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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS CCT DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL GABRIEL WALLACE MOREIRA ARCANJO ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO APR E PT COMO PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ALTURA EM UMA OBRA DO CINTURÃO DAS ÁGUAS EM BREJO SANTO-CE JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ. 2019

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS – CCT

DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

GABRIEL WALLACE MOREIRA ARCANJO

ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO APR E PT COMO

PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ALTURA

EM UMA OBRA DO CINTURÃO DAS ÁGUAS EM BREJO SANTO-CE

JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ.

2019

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GABRIEL WALLACE MOREIRA ARCANJO

ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO APR E PT COMO

PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ALTURA

EM UMA OBRA DO CINTURÃO DAS ÁGUAS EM BREJO SANTO-CE

Artigo apresentado como requisito parcial

para obtenção do grau de Especialista em

Gerenciamento da Construção Civil pela

Universidade Regional do Cariri - URCA

Orientador: Prof. Me. Jefferson Luiz Alves Marinho

Coorientador: Prof. Esp. Samuel Bezerra Cordeiro

JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ.

2019

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GABRIEL WALLACE MOREIRA ARCANJO

ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO APR E PT COMO

PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ALTURA

EM UMA OBRA DO CINTURÃO DAS ÁGUAS EM BREJO SANTO-CE

Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Pós-Graduação em

Gerenciamento da Construção Civil pela Universidade Regional do Cariri

Artigo aprovado, em (___ / ___ / 2019), pela banca examinadora:

_____________________________________________________________

Prof. Me. Jefferson Luiz Alves Marinho

Orientador

_____________________________________________________________

Prof. Esp. Samuel Bezerra Cordeiro

Examinador Interno

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ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO APR e PT COMO PRINCIPAIS

FERRAMENTAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ALTURA EM UMA OBRA

DO CINTURÃO DAS ÁGUAS EM BREJO SANTO-CE.

Gabriel Wallace Moreira Arcanjo1

Jefferson Luiz Alves Marinho2

Samuel Bezerra Cordeiro3

RESUMO

O presente artigo ilustrará a aplicação da Norma Regulamentadora NR-35, do Ministério do

Trabalho, por meio da utilização de ferramentas documentais: APR (Análise Preliminar de

Risco) e PT (Permissão de Trabalho), com o intuito de minorar e gerenciar, antecipadamente,

os riscos inerentes a essa atividade, que no setor da construção civil é uma das principais

causas de acidentes graves ou fatais. Nesse sentido, a NR-35 estabelece não só os requisitos

mínimos, como também as medidas gerais de proteção para o trabalho em altura, por

intermédio das etapas de planejamento, organização e execução da atividade, com a finalidade

de corroborar a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos, seja direta ou

indiretamente. Portanto serão apresentados os procedimentos e modelos de APR e PT

fornecidos por uma construtora do Cinturão das Águas do Ceará, localizado na cidade de

Brejo Santo/CE, onde as mesmas são utilizadas para a segurança dos funcionários nos

serviços de trabalho em altura, além de outras medidas que oferecerão segurança para os

funcionários. Dessa maneira, favorecerá maior bem-estar aos empregados, trazendo-os um

sentimento de proteção e prevenção de acidentes, resultando em uma boa imagem à empresa

pela preocupação com a salubridade de seus colaboradores.

Palavras-chave: NR-35; Segurança do Trabalho; Análise de Riscos.

1 Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Ateneu. Graduado em Engenharia Civil

pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. E-mail: [email protected] 2 Professor da Universidade Regional do Cariri. – URCA. Mestre em Engenharia e Tecnologia Ambiental

(Universidad de León-Espanha) e Metre em Direito (UNISC-RS). Engenheiro Civil e Advogado. Orientador

E-mail: [email protected]. 3 Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Integrada de Patos. Especialista em

Gerenciamento da Construção Civil pela Universidade Regional do Cariri. Graduado em Engenharia Civil pela

Universidade Federal do Ceará. Co orientador. E-mail: [email protected].

