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_•'• 4? REDiCÇlO, 1DMMSTRAÇÍ0 E 0FFICIN1S 16-—Praça da Independência—17 LADO DA AVENIDA l6 Dll NOVEMBRO, EM BELÉM TELEPHONE 433 ESTADO BO PARií ESTADOS UNIDOS 00 BRASIL . ASSIGKITUHiS VARA A AMA2CHIA Semestre lóítooo Anno 30?ooo Pagamento, assim de assignaturas como de quaesquer publicações, adiantado. Absolutamente imparcial, a FOLSI DO SORTE recebe e publica todos e quaesquer artigos, noticias e informações, comtanto que lançados em termos convenientes. ISSíGNiTURiS PARA FORA DA AMAZÔNIA Semestre 20S000 Anuo 38Í000 NUMERO AVULSO DO DIA 120 RS. NUMERO ATRASADO . . . 50O » QUINTA-FEIRA, 15 de Outubro de 1896 E' nomaado commanüante das forças navaas do Rio da Praia o cliafe da divisão Prnlro d'0livelia,Í8ü4 Ãrano 'ESum, 28S Recebem-se publicações ate' as 8 horas da noite. KALEIDOSCOPIO Eis-nos em plena festa de Nazareth, a sempre assombrosamente concorrida, a sem- pre inegualavel e muito paraense festividade religiosa. Nao será muito, portanto, que passemol-a em revista no nosso acreditado «Kalcidosco- pio», exposto a 120 réis na casa contígua ao Animatographo, quasi defronte d'«A lebre.» Quando a leitora gentilissima, passeiando sua elegância pelo arrayal a dardejar olhares bregeiros aos rapazolas encaitolados, em ge- ral mios casamentos (isto vae a titulo de advertência), der com o narizinho gracil no seguinte cartaz : KALEIDOSCOPIO!! Entrada a 1*20 róis A FESTA DE NAZARETH I agarre-se ás abas do rodaque do papá ou do mano, e entre desassombradamente. E convém nao perder a occasião de apre- ciar desde alguns milagres ao vivo. —Seu Geraldo, nao se esqueça que do- mingo ó o cyrio, e que você tem de pagar a promessa de acompanhar a berlinda com as botinas cheias de feijão fradinho. —Senhora Venancia, isso nao é promessa que se faça; a minha erezypla passaria mes- mo sem promessa, além de que nao lhe en- commendei sermão sem missa I —Também você é um herege, cruzes ! Uma doença tinhosa que nem com benzedella de vassourinha passou, havia de passar com rnésinha de doutor ? Agora quer você queira, quer nao queira, ha de ser como eu digo : você vae acompa- nhar o cyrio e leva feijão fradinho dentro das botinas; disse, e está dito ! Diante de tao peremptório—e está dito! seu Geraldo sente-se desfallecer: feijão fra- dinho ! E está dito I E um christão que mora nos Jurunas, pae de nove filhos, carregado de compromissos matetiaes, vergado ao peso de quarenta e oito annos, obeso e calvo, que nunca pres- tuu-se a essas cousas de pagar promessa, vê- se agora ás voltas com a dolorosa perspecti- va de arrastar seus oitenta e três kilos, nao mettendo a cadeia de ouro portuguez, a car- tola, o guarda-chuva, e mais meio litro de feijão fradinho dentro das botinas, e tudo isto pesando sobre a sola dos respeitáveis mocotós em contacto directo com os terríveis feijões I Seu Geraldo errou vinte vezes uma con- ta de sommar, e nao ha meio de acertal-a; falta-lhe o habitual appetite; aquellas oleosas cores vermelhas do carao nédio, amarellece- ram do dia p'ra noite; á noite atormentam- n'o horríveis pesadellos I E nenhuma idéa salvadora, nem sequer uma sahida honesta! Terrivel dilemma: ou feijão fradinho nos bules, ou cabo de vassoura I Eis-nos chegados ao sabbado, véspera so- lemne do cyrio; sobre a mesinha de cabe- ceira da alcova, ao lado da camisa e mais pe- ças de roupa, meio litro de feijão fradinho olha surrateiraraente para as botinas de cou- ro de bezerro, e o seu Geraldo olha doloro- samente para o meio litro de feijão fradinho. Mas, vencido pela preoccupaçao mortifi- cante de pagar a promessa, que a senhora Venancia fizera, seu Geraldo adormece, e seu somno é povoado de feijões manteiga, fradinho, carioca, cavallo, preto, verde, ama- rello, branco, castanho, de todos os feitios c tamanhos, de todas as idades e sexos; feijões vestidos de carrasco, debeleguim, de juiz, de forca, e no meio de todos elles um grande caldeirão de feijão fradinho, fumegante, chei- roso e tao molle !... Dous formidáveis pedaços de toucinho de Minas dao saltos do fundo á superfície, cn- chendo a alcova de um cheiro saudável de gordura; um naco de orelha de porco so- brenada faceiramente... Seu Geraldo desperta, um suor frio a ba- nhar-lhe a respeitável careca; e a pensar no sonho que tivera, encontra a solução do mor- tilicante dilemma ! Nio ha duvida: prefiro o feijão fradinho ao cabo de vassoura da Veuancia, mas hei de mandar cosihhar o feijão com os mesmos condimentos que vi em sonho ! Dito e feito ! E eis como no dia seguinte, no rol das pc- tisqueiras, figurava mai-s este prafc i: —Feijoada corn de pioraesseiro ! JORGE OSCAR. 6 tt maohiaa pura costura maia perfeita, mais augura e mais econômica. DE TODA A PARTE Acaba de ser publicado em França um li- vro de grande valor moral, sem prejuízo do seu mérito litterario. Intitula-se Urna terra de celibalarios e de filhos únicos, e o seu autor as- signa-se Rogar Debuiy. O titulo é assim re- sumido pelo Journal des Débats: «Os celibatarios sao duplamente delin- quentes: em primeiro lugar, porque furtam- se ao dever essencial de todo o bom cidadão, o de perpetuar a familia e a raça; e em se- gundo, porque a sua presença exerce em toda a sociedade urna acçao dissolvente. Essa «gaiatice» (blague) estéril e definhante que paralysa tantos impulsos generosos, que ar- rasta as mulheres a dissimular sob uma mas- cara de ironia e de scepticismo as altas pre- oecupações moraes de que se nao podem exinfir, mas que o bom tom impõe mostra de indiferença, foi posta em moda, propagada e forçada pelos solteirões. No seu intimo, ura pai de familia nao pôde ser indifferente aos perigos da litteratura pornographica, porque é elle cura de almas e sente os filhos amea- çados no futuro, quiçá na saude se as exci- tações mofinas da rua guardam o campo li- vre. Por falsa vergonha, o pai de familia as- socia-se ainda que seja da bocca para fora ás gaiatadas de que a Liga Beranger tem sido alvo. Receia tornar-se ridículo, confessando francamente nao ter as mesmas razões que os encantadores velhuscos, representando a «louca mocidade dos boulevards», de desejar que a rua seja uma escola de vicio e de des- moralisaçEo:». Poucas vezes um parlamento discute quês- toes de tanta ou antes de tanta superstição fatalista como ha pouco discutio o parlamen- to do Transvaal. O Senado d'essa Republica que tornou-se notável pela energia com que defendeu a sua independência contra a cobiça sem cerimo- nia dos inglezes, tratou o mez passado de uma petiçio relativa á chuva artificial. Os peticionarios reclamavam a adopçao de uma lei prohibindo dar tiros de peça para fa- zer cair aguaceiros ref' igeradores. Muitos senadores opinaram no debate que o facto de dar tiros de peça para tal fim con- stituia um ultrage ao Creador, que distribue a chuva como entende. Um orador observou até que á primeira descarga as nuvens rebentam, mas que á se- gunda afastam-se, protestando assim contra a violência feita á vontade de Deus. Um membro da minoria replicou que os fatalistas deveriam então prohibir os para-raios, mas as suas palavras nao convenceram a maio- ria.< Passou o projecto, autorisando o Poder Executivo a apresentar um projecto de lei de conformidade com os desejos dos peti- cionarios. Um mestre de escola al-.aciano, o profes- sor da escola publica do Schilligheim, deve estar cogitando na verdade deste proloquio, «por bem fazer mal haver» se souber portu- guez e conhecer esse proloquio. Em um dia do mez passado, o nosso pe- dagngo, «seguindo os impulsos da sua cora- gem* atirou-se ao rio para salvar com risco de vida a de um collega que se á (Togava. Por esse feito que merecia medalha de ouro, recebeu urna intimaçao para pagar a multa de dous marcos e 50 pfenuigs por ter toma- ilo banho em lugar dtfezo. Quanto ao alio- gado esse ficou livre da multa por estar pró- vado ter cabido no lio contra sua vontade. Diz o Wcekly Picayune, de Nova Orleans, que os Estados Unidos estão construindo um barco submarino que deve. custar cerca de 150,000 dollars e que satisfeitas as con- dições exigidas, poderá um barco desta natureza defender uma bahia. O mesmo jornal allirma que a Russiaj tem quatro navios deste gênero, o Brasil deus, a Grécia um e a Turquia outro.j Um bilontra mysterioso: Ern Paris foi preso um indivíduo aceusa- do de ter burlado vários estabelecimentos comrnerciaes dus quaes obteve grarídes por- ções de mercadorias, sedas principalmente, que depois vendia por preços Ínfimos. Con- duzido á presença da policia, este.indivíduo, que usava de vários nomes c indicava diffe- rentes residências, recusou-se tenazmente a dizer o seu nome, acerescentando : —Podem condemnar-me a 20 annos de trabalhos forçados, se quizerem, mas nunca saberão quem eu sou. E o certo ó que a polic'a franceza ignora quem seja o mysterioso gatuno. Locomoção presidencial. Um mathematico, do Havre, calculou que no período das suas ferias, comprehendido entre 20 de Julho, dia da sua chegada ao Havre e 20 de Agns.o, dia da sua partida para a caça, o sr. Felix Faure percorreu, in- clusive a viagem da Bretanha, as seguintes distancias : A cavallo 670 kilometvos; em carro, 2,570; em vapor, 1,158; em estrada de ferro, 3,447; a pé, 447; total, 8,292;.o que um pouco mais de 276 kilometws por dia. í\ Singer Viisras-ste é a mo- lhor machina de costura do mundo, por ser a maissimples e silenciosa. VAEIAS Em 1706 os religiosos da Conceição da Beira e Minho construíram n'esta capital, á beira-mar, o convento de S. Boaventura, no sitio outr'ora conhecido pelo nome de—Por- lo do lição. Foi o quinto dos que diversas ordens aqui levantaram; e ficou collocado dentro de um terreno que o cidadão José Velho deu para esse fim, e que media 132 metros, contados do igarapé da Comedia dos peixes-boi, heje de S. José, para baixo. Para a fundação d'este hospicio aquelles ministros da religião nao tiveram a compe- tente licença regia. O aviso de 12 de Abril de 175S determi- nou que os mesmos se recolhessem ao con- vento que a sua ordem possuía na capital do Maranhão, e assim ficou abandonado o hospicio de S. Bjaventura. Posteriormente a carta regia de 18 de Ju- nho de 1760 ordenou que n'elle fosse esta- belecijo o hospital militar; mas o vigésimo governador e capitao-general d'este Estado, Coronel Manuel Bernardo de Mello e Cas- tro, o installou no Castello, e em Junho de 1761 mandou levantar telheiros e as demais oificinas próprias para a construcçao naval na ribeira e praia do referido hospicio. Motivou este procedimento o haver elle reconhecido que os doentes alli se sentiriam incommodados com o barulho das machinas e ferramentas. Os operários vieram em virtude de requi- siçao sua da cidade de Lisboa, da ribeira das naus. De conformidade com a carta regia de 6 de julho de r7í>r, regularisou o governador o serviço das oílicinas, que eram então as de carpinteiro, senador e tanoeiro. Este estabelecimento teve a principio a denominação de—Intendencia de Marinha, que maia tarde foi mudada para a de—Ar- sonal de Marinha. Os logares de Intendente e Inspector tom sido exercidos por officiaes subaltei nos, supe- riores e geneiaes. O Arsenal nu.de 323 metros de compri- mento pelo lado de terra, e 144 em raia maior largura, oecupando urna área de 39.100 metros quadrados. Possúe unia boa ponte, diversos próprios, onde se. acham estabelecidas as oílicinas, e elegantes e espaçosos edifícios, entre os quaes alguns de deus pavimentes, sobre- sahindo entre elles o que servo de residen- cia do Inspector e do Patr3o-mór, o da en- formaria e o quartel dos aprendizes. Desde a sua fundação até o anno de 1821 foram construídos n'este arsenal os seguintes vasos de guerra:—Uma nau com 74 boceas de fogo, cinco fragatas com 44, quatro char- ruas, quatro brigues c doze chalupas artilhei- ras, alem de uma infinidade de embarcações pequenas de differentes dimensões para tran- sporte. Nos nossos dias, que nos conste, apenas foi alli construída a canhoneira Manáos, ul- timamente, e em diversas epochas, lanchas e escaleres. A antiga Câmara Municipal cedeu para o augmento d'este estabelecimento, quasi toda a praça do Bagé, da qual somente ficou uma rua com 22 metros de largura. Do hospicio de S. Boaventura, que foi de- molido com o correr do tempo, nada mais resta hoje. Até ha poucos annos ainda existia a ca- pella, que ficou encravada no edificio de dois pavimentos, que outr'ora serviu de residência do Inspecror e posteriormente de Secretaria. As imagens que lhe pertenciam foram en- tregues á superior autoridade diocesana, e o seu orago era o do mesmo nome do hospi- cio. Os operários do arsenal promovem-lhe an- nualmente uma procissão, fazendo-a passar pela frente do estabelecimento. Creada pela carta regia de 12 de Maio de 1798, e para o serviço da policia do arsenal havia dtrrtro do mesmo, uma companhia de Pedestres, que foi extineta pela portaria do Presidente da Província, tenente-coronel José Joaquim Machado de Oliveira, datada de 30 de Junho de 1832. O arsenal possúe presentemente officinas de carpinteiro, fundidor, modelador, tornei- ro, limador, ferreiro, caldeireiro, veleiro e ca- lafate. Alli reúnem-se diariamente 300 pessoas, pouco mais ou menos, e funecionam a Esco- Ia de Pilotos e a Capitania do Porto. O primeiro navio de guerra construído no estabelecimento foi a nau—Pelem, cuja exe- cuçao teve princípio ainda no tempo do go- vernador Mello e Castro. R. C. ALVES DA CUNHA. UM CJlS© curioso Dá-se actualmente nos Estados-Unidos um caso que propõe um problema jurídico verdadeiramente singular. Eis os faetos. Urn hypnotisador quiz fazer recentemente ern Indianopolis uma expe- riencia cujo interesse scicntilico nao é fácil perceber, e que aliás nao é inédita : ador- mecer um indivíduo, depois sepultal-o e des- pertal-o alguns dias depois. A primeira dif- ficuldade para uma experiência desta natu- reza é encontrar um paciente benevolo, a quem nao seja desagradável a idéa de ser enterrado vivo. O hypnotisador de Indiano- polis, depois de muitas tentativas infruetife- ras, acabou por descobrir urn pobre diabo chamado J. J. Wyatt, a quem persuadio se deixasse collocar prematuramente no tumu- lo. Para maior segurança, fizera com elle um contracto em devida fôrma, pelo qual Wyatt devia ser inhumado quatro pés abai- xo do solo, ern Fairview Park—um nome bem apropriado para uma experiência ma- cabra—e ficar adormecido da terça á sexta- feira, dia aqucllc no qual seria inhumado, depois ressuscitado. Assim foi feito. Wyatt, tendo sido adormecido, foi enterrado na ter- ça-feira á tarde. Como medida de precau- cao, o caixão em que jazia este defunto vo- luhtario tinha sido munido de um tubo que permittia ao paciente respirar, e também pe- dir soecorro, se por um acaso nefasto elle acordasse antes da hora fixada ; além disso um guarda de confiança velava-lhe o turuu- lo. Estas diversas medidas nao eram inúteis, porque ao cabo de 14 horas, Wyatt despe» tou e pôz-se a gritar como um doudo. Tra- tou-se logo de exhumav o defunto rebelde. A operação, porém, tomou algum tempo, e quando o retiraram do fúnebre domicilio, achava-se elle ern tal estado de terror e cx- citação, que muito se temeu pela sua razão. Emfim acalmou-se. E' agora que a aventura se torna rara. De- clarc.u o hypnotisador que era preciso reco- meçar, Garantia ao paciente, na segunda experiência, o mais doce e profundo somno O paciente nao tinha confiança; depois de haver maduramente reflectido, declarou que tinha satisfeito de ser enterrado vivo. O hy- pnotisador saccou do bolso o contracto, e observou-lhe que uma das cláusulas do con- tracto nao estava sido observada, e inti- mou-o a que adormecesse de novo. Wyatt reiterou a sua recusa. Diante da sua nega- çao, o hypnotisador propôz acçao judiciaria. Vai-se pleitear. E os juizes americanos te- rao que decidir esta questão : «Tem-se o di- reilo de inhumar um indivíduo contra a sua vontade Para a festa de Nazareth O Bazar Paraense acaba de receber ura es- plendido sortimento de fazendas modernas, chapéos para senhoras e meninas, leques pe- quenos e muitas outras novidades.(5 TÓPICOS DO DIA Volto á minha antiga insistência: os me- nores vadios. Continua qiyasi diarir.niente a policia . de- ter essas pequenas creaturas, que encontra vagabundeando pelas ruas, algumas até sur- prehendidas em flagrante na perpclraçao de furtos e até de roubos. Ainda ante-hontem, conforme se do noticiário da Folha, o subprefeito Rocha man- dou deter na estação policial a um d'esses pequenos, que ha algumas semanas aquella autoridade via cruzando pelas ruas do seu districtò, entregue á ociosidade. Enormes sao os magotes d'esses menores que todas as noites, durante as festas se vêem no arrayal de Nazareth, uns a fazer de ca- poeiras, outros encostados ás casas de sortes no intuito de pilhar qualquer cousa. Ainda ha um outro logar ali onde fácil- mente encontram-se esses pequenos desoc- cupados: sao as barracas-botequins. N'uma d'ellas, na primeira noite da festa> dois d'elles achavam-se em completo estado de embriaguez, promovendo desordens e di- rigindo palavras obscenas a famílias e cava- lheiros que por ali passeiavam. Essa condueta reprovável, e ao mesmo tempo digna de lastima, era approvada com suecessivas gargalhadas de repugnante gau- dio pelo proprietário da barraca, que, ven- do-os com algum dinheiro (que procedência teria elle?) incitava-os a beber ainda mais. demonstrei a necessidade imperiosa que ao poder publico impõe-se de ser aqui creado um estabelecimento próprio para se- rem n'elle collocados menores na3 condições d'aquell.s em cujo beneficio tenho eu clama- do d'aqui numerosas vezes, infelizmente em vao. Em verdade, é este um especlaculo dolo- roso que estamos todos os dias a ver repro- duzido, e parece que é tempo de cuidar- se seriamente da sorte d'e.ses infelizes, que, abandonados hoje, como está acontecendo, amanha se constituirão certamente n'um ele- mento pernitioso á sociedade e á moral dos bons costumes. Nao preenche o fim o recurso de que ul- timamente teem lançado n.ao as autoridades policiaes:, sempre que prendem esses meno- res. O recurso é a remessa dos mesmos peque-, nos para o Arsenal de Marinha, que níío é o estabelecimento exigido pelo caso. Mais urna vez peço, no interesse cVcsscs infelizes entes, aos poderes públicos que cora seriedade meditem sobre o facto, adoplando immediatamente as providencias necessa- rias. DK.M0KIIU.NKS. ^ ISãO É RECLAME! E' um facto provado : O excellente depu- rativo pilulas ile Itfio, cura radicalmente todas as moléstias da pelle. Deposito : «Drogaria Nazareth»—calçada do Colleíiio. Conversa fiada Nao sei se o amigo Teixeira teve a ven- tura de ouvir umas doces fallas transmitti- das aos ouvidos do sexo barbado exclusiva- mente, pelo mais curioso invento de Edison que ha no largo de Nazareth. Se ainda nao teve essa ventura, eu acon- selharia s. ex.a que fosse divertir seus virgi- naes ouvidos com aquella deliciosa língua- gem, certamente digna de Salomão ou de qualquer libertino ahi da beira da praia. Realmente é urna cousa que me tem em- basbacado a proceito: a policia nao ter comettido a violência de reduzir á expressão de cinzas o tal phonographo para homens e mandar para as gaiolas da Estação aquella tutinegra norte-americana, tao innocente, tao pudica e sobretudo tao moralisada. Palavrinha de honra que o forno crema- torio nao pôde ter mais adequado combus- tiVel. Disseram-me que das autoridades, a uni- ca que ouvio o phonographo para homens foi o respeitável sr. capitão Cândido. E 5. s. que está habituado marcialraente, que é o terror 3.0 districtò pela rigorosa fiscalisa- çao que nelle exerce, deu trez, mas trez for- tes, trez valentes, trez horrorisados pulos, pois julgou ter a trompa d'Eustaquio arre- bentada por alguma bomba anárchista. Dizem-me também que um dos mais as- siduos freguezes do phonographo sófiara ho- mens é o virtuoso sacerdote padre.mestre Anzaloni, que de suas minguadas economias feitas com casamentos e baptisados ao ma- gro preço d'uma arroba de borracha, tira todas as noites os dez tustas para deliciar-se com a edificante linguagem do phonographo. De modo que d'um lado certas torubolas —ensinam que 7 vezes 7 sao 93 e d'outro o phonographo encanta e moralisa pelas bel- Ias phrases que lhe fazem repetir, que o progresso é aquillo mesmo—dizer a cousa como a cousa è. O que tem-me deveras admirado é nao haver a Maison Dorée instituído succursal em Nazareth, onde os restauranls d'aquella ordem haviam de fazer grande negocio; temo por aperitivo ou estimulante o vermouth do phonographo para homens. Cheguei a assistir __ duas conferências, cujo fira era fazer uma apotheose emmoldurada em peroba ou maçatanduba, á proprietária do phonographo. Se tal sueceder, ella que a leve á conta de selvageria d'este povo. Afinal de contas, cousas mais cabelludas têm-se ouvido sem serem por electricidade. Pelo sim pelo nao, a phonographia deve pôr o pello no seguro, porc^ue os botucudos sao capazes de brindai-a com um espartilho de pau. Ponha as barbas de molho, madaraa, e depois nao diga que a enganaram. FRIVOLI-STO, CONHECIMENTOS, facturas, contas e outros quaesquer trabalhos typographicos ou de encadernação, fazem-se com prest. zac muito baratos na livraria commercial. 5 Folhetim daFolha do Norte-15-10—96 MISS BRADDON (2 2 UM CRIME MYSTERIOSO IX COMO'DUNBAR ESPEROU PARA JANTAR (Continuação) Dunbar explicou a maneira como se ti- nha separado no bosque da estrada Sainte- Cross, depois de se haver combinado quo Wilmot iria aos Fetos, e viria reunir-se com o seu antigo amo que o esperava na cathedral. O banqueiro disse mais quem era Wilmot c o rrrister que desempenhava junto d'clle. —Nao me parece que haja, realmente, motrvos de susto, disse o banqueiro con- Cluindo. Wilmot confessou-me, que nao (etn sido muito sóbrio durante estes ulti- mos annos. Entrou, talvez, n'alguma ta- berna, que encontrou na estrada, e está, talvez, ainda de companhia com alguns camponezes. Se tal fez, nfio procedeu bem. O dono do hotel menepu a cabeça, e disse: —De certo que nao, mas espero que por esse motivo v. exc. n3n demorará por mais tempo o seu jantar?! —Nao, nao, mande servir. Receio n3o poder aprec'ar o merecimento do seu co- sinheiro, porque almocei perfeitamente em Southampton. O próprio dono do hotel trouxe a ter- rirra ele prata, e desarrolhou a garrafa de vinho que Dunbar tinha pedido. Havia nos mo cios do banqueiro o que c|uer que fosse que denunciava ser ello pessoa de importância; portanto, o proprietário do hotel queria manifestar-lhe todo o seu res- peito. Dunbar fallara a verdade, quando dis- scra cjue receiava nrlo p der avaliar devi- damente os merecimentos do cosinheiro do Hotel George. Tomou duas ou três co- lheres de sopa, um pequeno pedaço de peixe, e disse ern' seguida, levantando-se e aproximando-se ria janella: —E' inútil tentar, a ausência do meu companheiro inqvncla-me seriamente. Deu dois ou três passeios pela Eítla <? tornou para a janella. A iroite de Agosto estava quente e serena. A sombra das ve- lhas paredes de construcçao antiga pro- jectava-se na calçada, qrre a lua illurnina- va. A cruz de pedra, a baixa arcaria, e as soberbas torres da cathedral davam á tran- quilla cidade um todo de antiquidade ve- neravel. Nove horas e meia soaram iro relógio da cathedral ememanto Dunbar estava á janella, olhando para a rua. —Pernoito hoje acjui, disse o banqueiro sem se voltar para olhar para o proprie- tario do hotel, que se conservava por de- traz d'elle. —Nao saturei de Winchester sem Wrl- mot, tine abusa, realmente, de mim corn ioda a sem-cerimonia; áquelle velhaco es- t[ueceir-se da posição cjue está oecupando. O banqueiro fallava no tom offendido d'um homem altivo e cgoisls, que se julga menos considerado por urn inferior seu. O proprietário do~'hotel murmurou algu- mas palavras coordenadas na intenção de significar que se associava á indignação de Dunbar e desapprovava completamen- te o procedimento cio criado do gentleroan, —NSo, nao partirei para Londres esta noite, proseguiu Dunbar, nao obstarrte mi- nha filha única, a quem nao vejo ha de- zeseis annos, estar cspcrando-nie na mi- nha casa da cidade. Nao partirei d'aqui sem Wilmot. —V. exc. é demasiado condescendente, murmurou o proprietário do hotel, e cx- cessivamente bom cm se preoecupar tanto corrr esse . . . huml com esse sugeito. O proprietário do hotel hesitou antes de pronunciar a ultima palavra; porque, se bem que Dunbar fallava de Wilmot como de um inferior, e de um criado, elle lem- brava-se de que o ausente tinha tanta apparencia de gentleman como o seu com- panheiro. O proprietário continuou servindo Dun- bar. Us pratos eram sempre collocados so- bre a meza, cobertos com tampas de pra- ta brilhante. —A minha inquietação chegou ao augeI exclamou por ultimo Dunbar, tem alguém a quem mande aos Fetos saber se Wil- mot foi ? ¦—Tenho. Um dos moços de cavallariça vae apparelhar urn cavallo c partir para immediatamente. V. exo. quer escrever ai- guru bilhete á senhora Marston? —N3o, ir senhora Marston nao me co- nhece. O meu antigo amigo Miguel Mais- ton casou depois da minha sahida de Inglaterra. Bastará um próprio. O criado deve perguntar, se alguém da parte do sr, Dunbar foi hoje ali, e no caso aíTumativo, a que horas voltou de lá. E' quanto de- sejo saber. Que caminho segue o criado, o dos campos, ou a estrada real ? —A estrada real; pelos campos ha só- mente um carreirinho que serve do atalho para os Fetos, e que começa no bosque entre a cidade e Sainte-Cross. —Bem sei, foi ahi que eu me apartei do meu criado . . . Wilmot. E1 um sitio muito aprazível, mas mais solitário ainda de noite do que de dia. —Assim me pareceu, Mande partir o criado. Wilmot está talvez á meza com os criados da quinta dos Fetos. O proprietário do hotel mandou cumprir a ordem do viajante. Dunbar recostou se ivuma poltrona e pegm n'um jornal. Mas nao leu urna linha da pagina, que tinha diante dos olhos. O espirito do banqueiro achava se n'aquelle estado commum ás pessoas nervosas que sao forçadas a pensar na possibilidade de qualquer acontecimento inexplicável. A au- sencia de Wilmot tornava-se cada vez mais incompreheirsivel, c o seu antigo amo nao tentava esconder a inquietaça< > que o dominava. Ü jornal cahiu das nulos de Dunbar. O banqueiro permaneceu immovel na mesma posição por espaço de uma hora, prestando o ouvido ao menor rumor, reappareceu o Ao eabo deste tem) proprietário do hotel. —Então? . . . perguntou Dunbar. O criado chegou, e diz que esta tar- de nao appareceu rra quinta dos Fetos en- viado algum da parte rio sr. Dunbar, nem de qualquer outra pessoa. Dunbar fitou o proprietário rio hotel. No fim de alguns minutos de reflexão, disse lentamente: —Receio que lhe haja suecedido alguma coisa. O proprietário do hotel brincou com a sua grossa cadeia de relógio e encolheu os hombros com gesto de incerteza. —EtTectiyamente é extraordinário! disso elle, mas v. o-xo. nao suppõe que ? . . . E olhou para Dunbar sem concluir a phrase. Eu nao sei o que possa suppor, re- torquiu o banqueiro. Eu sou aqui quasi tão extrangeiro, como se nunca, antes de hoje, houvesse pi-ado território inglez. Áquelle homem pode-se ter afastado com qualquer propósito, mas è-me impôs- sivel suppor qual seria o lirrr que toria em vista procedendo assim. Poderia também ter-lhe suecedido alguma coisa; mas o crue demônio seria? (4 !««»»••'

