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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
GERENCIAMENTO DE PESSOAS NOS PROJETOS
Bruno Pires Carvalho
Orientador
Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves, D. Sc.
Rio de Janeiro
2008
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
GERENCIAMENTO DE PESSOAS NOS PROJETOS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Projetos.
Por: Bruno Pires Carvalho
3
AGRADECIMENTOS
Aos Mestres e colegas de turma, que
abrilhantaram e enriqueceram as aulas
com suas experiências acadêmicas e
vivencias profissionais.
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DEDICATÓRIA
Dedico mais esta conquista aos meus
pais: minha mãe Lucilez, que me
incentiva e vibra com cada passo que dou
na vida, a meu pai Almir que
oportunamente orienta com sensatas
palavras este filho, aos meus irmãos:
Eduardo, que por inúmeras vezes abdicou
de si mesmo para auxiliar-me nesta e em
diversas outras conquistas, ao meu irmão
Felipe, a quem admiro e almejo servir de
exemplo e a minha noiva Ingred, pela
compreensão, amor e afinco pelo meu
sucesso.
5
RESUMO
Este estudo tem por finalidade, desmistificar o tema Gerenciamento de
pessoas nos projetos. Enfatizando a figura do gerente de projetos, relatando as
dificuldades enfrentadas no campo da comunicação, na formação de equipes
de trabalho, na solução de conflitos e perante as mudanças. Propondo as
soluções cabíveis para cada situação conflituosa, vislumbrando a
compreensão e sua correta aplicação na coletividade corporativa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I -Gerenciamento de Projetos
1.1 - O que é Gestão de Projetos? 10
1.2 - Histórico da Gestão de Projetos 11
1.3 - A Estrutura da Gestão de Projetos 12
1.4 – Interessados no Projeto (Stakeholders) 13
1.5 - Gerente de Projetos 14
1.6 - Ciclo de Vida dos Projetos 14
1.7 – Os Cinco Processos Gerenciais 15
1.8 - O Estudo das Variáveis 16
1.9 - As Nove Áreas do Conhecimento 18
CAPÍTULO II - Gerenciamento de Pessoas
2.1 - Necessidades e Desejos 20
2.2 – Motivação no Ambiente Corporativo 24
2.3 - Capital Intelectual 27
CAPÍTULO III – Gerenciamento de Pessoas nos Projetos
3.1 - O Poder do Gerente de Projetos 29
3.2 - Ética e Responsabilidade Profissional 30
3.3 - Contratação de Pessoal 34
3.4 – Liderança 37
3.5 - Comunicação 39
7
3.6 - Formação de Equipe de Trabalho 42
3.7 - Gerenciamento de Conflitos 46
3.8 - Como Lidar com Mudanças 47
CONCLUSÃO 49
BIBLIOGRAFIA 50
ÍNDICE 51
ANEXOS 53
8
INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é focar no profissional responsável pela
Gestão de Projetos e apresentar as habilidades que o mesmo deve possuir,
além do domínio das nove áreas do conhecimento do PMI. O gerente de
projetos deve ter aguçada a capacidade de lidar com pessoas, gerenciando as
mesmas em prol da satisfação dos colaboradores e das demais partes
interessadas no sucesso do projeto.
Foi esta premissa que motivou este trabalho. Uma organização evolui
ou padece, perante seu mercado de atuação, mediante o valor de seu capital
intelectual e do correto emprego desses recursos, proporcionados pela
habilidade que os gestores têm em conduzi-los.
No primeiro Capitulo, analisaremos o conteúdo que compõem o
modelo PMI de Gestão de Projetos, fazendo com que o leitor compreenda
realmente os conceitos para aplicação desta ferramenta, bem como seu
histórico e sua extensão de aplicabilidades, tomando como base o Guia
PMBOX.
Seguidamente, abordaremos o Capitulo GERENCIAMENTO DE
PESSOAS, onde de maneira clara e objetiva, comentaremos sobre suas
necessidades e desejos, diversidades culturais, fatores motivacionais no
ambiente de trabalho, suas diversas opiniões sobre recompensas e seu capital
intelectual; primordial para o bom desempenho das atividades dos projetos.
Agindo conforme as orientações do livro CAPITAL INTELECTUAL de Thomas
O. Davenport.
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O terceiro e último Capitulo é baseado no livro A VERDADE SOBRE
GERENCIAR PESSOAS do autor Stephen P. Robbins. E trata do nosso
assunto principal, onde será discutido enfim, as habilidades que o gerente de
projetos deve possuir para conduzir efetivamente o capital humano a ele
conferido, e de maneira coerente com a atividade fim do projeto, identificar e
alocar os recursos atendendo as necessidades e desejos dos “stakeholders”.
Conduzindo os colaborados sinergicamente para um comprometimento
coletivo, objetivando o sucesso do projeto.
10
CAPÍTULO I
GERENCIAMENTO DE PROJETOS
1.1O que é Gestão de Projetos?
Gerência de projetos ou gestão de projetos ou ainda gerenciamento
de projetos, conforme o Guia PMBOX é a aplicação de conhecimentos,
habilidades e técnicas na elaboração de atividades relacionadas para atingir
um conjunto de objetivos pré-definidos. O conhecimento e as práticas da
gerência de projetos são melhores descritos em termos de seus processos
componentes.
Esses processos podem ser classificados em cinco grupos de processo
(iniciação, planejamento, execução, controle e encerramento) e nove áreas de
conhecimento (gerência de integração de projetos, gerência de escopo de
projetos, gerência de tempo de projetos, gerência de custo de projetos,
gerência de qualidade de projetos, gerência de recursos humanos de projetos,
gerência de comunicações de projetos, gerência de riscos de projetos e
gerência de aquisições de projetos).
Reduzida à sua forma mais simples, a gerência de projetos é a disciplina
de manter os riscos de fracasso em um nível tão baixo quanto necessário
durante o ciclo de vida do projeto. O risco de fracasso aumenta de acordo com
a presença de incerteza durante todos os estágios do projeto. Um ponto-de-
vista alternativo diz que gerenciamento de projetos é a disciplina de definir e
alcançar objetivos ao mesmo tempo em que se otimiza o uso de recursos
(tempo, dinheiro, pessoas, espaço, etc).
A gerência de projetos é frequentemente a responsabilidade de um
indivíduo intitulado gerente de projeto. Idealmente, esse indivíduo raramente
participa diretamente nas atividades que produzem o resultado final. Ao invés
disso, o gerente de projeto trabalha para manter o progresso e a interação
mútua progressiva dos diversos participantes do empreendimento, de modo a
reduzir o risco de fracasso do projeto.
11
1.2 Histórico da Gestão de Projetos
Como uma disciplina, a gerência de projeto foi desenvolvida de diversos
campos de aplicação diferentes, incluindo a construção, a engenharia
mecânica, projetos militares, etc.. Nos Estados Unidos, o ‘pai’ da gerência de
projeto é Henry Gantt, chamado o pai de técnicas do planejamento e do
controle, que é conhecido pelo uso do gráfico de ‘barra’ como uma ferramenta
de gerência do projeto, para ser um associado as teorias de Frederick Winslow
Taylor da administração científica, e para seu estudo do trabalho e da gerência
do edifício do navio da marinha.
Seu trabalho é o precursor a muitas ferramentas de gerência modernas
do projeto, tais como a WBS (work breakdown structure) ou EAP (estrutura
analítica do projeto) de recurso que avalia o trabalho. Os anos 50 marcam o
começo da era moderna da gerência de projeto. Outra vez, nos Estados
Unidos, antes dos anos 50, os projetos foram controlados basicamente se
utilizando os gráficos de Gantt, técnicas informais e ferramentas. Nesse tempo,
dois modelos programando do projeto matemático foram desenvolvidos: (1) de
'Program Evaluation and Review Technique' ou o PERT, desenvolvido como a
parte programa do míssil do submarino Polaris da marinha dos Estados
Unidos' (conjuntamente com o Lockheed Corporation); e o (2) 'Critical Path
Method' (CPM) desenvolvido em conjunto por DuPont Corporation e Remington
Rand Corporation para projetos da manutenção de planta.
