plano de-decisoes-clinicas-doenca-renal

4
PLANO DE DECISÕES CLÍNICAS A DOENÇA RENAL CRÔNICA EM GATOS: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO © ROYAL CANIN SAS 2013. All Rights Reserved. - Outubro | 2013 | Por mais de 40 anos, a Royal Canin está comprometida com a saúde animal e tem o compromisso de oferecer alimentos precisos às reais necessidades dos gatos e cães.

Upload: glaucia-luna

Post on 04-Aug-2015

26 views

Category:

Healthcare


2 download

TRANSCRIPT

PLANO DE DECISÕES CLÍNICASA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM GATOS:

DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO

© R

OYA

L C

ANIN

SAS

201

3. A

ll R

ight

s R

eser

ved.

- O

utub

ro |

2013

|

Por mais de 40 anos, a Royal Canin está comprometida com a saúde animal e tem o compromisso de oferecer alimentos precisos às reais necessidades dos gatos e cães.

INTRODUÇÃO A doença renal crônica (DRC) é causada pela perda progressiva e irreversível da função renal, podendo ser de origem genética, congênita ou adquirida. No entanto, no momento do diagnóstico, a causa já não é frequentemente reconhecível. As manifestações clínicas mais frequentes são: perda de peso, inapetência, desidratação, poliúria e polidipsia, e ocorrem apenas quando já se tem perda funcional significativa de ambos os rins (cerca de ¾).

A DRC pode causar graves consequências em vários sistemas do organismo: digestivo, urinário, oftálmico, endócrino, cardiovascular, muscular. O risco e a gravidade destas alterações aumentam com a evolução da doença.

A Sociedade Européia de Nefrologia e Urologia Veterinária (ESVNU) adotou o programa proposto pelo IRIS (International Renal Interest Society) para estadiamento da DRC. Ele baseia-se na concentração da creatinina plasmática (confirmadas por pelo menos duas análises sanguíneas do paciente hidratado e em jejum), e seu subestadiamento é realizado pela mensuração da razão proteína: creatinina urinária (RPCU) e da pressão arterial sistêmica para classificação da proteinúria e hipertensão, uma vez que constituem fatores de risco para a rápida progressão da doença.

SISTEMA DE ESTADIAMENTO IRIS* BASEADO NA CREATININA PLASMÁTICA EM GATOS

ESTÁGIO CREATININA PLASMÁTICA (Μmg/dL)** COMENTÁRIOS

Não azotêmico, porém com algum marcador de anomalia renal presente, (inadequada capacidade de concentração urinária, palpação renal anormal e/ou resultados anormais de imagem renal, proteinúria e/ou biópsia).I

II

< 1,6

1,6-2,8

III Azotemia moderada, manifestações clínicas podem estar presentes.2,9-5,0

IV Azotemia moderada a grave, muitas manifestações clínicas geralmente presentes.˃ 5,0

SUBESTÁGIORazão Proteína: Creatinina

urinária*** (RPCU) COMENTÁRIOS

Azotemia discreta, manifestações clínicas geralmente brandas ou ausentes.

Não-proteinúrico.III

< 0,2

0,2 – 0,4

III Proteinúrico.>0,4

Proteinúrico limítrofe (repetir análise).

SUBESTÁGIO PRESSÃO ARTERIAL (mmHg)**** COMENTÁRIOS

Risco ausente ou mínimo de danos aos orgãos susceptíveis.IIIIII Risco moderado de danos.

IV Alto risco de danos.

Baixo risco de danos.

*IRIS: International Renal Interest Society (http://www.iris-kidney.com). **As determinações da concentração plasmática de creatinina devem ser confirmadas por pelo menos duas análises sanguíneas em gato hidratado e em jejum.***A mensuração da RPCU deve ser feita preferencialmente 3 vezes durante um intervalo de 2 semanas, visando excluir proteinúria de origens pré ou pós-renal.****A pressão arterial deve ser determinada por mensurações múltiplas, e ser acompanhada a cada 2 semanas se PA sistólica > 180, ou a cada 2 meses se PA sistólica <180.