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que lançados em termos convenientes.

ISSíGNiTURiSPARA FORA DA AMAZÔNIA

Semestre 20S000Anuo 38Í000

NUMERO AVULSO DO DIA 120 RS.NUMERO ATRASADO . . . 50O »

QUINTA-FEIRA, 15 de Outubro de 1896E' nomaado commanüante das forças navaas do Rio da Praia o cliafe da divisão Prnlro d'0livelia,Í8ü4

Ãrano ESum, 28SRecebem-se publicações ate' as 8 horas da noite.

KALEIDOSCOPIO

Eis-nos em plena festa de Nazareth, asempre assombrosamente concorrida, a sem-pre inegualavel e muito paraense festividadereligiosa.

Nao será muito, portanto, que passemol-aem revista no nosso acreditado «Kalcidosco-pio», exposto a 120 réis na casa contígua aoAnimatographo, quasi defronte d'«A lebre.»

Quando a leitora gentilissima, passeiandosua elegância pelo arrayal a dardejar olharesbregeiros aos rapazolas encaitolados, em ge-ral mios casamentos (isto vae a titulo deadvertência), der com o narizinho gracil noseguinte cartaz :

KALEIDOSCOPIO!!Entrada a 1*20 róis

A FESTA DE NAZARETH I

agarre-se ás abas do rodaque do papá ou domano, e entre desassombradamente.

E convém nao perder a occasião de apre-ciar desde já alguns milagres ao vivo.

—Seu Geraldo, nao se esqueça que do-mingo ó o cyrio, e que você tem de pagar apromessa de acompanhar a berlinda com asbotinas cheias de feijão fradinho.

—Senhora Venancia, isso nao é promessaque se faça; a minha erezypla passaria mes-mo sem promessa, além de que nao lhe en-commendei sermão sem missa I

—Também você é um herege, cruzes !Uma doença tinhosa que nem com benzedellade vassourinha passou, havia de passar comrnésinha de doutor ?

Agora quer você queira, quer nao queira,ha de ser como eu digo : você vae acompa-nhar o cyrio e leva feijão fradinho dentrodas botinas; já disse, e está dito !

Diante de tao peremptório—e está dito! —seu Geraldo sente-se desfallecer: feijão fra-dinho !

E está dito IE um christão que mora nos Jurunas, pae

de nove filhos, carregado de compromissosmatetiaes, vergado ao peso de quarenta eoito annos, obeso e calvo, que nunca pres-tuu-se a essas cousas de pagar promessa, vê-se agora ás voltas com a dolorosa perspecti-va de arrastar seus oitenta e três kilos, naomettendo a cadeia de ouro portuguez, a car-tola, o guarda-chuva, e mais meio litro defeijão fradinho dentro das botinas, e tudoisto pesando sobre a sola dos respeitáveismocotós em contacto directo com os terríveisfeijões I

Seu Geraldo já errou vinte vezes uma con-ta de sommar, e nao ha meio de acertal-a;falta-lhe o habitual appetite; aquellas oleosascores vermelhas do carao nédio, amarellece-ram do dia p'ra noite; á noite atormentam-n'o horríveis pesadellos I

E nenhuma idéa salvadora, nem sequeruma sahida honesta!

Terrivel dilemma: ou feijão fradinho nosbules, ou cabo de vassoura I

Eis-nos chegados ao sabbado, véspera so-lemne do cyrio; sobre a mesinha de cabe-ceira da alcova, ao lado da camisa e mais pe-ças de roupa, meio litro de feijão fradinhoolha surrateiraraente para as botinas de cou-ro de bezerro, e o seu Geraldo olha doloro-samente para o meio litro de feijão fradinho.

Mas, vencido pela preoccupaçao mortifi-cante de pagar a promessa, que a senhoraVenancia fizera, seu Geraldo adormece, eseu somno é povoado de feijões manteiga,fradinho, carioca, cavallo, preto, verde, ama-rello, branco, castanho, de todos os feitios ctamanhos, de todas as idades e sexos; feijõesvestidos de carrasco, debeleguim, de juiz, de

forca, e no meio de todos elles um grandecaldeirão de feijão fradinho, fumegante, chei-roso e tao molle !...

Dous formidáveis pedaços de toucinho deMinas dao saltos do fundo á superfície, cn-chendo a alcova de um cheiro saudável degordura; um naco de orelha de porco so-brenada faceiramente...

Seu Geraldo desperta, um suor frio a ba-nhar-lhe a respeitável careca; e a pensar nosonho que tivera, encontra a solução do mor-tilicante dilemma !

Nio ha duvida: prefiro o feijão fradinhoao cabo de vassoura da Veuancia, mas heide mandar cosihhar o feijão com os mesmoscondimentos que vi em sonho !

Dito e feito !E eis como no dia seguinte, no rol das pc-

tisqueiras, figurava mai-s este prafc i:—Feijoada corn pé de pioraesseiro !

JORGE OSCAR.

6 tt maohiaa puracostura maia perfeita, mais augura e maiseconômica.

DE TODA A PARTE

Acaba de ser publicado em França um li-vro de grande valor moral, sem prejuízo doseu mérito litterario. Intitula-se Urna terra decelibalarios e de filhos únicos, e o seu autor as-signa-se Rogar Debuiy. O titulo é assim re-sumido pelo Journal des Débats:

«Os celibatarios sao duplamente delin-quentes: em primeiro lugar, porque furtam-se ao dever essencial de todo o bom cidadão,o de perpetuar a familia e a raça; e em se-gundo, porque só a sua presença exerce emtoda a sociedade urna acçao dissolvente. Essa«gaiatice» (blague) estéril e definhante queparalysa tantos impulsos generosos, que ar-rasta as mulheres a dissimular sob uma mas-cara de ironia e de scepticismo as altas pre-oecupações moraes de que se nao podemexinfir, mas que o bom tom impõe mostra deindiferença, foi posta em moda, propagadae forçada pelos solteirões. No seu intimo, urapai de familia nao pôde ser indifferente aosperigos da litteratura pornographica, porqueé elle cura de almas e sente os filhos amea-çados no futuro, quiçá na saude se as exci-tações mofinas da rua guardam o campo li-vre. Por falsa vergonha, o pai de familia as-socia-se ainda que seja da bocca para foraás gaiatadas de que a Liga Beranger tem sidoalvo. Receia tornar-se ridículo, confessandofrancamente nao ter as mesmas razões queos encantadores velhuscos, representando a«louca mocidade dos boulevards», de desejarque a rua seja uma escola de vicio e de des-moralisaçEo:».

Poucas vezes um parlamento discute quês-toes de tanta fé ou antes de tanta superstiçãofatalista como ha pouco discutio o parlamen-to do Transvaal.

O Senado d'essa Republica que tornou-senotável pela energia com que defendeu a suaindependência contra a cobiça sem cerimo-nia dos inglezes, tratou o mez passado de umapetiçio relativa á chuva artificial.

Os peticionarios reclamavam a adopçao deuma lei prohibindo dar tiros de peça para fa-zer cair aguaceiros ref' igeradores.

Muitos senadores opinaram no debate queo facto de dar tiros de peça para tal fim con-stituia um ultrage ao Creador, que distribuea chuva como entende.

Um orador observou até que á primeiradescarga as nuvens rebentam, mas que á se-gunda afastam-se, protestando assim contraa violência feita á vontade de Deus. Ummembro da minoria replicou que os fatalistasdeveriam então prohibir os para-raios, masas suas palavras nao convenceram a maio-ria. <

Passou o projecto, autorisando o PoderExecutivo a apresentar um projecto de lei

de conformidade com os desejos dos peti-cionarios.

Um mestre de escola al-.aciano, o profes-sor da escola publica do Schilligheim, deveestar cogitando na verdade deste proloquio,«por bem fazer mal haver» se souber portu-guez e conhecer esse proloquio.

