de exercicio, é* es-perada neste porto no próximo dia 20.

Em volumes de bagagem perten-cente a immigrantes que se destina-vam íí hospedaria de Juiz de Fora, emMinas Geraes, foram apprehendidas20 espingardas e competentes cartu-chos, do systema Mauser aperfeiçoado.

João Campbell será nomeado vice-cônsul do Brasil em Javary.

A mensagem do dr. Luiz Vianna,governador da Bahia, dirigida ao dr.Prudente de Moraes, historia minucio-samente o estado de cousas em Cauu-dos, quando elle assumio o governodo Estado.

Narra tudo que fez para restabele-cer a ordem, até o combate de Mus-saraçá; descreve a organisação das for-ças pelo major Febrouio de Britto;transcreve vários telegrammas troca-dos entre elle e o me3mo major, quejulgava sufficiente 500 homens paraatacar as forças do Conselheiro; contaos resultados do auxilio que prestouao coronel Moreira César, o qual es-tava muito satisfeito e esperançado doêxito da expedição.

Attribue o dr. Luiz Vianna o de-sastre succedido á morte do coronelMoreira César.

Termina, finalmente, o governador,dizendo que em sua consciência, comoprimeiro magistrado do Estado, affir-ma que os expedicionários não rece-beram do governo outras informa-ções senão as que lhes foram minis-tradas em bem da pátria e da cou-solidação da Republica.

Foi muito concorrida a missamandada dizer na igreja da Cruz dosMilitares, pelos empregados da secre-taria do ministério da guerra, emmemória dos heroes de Canudos.

As questões das Guyanas france-zas e brasileiras está realmente resol-vida em seus traços geraes, faltandoapenas assentar resoluções sobre osdetalhes.

O consulado italiano tem expedidomais de 0.000 re3alvas.

Foram apresentadas seis barricas. contendo dynamite, na estação da

Estrada de Ferro Central do Brasil.Foram despachadas na alfândega

de Santos, para uma importante casacommercial d'aqui.

^., • -'-Aiunio:?: 7/3 d. foi a taxa cambial

'gorou nos bancos.'\ ./

¦

ca-

nador da Bahia sobre os successos deCanudos, dirigida ao presidente daRepublica.

Foram indultadas todas as praçasde policia acousadas de primeira de-serção simples e aggravada.

Foi nomeado ajudante de campodo general Savaget, o alferes Hilde-brando Barroso.

Pedio ao governo sua reforma ogeneral Antônio Gomes Pimentel, de-signado pelo governo para seguir parao sertão da Bahia.

Dizem que o governo está dispostoa reformar os generaes que recusaremseguir para o Estado da Bahia, a com-bater o bandido Antônio Conselheiro.

Ao Estado de Sergipe chegou o 20°batalhão de infanteria, que por algumtempo se disse ter sido derrotado pe-los conselheiristas em Geremoabo.

Recife, SO.Falleceram o despachante da ai-

fandega Antônio Sette Júnior, geral-mente muito estimado aqui, e o des-embargador Veiga Moscoso.

Chegou a ala esquerda do 2o bata-llião de infanteria, que estava noCeará.

Seguem hoje para a Bahia, novapor Espirito Santo, o 5.° batalhãovindo do Maranhão e mais 100 pra-ças do 2.°, sob o commando do ca-pitão Neves.

Acaba de ser preso no municipiode Bom Jardim um fanático de nomeBarbosa Guedes

E-íse individuo fez hoje na ques-tura policial curiosissimas declara-ções, das quaes infere-se que estásoffrendo das faculdades mentaes.

Disse ter abandonado a familia eum engenho que possuía para con-sagrar-se ao serviço de Deus, cate-chisaudo o povo e cou&truindo egrejas.

Ao logar em que habita chama se-gundo Joaseiro, em virtude dos gran-des milagres que, affirraa, se tem ahirealisado.

Declarou que na capella que fezerigir possue uma hóstia e uma pedrad'ara cabidas do céo e que destillamsangue.

Sabendo o questor que Guedes am-da nenhum alimento havia tomado,perguntou-lhe se desejava comer ai-guma cousa.

O fanático respondeu-lhe negativa-mente, declarando que só se alimenta-va da graça divina.

Barbosa Guedes veste um habitoda ordem dos carmelitas e tem 00 an-nos de idade mais ou menos.

Assegura-se que conseguio reunirjá mais de 600 adeptos.

Fortaleza, SO.O coronel Bezerril Fontenelle as-

sumiu interinamente o commando dodistricto militar, na ausência do gene-ral Arthur Oscar.

Noticias do extrangeiro

Rio, 10 «le marco.

Falleceu em Tokio, segundo com-municação telegraphica, o principeYoshihito Harunomiya, primeiro filhodo imperador Mutsuhito, e declaradoherdeiro do throno do Japão em 1889.

Communicam de Athenas que orei George3 I j í assignou a declaraçãode guerra á Turquia.

Conforme despacho de Paris, aspotências procuram impedir a guerraentre a Grécia e a Turquia.

Dizem de Havana que os cubanostomaram aos hespanhoes a fortalezade Sancte Spiritus.

Noticiam de Monteviddo grandescombates havidos entre as tropas le-gaes e os revoltosos.

Em Passo Toros houve mil baixasnas fileiras de ambo3 os lados, sendoque os revoltosos, apezar de sanguino-lentiswma a pugna, não foram desalo-jados de suas posições.

Rio, SO,

De Sucre dizem que o generalPando começará brevemente a expio-rar as cabeceiras do rio Javary.

Telegrapbain de Athenas que opríncipe Constanlino, herdeiro do thro-no da Grécia, partio para a fronteiraturca commandando uma divisão doexercito grego.

Dizem de Londres que Gladstone,em carta, manifestou-se favorável áannexação da ilha de Creta ao reinoda Grécia.

Em Madrid, em uma reunião de re-publicanos, deu-se um conflicto commonarchistas, sendo ferido por tirode revólver um filho de EduardoSalmeron, antigo e respeitado republi-cano, e presidente da màllógráda Re-publica Hespauhola.

Transmittem de Paris o boato, queahi corre, de haver o principe Heuri-que de Orléans, filho do duque deChartres,se offerecidoao governo paraseguir para a ilha de Creta.

O governo russo, dizem de Berlim,offereceo á Turquia armamentos paradefender o estreito de Dardanellos,em caso de guerra com a Grécia.

BOLETIM PARLAMENTAR

SenadoA' sessão de hontem compareceram 14

srs. senadores.No expediente nada digno de menção.O sr. Fulgencio Simões apresenta um pro-

jecto, por parte da l.a commbsão, mandan-do que o juizo dos feitos da fazenda esta-dual seja também o dos feitos da fazendamunicipal.

O sr. barão de Marajó apresenta e longa-mente justifica uma indicação relativa aostrabalhos da via férrea de Alcobaça á praiada Rainha, e cuja discussão é adiada por 48horas, a requerimento do sr. Virgilio Sam-paio.

Na ordem do dia são postos em discussãoe approvados sem debite : discussão únicada redacçao definitiva do projecto n. 15, dosenado, concedendo prêmio ao agricultorque exhibir 300 kiles de folhas de tabaco;discusrrão única do parecer da primeira com-missão permanente sobre as leis de ns. 122a 126, do conselho municipal de Belém; dis-cussão única do parecer da primeira com-missão permanente sobre a lei de orçamentodo conselho municipal de Camítá, para oanno de 1897; discussão única do parecerda primeira commissao permanente sobre oorçamento municipal da Prainha, para esteanno; 2.a discussão do projecto n. 19, do se-nado, autorisan-Ao o governo a celebrar con-tracto para a navegação a vapor entre Be-lem e Faro e aquelle porto e o de Baião; e2.a discussão do projecto n. 22, do senado,declarando de neohum tfifsito a lei n. 40, de7 de dezembro de 1896, votada pelo conse-lho municipal de Santarém.

—Ficou marcada a seguinte ordem do diapara a sessão de amanha : 2 a discussão doprojecto n. 601, considerando empregadopublico o poiteiro da imprensa official; i.ado de n. 28, concedendo um auxilio a inten-dencia de Mocajuba; 2.a do de n. 580, auto-risando a fundação de quatro nu. leos agri-colas nas margens da eslrada de Macapá aoPorto Grande; 3.a dos de ns.: 10, elevandoas subvenções para diversas navegações dointerior; 517, autorisando a orginisação doplano e orçamento para uma ponte em Avei-ros; 2." do de n. 581, abrindo créditos sup-plementares á lei do orçamento para o cor-rente exercicio.

Dr. Carlos de Carvalho

CâmaraPresedio hontem a sessão o sr. Cypriano

Santos, comparecendo 23 srs. deputados.Depois de lida e approvada a acta da ses-

são anterior, o sr. secretario faz a leitura doexpediente.

Na i.a parte da ordem do dia o sr. Sala-zar justifica um projecto, creando mais umlogar de inspectora de alumnas, para a esco-Ia modelo, annexa á escola normal.

E' approvado, sem debate, um parecer dascommissões de Legislação, Saúde Puplica eFazenda, acceitando um projecto do sr. Fir-mo Braga que eleva a 25:000^000 a verbaconsignada ao art. 3.0 da lei n. 64 de 30 deagosto de 1892

Na 2,a parte são approvados, sem debate,em i.* discussão, os seguintes projectos :

—617, abolindo o imposto sobre jogo dequino, vispora e loto e mais jogos de quetrata o código penal da Republica; e

—618, revogando a lei n. 330, de 21 defevereiro de 1896, respeitando os contractosdos cidadãos Emilio A. de Castro Martins,Cepeda, Jaramillo e Júlio Benavides.

