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Numero 228 revista illustrada: zxe importância:::: evidente

REDRCÇRO

RUfl SRO BENTO, 28

CAIXA POSTAL 1026 onoo nnnaDnDDonDpnnaaQODP

Partido municipalA laboriosa classe dos commer-

ciantes e industriaes apparece agoradecidida a tomar parte na política des-te Estado. #

A organisação do Partido Muni-cipal, que tem realizado três sessões

preparatórias no Centro de Commer-cio e Industria é devida a uma pleiadede bem intencionados cidadãos, dis-

postos a encarar seriamente os pro-blemas administrativos do municipioda capital, concorrendo ás urnas parasuffragar o nome dos candidatos seuscorreligionários, confiando a estes, quan-do vierem a ser investidos de umafuncção publica, a pratica dos actosmais acertados para os interesses re-

gionaes.Hoje, São Paulo somente conta

com um grêmio politico, victorioso e

pujante, que é o P. R. P.. A este par-tido que tem nas altas posições darepresentação do Estado os seus maisdistinctos filiados, ninguém faz oppo-siçao, ou melhor, ninguém trata decombater. Porque isto, não se sabe.Nota-se porem que os desgostosos,com o seu programma e a suaacção,

preferem não abandonar as suas com-modidades, permanecendo a fallar da

gente dominante muito ás escondidas,a tratar de se agrupar, arregimen-tando as suas dispersas forças eleito-raes, para enfrentar com animo e es-

peranças de vencer o poderoso situa-cionismo paulista.

Mas o Partido Municipal, peloque temos investigado, está conven-cido de ser bem difficil conseguir na

nossa política qualquer efficiencia paraa sua projectada intervenção.

Lamentamos deveras que os mu-nicipalistas, logo em começo confessemessa fraqueza, e por isto lembramo-lhes o maior cuidado na escolha dos

seus directores. Estes deverão possuira fibra exigida aos luctadores políticos,a clarividencia dos previlegiados, adecisão dos homens de força de von-tade, a pertinácia dos que sempre tri-umpham e a orientação exigida paraempreendimentos de tal natureza.

Não faltam, no meio industrial edo commercio, individuos com esses

predicados e nas condições de poremem pratica o programma do PartidoMunicipal, que possue, em seu seio,homens capazes e illustres como os

srs. Nicoláu Baruel e Bento Pires, or-na mentos preciosos da classe a quepertencem e honram.

Vê-se bem que os municipalistasnão procurarão tomar parte numa luta

política apaixonada, como opposicio-nistas systematicos ou mesmo poucotransigentes, mas sim concorrer com

os seus valiosos elementos eleitoraesafim de intervir pelo commercio epe-

Ias industrias, como for possivel, na

administração local, enviando adeptos

seus á Câmara Municipal de S. Paulo

e, por certo, também ás casas de Con-

gresso do Estado e da Republica.Applaudimos o movimento des-

sas classes laboriosas e desejamos, vi-

vãmente, que o Partido Municipal,dentro de seu modesto programma,faça pela nossa cidade e, logo, porSão Paulo inteiro o que se esperados que aqui vivem dedicados á obra

do seu engrandecimento material e

politico.

1L DC DC DC

A SOCIEDADE DE CULTURA ARTIS-TICA — realizou, a 5 do corrente maisuma das suas esplendidas festas de arte.Nessa deliciosa reunião, a que accorreu,solicita, a nossa mais fina sociedade o sr.Ministro Oliveira Lima leu a sua conferência sobre José Veríssimo, evocando, come moção e competência a figura sympathicado brilhante escriptor. Foi uma noitada en-cantadora, que em nada desmentiu as tra-dições da luzida sociedade.

Funccionarios e Doutores é o ti-tulo do ultimo livro de Tobias Mon-teiro, que, primorosamente editado,acaba de sahir das officinas da casaAlves.

Tobias Monteiro, nome assáz co-nhecido no paiz e no extrangeiro, re-commendou-se á admiração do nossomeio literário pela sobriedade ele-gante de escriptor correcto e pelacompetência de erudito, que revelounas obras publicadas e na sua variadae abundante producção jornalística.

Espirito de uma curiosidade sa-gaz e penetrante, tem abordado, comprofeciencia e saber, as questões, quemais de perto interessam á vida na-eional, e, com a independência que ocaracterisa, por diversas vezes, com-mentou, aclarando-os, sérios proble-mas políticos e financeiros do Brazil.E este seu recente trabalho nada maisé do que a affirmação da dedicadasympathia que elle sempre votou aosestudos brazileiros.

No breve volume de 118 paginas,cuja documentação paciente e cons-cienciosa mal se percebe na singelezaempolgante do estylo, aborda o illus-tre polygrapho uma das faces mais.nteressantes da nossa organisação po-Hitico-social e administrativa.

Insurge-se, com acertado critério,contra esse vezo inveterado do nossopovo, que é desprezar as industrias,o commercio e a própria lavoura paraorientar, erradamente, as energias nocaminho do doutoramento e do func-cionalismo.

Expende, nesse sentido, idéasexactas e profundas e, dentro do seuassumpto, faz uma analyse do nossofunecionalismo, que, principalmente na

parte referente aos orçamentos, deveser lida e meditada pelos srs. legis-ladores e altos dirigentes da nação.

