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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O IMPACTO DA REMUNERAÇÃO NO COMPORTAMENTO SOCIAL E PSICOLÓGICO DOS FUNCIONÁRIOS Por: Thais Ribeiro Lessa Orientador Prof. Vinicius Calegari Niterói 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O IMPACTO DA REMUNERAÇÃO NO COMPORTAMENTO

SOCIAL E PSICOLÓGICO DOS FUNCIONÁRIOS

Por: Thais Ribeiro Lessa

Orientador

Prof. Vinicius Calegari

Niterói

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O IMPACTO DA REMUNERAÇÃO NO COMPORTAMENTO

SOCIAL E PSICOLÓGICO DOS FUNCIONÁRIOS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Recursos

Humanos.

Por: Thais Ribeiro Lessa

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me ajudar a não

desanimar com os obstáculos que

surgem no caminho, a minha mãe que

sempre me motivou, ao meu pai que é

meu porto seguro, ao meu namorado

que me incentivou, e aos meus amigos

que me alegraram para que eu

seguisse meus objetivos.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia aos meus

familiares, que me amam, se preocupam,

e se orgulham da filha que sou.

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RESUMO

Essa monografia se justifica pela importância de compreender a relação

existente, entre a remuneração dos funcionários, de forma direta ou indireta,

atrelada aos benefícios, demonstrando como ocorre o desempenho

profissional, ligado à motivação (que existe dentro de cada ser humano) a qual

a empresa poderá despertar o interesse maior de seus colaboradores pela

área trabalhada, através de metodologias organizacionais bem definidas, que

poderão levar a empresa para maior rentabilidade.

Palavras-Chaves: Remuneração, Motivação, Benefício e Comportamento

Social.

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METODOLOGIA

A modalidade desta pesquisa será Explicativa, portanto, serão

examinados livros e autores que abordem o tema apresentado, como também

entrevistas com funcionários de uma determinada empresa serão realizadas.

Idalberto Chiavenato: Remuneração, Benefícios e Relações de Trabalho

– 6ª edição.

Frederick Herzberg: A Motivação para Trabalhar (The Motivation to

Work) - 1959.

Abraham Harold Maslow: A Theory of Human Motivation – 1943.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - AS TEORIAS QUE ABRANGEM REMUNERAÇÃO 10

1.1 - Sistemas Tradicionais 10

1.2 - Remunerações Estratégicas 12

1.3 - Remuneração Fixa / Salário Nominal 13

1.4 - Remunerações por Habilidade 14

1.5 - Remunerações por Competências 16

2 . Outras formas de Remuneração 17

2.1 - Previdência Complementar 17

2.1 – Remuneração variável 18

2.3 – Participação nos resultados alcançados 19

2.4 – Alternativas criativas 20

CAPÍTULO II - MOTIVAÇÃO ATRAVÉS DA REMUNERAÇÃO 21 2.1 – As Teorias de Motivação 21

2.2 – Liderar para Motivar 22

2.3 – Aprimoramento dos funcionários 26

2.4 – Trabalhos e Relações Humanas 27

CAPÍTULO III – REMUNERAÇÃO E MOTIVAÇÃO 31

3.1 – Administração de Cargos e salários 33

3.2 – As vantagens da Remuneração por Habilidades 34

3.3 – Entendendo a Remuneração por competência 36

3.4 – Reconhecer e Recompensar 37

3.5 – Remuneração e Benefícios 39

3.6 – Motivar para liderar 41

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45

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INTRODUÇÃO

O sistema de remuneração estratégica é uma combinação equilibrada

de diferentes formas de remuneração. A multiplicidade de formas de

remuneração tem crescido devido à necessidade de encontrar maneiras

criativas pra aumentar o vínculo entre as empresas e seus funcionários. As

formas básicas, mantêm-se as mesmas, podendo ser classificadas em

grupos: A Remuneração funcional ou tradicional é determinada pela função

(cargo), com o plano de cargos e salários. O salário indireto compreendendo

benefícios e outras vantagens, os quais a tendência é a flexibilidade. A

Remuneração por habilidades tem o foco no indivíduo, em nível operacional,

já a Remuneração por competências é mais adequada aos demais níveis da

organização. A Previdência complementar: relaciona-se diretamente com

sistemas de previdência privada. A Remuneração variável é vinculada a metas

de desempenho, como as comissões e participação nos lucros. A Participação

acionária é vinculada aos objetivos de lucratividade e crescimento de

empresas, reforçando o compromisso de longo prazo e as Alternativas criativas

incluem prêmios, gratificações e outras formas especiais de reconhecimento.

Os processos de recompensar as pessoas esta intimamente ligada com

a remuneração, mesmo que não seja de forma objetiva. Este processo

constitui os elementos fundamentais para o incentivo e motivação dos

funcionários da organização, tendo em vista de um lado os objetivos

organizacionais a serem alcançados e os objetivos individuais a serem

satisfeitos. Algumas organizações ainda utilizam processos fixos e rígidos,

genéricos e padronizados, tradicionais e ultrapassados, enquanto outras

lançam mão de processos flexíveis, mais avançados e sofisticados para

incentivar e motivar as pessoas que nelas trabalham, facilitando o bem estar

do funcionário e a sua gradativa realização profissional.

Na abordagem moderna, predomina o modelo do homem complexo: a

suposição de que as pessoas são motivadas por uma enorme variedade de

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incentivos, como salário, objetivos e metas a atingir, satisfação no cargo e na

organização, necessidades de auto realização etc. A remuneração obedece a

esquemas flexíveis, atende a processos personalizados, dentro de uma política

de adequação às diferenças individuais entre as pessoas e seus

desempenhos. A remuneração é baseada nas metas e resultados a serem

alcançados pelas pessoas, com ênfase no desempenho futuro e em valores

variáveis e flexíveis, para que assim as pessoas consigam ser satisfeitas e

realizadas através de uma remuneração mais humana, que identifique as

habilidades e competências, beneficiando e premiando os funcionários pelas

ações exercidas na empresa, gerando um ambiente agradável e motivador.

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CAPÍTULO I

AS TEORIAS QUE ABRANGEM REMUNERAÇÃO

Chiavenato (2008) afirma, que o salário pode ser considerado sob

vários aspectos diferentes: o pagamento de um trabalho; a constituição medida

do valor de um indivíduo na organização; colocando a pessoa em uma

hierarquia de status dentro da organização; a definição do padrão de vida do

colaborador; a representação de um investimento para a organização que

produz retorno.

O salário constitui o núcleo das relações de intercâmbio entre as

pessoas e as organizações. Todas as pessoas aplicam seu tempo e esforço

nas organizações e recebem dinheiro, que representa a troca entre direitos e

responsabilidades recíprocos entre empregados e empregador. A

administração salarial é o processo de administrar o programa de remuneração

da organização.

1.1 - Sistemas Tradicionais

De acordo com Wood (2004), a maioria das empresas ainda aplica

exclusivamente sistemas tradicionais de remuneração, baseados nas

descrições de atividades e responsabilidade de cada função.

A utilização de instrumentos como descrições de cargos,

organogramas e planos de cargos e salários permite a muitos atingir um

patamar mínimo de estruturação na gestão de seus recursos humanos.

Os sistemas tradicionais de remuneração tendem a tratar coisas

diferentes de forma igual. Eles não consideram as particularidades das

empresas, áreas e funções.

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A visão organizacional tradicional consiste na linha da autoridade, as

atividades principais estão definidas por normas e procedimentos escritos, e

as responsabilidades/atribuições são conhecidas e pouco variam com o tempo.

Ocorre que as transformações que as empresas estão sofrendo as

colocam cada vez mais distantes desses pressupostos. A necessidade de

flexibilidade e agilidade de mudança elevada estão tornando cada um desses

pressupostos difícil de ser realizados.

Os sistemas tradicionais são trabalhosos, inflexíveis e pouco ágeis,

reforçando a estrutura burocrática, privilegiada das relações hierárquicas.

Estes sistemas não consideram a visão de futuro e a orientação estratégica da

organização, dificultando os esforços para os objetivos comuns.

Para Wood (2004) a remuneração funcional, ou remuneração por cargo, tem

como razões principais, em sua maioria: a remuneração funcional que é

implantada junto com sistema de cargos e salários. Em empresas que

experimentaram crescimento rápido ou transformações profundas, o sistema

de cargos e salários ajuda a dar coerência interna à organização,

proporcionando definições básicas que apoiam a estrutura do trabalho.