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ABSTRACT

This article will illustrate the application of the Norma Regulamentadora NR-35, of the

Ministry of Labor, through the use of documentary tools: APR (Preliminary Risk Analysis)

and PT (Work Permit), with the purpose of reducing and managing, in advance, the inherent

risks to this activity, which in the construction industry is a major cause of serious or fatal

accidents. In this sense, NR-35 establishes not only the minimum requirements, but also the

general measures of protection for work at height, through the stages of planning,

organization and execution of the activity, in order to corroborate the safety and health of the

workers involved, either directly or indirectly. Therefore, the procedures and models of APR

and PT provided by a construction company of the Cinturão das Águas do Ceará, located in

the city of Brejo Santo/CE will be presented, where they are used for the safety of the

employees in the work services at height, besides other measures that will provide security for

employees. In this way, it will favor greater welfare for the employees, bringing them a sense

of protection and prevention of accidents, resulting in a good image to the company due to the

concern with the salubrity of its employees.

Keywords: NR-35; Work Safety; Risk Analysis.

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1. INTRODUÇÃO

A segurança dentro de um canteiro de obra é de fundamental importância, pois é o

sinônimo de qualidade e de bem-estar para os colaboradores da construção civil, deixando um

ambiente mais salubre. Apesar de exigir certos investimentos como treinamentos,

infraestrutura de segurança, equipamentos de proteção, por outro lado, evita maiores gastos

com processos, indenizações e tratamentos de saúde, ou seja, é um benefício a longo prazo,

além de garantir maior credibilidade à construtora e proporcionar melhor qualidade de vida

aos seus funcionários.

O trabalho em altura de acordo com a Norma Regulamentadora 35, no tópico 35.1.1, é

a atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de

queda (BRASIL, 2016). São inúmeros os serviços que são feitos com risco de queda na

construção civil, como por exemplo, execução do revestimento de fachada, construção de

reservatórios elevados, trabalhos em coberturas, construção de lajes superiores, atividades

com utilização de andaimes, serviços em taludes, dentre outros. E ainda, observa-se que as

principais causas de acidentes estão relacionadas com a falta de informação, de treinamentos,

de equipamentos de proteção individual e coletivo, ambiente inadequado de trabalho, falta de

verificação e planejamento sobre as condições laborais e de saúde da mão-de-obra,

necessárias para que executem estas atividades sem colocá-las em risco (MIRANDA E

OLIVEIRA, 2009).

O trabalho em altura requer muitos cuidados, pois trazem riscos consideráveis ao

trabalhador, com grandes possibilidades de queda, podendo levá-lo até mesmo à morte. As

estatísticas revelam que, na construção civil, as quedas de alturas, aliados ao choque elétrico e

ao soterramento são as três grandes causas de acidentes do trabalho no setor (LIMA JÚNIOR,

2017). Tendo em vista esse aspecto e a necessidade de proteger cada vez mais os funcionários

contra acidentes, a Norma Regulamentadora NR-35, do Ministério do Trabalho, procura

regulamentar as atividades, operações e procedimentos de trabalhos em altura, de forma a

garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta

atividade.

Em vista disso, este trabalho procura realizar uma análise desse risco atrelado ao

planejamento através de modelos documentais fornecidos pelo setor de Gestão Integrada de

Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança (QSMS) de uma construtora do Cinturão das

Águas do Ceará (CAC).

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Esse tópico será exposto as principais definições, termos e concepções sobre o

Trabalho em Altura embasado na Norma Regulamentadora 35, a fim de uma melhor análise e

estudo do gerenciamento desse risco.

2.1 Legislação acerca do Trabalho em Altura

A Norma Regulamentadora 35, do Mistério Trabalho e Emprego, destinam-se à gestão

de Segurança e Saúde no trabalho em altura, como medidas de planejamento, organização e a

execução das atividades, estabelecendo requisitos para a proteção dos trabalhadores aos riscos

em trabalhos com diferenças de níveis, nos aspectos da prevenção dos riscos de queda

(BRASIL, 2016).

Conforme a complexidade e riscos destas tarefas o empregador deverá adotar medidas

complementares inerentes a essas atividades para garantir a segurança dos trabalhadores

envolvidos direta ou indiretamente com essa atividade.

Para uma melhor definição, a atividade em trabalho em altura para a norma

regulamentadora 35 é aquele trabalho realizado acima de 2 (dois) metros do plano de

referência e que apresente risco de queda, entretanto, destaca que para as tarefas

desempenhadas debaixo desse nível (dois metros), porém que ofereça riscos de queda devem

implementar medidas adequadas para prevenção de acidentes.