Em um dia do mez passado, o nosso pe-dagngo, «seguindo os impulsos da sua cora-gem* atirou-se ao rio para salvar com riscode vida a de um collega que se á (Togava.Por esse feito que merecia medalha de ouro,recebeu urna intimaçao para pagar a multade dous marcos e 50 pfenuigs por ter toma-ilo banho em lugar dtfezo. Quanto ao alio-gado esse ficou livre da multa por estar pró-vado ter cabido no lio contra sua vontade.

Diz o Wcekly Picayune, de Nova Orleans,que os Estados Unidos estão construindoum barco submarino que deve. custar cercade 150,000 dollars e que satisfeitas as con-dições exigidas, poderá um só barco destanatureza defender uma bahia.

O mesmo jornal allirma que a Russiaj temquatro navios deste gênero, o Brasil deus, aGrécia um e a Turquia outro. j

Um bilontra mysterioso:Ern Paris foi preso um indivíduo aceusa-

do de ter burlado vários estabelecimentoscomrnerciaes dus quaes obteve grarídes por-ções de mercadorias, sedas principalmente,que depois vendia por preços Ínfimos. Con-duzido á presença da policia, este.indivíduo,que usava de vários nomes c indicava diffe-rentes residências, recusou-se tenazmente adizer o seu nome, acerescentando :

—Podem condemnar-me a 20 annos detrabalhos forçados, se quizerem, mas nuncasaberão quem eu sou.

E o certo ó que a polic'a franceza ignoraquem seja o mysterioso gatuno.

Locomoção presidencial.Um mathematico, do Havre, calculou que

no período das suas ferias, comprehendidoentre 20 de Julho, dia da sua chegada aoHavre e 20 de Agns.o, dia da sua partidapara a caça, o sr. Felix Faure percorreu, in-clusive a viagem da Bretanha, as seguintesdistancias :

A cavallo 670 kilometvos; em carro, 2,570;em vapor, 1,158; em estrada de ferro, 3,447;a pé, 447; total, 8,292;.o que dá um poucomais de 276 kilometws por dia.

í\ Singer Viisras-ste é a mo-lhor machina de costura do mundo, por ser amaissimples e silenciosa.

VAEIASEm 1706 os religiosos da Conceição da

Beira e Minho construíram n'esta capital, ábeira-mar, o convento de S. Boaventura, nositio outr'ora conhecido pelo nome de—Por-lo do lição.

Foi o quinto dos que diversas ordens aquilevantaram; e ficou collocado dentro de umterreno que o cidadão José Velho deu paraesse fim, e que media 132 metros, contadosdo igarapé da Comedia dos peixes-boi, hejede S. José, para baixo.

Para a fundação d'este hospicio aquellesministros da religião nao tiveram a compe-tente licença regia.

O aviso de 12 de Abril de 175S determi-nou que os mesmos se recolhessem ao con-vento que a sua ordem possuía na capitaldo Maranhão, e assim ficou abandonado ohospicio de S. Bjaventura.

Posteriormente a carta regia de 18 de Ju-nho de 1760 ordenou que n'elle fosse esta-belecijo o hospital militar; mas o vigésimogovernador e capitao-general d'este Estado,Coronel Manuel Bernardo de Mello e Cas-tro, o installou no Castello, e em Junho de1761 mandou levantar telheiros e as demaisoificinas próprias para a construcçao navalna ribeira e praia do referido hospicio.

Motivou este procedimento o haver ellereconhecido que os doentes alli se sentiriamincommodados com o barulho das machinase ferramentas.

Os operários vieram em virtude de requi-

siçao sua da cidade de Lisboa, da ribeiradas naus.

De conformidade com a carta regia de 6de julho de r7í>r, regularisou o governadoro serviço das oílicinas, que eram então asde carpinteiro, senador e tanoeiro.

Este estabelecimento teve a principio adenominação de—Intendencia de Marinha,que maia tarde foi mudada para a de—Ar-sonal de Marinha.

Os logares de Intendente e Inspector tomsido exercidos por officiaes subaltei nos, supe-riores e geneiaes.

O Arsenal nu.de 323 metros de compri-mento pelo lado de terra, e 144 em raiamaior largura, oecupando urna área de39.100 metros quadrados.

Possúe unia boa ponte, diversos próprios,onde se. acham estabelecidas as oílicinas, eelegantes e espaçosos edifícios, entre osquaes alguns de deus pavimentes, sobre-sahindo entre elles o que servo de residen-cia do Inspector e do Patr3o-mór, o da en-formaria e o quartel dos aprendizes.

Desde a sua fundação até o anno de 1821foram construídos n'este arsenal os seguintesvasos de guerra:—Uma nau com 74 boceasde fogo, cinco fragatas com 44, quatro char-ruas, quatro brigues c doze chalupas artilhei-ras, alem de uma infinidade de embarcaçõespequenas de differentes dimensões para tran-sporte.

Nos nossos dias, que nos conste, apenasfoi alli construída a canhoneira Manáos, ul-timamente, e em diversas epochas, lanchas eescaleres.

A antiga Câmara Municipal cedeu para oaugmento d'este estabelecimento, quasi todaa praça do Bagé, da qual somente ficou umarua com 22 metros de largura.

Do hospicio de S. Boaventura, que foi de-molido com o correr do tempo, nada maisresta hoje.

Até ha poucos annos ainda existia a ca-pella, que ficou encravada no edificio de doispavimentos, que outr'ora serviu de residênciado Inspecror e posteriormente de Secretaria.

As imagens que lhe pertenciam foram en-tregues á superior autoridade diocesana, e oseu orago era o do mesmo nome do hospi-cio.

Os operários do arsenal promovem-lhe an-nualmente uma procissão, fazendo-a passarpela frente do estabelecimento.

Creada pela carta regia de 12 de Maio de1798, e para o serviço da policia do arsenalhavia dtrrtro do mesmo, uma companhia dePedestres, que foi extineta pela portaria doPresidente da Província, tenente-coronel JoséJoaquim Machado de Oliveira, datada de 30de Junho de 1832.

O arsenal possúe presentemente officinasde carpinteiro, fundidor, modelador, tornei-ro, limador, ferreiro, caldeireiro, veleiro e ca-lafate.

Alli reúnem-se diariamente 300 pessoas,pouco mais ou menos, e funecionam a Esco-Ia de Pilotos e a Capitania do Porto.

O primeiro navio de guerra construído noestabelecimento foi a nau—Pelem, cuja exe-cuçao teve princípio ainda no tempo do go-vernador Mello e Castro.

R. C. ALVES DA CUNHA.

UM CJlS© curioso

Dá-se actualmente nos Estados-Unidosum caso que propõe um problema jurídicoverdadeiramente singular.

Eis os faetos. Urn hypnotisador quiz fazerrecentemente ern Indianopolis uma expe-riencia cujo interesse scicntilico nao é fácilperceber, e que aliás nao é inédita : ador-mecer um indivíduo, depois sepultal-o e des-pertal-o alguns dias depois. A primeira dif-ficuldade para uma experiência desta natu-reza é encontrar um paciente benevolo, aquem nao seja desagradável a idéa de serenterrado vivo. O hypnotisador de Indiano-polis, depois de muitas tentativas infruetife-ras, acabou por descobrir urn pobre diabochamado J. J. Wyatt, a quem persuadio sedeixasse collocar prematuramente no tumu-lo. Para maior segurança, fizera com elleum contracto em devida fôrma, pelo qualWyatt devia ser inhumado quatro pés abai-xo do solo, ern Fairview Park—um nomebem apropriado para uma experiência ma-cabra—e ficar adormecido da terça á sexta-feira, dia aqucllc no qual seria inhumado,

depois ressuscitado. Assim foi feito. Wyatt,tendo sido adormecido, foi enterrado na ter-ça-feira á tarde. Como medida de precau-cao, o caixão em que jazia este defunto vo-luhtario tinha sido munido de um tubo quepermittia ao paciente respirar, e também pe-dir soecorro, se por um acaso nefasto elleacordasse antes da hora fixada ; além dissoum guarda de confiança velava-lhe o turuu-lo. Estas diversas medidas nao eram inúteis,porque ao cabo de 14 horas, Wyatt despe»tou e pôz-se a gritar como um doudo. Tra-tou-se logo de exhumav o defunto rebelde.A operação, porém, tomou algum tempo, equando o retiraram do fúnebre domicilio,achava-se elle ern tal estado de terror e cx-citação, que muito se temeu pela sua razão.Emfim acalmou-se.

E' agora que a aventura se torna rara. De-clarc.u o hypnotisador que era preciso reco-meçar, Garantia ao paciente, na segundaexperiência, o mais doce e profundo somnoO paciente nao tinha confiança; depois dehaver maduramente reflectido, declarou quetinha satisfeito de ser enterrado vivo. O hy-pnotisador saccou do bolso o contracto, eobservou-lhe que uma das cláusulas do con-tracto nao estava sido observada, e inti-mou-o a que adormecesse de novo. Wyattreiterou a sua recusa. Diante da sua nega-çao, o hypnotisador propôz acçao judiciaria.Vai-se pleitear. E os juizes americanos te-rao que decidir esta questão : «Tem-se o di-reilo de inhumar um indivíduo contra a suavontade ?»

Para a festa de NazarethO Bazar Paraense acaba de receber ura es-

plendido sortimento de fazendas modernas,chapéos para senhoras e meninas, leques pe-quenos e muitas outras novidades. (5

TÓPICOS DO DIAVolto á minha antiga insistência: os me-

nores vadios.Continua qiyasi diarir.niente a policia . de-

ter essas pequenas creaturas, que encontravagabundeando pelas ruas, algumas até sur-prehendidas em flagrante na perpclraçao defurtos e até de roubos.

Ainda ante-hontem, conforme se vê donoticiário da Folha, o subprefeito Rocha man-dou deter na estação policial a um d'essespequenos, que ha algumas semanas aquellaautoridade via cruzando pelas ruas do seudistrictò, entregue á ociosidade.

Enormes sao os magotes d'esses menoresque todas as noites, durante as festas se vêemno arrayal de Nazareth, uns a fazer de ca-poeiras, outros encostados ás casas de sortesno intuito de pilhar qualquer cousa.

Ainda ha um outro logar ali onde fácil-mente encontram-se esses pequenos desoc-cupados: sao as barracas-botequins.

N'uma d'ellas, na primeira noite da festa>dois d'elles achavam-se em completo estadode embriaguez, promovendo desordens e di-rigindo palavras obscenas a famílias e cava-lheiros que por ali passeiavam.

Essa condueta reprovável, e ao mesmotempo digna de lastima, era approvada comsuecessivas gargalhadas de repugnante gau-dio pelo proprietário da barraca, que, ven-do-os com algum dinheiro (que procedênciateria elle?) incitava-os a beber ainda mais.

Já demonstrei a necessidade imperiosaque ao poder publico impõe-se de ser aquicreado um estabelecimento próprio para se-rem n'elle collocados menores na3 condiçõesd'aquell.s em cujo beneficio tenho eu clama-do d'aqui numerosas vezes, infelizmente emvao.

Em verdade, é este um especlaculo dolo-roso que estamos todos os dias a ver repro-duzido, e parece que já é tempo de cuidar-se seriamente da sorte d'e.ses infelizes, que,abandonados hoje, como está acontecendo,amanha se constituirão certamente n'um ele-

mento pernitioso á sociedade e á moral dosbons costumes.

Nao preenche o fim o recurso de que ul-timamente teem lançado n.ao as autoridadespoliciaes:, sempre que prendem esses meno-res.

O recurso é a remessa dos mesmos peque-,nos para o Arsenal de Marinha, que níío éo estabelecimento exigido pelo caso.

Mais urna vez peço, no interesse cVcsscsinfelizes entes, aos poderes públicos que coraseriedade meditem sobre o facto, adoplandoimmediatamente as providencias necessa-rias.

DK.M0KIIU.NKS.

^ ISãO É RECLAME!E' um facto provado : O excellente depu-

rativo pilulas ile Itfio, cura radicalmentetodas as moléstias da pelle.

Deposito : «Drogaria Nazareth»—calçadado Colleíiio.

Conversa fiadaNao sei se o amigo Teixeira já teve a ven-

tura de ouvir umas doces fallas transmitti-das aos ouvidos do sexo barbado exclusiva-mente, pelo mais curioso invento de Edisonque ha no largo de Nazareth.

Se ainda nao teve essa ventura, eu acon-selharia s. ex.a que fosse divertir seus virgi-naes ouvidos com aquella deliciosa língua-gem, certamente digna de Salomão ou dequalquer libertino ahi da beira da praia.

Realmente é urna cousa que me tem em-basbacado a proceito: a policia nao tercomettido a violência de reduzir á expressãode cinzas o tal phonographo para homens emandar para as gaiolas da Estação aquellatutinegra norte-americana, tao innocente,tao pudica e sobretudo tao moralisada.

Palavrinha de honra que o forno crema-torio nao pôde ter mais adequado combus-tiVel.

Disseram-me que das autoridades, a uni-ca que já ouvio o phonographo para homensfoi o respeitável sr. capitão Cândido. E 5. s.que está habituado marcialraente, que é oterror dó 3.0 districtò pela rigorosa fiscalisa-çao que nelle exerce, deu trez, mas trez for-tes, trez valentes, trez horrorisados pulos,pois julgou ter a trompa d'Eustaquio arre-bentada por alguma bomba anárchista.

Dizem-me também que um dos mais as-siduos freguezes do phonographo sófiara ho-mens é o virtuoso sacerdote padre.mestreAnzaloni, que de suas minguadas economiasfeitas com casamentos e baptisados ao ma-gro preço d'uma arroba de borracha, tiratodas as noites os dez tustas para deliciar-secom a edificante linguagem do phonographo.

De modo que d'um lado certas torubolas—ensinam que 7 vezes 7 sao 93 e d'outro ophonographo encanta e moralisa pelas bel-Ias phrases que lhe fazem repetir, que oprogresso é aquillo mesmo—dizer a cousacomo a cousa è.

O que tem-me deveras admirado é naohaver a Maison Dorée instituído succursalem Nazareth, onde os restauranls d'aquellaordem haviam de fazer grande negocio; temopor aperitivo ou estimulante o vermouth dophonographo para homens.

Cheguei a assistir __ duas conferências, cujofira era fazer uma apotheose emmolduradaem peroba ou maçatanduba, á proprietáriado phonographo.

Se tal sueceder, ella que a leve á conta deselvageria d'este povo.

Afinal de contas, cousas mais cabelludastêm-se ouvido sem serem por electricidade.

Pelo sim pelo nao, a phonographia devepôr o pello no seguro, porc^ue os botucudossao capazes de brindai-a com um espartilhode pau.

Ponha as barbas de molho, madaraa, edepois nao diga que a enganaram.

FRIVOLI-STO,

CONHECIMENTOS, facturas, contas eoutros quaesquer trabalhos typographicos oude encadernação, fazem-se com prest. zacmuito baratos na livraria commercial. 5

Folhetim daFolha do Norte-15-10—96

MISS BRADDON(2 2

UM CRIME MYSTERIOSO

IXCOMO'DUNBAR ESPEROU PARA JANTAR

(Continuação)

Dunbar explicou a maneira como se ti-nha separado no bosque da estrada Sainte-Cross, depois de se haver combinado quoWilmot iria aos Fetos, e viria reunir-secom o seu antigo amo que o esperava nacathedral. O banqueiro disse mais quemera Wilmot c o rrrister que desempenhavajunto d'clle.

—Nao me parece que haja, realmente,motrvos de susto, disse o banqueiro con-Cluindo. Wilmot confessou-me, que nao(etn sido muito sóbrio durante estes ulti-

mos annos. Entrou, talvez, n'alguma ta-berna, que encontrou na estrada, e está,talvez, lá ainda de companhia com algunscamponezes. Se tal fez, nfio procedeu bem.

O dono do hotel menepu a cabeça, edisse:

—De certo que nao, mas espero quepor esse motivo v. exc. n3n demorará pormais tempo o seu jantar?!—Nao, nao, mande servir. Receio n3opoder aprec'ar o merecimento do seu co-sinheiro, porque almocei perfeitamente emSouthampton.

O próprio dono do hotel trouxe a ter-rirra ele prata, e desarrolhou a garrafa devinho que Dunbar tinha pedido. Havianos mo cios do banqueiro o que c|uer quefosse que denunciava ser ello pessoa deimportância; portanto, o proprietário dohotel queria manifestar-lhe todo o seu res-peito.

Dunbar fallara a verdade, quando dis-scra cjue receiava nrlo p der avaliar devi-damente os merecimentos do cosinheirodo Hotel George. Tomou duas ou três co-lheres de sopa, um pequeno pedaço depeixe, e disse ern' seguida, levantando-se eaproximando-se ria janella:—E' inútil tentar, a ausência do meucompanheiro inqvncla-me seriamente.

Deu dois ou três passeios pela Eítla <?

tornou para a janella. A iroite de Agostoestava quente e serena. A sombra das ve-lhas paredes de construcçao antiga pro-jectava-se na calçada, qrre a lua illurnina-va. A cruz de pedra, a baixa arcaria, e assoberbas torres da cathedral davam á tran-quilla cidade um todo de antiquidade ve-neravel.

Nove horas e meia soaram iro relógioda cathedral ememanto Dunbar estava ájanella, olhando para a rua.

—Pernoito hoje acjui, disse o banqueirosem se voltar para olhar para o proprie-tario do hotel, que se conservava por de-traz d'elle.

—Nao saturei de Winchester sem Wrl-mot, tine abusa, realmente, de mim cornioda a sem-cerimonia; áquelle velhaco es-t[ueceir-se da posição cjue está oecupando.

O banqueiro fallava no tom offendidod'um homem altivo e cgoisls, que se julgamenos considerado por urn inferior seu.

O proprietário do~'hotel murmurou algu-mas palavras coordenadas na intenção designificar que se associava á indignaçãode Dunbar e desapprovava completamen-te o procedimento cio criado do gentleroan,—NSo, nao partirei para Londres estanoite, proseguiu Dunbar, nao obstarrte mi-nha filha única, a quem nao vejo ha de-zeseis annos, estar cspcrando-nie na mi-

nha casa da cidade. Nao partirei d'aquisem Wilmot.

—V. exc. é demasiado condescendente,murmurou o proprietário do hotel, e cx-cessivamente bom cm se preoecupar tantocorrr esse . . . huml com esse sugeito.

O proprietário do hotel hesitou antes depronunciar a ultima palavra; porque, sebem que Dunbar fallava de Wilmot comode um inferior, e de um criado, elle lem-brava-se de que o ausente tinha tantaapparencia de gentleman como o seu com-panheiro.

