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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE “Educação Ambiental e a Escola, uma ferramenta na Gestão Ambiental” Por: Juan de Dios Salvatierra Dorado Junior Orientador Prof. Francisco Carrera

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

“Educação Ambiental e a Escola, uma ferramenta na

Gestão Ambiental”

Por: Juan de Dios Salvatierra Dorado Junior

Orientador

Prof. Francisco Carrera

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Rio de Janeiro

2010-02-08

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

“Educação Ambiental e a Escola, uma ferramenta na

Gestão Ambiental”

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Ambiental

Por: Juan de Dios S. D. Junior

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AGRADECIMENTOS

A todos os autores, corpo docente do

Instituto “A Vez do Mestre”, ao

professor Francisco Carrera pela

orientação acadêmica. Aos alunos e

amigos que, direta e indiretamente,

contribuíram para a confecção desse

trabalho acadêmico e sua constante

atualização.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho acadêmico a minha

mãe, Maria do Carmo Ribeiro que foi

minha primeira professora na escola da

vida. Também ao meu amor, Natália

Alves da Cunha, que me inspira a ser

cada dia uma pessoa melhor.

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RESUMO

A cada dia novos estudos e pesquisas confirmam que o atual modelo

de desenvolvimento, baseado no “infinito” crescimento do consumo, é

insustentável. Vivemos em um planeta finito, com recursos igualmente finitos.

Logo, o conceito de desenvolvimento sustentável baseado na expansão

infinita da economia não funcionará por muito tempo. Pena que reconhecer o

óbvio nem sempre seja simples.

A interação entre os homens e o ambiente ultrapassou a questão da

simples sobrevivência. No decorrer deste século, para se atender as

necessidades humanas foi-se desenhando uma equação desbalanceada:

retirar, consumir e descartar. Ao contrário de outros seres vivos que, para

sobreviverem, estabelecem naturalmente o limite de seu crescimento e

consequentemente o equilíbrio com outros seres e o ecossistema onde vivem.

A espécie humana tem dificuldade em estabelecer o seu limite de crescimento,

assim como para relacionar-se com outras espécies e com o planeta. Essa é a

fronteira entre o conhecimento e a ignorância humana sobre sua própria casa,

o Planeta Terra. Fica evidente a importância de sensibilizar os humanos

para que ajam de modo responsável e com consciência, conservando o

ambiente saudável no presente e para o futuro. Entendendo-se por educação

ambiental os processos por meio do qual o indivíduo e a coletividade

constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso

comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Promove-se a articulação das ações educativas voltadas às atividades de

proteção, recuperação e melhoria socioambiental, e de potencializar a função

da educação para as mudanças culturais e sociais, que se insere a Educação

Ambiental no planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável.

Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do

mundo, no tempo e no espaço, sobressaem-se as escolas, como espaços

privilegiados na implementação destas atividades. A escola dentro da

Educação Ambiental deve sensibilizar o aluno a buscar valores que conduzam

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a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que

habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem

levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies.

Tendo a clareza que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas

reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o

desperdício e considerando a reciclagem como processo vital.

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METODOLOGIA

Este trabalho foi elaborado a partir da minha vivencia em sala de aula

desde o ano de 2001, quando iniciei minha carreira no magistério como

professor de Geografia do Colégio Máximus e posteriormente do Colégio Santa

Monica Unidade Taquara. Atualmente sou o professor responsável pela área

de geografia da rede de colégios Santa Monica. Leciono também no Colégio

dos Santos Anjos e do Colégio Saint John, alem de ser funcionário publico do

Estado do Rio de Janeiro, mais precisamente no município de Nova Iguaçu,

lecionando no CIEP Brizolão Senador Severo Gomes.

Como fonte principal para a execução deste trabalho, contei com a

bibliografia de Tânia Regina Effting, profissional o qual expresso meu profundo

agradecimento e respeito.

Minha missão principal foi a de promover um estudo de como a educação

ambiental esta sendo inserida nas escolas publicas e privadas e como estas

escolas agem para conscientizar os jovens de sua responsabilidade

socioambiental. Para tal feito, foi utilizado um questionário direcionado para os

alunos e outro questionário para os diretores das escolas com o objetivo de ter

maior clareza estatística dos fatos. Alem disso, entrevistei o professor Sandro

da Gama, pos – graduado em Gestão Ambiental e a professora Jucieda Costa,

diretora de escola publica, a fim de saber a visão de ambos para o tema

proposto e assim formatar um conceito multilateral, transversa e

interdisciplinar.

Os resultados destas jornadas estão expostos nas linhas que se seguem

neste trabalho acadêmico, porem já posso afirmar que já houve um avanço

relativo ao objetivo geral deste trabalho: a rede Colégios Santa Monica,

também preocupada com a temática ambiental aceitou minha proposta e ira

realizar seu projeto de cultura no ano de 2010 vislumbrando a idéia do

consumismo e o que fazer para combate-lo implantando a idéia de que os

recursos do Planeta Terra são finitos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - O que é Educação Ambiental e

quais são os valores da Educação Ambiental? 10

CAPÍTULO II - Educação Ambiental a chave

para um futuro sustável? 18

CAPÍTULO III – Todos devem fazer Educação

Ambiental 27

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ANEXOS 41

ÍNDICE 45

FOLHA DE AVALIAÇÃO 46

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INTRODUÇÃO

Educar não é um ato de "doação" de conhecimento, mas um processo que se

realiza no contato do homem com o mundo vivenciado, o qual não é estático,

mas dinâmico e em transformação contínua. Para o educador, o Meio

Ambiente não se restringe ao ambiente físico e biológico, mas inclui também

as relações sociais, econômicas e culturais. O objetivo é propor reflexões que

levem o aluno ao enriquecimento cultural, à qualidade de vida e à preocupação

com o equilíbrio ambiental. Para o educador, o Meio Ambiente não se restringe

ao ambiente físico e biológico, mas inclui também as relações sociais,

econômicas e culturais. O objetivo é propor reflexões que levem o aluno ao

enriquecimento cultural, à qualidade de vida e à preocupação com o equilíbrio

ambiental.

Nesse trabalho, não há a intenção de esgotar nenhuma perspectiva, afirmar

pontos de vista sectários ou apresentar soluções esquemáticas. Desejo tão

somente oferecer informações que permitam a percepção da urgência por

atitudes e ações coletivas que minimizem a crise planetária e humanitária em

andamento. Da identificação dos males atuais é que poderemos articular as

negociações para resgatar a civilização – e nossa morada sideral – da atual

destruição programada.

A informação necessária à compreensão reflexiva das “emergências”

abordadas em cada módulo transcede o limitado número de página desta obra

acadêmica. Na verdade cada capítulo é uma fonte inesgotável de pesquisa

cruzadas através de referências bibliográficas e de links para consultas on-line

a instituições e aos próprios articulistas. Ca capítulo é apenas a “ponta do

iceberg”, que merece ser apreciado em sua totalidade. Objetivo ampliar a rede

de discussão crítica e de enganjamento às questões planetárias. Daí o cuidado

que tive em selecionar textos riquíssimo em conteúdo, a cujos autores

expresso meu grato reconhecimento.