Foi também approvado, em 2." discussão,o projecto n. 614, orçando a receita do Es-tado para o exercicio de 97 98, falando so-bre elle os srs. M. Júnior, I. Cunha, Watrin,Salazar e A. Chermont,

O sr. Watrin apresenta uma emenda aoprojecto, que foi regeitada.

São ainda approvados em 2.a discussãosem debate os seguintes :

—7 do Senado, autorisando o governadora subvencionar com a quantia de 12:000$uma naveg ição em Soure;

—615, mantendo o lugar de continuo daEscola Normal; e

—em 3 *, o pri jecto n. 612, autorisando ogovernador a despender até a quantia de35:0008000 com a manutenção e conserva-ção do Theatro da Paz.

E' esta a ordem do dia para amanhã :I." parte—o que occoirer.2.a parte—l.a discussão dos projectos ns.

619, autorisando o contracto de uma nave-gação entre Belém e Barcatena e 620, auto-risando o contracto de uma navegação entreBelém e Baião.

3.*- parte—doi de ns. 2 do Senado, alte-rando a lei n. 266 de 6 de julho de 94; ónautorisando o governo a mandar fazer pelaJunta Commercial, regulamento para 03 c ffi •cios de agentes de leilões e corretores destapraça, e 615 mantendo o lugar de continuona Escola Normal.

Ifor um «lever

E' com grande prazer que faço a se-guinte declaração:

Padecendo ha dois mezes de uma tosseterrível, que nao me deixava dormir, con-sultei diversos clínicos, que me diagnosti-caram urna tuberculose incipiente.

Farto de tomar medicamentos sem pro-veito, recorri ao Peitoral de Cambará, deSouza Soares, e com o uso apenas de 6frascos fiquei radicalmente curado.—Fran-cisco Jose de Barcellos, pharmaceutico. (Fir-ma reconhecida). (4

Assignalou o dia de hontem a pas-sagem do anniversario natalicio doexm. sr. dr. Carlos de Carvalho, umdos luminares da jurisprudência nacio-nal e que acaba de deixar na pastadas relações exteriores os mais impe-reçjyeis tiaços da superioridade da suac mpeteticia, resolvendo importantis-siinas questões que por ali se deba-tiam e dando a outras rumo seguropara uma solução aceorde com osbrios da Pátria e com os altos princi-pios das leis que as regulam.

Despachos te! egrapl ticos que nosforam tnuismittidos hontem do Riorelatam eloqüentes demonstrações deapreço e consideração de que foi alvoo eminente homem d'Estado, que peloseu acrisolado patriotismo, serviçosde incomparavel relevância fulgurantetalento, posto sempre ao serviço dasmais generosas aspirações no domi-nio da felicidade, collectivatem se con-stituido uma gloria d'esta Republica eum ornamento de honra para esta Pa-tria, não obstante os olulos da in-veja e da perfídia impenitentes, quepor mais de uma vez hão pretendidoattingil-o, recuando logo no inicioda deslustrante tarefa, confundidasdiante da extensão e da pureza doseu vali men to civico.

A Folha registra, com as maisgratas satisfações, o dia de honteme envia a s. exe. muitas e affectuosassaudações.

I__XC _=5___L<_l±C>

Jornalzinho da modaAuspicioso o dia de hontem para o nosso

joven e illustre conterrânea, dr. Samuel daGama Costa Mac-Dowell, lente da Facul-dade de Direito do Recife, ota nosso ho.ape-de: passou o anniversario natalicio de suaestremecida esposa, d. Dolores do RegoBarroí Mac-DaAvelI, gentilissima senhora,das mais ju.-taraénte» amadas da alta socie-dade feminina pernambucana.

Por esse pr. .picio acontecimento, mui res-peitosas saudações enviamos ao talentosojurista.

A banda de musica hespanhola tocaráhoje no parque d'enlrada do Spoit Club,das 2 á- 5 da tarde. *

O baile infantil d'esta florescente associa-ção terá logar na noite de 17 de abril, pro-xirno vin.louro.

Silhouettes theatraes

1

Gonlót'", mas não baixóte. Barba á andoe chape.) do Chili. E' um pailador de mar-ca maior: fala mais que o preto do leite, eé b.im na proporção da sua tagarellice. Sóo vi cnlado urna vez., depois da historiado mytho, uma grande injustiça, que aindahoje o f.z subir á serra...

Chegou aqui á guisa de sentinella avan-cada da Companhia.. e fez o que ninguémfaria p_.r ella.

Dizem que no preparo do macarrão ánapolitana ninguém lhe passa a perna. Tam-bem é prudente: tanto que não quiz acom-panhar o general Baratièri, com quem separece no nome, á mallograda expedição daErythtèA

Dizem que outr'ora representou no ÂtnotMolhado, mas tendo perdido alguns cabel-los, secr.ou o amor, os/ia ! e para compensar- sedisso faz por ser a vida das companhias aque se liga.

Vida, cá fora... porque lá dentro elle bemsabe qu ;m a ê.. na Tomba pelo menos.

FIDANZINHA.

N. B.—Recebem-se decifrações.

Estrada de Alcobaça

A Companhia Viação Ferrp /Fluvialdo Tocantins e Araguaj. " - » fierer aoCongresso mais ura favo» I

Em petição já entregue .-, /nova re-solução, que toine efficazes us auxílios an-teriiimente prestados. Tal seja, por exem-pio, autorisação ao governo para innovarcom a Companhia o contracto de empres-timo ultim?mente feito.

A Companhia all*ga as difficuldades comque tem luclado e entre as quaes não é amenor a crise econômica do paiz, não ob-stante a que ainda pou de, diz, iniciar a na-vegação do Baixo-Tocantins e a construcçaoda estrada, fundando-se previamente umaserraria em Alcobaça.

O auxílio do Estado do Pará, porem, foidado em taes condições, que quasi se tornainefficoz, «não só pela insuíBciencia da quo-ta correspondente a cada kilometro, comotambém pela sujeição da entrega do em-prestimo por prestações correspondentes áobra réalisada».

O facto do requerimento pede «que ocontracto seja innovado, elevando-se o em-prestimo á importância correspondente ámetade do custo da estrada, segundo o or-cimento approvado pelo governo federal- eque se modifique a cláusula segundo a qualo dinheiro do Pará tó é prestado á pro-porção que forem sendo terminadas secçõesde 25 kilometros da estrada.

Sabbado

100:000$000 100:000$000Corre sabbado a grande loteria da Ca-

pitai Federal, do importante plano de. . .10 :ooogooo por 158000 o bilhete inteiro,78500 o meio e 1Ç200 um décimo.

Na mesma agencia a sua grande fregue-zia achará á venda a grande loteria da Ca-pitai Fedetal do extraordinário plano de500 contos de réis a sorte grande e a cor-ter a 10 de abril próximo.

Hontem cerca de meia noite manifes-tou-se incêndio na secção de bebidas, doimportante estabelecimento «L«ão da Ame-rica», de Mourisca Barros & Delfim, sitoã rua de Santo Antonio, canto da travessai° de Março.

O fogo foi primeiramente visto por mem-bros da loja maçonica «Renascença», quese acha fronteira ao estabelecimento, eonde havia sessão.

A Companhia de Bombeiros; dado o avi-so, compareceu ao local sem perda de tem-po, e iniciou logo os seus trabalhos, ao tem-po que a auxiliavam valentementevmiosbombeiros voluntários.

Ao circular a noticia pelo theatro, ondedava espectaculo a Companhia Tomba,cafés, restaurantes etc, g ande pânico pro-duzio-se desde, logo porquanto se tratava deum dos mais importantes estabelecimentosd'esta capital e cuja destruição assumiria asproporções de lamentável calamidade.

A's 12115 m. quando, traçávamos estas li-nhas, o incêndio achava-se localisado nasecção em que se manifestou, tendendo aextinguir-se. *

Estiveram presentes, entre outras autho-ridades, o dr. Paes de Carvalho, governa-dor do Estado, dr. Feireira Teixeira, chefede segurança, i.° prefeito e subprefeitoscapitães Cândido e Mattos.

*A' 1 hora achava-se extineto o incêndio,

cuja causa era ainda ignorada.

A dependência da casa em que manifes-tou-se o incêndio ficou muito damnificada,sendo de alguma monta os prej uizos.

*Grande massa de povo via-se dissemi-

nada pelas cercanias do edifício.

O governador do Estado fez a pé, acom-panhado por uma ordenança, o peicurso depalácio ao «Leão da America».

Academia de Letras ParaensePede-nos o sr. Bertoldo Nunes a publi-

cidade do seguinte:«De novo se convidam os escriptores

abaixo mencionados para uma reunião queha de ter logar hoje, impreterivelmente, ás9 horas da manhã, no Átheneu Paraense:

Acrisio Motra, Agostinho Vianna, Aman-cio de Miranda, Américo Azevedo, AnesiaSchüssler, Antonio Lemos, Antonio Mace-do, Arthur Lemos, Arthunio Vieira, ArthurVianna, Barão de Guajará, Barão de Ma-rajó, Barbosa Rodrigues, Barroso Rebello,Bertino Miranda, Bertoldo Nunes, CândidoCosta, conego Domiciano, Elias Vianna,Emilio Goeldi, Enéas Martins, Eustachiode Azevedo, Euclydes Dias, Eudydes Fa-ria, Flavio Cardoso, Francisco Pacheco,Guilherme de Miranda, Heliodoro de Bri-to, João Marques do Carvalho, João duRego, Joaquim Mendonça Júnior, JuvenalTavares, Licinio Silva, Manoel Baena, Ma-ria Guajarina de Lemos, Maria Valmont,Ovidio Filho, Pa.es de Andrade, Paulinode Brito, Serzedello Coriêa, Ssveriano Be-zerra, Theodoro Rodrigues, Tito Franco deAlmeida e Vilhena Alves.