Estas técnicas matemáticas espalharam-se rapidamente em muitas
empresas. Em 1969, o Project Management Institute (PMI) foi dando forma
para servir ao interesse da indústria da gerência de projeto. A premissa de PMI
é que as ferramentas e as técnicas da gerência de projeto são terra comum
mesmo entre a aplicação difundida dos projetos da indústria do software à
indústria de construção. Em 1981, os diretores do PMI autorizaram o
desenvolvimento de o que se transformou em um guia de projetos o 'Project
12
Management Body of Knowledge', contendo os padrões e as linhas mestras
das práticas que são usados extensamente durante toda a profissão.
1.3 – A Estrutura da Gestão de Projetos
O Guia PMBOK é um guia que identifica o subconjunto do conjunto de
conhecimentos em gerenciamento de projetos, amplamente reconhecido como
boa prática na maioria dos projetos na maior parte do tempo e utilizado como
base pelo Project Management Institute (PMI). Uma boa prática não significa
que o conhecimento e as práticas devem ser aplicados uniformemente a todos
os projetos sem considerar se é apropriado.
O Guia PMBOK também fornece e promove um vocabulário comum
para se discutir, escrever e aplicar o gerenciamento de projetos, possibilitando
o intercâmbio eficiente de informações entre os profissionais de gerência de
projetos.
A estrutura da gestão de projetos, segue uma següência de tarefas a
serem abordadas que visam minimizar os erros e conseguentemete as falhas
no prazo, no custo e em demais áreas que possam causar dano na execução
do mesmo, por isso orientar-se por esta estrutura é o melhor caminho, pois
evita que alguma parte do projeto seja esquecida ou mal trabalhada.
O conhecimento de gerenciamento de projetos descrito no Guia PMBOK
consiste em:
• Definição do ciclo de vida e da organização de um projeto
• Descrição dos cinco grupos de processos de gerenciamento de
projetos:
o Grupo de processos de iniciação
o Grupo de processos de planejamento
o Grupo de processos de execução
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o Grupo de processos de monitoramento e controle
o Grupo de processos de encerramento
• Descrição das nove áreas de conhecimento:
o Gerenciamento de Integração
o Gerenciamento de Escopo
o Gerenciamento do Tempo
o Gerenciamento de Custo
o Gerenciamento da Qualidade
o Gerenciamento de Recursos Humanos
o Gerenciamento de Comunicações
o Gerenciamento de Risco
o Gerenciamento de Aquisições
1.4 - Interessados no Projeto (Stakeholders)
Os interessados no projeto são os indivíduos e as organizações
ativamente envolvidas ou cujos interesses possam ser influenciados
positivamente ou negativamente pela execução do projeto e suas
conseqüências. De maneira geral, os stakeholders de um projeto são:
• Gerente do Projeto
• Membros da equipe do projeto
• Organização executora
• Patrocinador (Sponsor)
• Cliente
• Fornecedores
• Usuário final
• Sociedade
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1.5 - O Gerente de Projeto
Um projeto é desenvolvido pelo profissional denominado ”gerente de
Projeto”. Este profissional raramente participa das atividades diretas do projeto
que produzem os resultados. Sua função é “gerenciar” o progresso do
empreendimento e através das variáveis (qualidade, custo, prazo e escopo)
verificar seus desvios. Desta forma, seu objetivo geral é proporcionar que as
falhas inerentes aos processos sejam minimizadas.
Um gerente de projeto tem que determinar e executar as necessidades
do cliente, baseado nos seus próprios conhecimentos. A habilidade de
adaptar-se aos diversos procedimentos pode lhe proporcionar um melhor
gerenciamento das variáveis e desta forma uma maior satisfação do cliente.
Em campo, um gerente de projeto bem sucedido deve poder imaginar o projeto
inteiro do seu começo ao seu término e desta forma assegurar que esta visão
seja realizada. Qualquer tipo de produto ou serviço: edifícios, veículos,
eletrônica, software de computador, serviços financeiros,campanhas de
marketing, etc. Pode ter sua execução supervisionada por um gerente de
projeto e suas operações por um gerente de produto.
1.6 – Ciclo de Vida dos Projetos
Projetos permeiam todas as organizações, pois são instrumentos
fundamentais para qualquer atividade de mudança e geração de produtos e
serviços. O desenvolvimento de softwares, campanhas promocionais,
desenvolvimento de um novo produto ou serviço, campanhas de marketing, a
implantação de uma estratégia ou mudança organizacional, ou mesmo a
implantação de uma nova norma organizacional, são alguns exemplos de
projetos.
Os projetos podem envolver desde uma única pessoa a milhares e ter a
duração de alguns dias ou vários anos, como é o caso do Mars Pathfinder, o
projeto de exploração de Marte da NASA.
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O ciclo de vida do gerenciamento do projeto descreve o conjunto de
processos que devem ser seguidos para que o projeto seja bem gerenciado.
De acordo com o PMBOK, os processos de gerenciamento de projetos podem
ser classificados em cinco grupos:
Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle e
Encerramento.
1.7 – Os Cinco Processos Gerenciais
Nas últimas décadas, emergiram uma série de abordagens na indústria
em geral. Dentre essas abordagens se destaca a abordagem do PMBOK, que
tem se tornado um padrão em diversas indústrias.
Nesta abordagem, classificada como tradicional, distinguimos cinco grupos de
processos no desenvolvimento de um projeto:
• Iniciação
• Planejamento
• Execução
• Monitoramento e Controle
• Encerramento
O projeto ou empreendimento visa a satisfação de uma necessidade ou
oportunidade, definida no texto acima como fase inicial na qual existem muitas
áreas e/ ou pessoas envolvidas. Em geral sempre existe mais que uma
solução ou alternativas para atender as mesmas necessidades. A técnica
usada para definir a solução final passa pelo desenvolvimento de alternativas
extremas. A primeira de baixo custo que atende as necessidades mínimas para
ser funcional. A segunda tenta atender a maior parte das exigências das
diversas áreas envolvidas no escopo que resulta num projeto com custo muito
maior e pouco competitivo. A partir de ambas as alternativas é desenvolvida
16
uma solução intermediária entre as mesmas, que atende a uma boa parte das
exigências com um custo competitivo.
Vários setores utilizam variações destes estágios. Por exemplo, na
construção civil, os projetos tipicamente progridem de estágios como Pré-
planejamento para Design Conceitual, Design esquemático, Design de
desenvolvimento, construção de desenhos (ou documentos de contrato), e
administração de construção. Embora os nomes difiram de indústria para
indústria, os estágios reais tipicamente seguem os passos comuns à resolução
de problemas (problem solving): definir o problema, balancear opções,
escolher um caminho, implementação e avaliação.
O gerenciamento de projetos tenta adquirir controle sobre três variáveis:
• tempo
• custo
• escopo
Algumas literaturas definem como quatro variáveis, sendo qualidade a
quarta variável, contudo a qualidade é uma das principais componentes do
escopo. Estas variáveis podem ser dadas por clientes externos ou internos.
O(s) valor(es) das variáveis remanescentes está/estão a cargo do gerente do
projeto, idealmente baseado em sólidas técnicas de estimativa. Os resultados
finais devem ser acordados em um processo de negociação entre a gerência
do projeto e o cliente. Geralmente, os valores em termos de tempo, custo,
qualidade e escopo são definidos por contrato.
1.8 – O Estudo das Variáveis
Alguns empreendimentos, necessitam serem executados e entregues
sob determinadas variáveis . As variáveis principais também podem ser
denominadas como tradicionais são eles o escopo, o tempo, e o custo. Isto é
conhecido também como ao triângulo da gerência de projeto, onde cada lado
representa uma variável. Um lado do triângulo não pode ser mudado sem
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impactar no outro. Como comentado anteriormente, alguns profissionais
entendem que a variável ´qualidade’ esta separada do escopo, e definem esta
como sendo uma quarta variável. A restrição do tempo influencia o projeto no
seu termino.
