manual saude ocular doenca falciforme

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MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Especializada Manual de Saúde Ocular em Doença Falciforme Série A. Normas e Manuais Técnicos Brasília – DF 2009

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  • MINISTRIO DA SADESecretaria de Ateno Sade

    Departamento de Ateno Especializada

    Manual de

    Sade Ocular em Doena Falciforme

    Srie A. Normas e Manuais Tcnicos

    Braslia DF2009

  • 2009 Ministrio da Sade.Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no seja para venda ou qualquer fi m comercial.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra da rea tcnica.A coleo institucional do Ministrio da Sade pode ser acessada, na ntegra, na Biblioteca Virtual do Ministrio da Sade: http://www.saude.gov.br/bvsO contedo desta e de outras obras da Editora do Ministrio da Sade pode ser acessado na pgina: http://www.saude.gov.br/editora

    Srie A. Normas e Manuais Tcnicos

    Tiragem: 1. edio 2009 20.000 exemplares

    EDITORA MSDocumentao e InformaoSIA, trecho 4, lotes 540/610CEP: 71200-040, Braslia DFTels.: (61) 3233-1774 / 2020Fax: (61) 3233-9558E-mail: [email protected] page: http://www.saude.gov.br/editora

    Equipe Editorial:Normalizao: Valeria Gameleira da Mota

    Reviso: Janana Lima ArrudaDiagramao: Srgio Ferreira

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Ficha Catalogrfi ca

    Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Especializada.Manual de sade ocular em doena falciforme / Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade, De-

    partamento de Ateno Especializada. Braslia : Editora do Ministrio da Sade, 2009.28 p. (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos)

    ISBN

    1. Sade Ocular. 2. Doenas Oculares. 3. Doenas Falciformes 4. Anemia Falciforme. I. Ttulo. II. Srie.

    CDU 617.7

    Catalogao na fonte Coordenao-Geral de Documentao e Informao Editora MS OS 2009/0088

    Ttulos para indexao:Em ingls: Guide of ocular health in sickle cell diseaseEm espanhol: Gua de salud ocular en la enfermedad falciforme

    Elaborao, distribuio e informaes:MINISTRIO DA SADESecretaria de Ateno SadeDepartamento de Ateno EspecializadaCoordenao da Poltica Nacional de Sangue e HemoderivadosEsplanada dos Ministrios, bloco G, sala 946CEP: 70058-900, Braslia DFTels.: (61) 3315-2428 / 3315-3803Fax: (61) 3315-2290E-mail: [email protected] page: http://www.saude.gov.br

    Agradecimentos especiais Dr Slvia Regina Brandalise Centro Infantil Boldrini/Unicamp Campinas-SP

  • SUMRIO

    O que Doena Falciforme? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

    A Doena Falciforme no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

    Perfi l Demogrfi co da Doena Falciforme no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    Dados do Programa Nacional de Triagem Neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . 13

    Rotina de Acompanhamento Oftalmolgico em Pessoascom Doena Falciforme. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    Anexo Endereos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

    Equipe Tcnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

  • 5O QUE DOENA FALCIFORME?

    A doena falciforme uma alterao gentica, caracterizada por um tipo de hemoglobina mutante designada por hemoglo-bina S (ou Hb S) que provoca a distoro dos eritrcitos (hem-cias), fazendo-os tomar a forma de foice ou meia-lua. O termo doena falciforme defi ne as hemoglobinopatias nas quais pelo menos uma das hemoglobinas mutantes a Hb S. As doenas falciformes mais freqentes so a Anemia Falciforme (ou Hb SS ), a S Talassemia ou Microdrepanocitose (Hb S Beta Talassemia) e as duplas heterozigoses Hb SC e Hb SD.

    Para o diagnstico seguro de uma das situaes acima de fundamental importncia conhecer a forma de herana da doena falciforme. Na maioria dos casos, os pais de pessoas com doena falciforme so portadores assintomticos dessa alterao gen-tica. A situao mais comum se verifi ca quando dois portadores assintomticos de falciforme, com patrimnio gentico represen-tado pela hemoglobina A (Hb A) associada hemoglobina S (Hb S), e cuja representao universal Hb AS, se unem, constituindo uma prole. O exemplo a seguir mostra a probabilidade de este casal gerar fi lhos sem a doena falciforme, portadores assintom-ticos e com doena falciforme.

