trt aulões estudo_de_caso - professora rafaela

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 ESTUDO DE CASO O estudo de caso tem por objetivo analisar uma situação-problema e resolvê-la, ou seja, quando escrevemos um estudo de caso, demonstramos que sabemos não só entender situações de nosso dia-a-dia de trabalho, como demonstramos saber analisar e resolver dificuldades do dia-a-dia. Devido à  importância desse tipo de estudo para a execução de um trabalho, muitas empresas e muitos concursos públicos têm exigido o estudo de caso durante o processo de seleção. O estudo de caso é um gênero que pertence à  tipologia textual dissertativa- objetiva, também chamada de dissertativa-expositiva. Por isso, é  importante analisarmos as técnicas básicas da dissertação e da exposição, para, posteriormente, conseguirmos entender, detalhadamente, o estudo de caso. Assim, na presente apostila, vamos trabalhar alguns resumos dos tipos dissertativos e expositivos para, posteriormente, vocês conhecerem detalhadamente o gênero estudo de caso. Tipologia textual - Dissertação Dissertar significa fazer a exposição escrita, por meio de argumentos, de um ponto de vista que se deseja defender. O principal objetivo desse texto é  a discussão ou defesa de uma opinião sobre um determinado tema que será  apresentado. Assim, é um texto que tem o objetivo de desenvolver um raciocínio e provar uma tese. Para isso, pode apresentar outros tipos de textos como fundamentos argumentativos. Dissertação Objetiva Texto que possui a finalidade de instruir e convencer, isto é, um texto em que informações são transmitidas ao leitor. Normalmente, no texto informativo, são organizadas idéias gerais que se particularizam nos argumentos de forma dedutiva. A dissertação objetiva é, portanto, científica; facilmente encontrada em revistas e em textos técnicos, filosóficos e universitários, há  nela o predomínio da 3 a . pessoa, para priorizar o assunto e tentar camuflar a presença do autor, o que de fato não ocorre. O texto expositivo é muito comum na argumentação, mas as descrições também podem aparecer.

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  • ESTUDO DE CASO

    O estudo de caso tem por objetivo analisar uma situao-problema e resolv-la, ou seja, quando escrevemos um estudo de caso, demonstramos que sabemos

    no s entender situaes de nosso dia-a-dia de trabalho, como demonstramos saber analisar e resolver dificuldades do dia-a-dia. Devido importncia desse tipo de estudo para a execuo de um trabalho, muitas empresas e muitos concursos pblicos tm exigido o estudo de caso durante o processo de seleo.

    O estudo de caso um gnero que pertence tipologia textual dissertativa-objetiva, tambm chamada de dissertativa-expositiva. Por isso, importante analisarmos as tcnicas bsicas da dissertao e da exposio, para,

    posteriormente, conseguirmos entender, detalhadamente, o estudo de caso.

    Assim, na presente apostila, vamos trabalhar alguns resumos dos tipos dissertativos e expositivos para, posteriormente, vocs conhecerem

    detalhadamente o gnero estudo de caso.

    Tipologia textual - Dissertao

    Dissertar significa fazer a exposio escrita, por meio de argumentos, de

    um ponto de vista que se deseja defender. O principal objetivo desse texto a discusso ou defesa de uma opinio sobre um determinado tema que ser

    apresentado. Assim, um texto que tem o objetivo de desenvolver um raciocnio e provar uma tese. Para isso, pode apresentar outros tipos de textos

    como fundamentos argumentativos.

    Dissertao Objetiva

    Texto que possui a finalidade de instruir e convencer, isto , um texto em que informaes so transmitidas ao leitor. Normalmente, no texto informativo,

    so organizadas idias gerais que se particularizam nos argumentos de forma dedutiva. A dissertao objetiva , portanto, cientfica; facilmente encontrada

    em revistas e em textos tcnicos, filosficos e universitrios, h nela o predomnio da 3a. pessoa, para priorizar o assunto e tentar camuflar a presena

    do autor, o que de fato no ocorre. O texto expositivo muito comum na argumentao, mas as descries

    tambm podem aparecer.

  • Dissertao Subjetiva

    Texto em que o autor manifesta uma viso pessoal, uma opinio sobre um

    tema. Surgem elementos da vivncia do autor. Possui a finalidade de conquistar a participao do leitor. A exposio pessoal, o autor, portanto, pode

    empregar a 1 pessoa na escrita, a dissertao subjetiva, muitas vezes, torna-se bastante literria. Textos narrativos e injuntivos podem ser usados na

    argumentao.

    Pessoas do discurso

    A primeira pessoa expressa pelos pronomes eu e ns. Refere-se, sempre, ao narrador do texto.

    O pronome eu identifica uma crena individual.

    Ex.: (Eu) Acredito que a plataforma poltica do PT excelente.

    O pronome ns identifica a crena de um grupo.

    Ex.: (Ns) Acreditamos que a plataforma poltica do PT excelente.

    A segunda pessoa expressa pelos pronomes tu e vs, no Brasil, os pronomes de tratamento voc e vocs tambm representam a segunda pessoa.

    Na escrita, refere-se ao leitor.

    Quando utiliza pronomes de segunda pessoa, o narrador comunica-se com o leitor.

    Ex.: Voc, que votou, deve acreditar que a plataforma poltica do PT excelente.

    A terceira pessoa expressa pelos pronomes ele(a) e eles(as). Refere-se,

    sempre, ao assunto.

    Os pronomes de terceira pessoa identificam crenas gerais. So,

    definitivamente, mais convincentes. Ex.: Acredita-se que a plataforma poltica do PT excelente.

    Ex.: A plataforma poltica do PT excelente.

    Quando se escreve uma dissertao objetiva (texto exigido na maioria dos concursos atuais), o assunto sempre principal. Para que se d uma opinio,

    no se faz necessrio o uso da primeira pessoa, afinal, tudo o que se escreve parte de um ponto de vista. Deve-se, portanto, preferir o uso da 3 pessoa

    quando se faz uma redao em um concurso, j que convence melhor ao leitor, alm de transmitir informaes de forma mais gil e menos pessoal. Contudo,

    sempre vale a pena verificar os critrios da instituio escolhida, na FUNDEP, por exemplo, o uso de primeira pessoa nunca foi motivo para a perda de

    pontos.

  • Tema

    Tema o assunto escolhido pela banca e que ser discutido no texto.

