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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSASETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CAMILA MARSZALECKJORGE LUIZ DA SILVEIRA FILHO
DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇO DE SAÚDE: UM ESTUDO COMPARATIVO
PONTA GROSSA2005
CAMILA MARSZALECK
JORGE LUIZ DA SILVEIRA FILHO
DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇO DE SAÚDE:
UM ESTUDO COMPARATIVO
Monografia apresentada como requisito para
a obtenção do titulo de Especialista em
Engenharia de Segurança do Trabalho, do
Curso de Especialização em Engenharia de
Segurança do Trabalho, do Setor de
Ciências Agrárias e de Tecnologia da
Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Orientadora: Profª Esp. Susana Bastos
Martins Mikowski
PONTA GROSSA
2005
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RESUMO
O trabalho tem por objetivo comparar duas instituições de saúde, um hospital privado e unidade de saúde pública localizados na cidade de Curitiba-pr, desde a sua produção até sua destinação final acompanhando algumas das suas etapas (coleta e transporte interno, armazenamento e transporte externo). A priori foi feita uma explanação geral de todos os resíduos existentes em estabelecimentos de saúde. Também foram classificados segundo seu potencial infectante. Apresentamos algumas formas de destinação final deste resíduo que, apesar de não fazer parte de nossa análise, é de extrema importância para que o ciclo de gestão do resíduo se complete. Para tanto apontamos aspectos positivos e negativos de cada sistema. Ao final, concluímos que ambas as instituições são semelhantes no que diz respeito aos procedimentos, diferenciando-se nos equipamentos utilizados, já que a verba disponível para cada instituição é muito divergente.
Palavras – chave: Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde, processo, estudo
comparativo.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................7
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................9
2.1 HISTÓRICO......................................................................................................9
2.2 O RESÍDUO SÓLIDO DE SERVIÇOS DE SAÚDE.........................................10
2.3 CARACTERIZAÇÃO VIROLÓGICA E BACTERIOLÓGICA DOS RSSS.........15
2.4 OS MICROORGANISMOS ENCONTRADOS EM RSSS.................................16
2.4.1 Coliformes........................................................................................................16
2.4.2 Staphylococus aureus......................................................................................16
2.4.3 Candida albicans..............................................................................................16
2.4.4 Pseudomonas...................................................................................................17
2.4.5 Vírus.................................................................................................................17
2.5 GERAÇÃO DE RSSS.......................................................................................17
2.6 MANEJO DE RSSS..........................................................................................18
2.6.1 Equipamentos de coleta interna.......................................................................19
2.6.2 Carro da coleta interna.....................................................................................20
2.6.3 Equipamento de coleta externa........................................................................21
2.6.4 Contêiner..........................................................................................................21
2.6.5 O veículo coletor...............................................................................................22
2.7 ACONDICIONAMENTO DE RSSS.................................................................24
2.7.1 Grupo A: resíduo infectante ou biológico.........................................................25
2.7.2 Grupo B: resíduos químicos.............................................................................28
2.7.3 Grupo C: resíduos comuns...............................................................................29
2.8 DISPOSIÇÃO FINAL........................................................................................31
2.9 INERTIZAÇÃO DE RSSS................................................................................32
2.9.1 Incineração.......................................................................................................32
2.9.2 Esterilização.....................................................................................................33
2.9.3 Desinfecção......................................................................................................33
3 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA.............................................................34
4 MÉTODOS DE PESQUISA.............................................................................36
5 ANÁLISE DOS DADOS...................................................................................37
5.1 Unidade Pública de Saúde..............................................................................37
5.1.1 Aspectos Positivos...........................................................................................37
5.1.2 Aspectos Negativos..........................................................................................37
5.2 Unidade Privada de Saúde..............................................................................39
5.2.1 Aspectos Positivos...........................................................................................39
5.2.2 Aspectos Negativos..........................................................................................39
6 CONCLUSÃO..................................................................................................42
REFERÊNCIAS..............................................................................................................43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA....................................................................................45
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ÍNDICE DE FIGURAS
figura 1. Simbologia utilizada para distinguir os RSSS...............................................15
figura 2. (a - b) – Dois exemplos de carros de coleta interna.....................................20
figura 3. (a - c) – Veículos coletores...........................................................................23
figura 4. (a - b) – Acondicionamento de RSSS...........................................................25
figura 5. Incineração de RSSS....................................................................................33
figura 6. Aspectos positivos (a) área de disposição bem sinalizada;
(b) piso de fácil limpeza........................................................................38
figura 7. Aspectos negativos (a) carrinho de coleta de difícil manuseio;
(b) sala de materiais com saída para o esgoto.....................................38
figura 8. Aspectos positivos (a) veículo coletor de fácil manuseio confeccionado
em material leve; (b) depósito com tubulação de drenagem e piso de
fácil higienização; (c) depósito com ventilação superior.......................40
figura 9. Aspectos negativos – sala de armazenamento sem identificação................41
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 A geração de RSSS pelo mundo..................................................................18
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho é um estudo comparativo entre dois tipos de estabelecimentos de
saúde (hospital privado e unidade de saúde pública), no que diz respeito à coleta,
armazenamento e disposição final dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde
(RSSS). Ambos estão localizados na cidade de Curitiba / PR e são semelhantes nos
atendimentos que oferecem a seus pacientes: pronto atendimento, maternidade,
internação, centro cirúrgico e unidade de tratamento intensivo (UTI).
Apontamos as formas corretas de gerenciar os resíduos sólidos dos serviços de
saúde de acordo com a Resolução da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) à qual referencia a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 306, de 7 de
dezembro de 2004 bem como as falhas detectadas nos estabelecimentos visitados.
Abordaremos aspectos significativos nesse processo, resultando num conceito geral de
cada instituição no que se relaciona com RSSS.
Optamos por este tema porque a preocupação com a segurança do trabalho é
um fato recente no âmbito mundial e vem se aprimorando ao longo do tempo. Apesar
das leis de segurança e higiene do trabalho serem criadas diretamente para o
funcionário, o importante é se pensar que não apenas ele vai se beneficiar das
mesmas, mas também o empregador, que terá na integridade física e mental de seus
funcionários uma forma de preservar um “bem” tão valioso como os recursos humanos
de sua empresa.
