universidade tuiuti do paranÁ - tcc...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
LUCIANA LINHARES KINTOPP
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CURITIBA - Pr
2006
LUCIANA LINHARES KINTOPP
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, como requisito parcial para obtenção do título de
Médica Veterinária. Orientadora e Supervisora: Profª. MSc Carmen
Lucia Scortecci Hilst Professora Orientadora:Profª.Dra.Neide Mariko
Tanaka
CURITIBA - Pr 2006
LUCIANA LINHARES KINTOPP
DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS FELINOS
ASSOCIADA À OBSTRUÇÃO URETRAL POR TAMPÕES URETRAIS
E URÓLITOS
Monografia de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná – UTP , como requisito parcial para obtenção do título de
Médica Veterinária. Professora Orientadora :Profª. Dra. Neide Mariko
Tanaka
CURITIBA - Pr 2006
TERMO DE APROVAÇÃO Luciana Linhares Kintopp
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C)
Esse trabalho de conclusão de curso foi julgado e aprovado para obtenção do título (grau) de Médico
Veterinário no Programa (Curso) de Medicna Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba, 24 de novembro de 2006
_________________________________________
Medicina Veterinária
Universidade Tuiuti do Paraná
_____________________________________
Orientadora: Profª. Dra. Neide Mariko Tanaka
Universidade Tuiuti do Paraná
_____________________________________
Profª. Dra. Simone Monteiro
Universidade Tuiuti do Paraná
_____________________________________
Prof. Dr. Ricardo Maia
Universidade Tuiuti do Paraná
Reitor Luiz Guilherme Rangel Santos
Pró-Reitor Administrativo Carlos Eduardo Rangel Santos
Pró-Reitora Acadêmica Carmen Luiza da Silva
Pró-Reitor de Planejamento Afonso Celso Rangel Santos
Secretária Geral Bruno Carneiro da Cunha Diniz
Diretor da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Prof. João Henrique Faryniuk
Coordenadora do Curso de Medicina Veterinária Profª. Neide Mariko Tanaka
Coordenador de Estágio Curricular do Curso de Medicina Veterinária Profª. Elza Maria Galvão Ciffoni
CAMPUS CHAMPAGNAT Rua Marcelino Champagnat, 505
CEP 80710- 250 – Mercês
Fone: (41) 3331-7803
i
APRESENTAÇÃO
Este trabalho de conclusão de curso é composto por um relatório de estágio
realizado no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (UEL) no
período de 01 de agosto a 29 de setembro de 2006 e também uma monografia com
o tema Doença do trato urinário inferior dos felinos associada a obstrução uretral por
tampões uretrais e urólitos, que se encontra logo após a descrição das atividades
desenvolvidas no estágio curricular obrigatório.
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por me lembrar do poder que possuo, por me dar saúde e
disposição para alcançar todos os meus objetivos, e pela pessoa que sou.
Aos meus pais: Walter João Tatarem Kintopp e Lindaura Linhares Kintopp,
sempre acreditando na minha pessoa, me apoiando, me ouvindo, orientando e
incentivando.
Ao meu irmão e principalmente a minha cunhada, que sempre me incentivou
e acreditou em mim.
Às minhas grandes amigas Daniella Ribeiro da Cunha e Cândi Luzia Krul,
que muitas vezes me fizeram acreditar que era possível, e que compartilhei toda a
minha vida acadêmica ao lado delas e grande parte da minha vida particular.
À minha amiga e exímia orientadora Neide Mariko Tanaka, pela orientação
precisa, apoio e estímulo, por ter me viabilizado escolher os meus próprios caminhos
e neles ter trilhado comigo.
Aos animais da minha vida, in memoriam: Teco, Zelda, Wine, minha querida
Wendy, e aqueles que ainda vivem comigo Baco, Colé , e o meu raio de luz, sempre
ao meu lado mesmo em silêncio minha amada gata Ágata, obrigado por me
trazerem para esta profissão.
Aos proprietários que permitiram que seus animais participassem do período
do meu estudo.
À todos os professores da Universidade Tuiuti do Paraná, pelo incentivo e
apoio.
E a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para a realização
deste trabalho.
iii
Somos aprendizes de uma arte na qual ninguém se torna mestre.
Ernest Hemingway (1898-1961)
iv
RESUMO
O trabalho de conclusão de curso de Luciana Linhares Kintopp, teve como
objetivo relatar os casos clínicos de animais de companhia em medicina veterinária
acompanhados na Universidade Estadual de Londrina. Os casos são relatados de
acordo com o interesse pessoal, com o acompanhamento parcial dos atendimentos
e, com os dados obtidos em ficha dos animais registrados pelos profissionais
responsáveis. Além da descrição de cada caso, há uma breve revisão de literatura e
após o relato sua discussão e conclusão. O estágio contribuiu para uma
aprendizagem prática da profissão de Médico Veterinário, e de como proceder
adequadamente diante dos mais diversos casos , desde os mais corriqueiros aos
mais complexos.
v
LISTA DE TABELAS
TABELA 1. Casos clínicos acompanhados no setor da clínica cirúrgica de
animais de companhia do HV-UEL no período de agosto e se-
tembro de 2006.
8
TABELA 2. Resultados de exames histopatológico dos nódulos
TABELA 3. Auxílio nos procedimentos cirúrgicos, referente aos casos clíni-
cos listados na tabela 1.
10
10
vi
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. Entrada do Hospital Veterinário
FIGURA 2. Entrada do Hospital Veterinário
FIGURA 3. Sala de procedimento
FIGURA 4. Gatil
FIGURA 5. Sala de cirurgia
FIGURA 6. Setor de radiologia
FIGURA 7. Anatomia cirúrgica dos músculos que compõem o diafragma
pélvico do cão
FIGURA 8. Raio X simples
FIGURA 9. Raio X contrastado
FIGURA 10. Radiografia de necrose asséptica da cabeça femoral, no
posicionamento ventrodorsal
FIGURA 11. Contorno irregular de cabeça e colo femoral esquerdo de
Paciente com necrose asséptica da cabeça femoral
FIGURA 12. Raio X pós-operatório em posição, ausência de cabeça e colo
femoral esquerdo
FIGURA 13. À esquerda uma articulação coxofemoral normal e à direita
Uma articulação anormal
FIGURA 14. Radiografia em posição ventrodorsal do paciente - perda da
profundidade acetabular com remodelamento de colo e cabeça
femoral severa, com proliferação de osteófitos em articulação
coxofemoral bilateral, compatível com displasia coxofemoral
FIGURA 15. Radiografia em posição ventrodorsal do paciente – presença de
fragmentos ósseos em área de espaço articular coxofemoral
esquerdo
FIGURA 16. Procedimento cirúrgico do paciente – ressecção da cabeça e
colo femorais - afastamento dos músculos
FIGURA 17. Procedimento cirúrgico do paciente – ressecção da cabeça e
colo femorais - exposição da cabeça femoral
FIGURA 18. Procedimento cirúrgico do paciente – ressecção da cabeça e
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vii
colo femorais - exposição da cabeça femoral
FIGURA 19. Procedimento cirúrgico do paciente – ressecção da cabeça e
colo femorais - remoção das protuberâncias ósseas
FIGURA 20. Fratura completa transversa em terço médio de diáfise no fêmur
esquerdo - posição ventrodorsal
FIGURA 21. Fratura completa transversa em terço médio de diáfise no fêmur
esquerdo – posição lateral
FIGURA 22. Radiografia do paciente em posição ventrodorsal e lateral,
pós-operatório do dia 02/08/2006
FIGURA 23. Radiografia do paciente em posição lateral e ventrodorsal do
paciente no dia 01/09/2006 – reação periosteal em terço médio
distal, junto ao foco da fratura, com linha de fratura
FIGURA 24. Radiografia do paciente no dia 26/09/2006 – reação exacerbada
adjacente ao foco da fratura e esclerose do canal medular ,
compatível com não-união - posição lateral
FIGURA 25. Radiografia do paciente no dia 26/09/2006 – reação exacerbada
adjacente ao foco da fratura e esclerose do canal medular ,
compatível com não-união - posição ventrodorsal
FIGURA 26. Radiografia controle, pós-operatório dia 27/09/2006 – fixador
tipo Kirschner com auxílio de cimento cirúrgico - posição
ventrodorsal
FIGURA 27. Radiografia controle, pós-operatório dia 27/09/2006 – fixador
tipo Kirschner com auxílio de cimento cirúrgico – posição lateral
FIGURA 28. Radiografia do paciente, pré-operatório – fratura completa em
terço médio de diáfise de fêmur - posição lateral
FIGURA 29. Radiografia do paciente, pré-operatório – fratura completa em
terço médio de diáfise de fêmur - posição ventrodorsal
FIGURA 30. Radiografia em posição lateral do paciente, pós-operatório - pino
de Steinmann posicionado
FIGURA 31. Paciente com uma bandagem no MPE
FIGURA 32. Paciente com atadura no MPD
FIGURA 33. Radiografia de crânio do paciente
FIGURA 34. Radiografia de crânio do paciente
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viii
FIGURA 35. Posicionamento da focinheira no paciente
FIGURA 36. Posicionamento da focinheira no paciente
FIGURA 37. Confecção da focinheira em esparadrapo
FIGURA 38. Confecção da focinheira em esparadrapo
FIGURA 39. Hemilaminectomia com exposição do canal medular
FIGURA 40. Abordagem cirúrgica ao canal medular
FIGURA 41. Abordagem cirúrgica ao canal medular
FIGURA 42. Mielografia do paciente, interrupção da coluna de contraste
FIGURA 43. Mielografia do paciente, interrupção da coluna de contraste
FIGURA 44. Pinça Kerrinson
FIGURA 45. Microretífica
FIGURA 46. Progressão do tratamento da ferida dia 18/08
FIGURA 47. Progressão do tratamento da ferida dia 18/08
FIGURA 48. Progressão do tratamento da ferida dia 08/09
FIGURA 49. Progressão do tratamento da ferida dia 08/09
FIGURA 50. Progressão do tratamento da ferida dia 13/09
FIGURA 51. Progressão do tratamento da ferida dia 13/09
FIGURA 52. Progressão do tratamento da ferida dia 23/09
FIGURA 53. Progressão do tratamento da ferida dia 23/09
66
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ix
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS “ ®
Segundos Marca registrada
% °C < > BID Bpm C.C.A.C cm C.M.A.C et al g/dl HV IV Kg MAE mEq/L mg/dl mg/Kg mg/ml mg/m² mm³ MPA Mpm p. PO PS PVPI QID RG SC SID SRD TAC TID TPC UEL UI/L UNESP USP VO
Percentagem Graus Celsius Menor Maior Do latim bis in die, duas vezes ao dia (a cada 12 horas) Batimento por minuto Clínica cirúrgica de animais de companhia Centímetros Clínica médica de animais de companhia Do latim et alii, que significa e outros Gramas por decilitro Hospital Veterinário Intravenoso Kilograma Membro anterior esquerdo Miliequivalente por litro Miligrama por decilitro Miligrama por quilo Miligrama por mililitro Miligrama por metro quadrado Milímetros cúbicos Medicação pré anestésica Movimentos por minuto Página Por via oral Pronto socorro Iodo-povidona Do latim quarter in die, quatro vezes ao dia (a cada 6 horas) Registro geral Subcutâneo Do latim semel in die, uma vez ao dia (a cada 24 horas) Sem raça definida Teriogenealogia de animais de companhia Do latim ter in die, três vezes ao dia (a cada 8 horas) Tempo de preenchimento capilar Universidade Estadual de Londrina Unidade internacional por litro Universidade Estadual de São Paulo Universidade de São Paulo Via oral
x
LISTA DE VALORES DE REFERÊNCIA DE EXAMES PARA CÃES 1. HEMATÓCRITO Eritrócitos: 5,5 – 8,5 milhões/mm³. Hematócrito: 37 – 55%. Leucócitos: 6 – 17 milhares/mm³. Bastonetes: 0 – 3%. Segmentados: 60 – 77%. Linfócitos: 12 – 30%. Monócitos: 3 – 10%. Eosinófilo: 2 – 10%. Plaquetas: 200 – 500 milhares/mm³. Hemoglobina: 12 – 18 g/dl. 2. BIOQUÍMICOS Alanina-aminotrasferase (ALT): 5,0 – 20,0 UI/L. Aspartato-aminotransferase (AST): < 30 UI/L. Bilirrubina direta: < 0,14 mg/dl. Bilirrubina total: 0,05 – 0,60 mg/dl. Colesterol: 100 – 200 mg/dl. Creatinina: 0,5 – 1,9 mg/dl. Fosfatese alcalina: < 80 UI/L. Glicose: 60 – 100 mEq/L. Triglicerídeos: 50 – 100 mg/dl. Uréia: 15 – 40 mg/dl. Proteínas totais: 6,0 – 7,5 g/dl.
xi
SUMÁRIO
RESUMO LISTA DE TABELAS LISTA DE FIGURAS LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS LISTA DE VALORES DE REFERÊNCIA DE EXAMES PARA CÃES
1. INTRODUÇÃO 1
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO 1
2.1 PLANTA FÍSICA
2.2 DOCENTES DA CLÍNICA CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS
2.3 COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO
2.4 METODOLOGIA
2.5 ATIVIDADE DE ESTÁGIO
2.6 OBJETIVO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO
3. CASUÍSTICA DOS CASOS CLÍNICOS ACOMPANHADOS 4. RELATOS DE CASOS ACOMPANHADOS 4.1 AFECÇÕES DE TECIDOS MOLES
4.1.1 Hérnia perineal
4.1.1.1 Revisão de literatuta
4.1.1.2 Caso Clínico 1
4.2 AFECÇÕES DO SISTEMA ÓSSEO
4.2.1 Afecções de Legg-Calvé-Perthes
4.2.1.1 Revisão de literatura
4.2.1.2 Caso Clínico 2
4.2.2 Displasia Coxofemoral
4.2.2.1 Revisão de literatura
4.2.2.2 Caso Clínico 3
4.2.2.3 Caso Clínico 4
4.2.3 Fratura de fêmur
4.2.3.1 Revisão de literatura
4.2.3.2 Caso Clínico 5
2
4
5
5
6
7
8
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11
11
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19
19
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26
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34
40
40
43
xii
4.2.3.3 Caso Clínico 6
4.2.4 Fratura de tíbia
4.2.4.1 Revisão de literatura
4.2.4.2 Caso Clínico 7
4.2.5 Fratura de mandíbula
4.2.5.1 Revisão de literatura
4.2.5.2 Caso Clínico 8
4.2.6 Doença do disco intervertebral
4.2.6.1 Revisão de literatura
4.2.6.2 Caso Clínico 9
4.3 AFECÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
4.3.1 Manejo de feridas abertas
4.3.1.1 Revisão de literatura
4.3.1.2 Caso Clínico 10
5. CONCLUSÃO 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
51
57
57
58
62
62
64
68
68
71
76
76
76
79
87
88
xiii
1
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho visa relatar todas as atividades desenvolvidas e acompanhadas
pela acadêmica Luciana Linhares Kintopp, no estágio curricular obrigatório realizado
no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (HV - UEL) na área de
Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia e desenvolvido durante o período
compreendido entre os dias 01 de agosto a 30 de setembro de 2006, totalizando 320
horas.
