luis f. m. stumpf robson luciano tarso m. c. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/tcc/tcc23.pdf · quadro...

44
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. VOLPATO NORMAS DE SEGURANÇA EM PRENSAS HIDRÁULICAS UM ESTUDO DE CASO PONTA GROSSA 2005

Upload: vuongcong

Post on 05-Feb-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO

TARSO M. C. VOLPATO

NORMAS DE SEGURANÇA EM PRENSAS HIDRÁULICAS

UM ESTUDO DE CASO

PONTA GROSSA

2005

Page 2: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

1

LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO

TARSO M. C. VOLPATO

NORMAS DE SEGURANÇA EM PRENSAS HIDRÁULICAS

UM ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão deCurso

apresentado para obtenção do título de

Especialista em Engenharia de Segurança

do Trabalho junto ao Departamento de

Engenharia Civil da UEPG.

Orientadora Profª Ms. Flávia Andréa

Modesto

PONTA GROSSA

2005

Page 3: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

2

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

NORMAS DE SEGURANÇA EM PRENSAS HIDRÁULICAS UM ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Estadual de Ponta Grossa para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do

Trabalho Departamento de Engenharia Civil

EQUIPE:

LUIS F. M. STUMPF RÓBSON LUCIANO BERTO

TARSO M. C. VOLPATO

Prof. Carlos Luciano Sant’Ana Vargas, D.Eng. Coordenador do EngSeg2004

BANCA EXAMINADORA:

Profª Flávia Andrea Modesto, Ms. Orientador

Prof. José Adelino Krüger, Dr. Prof. Alceu Gomes Andrade Filho, Dr.

Membros

Ponta Grossa, novembro de 2005

Page 4: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

3

RESUMO

Estudo de caso sobre a instalação de dispositivos de proteção coletivos em

uma prensa hidráulica, utilizada na estamparia de peças metálica, conforme

adequação as normas de segurança vigentes brasileira e internacional.

Page 5: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

4

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Prensa EKA PHIM – 4G, modelo do estudo......................................... 15

Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos.............................. 17

Figura 2 Classificação das normas em grupos................................................... 21

Figura 3 Área de operação para alimentação manual........................................ 27

Figura 4 Área de manutenção e troca de ferramental........................................ 28

Figura 5 Área de manutenção e troca de ferramental........................................ 28

Figura 6 Proteções fixas.................................................................................... 29

Figura 7 Proteções móveis................................................................................ 30

Figura 8 Tabela 4 da norma NBR NM ISO 13853.............................................. 31

Figura 9 Instalação de cortina de luz na área de alimentação do operador....... 32

Page 6: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

5

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Dispositivos de segurança para prensas hidráulicas segundo a

norma EN 693 caso 2......................................................................... 25

Tabela 2 Gradação das Multas (em UFIR)........................................................ 36

Tabela 3 Classificação das infrações................................................................ 37

Tabela 4 Multa referente à reincidência............................................................. 37

Tabela 5 Valores............................................................................................... 38

Page 7: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

6

LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

NR Normas Regulamentadoras

NBR Normas Brasileiras

PPRPS Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares

CNI Confederação Nacional da Indústria

DRT/SP Delegacia Regional do Trabalho em São Paulo

FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

NT 37/2004 Nota Técnica número 37 de 2004 do Ministério do Trabalho

CLT Consolidação das Leis Trabalhistas

C.L.P Controlador Lógico Programável

APR Análise Preliminar de Riscos

EN European Norm – Norma Européia

NM Norma Mercosul

Page 8: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 8

1.1 NOVA LEGISLAÇÃO SOBRE SEGURANÇA EM PRENSAS .................. 9

2 FUNCIONAMENTO DE UMA PRENSA HIDRÁULICA ........................... 11

3 CONDIÇÕES INICIAIS DE OPERAÇÃO DA PRENSA - ESTADO DA

MÁQUINA ............................................................................................... 14

4 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO PARA A PRENSA EM

ESTUDO.....

15

5 NORMAS BRASILEIRAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS

................

19

5.1 TENDÊNCIAS DAS NORMAS DE SEGURANÇA EM PRENSAS

HIDRÁULICAS ........................................................................................ 21

6 ALTERAÇÕES NECESSÁRIAS SEGUNDO AS NORMAS VIGENTES . 23

6.1 MODIFICAÇÕES REALIZADAS .............................................................. 27

7 RELAÇÃO ENTRE INVESTIMENTO E CUSTOS ................................... 33

8 CONCLUSÃO ......................................................................................... 39

9 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 41

10 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ....................................................... 42

Page 9: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

8

1 INTRODUÇÃO

Máquinas antigas, que durante anos vêm sendo operadas ininterruptamente,

possuem congeladas no tempo as características técnicas de um projeto de

engenharia antigo.

Há muitos anos não existia tamanha preocupação com a segurança do

operador e a saúde dos trabalhadores como observa-se hoje em dia.

Em face desta nova consciência e preocupação, deve-se abordar antigos

projetos de máquinas com uma nova perspectiva e assim reavaliar antigas formas

de se projetar.

Somando-se o constante uso e o desgaste natural dos equipamentos é de

se esperar que falhas e defeitos venham a aparecer cada vez mais e com maior

freqüência.

A máquina do estudo de caso possui aproximadamente 20 anos de

funcionamento e oferece dentre outros riscos a possibilidade de amputação em

falanges ou membros superiores.

Devido à alta freqüência de exposição do operador a estes riscos, torna-se

imperativo buscar uma forma de controlar o perigo e reduzi-lo aos menores níveis

possíveis.

A empresa deseja investir na melhoria da segurança da prensa e também na

adequação dela às novas legislações (NBR’s, NR’s e PPRPS – Programa de

Prevenção de Riscos em Prensas e Similares).