O meio ambiente interage com o ser humano, devendo então ocorrer harmonia
entre as duas partes. A crescente poluição do ar, das águas e dos solos é preocupante,
e por isso deve ser tratada de modo especial. Como os resíduos sólidos de serviços de
saúde são responsáveis por considerável parte desta poluição, tornou-se assunto do
trabalho que aqui se apresenta.
Apresentamos medidas que evitam a agressão ao meio ambiente e contribuem
para a preservação da saúde dos seres que usufruem dele, pois como qualquer
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processo natural, o gerenciamento de resíduos está governado por um conjunto de leis,
sendo que o primeiro poderia resumir-se na seguinte frase: “Eu sou, portanto eu
contamino”. (SCHNEIDER, 2001, p.3)
A grande questão deste estudo é: os resíduos sólidos hospitalares vêm sendo
coletados, armazenados e depositados de maneira correta?
Foram comparados um caso de serviço público de saúde e um serviço particular
e sugerimos melhorias, quando necessárias, no que diz respeito à coleta,
armazenamento e disposição final dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde
(RSSS).
Com a finalidade de situar o leitor nas partes que compõem o trabalho
apresentamos uma síntese de cada parte do trabalho:
Fundamentação Teórica: Apresentamos um breve histórico contemplando os
primórdios da segurança no trabalho, definição de resíduo de saúde e suas
classificações, a geração, o manejo, o acondicionamento, disposição final e a possível
inertização do RSSS.
Caracterização da Pesquisa: o leitor tem neste capitulo uma visão da estrutura
dos estabelecimentos analisados, contando com a localização, capacidade de
pacientes, produção diária de resíduos sólidos, justificativa da pesquisa e a metodologia
adotada.
Métodos de Pesquisa: quais os encaminhamentos para a coleta de dados e para
a obtenção dos resultados. Procedimentos, e caracterização dos instrumentos
utilizados para a coleta de dados.
Análise dos Dados: apresentamos os aspectos positivos e negativos de cada
instituição no que diz respeito à coleta, armazenamento e disposição final dos Resíduos
Sólidos dos Serviços de Saúde (RSSS).
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 HISTÓRICO
Durante milênios, não se tomava qualquer cuidado com a saúde dos
trabalhadores. Os primeiros registros da preocupação com a saúde dos trabalhadores
datam do século XVI, mas o principal marco ocorreu em 1700 com a publicação da obra
De morbis artificum diatriba, de Ramazzini. (PACHECO JR., 1995, p. 13)
O grande desenvolvimento veio, entretanto, a partir da Revolução Industrial onde
foram criadas as primeiras leis trabalhistas visando proteger o ser humano. Isso porque
a falta de segurança das primeiras máquinas e o ruído provocado por elas, ocasionava
muitos acidentes e doenças ocupacionais, trazendo prejuízos aos industriais que
tinham nos recursos humanos sua principal riqueza.
No Brasil, as relações com higiene e segurança do trabalham chegaram
tardiamente. O decreto 5452/43, de 1943, baseada na Carta del Lavoro italiana,
regulamenta a segurança do trabalho além de transformar os sindicatos em entidades
de direito público. Em 1978, a portaria 3214, instituiu 28 Normas Regulamentadoras,
com o intuito de normatizar tecnicamente aspectos relacionados à área de medicina e
segurança do trabalho. (ARCURI et al, 1996, p.21)
Além das Normas Regulamentadoras, a Carta Constitucional de 1988 traz a CLT
(Consolidação das Leis Trabalhistas) que apresenta basicamente a legislação
correspondente à medicina e segurança do trabalho.
Ao longo do tempo, mudou-se a visão de higiene e segurança do trabalho. Os
problemas começaram a ser vistos de maneira globalizada, preocupando-se agora com
segurança, saúde e meio ambiente.
2.2 O RESÍDUO SÓLIDO DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Os resíduos sólidos de serviços de saúde (RSSS) representam uma pequena
parcela de todos os resíduos gerados pela sociedade. Apesar disso, seu alto poder
infectante, pode causar diversas doenças, por isso devem ser tratados com maior
cuidado.
Estes resíduos gerados podem ser desde resíduos inofensivos, como entulhos
da construção civil, até resíduos perigosos, como sangue contaminado com HIV ou
hepatite. No Brasil, existem três classificações relacionadas ao tratamento dos
Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde. A ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), através da NBR 12808/1993 dividiu os resíduos hospitalares em três grupos:
infectante, especial e comum.
De acordo com o Reforsus (Reforço à Reorganização do Sistema Único de
Saúde) de 2000, esta classificação não está de acordo com a Resolução 358/05
CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), não devendo, portanto, ser utilizada
como referencial para adoção de classificação. De acordo com a mesma fonte, as
normas da ABNT servem de suporte para a preparação de um plano de gerenciamento
de resíduos de serviços de saúde, mas, por serem elaboradas por uma instituição
privada, só têm valor legal se forem contempladas por alguma legislação. Em caso de
discordância entre a norma e a lei, prevalece a última.
O CONAMA, através da Resolução 358/2005, trabalha com a existência de cinco
grupos: A – resíduos com risco biológico, B – resíduos com risco químico, C- rejeitos
radioativo, D – resíduos comuns e E – resíduos perfuro cortantes. Além disso, há a
Resolução da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com a RDC 306/2004,
considerada por muitos como branda em relação às demais, ela classifica os RSS em
cinco grupos: A - potencialmente infectantes, B - químicos, C - radioativos, D - comuns
e E – perfurocortantes. Até esta data, o Ministério da Saúde solicitava que os
estabelecimentos de saúde utilizassem a classificação do CONAMA. No mês seguinte,
após a entrada em vigor da resolução, foi concedido um prazo de um ano para que os
mesmos se enquadrassem a suas exigências.10
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I - GRUPO A:
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características
de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
a) A1
1. culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos
biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou
atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou
mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética;
2. resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou
certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com
relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente
que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido;
3. bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas
oriundas de coleta incompleta;
4. sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos,
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
b) A2
1. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem
como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de
microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram
submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica;
c) A3
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1. peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais
vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade
gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não
tenha havido requisição pelo paciente ou familiares;
d) A4
1. kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados;
2. filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares;
3. sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e
secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de
conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco
de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido
ou com suspeita de contaminação com príons.
4. resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo;
5. recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
6. peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de
procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação
diagnóstica;
7. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem
como suas forrações; e
8. bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
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e) A5
1. órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e
demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com
suspeita ou certeza de contaminação com príons.
II - GRUPO B:
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública
ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.
a) produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;
imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando
descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de
medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos
medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações;
b) resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais
pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
c) efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores);
d) efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas; e
e) demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da
ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
III - GRUPO C:
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos
em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da
Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN e para os quais a reutilização é
imprópria ou não prevista.
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a) enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de laboratórios de
pesquisa e ensino na área de saúde, laboratórios de análises clínicas e serviços de
medicina nuclear e radioterapia que contenham radionuclídeos em quantidade superior
aos limites de eliminação.
IV - GRUPO D:
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
a) papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de
vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de
venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como A1;
b) sobras de alimentos e do preparo de alimentos;
c) resto alimentar de refeitório;
d) resíduos provenientes das áreas administrativas;
e) resíduos de varrição, flores, podas e jardins; e
f) resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
V - GRUPO E:
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas
de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e
todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta
sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
Os RSSS podem apresentar três tipos de riscos (BIDONE, 2001, p.7):
Manipulação: atinge a saúde ocupacional de quem manipula este resíduo, tais como ferimento com agulhas ou materiais perfuro-cortantes, contato com sangue infectado e produtos químicos; Infecção hospitalar: pode ser causada pelo desequilíbrio da flora
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bacteriana do corpo do paciente, despreparo dos profissionais, instalações inadequadas, gestão dos resíduos feita de maneira incorreta; Meio ambiente: a disposição irregular provoca a proliferação de vetores e a conseqüente contaminação de solos, água e atmosfera.
A norma que regulamenta a simbologia utilizada para distinguir os RSSS entre os
outros tipos de resíduos e até uns dos outros é a NBR 7.500/2005. Esta norma
estabelece os símbolos convencionais e seu dimensionamento, para serem aplicados
nas unidades de transporte e nas embalagens para identificação dos riscos e dos
cuidados a serem tomados no manuseio, transporte e armazenagem, de acordo com a
carga contida. A Figura 1 apresenta os símbolos de resíduos (a) biológico, (b) tóxico, (c)
radioativo e (d) reciclável. Os resíduos perfurocortantes seguem a mesma simbologia
dos resíduos biológicos.
(a) (b) (c) (d)
figura 1. Simbologia utilizada para distinguir os RSSS
(a) Grupo A: Resíduo Biológico; (b) Grupo B: Resíduo Tóxico; (c) Grupo C: Rejeito Radioativo; (d) Grupo D: Resíduo Reciclável
2.3 CARACTERIZAÇÃO VIROLÓGICA E BACTERIOLÓGICA DOS RSSS
O maior problema existente nos RSSS é certamente a presença de bactérias
patogênicas e vírus. Algumas doenças como salmonelose, tuberculose, disenteria
amebiana, infecções por estafilococos e estreptococos, febre tifóide, infecções de trato
urinário, hepatite e difteria, podem ser adquiridas através da associação dos resíduos
hospitalares com o meio ambiente. (SAITO, 1996, p. 10)
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O contato com seres patogênicos pode se dar por contato direto com resíduo ou
mesmo pela presença de microorganismos no ar. O grau de contaminação vai
depender do tipo de resíduo gerado, do estado em que se encontra, e até mesmo do
clima do dia em que foi colocado em contato com o meio a ser contaminado.
2.4 OS MICROORGANISMOS ENCONTRADOS EM RSSS
Há série de microorganismos encontrados em RSSS. Saito (1996, p.10)
classifica alguns deles.
2.4.1 Coliformes
Os coliformes indicam contaminação fecal, e apesar de não serem patogênicos,
servem como medida indireta da presença de bactérias entéricas patogênicas. Os
estreptococos ocorrem aproximadamente com a mesma freqüência dos coliformes
porém com crescimento inferior.
2.4.2 Staphylococus aureus
Este é um dos microorganismos patogênicos mais importantes na infecção
hospitalar. É difundido por partículas de poeira. É uma bactéria causadora de condições
supurativas, furúnculo, carbúnculo, impetigo infantil e abscessos internos em adultos.
2.4.3 Candida albicans
Fungo patogênico comumente encontrado na pele, nas membranas, mucosas,
oral e vaginal ou nas fezes. As espécies da cândida albicans causam graves infecções,
especialmente nas membranas mucosas (vulvovaginite), na pele (candidíase cutânea)
e nos pulmões (candidíase pulmonar).
2.4.4 Pseudomonas
Este gênero é responsável por inúmeros tipos de infecções tais como: infecções
no trato urinário, infecções secundárias em pacientes com queimaduras graves, bem
como diarréias infantis.16
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Os três últimos microorganismos citados são denominados oportunistas, já que
infectam pacientes cuja resistência a infecções esteja reduzido por alguma outra
doença.
2.4.5 Vírus
Em relação aos vírus pouco se conhece sobre sua persistência nos RSSS
porque o trabalho de identificação destes microorganismos apresentam inúmeras
dificuldades, como presença de desinfectantes nos resíduos, teor de umidade variável,
PH e natureza do conteúdo dos resíduos.
2.5 GERAÇÃO DE RSSS
A evolução da medicina e a crescente preocupação com a higiene fazem com
que, cada vez mais, sejam produzidos materiais descartáveis nos serviços de saúde.
Além disso, a concentração demográfica em áreas urbanizadas e o aumento da
expectativa de vida da população, segundo o Ministério da Saúde, que também
contribuem para uma maior geração de RSSS.
A quantidade de RSSS gerado em uma unidade de saúde depende da área de
atuação do mesmo, seus procedimentos internos, o tipo de alimentação utilizada.