O proprietário continuou servindo Dun-bar. Us pratos eram sempre collocados so-bre a meza, cobertos com tampas de pra-ta brilhante.

—A minha inquietação chegou ao augeIexclamou por ultimo Dunbar, tem alguéma quem mande aos Fetos saber se Wil-mot lá foi ?

¦—Tenho. Um dos moços de cavallariçavae apparelhar urn cavallo c partir para láimmediatamente. V. exo. quer escrever ai-guru bilhete á senhora Marston?

—N3o, ir senhora Marston nao me co-nhece. O meu antigo amigo Miguel Mais-ton só casou depois da minha sahida deInglaterra. Bastará um próprio. O criadodeve perguntar, se alguém da parte do sr,Dunbar foi hoje ali, e no caso aíTumativo,

a que horas voltou de lá. E' quanto de-sejo saber. Que caminho segue o criado,o dos campos, ou a estrada real ?

—A estrada real; pelos campos ha só-mente um carreirinho que serve do atalhopara os Fetos, e que começa no bosqueentre a cidade e Sainte-Cross.

—Bem sei, foi ahi que eu me aparteido meu criado . . . Wilmot.

— E1 um sitio muito aprazível, mas maissolitário ainda de noite do que de dia.

—Assim me pareceu, Mande partir já ocriado. Wilmot está talvez á meza com oscriados da quinta dos Fetos.

O proprietário do hotel mandou cumprira ordem do viajante.

Dunbar recostou se ivuma poltrona epegm n'um jornal. Mas nao leu urna linhada pagina, que tinha diante dos olhos.O espirito do banqueiro achava se n'aquelleestado commum ás pessoas nervosas quesao forçadas a pensar na possibilidade dequalquer acontecimento inexplicável. A au-sencia de Wilmot tornava-se cada vezmais incompreheirsivel, c o seu antigo amonao tentava esconder a inquietaça< > que odominava. Ü jornal cahiu das nulos deDunbar.

O banqueiro permaneceu immovel namesma posição por espaço de uma hora,prestando o ouvido ao menor rumor,

reappareceu oAo eabo deste tem)proprietário do hotel.

—Então? . . . perguntou Dunbar.O criado já chegou, e diz que esta tar-

de nao appareceu rra quinta dos Fetos en-viado algum da parte rio sr. Dunbar, nemde qualquer outra pessoa.

Dunbar fitou o proprietário rio hotel.No fim de alguns minutos de reflexão,disse lentamente:

—Receio que lhe haja suecedido algumacoisa.

O proprietário do hotel brincou com asua grossa cadeia de relógio e encolheu oshombros com gesto de incerteza.

—EtTectiyamente é extraordinário! dissoelle, mas v. o-xo. nao suppõe que ? . . .

E olhou para Dunbar sem concluir aphrase.— Eu nao sei o que possa suppor, re-torquiu o banqueiro. Eu sou aqui quasitão extrangeiro, como se nunca, antes dehoje, houvesse pi-ado território inglez.

Áquelle homem pode-se ter afastadocom qualquer propósito, mas è-me impôs-sivel suppor qual seria o lirrr que toria emvista procedendo assim. Poderia tambémter-lhe suecedido alguma coisa; mas o cruedemônio seria?

(4 !««»»••'

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9 Folha do Norte—15 dc Outubro de I89S

Nossos tolegramniasNoticias do paiz

IBio, 1$ de Outubro.

O senador Ruy Barbosa défeudeo-se lioje no Senado das accusaçÕea quena Câmara lhe fizera o sr. CezarZiinia, quando interpellou o partidorepublicano federal sobre a suareeléi-ção.

O senador Kuy Barbosa declarouque o seu programma é sempre omesmo.

Accrescentou que nunca o mudará,ainda, que reconhecesse ser isso neees-sario para poder ser eleito pelo parti-do federal bahiano.

O seu discurso foi uni verdadeirosuecesso oratório.

O dr. Fernandes Pinheiro deixaamanhã o cargo de director da Esco-Ia Polytechnica.

Em sessão de hoje, a Câmara Fe-deral votou cm segunda discussão opròjecto de orçamento do ministériodo interior, approvaudo a suppressãodo estabelecimento de instrucção pu-blica denominado Pedagogium, do Ins-tituto Sanitário Federal, do internatodo Gymnasio Nacional e dos cursos

•¦¦¦de-pi-cparator-ÍGS---aiifiexo9- ás- Faeul-dades de Direito de S. Paulo e Recife,além de muitas outras emendas apre-sentadas ao mesmo pròjecto.

cambio:

A taxa cambial que hoje vigorounos bancos foi de 8 5 [8.

Jfiio, 14.À Associação Commercial do Dis-

tricto Federal telegraphou á redacçãodo Times, de Londres, affirmando se-rem inveridicas as noticias que lhe fo-ram trausmittidas sobre a situaçãoprecária da praça d'csta capital.

Accrescenta o telegramma que, ape-zar de ser delicada a sua situação, nãojustifica as noticias trausmittidas emuito menos as apreciações injustas eexaggeradas feitas pelo órgão da im-prensa londrina.

E' esperado brevemente n'esta ca-pitai o conselheiro Antônio Ennes,no-meado ultimamente ministro de Por-tugal junto ao governo brasileiro.

E' muito provável que seja embreve nomeado juiz substituto seccio-nal no Pará, o dr. Heraclito Pinheiro,passando o dr. José Leopoldo Perei-ra Lima, actual juiz substituto, a oc-cupar o cargo de procurador seccio-nal, em vista da exoneração que pedioo dr. Antonio Martins Pinheiro.

Foi hoje apresentado na CâmaraFederal, parecer favorável á emendavotada ao pròjecto de orçamento geralda Republica, consignando uma verbaespecial para melhoramentos do portode Belém.

Na mesma sessão d'essa casa doCongresso foi dado parecer contrarioá emenda apresentada ao pròjecto deorçamento da Republica, abrindo ver-ba para ligar pelo telegrapho a capi-tal do Pará ás cidades de Marapanime da Vigia.

Noticias do extrangeiro

l-ío, Hi de Outubro.Communicam de Londres que o

jornal Standarl noticia a queda dostitulos brasileiros, o que diz ser devi-do ás numerosas fallencias havidasn'esta capital.

Insiste, assim, a imprensa inglezaem noticiar numerosas fallencias, ape-zar de ter vindo communicaçao de queacha-se ella informada do numero in-significante de seis fallencias apenas.

O Times, em um artigo sobre omesmo assumpto, reconhece a granderiqueza do Brasil em recursos natu-raes, mas affirma ser péssima a dire-cção dada pelo governo ás finanças doBrasil, o que justifica a apprehensãogeral pelo futuro da Republica Brasi-leira.

De Havana dizem que o vapor cu-bano Danlless desembarcou para osrevolucionários 7 mil espingardas, 3milhões de cartuchos e mil revolvera

Chega a esta cipjtal a noticia vin-da de S. Petersbmgo de ter sido no-meado ministro do exterior do gabi-nete russo, o sr. Chishkine, couhecidoinimigo do Brasil, que, ha tempos, (en-tou fechar uma exposiçlo de café bra-gileiro em seu paiz,

l_io5 1£.De Londres communicam que con-

tinúa a imprensa d'essa capital a dis-cutir a situação financeira e commer-ciai do Brasil.

O Financial News, respondendohoje ao artigo de hontem do Times,reconhece que as asserções d'esse re-presentante da imprensa ingleza sãopor demais exaggeradas.

Diz que o Brasil acha-se n'uma si-tuação financeira um pouco difficil,devido em grande parte ás causasapontadas pelo Times, mas que a cri-se commercial que acaba de manifes-tar-se n'esta capital é passageira.

AlTirmam de Berlim que o estadodo príncipe de Bismarck, quo era gra-ve, tem peiorado ainda, de modo queparece inevitável o desfeche fatal.

Noticiam de Valparaiso que o go-verno chileno incumbio uma commis-são de sábios engenheiros mineralo-gistas de ir examinar e estudar o pro-cesso de exploração das riquíssimasjazidas de carvão de pedra e minas deouro existentes nas ilhas de Hoste,Navarino, Horn, Santa Ignez e Geor-gia do Sul, qae fazem parte da Pata-gonia insular chilena.

FIGUEIREDO fUNIOR & C- muda-ram-se para o largo das Mercês n.° 4, CasaAmazônia, denominando-a (11

líespensa JPamiliar

Bazar Paraense65, RUA DO CONS. J0A0 ALFREDO, 65

Casa acreditadissima pela bôa qualidadede todas as suas mercadorias.

Importação directa das principaes fabricasda Europa. (3

Hospedaria de Immigrantes

O sr. dr. governador do Estado, acompa-nhado do sr. dr. Santa Rosa, digno directorda repartição de Obras Publicas, foi ante-hontem ás 9 i[2 horas da manha visitar ahospedaria do Outeiro, onde também esti-vemos, a convite do respectivo administra-dor, o nosso patticular amigo tenente-coro-nel Joaquim Mendonça.

Ao approximar-se a lancha «Lauro Sodré»,na qual iam os visitantes, todos os immigran-tes acudiram á ponte de desembarque, pres-surosa e espontaneamente, afim de recebe-rem o illustre governador, ao qual levanta-ram enthusiasficos e repetidos vivas.

S. exc. e as pessoas que o acompanharam,depois de poucos instantes de repouso, pas-saram a examinar todas as dependências doestabelecimento, demorando-se bastante emcada uma d'ellas.

Tanto ao sr. dr. governador como ao sr.dr. director das Obras Publicas foi agradável oeffeito causado pela boa ordem e aceio, en-contrados na hospedaria, sendo por issobastante louvada a administração que naopoupa esforços e dedicação para bem des-empenhar seus deveres, o que ha consegui-do, do modo mais lisongeiro.

Ao meio dia, hora em que se disttibue ojantar aos immigrantes, dirigiram-se as pes-soas presentes ao reftitoiio, afim de assistira esse serviço.

Nessa oecasião tomou a palavra um dosimmigrantes que, em phrases breves e cheiasde commoçao, agradeceu, por si e por seuscompanheiros, o bom tratamento que se lhestem dispensado n'este Estado. Terminoulevantando vivas, calorosamente respondidospelos outros, á Republica Brasileira, ao Esta-do do Paru e ao seu digno governador.

A s. exc. foi offerecido pelo sr. adminis-trador um almoço, no qual tomaram partetodas as pessoas que o tinham acompanha-do, entre as quaes notamos os srs. EmilioMartins, introduetor dos immigrantes queactualmente se acham na hospedaria, F.Fidanza, o habilissimo photographo, tao co-nhecido no Brasil, Huber, engenheiro dacasa F. Siemens e Halske, de Berlim, ten-do estes dous últimos cavalheiros tirado dif-ferentes provas photographicas da hospeda-ria e de suas dependências.

A's duas horas da tarde embarcaram ossrs. _ drs. Lauro Sodré e Santa Rosa, para acapital, manifestando ainda uma vez a sa-tisfação de que estavam possuídos pela re-gularidade com que é f-.ito o .serviço da hos*pedaria do Outeiro, com cujo administradornos congratulamos, por vermos os bons re-sultados de seus esfjiçns e o quanto saoapreciados os bjns serviços que presta aoEstado.

«O EQUADOR E O CAFÉ BEIRÃO«No estabelecimento pharmaceutico doa srs. Maicla

no Beirão & C\, na capital il'esto listado, so mani-pula e se vendo um anodvno denominado—Licor doCale Beirão—quo o um poderoso antídoto, único e in-fallivel, ató hojo conhecido para combater toda espe-cie do ferbes intermittentes. maleitas ou sezões.

« K por isso chamamos a attençao dos nossos conci-dadãos para esse maravilhoso licor quo tem feito rapi-das o radicaes curas, attrahindo uma popular fama eratudos os pontos d'esto listado, visto ser um preserva-tivo milagroso, a tal ponto» que fez esquecer o ja nãoso fala no enxame de pululas, que por ahi andam jásem importância alguma, que so serviram cm falta doremedio melhor.

«Mas hojo ha cousa superior, temos a salvação com-plela, a cura radical do quem, aíllectado dc febres domáo caracter, biliosas remittentes e typhicas em qual-quer grau que ellas so achem, serão infallivelmentedebelladas, tomando-se o licor do «Café Beirão».

Portanto, 6 este o primeiro e único remedio paracurar as sesüus antigas, complicadas de inflammaçãoanemia, tanto mais que, ainda tem ello uma exccllcn-to virtude quo 6—de evitar as recahidas.

«Equador» de 28 de Maio do 1890.

Jornakinlio da modaEnsejo feliz por cxcellencia é o que nos

oflerece o dia de hoje para prestar n'cstacolumna respeitòsissima homenagem a umdos mais peregrinos espiritos da juventudefeminil paraense, na passagem do seu nata-licio — M.11'- Graziella Guerreiro, bellissimoornamento da nossa sociedade, pela suaculta intelligencia e pelo exemplo que con-stitue das mais raras virtudes moraes, tor-nando-se credora do maior respeito e admi ¦ração de quantos teem a ventura de apre-ciar-lhe os gentis predicados domesticas.

Com as saudações que nus desperta o seudia natal, apresentamos á illustre moça, ex-teridendo-os a sua distinetissima familia, osvotos que fazemos pela reproducçao d'esladata, agora e no futuro perenne cia felirida-de mais perfeita.

E' com especial agrado que registtamoshoje aqui a data do nnmversatib nataliciodo nosso distineto amigo e honrado com-merciante da praça de Belem, sr. JoaquimVictorino de Oliveira, que de muitas ma-nifestações de allecto e apreço será n'estedia justamente cumulado.

Nós o felicitamos cordealmente.

Altamente propicio o dia de hoje ao sr.Domingos Pires Barreira, cidadão

"estima-

vel pelas bellas qualidades que lhe ornam oespirito e vantajosamente conhecido ;m onosso meio pela sua intelligencia, aetividadee correcçao de proceder.

Conta hoje mais um anno de existência aexm." sr.a d. Thereza Guerreiro gentil e in-telligente filha do sr. Bartholomeu Guer-reiro.

*Nossas felicitações ao estimavel e intelli-

gente moço sr. Américo Tavares, hábil guar-da-livros de Belem, pelo seu anniversarionatalicio, que hoja passa.

A New-Home 6 a melhor machina conhecida para costura.

O vinho «le Collarescirculo—/; F. F.

ê o nectar dos vinhos para mesa e umadas especialidades da mercearia l>es-pensa Familiar, ao largo dasMercês, n.° 4. (10

Revista de jornaesDIÁRIO DE NOTICIAS—Prosegue na

série dos artigos—intriga i-erversa—emdiscussão com A Republica.

Nas notas do dia, Guarany explora as-sumptos relativos á política local.

Dá o Diário a costumeira secçao dos des-pachos telegraphicos transetiptos e varias no-ticias de Portugal.

Na gazetilha registra vai ias oceurrenciasdadas no paiz e no extrangeiro; pede provi-dencias para factos irregulares que se estãodando em Soure, e estampa mais o seguinte:

« AO SR. DR. CHEFE DE SEGURANÇA

Acabamos de ter reclamações de algunsinfelizes que acham-se presos na cadeia deS. José sobre o seguinte facto, que mereceser tomado em alguma consideração pelo sr.dr. chefe de segurança.

As mães, esposas e irmãs d'aquelles indi-viduos nao podem mais levar-lhes o alimen-to, porque tendo sido mudada a sentinellaque revistava as comidas pa*a o corpo diguarda, sao aquellas pobres mulheres sujei-tas a uma revista geral e até indecente, naose lhes guardando o menor respeito ao sexo

O rigorismo dessa revista, levada até aimmoralidade, tem por fim evitar a entradade bebidas alcoólicas, quando entretanto éa própria guarda quem a vende.

Pedimos, em nome d'aquelles infelizes, asprovidencias necessárias».

*A REPUBLICA—Responde no editotial

a aceusações lançadas pelo Diário contra ohonrado dr. Lauro Sodré.

Segue o fornal dos jornaes.Vianna de Carvalho fornece ao confrade

um bello conto—a reacçAo.Informa A Republica sobre a visita que

ante-hontem fez o Governador do Estado áhospedaria de immigraçao.

Transcreve um d'aquelles interessantesdiálogos, que Figueiredo Coimbra publicadiariamente WA Noticia, do Rio.

Muitas outras noticias de diversas proce-dencias opulentam a gazetilha á'A Republica.

Pela verdade

Em homenagem á verdade e, a bem dahumanidade, declaro que minha esposa, sof-frendo durante muitos annos de asthma,para a qual tomou improficuamente um semnumero de remédios, ficou radicalmente cu-rada em pouco tempo com o uso do mara-vilhoso Peitoral de Cambará, de Souza Soa-res.—Bazilio Pereira Athayde, fazendeiro.(Firma reconhecida). 2

IiOTBSfilJL DA BAHIA

7—N

A Singer Vibrante dá dezcontos do réis a qualquer das suas rivaosquo so apresento como igual ou molhor,

Wut. lêieger, SYankíbrt«/ Main

é a fabrica mais importante da Allemanha emSABÕES E PERFUMARIAS FINAS

tanto como emSABONETES MEDICINAES

20:000^000Hoje será extrahida a 34a loteria da Ba-

hia da sorte grande de 20:0008000 por 5?,preço de um bilhete inteiro.

Sabbado, 17, vae correr a importante lo-toria federal W, 2.» do enorme prêmio de100:0008000 integraes. Os bilhetes custam :inteiros 128, meios bilhetes 6? e décimosI$20O.

Na popular agencia de Moura Ferro & Cha grande variedade de números expostos ávenda.

Sabbado, 31 do corrente, corre a X, 1.»loteria do arrojado plano de 200:0008000integraes por 248000.

ASSOCIAÇÍO DRAMÁTICA,BEGREATIYA E BENEFICENTE

VELODROMO

Publicamos hoje na secçao competente,um aviso da commissão encarregada poraquella S ciedade, para o lançamento de umempréstimo destinado á construcçao de umVelodrcmo.

E' com o maior prazer que registramosesta noticia, pois, segundo informações lide-dignas, o local csco^iido paia a construcçaodo Velodromo seiá á estiada de Nazareth,ficando p irtanto ao alcance de toda a genteapreciar este novo gênero de sfiorl que contatantos adeptos no nosso meio social.

Vender barato,pura ven-der muito 6 o systema adoptadopelos proprietários da mercearia

DESPENSA FAMILTARLargo das Mercês. n.° ./ (i)

ECHOS E NOTICIAS

AS FESTAS DE NAZARETH :Muito attiahente esteve ante-hontem o

arraial de Nazareth, pois que a digna dire-ctoria da festa proporcionou ao publico umanoite magnífica, com o primeiro conceitode orchcslia, snb a hábil direcçào do mães-tro Gama MaLher.