Tendo como finalidade a melhor forma de aplicação, a NR 35 traz consigo uma maior

exigência de controle do ponto de vista gerencial da atividade. É um ponto de grande

importância que faz parte dessa norma, pois com essa característica, notamos uma maior

atenuação referente a acidentes com quedas na área da construção; essa particularidade era o

que faltava para o trabalho em altura, um maior gerenciamento e controle dessa atividade.

Desenvolver um planejamento antes de realizar algum tipo de serviço ou atividade,

significa uma prevenção maior dos riscos, por exemplo, estudo e atenção às tarefas que o

funcionário for exercer em altura, manter o mesmo seguir as medidas administrativas, tem um

controle dos seus equipamentos de proteção que está utilizando, sem deixar pra trás a

conscientização do trabalhador, através de palestras, treinamentos, cursos, DDS, etc. (SILVA,

2012).

A norma regulamentadora 35 traz na fase de planejamento alguns pontos que se deve

considerar, levando em conta a hierarquização da escolha na forma de executar a atividade,

tendo sempre como foco a segurança do colaborador. O trecho do item que aborda é:

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35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte

hierarquia:

a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de

execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de

execução do trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não

puder ser eliminado.

O item “a” recomenda que, caso exista alguma maneira de executar o trabalho que não

sujeite o funcionário a altura, o funcionário deverá ser direcionado para fora do risco dessa

atividade. Porém, se não houver outro modo de substituir o trabalho em altura, deve-se

diminuir o período desse trabalhador exposto ao risco, em que o mesmo poderá executar

serviços sem risco de queda, ou ao nível do solo, quando for possível.

Caso não possa retirar nem diminuir a exposição ao risco de queda, deve-se tomar

outras medidas que eliminem esses riscos, ou seja, a utilização de sistemas de proteção

coletiva (guarda-corpo, rodapés) como também individuais (cinto paraquedista, talabarte) ou

ainda sistemas que limitam o acesso do trabalhador a áreas de risco de queda.

2.2 Organização e Gerenciamento do Trabalho em Altura

No tópico 4 da NR 35, explana-se sobre planejamento, organização e execução no

trabalho em altura. Deve-se para todo trabalho em altura ser planejado e gerenciado por um

trabalhador capacitado e autorizado, devendo ser avaliado por exames médicos (atestado de

saúde ocupacional) e treinamentos fornecidos pelo empregador para atestem estar o

trabalhador apto ao trabalho em altura. Esse tipo de trabalho deve ser realizado sob

supervisão, cuja maneira dependerá da Análise de Risco (AR) de acordo com as

características da atividade.

A NR 35 considera trabalhador autorizado para trabalho em altura, aqueles cujo estado

de saúde foi avaliado através de exames de acordo com o PCMSO (Programa de Controle

Médico de Saúde Ocupacional), avaliações periódicas, exames psicossociais, além de estar

apto a exercer a atividade (consignado no Atestado de Saúde Ocupacional - ASO) e que a

empresa declare formalmente sua anuência.

No que diz respeito ao gerenciamento do trabalho em altura, a NR 35 obriga que sejam

feitas as análises e um planejamento que anteceda as atividades. Alguns documentos são

importantes para a gestão da atividade nas execuções de trabalhos em altura, como por

exemplo, a Análise de Risco, e há situações em que é necessário a Permissão de Trabalho e

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também o Procedimento Operacional. A finalidade dessas informações é prever

antecipadamente os maiores riscos de acidente que possa acontecer durante a tarefa que será

executada pelo funcionário, como também as causas do risco, consequências e medidas de

controle necessárias para realização segura.

No planejamento de trabalho em altura devem ser adotadas as medidas de acordo com

a seguinte hierarquia, conforme NR 35, subitem 4.2:

a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de

execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de

execução do trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não

puder ser eliminado.

O que distingue cada uma dessas documentações é a forma pela qual o trabalhador

está diretamente ligado às atividades em trabalho em altura, assim, a AR (Analise de Risco) é

indispensável para todo trabalho que seja em níveis elevados, porém a PT (Permissão de

Trabalho) se faz necessária caso o funcionário possua atividades em altura esporádicas; já o

PO (Procedimento Operacional) deve ser feito quando o operário realiza atividades de rotina

de trabalho em altura, contendo tanto para a Permissão de Trabalho como o Procedimento

Operacional a Análise de Risco como sua parte integrante.