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CAPÍTULO I

O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL E QUAIS SÃO OS

VALORES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL?

O importante não é viver, mas viver bem.

Platão

1. O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL?

A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando

assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem

pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas

ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente

transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de

atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da

cidadania.

2. VALORES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma

convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam

o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio

antropocêntrico, que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos

naturais e de várias espécies. É preciso considerar que:

A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são

finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e

considerando a reciclagem como processo vital;

As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito.

Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa

sobrevivência;

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É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e

rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia,

trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e

proteção dos recursos naturais.

3. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao

seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza

representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova.

Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática,

no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos

responsáveis.

Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada

do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos

para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas

e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros

seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas

potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais

construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente

justa, em um ambiente saudável.

Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do

currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola

ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística,

ou seja, integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental

deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de

ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma

interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades

escolares.

Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico,

o método utilizado pelo Programa de Educação Ambiental para desenvolver

os projetos e os cursos capacitação de professores conjuga os princípios

gerais básicos da Educação Ambiental (Smith, apud Sato, 1995).

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4. Princípios gerais da Educação Ambiental:

· Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para

alcançar o pensamento sistêmico;

· Compreensão: conhecimento dos componentes e dos

mecanismos que regem os sistemas naturais;

· Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como

principal protagonista;

· Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no

sistema;

· Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover

uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.

A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de

formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a

resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo do público, torna

o sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior

interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o

objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas.

Se existe inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente, isto se

devem em parte ao fato das pessoas não serem sensibilizadas para a

compreensão do frágil equilíbrio da biosfera e dos problemas da gestão dos

recursos naturais. Elas não estão e não foram preparadas para delimitar e

resolver de um modo eficaz os problemas concretos do seu ambiente

imediato, isto porque, a educação para o ambiente como abordagem didática

ou pedagógica, apenas aparece nos anos 1980. A partir desta data os

alunos têm a possibilidade de tomarem consciência das situações que

acarretam problemas no seu ambiente próximo ou para a biosfera em geral,

refletindo sobre as suas causas e determinarem os meios ou as ações

apropriadas na tentativa de resolvê-los.

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As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas

pela UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975) e são as

seguintes:

"Formar uma população mundial consciente e preocupada com o

ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que

tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido

de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e

coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se

repitam”.

5. PROPOSTAS DE TRABALHO:

· Levantamento do perfil ambiental das escolas (se possui área

verde, horta, separação de lixo, etc.);

· Levantamento dos projetos que estão sendo desenvolvidos nas

escolas;

· Acompanhamento de projetos específicos nas escolas que serão

desenvolvidos pelos professores (horta comunitária, reciclagem de lixo, bacia

hidrográfica como unidade de estudo, trilhas ecológicas, plantio de árvores,

recuperação de nascentes, etc...);

· Mobilização de toda a comunidade escolar para o

desenvolvimento de atividades durante a Semana do Meio Ambiente, com

finalidade de conscientizar a população sobre as questões ambientais;

· Realização de campanhas educativas utilizando os meios de

comunicação disponíveis, imprensa falada e escrita, TV Cinturão Verde,

distribuição de panfletos, folder, cartazes, a fim de informar e incentivar a

população em relação à problemática ambiental;

· Promover a integração entre as organizações que trabalham

nas diversas dimensões da cidadania, com o objetivo de ampliar o

conhecimento e efetivar a implementação dos direitos de cidadania no

cotidiano da população.

Com o intuito de levar às escolas e à comunidade o conhecimento

necessário para a construção da cidadania foram envolvidos diferentes

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órgãos que asseguram os direitos e deveres de cada indivíduo na sociedade.

Entre esses órgãos podemos citar, a Policia Militar, o Corpo de Bombeiros, a

Vigilância Sanitária, etc. Foram trabalhados temas relacionados à melhoria

da qualidade de vida da população, por exemplo:

· Lixo (redução, reutilização e reciclagem);

· Lixo Hospitalar (destinação);

· Água (consumo, disperdício, poluição);

· Florestas (porque preservá-las?);

· Fogo (prevenção, efeitos negativos ao meio ambiente);

· Agrotóxicos (riscos para a saúde, danos ambientais);

· Caça ilegal;

· Respeito aos animais silvestres e domésticos;

· Drogas;

· DST – Doenças sexualmente transmissíveis;

· Segurança no trânsito;

· Respeito ao próximo;

· Noções de saúde (higiene, prevenção de doenças);

· Cidadania (direitos do cidadão), etc...

Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos

facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos

problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua

responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um

planeta. Desenvolveremos assim, as competências e valores que conduzirão

a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas

conseqüências no meio ambiente em que vivem.

Como o aluno irá aprender a propósito do ambiente, os conteúdos

programáticos lecionados, tornar-se-ão uma das formas de tomada de

consciência, tornando-se, mais agradáveis e de maior interesse para o aluno.

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Através de atividades e ações programadas, objetivei promover a

sensibilização do alunado sobre a importância e a necessidade da

preservação e da conservação do meio ambiente “verde” escolar, visto que

medidas como estas são de fundamental importância sócio-ambiental para a

vida dos educandos. O alunado abrangido pelo projeto recebeu

conhecimentos de cidadania, saúde, higiene e segurança.

Para o acompanhamento e avaliação das atividades foi redigido um

relatório, onde foram descritas todas as tarefas desenvolvidas.

Para iniciar os trabalhos elaborei um questionário com o objetivo de

fazer um levantamento ambiental das escolas. Cada escola recebeu um

questionário juntamente com um comunicado sobre o trabalho de Educação

Ambiental .

Realizei um levantamento nas videotecas disponíveis em cada

escola, sobre os vídeos educativos que iria utilizar em palestras programadas

dentro de minhas aulas.

Observei no CIEP Brizolão 352 – Senador Severo Gomes em Nova

Iguaçu a convite da diretora Professora Jucieda. o projeto “LIXO NÃO

PERDIDO, LUCRO GARANTIDO”, desenvolvido na escola.

Participei do Seminário sobre Legislação Ambiental – Mata Ciliar,

promovido pelo Sindicato Rural de Nova Iguaçu, no auditório do SESC;

6. QUESTIONÁRIO – LEVANTAMENTO DO PERFIL AMBIENTAL DA

ESCOLA

01- Nome da escola

02- Nome do diretor (a)

03- Tel.:

04- Quantos professores atuam na escola?

05- Quantos alunos estão matriculados?

06- Quantos residem na zona rural?

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07- A escola desenvolve projetos na área ambiental?

( ) Sim

( ) Não

08- Quais são os projetos que estão sendo desenvolvidos

atualmente?

09- Quantos professores estão envolvidos no desenvolvimento

dos projetos?

10- Como é a participação e o envolvimento dos alunos nos

projetos?

11- Quais são as principais dificuldades encontradas pelos

professores que desenvolvem projetos?

12- Os professores são incentivados e motivados para

estarem desenvolvendo pequenos projetos ou atividades ambientais com

seus alunos?

