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Universidade Católica do Salvador Sistema Tributário Nacional Prof. Marco Viana

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Universidade Católica do SalvadorSistema Tributário Nacional

Prof. Marco Viana

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Sistema Tributário Nacional

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1. Conceito de Tributo:

Código Tributário Nacional – CTN Lei nº 5.172, de 21.10.1966, art. 3º

toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – CTN, art. 3º.

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2. Elementos do Conceito de Tributo ( I ):

a) prestação pecuniária:

o tributo é pago em moeda corrente nacional ou por outras vias conversíveis em pecúnia – ex.: pagamento de tributo com TDP, em TDA ou mediante dação em pagamento – CTN, art. 156, XI;

b) prestação compulsória:

quitação exigível independentemente da vontade do contribuinte;

c) obrigação que não constitui sanção por ato ilícito:

o valor devido a título de tributo não se confunde com o valor devido a título de multa por prática de infração

fiscal. (Lei nº 4.320/64, art. 11, par. 1º) – segue.

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2. Elementos do Conceito ( II ):

d) obrigação instituída em lei:

a instituição e o aumento de tributos devem obedecer ao princípio da legalidade (CF/88, art. 150, I; CTN, art. 97, II);

Exceções:

a) CF/88, art. 153, I, II, IV e V: II, IE, IPI, IOF: alíquotas alteráveis por ato do Poder Executivo;

b) CF/88, art. 154, II: imposto extraordinário p/ o caso de guerra ou sua iminência;

c) CF/88, art. 62 e §. 2º: instituição e majoração de tributos por medida provisória em caso de relevância e urgência – segue.

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2. Elementos do Conceito de Tributo ( III ):

d) obrigação instituída em lei:

a instituição e o aumento de tributos devem obedecer ao princípio da legalidade (CF/88, art. 150, I; CTN, art. 97, II);

Exceções:

d) CF/88, art. 74, § 1º, do ADCT: alíquota da CPMF alterável por ato do Poder Executivo;

e) CF/88, art. 177, § 4º, I, b): alíquota da CIDE alterável por ato o Poder Executivo;

f) CF/88, art. 155, § 4º, IV: alíquotas do ICMS -combustíveis, definidas mediante deliberação dos Estados e do DF.

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2. Elementos do Conceito de Tributo ( IV ):

e) obrigação cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada,

porque

as competências e a forma de atuação dos entes federativos no plano tributário são regradas por lei.

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3. Espécies Tributárias:

3.1. imposto – CF, 145, I; CTN, 16 a 18;

3.2. taxa – CF, 145, II; CTN, 77 a 80;

3.3. contribuição de melhoria – CF, 145, III; CTN, 81 e 82;

3.4. empréstimos compulsórios – CF, 148;

3.5. contribuições especiais – CF, 149, 149-A, etc..

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3.1. O Imposto:

a) Noção:

tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte (CTN, art. 16);

b) Natureza:

tributo não vinculado: não relacionado a qualquer atividade estatal específica relativa à pessoa do contribuinte;

tributo contributivo: encontra sua justificativa principal na capacidade econômica do contribuinte.

c) Competências:

CF/88, arts. 153 a 156.

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3.1. O Imposto:

d) Obs.:

1) CF/88, art. 154, I: competência residual da União Federal – requisitos formais e materiais a serem observados;

2) CF/88, art. 145, § 1º: sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal;

3) CF/88, art. 145, § 1º: sempre que possível, os impostos terão graduados de acordo com a capacidade econômica do

contribuinte;

4) CF/88, art. 167, IV: proibição de vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa – ressalvas.

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3.2. A Taxa:

a) Noção:

tributo cuja obrigação tem por fato gerador:

1º) o exercício regular do poder de polícia (taxas de polícia);

ex.: TLF – taxa de licença de instalação e funcionamento.