A restrição de custo informa o valor monetário incluído no orçamento
disponível para o projeto. Já a restrição do escopo consulta a o que deve ser
feito para produzir o resultado de fim do projeto. Estas três variáveis estão
freqüentemente competindo: o escopo aumentado significa tipicamente o
tempo aumentado e o custo aumentado, uma restrição apertada de tempo
poderia significar custos aumentados e o escopo reduzido, e um orçamento
apertado poderia significar o tempo aumentado e o escopo reduzido. A
disciplina da gerência de projeto é sobre fornecer as ferramentas e as técnicas
que permitem a equipe de projeto (não apenas ao gerente de projeto) de
organizar seu trabalho para se encontrar com estas variáveis .
tempo
O tempo requerido para terminar os componentes do projeto, é
normalmente influenciado quando se pretende baixar o tempo para execução
de cada tarefa que contribui diretamente à conclusão de cada componente. Ao
executar tarefas usando a gerência de projeto, é importante cortar o trabalho
em diversas partes menores de modo que seja fácil definirmos condições de
criticidade e de folga.
custo
O Custo para desenvolver um projeto depende de diversas condições
iniciais que possuímos para o desenvolvimento de cada projeto tais como:
taxas labor, taxas materiais, gerência de risco, planta (edifícios, máquinas,
etc.), equipamento, e lucro.
escopo
São as exigências especificadas para o resultado fim, ou seja, o que se
pretende realizar. Um componente principal do escopo é a qualidade do
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produto final. A quantidade de tempo pôs em tarefas individuais determina a
qualidade total do projeto.
1.9 As Nove Áreas do Conhecimento
Apesar do rápido crescimento da disciplina de gerenciamento de
projetos, muitos profissionais ainda desconhecem do que se trata esta
atividade. Acreditam que se trata somente de coordenação de atividades, ou
controle financeiro de um projeto. Na realidade, a disciplina é muito ampla, a
seguir as áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos, de acordo
com o PMBOK:
Gerenciamento de Integração – processos que garantem que os
diversos elementos do projeto estejam apropriadamente coordenados.
Consiste do desenvolvimento do plano de projeto, execução do plano e
controle de mudanças.
Gerenciamento de Escopo – processos necessários para garantir
que o projeto inclui todo o trabalho requerido, e somente o trabalho requerido,
para que seja completado com sucesso. Consiste da iniciação do projeto,
planejamento de escopo, definição de escopo, verificação de escopo e controle
de mudança do escopo.
Gerenciamento do Tempo – processos que garantem que o
projeto seja concluído no tempo correto. Consiste de definição das atividades,
sequenciamento de atividades, estimativas de duração de atividades, criação
do cronograma e controle do cronograma.
Gerenciamento de Custo – processos necessários para garantir
que o projeto seja completado dentro do orçamento aprovado. Consiste de
planejamento de recursos, estimativa de custos, definição de orçamento e
controle de custos.
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Gerenciamento da Qualidade – processos necessários para que
o projeto satisfaça as necessidades para as quais foi criado. Consistem no
planejamento, avaliação e controle da qualidade.
Gerenciamento de Recursos Humanos – processos para
garantir o uso mais eficiente das pessoas envolvidas no projeto. Consiste de
planejamento organizacional, e formação e desenvolvimento da equipe.
Gerenciamento de Comunicações – processos necessários para
que a informação do projeto seja gerada, coletada, disseminada, armazenada
e/ou descartada da forma correta. Consiste de planejamento da comunicação,
distribuição da informação, relatórios de desempenho e fechamento
administrativo.
Gerenciamento de Risco – processos que identificam, analisam e
respondem aos riscos do projeto. Consiste de identificação de riscos,
quantificação e qualificação de riscos e desenvolvimento e controle da
resposta aos riscos.
Gerenciamento de Aquisições – processos necessários para a
aquisição de bens e serviços de terceiros. Consiste de planejamento de
aquisições, planejamento de solicitações, seleção dos fornecedores,
administração de contratos e fechamento de contratos.
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CAPÍTULO II
GERENCIAMENTO DE PESSOAS
2.1 – Necessidades e Desejos
"Um músico deve compor,
um artista deve pintar,
um poeta deve escrever,
caso pretendam deixar seu coração em paz.
O que um homem pode ser, ele deve ser.
A essa necessidade podemos dar o nome de
auto-realização."
Abraham Harold Maslow (1908 - 1970)
Maslow construiu uma teoria na qual as necessidades humanas podem
ser hierarquizadas, mostrando inclusive, com essa hierarquia, no que somos
diferentes dos animais, que não teriam uma hierarquia com tantos níveis como
nós, os humanos.
Segundo a Teoria de Maslow, as necessidades humanas podem ser
agrupadas em cinco níveis:
• Necessidades fisiológicas
Estas são as necessidades mais básicas, mais físicas (água, comida, ar,
sexo, etc.). Quando não temos estas necessidades satisfeitas ficamos mal,
com desconforto, irritação, medo, doentes. Estes sentimentos e emoções nos
conduzem à ação na tentativa de diminuí-las ou aliviá-las rapidamente para
estabelecer o nosso equilíbrio interno. Uma vez satisfeitas estas necessidades
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nós abandonamos estas preocupações e passamos a nos preocupar com
outras coisas.
• Necessidades de segurança
No mundo conturbado em que vivemos procuramos fugir dos perigos,
buscamos por abrigo, segurança, proteção, estabilidade e continuidade. A
busca da religião, de uma crença deve ser colocada neste nível da
hierarquia.
• Necessidades sociais
O ser humano precisa amar e pertencer. O ser humano tem a
necessidade de ser amado, querido por outros, de ser aceito por outros. Nós
queremos nos sentir necessários a outras pessoas ou grupos de pessoas.
Esse agrupamento de pessoas pode ser a antiga tribo, ou a tribo (grupo) atual,
no seu local de trabalho, na sua igreja, na sua família, no seu clube ou na sua
torcida. Todos estes agrupamentos fazem com que tenhamos a sensação de
pertencer a um grupo, ou a uma "tribo". Política, religião e torcida são as tribos
modernas.
• Necessidades de "status" ou de estima
O ser humano busca ser competente, alcançar objetivos, obter
aprovação e ganhar reconhecimento. Há dois tipos de estima: a auto-estima e
a hetero-estima. A auto-estima é derivada da proficiência e competência em
ser a pessoa que se é, é gostar de si, é acreditar em si e dar valor a si próprio.
Já a hetero-estima é o reconhecimento e a atenção que se recebe das outras
pessoas.
• Necessidade de auto-realização
O ser humano busca a sua realização como pessoa, a demonstração
prática da realização permitida e alavancada pelo seu potencial único. O ser
22
humano pode buscar conhecimento, experiências estéticas e metafísicas, ou
mesmo a busca de Deus.
Abaixo apresentamos a representação gráfica da Hierarquia das necessidades
de Maslow:
Fonte: www.portaldomarketing.com.br
Podemos ainda afirmar dentro da teoria de Maslow que:
a. As necessidades fisiológicas, as necessidades de segurança e algumas
das necessidades sociais são fatores de desmotivação. A Teoria de
Maslow diz que a satisfação destas necessidades é básica; já a
ausência da satisfação destas necessidades não motiva ninguém, pelo
contrário, desmotiva.
23
b. As necessidades sociais, as necessidades de "status" e de estima e as
necessidades de auto-realização são fortes fatores motivacionais, ou seja,
na ausência dessas necessidades satisfeitas as pessoas batalham para tê-
las satisfeitas, motiva as pessoas a alcançar a satisfação destas
necessidades.
As necessidades básicas, as listadas no item "a", são chamadas de
fatores higiênicos, já as listadas no item "b" de fatores motivacionais.
Este conjunto hierárquico de necessidades é também conhecido pelo
nome de pirâmide de Maslow, ou ainda pirâmide das necessidades de Maslow,
sendo essa pirâmide dividida em cinco partes, paralelamente à sua base. A
necessidade fisiológica fica localizada na base e a necessidade de auto-
realização no cume desta pirâmide.
Um detalhe muito importante da Teoria de Maslow é que ela diz que a
pessoa tem que ter a sua necessidade do nível inferior satisfeita, ou quase
integralmente satisfeita, para sentir a necessidade do nível superior. Ou seja: a
pessoa que não tem suas necessidades de segurança satisfeitas não sente
ainda necessidades sociais. E assim por diante.
Nas palavras do próprio Maslow:
"... à medida que os aspectos básicos que formam a qualidade de vida são
preenchidos, podem deslocar seu desejo para aspirações cada vez mais
elevadas."
Uma conseqüência desse fato, para a administração de pessoas, é que
uma pessoa com necessidades prementes de segurança, por exemplo, não é
motivada pela possibilidade de satisfação de suas necessidades de "status" ou
estima.
24
2.2 – Motivação no Ambiente Corporativo
"A palavra convence, o exemplo arrasta."