De acordo com item 35.4.5.1 da Norma Regulamentadora 35, a análise de risco deve

analisar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;

b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;

d) as condições meteorológicas adversas;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de

proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações

dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;

h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas

regulamentadoras;

i) os riscos adicionais;

j) as condições impeditivas;

k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de

forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;

l) a necessidade de sistema de comunicação;

m) a forma de supervisão.

No tópico 35.4.5.1 alínea “i”, a norma exige que se avaliem tanto os riscos de queda,

como outros riscos adicionais que estão incluídos nas atividades realizadas; observa-se

também que no item 35.5 a Norma alerta novamente sobre os riscos adicionais quando prevê

que “Na seleção dos EPIs devem ser considerados, além dos riscos a que o trabalhador está

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exposto, os riscos adicionais. ” (BRASIL, 2016). Exemplificando, para a realização de

trabalho em altura com utilização de andaime do tipo suspenso com atividades de reparos,

quebras e assentamentos de tijolos cerâmicos, há uma geração de poeira, ruído e possível

projeção de partículas. Logo, se faz necessário o uso de óculos de segurança para a proteção

dos olhos do funcionário contra partículas e fragmentos que possam lhe machucar; máscara de

proteção para que não inale as partículas geradas; protetor auditivo por causa dos ruídos

originados das ferramentas utilizadas e para a proteção do contato do concreto ou argamassas,

utilização de luvas de látex.

Já na alínea “k”, é importante salientar que a queda não é o único perigo do trabalho

em altura, ficar pendurado pelo cinturão também é um grande perigo para o trabalhador, pois

a parte inferior dos cintos de segurança que prende as pernas do trabalhador impede a

circulação do sangue se acumulando nelas, ou seja, o sangue fica nas pernas e o coração não

bombeia o sangue para a cabeça provocando a “intolerância ortostática” que é o

atordoamento, tremor fadiga, dor de cabeça, fraqueza e desmaios, resultando em perda de

consciência seguida de morte em menos de trinta minutos, daí a importância de se implantar

um plano de emergência.

Já para as atividades de trabalho em altura que não são rotineiras, definidas como

aquelas atividades não habituais e não contempladas pela Análise de Risco, devem ser

previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho (PT). A Permissão de Trabalho é

um documento que após avaliação prévia, conterá os requisitos de segurança que devem ser

obedecidos naquela atividade.

Já na Permissão de Trabalho (PT), onde não são rotineiras as atividades de trabalho

em altura, deve seguir de acordo com o item 35.4.8 da Norma:

a) ser emitida em três vias, respectivamente:

I. Disponível no local de trabalho;

II. Entregue ao responsável pela autorização da permissão;

III. Arquivada;

b) conter os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos e as

disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;

c) conter a relação de todos os envolvidos e suas autorizações;

d) ser assinada pelo responsável pela autorização da permissão;

e) ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao seu turno de trabalho,

podendo ser novamente validada pelo responsável da autorização nas situações em

que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho;

f) encerrada após o término da atividade e organizada de forma a permitir sua

rastreabilidade.

Antes de iniciar qualquer atividade, deve ser feita uma lista de verificação dos itens de

segurança e saúde do trabalhador envolvidos direta e indiretamente com essa atividade,

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fornecendo dados corretos acerca do trabalho executado. A Permissão de Trabalho deve ter

validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada

pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições

estabelecidas ou na equipe de trabalho.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia utilizada para este estudo foi a pesquisa bibliográfica exploratória,

através de livros, revistas, periódicos, publicações diversas, bem como por meio da internet,

especialmente quanto às Normas Regulamentadoras de segurança e saúde do trabalho,

emitidas pelo Ministério do Trabalho. Também foram realizadas visitas de campo ao canteiro

de obra, onde foram realizadas observações e entrevistas informais com os trabalhadores e o

responsável do setor de Gestão Integrada.

A referida construtora é integrante do Consórcio Águas do Ceará, responsável pela

construção do trecho 1 (lotes 1 e 4), localizada na cidade de Brejo Santo no Ceará e teve os

dados obtidos no primeiro semestre de 2018.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O protocolo adotado pela construtora, antes do início dos trabalhos em altura, seguia

as seguintes etapas:

a) Listar e mapear todos os processos que terão como parte de suas atividades a

realização de trabalho em altura. Estes processos deverão estar contemplados no PPRA-

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - da empresa e das subcontratadas.

b) A equipe de QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) local ou

corporativa deverá analisar criticamente o PPRA e o PCMSO da empresa e das

subcontratadas dando especial atenção para as funções que irão executar os trabalhos em

altura.