Lamentamos não poder, nos mol-des desta revista, fazer um resumocompleto e uma critica minuciosa dessasincera, fundamentada e proveitosis-sima brochura.

Sirvam estas linhas de mero bi-lhete de apresentação, no qual, ende-reçando-nos á mocidade em geral, aoschefes de família, e, muito reverente-mente, aos homens públicos, pedimos

ANDAR ^ PRAT. O

EST. ^N.odeCRD.

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HíV ia-áO Pirralho

com insistente e carinhoso empenho,que tirem do livro de Tobias Mon-teiro o que elle despretenciosamenteencerra de argutas observações e sa-lutares ensinamentos.

De taes cartilhas é que preci-samos para completar a nossa edu-cação, formar o nosso caracter, adqui-rindo "o conjuncto de qualidadesmoraes que crystallizam a noçãodo dever1'.

Funccionarios e Doutores é, nasua agradável leitura, uma obra, maisdo que útil — necessária.ooo: :ooo

CHRONICAAs novidades — se é que pôde fa-

lar em novidades uma revista quin-zenal - são apenas duas: a chamadacampanha pelo saneamento dos ser-toes vae sendo feita pelo costumadomethodo do berreiro hysterico e in-decente contra tudo que é nosso,e... Mas vamos por partes.

Falemos primeiro deste negocio desaneamento. Os senhores hão de estarlembrados de que, ha uns pares desemanas, um esculapio do Rio, homemaliás notável entre os esculapios, pro-fessor de esculapios até, proferindoum discurso aos moços, lançou estaphrase, uma phrase bem á maneirade Eça de Queiroz: - O Brazil é umimmenso hospital.

A súcia dos escrevinhadores não sedemorou a repetir, por todos os meiose por todos os modos, em artigo defundo e em artigo sem fundo, emsuelto e em chronica, em prosa degallego e em verso de bobo alegre,que o Brazil é, de facto, um immensohospital. Se o dr. Miguel Pereira ti-vesse dito que o Brazil é um immen-so hospicio, ainda o berreiro seriamaior. Felizmente, ficou sendo apenashospital. Foi o que valeu.

Está claro que a phrase, a infelicis-sima phrase, a desastrada phrase doprofessor da Faculdade de Medicinado Rio, não sendo mais de que umaphrase, e banalissima, não adeanta enão atraza, nem de um dia, nem deuma hora, o grande trabalho em queestá empenhada a actual geração.Peores cousas teem dito por ahi os de-putados da opposição quando os des-pedem da mangedoura os patrões davéspera, e peores ainda os jornaliquei-ros, quando o milho do embornal co-meça a rarear. Já se tem dito, porexemplo, que o Brazil é um paizper-dido; que o Brazil está fallido; que oBrazil já morreu.

O dr. Miguel Pereira, porém, que éum homem de sciencia, não tinha o

direito de fazer uma phrase, e logouma phrase á maneira de Eça deQueiroz.

Só se está querendo entrar para aAcademia de Letras. . .

A outra novidade é o perigo ama-rello. Em sorrateiros communicadosaos jornaes, os sagacissimos propa-gandistas do expansionismo nipponicoandam a propalar as excellencias daimmigração japoneza, cantando em to-dos os tons as bellezas do ex-adver-sario e hoje alliado da Rússia. Só lhesfalta dizerem que os japonezes são bo-nitos.

O miserável mercantilismo dá nossaimprensa, que publica o que se lhepaga (salvo uma ou duas excepções),não permitte uma reacção efficaz con-tra esse perigo tremendo, que a im-previdência dos "estadistas" armousobre a nossa cabeça. Os japonezesteem até, por Lei, uma concessão parafundarem, dentro do Estado de SãoPaulo, nada menos de que uma ci-dade ...

Curioso, não acham? E porque nãopara fundarem logo um paiz? Ahiestá uma lembrança. O Congresso po-dia autorizar os japonezes, por exem-pio, a fazerem do Estado de SãoPaulo um novo Japão. Era mais en-graçado, não acham? Depois, o Esta-do de Santa Catharina declarava offi-cialmente que se incorporava ao Im-perio Allemão, o Rio de Janeiro pas-sava para os dominios daquelle bigo-dudo senhor que dizem ser presidenteda Republica Portugueza — Bernar-dino Machado, se não me falha a me-moria — e assim por deante, ia-sefraccionando o Brazil numa porção decoloniazinhas. Digam os politiqueiros,digam os jornaliqueiros: - Não é issomesmo que pretendem? Vamos, falemcom sinceridade . . .

Agora me lembro: ha uma terceiranovidade — a Monarchia. Lembram-se delia? Caiu, vae por vinte e seteannos, dizem que justamente por faltade homens ou, para falar com maisjustiça, por falta de chefes. Constaque pretendem ou dizem pretenderrestaural-a alguns cavalheiros. Quemsão? Gil Vidal, o gordo, e não sesabe bem se mais algum Sancho Pan-ça. Como se vê estamos longe da res-tauração monarchica. Ainda não ap-pareceram os Quixotes. E são elles,e não os Sanchos, quem faz as revo-luções.

