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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Engenharia de Lorena – EEL Gislaine Fernandes de Matos Implantação do programa 5S no setor de envase de uma planta produtiva Lorena 2012

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Escola de Engenharia de Lorena – EEL

Gislaine Fernandes de Matos

Implantação do programa 5S no setor de envase de uma planta produtiva

Lorena

2012

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Implantação do programa 5S no setor de envase de uma planta produtiva

Gislaine Fernandes de Matos

Orientador:

Prof. Dr. Marco Antonio Pereira

Lorena

2012

Monografia apresentada a Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo para obtenção do titulo de graduação em Engenharia Industrial Química.

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Dedico este trabalho carinhosamente aos meus pais, Moacir e Nilva que

me guiaram pelos primeiros caminhos e me dão força para continuar a lutar,

mesmo diante as adversidades.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por conduzir todos os meus passos e me ajudar

em cada escolha.

Aos meus Pais, Moacir e Nilva, que me deram toda a estrutura para que me

tornasse a pessoa que sou hoje. Pela confiança e pelo amor que me fortalece

todos os dias.

As minhas irmãs Leticia e Graziele e a todos os meus amigos que me apoiaram

em todos os momentos.

Um agradecimento especial ao meu grande mestre e Orientador Marco Antonio

Carvalho Pereira, pela atenção e paciência em me ensinar e me ajudar no

desenvolvimento dessa monografia e principalmente por não cessar esforço para

preparar e dar as melhores aulas.

Agradeço ao meu supervisor de estagio Marcelo de Oliveira Siqueira pela

oportunidade de realização deste trabalho na empresa, e também pela paciência

e competência de me ensinar com detalhes todas as atividades que desenvolvi

durante o estagio.

Por fim agradeço a todos os professores da Escola de Engenharia Química que

fizeram parte na minha graduação, que me passaram seus conhecimentos e

experiências, tornando possível minha formação.

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EPÍGRAFE

“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um

objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo

fará coisas admiráveis.”

José de Alencar

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RESUMO

O programa 5S, uma relevante ferramenta para melhoria da qualidade e

produtividade, tem aplicabilidade em diversas empresas e órgãos, inclusive em

residências, pois traz benefícios a todos que convivem no local, melhora o

ambiente, as condições de trabalho, saúde, higiene e traz eficiência, qualidade e

produtividade. Esse trabalho consistiu em apoiar a implantação do programa 5S

em uma planta produtiva de uma indústria química com foco no setor de envase,

cujo resultado esperado era a obtenção de melhorias nas condições de trabalho e

criar um ambiente com maior consciência sobre qualidade que contribuísse para o

aumento de produtividade da planta. Este programa foi implantado em toda a

planta produtiva, desde escritórios, laboratório, produção, almoxarifado até

envase do produto final. Entretanto, seu foco está no setor de envase, uma vez

que este é o setor mais critico do processo em relação à organização, limpeza,

padronização e execução do programa. A implantação do programa no setor foi

feito através da aplicação e desenvolvimento dos 5 sensos que compõem um

programa 5S: utilização, ordem, limpeza, padronização e autodisciplina. Após a

implantação da ferramenta, constatou-se que foram atingidos os objetivos

esperados. O ambiente de trabalho manteve-se mais organizado pelos

colaboradores, o tempo de procura por objetos, ferramentas e documentos

diminuíram consideravelmente, melhorando a qualidade do ambiente de trabalho

e a organização. No quesito de produtividade, além de não ter sido feito

nenhuma analise quantitativa para verificação do método, foi notório

qualitativamente que teve um aumento, observou-se um maior fluxo na produção

com menores atrasos de entrega aos clientes. Por fim, o programa 5S contribuiu

concretamente para a melhoria da qualidade na empresa, uma vez que aumentou

a consciência sobre a forma correta de utilização e organização do ambiente

físico de trabalho.

Palavras-chaves: 5S, envase, qualidade e produtividade.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Etiquetas de identificação.......................................................................24

Figura 2. Plano de ações 5S..................................................................................25

Figura 3. Acompanhamento do plano de ações 5 S..............................................26

Figura 4. Almoxarifado desorganizado.................................................................28

Figura 5. Almoxarifado organizado........................................................................28

Figura 6. Caixas de ferramentas............................................................................29

Figura 7. Etiquetas padrões do 5S.........................................................................29

Figura 8. Responsáveis pelos check lists..............................................................31

Figura 9. Check list................................................................................................33

Figura 10. Local de armazenamento de matéria prima antes após a implantação

do senso de limpeza..............................................................................................35

Figura 11. Estoque de matéria prima antes e após a implantação do senso de

limpeza...................................................................................................................36

Figura 12. Pátios da planta antes a limpeza..........................................................36

Figura 13. Pátios da planta depois da limpeza......................................................37

Figura 14. Inspeção diária 5 S...............................................................................38

Figura 15. Inspeção diária 5 S...............................................................................39

Figura 16. Inspeção diária 5 S...............................................................................39

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 11

2.1 Origem dos 5 Sensos ......................................................................................................... 11

2.2 Objetivos do programa ....................................................................................................... 12

2.3 Os 5 Sensos ........................................................................................................................ 12

2.3.1 Seire .................................................................................................................................. 12

2.3.1.1 Implantação do 1º S................................................................................................. 13

2.3.1.2 Benefícios da utilização .......................................................................................... 13

2.3.2 Seiton ................................................................................................................................ 13

2.3.2.1 Implantação do 2º S................................................................................................. 14

2.3.2.2 Benefícios da organização ..................................................................................... 15

2.3.3 Seiso .................................................................................................................................. 15

2.3.3.1 Implantação do 3º S................................................................................................. 15

2.3.3.2 Benefícios da limpeza ............................................................................................. 16

2.3.4 Seiketsu ............................................................................................................................ 16

2.3.4.1 Implantação do 4º S................................................................................................. 17

2.3.4.2 Benefícios do asseio................................................................................................ 17

2.3.5 Shitsuke ............................................................................................................................ 18

2.3.5.1 Implantação do 5º S................................................................................................. 18

2.3.5.2 Benefícios da autodisciplina ................................................................................... 19

3 METODOLOGIA ................................................................................................ 20

3.1 Apresentação da planta produtiva ................................................................................... 21

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................... 23

4.1 Implantação dos 5S no setor de envase ......................................................................... 23

4.1.1 Senso de utilização (Seire) ............................................................................................ 23

4.1.2 Senso de organização (Seiton) ..................................................................................... 27

4.1.3 Senso de limpeza (Seiso) .............................................................................................. 30

4.1.4 Senso de asseio (Seiketsu): .......................................................................................... 37

4.1.5 Senso de autodisciplina (Shitsuke) .............................................................................. 40

5 CONCLUSÕES .................................................................................................. 42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ..................................................................... 43

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1 INTRODUÇÃO

Há um aumento nítido de concorrência existente em todos os ramos de

atividades, devido a isso, cresce a busca pela qualidade e produtividade com a

finalidade de garantir um lugar no atual mercado competitivo. As organizações

estão buscando cada vez mais a excelência, agregando valor aos seus produtos

e serviços. Além disso, existe uma maior preocupação com as pessoas que nela

trabalham.

Nesse novo contexto, novas metodologias administrativas e gerenciais

despontam. Dentre essas varias metodologias, destaca-se o método 5S, por ser

uma ferramenta bastante básica e que deve preceder qualquer iniciativa de

melhoria em uma empresa. Promove mudanças positivas de comportamento no

ambiente de trabalho, enfatiza o respeito ao próximo e ao local de trabalho, e por

outro lado, demonstra também que a instituição se preocupa com seus

colaboradores.

Os 5S foi criado no Japão, esse país após a segunda guerra mundial

encontrar-se desestruturado, com as fabricas sujas e desorganizadas. Foi

necessária a colaboração de todos para o país reestruturar-se, melhorar sua

produção e tornar-se competitivo com o mercado mundial.

