saúde e segurança basta de mortes e acidentes no trabalho · saúde e segurança. diretores ......

4
Relembrar as vítimas e lutar pela vida, em defesa dos direitos e contra a exploração Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá ANO 29 - Nº 988 www.sindmetalsjc.org.br De 24 a 30 de abril de 2012 Reintegração na GM Mais um trabalhador lesionado é reintegrado Pág. 3 Imposto Sindical É preciso lutar pelo fim desse imposto Pág. 4 Congresso CSP-Conlutas Metalúrgicos viajam esta semana a Sumaré, para o 1º Congresso da CSP-Conlutas Pág. 2 BASTA DE MORTES E ACIDENTES NO TRABALHO A exploração e as condições precárias de trabalho têm vitimado cada vez mais trabalhadores em todo o mundo. Todos os anos, são milhões de mortes, acidentes e doenças que lesionam e incapacitam o trabalhador. Em nossa categoria, por exemplo, três metalúrgicos morreram vítimas de acidentes de trabalho nos últimos anos. O dia 28 de abril é um dia mundial para lembrar as vítimas, mas acima de tudo é um dia para lutar pela vida, em defesa dos direitos e contra a exploração. Esta semana, o Sindicato realizará assembleias e manifestações para debater o tema com os metalúrgicos. Pág.3 Saúde e segurança

Upload: hadat

Post on 14-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Relembrar as vítimas e lutar pela vida, em defesa dos direitos e contra a exploração

Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá

Ano 29 - nº 988www.sindmetalsjc.org.br

De 24 a 30 de abril de 2012

Reintegração na GMMais um trabalhador lesionado é reintegradoPág. 3

Imposto SindicalÉ preciso lutar pelo fim desse impostoPág. 4

Congresso CSP-Conlutas Metalúrgicos viajam esta semana a Sumaré, para o 1º Congresso da CSP-ConlutasPág. 2

Basta de mortes e acidentes no traBalhoA exploração e as condições precárias de trabalho têm vitimado cada vez mais trabalhadores em todo o mundo. Todos os anos, são milhões de mortes, acidentes e doenças que lesionam e incapacitam o trabalhador. Em nossa categoria, por exemplo, três metalúrgicos morreram vítimas de acidentes de trabalho nos últimos anos.O dia 28 de abril é um dia mundial para lembrar as vítimas, mas acima de tudo é um dia para lutar pela vida, em defesa dos direitos e contra a exploração.Esta semana, o Sindicato realizará assembleias e manifestações para debater o tema com os metalúrgicos.

Pág.3

Saúde e segurança

Diretores participam de encontro nos EUAO vice-presidente do Sindica-to, Herbert Claros, e o diretor Adilson do Prado, o Turquinho, viajam para os Estados Unidos, no próximo dia 3. Eles ficam no país até o dia 15, para participar da Conferência do Labor Notes, entidade que reúne ativistas e organizações de esquerda, entre outras atividades com sindicatos e movimentos, como o Occupy.

Na maior cara de pau, MWL muda sistema de jornada A MWL está brincando com fogo. Na última sexta-feira, dia 20, a empresa pressionou os trabalhadores da Mecâni-ca e Elétrica do Setor Aciaria a assinarem um documento em que aceitavam a troca da jornada de 5 x 2 para 6 x 1. A medida traz, pelo menos, duas irregularidades. Primeira: usou de coação aos funcionários para conseguir a mudança. Segunda: essa alteração só poderia ser feita mediante acordo com o Sin-dicato, o que não aconteceu. Com tantas irregularidades, o Sindicato vai tomar todas as medidas pra acabar com essa farra da empresa.

Os trabalhadores da Win-dow Calderaria voltaram ao trabalho na quarta-feira, dia 18, após oito dias em greve. A volta só aconteceu depois de a empresa ter realizado o pagamento dos salários que estavam em atraso desde o dia 5. Agora é hora de lutar pelo pagamento dos juros relativos ao atraso e contra o desconto dos dias parados.“Os trabalhadores da Window mostraram que não aceitam desrespeito a seus direitos. O atraso no salário é inaceitável. Nossa luta na fábrica continua para que essa situação não se repita e que nada seja des-contado dos trabalhadores”, afirma o diretor do Sindicato José Dantas Sobrinho.

Trabalhadores da Hitachi votam estado de greve por PLR

Os metalúrgicos da Hitachi estão firmes na luta pela PLR. Eles entraram em estado de greve, na

Negociação, já!