Quanto a nós, francamente, nãoacreditamos na possibilidade da cousa.E por uma razão muito simples. Nãoha monarchistas. Ha apenas sentimen-to monarchico, e esse mesmo indisci-plinado, e mal esclarecido. Onde estão,

de facto, os monarchistas? Dos que oeram no passado regimen; muitos ad-heriram. Dos que não adheriram, sónos recordamos de dois nomes verdadeiramente grandes : os srs. condesde Lset e de Affonso Celso. O pri-meiro, jornalista temivel, tem estadosempre na brecha; o segundo, porém,apesar da firmeza das suas convicções,não milita com o vigor necessáriopara uma restauração.

A Monarchia de novo no Brazilseria uma surpresa. Isto não quer di-zer que a reputemos inviável. Se astramóias do destino ou osbamburriosda sorte nos devolvessem o sr. d.Luis, o que podemos assegurar é queadherentes não lhe faltariam. Haveriamesmo re-adherentes. Seriam os con-selheiros da Monarchia defunta, quetendo desadherido das suas convic-ções passadas, adheriram á Republicae, uma vez restaurada a Monarchia,re-adheririam com enthusiasmo. Comenthusiasmo e com uma lagrima decom moção no canto do olho. Uma la-grima de crocodilo, bem entendido.

Olyntl]o Çomej pompeu.

O sr. Lugné Poe, o eminentedirector de "L* Oeuvre" que, com Su-zanne Després faz uma "tourné" pelaAmerica do Sul, proporcionará a SãoPaulo, algumas noites de encanto, in-terpretando, com sua arte austera evigorosa, bocados selectos dos maio-res auctores da França.

Sabemos que, numa dessas "soi-

rées", a que elle dedica aos intelec-tuaes brasileiros, será representado umacto de Leur-âme, peça de Oswaldde Andrade e Guilherme de Almeida.

Essa noticia é para nós motivodo mais grato prazer por se tratar dedois nomes, que a nós se prendempelos mais legitimos laços de solida-riedade espiritual.

Oswald foi o fundador d'esta re-vista e Guy é o seu mais assíduo col-laborador; a ambos, um abraço cordial,

pelo magnifico interprete que encon-traram.

já appareceu o segundo numeroda revista "Minerva", publicada pelosalumnos do Instituto de Sciencias eLetras e dirigida pelos srs. F. Guer-ner e J. V. Barros Filho.

E' de pequeno formato, porém deagradável leitura a revista onde sevê claramente o esforço dos moçosestudantes.

»->->iii»«p.f-'»**

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O Pirralho|||

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Abraçamol-o, confiantes nos con-

tinuos successos da sua vida pu^blica, que desejamos plena de lourose de felicidades.ooo: :ooo

Depois de um tirocinio acade-

mico em que conquistou distinctas

approvações, formou-se a 11 do cor-

rente mez, o sr. dr. Genaro Aca-

tauassú Nunes, esperançoso e intel-ligente paraense.

Quem o conheceu, ainda quasimenino em 1912, quando veiu fre-

quentar a nossa Faculdade de Direito,

não podia antever o brilhantismo com

que fez esse curso, captando a sympa-

chia dos mestres e a admiração dos

tondiscipulos. ,

O novo bacharel, que se recom-

menda por um lindo talento e um for-

moso coração, é um estudioso e um

amigo distincto.Perfeito «gentleman", de aprimo-

rada educação e de uma invejável

indole, ao novo bacharel em direito,

que descende de uma illustre família

do Estado do Pará, está, sem duvida,

reservado um futuro das mais agra-

daveis surpresas e de successivos tri-

umphos.

FOI NO DOMINGO, A' HORA DOCORSO, no espaçoso salão do Tria-non. Elias estavam, as três, em com-panhia daquella tia, que, apezar develha, não se descuida da pelle e ado-ra, com desembaraçada semcerimonia,as modas e o luxo, é

A mais nova, triste e apreensiva,levava com uma lentidão quasi dolo-rosa, á boquinha vermelha, os peda-ços congelados de sorvete branco; aoutra, a loira, aquella dos olhos tra-vessos e do risinho irônico, batia no

pavimento, com o salto do sapato fi-no, um compasso nervoso; a terceirafalava constantemente, percorrendocom.um olhar longo e amplo, todo oambiente e a paisagem da cidade aolonge.

A pensativa ergueu a cabeça e, coma colherinha suspensa, disse para airmã:

Elle não vem . . .Talvez ainda venha. E calaram-se.

A tia sorriu, galantemente mater-nal e protectora ....

Houve, 'de

repente, um movimentobrusco nas quatro cabeças, e elle, to-do de um cinza discreto, o rosto azu-lado pela barba negra muito esca-nhoada, entrou, saudou, puxou uma.cadeira e sentou-se.

Foi como si o sói batesse de cheionaquella mesa. As physionomias ale-

graram-se. Uma reminiscencia, talvez,envolveu de claridade os olhos davelha. E só a loira, continuando abater o mesmo compasso, perguntoucom um ar estudadamente distrahido:

— Como vae o Orlando, . . . ellenão veio?

Pouca gente, muito pouca, enten-deu o sentido mysterioso d'essa phra-se que, cortante e perversa, se per-deu no rumor das vozes e no ruídodos crystaes.