General de Brigada Castro (Exército Brasileiro)
Motivação é um tema bastante polêmico, tanto no meio intelectual como
empresarial. Por isso mesmo, várias teorias existem exclusivamente para
explicá-la dentro de vários contextos.
Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas
as ações de um organismo. Em administração, motivação é o processo
responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma
pessoa para o alcance de uma determinada meta. É o conjunto de motivos que
levam o indivíduo a agir de uma determinada forma. Em outras palavras, a
motivação é baseada em emoções.
As teorias que primeiro estudaram a motivação tinham objetivos
comuns, encontrar um único modelo para todos os tipos de empregados e para
qualquer tipo de organização. Apesar deste ponto em comum, cada modelo
tinha o seu posicionamento em relação aos seres humanos.
No modelo tradicional, que relaciona-se com Taylor e a administração
determinação da maneira mais cientifica, predominava o seguinte raciocínio
eficiente de realizar tarefas repetitivas. A partir daí, procurava motivar os
empregados em troca de incentivos salariais, relacionados a produtividade de
cada um. A visão que se tinha deste modelo, por parte dos gestores, era de
que os empregados eram preguiçosos e somente o dinheiro poderia motivá-
los.
Percebe-se que muitos gestores ainda pensam desta forma. Grande
parte das organizações acreditam que o dinheiro motiva as pessoas. De inicio,
esse pensamento deu certo. Mas ele já não supre mais as necessidades
psicológicas humanas.
25
Os modelos motivacionais sofreram várias evoluções de pensamentos,
mas todos agregaram antigos preceitos. No modelo das relações humanas, o
foco da motivação era a prioridade das necessidades sociais do empregado,
tornando-o agente de transformação.
“Como motivar nossos coloboradores: Uma das perguntas mais
freqüentes nas organizações é colaboradores?”. Os funcionários precisam de
uma liderança forte, motivadora (e motivada) e vibrante. O líder acima de tudo
deve ser um “espelho” para sua equipe.
Entretanto, ninguém motiva pessoas. As pessoas são motivadas para
agir e obter resultados. São motivadas pela vontade de satisfazer seus desejos
e suas necessidades.
O segredo é identificar o que motiva o profissional, ou seja, saber quais
são suas aspirações e desejos para então incentivá-lo a alcançar aquele
objetivo.
Contudo, a motivação é diferente em pessoas diferentes. Por isso, é
preciso identificar o nível de motivação de cada pessoa. Muitos já estão
motivados. Outros estão em busca de bens e desafios, e, precisam de muita
motivação.
Desempenho profissional, reconhecimento, elogios, etc. Devem ser
aplicados pelo líder perante a sua equipe, pois também são motivação. É
importante observar e reconhecer o que está sendo feito certo e bem feito, pois
isto motiva os colaboradores a continuar por este caminho.
O nosso comportamento é causado pelo modo como percebemos o
mundo e é dirigido para atingir certas metas. Assim, o processo motivacional é
basicamente induzido. As necessidades dos empregados (motivos) causam
um desejo interior de sobrepujar alguma falta ou desequilíbrio. Aplica-se
alguma forma de incentivo de administração que nos motiva a responder e a
nos comportar de forma a chegar a um resultado. Assim, nossas necessidades
estão satisfeitas e a organização obtém o resultado desejado.
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A motivação é a melhor fonte potencial de maior produtividade. Desta
forma, as capacidades dos empregados serão usadas com mais eficácia, o
que por sua vez deve levar a uma melhor satisfação no trabalho, assim como a
maior produtividade.
Fala-se de motivação todo o tempo e cada empresa parece ter sempre
alguém desmotivado, sem gás para trabalhar. Pode-se pensar em duas
abordagens sobre motivação: a própria, e como motivar pessoas ou terceiros.
A motivação é uma das grandes forças impulsionadoras do
comportamento humano. É ela quem determina os níveis de desempenho
pessoal e profissional obtidos. Na organização, está diretamente relacionada
com o sentimento de pertencer, produtividade e valorosidade atribuídos interna
(pelo próprio indivíduo) e externamente (pela empresa, chefia, colegas,
sociedade, etc).
Falar da própria motivação é falar de uma pessoa que em um projeto de
vida, sabe aonde chegar e como fazer para atingir seus objetivos. Uma pessoa
com essa determinação e grau de confiança em si mesma demonstra uma
auto-estima considerável e tem uma excelente motivação para o trabalho, pois
sabe o que quer da vida. E é isso o que as organizações estão procurando.
É cada vez mais crescente a busca por profissionais talentosos, pois
sem eles nada adianta estratégia, tecnologia ou idéias inovadoras. As
organizações estão à procura de pessoas integras, criativa, motivadas,
eficientes, visionarias e compreensivas.
Somente as pessoas podem agregar valor, através de seu trabalho,
conhecimento, visão e experiência de vida. Sem as pessoas de nada
adiantaria, pois é com elas que se trabalha e para elas.
27
2.3 – Capital Intelectual
“ As pessoas trazem inventividade,
criatividade e iniciativa para suas empresas
e merecem mais respeito que as furadeiras”
Thomas O. Devenpot ( autor do livro capital Humano).
Na verdade, as pessoas não são escravas, custos ou muito menos ativo
das empresas, e sim investidores que aplicam o próprio capital humano, e
evidentemente, esperam obter um justo retorno pelo investimento feito. Em
outras palavras, o trabalhador leva capital humano para dentro da organização,
isto é, suas habilidades, seu conhecimento, seu preparo para aplicar o
conhecimento e torná-lo produtivo, toda sua energia e seu tempo. O retorno de
vir em forma de salário, benefícios, condições de trabalho,estímulos,
oportunidades de desenvolvimento e respeito à individualidade.
As pessoas interessadas em uma melhor posição no trabalho e um
maior nível de entendimento das operações inerentes a sua área de atuação
profissional, buscam insentemente a atualização, por meio de cursos,
palestras, graduações e pós-graduações, além de obterem informações
preciosas em seus ciclos profissionais e acadêmicos, pessoas desta natureza
se sentem ralizadas quando aplicam seus conhecimentos e veêm a
materialização da teoria aprendida, compondo um projeto e ou solucionando
problemas organizacionais, antes incompreenciveis, pelo fato de pouco se
conhecer do assunto. Colaboradores que se valorizam investindo em seu
capital intelectual, sentem-se desmotivados ao serem desvalorizados e não
receberem o retorno a altura de seu investimento.
As empresas querem o melhor funcionário, pelo menor sálario. Isso é
fato, muitas organizações maqueiam suas intenções empregatícias,
disimulando benéfios e omitindo desde o nome da empresa a remuneração
que será oferecida para preecher uma vaga. O mistico processo seletivo vai do
anúncio da vaga (onde comumente não é fornecido o nome da empresa
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comtratante) a omissão do sálario, onde somente após várias fases de seleção
o candidato fica ciente de quanto o empregador esta disposto a remunera-lo.
Segundo Thomas O. Davenport a realação entre empresa e colaborador tem
que ser recíproca, onde o “ganha-ganha” beneficie ambas as partes e o
investidor de capital humano se sinta cada vez mais motivado para aumentar
seus conhecimentos e consequentemente melhorar o seu desempenho e
promover o sucesso da organização em que estiver alocado.
Quanto maior for o capital intelectual trabalhando em prol de uma
organização, melhor será seu desempenho e sua capacidade de
desnvolvimento, sendo este destinado ao crescimento da empresa, estudo do
mercado de atuação bem como as estratégias para manter-se competitivo ou
para solução de problemas infortuitos que possam afetar uma empresa.
29
CAPÍTULO III
GERENCIAMENTO DE PESSOAS NOS PROJETOS
3.1 – O Poder do Gerente de Projetos
No ambiente de projetos, existem situações em que o gerente de
projetos deve-se valer de um determinado tipo de poder, seja para tomar
ações corretivas ou simplesmente para exercer influência para que
determinadas tarefas sejam desenvolvidas de acordo com as suas
expectativas.
Existem cinco tipos de poderes dentro das atividades de gerenciamento de
projetos, a saber:
• Poder formal – baseia-se no princípio em que a pessoa que está
detendo o poder o faz, devido a alguém com nível de autoridade
adequado dentro da organização ter delegado este poder a ele.