    Normalmente vem na forma de uma proposio que trar ao candidato a base para o que ser trabalhado no texto. Atualmente, aparece tambm na forma de

    pargrafos ou de textos. Procure no se apavorar quando ler o tema proposto, mesmo que voc

    no seja um profundo conhecedor do assunto, pense sobre ele, procure definir sua opinio a respeito do que ser abordado. Com certeza, voc sempre ter

    algo diferente a dizer. Antes iniciar o texto, faa um esboo das idias que possui, selecione as melhores para s ento escrever a redao.

    Paragrafao

    A redao deve ser dividida em introduo (parte inicial), desenvolvimento

    (argumentao) e concluso (final).

    Introduo

    Formada pela apresentao geral do assunto (tema) e por uma tese.

    Preferencialmente, possui um nico pargrafo.

    1.1 Tese

    A partir do tema, o escritor dever criar uma tese. A tese o ponto de vista que ser defendido no texto, posiciona-se, normalmente, na introduo, pode

    vir na forma de um tpico frasal (frase essencial ao pargrafo) ou em meio s abordagens gerais sobre o assunto.

    A tese pode ser uma afirmao, uma frase surpreendente, um questionamento, uma orao interjeitiva, ou at mesmo uma orao nominal,

    como um adjetivo. Para criar a tese basta pensar sobre qual o seu

    posicionamento em relao ao tema proposto e dele criar a sentena que aparecer na introduo.

    Desenvolvimento

    Parte da argumentao do texto. Nela, o autor utiliza tpicos especficos que provaro a tese. Cada argumento dever ser escrito em um pargrafo.

    Para produzir a argumentao crie perguntas sobre a tese que voc elaborou, pense no porqu voc defende aquele ponto de vista, as respostas

    sero os argumentos.

    Conectivos Os conectivos so elementos de ligao entre as oraes, o autor do texto

    poder utilizar conectivos entre os pargrafos.

    O primeiro pargrafo argumentativo, por exemplo, poder ser iniciado com conectivos como:

  • Um primeiro fator;

    Um primeiro aspecto a ser analisado; Inicialmente;

    Em primeiro lugar; Em princpio.

    No segundo pargrafo dissertativo, podem-se utilizar os seguintes

    conectivos: Um outro aspecto a ser analisado;

    Em segundo lugar; Posteriormente;

    Deve-se levar em conta; Entende-se ainda.

    Observao: conectivos como: entretanto, mas, porm, contudo e todavia

    expressam idias contrrias, por isso, no os utilize entre argumentos

    favorveis tese, nem na concluso. Esse s devem ser utilizados na anti-tese ou em teses de contraste.

    Concluso

    Finalizao do texto. Parte em que aps toda a argumentao chega-se

    concluso de que a tese foi provada, isto , ao final do texto deve-se retomar a idia inicial. A concluso, assim, ter aspectos gerais e ser circular tese.

    Pode, ainda, apresentar uma soluo. Na concluso podem-se utilizar conectivos como:

    Portanto, assim, enfim, conclui-se que, diante dos fatos expostos entende-se que, etc.

    Esquema - enumerao

    TEXTO

    Nossas cidades no so uma selva de asfalto e concreto; so enormes

    zoolgicos humanos, onde vivemos em condies que no so naturais para a nossa espcie e onde corremos perigo tambm de enlouquecer de tenso,

    de adoecermos de civilizao, pelo nariz, pela boca, pelos ouvidos. Voc, por exemplo, respira de 20 mil a 30 mil vezes por dia, inspirando

    de cada vez, mais ou menos meio litro de ar. Cerca de 30 por cento desse ar enche 350 milhes de minsculos compartimentos no pulmo, onde o

    sangue troca o venenoso dixido de carbono por oxignio, sem o qual a vida impossvel. Nas grandes cidades, o ar contm centenas de toxinas

    que prejudicam o desenvolvimento normal das clulas. Os gases que escapam dos veculos a gasolina, por exemplo, impedem a perfeita

    oxigenao do sangue e provocam alergias, doenas do corao, cncer. O monxido de carbono assimilado pelos glbulos vermelhos 200 vezes mais

    depressa que o oxignio. E o chumbo, derivado do tetraetileno de chumbo,

    prejudicial acima de 100 milionsimos de grama por metro cbico de ar, concentrao que j existe em qualquer cidade de tamanho mdio no Brasil.

  • E a gua que bebemos? Os rios, principal fonte de gua potvel, so

    usados como canais de esgoto e de despejo. A vida animal, na maior parte dos rios que abastecem as grandes cidades, j no existe, porque a vida

    impossvel, no est para peixe. Esse lquido clorado, recuperado, da nossa era higinica, tem muito pouca coisa a ver com a gua potvel, de

    nascente, digna de peixe e de homem. Estaes de tratamento, filtros, toda qumica disponvel no consegue esconder que estamos bebendo um lquido

    que supre as nossas necessidades vitais, mas que chamado gua apenas por hbito.

    Alm de tudo, estamos ficando surdos. Em cada cem cariocas (ou paulistas, ou gachos) dez tm problemas de audio e cinco foram vtimas

    da poluio sonora. Hoje em dia h duas vezes mais pessoas surdas que h dez anos atrs e a gente da cidade s ouve sons a partir de 30 decibis, 10

    na melhor hiptese, enquanto o homem do campo ouve rudos at- de um decibel.

    Dor de cabea, fadiga excessiva, nervosismo, distrbios de equilbrio,

    afeces cardacas e vasculares, anemias, lcera de estmago, distrbios gastrintestinais, neuroses, distrbios glandulares, curtos-circuitos nervosos,

    tudo isso pode ser provocado pelo barulho das grandes cidades. E nem preciso que seja barulho excessivo, porque, na maior parte das vezes, ele

    j incmodo e contnuo. Enjaulados, enquanto no fizermos desse zoolgico um jardim mais

    verde, mais limpo, mais saudvel, menos neurtico, a nica soluo sair de vez em quando para respirar ar puro, beber gua de verdade, ouvir o

    silncio, sentir os cheiros da vida e reconquistar a tranqilidade perdida.

    LOBO, Luiz. Turismo em Foco. Ano IV, n 19, p. 19.

    Esquema inicial de um texto dissertativo

    Agora que voc j aprendeu as modalidades bsicas de textos, retorne ao

    exemplo de texto dissertativo e observe como seria possvel fazer um esquema dele.

    Esquema inicial do texto dissertativo

    Apresentao do

    tema

    Apresentao da

    tese

    Nossas cidades so

    enormes zoolgicos

    humanos

    Anlise de um

    argumento favorvel

    tese

    Adoecemos pelo nariz

    Anlise de outro

    argumento favorvel

    tese

    Adoecemos pela boca

    Introduo

    1 pargrafo

  • Anlise de um

    ltimo argumento

    favorvel tese

    Adoecemos pelo

    ouvido

    Reafirmao da

    tese + apresentao de

    uma soluo (se houver)

    Enquanto no fizermos

    desse zoolgico um lugar

    melhor, a soluo sair de

    vez em quando.