    Hb AS Hb AS FILHOS AA AS AS SS sem doena/sem trao com trao com trao com doena 25 % 50 % 25 %

    Portador de Trao Portador de Trao

  • 6A gerao de uma pessoa com doena falciforme do tipo S Beta Talassemia ou microdrepanocitose, ocorre na seguinte situao:

    Trao Falciforme Trao de Talassemia PAIS Hb AS X Hb A-TAL FILHOS AA A-TAL AS STAL sem doena/sem trao trao trao de Talassemia falciforme doena 25 % 25 % 25 % 25 %

    Da mesma forma, a gerao de uma pessoa com doena falciforme de dupla heterozigose entre Hb S e um outro tipo de hemoglobina mutante, como por exemplo a Hb C, se verifi ca con-forme situao abaixo:

    trao de Hb S trao de Hb C PAIS Hb AS X Hb AC FILHOS AA AC AS SC sem doena trao C trao falciforme doena 25 % 25 % 25 % 25 %

    O portador assintomtico de falciforme, tambm conhecido por portador do trao de Hb S ou heterozigoto para a Hb S, no anmico, no tem anormalidades fsicas e tem uma vida normal. As pessoas com doena falciforme, por outro lado, podem apre-sentar sintomatologia importante e graves complicaes.

  • 7A Hb S tem uma caracterstica qumica especial que em vrias situa es, tais como: desidratao; infeces; alterao brusca de temperatura; estresse fsico ou emocional; provoca a sua polime-rizao, alterando drasticamente a morfologia do eritrcito, que adquire a forma de foice. Estes eritrcitos falcizados difi cultam a circulao sangnea provocando vaso-ocluso e infarto na rea afetada. Conseqentemente, esses problemas resultam em is-quemia, dor, necrose e disfunes, bem como danos permanen-tes aos tecidos e rgos, alm da hemlise crnica.

    Hb S Oxignio pH Temperatura Desoxi - HbS Polimerizao

    Microcirculao Desidratao celular Viscosidade Deformabilidade

    Hemlise

    Ictercia Anemia

    Disfuno de rgos Nobres Crises Dolorosa

    Vaso-ocluso

    Infarto / Necrose

    Este processo fi siopatolgico, devido presena de Hb S, observado nas seguintes situaes, em ordem decrescente de

  • 8gravidade: anemia falciforme Hb SS, Hb S Beta Talassemia, Hb SC e Hb SD.

    importante destacar que a freqncia de portadores de tra-o falciforme no Brasil de 2% a 8%, conforme a intensidade da populao negra inserida na regio. Como se sabe, a Hb S teve origem no continente africano e sua introduo no Brasil ocorreu notadamente durante o perodo de imigrao forada de povos africanos. Atualmente, estima-se o nascimento anual de 3.500 crianas com doena falciforme no Brasil.

  • 9A DOENA FALCIFORMENO BRASIL

    H mais de 35 anos os segmentos sociais organizados de ho-mens e mulheres negros no Brasil vm reivindicando o diagns-tico precoce e um programa de ateno integral s pessoas com doena falciforme.

    O primeiro passo rumo construo de tal programa foi dado com a institucionalizao da Triagem Neonatal no Sistema nico de Sade do Brasil (SUS), por meio de Portaria do Ministrio da Sade, de 15 de janeiro de 1992, com testes para fenilceto-nria e hipotireoidismo congnito (FASE 1). Mais tarde, em 2001, mediante a Portaria n. 822, foi criado o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), incluindo a triagem para as hemoglo-binopatias (FASE 2).

    Confi gurando uma fase de consolidao da iniciativa, em 16 de agosto de 2005, foi publicada a Portaria n. 1.391, que institui no mbito do SUS as diretrizes para a Poltica Nacional de Aten-o Integral s Pessoas com Doena Falciforme e outras Hemo-globinopatias.