2º) a utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ou colocado à disposição do contribuinte (taxas de serviço);

ex.: taxa judiciária;

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3.2. A Taxa:

b) Natureza:

tributo vinculado: relacionado a contraprestações estatais específicas relativas à pessoa do contribuinte;

tributo comutativo ou retributivo: justificativa reside no princípio do custo-benefício ou da equivalência;

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3.2. A Taxa:

c) Competências:

CF/88, arts. 145, II; CTN, arts. 77 a 80;

d) Obs.:

as taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos – CF/88, art. 145, § 2º;

as taxas distingue-se de outros ônus, tais como os preços públicos e os preços privados, indistintamente chamados de “tarifas”.

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3.2. A Taxa X Outros Ônus:

Regime Jurídico

Titularidade da Arrecadação

Natureza Jurídicada Receita

Majoração

Taxa Direito Público

Estado receita pública observa o princípio da legalidade

Preço Público

Direito Público

Concessionárias e Permissionárias de serviços públicos

receita privadanão observa o princípio da legalidade tributária

Preço Privado

DireitoPrivado

Quem quer que atue sob regime

privadoreceita privada

não observa o princípio da legalidade tributária

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3.3. A Contribuição de Melhoria:

a) Noção:

tributo cuja obrigação tem por fato gerador arealização de obra pública da qual decorra valorização imobiliária – CTN, art. 81;

b) Natureza:

tributo vinculado;

c) Competências:

CF/88, arts. 145, III; CTN, arts. 81 e 82.

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3.3. A Contribuição de Melhoria:

d) Lei Instituidora – Características – CTN, art. 82, I, II e III:

1ª) veicula informações sobre todos os aspectos relevantes da obra (memorial descritivo, orçamento, parcela do custo a ser custeada pela contribuição, zona beneficiada, fator de

absorção);

2ª) fixa prazo (não inferior a 30 dias) para impugnação de quaisquer dos aspectos da obra;

3ª) regulamenta o processo administrativo de impugnação a aspectos da obra e seu julgamento.

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3.3. A Contribuição de Melhoria:

e) Limites:

total: a despesa “realizada”;

individual: a valorização adicionada ao imóvel.

f) Obs.:

por ocasião do lançamento, o contribuinte deverá ser notificado a) da forma e dos prazos de pagamento e b) dos elementos do cálculo.

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3.4. O Empréstimo Compulsório:

a) Noção:

tributo instituído mediante lei complementar,

1º) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência –

CF/88, art. 148, I;

2º) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional – CF/88, art. 148, II.

b) Obs.:

não confundir: empréstimo compulsório (espécie tributária) com depósito compulsório bancário (instrumento de política monetária).

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3.4. O Empréstimo Compulsório:

b) Natureza:

tributo não vinculado ( ? ) – CF/88, art. 148, Par. único;

c) Obs.:

E.C. do art. 148, I não observa o princípio da anterioridade;

E.C. do art. 148, II observa o princípio da anterioridade.

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3.5. As Contribuições Especiais:

a) Noção:

receitas derivadas compulsórias destinadas ao custeio de atividades específicas atribuídas ao Poder Público;

b) Espécies ( I ):

1. contribuições de custeio da seguridade social: CF/88, art. 195.

2. contribuições residuais de custeio da seguridade social: CF/88, art. 195, § 4º.

3. contribuições sociais gerais (“outras” contribuições sociais): CF/88, art. 149, caput, parte inicial.

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3.5. As Contribuições Especiais:

a) Noção:

receitas derivadas compulsórias destinadas ao custeio de atividades específicas atribuídas ao Poder Público;

b) Espécies ( II ):

4. contribuições de custeio da previdência dos servidores públicos: CF/88, art. 40 + 149, § 1º.

5. contribuições de intervenção no domínio econômico: CF/88, art. 149, caput, segunda parte.

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3.5. As Contribuições Especiais:

a) Noção:

receitas derivadas compulsórias destinadas ao custeio de atividades específicas atribuídas ao Poder Público;

b) Espécies ( III ):

6. contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas (contribuições corporativas): CF/88, art. 149, caput, parte final + 8º, parte final.

7. contribuição de iluminação pública: CF/88, art. 149-A.

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3.5. As Contribuições Especiais:

c) Natureza:

tributo vinculado ou não vinculado, a depender da contribuição;

d) Duas Grandes Questões Gerais:

1ª) Contribuições e Princípio da Anterioridade CF/88, art. 150, III, b) e c).

