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UNIVERSIDADE DO ALTO VALE DO RIO DO PEIXE CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO DE ESTUDOS PEDAGOGICOS PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE LICENCIADO EM INFORMÁTICA SIRLEI FAVARIN VANDERLINDE RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO CAÇADOR 2011

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UNIVERSIDADE DO ALTO VALE DO RIO DO PEIXE CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO DE ESTUDOS PEDAGOGICOS PARA

OBTENÇÃO DO TÍTULO DE LICENCIADO EM INFORMÁTICA

SIRLEI FAVARIN VANDERLINDE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

CAÇADOR 2011

SIRLEI FAVARIN VANDERLINDE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Projeto apresentado como exigência para a obtenção de nota na disciplina Estágio Supervisionado em Informática II, do Curso de Complementação de Estudos Pedagógicos para Obtenção do Título de Licenciado em Informática, ministrado pela Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe - UNIARP, sob orientação do(a) professor(a) Paulo Gonçalves.

CAÇADOR 2011

A minha mãe, com muitas saudades.

AGRADECIMENTOS

Ao meu marido, Leonir Vanderlinde, pela sua compreensão e incentivo.

Aos alunos da EEF. Bernardo Müller, participantes deste estágio, por sua

receptividade e colaboração.

A professora Adriéle Baggio, pela disponibilidade e voluntariosa ajuda.

Ao senhor Geraldo Kock, diretor escolar da EEF. Bernardo Müller, pela ajuda

nos mais diferentes momentos e modos, prontidão e incentivos.

Aos meus colegas, Leonardo Eskelsen e André Machado, pelo

companheirismo e amizade.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Alunos da turma do 1º Ano ....................................................................... 25 Figura 2 – Alunos da turma do 2º Ano ....................................................................... 26

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Grade Curricular do Ensino Fundamental ................................................ 24 Tabela 2 – Grade Curricular do Ensino Médio ........................................................... 24

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 2 TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO ............................................................................. 11 3 RELATOS .............................................................................................................. 20

3.1 RELATO DAS OBSERVAÇÕES ...................................................................... 20 3.1.1 Identificação da Escola ............................................................................. 20 3.1.2 Projeto Político Pedagógico da escola ...................................................... 21 3.1.3 Plano de Ensino da Escola ....................................................................... 24 3.1.4 Sala de Aula .............................................................................................. 26 3.1.5 Conteúdo Programático Desenvolvido ...................................................... 28 3.1.6 Metodologia de Ensino Adotada ................................................................ 30 3.1.7 Atendimento e relacionamento com os Alunos .......................................... 33 3.1.8 Avaliação ................................................................................................... 35 3.1.9 Comentários da Professora ....................................................................... 37 3.1.10 Outras Observações ............................................................................... 39

3.2 RELATOS DA INTERVENÇÃO ........................................................................ 39 3.2.1 Primeiro Dia............................................................................................... 39

3.2.1.1 1º Ano ............................................................................................... 39 3.2.1.2 2º Ano ............................................................................................... 40

3.2.2 Segundo Dia.............................................................................................. 41 3.2.2.1 1º Ano ............................................................................................... 41 3.2.2.2 2º Ano ............................................................................................... 42

3.2.3 Terceiro Dia ............................................................................................... 42 3.2.3.1 1º Ano ............................................................................................... 42 3.2.3.2 2º Ano ............................................................................................... 43

3.2.4 Quarto Dia ................................................................................................. 44 3.2.4.1 1º Ano ............................................................................................... 44 3.2.4.2 2º Ano ............................................................................................... 45

3.2.5 Quinto Dia ................................................................................................. 46 3.2.5.1 1º Ano ............................................................................................... 46 3.2.5.2 2º Ano ............................................................................................... 46

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 48 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50 ANEXOS ................................................................................................................... 51

1INTRODUÇÃO

A Educação é um processo que ocorre entre os seres humanos há milênios.

Mudou-se os métodos e formatos de ensinar e aprender, seus objetivos, mas é um

processo observado em qualquer sociedade.

Em cada era da história, a educação teve características peculiares.

Inicialmente, através de gestos, um membro ensinava através de gestos e exemplos

a outro indivíduo do do grupo. O principal ensinamento era a sobrevivência. Aqui,

fala-se da era do fogo.

Milhares de anos depois, a educação era diferenciada entre os sexos.

Enquanto os meninos eram ensinados e preparados para a guerra, as meninas

aprendiam apenas a bordar e cuidar de suas casas e filhos.

Houve ainda a época em que o ensino, já instituído em dependências

próprias, denominadas escolas, era exclusivo para a classe social dominante.

Apesar das diferenças de cada época, a busca sempre foi a propagação de

conhecimentos e saberes entre as gerações.

Quanto a informática, muitas são as versões sobre seu início. Alguns

estudiosos relacionam o surgimento da informática ao ábaco, enquanto outros, citam

o ENIAC como marco inicial desta nova era.

Diferentemente da educação, as finalidades da computação sofreram

diversas alterações. Primeiramente, o desenvolvimento do computador tinha como

meta criar uma máquina com alta capacidade de cálculo.

Na década de 80, sua utilização começou a sofrer alterações. Iniciava-se a

era dos computadores pessoais. No decorrer das décadas subsequentes, pode-se

observar uma popularização dos computadores e seu mercado migrar para este

novo público, que utilizava os computadores, principalmente para o lazer.

Atualmente, os computadores estão presentes em todos os setores da

sociedade, com uma infinidade de utilidades.

Como se pensou, logo após a criação dos computadores pessoais, a

educação também poderia se utilizar deste mecanismo para auxiliar, e, se possível,

facilitar e aumentar, o aprendizado dos alunos.

Por isto, nas últimas décadas, muito se tem discutido acerca da utilização das

tecnologias na educação. Inicialmente, o computador foi visto como um objeto

estranho e com poucas utilidades pela maioria dos profissionais da educação.

Com o passar dos tempos, a informática evoluiu, os softwares se tornaram

mais amigáveis, acessíveis e simples. O conhecimento da informática espalhou-se e

pode-se entender como este equipamento podia auxiliar no processo de

ensino/aprendizagem.

Apesar destes fatores e, acrescentado a isto a popularização dos

computadores em quase todas as classes sociais, ainda há professores e escolas

que possuem um laboratório de informática e não sabem utilizá-lo para melhorar o

aprendizado dos alunos.

O presente trabalho refere-se ao estágio desenvolvido na Escola de

Educação Básica Bernardo Müller, durante o período de maio de 2011 à junho de

2011.

Durante o estágio, que aqui será descrito, procurou-se unir os conhecimentos

técnicos de informática que a acadêmica possui com os conhecimentos adquiridos

nas aulas da Complementação Pedagógica. Unir a didática com a computação.

Objetiva-se apresentar como a informática pode melhorar a atenção, o

interesse e a aprendizagem dos alunos.

É necessário destacar que, neste trabalho, a tecnologia é citada e estudada

na forma dos computadores, pois, estes são a tecnologia presente nas escolas da

rede estadual de educação pública de Santa Catarina.

2TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

De um modo geral, a escola sempre sofreu e refletiu os acontecimentos e os

comportamentos da sociedade. Toda a estrutura escolar e os profissionais da

educação percebem tais influências e buscam informações para optarem por uma

posição, favorável ou não, a novidade.

Apesar da informática não ser mais considerada uma novidade e já estar

presente nos lares de vários alunos, ainda há professores que questionam sua

utilização na educação ou mesmo se colocam contrários à sua utilização em suas

aulas.

Conforme afirma Barros e D´Ambrósio (1988), a discussão sobre informática

na educação tem se baseado em opiniões. Debate-se sobre usar ou não a

informática, se é bom ou não, favorável ou contra sua utilização, mas a principal

questão tem sido omitida: qual é o problema da educação? É necessário, primeiro

resolver-se os problemas mais intrínsecos desta área, para então, ser discutida a

relação da informática e da educação.

Antes dos educadores, e demais profissionais da educação, analisarem suas

opiniões sobre o computador, faz-se necessário pensar nos problemas básicos da

educação. O que é necessário melhorar e resolver para que a educação atinja seus

objetivos e metas, acabe com o analfabetismo e forme cidadãos e pessoas críticas

para a sociedade? A partir deste ponto, deve-se estudar a melhor forma de utilizar a

informática no aprimoramento da educação dos alunos.

A melhor maneira de aplicar a informática no cotidiano escolar, para que esta

resulte num melhor aprendizado dos alunos, tem sido uma preocupação antiga e

constante dos professores.

No que pode ser chamado de início da era da informática, as escolas e

educadores tinham opiniões bastante divergentes. Haviam os simpatizantes ao

movimento de utilizar a informática para a educação e haviam os contrários.

Segundo Coburn et al. (1988, p. 4):

Algumas pessoas da comunidade educacional são céticas a respeito do que ocorrerá com computadores na escola. Eles acreditam que a visão dos otimistas é ingênua tanto a respeito da escola como a respeito de computadores. Citam deficiências graves na atual geração de computadores: máquinas que não trabalham corretamente e que são difíceis de serem utilizadas; programas de computadores que não rodam nas máquinas do mesmo fabricante, programas que não mais funcionam quando o usuário comete o menor erro, como apertar uma tecla incorreta; a

escassez de software educacional de qualidade; o número limitado de pessoas que podem usar o computador ao mesmo tempo e o alto custo de um grande número de máquinas baratos é logo atingido quando se carrega um grande número de dados; os manuais técnicos de instrução do equipamento e do software são quase sempre pouco esclarecedores.

Os problemas citados pelas pessoas contrárias a implantação dos

computadores nas escolas, foram, durante os anos decorrentes, resolvidos. A

dificuldade na utilização dos microcomputadores e a necessidade de manuais à

tempos foram abolidas. A cada nova geração de computadores lançados, estes

tornavam-se mais interativos e fáceis de utilizar. Atualmente, com algumas

instruções simples, qualquer pessoa pode realizar operações básicas, sem a

necessidade de conhecimentos prévios de informática. Muito disto se deve a

interface gráfica, altamente intuitiva, presente em todos os equipamentos

atualmente.

Erros e problemas operacionais do computador são cada vez mais raros,

graças a evolução da tecnologia. Este problema também não é mais um entrave,

pois cada sala informatizada, das escolas públicas de nosso Estado, contam com

um profissional de formação coerente à área de atuação.

Os softwares educacionais de qualidade talvez seja o único problema que

ainda persista dos mencionados pelo autor. Apesar dos computadores, nas escolas,

terem alguns pacotes de aplicativos educacionais e a internet possibilitar o acesso a

materiais dos mais diferentes assuntos, a grande parcela de programas

educacionais de qualidade são comercializados. Esta comercialização dificulta, e às

vezes inviabiliza, sua utilização pelas escolas públicas e consequentemente, pela

grande maioria dos alunos brasileiros.

O computador, com todos os seus atrativos (cores, movimentos, vídeos,

gráficos) nem sempre tem sido utilizado da melhor forma dentro e fora da escola.

Percebe-se, em conversas informais com alunos, que a grande maioria utiliza o

computador, em casa, exclusivamente, para lazer. Jogos (muitas vezes de violência),

músicas, vídeos, chats e redes sociais são citados como as principais atividades

realizadas nos computadores.

Embora o computador, recentemente, tenha se tornado mais acessível a

população, a maioria dos pais investe neste equipamento objetivando oportunizar

melhores condições de aprendizado aos seus filhos. Fato que nem sempre se torna

concreto, devido a falta de conhecimento sobre como utilizar a informática para os

estudos, e a falta de limitações de tempo e finalidade que os pais deixam de impôr a

seus filhos. Tal situação ocorre, primeiramente, pelo pouco conhecimento dos pais

sobre informática e, em segundo lugar, em virtude do pouco tempo que possuem

disponível para vigiar e acompanhar as atividades dos filhos.

Diante deste cenário, recai mais esta responsabilidade sobre as “costas” do

professor. É dele o compromisso de explicar e esclarecer as principais funções do

computador e a melhor forma deste ser utilizado para o estudo dentro e fora da

escola.

Conforme afirma Barros e D´Ambrósio (1988, p. 28) “o computador não é um

fim em si mesmo, mas um meio, um recurso instrucional a mais, cuja eficácia

dependerá da capacidade daqueles que o utilizam.” Se o professor que tiver a sua

disposição um computador, ou um laboratório de informática, saber fazer uso deste

recurso, propiciará aulas mais interessantes, dinâmicas e enriquecedoras à seus

alunos.

O tipo de atividade, o planejamento da aula (se o microcomputador é utilizado

antes ou depois da explicação do assunto), o tempo destinado a utilização do

computador e o esclarecimento dos objetivos da atividade são fatores que

influenciam a eficácia do computador como recurso pedagógico.

Nem sempre o professor utiliza o computador da forma mais correta e de

melhor proveito em relação ao assunto em estudo. Como exemplo: em alguns

casos, uma simples pesquisa na rede mundial de computadores não contribui para

um melhor entendimento do assunto. A sequência em que o microcomputador é

utilizado em relação a abordagem do assunto-tema também influencia na

aprendizagem. O computador pode ser usado para fazer a introdução do assunto, ou

para esclarecê-lo ou até mesmo como instrumento de fixação do conteúdo.

Percebe-se também que quando os alunos ficam tempo demasiadamente

extenso em frente ao microcomputador, sem um objetivo claro ou uma atividade que

necessite de maior tempo para realização, os alunos ficam cansados e não

aproveitam o recurso como é possível.

Segundo Chaves e Setzer (1988, p. 42):

As demonstrações efetuadas pelo microcomputador têm um potencial muito mais rico do que as realizadas com giz e quadro-negro ou com transparências. As variáveis podem ser manipuladas com facilidade, e os efeitos são instantâneos. Além disso, as áreas de aplicação são verdadeiramente ilimitadas: abrangem desde a estrutura atômica até o movimento dos planetas, passando pela trajetória dos alimentos no

aparelho digestivo e por centenas de outros assuntos.

Uma das vantagens na utilização do computador nas aulas é o aumento do

interesse dos alunos na aula. É notório o fascínio que os alunos possuem pelo

recurso e sua utilização. A interação com o conhecimento é muito maior e a sua

forma de apresentação se torna muito mais convidativa do que as limitações de um

quadro negro ou o engessamento de um livro didático. Mas, vale ressaltar que toda

aula, mesmo utilizando um micro como recurso pedagógico, exige planejamento e

didática.

Muitas são as formas de utilização do informática na educação, para uma

melhor aprendizagem dos alunos. Diversos autores apresentam sugestões de

utilização para esta finalidade. Qualquer professor que dispender tempo para

pesquisar e avaliar os materiais disponíveis, encontrará formas de utilizar o

computador nas suas aulas. Muitas vezes, basta boa vontade e criatividade para que

esta ação se concretize.

Conforme Chaves e Setzer (1988) afirmam, um dos recursos que os

professores podem utilizar são os jogos educativos. Os mesmos podem ser

utilizados nas aulas com o objetivo de facilitar a aprendizagem dos alunos. Este

recurso possibilita que os alunos assimilem os conceitos, habilidades e

conhecimentos abordados nos jogos, mesmo sem perceberem.

O desafio e a diversão, características próprias dos jogos, aumentam o

interesse do aluno e sua atenção para o assunto que o jogo aborda. Efeitos estes

que melhoram significativamente a aprendizagem.

“Apesar de não receber importância pedagógica, os pacotes de aplicativos

também podem ser utilizados nas aulas.” (CHAVES; SETZER, 1988, p. 60). Estes

softwares podem ser utilizados tanto para o desenvolvimento de trabalhos escolares

quanto com uma finalidade de preparação profissional.

Especialmente os processadores de texto podem ser explorados durante as

aulas de qualquer disciplina. Conforme já citado neste trabalho, em virtude da

atração dos alunos pelo microcomputador, estudantes que não gostam da atividade

de produção textual, realizam a atividade com maior interesse.

As facilidades de editar e corrigir o texto também são características atrativas,

que tornam a redação mais prazerosa quando realizada no computador. Outro ponto

positivo é o resultado final de um texto produzido em um editor de textos. Mesmo

realizando várias correções e mudanças no texto, depois de impresso, o texto terá

uma aparência limpa e uniforme, sem rasuras ou borrões.

Chaves e Setzer (1988) ainda afirmam que os processadores de texto podem

ajudar, e muito, alunos com deficiências físicas. Normalmente, estes têm

dificuldades no ato da escrita, ou mesmo em segurar o lápis, e, através dos

softwares deste tipo têm a atividade facilitada. E, novamente, o texto impresso terá

uma aparência perfeita.

Os autores Barros e D´Ambrósio (1988, p. 36) ainda sugerem outras quatro

formas de utilizar o computador na educação, são elas: “[...] para fixação de

estruturas, para fornecimento de conteúdos, para simulação e para avaliação.”

Conteúdos que precisam ser memorizados (tabuadas, datas, nomes de

personalidades, etc.) podem ser mais interessantes aos alunos se os professores

utilizarem o computador para tal tarefa. Este tipo de conhecimento exige repetição, o

que torna a aula entediante tanto para o aluno quanto para o professor. Já o

computador, realiza a tarefa automaticamente (é programado para tal tarefa) e

normalmente utiliza-se de recursos audiovisuais para tornar a tarefa mais

interessante para o usuário (no caso, o aluno).

A pesquisa, ou seja, fornecimento de conteúdos, é uma forma envolvente de

mostrar ao aluno como pode ser desafiante e interessante a busca pelo

conhecimento. A explicação, ou explanação de um assunto nem sempre desperta o

interesse do aluno. Normalmente, o assunto é apresentado de forma rígida, pronta

ao aluno, sem instigar sua curiosidade. Quando ele mesmo precisa pesquisar um

tema, encontrar respostas para definições, a aula e o aprendizado tornam-se mais

prazerosos.