    Esquema - Dialtica

    As condies em que vivem presos, em nossos crceres superlotados, deveriam assustar a todos os que planejam se tornar delinqentes. Mas a

    criminalidade s vem aumentando, causando medo e perplexidade na populao.

    Muitas vozes tm se levantado em favor do endurecimento das penas, da manuteno ou ampliao da Lei dos Crimes Hediondos, da defesa da sociedade

    contra o crime, enfim, do que se convencionou chamar doutrina da lei e da ordem apostando em tais caminhos como forma de dissuadir novas prticas

    criminosas. Geralmente, valem-se de argumentos retricos e emocionais,

    raramente escorados em dados de realidade ou em estudos que apontem ser esse o melhor caminho a seguir. Embora sedutora e aparentemente sintonizada

    com o sentimento geral de indignao, tal corrente aponta para o caminho errado, para o retorno ao direito penal vingativo e irracional, to combatido

    pelo iluminismo jurdico. O coro dessas vozes aumenta exatamente quando o governo acaba de

    encaminhar ao Congresso o anteprojeto do Cdigo Penal, elaborado por renomados juristas, com participao da sociedade organizada, com objetivo de

    racionalizar as penas, reservando a privao da liberdade somente aos que cometerem crimes mais graves e, mesmo para esses, tendo sempre em vista

    mecanismos de reintegrao social. Destaca-se o emprego das penas alternativas, como a prestao de servios comunidade, a compensao por

    danos causados, a restrio de direitos etc. Contra a idia de que o bandido um facnora que optou por atacar a

    sociedade, prevalece a noo de que so as vergonhosas condies sociais e

    econmicas do Brasil que geram a criminalidade; enquanto essas no mudarem, no h mgica: os crimes vo continuar aumentando, a despeito do

    maior rigor nas penas ou da multiplicao de presdios.

    (Adaptado de Carlos Weis. Dos delitos e das penas. Folha de So Paulo, Tendncias e debates, 11/11/2000)

    Apresentao do tema +

    apresentao da tese

    Anlise de um argumento contrrio

    tese. O argumento dever ser refutado

    no mesmo pargrafo.

    Introduo

    Geral 1 Pargrafo

  • Anlise de um argumento favorvel

    tese

    Anlise de outro argumento

    favorvel tese (opcional, depende do

    espao para a argumentao)

    Reafirmao de tese + apresentao

    de uma soluo (se houver)

    3- Pargrafo Padro

    O pargrafo padro uma unidade de composio que desenvolve uma idia central a que se agregam outras decorrentes dela. Pode haver diferentes

    tipos de estruturao de pargrafos, mas o que priorizaremos nessa apostila o pargrafo padro.

    O pargrafo, de forma geral, facilita ao escritor isolar e ajustar idias principais de sua composio, permitindo ao leitor o acompanhamento do

    raciocnio de forma rpida e eficaz. Em geral o pargrafo padro elaborado na

    dissertao e na descrio e possui introduo, representada por um ou dois perodos curtos iniciais, em que se expressa de maneira sumria e sucinta a

    idia-ncleo; o desenvolvimento, explanao da idia ncleo e concluso, mais rara, mormente nos pargrafos pouco extensos ou pouco complexos.

    O Brasil a primeira grande experincia que faz na histria moderna a

    espcie humana para criar um grande pas independente, dirigindo-se por si mesmo, debaixo dos tpicos. Somos os iniciadores, os ensaiadores, os

    experimentadores de uma das mais amplas, profundas e graves empresas que ainda se acharam em mos da humanidade. Os navegadores das descobertas

    que chegaram at ns impelidos pela vibrao matinal da Renascena, cumpriram um feito que terminava com o triunfo na luz da prpria glria; belo

    era o pas que descobriram, opulenta a terra que pisavam, maravilhoso o mundo que em redor se desdobrava; podiam voltar, contentes, que tudo para

    eles se cumprira. (Trs Livros, p. 332)

    O primeiro perodo constitui o tpico frasal, o rumo das idias

    desenvolvidas j est a traado, seria estranho se no desenvolvimento o autor no justificasse o que enunciou no tpico. O tpico frasal controla o texto

    limitando e impedindo o autor de ultrapassar certos limites; forando-o a voltar no tpico antes do fim do texto.

    Propomos a construo do pargrafo com base em um plano ou esquema que nos possibilite exprimir um raciocnio lgico textual.

    Ex: Nos pargrafos abaixo divida a introduo, o desenvolvimento e a

    concluso (se houver), no se esquea de marcar a tese de cada pargrafo.

    1- As normas jurdicas embasadas nos valores ticos e que traduzem os procedimentos e as vivncias mais fortes e consolidados da coletividade tendem

  • a ter a adeso espontnea da maioria das pessoas que nelas se sentem

    representadas. o sentimento de identidade nacional, de ptria, sem o qual a coeso social se esgara e abre as portas para o caminho do individualismo, do

    salve-se quem puder, da corrupo, da violncia. A consolidao desse sentimento pressupe, alm das leis, uma ao constante, coordenada pelo

    Estado, com a participao da sociedade, dos organismos intermedirios e das famlias, num processo de educao cvica, nacional, patritica.

    (Adaptado de Patrus Ananias, Civilizao pelo Estado, Correio Braziliense, 9 de janeiro de 2005)

    2- O combate fome e pobreza foi adotado pelo governo federal, a partir de 2003, como poltica de governo. Dentro dessa poltica, por exemplo, foi

    criado o Programa Bolsa-Famlia que beneficia mais da metade das famlias pobres do pas. O programa de responsabilidade do Ministrio do

    Desenvolvimento Social e Combate Fome, que tem hoje o maior oramento j

    investido no Brasil para combater a fome e promover o desenvolvimento Social - R$ 17 bilhes.

    Vamos trabalhar agora alguns tpicos frasais iniciais. Podemos, segundo

    Othon Garcia, comear um texto com uma declarao inicial, uma definio ou uma diviso. Trabalharemos, aqui com declarao e definio.

    Declarao inicial

    O aborto um ato terrvel. Segundo dados do IBGE, uma a cada 150

    mulheres brasileiras j cometeu um aborto. [...]

    Vivemos numa poca de mpetos. A vontade, divinizada, afirma sua preponderncia, para desencadear ou encadear; o delrio fascista ou o torpor

    marxista so expresses pouco diferentes do mesmo imprio de vontades. [...]