• Penalidade – este tipo de poder está baseado no fato de que a
pessoa que o exerce tem a capacidade de aplicar alguma punição à
pessoa que está sendo influenciada pelo mesmo. Apesar de sua
eficácia discutível, este tipo de poder ainda é bastante utilizado em
muitas organizações, principalmente quando o gerente de projetos
precisa designar uma tarefa desagradável a alguém.
• Recompensa – parte do princípio que a pessoa que está exercendo o
poder tem como oferecer algum tipo de recompensa às pessoas que
estão sendo influenciadas por este poder. Nas organizações, este tipo
de poder pode significar uma promoção, aumento de salário, bem como
um prêmio (viagem, computador), um curso, seminário etc.
30
• Especialista – baseia-se no fato de que a pessoa que está sendo
influenciada pelo mesmo assim o faz por considerar que seu interlocutor
possui habilidades, experiência ou conhecimento necessário em relação
ao assunto em pauta.
• Referência – o poder por referência parte do princípio de que a
pessoa que está exercendo o poder o faz porque as pessoas que estão
sendo influenciadas possuem uma forte identificação com ela.
Segundo o PMI – Project Management Institute, os tipos de poderes
mais indicados são o especialista e a recompensa, enquanto que a penalidade
seria o menos indicado.
3.2 – Ética e Responsabilidade Profissional
Segundo o PMI – Project Management Institute, o profissional de
gerenciamento de projetos deve ter conduta ética, legal e profissional, além de
ter responsabilidades para com o PMI, consigo mesmo, com a profissão e com
as organizações em que atua. Deve ainda dominar assuntos como –
sensibilidade cultural e organizacional, gerenciamento dos conflitos de
interesse, geração de alternativas, resolução de conflitos, aconselhamento,
comunicação efetiva, gerenciamento de interessados (stakeholders), etc.
Características como honestidade, precisão nas informações e
competência são requeridas a todo o momento, sendo que o gerente de
projetos deve ser pró-ativo, fazer a coisa certa e estar com o controle do
projeto.
• Ética
Na busca do profissionalismo em gerenciamento de projetos, é
essencial para os gerentes de projetos conduzirem seu trabalho de maneira
ética, visando ganhar e manter a confiança, respeito e admiração dos
31
membros da equipe, colegas, empregados, empregadores, clientes, público e
comunidade em geral.
A ética é parte da filosofia que estuda os valores morais de conduta dos
indivíduos e, é parte fundamental do exercício de qualquer profissão.
• Conflitos de Interesses
Espera-se que os gerentes de projetos evitem que um conflito de
interesses se inicie. O gerente de projetos deve ter a habilidade para
reconhecer a essência de uma situação de conflito de interesse potencial antes
que esta ocorra, agindo de forma pró - ativa e preventiva. Dentre as situações
com potencial para geração de conflitos de interesses, destacamos as
principais e mais comuns:
ü Trabalhar diretamente ou possuir participação financeira com
concorrentes, parceiros, fornecedores ou clientes;
ü Atuar em conselhos consultivos e diretorias externas;
ü Negócio próprio;
ü Benefícios e ganhos pessoais provenientes de oportunidades
comerciais, comissões, programas de fidelidade, negócios
familiares, etc.;
ü Presentes, refeições, viagens e entretenimento relacionados a
negócios ou obtenção de informações.
• Responsabilidade Profissional
Segundo o PMI – Project Management institute, a área de
responsabilidade profissional possui cinco tópicos básicos que enfatizam
aspectos comportamentais do gerente de projetos, sendo eles:
Tópico 1 - “Garantir a integridade e o profissionalismo de cada indivíduo,
aderindo a requerimentos legais e padrões éticos que protejam a comunidade
e todos os envolvidos no projeto”.
É obrigação do gerente do projeto conhecer os valores da comunidade
que o circunda e ter conhecimento completo e amplo de quem são os
interessados no projeto e de quais são seus interesses.
32
Deve ainda fornecer liderança específica de modo a garantir o máximo
de produtividade, de forma justa, criando uma atmosfera de trabalho
diversificada.
Tópico 2 - “Construir para a base de conhecimento em gerenciamento de
projetos, compartilhando lições aprendidas, melhores práticas, pesquisa, etc.,
junto a comunidades apropriadas, de modo a aperfeiçoar a qualidade dos
serviços de gerenciamento de projetos, desenvolverem capacidades de
colegas e promover o avanço da profissão”.
O gerente de projetos deve incrementar o conhecimento na área de
gerenciamento de projetos tanto por meio do incremento da qualidade quanto
pela melhoria dos métodos e técnicas de gerenciar projetos. Também deve
devotar tempo e energia para auxiliar o incremento das competências dos
colegas transferindo conhecimento efetivamente por meio de treinamentos e
aconselhamentos.
Tópico 3 - “Melhorar a competência dos indivíduos através do incremento e
aplicação de conhecimento profissional para aperfeiçoar os serviços”.
É necessário estar apto para adquirir um bom conhecimento de suas
forças e fraquezas pessoais e deve incrementar a capacidade de aplicar as
lições aprendidas.
Tópico 4 - “Equilibrar os interesses dos envolvidos com o projeto,
recomendando abordagens que busquem uma resolução justa de modo a
satisfazerem objetivos e necessidades conflitantes”.
Um dos principais objetivos a ser atingido em qualquer projeto é o de
completar o escopo previsto no projeto, assegurando as premissas acordadas
no início do projeto. É importante desenvolver habilidades de negociação e
resolução de conflitos. Também deve conhecer técnicas de resolução de
conflitos.
33
Tópico 5 - “Interagir com a equipe e os interessados de um modo profissional
e cooperativo, respeitando diferenças pessoais, étnicas e culturais, de modo a
garantir um ambiente de gerenciamento de projetos cooperativo”.
É obrigação do gerente de projetos, garantir que a diversidade cultural,
as normas éticas e religiosas e os estilos de comunicação dos membros da
equipe e interessados sejam determinados para que a equipe do projeto atue
sem preconceito. Deve aprender não somente a conviver em ambientes
culturalmente diversos, mas também auxiliar suas equipes a se adaptar às
diversas situações. Desta forma, devem ser evitadas informações relacionadas
à idade, estado civil, religião, raça, cor, credo, orientação sexual etc.
• Responsabilidade do Gerente de Projetos Referente ao
Código de Conduta e Ética
Com relação às responsabilidades do gerente de projetos, nas questões
de conduta e éticas, destaca-se que:
ü Deve apresentar seu projeto de forma verdadeira no que se referem
os custos, estimativas e descrição dos serviços, prazos e resultados
esperados;
ü Satisfazer o escopo do projeto conforme acordado com o cliente;
ü Toda a informação sensível deve permanecer confidencial, sendo
que toda informação deve ser obtida através de métodos legais e
claros;
ü Deve garantir que seu julgamento esteja livre de interferências
indevidas;
ü Ser honesto na divulgação de informações pessoais e durante a
realização do exame;
ü Reportar violação dos códigos, políticas e procedimento de projetos;
34
ü Desfazer qualquer conflito de interesse;
ü Informar suas qualificações, experiências, realizações e lições
aprendidas;
ü Respeitar a propriedade intelectual, contratos de licença, direitos
autorais, patentes, invenções e marcas comerciais;
ü Conduzir seu trabalho de uma maneira ética e dentro da legalidade;
ü “Confiança” é um elemento fundamental que deve estar presente para o
sucesso de qualquer projeto;
ü Deve assumir responsabilidade sobre suas ações e zelar pela
segurança de toda a equipe.
3.3 – Contratação de pessoal
“As pessoas ficam mais satisfeitas
quando desempenham funções
que se alinham com suas
personalidades”
Stephen P. Robbins – autor do livro
(A verdade sobre gerenciar pessoas)
O processo de contratação e algo que requer muita atenção e preparo
por parte do gerente. É necessário planejar desde a triagem dos currículos,
passando também pela infra-estrutura que cerca o processo, para que
forneça ao candidato as condições mínimas de conforto e zelo. Permeado
pela seriedade e profissionalismo no trato com os candidatos, evitando
assim a desmotivação do mesmo logo no primeiro encontro.
35
De acordo com Stephen P. Robbins, a maioria dos gerentes ao
entrevistar candidatos concentra-se quase que exclusivamente nos
aspectos positivos. Eles falam de tarefas interessantes, da camaradagem
entre colegas de trabalho, oportunidades de progresso na empresa,
benefícios importantes e coisas desse tipo.