Quando o autor propõe a utilização da informática para a simulação, refere-se

a casos em que o professor não tenha em mãos os materiais necessários para um

experimento, ou a falta de um laboratório, etc. Em casos assim, um vídeo ou uma

animação gráfica do tema em estudo pode auxiliar imensamente o entendimento e

compreensão de uma simulação. Um exemplo prático, vivenciado pela estagiária em

uma das aulas na escola em que esta trabalha, foi a forma que uma professora de

geografia encontrou para explicar aos seus alunos como acontece e se forma uma

tsunami.

Há alguns meses atrás, o país do Japão foi drasticamente arrasado por uma

tsunami e, durante suas explicações, a docente percebeu que os alunos não

conseguiam compreender o fenômeno, apesar de todas as formas de explicações

que utilizava. Então, a turma foi trazida para a sala informatizada da escola e ao

assistirem uma animação que simulava o acontecimento, a turma toda afirmou ter

entendido, já na primeira visualização da animação.

Segundo Almeida (1988, p. 39), “[...] a utilização do computador também pode

ser utilizado para o desenvolvimento de novas lógicas e habilidades mentais, e para

formar de esquemas de solução de problemas.” O desenvolvimento da lógica e de

novas habilidades mentais são produtos da utilização do computador. Os alunos que

possuem maior contato com este recurso, demonstram maior coerência e lógica nas

idéias e ações. Esta é uma característica positiva para qualquer cidadão. Aumentar

as habilidades mentais também é favorável para o aluno enquanto aluno e

futuramente como indivíduo e profissional.

De acordo com Barros e D´Ambrósio (1988, p. 33) “[...] dado o caráter

repetitivo da máquina, talvez possa ela vir a ser usada como um recurso para elevar

o nível médio da turma.” Esta é mais uma sugestão que o autor traz em seu livro

sobre como utilizar o computador para melhorar o aprendizado dos alunos. Os

autores Chaves e Setzer (1988, p. 36) apontam a mesma característica aos

exercícios repetitivos.

Toda classe é singular, mas uma característica típica em qualquer uma é a

diferença na velocidade ou forma de aprendizagem entre os alunos que as

compõem. Cada turma possui os alunos que aprendem rapidamente e facilmente

assim como existem aqueles que exigem maior tempo e prática para tal resultado.

Desta forma, a sugestão é utilizar o micro e seus softwares para a repetição de

explicações e exercícios. Para melhor aproveitar o tempo, tal tarefa deveria ser feita

extra-classe. Assim, os alunos com maior dificuldade em aprendizagem melhorariam

seu rendimento com os exercícios no computador, em casa, e na sala, na próxima

aula, o professor não precisaria ficar fazendo reforços, repetições do assunto, para

nivelar os alunos. A aula renderia muito mais e exigiria esforço dos alunos mais

fracos e não desperdício de tempo dos que aprendem com maior facilidade.

“[...] o computador é um instrumento poderoso e versátil na área da educação,

que, se usado com inteligência e competência, pode tornar-se um excelente recurso

pedagógico à disposição do professor em sala de aula.” (CHAVES; SETZER, 1988,

p. 63).

Conforme é possível concluir, o computador pode e deve ser utilizado por

todo e qualquer professor, mas tal atividade não deve ser feita sem planejamento ou

de modo emergencial.

Faz-se necessário que o professor, antes de apresentar o conteúdo

informatizado ao aluno, analise e verifique vários aspectos. Se a forma de

apresentação do conteúdo é a mais adequada à classe, se o material a ser utilizado

contempla todas as áreas de conhecimento que se deseja trabalhar, assim como as

divisões e sub-divisões do assunto.

Tais tarefas demandam tempo e dedicação, sendo que o fator tempo nem

sempre o professor tem disponível. Nestes casos, o professor pode pedir ajuda ao

professor-orientador da sala informatizada. Este, com maior conhecimento e

familiaridade com a área poderá encontrar materiais de acordo com as

necessidades e exigências do professor.

Outra solução é contar com uma lista de sites educativos, e de qualidade,

para situações em que um planejamento não foi possível.

Contudo, mesmo diante destas sugestões de utilização do computador como

recurso pedagógico, de todas as vantagens, alguns professores ainda são relutantes

ou simplesmente não utilizam este equipamento. Os motivos são os mais variados.

Desde a falta de interesse, a falta de informação qualificada e o receio de perder o

controle da turma de alunos.

Conforme afirma Barros e D´Ambrósio (1988, p. 54):

“O professor sem dúvida sente sua autoridade ameaçada no momento em que vê seus alunos dominarem, em poucas horas, um conteúdo que normalmente ele passaria dois ou três anos ensinando e que, mediante um sistema de provas e exames, ele utiliza como elemento de pressão para manter a classe sob controle.”

Apesar de a informática estar inserida em nosso cotidiano a décadas, muitos

são os professores que não conhecem ou não gostam de utilizar os computadores,

até mesmo de forma profissional. Questão de gosto, adaptação, comodismo, medo

ou conforme o autor afirma, receio de demonstrar incompetência, que sabe menos

que o aluno. Infelizmente este tipo de profissional é mais comum do que se pensa.

Não é regra, mas os professores com mais tempo de carreira são os que mais

apresentam tal comportamento. Depois de passar anos e anos repetindo a mesma

metodologia, na mesma sequência e da mesma forma, muitos não aceitam alterar o

mínimo que seja suas aulas. É muito mais cômodo e tranquilo seguir a mesma

receita do que ter de aprender algo novo, mesmo que isto signifique uma aula mais

interessante para ele e para os alunos.

Acelerar o aprendizado também exigirá que este professor busque novos

assuntos para sua aula, e sair de sua rotina. São características que em nada

lembram um profissional de educação, mas é o perfil de alguns professores, em

minoria, que ainda lecionam em nossas escolas.

Outro problema que faz com que alguns professores não utilizem a

informática é o medo de demonstrar aos alunos fraqueza e falta de conhecimento.

Ser motivo de risadas e perder o status de sábio diante dos alunos é algo

inadmissível para alguns profissionais, que vêem sua autoridade vinculada ao

conhecimento que possuem em relação aos alunos.

A qualquer momento, quantas vezes se faça necessário, o professor, ou

mesmo o aluno com as devidas instruções, poderá utilizar o computador para a

aprendizagem. Basta o professor querer. Conforme afirma Coburn et al. (1988, p.

19), o computador é, “[...] um servidor incansável sob o comando do professor que o

deseja usar.”

Um interessante ponto de vista exposto pelo autor Almeida (1988, p. 22) é a

frase: “[...] solução à cata de um problema”. Segundo ele, é necessário fazer um

levantamento prévio das principais dificuldades dos alunos no processo de

aprendizagem e, com base nestas informações, estudar uma forma de aplicar a

informática na solução do problema.

Ao contrário dos profissionais que não utilizam o computador, há os que o

utilizam incorretamente. Usar o computador apenas para digitação ensina, mas não

explora nem o mínimo da capacidade do equipamento. A informática não deve ser

utilizada pelo fato em si. Se não tiver como objetivo auxiliar, facilitar e melhorar o

aprendizado do aluno, sua utilização não terá sentido.

Conforme Barros e D´Ambrósio (1988, p. 28), o computador possibilita “[...]

uma real democratização das oportunidades educacionais [...]”. Ou seja, a

informática dentro das escolas também busca diminuir as diferenças sociais ainda

imensas entre os alunos. Oportunizar a utilização dos mesmos meios para o

aprendizado, torna mais igualitário as condições de crescer e alcançar objetivos, que

cada aluno possua dentro e fora da escola. Afinal, o conhecimento em informática,

atualmente, faz-se necessário em qualquer campo profissional que o aluno escolher.

Se este não teve acesso a um computador em casa, e esta falta se repete na escola,

a quantos empregos este aluno estará incapacitado de exercer?

Almeida (1988) ainda afirma que, a utilização dos computadores nas escolas,

possibilita que mais indivíduos carentes tenham acesso a tecnologia. Tal chance de

acesso é um ato de grande contribuição democrática. Igualdade de oportunidades

para o conhecimento e preparação para o mercado de trabalho estão inseridas como

contribuição democrática que a informática pode dar aos alunos de classes menos

favorecidas. A existência de salas informatizadas em todas as escolas da rede

estadual de educação foi um importante passo para esta democratização de

condições.

Com base em todos estes argumentos, sugestões destes vários autores e na

prática vivenciada diariamente, conclui-se que a informática é fundamental e

decisória na formação do aluno. Tanto para auxiliar seu aprendizado quanto para

prepará-lo para a sociedade, já que a tecnologia está inserida em cada empresa,

órgão ou departamento público.

É no mínimo injusto que o aluno não tenha acesso a informática por que o

professor não aprecia tal recurso. O educador, como principal formador do cidadão,

tem a obrigação de garantir e facilitar a aprendizagem do aluno. O incentivo e a

explicação clara e prática aos professores sobre como utilizar a informática para a

educação, é uma missão de nós, professores-orientadores das salas informatizadas.

3 RELATOS

3.1 RELATO DAS OBSERVAÇÕES

Durante o estágio, foi possível que a acadêmica conhecesse melhor a escola

onde o estágio ocorreu, tivesse uma experiência prática do que é uma sala de aula e

se relaciona-se com os alunos neste ambiente. Além disto, também pode verificar a

importância e a influência do computador na aprendizagem e interesse dos alunos

quanto aos estudos.

Foi possível conhecer, tanto as características físicas da escola, quanto o

modo particular de tratar os seus alunos. Através do estudo do Plano Político

Pedagógico, a acadêmica pode verificar a filosofia que a direção, professores e

demais membros da comunidade escolar defendem e praticam. Também neste

documento, além de informações técnicas do funcionamento da escola, pode-se

encontrar uma definição do perfil de cidadão que a escola deseja formar.

As turmas onde o estágio foi ministrado também merecem um destaque

quanto ao comportamento e rendimento nas aulas, em muito favorecendo o clima de

cooperação e aprendizagem durante o estágio.

De forma muito positiva também pode-se destacar o cumprimento de todos os

métodos pedagógicos planejados para este estágio. Todos os métodos mostraram-

se eficazes.

No decorrer deste capítulo, encontra-se um relato das observações feitas pela

acadêmica durante o estágio.

3.1.1 Identificação da Escola

A Escola de Educação Básica Bernardo Müller, código 778000255000, de

Serra dos Índios, município de Presidente Getúlio, pertence a 14ª Secretaria de

Estado do Desenvolvimento Regional de Ibirama, Santa Catarina.

A escola está situada na zona rural, a 27 Km da sede do município de

Presidente Getúlio e atende alunos oriundos das comunidades: Serra dos Índios,

Santa Rosa, São José, Caminho Helvécia, Santa Luzia, Cabeça D’anta e Caminho

Papanduva.

O número médio de alunos, por ano letivo, é de 120 estudantes. Estes alunos,

na sua maioria, são filhos de agricultores e auxiliam os pais no cumprimento de suas

tarefas.

O quadro docente da escola é composto de 07 professores, sendo que,

destes, apenas um não reside próximo a escola. Todos os professores possuem

graduação ou estão estudando em algum curso superior.

A direção escolar conta apenas com um funcionário, sendo este, o diretor da

unidade. Não há secretários, assistentes pedagógicos ou bibliotecários. Com esta

estrutura, a direção escolar e os professores mantêm um relacionamento bastante

próximo aos alunos e a escola não tem grandes problemas com indisciplina e mau

comportamento dos estudantes.

Nas dependências desta escola, é ministrado o Ensino Fundamental de 5ª a

8ª série, no turno matutino, e, no período noturno, o Ensino Médio de 1ª a 3ª série.

As aulas do período matutino iniciam às 07h40 e terminam às 11h45. As aulas

do ensino médio começam às 19h00 e encerram às 22h35.

A estrutura física da escola é relativamente pequena. Sua construção é feita

de alvenaria e possui as seguintes dependências: Gabinete da direção, Secretaria,

Sala dos Professores (que também serve de biblioteca), 04 salas de aula, 01 sala de

Vídeo, 01 sala informatizada, 04 banheiros e 01 mictório, 01 Ginásio de Esportes.

Esta foi a escola escolhida para o desenvolvimento do estágio da acadêmica,

autora deste trabalho. Tal escolha se deve à proximidade da escola em relação a

residência da aluna, estrutura e facilidade de acesso à direção escolar.

3.1.2 Projeto Político Pedagógico da escola

A escola deve estar preparada e informada sobre os avanços tecnológicos e

econômicos e a crescente necessidade de gerenciamento democrático, priorizando

e valorizando o ser humano. Pautada nestas afirmações, desenvolveu-se o atual

Projeto Político da Escola de Educação Básica Bernardo Müller. O Projeto foi

elaborado com o claro objetivo de preparar a educação de seus alunos para as

mudanças que a sociedade sofre atualmente.

Principalmente a direção escolar e os professores, fundamentados nos

parâmetros Curriculares Nacionais e Proposta Curricular de Santa Catarina,

desenvolveram o PPP em favor de uma produção pedagógica coletiva, onde todos

podem e devem participar.

Conforme consta no documento, fornecido pela direção escolar da unidade, a

administração promoveu espaços para a discussão do Projeto. Foram envolvidos

neste processo: professores, serventes, corpo administrativo e representantes de

pais e aluno.

O Projeto possui 63 páginas e divide-se em capítulos que tratam sobre o

funcionamento e a estrutura escolar da unidade. Os capítulos principais deste

documento são:

Histórico da escola

Filosofia da escola

Função social da escola

Organização escolar

Organização dos tempos escolares

Expedição de documentos escolares

Aspectos pedagógicos

Normas de organização e convivência da comunidade

Currículo

Avaliação

Nestes capítulos é possível entender todo o funcionamento da escola, além

das suas ações e aspirações enquanto instituição educacional.

No capítulo que trata sobre a Filosofia da escola, chama atenção a

preocupação descrita sobre o tipo de cidadão formado nesta instituição educacional.

O documento indica a meta da escola em formar pessoas autênticas, esclarecidas e

conscientes da parcela de responsabilidade que lhes cabe na construção da sua e

da história de todos os homens.

É função Social da escola: formar cidadãos críticos; oferecer ao aluno as

condições para que ele exerça a sua cidadania; tornar-se parceira da família, na

preparação do aluno para a vida e para os desafios que ela apresenta.

Quanto ao capítulo que trata da Organização Escolar, são contemplados os

seguintes fatos: matrícula, transferência, classificação e reclassificação de alunos.

Sobre a Organização dos Tempos Escolares, o PPP define o cumprimento do

calendário escolar, com duzentos dias letivos, conforme exige a legislação vigente.

Além do calendário, informa-se os horários da escola e as datas comemorativas,

sendo estas, as utilizadas como tema para a realização de atividades dentro e/ou

fora da sala.

No capítulo que trata sobre Aspectos Pedagógicos é determinado os objetivos

pedagógicos da escola como entidade formadora de cidadãos.

Um dos maiores capítulos do Plano é intitulado de Normas de organização e

convivência da comunidade. Neste, estão listadas as atribuições específicas de cada

servidor da unidade escolar e aponta-se os direitos e deveres do corpo discente da

escola.

Itens como Conselho de Classe e APP, suas características e objetivos,

também estão contemplados no Plano Político Pedagógico da escola.

No tópico Currículo, foi descrito, para cada disciplina, as razões que justificam

seu aprendizado; conceitos básicos à serem trabalhados e as formas de trabalhar a

apropriação de cada conceito.

A Avaliação, um dos últimos capítulos do Plano Político Pedagógico da

Escola, trata do assunto de forma breve. Segundo consta no texto, a partir do ano de

2009 o processo de avaliação, na escola, é realizado de acordo com a resolução Nº

158 do Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina. Esta resolução

estabelece diretrizes para a avaliação do processo ensino-aprendizagem nos

estabelecimentos de ensino de Educação Básica do Sistema Estadual de Educação.

Ainda neste capítulo, é informado que a escola oferece instrumentos

possíveis para a recuperação dos alunos com menor desempenho, através de

atividades diversificadas, atendendo suas particularidades. A recuperação paralela é

constante durante todo o processo de ensino/aprendizagem. Esgotando todas as

possibilidades de recuperação paralela e o aluno não obtendo média 7,0 ou superior,

a escola oferecerá exame final de acordo com a Resolução nº 158 do CEE.

O capítulo do Plano ainda prevê que se dará como reprovados, os alunos que

apresentarem assiduidade inferior à 75% dos dias letivos de efetivo trabalho escolar.

As dinâmicas utilizadas para a divulgação e entendimento da proposta

seguiram momentos específicos, tais como:

Diagnóstico da situação atual da escola brasileira.

Diagnóstico de nossa escola: recursos humanos e naturais disponíveis e

necessidades na área.

A intencionalidade desta escola: Qual é a proposta de trabalho vigente?

Existem necessidades de mudanças? Quais?

Debates para discutir as vivências escolares.

Registro escrito do parecer de professores em relação às questões propostas.

Reunião para analisar as respostas dos professores e definir um denominador

comum entre as diferentes opiniões.

O Plano Político pedagógico foi o resultado de uma elaboração coletiva,

fundamentada na realidade escolar. Ao final do documento, consta a assinatura de

várias pessoas da comunidade escolar, ou seja, pais de alunos, alunos, professores

e direção.

3.1.3 Plano de Ensino da Escola

De acordo com a direção escolar da unidade em estudo, o plano de ensino

seguido pela escola é baseado nas diretrizes dadas pela Secretaria Estadual da

Educação.