Greve de advertência na TI AutomotiveOs metalúrgicos da TI Automotive (Bundy) deflagraram, nesta segunda-feira, dia 23, uma greve

de advertência para exigir avanços nas negociações pelo Plano de Cargos e Salários (PCS) e fim da jornada aos sábados. A greve, de 24 horas, atingiu 100% da produção. Após a mobilização, uma

reunião foi agendada para a próxima quinta-feira, dia 26.

RÁPIDAS

22 Jornal do Metalúrgico2

Metalúrgicos da Window encerram greve de oito dias

1º Congresso da CSP-Conlutas espera reunir cerca de 3 mil

Central democrática e combativa

Um grande ato nacional no dia 1º de maio vai marcar o Dia Internacional dos Tra-balhadores e fechará a pro-gramação do 1° Congresso da CSP-Conlutas. A ativida-de nacional será realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, com concentração às 9h, no Vão do Masp.

Todos os delegados do Congresso irão direto para o ato. Às 10h30, os mani-festantes sairão em marcha com destino à Praça da Re-pública, onde acontecerá o ato unificado, às 13h, junto com outros setores da es-querda independente.

Será um ato classista, organizado pelos sindicatos

1º de maio

A CSP-Conlutas realiza, entre os dias 27 e 30 de abril, em Sumaré/SP, seu 1º Congresso. A esti-

mativa é que participem cerca de 3 mil pessoas.Dos participantes, cerca de 2 mil serão dele-

gados, trabalhadores de diversas categorias que foram eleitos em assembleias por todo o país.

Os delegados debaterão as 14 teses inscritas e decidirão os rumos da central no próximo pe-ríodo. Estarão presentes também observadores e convidados.

O Congresso tem a tarefa de garantir o forta-lecimento da CSP-Conlutas e sua consolidação como uma central democrática e combativa.

Outra tarefa importante será organizar os trabalhadores a partir do seu local de trabalho, com o fortalecimento da Organização de Base. O encontro, que reunirá as categorias que estão em luta pelo país, visa ainda preparar a resistên-cia contra os ataques do governo e dos patrões.

Metalúrgicos de São JoséNosso Sindicato levará ao Congresso uma de-

legação com 61 metalúrgicos: 44 delegados e 17 observadores que vão representar nossa categoria no encontro.

Os metalúrgicos se somarão à delegação do Vale do Paraíba que levará outros 20 delegados e 21 observadores, de categorias como dos correios, professores, aposentados, alimentação, MUST - Movimento Urbano Sem Teto, entre outras.

“O centro desse Congresso é seguir organizando os trabalhadores em seu local de trabalho, para for-talecer as lutas e resistir aos ataques dos patrões”, afirma o diretor do Sindicato Adilson dos Santos, o Índio. “Os delegados eleitos têm a missão de parti-cipar ativamente dos debates e depois voltar para suas bases e socializar as discussões nas catego-rias”, concluiu.

Na sexta, dia 27, antes da abertura do congres-so, durante todo o dia acontecerá o 2º Encontro de Mulheres da CSP-Conlutas. Já nos dias 2 e 3, será realizado um Encontro Internacional, com as delegações estrangeiras que participarão do con-gresso da CSP-Conlutas.

Kit Gaion

última terça-feira, dia 17, para pressionar a empresa a abrir negociação.

Depois da assem-bleia, a Hitachi mar-cou o início da nego-ciação somente para o dia 17 de maio. Mas os trabalhadores querem a antecipa-ção dessa data.

Os metalúrgicos da MWL, em Caçapava, exigem a formação de uma Comissão de PLR para acom-

panhar as negociações da partici-pação nos lucros de 2012.

Na Heatcraft, os metalúrgicos já definiram o valor da reivindi-cação, de R$ 5 mil. Os repre-sentantes da Comissão de PLR serão eleitos nesta quarta-feira, dia 25.

Na Zona Sul, os trabalhadores da RFCom, Prolind e MSA já for-maram a Comissão de PLR e se preparam para a luta.

Em Jacareí, o Sindicato vai protocolar, esta semana, os pedi-dos de abertura de negociação.

e demais entidades, sem financiamento das em-presas, governos e ONGs. Será um contraponto às manifestações realizadas pelas centrais governistas, que fazem atos despoliti-zados, com dinheiro dos patrões.

“Será um ato para lem-brar as revoluções que var-rem o Oriente Médio, as greves contra os efeitos da crise que sacodem a Euro-pa, as lutas que ocorrem no Brasil. Um ato inde-pendente de governo e de patrões”, afirma o diretor João Batista Arruda.

