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Universidade Candido Mendes Curso de Gestão Empresarial RESPONSABILIDADE SOCIAL: UMA FORMA DE AGREGAR VALOR À MARCA Aline de Oliveira Siqueira RIO DE JANEIRO 2009 ALINE DE OLIVEIRA SIQUEIRA

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Page 1: Universidade Candido Mendes Curso de Gestão Empresarial · 3 DEFESA DE MOOGRAFIA SIQUEIRA, Aline de Oliveira. Responsabilidade Social: Uma forma de agregar valor à marca. Candido

Universidade Candido Mendes Curso de Gestão Empresarial

RESPONSABILIDADE SOCIAL: UMA FORMA DE AGREGAR VALOR À MARCA

Aline de Oliveira Siqueira

RIO DE JANEIRO 2009

ALINE DE OLIVEIRA SIQUEIRA

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RESPO�SABILIDADE SOCIAL: UMA FORMA DE AGREGAR VALOR À MARCA

Monografia apresentada à Universidade Candido

Mendes no curso de Pós Graduação o do Rio de

Janeiro, como requisito parcial à obtenção do

grau do curso de gestão empresarial, sob a

orientação do professor MARCELO

SALDANHA

RIO DE JANEIRO 2009

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DEFESA DE MO�OGRAFIA

SIQUEIRA, Aline de Oliveira. Responsabilidade Social: Uma forma de agregar valor

à marca. Candido Mendes, Curso de gestão empresarial, 2009. Monografia final do curso de

Gestão empresarial.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________

Professor Ms. Marcelo Saldanha

Orientador

__________________________________

Professor:

__________________________________

Professor:

Monografia aprovada em:...../......./......

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DEDICATÓRIA

Dedico esta obra à minha avó,

Inair Teixeira Sendra, por contribuir

de forma positiva e especial na conclusão de mais

uma etapa

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AGRADECIME�TOS

Neste momento de suma importância na minha vida cumpre-me agradecer à Deus por

ter me concedido saúde e força para perseverar em momentos de tamanha dificuldade, sendo

Ele minha principal fonte de inspiração.

Amigos são anjos que nos acompanham no cotidiano e por isso agradeço-lhes a força,

a paciência e muitas das vezes até os conselhos para concluir este trabalho.

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RESUMO

Uma das questões mais discutidas sobre investimentos em responsabilidade social é se

eles podem ou não refletir nos resultados apresentados pelas empresas. Alguns autores

defendem que uma boa avaliação de responsabilidade social corporativa leva à melhora nas

vendas, na reputação da organização e à redução da probabilidade de boicotes decorrentes de

diversos fatores. Em contrapartida existem correntes teóricas que acreditam que esse não é o

papel das organizações, porque os autores devem se preocupar com a geração de valor ao

acionista.

Palavras chaves: Investimento, resultado,reputação.

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SUMÁRIO

I�TRODUÇÃO ....................................................................................................................... 09 CAPÍTULO I - RESPO�SABILIDADE SOCIAL �AS EMPRESAS .............................. 11 1.1. Responsabilidade Social no Brasil ..................................................................................... 14 1.2. Responsabilidade Social - Vantagens e desvantagens ....................................................... 16 1.3. Ética, valores e Cultura ...................................................................................................... 18 1.3.1. Ética ................................................................................................................................ 19 1.3.2. Valores ............................................................................................................................ 20 1.3.3. Cultura ............................................................................................................................ 21 1.4. Como aplicar a Responsabilidade Social ........................................................................... 22 1.5. Responsabilidade Social como estratégia de marketing .................................................... 24 1.6. Filantropia x Responsabilidade Social ............................................................................. 26 1.7. Normas e Certificações ...................................................................................................... 28 CAPÍTULO II - RESPO�SABILIDADE SOCIAL COMO DIFERE�CIAL COMPETITIVO ..................................................................................................................... 30 2.1. Marketing Interno x Endomarketing. ................................................................................. 30 2.1.1. Responsabilidade Social neste contexto ........................................................................ 32 2.1.2. Marketing Social ........................................................................................................... 33 2.2.1. Responsabilidade Social: O grande diferencial nos negócios ........................................ 35 2.2.2. A empresa como instrumento de desenvolvimento social ............................................. 35 2.2.3. As novas regras do consumidor ..................................................................................... 37 2.2.4. Os novos padões de Responsabilidade Social ................................................................ 37 2.2.5. Responsabilidade Social é estratégica ........................................................................... 38 2.3. Responsabilidade Social, Marketing Social aliado ao marketing comercial: Fortalecendo Marcas ................................................................................................................. 39 2.4. Estratégias de Marketing: Comerciais e institucionais ...................................................... 42 2.5.1. Gerenciamento da marca ............................................................................................... 44 2.5.2. Marketing social aliado ao marketing comercial: Fortalecendo a marca ..................... 46 CAPÍTULO III - ESTUDO DE CASO - BA�CO BRADESCO - RESPO�SABILIDADE SOCIAL: UMA FORMA DE AGREGAR VALOR À MARCA ....................................... 48 3.1. Responsabilidade Social: Uma forma de agragar valor a marca ..................................... 48 3.2. Bradesco como organização socialmente responsavel .................................................... 52 3.2.1. Área de atuação e ações Sociais...................................................................................... 54 3.3. Impacto do projeto para a marca da organização ............................................................. 66 CO�CLUSÃO ........................................................................................................................ 72 REFERE�CIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................. 74

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I�TRODUÇÃO.

No Brasil, atualmente, é notório o comprometimento das empresas com o social, pois

os empresários sentem a obrigação de participar acompanhando então essa evolução. Nos

outros países este acontecimento é sustentado pelas mudanças políticas ocorridas.

Apesar da co-participação do público interno, uma das questões mais discutidas sobre

o envolvimento da empresa com o social é se isso pode ou não refletir nos resultados

alcançados. Alguns autores defendem que uma empresa socialmente responsável consegue

atingir suas metas, melhora a reputação da organização e reduz a probabilidade de boicotes

decorrentes de vários fatores. Por outro lado há correntes teóricas que acreditam que esse não

seja o papel das organizações, cujos administradores devem se preocupar com a geração de

valor ao acionista.

A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os

interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores,

consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los no

planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos

acionistas ou proprietários.

Agregar valor à marca não é tarefa fácil, pois a marca é o principal elo entre o negócio

e o cliente e esta representa uma série de informações sobre um produto, tais como

características e benefícios. Sendo assim a marca identifica o produto e com o passar do

tempo se torna o referencial de qualidade deste.

Os investimentos com responsabilidade social sejam eles em âmbito interno, externo

ou ambiental exercem uma significativa influência na criação de valor das empresas podendo,

ainda, destacar que os investimentos em meio ambiente apresentaram uma relação direta e

mais que proporcional à criação de valor.

Em virtude disto, o objetivo deste trabalho é conscientizar as organizações, que a

prática da responsabilidade social não é um modismo e sim uma forma de agregar valor a uma

marca. Para tanto serão pesquisados livros com objetivo de dar fundamentação teórica ao

trabalho. A pesquisa será feita e fundamentada a partir da obras dos seguintes autores:

Edgilson Tavares Araújo, Patrícia Almeida Ashley, Marcos Cobra, Gleuso Damasceno

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Duarte, Ferrel, Philip Kotler e Francisco Paulo de melo Neto, dentre outros para efeito de

citação.

O primeiro capítulo destaca a Responsabilidade no Brasil, ressaltando a ética, os

valores e a cultura, bem como a melhor maneira de se aplicar os critérios que as organizações

devem seguir para serem reconhecidas como socialmente responsáveis e politicamente

corretas.

Fazendo um link com o capítulo anterior, a seguir serão demonstrados os sistemas de

indicadores que são adotados conforme o perfil da organização. Ainda nesse capítulo a

Responsabilidade social será analisada como ferramenta de marketing e como diferencial

competitivo para a empresa e o impacto causado ao consumidor.

O terceiro capítulo apresenta um estudo de caso do Banco Bradesco, promovendo

deste modo à fundamentação teórica do trabalho.

Conclui-se então que a Responsabilidade social deixa de ser apenas um diferencial,

para uma prática insubstituível, pois agrega valor a todos os envolvidos na organização

(públicos internos e externos), além de gerar ótimos resultados e fortalecer a marca da

instituição perante a sociedade.

A metodologia deste trabalho se faz por intermédio de um estudo de caso e de

pesquisa bibliográfica.

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CAPÍTULO I

1. Responsabilidade Social nas empresas.

A Responsabilidade Social tem sido um tema muito discutido no meio empresarial,

visto que, muitas empresas têm se utilizado desta prática através de diversos programas na

área social, procurando demonstrar principalmente sua função social perante a comunidade

em que está inserida.

Para Duarte (1985), a Responsabilidade Social pode ser entendida de diferentes

maneiras. Pode representar a idéia de responsabilidade ou obrigação legal e ainda um

comportamento responsável no sentido ético. Muitas pessoas simplesmente a equiparam a

uma contribuição caridosa, ou ao sentido de ser socialmente consciente. Uns poucos a vêem

apenas como uma espécie de dever fiduciário. Contudo, há autores que criticam a visão de

que a Responsabilidade Social seria apenas contribuição caridosa.

Segundo Moreira (2002), a Responsabilidade Social refere-se à ética como base das

ações com todos os públicos com os quais a organização pode interagir, ou seja, os seus

stakeholders (clientes, funcionários, fornecedores, acionistas, governo, sociedade, meio

ambiente).