Nesta primeira sessão tratar-se-á das ba-ses geraes de Academia e eleger-se-âo osdirigentes, sendo considerados fundadorestodos os que comparecem.

Não sa fazem convites especiaes».

Único, infallivelcallicida!

Sem preca nicio nem declamação, effica-cia absoluta e garantida, attestada por no-mes dos mais circumspect03 do meio pa-raense.

Extermina çâo completa em 2 ou 3 dias.Um prodígio da therapeutica, inapreciavelsegredo do inventor I

Depositatio em Belém—A. A. d'Almeida.A' venda na rua conselheiro João Alfre-

do, 92, e no Pelit Salon, á mesma iua n.104.

*O depositário offerece os seus serviços

aos que uzarem este maravilhoso callicida,para operar a extracção, aos domingos.

Recados noPetit Salon. (l

TUBOS DE GRÉSMANOEL PEDRO & C.« ven lem a pre-

ço reduzido:TUBOS INGLEZES, CURVAS, TÊS, GARFOS e

syphões de todas as grossuras.Deposito permanente de bacias para lava-

tori s, ditas para latrinas, mictorios e todoscs materiaes necessários para construcçõès.

(5

ECH0S E.NOTICIAS

O sr, dr. Lauro Sodrè transmitiu paraBelém os seguites despachos 1

tRIO, 18.—Governador do Pará.—Penho-ram-me suas felicitações. Agradecido. Saudoo glorioso Estado, o emérito governador eo piijante partido patriótico.—_auk.0S3dré».

*«RIO, 18.—Coronel Sotero de Menezes.

Pará.—Applaudo a patriótica condueta doRegimento.—lauro sodré».

Lê se no ultimo relatório apresentado aogoverno pelo sr. desembargador Gentil Bit-tencourt, presidente do Superior Tribunalde Justiça do Eatado:

«Os juizes, em geral, procuram bem cum-prir os seus deveres; de alguns, entretanto,sei que não procedem com a correcçaonecessária, pelo que vai muito despresti-giada a sua autoridade na comarca, ondedeveriam ser exemplo de boa cendueta.E' de ver que a magistrados assim, ha-denecessasiamtnte faltar a consideração dosseus jurisdiecionados c também a confiançana sua justiça.

Para taes juizes não deve haver com-placencia; antes é uma necessidade, porqueé um dever, arredalos da classe que nãosabem honrar nem respeitar.»

O no«o collega dr. Enéas Martins, lented,ts cadeiras de historia geral e historia doBrasil, do Lyceu Paraense, obteve do gover-no 2 mezes de licença para tratar de seusinteresses.

O sr. dr. Pereira Guimarães podia, sequizesse, mostrar que nao é um homemapaixonado.

Solícito em fazer o que outros collegasde Belém lhe apontam, o que lhe vale unselogiosinhos, continua de má catadura t-mtodo caso comnosco.

E' feio isso. Reclamando, não é paranós que o fazemos, é para o publico e,pors, o illustrissimo sr. intendente interino,fazendo ouvidos de mercador, não é a nósque prega peça.

Apezar d'isso, lembramos-lhe de novo atravessa de S. Matheus e pedimos-lhe quedê um passeio pela frente do gazometro eJuninas, para mandar endireitar aquillo queé uma latrina.

Custará pouco, e só uma escapatória po-dera ter s. s. para, por pirraça, não fazernada: é a questão de verba.

Para o mais, porem, tem-n'a s. s. ?Vamos ver o que se obtém.

Ouvimos dizer que o sr. dr. Pedro deGusmão, advogado no nosso fórum, pie-tende ausentar se brevemente de Belém,por tempo indeterminado.

Communicam-nos:«Por motivos imperiosos e de força maior

deixa de circular hoje, como estava annun-ciado, o órgão O Ideal, ficando portanto,adiada a sua sahida para terça-feira pro-xima».

Convém que quem de direito mande pre-parar a entrada do palacete azul, que de-pois da limpeza no edifício está pedindoum pouco de asseio.

Acabadas as obras, todos os utensíliosnaquellas utilisados ali foram deixados, alionde a ausência de água e panno e dearrumação está a clamar alto contra quemde direito é obrigado a intervir no sentidode endireitar aquillo.

Reunemsehoje, ás 9 horas da manhã, emsessão de assembléa geral, no prédio das Es-trellas do Oriente, á rua do Rosário, os mem-bros da ar-scciaçâo do Senhor Bom Jesus daCanna Verde, afim de tratarem de assumptosde interesse da mesma.

O subprefeito Nunes dará audiência nassegundas e quintas feiras ás 10 horas da ma-nhã, na Ia estação p licial, á travessa de S.Matheus, canto da ma senador Manoel Ba-rata.

Hoje ás 3 horas da tarde, á tua d. Tho-mazia Perdigão, reune-se a diiectoria dafesta de Santa Rita de Cássia.

De uma canoa que ante-honlem ás 11horas da manha sr guia para o Una, caiu aomar o tripolante Jonas Teixeira de Mattos,que se achava embriagado.

A despeito dos soecorros ^mp egadosparasalvai o, o infeliz pereceu, ílucluançlu o seucadáver ás ò horas da tarde cm frente doigarapé das almas

O subprefeito Nunes teve conhecimentodo facto, fazendo proceder ao respectivoexame cadaverico pelo medico da repartiçãode segurança.

Estão promptos para ser remettidos aoprocurador geral do Estado os autos de in-queritos policiaes procedidos acerca dos fe-rimentos leves praticados em Manoel Anto-nio da Rocha e De miugos Firmino da Silvapelo soldado do 1 • corpo de infanteria Hen-rique da Silva Maya.

Esteve hontem de permanência na esta-ção de 1 olicia o sr. subprefeito de Nazareth.

E' hoje substituiclo pelo sr. Io prefeito.Na enfeimaria da cadeia de S.José exis-

tem em tratamento 2 presos.

204 praças do Regimento Militar do Es-tado policiaram a cidade ante-hontem ánoite.

O secretario de segurança devolveu, deordem do dr. chefe, a José Athanazio AlvesCardoso um officio em que este, fazendouma reclamação, empregou expressões des-attenciosas para com aquella autoridade.

O cidadão Athanazio Alves Cardoso foi,a pedido, exonerado do cargo de supplenteda subprefeitura de Tauá, municipio e co-marca da Vigia.

Vão ser pagas pela co'lectoria de Brevesas diárias des presos de justiça, BellarminoFerreira Lima, Joaquim Gomes Vieira e Ma-noel Guedes da Fonseca, que da cadeia deS. José seguiram para aquella localidade,afim de serem submettidos a julgamento.

Ao subprefeito de Almeirim recommendouo dr. chefe de segurança que com urgênciaproceda ali, na forma da lei, contra JoaquimFerreira de Sant'Anna, autor do crime deestupro praticado na orpbã de nome Maria.

O preso Antonio Felix da Silva, fallecidona cadeia de S. José em 17 do corrente, es-tava ali á disposição do dr. juiz substitutodo Io districto criminal como autor do assas-sinat > de sua própria mulher Maria LuizaFerreira, no districto do Acará.

Ao bacharel Estevam Cavalcante de Al-buquerque, nomeado promotor publico deVizeu. vai ser paga a ajuda de custo a quetem direito.

A repartição de Obras Publicas vai orga-nisar planta e orçamento para a desobstiu-ção do igarapé grande em Soure.

Os Bombeiros Voluntários, sympathica ehumanitária associação que ha pouco consti-tuiu-se em Belém, provocando geraes enco-mios, irão hoje, trajando o seu uniforme,apresentar afiectuosos saudares ao dr. Paes'de C rvalho, governador do Estado,

No regulamento sanitário em vigor nadaha que se opponha á montagem de fab icasde sabão em qualquer poiti do perímetroutbano, exigindo somente que as insta Ilaçõessejam dirigidas de modo a não incommodaros visinhos e nem prejudicar a saúde doshabitantes da cercania da fabrica em ques-tão,—foi o despacho que o inspector do ser-viço sanitário lançou ni petição em queAbel Sequeira pediu inf nmações sobre seo regulamento d'aquella repartição determi-nava lugar para construcçao de fabricas desabão.

Hoje ás 3 horas da tarde ha sessão deassembléa geral na S .ciedade FraternidadeOdiveleuse, afim de tratar-se de assumptosde importância.

Reúnem se hoje ás 8 horas da manha,em sessão extraordinária de assembléa ge«ral os memb.os da Real Sociedade Poitu»gueza Beneficente.

,\

Page 3: NUMERO AVULSO DO DIA ESTADO BO PAR* — ESTADOS …memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1897_00445.pdf · Sinto muito mais luz dentro em mim, muito mais luz do que existe no céo, por-•

Folha do Morte--21 de março de 1897 a..-

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Proprietários—MOURISCA, BARROS & DELFIM—Rua de Santo Antônio n. 39—PARÁMarca registrada

Procedente de Liverpool e escalas é es-perado amanhã n'este porto o vapor inglez«Anselm».

Na igreja de Sant'Anna celebram-se suf-fragios, amtnhã ás 6 i|_ horas do dia, poralma de d. Ãlipia Cacella de Queiroz Cou-tinho.

Vindo de Manaus, deverá aferrar aquiamanha, o vapor «Oriente», que, após pe-quena demora, seguirá para o Maranhão.

Para Cametá e escalas segue hoje, ás 4horas da taide a lancha «Aurora Came-taense».

Do illustre sr. dr. C. J. Hüü temos emnosso poder, sobre serviço da illuminaçãoelectrica um aitigo, a editar amanha, e emque s. s. se oecupa, em justa defeza da casaSiemens & Hal.ke de uns tópicos do rela-torio da Companhia Urbana.