13- A escola possui área arborizada, horta, ou outros espaços

que poderão ser utilizados para trabalhar Educação Ambiental?

14- Na escola existe o processo de separação do lixo

produzido pela comunidade escolar?

15- O que é feito com o lixo separado?

16- Os professores realizam atividades com os alunos fora da

escola? Quais são os principais locais utilizados pelos professores?

17- A escola realiza visitas a campo, para trabalhar a

realidade local sobre as questões ambientais?

18- Dos locais abaixo relacionados, assinale quais já foram

visitados pelos alunos sob orientação dos professores.

( ) Trilha ecológica

( ) Pista de caminhada

( ) Bosque

( ) Parque Nacional

( ) Nascentes

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( ) Rios (nome do rio)

( ) Captação de água da CEDAE

( ) Sistema de tratamento e abastecimento de água da CEDAE

( ) Estação de Tratamento de Esgoto – ETE

( ) Aterro Sanitário

( ) Biblioteca Municipal

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CAPÍTULO II

EDUCAÇÃO AMBIENTAL A CHAVE PARA UM FUTURO

SUSTENTÁVEL?

... a Terra não pertence ao Homem, é o Homem que pertence à Terra..

( Chefe Seatle)

Devemos considerar que a Educação Ambiental, para uma

sustentabilidade efetiva, necessita de um processo contínuo de aprendizagem,

baseado no respeito de todas as formas de vida, afirmando valores e muitas

ações que contribuem para a formação social do homem e a preservação do

meio ambiente. Nesse processo, levando em conta tais conceitos sobre a

temática ambiental, observa-se que há necessidade de uma ação pedagógica

direcionada de forma a integrar dialeticamente a totalidade do educando,

buscando transformá-lo e, conseqüentemente, transformar o meio.

Analisando os resultados que obtive em pesquisa realizada com alunos

do ensino médio do Colégio Santa Mônica, unidade Taquara relacionada com

a educação, dentro das propostas da Instituição e o que elas representam, é

relevante mostrar através deste trabalho a importância e necessidade do tema

meio ambiente ser incluído no projeto pedagógico da escola como uma

ferramenta permanente, indo além dos temas transversais, e sim, permeando

de maneira interdisciplinar e transversal as disciplinas contempladas no

currículo, aproveitando o conteúdo específico de cada área, de modo que se

consiga uma perspectiva de contribuição para uma melhor assimilação da

relação entre a Educação e a posição do homem dentro das interações

ambientais, visando uma compreensão mais globalizada das questões

ambientais.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (2000, p.19) uma das

questões que levaram a inserir o meio ambiente como tema transversal foi à

contribuição, que, em termos de educação, essa perspectiva pode contribuir

para “evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da

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dignidade do ser humano, da participação, da co-responsabilidade e da

eqüidade”.

Dessa forma, a escola pode estabelecer tais vínculos através de ações e

propostas pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar, ou seja, contra a

fragmentação do conhecimento e criando possibilidades para o

desenvolvimento da Educação Ambiental como um todo, e também,

contornando dificuldades que se encontram na aplicação das propostas

estabelecidas em projetos pedagógicos nos diferentes contextos escolares

como orientadores de uma prática que, segundo os Parâmetros Curriculares

Nacionais reflita que “mais do que informações e conceitos, a escola se

proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a

aprendizagem de habilidades e procedimentos”.

Diante da perspectiva de implementação de projetos de Educação

Ambiental, e sua contextualização, foi feita uma análise sobre a definição de

Educação Ambiental utilizando a abordagem metodológica oferecida pela

pesquisa bibliográfica estabelecendo um diálogo reflexivo entre a teoria e o

objeto de investigação. A esse respeito à pesquisa foi baseada principalmente

em textos fornecidos pela instituição Centro Nacional de Educação a Distância

(CENED) responsável pelo curso Gestão de Resíduos Urbanos e algumas

Leis, assim como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96), os

Parâmetros Curriculares Nacionais (2000), e ainda artigos acerca da Educação

Ambiental (Agenda 21, Carta da Terra).

A Educação Ambiental é aceita, cada vez mais, como sinônimo de

educação para o desenvolvimento sustentável ou de educação para a

sustentabilidade e, por esse motivo, é imprescindível a inserção de um projeto

de Educação Ambiental no currículo escolar de maneira interdisciplinar em

todas as práticas cotidianas da escola buscando a formação de uma sociedade

consciente em face de um desenvolvimento sustentável.

A necessidade de uma educação que tenha como finalidade a formação

de cidadãos ambientalmente cultos, intervenientes e preocupados com a

defesa e melhoria da qualidade do ambiente natural e humano, reúne um largo

consenso, tanto em nível internacional, como em nosso país, devendo

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constituir uma preocupação de caráter geral e permanente na implementação

do processo de educação, pressupondo uma clara definição de intenções

educativas e uma ambientalização dos conteúdos, estratégias e atividades de

ensino-aprendizagem.

Para falarmos de Educação Ambiental precisaremos voltar muito no

tempo e rever conceitos e atitudes radicalmente modificadas ao longo da

evolução do homem na superfície da terra, quando o homem primitivo era

parte integrada desse contexto geral (fauna, flora, água, ar) que chamamos

Natureza. Com o passar dos tempos, o homem foi adquirindo um caráter

distintivo, individualista e desintegrado ao meio em que vive.

Essa separação ser humano/natureza vem trazendo conseqüências

desastrosas até as gerações de hoje, deixando clara a certeza que atitudes

precisam ser tomadas em virtude da série de ações de deterioração da

natureza através do homem.

Após o advento da Revolução Industrial, houve um crescimento

econômico e populacional que fomentou uma revolução tecnológica e um

consumismo exacerbado. O homem acabou por assumir um papel

extremamente egoísta e alienante mediante sua relação com o mundo.

Após muitas décadas, deu-se início a discussões de assuntos como

preservação dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável, onde o

homem muda de papel se colocando como dependente do meio ambiente

(conservador/ preservador) e não mais como seu dono (poluidor/ degradador).

Em função de tudo isso, a Educação Ambiental tem um importante papel de

intermediar a reintegração homem/natureza profundamente abalada ao longo

dos séculos, mediante tanto descuido e pouco caso em relação a sua

preservação. Essa contribuição se dá através de atitudes, valores,

conhecimentos e a inserção acirrada dos educadores e educandos nesse

processo de transformação, desse cenário de gradativa destruição.

Sendo assim, a partir desta concepção de necessidade de adquirir

conhecimento e consciência no que diz respeito ao meio ambiente a sua volta,

é que o educador ambiental se destaca como mediador e coordenador na

implantação de ações pedagógicas voltadas para Educação Ambiental

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viabilizando a formação de responsabilidade individual e coletiva na escola,

contribuindo e até mesmo promovendo a transformação e construção da

sociedade consciente e responsável pelo meio em que vive.

A partir das últimas décadas, a questão ambiental3 tornou-se uma

preocupação mundial. A grande maioria das nações do mundo reconhece a

emergência das soluções nos problemas ambientais. A destruição da camada

de ozônio, acidentes nucleares, alterações climáticas, desertificação, aumento

na produção de resíduos sólidos de uma forma geral, armazenamento e

transporte de resíduos perigosos, poluição hídrica, poluição atmosférica,

pressão populacional sobre os recursos naturais, perda de biodiversidade são

algumas das questões a serem resolvidas por cada uma das nações do

mundo, segundo suas respectivas especificidades.