    No momento, o Ministrio da Sade/Coordenao Nacional de Sangue e Hemoderivados trabalha na regulamentao e na implantao das medidas estabelecidas pela Portaria n. 1.391, bem como na organizao da rede de assistncia nos estados.

  • 11

    PERFIL DEMOGRFICO DA DOENA FALCIFORME NO BRASIL

    Distribuio: disperso na populao de forma heterognea, com maior prevalncia nos estados com maior concentrao de afro-descendentes.

    Recorte social: concentrado entre os mais pobres.

    Taxa de mortalidade: 80% das crianas no alcanam a idade de 5 anos se no estiverem sendo cuidadas. Crianas cuidadas: 1,8%.

    Mortalidade materna: de 20% a 50% em gestantes no cui-dadas. Gestantes cuidadas: 2%.

  • 13

    DADOS DO PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM NEONATAL

    Das 27 unidades federativas do pas, 12 j realizam a Fase 2 do PNTN para triagem de doena falciforme e outras hemoglobi-nopatias (Fase 1 faz apenas para hipotireoidismo e fenilcetonria). So elas: Bahia, Esprito Santo, Gois, Maranho, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paran, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, So Paulo.

    Proporo de nascidos vivos diagnosticados com doena falci-forme pelo teste de triagem neonatal

    Bahia 1:650

    Rio de Janeiro 1:1.200

    Pernambuco, Maranho e Minas Gerais e Gois 1:1.400

    Esprito Santo 1:1.800

    So Paulo 1:4.000

    Mato Grosso do Sul 1:4.000

    Rio Grande do Sul 1:10.000

    Santa Catarina e Paran 1:13.000

  • 14

    Proporo de nascidos com o trao falciforme

    Bahia 1:17

    Rio de Janeiro 1:21

    Pernambuco, Maranho e Minas Gerais 1:23

    Esprito Santo e Gois 1:28

    So Paulo 1:35

    Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paran 1:65

  • 15

    ROTINA DE ACOMPANHAMENTO OFTALMOLGICO EM PESSOAS COM

    DOENA FALCIFORME

    Conceitos geraisNa doena falciforme a hemoglobina alterada, sob certas cir-

    cunstncias, polimeriza-se tornando os eritrcitos rgidos e com maior adeso ao endotlio vascular. Como conseqncia, pode ocorrer uma gama de manifestaes clnicas cujos denominado-res comuns so a anemia e os fenmenos vasoclusivos. Em ne-nhum local do organismo essas alteraes so to bem observa-das como no olho, especialmente na retina.

    As pessoas com doena falciforme podem apresentar altera-es oculares que se mantm assintomticas ao longo dos anos, manifestando-se, em geral, por meio de complicaes que podem culminar com a reduo da capacidade visual, s vezes irreversvel.

    Os vasos da conjuntiva e da retina so as estruturas mais freqen-temente afetadas. Os primeiros esto associados a alteraes mais fa-cilmente detectadas e que no tm implicaes severas. As alteraes vasculares retinianas, por sua vez, so silenciosas, mas podem ter conseqncias graves se no detectadas e tratadas em tempo hbil.

    As alteraes vasculares da conjuntiva so referidas com mais freqncia em pessoas com o gentipo SS. As pessoas com doena falciforme SS apresentam risco aumentado de alteraes vasculares da conjuntiva em 8,8 vezes, quando comparadas s com fentipo SC.

  • 16

    As alteraes vasculares da retina ocorrem com maior freqn-cia em pessoas com hemoglobina SC, entretanto, quando ocorrem em indivduos SS, parecem associar-se a maior gravidade.

    A retina perifrica, especialmente a temporal, altamente sus-ceptvel aos efeitos da vasculopatia da doena falciforme. Os even-tos que levam retinopatia proliferativa comeam nesta regio. A seqncia de eventos que caracteriza a doena retiniana nas fases no proliferativa e proliferativa foi classifi cada por Golberg, em 1971.

    A freqncia da retinopatia proliferativa referida como va-rivel entre 5% a 10%, dependendo do gentipo do paciente, sendo mais comum nos indivduos SC que nos demais SS e S Beta Talassemia.