Participe você também! Informe-se no Sindicato.

classista e de luta

Lucas Lacaz Ruiz

RÁPIDAS

2Jornal do Metalúrgico 3

Recesso de dois meses na Colônia de Caraguá

Dia 10, seminário discute sobre terceirização

A Colônia de Férias do Sindicato fará um recesso e fechará de 2 de maio a 30 de junho. O atendimento na sede e subsedes do Sindicato volta ao normal no dia 1º de junho, para reservas para o último final de semana do mês. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3946-5303.

Os sindicatos dos Metalúrgi-cos de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos realizam, no próximo dia 10 de maio, em Campinas, um seminário com o tema “Tercei-rização - Combater e Resistir”. O objetivo é aprofundar o tema e definir ações políticas e jurídicas necessárias para bar-rar esse ataque aos direitos dos trabalhadores e ampliar a luta contra a terceirização. Uma co-missão de diretores e cipeiros deve participar. Já confirmaram presença no evento o juiz do trabalho e professor da USP Jorge Souto Maior, a profes-sora da UFBA Maria da Graça Druck, e o diretor do Cesit/Unicamp (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho), José Dari Krein.

Semana em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho

Basta de mortes e acidentes

Nesta semana, entre os dias 23 e 28 de abril, a CSP-Conlutas e o Sindicato realizam uma série de atividades pelo Dia Mundial

em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, comemorado oficialmente em 28 de abril. As atividades serão reali-zadas em conjunto com sindicatos de Campinas, Limeira e Santos.

Trabalhadores de várias partes do mundo vão levantar suas bandeiras contra essa verdadeira epidemia, que penaliza a classe trabalhadora. O objetivo é denunciar e dar visibilidade a graves problemas, que vão desde a lesão permanente até a morte de trabalhadores em razão das péssimas condições de trabalho e da superexploração.

Para marcar a data, estão programadas assembleias nas prin-cipais fábricas da região. Nesta segunda, dia 23, o tema foi dis-cutido com os trabalhadores da TI Automotive/Bundy. Participe das mobilizações. Basta de acidentes e mortes no trabalho!

Sindicato pede reunião com ministro da DefesaO Sindicato enviou uma carta ao ministro da Defesa, Celso Amorin, pedindo uma reunião para discutir a situação da Graúna, em Caçapava. A empresa já demitiu 101 trabalhadores, não descarta novas demissões e ainda ameaça dar o calote nas verbas rescisórias. Na sexta, dia 20, os funcionários se mobilizaram e garantiram o pagamento dos salários atrasados.

Últimos dias para fazer a Declaração de IR 2012Termina na próxima segunda-feira, dia 30, o prazo para acertar as contas com o Leão.Para quem ainda não fez a Declaração de Imposto de Renda 2012, os atendimen-tos estão sendo feitos na sede da Admap (próximo ao Sindicato), de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 18h. Para sócios, o valor é de R$ 30. Não-sócios pagam R$ 60. Os inte-ressados devem trazer cópia do recibo do IRPF do ano passado, o informe de rendi-mentos emitido pela empre-sa, documentos pessoais e recibos médicos e escolares, com CNPJ ou CPF, referen-tes a 2011. Mas, corra! Não deixe para a última hora!

Como surgiu a data?A data em memória às vitimas de acidentes de

trabalho, 28 de abril, surgiu no Canadá. O dia foi escolhido em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, no ano de 1969. A Organiza-ção Internacional do Trabalho (OIT), desde 2003, consagra este dia à reflexão sobre a segurança e saúde no trabalho.

Relatório preparado

pelo Sindicato mostra o

crescimento dos acidentes

e doenças ocupacionais. O

levantamento tem como

base os números de CATs

(Comunicações de Aciden-

tes de Trabalho) registradas

no Sindicato. Entre 2010 e 2011, hou-

ve um crescimento de 23%.

Em 2010, foram registradas

478 CATs. Em 2011, este

número subiu para 588. A

fábrica que mais lesionou

Apenas nos últimos três anos, três metalúrgicos morreram vítimas de acidentes no trabalho. A GM foi responsável por duas dessas mortes, em 2009 e 2012. A terceira aconteceu na Embraer, em 2011.

Esta semana completa um mês da mais recente tragédia na GM. O operador Antonio Teodoro Pereira Filho, 59 anos, morreu prensado por dois equipamen-tos. O acidente ocorreu num sábado, durante hora extra, evidenciando os riscos da superexploração sobre os trabalhadores.

Em 2009, foi o companheiro Aparecido Constantino, 42 anos, que morreu após ter sido atingido por uma má-quina de 700 quilos, na área da Estamparia, na GM. Era

GM é obrigada a reintegrar mais umOutra vitória

Na última quinta-feira, dia 19, mais um trabalhador lesionado que havia sido demitido pela GM, irregularmente, foi reintegrado. É o metalúrgico José Henrique Rangel, que trabalha na GM há 22 anos.