Uma visão mais ampla é proposta por Ashley et al. (2002, Pág.6 ), que define a

(...)“responsabilidade social como toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria

da qualidade de vida da sociedade”(...)

O ponto de vista adotado pelas organizações privadas socialmente responsáveis refere-

se às estratégias de sustentabilidade em longo prazo das empresas que, em sua lógica de

desempenho e lucro, passam a contemplar a preocupação com os efeitos sociais e ambientais

de suas atividades, com o objetivo de contribuir para o bem comum e para a melhoria da

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qualidade de vida das comunidades (CAMARGO et al., 2001). Nessa visão organizacional, a

Responsabilidade Social Corporativa pode ser entendida como qualquer compromisso que

uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que

incidam positivamente em alguma comunidade, demonstrando uma postura proativa e

coerente da empresa no que tange ao seu papel específico na sociedade e na sua prestação de

contas para com ela (ASHLEY et al., 2002).

A essência da doutrina da Responsabilidade Social sob o ponto de vista empresarial,

na concepção de Duarte e Dias (1985), está baseada em três pressupostos básicos: primeiro, a

ampliação do alcance da responsabilidade da empresa, que não mais se limita aos interesses

dos acionistas; segundo, a mudança da natureza das responsabilidades que ultrapassam o

âmbito legal e envolvem as obrigações morais ditadas pela ética; terceiro, a adequação às

demandas sociais mais atuantes e exigentes. Todas as organizações precisam ter bem claras,

para si e para seus empregados, o conceito de Responsabilidade Social, buscando ter

consciência sobre os reais efeitos de sua atividade na sociedade e no meio ambiente, e de seus

impactos nos planos local, regional e nacional.

A Responsabilidade Social é um exercício da cidadania corporativa, e as empresas que

querem transmitir uma imagem ética e moral podem, futuramente, ser beneficiadas pelas suas

atitudes, por exemplo, através da prática da Responsabilidade Social, como estratégia de

valorização de produtos e serviços e estratégias sociais de desenvolvimento da comunidade

(MELO NETO e FROES, 2001). Para a empresa a estratégia de valorização de produtos ou

serviços, além de prezar pela qualidade, prima pelo status de produtos e serviços socialmente

corretos.

Ser socialmente responsável é uma vantagem competitiva aos olhos dos

consumidores, no sentido de agregar valores à empresa. Pois se a empresa se empenha na

melhoria da qualidade de vida das pessoas e estimula os funcionários a, voluntariamente, se

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envolverem em ações sociais visando diminuir o impacto das injustiças sociais com certeza

haverá um reflexo direto no balanço.

Hoje a ação social de uma empresa é um grande diferencial, influenciando o cliente na

hora da escolha do seu produto. Quanto mais participa socialmente, melhor para sua imagem,

porém ainda existem muitas empresas que não percebem que a filantropia é extremamente

saudável para seu negócio, tornando-se um sinônimo de sucesso.

Segundo autores, possíveis perdas hoje identificadas com a responsabilidade social,

que não devem ser desprezadas são: conhecimento do potencial do seu mercado, imagem

institucional, concorrência, visão estratégica e credibilidade.

A idéia hoje de se criar uma contabilidade social, avaliando a evolução e contribuição

que as empresas possuem junto a sua comunidade.

1.1. Responsabilidade Social no Brasil.

Na década de 70, as idéias de Responsabilidade Social chegam a vários países do

chamado “terceiro mundo”, ou seja, países em desenvolvimento. Entretanto, devido à

conjuntura vivida por esses países, imersos em recessões, governos autoritários e submetidos

à vontade das grandes coligações internacionais, os princípios da Responsabilidade Social

foram prejudicados.

Segundo Tomei (1984, pág.191) durante essa década (...)“o conceito de

responsabilidade social foi continuamente discutido e alternadamente aceito e rejeitado”(...).

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Apenas no início da década de 80, nos países em via de democratização política, com

o aumento das pressões sobre as organizações para a busca de soluções nos aspectos

econômicos faz com que o assunto Responsabilidade Social passe a ser discutido e difundido.

Para Karkotli e Aragão (2004, pág.50) (...) “começaram a brotar dúvidas na

preocupação com a Responsabilidade Social vigente, ou seja, aquela orientada pelos

princípios da caridade e da custódia. Desde então, o significado da expressão

Responsabilidade Social vem sendo debatido” (…).

Neste contexto, o conceito de Responsabilidade Social ganha um amadurecimento

quanto à sua operacionalização, rodeado de debates filosóficos sobre o dever das corporações

em propiciar o desenvolvimento social, com forte conotação normativa.

A Responsabilidade Social passa a incorporar cada vez mais o aspecto normativo,

ganhando uma maior participação de acadêmicos da área de ética nos negócios.

A maior parte dos estudos sobre o tema possui como desafio a conceituação e

delimitação do que é Responsabilidade Social no contexto empresarial. A falta de um

conceito claro para o termo provoca a grande dificuldade das empresas em trabalhar as ações

sociais.

De acordo com Tomei (1984, pág.192), “a dificuldade de operacionalização do

conceito de Responsabilidade Social está relacionada à árdua tarefa de estabelecer fronteiras

para caracterizar uma ação sob o rótulo de Responsabilidade Social”.

No Brasil, o movimento de responsabilidade social ganhou força a partir da década de

90. E com este fenômeno o mercado também vem evoluindo com a exigência de ética e

transparência nos negócios. Nesta mesma época foi identificado no setor burocrático da

câmara federal, um projeto de lei editado pelo deputado Paulo Rocha (PT _ Paraná), onde o

objetivo principal era fazer com que as pessoas elaborassem, anualmente, de forma

compulsória, o seu balanço social e quem não obedecer perde todo direito de se candidatar a

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financiamentos e subsídios do governo federal. Porém é importante ressaltar que nem todas as

organizações estão de comum acordo com este procedimento, principalmente as empresas

mais conservadoras que se opõem a qualquer situação que as obrigue a tornar público o seu

negócio. O sociólogo Ciro Torres, coordenador do IBASE (Instituto Brasileiro de Análises

Sociais e Econômicas) na época, condenou este procedimento. Ele acreditava que não

adiantava brigar se não houvesse o que mostrar e que o balanço dava aparência às ações, mas

a sua realização deveria ser espontânea. (Revista Amanhã; Junho de 2000. pág.59). Baseado

nesta afirmativa a utilização excessiva do trabalho social como mera ferramenta de Marketing

pode ser uma atitude errada.

Observa-se hoje no Brasil um interesse generalizado pelo tema responsabilidade social

empresarial, tanto no meio empresarial e na mídia, quanto no meio acadêmico. Sob a égide da

responsabilidade social, muitas ações vêm sendo tomadas pelas empresas, especialmente na

área social, beneficiando sobremaneira o conjunto da sociedade.

1.2. Responsabilidade Social – Vantagens e Desvantagens.

A Responsabilidade Social não se restringe apenas à organização, mas envolve toda a

sua área de influência e seus funcionários, caracterizando-se como um modo de a empresa ser

competitiva, conquistar e ampliar o mercado. Isso porque a Responsabilidade Social não pode

ser destacada como uma ação caridosa ou como uma filantropia isolada, motivada por um

sentimento de culpa provindo da utilização dos recursos da sociedade, ou por iniciativa

unilateral do empresário, mas, sim, alinhada aos objetivos da empresa, que devem contemplar

a responsabilidade social (ORCHIS et al., 2002).

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Alguns benefícios da Responsabilidade Social voltada para as empresas podem ser

traduzidos em vantagens como: o fortalecimento da marca e imagem da organização; a

diferenciação perante aos concorrentes; a geração de mídia espontânea; a fidelização de

clientes; a segurança patrimonial e dos funcionários; a atração e retenção de talentos

profissionais; a proteção contra ação negativa de funcionários; a menor ocorrência de

controles e auditorias de órgãos externos; a atração de investidores e deduções fiscais (MELO

NETO e FROES, 1999).

No sentido de demonstrar algumas vantagens conseguidas por empresas que investem

em ações sociais Ashley et al. (2002) citam uma pesquisa realizada pela IBM, onde 75% dos

profissionais entrevistados afirmaram que uma empresa com responsabilidade social e um

plano de trabalho voluntário atrai e retém talentos. E outra pesquisa feita pela You &

Company com aproximadamente 2000 alunos de MBA, constatou que 83% dos que

procuravam por empregos afirmaram que escolheriam a oferta da empresa que demonstrasse

maior Responsabilidade Social, e 50% deles mencionaram preferir trabalhar em companhias

éticas mesmo com salários menores.

Segundo Orchis et al. (2002), a prática da Responsabilidade Social de forma correta

pode melhorar o desempenho e a sustentabilidade da empresa a médio e longo prazo,

Proporcionando, dentre outros fatores, valor agregado à imagem corporativa da empresa;

motivação do público interno; posição influente nas decisões de compras; vantagem

competitiva; influência positiva na cadeia produtiva; reconhecimento dos dirigentes como

líderes empresarias e melhoria do clima organizacional. Porém, Melo Neto e Froes (1999)

esclarece que a partir do momento em que a empresa deixa de cumprir com as suas

obrigações sociais em relação aos seus empregados, comunidade, fornecedores, acionistas,

clientes e parceiros, ela perde o seu capital de Responsabilidade Social, a sua credibilidade,

prejudica sua imagem e ameaça a sua reputação.