    Apesar de a retinopatia proliferativa falciforme (RPF) ter in-cio na primeira dcada de vida, alguns investigadores relatam que metade dos casos de cegueira a ela associados ocorre entre 22 e 28 anos de idade.

    Outros sinais ligados s ocluses vasculares da retina e da vea incluem alteraes pigmentares semelhantes a cicatrizes coriorretinianas, alteraes isqumicas crnicas da rede capilar perimacular (maculopatia falciforme), estrias angiides, neovas-cularizao e atrofi a de ris.

    A ocluso da artria central da retina um evento raro, mas que pode ocorrer nestes pacientes, especialmente sob condies que alteram a homeostase, como gravidez, terapia hiperosmtica para glaucoma, trauma contuso, desidratao e febre, entre outros.

    O nervo ptico tambm pode exibir alteraes, expresso da estagnao temporria de eritrcitos na circulao da papila, se-melhante quela observada na conjuntiva.

  • 17

    Os vasos da rbita tambm podem ser envolvidos em uma crise vasoclusiva. Quando isso ocorre, os sinais e sintomas so indicativos e, em geral, inequvocos. Pode ocorrer a formao de hematoma or-bitrio e conseqente sndrome de compresso orbitria, manifesta por proptose, restrio da mobilidade ocular e reduo da viso. O aumento da glndula lacrimal j foi descrito na doena falciforme.

    O intervalo de tempo para o aparecimento das manifesta-es oculares aspecto de controvrsia entre os pesquisadores.

    A diferena observada por distintos investigadores pode refl etir as variaes nos moduladores genticos dos aspectos clnicos da doena falciforme em diferentes populaes.

    Justifi cativa do exame oftalmolgico sistemticoA maioria das alteraes oculares assintomtica at a ocor-

    rncia de complicaes. Por isso, a avaliao oftalmolgica sistem-tica da pessoa com doena falciforme conduta necessria para a identifi cao precoce das leses e pronta abordagem teraputica, de forma a minimizar os riscos de perda da viso e estabelecer estra-tgias racionais para o acompanhamento clnico dessas pessoas.

    Rotina de avaliaoEsta rotina de servio tem como objetivo principal identifi car

    precocemente alteraes oculares por meio do exame oftalmo-lgico sistemtico das pessoas com doena falciforme, tratadas e acompanhadas independentemente da presena de sintomas e/ou sinais oculares ou visuais e da idade.

    As pessoas com doena falciforme devero ser submetidas avaliao oftalmolgica sistemtica a cada dois anos, at os dez anos de idade e, anualmente, a partir de ento. Quando so identifi cadas alteraes oculares, a periodicidade do controle e o tratamento devem ser estabelecidos, individualmente, de acordo com a situao.

  • 18

    Os dados epidemiolgicos e clnicos considerados para fi ns de registro so os que se seguem: sexo, idade, raa; tempo e ca-racterizao da doena (SS, SC, SB); ocorrncia e freqncia de cri-ses vaso-oclusivas (CVO); presena de cardiopatia ou nefropatia; antecedente de acidente vascular cerebral, cirurgias e regime de transfuso sangnea (regular ou espordica).

    O exame oftalmolgico inclui a avaliao da acuidade visual central (Teste de Snellen), exame do segmento anterior e mapea-mento de retina por oftalmoscopia indireta, sob midrase medi-camentosa, em todos os casos (com tropicamida 1%). A avaliao da circulao retinocoroidal, atravs de angiofl uoresceinografi a, feita em casos selecionados. Na presena re retinopatia est indi-cado o tratamento pela leiserterapia ou vitrectomia posterior via parsplasma.

    As alteraes vasculares da conjuntiva so caracterizadas de acordo com a classifi cao de Sergeant, e da retina, de acordo com a classifi cao de Penman. tambm registrada a presena de le-ses coriorretinianas ativas ou cicatriciais, decorrentes de infeco da coride e retina (toxoplasmose, citomegalovrus), especialmen-te nos pacientes submetidos a regimes transfusionais regulares.