A remuneração funcional permite a equidade externa. Por meio de

pesquisas salariais, a empresa pode comparar seus salários com os praticados

no mercado e estabelecer diretrizes adequadas para atrair e reter a mão-de-

obra desejada.

A remuneração funcional permite a equidade interna. Ter os salários

estabelecidos a partir de regras aplicáveis a todos na empresa produz um

sentimento de justiça entre os funcionários.

Para Resende (2002) o primeiro princípio de qualquer plano de

remuneração, e o fator que mais tende a afetar positivamente ou

negativamente, em termos salariais, a motivação dos funcionários é o sentido

de equidade ou justiça. Planos de cargo e salários com políticas e critérios

ausentes ou deficientes levam inevitavelmente a iniquidades e injustiças muitas

vezes até bem intencionadas ou ingênuas. Políticas, instrumentos e

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procedimentos melhor definidos de remuneração favorecem a equidade ou

justiça salarial. E este é o caso da metodologia de pagamento baseado em

competências e habilidades criteriosamente utilizadas, porque minimiza as

possibilidades de subjetivismo, generalismo e discriminação.

1.2 - Remunerações Estratégicas

A remuneração estratégica é uma vantagem competitiva. As profundas

transformações que as empresas vêm sofrendo exigem novos sistemas de

remuneração. Em ambientes caracterizados por formas modernas de

organização do trabalho, como a multifuncionalidade e poucos níveis

hierárquicos.

A transformação da remuneração é um fator de aperfeiçoamento da

organização, que impulsiona os processos de melhoria.

A remuneração estratégica é a ligação entre os indivíduos e a nova

realidade das organizações.

“No sentido de considerar todo o contexto organizacional,

ou seja, de levar em conta as grandes categorias que dão

forma e conteúdo à empresa: a estratégia, a estrutura e o

estilo gerencial. Além disso, a concepção de um sistema

de Remuneração Estratégica parte não somente do que a

empresa é hoje, mas também considera o que ela deseja

ser amanhã (sua visão de futuro)” (WOOD. THOMAZ.

JR., 2004, p.37).

A medida que os indivíduos passam a ser remunerados de acordo com

o conjunto de fatores que afeta sua contribuição para o sucesso de negócio (as

suas características pessoais, as características do cargo e o vínculo com a

organização), as atividades e responsabilidades ficam maiores e seu senso de

importância para organização aumenta junto com a motivação.

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O projeto de um sistema de Remuneração Estratégica também

considera: conhecimentos, habilidades, atitudes, competências, desempenho e

resultados.

1.3 - Remuneração Fixa / Salário Nominal

Para Chiavenato (2008), o salário representa a principal forma de

recompensa organizacional. Existe o salário nominal e o salário real. O salário

nominal representa o volume de dinheiro fixado em contrato individual pelo

cargo ocupado. O salário real representa a quantidade de bens que o

empregado pode adquirir com o volume de dinheiro que recebe mensal ou

semanalmente e corresponde ao poder aquisitivo. O poder aquisitivo é a

quantidade de mercadorias que pode ser adquirida com o salário. Assim, a

reposição do valor real não significa aumento salarial: o salário nominal é

alterado para proporcionar o salário real equivalente em período anterior. A

distinção entre reajustamento do salário (recomposição do salário real) e

aumento real do salário (acréscimo do salário real).

Há também o salário mínimo, que é a menor remuneração permitida

por lei para trabalhadores de um país ou ramo de atividade econômica.

Segundo Resende (2002) a remuneração fixa, ou salário nominal, tem

tido um tratamento técnico, orçamentário / contábil e legal, sendo considerada

principalmente como fator de custo. O critério de pagamento baseado em

competência transmite um caráter estratégico à remuneração, à medida que

favorece, de forma efetiva, o desenvolvimento profissional amplo, que leva a

empresa uma melhoria do desempenho geral e conduz, inevitavelmente, ao

aumento da produtividade.

De acordo com Chiavenato (2008) existem três tipos de salário: o

salário por unidade de tempo, o salário por resultado e o salário-tarefa. O

salário por unidade de tempo é pago de acordo com o tempo que a pessoa fica

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à disposição da empresa e a unidade de tempo pode ser dimensionado em

uma hora, semana, quinzena ou mês. Por essa razão, as pessoas são

denominadas horistas ou mensalistas. O salário por resultado refere-se à

quantidade ou número de peças ou obras produzidas pela pessoa. Abrange os

sistemas de incentivos (comissões ou porcentagens) e prêmios de produção

(gratificações pela produtividade alcançada ou pelos negócios efetuados). O

salário por tarefa é uma fusão dos dois tipos anteriores: a pessoa está sujeita a

uma jornada de trabalho ao mesmo tempo em que o salário é determinado

pela quantidade de peças produzidas.

1.4 - Remunerações por Habilidade

Conforme Thomaz Wood (2004), a Remuneração por habilidade ou

conhecimento é tem o surgimento por causa do aumento da complexidade do

ambiente de negócios, que resultou em uma série de tendências registradas

desde a década de 90 nas empresas: estruturas organizacionais com menor

número de níveis hierárquicos e maior nível de autonomia e amplitude de

responsabilidade indivíduos e grupos; valorização do trabalho em equipe;

aumento da exigência de multifuncionalidade e visão sistêmica; foco no

aperfeiçoamento contínuo e pressões para redução de custo.

Todas essas mudanças relacionam-se a um reposicionamento das

empresas quanto ao fator humano. Nessa era de mercados globais e

competição acirrada, em que a informação e o conhecimento são fatores

críticos de sucesso, o desenvolvimento dos colaboradores passou a ser

crucial. Isso vale tanto paras as empresas de alta tecnologia, nas quais a

capacitação técnica é essencial, como para as empresas de tecnologia

madura, nas quais a qualificação da mão-de-obra também passa a ser

fundamental.

Para as organizações, as questões que se colocam são as seguintes:

treinar a mão-de-obra para o desenvolvimento constante e garantir condições

para que isso ocorra.

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De acordo com Wood (2004), os objetivos de um sistema de

remuneração por habilidade são: remunerar os profissionais segundo as

habilidades desenvolvidas e aplicações ao trabalho; alinhar as capacidades

dos colaboradores com o direcionamento estratégico e as necessidades da

organização; favorecer o aprendizado organizacional contínuo; adequar o

sistema de remuneração a um novo contexto organizacional; adequar o

sistema de remuneração a um novo contexto organizacional; superar o

paradigma de gestão tradicional, que foca a hierarquia rígida, as funções bem

definidas e as descrições de cargo por uma gestão mais flexível e dinâmica,

focando no indivíduo.

Uma habilidade pode ser definida como a capacidade de realizar uma

tarefa ou um conjunto de tarefas, como conhecimentos: constituem um

conjunto de conceitos, técnicos, teóricos e metodológicos, relacionado ao

trabalho. É saber adquirido, podendo ser transmitido a aprendido; aptidão

pessoal: relacionam-se as características do indivíduo, tais como capacidade

de concentração e coordenação motora; aplicação prática: relaciona-se à

mobilização dos conhecimentos teóricos e das aptidões pessoais, aplicados

no trabalho.

Empregados que adquirem habilidades relacionadas a diferentes

funções tornam-se mais valiosos para a empresa e têm mais possibilidades de

evolução tornam-se mais valiosos para a empresa e têm mais possibilidades

de evolução.

Na remuneração por habilidade o foco é transferido do

cargo para o indivíduo. O salário é determinado a partir

de um conjunto de habilidades ou blocos de habilidades,

que podem ser adquiridos de acordo com a necessidade

da organização e os interesses dos profissionais. Assim,

quando mais habilidade o profissional tiver adquirido,

maior será sua remuneração. (WOOD. THOMAZ. JR.,

2004, p.66)

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Um nível alto de multifuncionalidade implica maiores custos de

treinamento e aumento da folha de pagamento. Por outro lado, significa maior

produtividade e possibilidade de racionalização do quadro de empregados. O

pressuposto do sistema é que esse custo adicional é um investimento, para

eficácia organizacional e racionalização dos quadros.