2ª) Contribuições e Lei complementar CF/88, art. 149.

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3.5. As Contribuições Especiais:

1ª) Contribuições e Princípio da Anterioridade – Situações:

a) contribuições de custeio da seguridade social – CF, 195: apenas anterioridade nonagesimal – CF, 195, § 6º; CPMF: idem supra – CF, ADCT, art. 74, § 4º.

b) contribuições de intervenção no domínio econômico – CF, 149: CIDE-Combustíveis – apenas anterioridade nonagesimal – CF, 177, § 4º, b).

c) demais contribuições: ambas as anterioridades – CF, 150, III, b) e c) + 149, caput;

Obs.: noventena dos tributos em geral (150, III, ‘c’) X noventena das contribuições socias (195, § 6º) – distinções.

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3.5. As Contribuições Especiais:

2ª) Contribuições e Lei Complementar – Situações:

a) contribuições de custeio da seguridade social nas hipóteses da CF, 195: dispensa lei complementar instituidora – CF, 195, § 6º.

b) contribuições residuais de custeio da seguridade social – CF, 195, § 4º: exigem lei complementar instituidora – CF, 195, § 4º + 154, I.

c) demais contribuições: criadas antes da CF/88: dispensa lei complementar; criadas a partir da CF/88 – controvérsias: - STF, ADIN, 2256-2/2003-DF – necessidade de LC; - STF, RE 396.266/2004-SC – desnecessidade LC. - Obs.: O art. 149, parte final, da CF/88: remissão expressa ao art. 146, III.

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As Contribuições de Custeio da Seguridade Social:

1. base constitucional: CF/88, art. 195.

2. competência: União Federal.

3. sujeição ao princípio da anterioridade: somente à noventena – CF, 195, § 6º.

4. necessidade de LC instituidora: não, cf. jurisprudência do STF.

5. espécies:

A) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada;

B) do trabalhador e demais segurados da previdência social;

C) sobre a receita de concursos de prognósticos;

D) do importador de bens/serviços do exterior ou quem a lei a ele equiparar.

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As Contribuições de Custeio da Seguridade Social:

A) Contribuição do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada:

1. base constitucional: CF, 195, I, a) a c).

2. natureza: tributo não vinculado.

3. incidência:

a) folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe prestes serviços, mesmo sem vínculo empregatício (contribuição patronal ao INSS – Lei nº 8.212/91 e LC nºs 07/70 e 08/70 (PIS/PASEP sobre folha de salários).

b) receita ou faturamento (COFINS – Lei nº 10.833/2003 e PIS/PASEP sobre faturamento – LC nºs 07 e 08/70).

c) o lucro (CSLL - Lei nº 7.689/88).

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As Contribuições de Custeio da Seguridade Social:

B) Contribuição do trabalhador e demais segurados da previdência social:

1. base constitucional: CF, 195, II;

2. natureza: tributo vinculado;

3. contrapartida:

serviços e benefícios do Sistema de Seguridade Social – saúde, assistência e previdência (aposentadorias, salários, auxílios, pensões – Lei nº 8.213/91);

4. disciplina infra-constitucional: Lei nº 8.212/91;

5. imunidade dos aposentados e pensionistas do RGPS: CF, 195, II, parte final.

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As Contribuições de Custeio da Seguridade Social:

C) Contribuição sobre a receita de concursos de prognósticos ( I ):

1. base constitucional: CF, 195, III;

2. natureza: tributo não vinculado;

3. disciplina Infra-constitucional: Lei nº 8.212/91 e Decreto nº 3.048/99;

4. concurso de prognósticos:

todo e qualquer concurso de sorteio de números ou símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza, de âmbito federal, estadual, distrital e municipal, promovidos pelo Poder Público ou por pessoa jurídica de direito privado.

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As Contribuições de Custeio da Seguridade Social:

C) Contribuição sobre a receita de concursos de prognósticos ( II ):

5. incidência:

a) renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelo Poder Público;

b) receita bruta arrecadada pelas várias modalidades de jogos (movimento global de apostas em prado de corridas);

c) receita bruta arrecadada para atividades de sorteios de números ou quaisquer outros símbolos.