Page 10: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

9

Assim, este trabalho tem como objetivo a identificação dos aspectos

importantes para a segurança de uma prensa hidráulica, sua adequação às normas

existentes e demonstrar como executar as modificações necessárias.

No início dos anos 70, os sindicalistas brasileiros insistiam em denunciar que o Brasil figurava entre os piores países do mundo em termos de acidentes de trabalho. De 1975 a 1994, esse discurso saiu de cena. Em 1975, foram registrados 1,9 milhão de casos em todo o território nacional. Dezenove anos depois, o número caiu para 388 mil. Uma redução digna de elogios. Em 1995, porém, o número de acidentes de trabalho voltou a aumentar. Segundo o último levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados da Previdência Social, 424 mil trabalhadores se acidentaram no exercício da profissão em 1995. Um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior, mas suficiente para colocar o país novamente entre os dez piores do mundo, segundo pesquisa da Organização Internacional do Trabalho. (VIGNOCHI E BISSIGO 2001, p.51).

1.1 Nova legislação sobre segurança em prensas

A necessidade de reduzirem os custos com o tratamento de acidentados e

as aposentadorias precoces fez com que o governo buscasse as causas do grande

número de acidentados no país.

Dentre elas, houve a identificação de algumas máquinas como sendo as

maiores causadoras do número de acidentes (prensas injetoras e prensas

mecânicas).

O governo, através da fiscalização, deparou-se com a total falta de preparo

das empresas em aplicar dispositivos de segurança. Também a falta de

conscientização de todas as pessoas envolvidas dificultou o progresso da prevenção

no país.

Confrontado com a enorme tarefa de mobilizar a sociedade em um curto

espaço de tempo, a DRT/SP (Delegacia Regional do Trabalho), buscou nas

Page 11: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

10

entidades representantes de categorias o apoio adicional para realizar a tarefa.

Convocando o Sindicato dos Metalúrgicos de SP, a Federação das

Indústrias de SP (FIESP) e outras entidades representativas, organizou a elaboração

de uma proposta de segurança em máquinas baseada no modelo de representação

tripartite (Governo, Empregados e Empregadores).

As partes envolvidas no processo de causa e solução do grande número de

acidentes sentam à mesa para discutir formas e maneiras de solucionar o problema.

Destas reuniões surgiu o esboço, e finalmente um acordo de prevenção de

riscos em prensas e similares (PPRPS), no qual se estabelecem requisitos mínimos

de segurança, data de inspeção e adequação bem como procedimentos futuros para

impedir a ocorrência de acidentes.

Somando-se a existência de diversas normas técnicas da ABNT (Associação

Brasileira de Normas Técnicas) e das normas regulamentadoras do Ministério do

Trabalho (NR’s), o PPRPS procura mover os esforços da sociedade para a

prevenção, estabelecendo prazos dilatados e flexíveis para a adequação de

máquinas antigas e em funcionamento.

Sabendo-se que a punição poderá inviabilizar todo o esforço prevencionista

e ao mesmo tempo ameaçar empregos e investimentos, o governo está oferecendo

formas de ajustar a necessidade imediata de reduzir acidentes com a disponibilidade

de recursos financeiros e humanos na busca de soluções para as prensas em uso.

Dentre as soluções propostas no PPRPS, encontram-se diversas

modificações de baixo custo e caseiras que, reconhecidamente, evitam a exposição

ao risco.

Deve-se, portanto, levar em conta todos os meios para impedir que a prensa

Page 12: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

11

venha a fechar enquanto houver a presença do operador dentro da máquina.

Recentemente, com base no resultado alcançado pelo PPRPS, o Ministério

do Trabalho e Emprego editou a Nota Técnica 37, em Dezembro de 2004. Esta nota

técnica "estabelece princípios para a proteção de prensas e equipamentos

similares", ou seja, trata sobre a proteção coletiva nestas máquinas. Também

procura esclarecer medidas e soluções aceitáveis pelo poder público no que se

refere às soluções implementadas na proteção de prensas.

2 FUNCIONAMENTO DE UMA PRENSA HIDRÁULICA

O princípio físico da hidrostática deve-se a Blaise Pascal. Extraordinário

filósofo, físico e matemático francês de curta existência, que como filósofo e místico

criou uma das afirmações mais pronunciadas pela humanidade nos séculos

posteriores, “O coração tem razões que a própria razão desconhece”, síntese de sua

doutrina filosófica: o raciocínio lógico e a emoção. Filho de um professor de

Matemática, Etienne Pascal, foi educado sob forte influência religiosa e tornou-se

extremamente ascetista, escrevendo várias obras religiosas. Seu talento precoce

para as ciências físicas levou a família para Paris, onde ele se dedicou ao estudo da

Matemática.

Excelente matemático, especializou-se em cálculos infinitesimais e criou um

tipo de máquina de somar que chamou de La Pascaline (1642), a primeira

calculadora manual que se conhece, conservada no Conservatório de Artes e

Page 13: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

12

Medidas de Paris.

De volta a Paris (1647), influenciado pelas experiências de Torricelli,

enunciou os primeiros trabalhos sobre o vácuo e demonstrou as variações da

pressão atmosférica. A partir de então, desenvolveu extensivas pesquisas utilizando

sifões, seringas, foles e tubos de vários tamanhos e formas e com líquidos como

água, mercúrio, óleo, vinho, ar etc, no vácuo e sob pressão atmosférica. Aperfeiçoou

o barômetro de Torricelli e, na Matemática, publicou o célebre Traité du triangle

arithmétique (1654). Juntamente com Pierre de Fermat, estabeleceu as bases da

teoria das probabilidades e da análise combinatória (1654), que o holandês Huygens

ampliou posteriormente (1657).