Já era de csDeiar o excellente êxito queobteve a m;gnifica orchestra, devido ao seumerecimento, á sua direcçào e também áexcellente o g nisaçao do programma.

Tcdos os números foram magistralmenteexecutado.", sobresahindo o Intermezzo daCavalleria Ruslicana, o dueto final do l.° aetodo Guarany e, si bretudo, o duelo e romanzada Fosca.

Infelizmente, porém, o pavilhão destinadoá orchestra, nao se presta absolutamente aofim a que é destinado, devidq a ser cobeitode panno, de modo que, a pequena distan-cia, nao se ouvem os pianos.

Como trata-se do que ha de melhor nasfestas de Nazareth, lembramos á esforçadaoli.ectoria que mande cobrir de madeira orfc/elido coreto, de modo que a propagaçãodo som be faça lateralmente, pois com istomuito lucrará o publico nas futuras audições.

*P oseguem hr.je as diversões.DVz o programma:Qiiinla-fíira 16— «Depois de ser cantada a

novena a grande instrumental o povo seiáconvidado por figos cambiantes para assis-tir á 2." èxhibiçao do Chegadinho.

«A's 10 horas da noite em ponto seráqueimado um interessante fogo de artifi-cio, composto de peças emocionantes, de-dicado ás creanças que d'essa forma terão oprazer de assistir e apreciar esse divertimen-to tao querido por ellas.

«Seguir-se á depois a linda e engraçadadant-a dos donecos chorOes.»

Não se diz somente: prova-se queO melhor vinho, o melhor café, o melhrr

assucar, o melhor chá, a melhor manteiga,as melhores conservas e o melhor azeite,

se encontramnos Giandes Armazéns doI.EÀO »A AMEItICA

E' fácil sair das duvidas, experimentando(9

H 1 quem diga, e achamos que com todaa rasao, que a melhor diversão, a mais com-moda e que mais delicias proporciona aosfesteiros é a que se goza sentado nas abba-ciaes cadeiras vda Sociedade do descanso, diri-gida pelo inapreciavel Bertino, um cavalhei-ro todo gentileza e attenções para 03 que seinscrevem na sua benemérita sociedade, as-signando as suas \ideiras, as mais conforta-veis do arraial, expostas no melhor locald'este.

Esplendidos e primorosos objectos exporáhoje a «Ton.bola Equitativa» dirigida pelosr. Amelio de Figueiredo.

Do producto da venda da noite de hoje5 °[o serão, pela iniciativa generosa e pátrio-tica d'aquclle estimado cavalheiro, destina-dos á subsciipçao que acaba de abtir a Fo-lha afim de ser erigido aqui um monumentoa Carlos Gomes.

Gentis e elegantes senhoras da nossa so-ciedade, constituídas em commissão, far3o avenda dos respectivos bilhetes.

Tendo a feliz idéia da Folha merecido omais enthusiastico acolhimento por parte dabriosa população paraense, pode-se augurarna noite de hoje extraordinária concurren-cia á impr.rtante «Tombola Equitativa», aqual o publ co já distinguio com a sua sym-palhia e preferencia.

Existem em uma casa á rua Nova deSanta Anna, bem próxima ao edifício dachefatura de segurança publica, trez meni-nas, menores de 10 a 11 annos de idade,que sao diariamente martirisadas com máostratos e espancamentos biutaes.

Das 3, duas orphasinhas, segundo nosinformam, suo as mais perseguidas i a tercei-ra é uma pequena immigrante hespanhola

Essas meninas sao obiigadas a levantar-seás 4 horas da manha e deitar-se ás n danoite, pois quando nao têm serviços a fazer,mandam-nas cantar, dansar e rezar atéaquella hoia. sob o latego de mao perversa.

Sabemos que a visinhança vive incommo-dada com taes baibaiidades, e, se nao ces-sarem tao ciiminosos abusos, daremos me-lhores informações aos dignos dis. chefe desegurança e juiz de orphaos.

Para a comarca de Chaves foram no-meados:

1." circumsciipçao—Io supplente, Jerony-mo Ruysecco; 2" dito, Bernardino.2.» circumsciipçao—1° supplente; Augus-

to César Pereira Gemaque; 2o dito, Jerony-mo Emiliano de Moraes Álvaro.3." circumscripçao—lü supplente, Ignacio

Antonio da Paixão j 20 dito, Luiz França daSilva Bastos.

4.* circumscripçao—1° supplente, AlipioDaniel de Oliveira; 2° dito, Aprigio Augus-to de Oliveira Leponte.

Pelo hospital da Santa Casa, foi remettidoá repartição do serviço sanitário o mappa domovimento de doentes durante o mez deSetembro próximo findo.

Para substituir o official da secçao espe-ciai de immigraçao das Obras Publicas, queestá licenciado, foi nomeado o auxiliar deregistro de terras Heitor Villcla, por aetode 13.

Mandou-se entregar ao patrão da lancha«Lauro Sodré» JoSo Antunes da Silveira,3458000 para compra de gêneros á tripula-çao da mesma lancha.

Foi recoramendado ao fisral da navega-çao subvencionada, que organise as basespara o contracto da navegação a vapor aCametá, por dentro, de accordo com a lein.° 439, dc 23 de Maio d'este auno.

O cidadão Eleuteiio Antonio Peres, pedioao governo pagamento do aluguel da casaonde funeciona a escola do professor JoãoE. F. de Albuquerque, no Mojú, de Marçoa Junho findo, visto aquelle professor se negara fazel-o, apesar de já ter recebido do thesou-ro taes alugueis.

O governo do Estado por decreto de 10do corrente mandou que sejam pagos pelothesouro emolumentos aos agentes consula-res incumbidos da fiscalisação rios contra-ctos de introtlucçao de immigrantes nesteEstado, sendo: 38000 por immigrante nidiorde 12 annos; 28000 por menoi de 12 a 7annos; 18000 por immigrante de 3 a 7 an-nos, cessando o abono de em. lument >squando attingirem a 10:00080015 por anno.

Foi julgado nullo o contracto com EiicoCramer do Rio da Prata, para fornecer ca-vallos ao Regimento Militar.

Na conferência de hontem do SupeiiorTribunal de Justiça oecoireu o seguinte :

requerimento.—Nao teve deferimento odo cidadão Manoel Leopoldino Pereira Lei-tao Cacella pedindo que stja contada suaprovisão da data da respectiva apostilla.

julgamentos.—Ilabcjs corpus —Capital.Impetrante o major Joaquim Ignacio deSousa.—Concedeu-se a ordem pedida parao effeito de nao ser julgado o impetrante atéque o Tribunal conheça do recurso inter-posto pelo mesmo que deverá ser devida-mente processado.

Idem.—Impetrante Octaviano Sarmanhode Sousa.—Idem, idem.

Embargos:—Capital: Embargante Anto-nio Muniz de Moraes, embargado ManoelMendes Leite, relator o sr. desembargadorCunha Moreira.—Desprezaram 03 embargosunanimemente.

Idem—Embargante Antonio Bernardinode Aguiar, embargado Domingos BarrosoBaptista, relator o sr. desembargador RochaVianna.—Receberam os embarg js para mo-dificar o accordao embargado, somentequanto ás custas, contra os votos dos srs.desembargadores Rocha Vianna, Cunha Mo-reira, sendo designado o sr. desembargadorAccioli Lins para lavrar o accordao.

Aggiavo:— Capital: Aggravante FranciscoGomes Alleluia, aggravado Manoel Caripu-na Maués, relator o sr. desembargador Bor-burema. — Deram provimento ao aggiavopara mandarem expedir a carta precatóriapara o fim de ser feito o seqüestro, unani-memente.

Idem—Aggravante Antonio Joaquim daSilva e Cunha, aggravado Vicente Antonioda Silva Rosa, relator o sr. desembargadorA. Bezerra.—Negaram provimento ao ag-gravo para confirmar o despacho aggravadopelo seu dispositivo, unanimemente.

O dr. chefe de segurança diiigio hontema todas as autoridades, sob sua jurisdicçao,quer da capital, quer do interior, o officioabaixo:

«Augmentando consideravelmente dia adia o numero dos vadios n'este Estado e es-pecialmente n'esta capital e desejando quese ponha teimo a essa vida criminosa, garan-tindo assim a propriedade do cidadão e ofuturo d'esses desoecupados susceptíveis deregeneração, recommendo-vos a fiel execu-çao do cap. XIII do liv. III do código pe-nal, processando regularmente todo aquelleque nao tiver occupaçao, podendo-a ter.»

Audaz gatuno andava ante-hontem ás 8horas da noite fazendo colheitas nos quintaesde varias casas da travessa Caldeira Castel-lo Branco.

_ O meliante foi agarrado pelo commer-ciante José Direito, que fez d'elle presente ápatrulha do local, a qual o conduzio para aestação, onde se acha o esperto . ... concer-tando planos grandiosissimos. }

D. Virginia de Andrade comprou hontemna Intendencia a catacumba n. 79, do cerni-terio de Santa Isabel onde jazem os restosmortaes de sua filha Alice Doria.

Em intimo convívio de amigos festejouhontem o anniversario de seu consórcio osr. José Antonio Nunes, activo subprefeitodo 4o districto.

Entraram hontem:«Sobralense*, de Ni\v-Yoike«Rio Aquiry»,

de Chaves.Continua esperado:«Origen», da Europa.E' esperado hoje:«Camocim», do Recife.Sao esperados amanha:«Rio Formoso», de Camocim, «Granjense»,

de Manáos.Sahiram hontem:«Cyril» e «Manauenses, para o Ceará.

O governador do Estado despachou hon-tem os seguintes requerimentos :

Diversos moradores da rua dos Tamoyos.—Informe a Inspectoria das Águas de Be-lem,

—Dr. Luciano Castro.—Faça-se.—Alfredo Lins de Vasconcellos Chaves.—Sim, sem vencimentos, como foi reque-

rido._—Manoel Jeronymo da França.—Nao

pôde ser attendido.—Ezcquiel Lisboa da Silva e Porfirio JoséFerreira de Lima.—Ao dr. director da re-

partição de Obras Publicas, Terras e Colo-nisaçao.

( —Companhia do Amazonas e Fernandes

e Feneira.—Pague-se em termos.—Bachaiel Manoel Bahia Sosinho.—Re-

queira em termos.

Foram á repartição de Obras Publicas,Terras e Colonisação os requerimentos doscidadãos Ezequiel Lisboa da Silva, PorfirioJosé Ferreira de Lima e Jo3o Pereira Lima,para ali serem tomados em consideração.

Acha-se ha dias acamado o sr. Luiz Trin-dade, honrado fiel do thesoureiro do The-souro do Estado.

Desejamos-lhe breve restabelecimento.

José Branco Dias e Desitéo Louzada fo-ram presos por desrespeitarem a sentinellada Alfândega, hontem ás 7 hotas da noite.

Hontem ás 4 lnras da tarde, no Reducto,Elias Pereira do Nascimento, por causa deumas bancas de vender café e peixe, teveuma pequena aheicaçaocom Germano F.ei-re Morg.ido, após a qual foram esses indivi-duos a vias de facto, saindo o primeiro d'el-les com um ferimento no dedo poiegir damao direita.

A patrulha do local prendeu os dois va-licnles, sendo feito no ferido o tespectivocorpo de delicto.

A's 2 horas da tarde de hi je haverá reu-niao dos professores do Conservatório deMusica e membros das commis>ões de aitee directora, afim de resolverem sobre os exa-mes d'este anno,

Illustre e egrégia triologia: Malaquias An-tonio de Oliveira, Victorino Cai valho de Re-dig e Antonia Maria.

Attinge ao sublime, ao maravilhoso, ao in-finito, a bebedeira que esse triumvirato to-mou hontem ás 8 horas da noite n'uma casaá travessa i.° de Março, perto da rua CarlosGomes, onde banquetearam-se como verda-deiros principes.

Como nao ha gosto sem desgosto, quandoo banze chegava ao maior auge, compare-ceu a patrulha e foi água na fervura.

Rodaram para o xilindró mais tristes doque a mais triste pindalivba.

Na oecasião em que, n'um,i canoa, surtano Ver-o-peso, hontem ás 8 11_ horas danoite, aprt-stavam-se para uma viagem Ale-xanchino Tgnacio Monteiro, Laurentino Fer-reira da Ci sta, Agostinho Raymundo Penna,Antonio Portugal e outros, aconteceu, ao dareste um rewolver para um d'aquelles vêr,disparar a arma, indo o projectil cravar-seno peito de Portugal.

Ferido este, foi elle conduzido para a casado commandante do i.° corpo, de quem éparente, e onde compaieceu o i.° prefeitotomando conhecimento do facto.

*O dr. Lima Guimarães procedeu ao res-

pectivo exame, declarando grave o feri-mento.

Hoje, ás 8 horas da manha, fará a extra-cçao da bala.

Afim de vciificar-se se o facto envolve ounao crime, foram detidos os indivíduos aci-ma nomeados.

Ante-hontem, ás 11 horas da noite, foramcommunicar ao l.° prefeito que na casa n.179, á rua do Rosário, achava-se morta umamulher de nome Josina, que ali residia hamuitos annos.

O 1." prefeito immediatamente compare-ceu ao local indicado, fazendo-se acompa-nhar dos medicos da repartição de seguran-ça drs. Uchôi e Lima Guimataes e do res-pectivo esciivao.

Lá chegado--, entraram na casa com as for-malidades da lei, sendo procedido ao respe-ctivo exame cadaverico.

Os medicos declararam a moite oceasio-nada por elephantiasis.

O interior da casa, inclusive a dependen-cia em que dentro de uma velha rede en-contraram a desditosa, olT-rece, pela misériaque attesta ao primeiro golpe de vista, umaspecto dolorcsamente impressionador.

Tudo ali dizia na sua mudez pungilivaque longos dias de acerbo solfrer foram igno-radamente curtidos até a hora em que amorte surgio como uma consolação final,corao o balsamo (quem sabe?) In tantos an-nos anciosamente esperado.

Josina, que em ontras eras, figurara no ra-dioso e lastimável rol das demie-mondainis dealto colhurno, ha tempos, quando sentindo-se atacada do terrível morbo, do qual falle-ceu ha mezes a sua mae—a única compa-nheira, a fiel confidente que lhe restava nomundo—segregara-se, n'aquella casa, aban-donada de todos, d'aquelles mesmos que lhecultuaram com paixões vehementes a moci-dade e a formosura, começando então essaserie de angustias que terminou ante-hontempela sua morte, soffrida em completo aban-dono, só,—ultimo aeto de todos os lancinan-tes dramas da miséria,

*O sr, 1.° prefeito communicou o facto á re-

partição de saúde, que vai proceder como lhecumpre em casos idênticos.

Em vista do adiantado estado de decom-posição em que se achava o cadáver de Jo-sina, foi elle sepultado ás 4 horas da manhano cemitetio de S. Izabel.

A Companhia de Seguros Previdente estáconvidando os seus accionistas a fazerem a3." entrada de 20 °[0 sobre o capital de suasacções até 31 de Dezembro, ficando assimrealisados os 40 °|0 exigidos pela lei n. 434de 4 de Junho de 1891, para poderem sernegociadas as referidas acções.

Hi je, á 1 hora da tarde, no Banco Nortedo Brasil reunir-se-ao em sessão de assem-bléa geral extraordinária os accionistas daCompanhia Constructora Paraense, afim detratar-se da liquidação definitiva da ditaCompanhia e assumptos correlativos.

Prosegue hoje perante o poder judicial oprocesso por crime de furto, em que 6 réoFrancisco José Fernandes.

O vapor «Greaves» segue hoje, á noite, paraas Ilhas.

O cidadão Manoel Jeronymo de França,em requerimento dirigido ao governo, pediopara exercer o lougar de esctipturario doThesouro, visto achar-se abilitado; porém ogoverno indeferio seu requerimento, vistoelle nao estar habilitado a exercer aquellelogar.

Vae ser lavrado contracto com o dr. Lu-ciano Castro, para exploração de mineraesna zona do municipio de Macapá, limitadapelos rios Aragitary e Anauctapucd, neste Es-tado, de accordo com a lei n. 401, de i.° demaio do corrente anno.

30 dias, sem vencimentos, foi a licençaconcedida ao agrimensor dos Núcleos Colo-niaes de Monte-Alegre, Alfredo Lins deVasconcellos Chaves.

Os commerciantès L. Solheiro & C", con-tractantes da navegação entre esta capit.il eCuruçá e mais escalas, reclamaram ao gover-no contra o aeto do Thesouro que neeou-sea fazer-lhes o pagamento da subvença >, re-Iativamente ao mez de setembro findo, deaccordo com a lei n. 349 de 7 de abril djcorrente anno, tendo feito já o pagamentoem agosto, como estatue aquella lei.

O dr. Amaro Danim, pedio dispensa dolapso de tempo para entrar em exei cicio docargo de delegado da Inspectoiia Sanitáriado Pará, para o qual foi nomeado por aetode 10 do mez findo, e cremos, ser-lhe á con-cedida tal dispensa. .-

Miguel Balebré Gomez, foi hontem afo-gar n'alguns copos as saudades da pátria -d'essa gentil e cavalheresca Hespanha, a ter-ra do stikro e da gracia.

Antes de afogar a nostalgia, Gomez afo-gou o juizo, e toca a fazer xinfrim até que oi.° prefeito mandou o para a estação policialafim de mais á vontade sabirear o

Delicioso pungir dc acerbo espinho

Passa hc je 09o anniversario da iporte doillustre paraense Júlio Cezar Ribeiro dc Sou-za, inspiradissimo poeta cujo, nome acha-seligado á magna questão da navegação aérea,

Page 3: Conversa fiada TÓPICOS DO DIA - :::[ BIBLIOTECA NACIONAL ...memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00289.pdf · em revista no nosso acreditado «Kalcidosco- ... costura maia perfeita,

Folha do ^©sp&e — 35 de Outubro dè §3398 9

O supptente do subprefeito de S. Dcmin-gos da Bôa-Vista communicou ao dr. chefede segurança que no dia 9 do corrente, ás 11horas da noite, foi instantaneamente mortapor um pau que lhe calma sobre a cabeça,na occasião em que fazia nma derrubada, nasua roça, o lavrador Porphyiio Lopes dosSantos, filho de Ezequiel Antônio Lopes, queo ajudava n'essa occasião.

Circula hoje n'esta capital o i.° numerod?Avenida, interessante revista litteraria diri-gida por Guilherme Miranda e Nunes Pinto,e que é anciosamcnte esperada por quantosaqui admiram e apreciam os produetos daintelligencia e do estudo.

