• w - bnmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00076.pdfda qual pendia uma trança de fios...

4
I yifeíçs. && ^—<w •J5S-. REDACÇiO, IDMINISTRiÇlO E OFFICIMS 16—Praça da Independência—17 , LADO AVENIDA l6 DE NOVEMBRO, EM BELKM , TELEPHOM 433 ESTADO DO PARÁ —ESTADOS UNIDOS 00 BRASIL ISSIGNATURAS PARA A AMAZÔNIA Semestre 168000 Anno.......:............................... , 30S000 Pagamento, assim de assignaturas como de quaesquer publicações, adiantado. Absolutamente imparcial, a FOLHA DO NORTE recebe e publica todos e quaesquer artigos, noticias e informações, comtanto que lançados em termos convenientes. ASSIGNATURAS PARA FORA DA AMAZÔNIA Semestre 208000 Anno 388000 NUMERO AVULSO DO DIA NUMERO ATRASADO . . . 120 RS. 5O0 » SEGUNDA-FEIRA, 16 de Março de 1896 Entra na Bahia o exercito vencedor da Sabínada (1838) Anno ,Num. 76 Recebem-se publicações até ás 8 horas da noite. A Folha do Norte, que tem como redactor chefe o dr. Enéas Martins e conta com o valioso concurso da col- laboraçâío effectiva dos srs. drs. Al- I fredo Sousa,. Firmo Braga, Eladio P Lima e Heliodoro de Brito, proprie- '"'dade de uma sociedade anonyma e impressa, em officinas "pr^mias, ,em aperfeiçoado prelo «Marindni», será publicada todos os dias, excepto um durante o anno e do qual terão pre- vio conhecimento os srs. assignantes e leitores. Para bem servir aos fins a que se destina è aos reclamos do moderno jornalismo dispõe de todos os elemen- tos necessários, não poupando exf orços para s^isfazer em absoluto a expec- tativa publica. ... . ' # No intuito de melhor trazer infor- mado o publico dos suecessos do paiz e do extrangeiro,' tem conseguido abun- dante serviço de expedição de despa- chos telegraphicos. A Folhado Norte não insere em suas columnas inedictoriaes publica- ções incompatíveis com o decoro pu- blico e que não tenham exarada a res- ponsabihdade legal. A redacção acolhe de bom grado composições litterarias e scientificas e mais produetos de investigiição em qualquer campo da intellectiniliclacle humana. Reserva-se, todavia, o direito de exame. As publicações á pedido serão pa- gas previamente. Constituindo o movimento do cam- bio um assumpto de alto interesse para a praça, a'Folha do Norte ex- força-se por dar sobre esse mercado uma bem elaborada chronica. Além d'essa interessante parte, as edições diárias da Folha do Norte conterão desenvolvida noticia sobre o commercio de Belém, para o que tra- ta-se de organisar um largo e criterioso serviço de reportagem diária. Armada da melhor vontade, a Fo- lha do Norte, que se reserva, nas lu- tas políticas o partidárias, a mais com- pleta imparcialidade, não regateia cx-? for;ofl para bem corresponder á missão afahòsa do' moderno jornalismo. Sua redacção trabalha, até as 8 ho- ras da noite, podendo, até então, ser,- lhe enviados quaesquer informes, es- .criptos, anhuncios c mais publicações. A Sinyer Vibrante 6 a me- Uior machina de costura do unindo, por ser a mais simples o silenciosa.¦ <• TÓPICOS DO DIA Zangou-se o revd. conego Pinheiro com a altitude do sr. dr. Novaes, em face do pro- jecto que auxilia as obras da igreja da Trin- dade, ora em discussão no Senado. Ainda bem que s. revdm. veio á discussão. Digo ainda bem, porque sei quanto em ma- teria dogmática é intransigente o catholicis- mo. Essa intransigência pelos princípios assen- tes e tornados verdades indiscutíveis—é uma das causas mais poderosas da força do cá- tholicismo. A obediência cega aos cânones, ao Novo Testamento é determinada e até obrigatória na religião catholica. Ora nós ou- tros temos também a religião da Lei e a nos- sa Bíblia é a Constituição. Se nao ha penas para aquelles que a vio- Iam—isto quer dizer que somos um pouco mais tolerantes do que os apóstolos do bem chefiados por Ignacio de Loyola. A nossa Constituição nao admitte relação entre a Igreja e o Estado : logo o projecto que mau- da auxiliar as obras da Trindade é inconsti- tucional—nao deve ser aanccionndo, E note- se que nao temos parii-pris, simplesmente porque se trata de auxiliar as obras de um templo catholico, com o dinheiro do lhesou-- ro. Os impostos que o contribuinte paga sao para assegurar-lhe a tianquillidade e a paz em que vive. Seria caso para perguntar ao revd. conego Pinheiro o que faz-se das es- molas que o povo espontaneamente —do dinheiro que paga aos padres para ser ca- tholico, para conservar-se catholico na união conjugai e ainda para assegurar a vida sub- jectiva ou a bemayenturariça, pois que o catliolicismo faz-se pagar para baptisar.para matrimoniar e para encommendar os mortos. Se a Constituição fez bem em separar a Igreja do Estado—é questão que ha muito está discutida. Uma vez, porém, que o nos- so pacto fundamental nao admitte a tutella do Estado nas cousas da Igreja—é um acto attentatorio estar a votar verbas para con- certos de templos. Nao contestam, is que o povo paraense seja catholico; a questão, po- rein, e que elle elegeo livremente seus repre- seniantes e estes legítimos representantes'dò povo—deliberaram pela nossa Constituição que cio thesouro nao devia sahir um real para cultos, quaesquer que elles fossem. O revd. conego Pinheiro lia de permittir aos republicanos que estes sejam tão obe- clientes e .exemplares no cumprimento de suat l.eis, como s. revdm. que é um exemplo de virtudes c de fervor pela religião de que é sacerdote. S. revcltn. deve lamentar commigo que não tenhamos nas cousas profanas um segun- do concilio de Nicéa para condemnar certos Iconoclastas que querem abolir da Republi- ca o que ella tem de mais respeitável—a sua Lei Magna—a sua livre Constituição. CA li 11 AN. OSPADRESEO RGfôiAiaCE Um dos mais illustres cte.rgyiheil cie Boston, o reverendo Leigelon Parks, proferiu um discurso que fez grande sensação, Falando no Younge Men Christian Associatiou, elle aconselhou a gente moça a ler romances e boas poesias cíe preferencia á historia. O re- verendo Parks é de opinião de que se en- contraiu nos romances mais documentos da vida real do que nas obras propriamente his- toriças, \ UM AMANTE INFELIZ Em Lyon, uma mulher r]e nome Elisa Piot vivia com um amante na rua Tavernier. Mas ella concedia lambem os seus favores a um negociante de nome Estevão Badoit, N'um dos últimos dias, achava-se ella com o se- gundo quando o primeiro bateu á porta de casa. Muito atrapalhada, Elisa Piot fez entrar Badoit para dentro d'uma inala que ella fe- chou. Depois foi abrir a porta ao outro, que a convidou a sair, afim de jantarem fora e as- sistirein depois ao espcctaculo n'um theatro. Ella aecedeu. Regressaram os dous de ma- drugada, deilaram-se e no dia seguinte, quan- do o primeiro amante saiu, Elisa Piot foi, abrir a mala Badoit l'V.h.\ i.iorrfdo asfixiado ' JEmTocx férias 1 Eugênio vivia, no collegio, como um ana- choreta, sósinho, sem coinpanheiros. Dirigia-se á cerca, aborrecido, na ultima tarde d'agosto, quando, ao pular a sonora es- cadaria claustral, deu de cara com seu pae. Vinha radiante e prasenteiro, caso raro, senão único. O escolasta, estilando de expansiva alegria, lança-se-lhe nos braços, abraçando-o e beijando-o effusivamentc. Encontram um banco, em que se sentam e, nem dois meigos poinbinhos arruinando, ficam por largo tempo em familiar cavaco. Surprehende-os o badalar d'uma siueta, que bruscamente despede os visitantes. E, em- quanto se encaminham para a portaria, seu pae communica-lhe a visita ao director, a quem pedira autorisaçao para o estudante sair no dia seguinte a gosar as ferias de se- teinbro. Era mesmo imprescindível. Via-o definhar a olhos vistos. A mudança de ares c uns ba- nhos de mar deviam robttstece-lo. , Eugênio, depois de se despedir deseu pae, seguiu rumo cio seu quarto. Sentiu-se um pouco fatigado e encostou-se ao leito, n'uma prostração languida. Avisinhará-se a noite e nem uma palavra attendera do livro em que duas horas antes havia pegado. .Comtudo, nao sentia sequer um symptoma inquietante. De repente uma idéa percorre-lhe a ima- ginação e, sem conter-se, começa a planear, em voz alta, o que faria mos divertidos dias fnriiwli iu feriados. II Passados momentos dormia, ou antes, so- nhava. Sonhava que durante as ferias havia passado dias horríveis c tristíssimos. Via no seu passeio matutino, ao pisar a argentea areia, o ceo desfase.r-se em grossa ventania, machi- pando diluviaes tempestades, o mar embra- vecido bramir trefeyamcnte e a abobacla ce- leste, ensotnbráda 'de,'nuvens, abalar toda a praia. N'ellá, á beira-mar, um pobre pesca- dor e o scu.barquinho, que as impiedosas ondas despedaçavam a pouco c pouco, taboa por taboa. O indigente, triste como a tristesa oceânica do mar, via, .n'uma postura inipássi- vel, sumir-se o seu único amparo. Horrorisado de tão trágico espcctaculo, sonhando sempre, fugia para casa, calafetava- se.no seu quarto, estendia-se a custo na cama e, orando contrictamente, ouvia os chuveiros que chaplnhavam no telhado e o fásiam tre- uier de medo, eriçando-lhe os cabellos . . . Quando acordou, uma restea do soldou- rava a sua secretaria eo extasiante'cantod'um passarinho, nas suas màviosas melodias, cum- primentava-o gentilmente . . . III Eugênio era um moço de büço petulante, delgado, alto, cabellos ctelybica negrnra, cui- dadosamente repartidos. Um pouco invupii, usava luneta, que lhe imprimia uma feição atrahcntc. Contava 17 louças primaveras.— um cravo a desabrocharl Eis a sua figura, que uma dcsconjttnlada mala-posta transportou, n'uma fresca tarde de setembro, a uma pittoresca praia de banhos. Chegara moidissimo. A caminhodacasa deseus pães, onde não penetrava ha quatro annos, ia examinando tudo e relembrando-se das coisas tao bem, tão minuciosamente, que jamais julgara ter saido dosou recôndito tugurio,a nãoser para os inesquecidospasseios a u cia ir de Ia iuiic, nas tortuosas ruas, admirando a fulva praia, de finíssima areia, asestrugicloras vagas e algum barco vogando ao longe, muito ao longe .. . IV Durante os primeiros banhos era certo, na sua chegada á praia, encontrar, n'uns gran- des bancos de pau, palestrando e mirando dc soslaio os banhistas menus madrugado- res, que se divertiam dentro d'agua. Elle, en- tão, muito olhado, passeava só, irreprehensi- velmonte vestido, descerrando os lábios, de instante a instante, n'um juvenil sorriso. Assim andava, até entrar na barraca para vestir o seu fato asul, muito largo e bordado a nastro branco. Uma vez, ao sair do banho, reparou n'uma 'inda meniruujiervosa, caminhando custosa- mente, na aj^jÈ^yiio agarrada ao banhei- aBateaja ro, rompendo aos gritos, que repercutiam no opalino mar, mergulhar levemente a sua cabeça na corrente da onda espumante. Saiu d'agua, trançando com elegância e salero a toalha sobre as torneadas espaduas. Pouco depois,sorridente, olhar doce, pe- netrante, capaz de perfurar a insensibilida- de de um decrépito, aparecia á porta, a procurar uma cadeira'. Ü estudante, d'essa vêz, postou com pose o atrevido fiince-iiez e offereccu-lhe o seu recosto. Um « obriga- do a v. ex." » entreabriu os seus anacarados lábios. O acadêmico reconhecera-a. Alice, aquella loira creança, traquina, es- tava uma senhora, de linhas esculpturaes, seios altos, arfantes, cabecinha bem talhada, da qual pendia uma trança de fios asevi- chados . . . V Eugênio tornara-se pensativo, desfigu- rara-se. Uma manhã, acabando de desenhar na areia arabescos iucomprehensiveis com a ponteira da bengala, ergueu a fronte e viu Alice fita-lo significativamente, pathetica- mente. Desnessario é diser que aquelle olhar, es- perado com anciedade, o alvoroçou. Tornou-o amoroso, de aspecto folião, amável, chistoso, delicado a ponto de tocar os extremos. E, nas manhas correntes, fasia-se admirar pela espirituosa conversação aneedotica. Alice lhe apertava a sua aristocrática mao, emquanto elle, n'uma idolatria cons- tante, escutava a sua melodiosa voz e bebia o (luxo da sua respiração. A's veses demorava-se; as senhoras deses- peravam; mas, leigo que o sou insinuante vulto assomava, ao longe, levantavam-se alegremente, n'um borborinho mulheril, cor- rendo ao seu encontro. Alice, cabisbãixa, quiçá emulada, seguia triste. VI Crepusculava o derradeiro dia das férias. Abriram-se, em trinta de setembro, para fes- tejar o annivcrsario de Alice, as salas do ve- tusto e nobre solar dos seus ascendentes. Os banhistas assistiram a essa esplendo- rosa festa, a mais rara e luxuosa de que ha recordação n'aquellas dez léguas de redon- desa. Nos intcrvallos tuna orchestra esmera- va-se no seu bem timbrado repertório. Ao entrar Eugênio ecoavam as ultimas notas d'uma pollca. A sua prese'uça fez estre- mecer a alma glacial dum idoso esculapio, dc veneraveis suiças, que disia na sua esga- niçada voz cie vegete : —Vá ! toque-se uma valsa ! Nisto ouve-se o piano e elle é arrastado para perto de Alice, a quem cinge a transpa- rente cintura. Minutos depois passava-se á sala de jan- lar, onde se servia o chá. E os dois, termi- nancló o rodopio da valsa, ao som das ulti- mas notas do piano, retomavam os seus lo- gares. Decorrido o primeiro momento de receio, pois viram-se a sós, fitaram-se como que aguardando que um d'ellcs quebrasse o st leucio. Eugênio, impellido por uma inexph- cavei em.ição, beija-a embaraçada e doida- mente. Qii indo os foram chamar, Alice des- nlaiava nos frágeis braços do affectuoso noivo . . . A. PINTO MOITA. Uma associação extravagante havia a Liga contra o beijo, contra o aperto de mão,que espiritos meticulosos con- sideram de grande perigo para a saúde. Agora os allemães acharam melhor fundar uma Liga contra o uso de metter as mãos nos bolsos. Essa associação tem segundo diz o «Figaro» o nome extravagante de «Antihan- dindenhosentaschenholtenvereim. Os sócios da Liga que se deixem surpre- hender de mãos nos bolsos pagarão uma for- te multa. Nao se sabe se a mesma mulla lhes será applicavcl quando se deixem surprehen- der pela policia mette.ndo a m3o no bolso primeiro.^ A FJew-Home &> china conhecida para cosfa - - - jraa PELO EXTRANGEIRO HESPANHA : , Ha onze annos que a rainha regente da Hespanha, Maria Cristina, governa em no- me de seu filho Áiíbnsò XIII, e raias vezes se terá visto em situação que ponha tanto cm prova o seu tacto e a sua previsão poli tica. A alternativa é das mais graves : ou continuar os testemunhos da sua confiança ao partido que está no poder, e isto depois d'um revés estrondoso, ou mudar de pessoal e de sistema, sem ter a certeza de que tal mudança reponha no melhor caminho os negócios internos e coloniaes. Obteve o sr. Canovas dei Castillo o de- creto de dissolução, porque espera decerto, que as novas cortes lhe darão maioria con- servadora de larga base, assim na câmara como no senado. D'esta maioria incontesta- da nas duas câmaras abiir-lhc-á—paia elle —um elleito moral decisivo para apoiar a política essencialmente conservadora que se inaugurou na questão de Cuba com a no- meação do general Wáyler. A acção do ge- neral e do governo seta mais vigorosa, e os separatistas saberão que tem a optar entre a submissão ou uma repressão inexorável. Os negócios interiores da Hespanha, os me- lindres da sua situação cconomico-financei- ra, precisam egualmentc d'um governo forte. Não duvida o sr. Cánovas da sua energia, mas parece-lho que, para o êxito dos seus projectos, deve a confiança da nação colla- borar em justa medida. N'uma ordem de idéias meio políticas... meio financeiras, o governo terá de pedir, ou ao imposto ou a outros meios, . recursos extraordinários para a guerra de Cuba que promette ser de longa duração (a ultima du- rou mais de sete annos). Os sacrifícios ne- cessados podem ser votados, sem mes- quinharia, por câmaras que estejam em pie- na communhão de idéias com este governo. Taes são as considerações que o sr. Cá- novas julgou dever apresentar á rainha re- g^ente, não sem evocar convictamente os es- pectros que .0 obsidiam, o carlismo e a re- publica, a que as complicações de Cuba dão perigoso alimento. Entende elle que os con- servadores nao podem continuar a governar dignamente sem um testimunho publico de confiança. E, quando esse testimunho nao venha, estão dispostos a abandonar o poder aos seus adversários. O sr. Sagasta, do seu lado, não teve ne- cessidade de fazer constar á rainha regente as suas idéias. Pronunciou se abertamente, e com elle toda a imprensa liberal e demo- cratica, contra a dissolução das cortes. Pare- ce-lhe impolitico e incorrecto levantar nova agitação n'um paiz tao profundamente, abalado por efícito da guerra civil. As elei- ções legislativas, n'este momemento não se- riam mais que uma machina de guerra e de- terminariam fatalmente uma pressão gover- namental que lhes viciaria o resultado. Da- riam cortes fracas, sem auetoridade moral, filhas espúrias d'um golpe de política. E, de- mais, acaso nao apoiariam os liberaes o sr. Cánovas com os seus votos patrióticos nos assumptos de Cuba ? Regatearam-lhe os sa- orifícios necessários ? Não estão elles sem- pre dispostos a conceder tudo o que., seja preciso para terminar com honra a guerra de Cuba?»...iiíicf;í_ Assim está posto o dilema, e urge iqúe a't rainha Maria Cristina o resolva. sem'.'< «detona gas.¦''%( allemanha: ¦&.-.-. ^B Eni summa, é o rompimento formal entre o partido agrário e o poder, e é também o rompimento entre os agrários e as suas tra- dições conservadoras. A Prússia e a Alie- manha contam desde agora mais um grupo subversivo. inoi.atkkua: Abriu-se a segunda sessão do parlamento inglez, e, d'esta feita, em circumslancias bem criticas. E não é que a opposição possa in- quietar o ministério conservador. Ella é mui- lo débil, desprovida de meios de acção e nao tem á sua frente um homem d'umn eloqüência e d'uma audácia quasi radicaes, como foi o sr. Gladstone. O caso é oulro, e nao menos grave. Está ameaçada a prepon- derancia britânica, a prosperidade política e econômica da nação ingleza, e importa le- vnntar o seu prestigio e detcrmini r a nova direcção a dar aos negócios. Ora isto não á fácil. Por toda a parte dif- ficuldades, senão desabes: cm Venezuela, em Washington, no Transwaal, em Constan- tinopla, na Armênia, em Siam, onde está em- penhada a honra da diplomacia franceza, do mesmo modo que no Egypto. Isto sem falar da Bulgária onde a derrota política da Ans-. tria não deixa de affectar penosamente a Inglaterra. No interior, nenhuma das grandes refer- mas esperadas se tealisou ainda. A Irlanda continua a esperar e a reclamar as suas leis de pacificação; o desligamento das egrejas d'estado nao deu um passo; o regulamento promettido das questões concernentes á eco- nomia agraria e industrial não foi sequer ela- borado. A única modificação do estado de coisas preexistente é o augmento anormal da marinha de guerra, o que trará como eonsc- qüenciá um aggravamento considerável dos encargos públicos. E' útil fazer observar— escrevo uma folha franceza—que a substi- tuiçao de um ministério tory por um minis- lerip wigh nao poderia alterar a situação: é a própria essência da política ingleza, assim no interior como no exterior, que está em litígio, é o sistema que se acha, senão con- demnadò, ao menos contrariado pelos factos. Não é provável—acerescenta a folha su- pradita—que o palriciado inglez, verdadeira força dirigente da nação, se consagre a bus- car ai causas do mal e o remédio. Essa ta- refa incumbe aos espíritos independente, aos observadores desinteressados, e, por certo, nao deixarão de cumpril-a. GRANDE iwosito nu livros km branco, i>.\- 1'F.IS, SODRIiSCRIlTOS, TINTIÍ1ROS li TKAHAI.HOS IJK ¦t'ri>OORAl'HIA li KNCADKRNAÇÃO NA LIVRARIA COMMERCIAL. CggíI Rhodes e a South África O partido a^rarj.Q.a^^aiao^acabífSícclefef Íwr. a suaoawsaõ animal em Berli. Raras- e»»'. sfci íèhiiieúnidqj;8ob jseórevfe^iotoíí' f RègeitojírJrKííi jt> reiehstag às svíauis^postas, * e o governo jnostrou-se-lhe malfetratavel ainda"dô que o tinha sido, n04{gfijji rtüpe- ciai, o conde de GáprijajjB No entanto, r 'ti s irnl|Érrjt |'in entre, garam-se com Jwdfi^ylStffaléiÇOes mais N'uma correspondência do 7'imes sobre Cecil Rhodes Iè-se o seguinte, quanto aos projectos que este tem a respeito da África Austral: «Descobrir minas dc ouro que lhe permil- tam fundar na Rhodezia uma outra Johan- nesburg; arrotear os terrenos que mais pro- prios se offereçam á cultura, e crear ali, nos altos planaltos salubres, uma nova Austrália, onde sc acclimarão bons operários e bons agricultores». Por sua parte a South África faz publicar o seguinte: «O conselho de administração da Charte- . „...red Company da South África tem a honra»,, ! <| ílcinformar os accionistas deque.julgaínòp*- fortuna a .iwu.iftp9dd4ssartW^^«*;çJv3»jpq ' T^^^twdo^íicttááu^pâra antes Ide iúlia significativas ex-chancelj' clamar,;"*í''! cie; tómarta rJrocesjodx> dr. Jameson e do«se\is '{'!^,ÍMrfelRdiCon(ui em que, adoptando es- ta Íirihfi.'d&'CtinlEl.ucta, os accionistas o secun- darao,%iâai.8è';fdl!endü quo seja de natureza a prejudioWÍ.Wrh^dr. Jameson nem os seus olficiaes. ' s«ni"cT;--;',' O conselhò'p'elos.:ÍBéSuios motivos se abs- ijtem de qualqu'cr;ab8eryi£f,&o sobre os Teceu- Ò nome do fies aconlecimentò»-Tia;AfHca. kk*?'.!Ü&; ovocou uma ex- o", usada em boa so- o sr. de Diest que em cria em alto logar que, se a s^ir sem o governo, o governo passar sem a liga. O sr. de Ham- fT-Lostei, ministro da agricultura, foi ü-rmimungailo em regra. Quando veremos —disse um dos oradores—acabar esta era miserável err. que Bismarck não dieta a lei ? Segue o relatório áccsntnárjido logo abaixo os créditos extraordinários tjàe.yão ser da- dos ao sr. Cecil Rhodes. Pelti'tjue, e é um jornal inglez quo o d[7.,u& Daily> Cronicle, commentando estas deolaraçoes^cfgoverno inglez e a Chartered Compatíy.èst&tji-se-en- volvendo perigosamente n'um.-i rtilk-àv.éfítUra da Soulh AJrica tomando responsabilidades, dos ados de Cecil Rhodes, do ur:-járaèsi)ttji e dos cúmplices d'estes. Folhetim da Folhado Norte—"1B-3-96 (53 HECTORMALOT C2 -#!>, ~3E\, J&l. TERCEIRA PARTE ¦m VIII ¦ (Conclusão) Leão ama sua prima c bem sabe que o melhor remédio para curar um amor é outro amor. Entretanto, como a senhora pôde ter a phantasia, o capricho, de luetar e como essa lucta.apezar de pouco perigosa para nós.póde aborrecer-nos bastante, offerecemos-lhe tre- zentos rpi} francos, que lhe serão entregues no dia do casamento, se d'aqui até nao se lembrar de fazer tolices. —E quanto me offerecem para que eu abandone os meus direitos ao primeiro casa- mento? •—Nada; temos a certeza de obter a an- nulação; logo não lhe podemos pagar. De- mais esta sornma de trezentos mil francos é como uma indemnisação pelos sacrifícios que fez para poder realizar o seu casamento com o meu joveri amigo. Cara mordeti os lábios, mas dominou-se e disse a sorrir: Desejou .poder . estrangular-me comp um animal perjgqsb, senhor Byasson; deve estar satisfeito por ver o seu desejo reali- sado, . —Ao menos concorde quo os papelinhos que envolvem os meus dedos disfarçam a viol anciã do acto. Bysson tinha razão cm dizer que um amor pôde curar outro amor, e'C.ira quiz ver se conseguia reconquistar Leão perden- do Magdalena, mas Sciazzigo não se prestou ás suas combinações,apezar do despeito que tinha por ver «uma tao grande artista acabai miseravelmente a sua brilhante carreira por um casamento burguez!» Então todas as esperanças de Cara se rc- sumiram na decisão da corte de Roma, e pensou logo em pedir muito dinheiro pelo seu consentimento á annulaçao do acto; in- felizmente para ella também essa esperança se desfez. Apezar da confiança com que Byasson fa- unadecisão-f^^r|^ê;:|^ via que confirmasse aS-Sr Os Haupois—DaguillonTn* personagem, que se dizia influenT conseguira a anmilação do casamont uma franceza com um banqueiro alie mas o tal personagem pedio dinheiro em dinheiro o respondia quo o.caso era gtí&Se que havia de demorar, etc, ele.iqrj-;l.- Impaciente com estas demoras Mm. ftaÔ»'., pois icsolveu ir a Ruma. Consegui.) inn^âo**' dicncla o, ajoelhada aos pés do papa, áJ^Sfí1,' Pjílçajef cou-lhc o casamento de seu filho. OBreW!. que se abrissem inqueri de Paris, conforme a bülli. _ . . Dei miseratione o que o -, esiiltadoíftísíeí\ transmitiu., á sagrada congregação d.f<38fiffL. cilio.ciue então examinaria a validade ãS,&&W',. samento.¦' ¦"¦" •'/ Foi diante do tribunal da ofücialidade qic!^' cesana que compareceram Leão e Caáp' Haupois e sua mulher, Byasson e t'$p££! que sabiam dos factos que se ligavain.aftCi samento; apesar da'habilidade com çjue s'T- defendeu, ficou provado que Cara barjílf' para a America com o fim de iliudir ;ile^ç-a nonica. E como era preciso innocent bade O' Connor pela leviandade em dára celebrando o casamento com tafi i'ra-'' *fê foi attribuida fSIaradp nullo. ções lcgies feitas cm "s, commc-çaiam os prepa- iamentq de Leão c Magtla SCara parícítFresignada a teceitar as con- ações impostas por Byasson; mas elle re- Hava sempre que ella se lembrasse fazer Kéna melodramática na otcasjâq do casa- Bento. Quem podia impeiÜ4r-tVrs1Tatirar K)s pés de Magdalena no momento cm quo sse respondei- ás perguntas sacramentaes? capaz per- jnte o tribunal por ooçasiao do processo Ca- uni provava que cila á- vezes preferia a vin- anca ao interesse. O medo do escândalo determinou Byas- lon a recorrer ao seu frriigo da prefeitura de fcrilicia, e no dia do Casamento nolavain-se. 81a egreja, alguns co,,vi<lados bem.pouco á ^vontade nas suas cÇsaca? e luvas brancas e que eram complètajnente desconhecidos a toda a gente. . Tudo correu perfeitamente, céremonia, jantar o o baile qtu teve logar no caslello de tos no arcel,ii«tó^| nviiss(lll Silbiil dc qua|,t„ Cara era c 1 'le Lc,!l";N^Bilfr»» momento de raiva: , SPU ,|b,llrsi) chegou as ¦aiteira os Noiseau. O único que n&o assistio ao baile foi Byaa- son; retirou-se depois de jantar e ¦ 10 horas á 111a Auber, levando na 1 Éresentos mil francos. Cara recebeu-o bem, e contou o dinheiro com todo o sangue frio. ²Agora, disse ella, temos outro negocio a tratar: por quanto me compra estas trinta e três cartas ? São de Leão, tunas ternas ou- trás apaixonadas; creio que se eu mandar todos os dias uma d'ellas á ji .ven Miri ° Hau- pois, a lua do mel não será das mais agra- daveis. Byasson meditou uns instantes, depois es- tendeu a mão, dizendo: ²licença? —Se qticr leio-lhe duas ou três. —Não, obrigado", quero ver. Folheou as cartas que estavam abertas umas sobre as outras; depois dc examinar disse: —Não teem enveloppe nem direcção o que lhes tira o valor que teriam se tivessem o seu nome e o carimbo do correio, mas as- sim como estão bem que não teem signi- Reação porque a joven mrao ' Haupois devo conhecer a sua fama c julgará que sao car- tas arranjadas por si imitando-lhe a letra do marido. Sinto nio poder fazer negocio : mas estou convencido de que trezentos mil francos lhff bastam para viver dignamente como viuva de Leão, creio que eram essas as suas ten- ções. Parece que os trezentos mil francos não deram para tanto porque dois annos depois no dia do baptisado do seu segun Io neto Haupois-Daguiílon recebeu a seguinte carta que lhe mostrou claramente os apuros que se via Carai . «Sen Incluso cnccgúratáj três cartas quejjj' _ me n\-ia dYlli'!''RçmãHMpK^X!fqvic qii'-r.> ;.rilir a sCU.lrlho iftttirne soecorra na posição desesperafiaiMU qüe me encontro : vou ser expulsa de minha casa, a minha mo- bilia vae ser vendida sc não pago ou sc aí- guem nã» paga por mim a quantia de qua- renta mil francos, o ofiicial dc justiça que me persegue; chama-se Bonriot e mora na rua Uiouol.u. I. Receba os sentimentos de profundo res- peito de uma mulher que leve a henrade usar o seu nome c so ó e será pára todos, " •% em, .iiix. FIM CARA;)