    Definio

    Estilo a expresso literria de idias ou sentimentos. Resulta de um conjunto de dotes externos ou internos, que se fundem num todo harmnico e

    se manifestam por modalidades de expresso a que se d o nome de figuras.

    O aborto o ato de retirado do embrio ou feto do tero da gestante antes do prazo previsto e necessrio para o nascimento.

    Tpico frasal diludo

    O tpico frasal tambm pode estar diludo no pargrafo, implcito. No

    entanto, mesmo nesses casos, sempre ser possvel deduzir a idia principal.

    A grande So Paulo isto , a capital paulista e as cidades que a circundam

    j anda em torno da dcima parte da populao brasileira. Apesar da alta

  • arrecadao do municpio e das obras custosas, que se multiplicam a olhos

    vistos, apenas um tero da cidade tem esgotos. Metade da gua da capital paulista serve-se de gua proveniente de poos domiciliares. A rede de

    hospitais notoriamente deficiente para a populao, ameaada por uma taxa de poluio que tcnicos internacionais consideram superior de Chicago. O

    trnsito um tormento, pois o acrscimo de novos veculos supera a capacidade de dar soluo de urbanismo ao problema. Em mdia o paulista

    perde trs horas do seu dia para ir e voltar, entre a casa e o trabalho. (Ed. Jornal do Brasil)

    Para escrever o texto dissertativo

    A elaborao de um texto dissertativo escrito deve ser produto de um

    plano de trabalho, do qual fazem parte as informaes e conceitos que vamos manipular, a posio crtica que queremos manifestar, o perfil da pessoa ou

    grupo a que nos dirigimos e o tipo de reao que nosso texto deve despertar.

    Em outras palavras: nosso texto dissertativo deve ser produzido de forma a satisfazer os objetivos que nos propusemos alcanar.

    Existe uma forma j consagrada para a organizao desse tipo de texto. Consiste em estruturarmos o material de que dispomos em trs momentos

    principais: a introduo, o desenvolvimento e a concluso.

    Introduo: E o ponto de partida do texto. Por isso, deve apresentar de maneira clara o assunto a ser tratado e tambm delimitar as questes

    referentes a esse assunto que sero abordadas. Dessa forma, a introduo encaminha o leitor, colocando-lhe a orientao adotada para o desenvolvimento

    do texto. Atua, assim, como uma espcie de "roteiro". Ao confeccionar a introduo do seu texto, voc pode utilizar recursos que

    despertem o interesse do leitor: formular uma tese, que dever ser discutida e provada pelo texto; lanar uma afirmao surpreendente, que o corpo do texto

    tratar de justificar ou refutar; propor uma pergunta, cuja resposta ser dada

    no desenvolvimento e explicitada na concluso.

    Desenvolvimento: a parte do texto em que ideias, conceitos, informaes, argumentos de que voc dispe sero desenvolvidos, de forma organizada e cri-

    teriosa. O desenvolvimento deve nascer da introduo: nesta, apontam-se as ques-

    tes relativas ao assunto que ser abordado; naquele, essas questes devem ser desenroladas, avaliadas sempre por partes, de forma gradual e progressiva. A introduo j anuncia o desenvolvimento, que retoma, ampliando e desdobrando, o que l foi colocado de forma sucinta.

    O contedo do desenvolvimento pode ser organizado de diferentes ma-neiras, de acordo com as propostas do texto e as informaes disponveis.

    Vamos ter a oportunidade de tomar contato e trabalhar com essas diferentes formas de organizao na seo de leitura e criao deste captulo.

    Concluso: a parte final do texto, um resumo forte e sucinto de tudo aquilo que j foi dito. Alm desse resumo, que retoma e condensa o contedo anterior

    do texto, a concluso deve expor claramente uma avaliao final do assunto

  • discutido. Nessa parte, tambm se podem fazer propostas de ao (que no

    devem adquirir ares de profecia).

    Tipologia Textual - Exposio

    Esquema em causa e consequncia ou efeito cascata

    COMO SE FORMOU O TSUNAMI QUE J MATOU MAIS DE 150 MIL

    As ondas gigantes que atingiram a sia e a frica formaram-se devido ao choque de duas placas tectnicas a cerca de 5 mil metros de profundidade. A

    coliso gerou um terremoto de 9 graus na escala Ritcher, liberando no mar uma energia equivalente exploso de 32 mil bombas como a de Hiroshima ou 4,5

    vezes a produo anual da usina de Itaipu.

    O impacto causou um rebaixamento de 20 m na zona de choque das placas, como um buraco no fundo do mar. Para preench-lo, uma massa de 1,3

    trilho de m3 do oceano foi deslocada, entrando mais gua do que foi necessrio. A muralha excedente de gua foi expelida para a superfcie e se

    propagou como ondas. O efeito parecido com o que acontece quando se joga uma pedra numa piscina.

    A velocidade Inicial das ondas foi de 800 km/h. Quanto mais fundo e menos obstculos pelo caminho, mais rpido elas se movimentaram. medida

    que se aproximaram do continente, perderam velocidade e ganharam altura. por isso que no alto mar elas no foram percebidas. Ao chegarem na costa,

    destruram quilmetros adentro.

    ISTO /1839-12/01/2005

    Apresentao da causa inicial

    Anlise de um elemento de

    conseqncia (da causa inicial) e de causa

    (do prximo elemento).

    Anlise de um outro elemento de

    consequncia e causa.

    Anlise de um ltimo elemento de

    conseqncia e causa.

    Apresentao da conseqncia final

    Esse esquema ideal para temas muito tericos ou mesmo para textos expositivos.

    Introduo

    Geral 1 Pargrafo

  • Lead ou Lide

    Engavetamento tumultua BR-356

    Um acidente envolvendo trs veculos tumultuou, na manh de ontem, o trnsito no Km 7 da BR-356, altura do Bairro Olhos dgua, regio do Barreiro, em Belo Horizonte. Por volta das 8:30h, quando o motorista Jos Carlos Magalhes, de 27 anos, se assustou com um Corsa, parado na faixa da

    esquerda, e bateu na mureta central. Jos Victor Porcaro Ribeiro, de 20 anos, que vinho logo atrs, num Golf, perdeu o controle e tambm se chocou contra a

    murada. Em seguida, o Palio Weekend conduzido por Luciana Soares Navarro, de 18, trombou no Golf, arremessando-o contra os demais carros. Todos

    sofreram pequenas escoriaes e ferimentos leves. Estado de Minas 21/01/2007

    Elementos tcnicos de elaborao do lead

    O que - Definio literria e pessoal do tema central que ser abordado no texto.