O estágio referido acima, também teve como objetivo, o aprimoramento dos
conhecimentos prático e condutas de trabalho na área de cirurgia de animais de
companhia, e conhecer o funcionamento e a rotina de um hospital veterinário em
outra instituição como a UEL, que proporciona aos alunos e estagiários um ensino e
vivências das situações encontradas no campo profissional.
Assim sendo, este trabalho tem como objetivo relatar o estágio obrigatório de
conclusão de curso, enfocando local de estágio, seu funcionamento, atividades
realizadas, casos acompanhados e a discussão dos mesmos.
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO
O estágio curricular de conclusão de curso foi realizado no Hospital
Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (UEL), na área de Clínica
Cirúrgica de Animais de Companhia, no período de 01 de agosto a 30 de setembro
de 2006.
O Hospital Universitário Estadual de Londrina encontra-se localizado na
Rodovia Celso Garcia Cid - PR 445, s/nº - Km 379, Campus Universitário na cidade
2
de Londrina – PR, CEP: 86051-990. Telefone: (043) 3371-4000/ Fax; (043) 3371-
4644. (Figuras 1 e 2).
FIGURAS 1 e 2: ENTRADA DO HOSPITAL VETERINÁRIO
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
2.1 PLANTA FÍSICA
Os animais de companhia são recebidos por um docente de plantão do setor
de triagem, que após uma avaliação e diagnóstico inicial, encaminha-os para o
atendimento especializado. Este atendimento é conduzido conforme sua
necessidade por residentes e estagiários e supervisionados pelos docentes dos
respectivos setores: Pronto Socorro (PS), Clínica Médica de Animais de Companhia
(CMAC), Obstetrícia ou Teriogenealogia de Animais de Companhia (TAC), Clínica
Cirúrgica de Animais de Companhia (CCAC).
O setor de Clínica Cirúrgica, no qual foi realizado este estágio curricular, é
constituído: por dois ambulatórios, onde são realizadas as consultas, conduzidas a
anamnese e exame físico, solicitados os exames laboratoriais e diagnósticos por
3
imagem, feitas as orientações e prescrições de receitas aos proprietários, indicados
procedimentos e internamentos, e reavaliações; uma sala de procedimento, onde
são realizadas coletas para exames laboratoriais e procedimentos rápidos.
Em outro bloco do setor de Clínica Cirúrgica encontra-se o Centro Cirúrgico,
om du
tórios de análises
IGURA 3: SALA DE PROCEDIMENTOS FIGURA 4: GATIL
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
c as salas para procedimentos estéreis, sendo uma delas para cirurgia
ortopédica; as salas de esterilização e instrumental, duas salas de internamento,
sendo uma para o gatil, com capacidade para 5 animais e outra para os cães, com
capacidade para 16 animais, sala para procedimentos, onde são realizados
imobilizações, curativos e tratamento para os animais que estão internados; uma
sala para cirurgias de animais que chegam pelo Pronto Socorro.
O hospital conta também com uma área de vários labora
clínicas e patológicas e uma infra-estrutura para exames radiográficos. (Figuras 3, 4,
5 e 6).
F
4
FIGURA 5: SALA DE CIRURGIA FIGURA 6: SETOR DE RADIOLOGIA
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
.2 DOCENTES DA CLÍNICA CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS
Professora: Carmen Lucia Scortecci Hilst.
ia: Cirurgia UNESP Botucatu.
•
EL. Residência Cirurgia UNESP
•
UEL. Mestrado em Medicina Veterinária –
•
NESP Botucatu. Especialização:
Metodologia de Ensino Superior – UEL. Mestrado Ciências Biológicas (Histologia)
UEL. Doutorado: Ciências Biológicas (Anatomia) UNESP Botucatu.
2
•
Graduação em Medicina Veterinária: UEL. Residênc
Professora: Mirian Siliane Batista de Souza.
Graduação em Medicina Veterinária: U
Jaboticabal. Mestrado Medicina Veterinária – Cirurgia UNESP Jaboticabal e
Doutora em Medicina Veterinária – Cirurgia – USP.
Professora: Mônica Vicky Bahr Arias.
Graduação em Medicina Veterinária:
Cirurgia USP. Doutora em Medicina Veterinária – Cirurgia – USP.
Professora: Nilva Maria Feres Mascarenhas.
Graduação em Medicina Veterinária: U
5
2.3
•
ci Hilst
Vice-Coordenador:
2.4
A clínica cirúrgica de animais de companhia possui uma divisão a qual dá
reas: atendimento ambulatorial, atendimento aos animais
ternados (móvel) e acompanhamento de procedimentos cirúrgicos (centro
cirúrgic
os são
realiza
pacientes do setor, realizando exames clínicos diários, troca de curativos,
COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO
Coordenadora da Comissão de Estágio em Medicina Veterinária:
Professora Carmen Lucia Scortec
•
Professor Antônio Carlos Faria dos Reis
METODOLOGIA
origem a três subá
in
o). Os médicos veterinários residentes e estagiários acompanham uma
escala realizada para que haja rotação dos mesmos entre as três subáreas.
O atendimento ambulatorial se responsabiliza pelos casos novos triados por
afecções cirúrgicas não emergenciais e retornos programados dos animais que já
passaram por consultas ou procedimentos cirúrgicos. Os atendiment
dos pelos médicos veterinários residentes supervisionados pelos docentes da
área e auxiliados pelos estagiários, que assistem ao recebimento do animal,
anamnese e exame físico, condução e contenção para exames radiográficos, auxílio
na coleta de materiais para exames laboratoriais, preenchimento de guias,
solicitações, prescrições e receitas, condução para o internamento.
O atendimento aos animais internados tem a função de acompanhar os
6
administração de medicações prescritas, coleta de materiais biológicos para exames
de acompanhamento e pré-operatórios (hemogramas, urinálises, perfil bioquímicos,
entre o
docente
durant
Durante o período de estágio, foi proporcionado à acadêmica, o
companhamento de todas as atividades e serviços que dispõe o setor da Clínica
da UEL, como:
- acompanhamento do atendimento ambulatorial, de casos novos e casos de
área de clínica cirúrgica de animais
de com
utros), oferta de alimentação enteral e parenteral (se necessário), colocação e
acompanhamento dos animais na fluidoterapia, fisioterapia (se prescrito), limpeza
das gaiolas, breves passeios pela área externa, do HV - UEL, entre outras.
Os estagiários designados ao acompanhamento dos procedimentos cirúrgicos
(centro cirúrgico) têm a responsabilidade de receber e preparar os animais para as
cirurgias, providenciar exames pré-operatórios e materiais específicos a serem
utilizados nos procedimentos, bem como o de auxiliar o residente ou o
e o procedimento cirúrgico e a condução do paciente pós-cirurgico para o
internamento.
2.5 ATIVIDADES DE ESTÁGIO
a
Cirúrgica do Hospital Veterinário
reavaliação de prescrições conservativas ou pós-cirúrgicas, fazendo anamnese e
exame físico, sob supervisão de residentes e docentes;
- acompanhamento da rotina hospitalar da
panhia;
7
- coleta de materiais biológicos como sangue, urina e secreções de feridas
para encaminhamento de hemograma, sorologia, cultura, citologia, histopatologia
entre o
mielografias, auxiliando no preparo, posicionamento e contenção dos
anima
ou como ajudante de sala, tudo com a supervisão do docente responsável
pela s
companhia, como limpeza de feridas e troca do
curativ
ocorridos na semana anterior.
.6 OBJETIVO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO
resentação descritiva de dez casos
línicos acompanhados pela acadêmica Luciana Linhares Kintopp, na área de clínica
utros.
- acompanhamento de exames de diagnóstico por imagem como exame
radiográfico e
is.
- acompanhamento de procedimentos cirúrgicos diversos, instrumentando,
auxiliando
emana do centro cirúrgico;
- monitoramento e cuidados de enfermagem dos animais internados no setor
de clinica cirúrgica de animais de
o, troca de talas entre outros;
- participação como ouvinte de reuniões clínicas semanais entre docentes e
residentes, para discussão dos casos
2
Este trabalho tem como objetivo, a ap
c
cirúrgica de animais de companhia, fornecendo informações gerais de todos os
casos acompanhados, uma breve revisão de literatura e discussão dos casos
descritos.
8
3. CASUÍSTICA DOS CASOS CLÍNICOS ACOMPANHADOS
cirúrgica de animais
e companhia do HV – UEL no período de agosto e setembro de 2006.
TABELA 1 – Casos clínicos acompanhados no setor da clínica
d
AFECÇÕES CANINOS FELINOS TOTAL
Afecções do Sistema neuromuscular Síndrome toracolombar
ical grau 1 Síndrome cervical grau 2 Síndrome de Wobbler ou do bamboleio Síndrome lombossacra Tetraplegia Tetraparesia Síndrome da cauda eqüina Fratura compressiva T2 Má-formação vertebral Afecções do Sistema ósseo Fraturas pélvicas Fraturas umerais Fraturas radio-ulnares Fraturas tibiais Displasia coxofemoral Luxação coxofemoral Fraturas mandibulares Necrose avascular da cabeça do fêmur Fraturas do metatarso Fraturas femorais Fraturas do metacarpo Fratura de tarso Luxação patelar Luxação articular úmero/radio/ulnar Luxação tarso-metatarso Fratura de costelas Cisto ósseo Ruptura de tendão Ruptura da cápsula articular Avulsão da cauda Afecções do Sistema urogenital Obstrução urinária Cisto na bexiga Ruptura de uretra Ruptura de bexiga Miíase em vulva Fístula perianal
6
2 2 3 1 - 2 1 1
14 3 5 3 1 3 2 2 1 5 1 2 1 2 2 1 1 1 1 -
2 - 2 1 1 1
-
- - - - 1 - - - - - - 2 - - 2 - - 2 - - - - - - - - - 1
6 1 1 - - -
6
2 2 3 1 1 2 1 1
14 3 5 5 1 3 4 2 1 7 1 2 1 2 2 1 1 1 1 1
8 1 3 1 1 1
Síndrome cerv 1 - 1
Continua
9
AFECÇÕES CAN OS FELINOS TOTAL IN
Afecções do Sistema respiratório
entidos especiais
a 3ª pálpebra
ma digestório
/ou mordedura
a
fecções Oncológicas Nódulo em cotovelo
Nódulo em mandíbula ral
Nódulo em membro posterior Nódulo em membro anterior Nódulo no baço TOTAL
13
1
1
1
3 1 1
146
-
- - -
22
13
1
1
1
3 1 1
168
Perfuração de tórax Contusão pulmonar Osso em orofaringe Afecções dos s Olho Glaucoma Perfuração Uveíte Úlcera de córnea Protrusão da glândula dCatarata Hifema Entrópio Ouvido Otite Otohematoma Miíase no ouvido Afecções do SisteMassa em cavidade oral Fístula do 4º pré-molar Evisceração
ão IntussuscepçFecaloma Hérnias
érnia perineal H
tegumentarAfecções do Sistemaes eFeridas lacerant
Farmacodermia Escaras no cotovelo
turDeiscência de suFlegmão A
Nódulo em tórax 3 - 3
Nódulo palpeb
2 1 1
5
1 3 1 1 1 - 2 1
3 1 1 1 1
4 4
1 3 2 3
2
- - - - - - - - - - -
1 1 - - - - - - -
4 - - - - -
-
2 1 1
5
1 3 1 1 1
1 3 1
3 1 1 1 1
4 8
1 3 2 3
2
10
TABELA 2 – RESULTADO DE EXAMES HISTOPATOLÓGICO DOS NÓDULOS
CANINOS FELINOS TOTAL HISTOPATOLÓGICO
ieloma múltiplo M
Mastocitoma itoma maligno ólido
ório neutrofílico
1 4
FibrohistiocCarcinoma s
itomaHistiocProcesso inflamatMelanoma maligno
1 4 1 1 1 1 1
10
- - - - - - -
0
1 1 1 1 1
10
TABELA 3 – AUXÍLIO NOS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS, REFERENTE AOS
S CLÍNICOS LISTADOS NA TABELA 1.
Afecções Procedimentos Cirúrgico Número de casos
CASO
Hérnia perineal Obstrução urinária Fratura de fêmur Fratura de úmero
ratura de tíbia
a
pelve
ta
gl. da 3ª
eridas abertas
Síndrome toracolombar
Herniorrafia
Cistorrafia
Osteossíntese Excisão da cabeça e colo
Osteossíntes
Osteossínte e de tíbia
Cerclagem
Osteossíntese de rádio e ulna
Placa e parafusos
Amputação de membro e dígitos
Sepultamento da glândula
Enucleação
Drenagem
Síntese de ferida
Hemilaminectomia c/ Fenestraçã
Denervação
2
1
4 2
1
1
1
2
1
3
2
1
1
3
4
1
29
F Fratura de mandíbula Fratura de rádio e uln Fratura de Fratura múltipla expos Protrusão da pálpebra Protrusão do globo ocular Otohematoma F
Displasia coxofemoral
e do úmero
s
o
11
4. RELATOS DE CASOS ACOMPANHAD
S DE TECIDOS MOLES
.1.1.1 Revisão de literatura
Hérnia é uma protrusão anormal de um órgão ou tecido através de uma
rmal. As hérnia rnial
dando o conteúdo hernial; as hérnias falsas não têm saco
rnias são redutíveis ou irredutíveis. As hérnias irredutíveis podem
car estranguladas se a circulação para o conteúdo for interrompida. (DEAN et al,
996).
eal resulta da incap diafragma pélvico em suportar
se diste conteúdo lvico e,
abdominal, pode projetar-se entre o diafragma pélvico e o reto.
us, e e observad projeção
CA
mia cirúrgica o parte da parede do rpo que
élvica e circunda os canai ogenital. Os limites laterais são
gamento sacrotuberoso, que se estende desde o ângulo lateral da
até o processo transversal da primeira vértebra caudal, e
sacro. A principal estrutura do períneo é o diafragma pélvico,
dor do ânus, juntamente com suas
OS
4.1 AFECÇÕE
4.1.1 Hérnia perineal
4
abertura corporal no s apres anel heentam um e um sac formadoo
de peritônio circun
peritoneal. As hé
fi
1
A hérnia perin acidade do
a parede retal que nde e sofre desvio. O pé
ocasionalmente,
Ocorre tumefação ao ân m casos bilaterais, também é a
caudal do ânus. (BELLENGER e NFIELD, 1998).
Com base na anato períneo é a oc
cobre a saída p s ana e url
formados pelo li
tuberosidade isquiática
extremidade caudal do
que consiste dos músculos coccígeo e eleva
12
coberturas faciais, externas e internas. (Figura 7). Um aspecto topográfico da área é
formadas pelo esfíncter anal externo, pelos
úsculos coccígeos e elevador do ânus medialmente, pelo músculo obturador
e pela parte caudal do músculo glúteo superficial lateralmente.
cupam este espaço quantidades variáveis de tecido adiposo, que está incorporado
BELLEGER e CANFIELD, 1998).
FONTE: MORTARI E RAHAL, 2005
Welsh Corgis, Kelpies e mestiços Kelpies, Dachshunds puros e mestiços, Old
a fossa isquiorretal, e suas paredes são
m
interno ventralmente,
O
a fáscia perineal superficial. (
FIGURA 7: ANATOMIA CIRÚRGICA DOS MÚSCULOS QUE COMPÕEM O
DIAFRAGMA PÉLVICO DO CÃO
Muitos são os fatores implicados na etiopatogenia da doença. Existem
teorias que sugerem predisposição genética, uma fraqueza estrutural do diafragma
pélvico, um desequilíbrio hormonal e uma constipação crônica. Devido à inexistência
de fortes evidências que sustentem uma dessas teorias, a origem desta doença
deve envolver uma combinação de vários fatores. (BOJRAB et al, 1991).
