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XXIX-VI-XII Custa 9.200 Numero 50\ V^ /^^^S^\ \ \ / 7 .^^ -- AM *#T ^ ^ ^^0^3*|Bp^~~*-"*^M^^^^j^-j^*^^^^^BBr—-A^Ê^kmwr^^^ Para o eabello a Succuiina \ La As; •# -o\ 'ÍS[1 &Ç,' :>".j'í >/ «A*Ç".i-*w r SAO PEDRO POLÍTICO 1—' Hermes-Es'011 quasi dizendo um nome feio. Pinheiro = Deixe, que eu furo o balão. Glycerio - Fura uma ova. Publiia-se =aos Sabbados em i =Sao Paulo

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XXIX-VI-XII Custa 9.200Numero 50 \ V^

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Para o eabello a Succuiina \

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SAO PEDRO POLÍTICO1—'

Hermes-Es'011 quasi dizendo um nome feio.

Pinheiro = Deixe, que eu furo o balão.

Glycerio - Fura uma ova.

Publiia-se=aos Sabbados

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A Equitativa dos E. ü. do BrazilSociedade de Sepros Mútuos sobre a Vida, Marítimos e Terrestres

Succursal de S. Paulo Séde social no edifício de sua propriedadeRua Direita, 26 = 1.° andar Avenida Central, 125 - RIO DE JANEIRO

CAIXA DO CORREIO. 638

Endereço telegra.hico: "EQUITAS" • Telephone, 1981

ITÍVX S* PAULO AJs^h?<Relação das apólices sorteadas em dinheiro, em vida do segurado

S3.° sorteio-15 de abril de 1912José R. Carvalho Guimarães — Belém. Pará.Caetano Francisco Durães Filho — Recife. Pernambuco.José Casado da Cunha Lima — Pilar, Alagoas.Adolpho Militão de Carvalho — Curityba, Paraná.José Christino Filho — Ouarabira, Parahyba do Norte.Joaquim Xavier Leal — Fortaleza, Ceará.João Pedreira Lopa — S. Salvador, Bahia.Oscar Rayood Taves — Nictheroy, E. do Rio.D. Victalina Maria de Oliveira — Therezina, Piauhy.edro Ferreira Lima--Seringal Massopé, Rio Tarauacá, Alto Juruá.

Eduardo Fernandes — Manaus, Amazonas.Felix Ferras — S. Paulo.Humberto Noce — Idem.

52.705 — Roberto de S. Veiga — Capital Federal.52.217 — José Christiano Soares — Idem.44.753 — Mathias Fernandez Murias — Idem42.697 — Henrique Marques da Costa — Idem.83.628 -- José Moreira Carneiro Felippe — S. João d'El-Rei, Minas.44.268 — Francisco Campos — Uberaba, Minas.50.282 — João Damasceno França —• Sete Lagoas, Minas83.754 — Vigilato C. Ferreira Filho — Araçá, Minas.

Até esta data, "A Equitativa" tem sorteado 666 apólice», no valor total de£.770:150*^000, importância que foi paga em dinheiro, aos respectivos segurados, eon-üit nando as apólices em vigor.

83.30517.44340.49388.47082.73281.90452.49981.75713.83587.57188.94283.71488.737

Succursal em S. Paulo:-Rua Direita, 26-Primeiro andar.r

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^^^^ g. Paulo, 29 be 3uní)0 òe 19)2 wj^p ^âíiP^Í^É

a, ^ _ g,r—^, j,, ^ -7f«r" bB n ra ii ,, Semanário Dlustrado ^jgwwp

B *^^ B B ^à B ^à jf^B B BB ^ m <• ¦>»<¦ <¦ > @¥id@nt@^ ^ Redacção: Rua 15 Novembro, 50-B

I— NUMERO 47 1 ~^~ s=-Assignatura por Anno io$ooo ~^5^^ yfò^T,,

O meu diaAgora, com o frio, o meu maior

prazer é contemplar a serra da Can-tareira, pela manhã, logo que se es-váe a bruma, em farrapos, pelasquebradas, quando o azul distantedas mattas ainda não se accentuouna brancura nevoenta do céo. Então,a serra é uma sombra azul, tão leve,que a gente contemplativa se ena-mora da côr indefinivel. Quem pin-tara a fantasia virginal que se es-boca na alvura do horizonte sinuo-so?

Um dia de céo escampo é, pa-ra o meu gosto de rústico, umdeleite. Vem-me logo á bocca o és-tro do assobio, e eu vou vadiar pe-los campos, vendo as trepadeirasbrilharem ao sol e ouvindo as ra-mas ásperas dos pinheiros gemerempelas encostas como as ondas domar. Passo as horas cie papo parao ar na minha rede, armada nosgalhos de uma ameixeira, e tão fe-liz que as ameixas me caem na boca,madurinhas. Ao meio dia, parece-meter a retina colorida e nos ouvidosuma musica deliciosa que me levaa correr atraz dos bois, espantadosdo meu enthusiasmo, e a conversarcom os canários que cantam de íe-lizes.

Não ha uma nuvem sequer nocéo azul. Apenas o horizonte é es-branqui.;ado, lá onde termina a ver-dura onclulante das chácaras, ale-grada pelo sol.

You dormir regaladamente na mi-nha rede e, quando accordo, vejoo céo estriado de roseo, signal deque o bom tempo continua. Então,é delicioso acompanhar com osolhos embevecidos a mysteriosa ses-são de pintura do entardecer. Tàosuavemente descora o roseo e seaccentua o azul, que parece que ummago está por traz dos morros dis-tribuindo pinceladas pelo céo. Ooccaso de ouro empallidece. Per-dem-se pela altura as longas vare-retas côr de rosa do leque solar.No céo pardo-violeta luzem as pri-seiras estrellas douradas e azues.

Mas dentro em pouco, entre osgemedores pinheiros das encostas,vão se esbranquicando as ondas daáaroa, e tudo se embuca no humido

arminho, desde os capões cie mattoaté as estrellas.

E' quando a minha vizinha abreo piano e eu ouço as primeiras no-tas de um estudo de Chopin.

João Vadio

Fumem CONQUISTA de Siender

O "Pirralho'* contractouos serviços profissionaes do mães-tro Brotero durante a temporadalyrica que, com tanto prazer dosnegociantes de batatas, está se rea-lisando no encaiporado TheatroSào José.

Damos hoje a primeira critica doafamado musico-grapho, chamandopara ella a attenção dos amadores...de curiosidades.

Fumem LUZINDA de Siender

Sào Paulo artístico...

A FEIRA - OiNÇA PINTADA, - 0 JACPS E A LADAINHA

Domingo ultimo, sozinho, passea-va o meu tédio pelo Triângulo, denariz ao ar como um camello nodeserto, quando dei de frente como G. que faz, por sport, de... poli-ceman.

O O. disse-me que andava allu-cinado com as caceteações de umacerta banda musical que faz a re-clame de uma onça pintada. Estavaum i fera o G.

Desabafou-se commigo numa es-tertoração de ódio contra esses queexploram a santa arte de Verdi. Efoi toda uma ladainha de raiva! Aofinalisar um gentleman de cartola,adoravelmente escanhoado (rubicun-do Apoio dos symbolos, como dizo Saturnino) bradou, vindo ao nossoencontro: Era o Jacques.-Gosto immenso da ladainha. Aarte é uma ladainha perpetua quetritura o cérebro. No corremão daescada da minha vivenda, gravou oburil de uma Rodin indigina Kyrieeleison; á porta da minha adega,ao em vez do lasciate do fallecidoDante que amou a Beatriz, ha isto:

in excelsis. A não serem os quadros do Graner, qual o oásis hos-pitaleiro onde pousarmos os olhosneste deserto da vida? Nenhum! Avida é uma desgraça.

A arte dignifica o homem e omiserifica (o Jacques gosta do neo-logismo); isso já eu disse por sym-bolos nos myosotes: «Les myosotisbleus sont blanes, les myosotisblancs sont bleus!"

E que é o symbolo é aquillo queapplicamos nós, para não sermosentendidos do vulgo, em nossa arte.O artista vê tudo com os olhos doespirito. Com os do corpo vem osburguezes. Esses são os transviadosda vida como disse le roi du sym-bole Elles dizem que somos nós.Ainda les myosotis...

Nada me entrava de toda essajaculatoria symbolica do Jacques,mas com a tristeza vertical de cy-prestre que o vento agite, inclinavao meu cocuruto como quem con-corda...

O G. num gesto a Scherlock ris-cava o chão com a bengala da in-dia em que um fakir, em horas deócio, gravou a canivete a silhouettede barriguinha volumosa do maestroOtéro...

Lá ao lado, o Barjonas accendeuumas bichas á porta de uma casade fogos e, ao estampido, a fera de-nominada onça pintada, miou lugu-bremente, numa toada funerária co-mo nos versos do Alfonsus... OJa-cques fez cruzes e entrou, para pon-i\flcar^no saion do admirável pintorGraner". O G. meia hora depois, a-pertando-me de mansinho o bra-ço, dizia: Symbolo, o queéenãopa-rece, o que parece e não é... Oa-sis!... Descobri!