PARÂMETROS BIOQUÍMICOSa

PRINCIPAIS PARÂMETROS BIOLÓGICOS PARA GATOS

PARÂMETROS HEMATOLÓGICOSa

Parâmetros

ParâmetrosValores Valores

Albumina 2,1 – 3,3 g/dLReserva alcalina (HCO3) 18 a 24 mmol/LCálcio 6,2 – 10,2 mg/dL Cloreto

CreatininaGlobulinasFerroParatormônio (PTH) FósforoPotássio

Sódio Proteínas totaisUréia

HemoglobinaHematócritoHemáciasVCM HCM

Reticulócitos

Plaquetas

PARÂMETROS NORMAIS PARA URINA*

CorAspectoDensidade urinária VolumeOsmolalidadepHProteínas

Amarelo-OuroLímpido1,035 – 1,060 ± 15 - 30 mL/kg/dia50 - 3200 mOsm/kg 5,5 - 7,5Traços

Estágio da DRC (IRIS)

2,5 – 4,5 mg/dL2,5 – 5,0 mg/dL2,5 – 6,0 mg/dL

I e IIIIIIV

115 – 130 mEq/L0,5 – 1,6 mg/dL

2,6 – 5,1 g/dL42 – 165 µg/dL

0,3 -4,5 pmol/L

4,0 a 5,0 mg/dL3,5 – 5,1 mEq/L

145 – 157 mEq/L5,4 – 7,8 g/dL

30 – 60 mg/dL

8,0-15,0 g/dL24 – 45%

35,0 - 10,0 milhões/mm39-55 fL13 – 17 pg 0,0 – 0,6 %

3C. absoluta < 60 x 10 /µL3300 a 600 mil/mm

RECOMENDAÇÕES DE FOSFATEMIA SEGUNDO ESTÁGIOS DO IRIS*

* A fosfatemia deve ser monitorada a cada 2 meses.

* Em paciente hidratado.

Níveis recomendados para P sérico< 150

150-159

160-179

˃ 180

sistólica

a Referência laboratoriais Labsan Laboratório Clínico Veterinário, Curitiba, Brasil.

PLANO DE DECISÕES CLÍNICAS PARA GATOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA

Manifestações clínicas inespecíficas da DRC em gatosPoliúria, polidpsia, anorexia, perda de peso, diarréia, vômito, desidratação, estomatite, hifema, hemorragia retiniana (hipertensão arterial sistêmica)

Creatina Sérica < 1,6 mg/dL Creatina Sérica > 1,6 mg/dL

Densidade urinária, RPCU*, pressão sanguínea, ultrassom, palpação renal, entre outros exames.

Avaliação normal Densidade urinária < 1,030RPCU < 2,0

Palpação e imagem renal

Outros exames indicativos de doença renal

anormais

DRC EXCLUÍDA

Creatinina 1,6 - 2,8 mg/dL

Creatinina 2,9 - 5,0 mg/dL

Creatinina > 5,0 mg/dL

DRC ESTÁGIO II DRC ESTÁGIO III DRC ESTÁGIO IV

Monitorar e tratar especificamente possíveis complicações da DRC:

SAIBA MAIS

1-

2-

3-

4-

5-

*RPCU : razão proteína : creatinina urinária.

** Não há evidências científicas da eficácia da restrição de Na no controle da hipertensão em gatos.

Excluir possíveis causas extra-renais para hipercreatinemina.Se a densidade urinária for > 1,030, checar:

- Desidratação - Falência cardíaca- Choque hipovolêmico - Obstrução urinária

Hiperfosfatemia: pode-se utilizar quelantes intestinais de fosfatos (hiróxido de alumínio, carbonato de cálcio, carbonato de lantânio) nos casos refratários à dieta hipofosfórica.

Proteinúria: pode-se utilizar inibidores da ECA se a dieta moderada em proteínas não for suficiente.

Hipertensão: pode-se utilizar dieta hipossódica** e tratamento médico: inibidores da ECA, bloqueadores de canais de cálcio (ex: amlodipina).