Entretanto, a complexidade dos problemas ambientais exige mais do que

medidas pontuais que busquem resolver problemas a partir de seus efeitos,

ignorando ou desconhecendo suas causas.

O modo como se dá o crescimento econômico e o consumismo

insustentável compromete o meio ambiente, seguramente prejudicando o

próprio crescimento, pois inviabiliza um dos fatores de produção, o capital

natural. Natureza, terra, espaço devem compor o processo de desenvolvimento

como elementos de sustentação e conservação dos ecossistemas. A

degradação ou destruição de um ecossistema compromete a qualidade de vida

da sociedade, uma vez que reduz os fluxos de bens e serviços

(retroalimentação positiva) que a natureza pode oferecer à humanidade.

Logo, um desenvolvimento centrado no crescimento somente econômico

que relegue para segundo plano as questões sociais e ignore os aspectos

ambientais não pode ser denominado de desenvolvimento, pois de fato trata-

se de mero crescimento econômico.

O sucesso das ações que devem conduzir ao desenvolvimento

sustentável dependerá, em grande parte, da influência da opinião pública, do

comportamento das pessoas, e de suas decisões individuais. Mesmo

considerando que existe certo interesse pelas questões ambientais, há que

reconhecer a falta de informação e conhecimento dos problemas ambientais.

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Entretanto, a educação ambiental tem por objetivo informar e sensibilizar

as pessoas sobre os problemas (e possíveis soluções) existentes em sua

comunidade, buscando transformar essas pessoas em indivíduos críticos que

participem das decisões sobre seus futuros, exercendo desse modo o direito à

cidadania, instrumento indispensável no processo de desenvolvimento

sustentável.

Uma das formas de levar este tipo de conscientização à comunidade é

pela ação direta da escola, mais precisamente, pela ação do educador

ambiental em sala de aula, com atividades nas qual o educando participe,

ativamente, através de atividades como leitura de textos e livros atuais,

debates, pesquisas, experiências e outras mais, que desenvolvam nos

educandos reflexões críticas, que possam compreender os problemas que

afetam a comunidade onde vivem, a refletir e criticar as ações que

desrespeitam e, muitas vezes, destroem um patrimônio que é de todos.

Algumas reflexões poderiam ser abordadas como: Para onde vai o lixo que

produzo? Poderia contribuir para a redução dos problemas referentes ao

excesso de resíduos? Tudo que tem na minha lixeira é mesmo lixo? O que a

falta de um destinamento correto para os resíduos urbanos pode causar a

minha comunidade?

A própria Constituição Federal4 de 1988 e a Lei de Educação Ambiental

(Lei nº 9795) incorporam esta evolução conceitual, como se vê no art. 1º da Lei

9795:

Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,

habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio

ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e

sua sustentabilidade.

No Fórum das ONGs, realizado paralelamente à Conferência Rio 92 (o

qual produziu a Agenda 21), referendando e ampliando o conceito anterior, o

Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e

Responsabilidade Global, "reconhece o papel central da educação na

formação de valores e na ação social e para criar sociedades sustentáveis e

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eqüitativas (socialmente justas e ecologicamente equilibradas)", e considera a

Educação Ambiental "um processo de aprendizagem permanente baseado no

respeito a todas as formas de vida, o que requer responsabilidade individual e

coletiva em níveis: local, nacional e planetário".

Com base na Agenda 21, documento de referência para a implantação da

Educação Ambiental e acordos de preservação do meio ambiente em todo

mundo, é possível ver que o ensino, inclusive o ensino formal, a consciência

pública e o treinamento devem ser reconhecidos como um processo pelo qual

os seres humanos e as sociedades podem desenvolver plenamente suas

potencialidades.

Tanto o ensino formal como o informal é indispensável para modificar a

atitude das pessoas, para que estas tenham capacidade de avaliar os

problemas do desenvolvimento sustentável e abordá-los.

Diante da necessidade de formação de cidadãos conscientes quanto à

preservação do meio ambiente, podemos dizer que, respaldando-nos em

tratados, leis e decretos sobre o tema,observamos a possibilidade e a

necessidade e implementação de projetos de Educação Ambiental de maneira

natural, crítica, transformadora e autônoma nas escolas, por se tratar do

espaço produtor de “formadores de opinião” e disseminadora de agentes

transformadores dessa realidade de ideologia alienante e dominante.

O que podemos também observar é que os meio de comunicação

propagam, a todo instante, termos e conceitos como “biodiversidade”,

“desenvolvimento sustentável”, ecologia, preservação, entre outros. No

entanto, o que entendemos sobre cada um deles? Como é possível se fazer

compreender para uma criança quando dizemos que precisamos “preservar” o

meio ambiente? O que pode significar isso para ela?

Contudo, antes mesmo de “decifrarmos” o ato de preservar, precisamos

explicitar para esse futuro agente protetor do meio ambiente, o que significa e

representa a natureza em sua vida, onde ela se encontra no meio em que vive,

quais suas características e qualidades, situá-lo neste contexto aproximando-a

de sua realidade.

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Um outro fator considerável a respeito de conservação e preservação é

que, para o ser humano, há uma evidência sustentável da relação afetiva com

aquilo que costuma defender, ou seja, o homem precisa se sentir parte do

objeto, ter uma relação afetuosa e de respeito, para somente depois disso,

preservar e defender. Assim nos permite concluir que antes de “tudo” é preciso

primeiro amar e apreciar a natureza.

Diante da perspectiva de uma escola preparada para tratar das questões

ambientais e voltada para a formação de cidadãos críticos, reflexivos e,

plenamente, conscientes de seus direitos e deveres é que se encontra o

ambiente ideal para o desenvolvimento e formação de valores, indo além dos

conteúdos aplicados em sala de aula, fornecendo mais que informações e

conceitos (por vezes errôneos trazidos em certos materiais didáticos), contudo,

valorizando comportamentos, experiências, habilidades que possam favorecer

o trabalho que o tema propõe dentro do currículo e nas práticas cotidianas de

todos.

Outro fator determinante na inserção da Educação Ambiental na escola

de maneira interdisciplinar e efetiva é, sem dúvida, a formação adequada e o

aperfeiçoamento do profissional docente, sobretudo, a esse respeito, os

Parâmetros Curriculares Nacionais (2000, p.30) ressaltam que:

Além de uma formação inicial consistente, é preciso considerar um

investimento educativo contínuo e sistemático para que o professor se

desenvolva como profissional de educação. O conteúdo e a metodologia para

essa formação precisam ser revistos para que haja possibilidade de melhoria

do ensino. A formação não pode ser tratada como um acúmulo de cursos e

técnicas, mas sim como um processo reflexivo e crítico sobre a prática

educativa. Investir no desenvolvimento profissional dos professores é também

intervir em suas reais condições de trabalho.