Upload: others

Post on 23-May-2021

7 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: • w - BNmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00076.pdfda qual pendia uma trança de fios asevi-chados . . . V Eugênio tornara-se pensativo, desfigu-rara-se. Uma manhã, acabando

Iyifeíçs. &&

^—< • w

•J5S-.

REDACÇiO, IDMINISTRiÇlO E OFFICIMS16—Praça da Independência—17 ,

LADO DÁ AVENIDA l6 DE NOVEMBRO, EM BELKM, TELEPHOM 433

ESTADO DO PARÁ —ESTADOS UNIDOS 00 BRASIL

ISSIGNATURASPARA A AMAZÔNIA

Semestre 168000Anno.......:............................... , 30S000

Pagamento, assim de assignaturas comode quaesquer publicações, adiantado.

Absolutamente imparcial, a FOLHA DONORTE recebe e publica todos e quaesquerartigos, noticias e informações, comtanto

que lançados em termos convenientes.

ASSIGNATURASPARA FORA DA AMAZÔNIA

Semestre 208000Anno 388000

NUMERO AVULSO DO DIANUMERO ATRASADO . . .

120 RS.

5O0 »

SEGUNDA-FEIRA, 16 de Março de 1896Entra na Bahia o exercito vencedor da Sabínada (1838)

Anno Num. 76Recebem-se publicações até ás 8 horas da noite.

A Folha do Norte, que tem comoredactor chefe o dr. Enéas Martins econta com o valioso concurso da col-laboraçâío effectiva dos srs. drs. Al-

I fredo Sousa,. Firmo Braga, EladioP Lima e Heliodoro de Brito, proprie-'"'dade de uma sociedade anonyma e

impressa, em officinas "pr^mias, ,emaperfeiçoado prelo «Marindni», serápublicada todos os dias, excepto umdurante o anno e do qual terão pre-vio conhecimento os srs. assignantese leitores.

Para bem servir aos fins a que sedestina è aos reclamos do modernojornalismo dispõe de todos os elemen-tos necessários, não poupando exf orçospara s^isfazer em absoluto a expec-tativa publica. ... .' #

No intuito de melhor trazer infor-mado o publico dos suecessos do paize do extrangeiro,' tem conseguido abun-dante serviço de expedição de despa-chos telegraphicos.

A Folhado Norte não insere emsuas columnas inedictoriaes publica-ções incompatíveis com o decoro pu-blico e que não tenham exarada a res-ponsabihdade legal.

A redacção acolhe de bom gradocomposições litterarias e scientificas emais produetos de investigiição emqualquer campo da intellectiniliclaclehumana.

Reserva-se, todavia, o direito deexame.

As publicações á pedido serão pa-gas previamente.

Constituindo o movimento do cam-bio um assumpto de alto interessepara a praça, a'Folha do Norte ex-força-se por dar sobre esse mercadouma bem elaborada chronica.

Além d'essa interessante parte, asedições diárias da Folha do Norteconterão desenvolvida noticia sobre ocommercio de Belém, para o que tra-ta-se de organisar um largo e criteriososerviço de reportagem diária.

Armada da melhor vontade, a Fo-lha do Norte, que se reserva, nas lu-tas políticas o partidárias, a mais com-pleta imparcialidade, não regateia cx-?for;ofl para bem corresponder á missãoafahòsa do' moderno jornalismo.

Sua redacção trabalha, até as 8 ho-ras da noite, podendo, até então, ser,-lhe enviados quaesquer informes, es-.criptos, anhuncios c mais publicações.

A Sinyer Vibrante 6 a me-Uior machina de costura do unindo, por ser amais simples o silenciosa. ¦ <•

TÓPICOS DO DIA

Zangou-se o revd. conego Pinheiro com aaltitude do sr. dr. Novaes, em face do pro-jecto que auxilia as obras da igreja da Trin-dade, ora em discussão no Senado.

Ainda bem que s. revdm. veio á discussão.Digo ainda bem, porque sei quanto em ma-teria dogmática é intransigente o catholicis-mo. Essa intransigência pelos princípios assen-tes e tornados verdades indiscutíveis—é umadas causas mais poderosas da força do cá-tholicismo. A obediência cega aos cânones,ao Novo Testamento é determinada e atéobrigatória na religião catholica. Ora nós ou-tros temos também a religião da Lei e a nos-sa Bíblia é a Constituição.

Se nao ha penas para aquelles que a vio-Iam—isto quer dizer que somos um poucomais tolerantes do que os apóstolos do bemchefiados por Ignacio de Loyola. A nossaConstituição nao admitte relação entre aIgreja e o Estado : logo o projecto que mau-da auxiliar as obras da Trindade é inconsti-tucional—nao deve ser aanccionndo, E note-se que nao temos parii-pris, simplesmenteporque se trata de auxiliar as obras de umtemplo catholico, com o dinheiro do lhesou--ro. Os impostos que o contribuinte paga saopara assegurar-lhe a tianquillidade e a pazem que vive. Seria caso para perguntar aorevd. conego Pinheiro o que faz-se das es-molas que o povo dá espontaneamente —dodinheiro que paga aos padres para ser ca-tholico, para conservar-se catholico na uniãoconjugai e ainda para assegurar a vida sub-jectiva ou a bemayenturariça, pois que ocatliolicismo faz-se pagar para baptisar.paramatrimoniar e para encommendar os mortos.

Se a Constituição fez bem em separar aIgreja do Estado—é questão que ha muitoestá discutida. Uma vez, porém, que o nos-so pacto fundamental nao admitte a tutellado Estado nas cousas da Igreja—é um actoattentatorio estar a votar verbas para con-certos de templos. Nao contestam, is que opovo paraense seja catholico; a questão, po-rein, e que elle elegeo livremente seus repre-seniantes e estes legítimos representantes'dòpovo—deliberaram pela nossa Constituiçãoque cio thesouro nao devia sahir um realpara cultos, quaesquer que elles fossem.

O revd. conego Pinheiro lia de permittiraos republicanos que estes sejam tão obe-clientes e .exemplares no cumprimento desuat l.eis, como s. revdm. que é um exemplode virtudes c de fervor pela religião de queé sacerdote.

S. revcltn. deve lamentar commigo que nãotenhamos cá nas cousas profanas um segun-do concilio de Nicéa para condemnar certosIconoclastas que querem abolir da Republi-ca o que ella tem de mais respeitável—a suaLei Magna—a sua livre Constituição.

CA li 11 AN.

OSPADRESEO RGfôiAiaCE

Um dos mais illustres cte.rgyiheil cie Boston,o reverendo Leigelon Parks, proferiu umdiscurso que fez grande sensação, Falandono Younge Men Christian Associatiou, elleaconselhou a gente moça a ler romances eboas poesias cíe preferencia á historia. O re-verendo Parks é de opinião de que se en-contraiu nos romances mais documentos davida real do que nas obras propriamente his-toriças,

\UM AMANTE INFELIZ

Em Lyon, uma mulher r]e nome Elisa Piotvivia com um amante na rua Tavernier. Masella concedia lambem os seus favores a umnegociante de nome Estevão Badoit, N'umdos últimos dias, achava-se ella com o se-gundo quando o primeiro bateu á porta decasa. Muito atrapalhada, Elisa Piot fez entrarBadoit para dentro d'uma inala que ella fe-chou.

Depois foi abrir a porta ao outro, que aconvidou a sair, afim de jantarem fora e as-sistirein depois ao espcctaculo n'um theatro.Ella aecedeu. Regressaram os dous de ma-drugada, deilaram-se e no dia seguinte, quan-do o primeiro amante saiu, Elisa Piot foi,abrir a mala Badoit l'V.h.\ i.iorrfdo asfixiado '

JEmTocx férias

1

Eugênio vivia, no collegio, como um ana-choreta, sósinho, sem coinpanheiros.

Dirigia-se á cerca, aborrecido, na ultimatarde d'agosto, quando, ao pular a sonora es-cadaria claustral, deu de cara com seu pae.Vinha radiante e prasenteiro, caso raro, senãoúnico. O escolasta, estilando de expansivaalegria, lança-se-lhe nos braços, abraçando-oe beijando-o effusivamentc.

Encontram um banco, em que se sentame, nem dois meigos poinbinhos arruinando,ficam por largo tempo em familiar cavaco.Surprehende-os o badalar d'uma siueta, quebruscamente despede os visitantes. E, em-quanto se encaminham para a portaria, seupae communica-lhe a visita ao director, aquem pedira autorisaçao para o estudantesair no dia seguinte a gosar as ferias de se-teinbro.

Era mesmo imprescindível. Via-o definhara olhos vistos. A mudança de ares c uns ba-nhos de mar deviam robttstece-lo. ,

Eugênio, depois de se despedir deseu pae,seguiu rumo cio seu quarto. Sentiu-se umpouco fatigado e encostou-se ao leito, n'umaprostração languida. Avisinhará-se a noite enem uma palavra attendera do livro em queduas horas antes havia pegado. .Comtudo, naosentia sequer um symptoma inquietante.

De repente uma idéa percorre-lhe a ima-ginação e, sem conter-se, começa a planear,em voz alta, o que faria mos divertidos diasfnriiwli iuferiados.

II

Passados momentos dormia, ou antes, so-nhava. Sonhava que durante as ferias haviapassado dias horríveis c tristíssimos. Via noseu passeio matutino, ao pisar a argentea areia,o ceo desfase.r-se em grossa ventania, machi-pando diluviaes tempestades, o mar embra-vecido bramir trefeyamcnte e a abobacla ce-leste, ensotnbráda

'de,'nuvens, abalar toda a

praia. N'ellá, á beira-mar, um pobre pesca-dor e o scu.barquinho, que as impiedosasondas despedaçavam a pouco c pouco, taboapor taboa. O indigente, triste como a tristesaoceânica do mar, via, .n'uma postura inipássi-vel, sumir-se o seu único amparo.

Horrorisado de tão trágico espcctaculo,sonhando sempre, fugia para casa, calafetava-se.no seu quarto, estendia-se a custo na camae, orando contrictamente, ouvia os chuveirosque chaplnhavam no telhado e o fásiam tre-uier de medo, eriçando-lhe os cabellos . . .

Quando acordou, uma restea do soldou-rava a sua secretaria eo extasiante'cantod'umpassarinho, nas suas màviosas melodias, cum-primentava-o gentilmente . . .

III

Eugênio era um moço de büço petulante,delgado, alto, cabellos ctelybica negrnra, cui-dadosamente repartidos. Um pouco invupii,usava luneta, que lhe imprimia uma feiçãoatrahcntc. Contava 17 louças primaveras.—um cravo a desabrocharl

Eis a sua figura, que uma dcsconjttnladamala-posta transportou, n'uma fresca tarde desetembro, a uma pittoresca praia de banhos.Chegara moidissimo.