Indagada sobre os principais serviços realizados pela construtora com risco de queda

do trabalhador, a equipe QSMS da construtora nos elucidou, são os serviços executados nas

taludes do canal, pontos de estação elevatória e comportas, bueiros, nos muros contenções, os

relevos acidentados no trecho, pontilhões, passarelas, plataformas elevatórias, andaimes

apoiados e suspensos e outros tipos de operação que haja risco iminente.

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Figura 1: Trabalho em altura em taludes.

Fonte: Gulin, 2019.

c) Verificar se todos os trabalhadores que irão realizar o trabalho em altura possuem

ASO, constando a realização dos exames necessários e determinados pelo Médico

Coordenador do PCMSO. Deve ser registrado no ASO, que o trabalhador está apto para

executar trabalhos em altura.

d) Verificar se todos os colaboradores envolvidos na atividade receberam treinamento

e capacitação para trabalharem em altura.

O item “d” é um dos principais focos da construtora para o combate aos acidentes de

trabalho, com isso os funcionários recém contratados passam por uma integração, ou seja,

conhecem toda a empresa, seus funcionários, o canteiro e a obra.

Os operários apenas exercerão suas atividades laborais após um curso de capacitação

técnica e das Normas Regulamentadoras, no qual com certa frequência será feita a reciclagem,

com a finalidade de educar e conscientizar os trabalhadores a prevenção de acidentes e

cumprir com todos procedimentos de segurança no trabalho.

e) A equipe operacional, Encarregado e/ou Engenheiro da Obra, responsável pelas

atividades de trabalho em altura, deverá comunicar com antecedência a realização dos

trabalhos, para que sejam providenciadas as medidas de controle e prevenções necessárias.

f) Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em

altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares

de segurança aplicáveis.

No planejamento, as atividades a serem executadas devem obedecer à seguinte

hierarquia:

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a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de

execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de

execução do trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não

puder ser eliminado.

Para uma maior compreensão sobre o andamento da execução de uma APR e PT, a

figura 2 mostra o fluxograma que é utilizado pela empresa.

Figura 2: Fluxograma simplificado de ações

Fonte: QSMS da construtora em estudo, 2018

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Todo trabalho em altura deve ser precedido de APR (Analise Preliminar de Risco),

além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar o descrito no subitem 35.4.5.1 da

NR-35.

Figura 3:APR.

Fonte: QSMS da construtora em estudo, 2018

A partir desse modelo mais geral (Figura 3) são feitas as análises a fim de elaborar

outros APRs mais específicos para cada tipo de atividade que possui o risco de acidentes em

altura. A figura 4 apresenta outra APR utilizada para atividades executadas em andaimes.

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Figura 4 :APR em andaimes.

LISTA DE VERIFICAÇÃO - ANDAIMES Área: SGI

DATA APLICAÇÃO:

Nº LOCALIDADE:

LOCAL:

EQUIPE ESCOPO DE TRABALHO LOCALIZAÇÃO DO ANDAIME

ENCARREGADO TIPO DO ANDAIME OU PLATAFORMA DE TRABALHO RESPONSÁVEL PELA VERIFICAÇÃO

Obs.: Esta Lista de Verificação foi baseada nos itens da Norma Regulamentadora nº18.

SEQ. REQUISITO

LEGAL ITENS A VERIFICAR C NC NA OBSERVAÇÕES

1 18.15.1 O dimensionamento dos andaimes, sua estrutura de sustentação e fixação, é realizado por profissional legalmente habilitado?

2 18.15.1.1 18.15.2.4

Os projetos de montagem de andaimes do tipo fachadeiro, suspensos e em balanço são acompanhados pela respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica?

3 18.15.2.1 A empresa que fabrica os andaimes completos ou quaisquer componentes estruturais é regularmente inscrita no CREA?

4 18.15.2.2 Estão gravados nos painéis, tubos, pisos e contraventamentos dos andaimes, de forma aparente e indelével, a identificação do fabricante, referência do tipo, lote e ano de fabricação?