Um dos seus tratados sobre hidrostática, Traité de l'équilibre des liqueurs, só

foi publicado postumamente, um ano após sua morte (1663). Esclareceu finalmente

os princípios barométricos, da prensa hidráulica e da transmissibilidade de pressões.

Estabeleceu o princípio de Pascal que diz: “Em um líquido em repouso ou equilíbrio,

as variações de pressão transmitem-se igualmente e sem perdas para todos os

pontos da massa líquida”. É o princípio de funcionamento do macaco hidráulico. Na

Mecânica é homenageado com a unidade de tensão mecânica (ou pressão) Pascal

(1Pa = 1 N/m²; 105 N/m² = 1 bar).

As prensas hidráulicas em geral, sistemas multiplicadores de força, são

construídas com base no Princípio de Pascal.

A prensa hidráulica é uma classe de ferramenta mecânica que foi importante

para tornar possível a revolução industrial. Antes, a formação de materiais laminares

requeria que o material fosse martelado e lhe fosse dada forma manualmente, com o

uso de maço e buril. Houve outras tecnologias de prensa, como a prensa de

Page 14: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

13

parafuso, mas tinham limitações significativas — sendo a maior a pressão que era

capaz de atingir. As prensas hidráulicas modernas são capazes de pressões

superiores a 2000 toneladas, e conseguem dar forma a frio em metal. Outra

aplicação das prensas hidráulicas é a formação de materiais compósitos na indústria

de tijolos e do concreto, permitindo a criação de formas complexas e o fabrico em

linha de montagem.

Em resumo, prensas são equipamentos utilizados na conformação e corte

de materiais diversos, sendo o movimento do martelo (punção) proveniente de um

sistema hidráulico (cilindro hidráulico) ou de um sistema mecânico (o movimento

rotativo é transformado em linear através de sistemas de bielas, manivelas ou

fusos). Para efeito do Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares

são considerados os seguintes tipos de prensas, independentemente de sua

capacidade:

• prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta;

• prensas mecânicas excêntricas com freio / embreagem;

• prensas de fricção com acionamento por fuso;

• prensas hidráulicas;

• outros tipos de prensas não relacionadas anteriormente.

Page 15: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

14

3 CONDIÇÕES INICIAIS DE OPERAÇÃO DA PRENSA - ESTADO DA

MÁQUINA

A MUDREI - Indústria e Manutenção Hidráulica é a fabricante das Prensas

EKA e possui mais de 35 anos de experiência no setor e uma ampla linha de

modelos. A MUDREI fabrica também prensas especiais mediante especificações

técnicas dos clientes para os mais diversos setores da indústria com capacidades

que vão de 5 a 800 toneladas.

O modelo utilizado em nosso estudo é a Prensa EKA PHIM – 4G que possui

as seguintes características: prensa hidráulica rápida de simples efeito, com duplo

montante, cilindro descendente, equipada com CLP. São utilizadas para aplicação

geral em indústrias de base ou de transformação, por exemplo, em corte e dobra.

Com modelos que variam de 100 a 500 toneladas em sua capacidade de

prensagem.

O enfoque será dado na adequação de todos os sistemas de acionamento e

controle da máquina, ou seja: sistema hidráulico, elétrico e mecânico em obediência

aos requisitos técnicos das normas de segurança em máquinas vigentes. A relação

encontra-se no item 10 (Bibliografia Complementar).

Conforme Vignochi e Bissigo (2001 p.11):

As prensas esmagam tudo o que lhes aparece no meio! A prensa é uma máquina que, através da força de pressão, pode dar forma, cortar, separar, comprimir, esmagar as mais diferentes variedades de materiais. Segundo a força de energia motora, podemos distingui-lo como: excêntrica, fricção, mecânica, hidráulica, hidráulica a quente, prensa rápida, pneumática, a vapor etc.

Page 16: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

15

A prensa EKA PHIM – 4G trabalha a frio, com matérias primas na

temperatura ambiente e sem aquecimento de qualquer parte do ferramental. A

natureza da energia motora desta prensa é hidráulica e é utilizada para fabricar

acessórios de móveis.

Figura 1 – Prensa EKA PHIM – 4G, modelo do estudo. Fonte: Luis F. M. Stumpf

4 ANÁLISE DE RISCOS PARA A PRENSA EM ESTUDO

A evolução do conceito de segurança nas empresas cresceu devido

principalmente ao grande número de acidentes com prensas e similares ocorridos na

Page 17: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

16

ultima década.

Em se tratando de máquinas usadas, têm-se, recentemente, fabricantes

capazes de vender prensas equipadas com dispositivos de segurança e dentro das

normas.

A grande maioria das máquinas vendidas até o ano de 2000 não possuía

sequer o mais básico dos sistemas de segurança, um botão de emergência, que

estivesse dentro das normas brasileiras. Uma vez que apenas o botão não é

suficiente para garantir o correto funcionamento, deve-se também verificar se a

instalação e a forma de ligação no comando da máquina estão conforme a

legislação.

Assim, o estudo de uma máquina antiga, como neste caso, é obrigatório que

todos os sistemas de controle sejam verificados e analisados.

A Análise Preliminar de Riscos (APR) consiste numa técnica de análise de

risco e de acordo com De Cicco e Fantazzini (1994), consiste no estudo, durante a

fase de concepção ou desenvolvimento prematuro de um novo sistema, com o fim

de se determinar os riscos que poderão estar presentes na sua fase operacional.

A APR é, portanto, uma análise inicial qualitativa, desenvolvida na fase de

projeto e desenvolvimento de qualquer processo, produto ou sistema, possuindo

especial importância na investigação de sistemas novos de alta inovação e / ou

pouco conhecidos, ou seja, quando a experiência em riscos na sua operação é

carente ou deficiente. Apesar das características básicas de análise inicial, é muito

útil como ferramenta de revisão geral de segurança em sistemas já operacionais,

revelando aspectos que às vezes passam desapercebidos.