A caminhodacasa deseus pães, onde nãopenetrava ha quatro annos, ia examinandotudo e relembrando-se das coisas tao bem,tão minuciosamente, que jamais julgara tersaido dosou recôndito tugurio,a nãoser paraos inesquecidospasseios a u cia ir de Ia iuiic, nastortuosas ruas, admirando a fulva praia, definíssima areia, asestrugicloras vagas e algumbarco vogando ao longe, muito ao longe .. .

IV

Durante os primeiros banhos era certo, nasua chegada á praia, encontrar, n'uns gran-des bancos de pau, palestrando e mirandodc soslaio os banhistas menus madrugado-res, que se divertiam dentro d'agua. Elle, en-tão, muito olhado, passeava só, irreprehensi-velmonte vestido, descerrando os lábios, deinstante a instante, n'um juvenil sorriso.

Assim andava, até entrar na barraca paravestir o seu fato asul, muito largo e bordadoa nastro branco.

Uma vez, ao sair do banho, reparou n'uma'inda meniruujiervosa, caminhando custosa-mente, na aj^jÈ^yiio agarrada ao banhei-

aBateaja

ro, rompendo aos gritos, que repercutiam noopalino mar, té mergulhar levemente a suacabeça na corrente da onda espumante. Saiud'agua, trançando com elegância e salero atoalha sobre as torneadas espaduas.

Pouco depois,sorridente, olhar doce, pe-netrante, capaz de perfurar a insensibilida-de de um decrépito, aparecia á porta, aprocurar uma cadeira'. Ü estudante, d'essavêz, postou com pose o atrevido fiince-iieze offereccu-lhe o seu recosto. Um « obriga-do a v. ex." » entreabriu os seus anacaradoslábios.

O acadêmico reconhecera-a.Alice, aquella loira creança, traquina, es-

tava uma senhora, de linhas esculpturaes,seios altos, arfantes, cabecinha bem talhada,da qual pendia uma trança de fios asevi-chados . . .

V

Eugênio tornara-se pensativo, desfigu-rara-se. Uma manhã, acabando de desenharna areia arabescos iucomprehensiveis com aponteira da bengala, ergueu a fronte e viuAlice fita-lo significativamente, pathetica-mente.

Desnessario é diser que aquelle olhar, es-perado com anciedade, o alvoroçou. Tornou-oamoroso, de aspecto folião, amável, chistoso,delicado a ponto de tocar os extremos. E,nas manhas correntes, fasia-se admirar pelaespirituosa conversação aneedotica.

Alice já lhe apertava a sua aristocráticamao, emquanto elle, n'uma idolatria cons-tante, escutava a sua melodiosa voz e bebiao (luxo da sua respiração.

A's veses demorava-se; as senhoras deses-peravam; mas, leigo que o sou insinuantevulto assomava, lá ao longe, levantavam-sealegremente, n'um borborinho mulheril, cor-rendo ao seu encontro. Só Alice, cabisbãixa,quiçá emulada, seguia triste.

VI

Crepusculava o derradeiro dia das férias.Abriram-se, em trinta de setembro, para fes-tejar o annivcrsario de Alice, as salas do ve-tusto e nobre solar dos seus ascendentes.

Os banhistas assistiram a essa esplendo-rosa festa, a mais rara e luxuosa de que harecordação n'aquellas dez léguas de redon-desa. Nos intcrvallos tuna orchestra esmera-va-se no seu bem timbrado repertório.

Ao entrar Eugênio ecoavam as ultimasnotas d'uma pollca. A sua prese'uça fez estre-mecer a alma glacial dum idoso esculapio,dc veneraveis suiças, que disia na sua esga-niçada voz cie vegete :

—Vá ! toque-se uma valsa !Nisto ouve-se o piano e elle é arrastado

para perto de Alice, a quem cinge a transpa-rente cintura.

Minutos depois passava-se á sala de jan-lar, onde se servia o chá. E os dois, termi-nancló o rodopio da valsa, ao som das ulti-mas notas do piano, retomavam os seus lo-gares.

Decorrido o primeiro momento de receio,pois viram-se a sós, fitaram-se como queaguardando que um d'ellcs quebrasse o stleucio. Eugênio, impellido por uma inexph-cavei em.ição, beija-a embaraçada e doida-mente. Qii indo os foram chamar, Alice des-nlaiava nos frágeis braços do affectuosonoivo . . .

A. PINTO MOITA.

Uma associação extravagante

Já havia a Liga contra o beijo, contra oaperto de mão,que espiritos meticulosos con-sideram de grande perigo para a saúde. Agoraos allemães acharam melhor fundar umaLiga contra o uso de metter as mãos nosbolsos. Essa associação tem segundo diz o«Figaro» o nome extravagante de «Antihan-dindenhosentaschenholtenvereim.

Os sócios da Liga que se deixem surpre-hender de mãos nos bolsos pagarão uma for-te multa. Nao se sabe se a mesma mulla lhesserá applicavcl quando se deixem surprehen-der pela policia mette.ndo a m3o no bolsoprimeiro. ^

A FJew-Home &>china conhecida para cosfa

- - - jraa

PELO EXTRANGEIRO

HESPANHA :

, Ha onze annos que a rainha regente daHespanha, Maria Cristina, governa em no-me de seu filho Áiíbnsò XIII, e raias vezesse terá visto em situação que ponha tantocm prova o seu tacto e a sua previsão politica. A alternativa é das mais graves : oucontinuar os testemunhos da sua confiançaao partido que está no poder, e isto depoisd'um revés estrondoso, ou mudar de pessoale de sistema, sem ter a certeza de que talmudança reponha no melhor caminho osnegócios internos e coloniaes.

Obteve o sr. Canovas dei Castillo o de-creto de dissolução, porque espera decerto,que as novas cortes lhe darão maioria con-servadora de larga base, assim na câmaracomo no senado. D'esta maioria incontesta-da nas duas câmaras abiir-lhc-á—paia elle—um elleito moral decisivo para apoiar apolítica essencialmente conservadora que seinaugurou na questão de Cuba com a no-meação do general Wáyler. A acção do ge-neral e do governo seta mais vigorosa, e osseparatistas saberão que tem a optar entrea submissão ou uma repressão inexorável.Os negócios interiores da Hespanha, os me-lindres da sua situação cconomico-financei-ra, precisam egualmentc d'um governo forte.Não duvida o sr. Cánovas da sua energia,mas parece-lho que, para o êxito dos seusprojectos, deve a confiança da nação colla-borar em justa medida.

N'uma ordem de idéias meio políticas...meio financeiras, o governo terá de pedir,ou ao imposto ou a outros meios, . recursosextraordinários para a guerra de Cuba quepromette ser de longa duração (a ultima du-rou mais de sete annos). Os sacrifícios ne-cessados só podem ser votados, sem mes-quinharia, por câmaras que estejam em pie-na communhão de idéias com este governo.

Taes são as considerações que o sr. Cá-novas julgou dever apresentar á rainha re-g^ente, não sem evocar convictamente os es-pectros que .0 obsidiam, o carlismo e a re-publica, a que as complicações de Cuba dãoperigoso alimento. Entende elle que os con-servadores nao podem continuar a governardignamente sem um testimunho publico deconfiança. E, quando esse testimunho naovenha, estão dispostos a abandonar o poderaos seus adversários.

O sr. Sagasta, do seu lado, não teve ne-cessidade de fazer constar á rainha regenteas suas idéias. Pronunciou se abertamente,e com elle toda a imprensa liberal e demo-cratica, contra a dissolução das cortes. Pare-ce-lhe impolitico e incorrecto levantar novaagitação n'um paiz já tao profundamente,abalado por efícito da guerra civil. As elei-ções legislativas, n'este momemento não se-riam mais que uma machina de guerra e de-terminariam fatalmente uma pressão gover-namental que lhes viciaria o resultado. Da-riam cortes fracas, sem auetoridade moral,filhas espúrias d'um golpe de política. E, de-mais, acaso nao apoiariam os liberaes o sr.Cánovas com os seus votos patrióticos nosassumptos de Cuba ? Regatearam-lhe os sa-orifícios necessários ? Não estão elles sem-pre dispostos a conceder tudo o que., sejapreciso para terminar com honra a guerrade Cuba?» ...iiíicf;í_

Assim está posto o dilema, e urge iqúe a'trainha Maria Cristina o resolva. sem'.'< «detonagas. ¦''%(

allemanha: ¦&.-.-. ^B

Eni summa, é o rompimento formal entreo partido agrário e o poder, e é também orompimento entre os agrários e as suas tra-dições conservadoras. A Prússia e a Alie-manha contam desde agora mais um gruposubversivo.

inoi.atkkua:

Abriu-se a segunda sessão do parlamentoinglez, e, d'esta feita, em circumslancias bemcriticas. E não é que a opposição possa in-quietar o ministério conservador. Ella é mui-lo débil, desprovida de meios de acção enao tem já á sua frente um homem d'umneloqüência e d'uma audácia quasi radicaes,como foi o sr. Gladstone. O caso é oulro, enao menos grave. Está ameaçada a prepon-derancia britânica, a prosperidade política eeconômica da nação ingleza, e importa le-vnntar o seu prestigio e detcrmini r a novadirecção a dar aos negócios.

Ora isto não á fácil. Por toda a parte dif-ficuldades, senão desabes: cm Venezuela,em Washington, no Transwaal, em Constan-tinopla, na Armênia, em Siam, onde está em-penhada a honra da diplomacia franceza, domesmo modo que no Egypto. Isto sem falarda Bulgária onde a derrota política da Ans-.tria não deixa de affectar penosamente aInglaterra.

No interior, nenhuma das grandes refer-mas esperadas se tealisou ainda. A Irlandacontinua a esperar e a reclamar as suas leisde pacificação; o desligamento das egrejasd'estado nao deu um passo; o regulamentopromettido das questões concernentes á eco-nomia agraria e industrial não foi sequer ela-borado. A única modificação do estado decoisas preexistente é o augmento anormal damarinha de guerra, o que trará como eonsc-qüenciá um aggravamento considerável dosencargos públicos. E' útil fazer observar—escrevo uma folha franceza—que a substi-tuiçao de um ministério tory por um minis-lerip wigh nao poderia alterar a situação: éa própria essência da política ingleza, assimno interior como no exterior, que está emlitígio, é o sistema que se acha, senão con-demnadò, ao menos contrariado pelos factos.

Não é provável—acerescenta a folha su-pradita—que o palriciado inglez, verdadeiraforça dirigente da nação, se consagre a bus-car ai causas do mal e o remédio. Essa ta-refa incumbe aos espíritos independente, aosobservadores desinteressados, e, por certo,nao deixarão de cumpril-a.

GRANDE iwosito nu livros km branco, i>.\-1'F.IS, SODRIiSCRIlTOS, TINTIÍ1ROS li TKAHAI.HOS IJK¦t'ri>OORAl'HIA li KNCADKRNAÇÃO NA — LIVRARIACOMMERCIAL.

CggíI Rhodes e a South África

O partido a^rarj.Q.a^^aiao^acabífSícclefef

Íwr. a suaoawsaõ animal em Berli. Raras-

e»»'. sfci íèhiiieúnidqj;8ob jseórevfe^iotoíí' fRègeitojírJrKííi jt> reiehstag às svíauis^postas, *e o governo jnostrou-se-lhe malfetratavelainda"dô que o tinha sido, n04{gfijji rtüpe-ciai, o conde de GáprijajjB

No entanto, r 'ti s irnl|Érrjt |'in entre,garam-se com Jwdfi^ylStffaléiÇOes mais

N'uma correspondência do 7'imes sobreCecil Rhodes Iè-se o seguinte, quanto aosprojectos que este tem a respeito da ÁfricaAustral:

«Descobrir minas dc ouro que lhe permil-tam fundar na Rhodezia uma outra Johan-nesburg; arrotear os terrenos que mais pro-prios se offereçam á cultura, e crear ali, nosaltos planaltos salubres, uma nova Austrália,onde sc acclimarão bons operários e bonsagricultores».

Por sua parte a South África faz publicaro seguinte:

«O conselho de administração da Charte-. „...red Company da South África tem a honra»,,! <| ílcinformar os accionistas deque.julgaínòp*-

fortuna a .iwu.iftp9dd4ssartW^^«*;çJv3»jpq' T^^^twdo^íicttááu^pâra antes Ide iúlia

significativasex-chancelj'clamar,;"*í''!cie;

tómarta rJrocesjodx> dr. Jameson e do«se\is

'{'!^,ÍMrfelRdiCon(ui em que, adoptando es-ta Íirihfi.'d&'CtinlEl.ucta, os accionistas o secun-darao,%iâai.8è';fdl!endü quo seja de naturezaa prejudioWÍ.Wrh^dr. Jameson nem os seusolficiaes.

' s«ni"cT;--;','O conselhò'p'elos.:ÍBéSuios motivos se abs- •

ijtem de qualqu'cr;ab8eryi£f,&o sobre os Teceu-Ò nome do fies aconlecimentò»-Tia;AfHca.

kk*?'.!Ü&; ovocou uma ex-o", usada em boa so-

o sr. de Diest que emcria em alto logar que, se a

s^ir sem o governo, o governopassar sem a liga. O sr. de Ham-

fT-Lostei, ministro da agricultura, foiü-rmimungailo em regra. Quando veremos

—disse um dos oradores—acabar esta eramiserável err. que Bismarck não dieta a lei ?

Segue o relatório áccsntnárjido logo abaixoos créditos extraordinários tjàe.yão ser da-dos ao sr. Cecil Rhodes. Pelti'tjue, e é umjornal inglez quo o d[7.,u& Daily> Cronicle,commentando estas deolaraçoes^cfgovernoinglez e a Chartered Compatíy.èst&tji-se-en-volvendo perigosamente n'um.-i rtilk-àv.éfítUrada Soulh AJrica tomando responsabilidades,dos ados de Cecil Rhodes, do ur:-járaèsi)ttjie dos cúmplices d'estes.

Folhetim da Folhado Norte—"1B-3-96(53

HECTORMALOT

C2 -#!>, ~3E\, J&l.TERCEIRA PARTE

¦m VIII ¦

(Conclusão)

Leão ama sua prima c bem sabe que omelhor remédio para curar um amor é outroamor.

Entretanto, como a senhora pôde ter aphantasia, o capricho, de luetar e como essalucta.apezar de pouco perigosa para nós.pódeaborrecer-nos bastante, offerecemos-lhe tre-zentos rpi} francos, que lhe serão entreguesno dia do casamento, se d'aqui até lá nao selembrar de fazer tolices.

—E quanto me offerecem para que euabandone os meus direitos ao primeiro casa-mento?

•—Nada; temos a certeza de obter a an-

nulação; logo não lhe podemos pagar. De-mais esta sornma de trezentos mil francos écomo uma indemnisação pelos sacrifícios quefez para poder realizar o seu casamento como meu joveri amigo.

Cara mordeti os lábios, mas dominou-se edisse a sorrir:

— Desejou .poder . estrangular-me compum animal perjgqsb, senhor Byasson; deveestar satisfeito por ver o seu desejo reali-sado,. —Ao menos concorde quo os papelinhosque envolvem os meus dedos disfarçam aviol anciã do acto.

Bysson tinha razão cm dizer que só umamor pôde curar outro amor, e'C.ira quizver se conseguia reconquistar Leão perden-do Magdalena, mas Sciazzigo não se prestouás suas combinações,apezar do despeito quetinha por ver «uma tao grande artista acabaimiseravelmente a sua brilhante carreira porum casamento burguez!»

Então todas as esperanças de Cara se rc-sumiram na decisão da corte de Roma, epensou logo em pedir muito dinheiro peloseu consentimento á annulaçao do acto; in-felizmente para ella também essa esperançase desfez.

Apezar da confiança com que Byasson fa-

unadecisão-f^^r|^ê;:|^via que confirmasse aS-Sr

Os Haupois—DaguillonTn*personagem, que se dizia influenTconseguira a anmilação do casamontuma franceza com um banqueiro aliemas o tal personagem pedio dinheiro emdinheiro o respondia quo o.caso era gtí&Seque havia de demorar, etc, ele. iqrj-;l.-

Impaciente com estas demoras Mm. ftaÔ»'.,pois icsolveu ir a Ruma. Consegui.) inn^âo**'dicncla o, ajoelhada aos pés do papa, áJ^Sfí1,'

Pjílçajef

cou-lhc o casamento de seu filho. OBreW!.que se abrissem inqueride Paris, conforme a bülli. _ . .

Dei miseratione o que o -, esiiltadoíftísíeí\transmitiu., á sagrada congregação d.f<38fiffL.cilio.ciue então examinaria a validade ãS,&&W',.samento. ¦' ¦"¦" •'/

Foi diante do tribunal da ofücialidade qic!^'cesana que compareceram Leão e Caáp'Haupois e sua mulher, Byasson e t'$p££!que sabiam dos factos que se ligavain.aftCisamento; apesar da'habilidade com çjue s'T-defendeu, ficou provado que Cara barjílf'para a America com o fim de iliudir ;ile^ç-anonica. E como era preciso innocentbade O' Connor pela leviandade emdára celebrando o casamento com tafi i'ra-''

*fê foi attribuidafSIaradp nullo.

ções lcgies feitas cm"s, commc-çaiam os prepa-iamentq de Leão c Magtla

SCara parícítFresignada a teceitar as con-ações impostas por Byasson; mas elle re-

Hava sempre que ella se lembrasse fazerKéna melodramática na otcasjâq do casa-Bento. Quem podia impeiÜ4r-tVrs1TatirarK)s pés de Magdalena no momento cm quo

sse respondei- ás perguntas sacramentaes?capaz

per-jnte o tribunal por ooçasiao do processo Ca-uni provava que cila á- vezes preferia a vin-anca ao interesse.

O medo do escândalo determinou Byas-lon a recorrer ao seu frriigo da prefeitura defcrilicia, e no dia do Casamento nolavain-se.81a egreja, alguns co,,vi<lados bem.pouco á

^vontade nas suas cÇsaca? e luvas brancas eque eram complètajnente desconhecidos atoda a gente.. Tudo correu perfeitamente, céremonia,jantar o o baile qtu teve logar no caslello de

tos no arcel,ii«tó^| nviiss(lll Silbiil dc qua|,t„ Cara era c1 'le Lc,!l";N^Bilfr»» momento de raiva: , SPU ,|b,llrsi)

chegou as¦aiteira os

Noiseau.O único que n&o assistio ao baile foi Byaa-

son; retirou-se depois de jantar e ¦10 horas á 111a Auber, levando na 1Éresentos mil francos.

Cara recebeu-o bem, e contou o dinheirocom todo o sangue frio.

Agora, disse ella, temos outro negocioa tratar: por quanto me compra estas trintae três cartas ? São de Leão, tunas ternas ou-trás apaixonadas; creio que se eu mandartodos os dias uma d'ellas á ji .ven Miri ° Hau-pois, a lua do mel não será das mais agra-daveis.

Byasson meditou uns instantes, depois es-tendeu a mão, dizendo:

Dá licença?—Se qticr leio-lhe duas ou três.—Não, obrigado", só quero ver.Folheou as cartas que estavam abertas

umas sobre as outras; depois dc examinardisse:

—Não teem enveloppe nem direcção oque lhes tira o valor que teriam se tivessemo seu nome e o carimbo do correio, mas as-sim como estão bem vê que não teem signi-Reação porque a joven mrao ' Haupois devoconhecer a sua fama c julgará que sao car-tas arranjadas por si imitando-lhe a letra domarido.

Sinto nio poder fazer negocio : mas estou

convencido de que trezentos mil francos lhffbastam para viver dignamente como viuvade Leão, creio que eram essas as suas ten-ções.

Parece que os trezentos mil francos nãoderam para tanto porque dois annos depoisno dia do baptisado do seu segun Io netoHaupois-Daguiílon recebeu a seguinte cartaque lhe mostrou claramente os apurosque se via Carai .

«Sen

Incluso cnccgúratájtrês cartas quejjj' _me n\-ia dYlli'!''RçmãHMpK^X!fqvic nãqii'-r.> ;.rilir a sCU.lrlho iftttirne soecorra naposição desesperafiaiMU qüe me encontro :vou ser expulsa de minha casa, a minha mo-bilia vae ser vendida sc não pago ou sc aí-guem nã» paga por mim a quantia de qua-renta mil francos, o ofiicial dc justiça queme persegue; chama-se Bonriot e mora narua Uiouol.u. I.