1.5 - Remunerações por Competências

Para Chiavenato (2008) muitas organizações estão migrando de

avaliação e classificação dos cargos para um sistema baseado nas

competências e não mais em fatores de avaliação. O primeiro passo está no

mapeamento das competências para alinhar devidamente as competências

individuais com as competências funcionais e organizacionais. O segundo

passo é definir uma hierarquia de competências: as competências

organizacionais e as competências funcionais de cada área da organização de

modo que estas forneçam as bases para aquelas. No terceiro passo, trata-se

das competências gerenciais necessárias para que a possa ser praticada pelos

gerentes como gestores de pessoas. Ponderar as competências individuais da

mesma maneira como tratamos os fatores de avaliação de cargos. O

tratamento das competências segue o mesmo caminho da avaliação e

classificação de cargos.

Conforme WOOD (2004) a remuneração por competências é o fruto da

convergência de vários fatores: o crescimento do setor de serviços na

economia, acompanhado por uma forte demanda por profissionais mais

qualificados; a ascensão das empresas de conhecimento intensivo,

principalmente em setores de alta tecnologia, como informática e

biotecnologia, e de serviços especializados, como consultoria e

desenvolvimento de software; reestruturação de empresas, com a substituição

das estruturas hierárquicas rígidas por sistemas mais flexíveis; a experiência

acumulada coma implantação de sistemas de remuneração por habilidades em

áreas técnicas e operacionais.

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O resultado é que muitas empresas começaram a desenvolver projetos

relacionados ao tema “competências”, procurando identificar conhecimentos,

comportamentos e atitudes necessárias pra fazer à nova realidade.

A remuneração por competência relaciona-se com o conhecimento,

habilidade e atitude a desempenho. Muitos programas de desenvolvimento

focalizam exclusivamente o conhecimento sem tentar vinculá-lo a mudança de

atitude e comportamentos. Como consequência, o esforço realizado tende a

ter impacto apenas residual no desempenho organizacional. Competência

significa conhecimento aplicado e orientado para melhorar o desempenho do

grupo e da organização. Que também merece destaque é que o agrupamento

de competências deve ter impacto sobre parte considerável da atividade de

alguém. As competências devem ter relação com as atividades principais, não

com atividades de suporte ou apoio, possibilitando melhor performance.

O processo de avaliação por competências é bem diferente o processo

de avaliação por habilidade., pois as competências são mais genéricas e

abstratas que as habilidades.

2 . Outras formas de Remuneração

Para Wood (2004), existe outras formas que agregam a remuneração,

as quais são: previdência complementar , remuneração variável, participação

nos resultados alcançados e participação acionária, alternativas criativas.

2.1 - Previdência Complementar

Os planos de Previdência Complementar , quando associados a outras

formas de remuneração, abrem diversas alternativas . Estes planos podem ser

definidos como uma forma especial de remuneração, com fortes características

de remuneração variável. Isto significa que o projeto pode estar estritamente

relacionado a outros sistemas de remuneração variável, como remuneração

por resultados ou participação nos lucros.

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Segundo Wood (2004) o potencial financeiro a ser a ser alcançado

poderá ser reconhecido em seu todo ou em parte dentro do plano privado de

previdência. Esta abordagem oferece as empresas grande flexibilidade em

termos de gestão de custos. Permite também encontrar o ponto de equilíbrio

entre incentivo a resultados de curto e médio prazo e compromissos de longo

prazo, levando o funcionário a motivação pessoal e profissional.

2.1 – Remuneração variável

A Remuneração variável transforma custos fixos em variáveis. Esta é a

modalidade mais consistente com os processos de transformação pelos quais

as organizações estão passando. Ela é um poderoso vetor de reforço de traços

culturais, um agente de mudança organizacional.

A remuneração variável tende a tornar-se um componente obrigatório

para as empresas que estão se transformando em um sistema de maior

flexibilidade. Seu sucesso depende não apenas de um bom projeto, mas da

adequação entre sistema e cultura organizacional.

Uma implantação de sucesso depende ainda da simplicidade com que é

lançada para os funcionários. O sistema deve acompanhar a estratégia da

empresa e as constantes mudanças de direção. Não pode constituir-se em

uma barreira à mudança.

De acordo com Chiavenato (2008) os resultados não são apropriados

pela organização, mas rateados entre a organização e as pessoas que

ajudaram a alcançá-los. Trata-se de uma parceria que funciona nas duas

vertentes, no lucro ou no prejuízo. O colaborador ganha mais se a organização

ganhar menos e nada ganhar a mais se a organização nada ganhar. A

Remuneração Variável é a parcela da remuneração total creditada

periodicamente, trimestralmente, semestral ou anualmente, a favor do

colaborador. Em geral, é caráter seletivo e depende dos resultados

estabelecidos pela empresa, seja na área, no departamento ou no trabalho,

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em um determinado período através do trabalho da equipe ou do colaborador

considerado isoladamente.

Por isso Wood (2004) salienta a importância de abordar o risco, pois

enquanto alguns chamam a remuneração variável de pagamento de risco,

outros a denominam de pagamento por oportunidade. A diferença de enfoque

é importante. A questão é a dosagem do risco, ou da oportunidade, par saber o

percentual de remuneração total que deve estar vinculado ao desempenho. Se

esse valor for excessivamente alto, acarretará um grau de incerteza

desconfortável para os funcionários e poderá gerar efeitos contrários aos

desejados.

2.3 – Participação nos resultados alcançados

A Participação nos Resultados Alcançados é um modelo de

remuneração flexível relacionado com o desempenho do colaborador no

alcance de metas e resultados estabelecidos para um determinado período de

tempo. A participação nos resultados significa uma porcentagem ou fatia de

valor com que cada pessoa participa dos resultados da empresa ou do

departamento que ajudou a atingir por meio do seu trabalho pessoal ou em

equipe.

Conforme Chiavenato (2008) um plano de bonificação anual é um

exemplo da remuneração variável. Trata-se de um valor monetário oferecido

ao final de cada ano a determinados colaboradores em função da sua

contribuição ao desempenho da empresa. O desempenho deve ser medido

através de certos critérios, como lucratividade alcançada, aumento da

participação no mercado, melhoria da produtividade etc.

Algumas empresas distribuem gratuitamente ações da própria empresa

a determinados funcionários, como forma de compensação, esta é uma

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maneira de se fazer remuneração flexível. O dinheiro é substituído por papéis

da companhia.

Outras empresas estão proporcionando uma forma diferente de

remuneração variável, através da oferta de ações que são vendidas (por

preços subsidiado) ou transferidas aos seus colaboradores, conforme

determinadas regras. O objetivo é fazer com que o colaborador, o principal

parceiro, torne-se também acionista da organização por sua própria conta, mas

com a ajuda da organização.

Para Wood (2004) a participação acionária é a prática de concentração

de participação acionária dos empregados que possuem ações da empresa

em que trabalham, e por isso são mais conscientes sobre seu serviço, mais

proativos, inovadores e esforçam-se para obter maiores níveis de eficiência

que impulsionem maiores receitas e gerem crescimento da organização.

2.4 – Alternativas criativas

As alternativas criativas acontecem quando a empresa utiliza a

“imaginação” para motivar, melhorar o desempenho dos funcionários e

recompensar. Compreende que a pessoa precisa ser motivada para trabalhar

mais e melhor. Existem fatores motivacionais que sejam universais e outros

que variam de país para país e de organização para organização; eles também

variam de indivíduo para indivíduo. Mesmo para um indivíduo, os fatores

motivacionais variam ao longo do tempo; eles são resultado também da

interação do indivíduo com o grupo.

O movimento de modernização da gestão, impulsionado pela abertura

econômica, parece ter favorecido novas iniciativas. No movimento de

qualidade, muitas empresas têm implantado sistemas de reconhecimento por

desempenho.

Essas alternativas criativas podem ser utilizadas para reforçar

comportamentos desejados, premiar o espírito empreendedor e a iniciativa,

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encorajar a busca de inovações e ajudar a desenvolver uma relação mais

madura entre funcionário e empresa.

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CAPÍTULO 2

MOTIVAÇÃO ATRAVÉS DA REMUNERAÇÃO

Para Maitland (2000) motivar é a força ou o impulso que leva os

indivíduos a agirem de uma forma específica.