Qualquer cão de raça pura ou SRD pode ser afligido por hérnia perineal,
porém certas raças exibem com maior freqüência: Boston Terriers, Collies, Boxers,
13
English sheepdog, e SRD. Cães com caudas curtas podem estar predispostos a esta
condição. A hérnia perineal quase que exclusivamente afeta os cães machos
(sexualmente não castrados e castrados) com 5 anos ou mais; porém, alguns casos
foram descritos em cadelas. (MANN, 1996).
Com base nos sinais clínicos a maioria dos animais são apresentados com
mefação perineal redutível, e com um ou mais dos sinais seguintes: constipação
intratável), tene ar, sem que ocorra a eliminação), e
isquezia (defecação dolorosa). O edema na região perineal é normalmente
vidente e pode ser unilateral ou bilateral. Pode ocorrer estrangúria (micção
olorosa) em associação com afecção prostática, outros sinais clínicos ocasionais
ão a ulceração da pele na massa herniada, incontinência fecal, incontinência
rinária, e atitude alterada da cauda. (BELLEGER e CANFIELD, 1998).
O diagnóstico baseia-se na história clínica, sinais clínicos, bem como
xames físicos, radiográficos e ultra-sonográficos. A palpação retal é um dos
importantes, visto possibilitar a determinação das estruturas que
rmam o aumento de volume, verificar a presença de deslocamento ou dilatação
LD, 1998).
tu
(defecação difícil ou defecação a intervalos prolongados), obstipação (constipação
smo (esforço para defecar ou urin
d
e
d
s
u
e
exames mais
fo
retal, e avaliar a textura e tamanho da próstata, se esta estiver envolvida.
Radiografias não contrastadas podem indicar a posição da bexiga urinária, próstata,
bem como deslocamento e dilatações retais, desde que o reto esteja preenchido por
fezes. A ultra-sonografia é efetiva na determinação dos conteúdos herniários
dispensando muitas vezes o exame radiográfico. (BELLENGER e CANFIE
No que se refere aos diagnósticos diferenciais, devem excluir-se as
seguintes possibilidades: neoplasia perineal, hiperplasia das glândulas perineais,
inflamação ou neoplasia dos sacos anais, atresia ani e tumores vaginais. No caso de
14
existir disquezia, deve descartar a hipótese da presença de um corpo estranho no
reto, de uma fístula perianal, de uma constrição anal ou retal, de um abscesso dos
sacos anais, de uma neoplasia anal ou retal, de um trauma anal, de um prolapso
anorretal ou ainda de uma dermatite anal. (FERREIRA e DELGADO, 2002).
Existem três tipos principais de técnicas usadas como herniorrafia citadas. A
herniorrafia tradicional, a por transposição do músculo obturador interno e por meio
de implantação de membranas biológicas. As técnicas basicamente consistem na
redução do conteúdo herniário e fechamento do defeito. Durante a herniorrafia, é
importante a correção dos fatores etiológicos. A castração de rotina de todos os
pacientes de hérnia perineal é recomendada. Muitos cirurgiões acham indicado o
reparo simultâneo das hérnias bilaterais. (BELLENGER e CANFIELD, 1998).
4.1.1.2 Caso Clínico 1
NOME: Baco
ESPÉCIE: Canina
RAÇA: Rottweiller
SEXO: Macho
RG Nº: 2139/06
IDADE: 6 anos
PESO: 32 Kg
DATA: 11/08/2006
SETOR DE ATENDIMENTO: Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia (CCAC)
ANAMNESE
O proprietário relatou que o animal estava urinando aos poucos e com muita
dificuldade há mais ou menos 1 mês, e que há poucos dias sente dor ao tocar na
região perineal, com isso o animal não fica na posição de sentar. Fezes normais,
15
animal dócil, mas não permite manipulação no local, não é castrado e nunca cruzou,
come ração seca de boa qualidade, vacinas atrasadas, tomou vermífugo há mais de
4 meses. Vive com mais uma fêmea da mesma raça e saudável, em um quintal com
grama e
estado
utricional normal, comportamento agressivo. Esclera avermelhada e com secreção
to de volume macio de 12 a 15 cm de diâmetro e com
mperatura levemente elevada em região perineal bilateral, flacidez na musculatura
MENTARES
tados:
Proteínas totais 9,0 g/dl
metade de cimento, sai para passear toda noite.
EXAME FÍSICO
O animal apresentou temperatura retal de 38,7°C, freqüência cardíaca de
152 bpm, estava em taquicardia, e TPC não foi possível avaliar, hidratação normal.
Pulso arterial regular, mucosas congestas, nível de consciência alerta,
n
ocular bilateral. Aumen
te
local.
EXAMES COMPLE
Raio-X simples e contrastado, hemograma, creatinina e proteínas totais.
Resul
Creatinina 0,55 mg/dl
Hemograma dentro das normalidades.
16
Realizado raio-x simples em posição lateral, observa-se o aumento de
tamanho de tecido mole em região perineal e a posição da bexiga urinária está bem
caudal. (Figura 8).
Raio-x contrastado realizado em posição lateral com a técnica da cistografia
a, observa-se o aumento de tamanho de tecido mole em região
erineal (com presença de gás). (Figura 9).
FONTE:
DIAGNÓ
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Neoplasias (adenocarcinoma, adenoma), corpo estranho, abscessos.
retrógrada positiv
p
FIGURAS 8: RAIO-X SIMPLES FIGURA 9: RAIO-X CONTRASTADO
KINTOPP, HV-UEL 2006
STICO
Hérnia Perineal
17
TRATA
perineal.
O paciente foi pré-medicado com neozine na dose 0,15 mg/ Kg (0,3 ml/kg)
5
mg/Kg e diazepam na dose 0,3 mg/Kg pela via intravenosa, o paciente foi mantido
em plano anestésico com isofluorano, volume total de 35 ml, pela via inalatória.
Realizado uma epidural com lidocaína 1 ml/Kg mais morfina na dose 0,2 mg/Kg.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA OPERATÓRIA
Animal em decúbito ventral, com os membros posteriores sobre o final da
mesa e o quadril levemente inclinado. O acesso foi realizado com uma incisão em
ireita, incisando a pele, subcutâneo e musculatura. No
terior encontrou-se muito epiplon e líquido abdominal, em seguida realizado a
nteúdo, com o auxílio de um tampão (pinça e gaze). Feito o pré-
osicionamento dos fios de nylon 2-0 com auxílio das pinças para após realizar a
sutura dos músculos esfíncter externo do ânus e obturador interno, esfíncter externo
o ânus e elevador do ânus, coccígeo e elevador do ânus, e coccígeo e obturador
extremidades de sutura é retirado o tampão nos
ltimos pontos. Após sutura-se o subcutâneo com fio nylon 0,30, cushing e pele com
MENTO
Herniorrafia
PROTOCOLO ANESTÉSICO
de peso pela via intramuscular. Após indução anestésica com propofol na dose de
meia lua na região perineal d
in
redução deste co
p
d
interno. Antes de amarrar-se às
ú
18
pontos simples interrompidos e com fio nylon 0,30. O mesmo procedimento foi
alizado do lado esquerdo.
tomia, segundo a técnica das três pinças,
ansfixado com fio de sutura nylon 0,30.
ÓS-OPERATÓRIO
e a
actulona®, fazendo a limpeza e compressas geladas, o animal permaneceu
re
Foi realizado uma orquiec
tr
P
Animal permaneceu internado durante 4 dias com prescrição de Cefalexina
na dose de 30mg/Kg (5 ml), SC, TID, Cetoprofeno 1mg/Kg (0,7 ml), SC, SID,
Lactulona® 7 ml, VO, BID e a limpeza dos pontos com aplicação de gelo por 10
minutos, BID. Manteve em casa por 7 dias as seguintes medicações: Cefalexina
L
sempre com colar elizabetano.
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
A herniorrafia foi o tratamento de escolha e de melhor eficácia para o caso,
pois quanto mais precoce for feito a correção cirúrgica mais favorável será o
prognóstico. A castração foi realizada para que diminua a probabilidade de
recorrência da hérnia, pois segundo Belleger e Canfield (1998), a glândula prostática
influencia nos desequilíbrios hormonais os quais são fatores que podem ter certo
papel na patogênese da hérnia perineal.
A ultra-sonografia não foi realizada por falta de recursos do proprietário e o
Hospital Veterinário da UEL não dispõem dos aparelhos para realizar este exame.
19
4.2 AFECÇÕES DO SISTEMA ÓSSEO
4. fecção de Legg-Calvé-Perthes
2.1 A
.2.1.1 Revisão de literatura
Também pode ser denominada como afecção de Legg-Perthes ou Calvé-
osso da cabeça e colo femorais sofre necrose e
eformação durante as quais a dor é manifestada pelo animal. A cartilagem articular
lapso do osso subcondral. O osso eventualmente pode
rmar-se novamente na área necrótica, mas a cabeça e colo femorais estão
ecimento de sintomas é de 5 a 8 meses de
e
order a área do flanco e coxal. A dor pode ser determinada na articulação
4
Perthes, osteocondrite juvenil, necrose avascular, e coxa plana, a afecção de Legg-
Calvé-Perthes é uma necrose asséptica não inflamatória da cabeça e colo femorais
em cães de pequeno porte. A causa de tal necrose não é conhecida com certeza,
mas tem sido proposta como isquemia resultante de compressão vascular e
atividade hormonal sexual precoce. (PIERMATTEI e FLO, 1999).
Em todos os casos, o
d
crepita, como resultado de co
fo
deformados, com incongruência articular e instabilidade resultantes. Esta condição
leva a graves mudanças degenerativas dentro de toda articulação coxofemoral e a
desenvolvimento de acentuada ósteo-artrose. (PIERMATTEI e FLO, 1999).
Animais machos e fêmeas são igualmente afetados. O envolvimento bilateral
tem sido relatado como 16,5%. Os animais de raças “toy” e terrier são os mais
suscetíveis. O pico de incidência do apar
idade, com a amplitude de 3 a 13 meses. (PIERMATTEI e FLO, 1999).
Freqüentemente, o primeiro sinal notado é a irritabilidade. O animal pod
m
20
coxofemoral, particularmente na abdução, a crepitação pode estar presente, com
xa de movimentação restrita e encurtamento do membro. A atrofia dos músculos
e. A ocorrência de claudicação é geralmente
radual, e seis a oito semanas são necessárias para progressão até a incompleta
ATTEI e FLO, 1999).
As radiografias da articulação coxofemoral devem ser realizadas no
produz
uma maneira
ta
glúteos e quadríceps tornam-se aparent
g
impotência funcional. (PIERM
posicionamento ventrodorsal. (Figura 10). Os sinais radiográficos são: deformidade e
irregularidade de cabeça e colo femorais, depressões radioluscentes no osso
subcondral da cabeça femoral, diminuição da radiopacidade de epífise e metáfise
femorais, subluxação coxofemoral, fragmentação de cabeça femoral, fraturas
patológicas (secundárias) e sinais de doença articular degenerativa secundária
(principalmente osteofitose em colo femoral). (OLMSTEAD, 1998).
Apesar da afecção poder ocorrer bilateralmente, os sinais radiográficos
podem não se apresentar simultaneamente. Uma alternativa para o diagnóstico é o
uso da ressonância magnética com contraste. (OLMSTEAD, 1998).
O diagnóstico diferencial para animais jovens é a luxação patelar medial e
para animais senis é a ruptura de ligamento cruzado cranial e a displasia
coxofemoral. (CARPENTER, 2003).
Com base no tratamento, a excisão da cabeça e colo femorais
resultados mais favoráveis do que o tratamento conservativo, que consiste de
repouso e analgésicos. Com a técnica cirúrgica adequada, leve claudicação pode
permanecer porque o membro é encurtado pela remoção da cabeça e colo femorais,
e os músculos da coxa e articulações coxofemoral permanecem de alg
atrofiados. Em raras circunstâncias onde as radiotransparências são vistas sem
21
colapso femoral, pode-se tentar aplicar bandagem de Ehmer por três a quatro dias.
(GAMBARDELLA, 1996).
FIGURA 10: RADIOGRAFIA DE PACIENTE COM NECROSE ASSÉPTICA DA
CABEÇA FEMORAL, NO POSICIONAMENTO VENTRODORSAL
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
4.2.1.2 Caso Clínico 2
NOME: Snoopy
ESPÉCIE: Canina
RAÇA: SRD
SEXO: Macho
RG Nº: 2064/06
IDADE: 7 meses
PESO: 6,7 Kg
DATA:08/08/2006
SETOR DE ATENDIMENTO: Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia (CCAC)
22
ANAMNESE
O paciente estava com claudicação no membro posterior esquerdo há mais
proprietário ne ce
elhor. Foi tratado com ¼ de comprimido de Voltarem® e depois mais ¼ de
omprimido de Dorflex®, com isto apresentou vômito e suspendeu a medicação há
omportamento dócil, vacinado, vermífugo foi administrado há 3
eses, come ração seca com comida caseira, vive em ambiente com piso de
imento, e não tem acesso à rua.
XAME FÍSICO
Ao exame físico o animal apresentou temperatura retal de 39,1°C,
de 176 bpm, freqüência respiratória de 40 mpm, tempo de
apilar de 1”, boa hidratação, mucosas rosadas, pulso normal, nível
estado nutricional normal, comportamento dócil, membro
osterior esquerdo parcialmente flexionado e dor na extensão e flexão da articulação
embro posterior esquerdo.
MPLEMENTARES
a,
eatinina + proteínas totais.
ou menos 10 dias, às vezes apoiava o membro mas não soltava o peso, o
ga qualquer tipo de trauma, e o animal tem momentos que pare
m
c
uma semana. C
m
c
E
freqüência cardíaca
preenchimento c
de consciência alerta,
p
coxofemoral do m
EXAMES CO
Radiografia da região articular coxofemoral, hemograma + plaquet
cr
23
Resultados:
Radiografia em posição ventrodorsal observou arrasamento da cabeça e
EGULAR DE CABEÇA E COLO FEMORAL
ESQUERDO DE PACIENTE COM NECROSE ASSÉPTICA DA
BEÇA FEMORAL
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
DIAGNÓSTICO
Necrose Avascular da Cabeça do Fêmur.
colo femoral esquerdo, com áreas de osteólise em colo femoral.(Figura 11).
Creatinina 1,27 mg/dl
Proteínas totais 8,5 g/dl
Segmentados 49%
Linfócitos 49%
Eosinófilos 2%
FIGURA 11: CONTORNO IRR
CA
24
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Fratura de colo femoral, fratura de acetábulo, luxação coxofemoral, ruptura
uma, luxação patelar, displasia coxofemoral.
Ostectomia ou Artroplastia por excisão da cabeça e colo do fêmur.
PROTOCOLO
O paciente foi pré-medicado com Neozine® na dose de 0,15 mg/ Kg (0,2
l/kg) de peso pela via intramuscular. Após indução anestésica com propofol,
olume de 4 ml pela via intravenosa, o paciente foi mantido em plano anestésico
om isofluorano, volume total de 10 ml, pela via inalatória. Foi feito anestesia
pidural com lidocaína 1 ml/Kg mais morfina na dose 0,2 mg/Kg.