Ele havia sido demitido no último dia 19 de março, em total descumprimento à Convenção Coletiva da categoria que garante

a estabilidade aos lesionados, até a aposentadoria. Rangel tem proble-mas de coluna e ombros adquiridos no trabalho.

O companheiro é o terceiro tra-balhador lesionado reintegrado, em menos de dez dias.

No dia 11, a Justiça já havia orde-nado a reintegração de outros dois trabalhadores: José Ferreira de Souza

Filho e Maurício de Toledo.“É uma alegria para toda a ca-

tegoria que mais um trabalhador tenha sido reintegrado. Isso deixa claro pra GM que ela não tem o poder de passar por cima do Acordo Coletivo firmado e ainda ficar impu-ne. Dos direitos dos trabalhadores não abriremos mão”, disse o diretor Vinícius Faria.

Região teve 3 MoRteSsábado e Constantino também fazia hora extra sozinho.

No ano passado, a vítima foi da Embraer. O monitor de montagem elétrica Vinícius Machado Mendes, 29 anos, morrreu após ter a cabeça esmagada entre duas portas no hangar do F220.

“Esta data é para relembrar os mortos e lutar pela vida. Saúde e segurança no trabalho são direitos que não podem ser desrespeitados. Mas o que vemos, todos os anos, é exatamente o contrário. Patrões e governos se mantêm omissos quando o assunto é acidente no traba-lho. Por isso, esta semana vamos realizar assembleias e atividades para dar visibilidade à gravidade do quadro”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros da Silva.

Doenças e acidentes aumentam 23% na regiãonos dois períodos foi a GM,

sendo 281casos, em 2010, e

381, em 2011. Somente no

primeiro trimestre de 2012,

já foram registradas 86 CATs

na GM. Embora esses números

sejam altos, a realidade é

ainda pior em razão da sub-

notificação por parte das

empresas. Na maioria dos

casos de acidentes, o Sin-

dicato não chega a ser no-

tificado e, portanto, não há

registro de CAT.

Orgão informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de S. J. Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá • Rua Maurício Diamante, 65 - 12209-570- (12) 3946.5333 - Fax: 3922.4775 - site: www.sindmetalsjc.org.br - e-mail: [email protected] - São José dos Campos - SP - Responsabilidade: Diretoria do Sindicato - Edição: Ana Cristina Silva - Redação: Douglas Dias, Eliane Mendonça e Shirley Rodrigues. Editoração Eletrônica: Bruno César Galvão Ilustração: Bruno César Galvao. Fotolito e Impressão: UniSind Gráfica Ltda (11) 3271-1137

Expediente

Tirem a mão do nosso bolso!

Imposto Sindical arranca R$ 1,4 bilhão do trabalhador em apenas um ano

Pinheirinho

Onde está seu dinheiro

Morre morador espancado por policiais

O ex-morador do Pinheirinho, Ivo Teles dos Santos, de 70 anos, morreu no dia 10 de abril, em Ilhéus (BA). Ivo foi brutalmen-te espancado pela polícia, no dia 22 de janeiro, durante a violenta desocupação do Pinheirinho. O aposentado foi considerado desaparecido, e encontrado somente dias depois na UTI do Hospital Municipal. Ape-sar dos hematomas, o relatório médico afir-mava que ele havia sido vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). No dia da de-socupação, outro morador, Antonio Dutra, também morreu, atropelado por um carro.

O Imposto Sindical arrancou do bolso dos trabalhadores nada

menos do que R$ 1,4 bilhão, so-mente no ano passado. Este bolo foi divido entre sindicatos, centrais sindicais, federações, confederações e governo (veja quadro abaixo).

Ou seja, todo mundo pegou uma fatia do dinheiro que deveria ser ex-clusivamente do trabalhador.

O Imposto Sindical, equivalente a um dia de trabalho, é combatido du-ramente por nosso Sindicato e pela CSP-Conlutas. Desde 1999, não co-bramos o imposto em nossa base.

inconstitucionalHoje, existe uma Ação Direta de

Inconstitucionalidade que pede o fim do imposto, no Supremo Tribunal Fe-deral (STF). A discussão está acalora-da entre as centrais e sindicatos.

A CTB é uma das maiores defen-soras da manutenção desse famige-

rado desconto. Já a CUT, afirma ser contrária, mas propõe que em troca seja criada outra taxa obrigatória. Nas palavras do próprio presidente da CUT, Arthur Henrique, a nova taxa “renderia até mais aos sindicatos”.