Os princípios e metodologias da APR podem ser observados no Quadro 1, a

Page 18: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

17

seguir, e consistem em proceder-se uma revisão geral dos aspectos de segurança

de forma padronizada, descrevendo todos os riscos e fazendo sua categorização. A

partir da descrição dos riscos são identificados as causas (agentes) e efeitos

(conseqüências) dos mesmos, o que permitirá a busca e elaboração de ações e

medidas de prevenção ou correção das possíveis falhas detectadas.

A priorização das ações é determinada pela categorização dos riscos, ou

seja, quanto mais prejudicial ou maior for o risco, mais rapidamente deve ser

solucionado.

Identificação do Sistema

Identificação do Subsistema

Risco Causas Efeitos Categoria do Risco

Medidas Preventivas ou

Corretivas Quadro 1 - Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos.

Fonte: De Cicco e Fantazzini (1994).

Desta forma, a APR tem sua importância maior no que se refere à

determinação de uma série de medidas de controle e prevenção de riscos desde o

início operacional do sistema, o que permite revisões de projeto em tempo hábil, no

sentido de dar maior segurança, além de definir responsabilidades no que se refere

ao controle de riscos.

Segundo De Cicco e Fantazzini (1994), o desenvolvimento de uma APR

passa por algumas etapas básicas, a saber:

a) revisão de problemas conhecidos: consiste na busca de analogia ou

similaridade com outros sistemas, para determinação de riscos que poderão estar

presentes no sistema que está sendo desenvolvido, tomando como base a

experiência passada;

Page 19: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

18

b) revisão da missão a que se destina: atentar para os objetivos,

exigências de desempenho, principais funções e procedimentos, ambientes onde se

darão as operações etc. Enfim, consiste em estabelecer os limites de atuação e

delimitar o sistema que a missão irá abranger: a que se destina, o que e quem

envolve e como será desenvolvida;

c) determinação dos riscos principais: identificar os riscos com

potencialidade para causar lesões diretas e imediatas, perda de função (valor),

danos a equipamentos e perda de materiais;

d) determinação dos riscos iniciais e contribuintes: elaborar séries de

riscos, determinando, para cada risco principal detectado, os riscos iniciais e

contribuintes associados;

e) revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: elaborar um

brainstorming dos meios passíveis de eliminação e controle de riscos, a fim de

estabelecer as melhores opções, desde que compatíveis com as exigências do

sistema;

f) analisar os métodos de restrição de danos: pesquisar os métodos

possíveis que sejam mais eficientes para restrição geral, ou seja, para a limitação

dos danos gerados caso ocorra perda de controle sobre os riscos;

g) indicação de quem levará a cabo as ações corretivas e/ou

preventivas: indicar claramente os responsáveis pela execução de ações

preventivas e / ou corretivas, designando também, para cada unidade, as atividades

a desenvolver.

Page 20: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

19

5 NORMAS BRASILEIRAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS

A Associação Brasileira de Normas Técnica ABNT possui extenso acervo de

normas específicas para a segurança de máquinas. Baseando-se em normas

internacionais, a ABNT procurou traduzir para o português as normas utilizadas pela

comunidade européia. Estas normas possuem uma estrutura que reflete a

preocupação com o projeto de máquinas seguras.

Orientadas às causas dos perigos e acidentes com máquinas, as normas

possuem diversos recursos para a redução e a eliminação de riscos. Um deles é a

sua estruturação em grupos (A, B1/B2 e C) (DEFREN E WICKERT, 1996, p17),

conforme explicado a seguir.

O grupo A corresponde aos conceitos básicos, definições e aspectos gerais

para máquinas e equipamentos.

O grupo B1 corresponde às soluções objetivas existentes nas diversas

normas de segurança, como por exemplo distâncias de segurança, aspectos

relevantes do sistema de comando, temperatura de superfície etc.

Já no grupo B2 encontra-se soluções objetivas para dispositivos de

segurança, como por exemplo comando bi-manual, parada de emergência etc.

O ultimo grupo (C) possui recomendações claras e objetivas

especificamente adaptadas para a segurança de um determinado tipo de máquina.

Por exemplo, uma injetora de plástico.

Page 21: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

20

Desta forma, determinados aspectos que existam na norma tipo C (por

exemplo, a recomendação sobre a temperatura de superfície) poderão ser mais

bem detalhados na norma tipo B1.

A disponibilidade de informações sobre aspectos comuns aos mais variados

tipos de máquinas permite utilizar as recomendações sobre temperaturas de

superfícies em outras máquinas que não se classifiquem nas normas tipo C

existentes.

Na Figura 2, a seguir, encontra-se o organograma desta classificação.

Outro recurso é a utilização da norma tipo A, com o objetivo de se entender

os aspectos básicos de segurança e, através do uso das normas tipo B1, executar a

análise de riscos e classificação da categoria de segurança necessária.

Ainda não existe uma versão brasileira para a segurança de prensas

hidráulicas, razão pela qual torna obrigatório buscar apoio nas normas

internacionais, mais detalhadamente na norma européia EN 693 – 2001, última

versão em uso.

Page 22: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

21

Figura 2 – Classificação das Normas em Grupos Fonte: http://www.aceshmersal.com.br

A relação completa das normas brasileiras existentes encontra-se item 9,

referências. Encontra-se também a relação parcial de normas européias que estão

disponíveis, porém ainda não foram nacionalizadas.