ESCRIÇÃO DA TÉCNICA OPERATÓRIA
Animal em decúbito lateral. Acesso dorso-caudal, com uma incisão de pele e
ncia o trocanter maior. Incisou-se a
fascia lata, afastando os músculos glúteos superficiais e bíceps femoral e do nervo
ciático, incisão dos músculos gêmeos expondo a cápsula articular, incisando a
cápsula articular, extravasando o líquido sinovial. Com uma leve rotação do membro
do ligamento cruzado cranial, tra
TRATAMENTO
ANESTÉSICO
m
v
c
e
D
subcutâneo em meia lua, tendo como referê
25
luxou-se a cabeça do fêmur, com isso a cabeça fica exposta promovendo-se a
ça e colo femorais, com auxílio de um osteótomo e
artelo, em seguida retirou-se esquírolas ósseas através de uma goiva. Lavou o
cal co
RIO
sal, para
onstatar o sucesso da artroplastia. (Figura 12).
IGURA 12: RAIO-X PÓS-OPERATÓRIO EM POSIÇÃO VENTRODORSAL,
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
artroplastia por excisão da cabe
m
lo m solução fisiológica. Em seguida, sutura do subcutâneo com cushing e fio
nylon 0,25, sutura da pele com pontos simples contínuo e fio nylon 0,25.
PÓS-OPERATÓ
Pós-cirurgia realizou-se uma radiografia em posição ventrodor
c
F
AUSÊNCIA DE CABEÇA E COLO FEMORAL ESQUERDO
26
O paciente ficou internado por dois dias com as seguintes medicações e
cuidados: Cefalexina® na dose 30mg/Kg - 1 ml, SC, TID, Cetaprofeno® na dose 1
mg/Kg - 0,14 ml, SC, SID, Tramal® na dose 1 mg/Kg - 0,14 ml, SC, TID, gelo por 10
minutos, BID, curativo com PVPI nos pontos, SID, e fisioterapia com movimentos de
flexão e extensão, BID. A prescrição para o paciente em casa foi Cefalexina 250mg,
m comprimido, VO, TID, Meloxicam 0,5 mg, um comprimido, VO, SID, manter a
ativo e colar protetor até retorno.
A escolha pele artroplastia por excisão da cabeça e do colo femoral foi a
doloroso do oss amento
onservativo só é realizado caso o proprietário não tenha condições de financiar a
irurgia, pois só amenizará a dor do animal e não resolverá o problema.
.2.2 Displasia Coxofemoral
.2.2.1 Revisão de Literatura
coxofemoral é uma articulação esferoidal em que a cabeça
moral hemisférica encaixe-se num receptáculo/cavidade elipsóide situado no
interior do osso pélvico. A configuração anatômica desta articulação permite grande
u
fisioterapia, gelo e cur
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
melhor, pois como já foi descrito este procedimento cirúrgico elimina o contato
o com osso além de ter um prognóstico excelente. O trat
c
c
4
4
A articulação
fe
27
amplitude de movimentos, ao mesmo tempo em que proporciona máxima
estabilidade. (MANLEY, 1998)
A displasia coxofemoral é o desenvolvimento ou o crescimento anormal da
articulação coxofemoral. Ela se manifesta por vários graus de frouxidão dos tecidos
moles ao redor, instabilidade, malformação da cabeça femoral e acetábulo, e ósteo-
artrose. (PIERMATTEI e FLO, 1999). (Figura 13)
Uma das afecções mais prevalentes na articulação coxofemoral, a displasia
oxofemoral é a causa mais importante de ósteo-artrite coxofemoral do cão. A
cães que tem um peso corpóreo abaixo de 11 a 12 Kg,
uando adultos. (PIERMATTEI e FLO, 1999).
FONTE: FRATOCCHI E SOMMER, 2006
A transmissão pode ser hereditária, recessiva, intermitente e poligênica
obesidade, dos trabalhos precoces, dos exercícios forçados, dos locais
escorregadios. (PIERMATTEI e FLO, 1999; FRATOCCHI e SOMMER, 2006).
c
afecção raramente ocorre em
q
FIGURA 13: À ESQUERDA UMA ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL NORMAL E À
DIREITA UMA ARTICULAÇÃO ANORMAL
(alguns autores consideram 20 genes). Fatores nutricionais, biomecânicos e de meio
ambiente (multifatorial), associados à hereditariedade, pioram a condição da
displasia. Recomenda-se fundamentalmente evitar os traumas, sejam eles da
28
Os achados clínicos da displasia coxofemoral variam com a idade do animal.
Há dois grupos clinicamente reconhecíveis : Os animais jovens entre 5 e 8 meses de
pélvicos, dificuldade de erguer-se,
s de adução seguido de abdução). Os
nimais idosos apresentam um quadro clínico diferente devido à degeneração
ou forçados, ndo freqüente crepitação e
mitação na amplitude do movimento da articulação. O animal prefere sentar-se ao
vés de posicionar-se em estação, apresentando dificuldade ao se levantar, e o faz
ntamente. Visualiza-se atrofia muscular do membro afetado e hipertrofia dos
úsculos que envolvem a escápula e o úmero. (WALLACE e OLMSTEAD, 1995).
e clínico baseia-se na observação do animal em estação,
hando e trotando, na constatação de aumentos de volumes e assimetrias nos
embros e na busca da presença da dor, crepitação e amplitude do movimento
idade e os animais adultos que apresentam a forma crônica da doença. Nos animais
jovens é constatado um curso unilateral da doença que ocasionalmente se
apresenta bilateralmente. Clinicamente observa-se claudicação, redução das
atividades do animal, sensibilidade nos membros
redução do desejo de andar, correr subir escadas, além do fato da maioria dos
pacientes apresentarem sinal de Ortolani positivo (este sinal se apresenta como um
“clique” produzido pela cabeça femoral quando ela escorrega para dentro e para fora
do acetábulo em conseqüência de movimento
a
articular crônica. A claudicação pode ser uni ou bilateral após exercícios prolongados
o seu andar se assemelha a requebros have
li
in
le
m
O exam
camin
m
articular, maior na fase aguda e menor na crônica, já que nesta última intensificam-
se as alterações articulares degenerativas, tomando lugar à fibrose capsular e
muscular circundante. (FRATOCCHI e SOMMER, 2006)
O diagnóstico definitivo é obtido através do exame radiográfico, mediante
posicionamento correto do paciente e imagens de qualidade. Este posicionamento
29
normalm
m
ais r
ente é alcançado através da anestesia geral, já que estamos frente a uma
alteração muitas vezes dolorosas e de raças geralmente grande. (FRATOCCHI e
SOMMER, 2006).
O tratamento poderá ser medicamentoso ou cirúrgico. Neste último
relacionam-se várias possibilidades, desde as mais simples, tais como, por exemplo,
a pectineotomia e a ressecção de cabeça e colo femorais (artroplastia excisional),
até as mais complexas, como as correções de desvios do tipo geno valgo e
antiversão, a denervação da cápsula articular, a acetabuloplastia extracapsular, a
osteotomia tripla de pelve, a osteotomia intertrocantérica, o alongamento de colo
femoral, a prótese total coxofemoral, mais recentemente a sinfisiodese púbica
juvenil, etc. e as associações cirúrgicas, como a osteotomia tripla de pelve com o
alongamento de colo femoral. Modernamente tem-se tratado a displasia
coxofemoral, mediante produtos com a propriedade de proteger e regenerar
(anabolizar) a cartilagem articular danificada, produzindo analgesia natural. A
associação dos antiinflamatórios só deve ser preconizada na fase inicial do
tratamento. A ação anabolizante dos produtos pode resultar ainda melhor se
acompanhada de medidas apropriadas de manejo, tais como manter o animal e
loc estritos para que o mesmo reduza sua atividade física, assim como evitar a
obesidade do paciente e os locais escorregadios. Hidroginástica e natação também
são recomendadas. (FRATOCCHI e SOMMER, 2006).
30
4.2.2.2 Caso Clínico 3
NOME: Mickey
ESPÉCIE: Canina
RAÇA: Pastor Alemão
SEXO: Macho
RG Nº: 0291/04
IDADE: 14 anos
PESO: 34 Kg
DATA:23/09/2006
SETOR DE ATENDIMENTO: Clínica Cirúrgica de Animal Companhia (CCAC)
ANAMNESE
O proprietário observou que o animal estava bem apático, só ficava deitado,
e só se levantou com muita dificuldade para comer, e hoje pela manhã não queria se
movimentar, se cansa muito fácil, urina mesmo deitado, não é castrado. Foi
atropelado há uns 5 anos atrás e depois desse episódio sempre claudica um pouco
com o membro posterior direito. O animal apresenta uma infestação de carrapato,
olhos avermelhados com secreção, comportamento dócil, alimentado com ração
seca (pacote fechado), vacina nacional comprada em agropecuária, o vermífugo é
administrado duas vezes ao ano, vivem em ambiente que tem jardim e piso de
cimento, juntamente com uma cadela, só tem acesso à rua junto com o proprietário.
XAME FÍSICO
O animal apresentou temperatura retal de 39,8°C, freqüência cardíaca de 92
pm, freqüência respiratória de 72 mpm, e TPC 1”, hidratação normal. Pulso arterial
E
b
31
normal, mucosas rosadas, nível de consciência alerta, estado nutricional normal,
nimal com infestação de carrapato, ao se movimentar tem
uita dor no membro posterior esquerdo, não foi possível a palpação pois sentia
tártaro na cavidade oral.
TARES
Resultados:
-X em posição ventrodorsal, observa-se perda da profundidade
cetabular bilateral com remodelamento de colo e cabeça femoral severa, com
Linfócitos: 26%
comportamento dócil. A
m
muita dor. Muito
EXAMES COMPLEMEN
Raios-X, hemograma + plaqueta, glicose, creatinina + proteínas totais.
Raios
a
proliferação de osteófitos em articulação coxofemoral bilateral, compatível com
displasia coxofemoral com DAD (doença articular degenerativa) avançada. (Figura
14)
Glicose: 80 mg/dl
Creatinina: 0,8 mg/dl
Proteínas totais: 6,7 mg/dl
Plaquetas: 940 m/mm³
Segmentados: 69%
Eosinófilos: 5%
32
FIGURA 14: RADIOGRAFIA EM POSIÇÃO VENTRODORSAL – PERDA DA
PROFUNDIDADE ACETABULAR COM REMODELAMENTO DE
COLO E CABEÇA FEMORAL SEVERA, COM PROLIFERAÇÃO DE
OSTEÓFITOS EM ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL BILATERAL,
COMPATÍVEL COM DISPLASIA COXOFEMORAL
INTOPP, HV-UEL 2006
DIAGNÓSTICO
Displasia coxofemoral bilateral com DAD.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Luxação coxofemoral, fratura do colo femoral, fratura de pelve, artrite.
FONTE: K
33
TRATAMENTO
ação da cápsula articular coxofemoral.
ANESTÉSICO
Denerv
PROTOCOLO
O paciente foi pré-medicado com Neozine® na dose de 0,15 mg/ Kg de peso
ela via intramuscular. Após indução anestésica com propofol na dose de 5mg/Kg
e peso pela via intravenosa, o paciente foi mantido em plano anestésico com
ofluorano, volume total de 25 ml, pela via inalatória. A respiração por circuito semi-
chado e espontâneo.
ESCRIÇÃO DA TÉCNICA OPERATÓRIA
Animal em decúbito lateral direito. Acesso cranial ao trocanter maior, incisão
para divulsionar entre o bíceps e
tensor da fascia lata e glúteos, tendo acesso à articulação coxofemoral. Realizando
em seguida a raspagem do periósteo em meia lua crânio dorsal ao acetábulo.
Lavagem do local com solução fisiológica, para que não fique fragmentos de
periósteo. Sutura-se a fascia muscular com pontos simples isolados, a fascia
gordurosa em padrão contínuo, o subcutâneo com cushing e a pele com contínua
simples, todas as suturas com fio nylon 0,30. O mesmo procedimento foi realizado
do lado oposto.
p
d
is
fe
D
da pele de 3 a 4 cm, seguida da fascia muscular
34
PÓS-OPERATÓRIO
ras, assim que retornou da
nestesia recebeu alta assistida a pedido do proprietário. O tratamento prescrito foi
30mg/Kg - 1 ml, VO, TID, até novas recomendações,
revicox® um comprimido, VO, SID, por dez dias, colar protetor, caminhadas leves e
curativo
submetido ao procedimento de denervação da cápsula
rticular coxofemoral para somente aliviar a dor, pois as mudanças degenerativas
ha e de melhor eficácia para este caso,
or que o paciente está com uma displasia coxofemoral muito avançada e
a
AÇA: Mestiço Pastor Alemão
EXO: Macho
IDADE: 1 ANO
PESO: 27 Kg
DATA:17/08/2006
O paciente permaneceu internado por 6 ho
a
Cefalexina® 1000mg, na dose
P
dos pontos com PVPI, SID.
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
O paciente foi
a
continuaram, mas foi o tratamento de escol
p
juntamente com uma doença articular degenerativa, e pela avançada idade de 14
anos.
Não foi possível o acompanhamento do paciente, pois este não voltou para o
retorno.
4.2.2.3 Caso Clínico 4
NOME: Falcão
ESPÉCIE: Canin
RG Nº: 1431/06
R
S
35
SETOR DE ATENDIMENTO: Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia (CCAC)
sendo administrado Meticortem® e shampoo
lerdog®. Não é castrado, comportamento dócil, come ração seca de boa qualidade,
ria, vermífugo Drontal®, no ambiente em que vive tem
iso de lajota, com dois degraus e depois cimento. Não tem acesso à rua. Os
Ao exame físico o animal apresentou temperatura retal de 38,6°C,
mento capilar de 1”, boa hidratação, mucosas rosadas, pulso normal, nível
e consciência alerta, estado nutricional normal, comportamento dócil, não apóia o
erdo, apresenta pontos de eritema na pele, já está sendo
atado, impotência do MPE e está rotacionado para fora.
MENTARES
Raios-X, hemograma + plaquetas e creatinina + proteínas totais
ANAMNESE
Proprietário relata que há dois dias o animal “gritou” e depois ficou com o
membro posterior esquerdo suspenso, apático e em bradipnéia. O paciente está em
tratamento para uma dermatite, está
A
vacina nacional de agropecuá
p
proprietários não viram o que aconteceu, dizem que o animal é muito ativo e corre
muito, por isto não descartam a possibilidade de ter se machucado no quintal.
EXAME FÍSICO
freqüência cardíaca de 112 bpm, freqüência respiratória com taquipnéia, tempo de
preenchi
d
membro posterior esqu
tr
EXAMES COMPLE
36
Resultados:
Na radiografia em posição ventrodorsal se percebe perda de profundidade
m remodelamento e cabeça e colo femoral e proliferação e osteófitos
m articulação coxofemoral bilateral, com luxação da articulação coxofemoral à
IGURA 15: RADIOGRAFIA EM POSIÇÃO VENTRODORSAL – PRESENÇA DE
AGMENTOS ÓSSEOS EM ÁREA DE ESPAÇO ARTICULAR
COXOFEMORAL ESQUERDO
NTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
acetabular co
e
esquerda – imagem compatível com displasia coxofemoral à esquerda com DAD
avançada. Presença de fragmentos ósseos em área de projeção de espaço articular
coxofemoral esquerdo, em vista ventrodorsal – fratura de osteófito. (Figura 15)
Creatinina: 1,07 mg/dl
Proteínas totais: 4,6 g/dl
Segmentados: 63%
Linfócitos: 37%
F
FR
FO
37
DIAGNÓSTICO
Displasia Coxofemoral bilateral com DAD avançada e luxação da articulação
coxofemoral à esquerda.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Fratura de pelve, ruptura do ligamento cruzado, luxação de patela,
PROTOCOLO
O paciente foi pré-medicado com Neozine® na dose de 0,15 mg/ Kg de peso
ela via intramuscular. Após indução anestésica com propofol na dose de 5mg/Kg e
iazepam® na dose 0,3 mg/Kg de peso pela via intravenosa, o paciente foi mantido
m plano anestésico com isofluorano, volume total de 25 ml, pela via inalatória. A
spiração foi por circuito fechado. Foi feito epidural com lidocaína mais morfina.
neoplasias.