2.1 - As Teorias de Motivação

Maslow acreditava que todos os indivíduos apresentavam uma

hierarquia de necessidades que precisavam ser satisfeitas. Essa “hierarquia de

necessidades” é mostrada sob a forma de uma pirâmide, a qual demonstra que

o indivíduo precisa primordialmente de ar, alimento e água em quantidades

suficientes para sua sobrevivência, após segue as necessidades de

segurança. Quando a pessoa percebe que esta livre de qualquer ameaça de

perigo ou ataque, suas motivações voltam-se para as necessidades sociais,

como a amizade e relacionamentos amorosos. Depois as necessidades de

autoestima e o reconhecimento por parte de outros indivíduos volta-se para

satisfazer as necessidades de auto-realização.

De acordo com Maslow, as necessidades dentro da empresa são

representadas por: fisiológicas, ligadas a salário e benefícios; segurança:

vinculadas a assuntos como segurança do trabalho, auxílio doença e planos

previdência, entre outros; Sociais: associadas a um senso de participação,

amizade e em ser prestativos a colegas de trabalho e supervisores

hierárquicos; Auto-estima: podem ser satisfeitas pelo reconhecimento e elogio

por parte de supervisores e gerentes, juntamente com perspectivas de

transparência de cargos e promoções. As necessidades podem ser atingidas

quando se proporcionam trabalhos gratificantes e interessantes, nos quais as

habilidades são utilizadas de maneira ampla.

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A teoria dos dois fatores de Herzberg (1959) afirma que fatores de

higiene não chegam a estimular, mas que precisam ser pelo menos

satisfatórios para que não se tornem a causa da desmotivação das pessoas.

Um ambiente de trabalho seguro e saudável, não irá motivar os funcionários a

trabalharem com mais perseverança, mas deixa-os satisfeitos o bastante para

que outros fatores possam motivá-los.

O que poderá deixar o funcionário motivado é o trabalho em si,

responsabilidade, senso de realização, reconhecimento e perspectivas de

evolução.

Vroom informa que existem duas partes que compõem a motivação, os

desejos individuais e as expectativas de alcançá-los. A utilização da palavra

“Valença” para descrever o nível de um desejo em particular. Um alto nível de

valência indica um desejo forte, enquanto que um nível baixo sugeriria que o

desejo tinha menor importância para a pessoa, a ponto de este ser uma causa

pouco provável de alguma motivação.

Se um funcionário tem um forte desejo de adquirir um bem de alto

valor agregado, e se esse indivíduo acredita poder realizar seu desejo, ele

então tomará as providências necessárias, de modo a produzir o resultado

exigido e a satisfação de seu desejo. Se o desejo não for acessível, existe

então pouca probabilidade de essa pessoa trabalhar com mais perseverança e

melhor. A pessoa não se sentirá motivada.

Para exemplificar a teoria de Vroom temos a valência x expectativa,

que é a motivação, a ação, que atrairá resultados para o profissional obter a

satisfação.

2.2 - Liderar para Motivar

Conforme Maitland (2000) a responsabilidade de colocar em prática as

teorias de motivação, são dos gestores, que devem ser um bom líder, trabalhar

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em equipe, aprimorar os trabalhos, desenvolver as pessoas, remunerar os

funcionários e proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável.

Ser um bom líder é ser alguém que serve de exemplo e motiva os

outros a seguirem sua liderança, mantendo-os envolvidos em tudo o que tiver

que fazer.

Para desenvolver e incentivar o aprimoramento de cada um dentro da

equipe, ajudando cada qual a definir seus próprios padrões e metas pessoais

atuais e futuras. As equipes precisam também de treinamento para que

possam ter as habilidades e conhecimentos necessários para a execução de

tarefas atuais e futuras de modo apropriado. Mantendo contato frequente com

os funcionários, para verificar o desenvolvimento e se estão preparados para

uma transferência e uma promoção a cargos de maior projeção ou que exijam

mais.

O salário e os benefícios financeiros podem incentivar as pessoas a

trabalharem com mais empenho.

O ambiente de trabalho pode fazer com que as pessoas se sintam

bem, ou desmotivadas, caso não seja tão satisfatório quanto desejam.

Para persuadir as pessoas a seguirem-no e a trabalharem a fim de

alcançarem as metas, sejam pessoais, de departamento ou da empresa,

através de habilidades principais para o trato pessoal, como: discutir e

concordar, incentivar e reconhecer, reavaliar e corrigir.

Para Maitland (2000), sempre que possível, devem-se definir

as metas, os objetivos e os padrões com a equipe. É preciso dar oportunidade

às pessoas para que elas discutam as metas como um todo (em qualquer

nível), façam comentários e sugestões que corrijam e aprimorem sua carga de

trabalho e outras coisas. Elas merecem ser tratadas como iguais, que se

mostre algum respeito pelo que elas sentem, pensam e têm a dizer. Tudo isso

faz com que a equipe se mantenha mais envolvida e se torne parte do

processo. Assim os funcionários trabalham com mais persistência para

alcançarem as metas, objetivos e padrões com os quais eles concordam, do

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que com outros, que simplesmente lhes são impostos sem consulta, ainda que

na realidade as metas, os objetivos, os padrões possam ser os mesmos.

Incentivar e reconhecer são tão importantes que os funcionários de

tempos em tempos são observados, mesmo às vezes sendo de maneira

discreta, e incentivados a progredirem de acordo com os padrões e

manutenção das metas a serem alcançados. Cada avanço deles deve ser

reconhecido, e todos os seus êxitos devem ser elogiados e recebidos de modo

animador.

Elogios sinceros e provas de apreço, até algo simples, como um

sorriso e um sinal de positivo com o polegar, dão às pessoas um senso de

vitória, fazendo com que elas sintam que deram uma contribuição de valor.

Apoie-os, mesmo quando errarem, apontando onde cometeram o erro,

mostrando como melhorar, sem culpá-los ou humilhá-los. Ao reconhecer neles

os pontos fortes, fazendo críticas honestas e construtivas sobre seus pontos

fracos, fará com que eles se empenhem em melhorar na próxima vez.

Para reavaliar e corrigir o trabalho da equipe, deve-se avaliar e

reavaliar constantemente suas metas e seus objetivos à luz das capacidades

de trabalho e desempenho de seus membros. Certifique-se de que a equipe

tem a oportunidade de manifestar seus pontos de vista e desejos, isso significa

tratá-los com respeito e como iguais. Quando for importante, é melhor corrigir a

fim de estabelecer determinadas metas, objetivos e padrões. Falhas

constantes no sentido de buscar metas exageradamente ambiciosas irão trazer

à tona frustrações e desmotivarão as pessoas do grupo, afetando não apenas

a pessoa relacionada, como também aqueles que trabalham com ela.

Dominarão a raiva, o ressentimento, bem como a sobrecarga de trabalho.

Maitland (2000) informa que o trabalhar em equipe tem que estar

ligado a liderança, pois possui um papel de importância na motivação. Se tiver

de comandar um time de sucesso, é preciso estar apto a identificar suas

características particulares, reconhecer os componentes como indivíduos, com

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seus próprios direitos, bem como partes do grupo. Saiba também empregar

diversas táticas, de forma que todos trabalhem em conjunto, buscando o êxito.

Uma equipe de sucesso pode ser descrita com um grupo de indivíduos

que trabalham em conjunto a fim de atingirem metas comuns. A fim de

desenvolver e motivar as pessoas sob seu comando.

Segundo Kanaane (1999), os focos das novas gerências devem ser de

uma tendência acentuada em estabelecer uma liberdade pessoal: o indivíduo

tende a assumir a administração de seu próprio tempo (o momento) no

ambiente de trabalho; há facilitação do processo de aprendizagem; ênfase na

independência tanto em termos do pensamento como da ação; valorização da

criatividade inovadora, acentuando a realização individual e/ou grupal; estímulo

à autoavaliação, como um atributo necessário para a incorporação da

responsabilidade pessoal e profissional; estímulo a uma postura que prevaleça

o feedback nas interações pessoais e profissionais; ênfase nas

potencialidades, tornando as aptidões e habilidades compatíveis com as

tarefas; focando no aspecto que proporcione ao indivíduo auto-

desenvolvimento, levando-o à busca de satisfação na realização de atividades

adequadas a sua pessoa; estímulo ao desenvolvimento com ênfase nos

estados de empatias, projetando-se no lugar do outro; ênfase nas relações

interpessoais, tendo em vista o contexto social e profissional.