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As Contribuições de Custeio da Seguridade Social:

D) Contribuição do importador de bens/serviços do exterior ou equiparado:

1. base constitucional: CF, 195, IV.

2. natureza: tributo não vinculado;

3. disciplina infra-constitucional: Lei nº 10.865/2004 (PIS-Importação / COFINS- Importação);

4. incidência:

a) operações de entrada de bens nacionais ou nacionalizados no território nacional;

b) pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa de valores a residente ou domiciliados no exterior como contraprestação por serviço prestado.

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3.5. As Contribuições Especiais - Espécies:

As Contribuições Residuais de Custeio da Seguridade Social:

1. base constitucional: CF, 195, § 4º;

2. natureza: tributos vinculados ou não vinculados;

3. necessidade de lei complementar: sim, CF, art. 195, § 4º + 154, I;

4. sujeição à anterioridade: apenas à noventena, CF, 195, § 6º + 150, III, c) – STF, ADIN 2556-2/2003-DF;5. sujeição ao principio da não-cumulatividade: sim, CF, art. 195, § 4º + 154, I;Obs.: podem ter fato gerador e base de cálculo idênticos aos de impostos, mas não aos de contribuições já existentes – STF, RE 258470-RS, rel. Min. Moreira Alves.

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3.5. As Contribuições Especiais - Espécies:

contribuições sociais gerais (“outras” contribuições sociais):

1. base constitucional: CF/88, art. 149, caput, parte inicial;2. natureza: tributos vinculados ou não vinculados ;3. necessidade de lei complementar: criadas antes da CF/88: dispensa lei complementar; criadas a partir da CF/88 – controvérsias:

STF, ADIN, 2256-2/2003-DF – necessidade de LC;STF, RE 396.266/2004-SC – desnecessidade LC.

Obs.: O art. 149, parte final, da CF/88: remissão expressa ao art. 146, III.

4. sujeição à anterioridade: ambas as anterioridades – CF, 150, III, b) e c) + 149, caput;5. Obs.: CF, 212, § 6º - contribuição social do salário educação, para financiamento do ensino fundamental público.

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3.5. As Contribuições Especiais - Espécies:

contribuição para custeio da previdência dos servidores públicos:

1. base constitucional: CF, 40 + 149, § 1º;

2. competência: todos os entes federativos;

3. natureza: em relação aos servidores públicos, tributo vinculado;

4. contribuintes: Poder Público; servidores ocupantes de cargos permanentes (ativos/aposentados); pensionistas.

5. exclusão: ocupantes exclusivamente de cargo em comissão, cargos temporários e empregos públicos – CF/88, art. 40, § 13 – vinculados ao RGPS.

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As Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico:

1. base constitucional: CF, art. 149;

2. competência: União Federal;

3. finalidade:

garantir o custeio das despesas necessárias a permitir que o Estado possa intervir na economia para ajustá-la aos objetivos do planejamento econômico nacional;

4. natureza: tributo não vinculado;

5. exemplos:

CIDE-Combustível – Lei nº 10.336/2001; AFRMM – Decretos-leis nºs 2.404/1987 e 2.414/1988; Contribuição ao IAA – Decretos-leis nºs 308/1967 e alterações; outras: contribuições ao FNDCT, ao FUNTTEL, ao FUST, etc.

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As Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico:

6. sujeição à legalidade quanto às alíquotas:

como regra, SIM: CF, art. 149, caput; exceção: CIDE-Combustíveis – CF, art. 177, § 4º, I, b.

7. sujeição à anterioridade:

como regra, a ambas: CF, art. 149, caput; exceção: CIDE-Combustíveis – CF, art. 177, § 4º, I, b.

8. incidência:

operações de qualquer segmento econômico, inclusive importação de produtos estrangeiros ou serviços – CF, art. 149, II.

9. imunidade:

receitas decorrentes de exportação – CF, art.149, I.