Receba os sentimentos de profundo res-peito de uma mulher que já leve a henradeusar o seu nome c so ó e será pára todos,

" •%

em , .iiix.

FIMCARA;)

Page 2: • w - BNmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00076.pdfda qual pendia uma trança de fios asevi-chados . . . V Eugênio tornara-se pensativo, desfigu-rara-se. Uma manhã, acabando

Folha do Norte—IG de Março de 1896

Dos Estados

155 o, 15 de Março.

Consta it imprensa fluminense queo conselheiro Tliomaz .Ribeiro, nãovoltará para a lcguçíío portugue/a«'estsi capital, pois será nomeado go-veruador da índia, e substituído aqui

pelo capitão de fragata da armadaportugueza, Raphael de Andrade.

Outros informes, dizem, porém, sercorta a volta d'aquelle ministro, deven-do partir de Lisboa no proxiino mezde Maio.

Eüo,15.•*Vmg seguir brevemente para o Pa-

rá urna companliiadeoperetas,daqua\faz parte o actor Leonardo.

E' do sen reportorio uma importan-le peça. em revista aos acontecimentosd'esse Estado.

f&io. S5.

E' corrente que o conego Molinaserá nomeado bispo da diocese do Es-pirito Banto.

Do extrangeiro

Paris, 15 de Março.

Dizem versões mais ou menos fun-dadas que a Inglaterra fará occuparDongola em África, por 13.000 lio-meus bem armados, para impedir oataque de Kassala, onde os italianosse acham sitiados.

WaSparaizo, 15.

Nos últimos dons dias deram-sen'esla cidade violentos tremores deterra, cansando avultados prejuizosmateriaci?.

A população, te.merosa da, grandecatastroplie, abandonou a cidade, reti-rando-se em massa para, o centro.

Um forlc e prolongado abalo fezdesmoronar o pliarol deCaraumilla.

A literatura portugueza

í'ul>licoii-sc. om Nápoles 11111 fino c exactoestudo sobre a moderna poesia de 1 'ortugal.Tem a obra o titulo de I uiiovi /meti Jhh-

e está escripta com excellentes qualidndes de critica por Antônio Padula. N'umproemio o autor estuda de rápido o movi-nirnlo literário portuguez, descie o principiodo século, indicando os melhores escriptores portuguc/.es do lirismo, da historia, diromance e do theatro. Depois analisa a es-tesia dos poetas novos, mostrando 110 penetramou to c na justesa das suas apreciações,a.'mesmo tempo que uma agudesa intelli-gentissima d'avaliador em matéria literaria,um consciencioso trabalho d'exame demora-d imente feito sobre os textos lusitanos.

No livro cio escriptor de Nápoles ha bel-Ias paginas de consagração aos poetas por-tuguozos que souberam encantar o delicadotalento de Antônio Padula e stiggerir-lhe 110tas de primorosa critica, como as que se re-terem a |oílo do Deus, Antero de Quental,Teófilo Braga, João Penha, Gonçalves Crês-

cl'Almeida, Simões Dias,

NOIVANDOA J. SOARES

Manha toda de sol, toda de amores...—Se fossemos, Placeres,Dar um passeio pelos arredores,

A ver os campos, queres?—Correcto groom apresta o carro... e nós,

Dispensando o chocheiro,P'los campos fora passeamos sós

Um dia, um dia inteiro...

A' tarde, minha sogra, á sobreineza,Pergunta-lhe:—Placeres,

Gostaste muito, filha? e, da daveza,Me trazes inalmequeres? —

—Mam.1, eu quiz trazcr-t'os, quiz, (e á faceRubor lhe sobe leve)

Mas o Gastílo nflo quiz que os apanhasse:O tempo era tao breve!..—

FANKCA.

SILIIOUETTES PARLAMENTARES

C-atnaraIV

Vio a luz na invicta cidade de Romualdode Seixas. D'ahi o facto de. dar a nota domi-nante na Gamara. Nao se lhe resiste á lógicados argumentos, que sabe revestir de bellafôrma. Póde-se asseverar que c a primeirafigura da Gamara. E' por isso que traja decostume côr de cinza. Dá exemplo em cor-recçao política e em elegancia. Assim não lheviesse a calvicie tao precocemente... Tam-bem comprehende-se que um cerebro taofecundo em grandes idéas, seja esteril paraos cabellos.

Em sua opinião, nao appareceu n'este se-culo um estadista como Floriano. Parecerque eu n.lo firmo.

FIDANZINHA.

A New-Home 6 a machina para'costura mais perfeita, mais segura e maiseconoinica.

LIVROS E REVISTAS

La (faceta -Espaiiola. — Recebemos ante-.'ontem, por intermédio do sr. commendador

. mbra,vice-cônsul de Hespanha no Tangosquatro primeiros números de La Gaceta Es-fia/to/i!, bem redigido periódico da CapitalFederal.

Lu Gaceta destina-se a advogar no Brasilos interesses da numerosa e bemquista colo-nia liespanhola.—Seja bemvinda.

Uma explosão no Transwaal

Telegrammas recebidos em Londres daoalguns pormenores mais acerca da terriveicatastroplie succedida em Joannesburg.A explosão deu-se realmente em vagonscarregados de dinamite que se destinava áexploração mineira. N'um raio de 600 me-tros todas as casas ficaram completamentearrasadas. No resto da cidade as casas re-sentiram-se mais ou menos da explosão. Naoficou intacta nenhuma vidraça. Os cadave-res encontrados nos primeiros momentos fo-ram 40, mais receia-se que o numero dosmortos se eleve effectivamente a um totslmuito maior. Das 200 pessoas feridas, mui-tas acluim-sc cm estado desesperadissimo.A população ficou aterrada com a noticiada catastroplie.

As companhias mineiras na sua maioriainglezas, abriram hoje subscripções para soe-correr os sinistrados.

O sr. Kiuger, presidente da republica doTranswaal, visitou o local onde se deu a me-donha explosão de dinamite. Esteve 110 Van-derers'Athletic Club, convertido em enfer-inaria e o hospital onde se acham mais deduzentos feridos.

O sr. Kruger, nomeado presidente da com-missilo desoccorro, subscreveu 625:000 fran-cos para as victimas da explosão. Esta som-ma eleva :c total da subscripçaq a francos2*500:000.jl Perto-de Johannesburg existe um arma-zem que contem actualmente uma porçãoc&nde de Monsaraz^auèítá jdll^1íéiro7"í**»'*íriÉiT)ne de dinamite. Um pedaço de ferro

mes Loal, Cesario Verde, Joaquim de Arau-: postorêíiiT^a pelo,explosap foi projectadojo, Alice Moderno, Eugênio de Castro.,. Oli-veira Soares, Alberto d'01ivcira^ AntoriioNobre, Eduardo Coimbra, Queiroz Ribeiro,AntonioFeijó, Fernando Caldeira,JuIio,Bran-dlo, Mendes Leal, Soares de-.Passos'; BulhãoPato, Guilherme Braga e Tliomaz Ribeiro,• O estudo sobre a poesia portuguesa é ti-rado em magnífica edição que nao entra nomercado. O autor oflereceu o seu livro aoD. Carlos. . ' '

—O jornal DiéGcsclhçhnfl, importante re-vista de literatura e de sciencias sociaes, publicada cm Leipzig,,fez ha dias uma apre-ciaçílo de varias obras de escriptores portu-guezes, nao só com elevada critica, mas coma demonstração de que ao autor dos artigosnao s?.o desconhecidos, nem a língua, nem aliteratura do Portugal. Na Allemanha, comeíleito, estuda-se muito e bem.

O autor d'esses artigos é um distineto eillustrado cscriptor, sr. Iíedwitç Wigger, quese tem dado com amor ao culto das letrasportuguesas, que escieve e falia d'ellas comenlhusiasino.

Nos últimos números da revista citadaveem sensatas c justas apreciações acercados trabalhos de Oliveira Martins, Lobo deDulliues c visconde de Ou^uella.A respeito da mais recente obra do ulti-mo. .1 Luta Social, a critica do sr. Iledwig\\ igger e mais extensa, pois occupa seis co-uiinias da revista de L.eipzig. Faz justiçae investigações do sr. visconde

publicista e erudito que temir e manter o seu bom

O sr. Wigger conhe-ir do (ilustre creadorSnhj '

sobre esse armazém, mas felizmente- caiun'uma- tinaheia d'agua. O governo vai man-dar retirarei o deposito de dinamite." . ...

Hovelacque

j^Iovelacque, dire-autor de li-

|e os que; oc-

BANCO DE BELEM DO "PARÁ

Capital realizado.Fundo de reserva

Réis 1.000:000:000Réis 48:070:450

FLsctúpl orio :

(1.° andar)—Rua Quinze de Novembro, n,° 57—(1.° andar)

desconta i.f.tras e faz cauções sobre títulos devidamente garantidos, a taxas módicas.—recebe dinheiro em conta corrente, com retiradas livres, e a praso fixo.—saca constantemente sobre todas as cidades e villas de Portugal.—encarrega-se de cobranças por conta de terceiros.

Visconde do São Domingos, presidente; José Marques Braga, vice-presidente; José AugustoCorrêa, 1." secretario; Joaquim Tavares Lobato, 2." dito; Joaquim Antonio do Amórim

occasião da captura dos chefes Gungunhanao Maliazul, o governo portuguez recolheu daboca dos prisioneiros declarações que lhepareceram comprometedoras para os mis-sionarios de quem se trata».

—Fala-se em Berlim em festejar com cer-to brilho o anniversario da concíusao da pazde Francfort, que foi assignada a ro de maiode 1871 e que poz definitivamente termo águerra franco-prussiana. Parece que será pre-texto para se fazer uma grande manifestaçãoem favor da paz.—O chimico inglez French George trába-lhava no seu laboratorio em obter uma novamatéria explosiva, quàndo involuntariamentedeterminou uma explosão tremenda, que es-patifou o craneo ao desgraçado. Um dosaju-dantes do chimico ficou gravemente ferido.

—N'um baile dado no Club militar daPisa, n'uma das marcas do co/illon, dous ca-valheiros disputaram ao (lorete a mio d'umadama. O botão d'um dos floretes caiu e oferro vasou um dos olhos d'um dos cavalhei-ros. Grande consternação na sala, terminan-do o baile. O ferido, que é um official muitodistinto, foi transportado em estado grave aohospital.

—D'um collegio de Indiana, Estados-Uni-dos, fugiram cinco alumnos, o mais velho dosquaes tem onze annos. Os rapazes juntaramtudo o que puderam apurar em muito tempod'econcimias e partiram no comboio paraNew-York, aonde foram ver a estatua da Li-berdade illuminando o mundo, de que o seuprofessor lhes fallara muitas vezes.

—Alguns periódicos de Londres publi-cam noticias de Christiana, aos quaes se dácomo certo que a expedição Nansennaoche-gou ao polo norte.

—Cerca de 10:000 empregades dos cami-nhos de ferro suissos resolveram recorrer,em caso de necessidade, á greve geral. Di-rigirain aos administradores das Companhiasum convite para realisarem uma conferênciacom a commissao da Associação do pessoaldos caminhos de ferro, para tratar d'uinaso-luçao amigável do conllicto relativo aos sa-larios. No caso de se nao chegar a um accor-do, declarar-se-á a greve geral.—O professor de física do lyceu de Rouçnfez uma curiosa applicaçao dos raios N. In-terpondo 110 trajecto d'esses raios diamantesverdadeiros ao lado de diamantes falsos, ob-teve resultados muito diferentes: os diaman-tes falsos deram imagens claras, os verdadei-ros forneceram imagens muito sombrias.

—Referem de Nice que o czarwitch temobtido consideráveis melhoras. Parece quese pensa em construir um magnífico pala-cio, que o príncipe habitará todos os inver-nos.

—O ultimo numero do iFigaro» occupa-sede Rafael Bordallo Pinheiro, a quem cha-ma um «caricaturista de alta envergadura».

—A Gazeta dc Lattsama, publicou um te-legramma de Lisboa dizendo «que nao foiexpulsa toda a missão protestante suissa deLourenço Marques, mas só um missionário,o dr. Liengive, que passava por ser o amigoe conselheiro do chefe indígena insurrectoGungunhana.»

—Na camara dos communs, o sub-secre-tario dos negocios estrangeiros, respondendoa uma pergunta que lhe fôra feita, disse queo tribunal arbitrai para julgar a questão docaminho de ferro de Lourenço Marques, seleíniria em Beme, para discutir questõespreliminares, nao devendo demorar-se mui-to a decisão.

—De Bruxellas fugio um dos mais consi-derados tabelliaes, levando uns dois mi-lhões de francos que lhe haviam sido entre-gues em deposito.

Uma pesca clifficilima!

¦¦Morreu":!

ctor da esíòltivros que tèmHtílestudam. Nascidocupou-se de lingüísticatomia comparada com RRozenrl e o sanscrito e fundou aguistique», creando-se uma nput;grande erudito. Occupando-se ilos seus ,balhos lingüísticos, Iíovelacquc nao deixoude ser um político activo, defend;ndo ardeu-temente as doutrinas socialistas.

I)E TODA A PARTE

mm

CCti'Os

PEITORAL DE CAMBARÁ

. Kl Jliedir_ lOrtico-cinipno que siuciilio, rortlfisô rniccir„',1 titulado PEITORAL DK CAMIíARA,1 sr. j. A. dl- .Sou/.i sòaíc.1, <li-l Hra/il, me lia lía'ImiraWm ramittSüüi nn ol tratamento ile la-, eii.Iltf*H», no Chilo),

"" •""inx.tm.- if suiia.i.»s «?n »;I trataniMito do 1;f. im.-ilaili?* ilrl aparate I,r.,ncliit^s cr,•mira».—iJr. Juan IVraita H.. i. !«r:to t-m lil<iui, no Chile;.... If-nho^o ompro^ntlo, com fçr.inflf» proveito nas—ti:i« da. via» rPspir.itini.is.—I)r. Peilr» Cm n a di-1",*lio Rio),

O criado dc quarto do íiuado príncipe dcIlohenloc., tentou suicidar-se com um tirode rcwolvcr, diante do caixito cjue enccrravíios restos de seu amo. O estado do servo fielé desesperadissimo.—Em Reutzen foram descobertas nadamenos de 15:000 moedas romanas datandodo terceiro século da nossa ôra.

Dá-se, como certa, em Atenas, na pri-mavera próxima, uma entrevista do rei daServia com o rei da Grécia.príncipe anarchista Pedro ICraprotkinedecidiu-se a deixar Londres por algum tem-

po afim de se dirigir a Paris, oude fará umaserie de conferências.—Em Hamburgo ha grandes receios re-ativamente ao vapor «Rhotelr que conduzia

para Nevv-\ ork grande numero de emigran-tes. Faltam totalmente noticias do paquetee teme-se que tenha succedido uma catas-trophe.O «Temps» refere-se a noticia do go-verno portuguez ter expulsado os raisssiona-nos protestantes de Lourenço Marques. Aparisiense observa;—* Sabe-se que, porfolha 1

Communicam da Hollanda que se tra-balha actualmente ivutna pesca clifficilima,mas que, 110 caso de êxito, compensará to-dos os esforços empregados. Trata-se de ar-rançar das profundezas do mar do norte otesouro d'um antigo navio naufragado entreas ilhas de Virelarid ede Terscheliing. A fra-gata«Lutine^ fôra encarregada'em 1799 de le-var grandes sommas de dinheiro para Cuxha-ven. Naufragou, porem, indo ao fundo como seu tesouro. Que somma conduzia cila,nao se sabe ao certo. Os cálculos variam,mas ha quem creia que a fragata transporta-va nada menos de vinte milhões. Como a

,utine» naufragou em sitio relativamenteprofundo, por diversas vezes se pro-

jiicar á agua os famosos milhões,sitio a extrair de lá ouro e pra-milhões e meio.

os trabalhos e espe-ra-se tT^|fflÍ^gS8ISBSM.lodus as ri(luezas da ^Ltt r

A Singcrcontos de réis a qualquer daíque se apresente como igitalfôSlral!

A dipkmaeia inglesa

A Inglaterra tem uma escala movei paraa sua política estrangeira. Embolça silencio-samente as afirontas das potências de pri-meira ordem e estende até a outra face paranova bofetada. Cala-se c rumina o seu re-sentimento com os estados seus eguaes. Aoreves <l'isto, com os fracos, compraz-se emtirar vingança estrondosa epedir-lhes contasde todos os enfados de ruie níto ousou des-forrar-se para com os au'ores.

Julgar-sè-á que as liiihas que precedemSilo o destorço cruel de qiiem nSo pôde íur-tar-se á prepotencia de uma imposiçãotola. O tpie se dirá, comtudo, sabendo-seque era assim que lord Sahsbury, então lordCrauiburne e membro da câmara dos com-inuns, se expressava, cm a%3> a proposito

"1J

da pendencia com a Dinamarca?Eo quedisia, 11'essa circumstancia, o primeiro inglez,é ainda agora perfeitamente applicavel, doavesso, etnbora lhe custe, ao conflicto comos Estados-Unidos, que a Inglaterra naoquiz abrir, apesar das insolentes provocaçõesda republica anglo-saxonia d'aqui.

Emquanto a imprensa norte-americana lan-çava fogo e labaredas em honra da doutrinade Monroe e contra o insaciavel appetite doleio britânico, na Inglaterra, toda a gente,desde os bispos anglicanos e os estadistasconservadores até aos homens de letras eaos simples burguezes ou artistas, aporfiavaem declarações d'amor fraternal ao Yankee,o grande cidadão da America. A tal pontochegaram as coisas que a «Saturdav Review»julgou opportuno lançar um artigo que pu-zesse termo a tantas curvaturas de espinha,indignas, segundo este jornal, d'um grandepaiz.

Mas o conflicto vai a caminho d'apasi-guar-se, e nao é pequeno ganho evitar-seuma guerra a preço de boas bravuras. O«Times» allude a um projecto offerecidopelos Estados-Unidos e que tem, ao que sediz, todas as probabilidades de ser adoptadopela Inglaterra. Esse projecto consiste emsubmetter a uma commissao mixta, de in-gleses e americanos, o exame dos titulos his-torieos que a Inglaterra e Venezuela possaminvocar a favor dos territórios contestados.O relatorio d'esta commissao serviria debase para os trabalhos technicos d'outracommissao de limites. E' a arbitragem, me-nos a palavra. E os commentarios do «Ti-mes» persuadem que será aceita pelo gover-no britânico. Desenha-se assim, nitidamen-te, a perspectiva da solução pacifica d'umconflicto que, num dado momento, assumiuproporções inquietadoras.

—Porque será ^,-inf]uire a imprensa in-glesa—que os embaixadores da Rússia e daFrança, aos quaes se uniu depois, como emYeddo e em Pekin, o embaixador da Alie-manha, porque será que se tornaram arbi-tros das dilliculdades pendentes entre aPorta Ottomana e as potências européias ?1£ responde uma folha parisiense: E'porque a política russa, assim como a políticafrancesa, 11a Turquia, tem sido sempre fran-ca, recta, praticada á luz do dia, dominadapela sinceridade, pelo espirito de concordia,ao passo que a política inglesa mio se re-commenda precisamente pelas mesmas qua-lidades.

Sem duvida que o governo turco tem culpas e nada vale attenual-as. Todas as refor-mas exigidas pelo restabelecimento da or-dem nas finanças e da concordia civica 11aadministração estiveram paralisadas, compromettidas, pela obstinação retrograda depalacio. Pode temer-se, até, contrariamenteao que se espera, que os abusos que é-necessario destruir durem tanto, senão mais,quanto o actual sultanato. Mas, nas coisasda Armênia, o governo ottomano não tevemais responsabilidade do que a que derivada sua fraquesa chronica. Levou a domaruma insurreição do fanatismo seis semanas,quando deviam bastar Ires dias.

Feitas estas reservas, nao deverá lançar-seo inaior quinhão de responsabilidade dosmorticínios ao centro armênio de Londres?E podiam os turcos olvidai todos os bonsprocessos de que usavam os ingleses parasuscitar-lhes os mais graves embaraços ?

A coragBm de um scntenceado

Foi fusilado em Salamanca o soldado Car-rero, que o conselho de guerra condemnaraá morte pelo crime d'assassinato. 0 sentenceado conservou a maior serenidade ate aoderradeiro instante. Saindo da cadeia, subiupara o carro que o devia conduzirão local daexecução. Chegado ali, postou-se no sitio quelhe indicaram e pediu que lhe nao vendassem os olhos. Gomo, porém, insistissem, ac-cedeu. Pediu em voz alta perdão do crimeque commettera e recommendou aos soldados que apontassem bem.