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No âmbito interno pode ocorrer à deterioração do clima organizacional, a

desmotivação generalizada, o surgimento de conflitos, greves e paralisações, baixa

produtividade e aumento de acidentes de trabalho. No âmbito externo, podem ocorrer

prejuízos maiores como: acusações de injustiça social; boicote de consumidores; reclamações

dos fornecedores e revendedores; queda nas vendas; gastos extras com passivo ambiental e até

mesmo risco de falência.

A Responsabilidade Social Corporativa tem sido disseminada entre várias empresas,

através de instrumentos como selos, certificações e a divulgação pela mídia das ações sociais

de empresas responsáveis. Para a difusão dessas ações sociais as organizações podem lançar

mão do Marketing Social, que tem um caráter fundamental para a formação da imagem da

instituição.

1.3. Ética, Valores e cultura.

Segundo o instituto Ethos, o conceito de responsabilidade social está relacionado com

a ética e a transparência na gestão dos negócios. A Responsabilidade Social envolve o

relacionamento da empresa com o mundo externo, ao passo que a ética envolve o

relacionamento com o público externo e com o público interno.

Independente das diferenças entre as organizações, o comportamento ético delas deve

ser pautada pelos mesmos princípios. Qualquer ação ou decisão deve servir como uma

ferramenta de gestão para estabelecer e articular os valores corporativos. A adoção de uma

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postura ética permite às empresas mais chances de sucesso e ainda obter satisfação e

motivação no âmbito profissional, assim como gerar resultados positivos em seus negócios.

É fato que para a sobrevivência e evolução dos negócios das empresas, estas cada vez

mais têm aprimorado sua capacidade de adotar e aperfeiçoar condutas marcadas pela

seriedade, humildade e justiça. Responsabilidades éticas correspondem no sentido positivo a

um comportamento esperado eticamente correto, ou de forma inversa num sentido negativo a

comportamentos proibidos ou incorretos por membros da sociedade, apesar de não previstos

em lei.

1.3.1. Ética.

Ética faz parte da empresa do novo milênio. A empresa para ser virtual, inovadora,

rápida e conectada tem que ser ética, ter responsabilidade social e ambiental. É preciso que a

empresa esteja focada na sua missão, seu caráter, seu credo porque a partir daí fortalecerá sua

posição no mercado.

Com freqüência os conceitos de ética e responsabilidade social se misturam, embora

tenham significados diferentes. Responsabilidade social é a preocupação da empresa para com

a sociedade, maximizando os efeitos positivos e minimizando os negativos sobre esta. Já a

responsabilidade ética vai demonstrar o padrão de comportamento da empresa e seu impacto

na sociedade.

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A ética no trabalho é considerada um fator de extrema importância no que diz respeito

à credibilidade e um facilitador no relacionamento do público interno com o público externo.

(...) “Os executivos do mundo todo costumam ver a Administração de Empresas como prática neutra em relação a valores. Essa falsa sensação de neutralidade é percebida, por exemplo, no processo de tomada de decisão. O emprego de métodos quantitativos leva os gerentes a se preocupar principalmente com a parte técnica da decisão e deixar de lado as questões éticas”. (...) (MAKRON Books, 2000, pág.14).

A ética traduz-se em confiabilidade, e esta é uma característica fundamental para

efetivar os negócios da organização. Numa visão ampla o lucro contempla um projeto

coletivo, em parceria com a sociedade, mutuamente usufruído como bem comum. A busca

desenfreada pelo lucro leva ao não lucro, pois inibe clientes, desgasta parceiros e

provavelmente afeta a ética. Atualmente constata-se que a ética é um requisito imponderável

para a sobrevivência das organizações, de forma a conquistar parceiros e garantir sua

sobrevivência no mercado.

Algumas empresas adotam o “código de ética”, que é instrumento eficiente na

orientação do desempenho com os diferentes públicos. Entretanto para que este método seja

eficaz é necessário considerar a estrutura organizacional.

1.3.2. Valores.

Valores são critérios gerais, padrões ou princípios que as pessoas utilizam para

determinar quais comportamentos, eventos e situações são desejáveis ou indesejáveis. Valor

terminal é uma situação final que as pessoas desejam alcançar e pode estar refletido na

missão e objetivos oficiais da empresa. Excelência, confiabilidade, lucratividade, inovação,

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economia, qualidade e moralidade são exemplos que devem ser adotados como princípios de

orientação. Valor instrumental é um modo de comportamento desejável, por exemplo,

trabalhar pesado, respeitar tradições e autoridade, ser conservador e cuidadoso, ser criativo,

corajoso e honesto, aceitar riscos e manter os padrões altos. A cultura organizacional consiste

em uma combinação de seus valores terminais e instrumentais, podendo tender para ser mais

conservadora ou empreendedora.

Os valores da empresa são fundamentais no que tange buscar resultados, pois o

conjunto de valores sustenta a organização quanto às diretrizes que se consolidam. Os valores

funcionam como uma bússola na definição das prioridades, conduzindo assim o cumprimento

das metas. Em torno dos valores, que segundo alguns autores formam um conjunto de ações

éticas, as pessoas constroem modelos de referência para atuar de forma independente e

delegada, respeitando seus interesses, crenças e variações culturais.

1.3.3. Cultura.

De acordo com estudos antropológicos pode-se afirmar que cultura são atribuições

adquiridas ao longo da vida. Estas atribuições variam desde a língua até a religião, passando

pela arte e pelo modo de ver o mundo, ou seja, todos os padrões de comportamento que uma

pessoa aprende.

A cultura é algo intangível, portanto é difícil defini-la. È como a mentalidade nos

bastidores das ações humanas, enfim é o produto do pensamento do homem.

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No mundo organizacional não é muito diferente, pois as empresas encaram a cultura

como forma de atuar. Um grande exemplo disso é a Walt Disney Company, que treina os

funcionários de acordo com a história e a tradição de Walt Disney, fazendo com que estes se

tornem um canal de comunicação da empresa com os clientes. (...) “Se deixarmos de lado as

informações coletadas pelos funcionários, estaremos menosprezando a fonte de informação

mais valiosa de que dispomos” (...) (Tom Colleman, 1998, pág.78).

A Cultura Organizacional é um conjunto de valores e normas que controlam as

interações dos membros da organização entre si e com as pessoas externas, como

fornecedores e clientes. Pode ser usada para alcançar vantagem competitiva e para promover

os interesses dos stakeholders, uma vez que controla como as pessoas se comportam, tomam

decisões e gerenciam o ambiente organizacional.

1.4. Como aplicar a Responsabilidade Social.

O modelo tradicional de empresa focado somente nos lucros e nos acionistas não

satisfaz mais. A empresa não se estabelece apenas através de capital, esse por si só, é

altamente improdutivo. Para produzir riqueza, torna-se necessário o esforço humano e

também sua inteligência.

A empresa é uma realidade humana onde está inserido o homem de forma completa,

como pessoa, profissional, cidadão, enfim é a peça chave para que as empresas se tornem

socialmente responsáveis.

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Diante disto à empresa que deseja inserir a responsabilidade social em sua cultura

precisa fazer um levantamento sobre a própria situação.

De acordo com o instituto Ethos, a prática da responsabilidade social provém de uma

série de ações concretas que contribuem para a melhoria da qualidade nos relacionamentos

das empresas, tais como: transparência, direitos humanos, satisfação do público interno,

preocupação com o meio ambiente, trabalho em equipe, apoio as ONGs e compromisso com o

bem comum.

Estas ações acabam funcionando como diretrizes para o desenvolvimento da

organização. Uma empresa transparente acaba atingindo um relacionamento sincronizado

com o público externo maximiza os lucros e desenvolve uma relação sólida com os

fornecedores. Daí este ambiente de trabalho acaba se transformando num pólo onde todas as

questões, interessantes para a empresa e para o público interno, possam ser discutidas.

Com este clima democrático, o público interno tende a se comprometer cada vez mais

com a instituição. Mas para tanto é necessário que a empresa esteja também preocupada com

o treinamento e desenvolvimento destes profissionais, dar autonomia para que eles participem

do processo decisório, criar programa de participação nos lucros e principalmente motivá-los.

A responsabilidade social também é praticada quando as empresas se preocupam com

o meio ambiente, pois é fundamental reduzir as agressões ao meio ambiente e promover a

melhoria das condições ambientais. As empresas, de um modo ou de outro, dependem de

insumos do meio ambiente para realizar suas atividades. É parte de sua responsabilidade

social evitar o desperdício de tais insumos (energia, matérias-primas em geral e água).

Colocar o lixo em local e forma apropriados (coleta seletiva), reduzir o barulho na

vizinhança, incentivar a economia de energia não são apenas formas de reduzir o impacto

ambiental. Iniciativas como essas são também fontes geradoras de lucro e de ganhos de

imagem.

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De acordo com o Instituto Ethos, um grande diferencial hoje para as organizações

sócio-responsáveis é a criação de um projeto ecológico, onde visa criar um sistema de

reciclagem que além de agregar muito ao meio ambiente gera lucro para empresa.

O trabalho junto aos fornecedores também fortalece a imagem da empresa socialmente

responsável. É importante divulgar seus valores para a cadeia de fornecedores, empresas

parceiras e serviços terceirizados. Pode se adotar como critério de seleção de parceiros a

exigência que os empregados de serviços terceirizados tenham condições de trabalho

semelhante às de seus próprios funcionários. Enfim, a empresa deve evitar terceirizar serviços

para organizações nas quais haja degradação das condições de trabalho.