    Dessa forma, o Ministrio da Sade defi ne a rotina da aten-o ocular para pessoas com doena falciforme conforme descri-ta neste manual.

  • 19

    REFERNCIAS

    ADEWOYE, A. H. et al. Lacrimal gland enlargement in sickle cell disease. Am. J. Hematol, [S.l.], v. 81, n. 11, p. 888-9. 2006.

    AIKIMBAEV, K. et al. Value of duplex and color doppler ultrasonography in the evaluation of orbital vascular fl ow and resistance in sickle cell disease. Am. J. Hematol., [S.l.], v. 67, n. 3, p.163-7, 2001.

    AL-HAZZAA, S. et al. A. Ocular fi ndings in Saudi Arabian patients with sickle cell disease. Br. J. Ophthalmol., [S.l.], v. 79, n. 5, p. 457-61, 1995.

    BABALOLA, O. E.; WAMBEBE, C. O. Ocular morbidity from sickle cell disease in a Nigerian cohort. Niger. Postgrad. Med. J., [S.l.], v. 12, n. 4, p. 241-4, 2005.

    BABALOLA, O. E.; WAMBEBE, C. O. When should children and young adults with sickle cell disease be referred for eye assessment? Afr. J. Md. Sci., [S.l.], v. 30, n. 4, p. 261-3, 2002.

    BONANOMI, M. T. B. C.; OLIVEIRA, A. A.; SUZUKI, H. Hemoglobinopatias. In: RETINA e Vtreo: clnica e cirurgia. So Paulo: Roca, 2000. p. 592-601.

    CONDON, P. I.; SERGEANT, G. R. Behavior of untreated proliferative sickle retinopathy.Br.J.Ophthalmol., [S.l.], v. 64, p. 404-411,1980.

    COSTA, E. et al. Massive ocular hemorrhage resulting in blindness in a patient with the sickle cell trait who developed leptospirosis. Case report. Rev. Inst. Med. Trop., Sao Paulo, v. 42, n. 5, p. 287-9, 2000.

    DIXIT, A. et al. Sickle beta-thalassemia presenting as orbital compression syndrome. Ann Hematol., [S.l.], v. 83, n. 8, p. 536-40, 2004.

  • 20

    GANESH, A. et al. Orbital involvement in sickle cell disease: a report of fi ve cases and review literature. Eye., [S.l.], v. 15, n. 6, p. 774-80, 2001.

    GOLDBERG, M. F. Classifi cation and pathogenesis of proliferative sickle retinopathy. Am. J. Ophthalmol., [S.l.], v. 71, p. 649-665,1971.

    GONALVES, J. C. M. et al. Retinopatia falciforme em crianas. Arq. Bras. Oftalmol., [S.l.], v. 53, n. 4, p.158-61,1990.

    HOOPER, C. V. et al. Complicated hyphema: think sickle. Clin. Experiment. Ophthalmol., [S.l.], v. 34, n. 4, p. 377-8, 2006.

    KAIMBO, W. A. et al. Ocular fi ndings in children with homozygous sickle cell disease in the Democratic Republic of Congo. Bull. Soc. Belge Ophthalmol., [S.l.], v. 275, p. 27-30, 2000.

    KARIM, A. et al. Hyphema with secondary hemmorrhage: think about sickle cell disease. J. Fr. Ophthalmol., [S.l.], v. 27, n. 4, p. 397-400, 2004.

    LIMA, C. S. P. et al. Risk factors for conjunctival and retinal vessel alterations in sickle cell disease. Acta Ophthalmol. Scand., [S.l.], v. 84, p. 234-241, 2006.

    MCLEOD, D.S. et al. Histopathologic features of neovascularization in sickle cell retinopathy. Am. J. Ophthalmol., [S.l.], v.124, n. 4, p. 455-72, 1997.

    MEHTA. J. S.; WHITTAKER, K. W.; TSALOUMAS, M. D. Latent proliferative sickle cell retinopathy in sickle cell trait. Acta Ophthalmol. Scand., [S.l.], v. 79, n. 1, p. 81-2, 2001.