—,Que foi que descobriste, berreiaterrado? Não me respondeu: ape-nas marcou, symbolicamente, comolhares, o compasso dí uma maxixefamoso: E\ella. Estou emburrica-do. Nem chronica, nem nada. Fi-quem os leitores scientes disto: pa-reco um louco, mas não o sou. Nemtudo o que parece é, como dizo Jacques.

S. Machado

Fumem ALFRED0S de Stenaer

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KM A_LAOOAf§Ao deixarem os Maltas o governo de Ala-

twas, foram encontrados nos cofres estaduaes ape-lias 215$000. (Dos jornaes)

..•¦

t_--^^_ ¦•*r~Z!^^^_^»^^^3 Io /

Entre clodoaldistas:Só meia patacar!Homem, podia ser peor!E5. Podiam ter engulido a burra.

AS CARTAS D'ABAX'0 PIGUES

A "Gióconda" do Lionardo da Vinci - Uma circum-ferenza co Baolo Adão-Una lettera do ré daFrancla - Pritura, faz favore! - lo pigué o JotaJota p'ra segretario-Quatros dí, di lavoro fur-cato -Orekka!!

Lüstrissimu Ridattore du Piralhu

Altro dí xi-gó qui in z_anBaolo o inlus-tro susialistefranceze Bao-lo Adão. Iogusto molto oBaolo Adão,pur causa chedisposa o Fer-ri, sucialisteintalianoemio

cumpagnero desd'a pichinigno, ilioé o migliore bón de tuttos socialiste.

Aóra io pigué uno mio cartó devisita che io mande fazê na tipo-graphia do Bascualino Coloniale emande p'ro Beppino mio filho purtáp'ra ilio.

Disposa u Piralho, u Basqualinoé u giornale intaliano maise ingra-ziato.

Intó o Beppino fui purtá o miocartó p*ro Baolo Adão e inveiz tru-xe també una lettera p'ra mim, chemi mando o Baolo Adão.

Dicevo cosi a lettera:«Signore Juó d'Abax'o Piques

Bananére, cumpadro do Capito, cu-madra do Garonello e giornalistemaise infamato do Brasile.

a Iistimo que ista lettera vá s'm-contra o signore e tutta a sua fa-miglia guzano pirfettissima saluti.iVraqui noise íuttos vó indo bé.

Io iscrivo ista lettera p'ro signo-re, pur causa che mi té cuntado oastronômico Giuseppe Filestiano cheo signore éro o uomino maise águiado o mondo intirigno e intó io vu-levo pidí p'ro signore indiscobri chifuro chi arrubó a Gióconda di quei-lo suo inlustro patrizio che fui omigliore pittore do o mondo inti-rigno.

Pur causa que o signore possaindiscobri io di tuttas informaçó p'roBaolo Adão che o signore podeadumandá p'ra elli.

Con tutta stima c'ua eunsideraçomi subriscritto il suo griato, e ami-co e ammiratore muito obrigado,

Pietro MascagiiiRé da Franciu

Aóra io avistí a mia gazaka nuo-va che io cumpre do sô Berchió,amuntei no garadura i fui diritignop'ro ristoranto do Xico, dove stámorano o Baolo Adão, pur causada preguntá p'ra ilio as informaçósnecessário p'ra pode indiscobri aGióconda.

Io xigué lá, si annunzié p'ro in-lustro sucialiste e ilio me vignó ar-ricebé inda a porta, perto as monp'ra mim e mi fiz intrá p'ra dentro.

Disposa che xigamos indo o salóarriservato, si assentemos e ilio sidexó fazé o presente do charuteque io non quize molto brigato.Aóra ilio accindé u xarute p'ra ellie io accendí u mio gaximbo p'ramim.

Disposa io pregunté p'ra ilio.Intó u ré da sua terra stá qui-

reno che io indiscubra a Gióconda?E' verdál e també io aduman-

do p'ro signore:—procura, faizfavore! , ,.Non té duvida, pode adiscum-fiá p'ra min che io é de indiscobri.Aóra io adumando p'ro signore chemi arrisponda istas perguntases.

Stó as ordias.A ché artura do chó stavo pri-

gado a Gióconda inzima o muro?_ A duos metro.

Molto bé. Non tenia nisciunosinalo no chó p'rabaxo dove teniaa Gióconda?

—- Non signore.Non sMncontraro nisciuno filo

di gabello p'ro chó?Non signore. SMncontremos só-

mente iscritto p'ra traiz do quadroista robba, e mi té dado um garto.

lo guardí o cartó e preguntí.A che ora fui o robbo.A mezzanotte.

Aóra io si alivanté, mi dispidip'ro Baolo Adão i fui s'imboro p raa gaza mia.

Intó io dissi p'ra mim:-Aóra iosó Xerloco 0'limes. Ma o Xerlocotenia uno segretario farmiciste enetambé io tenia di tê e pur istu amii-tive io tuqué o tilifono p'ro JotaJota.«Tirim, tirim, tirim.

Allão! a Centrale? Faccia aligaçó co jota Jota.

Allão- é o Jota Jota? O' do-tore! faiz u favore di xiga um pu-quino inda a gaza mia do Juo da-nanére che io abbisogno molto pariaco signore•*.

Duos minuto disposa xigavo o

Jota lota.Aora io dice p'ra elli che io vu-

levo che ilio focesse o farmáciap'ra mim che io ivo a fazé o^loco 0'limes. lilo accetto e into sin

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rv ~-imiimmm^*aaammmmmmmamimtUMãmaumSÊiaimÊÊmÊmi i

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temos nois duos uno pirtigno duotro.

Disposa io allumié o caximbo p'ramim como faceva o Xerloco i piguéda pinsá.

Quando manhecê otro dí io pi-gué o Jota Jota i fumos p'ra bi-briottecca du Stá.

A dues ora pommeridiane io coJota Jota saimos da bibriottecca ifumos p'ro ristoarante do Xico acun-versa co Baolo Adão.

Indo gaminho mi perguntí o JotaJota se tenia indiscoberto qualcherobba.

Ma certo! stó tuttos indiscu-berto! Aora io vó adumandá umapurçó surdado p'ro Baolo Adão.

Disposa qui xigamos indo ristu-ranto do Xico io parle co BaoloAdão chi mando busca mediatamenteuna purçó surdado.

Io pigué o Jota Jota e os surda-do i fumos andano.

O Jota Jota tenia os cabello dipé pur causa da acuriositá, ma ionon diceva niente.

Disposa che teniamos acaminhadomaise una óra xigamos indo o purtóde una gaza che tenia scritto: —Villa Quirinale.

Aora intremos tuttos i fumos in-trano quano di ripente parece p'ranois uno uomno parecido co ca-valliero Tiberio che parlo: —Ma cheisbomia é questa inda a gaza mia?

Intó io fiz duos passo frente iparle:

Giacomo Davré! intrega a Glo-conda sino steje preso.

Ilio quireva dizê di nó, ma iogrite p'ra elli e intó elli abri unoquarto i amostro.

Stavo lá a Gioconda; ma própriaa Gioconda!

Aora io pigué ella i fui sMmborac.irittigno p'ra gaza do Baolo Adãoe intrigue p'ra elli a Gioconda. Ilioxuró di cuntento, o inlustro súcia-liste!

Disposa ilio mi dé centocinquan-íamilas frango de gratificaçó chemi mando p'ra mim o rei da Francia.

Aóra o Jota Jota co Baolo Adãomi pidí p-ra mim di acuntá comefui que io indiscobri.

Io acumecê.Come perto o lugaro ove tenia a

Gioconda non avevo nisciuno sina-lo io indiscubri che o ladro nonbutó né scala né nada p'ra subi.Aóra come u quadro tenia duosmetro arto, também o ladro teniaduos metro arto. Bé! Come u qua-dro fui rubbado di notte io penseche doveva sé poeta o ladro, purcausa che os poeta chi anda di not-te, i come fui a mezzanotte teniadi sé també uno bó poete. Inda a

O Marechal foi a caça

IA onça: — UU... mamãe! Ahi vem o Hermes!

bibriottecca io indiscobri che os mi-gliore só: o Dante mio patrizio, oVittorugo, o Gilio Pignére i o Gia-como Davré.

Tambè quello gartó che mi tédado o Baolo Adão. diceva:

Mezzanotte. rChe bella luna!Os miosotto branco só pretoOs miosottos preto só branco...

Si quello de istus quatro poetetenia também istus verso e duos me-tro arto, ero istu o ladro.

Disposa as necessária pisquiza ioache che ero o Giacomo Davré. Asua gaza mi insignó o Larousse.

I fui cosi che io indiscobri aGioconda.

Juó BananereCapitõ-tenento inda briosa

O ''Pirralho" applaude (e oPirralho nâo é da ..claque») a idéade se erguer a estatua de Euclydesda Cunha numa praça do Rio oude São Paulo. E o Pirralho fazquestão de externar os seus senti-mentos n'este caso, porque, quan-do alludiu á extravagância de seestatuaro Eça, houve quem se me-lindrasse comum a inoffensiva pia-da a respeito dos meios de fazerreclame ao próprio nome.