5.1 Tendências das normas de segurança em prensas hidráulicas

As informações mais recentes do grupo de trabalho nas normas de prensas

mecânicas indicam que foi escolhido como próximo tema o trabalho na norma EN

Normas do tipo A Normas fundamentais de segurança

Normas do tipo B Normas de segurança Relativas a um

Grupo

Normas do tipo B1 Sobre aspectos particulares de

segurança

Normas do tipo B2 Sobre dispositivos

condicionadores de segurança

Normas do tipo C Normas de segurança por categorias de

máquinas

Page 23: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

22

693 Segurança de Máquinas - Prensas Hidráulicas para ser iniciado no ano de

2005.Normalmente um grupo de trabalho demora mais de três anos para propor um

esboço de norma à sociedade.

Devido ao caráter voluntário das pessoas e empresas envolvidas, o trabalho

de elaboração de uma norma ocorre em reuniões mensais de 3 horas. Sendo,

portanto, apenas 12 reuniões em um ano.

Depois de elaborado o projeto de norma ele é encaminhado à sociedade

para aprovação.

Assim, têm-se nos próximos anos uma tendência em aumentar o número de

normas de origem européia no conjunto de normas técnicas da ABNT.

O Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares (PPRPS)

elaborados pelo Ministério do Trabalho é considerado, segundo informações de

participantes das reuniões, como prioritário.

Neste programa, o governo deseja acrescentar as normas técnicas vigentes

e aperfeiçoar esta ferramenta para permitir que empresas dos mais diversos

tamanhos possam implementar as soluções exigidas com o menor custo possível.

O governo também deseja estender este programa para o âmbito nacional e

assim tornar obrigatória a sua aplicação. Sabendo-se destas informações e dos altos

custos de adaptação dos equipamentos existentes, deve-se observar quais os

requisitos constantes nas normas EN 693 e no programa PPRPS do Governo

Federal para permitir o melhor aproveitamento dos recursos.

Page 24: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

23

6 ALTERAÇÕES NECESSÁRIAS SEGUNDO AS NORMAS VIGENTES

As alterações que se fazem necessárias ocorrem em três áreas distintas da

máquina, ou seja, sistema mecânico, sistema elétrico e sistema hidráulico.

Estas modificações naturalmente devem servir na sua função básica de

proteção, mas também devem influir minimamente no processo de produção e

utilização da máquina pelo operador.

Modificações de qualquer natureza em equipamentos de produção são

sensíveis do ponto de vista da produtividade.

Assim, o compromisso assumido, mesmo com a colocação de dispositivos

de segurança, é o de manter a produtividade.

Este compromisso deve se estender aos diversos momentos de utilização da

máquina quais sejam (ver Norma NBR NM 213-2):

• montagem;

• regulagem;

• ajuste;

• produção;

• manutenção;

• desmontagem.

Por outro lado, a norma EN 693 Machine tools Safety – Hydraulic Presses ,

prevê a colocação de dispositivos de segurança em 3 casos diferentes:

1 – ciclo intermitente - Alimentação ou retirada manual

2 – ciclo automático - Alimentação ou retirada manual

Page 25: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

24

3 – ciclo automático - Alimentação ou retirada automática

Este estudo de caso trata-se de um ciclo intermitente, no qual o operador

comanda a operação, e a alimentação é manual em todos os momentos.

Ocorre porém que a prensa em questão pode também operar de forma

automática. Neste caso, o iníco de movimento, a parada e a abertura seriam

comandados diretamente pela máquina. A alimentação continuaria sendo feita de

forma manual.

A Tabela 1, a seguir, apresenta os dispositivos de segurança recomendados

pela norma EN 693 e que se enquadram no caso 2.

Page 26: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

25

Tabela 1 – Dispositivos de segurança para prensa hidráulicas segundo norma EN 693 caso 2

Fonte: Luis F. M. Stumpf (continua)

Segurança para o operador

Liberação domovimento domartelo

Sinais departida eparada Elétrico Hidr.

Suspensão do sinal de segurança

Observações Itens observados legislação brasileiraPPRPS NR12 NT37/2004

Ferramenta segura

Qualquer 1C 1C

Não Ver itens 5.3.4 e 5.3.9

8.1 NC 5.2

Grades de proteção fixas na máquina

Qualquer 1C 1C

Não Ver itens 5.3.4 e 5.3.9

8.2 NC 5.1

Porta de proteção intertravada com bloqueio

Qualquer desdeque não sejaatravés dofechamento daprópria porta

RM 1CM

Não Ver itens 5.3.11 e 5.3.13

8.2 12.3.8 7a

Porta de proteção intertravada sem bloqueio

Qualquer desdeque não sejaatravés dofechamento daprópria porta

RM 1CM

Não Ver itens 5.3.11, 5.3.13 e 5.317

8.2 12.3.8 7a

Dispositivo ótico de segurança

Qualquer verobservação aolado (1 / 2 / 3)

RM RM

Sim 1. Observar as distâncias de segurança 2. Quando for possível entrar na ferramenta, deve-se prever uma liberação de partida adicional 3. Ver limitação quanto ao uso com partida automática

8.3 10c

12.2.1a 12.2.2

5.3/7c

Comando bi-manual

O própriocomando bimanual

RM RM

Sim 8.4/ 10c

12.2.2 5.3/7c

Botoeira de liberação

A própria botoeira 1C 1C

Sim Apenas para o ajuste da prensa e com velocidade máxima de 10 mm/s (ver 5.3.18)

NC NC NC

Calço de segurança

Não libera ofuncionamento

RM 1C

Não Calço dimensionado para o peso das partes móveis

15 NC 19

Modificações no sistema hidráulico

Verificar normas Ver demais normas da relação item 12 referências

NC NC 9

Modificações no sistema mecânico

Verificar normas Ver demais normas da relação item 12 referências

16 NC NC

Page 27: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

26

Abreviações: R – Sistema redundante de controle M – Sistema monitorado 1C – Sistema de canal único NC - Não consta no documento PPRPS – Programa de Prevenção de Risco em Prensas e Similares NT37/2004 – Nota técnica do MTE número 37/2004

EN 693 Prensas Hidráulicas acionamento automático - alimentação manual

com a colocação e retirada das peças na área de prensagem com ferramenta aberta Caso seja decidida a utilização de portas com fechamento automático (de

forma a facilitar a alimentação e retirada de peças) deve-se ter em mente que a força de fechamento da porta não poderá ser superior a 50 N/ cm2 ou 150 N.