O programa 5S foi adaptado para uso em organizações com o objetivo de

transformar o ambiente das mesmas e atitudes das pessoas, melhorando a

qualidade de vida dos funcionários, diminuindo desperdícios, reduzindo custos e

aumentando a produtividade.

A ferramenta 5S, utilizada em Programas de Qualidade Total e/ou Lean

Manufacturing, surge como um dos caminhos para alcançar-se a modernidade e

competitividade, e esta ferramenta em questão tem como vantagem a sua

simplicidade de implementação. Em decorrência deste fato pode ser aplicado com

facilidade em qualquer setor de uma empresa.

A empresa no qual foi feito o estudo da implantação do programa 5S em

uma de suas plantas, é líder na indústria química, subsidiada em mais de 80

países, com mais de 380 unidades produtivas, possui relações comerciais com

cerca de 110 mil clientes. Para garantir seus bons resultados desde sua

fundação, vem oferecendo produtos e serviços de qualidade. Por essa razão,

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agrega cada vez mais programas para que suas marcas permaneçam sempre

valorizadas e reconhecidas no mercado.

Visto a eficácia do método, várias plantas dessa empresa situada no Vale

do Paraíba vêm desenvolvendo o programa 5S, através do departamento de

Excelência Operacional, que é considerado pela empresa um eficiente meio de

mobilização das pessoas no dia-a-dia.

O objetivo deste trabalho consistiu em apoiar a implantação do programa

5S em uma planta produtiva de uma indústria química com foco no setor de

envase.

Como objetivos secundários, foi possível:

• Avaliar a obtenção de melhorias das condições de trabalho e

• Criar um ambiente com maior consciência sobre qualidade que contribua

para o aumento de produtividade da planta.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Origem dos 5 Sensos

A metodologia 5S surgiu no Japão após a Segunda Guerra Mundial, o país

encontrava-se em uma desorganização estrutural, as fábricas estavam sujas e em

péssimo estado de organização, sendo necessário esforço e empreendimento de

todos para a reconstrução do país. (MARSHALL et al., 2006).

O conceito desta ferramenta foi baseado principalmente nos objetivos de

combater perdas e desperdício nas empresas e indústrias, educar a população e

as pessoas envolvidas diretamente com o método para aprimorar e manter o

sistema de a qualidade total na produção (SILVA, 2005).

O programa tem esse nome devido aos 5 conceitos japonesas iniciados

com a letra S que deu origem ao método, Seire, Seiton, Seisou, Seiketsu e

Shitsuke.

Depois de ocidentalizada essa pratica ao invés de traduzir par uma única

palavra em português o que seria muito difícil, pois no idioma japonês essas

palavras se expressão através de conceitos e ideias generalizadas, decidiu-se a

utilização da expressão “SENSO DE” na frente das cinco palavras escolhidas

para definir as respectivas em japonês. Os 5S’s japoneses ficaram conhecidos no

nosso país como: senso de utilização, senso de organização, senso de limpeza,

senso de asseio ou padronização e senso de autodisciplina (CASSEMIRO, 2002).

Com o sucesso alcançado pelo Japão com a pratica dos 5S, outros países

começaram a disseminá-lo. Na Inglaterra e Espanha adotaram metodologias

semelhantes apenas com nomes diferentes: Teoria da Escova e Housekeeping

respectivamente, com os mesmos objetivos da original buscando sempre a

Qualidade Total (SILVA, 2005). Já no Brasil o movimento chegou formalmente

em 1991, através de trabalhos pioneiros na fundação Christiano Ottoni. (LAPA,

1998)

Atualmente, existem varias versões dos 5S que contribuem com a filosofia

original, mediante da adição de outros S com diversas interpretações, porém

sempre mantendo os mesmos princípios básicos da pratica de bons hábitos.

(MARSHALL et al.,2006)

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2.2 Objetivos do programa

Segundo Silva (2005) o programa 5S tem como objetivo principal eliminar e

combater perdas e desperdícios nas empresas e indústrias, melhorar a qualidade

do ambiente de trabalho aumentando sua produtividade. Para isso é necessário

educar a população e o pessoal envolvido diretamente com o método a fim de

aprimorar e manter o sistema de qualidade na produção.

É importante a alteração no comportamento e atitudes do pessoal com o

passar do tempo. A conscientização dos integrantes da importância dos conceitos

e de como eles devem ser usados facilita a implantação do programa, assim

como define se o programa terá ou não sucesso.

O programa implantado e mantido adequadamente auxiliará na

reorganização da empresa ou instituição, facilitará a identificação de materiais,

descarte de itens obsoletos e melhoria na qualidade de vida e do ambiente de

trabalho para os membros da equipe.

Cada fase é intimamente ligada à outra, sendo também um pré-requisito

para a consolidação da fase seguinte. Uma vez iniciado o processo, fica mais fácil

dar continuidade à implantação do método. Consequentemente, haverá

consolidação do sistema da qualidade e melhoria do desempenho geral do setor.

2.3 Os 5 Sensos

2.3.1 Seire

Seire, ou senso de utilização, pode ser definido como saber utilizar e

separar sem desperdiçar. Aplica-se separando e identificando tudo o que é

necessário e desnecessário no local de trabalho, dando um destino adequado

para as coisas que não são uteis e separando os itens que são uteis em ordem de

importância e uso. Deste modo, possibilita a organização melhor do local com

ganho de novos espaços, diminuindo perda de tempo e desperdiço de recursos.

(GRANDA et. al., 2006)

Para Costa (2008) o conceito de Seire, é a união de 2 caracteres que

quando unidas transmitem a ideia de organizar efetivamente conforme a lógica,

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regras ou princípios, no qual a palavra “Sei” e “ri” significam: organizar e lógica

ou razão respectivamente.

2.3.1.1 Implantação do 1º S

Toda equipe deve saber diferenciar o útil do inútil, separar o que realmente

é necessário do que não é. Nesta fase, o trabalho começa a ser colocado em

ordem para que se utilize apenas o que for aplicável e necessário na atividade

desenvolvida, pois para qualquer atividade é importante ter o necessário em

quantidade adequada para facilitar a operação (SILVA, 2005)

Segundo Silva (1994) para praticar o senso da utilização as seguintes

verificações devem ser feitas:

• Descartar o que não é útil ou disponibilizar para outro setor que o

aproveite;

• Para o que é útil e necessário, definir um local adequado para mantê-lo;

• Eliminar tarefas desnecessárias;

• Evitar desperdícios e má utilização dos recursos disponíveis.

2.3.1.2 Benefícios da utilização

Para Silva (2005) inúmeros são os benefícios alcançados a partir da aplicação

do senso de utilização:

• Liberação de espaços;

• Redução do tempo de procura dos materiais, os tornando mais visíveis;

• Ambiente mais claro, confortável e fácil de manter limpo;

• Evita compra desnecessária de materiais já existentes;

• Aumenta produtividade e reduz custos;

• Melhor aproveitamento dos recursos disponíveis.

2.3.2 Seiton

A palavra Seiton vem da união de dois caracteres, “Sei”, com o significado

de organizar e “tom” que transmite a ideia de imediatamente ou de repente. O

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Senso de Ordenação pode ser interpretado como organizar para que o acesso a

informações/ objetos sejam rápidas e fáceis. (COSTA, 2008)

Ter Senso de Ordenação é saber definir locais apropriados e critérios para

estocar, guardar ou dispor materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios,

informações e dados, de modo a facilitar o seu uso, manuseio, localização e

guarda após uso (LAPA,1998). Definido facilmente com uma frase popular

bastante conhecida “manter cada coisa no seu devido lugar” ou “um lugar para

cada coisa e cada coisa em seu lugar”. (SILVA, 2005)

2.3.2.1 Implantação do 2º S

No senso de arrumação o conceito essencial é saber utilizar sem

desperdiçar e de forma organizada, para a gama de materiais classificados como

uteis e necessários na etapa anterior, deve-se propor uma forma adequada e

organizada de estocagem, sistematizando e padronizando, de modo a facilitar seu

uso e localização (GAVIOLI, SIQUEIRA, SILVA, 2009).