“Estas diretrizes fundamentam a autonomia da escola, mas também

possibilitam a vinculação da escola à Rede Estadual.” (DIRETRIZES 3..., 2001, p.

14). Tal vinculação faz-se necessária para evitar o isolamento da escola. As

diretrizes ainda permitem a liberdade da elaboração do PPP, para que cada escola

elabore o seu, de acordo com as exigências locais.

“O currículo é um artefato social e cultural.” (DIRETRIZES 3..., 2001, p. 15). O

currículo é todo conhecimento produzido pela humanidade, na dimensão social,

política, econômica e cultural. A estrutura e conteúdo do currículo refletem o trabalho

coletivo comprometido com a escola pública de qualidade.

A grade curricular, seguido para as classes de 6ª série à 8ª série do ensino

fundamental da Escola de Educação Básica Bernardo Müller, é a seguinte:

Tabela 1 – Grade Curricular do Ensino Fundamental

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA/SÉRIE

1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª

PORTUGUÊS X X X X 4 4 4 4 MATEMÁTICA X X X X 4 4 4 4 LÍNG. ESTR. MODERNA (INGLÊS) - - - - 3 3 3 3

BASE HISTÓRIA X X X X 3 3 3 3 COMUM GEORAFIA X X X X 3 3 3 3

CIÊNCIAS X X X X 3 3 3 3 EDUCAÇÃO FÍSICA X X X X 3 3 3 3 EDUCAÇAO RELIGIOSA ESCOLAR X X X X 1 1 1 1 ARTES X X X X 2 2 2 2 TOTAL CARGA HORÁRIA SEMANAL 20 20 20 20 26 26 26 26

Fonte: Plano Político Pedagógico – EEF. Bernardo Müller (2009, p. 43)

A grade curricular, seguida para as turmas de 1º ano ao 3º ano do ensino

médio, da mesma escola, é a seguinte:

Tabela 2 – Grade Curricular do Ensino Médio

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE

255 BIL – Biologia 02 02 02 301 MAT – Matemática 03 03 02 302 GEO – Geografia 02 02 02 304 HIS – História 02 02 02 307 EFI – Educação Física 02 02 02 319 LEI – Língua Estrangeira: Inglês 02 02 02 330 DDV – Disciplina Diversificada - - 01 401 LPL – Língua Portuguesa e Lit. 03 03 02 437 SOC – Sociologia 02 02 02 475 FIS – Física 02 02 02 513 QUI – Química 02 02 02 536 FIL – Filosofia 01 02 02 628 ATE – Artes 02 01 02 Carga Horária Semanal – Total: 25 25 25

Fonte: Plano Político Pedagógico – EEF. Bernardo Müller (2009, p. 60)

Segundo o Plano Político Pedagógico da Escola, tais grades curriculares tem

como objetivo possibilitar ao aluno uma compreensão do sujeito, das relações

estabelecidas social e historicamente, as diferentes formas de produção da

sociedade e da relação estabelecida com a natureza.

3.1.4 Sala de Aula

Foram duas as turmas escolhidas para a aplicação do estágio. Primeiro,

optou-se por uma classe, mas como o estágio se prolongaria demais para cumprir a

carga-horária, e a intenção era trabalhar apenas um tema, foram escolhidas duas

turmas: 1º ano e 2º ano do ensino médio.

O 2º ano foi escolhido pela faixa etária e a quantia de alunos. A idade dos

alunos pressupõe uma maior maturidade (personalidade e aprendizagem) para ser

trabalhado tal assunto. Também buscava-se conseguir discussões e mudanças de

comportamento, junto a classe. Acreditava-se também, que o número de alunos

desta turma facilitaria o atendimento aos estudantes e, conseqüentemente, o

melhoraria o aprendizado e o resultado dos trabalhos.

A classe do 1º ano teve preferência na escolha, em comparação ao 3º ano,

porque permanecerá mais tempo na escola e o objetivo de trabalhar tal assunto é

transformar e melhorar o comportamento e convívio dos alunos dentro e fora do

ambiente escolar. Também não foi aplicado o estágio com as turmas do ensino

fundamental, por que teria de haver uma mudança grande, tanto na didática quanto

na metodologia, para que os alunos compreendessem e assimilassem o assunto

(bullying).

Figura 1 – Alunos da turma do 1º Ano Fonte: (Vanderlinde, 2011)

A metodologia e didática sofreram pequenas alterações nas aplicações entre

as classes. Quando percebia-se que um melhor resultado podia ser alcançado, havia

alterações no planejamento, sempre com o objetivo de alcançar um melhor

resultado.

A turma do 1º ano, apesar de ser a mais numerosa, foi a que apresentou

melhor rendimento e interesse no assunto e no desenvolvimento dos trabalhos.

Havia, no histórico desta classe, diversos casos de bullying praticado entre os

alunos da turma. Tal violência acontecia com maior freqüência entre as meninas,

mas o caso mais grave, foi de um rapaz, que, de tão transtornado com as

perseguições reprovou ano passado e agora não faz mais parte desta turma. Através

de outros professores, ouviu-se comentários de que o aluno, agora inserido em uma

nova classe, está muito mais participativo, integrado e motivado. Ou seja, a

reprovação para ele foi a única saída encontrada para livrar-se das agressões e

isolamento que se encontrava.

Tal fato vem comprovar ainda mais a necessidade de discutir e esclarecer aos

alunos o que é bullying, e suas péssimas conseqüências, para todos. Apesar da

escola, em que este estágio foi desenvolvido, ser conhecida e reconhecida como

pacífica e ordeira, os casos de violências entre alunos acontece e faz vítimas.

Mesmo diante de fatos como este, a recepção dos alunos do 1º ano, ao

assunto foi bastante positiva.

Figura 2 – Alunos da turma do 2º Ano Fonte: (Vanderlinde, 2011)

A turma do 2º ano foi a segunda classe com que a professora-estagiária

trabalhou. Apesar de ser composta por apenas 12 alunos, foi a turma que

apresentou mais problemas de comportamento e interesse.

Os alunos desenvolveram as atividades mas, em comparação a classe do 1º

ano, não tiveram tanta iniciativa e dedicação na produção dos trabalhos.

Apesar destes reflexos sentidos, esta turma foi bastante participativa, com

destaque para algumas alunas. Outros alunos, apenas expressavam suas opiniões

quando instigados e solicitados pela docente.

3.1.5 Conteúdo Programático Desenvolvido

Todo o planejamento feito, no início do desenvolvimento do estágio, foi

executado e cumprido. Aconteceram problemas com a realização das aulas em

virtude da greve dos professores da rede estadual de educação do estado, mas logo

a situação normalizou-se e o estágio pode continuar sem maiores problemas.

As aulas iniciaram-se, com a turma do 1º ano, no dia 03 de maio. Com esta

mesma classe, o estágio concluiu-se no dia 14 de junho. Durante este período,

houve duas semanas de paralisação nas atividades, conforme já citado, por causa

da greve.

Com a turma do 2º ano, as aulas do estágio iniciaram-se na semana seguinte,

dia 09 de maio. Com esta classe, as atividades do estágio concluíram-se no dia 20

de junho e também houve um recesso de duas semanas, em virtude da greve dos

professores.

Planejou-se iniciar as aulas com explanações que dessem uma base de

conhecimento para os alunos avançarem no tema e desenvolvessem trabalhos

coerentes ao assunto. Conforme planejado, ocorreu e com sucesso, já que os

alunos demonstraram ter conseguido compreender o bullying.

Os trabalhos eram o segundo passo dentro do planejamento das aulas. Tudo

aconteceu dentro do esperado. Alguns trabalhos demandaram maiores explicações

e a ajuda constante do professor, enquanto outros atingiram as expectativas, mesmo

com pouco intervenção da professora.

O trabalho que tinha como proposta a elaboração de um blog necessitou de

maior ajuda da docente no início. Ao escolher os líderes de cada grupo, em ambas

as séries, foi optado por um aluno que já se sabia, ter maior conhecimento em

informática. Desta forma, cada equipe recebeu informações básicas para orientação

e conseguiram desenvolver o blog. A principal informação passada pela professora

foi a indicação do site onde criar o blog e auxiliar em sua criação, no restante do

processo (postagens e configurações) os alunos realizaram em conjunto.

As equipes responsáveis pelos trabalhos de apresentação eletrônica também

desenvolveram as atividades com facilidades. Na Proposta de Atividade, solicitou-se

a utilização de textos, imagens, música e vídeo, mas, os últimos dois itens não foram

atendidos por nenhuma das duas equipes. As duas apresentações foram elaboradas

com o objetivo, primeiro de explicar o tema e, posteriormente, incentivar a amizade e

tolerância as diferenças. Ambas as equipes utilizaram-se de mensagens e imagens

para sensibilizar e conscientizar quanto a não prática do bullying. A equipe do 2º ano

elaborou também os textos, sem utilizar-se de cópias de textos já prontos. O que

mereceu destaque.

Uma das equipes que mais necessitou de ajuda, tanto na área de

conhecimentos em informática quanto na gramática, foram as equipes que

elaboraram os questionários. A maior preocupação foi desenvolver perguntas claras

e sem dúbio sentido, em ordem coerente. O segundo passo foi mobilizar pessoas

para responderem aos questionários. As pessoas solicitadas foram os alunos do 3º

ano do ensino médio da mesma escola, pais dos alunos e professores. Todos

responderam as perguntas de forma anônima, além de termos solicitado sinceridade

e seriedade nas respostas, para chegarmos a resultados realmente próximos da

realidade existente em nosso meio. Os alunos que realizaram este trabalho

comentaram que estavam ansiosos com a atividade mas que os resultados

surpreenderam e gostaram de realizar a atividade.

Por último, com os questionários respondidos em mãos, os alunos

escolheram três perguntas, contaram as respostas obtidas e elaboraram gráficos

para exposição no mural da outra equipe.

O panfleto foi desenvolvido apenas por um equipe do 1º ano. Os alunos que

realizaram o trabalho resumiram as informações que julgaram mais importantes, e, a

partir daí, a docente auxiliou na organização dos textos e imagens selecionados

numa página, no editor de textos do Write. O objetivo deste material também foi de

explicar e conscientizar as pessoas sobre o bullying. Ao final, o arquivo foi impresso

e distribuído para alunos, professores e direção da escola.

O mural foi outro tipo de trabalho elaborado, nas duas séries. Neste trabalho,

o papel da professora restringiu-se a opinar e aconselhar. Os alunos utilizaram os

computadores para pesquisas de frases e textos para exposição no mural. Algumas

imagens também foram impressas para ilustrar a frase escolhida como destaque do

trabalho. Os textos selecionados eram reportagens que demonstravam o sofrimento

e/ou as conseqüências da prática do bullying. Para completar, os gráficos das

equipes que desenvolveram os questionários e o panfleto elaborado por uma

terceira equipe também foram fixados no mural.

Para finalizar as atividades, houve as apresentações dos trabalhos e a

avaliação escrita sobre o tema. Nas apresentações, objetivou-se incentivar a

oratória, valorizar os trabalhos e apresentá-los para toda a série.

Sabe-se que os alunos evitam a prática de apresentações, sempre que

possível, por causa de vergonha. Mas também conhece-se os benefícios pessoais e

profissionais de quem domina tal conhecimento. Desta forma, planejou-se expor os

alunos diante de toda a turma e assim aconteceu.

A avaliação escrita ocorreu sem sobressaltos. Todos os alunos foram

avisados previamente e demonstraram tranqüilidade durante a tarefa. A meta desta

etapa do estágio era confirmar o nível de aprendizado percebido durante as aulas.

Assim sendo, pode-se afirmar que o conteúdo programático planejado, foi

desenvolvido em todos os seus aspectos e formas.

3.1.6 Metodologia de Ensino Adotada

Todos os métodos deste estágio foram estudados e planejados antes de suas

execuções, tendo em vista a participação dos alunos e seu aprendizado, e, se

possível, modificar atitudes, comportamentos e valores destes. O objetivo do estágio

era colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos durante a

Complementação Pedagógica e testar algumas teorias discutidas nas aulas.

O documento utilizado durante os trabalhos, intitulado de Proposta de

Atividade, foi uma idéia da acadêmica. O que originou a criação deste documento foi

a necessidade de ter um documento-guia para os alunos e um formulário para

anotações para a docente. Percebe-se que, muitas vezes, os alunos não realizam os

trabalhos corretamente, atendendo aos requisitos solicitados pelos professores, por

não entenderem realmente o que se quer, ou por não estarem prestando a devida

atenção quando há explicações.

No transcorrer do trabalho, é comum o professor e os alunos alterarem

características do trabalho, e, por excesso de alunos e classes para atender, o

professor esquece do que havia combinado. Em alguns casos, até diminui a nota do

trabalho do aluno em virtude destes esquecimentos.

Em outros casos, o professor avalia erroneamente o aluno por não ter

anotado seu comportamento e dedicação durante o desenvolvimento do trabalho.

Uma das didáticas utilizadas durante a primeira aula foi a leitura em conjunto

de conceitos. Foi entregue a cada aluno um texto explicativo sobre o bullying e, para

leitura deste, cada aluno participou, ficando encarregado de ler uma frase. Tal

procedimento garante a participação de todos os alunos e a atenção, pois, caso não

concentre-se, quando chegar sua vez de ler, o aluno não saberá onde realizar a

leitura. Este método foi apresentado numa das aulas de Didática e Planejamento I,

da Complementação Pedagógica.

A divisão das equipes foi outro ponto, aparentemente sem valor nenhum para

o aprendizado dos alunos, mas que foi planejado. Como é comum, os alunos

costumam formar sempre os mesmos grupos, realizando trabalho sempre com os

mesmos colegas. Tal costume, interfere sim, no aprendizado do aluno, pois em

equipes formados pelos mesmos indivíduos, costuma-se criar regras para a

realização do trabalho e atribuições padrão para cada integrante. Um aluno fica

responsável pelo resumo, outro pela digitação, outro pela apresentação e assim por

diante.

Quando o professor ameaça intervir e alterar tais rotinas, os alunos reagem.

Ninguém quer esforçar-se além do que está acostumado com seu equipe.

Apesar de saber da reação dos alunos, foi comunicado que os grupos seriam

formados por sorteio, e ninguém poderia escolher parceiros. Como era de se

esperar, os alunos reclamaram e receberam a ideia com descontentamento.

Mas, tais comportamentos logo de dissiparam e os alunos trabalharam

satisfatoriamente. Ao final, durante as apresentações dos trabalhos, alguns alunos

declararam nunca antes terem feito trabalho com os colegas que agora faziam parte

do equipe mas que estavam satisfeitos com a mudança. Reconheceram que tiveram

que esforçar-se mais, mas que o desenvolvimento do trabalho havia sido prazeroso.

Algo que, no início não acreditavam que iriam sentir.

Outro detalhe na formação das equipes, que pode ser percebido como

positivo didaticamente, foi a escolha de líderes para as equipes. A indicação dos

alunos que serviriam para este papel foi dada pelos outros professores da escola.

Esta foi a forma encontrada para evitar que alunos que se destacam nas aulas,

formassem o mesmo grupo. Além disto, estes eram os porta-vozes da equipe e para

o qual a professora poderia se dirigir para obter informações e cobrar rendimento.

Na turma do 1º ano, foi anunciado que os líderes seriam os alunos que

possuem maior destaque. Mas, percebeu-se que os demais alunos ficaram

desapontados e desanimados. Então, na classe do 2º ano, apenas declarou-se que

os alunos haviam sido sorteados aleatoriamente e antecipadamente, para facilitar a

formação das equipes. Com esta mudança de apresentação da tarefa, os alunos

aceitaram a indicação sem questionamentos. Assim sendo, concluiu-se que a forma

adotada com o 2º ano funciona melhor.

O resultado alcançado com esta metodologia foram os bons resultados

alcançados em cada equipe.

Sabe-se que, em muitas situações, os alunos não se motivam para as aulas

por não saberem quais os objetivos a serem alcançados naquela matéria ou,

estarem “perdidos”, sem entenderem o caminho a percorrer, os planos do professor

para o assunto e/ou turma. Por causa destes motivos, a cada aula, no início e no

final das mesmas, a docente relembrava os alunos dos prazos combinados e

estabelecidos para o término das atividades já iniciadas e chamava a atenção,

quando percebia que alguma das equipes estava com rendimento fraco.

No início da aula, aconselhava-se os alunos para conseguirem administrar da

melhor forma o tempo e atingirem os objetivos dentro do prazo e, no final da aula,

combinava-se os próximos passos para a aula seguinte. O documento, Proposta de

Atividade, também auxiliava tais tarefas.

Para a explicação do assunto e para encaminhar os trabalhos, que ocuparam

a maior parte das horas-aula, utilizou-se de aulas expositivas. Tal didática foi

escolhida por ser a base de todas as técnicas de ensino e possibilitar boa

comunicação, mesmo quando não se conhece os alunos e suas preferências e

características.

A maior preocupação da professora, durante as aulas do estágio, foi transmitir

as informações de forma clara e obedecendo uma sequência lógica, tudo para

facilitar o entendimento dos alunos.

Além desta, outra técnica utilizada foi a de contextualizar o assunto. Utilizar

exemplos e partir da realidade do aluno para explicações. Por causa das

experiências de vida de cada aluno, cada um possui uma bagagem, e o professor

precisa preocupar-se em definir conceitos para garantir que o aluno entenda

claramente o que se está explicando e não, que cada um tenha uma interpretação

da aula. Problemas e erros de comunicação são comuns, mas quanto mais puder-se

evitá-los, melhor será o aprendizado dos alunos.