Balcão de negóciosApesar do alto volume de verba

envolvida, as centrais sindicais não têm nem mesmo de explicar o que

trairagemNa Latecoere, a líder Joelma

e seu capacho Pedrinho estão botando o terror no pessoal. Os trabalhadores são demitidos e eles têm a cara de pau de dizer

que é porque os salários são muito altos. Além disso, ficam metendo o pau na galera pelas

costas. Esses dois traíras vão encontrar o que merecem!

Super-pelegoDepois do acidente que matou o trabalhador Antonio Teodo-ro, o supervisor Nogueira, da Estamparia da gM, deu pra

esconder as irregularidades e dizer que os funcionários não devem procurar o Sindicato e a CIPA pra fazer denúncias. O cara bate no peito e diz que quem resolve os problemas

dentro da empresa são os su-pervisores. É o super-pelego!

Cheio de lero-leroO coordenador Fabiano, mais

conhecido como “Fala Mole”, não se cansa de assediar os trabalha-dores da MWL, em Caçapava. O cara fica ameaçando e diz

que a empresa vai terceirizar os setores de inspeção de qualidade e ferramentaria. Essa empresa tá

precisando é de um sacode!

Contador de históriasO tal do Vander, do 2º turno do F60, da embraer, passou o ano inteiro contando histori-

nhas pra boi dormir, disse que tinha o aval do RH pra sacanear trabalhadores e até se passou

por médico. Agora, que foi mal avaliado na pesquisa de clima,

tá fazendo pressão. Acorda! Pra ter nota boa precisa melhorar, e não aumentar a pressão. Pelego!

Supervisor dedo-duroO supervisor Aloisio, da ISS,

terceira da gM, fica de olho em quem participa das assembleias,

depois anota os nomes e vai correndo entregar pro Dimas

Araújo, da WFG. Como se não bastasse, ainda obriga a peão-zada a trabalhar em situação

precária. Pare de ser dedo-duro e deixe a galera em paz!

Campanha de solidariedade pede boicote à IsraelVárias entidades do Brasil, Portugal e Palestina assinaram uma carta pedindo à cantora Daniela Mercury que não realize um show em Israel, em protesto às violações aos direitos humanos do povo palestino. O pedido repete outras ações já feitas pela campanha, que conquistou o apoio de artistas como Roger Waters (foto) e Desmond Tutu, que lutou contra o apartheid na África.

Charge da semana

Termelétrica em São José dos Campos

Jornal do Metalúrgico 4

fazem com o dinheiro. O fato é que esse imposto, cria-

do pelo governo Getúlio Vargas, visa “amansar” os sindicatos e deixá-los dependentes do governo.

Com os caixas cheios, os sindica-tos se acomodam e se afastam dos trabalhadores. Em muitos casos, o sindicato se transforma em um bal-cão de negócios e coloca em jogo os direitos da classe trabalhadora.

Ao contrário do que acontece com a maioria dos sin-dicatos, em nossa base são os metalúrgicos sindicaliza-dos que mantêm a entidade. Isso nos mantém indepen-dentes para defender unicamente os trabalhadores.

Por isso, aqui realizamos uma permanente Campa-nha de Sindicalização. Além de tornar nosso Sindicato ainda mais forte, os sócios têm direito a uma série de benefícios, como Colônia de Férias em Caraguatatu-ba, Departamento Jurídico, convênios com escolas, farmácias, academias, auto-escola etc.

Se você ainda não é sócio, está na hora de se sin-dicalizar e ajudar a fortalecer nossa categoria. Afinal, quanto maior o número de sócios, mais força e inde-pendência teremos para lutar por direitos e melhores salários e condições de trabalho.

Em nosso Sindicato, quem manda é o trabalhadorSempre que chega o mês de abril, os trabalhadores

são surpreendidos no holerite com um desconto equivalente a um dia do tão suado salário.

É o famigerado Imposto Sindical.

Veja aqui para onde vai seu dinheiro:Sindicato - 60% , Federação - 15%, Confederação -

5%, Central Sindical - 10%, Governo - 10%

Do R$ 1,4 bilhão do ano passado, as centrais repartiram entre si cerca de R$ 135 milhões. Assim,

entre 2008 e 2011, as seis centrais receberam do governo federal pouco mais de R$ 355 milhões. Isso acaba totalmente com a independência dos sindicatos, que passam a atuar como correias de transmissão a serviço dos interesses dos patrões,

governo e do próprio Estado capitalista.

Fim doimposto

sindical, já!