De acordo com Silva (1994) e Cassemiro (2002) as formas de praticar o senso

da organização são:

• Definir um local adequado para guardar os objetos, ferramentas,

documentos, etc.;

• Definir critérios para organizá-los;

• Guardar próximo os materiais utilizados com maior frequência;

• Guardar em locais mais afastados os que se utiliza com menor frequência;

• Padronizar a nomenclatura dos objetos;

• Criar um sistema de identificação visual – usar etiquetas, rótulos, cores

desenhos, etc.;

• Manter tudo no lugar após o uso;

• Guardar objetos diferentes em locais diferentes;

• Expor visualmente todos locais críticos, com sinalizações de perigo, faixas

etc.;

Para Silva (2005) a ordenação eficiente do material de trabalho deve ser

implantada com uma nomenclatura padronizada e divulgada dos arquivos, pastas,

documentos, salas, estoques, etc,. e com a indicação correta do local de

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estocagem. As pessoas devem saber onde procurar cada coisa quando

necessário e todos devem seguir as regras.

2.3.2.2 Benefícios da organização

Para Cassemiro (2002) os benefícios alcançados a partir da aplicação do

senso de utilização são:

• Rapidez e facilidade na procura de documentos e objetos;

• Facilidade no transporte interno, controle de pastas, documentos, arquivos,

alem de facilitar a execução do trabalho no prazo;

• Facilidade de limpeza no local;

• Redução de acidentes, como resultado de um local organizado;

• Facilidade na comunicação entre todos no local;

• Melhoria do ambiente de trabalho reduzindo esforço físico e mental;

• Racionalização das tarefas.

2.3.3 Seiso

O terceiro senso, o da limpeza, no seu sentido literal significa retirar as

sujeiras utilizando vassouras. Consiste em eliminar a sujeira ou objetos

estranhos, através da identificação de sua origem, resultando na manutenção de

um ambiente limpo (GAVIOLI, SIQUEIRA, SILVA, 2009). “O importante nesse

conceito não é apenas o ato de limpar e sim o ato de não sujar”. (LAPA, R.,

1998).

Segundo Silva (1994) “Cada pessoa deve limpar a sua própria área de

trabalho e, sobretudo, ser conscientizada para as vantagens de não sujar”.

2.3.3.1 Implantação do 3º S

Nesta terceira etapa, as pessoas devem saber a importância de estar em um

ambiente limpo e dos benefícios do ambiente com a máxima limpeza possível. O

ambiente limpo traduz qualidade e segurança. (SILVA, 2005)

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Para Silva (2005) e Costa (2008) na aplicação do terceiro S é importante que

as pessoas envolvidas aprendam e habituem em:

• Limpar os equipamentos após o uso para que o próximo encontre-o limpo;

• Aprender a não sujar e eliminar as causas da sujeira;

• Definir responsáveis por cada área e sua respectiva função;

• Manter os equipamentos, ferramentas, etc, sempre na melhor condição de

uso possível;

• Cuidar para que se mantenha limpo o local de trabalho, dando atenção

para os cantos e para cima, pois ali se acumula muita sujeira;

• Dar destino adequado ao lixo, quando houver;

• Fazer uma faxina geral, estabelecendo um horário para que todos façam

limpezas durante cinco ou dez minutos diariamente;

• Elaborar check list de todos os pontos dos equipamentos que mereçam

atenção especial durante a limpeza.

2.3.3.2 Benefícios da limpeza

De acordo com Cassemiro (2002) a aplicação do senso de limpeza

proporciona:

• Purificação dos postos de trabalho;

• Maior satisfação e qualidade de vida aos empregados em trabalharem em

ambientes limpos e agradáveis;

• Controle maior sobre o estado de equipamentos, máquinas etc.;

• Evita desperdícios ao se usar materiais e equipamentos da maneira

correta;

• Maior produtividade das pessoas, máquinas e materiais, evitando o

retrabalho;

• Evita perdas e danos de materiais e produtos.

2.3.4 Seiketsu

Seiketsu, também conhecido como senso de asseio, saúde, higiene ou

padronização, “Refere-se á preocupação com a própria saúde nos níveis físicos,

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mental e emocional.” (SILVA, 1994).

Para Lapa (1998) ter senso de asseio, significa ter condições físicas

favoráveis à saúde física e mental, é garantir um ambiente de qualidade no local

de trabalho, e para isso é preciso zelar pela higiene pessoal e cuidar para que as

informações e comunicados sejam de fácil compreensão.

2.3.4.1 Implantação do 4º S

Segundo Granda et. al. (2006), a aplicação do quarto S, refere-se à

execução dos três sensos anteriores de forma sistematizada, ou seja, manter o

descarte, a organização e implantar o padrão de limpeza de forma contínua, com

a preocupação e atenção com a própria saúde física, mental e emocional. Deve-

se trabalhar com uma padronização das atividades anteriores de forma

sistematizada com manutenção e monitoração dos estágios já alcançados para

que não retrocedam. O objetivo principal da padronização é fazer com que todas

as tarefas sejam cumpridas voluntária e rotineiramente da mesma forma, para

que os resultados sejam sempre aqueles esperados, a fim de melhorar o

desempenho da organização.

Segundo Cassemiro (2002), para praticar esse senso, deve-se:

• Ter os três S previamente implantados;

• Capacitar o pessoal para avaliar se os conceitos estão sendo aplicados

realmente e corretamente através de verificações e check lists;

• Eliminar as condições inseguras de trabalho, evitando acidentes ou

manuseios perigosos;

• Humanizar o local de trabalho numa convivência harmônica;

• Difundir material educativo sobre a saúde e higiene;

• Colaborar, sempre que possível, com o trabalho do colega;

• Cumprir com horários e procedimentos estabelecidos.

2.3.4.2 Benefícios do asseio

Para Costa (2008), os benefícios com a implantação e manutenção dos

quatro primeiros Sensos são diversas:

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• Melhoria no ambiente de trabalho e da produtividade;

• Manutenção de pontos críticos, como banheiros e sanitários;

• Reduz acidentes e proporciona um local de trabalho agradável;

• Melhorar a saúde geral dos funcionários, deixando-os bem dispostos;

• Facilita as relações humanas e combate as doenças;

• Divulga positivamente a imagem do setor, da instituição e dos funcionários.

2.3.5 Shitsuke

O quinto S, senso de autodisciplina, finaliza o ciclo dos 5 S. Este senso

esta vinculado a manutenção do programa, onde é necessário desenvolver o

senso de autodisciplina das pessoas para manter os níveis de organização e

qualidade pessoal e ambiental, redução de acidentes e de desperdícios, melhoria

do clima organizacional, entre outros. (CORREIA, 2010).

É o pacto da qualidade onde todos assumem o compromisso de manter as

normas, prazos e acordos estabelecidos nas fases anteriores a fim de aperfeiçoar

e dar continuidade ao programa, obtendo qualidade total e continua. (GRANDA et.

al, 2006).

O padrão de qualidade será atingido se todos os procedimentos adotados

nas 5 fases do Programa 5S estiverem documentados, ou fotografados, para que

se possa comparar a situação anterior com a atual.

2.3.5.1 Implantação do 5º S

Para o sucesso e manutenção do programa nesta fase, os colaboradores

entram com uma grande influência e importância. Eles devem habituar-se a seguir

as regras e procedimentos criados pelos sensos anteriores a fim de manter o

programa em funcionamento. (GAVIOLI; SIQUEIRA; SILVA, 2009).