Ajoelhou, exclamando:—Vamos!A descarga do pelotão produziu ao réo

morte instantanea.

LANCE TERRÍVEL

Referem de Alicante, na Hespanha, a no-ticia d'um accidcnte que poderiá-ser de con-sequencias medonhas.

No molhe ajunta.térSÍ?grari'dé numero depessoas para ver partir o transa-tlantico «SanAgiiStin»t ^tié deviá condbzir a Cuba o ba-JHalTÍ3ó cía Princeza.'Quando chegot/o gover-

dor, rtiuitos pct 1 iram-1he para ir a bordoL' iapo^'que esta<'a atracado no molhe. Re-da resposta affirmativa, toda aqitella gen-éíprecipitou para os pranchões que liga-

mWt transatlântico ao molhe. As taboas,do a tao grande peso, partiram com

éstrepido, caindo ao mar umas cem pessoas.!i .A/.cbnfusào foi indescriptivel. Sem perdader tempo, a tripulação do vapor, os carabi-\ciros e muitos barqueiros acudiram com os•'ius botes, evitando assim uma formidável1 'satastròfe.

„ Até agora nao se sabe ao certo se se afo-'ou alguma das pessoas que caíram á agua.'Entre ellas ha muitas senhotas e creanças.'ii governador civil e o deputado por Alican-Aforam retirados da agua sem sentidos. O

lico do San Agustin prestou soccorros a

GAZETILHA DO INTERIOR

a|l pessoas com sintomas dc asfixia. Duas,, j'as acham-se em estado muito gra-' ? jDeve notar-se que a maior parte dasVÔ. "fí . ¦»•i Jsoas que caíram a agua pertencem a me-

H^r sociedade de AlHinte.; Jl-priaieiro bote que acudia em auxiliodo>! haviam caido á agua voltou-sp, porj. gSWrarem a elle desesperadamente mui-tos do^'1ue e3tavam prestes a afogar-se,

mocaji ha.—Foi nomeado commandantesuperior da guarda nacional na comarca deIgarapé-miry o sr. Diogo Henderson Júnior.—Regressou de Belem, no GeneralJardim,o sr. Jucob Sabbá.

—Seguiram para Baião os drs. Tliomaz dePaula Ribeiro funior e Francisco Peregrinodos Santos Tocantins, um juiz de direito eoutro promotor publico, e o sr. Jeronymo La-ges.—Falleceu em Tauaré osr. Francisco JoseLisboa.

—O .dr. Ignacio Moura esteve em Moca-juba, dc caminho para o alto Tocantins. Esteengenheiro vae em commissao a Itacayuna,afim de examinar o Burgo e verificar se éreal o descobrimento dos Campos Geraes.

cametá.—Na noite de 2 para 3, no rioTamanduá, 3.0 districto d'esta cidade, Bene-dicto Antonio Pereira, bastante embriagado,caiu n'agua, morrendo afogado.—No dia 10 finou-se o ancião Rafael Ray-mundo Furtado, mais conhecido pela alcu-nha de O Recto.

Mariano Antonio dos Reis foi nomeadocarcereiro da cadeia do Limoeiro.

Santarém.—Seguiu para Manáos o sr. ca-pitao Raymundo Corrêa.—Falleceu o major Antonio Fernandes deAlmeida.

—Foi nomeado subprefeito de Itaituba ocidadão Nelson Carneiro.

Semana Santa

Novo sortimento de se-das pretas, chagiéose ca-potas, chegados ultima-mente para a

G-raiide iVIaisonDE

1. SINAY & COMP. '

(6

0 VELHO

Foi uma novidade de sensação, que deuimmediatamente volta a todo a ofiicina, aque contaram um bello dia alguns operáriosnovos. Diziam ter visto o velho n'um sitioescuro em grande conversa com uma moçaa quem entregára dinheiro e que abraçáraantes de se afastar.

Ah! agora já tudo se entendia — o velhotinha amantes! quem tal diria ! quem pode-ria acredital-o 1 valia bem a pena fingir-seum puritano I E as perguntas succediam-serapidamente. Seria elle ? Tinham reconhe-cido a mulher ? Era bonita?

Tinham-o alcunhado o velho, nao porqueestivesse n'uma idade muito avançada, masporque o trabalho tinha de tal maneira torcido aquelle espinhaço no esforço constanteda besta de carga atrelada á tarefa e porqueo desgosto tinha lhe impresso na face taesestigmas de soffrimentos e misérias, que parecia ter vivido duas existencias n'uma só eque cada anno contara por dois na sua vida.

Era X ..., um homem amado e estimadopor todos e se, entre aquellas centenas deoperários empregados na fabrica alguns o invejavam, nenhum era seu inimigo. Desde opatrão, engenheiros e contra-mestre, até aoultimo dos operários, todos concordavam emque aquelle trabalhador era um operário mo-delo. Hercúleo, manejando o inartello pesa-dissimo, como se segurasse uma penna, es-magaria um homem com um murro, como seesmaga uma mosca. Por isso, n'aque!le meioonde a potência muscular é tao altamentecotada elle era tao profundamente respeitadocomo estimado.

X... occupava na fabrica um postfc dehonra: fôra-lhe confiado o cuidado do ma-nejamento do martello-pilao e era de vercom que precisão e com que maravilhosahabilidade elle detinha 110 ponto preciso,no meio da carreira, aquella enorme massacaliindo de muitos metros de altura, diver-tir.do para obsequiaros visitantes— a arrolharuma garrafa debaixo d'aquelle peso collos-sal, com facilidade egual á que exhibiria oexperimentado tanoeiro.

Este homem era, entretanto, um taciturnoe um solitário; nunca freqüentava as reu-niões barulhentas,- nem a taberna nem os Io-gaVes públicos; apenas nas horas vagas eravisto nas bibliotliecas populares ou passeiando, na primavera, com um livro 11a mao.

Os companheiros, quando o encontravamassim, procuravam leval-o com clles, convldavam-o a vir «tomar alguma cousa» em suacompanhia; mas o velho recusava simples-mente e sem aflectaçao. «Divirtam-se, meusfilhos, dizia; é proprio da vossa idade; o ve-lho prefere andar sósinho.

Perante esta attitude uns pretendiam queera um orgulhoso, outros insinuavam que áforça de ler tanta brochura, tanto livro, se fi-liara á causa revolucionaria; quasi todos,èmfiin, o accusavam de avarento e de prefe-rir os livros aos litros, porque os primeirosnada lhe custavam.

Só um homem poderia dar uma apreciaçao justa e. resolver aquelle problema. EraMatheus, o uruCo jtiií/gtí qiic se conhecia aovelho.

Aquelles dois companheiros eram arai-gos dc ha muito tempo; eram, dizia-se, an-tigos companheiros cie armas.

Tinham servido juntos no mesmo regi-mento, tinham sido libertados ao mesmotempo, tinham-se alistado 110 mesmo dia, enunca rr.ais se haviam separado.

Mas Matheus era mudo como uma tumbaa respeito de tudo quanto sé relacionava como seu amigo, e á primeira pergunta indiscretasobre este ponto respondia: «Mettam-se coma sua vida !» com um tom tao secco, que nin-guem se atrevia a insistir.

Um dia da primavera passada um grupode rapazes conversava alegremente, dianteda porta da hall, sombrio como uma navede cathedral; ao fundo brilhavam as foijasincandescentes, projectando 110 solo rellexosavermelhados, emquanto do tecto descia aluz. cm frechas argentinas, brincando nomeio dos átomos de poeira. Ha uma hora osilencio substituirá-se ao ruido ensurdecedordos martellos g os operários faziam provisãode ar até o momento de pegarem outra vezno tiabalho.

Do grupo da palestra explodiam as excla-niações mais alegres e os mais francos risos,emquanto um cartão, que circulava de mio

em mao, parecia ter o dom de provocaraquella hilaridade toda.—Escuta, ó velho, olha, disse um dos maisbarulhentos do grupo ; anda vêr ... Tu, quetodos dizem ser amador do sexo, bota aqui

luzio, um bom bocado, licin ?O operário lançou os olhos sobre o cartão

que o rapaz lhe indicava. Era uma d'estasphotographias obscenas, que se vendem clan-destinamento nos bordeis, nos logares deperdição nas viellíjs escusas.

Com um sorriso desdenhoso o velho pri-meiro encolheu os hombros; depois, de re-pente, lima pallidez livida se lhe assenho-reou do rosto, onde os olhos se abriram des-meclidamente; um segundo ali ficou, comose o houvessem pregado ao solo, n'uma con-templaçao muda e dolorosa.

N'esse momento ouviu-se o signal cha-mando cada um ao seu posto; os operáriosengolfaram-se pelo hall e X..., çabisbaixo,seguiu-os a passo vacillante.

Mas, mal as machinas haviam começado amover-se, um grito de horror se escapou detodos os peitos. O velho, collocando a cabe-ça na bigorna, acabava de deixal-a esmagarpelo collossal martello. Restos sangrentos,uma horrível misturada de carnes e matériascerebraes espadanara até áo tecto, tudo man-chando com maculas atrozes e repugnantes.

Matheus acudiu, como os outros, e per-guntou, consternado :

—Meu Deus! que se passou ?Ninguém sabia.Alguém disse amedrontado:— Inda agora, quando elle vio a photogra-

phia, pareceu-me que o impressionou; jul-guei que elle fosse cair.

—Uma photographia 1 que c d'ella ?—Eil-a !—Miseráveis ! mataram-o I Essa creatura

immunda, cuja imagem lhe destes -i vêr,era ...

—Era ? . . . perguntaram dez vozes aomesmo tempo.

—Era sua filha . . . sua filha, uma desre-grada que, sem embargo, elle adorava . . .sua filha, a quem elle dava tudo o que ga-nhava, na esperança de salval-a um dia doabysrno.

Ainda agora, perdida a sua ultima illusao,perdida a sua suprema esperança,» velho

infe.'<disse coinsigo que já soffrera bastante, Quizacabar d'uma vez e foi pedir a'morte ao ap-parelho terrivei que durante tanto tempo oajudara a viver. "

J. DE ROUGÉ.

«O ABAETÉENSE» E O CAFÉ BEIRÃO«Em uma zona febril, como a nossa, £ dc verdadei-ro inteiesso publico a itulicnçüo do remedios podero*sos, que combatam facilmente o resultado doa miasmas

poderosos.'<KstA neste caso o — Licor de Café fíe.irão, excel-lente preparado do hábil pharmaceutico da capital osr. Marciano Beirilo.«NAo nos cançaremos de recommendar este medica-mento, que não tem falhado nos casos de sezões, pormais rebeldes que sejam o om todas as febres de ty«po palustre.<-No nosso proximo numero, com o annuncio do an-tor, publicaremos os honrosos testemunhos de diversoscavalheitos sobre a efficacia desse remedio poderosoaccrescentando alguns factos que conhecemos.«Recommendatnos, pois, ao povo abaetáense e igara-pí-miryenye o poderoso remedio, que tâo promptamen-te combate as febres, esse terrível morbus que victfmaa nossa população.O Abact<'r.mct de 24 de Maio de 1890. 3—N

KRUGER li A INGLATERRA

Fez excellente improssao, assim em Lon-dres como em Berlim, a resolução adoptadapelo sr. Kruger de acceder ao convite dogoverno inglez afim de se deliberar sobre asituação do Transwaal. Somente compre-hende-se, do outro lado do Rheno, que o pre-sidente da Republica sul-africana nao dei-xará pôr em discussão a independencia e aautonomia do Transwaal, tanto mais que osr. Chamberlain já reconheceu essa .autono-mia com respeito aos negocios internos daRepublica. Verdade é que resalvou, para aInglaterra, em virtude do artigo tal da con-vençao anglo-transwaliana, o direito de in-specçâo nas relações exteriores d'aquelle es-tado africano. Mas n'essa reserva se funda,precisamente, a chancelaria de Berlim paracontestar á de Londres o direito -de ingerir-se nas coisas interiores do Transwaal e dereclamar, por exemplo, que se modifiquema constituição, uma parte das leis de admi-nistraçao municipal e outros privilégios afavor dos wit-lamlers britânicos.

Diz-se também que, afim de affirmar a suaindependencia, o presidente Kruger irá pro-vavelmente a Haia, a Berlim e a Paris paratratar com estes differentes governos as ques-tdes que interessam os seus nacionaes esta-belecidos nó Transwaal. Estes têm tanto di-reito como os emigrados inglezes a receber,em certa medida, as mesmas iminunidadespolíticas e administrativas. Se esta permutade vistas conduz á conclusão de tratados es-peciaes, poderá a Inglaterra intervir, mas,ainda então, será uma intervenção limitada,e tal como foi definida pelo convênio de1884. O Transwaal deverá submetter sim-plesmente os projectos de tratados ao gover-no de Londres, e este fará conhecer as objec-ções que tenha eventualmente aoppôr. Nadamais.

Estas observações da imprensa allema nflosao despidas de interesse, porque indicamde que maneira se comprehende na Allema-nha, a missão que o presidente Kruger vemdesempenhar a Londres. O Times, que nâocommunga tais idéas, ameaça o Transwaalcom uma terrível concorrência na Rhodesia,que possuo tambení, diz-se, jazigos auriferosmuito importantes. O sr. Cecil Rliodes cas-tigaria assim os bocrs desviando do seu paiza corrente de estrangeiros. A empreza, aomesmo tempo industrial e política, seria di-gna do ousado Napoleao sul-africano, massuppõe-se que tal projecto é simplesmentedestinado a impressionar o presidente Kru-ger e chamal-o a idéas mais conciliadoras.

A VENDA DE ÜM VULCÃO

As pessoas que desejarem comprar umvulcão sao avisadas pelo Daily Chonicle acomparecer no principio do mez proximo nasala de vendas de Tokcnhouse Yard, emLondres.

Ahi será licitada a montanha de Vulcanoe a sua famosa cratera, situada na ilha dome-tno nome, que faz parte das Lipari.

Os nossos leiloeiros que açudam ao sedu-ctor pregão. 0 negocio é esplendido !

Leite fresco, contendomelhores agentes de nutrição.

Vende-se 110Estminet

Page 3: • w - BNmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00076.pdfda qual pendia uma trança de fios asevi-chados . . . V Eugênio tornara-se pensativo, desfigu-rara-se. Uma manhã, acabando

Foiha do Norte—16 de Março de 1896

PALESTRAS ÚTEIS

AS SEGUNDAS K SEXTAS

A indigestao

A indigestílo é uma indisposição muitocommum, cujas conseqüências podem tor-nar-se graves.

Nas pessoas que soffrem do coração e dospulmões, ella pôde, com effeito, ser a causade uma hemorrhagia mortal; e n'aquellaspredispostas ás congestões do cérebro, pôdedeterminar uma hemorrhagia cerebral.

Sao diversas as causas da indigestao: asmais communs, porém, aquellas de que va-mos occupar-nos, e que interessam os leito-ressao:r.°as que proveem dos alimentos,2.° as que sao devidas a circumstancias con-comitantes das refeiçOes.

Os alimentos podem produzir indigestílopela temperatura; pela qualidade e pelaquantidade.

Quando a temperatura dos alimentos formuito differente da do corpo, que é de 37gráos centígrados, produz indigestao impe-dindo a secreçao das glândulas encarrega-das de fornecer o sueco gástrico, e paraly-sando de algum modo os movimentos d-vae e vem imprimidos aos alimentos pelas fiebras musculares do orgao.

E' o que acontece quando se tomam ge-lados ou sorvetes no fim da refeição.

O paladar sendo muito sensível nao per-mitte que se engulam alimentos demasiadoquentes, sendo, portanto, difficil de descre-ver exactamente o que aconteceria em talcaso.

A qualidade dos alimentos representa pa-pel importante: os aumentos crus, as carnesvelhas, o pao quente, os guisados muito con-dim.entados, as carnes gordas, os caracoes,os cogumelos, a carne de porco, a vitella,cuja carne é insipida, incompletamente des-envolvida, etc, sao muito indigestos: toda-via o estômago é um tyranno caprichoso quemuitas vezes supporta as iguarias mais bi-zarras, entretanto que aquellas que parecemmais apropriadas determinam incommodos.Assim, |tlgutiias" pessoas, digerem facilmentecouvescom presunto, ao passo que nao süp-portam carnes sangrentas, grelhadas ou as-sadas.

E' n'estas circumstancias que é precisoceder, ser.o medico de si próprio, acostumarpouco a pouco o estômago semNviolental-o,pois se quizerem luclar e forçal-o a recebercousas que nao lhe conveilham, chegarãorapidamente a um estado chronico, uma dys-pepsia, que difficilmente se fará desappare-cer.

Sejamos pois submissos ao nosso estorna-go e compenetremo-nos bem de que elle naofaz senão o que quer e nao acceita senão oque lhe agrada: nao contrarial-o, eis o queé preciso.

A grande quantidade de alimentos ingeri-dos é, com a embriaguez, a causa principalrias indigestOes, que circumstancias diversas,vêem ainda influir, a saber: a fadiga, a cole-ra, qualquer excesso, seja antes ou depois darefeição, a rapidez com que comem e quenSo permitte que mastiguem suífkienteinen-te; o banho frio; algumas vezes os'cheirosactivos, s3o outras tantas causas determinan-tes.

A' primeira vista, parecerá muito naturalcomer quando se tem fome e nao ter horasmarcadas para as refeições: enganam-se!seria um habito detestável, condemnado pelaexperiência; nosso estômago, ao contrario,tem necessidade de ser regulado, sem o queo appetite torna-se irregular e as digestõesresentem-se mais ou menos. ¦: /

Os antigos tinham por habito comer como intervallo de seis horas, fazelirío a ultimarefeição muito tarde sot/a denominação deceia, condição péssima para uma boa diges-tao, pois deitavam-se quasi sempre logo queacabavam de comer.

Aotuaímente o systema é outro: geralmen-te, toma-se pela manha uma chavena de chá,leite, chocolate ou café com leite e pao oudoces; ao meio dia, almoça-se, (é a refeiçãomais copiosa) e ás 6 ou 7 horas janta-se.Esta distribuição de horas convém perfeita-mente; infelizmente, porém, ha tendênciaspara restabelecer a ceia; em algumas casasnao se junta antes das oito horas: é muitotarde; muito alimento ingerido á noite pro-duz máo somno e pesadelos, devidos única-mente á lentidão com que é feita a digestão.

Certas pessoas tem um estômago pregui-coso e nao podem fazer se nao uma boa re-feição, que deverá, então, ser feita ao meiodia; outras, ao contrario, tem-n'o muito acti-vo e fazem tres ou quatro refeição copiosas,sentindo-se perfeitamente bem.

As indigestões mais freqüentes s.to as quese dao no estômago acompanhadas de vo-mitos; as outras dao-se no intestino acoin-panhadas de eólicas violentas e evacuaçõesabundantes.

Com o fim de evitar as indigestões procu-rou-se saber qual era o alimento mais fácilde digerir pelo homem, e de todas as.expe-riencias feitas pelos physiologistas, resul-tou que é a carne que nós comemos sob afôrma de coslelletas, bifes, etc, que forneceos suecos os mais assimiláveis e os mais le-ves.

Devemos, notar, todavia, que em grandenumero de povoaçôes os habitantes só sesustentam de peixes e legumes, e nem porisso sao menos robustos ágeis e vigorosos.

Entretanto, conforme o seu systema den-tario e a extensão do seu tubo digestivo, ohomem terá scicntiftcamente uma alimentaçãomixta, que deverá mudar forçosamente se-gundo os paises, as temperaturas e as divc.i-sas condições climatologicas em que elle seencontra. ,

A indigestao principia, quasi sempre, duasou tres horas depois da refeição por umasensação de peso no estômago, engórgitaçõesácidas, náuseas e vômitos, tudo acompanha-do de cephalalgia, de syncopes, de resfria-mento geral, de dores abdominaes, com diar-rhéa mais ou menos abundante.

Estes symptomas differentes adquirem ásvezes grande intensidade; persistem geral-mente, até que comecem as evacuações : es-tas produzem um allivio immediato, tendo otratamento por fim facilital-as : vomilivos, Ia-xativos, clysteres, etc.

Pódc-se impedir a indigestao, se desde oprincipio, quando se sentir o estômago cm-brulhado, toinar-se uma infusão aromatica,addiccionada d'um pouco de ether, umachavena de chá quente, infusão de camomilla,etc, fazendo ao mesmo tempo exercício aoar livre, mas sem fadiga.

A legitima Hew-Home só so vendeno CENTRO COMMERCIAL PARAENSE,do Moreira dos Santos & Comp., ÚNICOSagonies, rua lõ de Novembro, n, 8, (}

Revista dè jornaesA PROVÍNCIA DO PARA'— Começa a

sua gazetilha pela copia d'urn trecho da mén-sagem do presidente do Amazonas, estam-pado na Folha' em princípios da semana pas-sadn.