':'¦¦:""''/

NO Dlfl DO EMTERRO ella chorou muito; nodia seguinte pensou no lucto e perdeu 0n-

gas horas, distrahidamente, a folhear figu-Finos e examinar fazendas pretas^ Depois ...a gente não deve se entregar, e preciso rea-gir, não ha dor que não tenha cura, e ella

procurou curar-se..Leu *&**&$*é um santo remédio e... fhrtou. Teria sarado ? Ainda sentirá muito pesada a suavtuVez? Não se sabe; sabe-se apenasaue num dos últimos dias da semana pas-sadá com um ar consolado e feliz, ao ladode um' rapw; alto, de bigodes negros e quea estfma muito, ella foi colloca.; sobrotúmulo branco do marido, um ramilhete enor-me de lindas margaridas brancas.

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Se ella tiver que vir, que venha, ao menos,num domingo de sol;

que a manhã seja clara, os céos serenos,bem alvo o meu lençol.

Bem alvo, sim — é a côr das cousas puras:eu gosto dessa côr.

Detesto o preto, o lucto, as amarguras,a tristeza . . , Que horror!

Que os sinos cantem, nessa madrugada,bem altos: dlonl dlinl dlan!

E passe muita gente endomingada,no ar fresco da manhã.

Vestidos velhos, de limpeza extrema,em que o tempo veloz

guarda as dobras e o cheiro de alfazemadas arcas dos avós.

Que perpassem, de leve, nas calçadas,com muita devoção,

creancinhas saudáveis e enfeitadas,que vêm da communhão.

? V 'IIí J3

Que desfilem, na rua, as orphãsinhasde olhar casto e imbecil,

nas suas saias muito engommadinhas,carregadas de anil . . .

E que as boas velhinhas, escutandoos sinos: dlonl dlin! dlan!

passem, muito felizes, tropeçandonos seus chalés de lã . . .

Que haja sol, que haja luz, que haja alegriano dia em que ela vier;

porque a terra terá, doce e macia,um calor de mulher.

E eu passarei, no meio desse povoreligioso e feliz,

endomingado, no meu terno novo,com botas de verniz . . .

Se tudo fôr assim alegre e purono dia em que eu morrer,

eu levarei, no meu caixão escuro,vontade de viver!

Guilherme de Almeida

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O Pirralhov_^ s-

AS MISSAS DESÃO BENTO - São

. Paulo, cidade culta ecivil sada por excellen-cia, em todas as ma-nifestações de sua vi-da social é, por tra-dicção e por Índole,uma capital profundae abertamente catlioli-ca. Ao lado da indus-tria, do commercio edo mundanismo galan-te, que a destinguemno concerto da fede-

ração, deu ella, em mais de um passo, pro-vas evidentes e indiscutíveis de que con-serva no coração, tumultuoso de sugges--toes diversas, a fé viva dos primitivos ei-vilizadores, que, em nome da cruz e á suasombra, trouxeram, na obra gloriosa da ca-thechese, para a plenitude da luz, os abo-rigenes da selva.

Não raras as manifestações publicas,empolgantes de magestade, que tem ellaofferecido à observação dos que estudam osentimento religioso dos povos.

O que, porém, mais vivamente impres-siona a quantos se interessam pela homo-geneidade do nosso desenvolvimento é aalliança fácil e natural, própria unicamentedos grandes centros, que aqui se nota en-tre a aristocracia elegante e a piedade sin-cera.

As missas de São Bento, epigraphedesta nota, e não pareça irreverência tal as-sumpto numa secção social, são rendej-^ouscertos, onde admiravelmente se casam, soba arte singela de um templo christào, osrequintes da moda e a crença das almas.

A's 11 e ao meio dia, na igreja, sóbria-mente estylisada, a evocar o passado ma-ravilhoso dos sábios e abenegados mongesdo oceidente, no apuro de uma selecçãoque encanta, vibra no recolhimento, a inti-midade mystica de um liame forte, quecongrega os espíritos e as vontades nas do-curas da prece..

Ahi, tudo convida ao silencio e á me-ditação. A' imponência simples do rito,junta-se o organista expressivo-symphonico,que, gentilmente, ha longos mezes, substi-túe o mestre do coro e enche a nave, cre-ando uma atmosphéra de calma beatifica ede enlevo musical a execução perfeita dostrechos mais suggestivos de £ack, Chopin eJííeridelsonh.

Nem uma voz, nem um rumor, a mui-tidão prostrada. E depois, terminado oofficio divino, o sahir de uma romaria, on-de se pautam os modos e as attitudes, astoiletles e os adornos pela mesma linhadiscreta de decoro e correção; e o deslisardos autos envernisados, rolando, sob afaiscação do sol, para os palacetes de arra-balde.

Toda aquella gente, alegre, jubilósa,parece que traz a alma leve.

As missas de São Bento, são, em sum-ma, úa manifestação muito chie e supe-riormente espiritual da nossa vida urbana;nellas, o encontro dos catholicos elegantese dos elegantes catholicos é preceitual eobrigatório.

E' mais uma iniciativa que parte de S.Paulo, a realização desse Congresso Me-dico, que, sob a direcção dos illustres drs.Arnaldo Vieira de Carvalho e Ayres Netto,

reuniu cm nossa capital o que ha cie mr.isdistineto na douta classe dos esculãpiosbrazileiros. Divididos cm grupos diversos,os congressistas estudaram e discutiramcom a maior boa vontade a cura dos muitosmales que'assolam o nosso pai/. Piestaramseu concurso ao proveitoso Congresso, in-números pharmaceuíicos e dentistas.