Segundo Cassemiro (2002) para praticar esse senso deve-se:

• Compartilhar objetivos, visão e valores;

• Difundir regularmente conceitos e informações, educando para a

criatividade e inovação;

• Cumprir as rotinas com paciência e persistência;

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• Incorporar os valores do Programa 5S;

• Melhorar as comunicações em geral;

• Criar mecanismos de avaliação e motivação;

• Participar dos programas e treinamentos.

2.3.5.2 Benefícios da autodisciplina

Os benefícios da autodisciplina segundo Granda et.al. (2006) são:

• Melhoria continua a nível organizacional e entre as relações pessoais;

• Favorecimento do trabalho em equipe;

• Confiabilidade e credibilidade das informações;

• Eliminação do desperdício;

• Facilidade na execução das tarefas;

• Cumprimento dos requisitos de qualidade.

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3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste trabalho foi a Pesquisa Ação que consiste na

implantação do programa 5S no setor de envase de uma planta química

produtiva.

A pesquisa-ação como um dos inúmeros tipos de investigação-ação, é um

termo genérico para qualquer processo que siga um ciclo no qual se aprimora a

prática pela oscilação sistemática entre agir no campo da prática e investigar a

respeito dela. Planeja, implementa, descreve e avalia uma mudança para a

melhora de sua prática, aprendendo mais no correr do processo, tanto a respeito

da prática quanto da própria investigação (TRIPP, 2005).

De uma forma geral, fazer pesquisa-ação significa planejar, observar, agir e

refletir de maneira mais consciente, mais sistemática e mais rigorosa do que

fazemos na nossa experiência diária.

Assim como o nome implica, a pesquisa-ação visa produzir mudanças

(ação) e compreensão (pesquisa). A consideração dessas duas dimensões,

mudanças e compreensão, podem dar uma importante contribuição na

elaboração do projeto de pesquisa (RICHARDSON).

A pesquisa-ação procura a mudança, mas, uma mudança para melhorar.

Assim, os seus principais objetivos são: prática dos participantes, a sua

compreensão dessa prática, a situação onde se produz a prática, assegurar a

participação dos integrantes do processo, assegurar a organização democrática

da ação, propiciar compromisso dos participantes com a mudança

(RICHARDSON).

A primeira etapa, o diagnóstico, o pesquisador identifica e define o

problema, estabelecendo as possibilidades de diversas ações para solucioná-lo.

Nesta etapa, o pesquisador determina os princípios que orientarão a ação,

devendo saber como se produz o conhecimento e a posição dos sujeitos da

pesquisa. Por isso, é importante perguntar, questionar, analisar e escrever o

fenômeno investigado.

Definido o problema, o grupo discute o planejamento da ação, analisando

diversas possibilidades de ações que contribuam com a solução do problema. A

segunda etapa inclui a ação propriamente dita (RICHARDSON).

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Culminado este processo, a ultima etapa é a avaliação. Uma avaliação do

processo, dos resultados alcançados e da aprendizagem teórica.

Segundo Tripp (2005), igual a toda metodologia de pesquisa, as diversas

tendências ideológicas do pesquisador ou do grupo, influenciarão a escolha do

marco teórico, a interpretação dos resultados e as conclusões do trabalho.

3.1 Apresentação da planta produtiva

A planta química produtiva em estudo foi uma planta de uma indústria

química situada no Vale do Paraíba. O time é composto por 71 colaboradores

sendo divididos em quatro turnos e administrativo. Cada turno operacional é

composto por 1 supervisor de produção e 14 colaboradores, estes divididos em

operadores I, II e III de acordo com a função que desempenha. Na equipe

administrativa, fazem parte a gerente, a equipe de engenharia, a equipe de

programação e controle de processo, estagiários e aprendizes.

A produção da planta é de polímeros funcionais, com uma enorme

variedade de produto. São produzidos cerca de 100 diferentes produtos com

inúmeras aplicações:

• Adesivos, selantes, pintura, colante para fibras e materiais para construção;

• Detergentes e formuladores;

• Dispersões para papel;

• Químicos para construção;

• Químicos para couros e têxtil.

A fábrica possui reatores onde ocorrem as reações de polimerização, blow

downs, onde é feito a desodorização química, Stripper que utiliza vapor/vácuo

para fazer a desodorização física e tanques de estocagem, divididos em tanques

para produtos finais e tanques de matérias primas.

No setor de envase, local no qual este trabalho foca a implantação do

método 5S, localiza-se no ultimo andar da planta, nele trabalham-se 3 operadores

de envase e 2 operadores de transferência.

Os envases são feitos em caminhões, isotanques, contentores, tambores e

bombonas, com uma media de 200 toneladas de produto envasados por dia.

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Ao redor do pátio de envase existem 36 tanques em que são armazenados

os produtos finais, podendo ser descarregados diretamente ou passando por

peneiras vibratórias.

Para o processo de envase dos produtos, os operadores devem montar as

bombas a vácuo acoplando mangueiras com as juntas, preparar as peneiras e

organizar os tambores, container ou bombonas, e no caso de envase feito em

caminhões ou isotanques apenas 2 pontos de envase são possíveis devido a falta

de espaço físico.

Analisando toda planta, observa-se que este local é o mais critico em

relação à organização, limpeza e padronização por parte dos colaboradores que

ali trabalham. Nesse setor ocorrem muitos atrasos, tanto por fatores técnicos,

como produtos fora de especificação, atrasos de chegada de caminhões, etc.,

como também por fatores de organização. Esses atrasos resultam em atrasos na

produção, pois atrasando o envase, os tanques não podem ser liberados para

entrar uma nova produção, deixando reatores e blown downs em espera com

consequente perda de produtividade e demora na entrega de produtos aos

clientes.

Partes desses atrasos são devidos à falta de materiais em estoque no

almoxarifado como: peneiras, pás para retirada de resíduos que acumulam nas

peneiras, sacos que são colocados nos tambores, lacres, etc., ou demora em

montagem das mangueiras por não achar juntas ou ferramentas necessárias,

entre outros fatores relacionados à organização e falta de planejamento de

quantidades de estoques.

O setor de envase também é um local critico em relação à limpeza, devido

a vazamentos de produtos e falta de cuidado dos operadores durante a operação

de envase.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Implantação dos 5S no setor de envase

Inicialmente todos os funcionários da planta receberam um treinamento

sobre a metodologia 5S. Após o treinamento deu-se inicio a implantação do

programa na planta química. O responsável pela implantação do programa foi o

supervisor administrativo tendo o apoio de sua estagiaria, a autora deste trabalho,

na elaboração dos documentos, supervisão, acompanhamento e orientação dos

diversos grupos de trabalhos durante todo processo de implementação do

método.

As etapas de implantação dos 5S estão detalhadas a seguir.

4.1.1 Senso de utilização (Seire)

Nesta primeira etapa da implantação do programa 5S, todos os

funcionários da planta participaram de um treinamento sobre a metodologia, que

foi ministrado pela equipe de excelência operacional que atua no site, com

duração de 8 horas. O treinamento como etapa inicial é adotado pelas empresas

como forma de ensinar e conscientizar sobre o programa e seus benefícios.

O Treinamento é necessário para o entendimento dos envolvidos na

realização das atividades e bom desempenho do programa, pois é durante a fase

de treinamento que todos os aspectos da operação são passados e discutidos

entre o grupo e os organizadores.

Durante o treinamento, e após passada toda a teoria, os participantes

foram divididos em vários grupos, cada grupo foi para um local especifico da

planta com a missão de identificar tudo aquilo que não era útil naquele local, tais

como: objetos guardados a muito tempo que nunca foram utilizados ou com

pouca frequência de uso, coisas desnecessárias, tubulações em desuso,

maquinas e ferramentas quebradas, etc.