A revisão de assuntos da aula anterior também foi uma metodologia utilizada.

Sabe-se que muitos assuntos e acontecimentos roubam a atenção dos alunos entre

uma aula e outra, e, como a maioria precisa ajudar os pais nas tarefas domiciliares,

alguns alunos chegam à escola sem sequer lembrarem o assunto visto na última

aula.

Este fato dificulta o aprendizado. O professor precisa preocupar-se com a

revisão de assuntos para garantir uma boa continuidade do assunto e aprendizado.

Apesar de ser um trabalho que tem como principal foco a comprovação da

importância da informática no processo de ensino/aprendizagem, vale destacar a

utilização de um antigo recurso pedagógico: o quadro. Seja para explicitar o

planejamento da aula, para facilitar o acompanhamento da aula, ou mesmo para

memorizar datas, nomes, conceitos e etc, o quadro foi utilizado em todas as aulas.

Quando o professor não utiliza-se deste recurso acessível e simples, acaba

dificultando o aprendizado dos alunos pois alguns não conseguem acompanhar as

explicações e citações feitas pelo professor.

Outro método utilizado, principalmente na primeira aula, durante a reflexão

sugerida pela professora-estagiária para as classes, foi a maiêutica. Todas as

perguntas foram elaboradas com a finalidade de conduzir os alunos a uma reflexão

de atos e conscientização do problema do bullying.

Todas estas estratégias metodológicas mostraram-se eficientes e eficazes.

3.1.7 Atendimento e relacionamento com os Alunos

Durante o estágio, houveram várias situações em que a professora-estagiária

precisou intervir para um bom andamento dos trabalhos. Em alguns casos conversas

paralelas que interferiam na aula, falta de interesse na aula, distração e exclusão de

um dos integrantes da equipe nas tarefas do trabalho.

O problema com conversas entre alunos foi o mais frequente. Nestes casos, a

docente tomou as seguintes atitudes:

Primeiro: visualizou os alunos. Desta forma, o aluno não era exposto e

diversas vezes, já se resolve o problema.

Em caso de incidência, o aluno era intervido com perguntas sobre o assunto

em questão. Tal procedimento normalmente tem resultado positivo.

Caso nenhuma destas atitudes encerra-se com as conversas, a docente

relembrava que os itens que seriam analisados para atribuição de notas.

Durante a realização dos trabalhos, alguns alunos se distraiam em sites e não

interessavam-se quanto ao rendimento da atividade. Nestes casos, a professora-

estagiária conversava individualmente com o aluno e indicava ao mesmo como

auxiliar a equipe. No entanto, esta era uma preocupação freqüente da professora,

para que todos os alunos participassem igualmente no desenvolvimento das tarefas.

Problemas com a divisão do trabalho, quando nem todos os integrantes das

equipes receberam atividades para realizar também foram apontadas e

questionadas. Era exigência que todos os alunos participassem do desenvolvimento

das tarefas.

Quanto aos equipes, conforme já citado, a professora-estagiária fazia

acompanhamento pessoal e fazia sugestões e correções. A equipe que realizou o

trabalho do questionário era um dos grupos em que tais procedimentos eram mais

comuns. Das duas equipes que desenvolveram este tipo de trabalho, a equipe do 2º

ano foi a que recebeu tais intervenções com menos simpatia. Ao perceber tal reação,

a docente explicou sua atitude e procurou exemplificar como as dicas poderiam

auxiliá-los. Principalmente depois das entrevistas, os alunos comentaram que

compreenderam e agradeceram a ajuda.

O relacionamento com os alunos aconteceu satisfatoriamente. Desde o início

do estágio, a professora procurou aproximar-se dos alunos. Durante suas falas e

explicações, procurou demonstrar animação e desafio, utilizando-se de empatia.

Sentir os alunos, fazer uma leitura de suas reações a cada momento e colocar-se

em seu lugar, para saber como estavam se sentindo e como agir diante desta

perspectiva.

Ao final do processo, a professora-estagiária agradeceu a acolhida e o

comprometimento dos alunos de ambas as classes. Utilizando-se de características

distintas, exemplificou a satisfação citando acontecimentos. Quanto ao resultado das

tarefas, a docente também agradeceu a dedicação de todos.

Encerrou-se o estágio declarando que a maior prova de que os alunos

realmente aprenderam estará na mudança de certos comportamentos e atitudes de

uns para com outros, dentro e fora da sala de aula.

3.1.8 Avaliação

Conforme já explanado no Projeto de Estágio, a avaliação dos alunos foi

estudada e planejada para acontecer da forma mais justa e coerente possível.

Nesta etapa do estágio, foi possível confirmar algumas opiniões e testar

algumas idéias.

De forma muito positiva, destacou-se a utilização do documento de Proposta

de Atividade. Este, além de elucidar, esclarecer, de forma pontual as exigências que

deveriam ser cumpridas no desenvolvimento do trabalho, pode ser utilizado para

anotações dos alunos e da professora-estagiária.

Como as turmas normalmente possuem bastante alunos e poucos se

destacam (positivo ou negativamente), e outros tantos o professor rotula, a

acadêmica preocupou-se numa forma de garantir uma avaliação individual. Durante

a aula, a professora-estagiária acompanhava as atividades de cada equipe de

trabalho, e, no final da aula, realizava uma breve reunião com cada equipe. Neste

momento, era feita uma análise do andamento do trabalho, planejamento e

necessidade de providências para a próxima aula, assim como ao nível de

participação de cada integrante. Todos estes itens eram anotados na Proposta de

Atividade e garantia a atribuição de uma nota livre de erros e confusões de

julgamento.

As notas para os itens interesse, participação, comportamento e dedicação

foram atribuídas sem dificuldades, por ter o documento Proposta de Atividade para

auxiliar.

Os trabalhos, de um modo geral, atingiram as expectativas. Houveram

equipes com maior destaque nos critérios de dedicação e iniciativa, assim como

equipes que fizeram apenas o que era obrigatório.

Na apresentação dos trabalhos vários alunos ficaram nervosos, mas

confessaram que sentiam-se mais a vontade apresentar respondendo as perguntas

que a professora-orientadora fazia, pois o nervosismo lhes atrapalhava a oratória.

Percebeu-se também que a grande maioria dos alunos fala baixo e encontra

dificuldades em expressar-se em público. Possivelmente tais problemas se devem a

pouca prática desta atividade nas outras matérias. Apesar disto, a metodologia da

apresentação possibilitou que todos falassem, dentro de suas características.

Já na avaliação escrita, mediu-se a assimilação do assunto e a qualidade da

expressão escrita dos alunos. Na escrita, avaliou-se: coerência, ortografia, gramática

e a clareza e ordem das idéias. Houveram poucas surpresas positivas neste item.

Na correção da avaliação, foi possível constatar o baixo nível de domínio da língua

portuguesa. Para auxiliar na aprendizagem desta importante área de conhecimento,

a professora-estagiária destacou os erros e corrigiu-os.

Apesar deste ponto negativo, também foi possível confirmar o aprendizado

dos alunos sobre o tema do estágio, através das respostas subjetivas.

O que também chamou a atenção foi a utilização da prova para desabafos.

Houveram três casos em que os alunos aproveitaram de espaço na avaliação para

agradecer o tratamento do assunto e comentar como sofreram com perseguições

oriundas do bullying.

Dois métodos foram aplicados na correção das provas. Primeiro, com a turma

do 1º ano, a docente colocou pequenos comentários junto a nota numérica. Muitas

vezes um comentário, uma palavra transmite muito mais informação do que um

número. Percebe-se, que alguns alunos não têm noção do que significa, por

exemplo, uma nota 5,0, ou, não conseguem compreender o que deveriam

aperfeiçoar e mudar para suas notas melhorarem. Em outros casos, o aluno não

entende os motivos da nota e se sente desestimulado.

Numa outra situação, com a classe do 2º ano, a correção da avaliação

ocorreu sem a professora-estagiária identificar o aluno que havia respondido as

questões. Este foi um tema bastante debatido durante as aulas da matéria de

Avaliação do Ensino. Sabe-se que a relação professor-aluno, como qualquer outra

relação humana, envolve sentimentos como simpatia e antipatia. Tais sentimentos

norteiam a forma do professor relacionar-se e dirigir-se aos alunos, assim como

pode, e normalmente acontece, influenciar o julgamento de uma resposta. Para que

se alcance uma avaliação isenta de sentimentos e a mais justa possível, a

professora-estagiária optou em testar este método. Assim como era previsto,

aconteceram surpresas.

Alunos que a acadêmica julgava serem destaques na sala, tiveram um

rendimento abaixo do esperado, e o contrário também aconteceu.

Para apresentar as notas atribuídas e a média obtida por cada aluno, a

professora-estagiária imprimiu a planilha de controle de notas. A média foi lida para

todos e os interessados, que queriam saber as notas que receberam em cada tópico

avaliado, tiveram acesso a planilha e puderam questionar ou comentar.

Apenas uma aluna pediu explicações sobre sua nota no quesito interesse.

Neste momento foi esclarecido a mesma que as notas foram dadas de acordo com o

rendimento total da turma. Os que mais se destacaram receberam maior nota e, de

acordo com esta lógica, os que não atingiram tais níveis de destaque não poderiam

receber a mesma nota. Aproveitou-se para apontar as atitudes que levaram a um

julgamento de falta de interesse por sua parte e aconselhou-se a aluna a não repetir

os mesmos erros.

O processo de avaliação aconteceu de acordo com o planejado e atingiu

todas as expectativas da professora-orientadora. Foi necessário planejamento de

cada atividade, mas tudo ocorreu sem imprevistos.

3.1.9 Comentários da Professora

O assunto abordado, durante o estágio da docente Sirlei Favarin Vanderlinde,

foi de interesse de todos. O assunto-tema foi bem escolhido e veio de encontro a

uma necessidade da comunidade escolar daqui, pois o mesmo não era tão

conhecido e discutido em nossa escola.

No meu ponto de vista, todos os alunos se dedicaram para a realização dos

trabalhos propostos (houve alunos que pesquisaram sobre o assunto fora do

ambiente escolar, fizeram entrevistas com sua família, etc.).

A professora que realizou o estágio, durante as aulas da matéria de

Sociologia, fez um bom trabalho. Ela soube explicar para os alunos o assunto e

dirigiu as aulas de forma planejada e organizada.

A didática adotada durante o estágio foi bastante eficaz. Os alunos

mantiveram-se atentos as explicações e cumpriram com as atividades propostas

pela professora-estagiária.

As aulas em que os alunos desenvolveram os trabalhos, todos participaram.

As equipes foram divididas pela docente de forma sortida e isto fez com que todos

participassem e se envolvessem.

Ao término do estágio, foi realizado a apresentação dos trabalhos e uma

avaliação escrita, para verificação do aproveitamento dos alunos quanto ao assunto

e, para a professora-estagiária saber se seu estágio havia atingido os objetivos.

Agora, após este trabalho desenvolvido, percebe-se que os alunos

entenderam, conscientizaram-se e estão informando e esclarecendo outros colegas.

O relacionamento entre a docente e os alunos foi satisfatório. No início do

estágio, a professora procurou demonstrar simpatia e despertar o interesse dos

alunos para o assunto. Também buscou-se criar um clima de desafio para o

processo que se iniciava.

Durante as aulas não houveram confrontos, apenas foi necessário pequenas

intervenções da docente para garantir a ordem da aula, mas nenhum atrito.

Ao final do estágio, a docente agradeceu a participação de todos nas aulas e

nas atividades. Utilizou-se de características distintas das turmas para descrever a

impressão que teve das classes e a satisfação quanto aos resultados alcançados

nos trabalhos realizados.

3.1.10 Outras Observações

Durante todas as aulas do estágio, a professora-titular da matéria esteve

presente. A mesma auxiliou a acadêmica nas interações com os alunos e,

principalmente, no acompanhamento das atividades dos alunos.

Desde o primeiro encontro a mesma possibilitou que a professora-estagiária

dirigisse a aula e aplica-se as metodologias planejadas para o estágio.

Sua disponibilidade e a oportunidade que possibilitou a acadêmica foram

significativas para o bom andamento e conclusão do estágio.

3.2 RELATOS DA INTERVENÇÃO

As observações de cada aula, que aqui serão descritas, foram anotadas no

final de cada aula do estágio, para garantir um parecer fidedigno à realidade

encontrada em sala de aula.

Faz-se necessário destacar que cada dia de aula era composto de duas

aulas, cada uma com carga-horária de 45 minutos.

3.2.1 Primeiro Dia

A primeira aula, para a turma do 1º Ano, aconteceu dia 03 de maio de 2011.

Para a classe do 2º Ano, a primeira aula aconteceu no dia 09 de maio de

2011.

3.2.1.1 1º Ano

Os assuntos planejados para esta aula foram contemplados. Faltou apenas a

apresentação de um vídeo para melhor esclarecer o tema, bullying. Mas tal falta

provavelmente não interferirá de modo decisório na compreensão do assunto.

Os alunos apresentaram ótimo comportamento, atenção e aproveitamento.

Nas interações com a professora-estagiária todos souberam responder e até

ofereciam-se para tal propósito.

Nesta aula, utilizou-se quadro, projetor, texto impresso (para que os alunos

pudessem fazer anotações, em caso de necessidade).

Durante a leitura do texto impresso, os alunos apresentaram leitura fraca e

baixa (volume de voz).

Nas questões reflexivas não aconteceu debates.

3.2.1.2 2º Ano

Os assuntos planejados para esta aula foram contemplados, mas no final da

aula precisou-se resumir a apresentação. Também faltou apresentar o vídeo. Mas,

pela participação dos alunos, isto não interferirá de modo decisório na compreensão

do assunto pelos alunos.

No geral, os alunos apresentaram bom comportamento e aproveitamento

durante a aula. Nas interações com a professora-estagiária todos souberam

responder e até ofereciam-se para tal propósito.

Nesta aula, os recursos utilizados foram: quadro, projetor, texto impresso

(para que os alunos pudessem fazer anotações, em caso de necessidade). Durante

a leitura do texto impresso, os alunos apresentaram boa leitura.

Nas questões reflexivas aconteceram debates, com destaque para a

participação feminina. Os rapazes da classe, além de serem em número menos

expressivo, são mais retraídos.

Houveram conversas paralelas no final da aula, sendo necessário a

interferência da docente.

3.2.2 Segundo Dia

A segunda aula do estágio, nesta turma, aconteceu dia 10 de maio de 2011.

No dia 16 de maio de 2011, ocorreu a segunda aula do estágio.

3.2.2.1 1º Ano

Novamente, apesar da classe ser numerosa, os alunos apresentaram ótimo

comportamento, rendimento e aproveitamento.

No início da aula, quando foi feito a exposição das atividades da aula, alguns

alunos demonstraram descontentamento com o sorteio dos integrantes dos grupos.

Cada aluno já tinha sua preferência quanto aos parceiros para formar as equipes.

Mas depois das equipes serem sorteadas e reunidas, os trabalhos fluíram

satisfatoriamente.

Outro ponto a ser destacado foi a escolha dos líderes de cada equipe. A forma

como foi divulgado não agradou, conforme pode ser percebido na fisionomia dos

alunos. Faz-se necessário estudar uma forma de apresentar o nome dos líderes das

equipes, sem que os alunos não escolhidos não se sintam inferiores ou

desvalorizados.

Enquanto a professora orientava cada equipe em particular, baseando-se nas

descrições encontradas no documento Proposta de Atividade, os alunos foram

guiados a discutirem e tomarem decisões sobre o planejamento do trabalho. Sobre o

andamento das atividades na aula, apenas uma equipe não fez a divisão das tarefas

de modo que todos participem.

A utilização do documento Proposta de Atividade, para o acompanhamento

das tarefas de cada grupo e anotações, se mostrou bastante positivo, para a

docente e para os alunos. Desta forma, todos terão uma base para as ações que

devem ser tomadas na próxima aula.

3.2.2.2 2º Ano

No início da aula, durante a revisão dos assuntos tratados na aula anterior, os

alunos participaram e demonstraram bom aproveitamento.

Com base na experiência da segunda aula, com a classe do 1º ano, mudou-

se a forma de abordagem do assunto líderes de equipe. Foi dada mais ênfase a

divisão dos equipes e colocada como aleatória o sorteio dos líderes. Desta forma, a

receptividade foi melhor em comparação a outra turma.

Enquanto a professora dirigia-se para cada equipe, os alunos foram instruídos

a discutirem e organizarem-se quantos as responsabilidades de cada membro

dentro do grupo. Assim, percebeu-se que o rendimento do trabalho rendeu.

As impressões sobre a utilização do documento Proposta de Atividade

repetiram-se nesta aula e nesta turma.

3.2.3 Terceiro Dia

A terceira aula, para a classe do 1º ano, aconteceu no dia 17 de maio de

2011.

Com a turma do 2º ano, a terceira aula aconteceu apenas no dia 06 de junho

de 2011.

3.2.3.1 1º Ano

Novamente iniciou-se a aula com a revisão de assuntos tratados na última

aula, neste caso, o andamento das atividades dos trabalhos. Como base de

consulta, utilizou-se o documento Proposta de Atividade.

Após este ser entregue para cada equipe e a docente apresentar algumas

dicas para um melhor rendimento das atividades, a mesma foi acompanhar

individualmente cada equipe. Algumas instruções e sugestões foram dadas e os

alunos puderam continuar os trabalhos com autonomia e planejamento. As equipes

que mais necessitaram de auxílio foram as equipes responsáveis pelos trabalhos do

blog e do questionário.