Desta vez, trata-se de um escri-ptor que perpetuou no bronze dasua prosa, artificial mas admirável,um episódio singular e caracteris-tico da nossa historia; não se tratade um imitador de Flaubert, de umchronista vulgar...

Compreende-se uma estatua aEça em Portugal, cujos costumese tradições elle pintou nos seus ro-mances, mas, no Brasil, não, por-que aqui a sua influencia—de par-te o vil metal do sr. Baptista Ce-pellos, que, apesar de vasado nosmoldes estylisticos de Eça, é, semfavor nenhum, um excellente livro— tem sido até perniciosa, taes asbanalidades vergonhosissimas queos macaqueadores da prosa dosMaias inocularam nas letras.

Nâo passa de um refinado pe-dantismo querer impor aos olharesde quem passa a estatua do sr.Eça de Queiroz, escriptor eminen-temente portuguez, cuja obra o povobrasileiro não lê senão por uma eu-riosidade que, amanhã ou depois,se extinguira. Antes cuidassem deurna estatua do conselheiro Acca-cio, porque, afinal de contas, Eçade Queiroz nào foi senão o con-selheiro Accacio a serio.

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lllli flllflllSão Pedro no "Pirralho"

ÈPuxa! Este tem fumaça p'ra burro!

fl "PIRRALHO" flu LIBERDADE

O dia de São João foi muitofestejado no nosso bairro. O Pir-ralho soube que:

o João A. de Souza queimoumuitos fogos, no quintal da sua re-sidencia; .

o João das Flores mandou entei-tar e illuminar a giorno a rua Barãode Iguape; _

o Manueíito Uchôa (sem ser Joao)tambem foi visto soltando balões;

o João Guimarães franqueou aosseus amigos a Confeitaria da Gloria.

Informaram-nos:que o Ernesto Jitahy, de volta da

fazenda, játahi;que o Annibal Rodrigues vae a-

brir um curso de dança;que o Cláudio Goulart desistiu

da compra do aeroplano;que o Laurindo de Brito vae mu-

dar o titulo do seu livro Sonhosd1 Alma para Sonhos d'Allemanha.

Eserevem-nos:«Illmo. sr. redactor da secção «O

Pirralho na Liberdade.»Saudações.

O fim desta, sr. redactor, é pedira v. s. que, por inlermedio do que-rido Pirralho, chame a attenção domuito digno proprietário do CinemaLiberdade para que faça cessar adesafinação com que, todas as noi-tes, a orchestra desse Cinema fereos ouvidos dos seus espectadores.

Nada mais agradável, para quemaprecia a musica, que uma orchestrabem afinada e com um variado re-pertorio. A do Cinema Liberdadenão corresponde á fama em que,tão justamente, é tida essa casa dediversões.

Contando, com a publicação des-tas linhas, desde já se confessagrato. Um leitor»

KOSMOS 0 dentifricio idealBI5EET

Sao JoséO eximio maestro Brotero, procla-mou, com a sua proverbial proficien-cia, que os habitantes desta «capitalartistica» não freqüentam theatrosna época em que, segundo diz afábula, a barulhenta cigarra vae pe-dir auxilio a formiga.

A despeito, porém, da profundaasserção do distincto musico-gra-pho, o Sào José apanha enchentestodas as noites.

Não sabemos si agora os sobre-tudos custam menos do que notempo de Wagner, mas o facto éque os artistas da companhia lyricaestão muito satisfeitos com o pu-blico de S. Paulo.

Deixando de parte estas conside-rações, tratemos de cousas maisserias, isto é dos espectaculos dacompanhia do sr. Roberto Mario.

As peças levadas á scena duran-te a semana tiveram piá o meno umdesempenho acceitavel.

Na Gioconda sobresairam EstherToninello, que cantou bem toda aparte de Gioconda, inclusive a anado suicido, que lhe valeu uma ca-lorosa salva de palmas e PaolaBortoluzzi, quo no papel de Laurateve ensejo de mostrar mais umavez as suas optimas qualidades deactriz

O tenor Aldo Pernici é que po-dia ser um pouco mais feliz; aquelie«Cielo e maré», por exemplo, mas...

Nas outras peças houve altos ebaixos, predominando, porém, es-tes últimos com grande desprazerda nossa alta sociedade.

Po/ytheamaRealisam-se sempre com grande

concorrência os espectaculos destetheatro.

Os artistas que estrearam duran-te a semana foram muito applau-didos, mormente os seis. ciclistascômicos, que deram gaz p'ra burro.

Os outros números, entretanto,continuam a despertar o enthusias-mo do publico. .Casino

O music - hall da rua Onze de

Julho stá sempre Minhot como dizo nosso conceituadíssimo cpllaDO-rador Juó Bananere.

E' que o programma e semprevariado e organisado caprichosa-mente, como se diz por ahi.

VINOL ESTIMULA 0 APPETITE e

AUGMENTA A FORÇA

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• j»—-*"-" S. Paulo resen-te-se na presenteestarão (o que,aliás acontece to-dos os annos) dereuni ões sociaes.O chronista, nes-tes tempos, vê-seera serias difíicul-clades para narrar...o que se não dá,o que não occorre.

E' paradoxal, mas é verdade.A nossa encantadora Paulicéa es-

tá quasi deserta dos seus elementosbellos e distinetos. E é triste vel-aassim, envolta no seu denso mantode bruma, sem que a transitar pe-las suas calçadas esburacadas e poei-rentas encontremos um vulto es bel-to, coberto de escuras pelles deonde resalte, num contraste encan-tador, um rostinho pallido, annnn-ciado por um narizinto muito ver-melho. . .

0 paulista teme o frio, viaja, evae escaldar-se nos boulevards eu-ropeus.

Que delicioso inverno São Paulonos proporcionaria se não fora esseêxodo elegante ?

Tentámos uma reacção, abrimoso Municipal, e, o que suecedeu, doi-xa-nos suecumbidos de vergonha.

Do sumptuoso theatro que vimosno anno próximo passado regorgitarde uma multidão de colos alvosabruptamente interrompidos pelassedas finas dos corpetes, as pedra-rias de preço despedindo raios fais-cantes de encontro á luz leitosa demilhares de lâmpadas, as negrascasacas, as luzentes cartolas, emíiindo todo esse conjunto fantástica-mente bello, deslumbrantementechio, o que nos foi dado vêr noMunicipal, ha poucos dias? Umvasto ampliitlieatro esplendente dedoirados, em cujas frisas se escon-cliam, medrosas, algumas damas des-consoladas, uma grande platéa emque se sumiam tres dúzias de casa-cas envergonhadas.

Xo palco-scenico, um moço, mui-to escanhoado, de olhos mortos, li-tava o «plafond» da sala e arran-cava do violoncello uns gemidosplangentes, que um homem pratico

T-^ 1*40.

traduziria pelo grito cia miséria quelhe bate á porta. . .

Confrange-nos a alma recordar asduas noites em que se procuravasolennisar a reabertura do nossotemplo de arte.

Os encantos da nossa sociedadelá estão se confundindo no -Opera ,no «Oomédie Prançaise», no «Ope-ra Comique» com as elegantes pa-risienses.

Esperemos, com o verão, a voltadas andorinhas. . .

Bachare/ Petronio.

O "Pirralho" viu-as tomaremo bond da alameda Glette — o mes-mo bond em que o Pirralho ia.

No rigor da moda ambas, ambasostentando a elegância mais dis-tineta —dois costumes de invernoiguaezinhes no Ulhe e até na côr,entretinham-se numa adorável pa-lestra intima. O Pirralho, sentadono banco da frente, ouviu todinho,

sem querer, o seguinte final de diálogo:

Não pode ser. Estás enganada.Eu sempre o cons:derei como meunoivo.

Não te quero enganar: tantoé assim que já lhe pedi que fixasseo dia do nosso casamento.

Parece que estás a brincarcommigo.

Não estou brincando, não. Fu-lano é meu, e só meu.

Nesse ponto o Pirralho julgouprudente intervir com um olharapaziguador que surtiu o deseja-do effeito: ambas voltaram a si,muito vermelhinhas; no rigor damoda, vestindo dois costumes iguae-zinhos no talhe e até na côr, desce-ram do bond, «de braço dado», jáamiguinhas.

E se soubessem os leitores comoé feio o gajo que deu oceasiãoaquella scena de ciúme!

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A conferência cie Paul Adam

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As viCTiMAsyá saída):--Parece musica de Wagner!

fraqueja plrnonat*. ¦ =

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III HIIIII

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As victimas da insomnia

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-E' preciso um remedio radical. Vou contractar^aulíAdam parafazer conferências aqui em casa. &>:j

fitas grandiosas, dá dois dedos deprosa com as amiguinhas que ofreqüentam con muita assiduidade,trololó, pão duro etc. etc.

O Pirralho é espirituoso p'raburro, nâo é?