    NDIAYE, P. A. et al. Vitreo-retinal complications of hemoglobinopathy SC. Dakar Med., [S.l.], v. 43, n. 1, p. 21-4, 1998.

    PENMAN, A. D. et al. New classifi cation of peripheral retinal varcular changes in sickle cell disiase. Br. J. Ophthalmol., [S. l.], v. 78, p. 681-689, 1994.

  • 21

    SPIRES, R. Ocular manifestations of sickle cell disease. J. Opthalmic Nurs. Technol., [S.l.], v. 14, n. 2, p. 74-7, 2005.

    TRAOR, J. et al. A. Sickle cell disease and retinal damage: a study of 38 cases at the African Tropical Ophthalmology Institute (IOTA) in Bamako. Med. Trop., [S.l.], v. 66, n. 3, p. 252-4, 2006.

  • 23

    ANEXO ENDEREOS

    Fenafal Federao Nacional das Associaes de Doenas FalciformesPresidente: Altair LiraE-mail: [email protected] Chile, n. 25, sala 608 Ed. Prof. Eduardo de Moraes Centro CEP: 40020-000Salvador / Bahia

    HemocentrosCentros de Referncia em Doena Falciforme nos Estados

    NORDESTEINSTITUIO ENDEREO TELEFONE/FAX

    HEMOBACentro de Hematologia e Hemotera-pia da [email protected]

    Av. Vasco da Gama, s/n.Rio VermelhoCEP: 40240-090 Salvador/BA

    Fone: (71) 3116-5603Fax: (71) 3116-5604

    HEMOALCentro de Hematologia e Hemotera-pia de [email protected]

    Av. Jorge de Lima, n. 58Trapiche da Barra CEP: 57010-300 Macei/AL

    Fone: (82) 3315-2102Fone/Fax: (82) 3315-2106 Fax: (82) 3315- 2103

    HEMOSE (Hemolacen)Centro de Hematologia e Hemotera-pia de [email protected]

    Av. Trancredo Neves, s/n. Centro Adm. Gov. Augusto FrancoCEP: 49080-470 Aracaju/SE

    Fone: (79) 3259-3191 /3259-3195Fax: (79) 3259-3201

    HEMOBACentro de Hematologia e Hemotera-pia da [email protected]@bol.com.br

    Av. D. Pedro II, 1.119 - TorreCEP: 58040-013 Joo Pessoa/PB

    Fone: (83) 3218-5690Fax: (83) 3218-7610 /3218-7601 PABX: (83) 3218-7600

    continua

  • 24

    HEMOMAR

    Centro de Hematologia e Hemotera-pia do [email protected]

    Rua 5 de Janeiro, s/n. JordoCEP: 65040-450 So Lus/MA

    Fone: (98) 3216-1137 /3216-1139 /3216-1100 Fax: (98) 3243-4157

    HEMONORTECentro de Hematologia e Hemotera-pia do Rio Grande do [email protected]

    Av. Alexandrino de Alencar, 1.800 TirolCEP: 59015-350 Natal/RN

    Fone: (84) 3232-6702 /3232-6767Fax: (84) 3232-6703

    HEMOPICentro de Hematologia e Hemotera-pia do Piau

    Rua 1 de Maio, 235CentroCEP: 64001-430 Teresina/PI

    Fone: (86) 3221- 8319 /3221-8320Fax: (86) 3221- 8320

    HEMOPECentro de Hematologia e He-moterapia de [email protected]

    Av. Ruy Barbosa, 375CEP: 52011-040 Recife/PE

    Fone: (81) 3421-5430 / 3421-6063Fax: (81) 3421-5571

    HEMOCECentro de Hematologia e He-moterapia do [email protected]@hemoce.ce.gov.br

    Av. Jos Bastos, 3.390Rodolfo Tefi loCEP: 60440-261 Fortaleza/CE

    Fone: (85) 3101-2273Fax: (85) 3101-2307

    NORTEINSTITUIO ENDEREO TELEFONE/FAX

    HEMOAMCentro de Hemoterapia e Hema-tologia do [email protected] [email protected]