TRATAMENTO
Ressecção da cabeça e colo femorais + orquiectomia
ANESTÉSICO
p
D
e
re
38
DESCRIÇÃO DE TÉCNICA OPERATÓRIA
o cutânea, em torno de 8 cm, na região craniolateral
entralizada sobre a articulação coxofemoral, incisou-se o subcutâneo, a hemostasia
pinças hemostáticas. Afastando os músculos bíceps
o fêmur, o tensor da fascia lata e o músculo glúteo médio que foi trasionado (figura
auxílio de um osteótomo e um martelo foi realizada a ressecção da
abeça e colo femoral, e com uma goiva foram removidas as protuberâncias ósseas
igura 19). A sutura da musculatura na cápsula articular foi com fio
icryl 3-0, padrão interrompido simples. Reposicionou-se os músculos vasto lateral e
errompido simples. A
utura do subcutâneo com fio nylon 0,30 com padrão cushing modificado e pele com
rompido simples.
A orquiectomia foi realizada com o animal em decúbito dorsal. Acesso pré-
escrota
rão
terrompido simples.
Animal foi colocado em decúbito lateral esquerdo, após anti-sepsia padrão.
Foi realizada uma incisã
c
de pequenos vasos foi feita com
d
16) para expor a cabeça femoral esquerda, como pode ser observado nas figuras 17
e 18. Com
c
remanescentes(F
v
o glúteo profundo e se suturou com fio nylon 0,30, padrão int
s
fio nylon 0,30, em padrão inter
l, incisão de 4 cm em pele e subcutâneo. Com uma pressão mecânica ocorre
a exposição do testículo, incisou-se a cápsula do testículo, pinçou o cordão
espermático, com três pinças hemostáticas, ligadura dos vasos com fio nylon 3-0, o
mesmo procedimento foi realizado no outro testículo, sutura com fio nylon 0,30 o
subcutâneo com padrão cushing modificado e a pele com nylon 0,30 em pad
in
39
FIGURAS 16, 17, 18 e 19: PROCEDIMENTO CIRÚRGICO - Ressecção da cabeça e
colo femorais
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
PÓS-OPERATÓRIO
O paciente permaneceu internado por dois com as seguintes prescrições,
Cefalexina® na dose 30mg/Kg - 4 ml, SC, TID, Tramal® na dose de 1mg/Kg - 0,54
ml, SC, TID, curativo dos pontos com PVPI, SID e gelo por 10 minutos, BID.
16: AFASTAMENTO DOS MÚSCULOS 17: EXPOSIÇÃO DA CABEÇA FEMORAL
18: EXPOSIÇÃO DA CABEÇA FEMORAL 19: REMOÇÃO DAS PROTUBERÂNCIAS ÓSSEAS
40
Manteve a seguinte medicação, Tramal® gotas na dose 11 gotas, VO, TID, por 5
dose 1 ½ comdias, Cafalexina 500mg, na primido, VO, TID, por 10 dias, PVPI tópico
yn® ou
Condroton® ou Condromax® .
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
Com base no diagnóstico de displasia coxofemoral que pode ser confirmada
através dos sinais clínicos e dos achados radiográficos, frente ao caso a conduta do
tratamento cirúrgico é a correta, assim como sugere a literatura.
4.2.3 Fratura de fêmur
4.2.3.1 Revisão de literatura
As fraturas femorais geralmente são causadas por trauma. Lesões por alta
velocidade são o tipo mais comum de trauma com fraturas femorais em pacientes
veterinários, a maioria destas é de acidentes automobilísticos. (FOSSUM, 2002).
A incidência de fraturas de fêmur é de aproximadamente 20 a 25% de todas
as fraturas na maioria das clínicas veterinárias; esta taxa é a mais alta do que todas
as fraturas de ossos do corpo. O fêmur também tem a maior incidência de não união
e osteomielite de todas as fraturas. A redução aberta e fixação interna são indicadas
em praticamente todas as fraturas femorais. (PIERMATTEI e FLO, 1999).
para os pontos, colar protetor, e foi sugerido ao proprietário o uso de Osteo S
41
As quatro forças fisiológicas primárias que atuam sobre o osso são
compressão axial, tensão axial, envergamento (flexão) e torção. Cada uma destas
forças isoladamente ou em conjunto, resulta num padrão complexo de pressões e
deformações interna no âmbito do osso. (HULSE e HYMAN, 1998).
Vários dispositivos de fixação interna de fraturas femorais estão descritos na
de fios de aço ortopédico em cerclagem, placa e
arafuso, pinos intramedulares e fixação esquelética externa, pinos travados e
moles e hematoma.
padrão de fratura pode ser bem variado: transverso, oblíquo, múltiplo,
agmentado, ou, ocasionalmente, em galho verde no animal jovem. (PIERMATTEI e
O trauma pode ou não ter sido observado, muitas vezes, verifica-se no
ente os pacientes com fraturas diafisárias femoral são
capazes de sustentar o peso e apresentam graus variados de edema do membro.
, 1998), e
segundo Gilmore (2005), este método obtém sucesso mais provavelmente com
literatura, como colocação
p
combinações destas. (GILMORE, 2005).
As fraturas diafisárias de fêmur são geralmente o resultado de traumatismo
direto e são acompanhadas por vários graus de lesão de tecidos
O
fr
FLO, 1999).
animal a claudicação. Geralm
in
Dor e crepitação quase sempre são desencadeados com a manipulação do membro,
é possível que a propriocepção seja anormal, já que não levanta a pata quando
colocada sobre seu dorso. (FOSSUM, 2002).
Radiografias craniocaudal e lateral do fêmur são necessárias para avaliação
da extensão do osso e lesão de tecido mole. (FOSSUM, 2002).
A aplicação de pino intramedular é o método prático e econômico de
tratamento das fraturas diafisárias transversais do fêmur, mas a prejudicial força de
rotação não é neutralizada pela fixação por apenas um pino (MILTON
42
an imaturos cuja seja rápida e com adultos de tamanho pequeno a médio em
que o pino único tenda a preencher uma parte significativa do canal medular.
O uso de um dispositivo de fixação externa de Kirschner – Ehmer, uma tala
de dois pinos e meio, em associação com o pino intramedu
imais
lar aumenta a
tamanho do paciente são determinantes
fratura é estabilizada inicialmente com pinos intramedulares, pode-se
te que não produza esforço excessivo
rita em oito a doze
estabilidade rotacional. (GILMORE, 2005).
Embora considerada uma fratura “simples”, este tipo (transversa) é um dos
mais comuns a resultar a não-união, sem dúvida à subestimação das forças
biomecânicas envolvidas. A idade e o
importantes, assim como o tipo de fixação. (PIERMATTEI e FLO, 1999).
As fraturas oblíquas e espirais são reparadas com mais sucesso com pinos
intramedulares com estabilidade adicional proporcionada por pinos transcorticais e
um fio de aço de hemicerclagem ou por um fio de aço ortopédico de cerclagem
completa. A
colocar o fio de aço ao redor dos pinos transcorticais em um padrão de “oito” para
proporcionar um aumento na estabilidade rotacional, alternativamente, podem-se
utilizar fios de aço de cerclagem completa. (GILMORE, 2005).
De modo ideal seria permitido ao animal ter uso ativo prematuro do membro.
Isto requer fixação interna totalmente instável, boa cooperação do proprietário com
confinamento e restrição ao exercício, e pacien
ao aparelho devido à hiperatividade. O exercício deve ser rigorosamente restrito por
quatro a seis semanas, com retorno gradual a atividade irrest
semanas. (PIERMATTEI e FLO, 1999).
43
4.2.3.2 Caso Clínico 5
NOME: Pitoco
ESPÉCIE: Canina
RAÇA: SRD
RG Nº: 2067/06
IDADE: 8 meses
SEXO: Macho DATA:02/08/2006
SETOR DE ATENDIMENTO: Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia (CCAC)
ANAMNESE
PESO: 3,5 Kg
querdo face medial e
O animal apresentou temperatura retal de 38,3° C, freqüência cardíaca de
72 bpm, freqüência respiratória de 40 mpm, e TPC 2”, leve desidratação. Pulso
O paciente foi atropelado no dia anterior às 16:30 min por um carro e
acredita-se que bateu do lado esquerdo do animal, porém não pode afirmar. Urinou
após o atropelamento e não consegue ficar de pé. O proprietário administrou
Dipirona® (1 comprimido, a cada 6 horas, total 3 comprimidos) e tintura de arnica.
Não é castrado. Permaneceu em estação com dificuldade, sentiu dor e perdeu o
equilíbrio, observou-se escoriações em membro posterior es
não apóia o membro, está apático desde ontem. Come comida caseira. Está na
segunda dose da vacina nacional. Vermífugo administrou Petzi® (irá repetir a dose).
Ambiente em que vive com mais dois cães é quintal com terra e cimento, tem acesso
à rua sem a guia.
EXAME FÍSICO
1
44
arterial normal, mucosas rosadas, nível de consciência deprimido, estado nutricional
ormal, comportamento dócil. Animal com presença de pulga, dificuldade para
stação e não apóia o MPE. Desvio de eixo ósseo no fêmur esquerdo
anipulação.
PLEMENTARES
Raios-X, hemograma + plaquetas, creatinina
tados:
Bastonetes: 0,6%
n
manter-se em e
com crepitação na m
EXAMES COM
Resul
Segmentados: 73%
Eosinófilos: 0,8%
Linfócitos: 13%
Creatinina: 0,66 mg/dl
Nas radiografias tanto em posição ventrodorsal (Figura 20) como em posição
lateral (Figura 21) observa-se fratura completa transversa em terço médio de diáfise
no fêmur esquerdo.
45
FIGURAS 20 E 21: FRATURA COMPLETA TRANSVERSA EM TERÇO MÉDIO DE
DIÁFISE NO FÊMUR ESQUERDO.
20: POSIÇÃO VENTRODORSAL 21: POSIÇÃO LATERAL
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
DIAGNÓSTICO
Fratura completa transversa de fêmur esquerdo.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Fratura de tíbia proximal, fratura de acetábulo, ílio, junção sacro-ilíaca
RATAMENTO
Osteossíntese de fêmur esquerdo com pino intramedular e cerclagem.
T
46
PROTOCOLO ANESTÉSICO
e 4mg/Kg de peso
pela via intravenosa, o paciente foi mantido em plano anestésico com Isofluorano®,
volume total de 10 ml, pela via inalatória. A respiração por circuito aberto. Realizada
anestesia epidural com lidocaína mais morfina.
DESCRIÇÃO DE TÉCNICA OPERATÓRIA
Animal posicionado em decúbito lateral direito. Acesso realizado em região
crânio lateral do músculo vasto lateral, feita incisão de pele, em seguida da fascia
íceps femoral caudalmente e o músculo vasto lateral
ranialmente acessando assim o foco da fratura. Redução da fratura com a inserção
amedular no sentido retrógrado seguido de cerclagem com fios
etálicos em dois pontos. A hemostasia foi realizada por meio de torção (com
aze. Suturada a fascia lata
om padrão simples contínuo seguido de sutura tipo cushing no subcutâneo para
e dois pontos simples separados na pele no local
nde saiu o pino, todas as suturas foram realizadas com fio de sutura nylon 0,25.
ão do
rocedimento cirúrgico com boa estabilidade do pino intramedular.(Figura 22)
Realizada indução anestésica com Propofol® na dose d
lata. Afastou-se o músculo b
c
de um pino intr
m
pinças hemostática) e por compressão com auxílio de g
c
aproximação dos bordos de pele
o
Realizado exame radiográfico pós-cirurgia, o qual demonstrou a boa realizaç
p
47
FIGURA 22: RADIOGRAFIA DO PACIENTE EM POSIÇÃO VENTRODORSAL E
LATERAL, PÓS-OPERATÓRIO DO DIA 02/08/2006
PÓS-CIRÚRGICO
O paciente permaneceu internado apenas um dia e foi administrado
cetoprofeno na dose 1mg/Kg - 0,07 ml, SC, SID, morfina na dose 0,2mg/Kg - 0,06
ml, SC, de 4 em 4 horas, cefalexina na dose 30mg/Kg - 0,5 ml, SC, TID e aplicação
de compressa gelada no local por 10 minutos, BID. As orientações foram passadas
ao proprietário que o paciente deveria fazer repouso absoluto, usar colar
elizabetano, fazer compressa gelada no local da cirurgia e administrar Meloxivet® na
dose ½ comprimido, VO, SID, por cinco dias e Dicural® na dose ¼ de comprimido,
VO, SID, por sete dias, e retornar em 10 dias.
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
48
Retorno dia 11/08/2006:
tário relata que o animal está melhor, continua co Proprie m a medicação,
ve vômito há dois dias (acha que comeu algo diferente), está comendo ração para
lhotes e ganhou peso(4,3 Kg). O animal mexeu na tala já no primeiro dia e ficou em
pouso apenas 2 dias. Recomendou-se repouso absoluto.
Retorno dia 18/08/2006
Animal piorou, pois pulou da cama e voltou a apresentar claudicação do
PE, sugerido ao proprietário a necessidade de um novo exame radiográfico, mas
referiu esperar. Recomendação de repouso absoluto.
Paciente retornou para uma reavaliação, está com uma leve claudicação do
MPE. Foi realizado um exame radiográfico. Laudo revelou que houve reação
periostal em terço médio distal, junto ao foco da fratura, com linha de fratura
evidente em terço médio de fêmur esquerdo – evolução insatisfatória de
consolidação óssea. Recomendação de repouso absoluto. (Figura 23).
Retorno dia 26/09/2006:
Paciente veio para reavaliação, foi solicitado um novo exame radiográfico.
No laudo, linha de fratura evidente e ampla com cerclagem em foco de fratura,
reação periostal exacerbada adjacente ao foco da fratura e esclerose do canal
medular, compatível com não-união óssea, ocorreu migração do pino e osteomielite.
(Figuras 24 e 25). Uma nova cirurgia foi marcada para o dia seguinte.
te
fi
re
M
p
Retorno dia 01/09/2006:
49
FIGURA 23: RADIOGRAFIA EM POSIÇÃO LATERAL E VENTRODORSAL DO
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
Retorno dia 27/09/2006:
Foi realizado um novo procedimento para recolocar o pino no seu local
original e a colocação de ½ fixador tipo Kirschner com auxílio de cimento cirúrgico,
para dar mais estabilidade ao processo de consolidação ao foco de fratura. Após a
cirurgia foi realizado um raios-X de controle pós-operatório. (Figura 26 e 27).