Na verdade atitudes assim, causam aos candidatos uma falsa
impressão do ambiente onde possivelmente trabalharão, pois ao ouvir
somente fatos positivos intuitivamente pensam estar ingressando em um
“mar de rosas”, onde ao se depararem com a realidade percebem que a
empresa também tem cobranças, metas (muitas vezes inalcançáveis), entre
outras situações de conflito.
O gerente terá mais probabilidade de manter seus novos funcionários se
for honesto com eles desde o início, evitando assim, a quebra de
expectativas por parte do novo colaborador e conseqüentemente os gastos
de tempo, originados do processo seletivo e os custos com a desmotivação
e a rotatividade dos colaboradores.
Outra pratica muito eficiente na contratação de pessoal é a combinação
de personalidade e cargos. As pessoas ficam mais satisfeitas e motivadas
quando tem suas personalidades alinhadas aos seus postos de trabalho.
Um estudo identificou seis tipos de personalidade, são os seguintes:
pessoas realistas, investigativas, sociais, convencionais, empreendedoras e
artísticas.
Uma pessoa realista prefere atividades físicas que requeiram habilidade,
força e coordenação. Suas características de personalidade demonstram
que ela é tímida, genuína, persistente, estável, conformada e pratica.
Exemplos de funções que se alinham com esse tipo de personalidade
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compreendem mecânicos de auto, operadores de máquinas, trabalhadores
de linha de montagem e fazendeiros.
Uma pessoa investigativa prefere atividades que envolvem raciocínio,
organização e entendimento. Suas características de personalidade
demonstram que ela é analítica, original, curiosa e independente. Exemplos
de funções que se alinham com esse tipo de personalidade incluem
biólogos, economistas, programadores de software, matemáticos e
repórteres.
Uma pessoa social prefere atividades que envolvem ajudar e
desenvolver outras pessoas. Seus traços de personalidade demonstram
que ela é sociável, amigável, cooperativa e compreensiva. Exemplos de
funções que se alinham com esse tipo de personalidade compreendem
assistentes sociais, professores, consultores e psicólogos.
Uma pessoa convencional prefere atividades regulamentadas por
regras, ordenadas e inequívocas. Suas características de personalidade
demonstram que ela é conformada, eficiente, prática, na imaginativa e
inflexível. Compõem esse grupo: contadores, gerentes corporativos, caixas
de banco e auxiliares administrativos.
Uma pessoa empreendedora prefere atividades verbais em que há
oportunidades para influenciar outras pessoas e obter poder. Suas
características de personalidades demonstram que ela é autoconfiante,
ambiciosa, vibrante e dominadora. Exemplos de funções que se alinham
com esse tipo de personalidade incluem advogados, corretores de imóveis,
especialistas em relações públicas e gerentes de pequenas empresas.
Já uma pessoa artística prefere atividades ambíguas e não sistemáticas
que possibilitam expressão criativa. Suas características de personalidade
demonstram que ela é imaginativa, desordenada, idealista, emocional e
37
pouco prática. Formam esse grupo pintores, escritores, músicos e
decoradores.
As evidências indicam que a satisfação dos funcionários é maior e a
rotatividade menor quando há uma concordância entre personalidade e
ocupação. Portanto para que o gerente possa explorar melhor o potencial
de seus colaboradores e tê-los mais satisfeitos em suas funções é comum
o uso deste artifício por organizações que se preocupam com seu
desempenho e com a satisfação do colaborador.
3.4 - Liderança
“A tropa é espelho do guia”
Autor desconhecido
Segundo Chiavenato a Teoria das Relações Humanas constatou a
influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. Existem três
principais teorias sobre a liderança:
• Traços da personalidade. Segundo esta teoria, já desacreditada, o
líder possuiria características marcantes de personalidade que o
qualificariam para a função.
• Estilos de liderança. Esta teoria aponta três estilos de liderança:
autocrática, democrática e liberal.
• Situações de liderança. Nesta teoria o líder pode assumir
diferentes padrões de liderança de acordo com a situação e para cada
um dos membros da sua equipe
Para Lacombe os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder,
que pode ser o poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo, poder de
38
referência, em função das qualidades e do carisma do líder e poder do saber,
exercido graças a conhecimentos que o líder detém.
Tipos de Liderança
• Liderança autocrática: Na Liderança autocrática o líder é focado
apenas nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de
liderança autoritária ou diretiva. O líder toma decisões individuais,
desconsiderando a opinião dos liderados.
• Liderança democrática: Chamada ainda de liderança participativa
ou consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há
participação dos liderados no processo decisório.
• Liderança liberal ou Laissez faire: Laissez-faire é a contração
da expressão em língua francesa laissez faire, laissez aller, laissez
passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar".
Neste tipo de liderança o grupo atingiu a maturidade e não mais precisa
de supervisão extrema de seu líder, os liderados ficam livres para por seus
projetos em prática sendo delegado pelo líder liberal.
A liderança é um tema importante para os gestores devido ao papel
fundamental que os líderes representam na eficácia do grupo e da
organização. Os líderes são responsáveis pelo sucesso ou fracasso da
organização.Liderar não é uma tarefa simples. Pelo contrário. Liderança exige
paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é
um ser vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos.
Dessa forma, pode-se definir liderança como o processo de dirigir e
influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo.
Porém, existem três implicações importantes nesta definição.
Primeira: a liderança envolve outras pessoas, o que contribuirá na
definição do status do líder. Segunda: a liderança envolve uma distribuição
desigual de poder entre os líderes e os demais membros do grupo. E terceira:
39
a liderança é a capacidade de usar diferentes formas de poder para influenciar
de vários modos os seguidores.
De fato, os líderes influenciam seguidores. Por este motivo, muitos
acreditam que os líderes têm por obrigação considerar a ética de suas
decisões. Apesar de a liderança ser importante para a gerência e
estreitamente relacionada a ela, liderança e gerência não são os mesmo
conceitos. Planejamento, orçamento, controle, manutenção da ordem,
desenvolvimento de estratégias e outras atividades fazem parte do
gerenciamento. Gerência é o que fazemos. Liderança é quem somos.
Uma pessoa pode ser um gerente eficaz, um bom planejador e um
gestor justo e organizado e, mesmo assim, não ter as capacidades
motivacionais de um líder. Ou simplesmente pode ocorrer o contrário. Uma
pessoa pode ser um gerente ineficaz, porém, em contrapartida, ter as
habilidades necessárias para um bom líder.
Entre os desafios apresentados pelo ambiente mutável, as organizações
estão valorizando cada vez mais os gerentes que possuem habilidades de
liderança. Qualquer pessoa que aspire a ser um gerente eficaz deve também
se conscientizar de praticar e desenvolver suas habilidades de liderança.
Quando nos referimos à liderança a primeira coisa que se deve discutir
é sua essência, existem vários gerentes que se intitulam lideres, porém suas
ordens são executadas somente pela função que o mesmo ocupa e não por
vontade de seus subordinados, ou seja, o verdadeiro líder tem que criar bons
seguidores, para que sua equipe possa realmente honrar tal nome. A essência
da liderança é a confiança. A equipe deve acreditar na capacidade intelectual e
moral do líder, e para isso, o mesmo deve dar mostras de responsabilidade,
comprometimento com o sucesso da equipe e todo cuidado necessário para o
bom desempenho das atividades do grupo e dos membros que a compõem.
3.5 – Comunicação
40
Gerência de Comunicação é a área do conhecimento que emprega os
processos necessários para garantir a geração, coleta, distribuição,
armazenamento, recuperação e destinação final das informações sobre o
projeto de forma oportuna e adequada. Os processos de gerenciamento das
comunicações do projeto fornecem as ligações críticas entre pessoas e
informações que são necessárias para comunicações bem-sucedidas. Os
gerentes de projetos podem gastar um tempo excessivo na comunicação com
a equipe do projeto, partes interessadas, cliente e patrocinador. Todos os
envolvidos no projeto devem entender como as comunicações afetam o projeto
como um todo.
Incluem os seguintes processos:
Planejamento das Comunicações
Determinação das necessidades de informações e comunicações das
partes interessadas no projeto.
Distribuição das Informações;
Colocação das informações necessárias à disposição das partes
interessadas no projeto no momento adequado.