Desde já auguramos á Avenida uma aus-piciosa jornada na imprensa periódica dcBelém.

Installa-se hoje a 2." sessão do TribunalCorreccional, no corrente anno.

Hoje, ás ro horas da manhã, ha vaporpara o Mosqüeiro.

Ha hoje sessão econômica na loja maço-nica «Aurora».

Foi dividido em circumscripções os doisdistrictos judiciários da comarca da Vigia,por decreto de 10 do corrente mez.

O decreto n. 342 de 10 do corrente divi-dio em circumsciipções os dois districtos ju-diciarios da comarca de Cametá.

Foram remettidos ao Procurador Fiscal doThesouro os papeis relativos ao terreno deLuiz Marques da Cunha, afim de procederá compra do mesmo por 25:000$, visto estarna área destinada ao Palácio do Congresso.

Foi reconduzido no cargo de l.° supplentedo juiz substituto na i." circumscripçao dacomarca dc Bragança, o cidadão SaturninoMarcai de Oliveira, por acto de 10 do cor-rente.

Do Thesouro, foi informado ao dr. Gover-nador do Estado, o requerimento de JoséRaphael da Silva, 2.0 escripturario da Inspe-ctoria das Águas.

0 requerimento em que os moradores darua dos Tamoyos pedem uma torneira pu-blica ali, foi ao Inspector das Águas para in-formal-o.

Do mez de Setembro findo, mandou-sepagar a subvenção a que teem direito Fer-nandes & Ferreira e Companhia do Amazo-nas.

Estão annunciados para hoje, os seguintesleilões:

De estivas, no armazém dos srs. M. L. deSouza & C.a, ao meio dia;

—De uma armação, na casa n. 216, emfrente á mercearia «Olinda», no Redueto, ás4 horas da tarde;

—De assucar, xarque, café, milho, farello,alfafa, etc, no armazém de E. Pinto Alvesci C.a, ás 8 horas da manhã;

—De moveis e miudezas, na agencia Mes-quita, ás 2 horas da tarde;

—De 2 pianos, no mesmo local e ás mes-mas horas; e

—De fazendas geraes, fantasias e miude-zas, no armazém dos srs. Gaspar Martins &C.a, ás mesmas horas.

Hontem, ás 7 142 horas da noite, foi ag-gredido pelo conduetor do bond chapa 6, da3." linha, o individuo Lourenço JustinianoRibeiro, que apresenta uma solução de con-tinuidade de 2 centímetros de extensão naregião occipital, interessando o couro cabel-ludo, de bordos irregulares.

Ribeiro cahio sem sentidos, sendo soecor-rido por Basilio Antonio Maranhense, quedeu voz de prisão ao conduetor, fustigandoestes os animaes e indo com carro em desfilada pela estrada de S. José.

Na estação abandonou o vehiculo e eva-dio-se.

Tomou conhecimento do facto o subpre-feito capitão Cândido.

Expediente do Thesouro do Estado, hon-tem:

Petições:—D. Augusta B. Affonso Peixo-to.—Dê-se.

—João José Guedes da Costa.—Informe aContadoria.

—Fortunato Jo3o B. Braga.—Concedo 6mezes; á Contadoria para os devidos fins.

—D. Augusta B. Affonso Peixoto.—Infor-me a Contadoria.

—Pedro Pereira da Silva Pinho.—Diga odr. Procurador Fiscal.

—Bacharel Francisco de Carvalho No-bre.—A' Contadoria.

•—O mesmo.—Como requer.¦—Tertuliano Rodrigues, Júlio Primo Atâo

de- Brito, Felix Pedro Manoel Pantoja, Ge-neraldo Manoel Pantoja.—A' Contadoriapara fazer as devidas notas e depois ao dr.Procurador Fiscal, para dizer quanto aos do-cumentos,

—D. Veridiana d'01iveira Corrêa e Hygi-no Maués.—Em junta.

Officios:—Ao Collector de Marapanim.—Declarando, em resposta ao officio de 15 deJulho ultimo, que deve chamar para servirde escrivão da collectoria ou do juiz substi-tuto e na falta d'este o do subprefeito de se-gurança, esforçando-se outrosim para apre-sentar com a brevidade possivel o nome deum cidadão com as habilitações precisas eque possa prestar fiança, afim de ser providoeffectivamente no referido caigo.

—Ao de Almeitim.—Ordenando que pa-gue a Emygdio Antonio Felippe a importan-cia de 800S000 a que tem direito o mesmocidadão pelo trabalho de recenseamentod'esse município, nos termos do ofiicio dogoverno n. 1.973, de 6 de Agosto ultimo.

—Ao de Vizeu.—Recommendando queforneça ao quartel e cadeia publica, diversosobjectos, em vista do despacho do sr. Go-vernador no officio dodr. Chefe de Seguran-ça de 19 de Setembro passado.

Informações:—Foram informadas ao sr. dr.Governador do Estado, as petições de JoãoAntonio de Souza Bahia, Antonio BrazilisioParaense de Leão, José Paulino dos SantosMartyres, Manoel do Carmo, d. Maria doCarmo da Silveira, João B. do Livramento ed. Verônica Elisabeth d'01iveira Pantoja.

Na occasião em que ante hontem á tar-dinha, Domingos José Gonçalves regressavaa sua residência á estrada Conselheiro Fur-tado, foi aggredido por um individuo, quenao conhece, o qual fez-lhe um ferimentona região frontal, lado direito.

O aggredido queixeu-se ao subprefeito deNazareth, que fiz proceder ao respectivoexame pelos médicos da repartição de sigu-rança, que julgaram leve o ferimento.

Por mandado do dr. juiz de direito do3U districto criminal foi posto em liberdadeo réo José Pinheiro da Silva, visto ter cum-prido a sentença de 3 mezes tle prisão, aque foi condemnado pelo jury d'esta capi-tal.

Na enfermaria da cadeia de S. José exis-tem em tratamento 6 presos.

Durante a noite de ante-hontem policia-ram a cidade 128 praças dos corpos dc in-fanteria c 38 do de cavallaria.

Os leitores ainda se lembram, com cerle-za, do faccinora João Camillo.

Eis o que a propósito d'esse criminoso, ce-lebre entre nós por uma séiie de factos at-teslativos dos seus pérfidos e negros instin-ctos, escreve na sua parte dirigida hontemao dr. chefe de segurança, o tenente-coro-neljuvcncio Antonio Dias, actual adminis-trador da cadeia de S. José, onde se acharecolhido para cumprir sentença aquelle sce-lerado:

« Por occasião da revistadas prisões hon-tem á tarde, o preso João Camillo, em ac-cesso de colora e perversidade, destruio alatrina de sua prisão, quebrou a louça deseu uso e insultou ao seu ajudante, aggra-vando mais o seu procedimento o achar-searmado de uma faca de ponta.

« Resolvi transportal-o para a solitária eter para com essa fera, que é o terror e aameaça d'este estabelecimento, todo o rigorregulamentar, que é pouco, que é cousa ne-nhuma, na proporção da ferocidade d'essefaccinora, incorrigivel e tantas vezes crimi-noso. »

Hontem, ao meio dia, num outro accessode fúria João Camillo lançou fogo ás suasroupas e ao soalho da prisão.

Sciente do facto o administrador da Ca-deia, a muito custo conseguio dominar ofogo que já começava a alastrar-se.

O dr. chefe de segurança esteve hontemdepois do meio dia syndicando de todosesses factos, em que o malvado figura comoautor.

Prestou hontem aflirmação e entrou emexercio do lugar de subprefeito da villa deBemfica, o cidadão Saturnino Gregorio daConceição.

Esteve hontem de permanência na esta-ção policial o sr. subprtfei'o capitão Can-dido.

Andava ahi um pouco fora da linha a pa-talha Vita Ferreira de Souza, moradora árua Carlos Gomes, n. 23. Por dá cá aquellapalha, atirava-se á visinhança com uma lin-gua de palmo e meio, esgotando o lexicondos palavrões cabclludos.

Sabendo do facto o capitão Cândido, oinexorável, mandou chamar a valieu/e á suapresença e, apocalypticamente, passou-lheum tremebundo raspe, não esquecendo-se,ao terminar, de fallar-lhe na gaiolinha queha lá na estação policial.

Pela nuvem negra do ciúme foi hontemtoldado o céo azul do apaixonado amor deGentil Antonio Maia e Agostinha Maria daConceição.

Elle dizia-se trahido; ella declarava achar-se também soffrendo de idêntico mal.

E começou o bate-bocca, do qual passa-ram os dois amantes para o ponta-pé e paraa bofetada. •

Era pequeno o largo da Pólvora paraconter a fúria dos dois.N'isto surge o capitão Cândido, o inexo-

ravel, e, agarrando o Romeo e a Julieta, denova espécie, remelteu-os para a estaçãopolicial, afim de lá fazerem as pazes.

Foram hontem photographados na repar-tiçao de segurança os presos de justiça Phi-leto Antonio de Oliveira, homicida; AlfredoCantuaria de Almeida, gatuno; e AntonioCursino daJCosta, homicida.

O Correio d'este Estado expedirá as seguintes ma-Ias :

HOJK—Pela lancha «Intrépida», para Vigia, S. Caetano

e Curuçá, ás 9 horas da manhã.—Pelo rebocador «Elephanto» para o Acará, ás 3 i|2

horas da tarde.—Pelo vapor «Mundurucíis», para Cachoeira e Mon-

saras, ás 4 horas da tarde.—Pelo vapor «Victoria» para Abaeté, Trapiche Hyp-

polito, Cametá c Mocajuba, áa mesmas horas.

Kemliix» PublicasRECEBEDORIA

Do dia 1 a 13:Caixa effectiva 511:7081972Estampilhas .,,.,,,,, £

Depósitos:Bolsa fFundo escolar jojoooForos do Pinheiro i|t7aBellos Artes 400S000

5UI130$444INTENDENCIAS

Da Capital 30:8471846Do Interior 46:2281197

77:076*043

. ASINOER VIBRANTE foi con-siderada pelo jury da Exposição do Chicagoa rainha de todas as machinas do costura

PUBLICAÇÕES A PEDIDO

13iigole cimento... vomitaterreno»...

Eu nao tenho a fortaleza dos urcos.Minha resistência é passiva e por isso

mesmo mais duradoura. O Felippe 40 hadecançar mais depressa. O caso dajAssucareiraestá mal contado. O Senador Leitão liqui-dou-a sem dar d'isso parte ao compadre Fe-lippe, logo que vio ser uma immoralidade.

Ainda está nos archivos o requerimentopedindo duzentos contos ao presidente Ma-noel Dantas que n3o mandou psgar. De-pois veio o dr. José da Gama Malcher paraa presidência e egualmente negou paga-mento.

Só o Felippe achava aquillo serio ...O apólogo tem sal porque nao é do Felip-

pe 40, mas o papel do gato é desempenha-do por elle mesmo, e se applicar o caso aopartido democrático, então o simile é per-feito.

Sim, porque o nosso amigo Felippe 406 um gatarrão 1...

Falia em trabalhos politicos, elle que ex-piora o pai tido em favor dos seus interes-ses particulares, ora publicando artigos quen5o paga sobre pobres clientes suas que

lhe dao seis contos de honorários, era le-vando uma Minerva para a sua clu.colataria.

Eu estou convencido que o i.° drs chefesestá doido.

Um dia d'estes estava eu no Diário quan-do elle entrou.

Vociferou a valer contra Deus e o mundointeiro.

Eu estava junto d'elle e o gato nao mevio...

Do que eu mais gostei foi do trambolhaoque elle levou quando foi ao l.° andar.

Foi depois d'elle que o chefe vomitouEntão ninguém sabe quem foi o chefe quequiz vender os democratas '?

Se ninguém fala, faço outra pergunta:Quaes silo os chefes democratas que naoquerem vender o partido ?

Quem foi que amarrava a canoa com ofim de nao haver candidato ao cargo de go-vernador nas próximas eleições ?

Escabuja á vontade 40, ps teus dias estãocontados. Suicida-te!

Conselheiro.

FABRICA dÉTapSTpARAENSEA junta consultiva d'esta empreza com-

mímica a quem interessar que recebe paramoer dc conta a i|2 no engenho em Mari-tuba, qualquer quantidade dc canna, cor-rendo as despezas de transporte nos carrosda E. de Ferro de Bragança, por conta dafabrica, a qual se obriga a obter os carrosde conducçao com aviso prévio dc 3 dias.

A descarga dos carretões é feita com to-da a rapidez entrando os mesmos no desvioda Estrada de Ferro que fica próximo doengenho.

Os srs. remettentes de canna podem as-sistir á moagem c, querendo, receber em se-guida o valor do produeto moido pelo preçodo mercado.

O Gerente,15) Serr.fim Ferreira d'Oliveira.

Por causa das duvidasTFDiarto

'de Noticieis, na suá édíçacFâe 11,

noticiou uma aggressao scffrida em frentedo Cojê Madrid por d. Severa e seu filhoOctaciano Ribeiro.

Diz o Diário que os prodromos da aggres-s3o começaram em frente do Café' Chie porpilhérias dirigidas por alguns indivíduosaquella senhora e ao seu filho; e terminadeclarando que, apezar de achar-se aquellahora aberto o Café' Madrid, nehum soecorrofoi prestado ás victimas.

Sou proprietário d'aquelles dois estabele-cimentos, e para que nao tenham log.ir con-ceitos menos dignos aos creditas d'essascasas, declaro serem completamente extra-nhos aos facto, que aliás deploro, todos osmeus empregados

Se cs aggredidos nao levaram soecorrofoi porque naturalmente nao foram ouvidosno Cajé Madrid, onde aquella hora estavamos empregados entregues aos afTazeres mui-to communs n'esses estabelecimentos á horade fechar.

Ahi ficam estas linhas por causa das du-vidas.

foão Maria da Silva.

Associação de fazendeirosde Marajó

Esta Associação, tendo conhecimento dograve attentado commettido no dia i.° docorrente, ás 8 horas da noute, na pessoa dodelegado rural e de um guarda, no próprioquartel, na fazenda Degradados, munieipiode Soure, por um grupo de 9 malfeitores;vem no fiel cumprimento do fim para quefoi instituída, nao só a bem do desenvolvi-mento da industria pastoril d'este Estado,como dos interesses e vida de seus associa-dos, offerecer um prêmio de dous contos deréis a quem vier denunciar por escripto ouverbalmente d'esses malfeitores, para serempunidos com as penas da lei, visto como naviolência do ataque, protegidos pela escuri-dao da noute e o estado em que deixaramos referidos delegado e guarda, nao lhespermittio conhecer nenhum dos assaltantes.

Esta Associação funeciona no escriptorioda Companhia Protectora da Industria Pas-toril.

Pará, 10 de Outubro de 1896,Bento José' da Silva San/os, presidente.. (IO

—ias » m shs———Asssociaçao Dramática

Recreativa e BeneficenteVELODEOMO

A commissão abaixo assignada, encarre-gada pela Directoria d'esta Associação paratratar do lançamento d'um empréstimo paraa construcção de um velodromo, destinadoá exploração de corridas de bicycletas, levaao conhecimento do publico as condiçõesabaixo descriptas,

O empréstimo será de Rs. 5o:ooo$ooo, di-vididos em I500 acções de 100S000 rs. cadauma.

As entradas sei&o de 25 0|„ ou seja Rs.259000 por acçao, pagaveis até o dia 10de cada mez, principiando a cobrança nopróximo mez de Novembro:

A associação garante com o mesmo velo-dromo, com os bem que actualmente pos-sue e com os que no fnturo possa possuir,o capital e juro de 6 °|0 ao anno.;

Logo que o seu estado financeiro o per-mitta, serão as acções resgatadas por meiode 3orteio;

Os subscriptores que nao fizerem as suasentradas no praso determinado, e que de-pois de ura aviso por escripto nao cumpramas disposições das bases do empréstimo,perderão o direito ás impoitancias com quetiverem contribuído;

Os accionistas poderão fazer as suas en-tradas pelas totalidades das importânciassubscriptas;

Aos accionistas e suas famílias é faculta-do o direito de tomarem Ir gar na archiban-cada reservada do velodromo, sendo porta-dores de ingresso de entrada geral.

A commissão,Manoel Pereira Dias—presidente,Serafim AL Pereira—thesoureiro,AI. Fonseca—secretario. (3

— ¦ is» ¦ ————

Sapataria CarrapatosoLARGO DAS MERCEZ

Os proprietários d'cste tao conhecido eacreditado estabelecimento annunciam aosseus numerosos freguezes que acabam dedespachar, para a próxima festa de N. S.de Nazareth, o mais surprehendente, varia-do e attrahcnte sortimento de calçados,compondo-se dc 20.000 pares de todas asformas e qualidades, a preços sem compe-tidores.

E' nesta casa onde se pode prover muitoa contento todo o freguez, desde o maisrico ao mais pobre! (3

Ao IParíido jj^moeraiaTendo sido o meu humilde nome inclui-

do na chapa para deputado ao Congressodo Estado,—pelo par tido democrata,—venhopelo presente renunciar tao honrosa con-fiança, e, para que nao se persuadam os queme lerem que este meu procedimento é ori-undo do receio da derrota no próximo pleitoque se vae ferir,—cumpre-me dizer—semjaclancia,—que, na circumscripçao do baixoc alta Xingu conto com elementos para os•quaes as galas do pod r seriam impotentespara quebrantar; mas a causa quo deter-mina esta minha resolução é outra, e taojusta quão sincera; e, se nao, vejamos:

Solidário com o meu illustre amigo sr. dr.Bahia, com o qual sempre mantive identi-dade de pensamento, relativamente a poli-tica, nao pesso deixal-o agora, justamentequando vejo o seu honrado nome e reputa-çao atacados pelo orgao do partido quepropoz a minha candidatura, em ataques in-indecentissimos como ainda fez .hontem oDiário de Noticias.

Eis, pois, a causa que determina o meuprocedimento.

Aos meus amigos do interior do Estado,com os quaes conto em qualquer emergen-cia, agradeço penhoradissimo as manifesta-ções de sympathia que manifestaram-me,assim que souberam da inclusão do meu no-me na chapa de que me retiro.

Pará, 14 de Outubro de 1896.Agrário Cavalcante.

«Rua da Industria n. 60.

Ao bom e dedicado amigoAmérico Tavares

Receba no dia de hoje as mais affectuosaserupções do

15—10-96 VESUVIO

Inilusíria Paraense-.-•A-fabrica-de-sabão-«Consumes acaba dede montar especialmente para o sabão de25 barras mais uma importante machina quepermitte cortar quasi instantaneamente e emqualquer tamanho toda a espécie de sabão.