Além do um discurso pronunciado na Es-cola Normal, a propósito dc uma visita do sr.dr. Serzédeilo, cm começo d'cste mez, dánotas dó expediente das repartições publicase uni prècpniciõ calhòlico sobre o Negus daAbvssinia.

DIÁRIO DE NOTICIAS— Prosegue natranscripçao das opiniões da imprensa filtrai-nense, sobre o intemerato paraense VeigaCabral.

Dois conegos, os rev. drs. Maneio Ribeiroe Andrade Pinheiro combatem, aquelle amensagem do illustre Governador do Esta-do, publicando o XXIX artigo da série; estea justa opposiçao que soffreu no Senado oprojecto n.° 197, relativo a um auxilio paraas obras da igreja da Trindade.

Traz variado noticiário e ameno folhetimpara desopilativo dos biliosos.

A REPUBLICA—Abreosseus edictoriaespela resenha dos trabalhos do Senado, nasessão de sabbado.

Carlos Maio, apreciadissimo critico doJournal des Debals, fornece-lhe substanciosomaterial sobre o exercito e a política militarna America do Norte.

E' farto e interessante o resto da sua ga-zctilha.

Café mOÍdO, doces, sorve-te, caldo de canna; todos os dias no

ENÍamiaaet.

ECIIOS E NOTICIAS

Na sessão effectuada hontem 1* CentroRepublicano Portuguez resolveu a commissaoexecutiva tornar patente aos sócios, ás quin-tas-feiras de noite e aos domingos de manha,as salas de leitura d'esta patriótica aggremia-çao, onde se encontram diversos jornaes por-tugueses e extrangeiros.alem d'uma escolhidabibliotheca, com variadissimos livros dc dou-trina republicana.

. Foi nomeada também uma commissaopara angariar donativos, afim de auxiliar asubscripçao iniciada no periódico republi-cano do Porto—A Voz Publica. Esta subscri-pçao foi aberta 110 5.° annivcrsario da ma-lograda revolução de janeiro, com a gloriosaidéa de se levantar um mausoléo no cemi-terio do Prado, da cidade invicta, para on-de se hap de transportar as cinzas dos mar-tires de 31 de janeiro de 1S91.

O Centro Republicano Portuguez tem rece-bido ultimamente diversos officios de asso-ciações portuguesas congêneres, com as quaesmantém activa e prestante correspondência.Por isso, a commissao executiva recem-clei-ta, ardente de ehthusiasmo, orgulha-se deproseguir os seus patrióticos trabalhos coma máxima vontade.

Alguns sócios do mesmo Centro, entre osquaes a maioria dos membros da commissaoexe'cutiva, foram hontem pedir a um dosseus illustres consocios a seu valioso auxiliointellectual, afim de laser algumas confereti-cias sobre política.

O vapor Dona Maria?, sairá na írftinha dequarta-feira, 18, para o Porto, fasendo escalapor New-York e Açores.

Malas e passageiros, ás 8 horas da ma-nha. Diniz Mendes & C.a, corisignalarios.

Sâo do boletim da intendencia, na ediçãoda Republica de hontem, os seguintes avisossobre os talhos e preços da carne verde, queora se está fornecendo á população da ca*pitai:

Carne nacional, a t$o.o rdis o kilo nostalhos do mercado publico, ns. 2, .|, 6, 8,10, 14, ló, 18, 20, 22, 24, 26 28, 30 e 32;travessa da Princcza n. 39; Santo Amaron. 4t; estrada da Independência, ns. 49e Ó7; Arrayal de Nazareth, n. 5,5; tra-vessa da cVAtalayia, n. 57; travessa da Prin-ceza, n. 58; travessa d. Romualdo de Seixas,n. 61; rua dos Mundurucús, n. 64; travessa15 de Agosto, n-, 06; Igarapé das Almas,n. Ó8;5travessa Romualdo de Seixas, estradade s. João, n. 69; largo de Nazareth 11. 70;estrada de s. José n. 71; travessa de s. Ma-theus, n. 73; travessa da Gloria, n. 74; es-Irada 2 de Dezembro, n. 75; canto da Vira-çao, 78; travessa d'Água das Flores, n. ,50;rua Lauro Sodré, n. 51 ; travessa 25 dcMarço, n. 52.

Carne do Rio da Prata, a /$,?«£> reis o kilotemporariamente, nos talhos do mercado pu-blico, ns. 1, 3, 3, 7, 9, n, 13, 15, 17, 19,2t, 23, 23, 27, 29 e 31; estrada de SaoJoão, n. 33; rua 13 de Maio n. 34; estrada'de S. Jernnymo, n. 33; praça Baptista Cam-pos, n. 3b; travessa de S. Matheus, n. 37;travessa D. Romualdo de Souza Coelho, n.38; travessa de S. Pedro, esquina do conse-lheiro Furtado, ri, 40; rua do Rosário, n. 42;largo da Pólvora, 11. 43; travessa da Gloria edr. Moraes, n. 44 travessa l.° de Março, n.45; travessa Caetano Rufino n. 4.6; rua dosMartyres, n, 47; rua do Aljube n. 48; largoda Polvora[n. 33; largo de Nazarbth, n. 54;laigo do Carmo n. 36 travessa da Gloria, n.59; estrada de Nazareth, n. 60; Rcducto, n.62; rua 28 de Setembro, n. 63; rua dr. Mal-cher, n. 05; Rcducto, canto da tiavessa daPriiiceza, 11, ',2; estrada da Constituição, n.76; iravessa de S. Matheos, n. 77: rua da Pe-dreira, n. 70: estrada de S, José, n. 80; Ira-vessa 13 du Agosto, n. 81; estrada de S.Braz, n. 82; estrada do Independência, n.83; travessa 15 de Agosto, n. 84

A estrada dc Muaná, titulo de uma gazeti-lha que devia ser hontem Inserta nos edito-riaes da Folha, saiu, por erro de paginarãonas publicações a pedido.

Tres casos de variola foram verificadosem Breves pelo respectivo medico regional,dr. Trajano Borges de Abreu Marques, quetomou as provideneras necessárias, de accor-com o intendente Municipal.

O juiz de direito interino de Chaves pro-nunciou o dr. Tertuliano Pinheiro, promo-motor da comarca, como incurso nas pena3do art. 207 ns. 1 e 4 e art. 20S n.° 3 do co-digo penal da Republica, cm processo dcresponsabilidade.

Se o promotor nao tivesse antes levadoao conhecimento rio procurador geral doEslado certos factos que tornam patente avida moralisada de um juiz ....

Foi finalmente pronunciado pêlo juiz dedireito de Breves, Vicente Guedes, a quemimputam a resposabilidade dos factos quedurante tres annos tiveram lugar na Laguna,Pau.xis e Maipary,

Nao pôde ainda ser affirmada a existen-cia de casos de variola em Soure.

Aodr. Godinbo, que para ali foi por parteda inspeciona de hygiene, nao foi permit-tido visitar o doente, que está em lugar dis-tante, em razão das muitas chuvas nos ulti-mos dias .

Pesqueiro é o lugar onde dizem ter-se aa moléstia manifestado, trazida por pessoasvindas da Vigia.

O dr. Godinho tem vaccinado nas escolaspublicas da cidade, e conseguio inòèular umvitello, que dará abundante lvmpha.

A SINGER VIBRANTE foi con-siderada polo jury da Exposição do Chicagoa rainha do todas ns machinas do costura.

PUBLICAÇÕES A PEDIDO

JOCKEY-CLUB PARAENSETendo a directoria resolvido realisar a

corrida adiada, no dia 22 do corrente, saoconvidados os proprietários dos animaes in-scriptos a confirmarem as inscripções feitas,até ás 8 horas da noite de quarta-feira, 18do corrente.

A confirmação será feita mediante paga-mento da porcentagem de 13 "|„ sobre ol.° prêmio.

As condições dos cinco parcos do pro-gramma sao mantidas em sua totalidade.

A corrida realisar-sc-á com qualquer nu-mero de animaes confirmados.

pareô MARTINS PINHEIRO a reali-sar-se no dia 19 de Abril de 1896.

Distancia—1.027 metros —Animaes neo-phytos da Amazônia e Ceará. Prêmios:1.500S ao 1.", 500S ao 2." e 300S ao 3".Porcentagem: 3 a 5 animaes, 20 °[„; 6 a 9,15 ü[0; 10 ou mais animaes, 10 °[„. O pareôserá realisado inscrevendo-se pelo menos5 animaes.

A inscripçao encerrar-se-á ás 8 horas danoite de 30 de Março.

Observações.—De hoje em diante, as in-scripções será feitas de accordo com o quedispõe o código de corridas, no capituloInscripções.

Secretaria do Jockey-Club Paraense, em14 de Março de 1896.

Dr. Nu no Bacna.Secretario interino.

ESCHOLA OE CINTRAMorreu ! só resta agora a Sombra da hioile,

e o seu auxiliar, outro lieroe, que nao saben-do respeitar a sua própria casa, nao teve es-crupulo em subir as escadas de Palácio earrancar directamente das mãos de um ho-mem de bem, illudindo-o, como sempre,uma nomeação para satisfazer os instineteslibidinosos d'aquelle que se julgou com o di-reilo' de oííender a sociedade da minha ter-ra.

Morreste, e nem sequer deixaste os 10Smil réis mensaes que estorques de cada umdos meus próprios conterrâneos, professoreselementares, a pretexto de teres conseguidoas nomeações ; Jjoneste, e nao dispensasteos 13ÍÍ000 réis mensáes que pelo mesmo mo-tivo recebes de cada um dos meus conterra-neos adjuntos das escholas ; morreste, e naodispensaste os 308 de um pobre velho, hon-rado pae de familia que pela nomeação re-cebes mensalmente lá de Santarem-Novo;—Morreste, e oh ! humanidade . . . por ondeandas que nao volves o teu olhar á minhaterraH

E és amante da instrucçao publica!E fallas cm abandono de uma sra. quando

pelo respeito da lua amante praticaste acçaotaodeshumana.queguardamosporque a nos-sa respeitabilidade assim nos ordena e o in-fortunio determina.

Quem comjcno fere, com feiro será ferido, jádisseste,

Morreste, mas havemos de nos collocar átua sombra, já que és grande, alé á ultimageração.

Continua, e verás.Cinlreiisc.

DUAS CURAS DO PEITORAL DECAMBARÁ

Dois netinhos da respeitável matrona sra.d. Maria José Rodrigues Barcellos estavamatormentados pela coqueluche sem obteremallivio com o tratamento medico. Um dia adedicada avó deu-lhes o Peitora1 du Cam-bará, dc Sousa Soares, e ficou surprehendi-da com o esplendido resultado do medica-mento.

Os agentes Rodrigues Vidigal &= Cú (11

.íS peHMoaa curada»Café ISeiirão

pelo

'Chamamos a attençao dos nossos leitores para 32casos de febres, curados com o verdadeiro Café Ba'-rào.

«O negociante sr. Eduardo Piuotuoso Martins o Silva,Veio a esta. capital proposital menti: para abraçar osalvador dc -sua familia, o sr. pharmaceutico Beirílo.

uDiário de .Volteias, to de Julho de 1890a. 11—P —¦nana 9 a» »bwhi -

Purgações antigas ourecentes

Er.ui provado por grande numero de experiênciasque o único remedlu que deve ser usado para estas.doenças ó o Blettot, c interna e externamenteO Bienal é um vcidadciro especifico das doenças dasmucosas, nos homens ou'nas senhoras, e o único quetem merecido ser adoptado pelas summídadcs módicas,não só por ser completamente inoffenslvo, como pelascuras maravilhosas que tem produzido.

ASYPHILItíSnbçÍB quanto são perigosas e incommndas as doen-

ças syphilitieax? Se quízerdes cvital-os, o íacHiino, por-que nenhuma doença contagiosa se transmitte ou re-produz, se dentro de 6 ou íl horas se molhar o logardo contaeto com uma água que tem o nome de Se-guro da Saúde.

¦««! BQK» •£"&¦ O^CSB»»*»»»--—

Dl Chi Al Específico «Ia» Imlninmncflo»ULClvUL e corrimentas das mucosas, re-contes ou chronicos. nos homens ou nas senhoras.

0 Licor d'Eucalyptos Elpidio fazendoprodígios _»*¦

V í fPara Io Janeiro dc 1896. — AríJigo Elfffio R.

da Costa. >A minha filha Ciai isso, de um anno 0 aeto me/rs

de Idade, soffiia do febres, quu eram rebeldes aosmedicamentos conhecidos. Por fortuna Òspcrimentoi ovosso «Ltcôr Ü'£uCáb/ptòa -.; c, mcico dc Deus, .1 fc*bre cedeu im medi atam onte*, como por prodígio.

Jubiloso com tão maravilhoso resultado, resAnsl(•'nnmunicnr*vo3 rsto fado, pois o vosso * licood'Eucalyptoss-, além do clicar c dc agradável sabor

.tlflo tepugua ;\x crianças pnr .-não.ser amargo.Podeis publicar fista declararão expontânea, se as*

sim o julgiudos convc-nientí\* O amij-o m-radecido

Leopoldo Augusto J^ocnça(Ivítâ a aísignatura tcconheçidfl pelo Tabelião Cher»

M'.'S'.!.

OUTRAS DUAS CURAS DD PEITO-RAL DE CAMBARÁ

Cumpro o meu dever de gratidão, declarando que,sendo acommuttido*do uma fnrtõ broncliito que mo le-vou ao leito, deliberei usar o—PEITORAL DE CAM-BAKA—do Souza Soares, e foram tão felizes os seusresultados que no fim de tres dias podia voltar ás mi-nhas lides.

Kã mesma oceasiao foi uma minha filhinha accome-ttídã do uma tosse impertinente, com caracter astb-matico, c, àpplicando-lho eu o mesmo eflicaz medica-mento, vi-a restabelecida em poucos dias.

Pliarvnácoutico Francisco dc Paula Pires,—(Firmateconhecida.)

Os agentes, Rodrigues Vidigal &• C. 1(2

EDITAES

Abertura «le íallencia econvocação de credores

O doutor João (íoncalves de Medeiros, juiz substitutoda segunda vara do commercio, na jurisdição plenada capital do VntA, etc.

Faço saber aos qtie o presente edital virem ou dóllotiverem noticia que em observância do àccordam doTribunal Superior de Justiça de 5 de fevereiro nosautos dc aggravo em quo Fábio Alves Simões do Fi-gueiredo, requereu sua f.illeneia, proferi despacho de-elarando aberta a dita fnllcnçia a datar do 20 de ja-nciro ultimo em que o mesmo requereo a sua fallenciae nomeei syndicos aos credoies da massa fallida JoãoCaetano Barreto ó Antônio Luiz Machado & C." ten-do o i.".sido substituído por Miguel Ferreira Braz, cconvoco a todos os credores do fallecido para se reu-nirem na sala das audiências deste Juizo ao meio diadc 16 do corrente, data para a qual foi addiada areunião convocada para 11 do mesmo mez e A qualnão com par cVe ram os credores, podendo estes na reu-nifto ora convocada para oi; fins logacs, fazerem-sc re*presentar por procuradores com poderes especiaes

K para constar, na forma do' Dce. n. 917 de 24 deOutubro do 1890, mando publicar este pela imprensae logar do costume. Belém 14 de Março de 1896. Eeu Bernadina do Kspirito Santo dc Araújo escrivãoque escrevi (assignado) João Gonçalves dc Medeiros,

HOJEDe tabaco do alto Acará

rio grandeO proposto do agente Adolpho faia leilão do supe-

rior tabaco do alto Acará, por conta dc quem pertencer, no trapiche do Commercio.—A's 8 horas da ma*nh.l.

De moveis, mercadorias eoutros artigos

N'agencia Furtado, pelo agente Sousa, por conta oordem de quem pertencer serão vendidos muitos moveis,diversas mercadorias e outros artigos.—A's 2 horas,

He inoveis de família compouco uso

N'ageneia Furtado por conta e ordem do quempertencer, serão vendidos muitos moveis de familia compouco uso.'Venda

positiva.—A's 2 horas.

De amostras defiitercaelorias

Polo agente Sousa, por conta do um negociante,serão vendidos ao maior preço, muitas amostras do mor*cadorias.

Agencia Furtado.—A's 2 horas.

lie assucar, cate e xarqueO agente Costa Bemfica, auctorisado pelos srs. Luiz

d'Araujo & C", venderá em leílas, no trapiche RedCross, uma factura de assucar, café o xarque.—A's 8horas.

DE TABACO E FARINHAXo trapicho do Commercio, pelo agente Sousa ven*

dorá em leilão, os gêneros acima ditos, por conta dequem pertencer.—Afs 8 horas.

DE PEDRAS MÁRMORESTEKÇA-FEIKA, 17

O agente Sousa venderá om leilão, por ordem" doSeguro, diversas pedras mai mores ditas, de cantaria,etc, etc.

Venda positiva.

DE ÜMA TADERKA COM M1ÍRCAÜORTASO preposto do agente Ferreira da Silva venderá

uma taberna com mercadorias, armação, balcão cutensílios, á estrada de Nazareth, próximo ao atraiai.

A venda será cm um só lote 011 a retalho, o (az-sonegocio em particular antes do£leiláo.—A's 9 aoras.

3>e moveisTERÇA-FIÍIEA, 17

»O leiloeii" publico Costa Iiemfica, (com escriptorio

á travessa Campos Snlles, n. 20, telephone n. 228),competentemente iiuetorisndo fará venda no predin letra Dá travessa de S. Matheus, dos seguintes inoveis, comosejam; um piano para aprondísagein, dos conhecidos fabrí-cantes II. W. ilrarides & Wackcr, mobilia dc mognocom 19 peças. 1 candieiro de pindurar, 1 espelho, 1relógio americano para cima do nteza, 1 cama dc co*dro, 2 guardas-roupas, 1 guarda-casaca tudo do cedro,T commoda de macacauba, 1 estante para livros, ta-petrs, quadros, escarradeiras, candieiro de nlclcel, cmais objectos que estiverem no acto do leilão.

Venda ao correr do martello.—-A* 1 hora.

Jie um terreno á travessaSS de «Junino, antiga 25

de MarçoQUARTA-FEIRA, 18

O preposto do agente Furtado venderá, para liquí*dar, um Terreno com 25 braças de frente o 14 defundos, junto ao canto da estrada da Independência,com poço c arvores fruetiferas, onde estiver o signal.—A's 4 horas.

DF. JÓIAS, URIL1IANTF.S, I3IXAS, ANNlilS,COLLARES, ETC, ETC,

QUINTA-FEIRA, 19N'agcncia Furtado, o fagente Sousa, pot conta de

um cavalheiro que veio do sul so venderá em lollAo,diversas Jóias, brilhantes em bichas, annéts o collares,pulceiras, etc. e uma factura de relógios americanos.

Venda positiva. Vide o catalogo do dia de leilão.—-A1» 2 horas.

DE UM PHpNOGRAPHOO ogGJJÉp Sousa Venderá na ageucia um phonogra-

;í> « ••''is. •< pertences.¦—A'b 2 \\z horas.

lie t!a\ «eis mansos, umcarrt« grande, imadei-

ras, moendas para tintas,íuísos de çgrés, etc.

PERTENCENTES À COMPANHIA CERÂMICA,EM LIQUIDAÇÃO

SABBADO, 216 AOEMTE

Costa Bemficavenderá em leilão, ao maior tan.ee, no terreno da Com-panhia Cerâmica, em liquidação, no bairro de SâoJoão. á travessa Pedro I, eanín da rua da Muuicipaslidade, o seguinte: dois .bois mansos, um carro gran*de, uma moenda para tintas, tubos dc grés, aviamen-tos, vigas e vigotaa de acapú e madeiras do diversa*qualidades, assim como muitos outros artigos perten*centos á referida Companhia Cerâmica, que líquida***)positivamente. A grande aica de terrenos ató ao ma*será vendida em leiláo, cm um só lute, ou a letnlho,so o preço do um só lote nãu convier. Será positiva*mente tudo vendido nVste leilão, para o qual chama-so a attençao dos srs. pretendentes.

Vendas sem limites para liquidação positivaA's 4 1|2 horas

AVISOS MARÍTIMOS

»^R\ f\VIAGEM AO RIO JUltlTA'

VAPOR «ALFREDO»tj

Esto vapor segue viagem para o rio Juruá até áFoz do Juruá Miry e entrando no Tarauaeá ató Itu-lunan, na noite do iH do corrente.

iíncommendas e passageiros no dia da sahida, atóás 4 horas da tarde, no escriptorio dos proprietáriosLcvy, Ferreira & C».