Todas as portas que forem abertas mais de uma vez por jornada de trabalho deverão ser intertravadas com o comando da máquina.

Desta tabela, é possível identificar os seguintes itens que podem ser

utilizados na segurança da prensa hidráulica:

1 - grades de proteção fixas na máquina;

2 - porta de proteção intertravada sem bloqueio;

3 - dispositivo ótico de segurança;

4 - calço de segurança;

5 - modificações no sistema hidráulico;

6 - modificações no sistema mecânico.

Page 28: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

27

6.1 MODIFICAÇÕES REALIZADAS

Ao analisar a máquina e seu modo de operação conclui-se a existência de

duas áreas distintas:

1 – área de alimentação pelo operador

2 – área de utilização na troca de ferramental, manutenção etc.

A figura 3, a seguir, ilustra a área 1 e as figuras 4 e 5, adiantes, ilustram a

área 2.

Figura 3 - Área operação para alimentação manual Fonte: Luis F. M. Stumpf

Page 29: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

28

Figura 4 - Área de manutenção e troca de ferramental Fonte: Luis F. M. Stumpf

Figura 5 - Área de manutenção e troca de ferramental Fonte: Luis F. M. Stumpf

Page 30: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

29

Nas áreas de manutenção e troca de ferramental, constatou-se que o

acesso é esporádico e eventual. Se houver necessidade a máquina deve ser parada

e todos os movimentos devem cessar.

Neste caso, observa-se o interesse em manter o nível de produção através

da correta manutenção da prensa e ferramental. Desta forma, as interrupções

durante a operação devem ser evitadas ao máximo.

Caracteriza-se desta forma a utilização de proteções fixas e, nos casos em

que houver necessidade de intervenção do operador (> 1 vez por turno de trabalho),

caracteriza-se a utilização de proteções móveis.

A figura 6, a seguir, ilustra a utilização de proteções fixas e na figura 7,

adiante, é vista a utilização de proteções móveis, conforme NBR NM 272.

Figura 6 - Proteções fixas Fonte: Luis F. M. Stumpf

Em seguida, na área do operador, segundo a Tabela 1, deve-se utilizar a

opção de dispositivo ótico de segurança e, de acordo com a Nota Técnica 37/2004,

existe a obrigatoriedade do uso de comando bimanual em prensas.

A figura 8, adiante, ilustra a instalação de cortina de luz na área de

alimentação do operador. Logo abaixo da cortina de luz tem-se a instalação do

Page 31: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

30

comando bi manual.

A grade que suporta a cortina impede também o acesso à área de risco de

outra forma que não seja através do próprio dispositivo de segurança.

Figura 7 - Proteções móveis Fonte: Luis F. M. Stumpf

A norma NBR NM ISSO 13853 fornece informações sobre o projeto e

especificação das distâncias de segurança para evitar esmagamento pelos membros

superiores.

A figura 8 fornece um exemplo do conteúdo da Tabela 4 norma utilizada.

Page 32: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

31

Figura 8 – Tabela 4 da norma NBR NM ISO 13853 Fonte: norma NBR NM ISO 13853 - ABNT

Alcance através de aberturas - idade > 14 anos (tabela 4 NBR NM ISO 13853)

Dimensões em mm Parte do Ilustração Abertura Distância de segurança sr Corpo fenda quadrado circular Ponta do dedo

e < 4

4 < e < 6

> 2

> 10

> 2

> 5

> 2

> 5

Dedo até articulação com a mão ou mão

6 < e < 8

8 < e < 10

10 < e < 12

12 < e < 20

20 < e < 30

> 20

> 80

> 100

> 120

> 850 1)

> 15

> 25

> 80

> 120

> 120

> 5

> 20

> 80

> 120

> 120

Braço até junção com o ombro

30 < e < 40

40 < e < 120

> 850

> 850

> 200

> 850

> 120

> 850

1) Se o comprimento da abertura em forma de fenda é < 65 mm, o polegar atuará como um limitador e a distância de segurança poderá ser reduzida para 200 mm.

Page 33: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

32

Figura 9 - Instalação de cortina de luz na área de alimentação do operador

Fonte: Luis F. M. Stumpf

A nota técnica recomenda a utilização de um calço de segurança, ou seja ,

uma barra de aço que impeça a queda da parte superior da prensa durante uma

operação de troca de ferramenta e/ou manutenção. Este calço deve ser ligado ao

comando da máquina de forma a impedir que ela seja acionada se o calço estiver

fora da sua posição de repouso. Com esta ligação impede-se que a máquina seja

acionada com o calço dentro da área de prensagem.

Normalmente dimensiona-se a resistência mecânica do calço para o peso

das partes móveis (ver Nota Técnica 37/2004).

Assim, deve evitar que a força exercida pela máquina, que facilmente chega

a algumas toneladas, seja aplicada diretamente sobre o calço.As modificações no

sistema elétrico foram feitas de forma a melhorar o quadro elétrico e adaptando-o

com mais espaço, componentes e ligações novas.

No sistema hidráulico, a norma EN 693 recomenda a utilização de válvulas

monitoradas eletricamente. Isso implica na troca de todos os componentes

Page 34: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

33

hidráulicos.