Então, para que haja um parâmetro, a média de resíduo gerado em um dado
estabelecimento é calculado segundo o número de leitos que ele acomoda.
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Tabela 1 A geração de RSSS pelo mundo
País Ano do Estudo
Geração (kg / leito / dia)
Mínima Média MáximaChile 1973 0,97 1,21
Venezuela 1976 2,56 3,10 3,71
Brasil 1978 1,20 2,63 3,80
Argentina 1982 0,82 4,20
Peru 1987 1,60 2,93 6,00
Argentina 1988 1,85 3,65
Paraguai 1989 3,00 3,80 4,50
Fonte: Scheineider apud Monreal, 1993
Entretanto, é necessário ressaltar que esta média de geração de RSSS não se
aplica à farmácias, ambulatórios, postos de saúde, consultórios, clínicas. Para tais
estabelecimentos cabe um estudo caso a caso.
A resolução do CONAMA n o. 358/05 é bastante claro no que diz respeito à
responsabilidade dos resíduos RSSS: “A responsabilidade dos resíduos gerados nos
estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, é do gerador, desde a geração até
a destinação final”. Entretanto, somente no ano de 2004 foi colocada em prática a lei n º
9605 publicada no Diário Oficial da União em 12 de fevereiro de 1998, que obriga
(mediante multa ao não cumprimento) os estabelecimentos de saúde em fazer a coleta
e destinação final do RSSS. Anteriormente a esta medida, a coleta era realizada pelas
prefeituras que transportavam este resíduos à locais comuns, que recebiam também o
lixo doméstico, não tendo portanto qualquer tipo de tratamento específico.
2.6 MANEJO DE RSSS
O manejo de RSSS também segue a resolução do CONAMA n o. 358 de
29/04/2005 e a NBR 12809/ 1993.
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2.6.1 Equipamentos de coleta interna
Os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) especificados devem ser os
mais adequados para lidarem com resíduos de serviços e devem ser utilizados de
acordo com as recomendações desta Norma.
Uniformes: Deve ser composto por calça comprida e camisa com manga,
no mínimo de ¾, de tecido resistente e de cor clara, específico para uso do
funcionário do serviço, de forma a identificá-la de acordo com sua função.
Luvas: Devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara, de
preferência branca, antiderrapantes e de cano longo. Para os serviços de
coleta interna I, pode ser admitido o uso de luvas de borracha, mais flexíveis,
com as demais características anteriores.
Botas: Devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes de cor clara, de
preferência branca, com cano ¾ e solado antiderrapante. Para os funcionários
de coleta interna I, admite-se o uso de botas impermeáveis e resistentes, ou
botas de cano curto, com as demais características já descritas.
Gorro: Deve ser de cor branca, e de forma a proteger os cabelos.
Máscara: Deve ser respiratória, tipo semifacial e impermeável.
Óculos: Deve ser lente panorâmica, incolor, ser de plástico resistentes,
com armação flexível, proteção lateral e válvulas para a ventilação.
Avental: Deve ser de PVC, impermeável e de médio comprimento.
É importante ressaltar que todos os EPI utilizados por pessoas que lidam com
resíduos de serviços de saúde têm que ser lavados e desinfectados diariamente;
sempre que ocorrer contaminação por contato com material infectante, os EPI’s devem
ser substituídos imediatamente e enviados para lavagem e higienização. Além disso, as
características que são recomendadas para os EPI’s devem atender às normas do
Ministério do Trabalho.
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2.6.2 Carro da coleta interna
O carro que fará a coleta interna dos resíduos deve atender às seguintes
exigências.
a) ser estanque, constituído de material rígido, lavável e impermeável de
forma a não permitir vazamento de líquido, com cantos arredondados e dotado
de tampas;
b) identificação pelo símbolo de “substância infectante”;
c) uso exclusivo para a coleta de resíduos;
d) volume máximo de transporte:
carro de coleta interna I – até 100 L;
carro de coleta interna II – até 500 L.
(a)
(b)
figura 2. (a - b) – Dois exemplos de carros de coleta interna.
Fonte: DUDAS, L. (2001)
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2.6.3 Equipamento de coleta externa
Uniformes: Deve ser composto por calça comprida e camisa com manga,
no mínimo de ¾, de tecido resistente e de cor clara, específico para uso do
funcionário do serviço, de forma a identificá-lo de acordo com a sua função.
Luvas: Devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara, de
preferência branca, antiderrapante e cano longo.
Botas: Devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara, de
preferência branca, com cano ¾ e solado antiderrapante.
Colete: Deve ser de cor fosforescente para o caso de coleta noturna.
Boné: Deve ser de cor branca e de forma a proteger os cabelos.
2.6.4 Contêiner
O contêiner deve atender ao seguinte:
ser constituído de material rígido, lavável, de forma a não permitir vazamento de
líquido, e com arredondados;
possuir tampa articulada ao próprio corpo do equipamento;
ser provido de dispositivo para drenagem com sistema de fechamento;
ter rodas do tipo giratório, com bandas de rodagem de borracha maciça ou
material equivalente;
ser branco, ostentando em lugar visível o símbolo de “substância infectante”,
conforme modelo e especificação determinados pela NBR 7500.
A tampa do contêiner deve permanecer fechada, sem empilhamento de recipiente
sobre esta.
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Imediatamente após o esvaziar o contêiner, este deve sofrer limpeza e
desinfecção simultânea.
O efluente de lavagem do contêiner deve receber tratamento, conforme exigências
do órgão estadual de controle ambiental.
2.6.5 O veículo coletor
O veículo coletor fará o transporte do resíduo do seu local de armazenamento até
sua destinação final. Deve possuir as seguintes características:
ter superfícies externas lisas, de cantos arredondados e de forma a facilitar a
higienização;
não permitir vazamento de líquido, e ser provido de ventilação adequada;
sempre que a forma de carregamento for manual, a altura da carga deve ser
inferior a 1,20 m;
quando possuir sistema de carga e descarga, este deve operar de forma a não
permitir o rompimento dos recipientes;
quando forem utilizados contêiners, o veículo deve ser dotado de equipamento
hidráulico de basculamento;
para veículo com capacidade superior a 1,0 t, a descarga deve ser mecânica;
para veículo com capacidade inferior a 1,0 t, a descarga pode ser mecânica ou
manual;
o veículo coletor deve contar com os seguintes equipamentos auxiliares: pá,
rodo, saco plástico de reserva, solução desinfetante;
devem constar em local visível o nome da municipalidade, o nome da empresa
coletora (endereço e telefone), a especificação dos resíduos transportáveis, com
o número ou código estabelecido na NBR 10004, e número do veículo coletor;
22
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ser de cor branca;
ostentar a simbologia para o transporte rodoviário.