5 18.15.2.5 O fabricante dos andaimes forneceu instruções técnicas por meio de manuais?

6 18.15.2.6 As superfícies de trabalho dos andaimes possui travamento que não permita seu deslocamento ou desencaixe?

7 18.15.2.7

(a)

Nas atividades de montagem e desmontagem de andaimes, todos os trabalhadores são qualificados e receberam treinamento específico para o tipo de andaime em operação?

8 18.15.2.7

(b)

Na montagem e desmontagem, os trabalhadores utilizam o cinto de segurança tipo paraquedista, com duplo talabarte que possua ganchos de abertura mínima de cinquenta milímetros e dupla trava?

9 18.15.2.7

(c)

Na montagem e desmontagem, as ferramentas utilizadas são exclusivamente manuais e com amarração que impeça sua queda acidental?

10 18.15.2.7

(d)

Na montagem e desmontagem, os trabalhadores estão portando crachá de identificação e qualificação, do qual conste a data de seu último exame médico ocupacional e treinamento?

11 18.15.2.8 Os montantes dos andaimes metálicos possuem travamento contra o desencaixe acidental?

12 18.15.3 O piso de trabalho dos andaimes tem forração completa, é antiderrapante, nivelado e fixado ou travado de modo seguro e resistente?

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13 18.15.3.1 O piso de trabalho dos andaimes é totalmente metálico ou misto, com estrutura metálica e forração do piso em material sintético ou em madeira, ou totalmente de madeira?

14 18.15.5

A madeira para confecção de andaimes é de boa qualidade, seca, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam a sua resistência, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições?

15 18.15.6 Os andaimes dispõem de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em todo o perímetro, com exceção do lado da face de trabalho?

16 18.15.9 O acesso aos andaimes é feito de maneira segura (escadas)?

17 18.15.17

O andaime simplesmente apoiado é fixado à estrutura da construção, edificação ou instalação, por meio de amarração e estroncamento, de modo a resistir aos esforços a que estará sujeito?

18 18.15.18 As torres de andaimes simplesmente apoiados não excedem, em altura, quatro vezes a menor dimensão da base de apoio, quando não estaiadas?

19 18.15.22 Os montantes do andaime fachadeiro têm seus encaixes travados com parafusos, contrapinos, braçadeiras ou similar?

20 18.15.25

18.15.25.1

Os andaimes fachadeiros são externamente cobertos por tela de material que apresente resistência mecânica condizente com os trabalhos e que impeça a queda de objetos?

21 18.15.26 Os rodízios dos andaimes móveis são providos de travas, de modo a evitar deslocamentos acidentais?

22 18.15.27 Os andaimes tubulares móveis são utilizados somente sobre superfície plana, que resista a seus esforços e permita a sua segura movimentação através de rodízios?

23 18.15.28 Os andaimes em balanço têm sistema de fixação à estrutura da edificação capaz de suportar três vezes os esforços solicitantes?

24 18.15.29 A estrutura do andaime em balanço é convenientemente contraventada e ancorada, de tal forma a eliminar quaisquer oscilações?

TOTALIZAÇÕES

C = CONFORMIDADES 0 IC = C / (C + NC)

NC = NÃO CONFORMIDADES 0 =

NA = ÍTENS NÃO APLICÁVEIS 0

OBSERVAÇÕES / LIBERAÇÃO

VISTOS DATA

EXECUTANTE DA LV QSMS LOCAL ENCARREGADO ENGENHEIRO

Fonte: QSMS da construtora em estudo, 2018

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Após elaboração da Análise Preliminar dos Risco/Impacto feita pela equipe de QSMS

(Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) local ou corporativa, juntamente com a

equipe que executará os trabalhos em altura, a atividade será classificada como rotineira ou

não rotineira.

Para todas as atividades de trabalho em altura classificadas como não rotineiras,

deverá ser emitida a PT – Permissão para Trabalho em Altura. A PT deverá ser preenchida

pelo encarregado responsável pelo trabalho e aprovada pelo Engenheiro da Obra (Residente)

ou Mestre e validada pelo Técnico de Segurança do Trabalho local.

A PT deverá ser disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final,

encerrada e arquivada deforma a permitir sua rastreabilidade.