VAPOR «JURUA»Segue para o alto Juruá ató Santo Elias, na noite

de 30 do corrente mez.Recebe a carga engajada, no trapiche Auxiliar ató

o dia 25. Passagens o enconnnendas no escriptorio dosconsignatarios ató ás 4 horas do dia da salda, quandoserá dado o expediente.

An/t n.;o Cruz ô-» C\ (13

VAPOR « GILBERTO»San para o Alto Juruá ató Valparaiso, no dia 26

do corrente.Recebe passageiros somente.Expediente no escriptorio de A. J. de Sousa & C\

Alberto Motta «V Cf

Amazon Steam Navigation Company, LimitedAVISO

Avisa-se a quem possa interessar, que, de accordocom a auetorisação do governo do listado do Amazo-nas as escalas de Urucará e Silvas, deixarão de serfeitas pelos vapores da linha de Manáos para seremcomo antigamente, feitas pelos das linhas do Madeirae Pmíis, desta data em diante.

Pará, 9 do Maiço do 1896. (6

MitèaiàirafEu por este certifico que o estabelecimen-

fo do sr. P. F. Esbensen, em Copenhagen,onde so faz o serviço de enlatar e encaixotara manteiga, tem estado sob minha inspecçaodesde o dia i.° de maio de 1894 até hoje,durante cujo tempo tenho tomado muitasamostras de manteiga para analysar, quer to-mando a manteiga das latas já encaixotadas,quer tomahdp-a da massa depositada nosarmazéns, antes de enlatada.

Devo mencionar que sempre tenho tidoentrada livre em todas as partes dos deposi-tos e armazéns do sr. j". F. Esbensen.

Declaro mais que nunca achei no seu es/abe-lecimento manteiga contendo margarina, nemgordura estranha de qualquer qualidade, po-rem, ao contrario, todas as amostras provamserABSOLUTAMENTE PURA

A SUA MANTEIGA!!Declaro também que nunca encontrei ali

a presença de preservativos estranhos.Laboratório chimico-analytico, em Cope-

nhagen, 18 de dezembro de 1895.[Assignado] V. Stcin, professor-director do

Laboratório do Governo Dinamarquez, paraanalysar alimentos. (48

Declarações e avisos

fabrica dePapélpavaeiiseFicam á disposição dos srs. acciomslaa, no esçrípto*

no da Empreza, á Avenida 16 de Novembro, os do-cumentos de quu trata o art. 147 do dec. n, 434 de4 de julho dc 1891.

Pará, 9 do Março de 1896.Manuel Augusto Marques, presidente da junta con-sultiva, (2

Companhia Urbana deE.deFerro ParaenseAO PUBLICO

A Companhia Urbana de E. de F. Para-ense, está recolhendo os bilhetes de meiapassagem actualmente em circulação.

Pará, 13 de Março de 1896.Lúcio Amai ai, gerente. |(i

Hospital D. £<uiz IO sr. presidente da directoria manda fazer sciente

ás pessoas doentes quo á'ova ein diante derem entra*da neste Hospital c aos responsáveis por estes que emsessáo de directoria fui resolvido o seguinte :

Os doentes ou os responsáveis por estes, pagarãoa diária do 15 dias, se sahírem do hospital sem acompetente alta do medico, abuso que muitos teemcommcttido, menosprezando o regularmente interno doHospital, e quo dôo motivo, com justa razão, a quealguns dos distinetos módicos d'este Hospital reclamas-sem providencias da directoria, pois, interesse algum po-dem ter, em reter o doente quando esteja ícstabele-cido, o sim, cm beneficio dos próprios doentes, impru-dencias estas, que a muitos teem sido fataes, com asrecahidas.

Outrosim, previrte-sc aos srs. sócios, que ao entraremcpmo pensionistas da Sociedade, devem apresentar oultimo recibo das prestações, do forma a provaremque estão quites com os cofres sociaes.

Pará, 10 de Março dc 189Ó.O 2o secrctaiio da direciona, Manoel dos SantosMoreira, {\

Companhia dc Seguros Commercial do ParáOs accionistis desta Companhia sflo convididos para

a sossno ordinária d'Assemblêa geral a iralisar*se nodia 26 do corrente, á 1 hora da tarde, cm seu es-crlptorio, afim de tomarem conhecimento das tran*nac.òcs o operaçOes do ultimo período administrativoe ao mesmo tempo elegerem os novos funecionaríosque tôm de servir no período vindouro.

Belém, 14 de Março de 189o.O presidente d^asserablóa geral, dr. Theotonio A\

dc Brito, (g

JOCKEY-CLUBASSEMBLÉA GERAL

Sflo convidados os srs. a criou islãs a reuni rem-50 emsessáo ordinária do assemblòa geral que terà logar nasede desta soclcdndo, A rua da Industria, n. 56, nodia 25 do corrente, ás 2 horas da tarde, afim do pro-ceder-se á eleição dos corpos gerentes que devem re-e,er os destinos desta sociedade no corrente anno cpara prestação dc contas do anno próximo lindo.

Pará, 14 de Março de 1896.Manoel Pereira Dias, presidente da assembléa geral.

Conipanliiã do Seguros Coiiiiitercral do ParáXo escriptorio desta Companhia pagar-se.A, do dia

zo do corrente em diante, das 10 horas da manhã ás2 da tarde, o X50 dividendo, á rnrão de 20 °|u, rela»tivo ao ultimo semestre.

Belém, 14 de Março de 1S9Õ.Os directores :

í *t'scondè de S, Domingos,Bernardo Ferreira d'Ulirei*a,

José Marques Braga. )y

AVISOS ESPECIAES

-1- *¦ VV^xrsct O^ j„i5 empregados doCommercio, Aviso ai cst.i rcihcçío.

Fabrica CerâmicaSiíbbado, 21 do corrente será ven-

didu ii fabrica de Cerâmica Apertei-coada com todo ou parte do terreno.Vide annuncios çlo:jigehtéJC(jsta Bem-fica.

SERINGAEAluga-se duas posses com vinte estrada 4 cada uma;

a tratai com Cypiiano Games da Silveira, no rioAranul Grandy, uu n'osla capital com os abaixo as-signados.

Freitas, Albe.ito cV C*. (i

-A.-fc"fco:o.ç5 ^<o~"COMPANHIA SOUSA BASTOS

Previne-sc aos srs. assignantes, que ns pri-meiras 10 recitas serão recebidas n'agenciade J. Ferro & Ca, de 14 a 17 do conente.Nilo tendo a agencia cobrador, pede aos srs.assignantes o obséquio de mandarem pagarna dita agencia, recebendo n'cssa occasifioo bilbete para a i"rccita livre a que teem di-reito. (2

Retratos .ampliadosA agencia Furtado, á rua 13 de Maio, n. 73, in-

forma quem manda vir direetnnionto d'Amorica, ro-tratos ampliados, crayan, pastuLo aquarelas, em ta-manhos naturaos, por preços reduzidos e somente com2 mezes de demora. r2'

TERRENOVendo-se por módico preço, um magnifico terreno

com capinzal, medindo 36 braças do frente e 11 di-tas de fundos, sito à roa 28 de Setembro, próximo aoIgarapé das Almas.

InformaçOcs com o agente Costa Bemfica, á traves-sa Campos Salles, n. zo, telephone, n. 228. (7

A LIVRARIA BITTENCOURTANNUNCIA ÁS EX1IAS. SUAS. 1'IANJSTAS O UKCIÍB1-

JIENTO DAS MUSICAS SEGUINTES:

Beijos de anjo, Sonho de noiva. Amor que. mata,Aquidaban, Fraternidade americana, Kdilh, Gostoso,Não faça cócegas, Quanto doe uma despedida, Mimosa,Celestial, Augusta, Ditosa, Burro do Sr. Alcaide.Carneiro preto, Coração ferido, Borboleta c outraunovas, que tem sido muito applnudidnsi {2

P01M RUSSARemédio maravilhoso e infallivel especifico

contra moléstias cutâneas como:Empigens, clarlros, herpes, acnes,

lepra, sarnas e psoriasis.Este medicamento que foi approvado pela

exm.a Junta de Hygiene sob a deno-minaçao de

ITiigueiito JSTãgermodificado, pelos únicos inventores da for-mula, passou por despacho da mesma exm."Junta, de 5 de Fevereiro, a denominar-se.

Pomada Russaem conseqüência de ter sido registrado naJunta Commercial outro preparado com o

mesmo nome.Não se fabrica mais o Unguento Niger

modificado, de Rodrigues; Vidigal & C.-L, edeve ser podida:

POMADA RUSSAD E

Rodrigues, Vidigal & C.TRAVESSA JIARQUEZ DF. FOMBAX

Águas mineraes e siílpM(Inivòrsalniontoropiitadas

^PEDRAS SALGADASYIDAGO

SEliTERS MONÕPOL •R KNTHIÍ-ÜIOS

VENDEM ALFREDO BARROS & COMP.Rua 15 de Novembro de 80. (28

REBOCADOR™Vende-se o magnifico rebocador Touro: a

tratar com Coelho, Bezerra & O1, em seu es-criptorio, á travessa S. Matheus, n. 57. (1

ÕÃIXEIRÕPrecisa-se de um com pratica do interior

A tratar com Clemente de Sá & C", á rua13 de Maio, 11. 41, (1

Para viagemCadeiras de lona, tapete o palhinha, seis modelos e

preços diversos na CADKIRA DOURADA, á travessaCampos Salles 'Passinho) 22.

LIVRARIA CONTEMPORÂNEA

MOURA SALTOS & Ca.CAIXA NO TELEPHONE 268

CORRKIO N. 269 Ender. Telegr.—TÜRIAKO20—Rua Conselhiro João Alfredo—20

ESTADOS-UNIDOS DO BRAZIL—PARA'—«»

Fabrica de livros em branco, papelaria,typographia e encadernação.

«» —Miudezas e objectos de luxo, ete. etc.

Alerta!J. Porto & C.a, á travessa 7 de Setembro

n. 60,vendo por preço commoda doces dc diversas qua*

lidados, como sejam:Goiabada do Cear.i om latas grandes e pequenas,

dita de Pernambuco e Paraense. Cupuassú, Bacu*ry, Limão, Laranja, Gclt-as, oto.

Vende-se também redes de todos os tamanhos do Ceara*e Maranhão por diversos preços. Finas especiaes do20SÓ00 a 70S000 e muitos outros artigos e merca-dorias.

Real Coguae MacieiraÚnico quo tem a mais alta reputação no mundo

inteiro, por não conter ingredientes nocivos A sando9 mais genoraso ds Iodos os que voam ao mercado

Único que obteve a medalha de ouro na Exposiçãode Paris em 18S9.

A mais alta recompensa concedida ãs ÁGUAS AR-DENTES.

ÚNICOS IMPORTADORESHenriques & C".

Travessa 7 da Sotembro n. 49tj

COLLEGIO iMlNERVA-'Sob a direcçao dos professoras normalistâs

Octavio fkèo e Augusto PinheiroReabro suas aulas nn dia 7 do Janeiro. Estabeleci.

mento do Instrucçao prímatia e secundaria,Recebo alumnos internos, semMntcraoi c estornos.Attcndcmlo a irutantM podidos do diversos pais do

familia, resolvemos fazer continuar a ronecionar ocurso secundário, cujas cadeiras serão confiadas n«smesmos professores.

TELEPHONE N. 1570

Palacete sito á Estrada de S. Braz n. 8*!

Page 4: • w - BNmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00076.pdfda qual pendia uma trança de fios asevi-chados . . . V Eugênio tornara-se pensativo, desfigu-rara-se. Uma manhã, acabando

Folha do Norte—16 de Março de 1896

6h)V^ i?@dL®s tUBÍ' QÇfíuw \lBW.j

~\r-uLl.&Sbirinci.&JCi.t,& con.b.ecid.0 ;^c>:r—:E*.E3IT03R.-A.Xj I '.FLO-DIG-IOSOAppvQvndp o autorizada a, venda pela exma. Junta de Hygiene do Estado do Pará. Preparado por—ASÍTONT© 3*. II. 1>E MESÍEZES—Medicamento efficaz contra todas as moléstias das vias respiratórias.

(Doníirmado por attestados de distinctos médicos e pessoas cilradas

ACHA-SE A VEÍÍDA EM TO»AS AS PHAR3IACMS E I>l£OdÍAKIAS I>0 ESTA1ÍO «O FABÍ E AMAZONAS

Único deposito por grosso e a retalho—LARGO DE SANTANNA—Pará—Brazil.—Telephone n. 136

SALA» (Mi71-RUA CONS. JOÃO ALFREDO-71

Tomos a subida honra de participar aos nossos muidjjuu.s frúguezàs o respeitáveis íauiiliits que «tabele-cernes nosso salflo dee< labelleireiro e barbeiro no an-Jar superíur A loja' de jóias filial ao Centro Commer-ri,d Paraense. Ali se aprecia já o primoroso corte deuma tesoura o Ò suave .raspar de uma navalha.

As mães quo quizerem seus filhos com o cabello bemcoitado, queiram mandal-os a esta casa, pois, alem dodesvelo, carinho o paciência dos empregados, esta éhoje no seu gênero a

FKIMl-IKA J>0-NORTK DA REPUBLICASeu pessoal escolhido o habilitadíssimo íiao poupa es-

forros em servir com promptidãu. amabilidade e aceíotodo o cavalheiro que nos queira dar o prazer de suavisita ao I." andar,

CANTO DA TKAVESSA DK S. MATHEUSO salão ondo funciona rata liem dirigida oflicina,

debaixo da gerencia do hábil e profissional artista

JO.S1-: BERNARDO DA CUNHA,cujas finalidades o esmerado trabalho por todos nós éconhecido, está situado em logar tão oittoresco o agra-davel. quanto artisticamente ornado e decente.

A' entrada d'eslc Salão, que ó pela ruaCONSELHEIRO JOÃO AI.VRKDO N." 71.

encontra-se unia nova loja do artigos especiaes parahomem o diversas iniudesas, como não se pode exigirmelhor em sortimento de

GRAVATASde pura seda para collarinhos deitados, em pé e emné-dei tados.

CHAFEOSultimo modelo o primeira qualidade; ditos a Tuna n Ai,w.

MEIASde lio da TCseossia, bordadas a seda, ceroulas, eollaiò-nhos, lenços de seda e bietanha de linho, punhos e asmelhores

'

CAMISAS PORTUGUESASque so teem importado e finalmente, tudo oj/pie ha demelhor o mais chie pioprio para homens.

Kilo esquecendo o escolhido sortimento doPERFUMARIAS

d..s primeiros fabricantes do mundo; essências espe-ciaes u que podori\o abrir-se para provar ao compra*dor a veracidade, du que afunilamos-

(> primeiro pó d'arroz Priueess of Walles, o Oleo,a Loetion o o Sabonete Risa du grande perfumistaA Bourjoís, muito conhecido no sul da Republica.

MACH1NAStiaia (Visar cabello, estojos com escova, carteiras, bi-liiiterias, garrafas de crystal com agua de Colônia e

um sem numero de objectos para fazerMIMOS

Vara. tornar a nossa casa conhecida, garantimos aorespeitável publico vender mais barato do que cm qual-quer outia casa, e todo o freguez que dér pouco maisfln custo, não sahirá sem a mercadoria.

Todos ao SALÃO CUNHA, para ver e crer! !A entrada é pela rua Conselheiro João Alfredo n. 71.

Ao ftalfio CluiihaDE (17

CUNHA & CUNHA

PERFUÍV1ARIASM. R. Rabitt & Comp.

Agua de FloridaKananga e Divina

São os mais deliciosos perfumes para lenço, banhoe toucãdor, em caixas deji2 garrafas inteiras, I2tueias,\?. quartos o 12 oitavos cada uma. Attendendo ásconveniências dos srs. commerciantes do interior, te-mos resolvido sortir as caixas nas seguintes condições:

SORTIMENTO X. i—i caixa contendo 8 garrafasinteirai! e fi meias garrafas.

SORTIMKXTO N. -t—i caixa contendo fi garra-fas inteiras. 8 meias ditas e 8 quartos de ditas.

SORT1MKNTO X. 3—1 caixa contendo 12 meiasgarrafas e 12 quartos de ditas.

TÔNICO ORIENTAL—do superior qualidade cmcaixinhas de 12 vidros.

OÍ.KO PARA CABELLO—cm caixinhas do 6 e12 vidros.

AGUA DK S. JOÀO—cm gairafas inteiras c meiasditas. ,

ÁGUAS DF. COLÔNIA, V1TAL1NA, QUINAn PRECIOSA—em caixinhas de 12 vidros.

KXTRACTOS—finíssimos de diversas qualidades opreços, em caixinhas de meia e. uma dúzia.

Aos ,sis. commerciantes do interior prevenimos quequando desejem sortir-so de perfumarias de superiorqualidade e por preços módicos, devem pedir aos seuscorrespondentes as do

M. R. RABITT & COMP.não as confundindo com * falsificações grosseiras e pre-judiciaes que por ahi se vendem e aliás por preçosexageradissimos. Vendem-se estas perfumarias a reta-lho em todas as pharmacias e casas de miudezas opor atacado no deposito da fabrica á

10—Rua Cons, João Alfrodo—10DE

Agostinho da Silva & Ca.SUCCRSSORRS DK

Almeida Ribeiro & Comp.Telephone n.° 331 (37

Mezas ElásticasDe 4, 6, 8 e 10 taboas: elásticas inglezas,

feitas em cedro, a preços conimodos.Vendem-se na

CADEIRA DOURADATrav. Campos Salles (Passinho) n. 22Vinho Velho do Porto

(TONI-NUTRITIVO)

CONSTANTINOEste vinho, de pureza garantiada e d'uma qualida-do multo apreciável, foi preparado com uvas escolhidas

d'uma das melhores prupriedades vinícolas do Domo.K' um bom auxiliar paia o restabelecimento da sau-

di, e de grande utilidade para ser tomado depois dasrefeições, facilitando a digestão o tonificando exccllen-temente o organismo.

Muito recommendado no tratamento da debilidade,anemia, etc.

Vende-se em todas as mercearias.

ÚNICOS AGENTES

Mil vsi, Irmão ék, CLOJ.A BANDEIRA BRANCA

Largo de Pelado (2

CocheiraAluga-se uma para dois cavallos, lugar para um nar-

ro de luxo o carroças d tratar com o agente AdolphoA rua 13 de Maio n. 67—A.

Mobílias douradascompletas, de lindos e variados gostos, apreços módicos; despacharam GuilhermeGuimarães & C", ít Travessa Campos Salles,

NOVA TARIFA

A Torre de Milcontinua vendendo MÓVEIS austríacos pelos;preços antigos, sem augmento, devido aogrande stock de mobílias de gosto e cadei-ras avulsas que tem em ser.

CAPOTES DE BORRACHAGuarda chuva, o que ha de melhor em

seda. Retiramos da alfândega quatorze cai-xas com artigos próprios para mimo. Morimfiníssimo e oxford, fazendas de Ia paia ca-misa. Liquidação de meias para homens emeninos e um variado sortimento de cami-sas, camisas de meia e fatos para dormir.Toalhas para rosto, cobertas para mesa. Emleques de pluma, seda, papel, marfim e tar-taruga tem este estabelecimento um sorti-mento sem egual. O celebre sabão PEÀRS,o perfume por excellencia :CRIE IPPLE CBÂB ÀPPLfi í

EM BRINQUEDOS maior sortimento emais barato do que em qualquer outro ba-zar. Chapéus de palha americanos e ingle-zes. Bastidores, cortinados, mosquiteiròs,tanto para cama, como para redes, estes aio$ooo. Fichús de muitos feitios e cores.

Maclimas para costura'" - DOMESTICA — SIHGER—WHITE — ADVANCEA única casa que vende uma machina

com mesa a 858000. Agulhas e ferros avul-sos para qualquer machina de costura. Oleopara ditas. Tinta para pratear odeurar. Sac-cos para compras e cestas de vime.

Emfim, tudo que nao achar cm outra casaprocurem naMAXAKOFFRua Conselheiro João Alfredo, numero 80

!Lia,-i£<>c-<gne «& Comp.

í_Agua Apolünaris

Royal Blend WhiskyCOGNAC J'w HENNES8Y

ji e 3 estreitasCHAMPAGNE fino de diversas qualida-

des e marcas.CONSERVAS de legumes, peixes, carnes,

caças etc, etc, de todas as procedências edos melhores fabricantes.