E' bem grato registar a execução detal empreendimento, e com muito prazer ofazemos, certos de que será de grande ai-cance a apresentação das "memórias" quenos fazem conhecer mais de perto persona-lidades como Fernando de Magalhães eAustregesilo, o moço e conhecido autor dos"Pequenos Males".

Realizou-se em Guaxupé, o casamentodo dr. Dolor de Brito Franco, com a senho-ritaLaurentina Heitor, recentemente diplo-mada pela nossa Escola Normal, após umcurso distineto e brilhante.

Dolor, formado em São Paulo, e que,durante longo tempo, trabalhou, dedicada-mente nesta revista, nella deixou attesfa-dos inequívocos do seu bello e luminosotalento e fez de cada um de seus compa-nheiros de imprensa e collegas de acade-mia um amigo sincero.

Espirito de raras scintilações e coraçãode uma lealdade captivante, gosn, no meiosocial paulistano, das mais justas admira-ções e dos mais calidos afféctos.

Encontrando na sua prendada e cari-nhosa consorte uma alma de escól, que ocompreende e completa, terá no lar a felici-dade que merece e que nós lhe almejamos,num abraço de fraternal camaradagem.

Afim de tomar parle nas eleições daflcaderi}ia Jjrazileira, embarcou para o Rio,o sr. deputado Felix Pacheco, redactor-chefe do Jornal ôo Conjrnercio.

O brilhante homem de letras, que, paraorganisar a edição paulista do velho orgamcarioca, teve de demorar-se entre nós, cap-tou na sociedade paulistana, pela seducçãodo seu espirito e pela itíártéza do seu trato,a admiração de todas as intelligencias e aestima de todos os corações.

A' gare, cheios de antecipada saudade,foram apresentar-lhe despedidas os seusinnumeros amigos.

Na derradeira festa da Cultura jírt/st/ca,um jornalista, que se tem por letrado e es-creve varias sem grammatica num vesper-tino popular, antes da conferência discorriasobre a individualidade do dr. Veríssimo,pontificando, entre três reporters. E entreoutras coisas disse o seguinte:

Elle foi o grande vulgarisador deIbsen, no livro que escreveu sobre o emi-nente húngaro (sic) mas, das suas obras- aque eu mais aprecio é Zra dicções e fés-tas populares do Jjrazil. ( ///)

Na ultima reunião do fjarmonia, umdos rapazes da nossa sociedade, que ves-tem mais á moda, e que estava, por sig-nal, com uma linda camisa, permittiu-se ainconveniências de dizer esta phrase:

Me sinto muito mal neste meio, por-que preciso- conter a linguagem; si a gentesolta uma coisa mais picante, jã reparam.

As moças commentaram muito o seuconstrangimento symptomatico.

NA ESCOLA NORMAL

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B O Pirralho

Para fechar com chave de ouro os tra-

balhos do Congresso Cediço, rematando com

uma nota cfrc a aridez dos labores scien-

tificos, realizou-se, segunda-feira, no Zrianon,o baile dos congressistas offerecido por um

grupo selécto de senhoritas da nossa mais

fina sociedade.Essa festa, que se revestiu do fulgor,

que soem ter as nossas altas reuniões mun-

danas, prolongou-se, numa irradiação de

perenne alegria, até pela madrugada, dei-

xando todos os corações e todos os espíritos

enlevados no mais fascinador dos encantos.Foi uma noite plena de arte e de can-

dura, que deixará vivas, profundas e gra-tissimas recordações.

Emquanto esperava o bonde á rua Di-reita, mlle. procurava uma noticia no "Jornal

do Commercio".De repente, olhando para a sua compa-

nheira "e

visinha, com incontido júbilo, disse:Nenê Pupo foi approvado... Faltam apenasquatro annos...

Mr. appelidou aquelle automóvel cin-zento de auto da morte, porque quando ellepassa, deixando entrever uma silhueta ideal,Mr sente correr-lhe a medula um triomortal, que deve ser qualquer coisa como¦o arrepio de um agonisante.

Na ultima quinta-feira, no renòez-vouschie do üríanon, mlle. estava tão triste quechegou a enxugar, furtivamente, na ponta dolencinho bordado, uma lagrima compromet-tedora. Em compensação, sua prima, a quemnão chegam males e que define a vida -um sonho feliz - rio tanto e esteve tao per-versa, que fez corar aquelle poeta loiro detão desventurados amores.

Porta do %òyai, 7 1/2 da noite.Uma senhoriia morena - Tudo acabado,

disse-lhe, positivamente, as verdades, puzponto final. _¦'.',::,

Uma senhorita quasi loura — Deveras i...Obrigada, como és minha amiga!

As duas empallidecem, passa um rapazimbérbe e de pince-nez. Uma sorri, a outraabaixa os olhos e faz-se carrancuda.

Conhecem a historia?