Em caso de acidentes de pequenas proporções, a própria guarnição deve retirar
os resíduos do local atingido, efetuando a limpeza e desinfecção simultânea, mediante
o uso de equipamentos auxiliares mencionados no item que descreve os equipamentos
de coleta externa.
(a)
(b)
(c)figura 3. (a - c) – Veículos coletores.
Em (a) caminhão coletor, em (b) detalhes do caminhão coletor e em (c) automóvel coletor. Fonte: DUDAS, L.
23
23
Em caso de acidente de grandes proporções, a empresa e/ou administração
responsável pela execução da coleta externa deve notificar imediatamente os órgãos
municipais e estaduais de controle ambiental e de saúde pública.
Ao final de cada turno de trabalho, o veículo coletor deve sofrer limpeza e
desinfecção simultânea, usando-se jato de água, preferencialmente quente e sob
pressão.
O efluente proveniente da lavagem e desinfecção do veículo coletor deve ser
encaminhado para tratamento, conforme exigências do órgão estadual de controle
ambiental.
Os EPI’s dos funcionários que efetuam a lavagem e desinfecção dos veículos
coletores devem ser os mesmos equipamentos utilizados na coleta interna,
acrescentando-se capacete plástico.
2.7 ACONDICIONAMENTO DE RSSS
Todo estabelecimento de saúde deve ter um local de armazenamento
intermediário. Ele deve ser semelhante ao local final de armazenamento.
O transporte interno deve ser feito através de carrinhos fechados, leves e
construídos de tal forma que as paredes e tampa sejam lisos e impermeáveis para que
seja fácil a sua desinfecção.
Este transporte é feito em rota específica e planejada, de tal forma que evite a
circulação do mesmo pela cozinha, dispensa, sala de espera, sala de visita e
instalações sanitárias.
O local de armazenamento e o carrinho de coleta devem ser limpos e
desinfetados todos os dias.
O local de armazenamento deste lixo deve ser um local frio e seco, contendo
paredes espessas, isoladas termicamente, impermeáveis e lisas, o piso deve ser
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impermeável e liso contendo um sistema de drenagem interna e interligado a rede
coletora de esgoto com o intuito de facilitar a desinfecção. Tubos de queda são
proibidos.
Este local deve ser adequadamente planejados, centrais, que facilite o acesso
dos carros de transporte interno e sua desinfecção deve ser feita periodicamente.
(a) (b)
figura 4. (a - b) – Acondicionamento de RSSS.
Em (a) em carros de coleta interna e em (b) e depósito. Fonte: DUDAS, 2001.
Quanto à separação dos resíduos dentro das classes (A - potencialmente
infectantes, B - químicos, C - radioativos, D - comuns), devem ser embaladas de formas
distintas entre si para a fácil identificação de funcionários e pessoal de coleta.
A seguir serão descritas as formas de acondicionamento de cada classe e sub-
classe de RSSS, de acordo as Resoluções 358/05 do CONAMA.
2.7.1 Grupo A: resíduo infectante ou biológico
A1: Material biológico
Sólido: após tratamento prévio dos resíduos, usar saco plástico impermeável e
resistente, de cor branca leitosa com simbologia de resíduo infectante.
25
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Líquido e semi-líquido: Acondicionar em recipiente apropriado para autoclavação
e, após tratamento prévio, identificar e acondicionar em saco plástico de cor branca
leitosa, com simbologia de resíduo infectante; ou conter os resíduos em frasco
inquebrável e acondicioná-lo em saco plástico de cor branca leitosa com identificação e
simbologia de resíduo infectante.
A2: Sangue e hemoderivados
Bolsa de sangue: após tratamento prévio, devem ser acondicionados em saco
plástico de cor branca leitosa, com simbologia de resíduo infectante.
Sangue e hemoderivados: Devem ser contidos em recipientes apropriados para
autoclavação e, após tratamento prévio, ser acondicionado em saco plástico de cor
branca leitosa, com simbologia de resíduo infectante.
A3: Cirúrgico, anatopatológico e exsudato
Acondicionar cada grupo de resíduo separadamente, em saco plástico de cor
branca leitosa, com simbologia de resíduo infectante.
Fetos Humanos sem sinais vitais (não devem ser considerados como resíduos):
saco plástico de cor branca leitosa, com simbologia de resíduo infectante e encaminhar
para sepultamento ou cremação os produtos de concepção com menos de 20 semanas
ou menos de 500g ou menos de 25cm de estatura, após registro em livro próprio.
Feto com mais de 20 semanas ou 500g de peso ou 25cm de comprimento (após
atestado de óbito) deve ser sepultados ou cremados.
Órgãos e membros amputados (verificar aspectos culturais e religiosos): saco
plástico de cor branca leitosa, com simbologia de resíduo infectante e encaminhar para
sepultamento, conforme legislação especifica.
Placenta: saco plástico de cor branca leitosa, com simbologia de resíduo
infectante.
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Resíduo de pequenas cirurgias ou anatopatológicos (peças anatômicas curativos
compostos de tecidos, com sangue e outros líquidos resultante de pequenas cirurgias,
drenagens, necropsia, biopsia realizadas em órgãos e peças anatômicas) saco plástico
de cor branca leitosa, com simbologia de resíduo infectante.
A4: Material Perfurocortante
Acondicionar em recipiente rígido, resistente, impermeável, identificado pela
simbologia de resíduo infectante, com tamanho compatível com a quantidade de
resíduo produzido, o número previsto de coleta e, quando cheio sem sobrecarga, deve
ser devidamente fechado e acondicionado em saco plástico de cor branca leitosa para
facilidade de transporte e identificação.