O educador ambiental na escola necessita, assim como o educando,

apreciar e valorizar o trabalho que está propondo-se realizar, buscando

formação mais especializada, informações atuais, publicações acerca do

assunto, sentindo-se parte integrante do processo, contribuindo para a

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diminuição dos inúmeros problemas que a ignorância sobre “as conseqüências

dos nossos atos de hoje podem causar ao planeta em um futuro bem próximo”.

As propostas metodológicas sugeridas para a efetivação e inserção da

Educação Ambiental no currículo e nas práticas escolares devem considerar as

dimensões cognitiva, de valoração e de habilidades que, em conjunto, possam

contribuir para a diferenciação da qualidade do ensino-aprendizagem, e para

que possamos, de certa forma, garantir um futuro melhor, mais civilizado e

muito mais consciente dos males causados à natureza ao longo de todos

esses séculos.

Desta forma, num processo de gestão de resíduos urbanos, a escola tem

uma participação impar, já que todo cidadão dever ser responsável pelo

descarte de seu resíduo, e sofrendo um processo educativo torna-se mais

responsável e paradigmático, auxiliando nas mudanças ambientais emergentes

neste processo de sustentabilidade planetária.

(...) a EA tem o importante papel de fomentar a percepção da necessária

integração do ser humano com o meio ambiente. Uma relação harmoniosa,

consciente do equilíbrio dinâmico da natureza, possibilitando, por meio de

novos conhecimentos, valores e atitudes, a inserção do educando e do

educador como cidadãos no processo de transformação do atual quadro

ambiental do nosso planeta.

Mauro Guimarães, 2000, p.15

A relação do homem com a natureza era principalmente de

sobrevivência. Com o passar do tempo, o homem foi aumentando seus

conhecimentos e passou a explorar mais a natureza, o que foi consequência

da urbanização e da industrialização ocorridas.

Vários problemas ambientais foram surgindo, tais como a intensa

poluição do ar, os solos erodidos e a formação de desertos. Hoje em dia, cada

vez mais problemas vêm aparecendo.

Diante de tudo isso, a necessidade de uma educação ambiental é clara.

Economia e meio-ambiente devem coexistir, sem que um prejudique o outro. O

homem deve viver em harmonia com a natureza, e não às sua custas.

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Sendo assim, o objetivo da educação ambiental é desenvolver nas

pessoas a consciência dos problemas ambientais e estimulá-las a tentar

buscar soluções para estes problemas. Não é um processo fácil e nem rápido,

já que nem todas as pessoas têm consciência de que elas mesmas podem

estar prejudicando o ambiente (jogando lixo nas ruas, por exemplo) e, muitas

vezes, não vêem motivos para se preocupar. Mas com um pouco de boa

vontade, tanto dos educadores como da população, a educação ambiental

pode trazer bons resultados.

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CAPÍTULO III

TODOS DEVEM FAZER EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Para começar temos que fazer uma escolha: optar entre o capitalismo

selvagem ou os preceitos da Agenda 21 (aprovada na Rio 92), que procura

harmonizar desenvolvimento econômico com a preservação ambiental,

assegurando um permanente respeito e cuidado com a Biodiversidade.Para tal

escolha devemos rever alguns dados: existe no Brasil aproximadamente 35 mil

latifúndios com área superior a 1000 hectares, que dispõem de uma área

improdutiva de 153 milhões de hectares (correspondente à soma dos territórios

da França, Alemanha, Espanha, Suíça e Áustria). As áreas com menos de 10

hectares representam quase 53% das propriedades rurais e ocupam menos de

3% da are atotal. Os latifúndios com mais de 1000 hectares representam

menos de 1% dos estabelecimentos rurais, mas ocupam 43,8% da área total.

Tais informações nos mostram como o Brasil vê a sua situação latifundiária.

Quanto à Biodiversidade podemos observar que o Brasil é um dos países

mais ricos em fauna e flora no conjunto dos seus Ecossistemas (Floresta

Amazônica, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica, Campos, Zona Costeira e

Marinha); mas através de ações do Homem gradativamente esses

Ecossistemas estão sendo destruídos.

Portanto temos problemas antigos para serem resolvidos como: reforma

agrária; diminuição da Biodiversidade pela exploração dos recursos naturais;

poluição dos rios, mares, lagos, lagoas e do ar; crise energética; a fome (num

país tão rico), etc. Para todos estes problemas existe uma grande quantidade

de leis (o Brasil apresenta boas leis sobre o Meio Ambiente), mas acontece

que algumas são cumpridas integralmente, outras parcialmente e outras não

são cumpridas. Temos portanto uma série de problemas que os Governos têm

que tentar resolver a fim de que o Brasil não se torne um país de 4º mundo,

isto é, muito abaixo da linha de pobreza; toda a Sociedade deve participar

dessa mudança, com toda a integração possível.

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7. TODOS DEVEM FAZER EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Mas enquanto esperamos do Governo soluções dos grandes problemas

nacionais, o que nós professores podemos fazer? Pois somos os melhores

agentes de transformações sociais. Podemos criar entre nós e principalmente

nos alunos, uma consciência ambiental; pois eles têm que saber que temos

que cuidar desta nave chamada Terra; a fim de que possamos deixar paras as

outras gerações um lugar com possibilidade ainda de vida.

“Atualmente, mais do que nunca, precisamos de imaginação e

criatividade de todos para que a Sociedadeatravesse uma transformação

maciça, necessária ao surgimento de uma Sociedade Planetária”.

(MargaretMead)

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De certa forma, todos nós somos educadores ambientais, e como disse o

Professor Marcos Sorrentino, em1997:

“Todo indivíduo que coloca para si o desafio de implementar a mudança

de comportamento, essencial paraque o Planeta Terra possa sobreviver e

oferecer condições de vida para pessoas que ainda não nasceram ouque já

nasceram mas estão excluídas de qualquer benefício.”

Portanto podemos pensar a nossa realidade e traçar caminhos para

passar dos problemas à conquista dossonhos, através da Educação

Ambiental.

A Educação Ambiental ocorre em três áreas:

1ª) Educação Formal:

É a que se desenvolve na escola, que apresenta um currículo

oficial e um currículo oculto, e que a soma dos dois forma o currículo real

2ª) Educação Não-Formal:

É a que se direciona à comunidade e onde cabe uma grande

diversidade de propostas, e que tem como objetivos a melhoria da qualidade

de vida da comunidade e também o fortalecimento da cidadania.

Como exemplo disso, está nos: 5 menos que são 5 mais, slogan

criado para identificar cinco atitudes que geram economia nos custos

empresariais e, ao mesmo tempo, diminuem o abuso do uso dos recursos

naturais:

1- Economia de energia,

2- Combate ao desperdício de matérias-primas,

3- Economia de água,

4- Redução da poluição do ar ou sonora e

5- Coleta seletiva e reciclagem do lixo.

3ª) Educação Informal:

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É aquela transmitida informalmente, como o próprio nome diz e

ocorre através das notícias dos jornais,rádio ou TV, de filmes ou vídeos, por

um trabalho artístico, uma peça teatral, um livro, ou ainda por campanhas

publicitárias, educativas ou fiscalizadoras.