Durante a festa do fiarmonia, que, seja dito de passagem, esteve deliciosa, mlle. AP. flirtou desassombradamente com um jovem jornalista e poeta dos mais intelligente

¦ da nova geração. E' provável que, passada embriaguez d'aquelles instantes musicaes.mlle. o esquecesse; elle, porém, indiscrélamente o revelamos, vive doido por ella.

a mGYMNASIO LUSITANO

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O Pirralho¦ «ii i '¦¦-

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^4 hora literária '**•****

I.Espaçoso é o salão; jarras a cada canto,Das moças cá da terra admira-se o encanto.

Um enorme tablado em que se vê no meio,Em cima de uma mesa um copo de água cheio . . .

A attenção da assistência aos olhos nos revelaUma festa de arromba estranhamente bella.

Homens em derredor, olhemos p'ra este lado,O lindo Thiollier com poses de letrado.

Este é o Mendes, o Arthur, esfoutro é o MachadinhoQue mimo, que frescor, que geito engraçadinho!

Olhos revendo o azul do Portugal distante,Consta que certa vez . . . mas passemos adeante!

Este da sciencia foi victima immorredoura,Por vingança cruel do Américo de Moura.

Do seu alegre olhar, da sua carantonhaDesabrocha um prazer de quem não tem vergonha.

Defronte uma senhora, o olhar sizudo e hieratico,De raiva num assomo insulta esse grammatico.

Senhora, o teu pudor pelas sargetas rola,Desde o dia fatal do concurso na Escola.

Na estante te escondeste aborrecida e triste,Grammatica infeliz, e nunca mais te abriste!

Repara nos desdens do Laurindo de Brito,. São modos de assistir a tão solemne rito?

Em letras é doutor: no peito forte, pétreo,Ostenta a grande cruz do Centro do Demetno.

X Esse outro que alli está com um bello sobretudo,Como um bravo alcançou e até arranjou tudo . . .

D'aquelle chispa o olhar: poeta já se vê,Iüumina-lhe o rosto a gloria de Lelê.

Tem talento, porém, na opinião do CorreiaDecora facilmente a producção alheia ...

No rico e velho espelho, á sombra das cortinas,Reflecte-se o fulgor das moças e meninas.

Sob o espelho se aninha em papel embrulhado,Um livro de leitura e a penna do Machado.

Ao lado um cofre encerra (isto ninguém prevê),Os pronomes do Arthur e a verve do Rene.

Do fundo claro e escuro e estranho do tabladoAos poucos vem surgindo um vulto encasacado.

E a gente vê calada, attenta e timorataQue, ao discreto pallor das lâmpadas de prata,

Um homem levantando as abas da casacaAssenta-se e do bolso airosamente saca

De tiras de papel um formidável feixe ;E airosamente dia ... o André e o pe.xe, peixe!..?..

Gonçalves Liso

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^vV gáO Pirralho

/?/: /<?ffo MendesO governo da Republica acaba de

nomear o eminente jurisconsulto sr. dr.

João Mendes de Almeida, ministro doSupremo Tribunal.

O novo magistrado, foi até agora pro-vecto advogado, grande jurista e doutomestre de Direito. O amanhan da suacarreira publica ja se antevê como omais honroso para aquelle Tribunal de

Justiça, onde somente os homens doseu valor e da sua integridade deviamter assento.

Nomeação mais acertada não podiafazer o sr. presidente Wencesláu Braz.

Nosàos parabéns ao venerando pro-fessor de Direito Processual e á supremamagistratura do Brazil.

Com a maior calma possível, soba mais perfeita manifestação do seudescabido predomínio, o "collosso ame-ricano", o insaciável "tio Sam," acabade extender o seu braço de gigante so-bre a republica de S. Domingos.

Já não bastavam ao vasto patnmo-nio do autoritarismo "yankee", as sue-cessivas intervenções no México, asinjustas imposições feitas á republicade Haiti, e outras tantas trapaçadasde politica internacional que fazem oorgulho daquelles homens transfor-mados em "sky scrapers" das Ame-ricas; era preciso fazer, por traz dasnotas fanfarronicas enviadas a todos osbelligerantes que ainda não tiveramoceasião de lhe deitar ás mãos o de-licioso "money'', uma proeza nao me-nos deshonesta e talvez mais despo-tica do que aquellas invasões daBélgica e da Grécia, que não deixa-ram de provocar os protestos da suachancellaria, mesmo sob a inveja quea menor conquista lhe desperta.

E foi assim, economisando tempoe dinheiro, que o governo americanofez sua a isolada republica, sem ver o

progresso e a paz de que iam go-zando os filhos da pequena terra queo mar affastou do imantado continentepara não manchar a delicada cor dosseus homens, e que deixa de ser ha-bitada por negros, deixa de ser oabrigo dessa "fallida raça", porquevae receber a bandeira dos EstadosUnidos da America do Norte.

Bella norma essa dos diplomatasnorte-americanos, fieis a todos os prin-cipios de humanidade e direito, menosno que concernem á vida do porten-toso paiz para quem a cobiça do ourovale mais do que a liberdade dasnações pequenas.

E' tempo de vermos se falhu araça que semeou a terra de onde o/yankee'' vae tirar novas riquezas, e

Boas águas

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Esta água é do Paraizo, doutor,Qual nada! E' a mesma coisa;

posso beber?Adão também teve dysenteria.

se é contagioso o mal que deu aosinfelizes dominicanos a cor que agoranão desagrada os capitolinos de Was-hington.