PACIENTE NO DIA 01/09/2006 – REAÇÃO PERIOSTEAL EM
TERÇO MÉDIO DISTAL, JUNTO AO FOCO DA FRATURA, COM
LINHA DE FRATURA.
50
FIGURAS 24 E 25: RADIOGRAFIA DO PACIENTE NO DIA 26/09/2006 – REAÇÃO
PERIOSTEAL EXACERBADA ADJACENTE AO FOCO DA
COMPATÍVEL COM NÃO-UNIÃO. ERAL
FRATURA E ESCLEROSE DO CANAL MEDULAR,
24: POSIÇÃO LAT 25: POSIÇÃO VENTRODORSAL
RAFIA CONTROLE, PÓS-OPERATÓRIO DIA
27/09/2006 – FIXADOR TIPO KIRSCHNER COM AUXÍLIO
ONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
FIGURAS 26 E 27: RADIOG
DE CIMENTO CIRÚRGICO 26: POSIÇÃO VENTRODORSAL 27: POSIÇÃO LATERAL
F
51
4.2.3.3 Caso Clínico 6
RG Nº: 212
NOME: Astolfo
AÇA: SRD
SEXO: Macho
5/06
PESO: 11 Kg
DATA:09/08/2006
SETOR DE ATENDIMENTO: Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia (CCAC)
ANAMNESE
Animal encontrado na rua naquele dia, o proprietário acha que foi
atropelado. Não tem outras informações, não deu água e nem alimentou.
EXAME FÍSICO
O animal apres
136 bpm, freqüência respiratória de 36 mpm, e TPC 1”, hidratação normal. Pulso
arterial regular, mucosas rosadas, nível de consciência alerta, estado nutricional
normal, comportamento dócil. Animal com presença de pulga e carrapato.
Impotência funcional do MPE, feridas em região de articulação úmero-rádio-ulnar
esquerdo, e sente muita dor a palpação em região do fêmur esquerdo.
EXAMES COMPLEMENTARES
Raio-x, hemograma + plaquetas, creatinina
ESPÉCIE: Canina IDADE: adulto
R
entou temperatura retal de 38,4°C, freqüência cardíaca de
52
Resultados:
Neutrófilos segmentados: 73%
: 17%
3%
ófilos: 7%
as: 66.000 m/mm³
No exame radiográfico pré-operatório observa-se uma fratura completa
rço médio de diáfise de fêmur em aposição, com esquírolas ósseas
róximas ao foco da fratura. (Figura 28 e 29)
TÓRIO –
FRATURA COMPLETA EM TERÇO MÉDIO DE DIÁFISE
DE FÊMUR.
8 : POSIÇÃO LATERAL 29: POSIÇÃO VENTRODORSAL
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
Linfócitos
Monócitos:
Eosin
Plaquet
Creatinina: 0,92 mg/d
oblíqua em te
p
FIGURAS 28 E 29: RADIOGRAFIA DO PACIENTE, PRÉ-OPERA
2
53
DIAGNÓSTICO
Fratura completa oblíqua de fêmur esquerdo, com esta confirmação a
seguinte.
RATAMENTO
Osteossíntese de
Entre as estratégias para combater as forças axial e de envergamento no
ransfixação
estão a colocação de uma barra externa adicional, ou a conexão do pino
intramedular ao fixador em configuração denominada “tie-in”. Nesse tipo de
configuração, a extremidade proximal do fixador tipo I pode, por exemplo, ser
conectada na extremidade proximal de um pino intramedular de tamanho apropriado
usando uma barra adicional e grampos. Com isto, aumenta-se a força de
envergamento da montagem e reduz-se a incidência de complicações pós-
operatórias. (OLMSTEAD et al., 1995).
Um dia antes da cirurgia foi adiministrado cefalexina na dose 30mg/Kg - 1,65
ml, SC, TID, tramal na dose 1mg/Kg - 0,22 ml, SC, TID, Ivomec® 0,04 mg/Kg - 0,44
cirurgia foi marcada para o dia
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Luxação coxofemoral, fratura de pelve, lesão de ligamento de soldra,
contusão muscular.
T
fêmur esquerdo com pino intramedular e a técnica “tie-in”.
local da fratura e ao mesmo tempo, minimizar o número de pinos de t
54
ml, SC, SID, imizol na dose 5mg/Kg - 0,45 ml, SC, SID, doxiciclina 100mg na dose 1
omprimido, VO, BID e o paciente recebeu a vacina Octa-Cino-Vacin® da Biovet.
ado com Neozine® na dose de 0,10 mg/ Kg de peso
ela via intramuscular. Após indução anestésica com propofol na dose de 5mg/Kg
pes
total de 25 ml, pela via inalatória. A respiração foi por circuito
chado. Foi feito anestesia epidural com lidocaína 2,2 ml e morfina na dose 0,22
DESCR
O animal foi posicionado em decúbito lateral direito. Acesso cranial ao
músculo bíceps incisou-se a pele em mais ou menos 10 cm, após incisou-se a fascia
lata, expondo o foco da fratura. Foi introduzido através do canal medular do fêmur
um pino de Steinmann, passando retrogradamente a partir do foco de fratura, a
esquírola foi aposicionada com auxílio de três fios de cerclagem. Lavagem do local
com solução fisiológica. Procedeu-se a síntese de subcutâneo no padrão cushing e
pele com padrão simples contínuo, e todos suturados com fio nylon 0,30. Após o
término deste procedimento, introduziu-se um pino de Steinmann, com ponta
rosqueada, na epífise caudal e outro pino na epífise cranial. Em seguida, torceu-se
as pontas dos três pinos, unindo-os com cimento ortopédico (acrílico). Foi realizado
um exame radiográfico de controle pós-operatório, onde o laudo mostra que a
c
PLANO ANESTÉSICO
O paciente foi pré-medic
p
de o pela via intravenosa, o paciente foi mantido em plano anestésico com
isofluorano, volume
fe
mg/Kg.
IÇÃO DA TÉCNICA CIRÚRGICA
55
redução foi satisfatória mas com presença de esquírolas ósseas distantes do foco da
fratura. (Figura 30)
2006
FIGURA 30: RADIOGRAFIA EM POSIÇAO LATERAL DO PACIENTE, PÓS-
OPERATÓRIO – PINO DE STEINMANN POSICIONADO.
PÓS-OP
FONTE: KINTOPP, HV-UEL
ERATÓRIO
O animal ficou internado por 10 dias, sendo administrada a medicação pré-
operatória acima (menos a vacina e o imizol) e adicionando o cetaprofeno na dose
30mg/Kg - 0,22 ml, SC, SID, e mais limpeza e troca de bandagem, nos últimos três
dias de internamento só permaneceu a cefalexina e a doxiciclina na dose acima. A
prescrição recomendada para casa foi doxiciclina 100 mg na dose 1 comprimido,
VO, BID, por 30 dias, limpeza dos parafusos junto aos pontos com solução
fisiológica e aplicar Furacin®, por 10 dias. Retorno em 10 dias.
56
Retorno dia 31/08/2006:
Proprietário relata que o animal está ativo, mas só apóia o membro posterior
esquerdo quando vai defecar. Nota-se pequena secreção amarelada quando faz o
curativo. Continua a medicação (doxiciclina). De resto tudo normal. Não quis fazer
ma radiografia de controle. Retorno em 10 dias.
Retorno dia 13/09/2006
rio relata que o animal está melhorando e apoiando o MPE, e está
bem ativo, a medicação está sendo administrada conforme prescrição (doxiciclina).
Continua notando a secreção amarelada quando troca o curativo. Foi realizado um
hemograma e raio-x de controle, resultados: bastonetes 1%, neutrófilos
segmentados 67%, eosinófilos 8%, linfócitos 24%, plaquetas 280 m/mm³, hipocromia
ais de complicação.
ISCUSSÃO/CONCLUSÃO
u
Proprietá
(+), laudo radiográfico, fratura reduzida, sem sin
D
O fixador externo do tipo “tie-in” foi acrescido à fixação do pino intramedular
e a cerclagem para ajudar a aumentar a estabilidade, pois reduz o movimento e
rotação no foco da fratura. Como o paciente ficou em repouso, em 34 dias o animal
já estava caminhando, com restrição de movimento, pôde-se perceber que a
conduta teve eficácia para o tipo de fratura.
57
4.2.4 Fratura de tíbia
Acidentes automobilísticos são
la grande percentagem, outras causas de tíbia fraturada são:
rojétei as entre cães, quedas, e traumatismos de origem
xames físico e
diográfico. Comumente os animais afetados não sustentam o peso com membro
sionado, e apresentam tumefação e crepitação palpável à altura da fratura. Duas
tíbia, incluindo o joelho e o tarso, confirmam o
iagnóstico e identificam o tipo de fratura. (JOHNSON e BOONE, 1998).
o são comuns, compreendendo apenas
proximadamente 7% das fraturas tibiais. A maioria das fraturas clínicas são fraturas
imples, com os tipos multifragmentários sendo extremamente raros. (PIERMATTEI
4.2.4.1 Revisão de Literatura
As fraturas da tíbia são decorrentes de traumatismo, em sua maioria, as
fraturas da tíbia envolvem também a fíbula.
responsáveis pe
p s de armas de fogo, brig
desconhecida. Vários animais sofrem fraturas tibiais bilaterais. (JOHNSON e
BOONE, 1998).
Com base na anatomia, a tíbia articula-se proximalmente com o fêmur,
distalmente com o tarso, e o seu lado lateral, tanto proximalmente quanto
distalmente, com a fíbula. (JOHNSON e BOONE, 1998).
O diagnóstico das fraturas tibiais se faz por meio dos e
ra
le
incidências radiográficas da
d
A escolha de um procedimento de reparo para fraturas tibiais depende do
tipo e da localização da fratura, da idade do animal, da presença de defeitos ou
infecções dos tecidos moles associados e das considerações econômicas. (POPE,
2005).
As fraturas do segmento proximal nã
a
s
58
e FLO, 1999). Comumente estas fraturas são transversais ou oblíquas. É cabível a
plicação de bandagem gessada, se for possível a redução fechada estável, há
dução aberta, a fixação é com pino intramedular,
omplementado pela fixação com fios de Kirschiner e metálico ortopédico.
4/06
rio, não consegue apoiar o MPE, não tendo mais informações do paciente.
a
casos de necessidade de re
c
(JOHNSON e BOONE, 1998).
As fraturas diafisárias contam de 75 a 81% de todas as fraturas tibiais. Os
padrões de fratura oblíquos e em espiral são os mais comuns em animais de todas
as idades, enquanto as fraturas multifragmentárias são mais vistas em cães adultos,
como também as fraturas abertas. (PIERMATTEI e FLO, 1999).
4.2.4.2 Caso Clínico 7
NOME: Preta RG Nº: 259
ESPÉCIE: Canina
RAÇA: SRD
SEXO: Fêmea
IDADE: adulta
PESO: 9,8 Kg
DATA:20/09/2006
SETOR DE ATENDIMENTO: Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia (CCAC)
ANAMNESE
Animal atropelado por um carro no campus da UEL ao lado do Hospital
Veteriná
59
EXAME FÍSICO
O animal apresentou temperatura retal de 38,4°C, freqüência cardíaca de
124 bpm, freqüência respiratória de 44 mpm, e TPC 2”, hidratação normal. Pulso
arterial regular, mucosas hiperêmicas, nível de consciência alerta, estado nutricional
TARES
, hemograma + plaquetas, creatinina e proteínas totais
:
ame radiográfico pré-operatório o laudo foi de uma fratura completa
ia esquerda.
Neutrófilos segmentados: 78%
itos: 19%
Eosinófilos: 2%
Proteínas totais: 5,3 g/dl
obesa, comportamento dócil. Animal com presença de pulga. Apresenta claudicação
sem apoio do membro posterior esquerdo, ferida cutânea em região dorsal de
articulação tíbio-társica direita, com aproximadamente 5 cm de comprimento, bulhas
cardíacas normofonéticas irregulares sem sopro.
EXAMES COMPLEMEN
Raio-x
Resultados
No ex
em diáfise de tíb
Bastonetes: 1%
Linfóc
Plaquetas: 503 m/mm³
Creatinina: 0,6 mg/dl
60
DIAGNÓSTICO
do com Neozine® na dose de 0,10 mg/ Kg pela via
tramuscular. Após indução anestésica com propofol na dose de 5mg/Kg de peso
m isofluorano,
ia inalatória. A respiração foi por circuito semi-fechado e
ESCRIÇÃO DA TÉCNICA CIRÚRGICA
o em decúbito lateral esquerdo com o membro
osterio ncho (fica abaixo da mesa operatória). O acesso foi
orsola ncisão de pele em região medial da tíbia esquerda de
proxim ida, afastou-se a musculatura e se expôs o foco da
atura, observou-se fratura longitudinal em fragmento distal da tíbia. Foi colocado
trogradamente um pino intramedular e se fez a redução da fratura, e reinseriu-o
Fratura completa em diáfise de tíbia esquerda.
TRATAMENTO
Osteossíntese de tíbia esquerda.
PROTOCOLO ANESTÉSICO
O paciente foi pré-medica
in
pela via intravenosa, o paciente foi mantido em plano anestésico co
volume total de 15 ml, pela v
espontâneo. Foi feito anestesia epidural com bupivacaína (1ml/5Kg) mais morfina na
dose 0,2 mg/Kg.
D
O paciente foi colocad
p r direito preso a um ga
d teralmente, com uma i
a adamente 3 cm. Em segu
fr
re
61
normogradamente. Em seguida , manteve-se a fratura reduzida com auxílio de pinça
-se três pontos de cerclagem com fio de aço caudalmente ao foco
ylon 0,25 em padrão simples
walking suture. Procedeu-se a sutura de subcutâneo em padrão cushing e pele em
, todas com fio de nylon 0,25.
a cirurgia o animal foi internado e recebeu Tramal na
ose 1mg/Kg - 0,2 ml, SC, BID, cetoprofeno na dose 30mg/Kg - 0,2 ml, SC, SID, e
cefalexi
cação é de doação, Tramadon® gotas 0,1 ml, VO, TID, Maxican®
mg, na dose de ½ comprimido, VO, SID, Cefalexina® 600mg na dose de ½
tópico e compressa de gelo no local por
ez minutos. O paciente ficou internado por 15 dias, onde pode-se observar sua
instrumentação cirúrgica simples e pouco tempo dispendido para execução do pós-
óssea, e colocou
da fratura. Reaproximou-se a musculatura com fio de n
e
padrão cerzidura
PÓS-OPERATÓRIO
Um dia antes (20/09) d
d
na na dose 30mg/Kg - 1,5 ml, SC, BID, logo após a cirurgia (21/09) foi
administrado a mesma medicação acima, uma bandagem no MPE composta de
gaze, atadura e esparadrapo para imobilizar e atadura no MPD, (Figuras 31 e 32),
curativo com PVPI, SID e gelo no local por dez minutos, BID.
No dia seguinte (22/09) foi mudada a prescrição, pois o proprietário é
carente e a medi
2
comprimido, VO, TID, curativo com PVPI
d
recuperação e retorno de sua deambulação.
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
A técnica cirúrgica empregada para o caso foi satisfatória, pois apresenta
como vantagens a facilidade na execução, necessitando de materiais e
62
operatório, que restringe a aplicação de antibióticos, analgésicos, bandagem e
restrição dos movimentos.