A parceria entre empresa e fornecedor promove a responsabilidade ao lançar produtos

no mercado. Ao desenvolver produtos e serviços confiáveis em termos de qualidade e

segurança, fornecer instruções de uso e informar sobre seus riscos potenciais, eliminar danos à

saúde dos usuários são ações muito importantes, visto que a empresa produz cultura e

influencia o comportamento de todos.

A empresa socialmente responsável oferece qualidade não apenas durante o processo

de venda, mas em toda sua rotina de trabalho. Faz parte de suas atribuições promoverem

ações que melhorem a credibilidade, a eficiência e a segurança dos produtos e serviços,

observando padrões técnicos, cabíveis como, por exemplo, as normas da Associação

Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), as prescrições da Vigilância Sanitária de Defesa do

Consumidor.

O trabalho com a comunidade também é um compromisso com o social, pois com o

mundo globalizado contribui para o crescimento da população e com isso o surgimento das

ONGs é muito comum. Respeito aos costumes e a cultura local, contribuição em projetos

educacionais, em ONGs ou organizações comunitárias, destinação de verbas a instituições

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sociais e a divulgação de princípios que aproximam seu empreendimento das pessoas ao redor

são algumas das ações que demonstram o valor que sua empresa dá a comunidade.

Um entrosamento saudável e dinâmico com os grupos representativos locais na busca

de soluções conjuntas para os problemas comunitários fará do seu empreendimento um

parceiro da comunidade, reconhecido e considerado por todos.

1.5. Responsabilidade social como estratégia de marketing.

Ações de Responsabilidade Social podem transformar o país e é com certeza o fator

que vai dar sustentabilidade as empresa em longo prazo. Uma empresa que não se preocupar

com o bem comum não sobreviverá por muito tempo.

Com o passar dos anos os consumidores mudaram seu comportamento, pois estão

mais instruídos e comprometidos com as suas ações e com seu comportamento de compras,

estão dando preferência a produtos que não vão de contra a natureza e de empresas que

procuram preservar o meio ambiente e tem um compromisso para com a sociedade.

No Brasil, os consumidores estão direcionando suas compras para produtos de

empresas que executam programas de responsabilidade social, o que prova que o consumidor

está mais atento às ações das empresas.

Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento

sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a

não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O

desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de

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parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao

crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilitam a

prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.

De acordo com Ferrel, responsabilidade social contribui para o compromisso dos

empregados com a empresa a lealdade do consumidor a marca.

Conclui-se então que uma empresa socialmente responsável somente tem a ganhar,

primeiramente pela relação direta entre responsabilidade social e lucratividade. A empresa

contará com funcionários mais motivados e engajados em suas tarefas, logo alcançará mais

produtividade, evitará causas judiciais, pois sua conduta de trabalho está de acordo com as

leis, alcançará boa imagem frente aos consumidores, pois seus produtos além de atender suas

expectativas não acometem o meio ambiente e o resultado esperado pelos stakeholders será

com certeza positivo.

A prática da responsabilidade se tornou sem dúvida uma grande estratégia de

marketing para as grandes empresas.As empresas socialmente responsáveis alcançaram

grande visibilidade frente à sociedade.

1.6. Filantropia x Responsabilidade Social.

Ao longo do tempo, podemos perceber um significativo aumento do número de

empresas que tem conseguido conduzir os seus negócios de uma maneira diferente, e mais

consciente do que alguns anos atrás. Essas empresas estabeleceram uma espécie de parceria

com a comunidade se tornando responsáveis pelo seu desenvolvimento e pela preservação do

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meio ambiente. Muitas delas estão desempenhando um papel fundamental e de extrema

importância para a sociedade, ajudando o Estado a resolver os diversos problemas ambientais

e sociais que enfrenta. Nesse cenário a filantropia tem poder decisivo nas ações da empresa e

são motivadas por razões humanitárias visando o bem comum.

A filantropia foi o passo inicial em direção à responsabilidade social, não sendo esta,

portanto, sinônimo daquela, mas representando a sua evolução ao longo do tempo. As ações

de filantropia, motivadas por razões humanitárias, são isoladas e reativas, enquanto o conceito

de responsabilidade social possui uma amplitude maior. A filantropia é considerada o último

degrau na escada de responsabilidade social, onde visa contribuir com recursos financeiros e

humanos para melhorar a qualidade de vida da comunidade e sociedade em geral. (...) “As

dimensões filantrópicas e econômicas estão estreitamente ligadas porque, quanto mais

lucrativa for à empresa, mais ela pode investir em obras filantrópicas”. (...) (Ferrel, 2001,

Pág.35).

Pode-se afirmar que a filantropia difere de responsabilidade social basicamente por ser

uma ação social, praticada seja isolada ou sistematicamente, ao passo que os compromissos de

responsabilidade social compreendem ações pró-ativas integradas e inseridas tanto no

planejamento estratégico quanto na cultura da organização, envolvendo todos os

colaboradores.

Quando a empresa atua com responsabilidade social, os recursos necessários para os

projetos sociais são equacionados juntamente com aqueles necessários para as despesas

operacionais e investimentos previstos. As ações esporádicas, doações e outros gestos de

caridade não vinculados à estratégia empresarial não podem ser considerados como atuação

de responsabilidade social da organização. Grande parte das empresas que acredita estar

sendo socialmente responsável pratica, na realidade, caridade e paternalismo, sejam por

iniciativa de pessoas, de unidades corporativas ou de seus dirigentes. (...) “A responsabilidade

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social agrega valor à marca, fortalece os vínculos comerciais e sociais da empresa, gera valor

e longevidade aos negócios, além de ser fator de motivação para os funcionários” (...)

(ASHLEY, 2002, pág.83).

Ao se tornar socialmente responsável, a empresa se torna politicamente correta o que

contribui para a construção de um mundo melhor fortalecendo os lucros.

1.7. �ormas e Certificações.

Normas e certificações são padrões, isto é, conjunto amplamente aceitos de

procedimentos, práticas e/ou especificações.

As especificações diferem de normas basicamente pela conferencia de atestados de

conformidade a um conjunto de regras seguido por determinada organização, após a

realização de sua verificação ou auditoria por uma terceira parte ou órgão certificador.

Na área da responsabilidade social, as normas e certificações vêm atender a uma

demanda crescente por transparência e prestação de contas, fundamental para qualquer

processo de gestão socialmente responsável.

A importância de normas e padrões está principalmente na definição de concordância

de termos e procedimentos, o que permite uma certa comparabilidade da empresa com o

restante do mercado.

Normas e certificações estão inseridas num contexto de gerenciamento estratégico da

responsabilidade social empresarial que, tendo como base a transparência, valores éticos e

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diálogo, consideram todas as partes envolvidas ou empastadas pela empresa e vida melhorias

das relações com estas partes.

Em outras palavras, estão sendo estabelecidos novos paradigmas, em conseqüência

deste processo evolutivo. Dentre estes, os Sistemas de Gestão integrando a Qualidade, Meio

ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional são uma realidade dentro do planejamento

estratégico de um grande numero de organizações.

O certificado de Qualidade Total conhecido por ISO é uma forma de responsabilidade

social, pois com este certificado as empresas passam a produzir produtos de alta qualidade

com ausência de defeitos. A sociedade e os consumidores reconhecem que este certificado é

uma marca de excelência das empresas que além de atestar a qualidade dos produtos, dos

serviços ou dos procedimentos técnicos, demonstra a qualidade ética das relações humanas

envolvidas no processo produzido.

Isto vale tanto para as relações internas da empresa como para as externas, que vai

originar o sistema de indicadores que será abordado no próximo capitulo.

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CAPITULO II

2. Responsabilidade Social como diferencial competitivo.

2.1. Marketing Interno x Endomarketing.

A empresa que visa à qualidade de seus produtos e serviços prestados tem atualmente

no seu funcionário, um grande aliado na conquista desses objetivos. Para tal, o investimento

na qualificação e motivação do pessoal torna-se fundamental, tornando-os satisfeitos e

comprometidos em prol dos resultados estabelecidos.

A organização, ao satisfazer às necessidades dos funcionários, melhorando a qualidade

do serviço interno, conseqüentemente atinge de forma positiva os seus clientes externos.

Essa atenção dedicada ao público interno está relacionada ao conceito de

endomarketing, um dos ramos do marketing que enxerga os funcionários como clientes

internos e as tarefas desempenhadas por eles, como produtos internos.

De acordo com Bekin (2004, pág.2), endomarketing (...)”São ações gerenciadas de

marketing eticamente dirigidas ao público interno das organizações e empresas focadas no

lucro, das organizações não-lucrativas e governamentais e das do terceiro setor, observando

condutas de responsabilidade comunitária e ambiental” (...).

O endomarketing é uma das ferramentas do marketing dirigida ao público interno das

organizações e é comumente confundido com o conceito de marketing interno que está

relacionado às ações de treinamento dos colaboradores da empresa visando qualidade nos

serviços prestados aos clientes externos.

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No endomarketing, o cliente interno é tratado como o primeiro cliente da empresa e

por isso, os esforços são direcionados, primeiramente, a eles.

Já no marketing interno, o principal foco é o cliente externo. Para que ele seja bem

atendido e dessa forma criado uma relação de fidelização, o funcionário deve ser treinado e se

sentir motivado para exercer esse papel.

Para Brum (2000, pág.34), marketing interno (...) “é dar ao funcionário educação,

carinho e atenção, tornando-o bem preparado e bem informado para que possa tornar-se

também uma pessoa criativa e feliz, é capaz de surpreender, encantar e entusiasmar o cliente”

(...).