    Quem - Referncia pessoa, ao objeto, ao animal ou ao fato envolvido no texto.

    Quando - Em que momento, ocasio ou poca ocorre o assunto estudado. Onde - Em que lugar se desenvolve o tema em questo.

    Como - De que maneira ocorrem os processos abordados no texto. Por que - A justificativa, razo ou motivo pelo qual o assunto ocorre.

    Concluso ou conseqncia (se houver) A que abordagem o assunto leva ao final.

    OBSERVAES:

    1. O autor do texto no obrigado a utilizar todos os tpicos, somente aqueles que se aplicam ao assunto abordado. 2. Novos tpicos podem ser inseridos como: aspecto, tamanho, forma ou cor. 3. A ordem dos fatores no altera o produto.

    Gnero Peas Tcnicas

    Normalmente, o que chamam pea tcnica, nada mais que a um caso concreto que o candidato tem de avalia em relao a uma lei, doutrina,

    jurisprudncia, estudo de nossa rea ou teoria. Vejam abaixo o texto do Othon Garcia a respeito de Redao Tcnica

    O que redao tcnica

    Por essa introduo, pode o leitor pensar que redao tcnica algum

    bicho-de-sete-cabeas. No . Na verdade, os princpios bsicos em que se assenta so os mesmos de qualquer tipo de composio (clareza, correo,

  • coerncia, nfase, objetividade, ordenao lgica, etc.), embora sua estrutura e

    seu estilo apresentem algumas caractersticas prprias. Na definio sumria de Margaret Norgaard, redao tcnica qualquer

    espcie de linguagem escrita que trate de fatos ou assuntos tcnicos ou cientficos, e cujo estilo no deve ser diferente de outros tipos de composio. Ressalte-se, entretanto, como faz a prpria Autora, a relevncia da clareza, da lgica e da preciso, qualidades que no excluem a imaginao.

    A redao tcnica - acrescenta a Autora - necessariamente objetiva quanto ao ponto de vista, mas uma objetividade completamente desapaixonada

    torna o trabalho de leitura penoso e enfadonho por levar o autor a apresentar os fatos em linguagem descolorida, sem a marca da sua personalidade.

    Opinies pessoais, experincia pessoal, crenas, filosofia de vida e dedues so necessariamente subjetivas, no obstante constituem parte integrante de

    qualquer redao tcnica meritria. A bem dizer, toda composio que deixe em segundo plano o feitio artstico

    da frase, preocupando-se de preferncia com a objetividade, a eficcia e a

    exatido da comunicao, pode ser considerada como redao tcnica. Nesse caso, a redao oficial, a correspondncia comercial e bancria, os papis e

    documentos notariais e forenses constituem redao tcnica. Entretanto, parece conceito pacifico o de que tal expresso designa apenas aquelas formas de

    comunicao escrita de incontestvel carter cientfico, e especialmente da rea das cincias experimentais. nesse sentido restrito que passamos a empregar as expresses equivalentes redao tcnica ou redao cientfica.

    Tipos de redao tcnica ou cientfica

    H diversos tipos de redao tcnica: as descries e narraes tcnicas propriamente ditas, os manuais de instruo, os pareceres, os relatrios, as

    teses e dissertaes cientficas (monografias em geral) e outros. Alguns no chegam a ter individualidade prpria, j que so sempre parte de outros, como as duas primeiras citadas e mais o sumrio cientfico. O mais importante de

    todos, entretanto, o relatrio, no s porque h dele vrias espcies mas tambm porque, dada a sua estrutura, nele se pode incluir um grande nmero

    de trabalhos de pesquisas usualmente publicados em revistas cientficas sob a denominao genrica de artigos.

    O estudo da estrutura e das caractersticas formais dos diferentes tipos de redao tcnica exigiria um desenvolvimento que esta obra j no pode comportar, pois alm das prescries de ordem geral, seria indispensvel apresentar certo nmero de modelos comentados. Em virtude disso, vamos

    limitar-nos descrio tcnica, que est presente em todos os tipos de redao cientfica, e ao relatrio.

    GARCIA, Othon M. Comunicao em prosa moderna. Rio, FGV, 1978

    Estudo de caso

    O estudo de caso, em sua essncia, tenta esclarecer ou elucidar uma deciso a ser tomada, como ela foi implementada, resultados alcanados. H vrios estudos de caso, mas podemos destacar o estudo de caso explanatrio, que trabalha com relaes de causa e consequncia, e o estudo de caso exploratrio, que trabalha com relao descritiva.

  • O estudo de caso investiga um fenmeno contemporneo dentro de seu contexto real, mltiplas fontes e evidncias so utilizadas. Normalmente, h proposies orientadoras do estudo, enunciadas a partir de questes secundrias, nesses casos, deve-se estabelecer a lgica que ligar as proposies ao estudo, alm de critrios para interpretar os achados. Esses critrios so principalmente o referencial terico e categorias. Para que se tenha mais credibilidade devemos estabelecer:

    a) Validade de constructo Devemos estabelecer definies conceituais e operacionais dos principais termos e variveis

    do estudo; b) Validade interna Estabelecer relacionamentos de causa e consequncia. Devemos testar a coerncia interna

    entre as proposies c) Validade externa Devemos estabelecer o domnio de generalizao das descobertas. Analisar investigaes

    assemelhadas d) Confiabilidade Mostrar que o estudo pode ser repetido com resultados assemelhados. Problemas comuns: -Falta de rigor -Vises pessoais de quem elabora -Uso de estrutura em item - Usar ttulo

    Exemplo de Execuo de Relatrio Tcnico

    (CESPE / TCU / 2008) A segregao de funes faz parte de um conjunto

    de atividades de controle consideradas relevantes para uma auditoria das demonstraes contbeis. Significa dizer que se deve fazer com que os

    indivduos no realizem funes incompatveis. Do ponto de vista de controle, funes so consideradas incompatveis quando possvel que um indivduo cometa um erro ou fraude e esteja em posio que lhe permita esconder o erro ou a fraude no curso normal de suas atribuies.