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As Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico:

10. A CIDE sobre combustíveis – CF/88, art. 177, § 4º:

incidência: operações de importação e de comercialização de petróleo e derivados, gás natural e derivados e álcool combustível.

destinação – CF/88, art. 177, § 4º:

a) subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural + derivados, petróleo + derivados;

b) financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás;

c) financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.

regulação infra-constitucional: Lei nº 10.336/2001.

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As Contribuições de Interesse de Categorias Profissionais e Econômicas:

1. base constitucional: CF, arts. 8º, IV, parte final, e 149, caput.

2. competência: União Federal.

3. sujeição à legalidade e à anterioridade:

SIM, sem ressalvas, cf. CF, art. 149, caput.

4. cobrança e arrecadação:

entidades representativas de categorias profissionais e econômicas (sindicatos e entidades de classe – OAB, ABI, Conselhos, etc.).

5. as contribuições para o Sistema “S” (SESI, SESC, SENAI, SENAC):

natureza jurídica: ( ? );

6. natureza: tributo vinculado ( ? ).

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A Contribuição de Custeio do Serviço de Iluminação Pública:

1. base constitucional: CF, art. 149-A e parágrafo único.

2. competência: DF e Municípios.

3. natureza: tributo não vinculado, mas de destinação vinculada.

4. sujeição à legalidade e à anterioridade:

SIM, sem ressalvas, cf. CF, art. 149, caput.

5. incidência e contribuintes:

conforme definidos em lei municipal/distrital.

6. cobrança:

possibilidade de realização através da fatura de consumo de energia elétrica.

7. necessidade de lei complementar: ( ? ).

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4. Competência Tributária:

a) Noção:

medida de poder atribuída pela Constituição Federal e por normas infra- constitucionais aos entes federados para instituir, cobrar, arrecadar e

fiscalizar o pagamento correto e regular de tributos;

b) Conteúdo:

competências legislativa e material plenas – CTN, art. 6º, caput, primeira parte;

c) Titulares:

os entes políticos – CF, art. 145 e CTN, 119;

Obs:

1. as pessoas políticas resultantes de desmembramento – CTN, art. 120;

2. os Territórios – CF, art. 147, primeira parte;

3. o Distrito Federal – CF, art. 32, § 1º e 147, parte final.

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4. Competência Tributária:

d) Outorga / Imputação / Delegação:

base legal: CTN, art. 7º, caput e §§ 1º, 2º e 3º;

Outorgantes: entes políticos;

Outorgados: pessoas jurídicas de direito público ou privado;

alcance ou extensão:

1. em relação às pessoas jurídicas de direito público: cobrança, arrecadação, fiscalização e execução, com garantias e privilégios processuais próprios dos entes públicos;

2. em relação às pessoas jurídicas de direito privado: arrecadação.

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4. Competência Tributária:

d) Características:

indelegabilidade: CTN, art. 7º, caput e parágrafos – significado e ressalvas;

imprescritibilidade: CTN, art. 8º – significado e ressalvas;

indeclinabilidade: LRF, art. 11 – significado e ressalvas.

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4. Competência Tributária:

d) Espécies:

competência exclusiva:

- CF, art. 148 (empréstimos compulsórios);- CF, art. 149 (contribuições sociais gerais, CIDE, CICEP);- CF, art. 154, I e II (impostos residuais e impostos extraordinários);- CF, art. 195 (contribuições de custeio da seguridade social), etc..

competência residual:

- CF, art. 154, I;- CF, art. 195, § 4º.

competência comum:

- CF, art. 145, I (impostos);- CF, art. 145, II (taxas);- CF, art. 145, III (contribuições de melhoria).

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4. Competência Tributária:

e) Distribuição ou Repartição de Competências:

e.1) Tributos da Competência da União:

impostos: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF;

taxas: de serviços ou de polícia;

contribuições de melhoria;

contribuições especiais;

empréstimos compulsórios;

competência residual.

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4. Competência Tributária:

e) Distribuição ou Repartição de Competências:

e.2) Tributos da Competência dos Estados:

impostos: ICMS, IPVA, ITCMD;

taxas: de serviços ou de polícia;

contribuições de melhoria;

contribuição para custeio da previdência de servidores públicos.