Com esse objetivo, o marketing interno utiliza-se do endomarketing, sendo o

diferencial, a satisfação do público externo.

2.1.1. Responsabilidade Social neste contexto.

A Responsabilidade Social favorece o financiamento de projetos que visam à redução

das desigualdades sociais, contribuindo para a relação ética e transparente com todos os

públicos que se relacionam com a empresa para o desenvolvimento do seu negócio e da

sociedade, preservando-se os recursos ambientais e humanos.

Segundo Borger (apud MACHADO FILHO, 2002); A atuação das empresas

orientadas para a Responsabilidade Social não implica que a gestão empresarial abandone os

seus objetivos econômicos e deixe de atender os interesses de seus proprietários e acionistas,

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pelo contrário, uma empresa é socialmente responsável se desempenha seu papel econômico

na sociedade produzindo bens e serviços, gerando empregos, retorno para seus acionistas dentro

das normas legais e éticas da sociedade. Mas cumprir o seu papel econômico não é suficiente,

a gestão das empresas é responsável pelos efeitos de sua operação e atividades na sociedade.

Uma questão importante sobre o assunto diz respeito à legitimidade e importância da

Responsabilidade Social, sobre a qualidade e o caráter da existência de projetos de cunho

social na agenda empresarial.

As empresas demandam uma gestão estruturada em novos paradigmas, que envolvam

a atuação social das corporações. As pressões exercidas sobre as empresas para que estas se

tornem mais sintonizadas com os problemas sociais, constituem um movimento que,

ultrapassando a mera consideração das obrigações legais e econômicas, evidenciam o próprio

conceito de legitimidade que serviam de suporte aos negócios empresariais.

Em uma tentativa de aplicação do termo Responsabilidade Social, pode-se dizer que é

um processo dinâmico, de evolução de pensamentos e de práticas relacionadas a determinadas

situações, posto que reflete o próprio meio social e envolve diversos segmentos da sociedade,

no qual se cruzam reciprocamente diversos fatores de ordem econômica, política e cultural.

As empresas de postura socialmente responsável precisam estar cientes de que seu

reconhecimento acontecerá se estiverem certos na escolha de suas ações, tendo consciência

real sobre sua atividade na sociedade, e de seus impactos em todas as suas atuações.

Tais considerações são fundamentais para que uma organização atue de maneira eficaz

e satisfatória em projetos que buscam a responsabilidade social.

2.1.2. Marketing Social.

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O aumento dos problemas sociais e a diminuição da participação efetiva do Estado

para resolver essas questões fazem com que cresça a demanda pelo Terceiro Setor e pela

participação do mercado com soluções para diminuir as mazelas sociais.

As modernas técnicas de gestão em negócios vão sendo incorporadas à questão social

surgindo conceitos como o do marketing social. Ou seja, do marketing tradicional foram

extraídos conceitos e ferramentas empregadas para influenciar comportamentos objetivando

promover mudanças sociais.

Segundo Vaz (1995; pág.280); Durante a década de 60, o crescimento econômico teve

sua validade questionada pelo conceito de qualidade de vida, segundo o qual o progresso

material não deveria se sobrepor ao bem estar da população e ao desenvolvimento social. Os

consumidores passaram a rejeitar produtos considerados nocivos à saúde ou que pudessem

causar danos à coletividade. Foi dada preferência às empresas que respeitassem tais requisitos

e que revelassem sentido de compromisso social, apoiando e patrocinando causas de interesse

público.

Marketing Social é uma ferramenta que representa um conjunto de estratégias e ações

visando à implantação de programas com o único objetivo de promover mudanças sociais.

Geralmente, essa ferramenta é adotada por organizações da sociedade civil sem fins

lucrativos ou órgãos governamentais, mas empresas com fins lucrativos também podem

promover o marketing social desde que visem unicamente soluções para a promoção de

causas e transformações sociais.

Vaz (1995, pág.281) definiu Marketing Social como, modalidade de ação

mercadológica institucional que tem como objetivo principal atenuar ou eliminar os

problemas sociais, as carências da sociedade relacionadas principalmente às questões de

higiene e saúde pública, de trabalho, educação, habitação, transportes e nutrição.

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O marketing social está sendo erroneamente associado à venda de produtos e serviços

através da possibilidade da empresa em relacionar sua marca às causas sociais. Para utilizar o

marketing social tal conduta não é permitida, os projetos não devem estar atrelados a ganhos

de imagem ou aumento da participação do mercado.

Para Brum (2000, pág.114) “marketing social e comunitário não é promoção de

vendas. È uma questão de postura e de valores de uma corporação, por isso contribui para

influenciar positivamente o comportamento do público interno”.

De qualquer maneira, mesmo com a compreensão equivocada do conceito de

marketing social, as empresas nunca estiveram tão engajadas e preparadas para assumir os

problemas sociais de forma profissional e desprendida do ensejo de ganho financeiro.

2.2.1. Responsabilidade Social: O grande diferencial nos negócios.

As empresas sofrem inúmeras pressões internas e externas para a adoção de novas

posturas administrativas e mercadológicas para atender às exigências de mercado. Podemos

identificar três níveis de exigências:

1º. Obrigação social e legal: as metas prioritárias da empresa são de natureza

econômica e voltada para a obtenção de lucro assumindo apenas as obrigações impostas pela

lei;

2º. Responsabilidade social: são as ações que sem comprometer os recursos da

empresa mantêm imagem politicamente correta investindo em relações públicas. São ações

reativas, pois visam corrigir problemas que prejudicaram a imagem da empresa;

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3º. Sensibilidade social: as empresas visam antecipar e prevenir com medidas que

possam prejudicar a sua imagem evitando que se tornem evidentes e críticos e assim

colocando em evidência o nome da empresa no mercado. As empresas sensíveis socialmente

procuram envolverem-se na comunidade e promovem também o envolvimento de seus

membros na participação de atividades em ações voluntárias.

2.2.2. A Empresa como um instrumento de desenvolvimento social.

Cada vez mais a empresa é compreendida como um poderoso instrumento de

desenvolvimento social, divulgando para a sociedade seus resultados e contribuições macro-

sociais que servem como um multiplicador por um número maior de outras empresas das

ações que de forma direta ou indireta contribuem para o social.

Já foi o tempo que a oferta de produtos e serviços de qualidade, com preços

competitivos, era garantia de sucesso. Com o crescimento da consciência e da noção de

cidadania pelo consumidor foi criado mais um ingrediente indispensável às corporações: a

responsabilidade social. Era preciso compensar a sociedade, de alguma forma, pela

contribuição que ela repassa às empresas e auxiliá-la a superar os seus desafios e limites de

realização. Isto significa a forma pela qual a empresa desenvolve ações que a fazem parceira e

co-responsável pelo desenvolvimento social na comunidade onde está instalada.

O sucesso das práticas socialmente responsáveis de uma organização passa pela

escolha precisa do universo onde ela atuará e de acordo com o Instituto Ethos (...) “a

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organização socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses

das diferentes partes e incorporá-los ao planejamento de suas atividades” (...).

O que notamos é uma confusão com este conceito e o de ação assistencial por parte de

algumas empresas. Adotar tal postura não deve ser considerado um demérito, mas a empresa

que a pratica não pode ser considerada como socialmente responsável e sim apenas uma ação

isolada. Ação de responsabilidade social é aquela que engloba as dimensões sociais,

ambientais e econômicas.

2.2.3. As novas regras do consumidor.

Ser socialmente responsável é vantajoso na hora de fazer negócio. Cada vez mais

cresce o número de empresas brasileiras que incorporaram esta visão após terem sido

alertadas que o consumidor via com bons olhos esta guinada. As notícias de esgotamento das

reservas naturais do planeta deram origem a um consumidor responsável e consciente de suas

necessidades. Assim, estas práticas têm se mostrado como poderosa ferramenta de marketing

e já são entendidas como mais valiosas do que a tradicional propaganda, pois abrangem a

imagem de toda a empresa.

Para dar resultado o processo precisa ser transparente e as ações reais e comprováveis.

Muitas empresas têm como prioridade estratégica contribuir para a sociedade uma vez que

apenas pagar impostos e projetos voltados para a comunidade não são suficientes, é

necessário envolver todos os públicos, incluindo fornecedores, clientes e funcionários.

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2.2.4. Os novos padrões em responsabilidade social.

De forma prática, as empresa estão deixando de lado os conceitos ultrapassados de

proteções passivas, paternalistas e de obediência simples às exigências de lei para alcançar a

proteção ativa e a promoção do ser humano com ética e responsabilidade.

Isto reforça o conceito de cidadania, amplia as aspirações sociais, é atributo

estratégico para a sobrevivência, crescimento e perpetuidade das organizações.

Surge uma pergunta: como introduzir na empresa o conceito de responsabilidade

social? Inúmeras experiências indicam que é - de cima para baixo - da presidência para os

escalões inferiores. Outras experiências começaram de baixo para cima e indicaram quais os

pontos que deveriam ser atacados daí então receberam o apoio da alta direção para a

continuidade e finalização do processo. Muitas vezes encontramos empresas que não sabem

dimensionar o poder de seus recursos e o poder que exercem na comunidade nem a forma de

utilizar este "plus" de forma adequada.