Ao final da aula, repetiu-se os procedimentos da aula anterior: a docente

reuniu-se com cada equipe, entrevistou-os sobre o rendimento dos trabalhos, ações

previstas para a próxima aula, problemas a serem resolvidos e tudo foi anotado no

arquivo Proposta de Atividade.

3.2.3.2 2º Ano

Depois da volta às aulas, pausada em virtude da greve do magistério, a

professora-estagiária iniciou as atividades desta aula explicando todo o cenário da

greve (motivações e a situação atual) e então se retomou o tema do estágio.

Para auxiliar a retomada do assunto, a docente apresentou um vídeo sobre o

tema. No início, este conceituava o tema e depois, com frases, imagens e música

procurava conscientizar quanto aos problemas que o bullying causa.

A revisão de assuntos tratados na última aula, neste caso, foi mais

prolongada em comparação à mesma aula da classe do 1º ano. Reviu-se o

andamento das atividades dos trabalhos, com base no documento Proposta de

Atividade.

Após este ser entregue para cada equipe, a docente apresentou os novos

prazos para o encerramento dos trabalhos. Depois, a mesma foi verificar o

rendimento individual de cada equipe. Algumas instruções e sugestões foram dadas

e os alunos puderam continuar os trabalhos com autonomia. Assim como na turma

do 1º ano, as equipes que mais necessitaram de auxílio foram as equipes

responsáveis pelos trabalhos do blog e do questionário. A equipe do blog foi

auxiliada quanto ao site a ser utilizado para hospedagem do trabalho e a forma de

realizar o cadastro. O grupo responsável pelo questionário tinha diversos problemas

quanto à ordem e vocabulário das perguntas elaboradas. Foi necessário discutir com

o equipe sobre os problemas e indicar melhorias.

Um dos alunos da classe não participou de forma satisfatória das atividades

de seu grupo e dedicou seu tempo a conversas e utilização indevida da internet.

Diante de intervenções da professora, o aluno não melhorou significativamente seu

desempenho. Deverá ser tomada alguma atitude para com este aluno na próxima

aula.

Ao final da aula, repetiu-se os procedimentos da aula anterior: a docente

reuniu-se com cada equipe, entrevistou-os sobre o rendimento dos trabalhos, ações

previstas para a próxima aula, problemas a serem resolvidos e tudo foi anotado no

arquivo Proposta de Atividade.

3.2.4 Quarto Dia

A quarta aula para a turma do 1º ano aconteceu no dia 07 de junho de 2011.

Para a classe do 2º ano aconteceu no dia 13 de junho de 2011.

3.2.4.1 1º Ano

A quarta aula para esta turma aconteceu, também, depois da paralisação do

magistério. Do mesmo modo, a professora esclareceu aos alunos toda a situação

que originou a greve e como ficariam as duas últimas aulas do estágio.

Para auxiliar a retomada do assunto, a docente apresentou um vídeo sobre o

tema. No início, este conceituava o tema e depois, com frases, imagens e música

procurava conscientizar quanto aos problemas que o bullying causa.

Tendo prazos e metas a serem alcançados, os alunos não demoraram-se no

início das atividades e demonstraram preocupação em atender estes critérios.

Desde a apresentação dos trabalhos, foi deixado claro que não haveria tolerância

quanto aos prazos. Trabalho não entregue no dia estipulado, não seria mais aceito e

a nota seria fechada. Desta forma, o último dia de atividades foi este.

No transcorrer da aula a docente auxiliou as equipes que precisavam de

ajudas de cunho técnico, sobre procedimentos no computador, especialmente a

equipe responsável pelo trabalho do panfleto.

Os alunos demonstraram, durante toda a aula produtividade e participação.

Apenas um aluno precisou de uma chamada de atenção quanto ao interesse. A

professora-estagiária também mobilizou alunos de equipes que estavam adiantados

em relação aos seus trabalhos para auxiliarem grupos atrasados, em virtude das

características do trabalho.

No final da aula, como se tornou regra, houveram as reuniões entre a docente

e as equipes. Para finalizar, falou-se ao grande equipe como seriam as atividades da

última aula e elogiou-se o rendimento e participação da classe como um todo.

Comparou-se as expectativas, antes de iniciar o estágio e, os resultados que já

podiam ser vistos, mesmo sendo a turma mais numerosa a ser trabalhada.

3.2.4.2 2º Ano

Como os alunos sabiam que esta era a última aula antes da apresentação dos

trabalhos, os alunos rapidamente iniciaram as atividades para conseguirem cumprir

os prazos estabelecidos. Para esta classe, assim como aconteceu com a anterior, os

alunos estavam cientes que não haveria tolerância quanto à atrasos na entrega dos

trabalhos.

Também no início da aula, houve a lembrança de que, comportamento e

interesse eram itens que iriam ser analisados na atribuição das notas. Tal aviso foi

necessário em virtude do comportamento de um aluno específico na aula anterior.

Para incentivá-lo a responsabilidade para com o grupo, a professora atribuiu-lhe

atividades e os demais integrantes do equipe foram ajudar as demais equipes, onde

havia necessidade.

No transcorrer da aula a docente auxiliou as equipes que precisavam de

ajuda nas atividades no computador.

Os alunos demonstraram, durante toda a aula produtividade e participação.

No final da aula, novamente, houveram as reuniões entre a professora e as

equipes. Para finalizar, falou-se ao grande grupo como seriam as atividades da

última aula e preparou-se a turma para um bom encerramento do estágio.

3.2.5 Quinto Dia

Para a classe do 1º Ano, a última aula ocorreu no dia 14 de junho de 2011.

A última aula da turma do 2º Ano aconteceu no dia 20 de junho de 2011.

3.2.5.1 1º Ano

Conforme havia sido combinado com os alunos, nesta aula aconteceram as

apresentações dos trabalhos e a avaliação escrita.

Para organização das apresentações e trabalhos, os alunos puderam utilizar-

se de 15 minutos no início da aula.

Então, de modo aleatório, a docente iniciou os trabalhos de apresentação.

Cada equipe foi à frente da classe e, respondendo as questões da docente,

descreveram seus trabalhos. Foi cobrada a participação de todos os alunos e para

que tal objetivo fosse alcançado, a docente dirigiu perguntas para cada indivíduo.

Num segundo momento, a professora-estagiária encerrou as atividades de

apresentação, agradeceu a participação de todos e deixou o espaço aberto para

maiores comentários. Não havendo, os alunos foram encaminhados para a sala de

aula da matéria de Sociologia e receberam a folha de prova. Fez-se explicações

sobre cada questão da avaliação e então os alunos responderam a mesma.

Com esta última tarefa, encerrou-se as atividades do estágio na turma do 1º

ano.

3.2.5.2 2º Ano

Seguindo o planejamento passado para os alunos na aula anterior, nesta aula

aconteceram as apresentações dos trabalhos e a avaliação escrita.

Os alunos puderam utilizar-se de 15 minutos, no início da aula, para

organizarem os trabalhos e os detalhes da apresentação.

Logo após, de modo aleatório, a docente iniciou-se as apresentações dos

trabalhos. Cada grupo foi à frente da classe e, respondendo as questões da

docente, descreveram seus trabalhos. Foi cobrado a participação de todos os alunos

e para que tal objetivo fosse alcançado, a docente dirigiu as perguntas.

Num segundo momento, a professora-estagiária encerrou as atividades da

apresentação, agradeceu a participação de todos e deixou o espaço aberto para

maiores comentários. Não havendo, os alunos foram encaminhados para a sala de

aula da matéria de Sociologia e receberam a folha de prova. Fez-se explicações

sobre cada questão da avaliação e então os alunos responderam a mesma.

Ao final da aula, a docente ainda lembrou que o conhecimento somente se

transforma em sabedoria quando muda nossos atos e hábitos. Desejou-se que tudo

o que fora aprendido sobre bullying tivesse servido para alertá-los do problema e

que todos repensassem suas atitudes e comportamentos perante os colegas.

Com esta última tarefa, encerrou-se as atividades do estágio na turma do 2º

ano.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo a pesquisa realizada e aqui apresentada, conforme a prática diária

da profissão da acadêmica e diante da experiência adquirida no desenvolvimento

deste trabalho ficou evidente que a tecnologia pode e deve ser utilizada na

educação.

Para o desenvolvimento da fundamentação teórica, vários livros foram lidos e

pode-se coletar diversas sugestões de como utilizar o computador no processo de

ensino/aprendizagem dos alunos.

Como a acadêmica trabalha em uma sala informatizada, numa escola da rede

estadual de educação pública, diariamente está em contato com professores e

alunos em busca de novas formas de aprendizagem. E, através do computador e

seus recursos muito se pode comprovar sobre a eficácia deste recurso para tal

finalidade.

Também ficou comprovado neste estágio, que são diversas e diferentes as

formas que a tecnologia pode estar presente nas aulas. O computador não deve ser

utilizado simplesmente para realizar pesquisas na rede mundial de computadores.

Sua utilização e finalidade podem ir muito além disto. É necessário explorar o

fascínio que os alunos sentem em utilizar este recurso, para melhorar suas notas e

aprendizagem.

Quanto a utilização da informática nas aulas, ficou clara a importância da

participação dos professores de todas as disciplinas. Eles devem ser incentivados e

orientados a como utilizar corretamente os computadores e todos os seus recursos

para melhorar o nível de aprendizagem e compreensão dos alunos em suas aulas.

Como proposta decorrente dos dados coletados e discutidos neste trabalho,

fica a sugestão de uma maior participação dos professores-orientadores das salas

informatizadas. É dever destes incentivarem e orientarem os professores quanto a

melhor forma de utilizar os computadores para a educação.

Desta forma, quem ganha são os alunos, pois, as conseqüências da utilização

dos computadores nas escolas, são favoráveis tanto para a vida pessoal como,

futuramente, para a vida profissional dos mesmos.

Vale destacar que a prática do estágio foi satisfatória. A acadêmica aproveitou

o processo para seu desenvolvimento pessoal e profissional; identificou-se com o

ambiente e com os alunos, de forma que o estágio transcorreu de forma prazerosa.

O estágio também foi válido para que a acadêmica pudesse praticar os

conhecimentos adquiridos nas aulas da Complementação Pedagógica. As

metodologias aplicadas se mostraram eficazes durante todo o estágio. Contribuíram

para o aprendizado (dos alunos e da acadêmica) e até mesmo para um bom

relacionamento entre ambos.

Outra feliz constatação que se pode fazer é sobre o tema escolhido para as

aulas do estágio: o bullying. O assunto mostrou-se de grande relevância para os

alunos, para a escola e para o ambiente escolar. Além disto, despertou o interesse

dos alunos.

A partir das aulas do estágio e das discussões criadas em torno do bullying,

acredita-se que haverá mudanças de comportamento dos alunos, com eles mesmos.

Isto significa uma melhora no ambiente escolar (evitando violências e ofensas na

escola), melhora no rendimento escolar dos alunos, de uma forma geral, e

diminuição das faltas dos alunos por motivos de cunho afetivo.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática: os computadores na

escola. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1988.

BARROS, Jorge Pedro Dalledonne de; D´AMBRÓSIO, Ubiratan. Computadores, Escola e Sociedade. São Paulo: Editora Scipione Ltda., 1988.

CHAVES, Eduardo O. C.; SETZER, Valdemar W.. O uso de computadores em escolas. São Paulo: Editora Scipione Ltda., 1988.

COBURN, Peter et al. Informática na Educação. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e

Científicos Editora Ltda., 1988.

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Diretrizes 3:

organização da prática escolar na educação básica: conceitos científicos essenciais, competências e habilidades. Florianópolis: Diretoria de Ensino Fundamental / Diretoria de Ensino Médio, 2001.

ANEXOS

Disciplina: SOCIOLOGIA

Turma: 1º ANO – E.M./ 2º ANO – E.M

Aula: 01 e 02

Conteúdo da Aula: ESTÁGIO E BULLYING (Introdução, definições, contextualização)

Tipo de Aula: EXPOSITIVA, DEBATES

Data: 03 de maio de 2011.

Data: 09 de maio de 2011.

PLANO DE AULA 011

1 BIBLIOGRAFIA

Sites:

Http://www.soartigos.com/artigo/497/Bullying----Violencia-Nas-Escolas – visita:

19/04/2011

Http://pt.wikipedia.org/wiki/Madonna – visita: 26/04/2011

Http://pt.wikipedia.org/wiki/Steven_Spielberg – visita: 26/04/2011

Http://pt.wikipedia.org/wiki/Kate_winslet – visita: 26/04/2011

Http://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Phelps – visita: 26/04/2011

Http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Beckham – visita: 26/04/2011

Http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2010/05/22/confira-algumas-historias-de-

famosos-que-sofreram-bullying-deram-volta-por-cima-916657844.asp – visita:

25/04/2011

2 AVALIAÇÃO

Participação (resposta a perguntas feitas para a classe ou individualmente,

oralmente)

Interesse (questionamentos, depoimentos, socialização de experiências)

Comportamento (respeito para com docente e colegas)

3 TEMPO

Explicação do estágio: 05 minutos

Explicação das aulas durante o estágio: 05 minutos

Reflexão com o grupo: 20 minutos

1 Anexo 1

Leitura de texto em grupo: 30 minutos

Apresentação eletrônica referente a famosos que sofreram bullying: 30 minutos

Questionamentos, depoimentos, socialização de experiências: 20 minutos

4 ATIVIDADES

Explicação do estágio: explicar o motivo da interferência da professora na classe;

o que é Estágio e seu funcionamento;

Explicação das aulas durante o estágio: definir: duração do estágio; divisão de

tarefas; objetivos;

Reflexão com o grupo: auto-reflexão sobre o relacionamento entre colegas,

propiciar a análise do comportamento individual em relação aos demais colegas

(dentro e fora da sala de aula), antes de abordar diretamente o assunto;

Leitura de texto em grupo: explanação conceitual sobre o tema;

Apresentação eletrônica referente a famosos que sofreram bullying: apresentar

aos alunos slides sobre pessoas atualmente muito bem-sucedidas, mas que já foram

humilhadas por colegas. Demonstrar como cada um tem um talento, que por vezes

não reconhecemos; a auto-confiança fraca no período da adolescência; vítima;

agressor; espectador; conseqüências do bullying para as pessoas e para a

sociedade;

Questionamentos, depoimentos, socialização de experiências: permitir que os

alunos perguntem, esclareçam suas dúvidas, relatem fatos que presenciaram ou

vivenciaram;

4 OBJETIVO GERAL

Garantir aos alunos os conhecimentos necessários para identificar o bullying, seus

agentes e conseqüências, além de conscientizá-los quanto a não prática deste tipo

de violência.

5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Compreender o que é bullying, suas principais características e conseqüências.

Adquirir uma postura de maior respeito perante as diferenças existentes entre

indivíduos.

Aprender a respeitar as singularidades de cada indivíduo.

6 METODOLOGIA / ESTRATÉGIA DE ENSINO

Explicação do estágio: a professora-estagiária explicará tal tarefa e indicará

objetivos e prazos; esclarecerá dúvidas que por ventura surgirem; utilizar-se-à do

quadro para anotar as informações mais importantes e desta forma, garantir que

todos tenham conhecimento do que foi estipulado.

Reflexão em grupo – Maiêutica: através de questionamentos que a docente fará

para os alunos, durante a introdução da matéria, dirigirá os alunos à reflexão e as

respostas corretas.

Levantamento do conhecimento prévio dos alunos: durante a introdução do

assunto, antes da leitura de conceitos, a professora deverá diagnosticar o

conhecimento dos alunos em relação ao assunto. Após este breve levantamento,

contextualizar o assunto ao cotidiano dos alunos.

Leitura conjunta: Cada aluno deverá ler uma frase do texto conceitual. Tal

metodologia tem como objetivo que todos participem e é uma forma de cativar a

atenção dos alunos para a leitura.

Apresentação eletrônica: Utilizar cores, imagens, textos, animações e música para

esclarecer e sensibilizar os alunos quanto ao tema.

7 RECURSOS E MATERIAIS COMPLEMENTARES

Introdução da Aula: quadro.

Reflexão com o grupo: questões desenvolvidas pela docente.

Leitura de texto em grupo: Texto conceitual (extraído da internet).

Apresentação eletrônica: computador, apresentação de slides e projetor

multimídia.

Disciplina: SOCIOLOGIA

Turma: 1º ANO – E.M./ 2º ANO – E.M

Aula: 03 e 04

Conteúdo da Aula: DESENVOLVIMENTO DE TRABALHOS SOBRE BULLYING

Tipo de Aula: PRÁTICA

Data: 10 de maio de 2011

Data: 16 de maio de 2011

PLANO DE AULA 022

1 BIBLIOGRAFIA

2 AVALIAÇÃO

Participação (contribuição no trabalho)

Interesse (questionamentos sobre o trabalho, idéias)

Comportamento (respeito para com professora e colegas)

3 TEMPO

Revisão da última aula: 05 minutos

Explicações sobre os trabalhos: 10 minutos

Escolha de líderes: 05 minutos

Sorteio de integrantes das equipes: 05 minutos

Explicação individual para as equipes: 15 minutos

Desenvolvimento dos trabalhos: restante do tempo

4 ATIVIDADES

Revisão da última aula: revisar com os alunos os conhecimentos expostos na

última aula.

Explicações sobre os trabalhos: explanar aos alunos o tipo de trabalho desejado.

Informações gerais, como: referências, data de entrega, participação de cada

integrante

Escolha de líderes: apontar os alunos escolhidos para a função; esclarecer as

atribuições destes (para facilitar a comunicação com cada equipe e melhorar a

2 Anexo 2

organização dos grupos); explicar como ocorreu a escolha;

Sorteio de integrantes das equipes: separar alunos que normalmente realizam

atividades em conjunto;

Explicação individual para as equipes: entregar o documento Proposta de

Atividade; visita da docente em cada equipe para esclarecer eventuais dúvidas dos

alunos e destacar alguns pontos do trabalho.