Paraíso das Flores, é o nome de um res-tautante a abrir hoje e do qual os leitoresencontram o annuncio no competente local.

Foi hontem pelo ar. dr. Procurador daRepublica apresentada ao Juiz Seccional de-nuncia contra Alexandre Haag, como in-curso nas penas do art. 221 do CódigoPenal.

E' provável que o cidadão Cezarino Va-lente Doce tenha que desempenhar o cargode auxiliar da colônia Benjamin Constant.

Pela repartição de Obras Publicas vão sertemettidas ao dr. Governador, conforme re-quisitou a Câmara dos Deputados, variasinformações sobre diversos serviços feitospelo tenente-coronel Bernardino de SennaBentes.

Regressou da commissao em que se achava,por parte da repartição de Obras Publicas, oengenheiro Raymundo Corrêa.

O conselho administrativo da repartiçãode Obras Publicas adiou a abertura daspropostas para compra da serraria do Ou-.teiro para terça-feira próxima, visto nãoacharem se presentes os concorrentes paraassistirem aquella formalidade.

Procedente de New-York, entrou hontemem nosso porto, o vapor inglez «Lisbo-nense».

Não trouxe passageiros de ré.

Continua em fuga Domingos d'01iveiraBastos, proprietário da taverna «Campeãodo Minho», aceusado de haver espancadoo soldado do 15.0 de nome Manoel Torres,vindo este a fallecer.

Hontem, com as formalidades legaes, pre-sentes o cônsul de Portugal e o sr. subpre-feito capitão Cândido, foi aberto aquelleestabelecimento.

Ha hoje animado baile no «Club Tim-Tim», á rua do Rosário.

Veio de Óbidos o conhecido capitalistacoronel Vicente Augusto de Figueiredo.

Reclama severa attenção por parte dainspectoria do serviço sanitário do Estadoum cortiço, sito á rua dr. Assi. n. 117, que,segundo somos informados, converteu-se, decerto tempo para cá, n'um perigoso foco deinfecção.

Para effeito de licença, será depois d'a-manhã inspeccionado na repartição do ser-viço sanitário, o dr. Emilio Santa Rosa, juizsubstituto de Santarém.

Amanhã, á 1 hora da tarde, haverá naPraça do Commercio sessão de assembléageral para proceder-se á leitura do relato-rio do anno findo, approvar o balanço, con-tas da receita e despsza e tratar-se da elei-ção da directoria para o anno corrente.

Tirou hontem passaporte na secretariade segurança Antonio Carrapatoso Dias,que segue para a Europa.

Ao amanuense da secretaria de segu-rança Manoel da Cunha Lima foram con-cedidos 30 dias de licença para tratar desua saude.

Foram hontem detidos:A' ordem do subprefeito da Sé, Manoel

da Matta Marques, Claudino José Antonioda Silva e Francisco Pedro da Cunha, porembriaguez e desordens; e

A1 ordem do subprefeito de SanfAnna,João Felippe de Mesquita, por desordens,e Maximiano Jo3é Telles, por embriaguez.

Para fazer acquisiçao dos balancetes ecopias do alistamento eleitoral, a Reparti-ç3o de Estatística deve dirigir-se directa-mente a todas as intendencias

O professor da escola de 1. entranciade Salinas, Antonio Martins, pedio sua re-moção para a de Benevides.

Foram concedidos 30 dias de licença, naforma da lei, ao professor de Salvaterra,Soure, Gasparino Silva.

Estão em concurso os lugares de ama-nuenses da Junta Commercial pelo prasode 30 dias.

Vae ser posto em concurrencia o fome-cimento de materiaes para varias obras pu-blicas a cargo da respectiva Repartição.

O cidadão Joaquim Sant'Anna d'Araújo,professor da escola de Matapiquara, emSantarém Novo, pedio 90 dias de licençapara tratar de sua saúde.

Na semana que hoje expira proclama-ram-se os seguintes casamentos de:

Tosias do Valle Mascarenhas e d. AliceSoares Pinto Gomes;

Manoel Simão Estima e d. Anna Sil-veira Raiol;

Benedicto Severino da Silva e d. LuizaMaria dos Santos.

Sahiram hontem os vapores «Mauá» paraManáos e escala, e «Madeirense» para Eu-ropa.

O «Lanfranc» entrou ante-hontem á tardede New-York.

Vide passageiros de todos no boletim docommercio.

Por alma de d. Carolina d'Ascenção F.Balthazar celebra-se missa, amanhã ás 7horas do dia, na egreja de Nazareth.

Hoje ás 9 horas da manhã no vapor «Aii-puaná» o sr. Torquato Laraarao fará expe-riencia officiai do apparelho, de sua in-venção, que tem por fim aceusar a exis-tencia de'água nos porões das embarca-ções.

Hoje á tarde uma banda de musica doRegimento Militar do Estado tocará no pa-vilhão do largo da Pólvora.

O Museu Paraense estará hoje franco ávisitação publica, das 8 ás 11 horas da ma-nhã e das 3 ás 5 da tarde.

Zarpou hontem á tarde para Manaus opaquete nacional «Maranhão».

Vide na secção commercial a lista dospassageiros.

Amanhã ás 8 1-2 horas da noite haverásessão de assembléa geral extraordinária po«Sport Club do Pará», para eleição de cargosvagos na directoria e tratar-se de outrosassumptos.

Hoje, depois da missa celebrada ás 8horas na egreja de Nazareth, será feita pro-cessionalmente a trasladaçjo (recyiio) daimagem da virgem de Nazareth para o col-legio Gentil Bittenc 'int.

Será este o itiner.tdn :Largo e estrada de Nazareth,* avenida da

Republica, travessa 15 de Agosto, rua de S.Antonio até o referido collegio.

Hoje ás 8 horas da manha ha sessão naSociedade Beneficente Artística Paraense.

Vão ser entregues ao desembargador Fe-liciano Hardmann, mediante recibo, os pa-peis que instruíram um requerimento porelle dirigido ao governo.

Ao capitão Hermenegildo Alberto Carlos,professor de harmonia do Conservatório deMusica, foram concedidos 4 mezes de licen-ça sem vencimentos.

Foram nomeados para a Academia deBelias Artes:

Escripturario o cidadão João BaptistaCorrêa Monarcha;

Porteiro, o cidadão Raymundo Modestode Sousa.

Parece que a normalista d. Joanna Mar-tins irá reger a escola de Monsará3.

Foi transferido para o domingo vindouroo concerto annunciado para hoje pela co-nhecida artista Maria Bosi.

Hontem ás 7 horas da manha, na rua 15de Novembro, foi atropellado pelo bondchapa 58 um menor vendedor de jornaes,que, apezar de immediatamente soecorrido,ficou com a perna direita um pouco contun-dida.

Foi removido de Vizeu para*Muaná o pro-motor publico Melchior Rodrigues Coelho.

Foi nomeado para reger effectivamente acadeira de esgrima e gymnastica do Insti-tuto Lauro Sodré, o tenente coronel Aure-liano Guedes.

O governo informou ao Senado o seguinte:que a lei n. 707 de 5 de Abril de 1872,

que elevou á cathegoria de villa a fregueziade S, Caetano de Odivellas foi alterada pelalei n. 802 de 4 de março de 1874 (art. 4) epela de n. 1.094 de 6 de novembro de 1882(art. 3);

que continuam em vigor os decretos dopoder executivo sob n. 341 de 10 de outu-bro de 1896 e 374 de 4 de janeiro de 1897,que dividiram em circumscripções os distri-ctos judiciários das comarcas da Vigia eCuruçá.

Tiraram hontem portaria de licença nasecretaria do governo:

D. Mathilde Borralho, professora do Col-legio Gentil Bittencourt, 3 mezes:

D. Amélia Miranda, professora em San-tarem, 30 dias; e

Antonio Castro, professor em Alemquer,90 dias.

O dr. Alberto Júlio de Góes Telles, juizsubstituto^ de Breve3, será, para effeito delicença, inspecionado na repartição do ser-viço sanitário, depois d'amanhã ás 10 horasdo dia.

NOTAS ARTÍSTICAS

A offerta de um bello açafate, original eartístico, de flores finíssimas e de elegantegeròe de raras e custosas parasitas marcouante-hontem, no theatro da Paz, mais umtriumpho obtido pela sra. Marches ao can-tar a mimosa prehisra do Boccacio, que lhevaleu, além d'aqu_lls mimos gentis, ovaçõesque se tornaram irrefreáveis de parte do pu-blico, impaciente por manifestar lhe mesmono coirer do canto seus applausos enthusias-tice s.

—Posto que menos cuidada que asanterio-res, e.sa representação do Bcccacio foi bem,continuando a opereta a agradar. Repetir oque já se disse fora fastidioso, devendo-seunicamente lamentar que o sr. Maieroni ain-da não esteja reempossado do seu papel dePríncipe de Palermo, e registrar que a sra.Lafon andou bem no seu papel.—Aos que ainda não ouviram a bella mu-.ioa offcnbachiana do Orpheu nos infernos,representado com todo o esmero pela Com-panhia Tomba, lembramos que aquela vaeá scena mais uma vez hoje.

COKREIO DA FOLHA

Outras victimas (Bujaní)—Suas denuncias s_o gra-ves, sobretudo por declinarem victimas o criminosos,Não temos duvida em publicai-as, desdo que paranosso governo saibamos quom ó-quo nos transinittotão graves noticias.

Hflo _8 concordar quo n.o ha nada mais justo.Diversos mosçucirenses (Mosqueiro)—Mandem pro-

curar a publicação.

JOÍO PAULO BBIGi MACIEIRA

congêneres, po'So tivéssemos do fazc!-a, ellaaquillo, estávamos fritos.