2.2.5. A Responsabilidade social é estratégica.

A participação social é uma exigência cada vez maior para o funcionamento e

desenvolvimento da empresa e vêm caracterizando um dos mais importantes atributos de

crescimento em todo o mundo gerando a verdadeira vantagem competitiva. As ações sociais

promovidas pelas empresas privadas têm tido a missão de cobrir as lacunas deixadas pela

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omissão do poder público e ao realizar estas ações de cunho sociais para seus empregados e

parceiros visam alcançar altos índices de produtividade e resultados favoráveis.

Em países como os Estados Unidos, não podemos imaginar um cidadão que não tenha

compromisso voluntário com associações, igreja ou escola. O mesmo se aplica para as

empresas que têm a necessidade de mostrarem uma imagem real e positiva, intensos vínculos

com as comunidades envolvidas em sua atuação.

Muito se fala hoje em responsabilidade social. É a onda do momento no ambiente

empresarial. Só que, como todo modismo, muitas empresas estão aproveitando para explorar

essa idéia a fim de melhorar a sua imagem. Contudo, aos poucos os consumidores estão

percebendo quais empresas são realmente autênticas, ou seja, quais assumem conscientemente

a sua responsabilidade perante a sociedade, e quais estão sendo hipócritas, ou seja, falam

muito e fazem nada.

O fato é que os consumidores estão aos poucos mais conscientes, enxergando as ações

de marketing das empresas, e mudando o seu comportamento de compra. Estão aprendendo a

diferenciar as empresas responsáveis das irresponsáveis, e usando isso como fator decisivo no

momento da compra.

As atitudes das empresas podem e devem fazer a diferença na melhoria da sociedade,

utilizando-se da ferramenta de marketing com responsabilidade social. E as nossas atitudes

como consumidores, e, sobretudo como cidadãos, podem fazer muito mais. Talvez para nós

seja mais difícil acreditar nisso porque nos vemos separados uns dos outros. Mas não estamos.

2.3. Responsabilidade Social, Marketing social aliado ao marketing comercial:

Fortalecendo marcas.

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Cada vez mais pessoas na sociedade estão desejosas de uma mudança social:

mudanças em sua forma de vida, na economia e em seus sistemas sociais, nos seus estilos de

vida e em suas crenças e valores. Isto deve-se ao fato de que as coisas estão se desenvolvendo

de uma maneira tão rápida que as pessoas notam uma constante revolução de expectativas

crescentes. Hoje em dia as mudanças são muito bem planejadas. Essas mudanças sociais,

políticas e econômicas, não poderiam passar desapercebidos pelo marketing e, em particular,

pelas grandes empresas.

As campanhas de mudança social podem alcançar objetivos de influir, determinar e

mudar as idéias e as práticas. O que acontece é a deficiência do Estado em atender todas

necessidades sociais fazendo com que a sociedade sinta necessidade de um maior

desenvolvimento de ações e medidas que visem diminuir os seus problemas.

Essa “negligência estatal” vem levando o segundo setor a apoiar projetos que visem o

bem estar social, desenvolvendo e realizando sua responsabilidade social. Mas não podemos

esquecer que existe também, por parte das empresas, a preocupação com o sucesso no

mercado, ou seja, a preocupação comercial.

Trabalhando a Responsabilidade Social, as empresas descobriram no Marketing Social

um grande aliado no fortalecimento de suas marcas na mente do consumidor e um grande

influenciador na hora em que o consumidor escolhe um produto.

A Responsabilidade Social no mundo corporativo ainda vive dilemas técnicos e éticos.

Mas a sua implementação no fortalecimento das marcas, crescem a cada dia, como tendência,

entre as grandes empresas. Depois de compreendida a importância e de que seus

investimentos beneficiam a vida em sociedade, conseqüentemente, propicia lucro, algumas

empresas assumem o desafio de comunicar os seus compromissos sociais e ambientais. Esta

ferramenta de Marketing, ajuda na construção da marca. Estratégia baseada na idéia de que

cada vez mais os clientes desejarão fazer negócios com empresas "solidárias".

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Associar a marca, valores da SER, têm as suas vantagens. O conceito de respeito

criado em torno de uma imagem ética pode tornar desnecessário investimento pesado na

divulgação de produtos e/ou serviços. Esse é o caso da Natura, que tem como política não

fazer propaganda de seus cosméticos, mas de fazer campanhas que reforcem, aos olhos do

consumidor, uma visão de preocupação com os problemas ambientais e sociais. (...) “Usamos

a propaganda para divulgar o que acreditamos que seja correto fazer para um mundo melhor.

Isso constrói a marca", explica Eduardo Costa, diretor de Marketing da Natura” (...).

O executivo atribui o sucesso da Natura, a comunicação dos valores da RSE agregados

a marca, e não a outras iniciativas de ações de Marketing. Costa vai além, e diz que o uso da

publicidade sobre investimentos sociais e ambientais usada simplesmente como ferramenta de

promoção representa "uma violência a sociedade".

Para o diretor de Marketing da Natura, as empresas só devem se aventurar na

publicidade se estiverem seguras de sua atuação social e ambiental de forma mais do que

responsável. Do contrário serão facilmente descobertas pelos funcionários e consumidores.

As ações de RSE traduzem aquilo que a empresa efetivamente é. Embora essa seja

uma prática ainda pequena, dados do Instituto Ethos apontam para um crescimento e mudança

no comportamento do consumidor. Na Austrália, 60% dos consumidores dão prioridade a

marcas de empresas que possuem programas de responsabilidade social. Nos Estados Unidos,

esse número é de 35% e, no Brasil, 18%, o que representa um aumento, se comparado com a

pesquisa de 1998 do mesmo Instituto, que registrava um percentual de 7%.

É importante ressaltar que as empresa devem ter uma conduta ética com seu grupo de

interesse. Isso inclui os colaboradores, consumidores, fornecedores, acionistas, governo, meio

ambiente e comunidade. Essa postura, além de beneficiar pessoas e reforçar uma postura

cidadã, fortalece a marca da empresa, pois ganha credibilidade e respeito.

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Essa prática não é somente das grandes empresas. As pequenas e micro empresas

podem realizar ações com esse enfoque. Não existe a necessidade de grandes investimentos.

Muitas vezes pequenas ações bem planejadas e contínuas fazem toda diferença. O importante

é ter atitude.

2.4. Estratégias de marketing: comerciais e institucionais.

“Todos os Homens vêem as táticas pelas quais eu conquisto, mas ninguém pode ver a

estratégia a partir da qual a grande vitória se desenvolve”, SUN-TZU, 1000 a.C.

Estratégias de Marketing são aqueles planos desenhados para atingir objetivos do

marketing. Uma boa estratégia de Marketing deveria integrar os objetivos, políticas, e

seqüências de ação (tática) num todo coerente da organização. O objetivo de uma estratégia

de marketing é colocar a organização numa posição de cumprir eficazmente e eficientemente

a sua missão.

O processo de administração estratégica é representado pelo conjunto completo de

compromissos, decisões e ações necessárias para que uma empresa alcance a competitividade

estratégica e tenha resultados superiores à média. O padrão estratégico de uma série de tais

decisões provavelmente irá definir o caráter central e a imagem de uma empresa, a

individualidade que possui para seus membros e para públicos diversos, e a posição que ela

irá ocupar em seus segmentos.

Alguns aspectos de tal padrão de decisões podem estar em aspectos corporativos

estabelecidos que não permitem uma variação. Outros aspectos de uma estratégia podem

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variar à medida que o mundo provoque essa variação. Os determinantes básicos do caráter de

uma empresa devem persistir e dar forma à natureza das mudanças substanciais. A

interdependências de objetivos é crucial para a particularidade de uma estratégia individual e

sua oportunidade de identificar vantagem competitiva.

Estratégia corporativa é um processo organizacional inseparável da cultura, estrutura e

comportamento da empresa na qual ela está acontecendo. As sub-atividades principais na

formulação da estratégia como uma atividade lógica inclui a identificação de oportunidades e

ameaças no meio ambiente da empresa e a atribuição de certas estimativas de risco. Antes que

uma escolha seja feita, os pontos fortes e os pontos fracos da empresa devem ser analisados

juntamente com os recursos disponíveis. Sua capacidade real e potencial de tirar vantagem de

necessidades percebidas no mercado ou para enfrentar riscos possíveis deveria ser estimada

com a maior objetividade possível.

A alternativa estratégica que resulta da união entre oportunidade e capacitação

corporativa é o que se chama de estratégia econômica.

“Os desafios corporativos surgem a partir da análise de competidores, bem como do padrão previsível de evolução do segmento industrial. Juntos esses aspectos revelam aberturas competitivas potenciais e identificam as novas habilidades de que a organização irá necessitar para tomar a iniciativa dos jogadores mais bem posicionados”. (Hamel, 1995, pág. 15).

A determinação da estratégia também requer a consideração do executivo principal e

de seus subordinados diretos. Valores pessoais, aspirações e ideais influenciam a escolha final

dos propósitos.

“É importante distinguir entre o processo de gerenciar desafios corporativos e as vantagens que o processo cria. Qualquer que possa ser o desafio real, qualidade, custo, engenharia do valor existe a mesma necessidade de engajar os empregados, intelectualmente e emocionalmente no desenvolvimento de novas habilidades”. (Hamel, 1995, pág.15).

Já que a efetiva implementação de uma estratégia pode tornar não efetiva uma decisão

estratégica saudável é tão importante examinar o processo de implementação como ponderar

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as vantagens das alternativas estratégicas disponíveis. Se os propósitos são determinados,

então os recursos de uma empresa podem ser mobilizados para atingi-lo.