Encontram-se á venda, a preços sem com-petencia, na casa de

Figueiredo Júnior & Comp.Travessa das Mercez, n. 42

TKLEPHpNIÍ N. 152 (24

Officinade Mármore de J. S. Ribeiro & Comp.RUA DA INDUSTRIA, 88— 1'AttÁ

N'esta importante officina se fazeiii todase quaesquer obras fúnebres ou porticaes,como sejam:

Jazigos para famílias, mausuléos, túmulos,campas, estatuas, bustos, emblemas, brazões,pias baptismaes, altares para igrejas, urnaspara ossadas, banheiros, chafarizes, consoles,toilettes, lavatorios, aparadores e placasparaescriptorios.

Soleiras, degraus,mozaicos, azuleijos, gessopara estuque.portaes, sacadas, encornijamen-tos, balaustres para platibandas e forraçOescompletas para casas. (85

RUA DA INDUSTRIA, 88—PARÁ

-—'DEPOSITO DAS PÍLULAS

noDr. Cypriano Santos

CONTRA SEZOliSli INKI.A.M51Ai,'ÔI-:S rio FÍGADO

DROGARIA DO POVO *I — RUA CONS. JOÃO ALKRKUO— I

E. II. DO BRAZIL—PARÁ

ISEMEÍVT.ES de flores e

hortaliças,deposito constante,renovado men-salmcnte por todos os paquetes da Europa, naCADEIRA dourada, á Travessa Campos Sal-les (antiga do Passinho), n. 22

_£l «STJJLm AJVLJÉTÉ^LXO.A.99

S.GERMONTREL0J0EIRO

4Qí.

RELÓGIOS SUISSOS E AMERICANOS DE TODAS ASQUALIDADES

Agencia doa Chronometros VictoriaVarejo e atacado a preços baratíssimoi

Concertos do relógios de nlgibcíra perfeitos e ga-ranlidos i

Iairgo «Ia* Merce.s, n.° 11junto a casa A. Frend & Comp. (i

Camas de FerroPARA CREANÇAS

com colchão elástico, a preços muitos redu-zidos. Ditas de ditas de lastro de palha.

Na Cadeira Jidoncatf aTravessa Campos Salles (Passinho) n. 22

Companhia Brasileira le Seguros sobre a IaCapital . . .Sede social

Rs. 5.000:000$Rio de Janeiro

E' a Companhia que aos seus segurados offereceas mais vantajosas condi-ções, d'entre quantas são até' hoje conhecidas. Kecbmmendá-sé a leitura doprospecto e das tabellas.

A apólice de accumulação de lucros é a mais liberal possível. Nao soffrerestricçOes em conseqüência dá oecupação e da residência do segurado.

Garante o pagamento do seguro, seja qual fôr a causa do fallecimento,ou este se dê em serviço de guerra, ou em duello, ou por qualquer outra causa.

Escriptorio Central da Companhia, prédio á rua do Ouvidor n.° 5G eQuitanda n.° 66

DIRECTOR GERAI:J. Sanchez.

DIRECTORES:A. DarlolJ. WallersteinA. Sanchez

A. IlasselmannCh. J. QuineyII. J. Reeves.

CONSELHO fsical:

Dr. Sancho de Barros Pimentel, Dr. Nuno de Andrade,e Dr. Oito Raulino.

Para mais informações, dirigir-se a

CARLOS DE LA-ROCQUfSO-BVA I>A IffDUSTRl—30

CAIXA POSTAL — IOI TELEPHONE— 1696

(•3

DASMOLÉSTIAS DE PELLE, EMPIKGENS E DARTROS

caracterisadas por escoriações da pelle, èscamás seccas ou serqjjjta botões pus-tulosos corrosivos com perda de pús fétido, dartros, erytlimoide, produzindomanchas e elevações vermelha.? e inchação do tecido cutâneo (o que o povo con-funde, quando affecta as orelhas, com a morphéa), darljro vesicular formadode vesiculas maiores ou menores, cheias de pús ou de serosidade, e pústulascom aüfèola inflaminada; se consegue definitivamente com o uso da

TINTURA DE SALSA, CAROBA E MAHACÁ E FUMADA AHTI-HEUPETICAPreparadas sob fórmula única e especial do pharmaceutico

Eugênio Marques tio IfoliaudaA sypliilis primitiva secundaria e terciaria; a cachexia syphylitica, escrofu-

Ias ou alporcas, boubas e feridas inveteradas, rheumatismo éhronico ou agudo,por mais rebelde que se torne a outro tratamento, cedem emquanto a economiado doente fôr susceptível de uma reacção medicamentosa, tios effeitos e effi-cacia da mesma

Tintura de salsa, caroba e manacá e Pílulas purgativas depurativas de Yelaminapreparadas sob fórmula do mesmc;autor, o pharmaceutico

EUGÊNIO MARQUES DE HCLLANDAObservações—O tratamento de qualquer das moléstias aqui mencio-

nadas pela Tintura de Salsa, Caroba e Manacá, níTo reclama a menor dieta,quer em relação â alimentação e costumes, quer em referencia ás intempériesdas estações, sol, chuva e trabalhos de campo.

A' cada remédio acompanha uma guia esclarecendo o modo deuzal-o etudomais quanto possa convir ao doente.

Os jornaes de maior circulação da Republica indicam os lugares em quese os vende

X-aboratorio <Sa Flor ISrazileiraaRio de Janeiro—12, rua Visconde do Rio Branco, 12

E. HOLLANDA—única legitima, suecessora do pharmaceuticoEUGÊNIO MARQUES DE HOLLANDA

Cuidado com as imitações e falsificações.A' venda em todas as drogarias e pharmacias e no único deposito geral

no Pará—Pharmacia Cezar Santos & C\

;S'l— ISua de Santo Antônio—JJ1

CAFÉ' QUINADO CAFFERANA E JURUBEBA

Phapm^oeirâico EfSontesro

,.. 'ntermittentes—Sezões—inflama-e fraqueza de pernas etc.

Prodigioso remédio parição do figado e baço, incha

t/lUA AGENCIA NO PARA'

PHAB3MACIA CEZAR SANTOSI*e Cezar Santos •& Comp.

31—Rua de Santo Antônio—31

Casa á vendaO agente Antônio Souza está auetorisado a. vender

uma casa própria para familia, sita á rua Dr. Mal-ther n. 87; trata-so em seu escriptorio A travessa doS. Matlious, 11. 8.

Estante para livrosVentlc-se uma em perfeito esíado e por preço mo-

dico.A tratai n'ngcncia Costa Bemfica, A travessa Cam-

pos Sallov, n. 20. (2

Vende-se 1 iroportantcj secretária, chfgada da

America, com uma iica cadeira para a mesma;trata-so n'ngenda Furtado;

Aluga-xe um para deposito.InforniaçOes com o agento Costa Bemfica, atravessa

Campos Salles, n. io, 'tclrf.honc, n. 128. (4

Bom emprego de capitalVende-se uma bôa casa por pouco dinheiro de duas

jancUas e porta, sala, alcova, varanda, quarto o cosi-nha /v •„ imchada, com poço e grandes fundos, em umdos .tes -VjgoLres tio Untarisal com linha de bondsá portç (uer de j descida ou subida.

iVuvcisa 1). Komualdo de Seixas n.° 90A tratar co'ni o preposto do agente Furtado na

agencia Furtado ou no Boulevard da Republica n."39. c»»in <» mesmo agente.

Vendo-se d-is terrenos bom situados na Estrada deNazareth e na Estrada de JS, Jeronymo.

Trata-se com o corretor Furtado, no Boulevard daRepublica n. 39.¦¦IH.É..IH.... ¦—*—¦»— êma mu 1 ¦¦¦

Vende-se (luas casas novas, próprias parafamília de tratamento.

Ti ata-se no Boulevard da Rcgucüca n. 39

AO COMMERCIO DO INTERIORdo Pará e Amazonas

O proprietário da alfaiatariaFonseca tendo de retirar-se paraa Europa precipitadamente, re-solven liquidar, por preços ex-cessivamente baratos, o enormesortimento de roupas feitas exis-tentes era sen estabelecimentosito á travessa Dr. FructuosoGuimarães n. 7, em razão docomprador do mesmo se recusara receber as ditas roupas.

Convida,'portanto; a todos oscommerciantes a visitar o seuestabelecimento.

Sementes novasDe alface, repolho, tronchuda, nabos, pimentas,

chicória, rabanetes, salsa, abóbora branca, pepinos me-lüo, tomates, eóehtro, melancia romana, feijão prince-za, couve Auvcrgne etc. etc.

Na Cadeira dourada, travessa Campos Salles (Pas-nho) 22.

FABRICA DE PERFUMARIAS CONSUMOVRIVILHOIADA POR LEI N. 235 UIÍ I,j BE MAIO DE 1895

Os proprietários desta nascente industria Paraense,tem a honra do expor a venda ao respeitável publicoda grande Amazônia, os produetos da sua fabrica, . squaes rivalisam, com os mais aperfeiçoados, importadosdo estrangeiro:

A SAUER:

Sabonete da Virgem de Nazareth (medicinal). Estesabonete ú saponificadò por um hábil po riumísta soa formula theiapeutica c tem feito grande revoluçãoentre os seus mais afamados congêneres.

Elle faz dcsapparcccr, como por encanto em poucosdias, as manchas do corpo, espinhas, empigens, caspa,e todas as erupções cutâneas, principalmente as pro-venientes de demazíado calor.

Sabonete da Virgem de Nazareth (perfumado). Estesabonete de fôrma elegante o de cores finas é fa-bricado com esmero c com os mais delicados aromasda flora brazileira. Este sabonete é de uso forçadona toilctte do mundo elegante.

Sabonete Bouquet Paraense. Este sabonete o fabricadodo pura glycerina; a sua efficacia é já bem conhecida,tem gravado o busto do proprietário da fabricaConsumo.

Sabonetes de sueco de alface e de leite. Estes sabonetessão emolliuntes por excellencia e conhecidos da mo-dícina moderna.

Sabonete du ahniscar, marca cupido. Esto sabonete éadistringente, e contem propriedades medícinanes ereservadas.

Sabonete de glycerina transparente, em barras com-pridas e curtas.

Sabonete S, João, pequenos, surtidos em cores, em cai-xinhas de 5 dúzias. ' \ t

Sabonetes de lacatrão medidnaes, cm paes.Sabonetes medicinaes camphorados, carbolicos, phe-

nicados, e sulphurosos, em caixinha de 1 dúzia.Sabonetes finos, para banho e toüettc, cm caixinhas de

luxo, de 3, 6 c 12 sabonetes embrulhados pelo sys-tema francez e fabricados com as seguintes essênciaspuras:

Baunilha, Resedá, Rosa cha, Patchouly, Santa!, Rosa,Jacintbo, Opoponax, Cashcmere bouquet, Violetas,Windsor, Agua florida, e Coco branco.

Potuada em latinhas sortidas em cores, systema Pi-ver.

Pomada Progresso, de pura Vasilina, em latinhas comespelho na tampa. Esta pomada além das applicaçõcsuxtiacs, 6 também medicinal.

Cosméticos para o cabello, fabricam-se em todas ascores e tamanhos, não contendo cm sua composiçãoo nytrato de prata muito prejudicial aos cabullos.

Pó de arroz extra-fino, bismutado branco e cannira,perfumado com aroma da flora brazileira, em cai-xinhas de luxo com pluma e espelho na tampa, pro-prias para bolso de senhoras.

Pò de arroz extratos-finos, perfumado, branco e carmimcm_pacotes de cem grammas.

SABÃO de seda, grande novidade ! Este sabão especialrecommenda*se a todas as donas de casas, usa-secom escova e agua, ou de infusão; na certeza deque não lia outro sabão apropriado para tirar quaes-quer nodoas ou manchas nos vestidos de sedas oude lã, sem deixar vistigio algum nos tecidos, attentaa sua fabricação especial e completamente neutral.

Sabão em pó para barbeiro,

PREÇOS SElt COMPETÊNCIAOs proprietários

Serafim Ferreira da Oliveira L Comp, (4

Vichy-HauteriveDo corrente anno, garantida, vendem

GULHORME GUIMARÃES & C;

TERRENO HO PINHEIROVende-se um bom e bem plantado terreno de can-

to, medindo dez braças de frente e trinta de fundos,todo cercado de esticas de acapú

Na segunda rua do Pinheiro,a tratar cora o prepos-to do agente furtado na agencia Furtado, ou no Bou-levard da Republica n.* 3c), com o mesmo agente.

Cadeiras americanas com assento de palhinhaVende-se a Sojooo a dúzia, n'agencia Costa Bem-

fica, A travessa Campos Salles, n. 20.

Vende-se pela quantia de 200S000 uma importan-te machina photographica com apparelhosfl todos os

portenses, cartões, de quatro tamanhos, e sendo paraliquidar ató o dia 8 do coraente.

Dá-se informações na agencia 'Furtado á rua 13 deMaio n. 73, telephone n. 244,

Casa com bom terrenoVende-se uma casa com bom terreno, por pouco

dinheiro, á rua Riachuello; a tintar na agencia Eur-tadocom o preposto do mesmo agonie.

Vcudc-fiO uma armação de cedro envidraçada com 3corpos.

Iriifbrn.açò*es na agencia Costa Bemfica, á travessaCampos Salles, n." 20, telephone n. 228. (3

Arrenda-se um grande armazém com tra-piche com "embarque e desembarque ^uerpor mar e terra no centro da cidade.

Trata-se com o correto r Furtado no Bou-levard da Republica n.39.

~"I_}recisa-se do um stteio para entrar em eatabele-J- mento de i* ordem nesta cidade.Informações com o corretor Furtado ao Boulevard

<la Republica, n. 39, tclcphono n. .)oo.

PIANO NOVOO agente Adolpho, no seu cseriptorio .í rua 13 de

Maio n. 07 A, indiiO quem vende um piano do fahri-cante tRích SIpp & Sonh>—Stxittgart, saido da alfan-dega ha 8 dias.

O motivo da venda ó a dona ter de retirai-se parao sul.

"V^Tcnde-so um bom o sólido terreno de canto, sitov A travessa da Princeza canto da ma Dr. Moraes,

com bonds á porta; mede 30 metros do fiento pelatravessa da Princeza o 54 a 60 ditos pelai; rua Dr.Moraes, tendo terra amarella para edificação.

Trata-se com o corretor Furtado ao Boulevard daRepublica n. 39. '

JE*1JLClCLEL«ãL&LaVende-se treS pucbádas a travessa z de Dezembro,

ns. 201, 203 o 205, tendo regulares comníodos parapequena familia. sendo uma d'ei tas occupaila por es-tabelocimcnto commercial.

Informações com o agente Costa Bemfica, á traves-sa Campos Salles n. ao, telephone n. 228. (14

Casa de sala e corredorVende-se uma casa de sala e corredor, toda os-

soalhada do acapú e pau amarello e dividida nos se-gúintçs commodos: sala, corredor, alcova, sala de jan-tar, púchiida com dois quaitos, casinha, quintal

"com

poço, algumas arvores frur ti feras,* situada na rua DiogoMhvn, n. 67, próximo .-t ttavessa 14 de Março,

A tratar no escriptorio do agento Oliveira, A tra»vossa de S. Matheus, n. 8, telephone h, 73. (9™V7 ende-sc um importante canto no centro do,com-

y mercio, pioprio paia edificaçflo de grandes pre-dios. Trnti-so com o Corretor Furtado ao Boulevardda Republica n. 39,

Casa á vendaO ngeiite Antônio Sousa, com escriptorio á travessa

de S. Mathenx, ..." 8, vendo bonita casa de azuleijos,em frente ao quartel do esquadrão de cavallaria, aolargo de S. Joilo, u.° 106, edificação moderna sobre 3braças de fronte o 36 do fundo, com corredor, sala,alcova, três quartos, doapensa, cosinha, banheird e aen-tina.

De loo.ooo a lo.oóo$ó~orJO agente Adolpho, com escriptorio á rua 13 de

do Maio n. 67 —A indica quem empresta de , . . .100.000 a ro.oooSooo.

Dinheiro sobre hypo-< thecas

O preposto do agento Furtado, informa quem dádinheiro sbre hypothecas de um conto de réia para¦cima.

A' agencia Furtado n. 73—t" andar, na Rua 12dn Maio.

"'V^cndc-so uma bôa casa do estilo moderno o

» construcçílo solida com a frente de pedra ocal, sita a travessa Campos Salles, antiga do ;Passínho,n. 32, entre a rua Nova Sant'Anna e Dr. Lauro So-dn'- com espaçosas accommodaçõcs para familia,

Trata-se com o corretor Furtado ao < Boulevard daRepublica, n. 39, telephone n. 400, ou na agenciaFurtado, a rua 13 de Maio, n. 73, telephone n, 244.

ATTENÇÃOAlfredo Castro Coelho, preposto do agen-

te Furtado encarrega-se de vender terrenos,prédios, moveis em casas particulares, fazerleUao em armazéns de fazendas e estivas, etransacçOes sobre hypothecas, tudo com amaior prestesa e exaetiddo.

A tratrar na agencia Furtado, á rua 13 demaio n.° 73, i.° andar.

Vende-se uma na Praça Baptista Campos, ató odia 15 do corrente mez, por 10.000S000; a tratar nana agencia Furtado, A rua 13 do Ítalo, n. 73. (a

XTende-se uma casa nova o de coustrucçüo mo-V derna, com regulares commodos para familia,

sita a estrada de. Nazareth.Trata-se directamohto com o corretor Furtado, ao

Boulevard da Republica, n» 39- (21 ¦ 1 mmmmmm 11 m^^i^^mmmmmmmmmmnm

Batelão de madeira realVendo-se um magnífiro batclílo coinpletm:^í2te novo,

construído de acapú c angelim, medindo 110 palmosde comprimento o 26 ditos de largura, V

Para mais informações, no escriptorio do agente 01i>veira, A travessa de S. Matheus, n. 8, telephono, nn. (3

ArmaçãoPara pequeno negocio, o agente ADOLPHO, indica»

no seu escriptorio á rua 13 de Maio, n.9 67 A, quemtem uma para vender por pouco dinheiro.

BOU EMPREGO DE CAPITALO agente Adolpho informa quem vende

a casa n.° 141a travessa das Mercez.Para mais informações no seu escriptorio

á rua 13 de maio n.° 67 A."ende-se um importante velocípede novo e gran-* de ; a tratar n'agcncia Furtado, onde ¦ pode

ser visto pelos srs. pretendentes. Rua 13 de Maio, n. 73.~V7"ende-se

uma oxcellente casa sita A nia da Trin-V dade próxima ao largo do SanfAnna. A' tratar

na Agencia Furtado á ma 13 de Maio n. 73,-"" -ii--M* MMMiM|iiii*ni*aim« 1 1 ii« 1 d nul

Chapa de crystalVende-se uma pata espelho, medindo 1 metro e 40

centímetros de comprimento e 80 centímetros de lar-guia.

A tratar n'agcncia Costa Bemfica, d travessa Campos Salles, n. 20, lelephone 228. (.

-loçõesO agente. Costa Beiniica, á trave>uía Campos Salles

n. 20, telephone n. 2*8, informa quem vende 10 acçõesda Companhia de Seguros Paraense, Io ditas daCompanhia de Seguros Gram-Parn, 5 ditas do Ban-co do Para, 55 ditos* do Banco Commercial da 3*emissão com 40 °[„ de entrada c 25 ditas do Jockey-Club. (5

Vende-se uma bôa casa para moradia defamilia situada no bairro da cidade velhacasa habitavel com todas as acommodações'modernas, canalisada, e bem localisada.

Trata-se com o corretor Furtado ao Bou-levai d da Republica n. 39.

DINHEIRO A PRÊMIOO agente Costa Bemfica, A travessa Campos Salles,

n." 20, telephono 228, informa quem empresta dinhei-ro sobre hvpothcea de prédios urbanos, bem localisa-dos. '3

V

DinheiroQualquer importância, de um conto do réis para ei ma

sobro hypotheca de prédios o tenenos, empresta-se ajuros módicos.

Trata-se com o corretor

FURTADOBoulevard da Republica h.° 39.

1IARM0NIUMVende-se um excellente harmonium, para ver e tratar

na agencia FURTADO d rua 13 de maio n. 73.

ESTRADA DE BRAGANÇAO agente Adolpho com escriptorio a rua

13 de maio n.° 67 A indica quem vendeum magnífico terreno na estrada de Bragan-ça perto de Benevides, na r.« travessa, loten.° 11 com 150 braças de frente e 350 defundos; terreno arborizado, com madeirasreacs e com a frente ioda cercada.