Desenvolvimento dos trabalhos: de acordo com as instruções recebidas e as

descrições contidas no documento Proposta de Atividade, os alunos deverão: dividir

as tarefas de forma que todos participem e desenvolver o trabalho;

5 OBJETIVO GERAL

Desenvolver os trabalhos referentes ao tema.

6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Maior conhecimento do assunto-tema.

Desenvolvimento dos trabalhos, de acordo com as exigências e instruções

estabelecidas.

Maior familiaridade com a utilização do computador.

Conhecimento de novos recursos do computador para o desenvolvimento de

atividades com fins educativos.

7 METODOLOGIA / ESTRATÉGIA DE ENSINO

Revisão da última aula: a professora-estagiária guiará esta atividade através de

perguntas direcionadas ou coletivas; explicará pontos não memorizados, frisando

conceitos necessários; utilizar-se-à do quadro para anotar as respostas corretas dos

alunos;

Explicações sobre os trabalhos: explicará a tarefa e indicará objetivos e prazos;

esclarecerá dúvidas que por ventura surgirem; utilizar-se-à do quadro para anotar as

informações mais importantes e desta forma, garantir que todos tenham

conhecimento do que foi estipulado;

Escolha de líderes: antecipadamente, verificar os alunos que possuem maior

destaque no desenvolvimento de trabalhos; determinar cada indivíduo em um

equipe, conforme o seu potencial; apresentar o trabalho e seu respectivo líder;

Sorteio de integrantes das equipes: de forma alternada, a docente deverá

distribuir oralmente um número para cada aluno. De acordo com o número recebido,

dirigir o aluno a equipe que, com ele, realizará o trabalho;

Explicação individual para as equipes: entregar para cada líder uma descrição da

tarefa (documento Proposta de Atividade) que a equipe deverá realizar;

individualmente, esclarecer eventuais dúvidas e elucidar objetivos do trabalho;

Acompanhamento das atividades: a professora deverá guiar as atividades dos

alunos dentro do equipe de trabalho: transitará entre os grupos para verificar as

dificuldades encontradas no desenvolvimento do trabalho (compreensão das

exigências, objetivos e utilização do computador para tal tarefa); auxiliará quando

necessário; irá sugerir mudanças ou melhorias no trabalho; cobrará rendimento,

verificará a participação de cada integrante da equipe, interesse e divisão das

tarefas; esclarecerá as dúvidas que os alunos possam ter quanto a tarefa;

8 RECURSOS E MATERIAIS COMPLEMENTARES

Revisão da última aula: quadro

Explicações sobre os trabalhos: quadro

Escolha de líderes: quadro

Sorteio de integrantes das equipes:

Explicação individual para as equipes: documento Proposta de Atividade

Desenvolvimento dos trabalhos: computador, papel, caneta

Disciplina: SOCIOLOGIA

Turma: 1º ANO – E.M./ 2º ANO – E.M

Aula: 05, 06, 07, 08

Conteúdo da Aula: BULLYING E INFORMÁTICA

Tipo de Aula: PRÁTICA

Data: 17 de maio e 07 de junho de 2011

Data: 06 e 13 de junho de 2011

PLANO DE AULA 03 e 043

1 BIBLIOGRAFIA

Sites:

2 AVALIAÇÃO

Participação (contribuição no trabalho)

Interesse (questionamentos sobre o trabalho, idéias)

Comportamento (respeito para com docente e colegas)

3 TEMPO

Revisão da última aula: 05 minutos

Atendimento individual em cada equipe: 30 minutos

Desenvolvimento dos trabalhos: restante do tempo

4 ATIVIDADES

Revisão da última aula: revisar com os alunos aspectos do trabalho iniciado na

última aula, tais como: revisar o rendimento das tarefas do trabalho na aula anterior;

esclarecer eventuais dúvidas, solicitar sugestões de melhorias e/ou corrigir pontos

do trabalho.

Desenvolvimento dos trabalhos: auxiliar as equipes que estiverem com maiores

dificuldades, sobre o trabalho, tema ou manuseio do computador; cobrar a atenção

de alunos e/ou equipes com problemas de dispersão e/ou comportamento.

Atendimento individual em cada equipe: reunião da professora com os equipes

para verificar o rendimento do trabalho, participação de cada integrante,

3 Anexo 3

providências a serem tomadas para a próxima aula.

5 OBJETIVO GERAL

Desenvolver os trabalhos referentes ao tema.

6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Maior conhecimento do assunto-tema.

Desenvolvimento dos trabalhos, de acordo com as exigências e instruções

estabelecidas.

Maior familiaridade com a utilização do computador.

Conhecimento de novos recursos do computador para o desenvolvimento de

atividades com fins educativos.

7 METODOLOGIA / ESTRATÉGIA DE ENSINO

Revisão da última aula: a professora-estagiária guiará esta atividade através de

perguntas direcionadas em cada grupo, individualmente; esclarecerá dúvidas,

destacará pontos necessários do trabalho, prazos e objetivos; utilizar-se-à do

documento Proposta de Atividade;

Acompanhamento/Desenvolvimento dos trabalhos: a docente deverá guiar as

atividades dos alunos dentro do equipe de trabalho: transitará entre os grupos para

verificar as dificuldades encontradas no desenvolvimento do trabalho (compreensão

das exigências, objetivos e utilização do computador para tal tarefa); auxiliará

quando necessário; irá sugerir mudanças ou melhorias no trabalho; cobrará

rendimento, verificará a participação de cada integrante da equipe, interesse e

divisão das tarefas; esclarecerá as dúvidas que os alunos possam ter quanto a

tarefa;

Atendimento individual em cada equipe: reunir-se com cada equipe para verificar

o rendimento do trabalho, participação de cada integrante, providências a serem

tomadas para a próxima aula, atendimento às exigências específicas de cada

trabalho;

8 RECURSOS E MATERIAIS COMPLEMENTARES

Revisão da última aula: documento Proposta de Atividade;

Desenvolvimento das atividades: computador, cartolina, tesoura, caneta, régua,

impressora

Atendimento individual em cada equipe: documento Proposta de Atividade;

Disciplina: SOCIOLOGIA

Turma: 1º ANO – E.M./ 2º ANO – E.M

Aula: 09, 10

Conteúdo da Aula: BULLYING

Tipo de Aula: AVALIATIVA

Data: 14 de junho de 2011

Data: 20 de junho de 2011

PLANO DE AULA 054

1 BIBLIOGRAFIA

2 AVALIAÇÃO

Participação (contribuição no trabalho)

Interesse (questionamentos sobre o trabalho, idéias)

Comportamento (respeito para com professora e colegas)

Apresentação dos trabalhos (desenvoltura individual na apresentação dos

trabalhos)

Trabalho (atividade desenvolvidas nas aulas para demonstrar o conhecimento

adquirido)

Prova Escrita (questões respondidas, clareza e coerência na escrita)

3 TEMPO

Explanação do planejamento das atividades: 05 minutos

Organização das apresentações dos trabalhos: 15 minutos

Apresentações dos trabalhos: 45 minutos

Prova Escrita: 45 minutos

Encerramento do Estágio: 10 minutos

4 ATIVIDADES

Explanação das atividades: apresentar as atividades que deverão ser cumpridas

nesta aula; elucidar alguns pontos importantes destas; determinar o tempo

disponibilizado para cada tarefa; esclarecer eventuais dúvidas;

4 Anexo 4

Organização dos apresentações dos trabalhos: a docente poderá auxiliar as

equipes que estiverem com maiores dificuldades sobre o trabalho; os alunos

deverão preparar os objetos do trabalho para apresentarem o equipe; cada grupo

poderá discutir os aspectos do trabalho que desejam socializar com a classe.

Apresentações dos trabalhos: exposição dos trabalhos para a classe e suas

características: facilidades e dificuldades encontradas no desenvolvimento do

trabalho, opinião sobre o tema, conclusão sobre o tema (principal mensagem

compreendida) e o trabalho (validade em sua realização).

Prova Escrita: alunos devem à questões dissertativas de forma clara e coerente,

apresentando, desta forma, o conhecimento adquirido durante as aulas.

Encerramento do Estágio: professora agradece a participação dos alunos no

estágio e a dedicação que cada um demonstrou na realização das atividades.

5 OBJETIVO GERAL

Avaliar o rendimento e conhecimentos adquiridos pelos alunos durante o estágio.

6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apresentação dos trabalhos, desenvolvidos por cada equipe.

Realizar a prova escrita.

Encerramento do Estágio.

7 METODOLOGIA / ESTRATÉGIA DE ENSINO

Explanação do planejamento das atividades: utilizando-se do quadro, a docente

apresentará as atividades que deverão ser cumpridas nesta aula, para que todos

saibam quais os objetivos e tarefas a ser providenciadas e executadas durante esta

aula, além do tempo disponibilizado para cada uma. A docente também destacará

pontos importantes destas, para que os alunos tenham prioridades em suas ações;

Organização dos apresentações dos trabalhos: durante esta atividade os alunos

poderão preparar e discutir os aspectos importantes do trabalho para apresentarem

o equipe, e, desta forma, estarem mais conscientes e tranquilos no momento da

exposição;

Apresentações dos trabalhos: a professora verificará a desenvoltura individual na

exposição dos trabalhos para a classe. Para tal, a docente-estagiária fará perguntas

direcionadas a cada aluno, que destaquem: as facilidades e dificuldades

encontradas no desenvolvimento do trabalho, opinião individual sobre o tema,

conclusão sobre o tema (principal mensagem compreendida) e o trabalho (validade

em sua realização) e comentários gerais sobre o estágio. Ao final de cada

apresentação, a professora destacará as qualidades e características de cada

equipe, participação de cada integrante, desta forma, valorizando o trabalho de

todos.

Prova Escrita: os alunos devem responder às questões dissertativas da avaliação

de forma clara e coerente, apresentando, desta forma, o conhecimento adquirido

durante as aulas.

Encerramento do Estágio: o encerramento serve para marcar o final do processo

em que os alunos fizeram parte. Para valorizar a participação e empenho dos

alunos, a docente agradecerá em público os alunos e também a professora-titular da

matéria, que disponibilizou as suas aulas para a realização do estágio.

8 RECURSOS E MATERIAIS COMPLEMENTARES

Explanação do planejamento das atividades: quadro

Organização dos apresentações dos trabalhos: computador, projetor multimídia

Apresentações dos trabalhos: quadro, computador, projetor multimídia

Prova Escrita: papel, caneta, quadro

Encerramento do Estágio:

TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DURANTE O ESTÁGIO

BLOG5

Desenvolvido por alunos do 1º ano:

Http://www.contra_bullying.blog.terra.com.br

Desenvolvido por alunos do 2º ano:

Http://www.bullying2ano.blog.terra.com.br

5 Anexo 5

TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DURANTE O ESTÁGIO

APRESENTAÇÃO ELETRÔNICA (print screen)6

Desenvolvido por alunos do 1º ano:

6 Anexo 6

TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DURANTE O ESTÁGIO

APRESENTAÇÃO ELETRÔNICA (print screen)7

Desenvolvido por alunos do 2º ano:

7 Anexo 7

TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DURANTE O ESTÁGIO

MURAL8

Desenvolvido por alunos do 1º ano:

8 Anexo 8

TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DURANTE O ESTÁGIO

MURAL9

Desenvolvido por alunos do 2º ano:

9 Anexo 9

TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DURANTE O ESTÁGIO

PANFLETO10

Desenvolvido por alunos do 1º ano:

10 Anexo 10

TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DURANTE O ESTÁGIO

QUESTIONÁRIO11

Desenvolvido por alunos do 1º ano:

11 Anexo 11

E. E. B Bernardo Müller Data: 10/05/2011 Matéria: Sociologia Professora: Adriéle, Sirlei Série: 1° ano E. M Alunos: Alex, Caroline, Andressa, Kátia. Tema: Bullying

QUESTIONÁRIO

1 Você se julga melhor do que as outras pessoas?

2 Alguma pessoa já te ofendeu ou te agrediu por se julgar superior a você?

3 É comum fazermos brincadeiras com colegas. Será que todos acham nossas brincadeiras engraçadas?

4 Na sua opinião, as pessoas esquecem rapidamente ofensas ou humilhações recebidas?

5 Você sabe o que é bullying?

6 Você acredita que já foi vítima de bullying? Como você se sentiu?

7 Você já praticou bullying? Como se sentiu?

8 Você já ficou calado ao ver alguém praticando bullying?

9 Na sua opinião, quais as conseqüências do bullying para as vítimas e para a sociedade?

10 Como você se sentiria, se soubesse que uma brincadeira sua destruiu a felicidade ou a vida de alguém?

TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DURANTE O ESTÁGIO

QUESTIONÁRIO12

Desenvolvido por alunos do 2º ano:

12 Anexo 12

E.E.B. Bernardo Müller Data: 07/06/2011 Matéria: Sociologia Professora: Adriéle, Sirlei Série: 2° ano E. M Alunos: Jéssica, Francisco, Jaqueline. Tema: Bullying

QUESTIONÁRIO 1 Você sabe o que é Bullying? (Sim/Não)

2 Você sabe quando uma brincadeira entre amigos torna-se Bullying? (Sim/Não)

3 Você já sofreu Bullying? (Sim/Não)

4 Se você sofreu ou sofresse bullying, saberia como reagir da maneira certa? Como?

5 Se você viu ou visse alguém sofrendo Bullying, você ajudaria? (Sim/Não)

6 Você é a favor ou contra o Bullying? (Sim/Não)

7 Na sua opinião, quais as conseqüências do Bullying para a vítima? 8 Na sua opinião, quais as conseqüências do Bullying para sociedade?

9 Na sua opinião, uma vítima do Bullying é capaz de matar outras pessoas para vingar-se? (Sim/Não) 10 Como você se sentiria se soubesse que uma brincadeira sua destruiu a felicidade ou a vida de alguém?

UNIVERSIDADE DO ALTO VALE DO RIO DO PEIXE CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO DE ESTUDOS PEDAGOGICOS PARA

OBTENÇÃO DO TÍTULO DE LICENCIADO EM INFORMÁTICA

PROJETO DE ESTÁGIO

Projeto de Estágio Supervisionado em Pedagogia – Estudos pedagógicos para complementação em informática - apresentado à Universidade Alto Vale do Rio do Peixe, Curso de Pedagogia, como pré-requisito para aprovação da Disciplina de Estágio, sob a orientação de Paulo Gonçalves.

CAÇADOR/SC 2011

SUMÁRIO

1 TEMA: BULLYING ................................................................................................. 75 2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 76 3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 77

3.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 77 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 77

4 REFERENCIAL TEÓRICO: BULLYING ................................................................. 78 5 METODOLOGIA .................................................................................................... 84

5.1 PRIMEIRO DIA ................................................................................................ 84 5.2 SEGUNDO DIA ................................................................................................ 84 5.3 TERCEIRO DIA e QUARTO DIA...................................................................... 85 5.4 QUINTO DIA .................................................................................................... 86

6 RECURSOS .......................................................................................................... 88 6.1 RECURSOS MATERIAIS................................................................................. 88 6.2 RECURSOS HUMANOS ................................................................................. 89 6.3 RECURSOS FINANCEIROS ........................................................................... 89

7 CRONOGRAMA ................................................................................................... 90 8 AVALIAÇÃO .......................................................................................................... 92 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 95

1 TEMA: BULLYING

O tema trabalhado durante o estágio é o bullying. Este assunto foi escolhido

em virtude de sua importância no ambiente escolar, no rendimento escolar dos

alunos e no seu reflexo junto à sociedade.

Bullying é a agressão física e/ou psicológica que acontece repetidamente

entre indivíduos, sejam eles, alunos, alunos e professores, etc.

Muitos alunos, durante anos sofrem humilhações de diversas formas de seus

colegas. Tal situação diminui sua concentração nas aulas e capacidade de

aprendizagem. Normalmente, alunos vítimas de bullying faltam às aulas sem motivos

justificáveis e são retraídos, com medo de se expor em classe. Não fazem perguntas

ou comentários na sala de aula com medo das perseguições dos colegas.

Além dos muros escolares, o bullying também acontece. Pode ser

diagnosticado até mesmo entre adultos, no ambiente de trabalho ou na sociedade

em geral. O aluno agressor, que pratica o bullying, é outro produto violento deste

problema. Normalmente o agressor que não foi identificado e devidamente corrigido

no ambiente escolar, continuará a violentar pessoas no decorrer de sua vida.

Este problema não é atual. Há relatos de pessoas das mais diferentes faixas

etárias que afirmam que o bullying sempre existiu. Mas, apenas agora o bullying foi

identificado como um tipo de violência e está sendo debatido por toda a sociedade.

Vários crimes foram cometidos, principalmente em escolas, e há indícios de

que os criminosos haviam sido vítimas de bullying. Os transtornos que os alunos

sofreram os levaram a cometer tais delitos. Isto não é justificativa para tal barbárie,

mas motivou.

Foram estes crimes que chamaram a atenção ao problema, mas, quantas

pessoas tiveram sua saúde mental e suas vidas destruídas por causa de

humilhações que sofreram na escola? Não podemos mais permitir que alunos

tenham suas auto-estimas, esperanças e sonhos destroçados diante de nós sem

nada fazermos. Sejamos nós professores ou não.