As agulhas não devem ser destacadas das seringas com as mãos, nem
reencapadas, a fim de evitar contaminação do pessoal e garantir a segurança do
manipulador. É recomendável a retirada mecânica das agulhas ou a adoção do sistema
de trituração das agulhas, em equipamentos específicos para esta finalidade.
Frascos de vacinas vazios, seringas e agulhas utilizadas em processos de
imunização devem ser acondicionados como perfurocortantes após a autoclavação.
A5: Animais contaminados
Pequenos animais: Acondicionar em duplo saco plástico de cor branca leitosa,
com simbologia de resíduo infectante.
A6: Assistência do paciente
Sobras de alimentos: Restos alimentares considerados contaminados devem ser
acondicionados saco plástico de cor branca leitosa, com simbologia de resíduo
infectante e não devem ser misturados com as sobras de preparo de alimentos,
considerados resíduos comuns.
Fluidos corpórios: resíduos líquidos e pastosos, compostos por fluidos corpórios
e secreções, devem ser acondicionados em embalagens apropriadas para
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autoclavação e, após tratamento prévio, devem ser acondicionados em saco plástico de
cor branca leitosa, com simbologia de resíduo infectante.
Urina e fezes: devem ser direcionados para rede coletora e tratamento público de
esgoto, depois de atendidos os padrões de lançamento estabelecidos pelo órgão
competente. Na inexistência do sistema público, direcionar os resíduos para tratamento
no próprio estabelecimento, obedecendo à legislação.
2.7.2 Grupo B: resíduos químicos
B1: Citostáticos e antineoplásicos
Acondicionar os resíduos citostáticos ou antineoplásicos, de forma correta
conforme o grupo de resíduo.
Acondicionar o material usado no preparo de citostáticos e antineoplásicos em
duplo saco plástico de cor branca leitosa, suficientemente resistente, disponível nas
unidades de enfermaria e recolhido em recipiente rígido com tampa, selado, etiquetado
e com indicação do risco potencial existente: “Cuidado, quimioterapia, tóxico”.
Acondicionar os resíduos citostáticos ou antineoplásicos em duplo saco plástico
de cor branca leitosa, com indicação do resíduo e dos riscos.
Acondicionar separadamente os resíduos perfurocortantes em recipientes
rígidos, fechados, colocados em saco plástico de cor branca leitosa, com identificação.
Absorver o resto de drogas ou medicamentos dentro de ampolas em uma gaze
ou algodão e acondicioná-los com os resíduos citostáticos ou antineoplásicos e as
ampolas junto com os perfurocortantes.
Descartar as luvas para manuseio de resíduos tóxicos, no recipiente para
resíduos existente dentro da câmara de fluxo laminar.
Retirar imediatamente e descartar como resíduo químico o capote descartável
que receber derramamento ou salpico de citostáticos ou antineoplásicos e, no caso de
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capote não descartável, colocar em saco plástico de cor branca leitosa, rotulando com
os dizeres “Material contaminado”.
B2: Resíduos perigosos
Acondicionar em recipiente rígido e estanque, com tampa de fechamento
hermético, compatível com as características físico-químico da substancia a ser
descartada, identificada de forma visível com o nome do conteúdo e suas principais
características e adotando, sempre que possível, sua minimização.
B3: Resíduos e produtos
Acondicionar em recipiente rígido e estanque, com tampa de fechamento
hermético, compatível com as características físico-químico do resíduo do produto a ser
descartado identificado de forma visível com o nome do conteúdo com suas principais
características.
B4: Rejeito Radioativo
Acondicionar conforme resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear, a
CNEN-NE-6.05 e volume próprio, tendo como referencia a publicação do Centro de
Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear através da CDTN nº857/99 - gerência de
rejeitos radioativos de serviços de saúde.
2.7.3 Grupo C: resíduos comuns
C1: Administrativos, embalagens diversas, restos de preparos de alimentos,
resíduos de limpeza de jardim
Acondicionar em saco plástico de cor clara e diferente da cor branca leitosa,
conforme norma técnica da SLU (Superintendência de Limpeza Urbana) e da ABNT e
legislação pertinente (no caso, CONAMA 358/05).
Acondicionar em recipiente com tampa (lixeira), forrado com saco plástico de cor
clara, preferencialmente da mesma cor do recipiente.
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29
2.8 DISPOSIÇÃO FINAL
A última etapa do gerenciamento de RSSS é a disposição final, sendo esta talvez
sua etapa mais importante. A Resolução CONAMA n o. 358/05 define sistema de
disposição final de resíduos sólidos como “o conjunto de unidades, processos e
procedimentos que visam ao lançamento do resíduo no solo, garantindo-se a proteção
da saúde pública e conduzindo à minimização do risco à saúde pública e ao meio
ambiente”.
Atualmente são utilizados basicamente quatro métodos de disposição final de
RSSS: aterro comum, aterro controlado, aterro sanitário e vala séptica; os quais serão
comentados, segundo Andrade, 1996.
Aterro comum: é caracterizado pela simples descarga de resíduos sem
qualquer tratamento, também denominados lixões.
Aterro controlado: é uma variável da prática do lixão, em que os
resíduos recebem uma cobertura diária de material inerte. Esta cobertura
entretanto é realizada de maneira aleatória, não resolvendo de maneira
satisfatória os problemas de poluição gerados pelos resíduos sólidos urbanos,
uma vez que os mecanismos de formação de líquidos e gases não são
levados a termo.
Aterro sanitário: processo utilizado para disposição de resíduos no solo,
particularmente os resíduos domiciliares, que fundamentado em critérios de
engenharia e normas operacionais específicas, permite uma confinação
segura em termos de controle de proteção ambiental e proteção ao meio
ambiente.
Vala Séptica: é uma variável do aterro controlado, utilizada
especificamente para disposição de RSSS, onde os resíduos são dispostos
em uma vala comum e recebem uma camada selante de cal virgem e sobre
esta o recobrimento diário com material inerte, geralmente solo.30
30
É válido ressaltar que para que o RSSS possa ser disposto em qualquer local
dos acima citados, é necessário que haja um inertização do mesmo.