As características delineadas acentuam o fato de que a organização

centrada no indivíduo considera o poder pessoal inerente a cada indivíduo, o

trabalho em equipe para a determinação de objetivos e a administração do

conflito das crises que inevitavelmente ocorrem. Este estilo administrativo

capacita o grupo ao processo de tomada de decisão, em detrimento da

decisão individual, uma vez que apela para as potencialidades de liderança de

todos os envolvidos. A decisão grupal propicia clima favorável ao consenso,

uma vez que considera como necessária a perspectiva dos indivíduos

interagirem e trocarem entre si experiências e valores individuais.

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2.3 - Aprimoramento dos funcionários

Para Maitland (2000), se as equipes são motivadas pelas pessoas que

têm em volta de si, é lógico afirmar que elas serão, pelo menos, afetadas

igualmente pelo trabalho executado dentro da empresa. Talvez esteja em

condições de aprimorar os serviços dessas pessoas; em algumas ocasiões,

até de modo significativo. Se for o caso, deve considerar a importância da

satisfação dentro do trabalho, avaliando os funcionários e suas atribuições e,

como consequência, definir o remanejamento de sua carga de trabalho

conforme convier.

A satisfação pode ser definida como um “trabalho” ou “um conjunto de

tarefas e obrigações”. Dessa maneira, a satisfação do funcionário dependerá

muito se ele encontrar vantagens nesse conjunto específico que ocorre dentro

da posição de trabalho em que ele se encontra. É claro que as pessoas são

diferentes com relação àquilo que desejam, embora possuam a mesma visão

de tarefas e obrigações, com relação a seus graus de dificuldade, variedade e

responsabilidade. Alguns desejam executar tarefas fáceis e rotineiras, com

pouca ou nenhuma responsabilidade. Outros preferem atividades mais difíceis,

que exijam desafios, estejam em constante mudança e os obriguem a várias

responsabilidades.

Ao observar cada funcionário em separado, é obrigatório descobrir

quais as expectativas pessoais que ele tem, em relação ao conteúdo, à

seguradora e às perspectivas do trabalho. O gestor deverá falar

individualmente com eles quando tiver oportunidade e fazendo perguntas: seus

gostos e aversões; o que querem ou não fazer; seus medos, esperanças e

preocupações; o que eles acham que poderia ser feito em favor de um

aprimoramento do trabalho; onde gostariam de estar no próximo ano, em cinco

anos, ou qualquer que seja o tempo. Deve-se perguntar sempre. Nunca ficar

pensando que já conhece as respostas.

O desenvolvimento de pessoal ou de um quadro de funcionários pode

ser definido como o processo sistemático e contínuo de aprimoramento de

funcionários, com o objetivo de possibilitar o uso completo de todas as

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habilidades que possuem, tanto em benefício próprio quanto em benefícios da

empresa. Caso as pessoas precisem desse tipo de motivação, deve-se

conduzir o processo todo, de maneira clara e lógica, incentivando,

especialmente, o auto-aprimoramento, treinando os funcionários nos aspectos

necessários e, não em último lugar, levando em consideração se os

funcionários estão realizando tudo aquilo de que são capazes.

O treinamento tem um papel fundamental no desenvolvimento bem-

sucedido das pessoas. A maioria dos componentes de uma equipe procura

participar de treinamento. As pessoas encaram o treinamento como uma

quebra na rotina, uma oportunidade para aprender algo novo, um motivo de

orgulho, e talvez até uma recompensa por terem realizado um bom trabalho. A

importância disso é que o treinamento significa um aprimoramento das

qualificações dos funcionários, nos conhecimentos e nas especializações para

cumprirem suas funções de maneira competente. O treinamento também ajuda

os funcionários a acompanharem as mudanças e o desenvolvimento, e dá a

garantia de estarem preparados e aptos para uma possível transferência ou

promoção no tempo devido.

De acordo com Kanaane (1999), a administração centrada no

indivíduo, possui três vertentes: características, tendências e perspectivas.

De certa forma, as lideranças terão que considerar tanto os aspectos

subjetivos: necessidades, expectativas, sentimentos dos funcionários , como

as ações desempenhadas por sua equipe, como parâmetro para o

desempenho profissional eficaz.

2.4 - Trabalhos e Relações Humanas

Segundo Friedmann (1983), o trabalho assume as seguintes facetas,

no aspecto técnico que implica questões referentes ao lugar de trabalho e

adaptação fisiológica e sociológica; no aspecto fisiológico, a questão

fundamental se refere ao grau de adaptação homem-lugar de trabalho-meio

físico e ao problema do cansaço; no aspecto moral, como atividades sociais

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humana, considerando especialmente as aptidões, as motivações, o grau de

consciência, as satisfações e a relação entre atividade de trabalho e

personalidade; no aspecto social que considera as questões específicas do

ambiente de trabalho e os fatores (família, sindicato, partido político, classe

social etc). Há de se considerar sob tal perspectiva a interdependência entre

trabalho social e as motivações subjacentes; no aspecto econômico, como

fator de produção de riqueza, geralmente contraposto ao capital, e unido em

sua função a outros fatores, como organização e propriedade.

Das posições assinaladas, conclui-se que o trabalho é uma ação

humanizada exercida num contexto social, que sofre influência vindas de

distintas fontes, o que resulta numa ação recíproca entre o trabalhador e os

meios de produção. A constante interação entre os meios de produção, o

trabalhador e a organização social do trabalho que determina o grau de

flexibilidade percebido nas relações de produção.

Para Chiavenato (2008), os profissionais trabalham em troca do

salário. E ninguém investe sem esperar algum retorno. As pessoas trabalham

nas organizações em função de certas expectativas e resultados. Elas estão

dispostas a se dedicaram ao trabalho e às metas e objetivos da organização

desde que isso lhes traga algum retono significativo pelo seu esforço e

dedicação. O engajamento das pessoas no trabalho organizacional depende

do grau de reciprocidade percebido por elas: na medida em que o trabalho

produz resultados esperados, maior será esse engajamento. Como parceiro da

organização, cada funcionário está interessado em investir com trabalho,

dedicação e esforço pessoal, com os seus conhecimentos e habilidades desde

que receba uma retribuição adequada.

O sistema de remuneração deve ser desenhado para atingir vários

objetivos: para atrair e reter talentos na organização; motivação e obtensão de

engajamento comprometimento de pessoal; aumento da produtividade e

qualidade no trabalho; controle de custos laborais; tratamento justo e

igualitário; comprimento da legislação trabalhista; ajudar no alcance dos

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objetivos organizacionais; proporcionar um ambiente amigável e impulsionador

de trabalho.

Kanaane (1999) analisa o trabalho sob uma perspectiva econômica,

argumentando que o mesmo esta vinculado a uma série de fenômenos

econômicos, que afetam os trabalhadores. Entre os fenômenos, citam-se: a

renda salarial de um trabalhador ou do conjunto de trabalhadores (medida do

valor social do trabalho e sua determinação); as condições de emprego dos

trabalhadores; a distribuição socioprofissional da população ativa; o

comportamento de grupos e as intervenções dos poderes públicos, as relações

monetárias (medidas inflacionárias ou anti-inflacionárias após a variação de

uma renda) etc.

Do ponto de vista psicológico, o trabalho provoca diferentes graus de

motivação e de satisfação no trabalhador, principalmente quanto à forma e ao

meio no qual desempenha sua tarefa. As diversas abordagens sobre a

motivação humana destacam o conceito de necessidade e o conceito de

expectativa. Não basta considerar as necessidades como determinantes do

comportamento do trabalhador ; é preciso considerar também em que grau o

mesmo percebe as condições existentes no ambiente organizacional, como

facilitadores ou não, para o alcance de seus objetivos e de suas necessidades.

Ao mesmo tempo, deve-se destacar a distinção entre motivação e satisfação,

ou seja, a satisfação pode estar vinculada a um desejo, necessidade ou

impulso, sem que necessariamente corresponda a um motivo básico de

conduta do trabalhador no respectivo local de trabalho. A motivação

corresponde às ações selecionadas pelo indivíduo na busca do alcance de

suas necessidades, e é influenciada por fatores inerentes à personalidade

individual e por aqueles oriundos do ambiente e da herança genética.

Através do trabalho, o homem pode modificar seu meio e modificar-se

a si mesmo, à medida que possa exercer sua capacidade criativa e atuar como

coparticipante do processo de construção das relações de trabalho e da

comunidade na qual se insere. A interdependência entre o homem e seu

trabalho é intermediada por vetores administrativos, tecnológicos, sociais,

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políticos, ideológicos, comportamentais etc., que interferem continuamente na

dinâmica estabelecida em tal relação. O processo de transformação da

sociedade a partir das ações dos indivíduos e grupos requer um movimento

constante entre a ação e a realização dos envolvidos. O constante dinamismo

das interações sociais denota as respectivas mudanças que dirigem o

comportamento humano para contextos específicos.