    Av. Constantino Nery, 4.397ChapadaCEP: 69050-002 Manaus/AM

    Fone: (92) 3655-0100Fax: (92) 3656-2066

    HEMORAIMACentro de Hemoterapia e Hematolo-gia de [email protected]

    Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, 3.418CEP: 69304-650 Boa Vista/RR

    Fone: (95) 2121-0859 /2121-0861 /2121-0860

    continua

    continuao

  • 25

    HEMOPACentro de Hemoterapia e Hematolo-gia do [email protected]

    Trav. Padre Eutiquio, n. 2.109Bairro Batista CamposCEP: 66033-000 Belm/PA

    Fone/Fax: (91) 3242-6905 /3225-2404

    HEMOACRECentro de Hemoterapia e Hematolo-gia do Acre

    Av. Getlio Vargas, n. 2.787Vila IvoneteCEP: 69914-500 Rio Branco/AC

    Fone: (68) 3226-4336 /3228-1494 /3248-1377Fax: (68) 3228-1500 /3228-1494

    HEMOAP

    Centro de Hemoterapia e Hema-tologia do [email protected]@speeds.com.br

    Av. Raimundo lvares da Costa, s/n. Jesus de NazarCEP: 68908-170 Macap/AP

    Fone/Fax: (96) 3212-6289

    HEMERONCentro de Hematologia e Hemotera-pia de [email protected]

    Av. Circular II, s/n. Setor IndustrialCEP: 78900-970 Porto Velho/RO

    Fone: (69) 3216-5490 /3216-5491Fax: 3216-5485

    HEMOTOCentro de Hemoterapia e Hematolo-gia de [email protected]@saude.to.gov.br

    301 Norte Conj. 02 Lote ICEP: 77.001-214 Palmas/TO

    Fone: (63) 3218-3287Fax: (63) 3218-3284

    CENTRO-OESTEINSTITUIO ENDEREO TELEFONE/FAX

    Hospital de Apoio de Braslia SAIN Quadra 04 CEP:70.620-000Fone: (61) 3341-2701Fax: (61) 3341-1818

    Hospital de Clnicas Universi-dade Federal de Gois

    Primeira Avenida s/n. Setor UniversitrioCEP: 74605-050 Goinia/GO Fone: (62) 3269-8394

    Hospital RegionalAv. Eng. Luthero Lopes, n. 36Bairro Aero Rancho VCEP: 79084-180Campo Grande/MS

    Fone: (67) 3375-2590

    Hospital [email protected]

    Av. Senador Filinto Muller, s/n Bairro Vila IpirangaCEP: 79.080-190Campo Grande/MS

    Fone: (67) 3345-3302

    continua

    continuao

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    SUDESTEINSTITUIO ENDEREO TELEFONE/FAX

    HEMORIOCentro de Hemoterapia e Hema-tologia do Rio de [email protected]@hemorio.rj.gov.br

    Rua Frei Caneca, 08CentroCEP: 20211-030 Rio de Janeiro/RJ

    Fone: (21) 2299-9452 /2299-9442Fax: (21) 2224-7030 / 2252-3543

    HEMOES

    Centro de Hemoterapia e Hema-tologia do Esprito [email protected]

    Av. Marechal Campos,1.468Marupe CEP: 29040-090 Vitria/ES

    Fone: (27) 3137-2466 /3137-2458Fax: (27) 3137-2463

    HEMOMINASCentro de Hemoterapia e Hema-tologia de Minas [email protected] [email protected]

    Rua Gro Para, 882 Santa Efi gniaCEP: 30150-340 Belo Horizonte/MG

    Fone: (31) 3280-7492 /3280-7450Fax: 3284-9579

    Hemorrede de So [email protected]

    Rua Dr. Enas de Carvalho Aguiar,188 - 7 Andar Sala 711 Cerqueira CsarCEP: 05403-000 So Paulo/SP

    Fone: (11) 3066- 8303 /3066-8287Fax: (11) 3066-8125

    SULINSTITUIO ENDEREO TELEFONE/FAXHEMEPARCentro de Hemoterapia e Hemato-logia do [email protected]