NO LIBERDADE

Bastante animadas estiveram assoirées do Liberdade e os escolhi-dos films alli exhibidos foram mui-applaudidos, não só pela creança-da como tambem pelo bello sexoque todas as noites adorna, com asua presença, o Cinema Liberdade,onde (nào falo em geral) encontraa postos os seus galants chéris.

Durante a semana o representantedo Pirralho adoeceu, assistindoportanto, apenas duas soirées, nasquaes viu as seguintes senhoritas:

Emilia e Martha Barros, Carmene Elisabeth de Quadros, Alice eLaura do Valle, Dinorah de Almei-da, Aurora, Laura e Alzira do Ama-ral Maria do Carmo MagalhãesCampos, Elisinha de Mello, Anto-nieta Galhardo, Luzinda Pedroso,Cotinha Pereira Leite e Maria deLourdes Assis.

0 PIRRALHO NOS CINEMAS<]DC=ia[>

NO KADIUM

Quasi todasas moças que sepresam têm aossabbados duasobrigações: a pri-meira é a de lero Pirralho e asegunda a de irao Radium. E épor isto que ocinema da ruade São Bento,aos sabbados,regorgita de mo-ças.

A soirée de sabbado passado es-teve deslumbrante, chie, magnifica,resplendente de luz paradisíaca, co-mo diria um nepbelibata.

Entre as moças que davam aoespectaculo encanto e brilhantismo,oPirralho conseguiu vêr: M. A. comum lindo manteau preto; N. R.for-mosa qual pincel em tela fina etc;B. B. visivelmente indisposta; S. V.

mÈÈ

com o sorriso de sempre enfeitamdo-lhe os lábios semi-rosados; C.R. formosa e garrida; Z. N. comum chapéu que deve ser forçosa-mente o dernier cri da cidade luz;N. A. alegre e expansiva; C. P. ele-gantissima; M. B. um pouco rem-plie de soi-même; A. R. D. sympa-thica e mimosa e J. R. engraça-dinha.

NO BLTOTJ

Assistindo ás funeções deste ci-nema ha sempre uma infinidade demoças, si é que não erra o calculoinfinitesimal do nosso presado ami-go dr. Newton.

Isso, porém, nào admira, pois noBijou são exhibidos diariamentefilms bellissimos que fazem rir < abandeiras despregadas, quando in-terpretadas por Tontolim ou Max-Linder e chorar copiosamente quan-do a interprete é Asta Nielsen.

Melhor do que isto, portanto,só na China...

NO IRIS

Neste cinema o Pirralho diverte-se muito. Ouve boa musica, aprecia

Vão casar. Com a sua alta col-locação, a fama do seu nome, comos seus haveres, passando por seruma das principaes fortunas da Pau-licéa, com todos esses elementos,Elle é um bom, é um magnificopartido. Mademoiselle, muito moçaainda, tem, entretanto, um coraçãoá antiga e leva muito a serio estacoisa de amor. Já está fixado o diado enlace.

Tudo diz que serão felizes...

> •»!'

A. Saltao, bacharel em Scicn-cias pfnsicas e naturaes pela Uni*versidade de Bruxellas, ex-inspectoitechnico do ensino em Minas, eactualmente professor do «Institutode Seiencias e Letras», desta capi-tal — tendo mais de vinte annosde' pratica do magistério, não so naEuropa onde residiu mais de seteannos como no Rio de Janeiro eem Minas, lecciona practica e tneo-ricamente francez, pelos melhoresmethodos, bem como inglez, poi tu-

guez, latim e outras disciplinas, emcasas de familia e na de sua resi-dencia, á ladeira do Ouvidor, n. »•

Dá Força, Saúde e VigorI IBl^I-^^l üà Força, ^auue e yi«"*VllltJI-NÃO CONTÉM OLEO

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S=#"râ||M|| Ij^^^^mgEUREKA! EUREKA!

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ia (JÍji

Só é insomne quem quer..Só não dorme quem quer..

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O PIRRALHOC^ NA ACAPEMIA

Perfis acadêmicosfl. 6. P. N.

Alto, barba toda feita, corado,testa ampla e luzidia a confundir-secom symptomas promissores deuma calva nascente; cabellos emcastanho claro, olhos vivos e mali-ciosos.

E' bacharelando, funecionariopublico, lecciona num gymnasio,oecupa uma das cathedras de con-ceituada Escola Pratica e, além domais, advoga: — é um trabalhadorincançavel e perseverante.

Optimo companheiro, amigo de-dicado, alma generosa e franca —sente-se nelle, communicativa e in-tensa, em irradiações de contenta-mento, a alegria de viver.

Entre as coisas agradáveis destemundo prefere, acima de tudo, oestudo da Historia, a.cerveja Gui-ness, os camarões ensopados e obeef; detesta o cinema e a carnede porco.

Orador, São Paulo inteiro o co-nhece — nos salões ou nas praçaspublicas, nos tribunaes ou nos thea-tros, sua voz tem vibrado em so-noridades argentinas, entornandocorrentes de eloqüência, onde aspedrarias coruscantes da sua ima-

ginação facetadas brilham, comodiamantes ao sói.

E' popular e querido este cam-peão da palavra.

Dizem que anda amando...Quem sabe?...

DlABRETE*

IndiscriçõesO sr. Aureliano Guimarães pro-

curou-nos pessoalmente para nosdeclarar ser apocrypha a carta pu-blicada no numero 45 do Pirralho.

S. s. disse-nos nào soffrer de do-res de barriga e muito menos deprisão de ventre, como maldosa-mente se insinuava na referidamissiva.

Confirmando as suas declarações,o sr. Aureliano exhibiu-nos attes-tado de sanidade passado por duasnotabilidades médicas desta capital— o dr. Jota jota e o conselheiroA. Cancio.

O Pirralho apressa-se a desfazero equívoco.

NO « FOYER » DO MUNICIPAL

Paul Adam recebe cumprimen-tos. Um mocinho baixo e magroadeanta-se respeitosamente, de car-tola na mão, e dirige-se ao elegantehomem de letras:

Avec licence, mussiú.Paul Adam intrigado:

Qu'est-ce que vous voulez?O mocinho, radiante, para um

companheiro:Viu como elle entendeu?

E, voltando-se para Paul Adam:Vous êtes un cabre sare vous

êtes cotube: avec vous c'est neuf!Comme vous ni même le notreBilac. Fut pene que la conférencene durasse pas plus. Parole d'hon-neur, que vous m'avez enchu lesmesures.

Mal contendo o riso, Paul Adamvolta-se para a esposa:

Cest drôle, tout de même.E madame P. Adam, baixinho:

On rit, ça suffit.Virando-se amável para o moci-

nho, Paul Adam pede-lhe o nome.Ouve-se então uma voz esgani-

cada: I-ri-neu For-jaz, president du«Centre Academique Onze d'Agout»

O conferencista troca um olharcom madame e, fazendo o mocinhorepetir o nome, escreve-o numa car-teira de notas, dizendo:

On lira votre nom à Paris,mr. Forjaz: jevous férais le person-nage le plus intéressant de monroman.

Beaucoup obligé, mussiú, res-ponde o Forjaz.

Etã.t ^>

* *

Na conferência de Paul Adamsobre « Le mythe d'Icare».

Reflexão do sr. Edvard Carmillo:— Diabo 1 Elle está repetindo a

todo o momento Et car, et car...e não completa nunca a phrase.

A' sahida do MunicipalO sympathipo vice-cônsul per-

gunta ao dr. Demetrio Justo Seabra:Et vous, monsieur; qu'est-ce

que vous penser de Paul Adam?Ah! Iste est que c'est un con-

ferenciste; melheur que iste seuld^ncommende.

Vous êtes charmant, monsieur,Bon soir.

*

A reforma ortográficaO sr. Irinêo Forjas pretende in-

trôduzir na kôrrespôndência oficialdo «Centro Akadémiko » a rêfór-ma ortográfica adotada pêlo Estado.O cinpátiko presidente não tomará,porém, nesse sentido, medida ai-gúma, enkuanto não resolver a grâ-fia do sêo nome: tendo ôvido quese deve escrever kômo se prônun-cia, o sr. Forjas ainda não sabe seaçinará Ill-inêo ou Rineu.

Se o espêrançôzo môsso tivéçeo ingêgnio do dr. Pires Jermâno,já teria rezolvido a kuestâo. Estenão menos futurôso jóven mandouimprimir nas oficinas do Pirralhoum cento de kartões de visita comos dizêres:

Qoiitòi

(Jiiião târ/re* ^JeimânoAkademiko de Direito e Amamtêhse

do Caiado

-»—•••—<-

Na redação do "Estado''

»mUm plumitivo: - Agora com a re-

forma como é que se escreve foot-bali?

Btirjonas:-Ora essa! Como sepronuncia: fut-ból, com // e como.

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,0_ (/Ol * *

WELLCOME!

.V hora etn qnc brilhei o diaParece-me ouvir cantarUma canção tle alegriaP.m'C(i(lci vcuia do mar !