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CAPÍTULO III

REMUNERAÇÃO & MOTIVAÇÃO

De acordo com Resende (2002), as organizações e os administradores

não estão acostumados a dar sentido de consequência às análises e decisões

sobre salário (levam em conta apenas pressões e aspectos técnicos), bem

como observar o sentindo de reciprocidade na concessão de aumentos:

manutenção de falsos pressupostos a respeito de expectativas salariais (mal

administradas) dos empregados.

De acordo com Wood (2004), muitas empresas continuarão

empregando o sistema tradicional para atingir um patamar de estruturação. As

inovações precisam ser analisadas, visando à melhor adequação de seus

diversos componentes à nova realidade. Porém, as empresas que passaram

por grandes processos de mudanças e as que possuem o conhecimento como

principal insumo de suas operações, deverão gradativamente abandonar o

modelo, mantendo apenas a utilização de alguns de seus componentes, como

utilizar a estratégia de remuneração a ser adotada deve ser compatível com o

perfil de profissional que a empresa pretende atrair e reter, sendo necessário

estabelecer em que faixa de mercado a empresa irá remunerar seus

profissionais.

Para Chiavenato (2008), não basta remunerar as pessoas pelo seu

tempo dedicado à organização. Isso é necessário, mas insuficiente. É preciso

incentivá-las continuamente a fazerem o melhor possível, a ultrapassarem o

desempenho atual e a alcançarem metas e resultados desafiantes, formulados

para o futuro. A remuneração fixa funciona geralmente como fator higiênico, e

insatisfatório e não consegue motivar as pessoas para a superação de metas e

objetivos ou para a melhoria continua das atividades. A remuneração foi um

produto do início do século XX para compensar o trabalho rotineiro e repetitivo

dos funcionários em uma época de estabilidade e de permanência. O mundo

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mudou. E as organizações também. Hoje, a maior parte das organizações

bem-sucedidas está migrando para programas de remuneração mais flexíveis,

capazes de motivar, incentivar e mexer com a dignidade das pessoas.

Para Wood (2004), o dinheiro é um fator motivador efetivo, quando se

refera a um certo nível operacional de trabalho, mas o dinheiro pode ser uma

fator de desmotivação dependendo dos fatores em que o trabalhador se

encontrar. Por isso a crença que o dinheiro por si pode motivar é um mito.

A motivação é um fator que aumenta o desempenho do indivíduo e do

grupo, mas é preciso também concentração nas competências, esforços no

sistema de gestão eficaz para transformar motivação em bom desempenho.

O líder pode promover as condições necessárias para criar um ambiente

motivador para seus liderados, eliminando as barreiras e as condições que

levam a desmotivação.

Funcionários felizes são mais produtivos, dependendo de um ambiente

agradável e livre de tensões, é sadio e ajuda o desempenho.

Os fatores motivacionais variam de individuo para indivíduo, isso ocorre

em função de seu âmbito social e da interação que se estabelece entre ele e o

meio. Além disso, os fatores também variam com o momento da vida de cada

um. Não existem comportamentos característicos que reflitam motivação.

Cada pessoa pode demonstrar esse estado de uma forma diferente e própria

de sua personalidade.

Atitudes que reforçam o reconhecimento de comportamento no aspecto

social, simbólico, relacionado ao trabalho e financeiro. O social é quando algo

se transmite ao funcionário pelo reconhecimento ou realização, como um

agradecimento em público, cartas de reconhecimento, momentos de

comemoração. O simbólico é quando algo que é dado ao funcionário, significa

um reconhecimento por meta atingida ou realização importante, como viagens

com a família, entradas para um show. Relacionado ao trabalho é quando uma

forma de reconhecimento e diretamente relacionada ao trabalho do

funcionário, como promoções, participação em projetos especiais, maiores

responsabilidades. Financeiro é quando é dada uma recompensa monetária

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por uma realização importante, como bônus, ações de empresa e prêmios

especiais.

3.1 - Administração de Cargos e salários

Segundo Wood (2004), na abordagem tradicional a suposição é de que

as pessoas são motivadas exclusivamente por incentivos salariais, financeiros

e materiais. A remuneração obedece a padrões rígidos e imutáveis, atende a

processos padronizados de avaliação de cargos, dentro de uma política de

generalização que se aplica a todos os funcionários, indistintamente e sem

levar em conta suas diferenças individuais de desempenho. A remuneração é

baseada no tempo e não no desempenho, com ênfase no passado do

funcionário e em valores fixos e estáticos.

Para Resende (2002), a administração de cargos e salários não tem tido

glória, ou seja, apesar de todo o cuidado técnico e metodológico e dedicada

gestão de muitas organizações, seus objetivos mais importantes não tem sido

alcançados, ao contrário tem causado muitos problemas para as empresas,

em virtude de fatores de cultura organizacional e gerencial, interferências

legais, pressões sindicais e instabilidade econômica.

Existem três tipos principais de problemas resultantes das práticas

tradicionais, os quais são: elevação desnecessária do custo da folha de

pagamento, insatisfação do pessoal e reclamações trabalhista.

A elevação desnecessária do custo da folha de pagamento, concedem-

se constantes aumentos salariais sem melhorar a satisfação e o desempenho

dos funcionários, muito menos as relações trabalhistas. Grande parte dos

dirigentes e administradores de RH e cargos e salários não tem consciência

disto.

A primeira causa externa da negligência e ineficácia da administração

de recursos humanos e cargos e salários inverteu-se radicalmente, fazendo

com que as empresas ajam da mesma forma em relação aos seus critérios e

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posturas de gestão. A competitividade chegou forte, e para sobreviver nesse

novo ambiente de negócios, as empresas deverão buscar novos padrões e

paradigmas de gestão empresarial. Não poderão mais, como fizeram nos

tempos anteriores, descuidar da qualidade, produtividade e principalmente da

consideração com às pessoas.

Nesta realidade, as organizações precisarão cada vez mais aumentar

seus diferenciais competitivos. De modo especial, deverão melhorar sua visão

quanto ao peso do fator humano nos resultados de qualidade, produtividade,

satisfação dos clientes e lucro. E dois dos componentes mais importantes do

fator humano, em razão da quantidade de variáveis que envolvem e da

potencialidade de causar ou evitar problemas, são a remuneração e a carreira.

As organizações deverão ter agilidade e ser componentes na gestão de

pessoas,e dos planos e sistemas que lhes dão suporte.

Uma das queixas mais frequentes dos funcionários nas organizações é

a falta de perspectiva profissional. Possibilidades de progresso profissional,

para motivar e segurar profissionais qualificados, precisam ser criadas através

de políticas, planos, programas e sistemas. O modelo de pagamento baseado

em competências e habilidades favorece muito a viabilização deste objetivo.

3.2 - As vantagens da Remuneração por Habilidades

Para Wood (2004), a evolução salarial será determinada por dois

fatores: pelas necessidades da organização e das equipes de trabalho. Isso

inclui a definição do nível de multifuncionalidade e da estratégia de

capacitação dos recursos humanos, pelo esforço do próprio profissional em

adquirir novas habilidades.

As habilidades adquiridas por um profissional devem refletir a demanda

por habilidade para a execução dos processos sob sua responsabilidade.

O vínculo entre remuneração e habilidades pode ser feito de duas

formas: valorizando a habilidade isoladamente, sendo que cada conquista

individual será atrelada a um valor; ou valorizando o bloco de habilidades, no

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qual o profissional poderá ser remunerado à medida que for adquirindo as

habilidades.

Uma alternativa é a conversão das habilidades ou dos blocos de

habilidades em pontuações. Assim, em vez de avaliar um cargo, presumindo

que esse é estático, passa-se a avaliar a pessoa de acordo com as habilidades

requeridas para sua função, sendo o resultado desta avaliação calculado em

termos de pontos.

Para Wood (2004), a utilização do sistema de remuneração por

habilidades não é adequada para todas as empresas. Seu uso tem-se

disseminado especialmente entre novas unidades industriais com projetos

organizacionais avançados, poucos níveis hierárquicos, equipes

autogerenciáveis e um estilo gerencial aberto e voltado para a administração

participativa. Esse sistema parece adequado para empresas que passaram por

processos de reestruturação e precisam rever seus sistemas de apoio para dar

sustentação à nova estrutura e ao novo estilo gerencial.