Educação Ambiental só é eficiente quando trabalha três esferas

ou domínios;

1 – ESFERA COGNITIVA:

É o campo do conhecimento onde a pessoa recebe as

informações básicas sobre os temas que estão sendo trabalhados, sobre a

área natural e o mundo construído pelo ser humano. Quanto maior o

conhecimento houver inerente ao assunto, maior será o amor.

2 – ESFERA AFETIVA:

É simbolizada pelo amor pela mãe-natureza, sem ela a Educação

Ambiental perde efetividade, pois através da esfera afetiva, as pessoas se

sensibilizam, para agir em favor do ambiente e de um mundo sustentável.

3 – ESFERA DO DOMÍNIO TÉCNICO:

Para exercer o desenvolvimento sustentável, não bastam as

informações teóricas, ou gostar da questão. Deve-se conhecer formas para

transformar a teoria em prática. Por isso, a transmissão deste conhecimento é

fundamental, como parte da Educação Ambiental.

Não existe uma única regra para trabalhar em Educação

Ambiental, tanto na Educação Formal como na Não-Formal. Como exemplo,

uma proposta do educador Paulo Freire:

- O uso está em duas siglas: NIPS E UAIS.

- NIPS significa – NECESSIDADES/INTERESSES/PROBLEMAS,

que na prática, significa que o educador deve partir da realidade local,

estudando as necessidades, interesses e problemas vividos pelo público-alvo.

Em função disso, estabelecem-se as UAIS.

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- UAIS significa – UNIDADES DE APRENDIZAGEM INTEGRAIS,

que na prática consiste basicamente na seleção de um ou mais temas centrais

que façam parte das necessidades, interesses e problemas do público-alvo.

Isso será o ponto de partida pra trabalhar as três esferas:

Cognitiva, Afetiva e Domínio Técnico, facilitando o trabalho interdisciplinar,

usando como base às questões locais e valorizando as experiências da

comunidade local, que são princípios da Educação Ambiental.

A Educação Ambiental trabalhada desta maneira faz com que a

“poeira levante”, para as pessoas porem a “mão na massa”, “mudarem o

mundo”, partam de “baixo para cima”.

A melhoria da aprendizagem só ocorre quando fazemos trabalhos

interdisciplinares, através de grandes temas, a fim de que o aluno comece a ter

conhecimentos, habilidades, competências e valores muito mais amplos.

Isto é o que chamamos de Educação Libertadora e cujo principal

objetivo não é apenas educar as pessoas para que elas atinjam níveis mais

elevados e sim contribuir para a transformação social, tornando as pessoas

iguais, e que todas tenham as mesmas possibilidades de alimentação, estudo,

casa, etc. Esta Educação Libertadora produz nos indivíduos uma consciência

de maior cidadania; inclusive a Consciência Ambiental.

Para um trabalho de Educação Ambiental é necessário conhecer

as fases que denominamos de P.P.P:

PLANEJAMENTO PROCESSO PRODUTO

^ Qual a nossa realidade local?

^ O que a gente quer fazer?

^ Quais os recursos que já existem?

^ Quais recursos que são necessários?

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^ Vamos criar atividades (visitas de campo, jogos, material

didático, campanhas, palestras etc.)

^ Precisamos criar materiais didáticos ou podemos adequar os

que já existem?

^ Como vamos montar nosso cronograma de atividades

(quanto tempo a gente vai gastarem cada etapa?)

^ Nosso pessoal precisa ser treinado?

^ Nossos objetivos foram alcançados?

^ Os resultados mostram o que precisamos mudar no

cronograma?

^ Quem sabe se mostrarmos nossos resultados conseguiremos

apoio para a continuação do programa ou a criação de novos?

^ Como podemos divulgar os nossos resultados?

Todo o resultado é importante: devemos tentar aprender com

todas as experiências, boas e ruins. Se tivermos sucesso, ótimo. Mas se não

saírem como queríamos, não quer dizer que a experiência não foi válida.

Devemos buscar entender o porquê isso ocorreu, para não repetir o erro. Para

quem vai iniciar trabalhos de Educação Ambiental tenho duas boas dicas que

já estão em prática em algumas escolas estaduais:

1ª - São os Centros de Linguagem que já estão instalados em 30

escolas-pólos. A Assessoria de Avaliação Institucional da SEE, desde 2000

está implantando os Centros de Linguagens. Os Centros de Linguagens têm

como objetivo principal uma mudança na concepção da educação formal e da

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prática cotidiana das instituições de ensino da rede pública do Estado do Rio

de Janeiro.

• Foi apresentado em março de 2000 ao Conselho Estadual de

Educação e em seguida, após a aprovação do mesmo se realizaram:

documento conceitual, reuniões com professores dinamizadores, seminário

para dinamizadores, planejamento do curso, realização de cursos em 29

coordenadorias, avaliação, multiplicação nas escolas, seminários para

diretores, acompanhamento da implantação dos C.L nas escolas, análise dos

projetos realizados nas escolas, distribuição de materiais nas escolas-pólos,

curso instrucional da Empresa Positivo, sobre softwares de Biologia e Química

e avaliação final do quer está sendo feito na escola.

• O C.L foi imaginado como aglutinador da comunidade escolar,

como um meio privilegiado de construção, na prática e na realidade, de uma

escola democrática e auto-suficiente, busca a troca de saberes, respeitando o

conhecimento de todos: alunos, professores, comunidade, aproveitando todos

os meios possíveis de construção de conhecimento, atualizados, pertinentes

às aspirações dos alunos e, conseqüentemente de seus mestres e

comunidade.

• O C.L caracteriza-se, assim, por ações que não devem parar

nunca, ampliando-se o número de professores e escolas participantes.

• Os C.Ls são na prática espaços escolares onde ocorre a

elaboração e desenvolvimento de projetos pedagógicos e de pesquisas,

visando, ao mesmo tempo, a formação de competências, nas diversas áreas

curriculares, a construção de processos de trabalho integrado e interdisciplinar

entre áreas, articulando Cultura, Educação, Ciência e Tecnologia.

• Como diz o Professor Danilo Gandim na Educação Libertadora

deveremos trabalhar com grandes temas e interdisciplinarmente; preparando o

aluno para ser um cidadão consciente.

• Como diz o poeta Carlos Drumond de Andrade: “O problema não

é inventar. É ser inventado hora apóshora e nunca ficar pronta a nossa edição

convincente.”

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2º É a construção em cada unidade da Agenda Ambiental da

Escola; com orientação do Ministério do Meio Ambiente.

• A Agenda 21 é o mais significativo compromisso pactuado na

Eco 92, assinado por mais de 170 países, constituída de uma série de

compromissos dos países presentes à conferência. Os países participantes

aceitaram o desafio de incorporarem em suas políticas públicas propostas que

os conduzissem ao desenvolvimento sustentável.

• Pensar e planejar o futuro exige a participação de todos, em

cada ponto do nosso país. Cabe a cada um de nós, sem prejuízo dos direitos e

interesses do outro, agir e sugerir ações que nos levem a um mundo muito

melhor, em que saibamos compartibilizar nossas necessidades de crescimento

sócio-econômico com o uso adequado dos recursos naturais. Isso é um

enorme desafio.