É necessário que escola, professores, pais e a sociedade em geral se

mobilize para eliminar este tipo de violência do cotidiano escolar. Mas, tal resultado

só será alcançado quando todos estes agentes agirem, e esta ação pode ser

iniciada, simplesmente, reconhecendo o bullying como problema.

2 JUSTIFICATIVA

O bullying foi escolhido como tema em virtude de sua influência na qualidade

de vida dos alunos, na qualidade da educação e nas conseqüências violentas que

perpetua na sociedade.

É comprovado por observações e estudos que este tipo de violência gera

conseqüências para as suas vítimas, sendo elas crianças ou não, e para toda a

sociedade.

É necessária uma conscientização entre os alunos sobre o que é o bullying e

todos os efeitos deste. Normalmente, os alunos não percebem o quanto suas

brincadeiras, apelidos que criam e gozações entre si, ferem e magoam os colegas.

Tudo é visto como diversão e piada nos grupos de amigos. Os mesmos não sabem,

ou não percebem que o que para eles é engraçado, pode estar destruindo a vida do

colega.

Na adolescência, a opinião dos colegas tem um peso enorme no humor, no

orgulho e nos sonhos dos indivíduos. É um processo de transição entre o mundo

infantil e o adulto e qualquer dúvida sobre as qualidades do adolescente podem

assolar sua auto-confiança.

Os reflexos da violência do bullying são sentidos e percebidos rapidamente na

vida acadêmica do aluno. Seu rendimento, atenção e interesse pelas aulas e

estudos são prejudicados e mais intensivamente, quando os agressores estão

dentro da escola e/ou sala de aula.

Sem estar ciente dos efeitos do bullying, e mesmo sem saber o que é o

bullying, os alunos não encerraram este círculo de perseguições. Sem estarem

devidamente informados, os professores também não poderão combater sua prática.

Visando tais esclarecimentos e conscientização é que o bullying foi escolhido

como tema deste estágio.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Esclarecer aos alunos o que é o bullying, o seu impacto na auto-estima das

vítimas e as conseqüências que esta violência provoca.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Esclarecer aos alunos o que é o bullying e suas respectivas características.

Definir: agressor, espectador e vítima.

Apontar as conseqüências deste mal para a vítima e para toda a sociedade.

Conscientizar os alunos quanto à não-prática do bullying.

Desenvolver trabalhos de diversos formatos sobre o assunto, junto aos

alunos.

Utilizar as tecnologias como recurso principal para a realização de cada

trabalho.

Socializar os conhecimentos adquiridos através dos trabalhos de equipe.

Avaliar os conhecimentos adquiridos durante o estágio.

Promover a divulgação do tema em todo o ambiente e sociedade escolar.

4 REFERENCIAL TEÓRICO: BULLYING

O bullying foi o tema escolhido para o desenvolvimento do estágio aqui

descrito. Primeiramente, o assunto chamou a atenção pois atualmente muito tem-se

discutido sobre ele, dentro e fora da escola, ganhando destaque até mesmo nos

meios de comunicação. Mas, o principal motivo deste ser o tema escolhido está na

gravidade de suas conseqüências. Apesar de sua solução, em alguns casos menos

severos, estar ligada a uma conscientização e conversa franca sobre diferenças, os

efeitos da não-ação por parte dos professores, pais e direção escolar pode até

mesmo resultar em morte(s).

Dentre os vários problemas que atingem a sociedade, a violência está entre

os mais preocupantes e assustadores. De acordo com Silva (2010, p. 60), “Não há

como negar que vivemos tempos difíceis, em que a violência e a agressividade

infanto-juvenil são crescentes e ameaçam a todos nós.”

Tal violência acontece nos mais variados lugares, diariamente; é cometida por

pessoas de ambos os sexos, e das mais variadas idades e níveis sociais. É um

problema que não se restringe a população mais carente, por possuírem falta de

valores morais, assim como não acontece apenas com as classes sociais mais

favorecidas, e normalmente, mais preconceituosas.

A violência também é um problema presente nas escolas e preocupa por

representar falta de expectativas de solução, já que os alunos de hoje serão os

cidadãos de amanhã.

O tipo de violência mais comum nas escolas é o bullying. Ainda não há

tradução para o termo, que tem origem inglesa, mas é entendida como toda forma

de agressão física ou psicológica, praticada repetidamente e sem justificativa, com o

objetivo de humilhar a vítima.

Apesar de ser um comportamento relacionado ao sexo masculino, sua prática

também é comum entre as meninas, todavia, acontece de forma menos agressiva.

Normalmente não é praticado apenas por um agressor. Recebe apoio e incentivo

dos espectadores. Estes, normalmente são amigos do agressor e o ajudam nas

agressões para com a vítima.

A prática do bullying não acontece sem estes três agentes: agressor,

espectador e vítima. Assim como o agressor e o espectador possuem características

próprias, a vítima também pode ser reconhecida com facilidade.

Os agressores apresentam em sua personalidade, desde cedo, desvio de

conduta e falta de valores morais e desprezo pelo ser humano. Seus principais

sentimentos e comportamentos são: prepotência, arrogância, desrespeito,

intolerância às diferenças, além de ser um indivíduo desafiador e que possui grande

necessidade de imposição e exposição.

Os espectadores fazem parte deste cenário e contribuem com as humilhações

para com a vítima. Normalmente, são amigos do agressor. A contribuição pode ir

desde a conivência com as agressões e perseguições que o agressor pratica como

a ajuda na violência. Este indivíduo não assume o comando nem a iniciativa de

violentar, mas participa, incentiva e se diverte com a violência e a dor das vítimas do

bullying.

Percebe-se que os espectadores também possuem desvio de personalidade,

pois não interferem nem procuram alertar o agressor para que pare com as

agressões. Com frequência ainda incentivam o agressor a praticar a violência.

Normalmente é uma pessoa cínica, pois, apesar de sua participação, mente,

finge não saber de nada e não fazer parte da violência.

Em contrapartida, a vítima possui características opostas. Quieto, fala baixo,

respeita outras pessoas e hierarquia, isolado, tímido e possui baixa auto-estima.

Estas características influenciam o agressor a escolher este indivíduo para ser sua

vítima. Uma pessoa com este perfil dificilmente irá defender-se de suas provocações

e agressões.

O motivo da violência normalmente é a necessidade de atenção que o

agressor sente. A forma que ele encontra para demonstrar força, esperteza e poder

é escolher um alvo, uma vítima, que demonstra fraqueza (física ou psicológica) e

atormentá-la com apelidos, xingões, ofensas e humilhações.

A preocupação, que faz com que o bullying seja cada vez mais debatido entre

educadores e a sociedade em geral, é o agravamento na incidência da violência

dentro e fora das escolas. O bullying não é um problema isolado, que acontece e

tem seus reflexos sentidos apenas dentro da escola. Mas, se ali for tratado e

combatido, poderá ser diminuído. No entanto, se nada for feito, toda essa violência,

mais cedo ou mais tarde, passará para as empresas, parques, bares, trânsito, etc.

Todas as pessoas envolvidas neste problema, se não forem alertadas e

corrigidas, tem motivos para continuar este ciclo de violência por toda a vida. Os

agressores e espectadores, que já possuem o ódio e o desrespeito como

características, sairão da escola para a sociedade, com comportamentos cada vez

mais violentos. Também as vítimas, revoltadas por passarem tantas humilhações,

vão procurar vingar-se em pessoas que demonstrarem fraquezas. Quando as

vítimas tiverem uma oportunidade, perpetuarão este hábito tão nocivo. Há também,

casos mais extremos em que estas praticam o homicídio e/ou suicidam-se.

Conforme já citado, a vítima de bullying possui características próprias que o

fazem ser escolhido como alvo de humilhações. Segundo Silva (2010, p. 25):

Além de os bullies escolherem um aluno-alvo que se encontra em franca desigualdade de poder, geralmente este também já apresenta uma baixa auto-estima. A prática do bullying agrava o problema preexistente, assim como pode abrir quadros graves de transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas vezes, trazem prejuízos irreversíveis.

Os problemas com a auto-estima, que já existem nas vítimas, agravam-se

com as perseguições que os agressores praticam. Diante das humilhações, a vítima

não consegue se defender, e, a inferioridade que já possui, aumenta diante das

ofensas sofridas. Como a baixo-estima faz com que a vítima já não consiga perceber

seu valor e suas qualidades, quando exposta a perseguições, ela tem seus medos e

defeitos super-valorizados.

As principais conseqüências da violência sofrida pela vítima são: as

mudanças de comportamento (isolamento, silêncio), perdas de rendimento escolar e

a tristeza, quando não, a depressão.

No ambiente escolar, as vítimas apresentam faltas sem justificativa, anulação

da participação em sala, diminuição ou desaparecimento do interesse em estudar. O

objetivo da vítima com este comportamento é ser esquecida pelos seus agressores.

Na maioria das vezes, o sofrimento é solitário, a vítima não tem coragem de

falar do problema com ninguém. Tais circunstâncias fazem com que a vítima fique

sem perspectivas de felicidade, e, se não for percebida e ajudada, poderá até

cometer suicídio.

Segundo Lima (2011), a vítima pode guardar esse sofrimento durante anos e,

em um momento de explosão ou depois de muito planejar, invada sua escola e atire

em quem atravessar seu caminho. No entanto, quando ela opta por matar,

normalmente pratica o suicídio logo após.

Como é possível perceber, os efeitos desta violência, muitas vezes silenciosa,

discreta, são graves. Nenhuma das conseqüências, tanto para a vítima, como para a

sociedade em geral, são irrelevantes.

Em todo este contexto, o que mais chama a atenção é a reação da vítima

quando o sofrimento sucumbi. Ela mata e se mata. De todos os casos de ataques de

vítimas do bullying, raros são os que não terminam com o suicídio. Como ficar

indiferente diante desta situação?

“O bullying tornou-se um problema endêmico nas escolas de todo o mundo.”

(SILVA, 2010, p. 20). O Brasil não é o único país a sofrer os reflexos deste problema.

São incontáveis os países que já tiveram seus jornais invadidos por notícias de

assassinatos e suicídios causados ou originados pela prática do bullying.

A origem do problema tem várias teorias e explicações. A sociedade, a escola,

a influência dos amigos contribui para o acontecimento do bullying, mas a autora

Silva (2010) indica claramente a responsabilidade dos pais diante da situação.

A autora cita que muitos são os pais que agem de forma excessivamente

tolerante com seus filhos. Ou seja, os pais atualmente não impõem a autoridade que

é sua por direito e necessidade, e acabam não reprimindo os filhos quando estes se

comportam de forma errônea.

Ainda segundo a autora Silva (2010), alguns pais justificam excessiva

permissividade e tolerância com seus filhos por não querem ferir a sensibilidade

destes e outros alegam que tal comportamento se faz necessário para compensar o

tempo em que estão distantes dos filhos, geralmente trabalhando.

Tais motivações são equivocadas. A sensibilidade, que todos, felizmente,

possuímos, alguns em maior e outros em menor grau, deve ser trabalhada para que

a pessoa seja sociável. Quem não tiver sua sensibilidade afetada jamais será capaz

de relacionar-se com outras pessoas, pois mágoas, desentendimentos e brigas são

comuns em qualquer relação humana. Quanto a busca de compensação por meio

de conivências torna o problema de desvio de personalidade ainda mais grave. A

alta carga horária de trabalho dos adultos faz com que os filhos não passem o tempo

necessário com seus pais, e não aprendam como comportarem-se, tendo como

parâmetro o exemplo paterno.

Nenhum destes comportamentos por parte dos pais auxiliará na construção

do caráter e valores morais do filho. Apesar disto, a realidade econômica de muitas

famílias exige que tanto o pai quanto a mãe trabalhem exaustivamente, para que

possam garantir as condições mínimas de sobrevivência para a família. Neste

cenário, o tempo de convivência entre pais e filhos torna-se mínimo e prejudicado.

Durante o curto espaço de tempo juntos, os pais, sentindo-se culpados pela situação

e a falta que sabem fazer na vida e formação de seus filhos, não reprimem seus

filhos diante de erros e são excessivamente permissivos.

De acordo com Silva (2010, p. 62):

As conseqüências dessa renúncia dos pais aos seus papéis de educadores resultam em filhos egocêntricos, sem qualquer noção de limites, despreparados para enfrentar os desafios e obstáculos inerentes à vida. Muitos se tornam viciados ou adquirem comportamentos que lhes traga prazer imediato.

Estas são as características que estão se tornando mais freqüentes em

nossas crianças, em nossos alunos. Qualquer dificuldade, matéria que exija maior

atenção ou dedicação para aprendizado, já provoca reclamações e é rejeitada pelos

alunos. Tais comportamentos dificultam as aulas e o aprendizado.

É evidente a relação deste comportamento à qualidade da convivência

familiar. Neste ponto, encontramos a origem do problema, mas não necessariamente

sua solução. Não vislumbra-se mudanças na situação pois os pais cada vez mais

delegam, repassam, a tarefa de educar os filhos para a escola. Porém, tal tarefa em

nada é fácil.

Salários baixos, sobrecarga horária, cronograma das matérias, turmas lotadas

e péssimas condições de trabalho dificultam a eficácia do trabalho do professor.

Nestas circunstâncias é difícil preocupar-se, ou mesmo perceber os problemas de

personalidade de um aluno, e ainda por cima ajudá-lo, se o professor muitas vezes

trabalha pensando nas contas a pagar, ou como lecionará aquela aula que não teve

tempo de preparar.

Mas o problema da violência, do bullying está aí e a educação dos alunos não

pode ser repassada dos pais para a escola e vice-versa. Deve ser concretizada.

Conforme Silva (2010), o primeiro passo é a escola reconhecer o problema. Não há

mais como direção e professores acharem que tal problema acontece apenas nas

outras escolas, ou pior, outros países. Conforme já citado, o bullying atinge todas as

classes sociais, raças e sexos.

“O bullying é um fato e não é mais possível se omitir, botar panos quentes

sobre as evidências.” SILVA (2010, p. 162). Este é o primeiro passo indicado pela

autora para a escola começar a agir contra o problema do bullying. Se a escola não

assumir que o bullying existe e acontece dentro de suas dependências, ou não dê o

devido nível de atenção que o problema exige, está fadada a ter muitos alunos com

prejuízos educacionais e psíquicos, além de ajudarem a propagar a violência dos

alunos, por não punirem os agressores.

Conforme sugere Silva (2010, p. 162), “num segundo momento, as escolas

precisam capacitar seus profissionais para a identificação, diagnóstico, intervenção e

o encaminhamento adequado dos casos.” Durante as aulas de estágio, a aluna-

estagiária ouviu diversos desabafos dos alunos, colocando que muitas vezes o

professor não se impõe e não interfere ou chama a atenção dos agressores quando

os mesmos praticam o bullying, mesmo que tal agressão se dê dentro da sala. Isto é

grave, e mostra o quanto estamos longe de uma solução.

Falta de informação, sobrecarga de trabalho, despreparo para lidar com

situações de agressão, tudo pode ser apontado como motivo para a omissão do

professor diante do problema. Por isso, faz-se necessário que a escola,

preferencialmente a direção escolar faça um trabalho de preparação e

conscientização primeiramente com os professores, para que estes, diante do

problema, saibam identificá-lo, interfiram e encaminhem corretamente o mesmo para

uma solução.

Para finalizar, Silva (2010) esclarece que as escolas precisam discutir o

assunto com toda a comunidade, e traçar estratégias preventivas e imediatas para

execução.

Como o problema não origina e não tem seus efeitos sentidos apenas dentro

dos muros escolares, o problema precisa ser discutido com toda a comunidade. Os

pais, alunos e todas as pessoas que tem alguma relação com a escola devem ser

esclarecidas sobre o que é o bullying, suas características e principalmente, suas

possíveis conseqüências. Desta forma, sugestões de estratégias e medidas para

resolver o problema poderão ser discutidas com os envolvidos. Percebe-se em tal

afirmação da autora indica ação imediata.

Simplesmente saber o que é o bullying e não tomar providências para

combatê-lo e extingui-lo pode até incentivar sua prática. A explicação precisa vir

acompanhada de ação.

5 METODOLOGIA

5.1 PRIMEIRO DIA

Na abertura das atividades da acadêmica, juntamente aos alunos das classes

do 1º e 2º Ano do Ensino Médio, foram utilizadas as seguintes metodologias:

Explicação do estágio: a professora-estagiária explicará tal tarefa e indicará

objetivos e prazos; esclarecerá dúvidas que por ventura surgirem; utilizar-se-à

do quadro para anotar as informações mais importantes e desta forma,

garantir que todos tenham conhecimento do que foi estipulado.

Reflexão em grupo – Maiêutica: através de questionamentos que a docente

fará para os alunos, durante a introdução da matéria, dirigirá os alunos à

reflexão e as respostas corretas.

Levantamento do conhecimento prévio dos alunos: durante a introdução

do assunto, antes da leitura de conceitos, a docente deverá diagnosticar o

conhecimento dos alunos em relação ao assunto. Após este breve

levantamento, contextualizar o assunto ao cotidiano dos alunos.

Leitura conjunta: Cada aluno deverá ler uma frase do texto conceitual. Tal

metodologia tem como objetivo que todos participem e é uma forma de cativar

a atenção dos alunos para a leitura.

Apresentação eletrônica: Utilizar cores, imagens, textos, animações e

música para esclarecer e sensibilizar os alunos quanto ao tema.