2.9 INERTIZAÇÃO DE RSSS
2.9.1 Incineração
A incineração consiste na oxidação dos materiais, a altas temperaturas, sob
condições controladas, convertendo materiais combustíveis (RSSS) em materiais não-
combustíveis (escórias e cinzas) com a emissão de gases. (SCHNEIDER, 2001, p. 85)
Se forem atendidas as necessidades de projeto e operação considera-se este o método
mais adequado para eliminação de microorganismos patogênicos. Comumente trata-se
toda queima como incineração, entretanto tal processo refere-se à combustão efetuada
em incineradores de câmaras múltiplas, contando com um controle de combustão feito
através de um rigoroso monitoramento.
Tratando-se de RSSS, este processo é bastante indicado, principalmente no que
diz respeito ao tratamento de resíduos infecciosos, patológicos e perfurocortantes,
podendo torná-los inócuos com eficácia.
O desempenho do incinerador está diretamente relacionado com o tipo de
material e a quantidade que está inertizando. É capaz de reduzir em 90 e 95% do
volume original sendo também considerado com disposição final.
Os tipos de incineradores mais utilizados no tratamento de RSSS são os
incineradores de ar controlado, de câmaras múltiplas e fornos rotativos. Os dois últimos
têm sido preteridos pela excessiva emissão atmosférica.
31
31
figura 5. Incineração de RSSS.
Fonte: DUDAS, 2001
2.9.2 Esterilização
A esterilização é o procedimento utilizado para a completa destruição de todas
as formas de vida microbiana, com o objetivo de evitar infecções e contaminações
devido ao uso de determinados artigos hospitalares.
Existem diversos tipos de esterilização: esterilização a vapor, esterilização por
radiação ionizante, esterilização a seco ou inativação térmica, esterilização por gases,
esterilização com vapor e microondas e esterilização por plasma. (SCHNEIDER, p 79)
2.9.3 Desinfecção
É o processo que elimina a maioria ou todos os organismos patogênicos, exceto
os esporos bacterianos de superfície inanimada. (SCHNEIDER, p 83)
Entre os tipos de desinfecção pode-se citar: desinfecção por microondas,
desinfecção química e desinfecção mecânica química.
32
32
3 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Quanto ao objetivo, trata-se de uma pesquisa exploratória (primeira aproximação
de um tema e visa criar maior familiaridade em relação a um fato ou fenômeno. É quase
sempre feita como levantamento bibliográfico, entrevista com profissionais que atuam
na área, visitas a web, sites,). Quanto ao procedimento de coleta, trata-se de um estudo
de caso (seleciona-se um objeto de pesquisa restrito, com o objetivo de aprofundar-lhe
os aspectos característicos. O caso se destaca por se constituir como uma unidade
dentro de um sistema mais amplo. O interesse incide no que ele tem de de único, de
particular. Quando queremos estudar algo que tenha um valor em si mesmo, devemos
escolher o estudo de caso. Os estudos de caso visam a descoberta; enfatizam a
interpretação em contexto; buscam retratar a realidade de forma completa e profunda,
usam uma variedade de fontes de informação; revelam experiência vicária e permitem
generalizações naturalísticas; representam diferentes conflitantes pontos de vista
presentes numa situação; utilizam nos relatos linguagem e forma acessíveis de
apresentação dos resultados). Quanto à fonte de informação, é uma pesquisa de
campo (lugar natural onde acontecem os fatos e fenômenos. Recolhe os dados in
natura, em observação direta, levantamento ou estudo de caso).
Foi realizado um estudo comparativo entre dois tipos de estabelecimentos de
saúde: um hospital privado e uma unidade de saúde pública (da prefeitura). Ambos
localizam-se na cidade de Curitiba/PR. A pedido das instituições não serão revelados
seus nomes.
Apresentamos no referencial teórico os procedimentos corretos, conforme as
normas vigentes da CONAMA (358/05) e ANVISA (RDC 33/04). Posteriormente
apontamos os erros e acertos encontrados em cada estabelecimento de saúde.
A unidade privada possui 100 leitos, dos quais 8 são da Unidade de Tratamento
Intensivo. O estabelecimento tem capacidade para 20 cirurgias / dia e conta com pronto
socorro, maternidade e recentemente foi implementada uma UTI neonatal que já é
referência no estado. Em visita ao local levantamos, junto ao funcionário chefe de
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segurança do trabalho do estabelecimento, uma produção de meia tonelada de
resíduos sólidos por dia (estimativa que inclui resíduos não infectantes).
A unidade de saúde pública possui 30 leitos e uma Unidade de Tratamento
Intensivo. O estabelecimento tem capacidade para 6 cirurgias / dia e conta com pronto
socorro e maternidade. Em visita ao local levantamos, junto à enfermeira chefe do
estabelecimento, uma produção de 200 Kg de resíduos sólidos por dia (estimativa que
inclui resíduos não infectantes).
Com um roteiro mental para verificação da gestão dos RSSS e pontos para
observação pré determinados, optamos em comparar uma unidade pública e uma
privada por se tratar de duas fontes distintas de arrecadação de verbas, qualificação e
treinamento dos funcionários serem diferentes e principalmente na sua forma de
trabalharem e de cumprirem as normas vigentes. A gestão dos RSSS é um processo
relativamente caro e portanto, os recursos financeiros disponíveis estão diretamente
relacionados com o sucesso do projeto. Um estabelecimento é publico e depende dos
governantes, que investem parte do dinheiro dos impostos da população em saúde. O
outro recebe verba dos clientes que vêem no plano de saúde privado uma garantia de
bom atendimento e segurança. A lentidão dos processos licitatórios e a grande
burocracia faz com que órgãos públicos estejam em desvantagem em relação aos
privados.
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4 MÉTODOS DE PESQUISA
Para o desenvolvimento da pesquisa, contactamos funcionários (na unidade
privada junto ao funcionário chefe de segurança do trabalho e na unidade pública junto
à enfermeira chefe) responsáveis que, nas instituições, têm a função de organizar e
fiscalizar a gestão dos resíduos sólidos. No caso da instituição privada quem
acompanhou nossa visita e relatou os procedimentos internos, foi o chefe de segurança
do trabalho da empresa que presta este serviço no estabelecimento. Na instituição
pública de saúde quem nos acompanhou foi a enfermeira chefe, que é também
presidente da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) do hospital.