De modo geral, maioria das empresas estudadas que implantaram o

método 5S, como a perdigão (GRANDA, et. al., 2006), a Converteam

(PASQUALINI, 2008) e um setor de injeção termoplástica (CORREIA et. al.,

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2010), implantaram o senso da utilização através de uma equipe formada por 3 a

5 pessoas. Apenas essa equipe atuava levantando todos os objetos e

informações existentes no setor, classificando estes objetos entre necessários e

não necessários e identificando a frequência de uso.

Para a planta em estudo, nessa etapa de identificação e organização, a

participação de todos os funcionários tanto administrativo como operacional, e

não apenas da equipe responsável pela implantação do programa, foi de grande

importância para a conscientização da aplicação do método. Deste modo, cada

funcionário aprendeu a separar o útil do inútil na pratica, atuando sempre que

necessário.

Para essas identificações, foram distribuídas etiquetas amarelas e

vermelhas como apresentadas na figura 1, nelas deveriam ser escrito o nome do

colaborador, local, e o que deveria ser feito. As etiquetas vermelhas deveriam ser

coladas nos locais onde possuíam materiais desnecessários que poderiam ser

eliminados e as amarelas nos materiais que ainda eram úteis, porem precisavam

de manutenção ou deveria mudar de local para melhorar o layout facilitando a

passagem ou processo. Cada grupo elegeu um responsável para fazer um

controle de todas as etiquetas que foram coladas, os locais colados, assim como

a cor de cada etiqueta.

Figura 1. Etiquetas de identificação.

Depois de feita todas as identificações na área e com todos os

levantamentos de etiquetas coladas pela planta, os responsáveis pela

implantação do programa, desenvolveram planos de ações para cada um dos

quatro turnos e para o administrativo. Nesses planos de ações foram definidas as

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atividades a serem realizadas, responsáveis pela execução e os prazos. Sendo

as atividades mais complexas, como por exemplo, retirada de tubulações,

manutenção de bombas e equipamentos, etc., passadas para a equipe de

manutenção que atende a planta, e as atividades cabíveis a execução pelos

operadores, foram repassadas a eles.

Além dessa tarefa de identificação e organização feita com todos os

funcionários, foi feito uma verificação mais aprofundada, na sala de envase,

almoxarifado e locais relacionados ao setor pela estagiaria e seu supervisor. Foi

retirado tudo o que era desnecessário do local, eliminando ou dando outro fim

adequado. Alem da eliminação dos itens, foi feito uma limpeza, organização e

padronização de cada um desses locais.

Na figura 2 é apresentado um plano de ações, feito para o turno IV.

ITEM ARTIGO AÇÃO RESPONSÁVEL MANUTENÇÃO OPERAÇÃO PRAZO STATUS VERMELHA AMARELA2 Suporte para Mangueira Relocar Margarido x 01/09/2011 EXECUTADO x

3 Cantoneira de papelão Remoção Margarido x 01/09/2011 EXECUTADO x

4 Chave p/ ISO B410 confecção e definir local Margarido x 01/09/2011 Pendente x

5 Coletor de lixo errado Coletor correto de lixo Margarido x 15/10/2011 EXECUTADO x

6 Paralelepipido Retirar paralelepipido dos tambores Margarido x 01/09/2011 EXECUTADO x

7 Residuo Colocar no local adequado Margarido x 01/09/2011 EXECUTADO x

8 Botoeira de alarme Obstruido próximo ao R70 Margarido x 01/09/2011 EXECUTADO x

9 Cestos de filtros Remoção Margarido x 01/09/2011 EXECUTADO x

10 Suporte para Mangueira Relocar em frente ao R60 Margarido x 01/09/2011 EXECUTADO x

11 Escada com plataforma Dar destino ( descartar) Celio x 01/09/2011 EXECUTADO x

12 Equipamento limp. e util. Definir local e confeccionar suportes Margarido x 01/09/2011 Pendente x

13 Carrinho p/ tambor Remoção Margarido x 01/09/2011 EXECUTADO x

14 Suporte p/ container Definir local e identificar João Monteiro x 01/09/2011 Pendente x

15 Caixas de amostra Definir e identificar João Monteiro x 15/09/2011 EXECUTADO x

16 Sol. De hipofosfito Local inadequado João Monteiro x 01/09/2011 EXECUTADO x

17 TQ 21 e 18 Sem cabo de valvula no fundo João Monteiro x 01/09/2011 EXECUTADO x

18 Vidro Troca do vidro quebrado Bianco x 01/09/2011 Pendente x

19 Extintor Demarcar area Bianco x 01/09/2011 Pendente x

20 Ar condicionado consertar tomada Bianco x 01/09/2011 EXECUTADO x

21 Amostra local inadequado Retirar Bianco x 01/09/2011 EXECUTADO x

22 Sala de engenharia Organização geral Bianco x 15/10/2011 EXECUTADO x

23 Armario de EPI Identificar Bianco x 15/10/2011 EXECUTADO x

24 Cabos ( computador) Organizar Bianco x 01/09/2011 EXECUTADO x

25 Botoeira do R20 Retirar Bianco x 01/09/2011 EXECUTADO x

26 Tampa met próx ao B10 Fixar e pintar Bianco x 01/09/2011 EXECUTADO x

27 Piso 7,5m Demarcar area Bianco x 01/09/2011 EXECUTADO x

28 Vazamento persulfato ( B61) Sanar vazamento Bianco x 01/09/2011 Pendente x

29 Deterioramento Repintura no piso de 10 e 12 m Bianco x 01/09/2011 Pendente x

30 Bombona de vermiculita Definir e demarcar local Bianco x 01/09/2011 Pendente x

31 TQ B82 ( desativado) Retirar Faria x 01/09/2011 Pendente x

32 Lixo ( shiene e B1100) Demarcar area Bianco x 01/09/2011 Pendente x

33 Plataforma da escada (R90) Fixar Bianco x 01/09/2011 EXECUTADO x

34 Suporte de parede Retirar Marcelo x 01/09/2011 EXECUTADO x

35 Valvula da do R401 prox a A4 Colocar cabo de valvula Marcelo x 01/09/2011 EXECUTADO

36 Rampa e rolete Definir e demarcar local Marcelo x 01/09/2011 Pendente x

37 Balança A4( botoeira e tubulação) Remoção Marcelo x 01/09/2011 Pendente x

38 Tub de vapor banho maria (antigo) Remoção Marcelo x 01/09/2011 Pendente x

CLASSIFICAÇÃO ETIQUETA

PLANO DE AÇÃO 5 S (turno 4)

Figura 2. Plano de ações 5S.

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Resultados obtidos:

Na atividade realizada com os colaboradores, foram identificados na planta

muitos itens desnecessários como: ferramentas quebradas, tubulações em

desuso por muitos anos apenas ocupando espaço e deteriorando com o tempo,

equipamentos que podiam ser descartados ou que precisavam de manutenção e

objetos que deveriam ser mudados de local para facilitar operações. Um total de

238 ações foram identificadas, sendo que 56 ficaram de responsabilidade dos

colaboradores da planta em executar e 182 foram passadas para a equipe de

manutenção que atende a planta.

Pode-se notar na figura 2 que muitas das atividades não foram executadas

no prazo estipulado, porem na figura 3 verifica-se que as atividades de

responsabilidade dos operadores foram todas realizadas ate o prazo determinado,

sendo a grande maioria não atendida de responsabilidade da manutenção.

Houve empenho e dedicação dos funcionários da planta com a implantação

do primeiro S, cumprindo o que lhes foram passados e nos prazos definidos.

Para que o programa alcance sucesso é necessário comprometimento de

todas as escalas de hierarquia. A implantação de um programa 5S exige o

comprometimento da alta direção e depende da participação de todos os

funcionários (GAVIOLI, SIQUEIRA, SILVA, 2009).