    Travessa Joo Prosdcimo, 145 Alto da QuinzeCEP: 80060-220 Curitiba/PR

    Fone: (41) 3281-4024 Fax: (41) 3264-7029PABX: (41) 3281-4000

    HEMOSCCentro de Hemoterapia e Hemato-logia de Santa [email protected]

    Av. Othon Gama Dea, 756 Praa D. Pedro I CentroCEP: 88015-240 Florianpolis/SC

    Fone: (48) 3251-9741 / 3251-9700Fax: (48) 3251-9742

    Grupo Hospitalar Conceio

    Rua Domingos Rubbo, 205 andarBairro Cristo Redentor CEP: 21040-000Porto Alegre/RS

    Fone: (51) 3357-4110

    Hospital de Clnicas (HCC)[email protected]

    Rua Ramiro Barcelos, 2.350 2 andar sala 2235CEP: 90.035-003 Porto Alegre/RS

    Tel. (51) 2101-8898 /(51) 2101-8317

    continuao

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    EQUIPE TCNICA

    Autores

    Dr. Joo Alberto Holanda de FreitasEndereo: Rua Dr. Gabriel Porto, 1270Baro GeraldoCampinas/SPCEP: 13083-210Fone: (19) 3787-5009 / 5010E-mail: [email protected]

    Dr. Maristela Amaral PalazziEndereo: Rua Dr. Gabriel Porto, 1270Baro GeraldoCampinas/SPCEP: 13083-210Fone: (19) 3787-5009 / 5010E-mail: [email protected]

    Dr. Hlio F. Heitmann de AbreuEndereo: Rua Dr. Gabriel Porto, 1270Baro GeraldoCampinas/SPCEP: 13083-210Fone: (19) 3787-5009 / 5010E-mail: [email protected]

    Equipe do Ministrio da Sade

    Dra. Joice Arago de JesusResponsvel pela equipe da Poltica Nacional de Ateno Integral s Pessoas com Doena Falciforme e outras HemoglobinopatiasCoordenao da Poltica Nacional de Sangue e Hemoderivados/DAE/SASTel.: (61) 3315-2440/2428E-mail: [email protected]

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    Dr. Paulo Ivo Cortez de ArajoMdico Hematologista do Instituto de Pediatria e Puericultura Martago Gesteira (IPPMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)Membro do Grupo de Assessoramento Tcnico em Doenas Falciformes e Out-ras Hemoglobinopatias Coordenao da Poltica Nacional de Sangue e He-moderivados/DAE/SASE-mail: [email protected]

    Dra. Silma Maria Alves de Melo Equipe da Poltica Nacional de Ateno Integral s Pessoas com Doena Falci-forme e outras HemoglobinopatiasCoordenao da Poltica Nacional de Sangue e Hemoderivados/DAE/SASTel.: (61) 3315-2440/2428E-mail: [email protected]

    Apoio da Equipe

    Carmen Solange Maciel Franco Equipe da Poltica Nacional de Ateno Integral s Pessoas com Doena Falci-forme e outras HemoglobinopatiasCoordenao da Poltica Nacional de Sangue e Hemoderivados/DAE/SASTel.: (61) 3315-2440/2428E-mail: [email protected]

    EDITORA MSCoordenao-Geral de Documentao e Informao/SAA/SE

    MINISTRIO DA SADESIA, trecho 4, lotes 540/610 CEP: 71200-040

    Telefone: (61) 3233-2020 Fax: (61) 3233-9558E-mail: [email protected]

    Home page: http://www.saude.gov.br/editoraBraslia DF, janeiro de 2009

    OS 0088/2009

    O QUE DOENA FALCIFORME?A DOENA FALCIFORMENO BRASILPERFIL DEMOGRFICO DADOENA FALCIFORME NO BRASILDADOS DO PROGRAMA NACIONALDE TRIAGEM NEONATALROTINA DE ACOMPANHAMENTOOFTALMOLGICO EM PESSOAS COMDOENA FALCIFORMEREFERNCIASANEXO ENDEREOSEQUIPE TCNICA