( Das "E*i><-riiiinii" 'li'Anna, Amélia <hi Queiroz)

A essa que entre palmas appareceCom um volume de versos

Ternos, mimosos, cândidos e tersos,O Pirralho offerece

A sua destra leal de companheiro.Altos surtos, triumpho, exito inteiro

Augura e prophetisaA' galante poetisa

Que nos vem recontando suas lembrançasNo auri-verde missal das «Esperanças».

Eugênio da Maia.

Kfilizmente já sc ostá tratandodc organisar a reaccão parlamvn-tar contra o actual governo da.Republica.

Do Correio da Mu-nhà).

Será possivel? Nào creio;Digo ínesmo que é pilhéria,Pois no Brasil actualmenteNão se pensa em coisa seria.

Zézinlio o Totó->

Pirralliantlo — Ah 1 entào elle é da escola doHermes? !. •.

Santa RittaO querido João, festejou a 18

deste mais um anniversario.Muitos amigos, muitíssimos, reu-

niram-se no Necrotério para a fes-tança. Perus, leitôas e, em profu-são, o leite que o Zerrener fornecedos liberes da Antarctica.

Entre as 10 e as 11, quando otempo esquentou, uma vóz tristissi-ma evocou a nostalgia das coisascaboclas á toada de uma viola. Noi-tada magnifica!

O Pirralho prepara-se para oanno passar uma noite de farra es-tu )enda, d custa do Santa Ritta.

O marechal escolheu o sr.Moura Brasil para candidato con-ciliador do Ceará?

Escolheu sim; e a escolha foiboa porque o dr. Moura Brasil éoculista emérito e poderá extrahiras cataractas do povo cearense. Pe-na é que para o estado de Alagoasnào appareça um oculista.

Só assim o dinheiro dos co-fres estadoaes nào desappareceriatào facilmente, nào é?

A conferência cie Paul Atlain

* *

Nào podia ser mais dolorosa««itimçà" do estado do Alagoas.

(Do Correio-da Manliã).

Nào acham entào que teveMuita sorte o Clodoaldo,Si o Malta deixou-lhe os cofresE mais um pequeno saldo?!...

*:.: H_

Oh! E o Moreira Guimarãescandidato! Que dizes a isso?

—- Nada. Acho apenas que foipor coherencia militar herméticaque elle se apresentou. Pois nàosabes que elle foi um dos quesubscreveram a representação dosmilitares contra os militares poli-ticos ?

Us raius dus ca^a:as vurraram as cadeiras todas.E' mêmo. Esses iigurão tudo viéro cum rópa de tinturêro.

-,^^^_^^^^__—j—_____J[-^^—1-- J. III I - - ^ - ,_**_¦ __>¦_¦! IIIIP-I^~—

A Vida dos Nervos_=_______= e dos Músculos.

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Rectificação

L_-EI/=^/M"0 COHI1ERCI0 DE S.PAUL0,.

. JORINAL liSDEPEnDEílTEDEDICADO AOS- INTERESSES DO POVO ( JaX

-r ICA. yb^X/UX ÇA^'

JHBL .INSTANTÂNEOS

--^___:^--r

N. R.

E' muito elegante, alta, vistosa,extremamente sympathica. Tem ta-lento e fina cultura literária, cousamuito de extranhar neste século emque ELLAS, com raras excepções,sào apenas as hystero-neurastheni-cas, as escravas da moda despoticae do snobismo extravagante, asamantes ardorosas do sport e dedi-cadas devotas do tourismo.

Nas lioras vagas, freqüenta assoirées do High-Life, assiste aosmatchs da Liga, no Velodromo, enào falta ás regatas na Ponte-Grande.

Kodak.->—• ••»—<-

O poeta Saturnino Barbosa,pausadamente, compassadamente,como uma giboia após a refeição,entra pelo Guarany a dentro. O ele-gante chile, bem por cima dos crês-pos e negros cabellos, equilibra-seelegantemente no cocuruto do vate.

S. exa. senta-se . formalisado auma meza em que o Wencesláu

fl Vida éPhosphoro:

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Damnado da vida comnosco, oWencesláu, mordicando a ponta docoto de charuto, range e re-rangeos dentes, emquanto corta pela nos-sa pelle. Pel.lo é o delle, si quizer.O Pirralho é malcriado—bra-me, pigarreando, num risco de en-golir o charuto de tostão, o poetadas rezas.

E' a mais espirituosa, a maischie das revistas de S. Paulo,-cal-mamente, diz naquelle seu modo deApoio pintado pelo pintor Bassi, opoeta do Cubatão.

S. exa., que já matou Deus, foimaginanimo comnosco.

O nosso agradecimento ao for-midavel poeta só póde ser feitoproclamando-o o maior do mundo,fiurrah!

xàr

Fumem só Luzinda de Stender

come torradinhas e o C rdim az Usem CREME PONPEIHIIItrocadilhos. O melhor para massagens

OS FCGOS

Os que não gostaram das festas.

NER-VITA o tem.Experimenfaí

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Cartas de um caipira mineiro

Juvená, cumpade e amigo,Té que enfins arrecebiA sua carta que eu liDum folgo, pois tava afritoPra sabe suas notiçaConforme tenho li escrito.

Graças a Deus, mia famiaTá passando forte e bôa,Sem nenhuma macacôa.Eu, estes dia passadoAndei um pouco perrengue,Mais hoje já tou sarado.

Da capita iá conheço ^Muitas coiza, pois íemexoPro toda a parte, e não decnoDe afrequentá boas roda,Sempre de fraque e gruvata,O que muito me encómoda.

No domingo eu fui de noiteNo triatro prá oiáO seu Paulo Adão fala.Lá de dentro pareciaPrá mode os foco de luzQue era dedivéra dia.

Quando eu entrei cum meu povo,As cadêra tava cheia <De gente bonita e feia,Mais tudo tava vestidoCum luxo, que nós fiquemoDe lá í bem rependido.

Passado uns minuto, quandoSeu Paulo Adão pareceu,O povo li recebeuCum muitas parma; eu tamen,Só prá companhá o terço,Dei parma cumo ninguém.

Ansim que tudo acabouD'aplôdi seu Paulo Adão,Começou a falação*. *A Jeroma, mia menina,Me disse logo: «Papai,Não entendo patavinas».

Eu tamen tava na mêma,Mais fazia que entendia,E cumo o povo aplôdia,Quando a muié, sem demoraMe falou: «Isso não presta;«Ambrozo, vamos simbóra.

«Se eu subesse que era isso«Eu não tinha vindo^ cá«Pra como boba fica.«Mais ante nós tivesse ido«No cinema que pra mim«E' bem mais adevertido.»

E nós saimo. Cumpade,Nào caio noutra tão cedo,Apois tenho muito medoDe fica a vê navioOuvindo lingua estranjeraQue não tem mêmo feitio.

Meu cumpade, uma das# coizaQue me faz muita arreliaE' vê tanta lotaria.E ocê qué sabe proquê?E' proquê uns home, á força,Biête qué nos vende.

Nas rua, pro toda parteElles anda atraz da gente,E fica tão ezigente,Que eu, prá libra dos cacete,As vêis não tenho remédioSenão compra um biête.

Eu dispois que tou aquilá gastei um dinheirãoCos tal biête, e inda nãoTirei o mêmo dinhêro.Seu Juvená, isso fazA gente tê dezespêro

Tamem o jogo de bichoSe banca em toda cidadeE cum toda a liberdade,Meninos, home, muié,Os graúdo, tudo joga,Sem a poliça da fé.

Mia muié, que não gostavaDe jogo lá no Quati, >Tá jogando bicho aqui.Os bichêro tem caprichoDe vim na caza da genteOferece os tal bicho.

Em mia caza, si ocê vê,A coiza tá sem limite:Toda a gente tem parpite,A muié gosta do galo,A fia, do jacaré,A criada, do cavalo.

E de segunda inté saboLá vai meu rico dinhêroCahi nas não dos bichero.Mais eu vou nisso pô fim,Pois o cumpade bem sabeQue dinhêro né capim.

Sua affada JeromaNé a mêma que era am:Mudou cumo nunca vi,Todo o dia faz seus plano,E antonte ella me falouQue qué estuda piano.

Mais eu penso bota ellaNum logá para aprendeFazê bons doce, coze,E mais uns outros estudo,Pois no Braz tem uma escolaOnde as moça aprende tudo.

Inté agora é incrive,#Nenhuma caza arranjei ,^E de devera eu não seiAonde irá para isso.Tá parecendo que a dpnaDa pensão nos pôz feitiço.

Cumpade, ocê arrecebaCoa cumade Felisberta,Que eu desejo têje esperta,Muitas felicitaçãoDa famia e mais do veio.

Ambrozo da Conceição.

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&ç wnj psu*;») ftmt)f»2iiA Mão Negra

(Continuação

Diário! Platéal Gazeta! Oincêndio da Casa Allemã! Diário!Platéal Gazeta!. . .

Compra-os, Brown; talvez a-diantem mais ao que disseram osmatutinos de hoje — ordenou-meBull-Dog chamando um garoto.