Esta fabrica possue hoje tedus os melho-ramentos modernamente em uso na sua in-dusttia e acceita cncommcndas nao inferio-res a 150 caixas para a fabricação de qual-quer qualidade de sabão, cuja amostra sejaapresentada aos seus proprietários, garantin-do perfeita execução.

Actualmente tem em seu deposita grandestock dos seus acreditados produetos, asaber:

sabAo maravilha perfeitamente igualao inglez.

sabão amarei.i.o celeste em caixas de20125 barras e 32 arrobas.

sauSo preto que substitue vantajosa-mente o de cacáo.

sabAo progresso branco, azul, rosa ecanário—perfumado—Especialidade da fa-brica.

sabAo oppenbacii (Diabo) marmoreadoa todas as cores—o sabão por excellencia—econômico e hygienico.

Em perfumadas pelo systema francezproduz toda a espécie de sabonetes, poma-das, pós de arroz e dentificios, pasta de ce-reja e outros, cosméticos etc, etc, empre-gando-se na sua composição os mais delica-dos perfumes.

Executa-se também qualquer encommen-da de sabonetes medicinaes devidamentedosada pelos srs. pharmacenticos.

N 'este gênero temos á venda os seguintes

produetos:Sabonete d'alcatrao

carbolico,« d'ichthol c sublimado.» d'enxofre.» d'acido borico.» de borax e glycerina etc, etc.

Aos srs. barbeiros recommendamos o nos-so sabão neutro—adoucissant—em peque-nas barras e em pó.

sabAo para seda—Ultima novidade IíEspecialidade para a lavagem de tecidos

de seda e ia, nao alterando as cores, nemoffendendo as fazendas. (15

Popular Agencia de LoteriasLISTA GERAL iíos prêmios da 'í

4 » LOTERIADA CAPITAL FEDERAL, extraída om 13 do Outu-bro do 1896.NÚMEROS PRÊMIOS¦9'34 12:0005.,0029584 i:oooSooo5905 500J000

prêmios nr: 200)5000977. 15835, 42727. 49882 o 57534

PRÊMIOS DE Ioojooo22487, 26214, 33626, 42511, 49566, 51083, 547420

58492.PRÊMIOS DE 5o$ooo

2948i 3373, 10088, 11241, 15460, 23047, 24425,25877, 28516, 32453, 38696, 46342, 52140 o 55692.

APPROXIMAÇÔES19133 o 19135 reofooo29583 o 29585 50Í0005904 o 5906 50Í000

DEZENASDo 19131 a 19140 o$oooDo 29581 a 29590 toíoooDo 5901 a 5910 iojjooo

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ULI.I1UL econjmehtos das rr.ucosm, re-cinte» oa chronicos. nos üorníss ou nas senhoras.

A legitima Hew-Hoine só se vendeno OENTRO COMMERCIAL PARAENSE,de Moreira dos Santos & Comp., MICOSagentes, rua 15 de Novembro,n, 8.

Boletim «o Commercio14 de Outubro de 1896.

Mercado de cambioMercado firme no Rio a 8 Q|i6 bancaiio,

com papel particular offerecido francamentea 8 518.

Aqui vigoraram as taxas de 8 9116 a 8 5|8para letras bancarias, e 8 21132 a 8 Il[l6para papel particular.

JSSoiTi&cIiaPelo «Rio Aquiry» vieram perto de 53 to-

neladas, das ilhas, que ficaram por vender.Uma bja parte das entradas de hontempass.ou de mãos a 7S300, 38500 e 78250 e3845°' Ao fechar só constavam oflertas de7S20OJ3S400. O <-Brito->, esperado amanha,deverá trazer mais de 50 tonelad.is Algunslotes do Madeira passaram de mãos a 7.950e 5S050.

Movimento «Ia bolsaDia 14 ate'as j horas da tarde.

Corretor Guedes da Costa.vendas :

45 acções do Banco do Pará, com 40 °[0, a67S000.

50 ditas do Banco Norte do Brasil a i02§.20 ditas do Banco Commercial do Pará a

1308000.10 letras hypothecarias de 7 °[0, a 100S000.

125 titulos.Corretor Antônio Sousa.vendas :

50 acçOes do Banco de Belém, a 988000

Banco do ParáBOLETIM DE CAMBIO

Pará, 14 de Outubro de 1806.

90 d|vLondres 89(16Paris 1115

(Lisboa Porto e Braga

Províncias ....New-York ....Hamburgo .... 1380ItáliaHespanha ....

Vista87116II2Ó

490494

5880130411001080

Cotação de "titulouUltimas vendas até 14 de O.Uubro

Acções do Banco Commercial .« da 3.» emissão com 60 °[0.« do Banco do Pará . . .« do dito, 4.* emissão 40 °r0

de entrada« do Banco Norte do Brasil« da S. de Credito Popular .c da C.» de Seguros Paraense« da C." de Seg. Comm. de 1008c da O de Seg. Gram-Pará« da C.E de Seg. Segurança .« da C.a de Seg. Anasonia .« da C.» de Seg. Lealdade.« da C.» Pastoril, de 5o$ooo» da C.» Jockey-Club . . .» da Fabrica de papel . .

Letras hypothecarias, juro de 7 °[0Letras hypothecarias, juro de 5 °[0Apólices da divida geral, 5 °|0 .Ditas da divida do Estado, 5 °[„Ditas da divida do Estado 6 °|„ 1

de 18961308000858000

1368000

67Í000102800010780008508000125800026080001208000

93$oco708000508000508000608000

1008000868oco

97880009708000icoojoco

Compradores VendBanco Commercial do Pará u8|

3." emissão, 6o •[, 85JBanco do Pará 136J

« do Pará 4." emissão, q 40 *i, 65Í« de Bolem 95$« Norte do Brazil looj

Sociedade de Credito Popular 103ÍCompanhia do Seguros Paraenso do roof 120$

de Seguros Comm. de ,:oo| isofde Seguros Gram-Pará 285Íde Seguros Segurança no|de Seguros Amazônia 93$do Seguros Loaldade 65$Urbana deE. F. Paraense

Pastoril 50IJockey-Club Faraonse 45IFabrica do papel 58Í

Debentures 7 •[„ 99JLetras hypothecarias de 7 *[a 99$«', «, do 5 'i. 86$

Apólices da divida publica geral 5 *\m 970Jc do Estado 5 •[, 970J

6 "i, i.ooof 1

edores«3°í86Í

I37Í(•7$98$

I°3Í106$

125$300J120$95»7°í60$5*f5°í60$

loofioof

975S975$•oiojf

VAPORES A ENTRARBrasil, do Sul, a ...,,,,,., 16Granjense, de Mandos, 16Olinda, do Manáos, 17Hildebrand, de Manáos, 17Obidense, da Europa, 23Jíspirito-Santo, do Sul, 24Brasil, do Manáos, "25Hilary, de Manáos, .26Dominic, de New-York, 26Lanfranc, de Manáos, , 28S. Salvador do Sul 31

VAPORES A SAHIRManauense, para o Ceará, a ...... 16Brasil, para Manáos, a, , 17Olinda, para o Sul, 17Soòralense, para Manáos, a .•,... 17Origen, para Manáos, a ....,., 17Granjense, para New-York ...... 18Justin, para Maranhão e Ceará, a . , , 18Hildebrand, para a Europa, a ..... 20Espirito-Santo, para Manáos, a ..... 25Brasil, para o Sul, 25Obidense, para Manáos, a ....... 27Hilary, para New-York, 28Lanfranc, para a Europa, 30

PROVEMEm salada ou em peixe o azeite da casa

Mourisca: só se vende noLEÃO DA AMERICA (12

Uma sógarrafa de vinho experimentem do

LEÃO DÀ AMERICA,e dirão depois quem tem o verdadeiro COL-LARES. (12

AVISOS MARÍTIMOS

^ Jf^jf\

Amazon Stoam Navigation Company, Limited

LINHA DO JURUA'O paquete a vapor Labrea, commandante o i.° to*

acnto Paula Barros, segue viagem para o rio Juruá,até oudo houver água, no dia n do Outubro vindou-ro, ás 9 horas da manhã.

Recebo carga até o dia 7 d'esse mez; encommen-das e passagens até ás 3 horas da tardo do dia 10,quando fecha o expediente.

Belém, 21 do Setembro de 1896.

A viagem de Novembro a linha do Juruá, será fei-ta pelo paquete a vapor «Paes do Carvalho-».

O quo desde j4 se faz aciento nos srs. carregadores,licluni, 21 dc Setembro de 1896,

AVISOEsta Companhia, scientifica ao commercio o ao pu-

blico cm geral que o vapor do dia 10 de cada mez,á Unha de Manáos, fará escala pelo porto de Faro.

Belém, 24 do Setembro de 1896.

I - A N CHA INTRÉPIDANAVEGAÇÃO PARA. AS ILIIA.S

^ Sahiiá ao dia 15 do corrento, ao meio dia, paraCuruçá, tocando 1103 peitos do costume.Recebe <::.rg.i no trapiche Central at.'> o dia i.|.Expediente, passagens « oncoramondas, ató ,is io lio-

ras do dia du sahida, no esciiptorio de Solheiro, Mar-ques & C".

L. Solheiro ô- C".

LINHA DO XINGU' 15 JARYO vapor Tromhetas snhirA em 15 a noito para rasa

unha tocando em t dos <s portes de escala.Recebe carga no trapicho Bolem ate ao dia l,| á

tarde.Expediente, passagens e encoimncndas no escripto-

ii« do -•/. J, de Sousa &• C", no dia da sahida.

JSed Cro.sM ÜLhto

VAVOÉ SOBRALENSESahirá para Manáos em 17 do corrente.Malas c passagens ís 5 horas da tardo.

VAPOR GRANJENSESahirá para Barbados o New-York era 18 do cor-

rente.Malas o passageiros: ás 5 horas da tarde,

VAPOR FLUMINENSEChegou a Lisboa cm 12 do corrente á tardo.

VAPOR OBIDENSESahio do Lisboa com destino ao Pará cm 14 do cor-

rente pela manhã.

^¦m^

KLém^^^m^l

VAPOR BOTELHOSahirn para Manáos em 22 do c< rrente, ao meio'

dia, recebendo carga para o rio Madeira diroctamtn-te e todos os portos do Baixo Amazonas ato o dia 19,no trapicho Centra], onde será dado o expediente.

Passagens até ás ro horas da manhã do dia da sa-hida, no escriptorio dos consignatarios.

Bebidas geladasGrande variedade a preços reduzidos

NA

Despensa FamiEiarLARGO UAS MF.RCÊS N.° 4 (IO

AVISOS ESPECIAES

MERCEARIADESPENSA FAMILIAR

ANTIGA AMAZÔNIA

Largo das Mercês n.° 4Neste estabelecimento as exm."8 fa-

milias e o publico em geral encontraum sortimento colossal de todos os ge-neros pertencentes a este ramo de ne-gocio aPreços sem competência,

visto o systema ser verdadeiramenteamericano

VENDER BARATOPARA VENDER MUITO

Facilita-se o transporte de merca-donas para qualquer ponto da cidade.

FIGUEIKEDO JÚNIOR & (1*Despensa Familiar

O ElirORIO DA DARATRZA (3

MANTEIGA PORTUGUEZA«Ia Praia «1'Aucora

SIMPLESMENTE DO PURO LEITE SEM QUE AMARGARINA OU OUTRA QUALQUES MATÉRIA

ENTRE NA SUA COMPOSIÇÃOAnalysada nos laboratórios chimicos de Lisboa e do

Porto, obtendo em ambos unanime classificação de—PURA. Encontra-se á venda em latas de 1(2, i e 2libras na «Mercearia Trasmonianat, ma de S. An-tonio, defronte do « Fon Marche"» e no deposita geralESTABELECIMENTO DE SECCOS E MOLHADO DE

DESPENSA FAMILIARFigueiredo Júnior & O."

Largo das Morcôs n.° 4. (8

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Medicação para uso externoAGUA MARAVILHOSA

^v,^ Empregada contra: Fotláas antigas*P/n * ° recentes, Darlhros, Fríeiras,

imi ^/i Emj.iingrns.Esc. liacües,Bor**/} tarjas, Assaduras e qual-'çy quer eiupçfte da pello

Preparada JL* proiu/ida pelo7Q calcr

Republica dos Estidos-UnMos do BrasilEstado do Pará (15

pelo pharmaceuticoE. L. DE HOLLANDA

O VESUVIOFABRICADE CHAPÉOS DE SOL

DE

J. Arlindo da SilvaRUA TREZE DE MAIO—NUMERO 111

BrevementeBengalas annó o enceto canna lliogoroioiiicas

NOVIDADE DOS RAIOS V

1:700Ç000Vendem-se pianos americanos, de um tom

maravilhoso, artisticamente acabados, labri-cados especialmente para este clima, ao pre-ço excepcional acima mencionado.

Trata-se na Casa Amaral, á travessa daVigia (antiga da Rosa). (10

VENDA DE PRÉDIOVende-se um prédio novo dc sobrado, gosto moder-

no, nas proximidades do commercio.Trata-se com o corretor Oliveira. do

VAPOR ?TJEJTO»V-ndc-;e ema parto do va'or d'csto vapor. Tr, t-

se com o coiretor Oliveira. {io

O Liyyíl rJtüilEIiSE é o união infallivei siacui*a tias febres esezõ

Page 4: Conversa fiada TÓPICOS DO DIA - :::[ BIBLIOTECA NACIONAL ...memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00289.pdf · em revista no nosso acreditado «Kalcidosco- ... costura maia perfeita,

4 FaBih-a úo &oi*fe-*l5 ris üutfuf&ro de I3SS*

Declarações e avisos

Banco Coniniercial do ParáAPÓLICES 1'EUERABS 1)0 EMPRÉSTIMO Dl'. 1895

Convidamos os possuidores das apólices federaes doempréstimo dc 1895, que entregaram a çste banco nscautelas provisórias, afim do serem enviadas ao ros-

gato, a vivem recebei- os titulos definitivos das ir,<w-mas apoli* es.

1'iir.l, 3 ue Outubro do 1896.—O director-socrota-rio, Manoel Pereira Dias.

Banco Commercial do Pará3.- EMISSÃO

6." CHAMADA DE 20 '[o

Convido os srs. accionistas a realisarem a 6." en-trada do 20 "[„ sobro suas acçOes do hojo ató 30 doDezembro ptoxímo futuro.

Pará, 31 do Agosto do 1896-O direetor secretario,

Manoel Pereira Dias.

Banco üaorte do BrasilENTRADA 1)15 CAPITAL

Convidamos os srs. accionistas da 2.* emissão a toa-llzwom a 5." entrada do 10 °[0 sobro o valor de suasacçõos, ató o dia 25 do corronto.

Pan, 5 de outubio de 1896.Francisco Leite Chermont, João D. Je Britto Pe-

reira.

INFORMAÇÕES UTEISMÉDICOS

DR. FIRMO BRAGA, medico especialista em p'ai>tos o moléstias da mulher. Residência — rua do SantoAntônio, 6o. Telòphono 270. Consultas das 9 i[2 ás10 i[2 ua rharmai-ia Minerva.

DR. SILVA ROSADO, medico o operador. ResUenuia—tr. do São Matheus, 11. 177. Telòphono 1522

COMPANHIA DE SEGUROS PREVIDENTE

3.» CHAMADADo conformidade com o disposto no art. 3 ° dos es-

tatutos desta companhia, convidamos os srs. accionis-tas a virem íaíor a terceira entrada do 30 °i„ sobro ocapitil do suas aceOqs, ato 31 do dezembro próximo,lio escriptorio á rua Quinze .le Novembro, 11. 6r, I."andar, ficando assim tealisados os ,10 »|„ exigidos pelaI.ei n. ,|31 de 4 de junho do 1S91, para poderem sernegociadas as rofoiidas acçOes,

)*aiá, 5 do outubro do 1896Joaquim

'Theodoro Bentes, Francisco Antônio Pe-reira Juntar, Joaquim Ja Silva Vidintta. (7

Üaasc© <âs> S3«as*á,|" CHAMADA DA 4" EMISSÃO

São convidados os srs. accionistaü a realisarom a 4.*entrada do to "[„ de suas acções <"-a 4 ¦ omissão destoBanco, ás lioras do expodiento, do dia 20 ató 31 deoutubro corrente.

Tara, 6 do Outubro de 1896.Afanoel Augusto Marques,

d;rector-secreUrio.

Banco Commercial do Pará

Tendo o sr. Jaclntho Carneiro e Silva perdido dezacçOes d'esto Banco .le n " 2843 a 2882 do sua pro-prie.lado, fa\-o publico quo de accordo com a lei, ser-lhc-hão expedidas 2." vias se, no praso de 30 dias do

presente annuneio, não tiverem appareeido as referi-das acções.

Pará, 8 de Outubro de 1896.O dirretor-secretaiio.

Manoel Pereira Dias,

ISnuco du Amazonas

4.» DIVIDENDODo dia 15 do corrento mez em dianto paga esto

banco, na sede social á praça de Tamandaré, o 4.0dividendo, do 4S000 ior acção, correspondente ao 1.°semestre d'cstc anno.

Manáos, 6 do outubro do 1896.

JW Joaquim Rodrigues Martins, secretario. (3

JSilUCO (lo AlSÍSlKOJEilS

6." CHAMADADo conformidade com o art. 52, dos respectivos es-

tatutos, são convidados os srs. acionistas d'este ban-co a realisarem na súde soei..', á pra.; a do Ta manda-ré, n\sta capital, ã entrada de 10 "|„, 6 * chamada, dovalor nominal do suas acções, dontru do praso do 30dias, ijue termina cm 5 de novembro próximo.

Manáos, 6 de outubro do 1806.

José Joaquim lioilrigna Mui Uns, secretario. (3

AO GOtSMERCIOTendo fallecido o nosso sonio Bento Comes de Oli-

veira, prevenimos que nesta d.tta entra a nossa firmaom liquidação, que será feita do accordo com o nossocontracto social, sob a mesma rasão e com o additi-vo—em liquidação.

Pará, iode Outubro de 1896.Amorim rV O.—Etn liquidação. (7

AO GOitíSrlíERGIOO abaixo a.sbignado declara que a contar do dia nove

do corroate deixaram de ser seus procuradores o srs.

João Augusto Cavallcro o Joaquim Tavares Ferreira.Pará, 14 de Outubro de 1896.

Pedro Je Almada, (3

Á. I»"J8A£JAEu abaixo assignado declaro que vendi minha ofii-

cina de violeiro sita d Calçado do Collegio n." 41 aosr. Josó Augusto d**AzQvedo ficando este com todoEletivo c passivo a seu cargo.