L, O. C.—E', sim, senhor.Mando o recibo, so tiver, para faz»imos a entrega.Jamegão—Nao estão suspensos, senão temporária*

mente, A pessoa quo nol'os roraetttí atrazou.se umpouco.

O mais afamado, o mostro 6 Crépicux-Jamin.Apreciador—Ignoram-to, Diiija-sc directamonto a elln,

quo mora no Ca/é Madrid,Curiosa—E' allema, e de /.ellor, a p.iraeira, A ou-

tra ó italiana e de Valenti, Ainda não ha, mas quer-nos parecer quo a Livraria Bittencourt já as encom-mondou completas.

NEUROLOGIASegultaram-se ante-hontem:Jonas Teixeira de Mattos, 24 annos, pa-raense, pardo, solteiro; asphyxia por submer-

são.—Sebastiana Gama, 24 annos, paraense,

parda, solteira; tuberculose pulmonar.—Deolinda, 28 dias, paraense, branca; im-paludismo.—Eufemia Marianna Rosa, 25 annos, ma-ranhense, parda, solteira; lesão cardíaca.—Agueda Maria da Conceição, 70 annos,maranhense, preta, viuva; lesão cardíaca.—João Lopes, 30 annos, paraense, pardo,solteiro; tysica pulmonar.

A legitima New-Kome só se von-de no OENTRO COMMEROIAL PARAENSEde Moreira dos Santos & Comp.,—ÜNIOOSagentes, rua 15 do Novembro, n. 8.

PUBLICAÇÕES A PEDIDO

FelicitaçãoAOS SRS. FISCAES DA INTENDENCIA

Hoje, que completa o primeiro semestreda firme resolução que V. S.as tomaram,em não multarem os sympathicos e amante-ticos logistas que abrem e vendem publica-mente aos domingos e dias que por lei sãoobrigados a não abrir e negociar, nós vossaudámos, e para salientar melhor a provada nossa gratidão para com V. S.al, offere-mos-lhes uma dúzia de lindos óculos de cor-tiça.

Viva o progresso e os aits. 131, 132 e 133do Código de Posturas !

Os prejudicados._¦_ . 1 _ ¦__iConvite

Os abaixo assignados rogam aos seus ami-gos o caridoso obséquio de acompanharemo enterro de sua estremecida irmã, cunhadae tia d. Maria de Senna Ribeiro Nery, queterá sahimento da casa n.° 58 á rua de San-tarem outr'ora d'Alfama, hoje ás 10 horasda manha, pelo que desde já se confessamsinceramente agradecidos.

Pará, 21 de Março de 1897.Elzeario d'Ariano Ribeiro Nery.Leopoldina de Senna Ribeiro Nery.Leontina de Andrade Nery.Joaquim C Ribeiro Nery.Ismael de Senna Ribeiro Nery,Clara Ribeiro Nery.Elzeario d'Ariano R. Nery Filho.Ltonor de Senna Ribeiro Nery.

A. RosaQuanto perfume cihalaA Pesa que hojo nasce /

Permitia, pois, abraçal-aE dar-lhe um beijo na faço!

SIMf20—3—97.

** ..I»-——_.» 1 _________

DespedidaJoao Pires Teixeira, retirando-se tempo-

rariamente para a Europa, despede-se dosseus amigos e pessoas das suas relações,oflerecendo-lhes os seus serviços em Meiga-ço, onde vae residir.

Pará, 20 de março de lÜqy,

Paraíso das Flores

RESTAURANTE MAGNÍFICO

Este importante estabelecimento será inau-gurado hoje, domingo 21, á rua Lauro So-dré, predio n. 125, onde os amantes do bomgosto e do bello, encontrarão iguarias apeti-tosas a satisfazer o mais exigente paladar.

Suas proprietárias, Madames Broun & Ru-bistain, jactam-se de ter feito o que é possi-vel para ser o seu estabelecimento conside-rado o primeiro no gênero.

O gerente, sr. João Guilherme Dias, quepor muito tempo foi empregado do CaféCentral, está disposto a receber, com genti-leza e prodigalidade, os delicados freguezesdo restaurante Paraíso das Flores.

Retratos a crayonA photographia Fidanza tem já os retra-

tos encommendados ao sr. Luiz Rabinovic,para Nova-York, e pede o obséquio de osreceberem os interessados.

No armazém dos srs. Pereira d'Azevedo& Comp., precisa-se falar com este sr. paranegócios de seu interesse.

Roga-se-lhe. por tanto, ou a quem d'ellesouber, o favor de informar no mesmo arma-zem a

Bezerra &• Irmão. (2Declaro quo soflri do debilidade gorai o o quo mais

mo atormentava ora a loucorrhoa; felizmente para am-bas as cousas encontrei remédio nos Pilulas Ferrugi-nosas do dr. Heinzelmann que cumiam-me, com as-sombrosa admiração dos mous parci.tes, no curto os-paço de 15 dias. Em nome da verdade declaro a ef-ficada das podorosas pilulas do dr. Heinzelmann,

(Firma reconhecida).Maria G. de Mouron, (9

Um rápido resultado«Min. sr. Bcirao.— Bolem. — Cumprindo um dever

sagrado, venho agradecer-lho o gracioso obséquio quofcntilmcntc mo fez do um vidio do poderoso espocifi-co do sua invenção o manipulação—Café Beirão—con-tra.sezões, moléstias do quo mo achava atacado hamuitas semanas, usando até então do outrps módica-mentos sem proveito; certifico a v, s. quo comecei a to-mar do seu licor no dia 15 do corrente, mesmo jácom forte accesso do febre, porôni no dia seguinte, 19,não m<s voltou; continuei nesso dia a tomar o sou ro-médio o com grando satisfação minha, não mais ro-potiram os accessos, o hoje, 18, acho-mo restabelecidodo tão incommoda enfermidade. A vista desto rapi-do resultado quo obtive pelo emprego do sou mara-vilhoso preparado não mo resta duvida nenhuma omacon.ol.__l-. aos quo soffiem do tão perniciosa enfor-midado. E desta podo v. s. fazer o uzo quo lho aprou-ver. Sou com subida estima o consideração.—De v. s.attento creado venerador—èoaquim Francisco de Aze-vedo, escrivão do vapor Xingit.

«Bclcm do Pará, 18 do Abril do 1890». 12 P

Peitoral de CambaráCURAS DE COQUELUCHE

Dous filhos do commerciante Sr. ArsenioCardoso de Aguiar, atacados de coqueluchee com grande febre, restabeleceram-se emmenos de quatro dias com o uso do Peitoralde Cambará, de Souza Soares.

—Uma filhinha do guarda-livros Sr. Er-nesto de Barros Santos, accommettida deforte coqueliche, restabeleceu-se prompta-mente com o uso do mesmo efficaz remédio.—Dous netinhos da Exm" Sra D. MariaJosé Rodrigues Barcellos, prostrados ha lon-gos dias pelo mesmo contagioso mal, apenascom quatro frascos ficaram restabelecidos.

—Laura e Isaura, filhinhas do Sr. majoihonorário José Pereira Carneiro, atormenta-das ha 2 mezes pelo terrível flagello, cura-ram-se apenas com 6 frascos.

—Em casa do industrial Sr. Américo Sal-vatori, diversas crianças, em estado gravissi-mo, salvaram-se com a applicação do pro-digioso remédio.

—Uma filhinha do Sr. José Carlos Coim-bra de Gouvêa, presa durante 2 mezes destaenfermidade, curou-se completamente ape-nas com dous frascos.

Os agentes,l) Rodrigues, Vidigal &• C.«

VERTIGENS CONSTANTES E NE-VRALGIAS NO CORAÇÃO

Declaro quo as Pilulas Antidyspoptlcas do dr Hein-zelmann são, de facto, de um valor inestimável; assimexpresso* mo porque depois de gastar consideráveis som-mas com médicos o pharmacias, recorri ainda cm tem-po ao maravilhoso preparado, com o uso do qualcurei-me por completo do vertigens o nevralgias nocoração, de que era constantemente accommettida.

(Firma reconhecida).Elisa Acer de Chernit, (8

FELIZ DESCOBERTAA DO «LICOR PARAENSE.Srs. Rodrigues Vidiga, & Comp.

Soflfrendo de umas rebeldes sezões hamuitos mezes e lendo nos jornaes diáriosdesta capital, os annuncios do Licor Paraense,resolvi-me a tomar e acceitar um vidro queme foi offerecido por um amigo.

Em 3 dias as febres foram completamentecombatidas e sinto até restabelecerem-se asminhas forças.

Peço-lhes permissão para felicital-os portão feliz descoberta e consintam que me as-.sigue.

De Vemc. Am.0 ob.°Pará, 19 de Junho de 1891.—Luiz Santia-

go da Silva. (Firma reconhecida).

PEPSENCIAOs dyspepticos devem sempre ter á mao a

Pepsencia. E' o auxilio mais seguro, infallivele racional para a digestão.

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RUA 15 DE NOVEMBRO N.° 89 (4

!>. Alipia Augusta Cacellade Queiroz Coutinho

,_„ Os abaixo assignados, tendo de¦3?mandar celebrar uma missa na igre-ja de Sant'Anna, no dia 22 do cor-rente, ás 6 i\2 horas da manha pelodescanço eterno da alma dé sua

idolatrada e carinhosa esposa e mãe, d.Alipia Augusta Cacella de Queiroz Couti-nho, 60o dia de seu passamento, convidamas pessoas de sua amisade e as da (inadapara assistirem a esse acto religioso, peloque se confessam desde já summamcnteagradecidos.

Belém do Pará, 20 de Março de 1897.—Felinto Elisio de Queiroz Coutinho, MariaCacella de Queiroz Coutinho e Felinto Ca-cella de Queiroz Coutinho. (2

CONSTIPAÇÃO DE VENTRE, ENXAQUECASE INSOMNIA.