Sabe-se que a estrutura organizacional e os processos de compensação, incentivos e

controle e desenvolvimento gerencial influenciam e restringem a formulação da estratégia,

por isso deve-se olhar antes para a proposição lógica de que a estrutura deveria seguir a

estratégia para mais tarde enfrentar a realidade organizacional de que a estratégia também

segue a estrutura.

Em cada empresa, a forma como competências, peculiaridades, recursos e valores são

combinados é singular. Diferenças entre as empresas são tão numerosas como diferenças entre

indivíduos. As combinações de oportunidades para as quais as competências peculiares,

recursos e valores podem ser aplicados são igualmente extensas. O esforço é um exercício

altamente estimulante e desafiador, e cada empresa terá um resultado único, em cada situação.

Nesse tipo de estratégia, os maiores êxitos em mercados de competição acirrada são

obtidos através de uma combinação clássica: a segmentação e a concentração de recursos no

segmento escolhido.

Essas estratégias dependem, para ter êxito, de três elementos básico: o senso de

oportunidade (o timing), ou seja, saber a hora certa de investir, em que investir, e de que

forma investir para que o objetivo seja alcançado da melhor forma possível. A seqüência, que

fortalece a ação de marketing mantendo o trabalho inicial. E finalmente a continuidade das

ações, procurando manter os resultados alcançados e potencializando-o.

2.5.1. Gerenciamento de marca.

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“Uma marca é um nome, que pode ser um símbolo, logotipo, desenho de uma embalagem, que tem a incumbência de identificar algum bem, serviço ou empresa. A marca sinaliza ao consumidor a origem do produto, protegendo o consumidor e o próprio fabricante dos concorrentes que oferecem produtos similares ou idênticos” (AAKER, 1998, pág. 69).

A marca sob o ponto de vista dos consumidores, é a síntese das experiências reais e

virtuais, objetivas e subjetivas, vividas em relação a um produto, serviço, empresa ou alguma

instituição. Marca representa um verdadeiro sistema de valores.

Muitas vezes, um empreendedor ao iniciar as atividades de uma empresa desconsidera

a importância da construção de sua marca, sem mesmo, na maioria dos casos, imaginar a

importância daquele momento e o quanto às negligencias na construção da marca podem

afetar o seu negócio em um futuro próximo.

As vantagens de se ter uma marca são inúmeras: Facilita a comercialização; Atrai

consumidores e os fideliza àquela marca tornando-os mais lucrativos; Ajuda na segmentação

de mercados; Constroem uma imagem corporativa; Garante uma proteção legal aos aspectos

do produto.

As pessoas compram produtos pelos seus atributos, ou compram marcas pelos seus

benefícios. Quando o consumidor busca realizar um desejo, o foco é a marca. Um objetivo

comum para qualquer empresa é transformar consumidores fiéis a sua marca.

Isto não pode ser feito a qualquer preço, porque tende a incluir aspectos negativos, tais

como rejeição a mudanças. Ao contrário, é preciso saber gerenciar os fãs da marca, aqueles

que têm um relacionamento pessoal com ela. É necessário a identificação destes fãs e

pesquisar suas possíveis reações antes de realizar qualquer nova iniciativa. Em relação à

marca própria observa-se que há benefícios, mas também muitos riscos. Ou seja, se por um

lado há inúmeros benefícios para o varejista como já citado acima, de outro lado há o risco de

danificar a imagem de uma marca construída ao longo dos anos através de um erro de

elaboração de um único produto.

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2.5.2. Marketing social aliado ao comercial: fortalecendo marcas.

De acordo com tudo que foi estudado e relatado anteriormente o marketing social diz

respeito ao esforço mercadológico no sentido de associar uma marca a uma causa social.

“É indiscutível a importância da responsabilidade social pelas empresas e governos.

Hoje mais do que nunca se nota que as empresas têm realizado atividades sociais para

melhorarem sua imagem e obterem lucro”. (www. fmu.br).

As boas práticas sociais empresariais têm crescido e é cada dia maior o número de

empresas que se propõe a gerenciar os processos de implementação de sua responsabilidade

social com o objetivo de promover sua marca, seu produtos, conquistar e fidelizar clientes e

interagir com a sociedade.

Assim que a organização define que a estratégia será o Marketing Social, é preciso

definir em que área se deve investir para que o público alvo seja atingido. Responsabilidade

Social sem planejamento não traz nenhum resultado, muito menos algum resultado

mercadológico.

“A orientação de marketing social sustenta que a tarefa da organização é determinar as necessidades, os desejos e os interesses dos mercados-alvo e fornecer as satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente que a concorrência, de uma maneira que preserve, ou melhor, o bem estar do consumidor e da sociedade”. (KOTLER, 2000, pág. 47).

Além de satisfazer a vontade do cliente tentando buscar soluções para problemas que

preocupam a sociedades, ligar uma marca a uma causa social também satisfaz no cliente a

vontade de fazer parte de algo maior, algo que busca o bem esta da comunidade em que está

inserido, faz o cliente se sentir satisfeito de poder consumir e ajudar ao mesmo tempo uma

causa que o agrade, por isso a importância de se escolher bem em que tipo de causa investir

para que essa sensação de satisfação alcance o público certo. Satisfazendo o cliente dessa

forma a marca passa para um patamar superior, em que o consumidor vê esse trabalho como

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uma forma de compromisso cada vez mais pessoal. É uma forma efetiva de melhorar a

imagem coorporativa diferenciando produtos e aumentando tanto as vendas quanto a

fidelidade do cliente. “Com a adoção de uma causa a organização torna-se mais ética, o que

resulta numa percepção e intenção de compra significativamente maior por parte do

consumidor”. (Super-Hiper; 2005; pág. 24).

Finalizando, o marketing social, por meio da interação contínua entre seus agentes,

busca modificar ou influenciar o comportamento social, de forma que os problemas sejam

reduzidos, quando não eliminados. Nessa tentativa de controle de problemas sociais através

do trabalho social, o público passa a se familiarizar com a marca e entender que não só de

lucro vive uma organização, de boas ações também.

Prova-se que Marketing Social é um grande aliado mercadológico, que fortalece uma

marca e influencia o consumidor. O trabalho social feito por empresas fortalece sim a marca

perante a sociedade e principalmente perante o consumidor final. Pode-se dizer então que os

investimentos em projetos sociais são na verdade investimentos na marca. Investimentos na

imagem de uma empresa ou produto.

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CAPITULO III

3. Responsabilidade social: Uma forma de agregar valor à marca.

Pioneira no atendimento a pessoas de todas as faixas de renda e a empresas de

variados portes e setores de atividade, a Organização Bradesco desenvolve suas operações

comerciais em dois segmentos principais e complementares: bancário e de seguros. Em todo o

Brasil, e também no exterior, oferece uma extensa gama de produtos e serviços bancários,

além de comercializar apólices de seguros, planos de previdência complementar e títulos de

capitalização.

Fundado em 1943, em Marília, cidade do noroeste paulista, o Banco Brasileiro de

Descontos S.A. se tornaria, oito anos mais tarde, o maior banco comercial do setor privado no

Brasil.

Em 1946, iniciando um intenso processo de expansão, mudou sua sede para o centro

financeiro de São Paulo e, logo no início da década de 1950, começou a erguer sua nova

matriz, na Cidade de Deus, em Osasco, município da Região Metropolitana de São Paulo.

Em 1988, incorporou as subsidiárias de financiamento imobiliário, banco de

investimento e financiadora, tornando-se um banco múltiplo. Com isso, mudou sua

denominação para Banco Bradesco S.A.

O Bradesco é o maior Banco privado do País, com um total de ativos de R$ 341,184

bilhões, em 2007. Conta com uma Rede de 3.160 Agências, instaladas em todo o território

nacional, e cerca de 36 milhões de clientes de todas as faixas de renda. Sociedade anônima de

capital aberto tem ações negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo (Bovespa), Nova

York e Madri.No segmento de crédito, as operações consolidadas totalizaram R$ 161,407

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bilhões, incluindo Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACCs), Avais e Fianças, Créditos

a Receber de Cartões de Crédito e Arrendamento Mercantil.

Em dezembro de 2007, o Banco administrava R$ 177,486 bilhões em fundos de

investimento e carteiras.

As empresas da Organização Bradesco que atuam no mercado de seguros, vida e

previdência e consórcios também são líderes em seus segmentos. Às vésperas de completar 65

anos, em março de 2008, a instituição consolida-se como uma das mais ativas forças

impulsionadoras do crescimento econômico do País. Ao oferecer crédito, produtos e serviços

bancários ao mercado, viabiliza inúmeros negócios, sem deixar de remunerar adequadamente

o capital de cerca de 1,4 milhão de acionistas e de zelar pela qualidade do atendimento de

seus clientes. Ao todo, o conglomerado emprega 82.773 funcionários.

A Organização Bradesco atua fortemente no comércio exterior e em negócios

internacionais. As atividades incluem operações de câmbio, financiamentos em moeda

estrangeira e linhas de crédito, dentre outras práticas bancárias, desenvolvendo-se por meio de

uma rede de 25 unidades especializadas, no Brasil, que opera integrada com nossas unidades

no exterior, localizadas na Argentina, Bahamas, Estados Unidos (Nova York), Ilhas Cayman,

Japão e Luxemburgo, e, por meio de parcerias, no Chile, Japão e Portugal.