A remuneração por habilidades apresenta um série de vantagens para

as empresas que adotam: foco na função é substituído pelo foco na pessoa.

Essa mudança traz ganhos em termos de desenvolvimento individual e da

organização. A mudança de enfoque da função de RH. A gestão de um

sistema por habilidades leva a função RH a ser mais estratégica, já que integra

os programas de capacitação `as necessidades da organização. Ganha-se

foco e sinergia. Evita-se o desperdício de recursos em programas sem impacto

no desempenho individual e organizacional. O sistema, uma vez implantado,

representa um acréscimo de flexibilidade e de adaptabilidade da empresa.

Equipes multifuncionais bem treinadas adaptam-se muito mais facilmente a

alterações de processos, produtos e modelos de gestão do que grupos

organizados na forma tradicional.

Mesmo nas empresas que se enquadram no perfil descrito, o uso de

sistemas de remuneração por habilidades tende a ser mais vantajoso quando

focado em cargos técnicos e operacionais. As dificuldades práticas que podem

ocorrer são em nível gerencial em relação ao pessoal administrativo, por

causa da variedade e grau de abstração, decorrente das habilidades.

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3.3 - Entendendo a Remuneração por competência

Na remuneração por competência, a evolução salarial se dá por meio

das movimentações horizontais e verticais, sendo que toda a movimentação é

definida pela aplicação e certificação de competências.

A movimentação horizontal representa a evolução salarial do

profissional dentro de um mesmo cargo ou de um espaço ocupacional e ocorre

a partir da aquisição de níveis mais avançados de proficiência nas

competências e consequente certificação.

A movimentação vertical significa a mudança de cargo ou espaço

ocupacional para outro hierarquicamente superior, caracterizando uma

promoção. Ocorre quando o profissional comprova ter pré-requisitos exigidos,

como escolaridade e nível mínimo de desenvolvimento em determinadas

competências.

A avaliação de competência dos funcionários deriva de uma pontuação,

é a partir dela que a remuneração é calculada. Por isso este processo exige

dedicação especial. Existe muitas formas de estruturar um processo de

avaliação. A mais reconhecida é avaliação de 360 graus, a qual envolve

inúmeros avaliadores, sendo eles clientes, fornecedores, superior imediato e

pares. Porem, esta avaliação é pouco recomendada para: avaliar

competências técnicas, pois essas só devem ser avaliadas por pessoas

altamente qualificadas ou especialista na área; organizações que ainda não

possuem uma cultura de avaliações; organizações que passaram ou estão

passando um processo de mudança com a implantação de um sistema de

remuneração por competências.

As vantagens da remuneração de competências são: conduzir ao

melhor entendimento da organização; viabiliza a disseminação dos

conhecimentos relacionados ao negócio e das estratégias da empresa,

visando construir uma organização de alta performance; garante que a

disseminação dos conhecimentos junto aos empregados promova sua

evolução profissional e traga benefícios organizacionais como flexibilidade,

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agilidade, inovação e velocidade; forma uma base de dados confiável de cada

empregado (com base nos resultados das avaliações); é suportada por uma

valiosa fonte de informação para as necessidades de treinamento e

desenvolvimento, plano de sucessão, seleção interna e externa; compromete

os líderes na gestão efetiva e no desenvolvimento de sua equipe.

3.4 - Reconhecer e Recompensar

Para chiavenato (2008), os funcionários se desenvolverem dentro de

certos padrões da operação, as organizações dispõem de um sistema de

recompensas (incentivos para estimular certos tipos de comportamento

desejados pela organização) e de punições (castigos e penalidades, reais ou

potenciais, para coibir certos tipos indesejáveis de comportamento) a fim de

balizar o comportamento das pessoas que delas participam.

Para Wood (2004), o reconhecimento deve estar claramente

relacionado ao comportamento que faz as realizações que motivaram o

prêmio, devem continuar para alcançar novas realizações. Para isso o

reconhecimento deve ser feito de forma sincera e honesta, sem cerimônias

excessivamente formais ou percebidas como manipulativas, para que não

ocorra o efeito contrário ao sentimento de reconhecimento por parte do

funcionário.

Segundo Chiavenato (2008), as recompensas organizacionais são

oferecidas para reforçar atividades que produzam os seguintes efeitos:

Aumentem a consciência e a responsabilidade do indivíduo e da

equipe dentro da organização, que incentivem a consciência da missão

organizacional e o espírito de visão de futuro na empresa. Ampliem a

interdependência do indivíduo para com a equipe e da equipe para com toda a

organizações. Em outras palavras, incentivem o espírito de equipe e o trabalho

em conjunto. Ajudem a enfatizar a constante criação de valor dentro da

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organização. Em outras palavras, incentivem as ações que agreguem valor à

organização, ao cliente e às próprios pessoas. O desempenho excelente deve

ser premiado.

As formas de reconhecimento do desempenho podem ser financeiras ou

não financeiras. Existe um sistema entre a remuneração variável, o salário

indireto e as alternativas criativas, essas formas de reconhecimento

pressupõem uma certa informalidade no uso, ou seja, é preciso que o hábito

do reconhecimento e da premiação seja absorvido como um traço cultural.

Muitas empresas ainda valorizam ambientes austeros e a formalidade. A

relação capital-trabalho ainda está em processo de amadurecimento.

Programas pouco estruturados podem gerar descontentamentos e

desconfianças entre os funcionários, premiações podem ser percebidas como

práticas manipulativas e recompensas individuais podem parecer privilégios

descabidos.

As pessoas precisam de reconhecimento: reconhecer o esforço de um

funcionário, dar-lhe feedback e orientações é parte do trabalho de todo líder.

Há várias formas de reconhecimento do desempenho. Elas vão do

simples “muito obrigada” até vantagens exclusivas como viagens. O

reconhecimento não financeiro é uma recompensa que não envolve dinheiro

por parte da empresa, como: “parabéns”, que por mais singelo que pareça

muitas vezes tem um grande efeito e significado para a pessoa que o recebe;

nota escrita de agradecimento; visita do diretor ou presidente da empresa para

dia conhecê-lo; convite para participar de um estudo importante ou para decidir

algum assunto vital para a empresa. O reconhecimento financeiro é uma

recompensa que envolve algum tipo de investimento, como dia de folga;

entradas para o teatro ou pra algum show; equipamento de notebooks,

impressoras, telefone celular e etc; estágio no exterior; jantar ou churrasco com

equipe de trabalho; licença remunerada para desenvolvimento de um projeto

pessoal; participação de feiras e congressos; presentes para os filhos; soma

em dinheiro; vales ou cupons para trocar por benefícios adicionais; viagens

entre outros.

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Conforme Chiavenato (2008) , a maioria das organizações adota vários

tipos de recompensas financeiras:

Recompensas relacionadas com objetivos de realização empresarial,

como o lucro ou o prejuízo. A participação nos resultados anuais ou semestrais

é um exemplo desse critério. Embora ainda limitadas a certos níveis, como

diretores e gerentes, esse critério encerra potencialmente um forte um pacto

motivacional.

De acordo com Chiavenato (2008), as recompensas vinculadas ao

tempo de serviço do funcionário e que são concedidas automaticamente em

certos intervalos, como 5 ou 10 anos, desde que o funcionário não tenha tido

um desempenho insatisfatório. Os chamados quinquênios ou decênios são

exemplos desses critérios. Tais incentivos são relativamente pequenos e

buscam principalmente manter o equilíbrio salarial.

Recompensas relacionadas com o desempenho claramente

excepcional. Essas recompensas exigem apenas diferenciação no

desempenho e melhoria salariais com valor motivacional. É o aumento por

mérito.

Recompensas relacionadas com resultados departamentais, divisionais

ou mesmo globais, objetivamente quantificáveis. Podem ser compartilhadas

dentro do grupo, em termos de igual porcentagem com relação à base salarial

de cada pessoa. É a chamada remuneração variável.