ITENS DE AÇÃO - 5S

OPERACIONAL PENDENTE

MANUTENÇÃO PENDENTE

TOTAL

ADM 18 0

53 41

71 TURNO 1 12 0

55 42 67

TURNO 2 6 0 25 19 31 TURNO 3 8 0 24 17 32 TURNO 4 12 0 25 13 37

56 0

182 132 238

100% Realizado

27% Realizado

Figura 3. Acompanhamento do plano de ações 5 S.

Como resultado final, observou-se uma melhora significativa no ambiente

de trabalho e uma participação efetiva dos colaboradores nessa primeira etapa.

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Obteve-se um ambiente de trabalho com maior espaço físico, mais organizado,

com equipamentos e maquinas funcionando devidamente.

De um modo semelhante, um setor de injeção termoplástica, que atua na

produção de sandálias, tamancos, chinelos e placas de E.V.A., obteve também

resultados bastante satisfatórios de ganho de espaços com a aplicação do senso

de utilização e organização. Para esse setor, o resultado dessa etapa foi na

racionalização de 22% na utilização da área total de 74,37 m2 (CORREIA et. al.,

2010).

4.1.2 Senso de organização (Seiton):

Nesta segunda etapa, foi feito uma organização nos locais relacionados ao

setor de envase. No almoxarifado, local onde ficam guardados os materiais

utilizados no processo de envase, como: peneiras, lacres, pás, sacos,

ferramentas em geral, foi feito uma limpeza retirando tudo que não era útil. Todos

os materiais necessários foram separados e organizados em caixas apropriadas.

Determinou-se uma etiqueta padrão com o código e o nome de cada material, e

estas foram coladas em cada caixa.

De inicio decidiu colocar nessas etiquetas quantidades máximas e mínimas

que deveriam ser mantidas para cada material, deste modo não haveria excesso,

que alem de ocupar espaço no local acaba estragando com o tempo, e nem

faltaria. Porem percebeu durante a implantação desse método, que ter quantidade

mínima e máxima não era muito viável. Perdia-se muito tempo contando os

materiais, que de certo modo vai contra o programa que objetiva gastar menos

tempo com as atividades. Decidiu-se então apenas identificar o local com

etiquetas contendo nome e código, e a quantidade a ser mantida foi definida

visualmente.

A empresa valoriza a gestão visual, gestão de pessoas e utiliza como

premissa, o empenho do empregado ao enxergar cada coisa em seu lugar. O

segundo S consiste basicamente no empenho em organizar o local de trabalho

utilizando a dinâmica em oferecer e manter apenas o necessário.

Segundo Monteiro (2010) antes de iniciar o 5S, deve-se registrar o

ambiente de trabalho através de fotografias, filmagens e documentos utilizados no

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controle das atividades diárias, para comparações antes e após a implantação da

ferramenta. Em uma das etapas de aplicação do método, a organização costuma

fazer registros através de fotos e comparar a permanência do estado.

Adotamos essa pratica de registrar em fotos todas as etapas de

implantação do programa para comparações e analises.

Na figura 4 e 5 pode-se ver como era o almoxarifado antes e após a

implantação do senso de organização:

Figura 4. Almoxarifado desorganizado.

Figura 5. Almoxarifado organizado.

Foram também colocadas caixas de ferramentas, apresentada na figura 6,

no setor de envase. Cada ferramenta teve seu local de guarda definido, facilitando

na organização do setor e na redução do tempo de procura.

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Figura 6. Caixas de ferramentas

E por fim, a sala de envase foi organizada seguindo um padrão utilizado

em todos os escritórios, gavetas e armários da planta. Foram colocadas etiquetas

de identificação com um padrão de cores: etiquetas verdes para identificar

gavetas ou armários pessoais, azul para documentos e branca para outros, como

apresentada na figura 7.

Essas etiquetas de identificação facilitaram na localização de documentos,

artigos de escritório, objetos pessoais, etc.

Figura 7. Etiquetas padrões do 5S.

Resultados obtidos:

Os resultados obtidos nessa segunda etapa foram bastante satisfatórios, o

almoxarifado foi organizado e mantido organizado pelos operadores, as

quantidades de cada material foram sempre mantidas numa quantidade ideal, não

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tenho nenhum problema com falta e nem excesso, o que ocorria com frequência

antes da implantação do programa. Houve também um ganho de tempo no

processo de envase, pois ficou muito mais fácil de achar os materiais e

ferramentas.

Com a colocação de caixas de ferramentas no setor, facilitou muito para os

operadores realizarem suas tarefas, ficou muito mais rápido e fácil localiza-las,

alem do local ficar mais organizado e melhor de se trabalhar.

Com a utilização de etiquetas de identificação, a procura de documentos e

outros materiais ficaram mais fáceis, não sendo mais necessário abrir todas as

gavetas e armários para se achar o que procurava. Visualmente o ambiente ficou

mais limpo e agradável, pois antes da pratica do 5S era comum entre os

operadores colarem etiquetas feitas a mão em todos os lugares, o que poluía o

local.

Assim como a experiência vivida em uma empresa especializada em

fabricação de motores elétricos, logo no inicio da aplicação dos 3 primeiros

sensos verificou a mudança visual da fábrica em relação à limpeza e

principalmente a organização dos espaços. Especialmente na área de estoques, a

mudança foi significativa e visivelmente perceptível. Os itens de estoques ficaram

mais organizados, identificados, os corredores livres, e “cada coisa no seu lugar”,

utilizando sinalização por nomes (GAVIOLI, SIQUEIRA, SILVA, 2009).

4.1.3 Senso de limpeza (Seisou):

Para a implantação do senso de limpeza no setor, foi desenvolvido um

formulário dos responsáveis pelas áreas como apresentado na figura 8. Dividiu-

se a planta em varias áreas e escolheu um colaborador que trabalha naquele

local para ficar responsável pela verificação de limpeza e organização. Também

ficaram responsáveis pelos cuidados dos equipamentos e maquinas deixando-os

nas melhores condições de uso possível e no local determinado na etapa do

senso de organização.

Quando feita a troca de turno, o colaborador que saia tinha que deixar sua

área organizada e limpa e o turno que entrava fazia o check list.

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Deste modo a limpeza ficou de total responsabilidade dos operadores que

trabalhavam no local, o que de certo modo, fazia com que eles tomassem mais

cuidado na hora de sujar prestando mais atenção nas causas das sujeiras.

A cada semestre trocava-se os colaboradores responsáveis em fazer o

check list dos 5S, para que todos participassem e habituassem a realizar a

limpeza do local de trabalho.

Uma empresa fabricante de latas de alumínio no Rio de Janeiro também

adotou procedimentos de check list para a implantação do senso de limpeza

porem de modo diferente. Nessa empresa, cada empregado ficou responsável por

uma área geralmente diferente da área em que trabalha e a cada 2 meses era

realizado um revezamento com o preenchimento do check list, identificando

oportunidades e montagem de um plano de ação (MONTEIRO, SILVA, COSTA,

2011).

TURNO I LOCALIZAÇÃO RESPONSÁVEL

PRÉDIO B 121 0 m

Operador A

PRÉDIO B 135 0 m

Operador A

PRÉDIO B 135 5,5 mCOATER READYTANQUES DE CONCRETO Operador B

PRÉDIO B 141 0m

Operador C

PRÉDIO B 141 - LABORATÓRIO 2,5 m

Operador B

PRÉDIO B 141 - PRODUÇÃO 5,5 mSALA DE CONTROLESALA DOS SUPERVISORES Operador D

PRÉDIO B 141 - PRODUÇÃO 8,5 m

Operador E

PRÉDIO B 141 - PRODUÇÃO 10 m

Operador F

PRÉDIO B 141 - PRODUÇÃO 12 m

Operador G

PRÉDIO B 141 - PRODUÇÃO 14 m

Operador G

5 S / RESPONSÁVEIS PELO CHECK LIST DAS ÁREAS

VIGÊNCIA FEV/12

Figura 8. Responsáveis pelos check lists.