Hipocalemia: pode-se utilizar sais de potássio (gluconato de potássio) com monitoramento e cuidado com o uso concomitante com inibidores da ECA (possibilidade de hipercalemia).

Desidratação: Fluidoterapia IV – Ringer Lactato.

Anemia: pode-se utilizar andrógenos, eritropoetina e transfusão sanguínea, conforme necessidade.

Acidose metabólica: pode-se utilizar bicarbonato de sódio para atingir a reserva alcalina entre 18 – 24 mmol/L.

Vômito: pode-se utilizar antieméticos, inibidores de secreção gástrica.

Hiporexia: recomenda-se o uso de alimentos palatáveis (ex: Renal Feline Special, Renal Feline wet).

Anorexia: recomenda-se o uso de alimentação por via enteral (sondas) imediatamente.

Lefebvre, S. Literature Review – Epidemiology of Feline Chronic Kidney Disease. BARK – Banfield Applied Researsh & Knowledge Team, EUA, 2012.

Elliot, J; Elliot, D. A. Dietary Therapy for Feline Chronic Kidney Disease. In: Encyclopedia of Feline Clinical Nutrition Royal Canin. Ithaca, 2009. p. 251 – 283. Disponível em: http://www.royalcanin.com.

IRIS Guidelines. Disponível em: http://www.iris-kidney.com/guidelines/en/index.shtml.

Renal Disease in the Cat. Veterinary FOCUS, v. 18, n. 2, 2008. Disponível em: http://www.ivis.org/journals/vetfocus/18_2/en/toc.asp.

Elliot, D. A. Nutritional Management of Chronic Renal Disease in Dogs and Cats. Veterinary Clinics Small Animal Practice, v. 36, 2006. p. 1377 – 1384.

Dosagem de Creatinina

Paciente SEM alterações do

envelhecimento

Paciente COMalterações do

envelhecimento

DRC ESTÁGIO I

TRATAMENTO MÉDICO E SUPORTE NUTRICIONAL PARA DRC.

PROGRAMA NUTRICIONAL

Este material foi desenvolvido pela Royal Canin, com o apoio do Dr. Fabrice HEBERT, qualificado pela Escola de Veterinária de Alfort (França), especialista em oftamologia veterinária (CES degree), atuante em medicina Interna (uronefrologia, oncologia, gastroenterologia, neurologia, oftamologia e endocrinologia) e neurocirurgia, consultor independente e co-fundador da Veterinarius (http://www.veterinarius.fr), empresa especializada em educação continuada. Colaboração: Dra. Aline Baumann Gizzi, Labsan Laboratório Clínico Veterinário Curitiba, Brasil./ Adaptado por Royal Canin do Brasil.

Recomendamos a leitura de IRIS Guidelines em http://www.iris-kidney.com

RENAL RENALSPECIAL

Estabelecendo um NOVO padrão para a PERFORMANCE DE PALATABILIDADE

Baixo Fósforo- Um baixo consumo de fósforo é essencial

para ajudar a função renal dos gatos que apresentam doença renal

Palatabilidade reforçada

- Favorece o consumo espontâneo de gatos inapetentes com doença renal

Fósforo reduzidoEPA/DHAMaior palatabilidadeSegurança digestivaComplexo antioxidante

Alimento coadjuvante indicado para gatos, com o objetivo de auxiliar em casos de injúria renal aguda (crise urêmica) ou doença renal crônica em que o animal apresenta-se inapetente.

RENAL FELINE é um alimento coadjuvante indicado para gatos com doença renal crônica, no manejo da recorrência de cálculos de Oxalato de Cálcio em gatos com alteração da função renal e na redução do risco de formação de cálculos que necessitem de alcalinização urinária: cistina e urato.

Um baixo consumo de fósforo é essencial para ajudar a função renal dos gatos que apresentam doença renal crônica

Complexo antioxidante sinérgico patenteado auxilia a neutralização de radicais livres

Fórmula que auxilia no equilíbrio do sistema digestivo

RENAL FELINE WET é um alimento coadjuvante úmido para gatos destinado a auxiliar a função renal em caso de doença renal crônica.