3.5 - Remuneração e Benefícios

Segundo Chiavenato (2008), os benefícios procuram atender às

necessidades individuais, proporcionando um vida pessoal, familiar e de

trabalho mais tranquila e produtiva. Visam proporcionar condições para que

cada pessoa possa desligar-se das preocupações cotidianas e concentrar-se

nas atividades do trabalho para satisfazer necessidades mais elevadas. Nesse

sentido, o plano de benefícios é oferecido para atender a um leque

diferenciado de necessidades dos funcionários. Dentro dessa concepção de

atendimento das necessidades humanas, os serviços e benefícios sociais

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deveriam constituir um esquema integrado capaz de satisfazer os fatores

higiênicos e alguns dos fatores motivacionais.

Os objetivos econômicos devem funcionar como um elemento de

atração e de retenção de pessoal. Neste sentido, os benefícios visa: reduzir o

cansaço físico e psicológica das pessoas; apoiar o recrutamento de pessoal e

atrair candidatos; reduzir a rotatividade do pessoal e fixar as pessoas na

empresa; reduzir o absenteísmo; melhorar a qualidade de vida das pessoas e

minimizar o custo das horas trabalhadas.

Para Maitland (2000), o pagamento e todos os benefícios financeiros a

ele ligados têm parte na motivação das pessoas. Conhecer os efeitos da

motivação, considerando níveis salariais, sistemas de pagamento e

observando tudo o que se relacione ao salário direto e indireto, incluindo todos

os benefícios adicionais oferecidos pela sua empresa.

O nível básico de remuneração é importante para o grupo, se for baixo

demais, provavelmente os indivíduos não farão nada além do mínimo

necessário, e até mesmo deixarão o expediente o mais cedo que puderem. Já

um salário razoável, qualquer que seja este, deixará o grupo satisfeito, levando

a uma condição de criar novos meios de motivação.

Qualquer quadro de funcionários sonha em poder sentir que está

recebendo um salário justo e condizente, sentir que ganha o que merece.

Cada funcionário tem ideia sobre qual é o seu valor, baseado em suas

habilidades, conhecimentos e experiências, relacionando isso à

responsabilidade de trabalho e formado, tendo ideia de quanto deva receber.

Se for menos do que acha, sem dúvida, isso o deixará desanimado.

Para Chiavenato (2008), os objetivos sociais procuram preencher

deficiências, lacunas ou carências de previdência social, do sistema

educacional e dos demais serviços prestados pelo governo ou pela

comunidade, como transporte, segurança etc. De um modo geral, os planos de

benefícios sociais são planejados e desenhados para ajudar o funcionário em

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três diferentes áreas de sua vida: no cargo que envolve gratificações, prêmios

de produção, seguro de vida e etc; fora do cargo, mas dentro da organização.,

envolvendo refeitórios, cantinas, lazer, transportes etc; fora da organização, na

comunidade, o qual envolve recreação, atividades esportivas e comunitárias

etc. Existem três tipos de estratégias de benefícios, sendo: estratégia pacifica,

a qual oferece os benefícios que os funcionários desejam em função de seus

expectativas; a estratégia comparativa de benefícios, a qual proporciona

programas similares aos que existem no mercado e por fim a estratégia de

benefícios mínimos, que são os oferecidos legalmente, e apenas os

espontâneo as, que não geram custos a empresa.

Segundo Maitland (2000), o tamanho e o sucesso da empresa para a

qual trabalha exercem influência sobre a opinião do quadro de funcionários,

com relação ao que acredita merecer em termos de remuneração básica de

benefícios adicionais. Uma empresa pequena, lutando pela sobrevivência, não

pode pagar somas generosas em salários, e a maioria de seus funcionários

reconhece e aceita a situação. Contudo, espera-se que uma empresa em

expansão ou uma empresa grande e bem-sucedida divida seu sucesso com

seu quadro de funcionários, pagando maiores salários do que seus

concorrentes menores.

3.6 - Motivar para liderar

Conforme Maitland (2000), o local de trabalho tem um papel de grande

importância na motivação de funcionários, embora possa ser uma influência

mais negativa do que positiva. Ele deve ser satisfatória para a motivação em

alguns aspectos, como liderança e trabalho em equipe. Caso um desses

aspectos não seja motivador, os funcionários voltarão suas atenções para

outras coisas, ficando assim menos propensos a trabalhar com empenho e de

modo correto. Até onde for possível devesse procurar oferecer condições

seguras, apresentando um ambiente de trabalho saudável.

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A empresa tem por obrigação legal fornecer um local de trabalho onde

você e seus funcionários possam trabalhar em segurança, sem riscos (ou com

riscos bastante reduzido) de acidentes ou doenças causadas por esse local.

Melhores condições de trabalho gera a motivação para o trabalho de maneira

eficaz e proveitosa.

Para Resende (2002), um ponto crítico nas organizações é a questão do

feedback. Trata-se de uma das tarefas mais importantes de gestão de pessoal,

desejada pelos empregados, mas que tem sido pouco ou mal praticada. O

motivo é principalmente a deficiência de políticas e instrumentos de gestão de

pessoal. Costuma-se exagerar na dificuldade, real, de tratar de aspectos

negativos do trabalho com os subordinados, temendo-se sua reação. Mas, na

verdade, essa dificuldade é aumentada porque os gerentes e supervisores

nem sempre dispõem de condições favoráveis para manter conversações, que

incluem feedback, com seu pessoal. E a dificuldade advém principalmente da

falta de políticas firmes, planos consistentes, instrumentos bons e treinamento

eficaz. Pelas características e metodologias de pagamento baseado em

competências proporciona um pouco de cada um destes itens, favorecendo a

objetividade e proporcionando segurança às lideranças para dar feedback.

A motivação, trata-se de um sentimento em cadeia, proporcionando pela

metodologia do pagamento baseado em competências e habilidade. O

autodesenvolvimento profissional com consequências salariais (com regras

transparentes) aumenta a motivação do pessoal, que contribui mais para

melhoria do clima organizacional e favorecem significativamente a melhoria

das relações trabalhista.

Os gerentes, coordenadores, supervisores, encarregados e líderes

devem ser bem preparados para lidar com pessoas e sistemas de

administração de recursos humanos. A implementação da metodologia de

remuneração agora tratada obriga as lideranças se envolverem mais com o

assunto e a aprenderem um pouco mais a respeito de pessoas e diferenças

individuais, tornando-as mais capacitadas para esta tarefa.

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CONCLUSÃO

Mudanças de paradigmas que estão acontecendo no modelo tradicional,

ou seja, no salário fixo ou nominal, a que se aplica o modelo de remuneração

por competências e habilidades, que está ficando cada vez mais reconhecida,

e assim definindo a necessidade de as organizações praticarem,

combinadamente, algumas formas de remuneração e recompensas: o salário

variável (comissões, bônus e Participação no Lucro), o pagamento de

incentivos e a concessão de benefícios.

Cada uma dessas formas de remuneração e recompensas possui um

objetivo principal (embora possam ter outros objetivos complementares). São

eles: o principal objetivo da remuneração fixa é fazer justiça individual pela

maior qualificação profissional e pelo maior domínio e aplicação de

competências e habilidades.

O principal objetivo da remuneração variável é recompensar pessoas e

equipes por suas contribuições aos resultados produtividade, qualidade e

lucratividade da área e da empresa.

O principal objetivo do pagamento de incentivos é recompensar pessoas

e equipes por variadas formas ou situações especificas ou pontuais de

merecimento em que há conveniência de se conceder prêmios e

reconhecimentos materiais ou psicológicos.

O principal objetivo dos planos de benefícios é atender à necessidade,

imposta pelo mercado ou acordos coletivos, de complementar a remuneração

dos empregados com a concessão de outras vantagens (assistências médicas

e dentária, vale-refeição, etc) que equivalem a uma remuneração indireta.

A finalidade de mostrar esses diferenciais das varias formas de

remuneração e recompensas é mostrar que, do ponto de vista dos

empregados, a remuneração fixa é talvez a mais importante, mesmo com os

outros tipos agregando muito valor ao trabalho.

As organizações estão desenvolvendo sistemas de recompensas

capazes de provocar impacto direto na sua capacidade de atrair, reter e

motivar os funcionários. As organizações utilizam para incentivar e

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recompensar os seus participantes, seja em função posições ocupadas, do

tempo na organização, do desempenho alcançado ou das metas e resultados

a serem cumpridos. A remuneração, os incentivos e os benefícios e serviços

oferecidos aos funcionários faz com que os funcionários sejam mais felizes,

motivados e produtivos.

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BIBLIOGRAFIA

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