Pirralho "Carteiro"(IHIe. hiíi - O seu

recado não chegou ásmãos do destinadopor culpa exclusiva-mente sua. Palavras deamor em carta abertasão pennas ao vento.

Dr. fflello nogueira -Houve um indiscretoque guardou a suaphrase áquella divin-dade loira, no ultimobaile chie e anda a re-feril-a. üuem me avi-sa meu amigo è; paraa outra vez seja me-nos imprudente; hacoisas que só se di-zem muito em surdina.

(Dlle. fl. P. — O poeta continua a amal-aapaixonadamente e acredita encontrar ecnono seu tenro coração.

Será verdade?(Mie Ilinon - Recebemos o seu amável

bilhetinho. Extranhámosa letra; será mesmoseu? Em todo caso, como resposta, temosa affirmar-lhe que o tempo não destroe taofortes sentimentos.

Creia, jYtlle, nada mudou.(IHIe. C. b. — Permitta-nos que a felici-

temos; o seu triumpho, naquella noite, foicompleto.

Dr. Paulo 5etubai - Uma galante senho-rita que esteve na ultima Jfora Xtterana,pede-nos que reclamemos contra a sua iriaperversidade, matando, após tantos annosde trabalho, o pobre Zé Manuel.

E aqui lhe enviamos o protesto.mme bima - Impossível, õ pirralho, não

se envolve em questões conjugaes.Lamentamos muito que seu marido se

tenha desvairado, mas é só...íílr h. P. - Desculpe-nos, o nosso pa-

pel não é esse; profundamente nos magoao seu pedido; melhor que nos, V. S. sabea quem se deve dirigir.

ffllle. Gabu. - Uma de suas amigas pre-tende intrigal-a comnosco; como confiamossinceramente na sua lealdade, nao acredita-mos e queremos que nos tranquilhze aindamais com uma palavrinha sua.

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O Pirralho kit %f

A tragédia de Martinho

Nessa manhan, Margarida levantou-se muito alegre; fez ligeiramente a suatoilette provisória e, munida de umatesoura fina de argolas doiradas, sa-hiu para p jardim, cantarolando uma¦romanza.

O céu lavado e azul avivava os tons110 ouro do sói nascente; dos cantei-tos, forrados de flor, evolava-se o per-fume assucarado das corollas abertas.Ella, rodando pelas ruas de pedregu-lho branco, saltando, ás vezes, porsobre a grama verde, colheu rosaspolpudas e cravos de haste longa. E,•sobraçando um molho colorido, entre-meiado de folhagens e avencas, foi•distribuil-o com a graça discreta de•uma disposição íntelligente e artística,nos vasos bojudos e esguios da tala•de jantar.

Todos os da casa ainda dormiam¦e, emquanto Qélia, a criadinha por-tugueza, lhe preparava o banho, esti--rou-se numa chaise-longue, a ler os

jornaes do dia.

Margarida éra o typo acabado damodern-girl; madrugava por hygie-ne, fazia sport por snobismo, frequen-tava a sociedade, passeando pelos sa-lões a sua blague priniaveril de rne-nina desoccupada e feliz. Tinha o es-

pirito vivo e percuciente, ria, por uma•espécie de funcção psychica que a na-tureza lhe deu; apimentava todas, asbanalidades da vida com o sarcasmo•do seu commentario, meio gaiatomeio impertinente.

Adorava as gazetas, unicamenteipara fazer glosas maliciosas ao noti-•ciario; gostava de sublinhar jocosa--mente toda a chronica policial e de-leitava-se em colleccionar as menti-iras heróicas dos telegrammas de

guerra.Nessa manhã, logo ás primeiras re-

velações das Noticias Diversas, teve•um sobresalto e empallideceu. Custa-va-lhe a crer: Martinho Borges, o-elegante, o fino Martinho Borges

. tinha sido ferido na perna por ummarido ultrajado, quando, a fugir,¦saltava o muro. Martinho, envolvidopublicamente num adultério vulgar,com escaladas á noite e uma bala na

perna . . . Margarida ficou perplexa.'Como o lamentava, como tinha pena•delle, coitado 1 . . . Mas, de repente,repetiu mentalmente: uma bala na.perna . . E, sem querer, poz-se a rircomo uma doida. Que coisa ridícula!

E ria, ria, sem parar.Clélia veio prevenil-a de que o ba-

vaio estava prompto e ficou atônita,

NO "JRRDIM DOS SÜPPLICIOS"

O jardineiroSm

a olhar para aquella alegria intempes-tiva.

— Já vou; ergueu-se e lá se foi,sempre a rir.

po, no fundo da banheira, ella ia evocando todos os adultérios, embrincadosde amor e de sonho, que encontraranas paginas dos poetas e dos roman-cistas e cada vez lhe parecia mais co-

i

:•¦.

I

' .

Despiu-se, mergulhou na água tépi- mica a perna de Martinho a escorrer

da e, movendo indolentemente o cor- sangue, aquella perna cabelluda, que

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O Pirralho

ella vira na praia, emergindo de unscalções de malha, aquella mesma per-na, que tão adextrada se movia nos

giros da valsa e nos passos do tango.' Que coisa inglória e vergonhosa ser

ferido assim... Como, a seus olhos, ellediminuía e se amesquinhava! Comoella o achava burlesco no seu papelde D. Juan! . . .