O custo para estas modificações supera facilmente a casa das dezenas de

milhares de reais. A empresa decidiu não realizar estas modificações. As

modificações mecânicas foram feitas com o acréscimo das grades de proteção.

Nenhuma outra modificação se faz necessária.

7 RELAÇÃO ENTRE INVESTIMENTO E CUSTOS

Para analisar a relação entre investimento do projeto e multas referentes ao

não cumprimento das normas, necessita-se considerar alguns itens, tais como:

• número de trabalhadores da empresa (entre 51 e 100);

• salário do operador da prensa (R$ 800,00);

• uma UFIR = R$ 1,0641 (a UFIR foi extinta e este é seu último valor);

• valor total do projeto: R$ 20.000,00.

As normas brasileiras que tratam de equipamentos semelhantes à prensa

são: Norma Regulamentadora 12; PPRPS (Programa de Prevenção de Risco em

Prensas e Similares) e Nota Técnica 37/2004. Dentre estas normas, a NR 12 –

Máquinas e Equipamentos é a única que apresenta penalidades referentes ao não

cumprimento dos itens contidos na mesma, os quais são:

12.2. Normas de segurança para dispositivos de acionamento, partida

e parada de máquinas e equipamentos:

12.2.1. As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de

Page 35: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

34

acionamento e parada localizada de modo que: a) Seja acionado

ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho; (112.009-

3 / I2)

12.2.2. As máquinas e os equipamentos com acionamento

repetitivo, que não tenham proteção adequada, oferecendo risco

ao operador, devem ter dispositivos apropriados de segurança

para o seu acionamento. (112.014-0 / I2)

12.3. Normas sobre proteção de máquinas e equipamentos:

12.3.3. As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de

ruptura de suas partes, projeção de peças ou partes destas,

devem ter os seus movimentos, alternados ou rotativos,

protegidos. (112.019-0 / I2)

12.3.4. As máquinas e os equipamentos que, no seu processo de

trabalho, lancem partículas de material, devem ter proteção, para

que essas partículas não ofereçam riscos. (112.020-4 / I2)

12.3.8. Os protetores removíveis só podem ser retirados para

execução de limpeza, lubrificação, reparo e ajuste, ao fim das

quais devem ser, obrigatoriamente, recolocados. (112.024-7 / I1)

Page 36: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

35

E a Norma Regulamentadora NR 28 – Fiscalização e Penalidades apresenta

os seguintes itens e tabelas referentes às penalidades:

28.3. Penalidades:

28.3.1. As infrações aos preceitos legais e / ou regulamentadores

sobre segurança e saúde do trabalhador terão as penalidades

aplicadas conforme o disposto na Tabela de gradação de multas

(Tabela 2).

Obedecendo às infrações previstas na tabela de classificação das infrações

(Tabela 3) desta Norma.

• 28.3.1.1. Em caso de reincidência, embaraço ou resistência

à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o

objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada na forma do

art. 201, parágrafo único, da CLT, conforme os seguintes

valores estabelecidos no Tabela 4.

Page 37: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

36

Tabela 2 - Gradação das Multas (em UFIR) Fonte: Norma Regulamentadora 28

Nº de Segurança do Trabalho Medicina do Trabalho

Empregados I1 I2 I3 I4 I1 I2 I3 I4

1 – 10 630-729 1129-

1393

1691-

2091

2252-

2792

378-428 676-839 1015-

1524

1350-

1680

11 – 25 730-830 1394-

1664

2092-

2495

2793-

3334

429-498 840-

1002

1255-

1500

1681-

1998

26 – 50 831-963 1665-

1935

2496-

2898

3335-

3876

499-580 1003-

1166

1501-

1746

1999-

2320

51 – 100 964-

1104

1936-

2200

2899-

3302

3877-

4418

581-662 1167-

1324

1747-

1986

2321-

2648

101 – 250 1105-

1241

2201-

2471

3303-

3718

4419-

4948

663-744 1325-

1482

1987-

2225

2649-

2976

251 – 500 1242-

1374

2472-

2748

3719-

4121

4949-

5490

745-826 1483-

1646

2226-

2471

2977-

3297

501 – 1000 1375-

1507

2749-

3020

4122-

4525

5491-

6033

827-906 1647-

1810

2472-

2717

3298-

3618

Mais de 1000 1508-

1646

3021-

3284

4526-

4929

6034-

6304

907-990 1811-

1973

2718-

2957

3619-

3782

Page 38: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

37

Tabela 3 – Classificação das Infrações Fonte: Norma Regulamentadora 28

NR 12 – Máquinas e Equipamentos

Item / Subitem Código Infração

12.2.1 ”a” 112.009-3 2

12.2.2 112.014-0 2

12.3.3 112.019-0 2

12.3.4 112.020-4 2

12.3.8 112.024-7 1

Tabela 4 – Multa referente à reincidência

Fonte: Norma Regulamentadora 28

Valor da Multa (em UFIR)

Segurança do Trabalho Medicina do Trabalho

6.304 3.782

A seguir tem-se a Tabela 5 relacionando os valores de cada penalidade que

a empresa possa sofrer antes da execução do projeto. Tomou-se como valor da

gradação, uma média entre o menor e o maior valor da penalidade.

Page 39: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

38

Tabela 5 – Valores

Nº de

Empregados

Código Infração Gradação

em UFIR

Média da

Gradação

Valor em R$

51 -100 112.009-3 2 1936-2200 2068 2.200,56

51 - 100 112.014-0 2 1936-2200 2068 2.200,5

51 -100 112.019-0 2 1936-2200 2068 2.200,56

51 - 100 112.020-4 2 1936-2200 2068 2.200,56

51 -100 112.024-7 1 964-1104 1034 1.100,28

Considerando que a empresa sofra apenas uma penalidade em cada caso e

não seja reincidente, o valor total será de R$ 9.902,52. Levando-se em conta que

um operador receba no ano um total de R$ 10.666,67 entre salários, 13º salário e

1/3 de férias. Sem contar com honorários do advogado e despesas médicas, tem-se

um total de R$ 20.569,19, ou seja, superior ao gasto realizado com a execução do

projeto e, o mais importante, que proporcionaria segurança e integridade física ao

trabalhador e à empresa.