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4. Competência Tributária:

e) Distribuição ou Repartição de Competências:

e.3) Tributos da Competência dos Municípios:

impostos: IPTU, ITBI, ISSQN;

taxas: de serviços ou de polícia;

contribuições de melhoria;

contribuições:

- contribuição para custeio da previdência de servidores públicos;

- contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública.

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4. Competência Tributária:

e) Distribuição ou Repartição de Competências:

e.3) Tributos da Competência dos Municípios:

impostos: IPTU, ITBI, ISSQN;

taxas: de serviços ou de polícia;

contribuições de melhoria;

contribuições:

- contribuição para custeio da previdência de servidores públicos;

- contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública.

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4. Competência Tributária:

e) Distribuição ou Repartição de Competências:

e.4) Tributos da Competência dos Distrito Federal:

os mesmos de competência dos Estados e dos Municípios – CF/88, art. 32, § 1º, e 147.

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5. Classificação:

5.1. Quanto à competência para instituição;

5.2. Quanto à natureza dos fatos econômicos sobre os quais incidem;

5.3. Quanto à obrigatoriedade de contraprestação estatal específica emfavor do contribuinte;

5.4. Quanto à pessoa que efetivamente suporta o ônus da tributação;

5.5. Quanto à função.

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5. Classificação:

5.1. Quanto à competência para instituição;

a) federais;

b) estaduais;

c) municipais.

Obs.: Há tributos distritais ?

DF – aplicação do disposto no art. 32, § 1º, e 147.

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5. Classificação:

5.2. Quanto à natureza dos fatos econômicos sobre os quais incidem:

a) tributos sobre o comércio exterior – Exs.: II, IE, etc;

b) tributos sobre o patrimônio e a renda – Exs.: IPTU, IPVA, IR, etc;

c) tributos sobre a produção e a circulação – Exs.: IPI, ICMS, ISS, etc;

d) tributos especiais – Exs.: IOF, empréstimos compulsórios, etc.

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5. Classificação:

5.3. Quanto à obrigatoriedade de contraprestação estatal específica:

a) tributos não vinculados:

aqueles que são devidos independentemente de qualquer atividade estatal específica em relação à pessoa dos contribuintes – Exs.: os impostos (CTN, art. 16);

b) tributos vinculados:

aqueles que são devidos em razão de atividade estatal prestada ou colocada à disposição do contribuinte – Exs.: taxa e contribuição de melhoria (CTN arts. 77 a 80 e 81 a 82).

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5. Classificação:

5.4. Quanto à pessoa que efetivamente suporta o ônus da tributação:

1. Tributos Diretos;

2. Tributos Indiretos.

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5. Classificação:

5.4. Quanto à pessoa que efetivamente suporta o ônus da tributação:

1. Tributos Diretos;

a) Noção:

aqueles pagos por pessoa que, ao mesmo tempo, reúne as condições de contribuinte de direito (o que tem a obrigação legal de pagar o tributo) e de contribuinte de fato (o que real mente paga o tributo);

b) Exemplos:

impostos sobre o patrimônio e a renda (IRPF, IPTU, ITR, IGF, IPVA);

c) Obs.: cuidados a serem adotados ao classificar.

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5. Classificação:

5.4. Quanto à pessoa que efetivamente suporta o ônus da tributação:

2. Tributos Indiretos;

a) Noção:

aqueles que são pagos pelo contribuinte de direito, que, todavia, se restitui do que pagou mediante a inclusão ou repasse do valor pago

no preço do bem comercializado ou do serviço prestado ao contribuinte de fato (transladação/repercussão);

b) Exemplos:

impostos sobre a transferência de bens (II, IE, IPI, ICMS, ISSQN).

c) Obs.: cuidados a serem adotados ao classificar.

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5. Classificação:

5.5. Quanto à Função:

a) Tributo com função fiscal (arrecadatória);

b) Tributo com função extrafiscal (fomento);

c) Tributo com função parafiscal (descentralização da cobrança e da arrecadação).

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