Josó Carlos Aragão declara quo só nas pilulas dodr. Heinzelmann (anti-dyspepticas) encontrou a curaefficaz o rápida para ns suas constipações de ventre,enxaquecas o insomnias, pois havendo perdido, (depoiide mar muitos preparados), esperanças do conseguiro seu restabelecimento, dc Cacto só o* obteve por meiodas pílulas anti-dyspepticas do dr. Heinzelmann.

(A firma do sr. José Curtos Aragão está devida-mente reconhecida;. fy

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(87

Scffrendo atroi_m?nte do estômago e intestinos, po-dendo almoçir tão somente e nflo jantar porque adi-gestão só se fazia 16 heras depois da primeira refei*ção, declaro que usei todos os p.eparadis para o casode minha molettij., conseguindo completo e efficaz res-tabelecimento somente com as pilulas do dr. Hctnzel-mann. Sendo do facto as pilulas do dr. íteinzelmanndo tão grandes benefícios para os quo st (Trem, nãoduvidei um lò momento em manifestar por esse meioo meu incondicional e firmo juízo em certificar queos quo queiram reatabeleccr-so por completo d**essasmesmas enfermidades só o conseguirão quando tenhamusado as pílulas anti-dyspepticas do dr. Heinzelmann.

(Firma reconhecida).Dionisio J, Amo.

(6

Santos Ferreira & Comp.á travessa Dr. Fructuoso Guimatâes, n. 12,compram ouro, prata ou papel moeda dequalquer paiz, pagando bons preços. (8

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da cidade de Boma de¦••R.. To:ra_i_*fc_>_3_

Mzest-O concertador e director da orclies-tra-FRANCESOO C0NIGL10HOJE!—Domingo

Recita extraordináriaGrandioso espectaculo phaníastíco!!!

Esplendido triumpho! Suecesso sem igual!Suecesso garantido!!!Terceira representação da phantastica einteressante opereta em 4 actos, musica

do maestro OFFENBACH:ORPHEU NOS INFERNOS

TITULO DOS QUADROS1. acto—Campo de Ebe. 2.° acto—

Olympo. 3 o acto—quadro primeiro, Ga-binete de Plutão; quadro segundo, Gabinetede Euridice. 4.° acto—quadro primeiro,O inferno; quadro segundo, Triumpho deBacco.

Can-can no final do 2." e 4.0 actos.

Preços e horas do costume.Os espectaculos são intransferíveis, ainda

que chova.Preços e horas do costume.

Posse das AAug,\ e BBen.', LLoj..do Vai,-.

insígnias e jóias maçonicas, grande evariado sortimento acabam de ser despa-chadas para o armazém de fazendas deLUIZ TRAVASSOS DA ROSA, Á RUA CONSE-LHEIRO JOAO ALFREDO, N. 49. (4

F»c_>si1_io_n.A portugueese fellow .villing to

.vorking that understanding little iainglish wold like to get job ia ameri-cauish or inglish house .vl_ere,he couldpratic the language.~Fov

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F.P. Olvoer (1_n_u__ ..TH ¦>

|Freta-se para reboques,viagens, etc: trata-se abordo com o mestre, notrapiche Centrai, onde seacha atracado, ou em ca-sa de Solheiro, {Marques& C. á travessa] Marquezde Pombal n. 5. (li

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ÃEiSE é o mmmm InMlivei na ©ura êmm febres í\

N.

..>*r

Page 4: NUMERO AVULSO DO DIA ESTADO BO PAR* — ESTADOS …memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1897_00445.pdf · Sinto muito mais luz dentro em mim, muito mais luz do que existe no céo, por-•

: ..!u-~\ *.»*•'''*¥¦ '

---- _

.1Folha do Norte-21 de março de 1897

r

Boletim oo Commercio20 de março de 1897.

Mercado de cambioOs bancos no Rio abriram a 7 131*6, con-

servando-se o mercado fume, fechando a7 27132. * .

Aqui os bancos affixaram a tabeliã de7 13116, dando 7 7|8, e compraram a 715*16.. O mercado fechou com vendedores de

papel particular a 7 15*16 sem comprado-res.

BorrachaA das Ilhas, sem novas entradas foi co-

tada a 78850 e 38850.Fizeram-se algumas transacçOes com bor-

racha, do Sertão notadamente na do Ma-deira a preços reseivados. N

Vendeu-se tamdem algum caucho a pre-ço que julgamos ter sido 48050 por pran-chás.

Movimento da BolsaDia 20, at/ ds 3 horas da tarde.

Cotietor Oliveira.vendas :

25 acçOes da Companhia de SegurosLealdade com 50 °|, de entrada, a 758.

10 ditas da Companhia de Seguros Ama-zonia com 40 °|_ de entrada, a 1008000.

20 ditas da Companhia Lealdade com50 0[_ de entrada, a 7580:0.

4 ditas do Banco Commercial do Pará,o 1381000.

Coitelot Antonio Sousa.vendas :

75 acções do Banco do Pará, a 1508000.20 ditas da Companhia Urbana, a 758.

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PRAÇA ATÉ 16 DE MARÇO DE 1897Bancos ;

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c « 3/ emissão com 60 *\0 çojooodo Pará, i.É, 2.'e 3.'emi*são integralisada

s[ dividendo. , , X46I000c 4." omissão com 50 °[0, . , 85^000

do Bolem do Fará, i,a emissão integralisadas| dividendo . , . xoofooo

t c 2." emissão com 85 "[,. 83^000Norte do Brasil, x," emissão, .... X02$ooo

2/ emissão com 60 *{a 58J000Credito Popular, x.'( 2." o 3/omissão

sj divideudo. * . xoofoooCompanhias de Seguros:

Paraooso, integralisada ,,,,,,, 155^000Commercial, c s[ dividendo, . 135Í000Segurança, c s( dividendo, . 125Í000Lealdado, com 50 "[„ $\ c , . . 76J000Amazônia, com 40 °|, sj « ¦ . . xoofoooPrevidente, 40 % s\ «... 75fooo

Companhias:Protectora da Industria Pastoril. , * 56^000Urbana de Estrada do Ferro Paraense 70J000Jockey-Club Paraense *.*..,, 50J000

Fabrtcas .•do Papel Paraonse ..... )( 5o|ooo

Debentures:da mesma Fabrica ,,..*.., Sem vendasda Urbana I02$ooo

Letras hypothecarias:do juros do 7 °i0 .,,.,,,, xoifooodo jutos do 5 D|0 .,..,,,. 86|ooo

Apólices:• Divida Publica Geral do 5 °| 950J000

c Estado 6 D|„ , , , 1:005^000« « « 5 °i 965Í000

O morcado fechou hontem, havendo offertas de:Apólices: Comprads: Vtndeds

Divida Publica Geral 5 °|„ 955I 960!c c Estado 6 0i0 iooof 1005$

5 «I. 950» 960$Bancos :

Con.marctal do Fará, integr. ,B.m dividendo 136$ 140$

«60 •[. 88J 90$do Pará, Integr. .

lem dividendo. ..... 146$ 150$« 50 "I. 85» 89»

de Belém do Pará, Integr. »sen dividendo. ..... 99$ ioof

« 85 ••„ 83» 85»Norte do _3ra.il, integr ioo| 102$

« « 60 "i„ 55» 60ÍCredito Popular, integr. . » icof 102$

Companhias :Protectora da I. Pastoril, , 56$ 58$Urbana de E. do F. Paraense 75$ 90$Jo.kcy-Club Paraense .... 45Í 50$

Companhias de Seguros:Paraense 146$ 155$Commercial , . . * 135$ 14a!Segurança 125» 130»Lealdade. . 75$ 80$Amazônia •..«»•*..*¦ 100$ 105$Previdente 75 8of

Debentures:da Urbana , xoo$ 102$Fabrica de Papel , ; , , , . 85$

Fabricas:Fabrica de Papel Paraense. 48$

Letras hypothecarias;de juros de 7 0|o 98I xoofde juros de 5"| 65f 80$

Noticias niaritimasEntraram hontem:«Lanfranc» da Europa e «Lisbonense» de

N.w-Yoik.—Sairam hontem:«Madeirense» para a Eurcpa; «Mauá»

para Manáos; «Maranhão» para o mesmodestino.

—Continua esptrado:«Paraense» do Ceará.—E' espetado hoje :«Oiientc» de Manáos.—Deve entrar amanha :«rirnela» de Manáos:—Saem amanhã:«Lanfranc» para Maranhão e Ceará e

«Oriente.» para Maranhão:

Rendas publicasALFÂNDEGA

At. o dia 19 do co:ronte mez . , 1 308:904(799 ,Hon'em .....•.»•. 104:514^400

Total

Passageiros

i*4*9f*9J

Idos no vapjr «Mauá» para Manáos eescalas:

F.licio Bensab.th, J- B.uahuna, ManoelDuarte Rocha, Jesus Nietto y Abrig. n,Luiz de S:us_ Tinlo, Pdtiiik C. Gib.-on,Elias Alves, J* _o B. dos Santos, MoysésCohen, Anelli Oi este e Job Liberalino deLima á ré e 13 á proa.

Idos no vapor inglez «Madtirense» paiaa Europa:

Antonio José Joaquim da Costa Júnior,José Pinho Vieira, Manoel Domingos Cos-ta, W. Lopes Pedro Silva, Manoel Tava-

-*¦"¦¦. ^Costa, Manoel Ferreira Santos e tuaja, Manoel Joaquim da Silva R.dri-

'¦''¦anri.:'-»-^'" es G uv.u, sua espo-. H enriques, Joaquim

Manoel Miranda'. Tavares, J^a*

Igado e sua es-sa e 2 filhos,baptista Cui-1

marSes, Joao Amorim Lima, Fulgencio daMotta Marques, Isaac Saflety, d. AnnaCândida Santos, Victor Moreira, ManoelGomes Zagury, Joseph Salomão Zagmy,d. Romana Sousa e 1 filho, Samuel Sutis-se, Serafim F. Pereira e sua e?posa, d. Ur-sulina Silva, d. Olinda Apdrade, d. AfraOliveira, Francisco Moura Silva, James R.Hislop, Manoel Joao Castro Gomes, Anto-nio José Carneiro e .ua. familia, AlbertoRegulhas e Jc5o Teixeira á ré e 39 á proa.