Além dos depoimentos informais dos dois funcionários citados, fotografias tiradas
nos locais ilustram o que foi visto e relatado durante as visitas.
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5 ANÁLISE DOS DADOS
Para que fosse possível uma comparação, as duas unidades de saúde
escolhidas são de médio porte, com instalações semelhantes: pronto atendimento,
maternidade, internação, centro cirúrgico e unidade de tratamento intensivo (UTI).
5.1 UNIDADE PÚBLICA DE SAÚDE
A unidade pública atende de modo geral, as normas vigentes (CONAMA, através
das Resoluções 358/05).
5.1.1 Aspectos positivos
Os resíduos estão dispostos de maneira correta em seus sacos, devidamente
identificados. A coleta interna é feita constantemente, sem que haja acúmulo de
resíduos nos leitos. O veículo de transporte interno e o local de armazenamento interno
atendem as especificações, sendo limpos e desinfetados diariamente. Há identificação
em todos os recipientes, distinguindo a classificação do resíduo, conforme sua origem.
O local de armazenamento externo está bem localizado, construído anexo ao prédio da
unidade, de fácil acesso dos caminhões de coleta, bem sinalizado, fechado com telas,
evitando a aproximação de pessoas não autorizadas, também é limpo periodicamente.
O piso é de fácil limpeza e devidamente ventilado.
5.1.2 Aspectos negativos
Veículo de coleta interna de difícil manuseio, pelo fato de ser antigo,
confeccionado em metal. Os funcionários responsáveis pela coleta interna não utilizam
os equipamentos de proteção individual adequados (conforme item 2.6.1). A sala de
materiais apresenta saída de esgoto, contribuindo para proliferação de agentes
patogênicos, tratando-se de uma adaptação. Quanto ao transporte interno até as
lixeiras externas, nota-se que o veículo passa em frente à cozinha, caracterizando
assim, situação de risco. O piso que liga a unidade à lixeira não é adequado,
dificultando seu acesso com o veículo. O depósito externo não é ligado à rede coletora 36
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de esgoto, não é estanque e as paredes não são de fácil limpeza pois não possuem
superfície lisa. Além disso, deveria ser construído no mesmo bloco da unidade de
saúde.
(a) (b)
figura 6. Aspectos positivos (a) área de disposição bem sinalizada; (b) piso de fácil limpeza.
(a) (b)
figura 7. Aspectos negativos (a) carrinho de coleta de difícil manuseio; (b) sala de materiais com
saída para o esgoto.
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37
5.2 UNIDADE PRIVADA DE SAÚDE
A unidade de saúde privada visitada encontra-se em ótimas condições, com
mínimas ressalvas.
5.2.1 Aspectos positivos
Os funcionários utilizam os EPI’s adequados. Os resíduos estão dispostos de
maneira correta em seus sacos, devidamente identificados. A coleta interna é feita
constantemente, sem que haja acúmulo de resíduos nos leitos. O veículo de transporte
atende as especificações, pois é confeccionado em plástico leve em tamanho
adequado, de fácil manuseio, sendo limpo e desinfetado diariamente. Há identificação
em todos os recipientes, distinguindo a classificação do resíduo, conforme sua origem.
O local de armazenamento externo oferece fácil acesso aos caminhões de coleta, é
bem sinalizado, fechado com portas de alumínio, com ventilação superior, também é
limpo periodicamente. O piso e as paredes são de fácil limpeza. Possuem drenagem de
eventuais líquidos, ligados à rede coletora de esgoto. O pessoal que coleta e transporta
os resíduos utilizam todos os equipamentos de proteção individual. Não trafegam em
ambiente de acesso ao público e pacientes e nem próximos a locais de armazenamento
e preparo de refeições.
5.2.2 Aspectos negativos
A sala de armazenamento interno não está bem identificada, apesar da
separação entre classes estar bem definida. As lixeiras externas não são estanques,
permitindo a proliferação de mosquitos e roedores, apesar de todas as instalações
serem limpas e desinfetadas diariamente.
38
38
(a)
(b)
(c)
figura 8. Aspectos positivos (a) veículo coletor de fácil manuseio confeccionado em material leve; (b)
depósito com tubulação de drenagem e piso de fácil higienização; (c) depósito com ventilação
superior.
39
39
figura 9. Aspectos negativos – sala de armazenamento sem identificação.
40
40
6 CONCLUSÃO
Este trabalho comparou um estabelecimento de saúde privado e um público e
com os dados coletados e analisados concluímos, no que diz respeito à coleta e
transporte interno, armazenamento, transporte externo e disposição final, que as duas
instituições são semelhantes: limpeza periódica, coleta interna, manuseio e
armazenamento dos RSSS. Entretanto, os equipamentos utilizados por uma e outra
merecem alguns apontamentos: o órgão público re-aproveita e reforma equipamentos
defasados. São de grande ajuda, mas limitam e dificultam o trabalho do funcionário que
o manuseia, já que poderiam ser confeccionados em materiais mais leves e práticos de
higienizar como é o caso do órgão privado, que arrecada mais verbas e pode investir
em equipamentos modernos.
As maiores diferenças encontradas estão nos equipamentos utilizados por
ambos estabelecimentos e no armazenamento externo: o estabelecimento privado
segue as normas vigentes com mais afinco, pois com o não cumprimento destas a
liberação para seu funcionamento certamente estaria comprometida perante os órgãos
fiscalizadores. Já o estabelecimento público sofre uma burocracia maior na
arrecadação e rapasse de verbas, e em nossa opinião acaba operando em regime
precário com o consentimento do Estado que o rege.
.
41
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REFERÊNCIAS
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ANVISA -Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 306 de 7 de dezembro de 200442
42
CONAMA – n º 358 de 29 de abril de 2005
Lei n.º 9.605, de 13 de fevereiro de 1998. D.O.U - Atos do Poder Legislativo
43
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Resíduos de Serviços de Saúde: NBR 12807. Rio de Janeiro, 1993.
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