FIGURAS 31 E 32: PACIENTE COM UMA BANDAGEM NO MPE E ATADURA NO
MPD
31: BANDAGEM EM MPE 32: ATADURA EM MPD
As fraturas da mandíbula são geralmente causadas por acidentes com carro
tismo, e são caracterizadas por edema, desvio dos
egmentos, má oclusão dos dentes, e saliva com estrias de sangue. Com poucas
ceçõe
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
4.2.5 Fratura de mandíbula
4.2.5.1 Revisão de literatura
e outras formas de trauma
s
ex s, todas as fraturas de mandíbula são abertas e contaminadas ou
63
infectadas. Estas fraturas podem ser uni ou bilaterais, com linhas de fratura única ou
múltiplas. (PIERMATTEI e FLO, 1999).
Segundo Rossi et al (2002), as fraturas de mandíbula em pequenos animais
molares (31%) e na região molar (18%) da porcentagem global predominam em
localização e de
fácil infecção por ser geralmente exposta, determinando união óssea inadequada.
O diagnóstico é geralmente baseado na história clínica de traumatismo,
ocorrência súbita, aspecto clínico, e presença de fratura palpável. A radiografia
também é útil no discernimento das linhas de fratura e deslocamento, mas é
suplementar ao exame completo sob anestesia ou sedação, por que as linhas de
fratura podem ser de difícil visualização e orientar radiograficamente. (PIERMATTEI
e FLO, 1999).
O objetivo do tratamento deve ser o restabelecimento da oclusão funcional
or fixação que permita que o animal tenha uso suficiente da boca para se alimentar
ingerir líquidos após a redução e fixação. (PIERMATTEI e FLO, 1999).
a redução da fratura, ao manter intertravados os dentes
aninos superiores e inferiores. Comumente as focinheiras são aplicadas sob
ue o alinhamento dos dentes possa ser utilizado na
dução da fratura. (EGGER, 1998).
pequena movimentação da mandíbula por esta abertura não cria problemas se a
representam 5 a 10% de todas as fraturas, e que as fraturas na região dos pré-
cães. Este tipo de fratura em cães é de difícil imobilização por sua
p
e
A focinheira mantém
c
anestesia geral, de modo q
re
Segundo Piermattei e Flo (1999), tipicamente as focinheiras não são
aplicadas apertadas o suficiente para fechar completamente a boca; ao invés, uma
abertura grande o suficiente para a passagem da língua é deixada rostralmente para
que líquidos possam ser ingeridos. A alimentação consiste de ração pastosa. A
64
fratura estiver razoavelmente estável. Entretanto, se a focinheira for usada para
fraturas instáveis, deve ser aplicada firmemente, e é necessária a alimentação
ENDIMENTO: Clínica de Cirurgia de Animais de Companhia (CCAC)
através de tubo gástrico. A fixação por três a quatro semanas é adequada em muitas
fraturas de terço médio do corpo da mandíbula, especialmente em pacientes
imaturos.
4.2.5.2 Caso Clínico 8
NOME: Laika
ESPÉCIE: Canina
RAÇA: SRD
SEXO: Fêmea
RG Nº: 2028/06
IDADE: 7 meses
PESO: 6 Kg
DATA:01/08/2006
SETOR DE AT
ANAMNESE
Animal atropelado por um carro, apresentou sangramento pela boca e
crepitação na região mandibular. O responsável achou o animal na rua, não tem
informações anteriores sobre a saúde deste.
EXAME FÍSICO
O animal ao exame físico apresentou temperatura retal 38,9°C, freqüência
cardíaca de 180 bpm, freqüência respiratória de 28 mpm, e TPC 1”, hidratação
normal. Pulso arterial regular, nível de consciência deprimido, estado nutricional
65
normal, comportamento medroso e agressivo. Animal estava apático, permanecia
em decúbito e sentia muita dor ao ser manipulado, lesão na mandíbula, luxação e
sangramento.
EXAMES COMPLEMENTARES
O exame radiográfico demonstra fratura completa de ramo horizontal de
ita e deslocamento maxila. (Fig
E 34: RADIOGRAFIA DE CRÂN NTE
FI
ONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
DIAGNÓSTICO
Fratura completa de ramo horizontal de mandíbula direita.
Raio-x
mandíbula dire ura 33 e 34).
FIGURAS 33 IO DO PACIE
FIGURA 33 GURA 34
F
66
TRATAMENTO
O paciente foi atendido na noite do dia 01/08, a esta hora o setor de raio-x
ão funciona, foi indicado o internamento e imobilização provisória da cavidade oral
inistrada foi Tramal® na dose 1MG/Kg - 0,12 ml,
C, TID, cefalexina na dose 30mg/Kg - 0,9 ml, IV, TID e cetaprofeno na dose
, SID. No dia seguinte foi realizado o raio-x com o animal
externa (focinheira) no
aciente (Figuras 35 e 36). A focinheira foi confeccionada com esparadrapo no
37 e 38), neste
para alimentar o paciente.
FIGURAS 35 E 36: POSICIONAMENTO DA FOCINHEIRA NO PACIENTE
FIGURA 35 FIGURA 36
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
n
com analgesia, a medicação adm
S
30mg/Kg - 0,1 ml, SC
anestesiado e a inspeção da cavidade oral onde visualizou-se fratura exposta. A
fratura foi reposicionada e colocada uma imobilização
p
tamanho adequado para o tamanho exato do animal (Figuras
momento passou-se um tubo esofágico (sonda Foley),
67
FIGURAS 37 E 38: CONFECÇÃO DA FOCINHEIRA COM ESPARADRAPO
IGURA 37 FIGURA 38
ÓS-OPERATÓRIO
inco dias, neste período recebia
alimentação à cada 4 horas via sonda (Sustagen®), que foi retirada um dia antes de
ir embora. Continuou com a medicação acima além da limpeza da cavidade oral com
Periogard®, TID, e a focinheira e o colar protetor para manter fratura estável. Após
sete dias (13/08) o animal retornou para uma avaliação, estava em bom estado
geral, alegre, comendo ração seca + úmida batida no liquidificador, no local onde
estava a sonda já cicatrizou (segunda intenção), a focinheira foi trocada, pois estava
muito suja. Recebeu alta no dia 03/09/2006.
F
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
P
O paciente ficou internado no HV por mais c
68
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
Segundo Egger (1998) uma focinheira de esparadrapo pode ser utilizada no
tratamento das fraturas unilaterais na parte média do corpo mandibular que estejam
relativamente estáveis. No referido caso, foi utilizado uma focinheira por se tratar de
uma fratura unilateral e estável, e manteve-se por quatro semanas como também é
referido na literatura.
4.2.6 Doença do disco intervertebral
.2.6.1 Revisão de literatura
Segundo Chierichetti e Alvarenga (1999), a afecção degenerativa do disco
Segundo alguns autores, os animais portadores de DDIV tóraco-lombar
odem ser classificados em 5 grupos. Grupo 1 - animais portadores de dor na coluna
raco-lombar caminham lentamente, relutam em saltar e algumas vezes
4
intervertebral, conhecida como hérnia de disco, é a causa mais comum das
síndromes neurológicas em cães. A hérnia de disco pode ser classificada como
Hansen tipo I (extrusão), ou Hansen tipo II (protrusão). As lesões causadas por estes
tipos de herniações podem ser crônicas, nas quais há adaptação da medula e os
sinais clínicos são gradativos, ou agudas, nas quais não ocorre adaptação medular,
e a sintomatologia aparece rapidamente. Na DDIV observam-se paresia, ataxia,
hiper-reflexia nos membros pélvicos e diminuição ou ausência dos reflexos de dor
superficial e profunda.
p
tó
69
apresentam constipação; grupo 2 - animais portadores de dor tóraco-lombar e
aresia dos membros pélvicos podem apresentar ataxia e alteração da
ção e com ausência de dor profunda. (CHIERICHETTI e
LVARENGA, 1999).
O diagnóstico pode ser feito a partir da história clínica, exame neurológico,
(mielografia) da medula espinhal, tomografia
omputadorizada e ressonância magnética. O exame radiográfico contrastado do
é a técnica mais efetiva para delimitar e determinar o
cal de afecção do disco. Ele opacifica o espaço subaracnóide e demonstra a
compr
rognóstico reservado, enquanto que cães com evolução
crônic
p
propriocepção; grupo 3 – animais que se apresentam com paresia, incapacidade de
andar, ficar em pé e sustentar o peso, mas que possuem movimentos voluntários
nos membros pélvicos; grupo 4 - paralisia, animais com ausência de movimentos
voluntários, porém a dor profunda está preservada; grupo 5 - animais paraplégicos,
sem controle da mic
A
radiografias simples e contrastadas
c
canal medular (mielografia),
lo
essão extra-dural da medula espinhal. Deve-se proceder ao diagnóstico
diferencial entre essa patologia e fratura, luxação, discospondilite, malformação
congênita, neoplasia e osteomielite do corpo vertebral. (CHIERICHETTI e
ALVARENGA, 1999).
O tratamento conservador é feito com repouso absoluto, com ou sem a
administração de antiinflamatórios. No tratamento cirúrgico pode-se optar pelas
técnicas de hemilaminectomia, laminectomia dorsal, mini-hemilaminectomia,
pediculectomia e fenestração do disco intervertebral. Cães com evolução aguda da
afecção apresentam p
a têm prognóstico favorável. Pacientes com perda da dor profunda por 24 a 48
horas têm prognóstico ruim. (CHIERICHETTI e ALVARENGA, 1999).
70
A hemilaminectomia proporciona uma exposição rápida e segura de um lado
da medula espinhal e do piso da coluna vertebral. Uma exposição unilateral é
geralmente adequada para a remoção de um material discal herniado que não
estiver fibrosado na medula espinhal e também proporciona um acesso fácil para
fenestração. (SIMPSON, 2005). Na figura 39 é possível observar que uma parcela
do osso sobre o canal espinhal foi removida (hemilaminectomia) a fim de expor a
medula espinhal e o disco herniado. O disco pode ser visto comprimir a medula
espinhal e a raiz do nervo.
Tem-se descrito várias técnicas para se ganhar acesso ao canal vertebral. O
uso de uma broca elétrica e de uma rosca de perfuração é o método mais rápido
para produzir um grande defeito laminar. (SIMPSON, 2005). (Figuras 40 e 41).
A remoção adequada do material discal protraído é obtida com um extrator de tártaro
cego e estreito ou uma outra cureta. Após a remoção do material discal protraído do
canal espinhal, o cirurgião deve remover o resto do disco afetado e os discos
adjacentes, pode-se fenestrar o disco herniado. (SIMPSON, 2005).
FIGURA 39: HEMILAMINECTOMIA COM EXPOSIÇÃO DO CANAL MEDULAR
FONTE: MARSOLAIS, 2004
71
FIGUR
FONTE A
AS 40 E 41: ABORDAGEM CIRÚRGICA AO CANAL VERTEBRAL
FIGURA 40 FIGURA 41
: WWW.ESPINOLAPEREIRA.PT/BIBLIOTECA/PATOLOGI
.2.6.2 Caso Clínico 9
NOME: Malu
ESPÉCIE: Canina
AÇA: Cocker
EXO: Fêmea
RG Nº: 2651/06
IDADE: 8 anos
PESO: 12,4Kg
DATA: 25/09/2006
ETOR DE ATENDIMENTO: Clínica de Cirurgia de Animais de Companhia (CCAC)
NAMNESE
va os
ntidade de urina
4
R
S
S
A
Desde sexta-feira (22/09) animal vem apresentando dificuldade de
locomoção com os membros posteriores, proprietário refere que o animal curva
membros ao caminhar e cambaleava, desde ontem pela manhã o animal não
caminha com os membros posteriores, além da dificuldade de locomoção o animal
está muito ofegante. No sábado (23/09) administrou ½ comprimido de Dorflex®, e
não se alimenta desde ontem (24/09). Proprietário relata que a qua
72
diminuiu e ontem gotejava. Não é castrada e o proprietário não lembra quando foi o
menos 6 meses, proprietário
utilizou Ivomec®, come ração seca de boa qualidade, vacina está vencida há dois
anos e também o vermífugo, ambiente de quintal e piso liso e vive com outra cadela
em bom estado, tem acesso à rua junto com o proprietário.
EXAME FÍSICO
eratura retal de 38,3°C,
freqüência cardíaca de 132 bpm, freqüência respiratória estava em taquipnéia, e
TPC 1”, hidratação normal. Pulso arterial regular, mucosas rosadas, nível de
consciência alerta, estado nutricional normal, comportamento dócil, presença de
pulgas. Animal estava com paraplegia dos membros posteriores, a palpação sentiu
dor entre T12 e L1, abdômen tenso.
EXAMES COMPLEMENTARES
Raio-x simples, mielografia, hemograma + plaquetas, creatinina e uréia,
exame neurológico.
Na mielografia mostrou interrupção da coluna de contraste na área de
projeção de espaço intervertebral T13 – L1. (Figuras 42 e 43).
Neutrófilos segmentados: 93%
Linfócitos: 7%
Creatinina: 1,19 mg/dl
Uréia: 39,7 mg/dl
último cio. Teve infestação de carrapato há mais ou
O animal ao exame físico apresentou temp
73
FIGURAS 42 E 43: MIELOGRAFIA DO PACIENTE, INTERRUPÇÃO DA COLUNA
DE CONTRASTE
FIGURA 42 FIGURA 43
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
DIAGNÓSTICO
Discopatia intervertebral (DDIV) na região tóraco-lombar.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Fratura vertebral, luxação vertebral, discoespondilite, erliquia, cinomose,
meningite, neoplasias, criptococose, toxoplasmose, neosporose.
TRATAMENTO
O animal foi internado um dia antes da cirurgia para tratamento pré-
operatório com Tramal® 0,25 ml, SC, BID e cetoprofeno 0,25 ml, SC, SID.
Tratamento cirúrgico: Hemilaminectomia seguida de fenestração profilática.
74
PROTOCOLO ANESTÉSICO
dose de 0,15 mg/ Kg de peso
pela via intramuscular. Após indução anestésica com propofol na dose de 5mg/Kg
de peso pela via intravenosa, o paciente foi mantido em plano anestésico com
isofluorano, volume total de 38 ml, pela via inalatória. A respiração foi por circuito
controlado.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA OPERATÓRIA
ado em decúbito ventral, e com auxílio de panos de
ampo colocados entre a mesa e o abdomen, elevou-se a área toracolombar. Foi
sobre a área de T4 a L3, longitudinal de aproximadamente 15 cm em
ele, fascia gordurosa e muscular superficial, seguida da divulsão da musculatura
aliza-se a remoção
o mesmo com pinça goiva e microretífica (Figuras 44 e 45), em seguida remove-se
expondo o canal medular, onde foi retirado
elicadamente uma grande quantidade de material extrusado. Em seguida realizou-
13 1,
local com solução
siológica. A fascia muscular e gordura foram suturadas com padrão contínuo, o
uturado com padrão cushing e pele padrão contínuo, todas as
uturas com fio de nylon 0,30.