    Considerando que o texto anterior tem carter unicamente motivador, redija

    um relatrio de controle interno sobre os aspectos relacionados segregao de funes em uma organizao auditada, considerando, ainda, que tenham sido

    feitas as seguintes verificaes relevantes a respeito da mencionada organizao:

    um dos responsveis por recebimentos de caixa est tambm autorizado a aprovar abatimentos em contas de clientes e a registrar devolues de vendas;

    um dos responsveis por pagamentos recebe os extratos bancrios e efetua as respectivas conciliaes;

  • somente alguns funcionrios do Departamento de Compras esto autorizados a aprovar as encomendas e efetuar as aquisies, e, mesmo assim, at determinado limite de valor;

    o Departamento de Vendas aprova os crditos de clientes que j efetuaram pelo menos uma operao com a organizao;

    o almoxarife controla o recebimento dos materiais adquiridos e faz a comunicao Contabilidade, que confere essa informao com a cpia do pedido de compra, que j lhe fora encaminhado;

    ao Departamento de Tecnologia da Informao cabe, entre outras atribuies, a correo dos dados submetidos por departamentos usurios.

    Ao elaborar seu texto, analise cada uma das situaes descritas acima, apontando eventuais falhas ou pontos fracos e sugerindo possveis modificaes nos procedimentos adotados, relativos aos diferentes setores e responsveis pelas operaes da organizao em apreo.

    Resoluo

    1. Trata-se de Relatrio acerca dos sistemas de controles internos da organizao X, com nfase nos aspectos relacionados segregao de funes dos indivduos que atuam nas reas operacionais. Verificar-se- a adequao dos procedimentos estabelecidos com vistas ao aprimoramento e

    aumento da efetividade do controle interno. 2. Detectou-se que o responsvel pelos recebimentos de caixa est,

    tambm, autorizado a aprovar abatimentos em contas de clientes e a registrar devolues de vendas realizadas. O mecanismo falho na medida em que favorece a ocorrncia de fraudes. H possibilidade de concesso de descontos fictcios pelo indivduo como forma de esconder desvios de caixa. Para uma

    adequada segregao de funes, aquele que concede descontos no deve ser

    o responsvel pelo caixa. Ao contrrio, para a preservao do ativo, o desconto concedido deve ser alvo de verificao no ato do recebimento do numerrio, de

    maneira que haja controles mtuos entre os agentes. 3. Na rea de pagamentos, percebeu-se que o funcionrio que os efetua

    est, ao mesmo tempo, a cargo de receber os extratos e efetivar as conciliaes. O controle institudo inadequado, pois gera oportunidade de desvio de numerrio no ato dos pagamentos o agente capaz de pagar a menor ou a maior e, posteriormente, confirmar as transaes inidneas na

    conciliao. Recomenda-se a segregao de funes entre o indivduo que faz os pagamentos e o que realiza as conciliaes, para que o ultimo controle os

    atos do primeiro. 4. No departamento de compras, somente alguns funcionrios so

    autorizados a aprovar as encomendas e efetuar as aquisies, at determinado limite de valor. Ressalte-se que a sistemtica correta. O estabelecimento de limites de alada, acima dos quais apenas determinados funcionrios de maior

    hierarquia podem aprovar as compras, reduz a probabilidade de fraudes nas aquisies de grande vulto e diminui o risco inerente e de controle no

    departamento. 5. Quanto ao setor de vendas, verificou-se que esse capaz de aprovar os

    crditos de clientes que j efetivaram ao menos uma operao com a organizao. As funes so incompatveis e a regra vigente falha. Os vendedores esto em posio de aprovar crditos sem a segurana quanto ao

  • recebimento com o objetivo de maximizar as vendas. Ocorre, na situao,

    conflito de interesses entre os vendedores e a organizao, que no desejaria conceder crdito com elevado risco. Sugere-se segregar as funes mediante

    criao de departamento de crdito, que analisar as propostas de modo a manter o risco de crdito em nvel tolervel, sem prejuzo das vendas.

    6. No almoxarifado, o encarregado recebe os materiais e comunica Contabilidade, que confere a informao com o pedido de compra. O controle

    interno, na espcie, adequado, pois permite que a Contabilidade fiscalize as entradas de materiais e coteje os recebimentos com os pedidos de compra. necessrio, porm, uma verificao peridica (inspeo) dos elementos do almoxarifado, para conferir as quantidades declaradas pelo setor com as

    constantes dos registros contbeis. 7. Observou-se, por fim, que o departamento que cuida da Tecnologia da

    Informao (TI) est autorizado a alterar dados submetidos por outros usurios. Essa competncia no deve ser conferida ao setor, pois viabiliza fraudes por

    meio de conluio com os setores responsveis. A rea de TI deve ser restringir operacionalizao dos sistemas, sem prejuzo da possibilidade de monitorar as aes dos usurios em desconformidade com as regras. Nesses casos, o

    departamento deve comunicar administrao. 8. Pelo exposto, apenas os procedimentos relatados nos itens 4 e 6 esto adequados. Os

    demais apresentam falhas que devem ser objeto de correo por parte da alta administrao. A Auditoria coloca-se disposio para sugerir outras mudanas nos sistemas de controle interno.

    Dvidas frequentes

    O contedo do texto deve ser adequado ao tema proposto. No use ttulo. Os pargrafos devem ficar 2,5 centmetros de distncia da margem

    e sempre alinhados.

    No se pode pular linhas entre os pargrafos. Essa marcao dever ser dada pelo espao de centmetros.

    No ultrapasse as margens (direita e esquerda) e no deixe de atingi-las.

    Apresente letra legvel. A letra de forma no ser aceita. Evite rasuras, caso erre, anule o erro com um leve trao. Parnteses

    devem ser usados para indicar observaes pessoais, no para anular erros.

    Escreva com caneta azul ou preta (verifique o edital) e no mude de caneta durante o texto.

    No exceda o nmero de linhas pautadas. Faa o texto com aproximadamente cinco linhas aqum ou at o nmero de linhas que

    foram pedidas.

    No grife nenhuma informao do seu texto. Se quiser dar nfase a algo, utilize inverses sintticas. Porm, no faa inverses o tempo

    todo. Faa um bom rascunho antes de passar o texto a limpo. Se precisar

    alterar alguma coisa, faa-o no rascunho. Verifique o tema antes de escolher qual pessoa do discurso utilizar.

  • Evite a 2 pessoa, pois voc estar se comunicando com a banca. Tenha uma boa diversidade vocabular, em casa consulte sempre um

    dicionrio para retirar palavras repetidas ao longo do texto.

    Evite frases feitas. Procure ser claro e conciso. Nmeros at dez devem vir por extenso, os demais podero ser

    escritos em algarismos.

    Evite siglas desconhecidas. Ao usar siglas, escreva por extenso a primeira vez e coloque a sigla

    entre parnteses. Depois, caso haja uma segunda citao, utilize apenas a sigla.

    A linguagem deve refletir o padro culto da lngua, portanto, no utilize grias ou palavras de baixo calo.

    Use conectivos (palavras de ligao) entre os pargrafos. As ideias devem ser articuladas.