5.2 SEGUNDO DIA

Na segunda aula do estágio, nas turmas do 1º e 2º Ano do Ensino Médio,

foram utilizadas as seguintes metodologias:

Revisão da última aula: a professora-estagiária guiará esta atividade através

de perguntas direcionadas ou coletivas; explicará pontos não memorizados,

frisando conceitos necessários; utilizar-se-à do quadro para anotar as

respostas corretas dos alunos;

Explicações sobre os trabalhos: explicará a tarefa e indicará objetivos e

prazos; esclarecerá dúvidas que por ventura surgirem; utilizar-se-à do quadro

para anotar as informações mais importantes e desta forma, garantir que

todos tenham conhecimento do que foi estipulado;

Escolha de líderes: antecipadamente, verificar os alunos que possuem maior

destaque no desenvolvimento de trabalhos; determinar cada indivíduo em um

equipe, conforme o seu potencial; apresentar o trabalho e seu respectivo

líder;

Sorteio de integrantes das equipes: de forma alternada, a docente deverá

distribuir oralmente um número para cada aluno. De acordo com o número

recebido, dirigir o aluno a equipe que, com ele, realizará o trabalho;

Explicação individual para as equipes: entregar para cada líder uma

descrição da tarefa (documento Proposta de Atividade) que a equipe deverá

realizar; individualmente, esclarecer eventuais dúvidas e elucidar objetivos do

trabalho;

Acompanhamento das atividades: a professora deverá guiar as atividades

dos alunos dentro do equipe de trabalho: transitará entre os grupos para

verificar as dificuldades encontradas no desenvolvimento do trabalho

(compreensão das exigências, objetivos e utilização do computador para tal

tarefa); auxiliará quando necessário; irá sugerir mudanças ou melhorias no

trabalho; cobrará rendimento, verificará a participação de cada integrante da

equipe, interesse e divisão das tarefas; esclarecerá as dúvidas que os alunos

possam ter quanto a tarefa;

5.3 TERCEIRO DIA e QUARTO DIA

Como os objetivos e atividades das duas aulas, que aconteceram nestes dias,

são os mesmos, houve a utilização da mesma metodologia para ambas. Abaixo,

segue descrição:

Revisão da última aula: a professora-estagiária guiará esta atividade através

de perguntas direcionadas em cada equipe, individualmente; esclarecerá

dúvidas, destacará pontos necessários do trabalho, prazos e objetivos;

utilizar-se-à do documento Proposta de Atividade;

Acompanhamento/Desenvolvimento dos trabalhos: a docente deverá

guiar as atividades dos alunos dentro do equipe de trabalho: transitará entre

os grupos para verificar as dificuldades encontradas no desenvolvimento do

trabalho (compreensão das exigências, objetivos e utilização do computador

para tal tarefa); auxiliará quando necessário; irá sugerir mudanças ou

melhorias no trabalho; cobrará rendimento, verificará a participação de cada

integrante da equipe, interesse e divisão das tarefas; esclarecerá as dúvidas

que os alunos possam ter quanto a tarefa;

Atendimento individual em cada equipe: reunir-se com cada equipe para

verificar o rendimento do trabalho, participação de cada integrante,

providências a serem tomadas para a próxima aula, atendimento às

exigências específicas de cada trabalho;

5.4 QUINTO DIA

Para finalizar as atividades do estágio, junto aos alunos das turmas do 1º e 2º

Ano do Ensino Médio, foram utilizadas as seguintes metodologias:

Explanação do planejamento das atividades: utilizando-se do quadro, a

professora apresentará as atividades que deverão ser cumpridas nesta aula,

para que todos saibam quais os objetivos e tarefas a ser providenciadas e

executadas durante esta aula, além do tempo disponibilizado para cada uma.

A docente também destacará pontos importantes destas, para que os alunos

tenham prioridades em suas ações;

Organização dos apresentações dos trabalhos: durante esta atividade os

alunos poderão preparar e discutir os aspectos importantes do trabalho para

apresentarem o equipe, e, desta forma, estarem mais conscientes e tranquilos

no momento da exposição;

Apresentações dos trabalhos: a docente verificará a desenvoltura individual

na exposição dos trabalhos para a classe. Para tal, a professora-estagiária

fará perguntas direcionadas a cada aluno, que destaquem: as facilidades e

dificuldades encontradas no desenvolvimento do trabalho, opinião individual

sobre o tema, conclusão sobre o tema (principal mensagem compreendida) e

o trabalho (validade em sua realização) e comentários gerais sobre o estágio.

Ao final de cada apresentação, a docente destacará as qualidades e

características de cada equipe, participação de cada integrante, desta forma,

valorizando o trabalho de todos.

Prova Escrita: os alunos devem responder às questões dissertativas da

avaliação de forma clara e coerente, apresentando, desta forma, o

conhecimento adquirido durante as aulas.

Encerramento do Estágio: o encerramento serve para marcar o final do

processo em que os alunos fizeram parte. Para valorizar a participação e

empenho dos alunos, a professora agradecerá em público os alunos e

também a professora-titular da matéria, que disponibilizou as suas aulas para

a realização do estágio.

6 RECURSOS

6.1 RECURSOS MATERIAIS

Durante cada aula, diferentes recursos materiais serão utilizados. A escolha

de cada material será feita de acordo com as necessidades e objetivos a serem

alcançados em cada momento.

Na primeira aula será utilizado texto impresso, para facilitar a leitura dos

conceitos do assunto. Desta forma, quando necessário, os alunos poderão destacar

trechos do texto que julgarem mais interessantes e fazer pequenas anotações de

comentários feitos durante a aula.

No decorrer da aula, será usado também um computador e um projetor

multimídia (projetor multimídia), para a apresentação de slides referentes ao bullying.

Apresentação de slides, título: Famosos que sofreram Bullying;

Documento Proposta de Atividade (impresso);

Arquivo de Vídeo, com o título: Bullying nas escolas;

Computadores, para o desenvolvimento de todos os trabalhos elaborados

pelos alunos. Para esta finalidade, serão necessários os seguintes softwares:

BrOffice.org Writer;

BrOffice.org Calc;

BrOffice.org Impress;

Navegador Web Firefox (versão 3.0);

Impressoras, para a materialização de diversos trabalhos;

Mural, para a exposição de diversos trabalhos para toda a comunidade

escolar;

Cartolinas, para o desenvolvimento do trabalho de mural;

6.2 RECURSOS HUMANOS

As pessoas envolvidas neste estágio variarão de idade, sexo e raça. As

participações serão de forma direta e indireta.

De forma direta, participarão da realização deste estágio:

A professora-estagiária, autora deste trabalho e desenvolvedora deste projeto,

Sirlei Favarin Vanderlinde

A docente da matéria de sociologia, da escola EEF. Bernardo Müller, Adriéle

Baggio. Sociologia será a matéria na qual se efetivará o desenvolvimento do

estágio

Alunos da classe do 1º Ano do Ensino Médio, da escola EEF. Bernardo Müller.

Turma composta de 22 alunos. Esta classe é formada por 08 meninos e 14

meninas, com faixa etária de 14 à 16 anos.

Alunos da classe do 2º Ano do Ensino Médio, da escola EEF. Bernardo Müller.

Turma composta de 12 alunos. Esta turma é formada por xx meninos e xx

meninas, com faixa etária de 15 à 17 anos.

De forma indireta, os seguintes indivíduos contribuirão com o

desenvolvimento deste estágio:

Direção escolar da unidade.

Pessoas que responderão aos questionários desenvolvidos pelos alunos

durante os trabalhos:

Alunos da classe do 3º Ano do Ensino Médio, da escola EEF. Bernardo

Müller.

Pais de alunos

Professores da escola EEF. Bernardo Müller.

6.3 RECURSOS FINANCEIROS

Como a escola disponibilizará todos os recursos materiais para a professora-

estagiária desenvolver o estágio, não há previsões de gastos financeiros.

7 CRONOGRAMA

O presente projeto será desenvolvido em concordância com um cronograma

entregue pelo coordenador do curso de Pedagogia e, orientador deste estágio, o Sr.

Paulo Gonçalves.

Abaixo, a tabela que representa as principais ações do estágio e o período em

que cada atividade deverá ocorrer:

Tabela 1 – Cronograma de Atividades

Atividade Março Abril Maio Junho Julho

Orientações X X X X X

Contato

com Escola X X X X

Elaboração

do Projeto X X

Estágio X

Apresentação

do relatório X

Fonte: Manual de Normalização Para Trabalhos Acadêmicos

Conforme pode ser verificado nesta tabela, as orientações do Profº Paulo

Gonçalves deverão acontecer durante os cinco meses de maior atividade do estágio.

As orientações poderão acontecer com a frequência de, no mínimo, uma vez por

mês e precisam ser de caráter presencial, para uma melhor comunicação entre as

partes. Provavelmente no último mês as mesmas poderão se intensificar e acontecer

também por meio de correio eletrônico (e-mails), se necessário.

Os contatos com a escola também acontecerão durante os cinco meses de

atividades do estágio. Inicialmente, a acadêmica procurará a direção escolar da

unidade EEF. Bernardo Müller, para apresentar a necessidade de realização do

estágio, como pré-requisito para a obtenção da licença para o exercício do

magistério desta discente. Também nesta oportunidade planeja-se expôr o tema a

ser trabalhado durante o estágio. Depois, apresenta-se os motivos que levaram a

estudante a escolher aquela escola, especificamente.

Num segundo momento, a acadêmica procurará o diretor da unidade escolar

para acordar as datas de realização do estágio, respeitando a autonomia da escola e

as limitações da discente.

Após as primeiras providências e ações terem sido tomadas, dar-se-á início

ao processo de elaboração do estágio. A acadêmica começará os planejamentos de

cada aula, as metodologias que serão aplicadas, assim como a forma que o assunto

deverá ser abordado e trabalhado durante o estágio; prever as pessoas e recursos

materiais que serão necessários.

A primeira aula do estágio deverá acontecer no dia 02 de maio do decorrente

ano, com a classe do 2º ano; no dia 03 de maio a turma do 1º ano também iniciará

as aulas de estágio com esta acadêmica.

Como a carga-horária para o desenvolvimento do estágio com alunos está

estipulada em vinte horas, serão necessários cinco encontros com cada turma,

sendo que cada encontro é composto de duas aula com duração de uma hora cada.

Obedecendo tais horários, ambas as classes encerrarão as aulas de estágio

ainda no mês de maio. A turma do 2º ano terminará as aulas no dia 30 de maio,

enquanto que, a classe do 3º ano encerrará as aulas do estágio do dia 31 de maio.

As aulas do estágio acontecerão de forma concomitante ao desenvolvimento

do relatório do estágio.

A entrega do documento que descreve o planejamento e execução do estágio

deverá acontecer no mês de julho de 2011.

8 AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo que se caracteriza pela ação de analisar,

comparar e medir. Tal ação em nada fácil ou simples. Exige total atenção e

dedicação do avaliador para ocorrer da forma mais justa possível.

Neste estágio, os alunos serão avaliados segundo diversos critérios.

Inicialmente, a cada aula, a professora-estagiária observará cada aluno quanto ao

seu interesse, participação, comportamento e dedicação. Tais itens formarão uma

média e, através dos trabalhos desenvolvidos nas aulas, suas respectivas

apresentações e uma avaliação escrita, será obtida a segunda média.

Esta forma de avaliação é planejada para que o educando seja avaliado

durante um período de momento, e não apenas instantaneamente. Também,

utilizando este método, várias características do aluno são consideradas para

atribuí-lo uma nota. Considera-se necessário que o professor tenha esta consciência

e valorize os diversos tipos de alunos que possui. Cada indivíduo possui um

potencial e uma área em que melhor se destaca.

Além dos critérios que serão avaliados em cada aula, os alunos

desenvolverão trabalhos sobre o tema. Em cada classe, cada equipe desenvolverá

um trabalho diferenciado. Não haverá na mesma turma, trabalhos idênticos.

Cada equipe, composta por três ou quatro alunos, receberá um documento

com as especificidades da tarefa, denominado Proposta de Atividade. O documento

será entregue aos alunos no início de cada aula e devolvido para a professora-

estagiária no final da mesma. Neste documento deverão ser feitas anotações, tanto

dos alunos quanto da docente. Os alunos anotarão decisões e escolhas do grupo

referente ao trabalho, divisões de tarefas e idéias. A professora registrará a evolução

dos trabalhos, determinações e/ou alterações das exigências estabelecidas,

observações sobre o comportamento, interesse e participação dos integrantes da

equipe, além de providências a serem tomadas até a próxima aula.

Para o final do estágio, haverá a apresentação dos trabalhos de cada equipe,

onde todos os integrantes serão incentivados a falar. Como se sabe, cada pessoa

reage de forma diferenciada diante de um público, por isso, a apresentação deverá

ser dirigida pela professora-estagiária.

O grupo deverá se apresentar. A docente direcionará a explanação do

trabalho, com as seguintes perguntas (que deverão ser respondidas

individualmente):

Descrição do trabalho e divisão de tarefas dentro do equipe

Facilidades encontradas no desenvolvimento da atividade

Dificuldades encontradas no desenvolvimento da atividade

Opinião sobre o trabalho e o assunto

Conclusão. Mensagem mais marcante.

Desta forma, o equipe receberá uma nota pelo trabalho e cada aluno pela sua

apresentação. No trabalho serão analisados o atendimento aos requisitos e o

alcance de objetivos. Na apresentação, desenvoltura e domínio do assunto.

Para finalizar, na última aula, os alunos realizarão uma avaliação escrita. Esta

será constituída de questões dissertativas, para que o aluno responda com suas

próprias palavras o que compreendeu do assunto estudado e exponha suas

opiniões.

Assim sendo, o aluno receberá durante o estágio notas para os seguintes

quesitos: interesse, participação, comportamento e dedicação, trabalho,

apresentação do trabalho e avaliação escrita. Com sete notas, faz-se necessário o

desenvolvimento de uma planilha de controle. Com base nestas notas será

calculado duas médias parcias e a soma das mesmas gerará uma média geral do

aprendizado do aluno durante o estágio.

A primeira média será calculada com base nos seguintes itens: participação,

comportamento, interesse e dedicação. Cada item poderá receber nota máxima de

1,00.

A segunda média consistirá nas notas atribuídas ao trabalho, apresentação e

avaliação. A nota máxima para o trabalho será 4,00, tanto para a apresentação

quanto para a avaliação será 1,00.

Somando as médias parciais, o aluno obterá a média final do estágio. Esta

nota será utilizada pela professora-titular da matéria, para computar com as demais

notas do bimestre e concluir a nota bimestral do aluno na matéria.

A quantia de notas e a forma avaliativa planejada para este estágio têm como

objetivo analisar várias áreas de conhecimento dos alunos e suas diversas

habilidades.

Nem sempre o aluno que tem facilidade em comunicar-se oralmente,

consegue textos coerentes e claros, e vice-versa. Nem todo aluno que se dedica,

consegue alcançar as metas do trabalho ou ter um bom aprendizado. O aluno com

maior facilidade em assimilar os assuntos e as explicações, nem sempre sabe

trabalhar em equipe. Em alguns casos, os alunos mais agitados são mais

respeitosos e tem mais interesse pela aula do que os alunos mais quietos; apesar do

contrário também proceder.

Com o objetivo de fazer uma avaliação justa, a estagiária planejou este

esquema de avaliação. Para atribuir uma nota ao aluno, serão analisados todos os

quesitos que a acadêmica julga serem necessários para um bom aprendizado e

desempenho na vida social e profissional deste futuro cidadão.

Conforme visto, com maior enfoque na matéria de Avaliação do Ensino, com a

docente Beatriz Coscodai, e, de forma mais breve com o professor Mário Bandieira,

na disciplina Didática e Planejamento II, a avaliação de um aluno não é um

procedimento simples e muitas vezes pouco justo.

Seguindo os argumentos e pontos de vista explanados anteriormente, o aluno

deve ser analisado como um todo. O professor deve estar consciente que são vários

os aspectos e critérios a serem vistos para a atribuição de uma nota. E, se assim

não for procedido, a nota será injusta e incoerente a capacidade do aluno. Diante

destas colocações é possível concluir: não há aluno nota 10,00, muito menos nota

0,00.

REFERÊNCIAS

SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: mentes perigosas na escola. Rio de Janeiro:

Objetiva, 2010.

LIMA, Angela Adriana de Almeida. Bullying - Violência Nas Escolas. Disponível

em: <Http://www.soartigos.com/artigo/497/Bullying----Violencia-Nas-Escolas>. Acesso em: 19/04/2011.

APÊNDICES

E.E.B. Bernardo Müller

Professora: Sirlei Favarin Vanderlinde – Adriéle Baggio

Matéria: Sociologia

Assunto: Bullying

Alunos:

Série:

Data: _____/_____/______.

Proposta de atividade – QUESTIONÁRIO:

• Produzir um questionário sobre bullying.

• Aplicar com pessoas da comunidade.

• Público alvo do questionário:

• Professores e pais

• Alunos

• Depoimentos

• Sistematizar em forma de gráfico os dados levantados a partir dos

questionários.

• Divulgar as pesquisas realizadas na escola.

Data de entrega: _____/_____/______.

Observações:

Nota:

APÊNDICE 1- Modelo de Proposta de atividade (QUESTIONÁRIO)

E.E.B. Bernardo Müller

Professora: Sirlei Favarin Vanderlinde – Adriéle Baggio

Matéria: Sociologia

Assunto: Bullying

Alunos:

Série:

Data: _____/_____/______.

Proposta de atividade - BLOG:

• Elaboração de um Blog sobre bullying e suas características para ser

publicado na web.

• O blog deve conter textos, imagens e vídeos.

Data de entrega: _____/_____/______.

Observações:

Nota:

APÊNDICE 2- Modelo de Proposta de atividade (BLOG)

APÊNDICE 3- Modelo de Planilha de Controle de Notas