O paciente foi pré-medicado com neozine na
O paciente foi coloc
c
realizada incisão
p
epaxial de lado, com exposição do processo articular de T13-L1 , re
d
a lâmina com pinça Kerrison
d
se a fenestração do disco intervertebral de T -L a hemilaminectomia foi coberta
com enxerto de tecido gorduroso, e foi realizada a lavagem do
fi
subcutâneo foi s
s
75
FIGURAS 44: PINÇA KERRINSON FIGURA 45: MICRORETÍFICA
da hemilaminectomia com fenestração terapêutica e
rofilática foi a melhor escolha para o caso, pois segundo Fossum (2002) a
hemilaminectomia é preferível em relação a laminectomia, pois preserva melhor as
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
PÓS-OPERATÓRIO
Após a cirurgia e por mais dois dias de internamento foi administrado ao
paciente à seguinte medicação: cefalotina 0,8 ml, SC, TID, morfina 0,25 ml, SC, a
cada 4 horas, colar protetor, limpeza dos pontos. Foi prescrito para cuidados em
casa, Cefalexina® 500 mg, ¾ de comprimido, VO, TID, até novas recomendações,
Meloxican® 0,5 mg, na dose 2 comprimidos, VO, SID, por 4 dias, curativo com
Merthiolate®, gaze e atadura e o uso do colar protetor. O paciente recebeu alta
assistida.
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
A utilização da técnica
p
76
integridades estruturais e mecânicas da espinha, é menos traumática, é mais
cosmética, reduz a chance de formação de cicatriz causando compressão de cordão
espinhal, e a fenestração profilática elimina a dor nas costas e evita extrusão discal
adicional.
Não foi possível acompanhar a evolução do paciente, pois o mesmo não
retornou.
A TEGUMENTAR
s abertas
a E; respostas imunitárias do organismo aos alérgenos; recepção
ensorial e circulação sangüínea. (PEREIRA e ARIAS, 2002).
o envolvidos na cicatrização da maioria das feridas:
paro e regeneração. A regeneração é a substituição do tecido lesado por um
4.3 AFECÇÕES DO SISTEM
4.3.1 Manejo de ferida
4.3.1.1 Revisão de Literatura
A pele é um dos maiores órgãos do corpo e pode atingir, tanto em humanos
como em animais, 16% do peso corporal. Possui múltiplas funções, tais como:
proteção do organismo contra à perda de água; armazenamento de gorduras,
carboidratos e proteínas; proteção contra atritos; termo regulação corporal; formação
de vitamin
s
Dois processos estã
re
tecido semelhante àquele perdido na lesão. Já o reparo é o processo pelo qual os
defeitos teciduais são substituídos por uma cicatriz não funcional. (PEREIRA e
ARIAS, 2002).
77
Uma ferida é definida como uma injúria corporal provocada por um trauma,
com ruptura da continuidade normal das estruturas físicas.
Conforme a apresentação clínico-cirúrgica as feridas podem ser: fechada -
ocorre por contusão, onde a pele ou mucosa são lesionadas mas permanecem com
presenta-se como: a) lacerada - produzida por objetos pontiagudos que
sgam o tecido formando bordas irregulares. Quando cutânea pode haver avulsão
u arrancamento; b) penetrante - solução de continuidade da pele e tecidos
e, tórax, seios, etc. Podem acarretar
m perfuração de vísceras ou evisceração; c) punctória - são decorrentes de
egos, espetos ou estiletes. São profundos e com
equena abertura superficial dificultando seu diagnóstico; d) ofídica - ferida punctória
hentos inoculados por serpentes. e) por arma de fogo
- ferida penetrante ou punctória causada por diferentes tipos de projéteis. (SWAIM e
HENDE
da ferida são implantadas. Realizar tricotomia ampla e prevenir que
integridade aparente. Pode alcançar tecidos conectivos, muscular, tendíneo e ósseo;
aberta - a
ra
o
subjacentes alcançando cavidades como abdom
e
elementos perfurantes como pr
p
com a ação de agentes peçon
RSON, 1990; WHITE, 1999).
A cicatrização por segunda intenção é o manejo no qual as feridas são
lavadas e tratadas com bandagens promovendo a cicatrização de dentro para fora
por granulação, contração e epitelização. A cicatrização por segunda intenção é
usualmente utilizada quando há perdas extensas de tecido e infecção. (PEREIRA e
ARIAS, 2002).
É recomendável que, tão logo o animal chegue ao ambulatório após um
trauma, a ferida seja coberta com uma compressa estéril, para evitar maior
contaminação por microrganismos presentes no ambiente hospitalar. A seguir, deve
ser realizado exame físico completo. Após a estabilização do paciente, a avaliação e
a classificação
78
caia pêl
eio de água com sabão
especialmente aquelas feridas que são contaminadas. As vantagens
os na ferida através de tamponamento com gaze. As sujidades e crostas que
se aglutinam em volta da ferida podem ser removidas por m
e, se necessário, pode-se escovar a região. A ferida deve ser lavada
abundantemente com solução salina isotônica pura ou adicionada de 0,1% de iodo
povidine. As sujidades e os tecidos necrosados superficiais são removidos com
auxílio de gaze umedecida. Não se recomenda a escovação direta da ferida, pois o
trauma das cerdas da escova pode favorecer a penetração de bactérias. (PEREIRA
e ARIAS, 2002).
As bandagens são aliadas essenciais no tratamento de feridas abertas, e
apresentam vantagens como: redução do edema e da hemorragia, absorção de
exudatos, controle do meio interno e proteção contra contaminação, permitindo
caracterizar a secreção. De modo geral, as feridas contaminadas com tecido
necrótico utilizam-se bandagens aderentes ou debridantes, enquanto que em feridas
com tecido de granulação utilizam-se bandagens não aderentes. (PEREIRA e
ARIAS, 2002).
Segundo Mathews e Binnington (2002), no tratamento de feridas, tem-se
intensificado a pesquisa de produtos naturais para auxiliar a cicatrização, como o
açúcar.
O açúcar granulado fornece uma limpeza tópica excelente no tratamento de
feridas abertas,
de usar o açúcar incluem sua rápida ação antibacteriana, acelera a formação do
tecido de granulação, e também por ser prontamente disponível e barato.
A terapia do açúcar é apropriada para tratar pacientes com os ferimentos
abertos causados por acidentes automobilísticos; feridas cirúrgicas infectadas; pele
necrosada devido a Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus canis
79
e outros organismos; auto-mutilação; queimaduras. Nenhum efeito adverso foi
relatado no uso do açúcar granulado.
A sustentação científica para o tratamento das feridas que usam o açúcar
granulado é baseada no baixo índice de água (ou osmolaridade elevada) que esse
açúcar cria em uma ferida. Em acréscimo, porque a elevada osmolaridade do
açúcar drena a linfa do interior da ferida. E nutrientes dissolvidos junto com a linfa
fornecem a nutrição para o tecido regenerar. (MATHEWS e BINNINGTON, 2002).
4.3.1.2 Caso Clínico 10
NOME: Wendy
ESPÉCIE: Canina
RAÇA: Pitt Bull
SEXO: Fêmea
RG N°: 2173/06
IDADE: 1 ano e 3 meses
PESO: 21 Kg
DATA:11/08/2006
SETOR DE ATENDIMENTO: Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia (CCAC)
vermífugo
recebeu
ANAMNESE
O animal atropelado por um carro, não apresentou qualquer outra alteração
fisiológica e não recebeu nenhum tipo de medicação. Animal não castrado, não toma
contraceptivos. Apoiava o MPE com muito cuidado. Comportamento dócil. Recebe
ração seca uma vez ao dia. Foi vacinada com 6 meses de idade, e
há 3 meses. Vive em uma oficina com quintal e cimento. Não tem acesso à
rua somente acompanhada do proprietário.
80
EXAME FÍSICO
m
ificuldades, laceração em pele em face anterior de MPE com exposição muscular e
ento e lavagem de ferida em terior esquerdo; curativo
coterapia.
Dia 11/08 foi administrado:
a: água + ração.
2.Fluidoterapia: 1x manutenção. Solução Ringer Lactato; microgotas.
Ao exame físico o animal apresentou temperatura retal de 39,3°C,
freqüência cardíaca de 160 bpm, freqüência respiratória 54 mpm, tempo de
preenchimento capilar de 1”, boa hidratação, mucosas rosadas, pulso normal, nível
de consciência alerta, estado nutricional normal, comportamento dócil e agitada,
escoriações em pálpebras bilaterais, apóia o membro posterior esquerdo co
d
tendões.
TRATAMENTO
Debridam membro pos
diário e antibioti
1.Diet
3. Cefalotina 30mg/kg, 3ml IV TID.
4.Banamine® 1,1mg/Kg, 0,46ml SC SID (1ª dose).
Obs: Realizada anestesia do paciente com clorpromazina e propofol.
Limpeza e debridamento da ferida. Ocorreu perda de tecido mole em face anterior
de membro posterior esquerdo com ruptura de cápsula articular metatarso-
falanges. Realizada bandagem aderente.
81
Dia 12/08 foi administrado:
1.Dieta: água + ração.
ia 13/08 foi administrado igualmente ao dia anterior mais a 3ª dose de
anamine®
Dia 14/08 foi administrado:
manutenção. Solução Ringer Lactato; volume: 1295ml em
24h; volume/hora: 54ml, 1 gota / 1 segundo (microgotas)
V TID.
e açúcar cristal seguida de lavagem com solução
fisiológi
24
4. Cetoprofeno 1mg/kg, 0,42 ml SC SID.
2.Fluidoterapia: 1x manutenção. Solução Ringer Lactato; volume: 1295ml em
24h; volume/hora: 54ml, 1 gota / 1 segundo (microgotas)
3.Cefalin® 30mg/kg, 3,2ml IV TID.
4.Banamine® 1,1mg/Kg, 0,46ml SC SID (2ª dose).
5.Curativo: lavagem da ferida com solução fisiológica de 500ml, e bandagem
aderente úmida-seca e atadura.
D
B
1.Dieta: água + ração.
2.Fluidoterapia: 1x
3.Cefalin® 30mg/kg, 3,2ml I
4.Curativo: utilização d
ca e bandagem aderente úmida-seca, atadura.
Dia 15/08
1.Dieta: água + ração.
2.Fluidoterapia: 1x manutenção. Solução Ringer Lactato; volume: 1295ml em
h; volume/hora: 54ml, 1 gota / 1 segundo (microgotas)
3. Cefalin® 30mg/kg, 3,2ml IV TID.
82
5. Tramal® 1mg/kg, 0,42 ml SC BID.
e açúcar cristal, lavagem com solução fisiológica +
Furacin
entando melhora gradual,
com média quantidade de secreção purulenta na gaze. Está comendo e bebendo
normalm
o:
falin® 30mg/kg, 3,2ml IV TID.
. Cetoprofeno 1mg/kg, 0,42 ml SC SID.
SC BID.
m. A secreção purulenta na gaze diminuiu. Realizou-
se cura
ivo. Melhora gradual.
çou a apresentar edema na
arte distal do membro afetado. Durante os 2 curativos diários, estava sendo feita
uvesse drenagem linfática, a qual sempre apresentava
resultad
s idem ao dia anterior.
ral, está mais animada; normoquesia,
normú á evoluindo bem. Apresenta pontos
6. Curativo: utilização d
®, bandagem aderente úmida-seca e atadura.
Obs: Animal em bom estado geral. Ferida apres
ente.
Dia 16/08 foi administrad
1. Dieta: água + ração
2. Ce
3
4. Tramal® 1mg/kg, 0,42 ml
Obs: animal continua be
tivo com açúcar, lavagem com solução fisiológica e bandagem aderente com
Furacin® devido ao sangramento quando se retira o curat
No dia 17/08 foi administrado igualmente ao dia anterior.
Há aproximadamente 1 semana o animal come
p
massagem para que ho
o imediato.
Dia 18/08 foi administrado todos os medicamento
Obs: animal em bom estado ge
ria, normodipsia e normorexia. A ferida est
83
de tecid um pouco de tecido necrosado. Feito
o centro da ferida. Realizado
entorn
Nos dias 19 e 20/08 a dieta, medicação e curativo, foram iguais ao dia
anterior
do:
mido VO TID.
ido VO SID.
u-se
taphylococcus sensível a Amoxicilina e Enrofloxacina; e Gram negativa oxidase
ela associação de
Amoxic
No dia 26/08 o animal recebeu alta, mas orientou-se o proprietário para
o de granulação e nas bordas ainda
curativo com açúcar seguida de lavagem com solução fisiológica, bandagem
aderente nas bordas e não aderente com Furacin® n
o da ferida um curativo tipo “tie over”, com fios de nylon 0,30. (Figuras 46 e
47)
.
Dia 21/08 foi administra
1. Dieta: água + ração
2. Amoxicilina 24mg/kg, 500mg, 1 compri
3. Ciprofloxacina 24mg/kg, 1 comprim
4. Curativo: lavagem com solução fisiológica, bandagem aderente nas
bordas e não aderente com Furacin® no centro da ferida.
Obs: Foram realizados cultura e antibiograma da ferida. Encontro
S
negativa sensível a Ciprofloxacina e Gentamicina. Decidiu-se p
ilina e Ciprofloxacina.
Do dia 22 ao dia 25 a dieta, medicação e curativo são iguais ao dia 21.
retornar diariamente para fazer curativo e observar evolução da cicatrização.
84
FIGURAS 46 A 47: PROGRESSÃO DO TRATAMENTO DA FERIDA – Realizado
curativo tipo “tie over” com fios de nylon 0,30, para
FIGURA 46 – DIA 18/08 FIGURA 47 – DIA 18/08
FIGURAS 48 A 49: PROGRESSÃO
FIGURA 48 – DIA 08/09
aproximação das bordas da ferida
DO TRATAMENTO DA FERIDA – Retorno do
paciente, a ferida apresenta área de cicatrização nas bordas
FIGURA 49 – DIA 08/09
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
(área mais clara) e tecido de granulação no centro, curativo
tipo “tie over”.
85
FIGURA 51 – DIA 13/09
FIGURAS 50 A 51: PROGRESSÃO DO TRATAMENTO DA FERIDA – Retorno do
paciente, ferida com áreas de cicatrização nas bordas e tecido
de granulação no centro, com curativo tipo “tie over”,região distal
do membro edemaciado. FIGURA 50 – DIA 13/09
ONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
FONTE: KINTOPP, HV-UEL 2006
d
de tecido de granulação no centro da
FIGURA 52 – DIA 23/09
FIGURAS 52 A 53: PROGRESSÃO DO TRATAMENTO DA FERIDA – Último retorno
o paciente, grande área de cicatrização e uma pequena área
ferida, região distal do
o “tie over”
FIGURA 53 – DIA 23/09
membro edemaciado, retirado o curativo tip
F
86
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
A escolha pelo tratamento de ferida aberta através de cicatrização por
significativamente os
índices de contaminação, por ter tido perdas extensas de tecido e por ser um
procedimento simples com custos menores.
segunda intenção foi porque esse tipo de tratamento reduz
87
5. CONCLUSÃO
O estágio curricular realizado no Hospital Veterinário da Universidade
Estadual de Londrina – UEL me permitiu enfrentar a verdadeira rotina de um hospital
veterinário, que é muito diferente de uma clínica particular, onde adquiri segurança,
novos métodos e condutas e aprimorar meus conhecimentos acadêmicos. É um
cal adequado para explorar o abrangente universo da profissão de cirurgião
eterinário, e nos permite analisar possíveis afinidades para futuras especializações.
Pode-se concluir que é de grande importância a realização do estágio
urricular, pois é nele que nos aperfeiçoamos para tornarmos verdadeiros médicos
eterinários, e que somente exercendo a prática da medicina é que será possível a
xação do conteúdo obtido na faculdade.
lo
v
c
v
fi
88
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA
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