E continuamos vagarosamente onosso passeio pela rua de S. Bento,lendo Bull-Dog o Diário e eu aPlatea.

Aqui estaremos mais á von-tade -- propôz-me o meu amigoemquanto penetrava numa contei-taria.

Entrámos; havia bastante gentea essa hora — 5 da tarde. Senta-dos, com um aperitivo á frente,mergulhamo-nos, embevecidos, naleitura dos jornaes. Meia hora de-pois, Bull-Dog dobrou o Diário.atirou-o para cima de uma cadeirae sahiu-se com esta:

Com mil diabos! E' um eni-gma, nm mysterio! Ha testemunhasque afirmam ter havido um forteestampido logo no momento dc semanifestar o incêndio e, no em-tanto, o laudo dos peritos concluepor um incêndio casual! Nào, nãovou nessa. Onde já se viu fogoalastrar-se com tanta rapidez, do-minando immediatamente o edifíciotodo?! E' incrível!

Sou de tua opinião, caro ami-go. Aquellas cartas anonymas, asameaças, os attentados ás casas dosproprietários, o depoimento das tes-temunhas do incêndio, tudo emfimparece constituir prova irrecusávelde um crime. Entretanto a policiaofficial dir-se-ia cega e surda a essascousas...

Como sempre, aliás; são todosuns tolos que não enxergam umpalmo diante do nariz. Eu, por mi-

nha parte, pretendo ainda esta noitepôr tudo em pratos limpos.

Tens já formada alguma opi-nião, descobriste alguma pista?Sim. Creio que não errarei site disser que sei onde se reúnemos taes cia Mão Negra. . .

Como?! Isso é assombroso!Fala, homem, estou ancioso porsabel-o.

Ouve lá: deves estar lembra-do daquelle berreiro que tanto mointeressou, naquella celebre noitede setembro, nào?

Ah! E' verdade; sim, ngorame lembro. . . Mas, não perceboque relação possa existir entre umacousa e outra. . .

Logo mais saberás - respon-deu impassível c sem tirar o eternocharuto do canto da bocea.

0 celebre policia referia-se aofacto de termos ouvido, certa feita,á sahida de um espectaculo, qinmdofazíamos um gyro nocturno pelarun de Santa Ephigcnia, um vozorioque parecia provir dos interiorescie uma casa de «chop» que haviamesmo ao lado da nova egreja,Puzemo-nos, por momentos, á es-cuta. Eu não liguei impert.moia aofacto, mas percebi que Bull-Dog,prudente e observador, aportara noseu canhenho o numero da casa emquestão.-- Então, caro Bull-Dog, dosem-buxa com isso (pie estou a éstoirarde curiosidade — insisti, ao vêr opolicia pagar o aperitivo e aprom-pfar-se para sahir.

Por emquanto é cedo; vamosao jantar e então conversaremos agosto. Como sabes, só tracto dscertos assumptos at horne...

Sahimos, Bull-Dog^, pensativo eabstracto; eu, morrendo em anciaspor saber dos planos e opinião dogrande criminalista.

Chegados que fomos á easa, eramG e meia, a bôa senhora Thereza,nossa governante, serviu-nos o jan-

tar, após o qual, fumando, inicia-mos animada palestra. A conversa,já se deixa ver, recahiu sobre o in-cendio da Casa Allemã, assumpto(pie tanto nos empolgava.

Mas então, quo relação des-cobriste entre a tal cervejaria darua de Santa Ephigenia e o incen-dio de hontem? — perguntei, apro-vei tando o ensejo.

E' simplicissimo. Quando pa-ramos, naquella noite, em frente ácasa de «chop», notei, em primeirologar, que a casa era allemã, tendona frente uma sala para o publico.Dos poucos freguezes que pela ja-nella vi, posso jurar que eram todosallemães. A algazarra, porém, partiados fundos da casa, o que tornaevidente a existência de uma salareservada, onde se fazia um bebe-rete qualquer. Dahi decluzo duascousas: é a primeira que, si se reu-nia, esconclidamente e a horas mor-tas da noite, numa sala particularnm grupo de indivíduos, cousa bôanão podiam elles planejar, vistocomo só o facto de se furtarem ásvistas de terceiros torna-os suspei-tos. A segunda deducção foi esta:o dono do tal estabelecimento debebidas, dando gazalho a essa gente,por força deve ser connivente comelles. Ora, o dono é allemão, se-gundo hontem me informou umbarbeiro vizinho, e por signal quese chama Uhlach. Nas cousas quese passaram, com respeito ao in-cendio de hontem, só allemães estãoenvolvidos, tanto mais que descobri,examinando com mais cuidado acarta que me confiou o sr. Franz,ser o talhe da letra do enveloppe,embora desfarçada, talhe de letragermânica,Maravilhoso o seu raciocínio;continue. . .

Pois bem. Allemães, que es-crevem cartas de ameaças a alie-mães, que ponto procurariam paraas suas reuniões secretas, nas quaes

Ha saúde emcada gotta de

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resolvem os seus planos de ataque?Unia easa cie sua confiança, isto é,de patrícios seus, retirada do centroda cidade, onde tivessem a seu dis-

pôr, a qualquer hora da noite, unia,sala! particular, livre porisso dasvistas policiaes. Ora, a casa cia ruacie Santa Ephigenia prehenche to-dos esses requisitos: é allemã, estaafastada do triângulo central e dis-

põe cie sala reservada nos fundos.— Mas - observei - nào podia-

ser outra casa? Por exemplo. . . Não; não creia isso, meu caro

Brown, pois, a todas as provas quelhe expuz, accresce ainda a cir-cumstancia de ser suspeita a cer-veiaria em questão, como hontemme informaram na policia. Estamos,

pois, em face de uma sociedadesecreta a 41 ão Negra», com sedena rua de Santa Ephigenia n. 5 e

que já iniciou, com as ameaças, comos três attentados de que sabemose com o incêndio de hontem, a suanefasta acção.

Que pretendes agora fazer? _Segue-me e sabei-o-ás — foi

a resposta.Seguido cie mim, dirigiu-se Buli-

Dog ao apparelho telephonico. Pe-diu ligação e, um minuto depois,ouvi:

Allow! Aqui Bull-Dog!...Bôa noite, dr.! Bem obrigado. Simsenhor, é pouca cousa: eu precisode oito homens para hoje, á umahora da noite. Sim, desfarçados,naturalmente. Nâo, dr.. na rua de St:1Ephigenia n. 5... E* cousa séria...Justamente, acertou! Posso contarcom elles?... Muito obrigado! Bôanoite, dr.!

Gomo vês, disse-me Bull-Dogdesligando o apparelho, - prepareitudo. . . Temos que fazer: faço ques-tão da tua presença; vaes?

Sem duvidaprehendo...Deixa o resto por minha conta.São 9 horas: vamos a um cinemarepoisar o espirito e depois mãosá obra! Olha, Brown, nào esqueçaso teu Schmidt & AVesson; todas as

precauções são poucas: vamos lidarcom gente muito fina e perigosa...

Não retorqui; vesti-me e, dez mi-nutos depois, saldamos com a me-lhor disposição de animo que se

pôde imaginar.

mas, não eom-

CINEMA ACADÊMICOEmpresa de ALCESTES & Cia

HOJE r^-s^ HOJE

TODOS AO LARGO S. FRANCISCO!RS RRCRDRS!

Surpreliendente e maravilhosa "Soirée"

de arte com magestoso programma

Primeira Sessão

Cretinete preside a sessão. —Grandioso e monumentai "film"

de arte produzido pela famosa fa-brica Forjaz, com mil metros. E'dividido em duas partes. Esta bellascena interpretada por eminentesartistas põe em destaque um epi-sódio dramático das luetas intesti-nas que dividiram a Faculdade emdois partidos. E' uma alta comediamuito fina e espirituosa.

Segunda SessãoVoto de ironia. — Bellissima e

original scena cômica apanhada donatural pelas objectivas da concei-tuada fabrica Dulcidius e magmfi-camente produzida pelo tão celebree apreciado actor Costa. A scenaé estupendamente interessante: —Vê-se um dos sócios do "Centro

Acadêmico levantar-se, em plenasessão solenne, e propor um votode ironia (!) a um collega que oatacou. Hilaridade geral...

jando moralisar um café-concerto econseguindo somente perturbar oespectaculo e o bem estar dos es-pectadores. Da reconhecida fábricaCORNEL1US.

Max Linder tem dor de barriga.A pedido de diversas exmas. fa-

milias será novamente exhibida ahilariante fita da fabrica Guimarães.

«Max Linder tem dôr de bar-riga».

Retro(tctividade"dos gazes. - Sce-na cômica da reconhecida e apre-ciada fabrica Rabiscos. Vê-se oactor, depois de varios lances taobem desempenhados, dar um gaznegativo com a publicação de umlivro - írueto de tão longas e re-passadas vigílias -. Mlle. Críticaentra em scena e elle então tem umioo-o original e perfeito de plusio-nomia. Rir a bandeiras despregadas...