    No utilize palavras de sentido vago. Procure no generalizar. Os argumentos devem ser analisados de forma crtica. No utilize sua vida pessoal como argumento. A concluso deve ser coerente com a tese e a argumentao. Leia bastante sobre o assunto antes de escrever sobre ele.

    Orientaes Gerais

    Ao responder: Entenda a Pergunta;

    Conhea o assunto; Responda rapidamente (resumo / esquema guia);

    Escolha a Estrutura; Escreve as ideias;

    Faa lapidao do texto;

    Verso Final.

    Importncia da coeso

    1) O brasileiro pode ser extraditado? Justifique. (XII CICMP/SP -

    Nova fase - 1988)

    O brasileiro nato nunca pode ser extraditado. O naturalizado pode, desde que:

    - se o crime foi posterior naturalizao, seja de trfico de drogas;

    - se o crime foi anterior naturalizao, qualquer crime, desde que no seja poltico ou de opinio.

  • Parfrase com coeso

    1) O brasileiro pode ser extraditado? Justifique. (XII CICMP/SP - Nova fase - 1988)

    O brasileiro nato nunca pode ser extraditado. J o naturalizado pode, desde

    que tenha cometido crime de trfico de drogas, posterior ou no naturalizao

    ou caso tenha cometido qualquer crime crime anterior naturalizao, desde

    que no sejam crimes polticos ou de opinio.

    Alexandre Henry Estudos para o concurso de Juiz Federal

    2) Identifique o contedo dos seguintes princpios administrativos: a) razoabilidade; b) eficincia; c) publicidade; d) moralidade ou

    probidade. (TRF da 4 Regio IX Concurso para Juiz Federal)

    a)Razoabilidade: o contedo de tal princpio est ligado, basicamente, aos

    atos da Administrao, em especial queles discricionrios. O princpio visa a estabelecer limites de ao para o administrador, para que ele, em sua

    liberdade, no ultrapasse os limites do razovel. Celso Antnio Bandeira de Mello: Enuncia-se com este princpio que a Administrao, ao atuar no exerccio de discrio, ter de obedecer a critrios aceitveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas e respeitosas

    das finalidades que presidiram a outorga da competncia exercida. b) Eficincia: o contedo de tal princpio a prtica dos atos

    administrativos com o maior e melhor resultado possvel para a consecuo do bem comum, utilizando o mnimo de recursos possvel. Alexandre de Moraes:

    "Assim, princpio da eficincia o que impe administrao pblica direta e indireta e a seus agentes a persecuo do bem comum, por meio do exerccio

    de suas competncias de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, rimando pela adoo

    dos critrios legais e morais necessrios para melhor utilizao possvel dos

    recursos pblicos, de maneira a evitarem-se desperdcios e garantir-se maior rentabilidade social.

    c) Publicidade: tem-se aqui o direito ao conhecimento e fiscalizao dos atos pblicos que cabe a todos os cidados. Jos Afonso da Silva: "A publicidade

    sempre foi tida como um princpio administrativo, porque se entende que o Poder Pblico, por ser pblico, deve agir com a maior transparncia possvel, a

    fim de que os administrados tenham, a toda hora, conhecimento do que os administradores esto fazendo.

    d) Moralidade ou probidade: o contedo de tal princpio a lisura no trato com a coisa pblica, a atuao do agente estatal de acordo com a lei, a

    decncia, a busca do bem comum. Hely Lopes Meirelles: A moralidade administrativa constitui hoje em dia, pressuposto da validade de todo ato da

    Administrao Pblica (Const. Rep., art. 37, caput). No se trata diz Hauriou,

  • o sistematizador de tal conceito da moral comum, mas sim de uma moral jurdica, entendida como o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administrao. Desenvolvendo a sua doutrina, explica o mesmo autor que o agente administrativo, como ser humano dotado da capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o honesto do

    desonesto. E, ao atuar, no poder desprezar o elemento tico de sua conduta. Assim, no ter que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto,

    o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas tambm entre o honesto e o desonesto. Por consideraes de direito e de moral, o ato

    administrativo no ter que obedecer somente lei jurdica, mas tambm lei tica da prpria instituio, porque nem tudo que legal honesto, conforme j

    proclamavam os romanos non omne quod licet honestum est. A moral comum, remata Hauriou, imposta ao homem para sua conduta externa; a

    moral administrativa imposta ao agente pblico para a sua conduta interna, segundo as exigncias da instituio a que serve, e a finalidade de sua ao: o

    bem comum.

    Alexandre Henry Estudos para o concurso de Juiz Federal

    Parfrase com coeso

    Identifique o contedo dos seguintes princpios administrativos: a)

    razoabilidade; b) eficincia; c) publicidade; d) moralidade ou probidade. (TRF da 4 Regio IX Concurso para Juiz Federal)

    Os princpios administrativos so essenciais para a manuteno da

    organizao administrativa do pas.

    O princpio de razoabilidade est relacionado, basicamente, aos atos da Administrao, em especial queles discricionrios, um princpio que visa a

    estabelecer limites de ao para o administrador, para que ele, em sua liberdade, no ultrapasse os limites do aceitvel. Celso Antnio Bandeira de

    Mello explica que com este princpio a Administrao, quando atua no exerccio de discrio, tem de obedecer a critrios aceitveis em relao a um ponto de

    vista racional, vinculado ao senso normal de pessoas equilibradas e que respeitam as finalidades criadas pela estrutura competente.

    J o contedo do princpio da eficincia est vinculado prtica dos atos administrativos com o objetivo de atingir os melhores resultados possveis

    para a consecuo do bem comum, utilizando o mnimo de recursos possvel. Segundo Alexandre de Moraes o princpio da eficincia faz impor

    administrao pblica direta e indireta e a seus agentes o bem comum devido ao fato de usar suas competncias de uma forma imparcial, e transparente, o

    que a torna participativa e eficaz. Isso diminui a burocracia e melhora a

    qualidade, por meio de critrios legais e morais necessrios para utilizao dos recursos pblicos, assim, evitam-se desperdcios e garante-se maior

    rentabilidade social.