Page 40: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

39

8 CONCLUSÃO

Dentre toda a legislação existente e normas técnicas que recomendam a

colocação de dispositivos de segurança, a consciência da prevenção é o maior

recurso contra acidentes. Pois desta consciência surge a motivação para buscar

recursos e meios de melhorar o meio ambiente do trabalho.

No caso desta prensa pode-se verificar que diversos itens foram instalados

demandando trabalho, projeto e recursos de várias pessoas para se chegar ao

resultado final apresentado nas figuras.

Em um primeiro instante, o profissional de segurança ou a pessoa

consciente dos riscos e perigos existentes iria se perguntar como a máquina foi

vendida e, pior ainda, utilizada durante tantos anos sem essas proteções.

Deve-se lembrar, no entanto, que a atual conscientização dos riscos

existentes em prensas custou o exemplo de milhares de pessoas que sofreram

algum tipo de acidente durante sua jornada de trabalho.

As modificações realizadas nesta prensa são sem dúvida bem vindas no

sentido de melhorar a forma de trabalho e evitar riscos maiores em operações de

manutenção e troca de ferramental/ajuste.

Pesa, no entanto, a diferença entre a recomendação da norma EN 693 e as

modificações no sistema hidráulico, que não foram realizadas.

Neste caso a discussão sobre a necessidade ou não destas modificações

implica em estudos e experiências práticas que vão muito além do escopo deste

trabalho e naturalmente repetem o trabalho realizado pelo grupo de profissionais que

Page 41: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

40

criaram a norma EN 693.

A experiência na utilização destas normas em outras modificações ( por ex.

elétricas ou mecânicas) tem se mostrado ao longo dos anos que elas existem por

razões nem sempre claras mas eficientes do ponto de vista da segurança e

prevenção.

Desta forma recomenda-se que as modificações no sistema hidráulico sejam

feitas em um segundo momento para completar a adequação da prensa às normas

existentes.

Page 42: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

41

9 REFERÊNCIAS

VIGNOCHI, Rudimar A. e BISSIGO Edson R. Gestão e segurança com prensas e similares, Caxias do Sul, RS, Nordeste – 2001. Segurança e medicina do trabalho, São Paulo, SP, Editora Atlas 54 edição 2004. DEFREN, Werner e WICKERT, Karl Sicherheit fuer die Maschinen und Anlagenbau, Wuppertal, Rep.Federal da Alemanha, K A Schmersal GmbH – 1996.

DE CICCO, Francesco, FANTAZZINI, Mario Luiz. A identificação e análise de riscos. Revista Proteção - Suplemento especial nº 2, Novo Hamburgo, n.28, abril, 1994.

http://www.aceshmersal.com.br http://pt.wikipedia.org

Page 43: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

42

10 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

PPRPS – Programa de prevenção de riscos em prensas e similares do MTB – DRT / SP NR 12 - Máquinas e Equipamentos NT 37/2004 – Nota Técnica do MTE nº 37/2004 NORMAS BASILEIRAS DA ABNT PARA SEGURANÇA DE MÁQUINAS: NBR NM 213 – Segurança de máquinasConceitos básicos, princípios gerais para projetos parte 1 e 2 EN 292 –1/2/3 NBR 13761 – Distâncias seguras para impedir acesso a zonas de perigo pelos membros superiores (EN 294) NBR 13760 – Folgas mínimas para evitar esmagamento de partes do corpo humano(EN 349) NBR 14153 – Segurança de máquinas: Parte de sistemas de comando relacionadas à segurança, princípios gerais de projeto (EN 954-1) NBR 14154 – Segurança em máquinas: Prevenção de partida inesperada (EN 1037) NBR 13759 – Equipamentos de parada de emergência, aspectos funcionais, princípios para projetos (EN 418) NBR 13929 – Dispositivos de intertravamento associados a proteções – Princípios para projeto e seleção (EN 1088) NBR 13928 – Requisitos gerais para o projeto e construção de proteções (fixas e móveis) (prEN 953) NBR 13758 – Distâncias seguras para impedir acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores (prEN 811) NBR 14009– Princípios para apreciação de riscos (EN 1050) NBR 14152 – Segurança em máquinas Dispositivos de comando bi-manuais Aspectos funcionais e princípios para projeto (EN 574)

Page 44: LUIS F. M. STUMPF ROBSON LUCIANO TARSO M. C. …uepg.br/denge/eng_seg_2004/TCC/TCC23.pdf · Quadro 1 Modelo de ficha para Análise Preliminar de Riscos ... A prensa hidráulica é

43

NBR 13536 - Máquinas injetoras para plásticos e elastômetros. Requisitos técnicos de segurança para o projeto, construção e utilização NBR 13930 – Prensas mecânicas Requisitos de Segurança NBR 13936 - Máquinas de moldagem por sopro destinadas à produção de artigos ocos de termoplástico - Requisitos Técnicos de segurança para projeto e construção. NORMAS DA COMUNIDADE EUROPÉIA QUE AINDA NÃO FORAM NACIONALIZADAS: EN 693 Machine tools Safety – Hydraulic Presses EN 999 Machine safety – Hand / Arm speed approach speed of parts of the body for positioning of safety devices. EN 60204-1 – Segurança de máquinas – Equipamento elétrico de máquinas – Parte 1 Especificações para requisitos gerais.