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Para Costa (2008) o check list, ou seja, a lista de verificação e a definição

de critérios de avaliação são essenciais para o diagnóstico da situação para que

sejam tomadas as ações corretivas. Além disso, devem ser elaboradas sobre

medidas, com a participação dos interessados e os resultados das avaliações

devem ser apresentados de forma simples e objetiva. Na figura 9 apresenta-se o

check list utilizado na planta produtiva:

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Separar - S1 (Separar o que é necessário do não necessário) Sim NãoOs critérios referentes aos itens necessários e não necessários foram definidos.Todos os itens não necessários foram removidos.A área de segurança foi definida. (área de quarentena)Os itens e responsabilidades relativos à área de quarentena foram definidos.Ocorreu atraso na definição dos itens e responsabilidades referentes à área de quarentena.Todos os itens necessários foram definidos (min e max).O sistema de prevenção de empilhamento de itens foi estabelecido.Todos os colaboradores estão envolvidos nas Ações 5S.Sistematizar – S2 (Organizar o que ficou como necessário) Sim NãoA otimização do layout foi realizada. (distância, aspectos ergonométricos, etc.)Os objetos específicos em lugares específicos foram definidos.As etiquetas foram organizadas e implementadas.Todos os itens relativos à sistematização encontram-se organizados e de fácil acesso (ferramentas, etiquetas, fitas de segurança).Todos os colaboradores estão cientes das respectivas localizações dos itens.A visualização da quantidade de estocagem é clara (mínima e máxima).Todas as ferramentas e instrumentos de fácil visualização estão sendo utilizados (etiquetas, painéis, códigos, gravuras, etc).Visualização fácil dos itens que estão faltando. As áreas de passagem e de estocagem foram definidas.Sanear - S3 (Limpar o local de trabalho) Sim NãoTodas as áreas encontram-se limpas e organizadas (áreas de trabalho e de descanso, sala de controle, escritório, etc).Os pisos, paredes e janelas encontram-se limpos e organizados (livre de óleo, sujeira, etc).Procedimentos de Limpeza estão devidamente sendo aplicados.Os equipamentos estão em boas condições de uso.As lixeiras e os respectivos materiais de limpeza estão posicionados em lugares de fácil acesso. Todos os manuais, etiquetas, quadros estão em boas condições.Todas os materiais (canos, áreas de perigo e de passagem, etc) foram devidamente etiquetados de acordo com o procedimento 5S.As linhas de demarcação de segurança estão sendo obedecidas e encontram-se em boa condições.As linhas de segurança estão sendo utilizadas para manter a segurança.O controle das linhas de segurança foram definidos.Solidificar: S4 (Padronizar/ Identificar) Sim NãoTodas as operações foram padronizadas – Limpeza , Manutenção, etc.Todos os operadores estão envolvidos no desenvolvimento de normas e procedimentos.Os colaboradores foram instruídos (normas).As normas refletem às melhores práticas.Os procedimentos/normas são seguidos pelos colaboradores.As normas são procedimentos fáceis de serem aplicados.As idéias de melhoria são regularmente oferecidas pelos colaboradores e fábrica. (melhoria contínua).

As ações relacionadas às ideais de melhoria são aplicadas.Os colaboradores são regularmente informados a respeito dos KPIs e respectivos objetivos.As informações e status dos procedimentos são atualizados nos quadros de avisos.As informações e status são simples e claras.Os colaboradores são sempre informados e atualizados de novas ações.Foram definidos novos procedimentos e normas a serem introduzidos para a manutenção do novo padrão 5S.As responsabilidades e freqüência das atividades encontram-se na listagem 5S.Os novos procedimentos são claramente visualizados nos quadros de avisos.Sustentar: S5 (Manter) Sim NãoOs colaboradores são informados regularmente.Os resultados positivos do 5S são informados regularmente.Celebração do Sucesso.Método de Recompensa (Sucesso)A foto do Processo Antes e Depois é apresentada.Os objetivos do 5S de cada colaborador e sua respectiva área são definidos e atingidos.O gerenciamento para atingir os objetivos do 5S é um ideal.APLICAÇÃO DO CHECK LIST:

TURNO - TODO PRIMEIRO DIA DE CADA TURNO (DIA OU NOITE)ADM - TODA QUARTA-FEIRA

PISO DATA

Área - NOME / MATRICULA / TURNO

Lista de Verificação – 5S Follow-up

ASSINATURA

Figura 9. Check list.

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Resultados obtidos:

Após a implantação dessa terceira etapa, pode-se perceber de modo geral

todos os locais mais limpos. Os colaboradores tiveram mais cuidado de não sujar,

prestando mais atenção e tomando mais cuidado na pratica de suas atividades.

Os check lists passaram a ser adequadamente feitos pelos responsáveis, e

todos passaram a colaborar mais com a limpeza do ambiente. No verso de cada

check list tinha um espaço para comentários, e ali os colaboradores colocavam

sugestões, ações, equipamentos encontrados em mal estado de uso ou

quebrados, etc. No final de mês, a estagiaria verificava todos os check lists e dava

uma tratativa adequada. Consertos de equipamentos, de maquinas e outras

ações levantadas eram adicionadas aos planos de ações discutidos

anteriormente, nomeando um responsável pela execução com um prazo.

Diferente de uma empresa fabricante de embalagens alumínio

(MONTEIRO, SILVA, COSTA, 2011) e outra fabricante de motores elétricos

(GAVIOLI, SIQUEIRA, SILVA, 2009), que adotaram dias para se fazer uma faxina

geral na fabrica, denominados dia D ou dia da limpeza, na planta produtiva a

adoção check list com nomeação de responsáveis para faze-los a cada troca de

turno, foi vista como mais eficaz pois cria o habito nos colaboradores em manter

limpo e organizado todos os dias e não apenas em um dia especifico.

De acordo com Ribeiro (2006) que diz em seu livro A bliblia do 5S, da

implantação a excelência, o senso prioriza a necessidade de manter da forma

mais limpa possível o espaço de trabalho. A limpeza, nas empresas japonesas, é

uma atividade diária. O foco deste procedimento é lembrar que a limpeza deve

ser parte do trabalho diário, e não apenas uma atividade ocasional quando os

objetos estão muito desordenados.

Segundo Godoy et al (1999) uma boa maneira de observar os resultados

do programa é o registro do “antes e depois” da implantação, pois serve de

documento e permite que as modificações sejam divulgadas, principalmente para

os participantes do programa. Dessa forma, foram registradas fotografias dos

locais de trabalho antes e depois da aplicação do método, para melhor

comparação dos resultados apresentados visualmente.

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Nas figuras que seguem, podemos verificar algumas mudanças positivas de

limpeza e organização no local após a implantação do programa 5 S:

Na Figura 10 e 11 podemos obsevar o local onde eram armazenadas as

matérias primas antes e após a implantação do senso de limpeza:

• Sacos abertos sobre os paletes;

• Material de fracionamento espalhado;

• Sacarias mau empillhadas e jogadas no chão;

• Paletes fora do box.

Figura 10. Local de armazenamento de matéria prima antes após a implantação

do senso de limpeza.

• Residual de matérias primas sobre o chão entre os paletes;

• Paletes fora do box de estocagem;

• Sacarias mau empillhadas e jogadas no chão.

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Figura 11. Estoque de matéria prima antes e após a implantação do senso de

limpeza.

Na figura 12 podemos observar como estava sujo e cheio de vegetação os

pátios antes da implantação do senso de limpeza e na figura 13 a melhoria após a

limpeza do local.

• Local com excesso de vegetação e restos de obra.

• Mangueiras espalhadas;

• Local com falta de identificação;

• Vegetação nas bases dos tanques.

Figura 12. Pátios da planta antes a limpeza.

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Figura 13. Pátios da planta depois da limpeza.