* '¦:

'¦ Françasinho é enérgico.—FitaColorida e apanhada do natural;passa-se no POLYTHEAMA, Umrapaz desejando ser delegado, e naopassando?" de idea de projecto domesmo, exhibe-se em publico, ten-

No salão de preciosidades seráexposto ás vistas do publico o ce-lebre gigante PAUL SOHN, comtrês metros de altura; o anão-zinho César, Costa, da tribu deL1LIPUTES, medindo trinta e trêsceutimetros e sete milímetros de al-tura, e o capitão ARMAND1NHO,menino pródigo, pesando duzentose setenta e nove kilos e setecentose cincoenta e cinco grammas e meia.

HOJE ^ ^s HOJE>

"*¦* P

áS ARCADAS__—. I

DOLCEFAR MENTE...A cumaru fededvrtil tem

estado ús moscas, porque os

pães da pátria nào dao nu-inevo.

• Iiil-.-/

(Conclue no próximo numero)

Nervos fracos, esgotamentontal ou phisico? Tomae

O presidente .--Chamo, 'ninguém

me responde •. .Olho não vejo ninguém..,

me *»¦¦ ~-~wmmMmmmmm—mi-m-mmim-a--^--^.

NER-VITA

Page 17: SAO PEDRO POLÍTICOmemoria.bn.br/pdf/213101/per213101_1912_00047.pdfnha rede e, quando accordo, vejo o céo estriado de roseo, signal de que o bom tempo continua. Então, é delicioso

^^^i^h-BeB (S6fl£jiffi ÉbBm_i^_ee^Paul fltmmComo se sabe, o sr. Paul Adam

vae escrever um romance a respeitodo que está vendo no Brasil. Nointuito de indagar dos pontos ca-pitaes do romance, o Pirralho en-.revistou aquelle homem de letras,que, como era de esperar, nos re-

cebeu amavelmente,de braços abertos ecom uma~beijóca en*gatilhadaJJnformadodo desejo do Pirra-lho, Paul Adam disse:

— O meu roman-ce intitular-se-á Omartyr da amabilida-de e conterá a nisto-ria dramática e ver-

dadeira de um mortal que caiu naasneira devir sujeitar-se ás torturasde uma excursão em terra estranha,a troco de uns magros proventos" eda mesquinha satisfacçào de obser-var typos ridículos.

O sr. é desapiedado.Entretanto, gostei muito do

coronel Piedade. Veja o que sàoas cousas.

Voltando ao romance...E' claro que não poderei nar-

rar certos episódios da minha via-gem, por excessivamente compro-mettedores da patetice dos brasi-leiros.

Qual! O sr. contando comgeito, elles até gostam. Basta dará narrativa um arzinho de blague,que ninguém se offende. Olhe, queruma boa idéa?

_ ?Diga, por exemplo, que andou

a cavallo no marechal Hermes pelaavenida Beira Mar.

Elle pode zangar-se...Nâo se zanga, juro-lhe quenào se zanga.Mas os brasileiros se offen-

dem.Ora essa! Nem por sonho!

Paul Adam me-ditou um minuto etomou rápidos a-pontamentos numaelegante carteirade notas. Depois,em tom amigo:

Vejo que oi- A :. _ 11 •sr. e inteiligente. -^

Quer dar-me algu- ílmas informações —para o romance?

— Posso proporcionar-lhe umaexcellente occasião para fazer ob-servações estupendas. Vamos visi-tar as redacçòes.

— Vamos. .Saimos e fomos aos jornaes. Pri-

meiro ao «Correio».Recebeu-nos, o Burjonas. Paul A-

"

dam levou o 'lenço á bocea, para

disfarçar o riso. Burjonas, sollicito,era todo curvaturas:

Três plaisir! Três plaisir!Peut-être que je vous déran-ge... Comme?

Elle está dizendo que talveztenha vindo perturbal-o nos seusaffazeres, explicou o Pirralho aBurjonas.

Ah! Três par le contraireiTrês par le contrairei J'étais mêmesans rien que faire. J'ai jusque trêsgout.

Paul Adam arregala-va os olhos, sem sabercomo oppôr um diquea tanta asneira.

— Vamo-nos embo-ra, lembrou o Pirralho.

Mas Paul Adam tei-mava em ficar. Ficámos. Fomosver a typographia, depois subimospara o salão de recepções. Ahi,

Burjonas fez urn discurso, ouvidoentre gargalhadas de Paul Adam,do Pirralho e de outras pessoasque haviam subido comnoseo. Ora-ças á gentileza de Paul Adam, quenos forneceu os apontamentos to-mados no seu caderno, podemosdar um resumo do bestialogico:

«Paradisiaque monsieur Paul A-dam. Je dis paradisiaque me refe-rant á Torigine de votre nom, istec'est á le paraize terrestre. Voiez

comme sont les choses. Ici, existetambien un paraize, e jusque uuelinhe de bondes nome du paraize.Se je fusse le votre guie, je vousleverai pour voir cc bairre de SaintPaul. Mais dejá me dissérent quevous n'avez temps e que vous n'ar-rivez pour les encommendes. Pa-cience. Fiquera pour autre fois. Jeseus beaucoup mais pleurer je|nepeus pas. Terminam, je vous saluecomme le pére de la literature fran-çoise, ainsi comme Adam fut lepére de lmumanité. Tenhe dite.»Nào se descreve a tempestade deapplausos que coroou o bestia do

Burjonas. Todo inundo chorava detanto rir.

A' saida, Paul Adam segredou aoPirralho:

— Tiens! Je ferais un vaudevilleplutôf"qu'un roman.

(^c^l___=_=J^^ê)

Pingos de cera}EPITAPHIOS

P. M.

A' sombra de um pinheiro gigantescoDorme em paz aquelle'homem,Que o Brasil governou no tempo do Hermes.E' tão nojento e~vil?que os proprios^yermesFogem delle-que horrorl-não ojconsomem.

Dn. Xarope

(§^____c _,c=^)=-*-#¦¦¦

Cigarros CflNftDIfiN ^•ft—, Una Direita. 4-H

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i

A immensa desgraça cie ante-hontemNo jardim da Luz

0 macaco allemão imbecilizadoe um avestruz com eólicas.

O Pirralho tem uma bruta paixãopor uma alutnna da Escola de Phar-

macia. Todas as tardes, quei chova

quer faça sol, o Pirralho toma o

bonde da Ponte Grande, desce na

Luz e entra no jardim, onde esperaa eleita do coração. Como as vezes

a pequena tarda a sair da aula o

Pirralho costuma levar livros e pr-naes para matar o tempo. Umatarde destas, parece que o raio do

conselheiro A. Ganem injectou de

mais o pessoal da Escola de Phai

macia, e ás 5 horas a menina ainda

não passara pelo jardim da Luz- y

jornaes estavam todos lidos de o

a pavio; os livros-a Morte de Deus

dò Saturnino Barbosa, o Manualde Perfeito Cozinheiro, do dr. boa-

res do Couto Esher, e outros de-

opilatorios - estavam egualmentelidos. Que fazer? pamnado

da vi-

da o Pirralho embrulhou a livra-lhada nos jornaes metteu o embrmlho debaixo do braço e foi ver os

macacos. Gostou tanto dos.bichi-nhos, que foi a uma quitanda pro-"ima,

comprou um bruto cacho de

avançou no embrulho e cada ma-caco pegou num livro ou num jor-nal. O allemão quasi morreu de rircom a Morte de Deus, do Saturni-no Barbosa. Outro teve um fani-

quito por causa de um artigo dodr 1 J. no Correio Paulistano.Um terceiro, que agarrara num vo-

alameda do jardim um senhor de

r,--f-=^s^^~^v^^v |

bananas e começou a dal-asaosmacacos com que mais se sympa-

Lara. Lá ás tantas, o burro do

macaco allemão metteu a mao fora

da grade, agarrou no embrulho do

Pirralho e puxou-o para tenho. O

Pirralho bufou, a principio. Mas,

depois! ficou quieto, para ver em

—, ' ' "~""|

lume da revista da Faculdade de

Direio, depois de folheal-o uma

porção de vezes, parece que nao

achou nada que prestasse e poz-sea rasgal-o com as unhas. Por lim,fez pilulas com os pedacinhos de

papel e enguliu-as. Desgraçado ma-

caco! Dali a pouco, o infel.Pe-

gou a cocar a barriga, como quem

l*&üp\se sente atacado de uma ind.ges-tào' O primeiro pensamento do

Pirralho foi chamar a ambulância.

f?V WD D J 1

wjwm

aspecto respeitável, com as feiçõesdecompostas pelo terror. Imme-diatamente, o Nacarto fez paiara ambulância, e um esculapio cor-reu a soecorrer o" desconhecido.

Este, porém, apontou para o lu-

gar onde se acham as emas e: aves-truzes, dizendo-.-Vamos lá! O Na-carato, o medico, o desconhecidoe o Pirralho correram para o iu-

gar indicado, e encontraram umenorme avestruz gritando que es-

tava com uma eólica horrível. Sem

ndagar de mais nada, o Nacaratoèmpunou o avestruz para dentro

Correu a uma esquina e tocou o

da ambulância, e fomos todos paraa Central. O'Pirralho ia tocandoo fonfon da sereia.