• Portanto a Agenda 21 Global lançada em 1992 é um marco, com

a finalidade que cada país construa a sua Agenda, assim como cada Estado e

cada Município.

• O Estado do Rio de Janeiro contribuiu muito com a Agenda

Brasileira, que foi levada para o Encontro Rio+10 em Joannesburgo - África,

mostrando a visão que os fluminenses têm sobre o Brasil; como também todos

os outros Estados fizeram.

• Mais que um documento a Agenda 21 é um processo de

planejamento participativo, que analisa a situação atual de um País, Estado,

Município e/ou Região e planeja o futuro, com estudo, de forma sustentável.

• Vários municípios já iniciaram a construção das suas agendas

que são chamadas de locais, com a participação da prefeitura, secretários,

vereadores, ministério público, clubes, associações de moradores, igrejas,

lideranças, universidades, comunidades em geral, clubes de serviços, rádios,

jornais, ONGs, etc.

• Podemos começar a fazer a Agenda Ambiental na Escola, a fim

de iniciarmos um processo de transformação que melhorará a nossa escola e

seu entorno, depois a nossa rua, depois o nosso bairro e assim

sucessivamente.

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• A Agenda Ambiental da escola é um plano de desenvolvimento e

manejo ambiental que identifica os problemas e os meios para enfrentá-los,

propondo ações para reduzir os impactos negativos decorrentes da interação

do homem.

• Existe um planejamento para se construir a Agenda Ambiental

da Escola:

1 - Comissão

2 - Atribuições da Comissão

3 - Diagnóstico

3.1 - Classificar

3.1.1 - Problemas administrativos

3.1.2 - Problemas comportamentais

3.1.3 - Problemas de infra-estrutura.

3.2 - Quantificar

3.3 - Qualificar

4 - Estratégias de Execução

5 - Divulgação

6 - Avaliação e Acompanhamento

• Alguns exemplos de ação da Agenda:

- Agenda Ambiental e Lixo

- Agenda Ambiental e Violência

- Agenda Ambiental e Cidadania

• A Agenda Ambiental não é uma obra restrita à escola; pode e

deve ser levada para outros locais, como: a casa, a rua, o bairro, o Município,

etc.

• A escola deve incentivar os jovens a promover a construção da

Agenda Ambiental nas suas próprias casas.

• A Agenda Ambiental da escola pode ser iniciada pelos

Protetores da Vida, que ao serem criados em 1999 pelo MMA era somente

formada por jovens, mas que em 2001 passou a integrar não somente os

alunos mas também professores, funcionários, diretores, pais, a comunidade,

ONGs da região que se interessarem pela Carta de Princípios de Proteção à

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Vida, preparada pelos jovens Protetores da Vida, pois a educação ambiental é

a nova escola da vida.

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CONCLUSÃO

O trabalho apresentado sugeriu muito mais a problematização e o debate

sobre a relação educação/ambiente do que esgotar o assunto ou produzir

conclusões acabadas sobre o tema. A educação e a problemática ambiental

são antes de tudo, questões políticas que envolvem atores, interesses e

concepções de mundo diferentes, e que podem assumir direções mais

conservadoras ou emancipatórias. Sem negar a existência da dimensão teórica

da educação e da questão ambiental defendemos, entretanto, que a teoria é e

deve ser, subordinada a política e a critérios éticos na elaboração e

implementação de um currículo pedagógico. Entendemos que uma educação

ambiental de ênfase somente teórica reduz a complexidade do real e mesclara

os conteúdos e conflitos políticos inerentes a questão ambiental, favorecendo

uma compreensão de um processo educativo identificado com a autonomia

individual e o aluno se limita e não pode prescindir de uma atitude critica,

participativa e comprometida com a ampliação da cidadania.

A Educação deveria estar acompanhando de perto todo esse processo

ambiental, deveria estar à frente das discussões que se desenrolam no mundo,

deveria conhecer e entender as causas e, mais que isso, ser capaz de propor

soluções. Afinal a educação é a ferramenta que criamos para garantir a

continuidade e expansão do conhecimento sobre nós mesmos e do universo

em que vivemos e nós, profissionais da educação, somos os responsáveis por

formar, orientar e conduzir o desenvolvimento das atuais e novas gerações,

transmitindo lhes os conhecimentos adquiridos pela humanidade ao longo de

sua existência e clareando os caminhos à frente na construção do futuro. No

entanto estamos perdidos, longe de atuar como profissionais competentes e

sintonizados com a realidade que nos cerca, sem entender a dimensão do que

acontece e sem os conhecimentos básicos que nos permitam encaminhar

essas discussões em salas de aula, escolas e sociedade. E nas poucas

tentavas nos esbarramos em uma grade curricular que não abre muitas portas

para a realização de aulas práticas no campo. Temos uma agenda e um diário

de classe a ser preenchido e seguido, o sistema assim o exige. Os dias letivos

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não suportam muitas ações assim. Outra barreira encontrada é a falta de

oportunidade disponibilizada ao profissional da educação para encontros

pedagógicos e de elaboração de um planejamento multidisciplinar.

É preciso, é fundamental, que paremos para refletir sobre as nossas

escolhas pessoais e coletivas, sobre nossas responsabilidades perante as

atuais e futuras gerações Assim, essas discussões em torno da

implementação da

Educação Ambiental nas escolas tem de ultrapassar as paredes

burocráticas e chegar, rápido, às salas de aula, e isso não pode acontecer

apenas por obra de um professor, um grupo, uma escola, uma rede. Essas

discussões têm de ganhar status de política de Estado e permear toda

sociedade.

È possível termos aulas ambientais teóricas e praticas nas escolas.

Os trabalhos de Educação Ambiental formal e não formal aqui

apresentados comprovam isso. Mas deve haver com grande urgência uma

revisão das grades curriculares. E a capacitação de profissionais para atuarem

em sala de aula. E isso é urgente.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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ANEXO

ENTREVISTA

FME - Educação Ambiental: dentro ou fora da Escola? - entrevista com Moacir

Gadotti

De: - EcoAgência de Notícias

Hora: 19:21:51

Data: 21 jan 2003

Para o professor Moacir Gadotti, titular da faculdade de Educação da USP,

diretor do Instituto Paulo Freire e autor do livro "A Pedagogia da Terra", a

dicotomia não existe. Hoje (21), após coordenar uma mesa de debates sobre

educação formal e não formal com educadores e pesquisadores do Mali, da

Alemanha e da Escócia, no Fórum Mundial de Educação, Gadotti conversou

com jornalistas. Na entrevista, ele falou sobre educação popular, o otimismo

com o governo Lula e sobre educação ambiental. Leia a seguir, alguns trechos

da entrevista.

Pergunta: Tem-se falado muito das novas experiências de educação popular.

O que o senhor tem a falar a respeito disso?

Gadotti: O conceito de educação popular é um conceito que está evoluindo

historicamente. Primeiro passou pela idéia da conscientização e era só fazer a

conscientização. Depois, viu-se que a conscientização, sozinha, não resolve.