4.1.4 Senso de asseio (Seiketsu):

Nesta quarta etapa, o senso de asseio ou padronização é a conservação

da limpeza e da organização obtidas anteriormente através do estabelecimento

de normas e rotinas. Para isto, a planta produtiva adotou check list dos 5S e

planos de ações apresentados anteriormente, para manter a inspeção e controle

do programa.

Sabe-se que a maior dificuldade da implantação efetiva de um programa de

qualidade é a mudança cultural das pessoas que compõem a organização, em

todos os níveis hierárquicos, barreira imposta caracterizada como paradigma a

ser rompido com o tempo e com a persistência. A aplicação dessas normas e

rotinas de inspeção impostas no inicio, facilita na formação de hábitos, porem

para que os resultados sejam efetivos ao decorrer do programa, é de suma

importância a mudança de cultura dos envolvido, e rompimento da resistência a

mudança (CORREIA, et. al., 2010).

É importante destacar que o Programa 5S não assegura qualidade à

organização, apenas auxilia na criação de condições necessárias à implantação

de projetos de melhoria contínua. É um sistema que organiza, mobiliza e

transforma pessoas e organizações (MONTEIRO, SILVA, COSTA, 2011).

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Outro método adotado nessa fase de verificação foi uma inspeção diária,

no qual toda manhã no inicio do expediente administrativo, ou o supervisor ou a

estagiaria, faziam rondas em toda a planta, tirando fotos do que estava fora do

lugar, atitudes inadequadas dos colaboradores, uso inadequado de ferramentas, e

da organização e limpeza do local. Após essas verificações as fotos eram

enviadas frequentemente para os supervisores dos turnos, que ficavam

responsáveis em conversar com o seu turno e orienta-los e adequar-se a

proposta de organização da planta.

Nas figuras 14, 15 e 16 são apresentadas algumas inadequações na

inspeção diária.

• Palete com matéria prima sob o chuveiro de emergência;

• Ferramenta jogada próximo ao tambor de matéria prima;

• Papéis jogados pelo chão e paletes para sucata espalhados em vários

locais;

• Paletes empilhados de forma inadequada;

• Materia prima jogada no chão;

• Sacos de matérias primas desorganizados.

Figura 14. Inspeção diária 5 S.

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• Materiais auxiliares para a descarga de CRT`s e Isos espalhados pelo

Parque de Tanques;

• Contentores com restos em locais indevidos ;

• Ruas completamente tomadas por embalados;

• Dois comboios de carretinhas parados a espera do carregamento.

Figura 15. Inspeção diária 5 S.

• Vazamento de produto;

• Equipamento amarrado com cordas;

• Contentores cheios de água de chuva;

• Palete na frente de porta;

Figura 16. Inspeção diária 5 S.

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Resultados obtidos:

Os resultados das rondas feitas diariamente foram melhorando com o

tempo, no inicio, eram tiradas muitas fotos de atitudes inadequadas, sujeira,

desorganização, etc, cerca de 20 fotos num dia, com o passar do tempo esse

numero de fotos foram diminuindo ate que em alguns dias não achava nada

inadequado para se tirar foto.

A partir desse fato, pode-se perceber maior empenho dos colaboradores

em manter a planta organizada e limpa. Os colaboradores habituaram em ver a

atitude errada ou sujeira, e imediatamente consertar antes que fosse tirada a foto.

Caso não haja comprometimento dos colaboradores assim como da alta

direção da empresa, o programa não funcionará, como constata a pesquisa

Sebrae feita em 2000, sobre a Gestão da Qualidade Total aplicada nas empresas

de serviços. Nela verificou-se que, dos programas 5S implantados pelas

empresas, 72% fracassaram devido à falta de comprometimento (GAVIOLI,

SIQUEIRA, SILVA, 2009).

4.1.5 Senso de autodisciplina (Shitsuke):

Esse ultimo S é o mais complexo de todos, por se tratar hábitos que devem

ser incorporados pelos colaboradores com o tempo. Deste modo essa etapa foi

implantada pela conscientização da importância do 5S a partir dos resultados

obtidos e repassado para todos colaboradores da planta em forma de

apresentações fixadas nos murais de gestão à vista.

Como a implantação do 5S começou a menos um ano na planta, o

programa ainda continua em andamento, já foram implantado todos os 5 sensos

porem para a manutenção do programa, continua-se fazendo os planos de ações

adicionando tarefas e retirando as que já foram feitas, os check lists de limpezas e

as rondas de inspeção. O programa não tem um tempo definido de duração, o

andamento e a manutenção são necessários para obter a qualidade continua no

ambiente.

É importante destacar que implantar o Programa 5S não é apenas traduzir

os termos e estudar seus conceitos. Sua essência é mudar atitudes, pensamento

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e comportamento do pessoal. Garantindo assim, o melhoramento contínuo do

local e dos seus colaboradores (MONTEIRO, SILVA, COSTA, 2011)

O programa 5S é uma jornada sem fim. O 5S é uma ferramenta que busca

melhorar as condições de trabalho, através da autodisciplina, tendo como

consequência bons resultados para empresa. Como o hábito não deve ser visto

como uma ação conveniente e momentânea, mas algo que se planta através de

investimento em educação e treinamento. A aplicação do 5S não consiste apenas

em implementar um programa, mas sim em manter bons hábitos. (MONTEIRO,

SILVA, COSTA, 2011)

Resultados obtidos:

Com os resultados obtidos nas 4 etapas anteriores, pode-se dizer que o

programa foi adequadamente implantado e com resultados bastante satisfatórios,

teve-se bastante empenho e dedicação por parte dos funcionários para que o

método 5S fosse implantado e vem sendo mantido ate os dias atuais.

Os resultados obtidos até o momento foram apresentados para os

funcionários através de uma apresentação de acompanhamento dos 5S

colocados nos murais de gestão à vista, espera-se que com o tempo todos

colaboradores criem hábitos de organização e limpeza para uma continua

manutenção do programa 5S contribuindo com a qualidade total na produção.

Segundo Lee (2006) “apud” Ribeiro (2009), com a implantação dos 5 "S", a

redução de risco de acidente em função da organização e padronização é de

70%, a melhoria do layout interno reduz entre 5 a 60%, o aumento da

produtividade é de 15 a 50%, a melhoria é significante relacionada quanto ao

envolvimento e ao comprometimento, a movimentação excessiva é eliminada com

a organização e padronização com redução de 20 a 50% e a disciplina é o ponto

máximo para a busca de novas melhorias.

Embora não se tenha feito nenhuma quantificação dos resultados da

implantação do programa 5S na planta em estudo, observou-se visualmente uma

melhoria significativa em todos esses pontos.

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5 CONCLUSÕES

A partir de todos os resultados obtidos, verifica-se que o método 5S é

bastante eficaz e com resultados bastante positivos para programas de qualidade

e produtividade.

A aplicação do método foi fácil e simples, porém foi necessário a

participação, dedicação e empenho de todos envolvidos para que o método

atingisse o sucesso.

Tanto no setor de envase como em toda a planta produtiva, os resultados

do método foram bastante satisfatórios. A organização e limpeza do local foi o

resultado mais nítido da eficácia do programa.

Pode-se afirmar que os objetivos do trabalho foram alcançados. Após a

implantação do programa, obteve-se um ambiente de qualidade, com mais

organização, limpeza e espaço físico para o operador trabalhar, com redução de

desperdícios.

No quesito de produtividade, além de não ter sido feito nenhuma analise

quantitativa para verificação do método, é notório qualitativamente que teve um

aumento, observando-se um maior fluxo na produção com menores atrasos de

entrega aos clientes.

Por fim, o programa 5S contribuiu concretamente para a melhoria da

qualidade na empresa, uma vez que aumentou a consciência sobre a forma

correta de utilização e organização do ambiente físico de trabalho.

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