Idos no vapor nacional «Maranhão» paraManáos:

Ezio Berte, dr Julio Tabosa, JoSo Aflon-so do Nascimento, Alfredo AmazonenseDelduc, Fábio Hollanda, Serafim Ferreirad'OHveira, d. Maria L. de Brito, José Con-stante, José Fonseca, José P. L. Bastos,Jo3o Durte M. Júnior, J. A. Garcia Car-doso, Jayme M. Pujol, alferes Manoel Car-los Vital Sobrinho e sua esposa, José Ro-drigues Vieira, Joaquim Rodrigues e Anto-nio Feliciano de Almeida á ré e 83 áproa.

Vindos da Europa no vapor inglez «Lan-franc» :

A. Cooper, C. Rub e Rehbold, José daFonseca Menezes, Domingos José Ferreira,Bento Lopes de Azevedo e J. Marafei áré e 11 á piôa.

O mesmo vapor trouxe os seguintes emtransito para Manáos:

Augusto da Rocha Romariz Júnior, Can-dido Augusto Diniz, Maria de AzevedoMendonça, Joaquim Luiz da Silva, JoséJo3o, Nicolau Lourenço Paes. Antonio Joa-quim Matheus e José Moreira.

VAPORES A ENTRARParacnsc% do CearáOriente, de ManáosPlaneta, do ManáosAnselm, da EuropaGrcgory, da EuropaMaranhão, de ManáosJaboatão, de ManáosPernambuco, do SulAliie, do SulManauense, da EuropaSobralense, de ManáosHilary, do ManáosOlinda, do Sul

VAPORES A SAHIRLisbonense, para Maranhão o CoaráPlaneta', para o SulOriente, para MaranhãoDominic, para ManáosOccidçnte, para Maranhão e CearáParaense, para New-YorkMaranhão, para o SulJaboatão, para o RecifeAnselm, para Maranhão e CearáLanfranc, para Manáos

-Pernambuco, para ManáosAlice, para o Sul .Sobralense, para EuropaManauense, para Manáos

hoje32«42224

_.25262727303'

2222«323«4«5_272727293030

Declarações e avisosCompanhia de Seguros

PrevidenteCONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DE ASSEM-

BI-ÉA GERAL

De accordo com o art. 64 dos estatutos, convidamosaos srs accionistas d'csta Companhia, para uma reuniãoextraordinária de assemblóa geral no dia i de abrilvind -uro, no escriptorio da Companhia á rua 15 deNovembro n 6t, l° andar, afim do tratar-se sobre areforma dos estatutos cm vigor.

Paia, 17 do março de 1897.Os directores,

Joaquim Theodoro Bentes.Francisco Antônio Pereira Júnior,Joaquim da Silva Vidinha. (r2

Jockey-Club ParaenseOs livros do Jockey. Club, acham so na secretaria da

sociedade, á disposição dos srs accionistas que osquiz.rem examinar, até o dia da reunião da assem-blóa geral.

Delem, io de março do 1897.

M. Pinheiro, presidente.

Sport Club do ParáASSEMBLÉA GERAL EXTRAORDINÁRIA

De ordem do sr. presi tonto e em harm nia com on.° 2 do art, 38 dos Estatutos, convido os dignos sj-cios a reunircm-se na sóde social no dia 22 do cor-rento ás oito horas e meia da noito, para eleição decargos vagos na directoria o tratar-se de outros aa-sump. a.

O 1.' seceretario, Arthur Pereira. (i

Companhia de SegurosAmazônia

Os srs. accionistis da Companhia do Segures Ama-zonia, são convocados para uma reunião de assem-bléa geral que se realizará na s_do social ao Loulevardda Republica n 39, no dia 23 do corrente mez ás 2horas da tarde o terá por fim a apresentação do re-latotio, balanço o contas da directoria no anno p.p. o procedon Io-se a eleição d s funecionarios que terãode di igir a referida Companhia no corrente anno,

Par-, 9 de março da 1897.Os directores,

Joaquim Antônio aVAmorim,José Machado de Brito e CunhaAntônio Alves dos Santos, (6

JLo commercioNós abaixo assignados declaramos que n'e_ta dati

tomos di.s ¦_,<¦. ido a'seriedade mi c« nimandia que ti-nhatnos com Julio Gonçalv s Eornandes d'Araújo, eque girava Sc b a razão do Julio d'Araujo & C* noest.bole.imi nto sit. á travessa Occilcntal do Merca-do, nos retirando eti.bòlsadr-s do ncs>o capital e ls-Cros, ficando |o activo « patsivo da dita firma a car-go do mesmo sr Araújo.

Tara, 20 do março de 1897,

Poito _>- Moraes (3

-A.O commercio^ Dec'aramos que n'csta data constituímos uma so-

ciedade mercantil sob a razfio de Coelho, Braga &O, a cargo da qual fica _ activo o passivo d» firmaA. Corro.» Noua, que fica extineta; sendo em com-man_ita pata o primeiro dos signatários.

Fará, 18 de março do 1897

Ambrosia ^orrêa T\rouraJosé Ignacio Coelho de LimaAntônio CorrSad s Santos Braga (2

ITHÊNEÜ COMMERCUL DO PIRA'ASSEMBLÉA GI!R_L

Avião aos dignos consocios quo, ató a conclusão dareforma dos estatutos, haverá sessão aca domingos oás t -rças o sextas-feiras.

Bolem, 19 de M.rço de 1897.

José Paiva, secretario, (4

Banco Conraercial do Fará3." EMISSÃO

Ultima chamada¦ Convido os sts. accionistas a realizarem a 7/ e ul-

tima chamada de 20 •¦- sobro suas acçOes de hojo,ató 30 _e abril do anno vindouro.

Pari, Ji de deiembro de 1896.O director secretario,

Manoel Pereir» Oi»,

Companhia de SegurosLealdade

ASSEMBLÉA GERALNo dia 26 do corrente moz, á i hora da tarde,

reunir-se-á a assemblóa geral d'c.ta Companhia, noescriptorio á travessa das Mercês, para s r-lho apre-sentido os balanços, contas e relatório da diroctoria,procedendo-so om seguida á eleição dos respectivosfunecionarios.

Pará, 1 do março do 1897.Os directores,

Ricardo Ferreira LopesManoel P,rcira Dias.Alexandre Aeghles.

BiRCO COMMERCUL DO PARÁ

DIVIDENDOConvido os srs accionistas d'este Banco a virem re-

cober do dia 16 do corrente em diante, das 10 ho-ras da manhã ás 2 da tarde, o 53o dividendo de suasacções, relativo ao semestre p. p., na razão de 6 "f„sobro o capital realisado om 30 do junho p. p.

Pará, 12 do fevereiro de 1897,O director-secretario,

Manoel Pereira Dias,

Jockey-Club ParaenseASSEMBLÉA GERAL

Na forma do artigo 42 dos estatutos, e para o fimnJello prescripto, convido aos srs, accionistas para asessão de assombra gorai, que so realisará om 10 deabril próximo, na sede da Sociedade, á rua da In-dustria n. 56, á r hora da Urdo.

Fará, io de março de 1897.O presidente,

Manoel Pereira Dias.

Real Socieíade Portngueza BenificenteDo ordem do illm. sr presidente, convido os snrs,

sócios a reunirem-se cm seísâò extraordinária de as-semblóa gcral.quo terá logar ás 8 iiz horas da manha de21 do corrente mez afim do sor apresentada, pela dire-ctoria, uma propesta para reforma dos estatutos d'estareal sociedade.

Sala das sessões da Real Sociedade Portugueza Be-neficente, no Pará, em io de março de 1897—Fran-cisco Julio Pereira, i° secretario da assembléa geral.

.A-O commercioDeclaramos, nós abaixo assignados, que a contar

de 1 de janeiro do corrente anno admittimos para so-cio solidário com uso da firma de nossa casa cornmer-ciai o sr. Antônio Baptista Cardoso Guimarães.

Parf, 9 de março de 1897. — Pompeu Martins deMoura _» C." (1

Companhia de SegurosLealdade

QUARTO DIVIDENDOPaga-sc este dividendo, nas horas do expediente, de

1 de março em diante, no escriptorio da Companhia,á travessa dr. Fructuoso Guimarães n. r2, defronte daigreja das Mercfis, A razSo do 8 "¦; sobre o capitalrealisado, ou 4J000 por acção*

Pari, 26 do fevereiro de 1897.

Os directores,Manoel Pereira Dias.Ricardo Ferreira Lopes,Alexandre Keghcls.

_A.tte__i.caoJ. S. Ribeiro & C°, proptietarios das of-

ficinas de mármore uma á rua da Indus-tria n. 88 e outra em frente ao cemitériode Santa Izabel, participam ao publico emgeral que resolveram fazer grande reducçaonos preços de pedras para moveis e tudoo que diz respeito a mármore.

Executa-se qualquer encommenda emmármore, com esculptura e architectura;letras em alto ou baixo relevo, de gestosá vontade dos exms. freguezes, assim comotambém fornecemos desenhos para esco-Iher, á vontade das pessoas que as requi-sitarem, pois os temos em grande quanti-dade e de variado gosto.