  • H, ainda, a publicidade, esse princpio est vinculado ao

    conhecimento e fiscalizao dos atos pblicos que cabe a todos os cidados. Jos Afonso da Silva se refere a esse conceito como um princpio administrativo

    porque, para ele, se entende que o Poder Pblico, por ser pblico, tem de agir com transparncia para que os administrados tenham, a todo momento,

    conhecimento do que os administradores esto fazendo. Por fim tem-se a moralidade ou probidade que um princpio

    relacionado lisura no trato com a coisa pblica, a atuao do agente estatal de acordo com a lei, a decncia, a busca do bem comum. O terico Hely Lopes

    Meirelles diz que a moralidade administrativa constitui pressuposto da validade do da Administrao Pblica, por isso, no se trata da moral comum, mas de

    uma moral jurdica, Desenvolvendo a sua doutrina, explica o mesmo autor que o agente administrativo, como ser humano dotado da capacidade de atuar,

    deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o honesto do desonesto. E, ao atuar, no poder desprezar o elemento tico de sua conduta. Assim o ato

    administrativo no ter que obedecer somente lei jurdica, mas tambm lei

    tica da prpria instituio, pois nem tudo que legal honesto. O autor ainda explica que a moral comum imposta ao homem para sua conduta externa; j

    a moral administrativa imposta ao agente pblico para a sua conduta interna e a finalidade de sua ao sempre o bem comum.

    Diante do exposto, tem-se a relevncia dos princpios administrativos supracitados.

    3) TRE SP Discorra, com clareza e coeso, sobre os Partidos Polticos,

    abordando os seguintes aspectos: Natureza jurdica. Autonomia. Esfera de ao. Relevncia do registro dos estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Vedaes.

  • EXEMPLOS DE ESTUDO DE CASO: ADAPTADO - FCC\2014\ TRF 3. REGIO\ ANALISTA JUDICIRIO REA

    JUDICIRIA ESTUDO DE CASO

    Ser atribuda nota ZERO Prova de Estudo de Caso que, no Caderno de

    Respostas Definitivo:

    a) for assinada fora do local apropriado; b) apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificao

    do candidato; c) for escrita lpis, em parte ou em sua totalidade;

    d) estiver em branco; e) apresentar letra ilegvel e/ou incompreensvel.

    A Prova de Estudo de Caso ter carter eliminatrio e classificatrio. Cada uma

    das questes ser avaliada na escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos, considerando-se habilitado o candidato que tiver obtido, no conjunto das duas

    questes, mdia igual ou superior a 60 (sessenta). Devero ser rigorosamente observados os limites de linhas do Caderno de

    Respostas Definitivo. Em hiptese alguma ser considerada pela Banca Examinadora a redao escrita neste rascunho.

    Redija seu texto final no Caderno de Respostas Definitivo do Estudo de Caso.

    QUESTO 1

    Empresa contribuinte ingressou com Ao Declaratria de Inexistncia de Obrigao Tributria cumulada com Ao para Repetio do Indbito em face

    do INSS Instituto Nacional de Seguridade Social, alegando, em sntese, que no incide contribuio social sobre as verbas salariais de natureza

    indenizatria, tais como adicional noturno, insalubridade, hora-extra, salrio-maternidade, tero constitucional de frias e frias indenizadas, adicional de

    periculosidade, salrio famlia, aviso prvio, salrio educao, auxlio-doena e auxlio-creche. Requer, em sede de tutela antecipada, a imediata suspenso de

    recolhimento de contribuio social sobre estas verbas e, aps a declarao de inexistncia de obrigao tributria de pagar contribuio social sobre verbas

    indenizatrias, que lhe sejam restitudos os valores pagos a este ttulo nos ltimos dez anos.

    Considerando que a Constituio Federal dispe no art. 195, inciso I, que a contribuio social do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada,

    incide sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem

    vnculo empregatcio, analise, fundamentadamente, a constitucionalidade da incidncia deste tributo sobre as verbas indenizatrias, bem assim a pretenso

    da empresa quanto restituio de valores j recolhidos.

    QUESTO 2

  • Ricardo, servidor pblico ocupante de cargo efetivo em Tribunal Federal, utilizou

    veculo pertencente ao Tribunal para fins estranhos ao servio, retirando-o, sem a devida autorizao da garagem do edifcio no qual funciona o Tribunal, para

    realizar, no final de semana, viagem ao litoral. Carlos, amigo de Ricardo, conduziu o veculo e transportou, alm de Ricardo, mais quatro passageiros,

    cobrando dos mesmos R$ 50,00 (cinquenta reais) pelo traslado. Carlos conhecia a procedncia do veculo. Saulo, chefe imediato de Ricardo, sabia do

    ocorrido e no adotou qualquer medida para impedir que Ricardo utilizasse o veculo oficial em proveito prprio e tampouco comunicou ao Diretor da

    repartio.

    Considerando as disposies da Lei no 8.112/90, que trata do regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, bem como a Lei no 8.429/92, que

    estabelece as sanes aplicveis aos atos de improbidade administrativa, responda, fundamentadamente, s seguintes indagaes:

    a. A que penalidade Ricardo est sujeito? Quem a autoridade competente para

    aplicao da pena e quais so as fases do correspondente processo disciplinar? Qual o prazo prescricional da correspondente ao disciplinar? Esse prazo

    passvel de interrupo? Em caso positivo, em que hiptese(s)? b. Ricardo se sujeita, mesmo na hiptese de condenao na esfera

    administrativa, s sanes previstas na Lei de Improbidade Administrativa? Quais seriam essas sanes? Carlos, que no servidor pblico, tambm est

    sujeito s referidas sanes? determinante, para fins de configurao da(s) conduta(s) como ato de improbidade, a comprovao do dano ao patrimnio

    pblico? c. Saulo tambm pode responder por ato de improbidade? Admite-se que

    conduta omissiva seja configurada como ato de improbidade?

  • FCC\2008\ TRT 18 REGIO\ ANALISTA JUDICIRIO - REA ADMINISTRATIVA

    ESTUDO DE CASO

    QUESTO

    Em razo de fortes chuvas que caram sobre a cidade, o prdio do TRT ficou

    totalmente destelhado, colocando em risco a segurana dos funcionrios e equipamentos. Diante desse quadro, h necessidade de conserto urgente do

    telhado, cujo custo estimado ultrapassa o de dispensa de licitao pelo valor. O Presidente do Tribunal pretende incluir nessa obra a reforma do anexo do

    Tribunal, que no foi atingido pelas chuvas.

    Elabore parecer sucinto com proposta de contratao de obras e servios,

    abordando os seguintes aspectos legais:

    a) se deve ser realizada licitao e, nesse caso, de que tipo; b) no sendo o caso de realizar licitao, se a hiptese de dispensa ou de

    inexigibilidade; c) se, alm da reconstruo do telhado, pode ser includa a reforma do anexo;

    d) se h necessidade de publicao do despacho do Presidente autorizando a contratao na forma proposta no parecer, ou se a urgncia da situao

    justifica a dispensa da publicao.