Então, além de conscientizar é preciso organizar, então há experiências

ligadas à organização popular. E hoje se vê a questão do desemprego, da

empregabilidade, então a educação popular se preocupa muito com isso,

associando a formação profissional, associando a conscientização com a

organização e com a produção. Então se vê que é um conceito que vai se

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enriquecendo aos poucos, mas ele não desaparece. E o debate principal hoje

foi a relação entre o formal e o informal. A educação popular nasceu dentro e

fora, ela tem um pé dentro e fora, e ela mantém essa ambiguidade necessária,

porque a escola só ensimesmada nela mesma, a educação só voltada para

dentro dela, ela não aprende nada. Aquela que só fica fora também perde

muito da escolarização, por exemplo.

É muito interessante que o representante da Alemanha (no debate, o alemão

Berndt Fishner, da Universidade de Ziegler), apresentou uma análise da

situação de Porto Alegre, a idéia da educação cidadã, que é uma nova

expressão da educação popular. Vista do ponto de vista europeu foi muito

interessante, porque demonstrou que essa escola cidadã, vista do ponto de

vista popular tem por essência formar o sujeito, formar o cidadão por meio de

mecanismos de aprendizagem popular não escolar, como o orçamento

participativo, onde as pessoas aprendem a falar, se organizar, planejar, que é

isso que temos que aprender na vida. O que o povo precisa aprender para

viver melhor? Essa é a pergunta. Então participar, falar, se organizar é um

aprendizado importantíssimo para você ter êxito na vida, ser feliz e participar

da transformação dela.

Pergunta - Como está o processo do ensino popular hoje no Brasil?

Gadotti - A gente tem de ser otimista e pessimista. Otimista em cima das

conquistas que já fizemos. Há muitas prefeituras populares que têm projetos

de educação popular, Estados também. E hoje o governo federal está

preocupado com uma nova cara da escola, com uma escola mais voltada para

a comunidade, com uma universidade voltada para as classes populares. O

ministro da Educação deixou muito claro aqui em Porto Alegre que a

Universidade tem que ter vínculo com a sociedade. Nós temos pessoas como

Darci Ribeiro, como Florestan Fernandes que sempre defenderam uma

universidade voltada para as necessidades das pessoas, não voltadas para o

capital. A educação popular não é só aquela que é feita no bairro, na periferia,

educação de adultos e alfabetização. Nós temos que fazer na pós-graduação,

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na graduação, na Universidade como um todo. Então eu acho que nós

avançamos e às vezes não reconhecemos nossos avanços. Eu acho, por

exemplo, que a eleição do Lula foi, por exemplo, um avanço da educação

popular no Brasil. Tem ligação direta com as lutas populares, com os

movimentos populares e com a caminha que o povo fez nesses anos todos.

Então temos motivos hoje para ser otimistas, porque avançamos.

É assim que fazemos história. Não é por decreto. Se faz história a partir das

condições concretas que você tem e com idéias na cabeça. Nesse sentido a

formação do educador é fundamental. Formá-lo para formar milhões de

pessoas. Nós somos dois milhões de educadores no Brasil. Se todos

pensassem assim "O que eu vou ensinar? É só o be-a-bá? É só aquilo que

está lá na cartilha? Ou vou ensinar as pessoas a se amarem, a se gostarem,

participarem, gostarem de aprender e tudo isso. É essa a vocação da

educação.

Pergunta - E como fica a questão da educação ambiental?

Gadotti - A gente não pode separar a educação ambiental das outras

educações. A educação ambiental não pode ser restrita a resgatar o meio

ambiente. Eu diria, fazendo uma metáfora, que nós precisamos nos cuidar

para fazer o saneamento dos córregos, que estão aí apodrecendo, mas um

saneamento deve ser feito também dentro da nossa cabeça. Então a

educação ambiental hoje, ela mudou muito. Ela deixou de ser uma educação

para a natureza que está lá fora, para ser uma educação da mente, preparar o

ser humano para viver bem, integrado com o meio ambiente. Para mim,

Rousseau deu o exemplo disso. No início do industrialismo ele dizia. "Gente,

vocês não estão no caminho correto. Não sou contra indústria, não sou contra

isso daí", pois ele era um liberal. "Mas vocês estão se separando da natureza".

Nós precisamos estar integrados com a natureza, acho que isso é importante.

Pergunta - Algumas pesquisas mostram que no Brasil as pessoas consideram

como problemas ambientais a destruição da Amazônia, vazamentos de

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petróleo, mas não consideram o problema do lixo, a poluição do ar nas

cidades. A educação popular pode mudar isso?

Gadotti - Exatamente. As crianças têm enorme sensibilidade para o meio

ambiente, mas muitas vezes são mal orientadas pelos professores. Quando

falam sobre educação ambiental, perguntam: "Onde vai ser o nosso passeio

hoje?" Às vezes estão fechadas em uma sala escura, sem espaço, em uma

escola que só tem cimento, não tem um jardim. Para perceberem, não é nada,

não está bonito o ambiente. E é o ambiente formativo. Então o meio ambiente

principal é esse aqui onde a gente está.

E a partir daí é claro, a natureza é muito importante também, a natureza nos

ensina muitas coisas, eu gosto muito disso, também. Eu escrevi um livro sobre

isso chamado "A Pedagogia da Terra", sobre ecopedagogia, insistindo na

importância da educação ambiental e da relação com a natureza. Mas a

primeira relação é com a gente mesmo.

Pergunta - Os educadores ambientais discutem muito a questão da educação

formal e da educação não formal, é uma discussão que existe no meio da

educação ambiental. Como o senhor vê isso?

Gadotti - Eu acho que é uma falsa dicotomia. Porque a educação chamada

extra escolar, não formal, também é muito formalizada. A educação da vida é

muito formalizada. Se confunde educação formal apenas com o que é feito lá

dentro, na sala de aula. Não é assim. Você pode dar uma excelente aula

formal ou informal embaixo de uma árvore. É uma falsa dicotomia. A escola

burocrática, burguesa, centrada nos conteúdos é que faz essas dicotomias.

Nós temos que superar todas as dicotomias por uma educação integral, que é

isso que tem que ser a educação ambiental.

André Muggiati, REBEA (Rede Brasileira de Educação Ambiental),

[email protected] © EcoAgência de Notícias, janeiro 2003 -

http://www.ecoagencia.com.br .

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I

O QUE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL E QUAIS

QUAIS OS VALORES DA EDUCACAO? 10

1 – O que e educação ambiental 10

2 – Valores da Educação Ambiental 10

3 – A Educação Ambiental na Escola 11

4 – Princípios Gerais da Educação Ambiental 12

5 – Propostas de Trabalho 13

Questionário de levantamento do perfil ambiental

da escola 15

CAPÍTULO II

EDUCAÇÃO AMBIENTAL, A CHAVE PARA UM

FUTURO SUSTENTÁVEL? 18

CAPÍTULO III

TODOS DEVEM FAZER EDUCAÇÃO AMBIENTAL 28

6 – Planejamento, Processo, Produto 32

CONCLUSÃO 37

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ANEXOS 41

ÍNDICE 45

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

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