E ria, ria, sem parar; ria do adul-tério, ria do marido, ria d'elle, ria dabala, ria da perna, de tudo ....

E, quando terminou o seu demora-do banho, ainda ella viu, no grandeespelho, em frente, uma gargalhadafresca de dentes brancos, a illuminára sua explendida nudez gottejante deestatua molhada.

Cláudio.

Dero1 »y^»^^v^»»^»^»^»>^i»».^*»<i»*^^

(Para o "Pirralho")

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Começam a receber O PIR-RALHO desde- já todas aspessoas que nos pedirem as-signaturas para o anno de1917,

Aos srs. annunciantes com-municamos que devem ser pa-gos logo após a sua publica-ção os annuncios que sahíremuma só vez, e que são pagosmensalmente os que tiveremmais publicações.

"Não soubera escrever!" Em voz augusta, .

á primeira sentença, assim se exprime

Mero, ensinando em confissão sublime,

que o inicio para o Crime também custa.,,

Breve,porem; nem treme e nem se assusta. ,

ao estortegar do Império que elle opprime.

Tendo a consciência, emfím, affeita ao Crime,

propina, a rir, os philtros de Locustaj

Faz se o supremo estheta da Maldade; ;

depois de matricida, histrião, cocheiro,

L diante de Roma em fogo, harpeja e canta!

CJm só momento mostra de piedade, ;.\é quando, para allivio do orbe inteiro,- "

toma um punhal e o encrava na garganta! ;;

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mB_ O Pirralho

1FUGAS

y\ Leal de Souza

Orlaram o deserto arenoso as miragens,

Rosas verdes e asues de uma grinalda florea,

E abanaram a sombra os leques das folhagens,

Num collar vegetal debellesa illusoria.

E era lá, nos confins de remotas paragens,

Para onde arregalara a vista merencorea,

One nasciam da relva estas ricas imagens:

Os perfumes do amor e os orvalhos da gloria.

Atiro, entontecido, o passo para aquella

Maravilha. Aos meus pés, falseando, o solo fuma;

Aos meus olhos em fogo, arde a soalheira brava...

Mas acordo. E, através dos vidros dajanella,

Vejo, em forma de nave, entre doirada espuma,

Nuvens que o sol tingia e que o vento levava...

Paula Gonçalves.

imFranklin Piza, quando escolhido paraposto de tão grande destaque, andou,de redacção em redacção, dizendo-seofficial de gabinete do illustre Dele-gado Geral de Policia.

0 dr. João Paulino pretende ad-quirir uma cartola do mesmo feitio dado dr. Vampré e tornar o seu esto-mago mais dilatado que o do Leo-poldo de Freitas.

• .

0 Alberto de Souza foi convidadopara dirigir o Furão. Ninguém me-lhor que o encafifado jornalista impul-sionará o jornalzinho da gente da vidaairada.

¦ •

Certos politicos dominantes já pu-zeram a prêmio o furto da carteirinhadé notas do estimavel capitão Lejeune.Este militar confiou a vigilância doprecioso canhenho á guarda do pa-lacio do governo.

Lúlú

DUcriVosjjraVos

Jornal algum sabe desagradarmais os seus leitores do que o DiárioPopular, o decadente órgão das pre-tas cozinheiras e dos japonezes copeiros.

. O vespeitino da rua do Rosárioassim noticiou o anniversario nataliciodo perfumado sr. Freitas Valle: ^"Faz annos hoje o sr. dr FreitasValle, distineto deputado pelo 5.0 dis-tricto e dedicado protector dos ar-tistas".

O pintor Lucilio de Albuquerqueiá escreveu ao Correia protestandocontra a ultima parte dessa engraçadanoticia.

E' muito perverso o Diário Po-pular.

O sr. Cândido Motta, deante dafalta d'agua, deixou de tomar banhodurante a ultima semana.

E' um abnegado o sr. secretariodas obras publicas.

** *

«R MIMRfl RLEGRIR? E' SIMPLESE... DEPENDE DO SEÜ CORflÇRO".

Quem escreveu as linhas acimafoi a mais bella das nossas caixei-rinhas ao mais feio dos nossos collegasde imprensa.

E depois, á outra pergunta domesmo confrade ella respondeu: "Não

creia que estive noiva... Enganei paraevitar aborrecimentos".

Em poucos dias, quasi se tornaramÍntimos.

Mas, a alliança do jornalista de-nunciava-o — elle era casado. Mlle.,muito indignada, resolveu esquecel-o,e segundo sabemos já recebeu um mi-moso gatinho de um outro preten-dente, que também não é solteiro e

tem a. mesma profissão do primeiro.A quem cabe a culpa dessa per-

seguição amorosa á linda caixeirinha ?A'sua belleza que fascina, k sua gra-

ça que tudo faz esquecer.Os culpados mlle., são os seus

lindos olhos de magniüco brilho e pro-vocadores, o seu sorriso fino eexpres-sivo. o seu donaire de elegante semaffectações... Emfim, a culpa é toda sua*

O professor Baturnino Saburrosa,que se candidatou a uma vaga de im-mortal, obteve o voto do sr. duquede Estradas.

** *

Uma rata:O dr. João Paulino Pinto Nazano,

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