Modelo de uma Permissão de Trabalho (Figura 5) utilizada pela empresa estudada, é

evidente a preocupação com os funcionários no início da atividade, com os treinamentos, o

uso dos EPIs (cinto de segurança, talabarte, entre outros) e a verificação dos EPCs (linha de

vida, ancoragens e outros) no ambiente laboral, como também as condições climáticas no dia

do serviço.

Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI,

EPC, acessórios e sistemas de ancoragem.

O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura

do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de

ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior, o comprimento

do talabarte for maior que 0,90m deve ser usado um absorvedor de energia (Figura 4).

A equipe QSMS não divulgou os quantitativos de acidentes no trabalho em altura,

porém nos relatou que todos esses procedimentos já foram implantados em outras obras e que

desde o início do Cinturão das Águas vem trazendo ótimos resultados no quesito de

prevenção de acidentes.

Figura 4: Talabarte com absorvedor de energia.

Fonte: O autor, 2018.

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Figura 5: PT para trabalho em altura

PT – PERMISSÃO DE TRABALHO

TRABALHO EM ALTURA

LOCAL______________________________________________________________________________________________

ÁREA_______________________________________________________________________________________________

ATIVIDADE_______________________________________________________________________________________

SUPERVISÃO_________________________________________________________________________________

DATA DA AUTORIZAÇÃO_____/______/_______ HORÁRIO DE INÍCIO______________ TÉRMINO______________

TIPO DE TRABALHO

( ) SIM ( ) NÃO – ANDAIME ( ) SIM ( ) NÃO – ESCADA

( ) SIM ( ) NÃO – TELHADO ( ) SIM ( ) NÃO - OUTROS

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE EQUIPE DE TRABALHO

NOME DO COLABORADOR

___________________________________ ___________________________________

___________________________________ ___________________________________

________________________________ ________________________________

________________________________ ________________________________

QUESTIONÁRIO

Sim Não A área se encontra sinalizada e isolada?

Sim Não As condições climáticas estão favoráveis para realização do trabalho ?

Sim Não O local de trabalho está suficientemente afastado de instalações elétricas?

Sim Não Existem pessoas para apoiar o grupo?

Sim Não Existem meios seguros para subida e descida de materiais e/ou ferramentas?

Sim Não Existem pontos resistentes para ancoragem?

Caso o trabalho use andaime, responda a seguir:

Sim Não O andaime está amarrado em estrutura que confere firmeza?

Sim Não Existe escada lateral para passagem de patamar ?

Sim Não O andaime está construído em superfície plana?

Sim Não A superfície de apoio do patamar está totalmente fechada?

Sim Não A superfície de apoio do patamar está totalmente fechada?

EPI/EPC

Sim Não Todos os EPIs foram inspecionados antes de iniciar os trabalhos?

Sim Não É feito uso de cinto de segurança?

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Sim Não É feito uso de talabarte e/ou trava-quedas?

Sim Não Existe cabo de aço / corda no local de trabalho?

Sim Não Cinto de segurança está devidamente preso ao talabarte?

Sim Não O talabarte e o trava-quedas estão devidamente preso no ponto de ancoragem do

cinto de segurança? Existe linha de vida (cabo de aço / corda), no local de trabalho?

Sim Não O risco de arremesso acidental de materiais para áreas de circulação está

controlado?

EQUIPE DE TRABALHO

Sim Não Estão habilitados a realizar o trabalho, ou seja, estão devidamente treinados?

Sim Não Apresentam boas condições de saúde (não apresenta gripe, febre, tontura, stress, indisposição

física)?

Sim Não Sabem o que fazer em caso de emergência?

ANALISE DE RISCO

Sim Não Foi elaborada a AR - Analise de Risco, para a realização desta atividade?

Sim Não Foram atendidos os pré-requisitos estabelecidos pela Analise de Risco?

OBSERVAÇÕES: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

AUTORIZAÇAO DA SUPERVISAO

Certifico que tenho pleno conhecimento do Procedimento de Segurança para Trabalho em Altura, preenchido de maneira verídica as informações desta ficha e todas as precauções foram tomadas para propiciar segurança à Equipe de Trabalho.