Pará, 9 de Outubro de 1896.Manoel Ribeiro da Fonseca,

Associação Dramática, Recreativa eBeneficente

ASSEMBLÉA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Ue ordem do sr, presidente, convido a todos os srs.associados a comparecerem segunda-feira 19 do cor-rente pelas 8 horas da noite no edifício social, afim detomar-se conhecimento dc assumptos tendentes ao VE-LODROMO, propostos pela commissíio encarregada peladirectoria de lançar o empréstimo tendente ao meara oansumpto.

Tratando-se de interesses de alta importância social,peço o co-ti pareci men to do todos os srs. associados emuito principalmente dos membros do Grupo Veloci-pedico.

Pará, 14—10—96,i.° secretario,

Paulino Gomes da Rocha. {5

DR. HENRIQUE MENDES cora pratica nos hos-

pitaes do Paris, Vienna o Berlim.—KSPKCIAUSTA domolcfittas de olhos, nariz, garganta o ouvidos.

Chamados por escripto.Telephone 1582. Consultas das 3 ás 5 horas da

tarde (altos da pharmacia Minerva).Residência—Estrada de Nazareih, n. 37.

DR.JOSE RIBEIRO—Medico o Fhármaceútico—Consultas todos oj dias uteis das 10 as 12, na Phar-cia Maravilha—& travessa 7 de setembro, canto darua 13 do maio—Residência: tua dos Martyrcs n/ 7

DR. PEREIRA .DE BARROS, medico o operadorEspecialidade : partos o mule-stias das vias genito-uri-naria.-!. Dá couaultas na Phar mani a Saut* Auua, das 7ia> y> horas do dia o eto sua residência, do moio diaá 1 hora da tarde, ondo recebe chamados a qualquerhora, Tuii.plione n. 212,

DR. LUC1AN0 CASTRO, módico e operadorEspecialidade — Partos e moléstias de senhoras.— Con-sultorio — Rua do Santo Antônio, n,' 31, 1." andar,das 2 ás 3 horas. — Residência — Rua 13 do Maio »."62.—Chamados por escripto.

DR. CLEMENTE SOARES, medico o or.erador.—Consultas: pharmacia SanVAnna, dai 11 ao meio dia.Residência, travessada J&ttrella, num. 11.—Chamadospor escripto.

DR. BAPTISTA DUARTE—Medico o Operador—Especialista om moléstias de creanças, aftocçtfey cu-tascas u syphilis.—Couiultiis a pharmacia Serafim dcAlmeida A Avenida íõ de Novembro,— Rosidonwa•—Travessa do S. Matheus ÍJ1J.

• Lauro Sodró»*A's 8 horas.

Companhia Lyrica Italiana

AOs abaixo assignados declaram achar-se dissolvida

a sociedade mercantil (pie tinham rio estabelecimentodonnmlnado—Papelaria Silva—sob a firma A IfredoSilva & C", retirando-se os sócios Frederico CharlesPusinelli, coramanditario, e Paul Fohte, solidário, em-bolsados dos seus capitães, interesses e saldes cm con*ta corrente o livres o exonerados de qualquer respon*sabilidade, conforme a escriptura de dissolução sociallavrada em 10 do corronte pelo tabelliao Jayme Gama,ficando o actívo o passivo di mesma firma a cargo dosócio Alfredo Augusto da Silva.

Pará, 14 dc Outubro dc i8n6.Frederico Charles J 'usinelli.

Paul Feltre.Alfredo Augusto da Silva. (3

£ü»

HOJE55e 1300 kls. «le peixe

O .'gente Antônio Sousa venderá cm leilão, no tra-pich." da Companhia do Amazonas por conta e ordemd.,s srs. Mello o: C*.

A's 8 horas.

EUc superior pirarucuPor ordem d s srs J. A Watiim & C.*, o pienos-

to dn agente Üliv.-ira venderá cm lcilã-, no tripudieda Cump:inhia do Arauz mas uma partida de superiorpíiatucú findo no vapor

I>e superior íafoaco velhoP.ir ardem dos srs M. V. Pinto o r» gente Oliveira

venderá em leilão, uo tiapicbe da sub gerencia doLloyd uma partida de tabaco vindo nu barco «S Joüoi

A's 8 horas,

ADVOGADOS

ALFÍvEÍ*JO SOUSA tem n «uá banca de advoga-do no escriptorio da rodacçao d'esta folha, á praça daIndependência nl, 16, onde pode sor procurado das8 horas da manhã is ü da tarde,

EIjAD2G--KMA.--cr.7r:;.torio"4-roa- ij-dirJíaio-n." 70, nos altos do cartório do sr. tabelliao Gama,das 9 horas da manhS ás .', da tardo,

EST1Í1'HAN10 UaKKüSO continua a advogar—Esciiptono: rua da Cadeia, 84,—Telephone n, 44,

BACHAREL GONÇALVES .LEDO, advogado.—Tom sou escriptorio á ma 13 de Maio, n. 70. altos docartório du sr. tabelliao Jayme Gama, Pode ser pro-curado das 8 horas da manha, ás 4 i|2 da tarde.Residência á rua do Riachuelo n. 80.

BüsaipreaíÈ irráuèò

A companhia, a partir de Milão, deve es-trear no tvcatro da Paz, por todo o mez deSetembro próximo,

Aclu-se aberta de hoje em diante, n'estaagencia, uma assignatura para 20 recitas,

O repertório consta das seguintes operas:Aida, Ebrcà, Africana, Guarany, Ptigliacci,Càvalleria Rusticana, Salvaior Rosa, Idalia,Dinorah, Otello, Fálstaff, Yone, Lúcia, Sonam-bula, Gioconda, Ugonotti, c outras.

Os srs. assignantes têm garantia aos seuslogares nas recitas de assignaturas, preferen-cia nas réoilas livres, e direito a assistir aosensaios geraes.

Os preços regulam dc accordo com o con-tracto firmado com o governo.Camarotes de I." ordem e ftizas (por

espectaculo) 40S000Camarotes de 2." oíd. (idem, idem). 308000Cadeiras 8Ç000

Náo se dará a mesma opera em mais dedois espcclaculos dc assignatura.

A importância de 30 °[0 das assignaturasserá paga no acto de assignar, mais 30 °[0 nodia do i.° espectaculo, e os 40 ü[0 restantesno correr da estação.

A agencia no Bouqnet Paraense, á rua Pa-dre Prudencio, n.° 6, defronte da Maison Do-r/e dará ao respeitável publico outros escia-recimentor, que lhe sejam pedidos.

Belém, ?.-i de Agosto de 1896.

IPeret «& ©.", agentes

Regulador AmericanoGrande sortimento de relógios americanos

para bolso, enchapados em ouro de 14 e 18quilates; ditos, de prafci com embutidos deouro: sao os melhores relógios e os mais mo-

.damos. qua..tem. vm.do. a. este. mercado.Trav. OceideiitaJ do Mercado u. 13

Ke-gsss.-asisx** H-rcaericanoj. a. reis & c.«

S0LIC1TAD0R MIGUEL LEDO.—Podo ser pro-curado no cartório do sr. tabelHão Jayme Gama, Arua 13 do Maio, n. 76, das S horas da manha, ás $horas da tardo.

Residência á rua do Riachuelo, n. 80.

O DR. TlMOTUIiO T1Í1XS1KA—Mudou teu es-criptoiio do advog-ido para a tua 15 dc Novembroa." 87, onde pdie ser p.ocurado para cs mUteies detua profissão, bem como o seusolichador, Joüo livan*gelis' a Ferreira da Motta.

MOURA PAI.UÀ,—E' cnconirnde om seu escrí-ptorio, á rua Conselheiro João Alfredo, nos altos dnLivraria Cuusi.a.

GAMA MALCHER.—Escriptorio i rua Joio Al-fredo, n. 78—(Entrada pela AJfaiataria), telephone n.262.

DR. GUILHERME MELLO, encarroga.30 do todosos assumptos relativos a sua profissão—Residência áTraça da Republica n, 6,

BOA pirO MELHOR VINHO de meza que vem ao

mercado veude-ae em casa de thomé devilhena a c,a, á rua 15 de Novembro n. 51,em batris, meios barris e em caixas, a preço

PEDRO RAIOL,—Escriptorio rua Conselheiro JoàoAlfredo, n.° 78, i.° andar, entrada pola alfaiataria, E'encontrado das 9 horas da manha As 4 da tarde.

O TENENTE-CORONEL DINIZ BOTELHO, hn-bilitado, pelo Supremo Tribunal de Justiça, para ad-vogar nas comarcas do Cintra, Curuçá o Vigia, on-carrega-ao do qualquer causa, tanto civel como crimi-nal, o acceita convites para isso na Cidadã de Ma-rapanim, onde reside.

O DESEMBARGADOR ERNESTO CHAVES, oo DR .AMÉRICO CHAVES têm installado sou escripto,vio do advocacia á rua IJ do Maio. u." 3?,. r." andar

DR. ARTHUR PORTO, escriptorio á rua JoãiAlfiedo n. 78, (Entrada pela alfaiataria). Telephone 262,

Para viagem.Cadeirai do lnna, tapeto o palhinha, «oij modoloj c

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LIÇÕESO professor Vilhena Alves propõe-

se a leccionar Portuguez e 1." anno deFrance/, ern casas particulares, ou nacasa de sua residência á travessa RuyBarbosa n.° 46; assim corno o cursoprimário, completo.

Vinhos genuínosA. J. HENRIQUES, o maior viticultor da

Beira Alia e Beira Baixa, (Portugal) já temá venda no seu armazém á rua 15 de No-vembro, n.° 81, onde foi M. M. Nogueira &C.*, vinhos das suas vasta3 propriedades emuito especialmente da sua Quinta d'Avil-leira, como sejam :

Vinho Collares Alimentar.Vinho Collares simples.O puro vinho Extra-fino.O puro vinho Reina Victoria, e muitas ou-

trás marcas, que se tornam recommendaveispela sua pureza, pelo que chama a attençãodos sra. consumidores.

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POPULAR ARMAZÉM DE FAZENDAS, MODAS, CHAPÉOSSO artigos de Hovâílatí©

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A quadra festiva que se vae inaugurar com o tradicional CYRIO, época em que onosso povo nao olha a despezas pata mantcl-a no mesmo pé que a tomou a mais impor-tante manifestação catholica de todo o Brasil, teia ainda este anno a FORMOSA PA-RAENSE como poderosa auxiliar, que abrira as suas poitas c ostentará ao publico a maislinda Exposição de objectos de luso, de fazendas riquíssimas, de artigos rarissirnos, especialmenteimportados para cs/a época.

O publico encontrará nas nossas prateleiras a ULTIMA PALAVRA DA MODA eos progressos indusliiaes do velho mundo. Faliam em nosso abono 32 anno;; em que aFORMOSA PARAENSE ha inabalavelmente firmado a sua reputaçüo de primeiro esta-belecimento de seu gênero ne;.ta capital.

Só vendo, poderio os nossos freguezes ter a idéa do gtandeíe variado sortimento quepomos

') sua disposição, por preços reduzidíssimas.Vender com pouco lucro, para vender muito—é a divisa da

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lie todas as congêneres, quer na capital quer no interior deste Ks-lado e do Amazonas, acaba de obler.um grande triumpho cm vir-tude ilas suas propriedades tonificantes e sabor agradábilissimo. Ajunta de Hygiene desde Estado verificou pela analyse a que sub-tnelteu a CERVEJA PREMIADA, que os seus componentes silode superior qualidade e attesta-o bem claramente a maneira comoa classificou a CERVE/A PREMIADA, ií uma iiiíiiida de su-PERIOR QUALIDADE.

Apresentamos em seguida a analyse quantitativa da inimita-~V&VCERVEfA~ PREMIADA;- em vista da qual os seus apreciado

res ficarão mais uma vez convencidos de que, a par de ser umabe-bida de agradável sabor, reúne tambem as propriedades de S'-?r umimportante reconstituinte das forças physicas, visto ter uma acçãoeminentemente tônica e confortante,

« O Direetor do Laboratório de Analyses certifica que a amos-tra de CERVEJA PREMIADA, apresentada pelos srs. AlfredoBarros & C.a, contem:DensidadeAl© oi cm volumeExt. 100 por litro. .Asmcar exp. om glucose. . . « « . .Gomma e dextrina .... « « . .Matetias albuminoides ... « « .Acidez total exp. em ácido sttlph « « 1.127Matérias mineiaes « « . 1900Relação do ext. ao álcool cm peso « « . 1.16Matéria corante natural

Pata, 6 de Junho • ¦» 189Ó.—O Director-interino, dr. /. Godinhoi>.

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ii^^ sanllomH eo unlco noíto Boncto mu! tem inorooldo sor ruloptndo iiqIm Bummraiules mwJICM, t-Jff*°í n'í. i-'imrsit «minctiiijiciito inofrmi.^-n como polaa cores maravilhosas que ronr pn.ciuzUlo. TOSS£í í'urú tiiiins 111

'irillàmniavriPH ou «irrimenroB por mal» anllROHOclo cpralquer çsnjcloi Wm- »J

•fe perlir a toilos os pr, parailo- Je wmdaln, Je eopaUIba ou Je i-ut.el.aa. porque « lufull vel . »o g*|^ !.n',.'.... m rhn nom a beiica e não exlco Jreta; K o nnieu remédio díleu* nns Blennor- gKB

rinteiiiH, GinuõrrbeiRBi Entrei tam cn tua ¦ CatnrvhoH «Ia bexigu, oto* oto*fMÉm»«^wwuai«jBag<nigata*£K^

BQEEtâ-ÇAS DÃS SEi^l^O^ASA I.nlicorrholn (lloresbraneiui).a.1Iolrlloehrorileii(lntlaminaçi\oJoutcro).a't nilnlt--,o Clltarrüo <ln bejlon.a Knlerlle (catarr).o Intestinal>. ou qualquer InJaminoçAo oucorriuientodaa mucoaoa, por mau antlgoa, curara«9ücom o uso mtetaoaa íiiiuntii»HENRIQUE E. N. SANTOS, PHARMACEUTICO, COIMBRA (PORTUGAL)

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3:000^000.—Animaes de qualquer paiz.OBSERVAÇÕES

Este pareô só se realizaiá inscrevendo-se,pelo menos, 4 animaes de proprietatios dif-ferentes. A inscripçao encerrar-se-á, na se-rce.tatia da sociedade, as 7 hoias da noitede 25 de outubro próximo, mediante o pa-gamento de 10 °|0 sobre o primeiro prêmio.

Belém, 21 de setembro de 1896.—M. Pi-nheiro, presidente.

Grande prêmio para animaes neophitos, a rea-lisar-se no dia i_ de Novembro

PROJ KCTO

Distancia: 1.070metros. Prêmio: 500S000.Aniinacs do Amazonas, Pará e Ceará.

Observações.—Este pareô só se realisaráinscrevendo-se pelo menos 5 animaes deproprietários differentes.

A inscripçao encerrar-se-á na secretariada sociedade, ás 7 lioras da noite de 25do corrente mez.

Única Fabrica de Refrigerantes(N'J3STB estado)

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Ferreira, Valente & C".(SUCCESSOKES)

RUA DE INDUSTRIA N.° 56Telephone r56—Endereço telegraphico—Refrigerantes

Fundada em iSço

REFRIGERANTES.—Foi com este tituloque registramos a nessas agtadaveis bebidas,do qual ninguém mais poderá usar, a naosermos nós, e será punido com as penasda lei qualquer individuo que d'este queirafazer uso.

Exigi sempre os Refrigerantes « pereiradias», que sao os únicos verdadeiros e ap-provados pela

Junta de Ifygieue do Pará, Laboratório chi-mio municipal de Paris, Laboratório chimicodo Porto, Laboratório chimico de l.isbôa, Ins-titulo industrial e commercial do Porto, e pre-miados na exposição do Lyceu BenjaminConstant. *

Quando vos quizerdes servir d'iima bebi-da agradável, hvgienica e econômica, tomaios magníficos Refrigerantes tPereira Dias», efugi sempre d'aquelles que vos apresentaremcom o titulo Refrigerantes e que nao, sao pornós fabricados, mas sim por uns falsificadoresque pretendem illudit-vos com uma bebidaque nao passa de uma droga e que vos pre-judica a saúde.

Refrigerantes únicos verdadeiros os da fa-brica « pereira dias ».

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Aos Refrigerantes «PEREIRA DIAS»!Guerra aos falsificadores !Abaixo as falsificações !Abaixo o abuso!

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ios de anjo, Resedá.DE AURÉLIO CALVACANTE E OUTROS :Pequetlita, Esplendida, Pingos d'agua, Sul-

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Lisboeta, Lagrimas sentidas, Amor que mala!Vivei para amar, Victoria, Madrigal, Consuelo,Muchacha, Madrilena, Ange d'amour, Long-charnps fleitri, Arnour etpririptemps, Blanchescolornbes, Circe, Myosotis, Bitter swet, Passonsau saio/t, Ispahãn, Bragança, Pagliacci, A dre-am of Venice, Narenta, Carita, Adelaide, Mabelle adoree, Coquette, Violeta, Mavournecn,Bohemienne, Brezilienne, La serenata, Thefai-ries, Nttee ifoisanx, Fes or no? She .ivantedsomething to play with, Immensidade, Porque teesquinas? Dêa, Augusta, Lilás, Burio de sr,Alcaide, Quero teu amor, Quanto doe uma des-tedida, Aurora, Trilby, Quarto doe urna des-pedida, etc, etc.

POLICAS DOS MELHORES AUCTORES :Fraternidade americana, Cubana, Baba de

moça, Mimosa, Nâo faça cócegas, Noiva, Dá-meum beijo, Não estou ern casa, Saudades de meucaboclo, Sem nome, Solar dos Barrigas, Mil chedes pantins, Bell, Gcntlcman /oe", etc, etc.

QUADRILHAS:Liizarria, Mirni Bilort/ra. Burro do Sr. Al-

caide, Solar dos Barrigas, Tim-tim, Pontos nosi i, Sal e pimenta, Fascinado»a, Feliz consórcio,Esquadra legai, Ninelta, Probekuss, Inverno em

flor, etc, etc.OPERASv. outras:Càvalleria Rusticana, L'amico Fritz, Pa-

gliacci, Inter rnezzo de Philemon e Ilaucis, Fali-taisie brillante sur le baron de Tzigarre, Rosed'ttalornne, Souvenir de Es pague —alia moiesca,Souvenir de Espagne—alia bolero, Souvenir deEspagne—aubade espagnole, Maichetuique, Pasde qttalre, Dó, re", mi, fd, Ilha da Trindade,etc, etc.

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Para nossa casaR. L. BITTENCOURT <8

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