Relatório de Desempenho;
Coleta e distribuição das informações sobre o desempenho. Isso inclui o
relatório de andamento, medição do progresso e previsão.
Gerenciar as Partes Interessadas.
Gerenciamento das comunicações para satisfazer os requisitos das
partes interessadas no projeto e resolver problemas
• Barreiras de Comunicação
É importante que o gerente de projeto reconheça a existência delas e
saiba como codificar sua mensagem de forma a minimizar ou contornar os
41
efeitos produzidos pelas barreiras. É o que costumeiramente dizemos “falar
com jeito”, “saber como falar”.
O PMI – Project Management Institute reconhece as seguintes barreiras:
ü Falta de canais de comunicação claros;
ü Distância física;
ü Uso inadequado de linguagem técnica;
ü Fatores ambientais de distração (barulho, cheiro, etc.);
ü Atitudes prejudiciais (hostilidade, descrença, preconceito, etc.);
ü Informações excessivas;
ü Falta de comunicação sobre o assunto;
ü Diferenças culturais.
Uma das formas de reduzir as barreiras de comunicação é aplicar o
processo de audição ativa (repetir o que foi dito com suas próprias palavras, é
uma forma de tornar a comunicação mais eficaz).
• Tipos e Estilos de Comunicação
A comunicação quanto ao tipo pode ser:
Verbal - Pode ser oral ou escrita e ainda é o tipo mais utilizado para
transmitir informações, mesmo perdendo espaço para a forma escrita, como e-
mails e SMS de celulares. Manter comunicações orais e presenciais é
essencial para aumentar o espírito de equipe. O PMI destaca a importância da
proximidade da equipe para manter uma comunicação eficaz. A comunicação
oral é mais rápida do que a comunicação escrita e na maioria das vezes, é um
mecanismo de duas vias, pois permite a obtenção de feedback. A
comunicação escrita é mais detalhada, sendo usada quando é necessário
algum tipo de formalização.
Não-verbal - Conhecida como a linguagem corporal, este tipo de
comunicação é mais primitivo e eficiente do que a comunicação verbal.
Segundo Albert Meharabian, os aspectos não-verbais da comunicação
interpessoal nos projetos geralmente tem maior influência no impacto total da
mensagem do que os fatores verbais, vide fórmula:
42
Impacto total da mensagem = palavras (7%) + Tom de voz (38%) +
expressões faciais (55%)
A comunicação quanto ao estilo pode ser:
Formal - Possui um conjunto de regras e procedimentos. No ambiente
de projetos toda a comunicação formal deve passar pelo gerente de projeto.
Informal - Quando não há um conjunto de regras e procedimentos, a
comunicação é livre.
A maioria dos gerentes de projetos prefere a comunicação verbal e informal, já
que a comunicação formal pode alcançar custos elevados. Isto não significa
que você vai abolir a comunicação formal do projeto, pois ela é necessária no
devido momento.
• Planejamento das Comunicações
O plano de gerenciamento da comunicação é um componente do plano
do projeto e deve fornecer as seguintes informações:
ü Como os dados serão coletados, organizados e arquivados;
ü Os métodos a serem usados para distribuir as informações;
ü O tipo de informação;
ü Quando cada informação será produzida;
ü Métodos de acessar as informações e
ü Métodos para atualizar e refinar o plano durante o projeto.
O gerente de projetos deve ter aguçada sua capacidade de
comunicação, tendo em vista que grande parte das soluções de conflitos e
pendências rotineiras de insumos, serviços e tarefas, serão sanados pelo bom
relacionamento do gerente com todos os envolvidos no projeto.
3.6 - Formação de Equipe de Trabalho
De acordo com Stephen P. Robbins, Autor best-sellher de livros sobre
administração. Os principais componentes que constituem equipes de
trabalho eficazes podem ser resumidos em quatro categorias gerais. A
43
primeira categoria é o projeto de trabalho. A segunda refere-se à
composição da equipe. A terceira são os recursos e outras influências
contextuais formadoras de equipes de trabalho eficazes. Seguidamente,
temos as variáveis do de processo, que são as coisas que acontecem na
equipe e que influenciam a eficácia.
• Projeto de Trabalho
As equipes trabalham melhor quando os funcionários têm liberdade e
autonomia, a oportunidade de utilizar diferentes aptidões e talentos, a
habilidade complementar uma tarefa ou produto identificável e quando
trabalham em uma tarefa ou projeto que tenha um impacto substancial nas
outras pessoas. As evidências indicam que essas características melhoram
a motivação dos membros e aumentam a eficácia da equipe porque
incrementam o senso de responsabilidade e de propriedade do trabalho
dos membros, além de tornarem o trabalho mais interessante.
• Composição da Equipe
Esta categoria compreende variáveis que se referem ao modo como as
equipes de trabalho devem ser compostas:
ü A habilidade e personalidade dos membros das equipes;
ü O tamanho da equipe;
ü A flexibilidade dos membros;
ü Sua preferência por trabalho em equipe.
Para ter um bom desempenho, uma equipe requer três tipos de
habilidades:
1. Ela precisa de pessoas com conhecimento técnico
especializado;
2. Habilidades na solução de problemas e tomada de decisões,
para avaliar a situação e agir corretivamente;
3. Precisa de pessoas que saibam escutar, dar o feedback e ter
outras aptidões interpessoas.
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Nenhuma equipe consegue atingir seu pleno potencial de desempenho
sem desenvolver todos os três tipos de habilidades.
A personalidade tem influência significativa no comportamento de uma
equipe. Aquelas que têm maiores graus de extroversão, amizade,
conscientização e estabilidade emocional tendem a receber avaliações
gerenciais mais altas no desempenho da equipe.
As equipes mais eficazes não são nem muito pequenas (menos de
quatro ou cinco membros) ou muito grandes (mais de doze). È provável que
equipes muito pequena careçam de diversidades de visões, e equipes com
mais de doze membros podem ter dificuldades de realizar muitos trabalhos.
Para um bom aproveitamento das equipes com efetivo maior, é necessária a
subdivisão da mesma.
Equipes compostas de indivíduos flexíveis têm membros que podem
completar mutuamente as atividades dos outros. Este é um ponto importante
para uma equipe, pois aumenta bastante sua adaptabilidade e torna-a menos
dependente de qualquer membro individual. Assim, selecionar membros que
valorizem a flexibilidade e, em seguida, treina-los para que sejam capazes de
realizar o trabalho uns dos outros deverá conduzir a um melhor desempenho
da equipe ao longo do tempo.
Nem todo funcionário gosta de trabalhar em equipe. Quando pessoas
que preferem trabalhar sozinhas são recrutadas para fazer parte da equipe, há
uma ameaça direta para o moral do time. Isso sugere que, na seleção dos
membros das equipes, devem ser consideradas as preferências individuais,
assim como competências, personalidades e aptidões.
• Contexto
Os três fatores contextuais mais significativos relacionados com o
desempenho de equipes são:
ü A presença de recursos adequados;
45
ü Liderança eficaz;
ü Um sistema de avaliação de desempenho e de premiação que reflitam
as contribuições da equipe.
Grupos de trabalho são partes de um sistema organizacional maior.
Como tal, todas as equipes de trabalho baseiam-se em recursos externos ao
grupo para sustentá-lo. Uma escassez de recursos reduz a capacidade de uma
equipe desempenhar seu trabalho de maneira eficaz. Recursos de suporte
incluem informações oportunas, equipamentos, alocações adequadas de
funcionários, encorajamento e assistência administrativa.
Os membros da equipe devem concordar sobre quem fará determinadas
tarefas e garantir que todos contribuam igualmente na divisão da carga de
trabalho. Além disso, a equipe precisa determinar como serão estabelecido os
cronogramas, que habilidades necessitam ser desenvolvidas, como o grupo
resolverá conflitos, tomará e modificará decisões. Concordar sobre os detalhes
específicos do trabalho e sobre o modo como eles se encaixam em conjunto
para integrar habilidades individuais requer liderança e estrutura na equipe de
trabalho.
• Variáveis de Processo
A categoria final referente à eficácia das equipes trata das variáveis do
processo. Elas incluem o comportamento dos membros com um propósito
comum, estabelecimento de metas específicas da equipe e um gerenciamento
do nível de conflitos.