Quando chegámos a Central o

macaco e o avestruz estavam de

sacordados. Foram a braços para

1^**^-^^ ll^PV y J<*-3ÕL ' " *«iBaabLi?|

[i \\.r0 SÍ r^rs^S? i*'

que davam as modas. A macacada

Nacarato na boléa. O macaco dando

gritos lancinantes, foi mettido na ca

rancueijola, que ia voar para a cida-

desmando'appareceu a correr numa

a sala de operações.Aqui é preciso explicar que o

macaco, ao fazer, as; piul as g

empregara, nao somente pedacmdas folhas da revista da «ema

mas também um retalho do Corn

Paulistano em q™ «^ ,mst:!;1.

Ihado o volume, tssa cullu

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Jimj «—=^- ^teiy')jj\ ps***9* ^^m ^***~~ ^—*,

m Mraggra ^m- ^>

cia só se verificou depois da ap-plicação de um poderoso drásticono infeliz animal.

UMA CARTA» ¦¦Mii^r«~-inngiflliMBWHIÉ

Do estômago do avestruz foramretirados pregos, arame farpado, e

um exemplar do Estado de SãoPaulo de segunda-feira. Interroga-do, o avestruz declarou ser a pri-meira vez que se sentia mal ao en-gulir alguma cousa, e que attri-buia as eólicas ás Divagações.

O macaco, depois de prolonga-dissimas eólicas, foi reenviado parao jardim, mas ficou imbecil para

xavhõ^ jl 4oCb tonsQsÇAj&xo ehariCL /yurt /Co-wuo o rtct-.

ua4.cc- to Ao tv- wti <wálui kô^t)/ta^cM. Kuawfc

I A

.o^vetAA^ {iúçu aXo KiAAUsÇJityjcr,

íío qAKXa\/Wo

(V

^CrAAÁÃo

L.bid

toda a vida, porque teve no orga-nismo quatro linhas escriptas peloBurjonas.

NOTA. — Do estômago do ma-caco, foi retirada muita farofa.Eram os artigos do Conselheiro A.Cancio. Resposta paga

I\ conferência dc Paul Adam

ii .j^jyu nr

O «Pirralho» smartizando-se. — Já acabou?

CASA EIMSOIS

A Casa Edison, no seu novoprédio, á rua Quinze, merece bemuma visita demorada dos nossos nu-merosos leitores. Com installaçõesmagníficas, oecupando tedos os com-partimentos do seu novo e soberboedifício, a Casa Edison offerecemuita coisa digna de admirar-se ede adquirir-se. Nem podia deixarde ser.,;assim, conhecido como é oempenho do seu honrado e activoproprietário, sr. üustavo Figner, demanter o seu estabelecimento numaposição de destaque entre as gran-des casas commerciaes de S. Paulo.

A «R1SXOJIIÍI"* é a mais fina 1elegante casa Ho perfumaria.

. Sa Una Direita, n '4

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fàçfycklW Otc Xornal allemongsRettatow - ye|e Bvotww Prtewleítt CrF**1

Anno brimêrro

Numeppo guarenda e um

Zinaturra: tois lidros

== zerfexes =====

2an"¥aulo7 õinDeTnoye te Jurtjjo te nofe?enbog tose

0 xerazão to mundo

(Gondinuazão)

Gomo demos íisto, o Teuspodou barra vorra to Bar-raizo a Atão e o Efa, ber-gue elles esdiferram fasscntoo crante brica lá tendro.

No bórta, vigou uma an-xo, gue erra o ortenanzato Gabitong. Esde or-tenanza esdáfa gom ortenscrantemende zafêrras; zi aAtong esdáca guerrento pri-car e endrar bor vôrza naxartim to zéo, a anxo es-dáfa dendo o augdorissazaote tisser gue erra o órtemrezepita te nong teixar en-drar ninguém e, no gassote rezisdenzia, bodia esdartanto esbadatas nelle. OAtong esbiou o gois-e efiu gue nong falia o bena,borgue bodia abanhar por-toatas e isdo nong esdá a,;-zoludamende acratafel. En-dong firrou barra o Efa etize: "Vilinhe, nong demmais remedie — Teus esdámuide prapa. Esdá brezizogafar ung gasa". O Efajorrou muide e tize guedalvez esdafa pong jamar ozerbende barra axutar elles;a Atong vez azim, e abar-rezeu o dál zerbende. Efaexbôz barra ella o zidua-zong em gue esdafa, masgomo rèsbosda, zó rezepeuung crante garrêda gue vêza picho, gue zahiu gorrentoe tanto rissátas. O Atongvigou inticnato e jiucou Efa:"Tamnata, borgarrie, gutdomou o pepeteirres! Muidepônide! Acorra nong demmais o Barraizo, neng demung gassa barra tormir 1"

O Efa bulou! "Acorrafozê esdá tissento esdes goi-ses, mas andes, fozê vigouprapa, borgue eu esdife pe-pento a jôps zôzinhe! Fozeesdá uma crar.te infexôsso!"A Atong e defe arrebendito,bediu o Efa barra vassêr os

basses e endong esdefe nes-de tia carrandito o naszi-mendo to Gain, gue voiuma homem crantemendeberrigôsse e to gual vaiar-remos na brogzimo numero.

Peterslein,vilosovo.

Gottaòo te Peterslein!-

—ti¦——mmmm--*- m.~t~ 'm **" ' ^¦¦^)»"'I",*"M " ***********" *1^1*" ' '

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^ç^_. 'ÊEÉEzÍ ^^^

\li iiiiiiMlIlliiliMIIIlMIili)I|IIII'IIiiiA \

Perlin, 28 (Tirregdo) -Nas zirgulos xornalisdas teesda gabidal esdefe zentozelepratugon crantes vesdaso entrega te gontegorrazãote zenhor Von Peterslein,retagdor-jéfe te Birralha,em Zão Baolo.

A tirregdor te DeutscheZeitungs Gesellschaft es-defe vassento ung galor-rosso tis:urzo, onte, emvrasses zinzérras e galor-ros.as, velizitafa a illusdrebadrizio.

Na mesma tisgurzo, aten-dou o itéa de ung zupzgri-bzão gom o vim te z.r at-guirrida ung magnina vodo-craviga esbezial, barra zeroverrezita ao zr. HerrmannSchmidt, tigno âugzihar tePeterslein.8_7_-**"l&>v_——>—

Acratezimendo

isc-e esdá o"x^odo^aTÍ7dirrata a macnessio turande

o panguete haflto barra zelcprar o endréga to aqui.

himberrial barra a zenhor von PetersleinGomo as leidorres esdao bodendo fer, a 1 etersiein

esdefe muido tolende...

0ELECRAMMR5

Perlin, 28 - (Delecram-ma tirregdo e esbezial). To-da bobulazong te esde ga*bidal enfia barrapens vonPeterslein. Muides peixos.(Azignato - Von Schwine-bach, pulco-mesdre.

Puenos-Aires, 28 (Axen-zia Amerrigana) — Gauzouagui crante zenzazong o no-dizia te gondegorrazong tePeterslein. Esdá broxegdatoung crante meeding barrazeleprar o vesdifa tacta. A

Cepallos esdá meia prapa.Zandiaco, 28 (Ax. Amer.)

O vépre amarella nongdém mais. Barréze gue amodifo te esde agondezi-mendo esdá o gontegora-zong te Peterslein.

(Noda to Retazong - Ba-reze gue é fertate...)

Mondefidéo, 28 (Ax. Am.)Na meeding uldimamenderealissato belos xordalisdes,vorram tisgudidas homena-xens a Peterlein.

(Noda to Retazong. Mui-do oem).

Zenhor von Petersleinfem, bor esde bupligo meio,acratezer dodos aguelles gueesdi.eram vissidando elle tu-rante o molesdia to uldimozemana.

Oudrozim, dem barra te-clarrar gue o gulpa to mo-lesdia esdefe doda to ze-nhor Schmidt, gue, tesboiste esdar crantemende enzer-fexato, nong esdafa maisteixanto fassio a gobo tePeterslein.

Defito a esde razon, asleidorres tefem esdar tantoung crante zófa te bau naintigna vodócrafo.

Peterslein.rectadôr-jéfe-

BAR BARON ^^^^±¦ _ /-~ _-^-_ r-^._=-r-r^ ií-.*. 8 t==a -S A****». V-* • *—»

Travessa do Commercio, 3[aymlJLS

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Page 24: SAO PEDRO POLÍTICOmemoria.bn.br/pdf/213101/per213101_1912_00047.pdfnha rede e, quando accordo, vejo o céo estriado de roseo, signal de que o bom tempo continua. Então, é delicioso

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TRES RHZÔESJffiSHSBUI:

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Ha tres motivos unpoitentes que esorjptorio„U,,vieidad,, a empvegal-a em casa, loja

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