--------------------------------------------------------------------------------------------

Supervisor/Encarregado/Técnico de Segurança

As pessoas envolvidas nesta autorização, ao assinar, assumem a veracidade das informações declaradas. Para liberação do trabalho em altura, todos os quesitos aplicados devem ser satisfatórios. Esta autorização deve permanecer fixada no local de trabalho durante a realização do mesmo. Na ocorrência de um quesito não satisfatório, o trabalho em altura não poderá ser liberado. Esta permissão aplica-se somente ao local e ao trabalho acima especificados, tendo validade por 8 (oito) horas e devendo ser renovado quando ultrapassar este período. Ao final da atividade, este documento deve ficar arquivado junto ao Técnico de Segurança do Trabalho da Unidade ou responsável por liberar o Trabalho em Altura.

Fonte: QSMS da construtora em estudo, 2018

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5. CONCLUSÃO

Como foi exposto, na construção civil os acidentes de trabalho em altura, geralmente

acontecem por falta de orientação, de treinamento e devido às condições ambientais a que

estão expostos os trabalhadores, além do descaso dos empregadores que não se interessarem

pela legislação e normas trabalhistas. Porém ficou constatado neste trabalho, mediante aos

procedimentos seguidos pela construtora estudada, a preocupação da empresa com o

trabalhador antes de executar uma atividade de risco, através dos treinamentos obrigatórios,

verificações de equipamentos de proteção, os preenchimentos dos registros de segurança, as

condições laborais e de saúde, dentre outros.

Por essa razão, conclui-se que os casos de acidentes de trabalho em altura, na

construtora, são mínimos e isso se dá por conta do planejamento intensificado nas diversas

atividades da construção civil, além de ter como foco a prevenção de acidentes.

Entretanto, vale ressaltar que sempre se faz necessárias a fiscalização e inspeção da

veracidade das respostas dos operários nos documentos (APR e PT) e se está sendo obedecido

o fluxograma simplificado de ações, sem negligências das etapas. Essas responsabilidades são

repassadas aos encarregados de cada setor para realizar a supervisão e o acompanhamento dos

funcionários, documentos, equipamentos de proteção e as condições do local de trabalho.

Deverá sempre ser averiguado, com frequência pré-estabelecida, se há necessidade de

alterações ou atualizações desses documentos, a fim de aprimorar ainda mais as ações

prevencionistas, como também antes de ter qualquer outra peculiaridade que pode trazer

perigos a mais para o trabalhador.

Este trabalho serve como base e contribuição para novos estudos e pesquisas

relacionadas ao tema, que seja ainda mais aprofundado, por ser uma área de muita carência,

como por exemplo, o uso da Metodologia HAZOP em trabalho em altura.

.

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REFERÊNCIAS

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PREVENÇÕES<http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2009/anais/arquivos/0068_0139_01.

pdf> Acesso em: 10 de nov. 2018.

ALTURA ANDAIMES. Disponível em:

<http://www.acm.org.br/acm/acamt/documentos/curso_prova_titulo/modulo4/trabalho_em_alt

ura.pdf>. Acesso em: 13 de julho 2018.

BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 35 – Condições e Meio Ambiente do Trabalho na

Indústria da Construção. Redação dada pela Portaria n° 1.113, 21 de setembro de 2016.

Disponível em: < http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR35.pdf>. Acesso em:

30 de set. 2018.

GULIN. Disponível em: <http://www.gulin.com.br/produtos-

detalhe.asp?IDMenu=4&IDProd=191>. Acesso em: 29 de jan. 2019.

LIMA JÚNIOR, Jófilo Moreira. Atenção nos canteiros de obra. Revista CIPA, p. 24-26, set.

2017. Disponível<http://www.nneventos.com.br/new/2imagens/repositorio/CIPA%

20456%20-%20Entrevista_Jofilo.pdf> Acesso: 29 de jan. 2019.

MIRANDA, Karina Franquelice de; OLIVEIRA, Márcia Regina de. Acidente de Trabalho:

Principais Causas e Prevenções. Artigo apresentado no IX Encontro Latino Americano de

Pós-Graduação na Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos - SP. 2009.

Disponível em <http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2009/anais/arquivos/0068_0139_01.

pdf>. Acesso em: 27 de jun. 2018

SILVA, Sergio Carvalho. NR 35 – Trabalho em altura. Disponível:

<http://www.drsergio.com.br/wp-content/uploads/2017/11/Manual-de-aplica%C3%A7%C3%

A3o-NR-35.pdf>. Acesso em: 25 de jun. 2018.