Equipes eficazes têm um objetivo comum e significativo que dá direção
e comprometimento aos membros. Membros de equipes bem-sucedidas
despendem uma enorme quantidade de tempo e esforço para discutir, formatar
e chegar a um acordo sobre um propósito, que pertence a eles tanto coletiva
como individualmente. Equipes bem-sucedidas traduzem seus propósitos
comuns em metas de desempenho especificas, mensuráveis, realistas e
alcançáveis. Essas metas contribuem para que as equipes mantenham seu
foco na obtenção dos resultados.
46
3.7 – Gerenciamento de Conflitos
A moderna abordagem relacionada à solução de conflitos considera que
estes são inevitáveis, conseqüências das interações entre as pessoas e que,
dependendo da sua intensidade e da maneira como forem tratados, podem ser
benéficos ao ambiente do projeto.
Segundo a pesquisa de Thamhain e Wilemon (1975), umas das mais
conceituadas em relação à ocorrência de conflitos nos projetos, a lista de
fontes de conflitos nos projetos são:
ü Prazos;
ü Prioridades do projeto;
ü Recursos (mão-de-obra);
ü Questões técnicas;
ü Procedimentos administrativos;
ü Choques de personalidades;
ü Custos.
• Técnicas para Resolução de Conflitos
As seguintes técnicas são as mais utilizadas para a resolução de
conflitos no ambiente de projetos:
Força - Este tipo de técnica de solução raramente é o melhor, uma vez que
não foi gerado comprometimento entre os envolvidos no conflito. Desta forma,
é o menos indicado.
Os casos em que sua utilização é mais indicada, geralmente envolvem
situações em que o tempo é muito crítico e não existe disponibilidade para um
aprofundamento em torno do assunto.
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Pacificação - Corresponde à busca de uma solução para um problema,
onde se prioriza as necessidades de todas as partes envolvidas, de forma que
elas entrem em um acordo. Este tipo de solução nem sempre é o mais
indicado, pois no momento posterior uma das partes (ou mesmo todas as
partes) pode chegar à conclusão que estão sendo prejudicadas, devido à
importância do conflito ter sido subestimada.
Negociação - Envolve a busca de uma solução que satisfaça um pouco a
cada uma das partes envolvidas. É utilizada quando existe a tendência de que
cada uma das partes possa “abrir mão” de determinado posicionamento.
Solução de problemas, Confronto ou Colaboração - Consiste em
colocar os envolvidos no conflito frente a frente, ou influenciar para que isto
ocorra, visando juntos, identificarem a causa-raiz do problema e chegarem a
uma solução de consenso. Na maioria das vezes, esta é a melhor técnica a ser
utilizada.
Retirada - A tendência deste tipo de solução é gerar uma solução temporária
para o conflito, ou seja, o conflito não é resolvido, mas sim postergado para
outro momento. Devido a isto, a utilização desta técnica é indicada em
conjunto com outras técnicas.
3.8 - Como Lidar com Mudança
“É difícil para os indivíduos
Resistir a uma decisão de
Mudança na qual eles tiveram
Participação.”
Stephen P. Robbins – autor do livro
(A verdade sobre gerenciar pessoas)
48
Geralmente quando nos deparamos com mudanças, seja no mundo
corporativo ou no âmbito pessoal, caso estas não nos beneficie, temos certo
desconforto em enfrentar esta situação, pois o individuo na condição em que a
principio domina e conhece todos os processos, entradas e saídas de todas as
questões, por mais dinâmico que seja, se sentirá receoso ao lançar-se ao
desconhecido.
O lado bom que a mudança e a incerteza nos trazem, é o conhecimento
de outras áreas e demais métodos que cercam tal novidade e
conseqüentemente a capacitação que será adquirida mesmo que de maneira
obrigatória por conta das referidas mudanças. A cada dia que passa, lançam-
se novos produtos, serviços, tecnologias e ao mesmo tempo entram em
declínio e em desuso produtos, serviços e várias tecnologias. Empregos são
criados e extintos, esse é o padrão da economia contemporânea.
Quando a mudança é inevitável a melhor estratégia e comunicar o fato
aos interessados pessoalmente, evitando a imparcialidade e a frieza de meios
de comunicação corriqueiros. A participação dos interessados e principalmente
dos que serão atingidos diretamente pelos resultados dessas decisões e
primordial, pois qualquer que seja o resultado final, chegaram ao mesmo em
conjunto.
O gerente de projetos deve desde a seleção de sua equipe, preferir
compor a mesma com pessoas com perfil que permita uma adaptação rápida,
pois é muito provável que haja situações de mudança e que exigirá da equipe
do projeto reformular o mesmo agilmente.
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CONCLUSÃO
Gerenciamento de pessoas nos Projetos é a aptidão que o profissional
responsável pelo projeto deve possuir para lidar com colaboradores de
diferentes níveis culturais, necessidades e desejos individuais, capital
intelectual e formação acadêmica distintas, fazendo com que as pessoas
ocupem funções adequadas com suas habilidades e que os objetivos sejam
alcançados conforme o previsto.
O conhecimento intelectual do gerente de projetos e fator de extrema
importância, pois é por intermédio dele que o mesmo agrega valor ao trabalho
de todo conjunto, e desfruta das oportunidades com uma visão ampla dos
benefícios que acarretara suas ações assertiva no projeto. Bem como, a
presteza na solução de conflitos de diversas naturezas. Chegando a uma
solução em pareceria com os colaboradores do projeto, tendo em vista que os
mesmos estão envolvidos no projeto tanto quanto o gerente.
Todo esse trabalho destina ao gerente de projetos, uma
responsabilidade ética. O gestor é um formador de opiniões e deve ser o
exemplo para sua equipe, sendo o primeiro a comprometer-se com o exato
cumprimento das operações e dos objetivos do projeto.
Mediante seu desempenho positivo, suas ações assertiva e até mesmo
a aprendizagem com as próprias situações de erros e acertos, o profissional de
projetos constrói sua carreira moldada na ética e consagrada no carisma e
capacidade de lidar com o capital intelectual dos membros da equipe em que
liderou, consolidando a premissa de que o homem é a parte fundamental no
sucesso.
50
BIBLIOGRAFIA
ROBBINS, Stephen P. A verdade sobre gerenciar pessoas. São Paulo:
Pearson Financial Time – Prentice Hall, 2003.
DAVENPORT, Thomas O. Capital Humano: o que é e por que as pessoas
investem nele. São Paulo: Nobel, 2001.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: edição
compacta. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000
LACOMBE, F.J.M.; Heilborn, G.L.J. Administração: princípios e tendências.
1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
KOTLER, Philipe. Administração de markerting: a edição do novo milênio. São
Paulo, Pearson Financial Time – Prentice Hall, 2000.
BOWDITCH, James L. & BUONO, Anthony F. Elementos de Comportamento
Organizacional. São Paulo, Pioneira, 1992.
GUIDE to the Project Management Body of Knowledg, 3. ed. Newton Square,
Pennsylvania. Project Management Institute, 2004.
51
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO
03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
SUMÁRIO 06
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Gerenciamento de Projetos
1.10 - O que é Gestão de Projetos? 10
1.11 - Histórico da Gestão de Projetos 11
1.12 - A Estrutura da Gestão de Projetos 12
1.13 – Interessados no Projeto (Stakeholders) 13
1.14 - Gerente de Projetos 14
1.15 - Ciclo de Vida dos Projetos 14
1.16 – Os Cinco Processos Gerenciais 15
1.17 - O Estudo das Variáveis 16
1.18 - As Nove Áreas do Conhecimento 18
CAPÍTULO II
Gerenciamento de Pessoas
2.4 - Necessidades e Desejos 20
2.5 – Motivação no Ambiente Corporativo 24
52
2.6 - Capital Intelectual 27
CAPÍTULO III
Gerenciamento de Pessoas nos Projetos
3.9 - O Poder do Gerente de Projetos 29
3.10 - Ética e Responsabilidade Profissional 30
3.11 - Contratação de Pessoal 34
3.12 – Liderança 37
3.13 - Comunicação 39
3.14 - Formação de Equipe de Trabalho 42
3.15 - Gerenciamento de Conflitos 46
3.16 - Como Lidar com Mudanças 47
CONCLUSÃO 49
BIBLIOGRAFIA 50
ÍNDICE 51
ANEXOS 53
53
ANEXOS