Executa-se qualquer encommenda coma máxima u gencia, para o que dispomosde muito pessoal, habilitado a bem servirao publico.

Garantimos a boa execução dos traba-lhos que nos forem confiados.

É VÊR PARA CRERRUA DA INDUSTRIA, 88. (45

Vihho velho do Porto«ADRIAO-

A extraordinária e muito justa reputaçãode que goza este generoso vinho nos merca-dos do sul, vae se manifestando na nossapraça, de uma forma promeitedora. Assim oattesta a grande procura já obtida ea qualserá d'ag *ra em diante melhormente satis-feita, em conseqüência do maior vulto e fre-quencia das remessas.

E' com júbilo que registramos o apreço eas conquistas alcançadas pelo excellente vi-nho ADRIAO.

A propósito julgamos acertado prevenircontra qualquer equivoco :

Quando comprarem o vinho verifiquembem se é ADRIAO, de que s_o

Únicos importadores nesta cidade

E. Pinto Alves &C.a (9Vapor BRASIL

Vende-se uma parto do valor do vapor nacional«Brasil».

A tratar com o corretor Oliveira. (4

_A_os viajantesCadeiras de lona, de tapete e de palhinha e

austríacas, francezas e americanas. Seis mo-delos differentes, a preços muito módicos,na Cadeira Dourada, & travessa Campos Sal-les (Passinho), n. 22.

ASSENTO FIXOCadeiras americanas com assento de pau

e palhinha, ditas austriacas com e sem ba-J .nço, consolos, cabides, cadeiras para cri-aaças, camas, guarda-roupa, toilettes, retre-tes, lavatorios, camas de ferro e madeira, me-sas para jantar, todo o tamanho commodascom e sem pedra, guarda-louça com lindosflorões vendem a preços razoveis na Cadeirade Prata de

ÃLBIHO FR1KCISC0 PEREIRI & C."TRAVESSA FRUCTUOSO GUIMARÃES N. 50

Entre as ruas Nova e 13 de Miao

0 que é bom, custa caroO que falta no botequim do theatro da

Paz e em outros, suo os vinhos finos e ve-lhos do Porto, das matcas -S-S"-?, URR, MVe Coroa.

Nao é tibornia, sao vinhos finos do Porto—e nada mais. J^

Vendem-se na ourivesaria de

JT. A. ReisTRAVESSA OCCIDENTAL DO MERCADO N. 13

0 roubado da noite de 12—Outubro- ¦95

(I

AVISOS MARÍTIMOS

T___ _b-

Amazon Steam Navigation Company, Limite.VIAGEM EXTRAORDINÁRIA AO ALTO RIO

JURUÁ

O paquete a vapor cAntonio Oüntho., comman-dante Carlos Falcão, segue viagem para o alto rio Ju-ruá, ató onde permittir a navegação, no dia 20 docorrente is 9 horas da manhã.

Recebe somente passageirosO c-cptídiente na véspera da sahida ds 3 horas da

tarde.Pará, 12 de Março de 1897.

LINHAS DO ARAGUARY, AMAPÁ E CURUÇÁ

Do abril a junho do corri nio anno, as .aliMa dosvapores para as linh.s do Araguary, Amapá o Curti-çá, terão lugar nos dias abaixo declarados :

Sahidas em abrilCuruçd. 2Araguary 5Curuçá 16Amapá , ai

Sahidas em maioCuruçá 1 . 2Araguary _Curuçá ijAmapá 20

Sahidas em junhoCuruçá 1Araguary ACuruçá 1 , , , 16Amapá 2o

Pará, 15 do março de 1897.

VAPOE «TROMBETAS»Sairá para o Xingu, Jary e mais poito» de escala

na noito de 19 do corrente.Recebo carga no trapiche Bolem ató ao áa 18Encommendas, passagens e expediente nn dia da

saída, no escriptorio de A. J. de Sousa & Comp.Fará, 16 de março do 1897.

Alberto Motta «Sm Comp.

VAPOR «ALFREDO

VIAGEM AO ALTO JURUÁ

Fato vapor seguirá, na noite de 25 do corrento, parao rio Juuiá ató Juruá-Miiy, entrando no rio Tarauacdató Itucuman.

Recebe somonto encommendas c passageirasA trattr no escriptorio de

Levy, Ferreira <S- C

VAPOR GENERAL JARDIMEsto vapor sao pata Arum.th.ua t-.cando om to-

dos os poatos da oic.la, no dia .'_ ás 6 horas datardo

Exj ediento /s 4 horas do referido dia.Pará, 20 de março do 1897.

Corrêa, superintendente (2

LANCHA «INTRÉPIDA»

NAVEGAÇÃO PARA AS ILHAS

Pahirá na noite de 24 do coriente, toetndo emAbato, Cun-linho, Bngic. Jaiundá, Iirovri, Pracachy,Melg.ço, Portei, rios Anapú, Pacajá o mai. port s docostumo. Recebe cargas no trapirh*. Central ató o dia23. Kxprdiente, pass.igens e encommpndas na tardodo dia dii snhid', no csc-.iptorio de Solheiro Marques& C."

Pará, 20, de Março de 1897,L. Solheiro &¦ C.

VAPOR «VIRIATO»: Segue para o rio Purús stó o Xapury o vapor «Vi-

ria to»,' cüinmandiUite Hoppfner.Só recebe passageiros. Expediente e passagens om

casa do. David _» C". (4

SeringalNo lugar «Laguna do Nobre», no rio La-

guna, airenda-se seringal sem condição, com2 a 4 annos de descanço e em lotes de 10estradas paia cima.

Trata-se aqui com Thomé de Vilhena& C.a e no «Laguna do Nobre» com o pro-prietario.

Pará, 30 de Novembro de 1896.

Salão Conimbricense32—RUA DA INDUSTRIA—32

Precisa-se de um empregado habi-litado. Paga-se bom ordenado. (4

CRIADAPrecisa se de uma, para acompanhar uma

familia até o Rio de Janeiro.Trata-se á travessa do Carmo n, 6. (7

Dhalias portuguezasPieferidas pelo seu tamanho e elegância,

lindas variedades,' vendem

ALBINO FRANCISCO PEREIRA Sr> COMP.Travessa Fructuoso Guimarães (Mercês) n. *;o, entre a*

ruas Neva de S_nt'Anna e Treze de Maio

Sementes de hortaliça

COUVJESManteif*., ropòlll_, hespanhola, inumana, tronchu-

da e l_n_barda; alface, fava, ervilha roxa, dita bran-Ca, feijão de Coimbra e mantriga, abóbora, melão,rabanetes, salsa do diversas qualidades, ctbula garra-fal e multar, entras quo so acham á venda no grandoarmazém de mi.v.is <*o Albino Francisco Pereira &Comp., á travessa Fructuoso Guimarães n. 50, entreés ruas Nova do Sant'Anna e Treze de M-ij.

austríacas para varanda, de encosto simples,de encosto de palha e estampadas, de lindis-simo effeito, grande variedade de modelos,a preços diversos, na Cadeira Dourada, á tra-vessa Campos Salles (Passinho), n. 22.

1." Missa no BrasilLindLisimo quadro histórico com chro.no typcgra-

phia.Vende-se na Cadeira Dourada.Travessa Campos Salles (Passinho)—ia.

TerrenoVende-se um magnífico para edificar, c< m1)2 braças de fieute e 28 ditas de fundo,

na Estrada de S. Jeronymo, peito do cantoda Estrada Dois de Dezembro.

Está todo cercado, tem algumas aivoresfiuctiferas, é plano e direito, esiá numa lo-calidade esplendida, e vende-se em conta.

A tratar com o corretor Antonio Sousa, átravessa de S. Matheus. {t(

~V7"ende-se uma bonita armaçáo própria para loja' toda onvorniaada e enridraçada c dividida om10 corpo., .

A tratar çom o corretor Oüvoli»,

Granpe Loteria da Capitla Federal_500:000$000

Extraeção — Sabbado, 10 de abril de 1897SÃO ESTES OS PRINCIPAES PRÊMIOS

O primeiro 500:00080:0 integraes .O segundo 20:0008000 »O terceiro 15:0008000 »0 quaito 10:0008000 »O quinto 5:oootooo',,. pe.uem.se outros muitos imppitantes prêmios, como se podeiá verificar no plano

publicado no verso do bilhtte.

Os preços dos bilhetes são os seguintes:Bilhete inteiro 3oSooo

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MeiosTerços. .Sextos . .Trigesimos.

188000128000680.-.01S200

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O IILKI.OI. 6 um verdadeiro especifico das doenças úaa mucoBiut, nos homens ou nassenhoras, e o unlco neste gnnero mio t«ni merecido Ber adopU-do pelas suminldados médicas,n&o sft por ser competamento InolienslTO como pelna curas mari-viihosna que tom produzido.Cum luilui) il. inili.inmiLfÕü8 ou corrimentos por mais antigos c de qualquer espécie; E'_ni-per ior a todoa os preparados de Bandalo, do copahlba ou do cubebas, porque (5 Infallivel, nfioaifiíciu os rins nem a bexiga e mio exlgo dieta; K o único remédio cfllctiz nnn Blenaor-rhiw.ii. 1, (.'niiori-hü.at., Estreitamentos, CaturrlioH dn bexiga, etc. etc.

Sqas das'senhoras-A lieiirorrhcin (llorrabrancas),aMetr(tochronlcn(infÍammac&odoutero),a Vasfalte;o C.nri.rrlio da bexlffn; a Knterlte (caturrho intestinal), ou qualquer inflammucfto oucorrliiicnto das mucosas, por mais antigos, curam-se com o uso Interno do liLENOJL.Henrique E. N. Santos, pharmaceutico, Coimbra (Portugal)Vende-se nas principaes pharmaci*ãraraM

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