Além de captar recursos para fomentar negócios no mercado brasileiro, tais unidades

prestam suporte a empresas brasileiras com interesses no exterior e a organizações

estrangeiras dispostas a investir no País.

Em novembro de 2007, iniciaram-se as atividades da Bradesco Securities UK Ltda.,

corretora de valores mobiliários com sede em Londres, que atuará como broker-dealer, dando

ênfase à intermediação de operações de renda fixa e variável de empresas brasileiras para

investidores institucionais europeus e globais. O objetivo é o de ampliar as atividades da área

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de Investment Banking exercidas no Banco Bradesco, BBI, num segmento em plena expansão,

e atrair o fluxo de recursos desses investidores para o Brasil.

Sempre valorizando o diálogo e a capacidade realizadora do trabalho, sempre

respeitando a ética e a transparência, ao longo dos anos o nome Bradesco tornou-se uma das

principais referências brasileiras de comprometimento com a responsabilidade sócio-

ambiental. Para o Bradesco, a atividade empresarial é, acima de tudo, um instrumento

eficiente de indução do desenvolvimento, de integração nacional e de difusão da cidadania.

A Organização Bradesco considera que, assim como a ética, a transparência também

deve fazer parte de seu cotidiano. Por isso, e para consolidar sua posição entre os praticantes

da boa Governança Corporativa, mantém uma política de divulgação clara, justa e igualitária

de todas as informações que possam interessar àqueles que, direta ou indiretamente,

participam de seus projetos, atividades, negócios e operações.

Em junho de 2006, avançou neste compromisso com a transparência ao formalizar a

"Política de Governança Corporativa" e instituir o "Comitê Executivo de Governança

Corporativa da Organização Bradesco". A adoção das melhores práticas de governança

corporativa, sempre aprimoradas, garante relacionamentos consistentes, atende as

expectativas de uma sociedade cada vez mais exigente e participativa e contribui para a

melhoria do desempenho do Bradesco em todas as suas frentes de negócio.

A Organização Bradesco entende que a qualidade no atendimento nos diferentes

segmentos da sua atuação é essencial e prioritária. Isso é verificado, ao longo da sua trajetória,

quando procurou estruturar uma sólida base organizacional e tecnológica, com o objetivo de

conquistar, manter e ampliar permanentemente o número de clientes.

O compromisso com a melhoria se caracteriza pelo pioneirismo na inovação

tecnológica e pelo aprimoramento dos produtos e serviços, bem como pelo uso do

treinamento como ferramenta para desenvolvimento do potencial dos funcionários. Em todo

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esse contexto, o foco é a satisfação dos clientes, com resultados verificados por meio de

indicadores específicos.

Sempre valorizando o diálogo e a capacidade realizadora do trabalho, sempre

respeitando a ética e a transparência, ao longo dos anos o nome Bradesco tornou-se uma das

principais referências brasileiras de comprometimento com a responsabilidade

socioambiental. Para o Bradesco, a atividade empresarial é, acima de tudo, um instrumento

eficiente de indução do desenvolvimento, de integração nacional e de difusão da cidadania.

O Bradesco tem a preocupação permanente de valorizar o capital de seus mais de 1,4

milhão de acionistas e investidores, parceiros que enxergam a atividade empresarial como um

dos mais eficientes instrumentos de fomento do desenvolvimento e da prosperidade, com

conseqüente redução das desigualdades. No compromisso de criar valor, chamam a atenção

estratégias como a segmentação do atendimento, o crescimento orgânico, a inclusão bancária

e a adoção de práticas internacionalmente reconhecidas pelo poder de apoiar o crescimento

sustentável, contribuindo assim para uma economia capaz de agregar e beneficiar o maior

número possível de brasileiros.

Bradesco acredita na força e na determinação de seus colaboradores e sabe que cada

um deles, dentro de suas particularidades, oferece sempre o melhor de seu talento para

contribuir com a ampliação dos resultados da Organização. Por isso, estabelece com seus

funcionários um relacionamento em que chamam a atenção o respeito e a transparência.

Por meio de seu trabalho, da criação de produtos e serviços focados na

sustentabilidade, ou destinando uma parcela de seus resultados a diversos projetos e

iniciativas, o Bradesco incentiva a formação e a valorização da cidadania. Dessa maneira,

procura ser um diferencial positivo na vida de milhões de brasileiros, contribuindo para uma

sociedade mais equilibrada, com oportunidades iguais para todos. É a prática da

Responsabilidade Socioambiental que faz a diferença, de diferentes jeitos e formas.

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3.2. Bradesco como organização socialmente responsável.

Política de Responsabilidade Socioambiental considera a totalidade da cadeia de

relacionamentos, estabelecendo estratégias específicas para cada parte interessada. A partir de

um mapeamento realizado em 2005, que identificou 28 grupos de stakeholders, e

considerando critérios como importância, interesse e influência, foram selecionados sete

públicos prioritários: público interno, acionistas e investidores, governo e sociedade,

fornecedores, clientes, ONGs e comunidades..

O Bradesco manteve, em 2007, seus compromissos sociais e ambientais, com as

atenções voltadas à nova percepção mundial sobre as mudanças climáticas e à necessidade de

desenvolver ações de mitigação e adaptação ao aquecimento global. Trata-se de uma forte

tendência, que se consolida no setor financeiro como um todo. Além da preocupação de

disseminar o conceito de sustentabilidade para seus funcionários, fornecedores e parceiros

comerciais, o Banco tem como estratégia incorporar ao dia-a-dia práticas inovadoras de

gestão. Dessa forma, alinha preservação ambiental e responsabilidade social às oportunidades

de negócio, assegurando o retorno financeiro.

As empresas bem-sucedidas caracterizam-se por gerar bons resultados para toda a

sociedade, adotando políticas de longo prazo, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento

sustentável e a melhor distribuição de riquezas no País, uma vez que constitui um instrumento

eficiente de progresso, integração nacional e difusão da cidadania. Ao final de 2007, a

Organização deu um passo histórico – ampliando o papel de um banco – ao lançar o Banco

do Planeta. A iniciativa visa unificar as ações socioambientais, criar novos produtos e

serviços e investir numa interação mais harmoniosa das pessoas com o meio ambiente. Mais

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que garantir a continuidade do seu negócio, o Bradesco decidiu ampliar a atuação no mercado

para contribuir com a perenidade do próprio planeta.

O Bradesco considera a responsabilidade socioambiental um dos seus principais

valores corporativos. A estratégia definida pela Organização consiste em fazer com que o

conceito de responsabilidade socioambiental se torne cada vez mais presente em suas ações e

em tudo o que estiver relacionado à marca Bradesco.

A Política Corporativa de Responsabilidade Socioambiental constitui o principal

instrumento para incentivar e valorizar nossas práticas, bem como nosso compromisso com o

desenvolvimento de novos negócios, alinhados ao movimento internacional de finanças

sustentáveis. A coordenação das ações e da estratégia socioambiental faz parte das atribuições

do Comitê Executivo de Responsabilidade Socioambiental. O fórum tem o apoio de um grupo

especial de trabalho, constituído por representantes de diversos departamentos, que atua sob a

coordenação da Diretoria Executiva com o suporte de consultorias externas. A partir do

trabalho iniciado pelo comitê, foi possível avançar na criação da Área de Responsabilidade

Socioambiental, subordinada a um Vice-Presidente e à Diretoria de Relações com o Mercado

(DRM).

Dentre outras funções, a área é a instância interna que procura conjugar os objetivos

do negócio com os aspectos da gestão sustentável, identificando as expectativas das partes

interessadas e fazendo com que a Organização lhes adicione o máximo de valor. Desempenha,

ainda, os papéis de zelar pela implantação dos requisitos socioambientais, mobilizar os

colaboradores, propor metas e estabelecer instrumentos para mensurar o impacto das ações de

sustentabilidade nos processos de gestão e organizacionais.

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3.2.1. Área de atuação.

Desde 2004 o Bradesco pratica os "Princípios do Equador", conjunto de critérios

definido pela International Finance Corporation - IFC - órgão do Banco Mundial e que leva

em conta a avaliação de impactos socioambientais na liberação de crédito para projetos

corporativos. Diversos profissionais do Bradesco passaram por treinamento específico,

aumentando assim seu grau de especialização nesta área.

§ Ecoeficência

Em seu cotidiano operacional, o Bradesco procura avançar cada vez mais na

combinação entre a otimização de recursos, programas sistemáticos de reciclagem e ações

monitoradas de descarte adequado de materiais. Todas essas iniciativas - e de maneiras

diferentes - contribuem com o propósito da Organização de sempre alinhar eficiência a uma

atitude responsável em relação ao meio ambiente.

Apesar de suas operações estarem concentradas no Brasil, que não possui metas

relativas ao Protocolo de Kyoto, o Bradesco realiza ações contra o aquecimento global.

Causado pelo grande aumento da emissão de gases de efeito estufa (GEE), como o dióxido de

carbono (CO2), o aquecimento é o gatilho para as mudanças climáticas, fenômeno que

ameaça o futuro do planeta.

O Bradesco foi o primeiro banco brasileiro a lançar um programa de medição de sua

participação direta e indireta nas emissões, com o objetivo de neutralizar sua produção de

carbono. Os dados apurados inicialmente apontam para um volume de 22,3 mil toneladas/ano

de CO2 equivalente, na Cidade de Deus, que será compensado com o plantio de cerca de 37,2

mil árvores, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, a compra de créditos de

carbono e a construção de parcerias para geração de créditos de carbono.

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A Organização impõe, direta ou indiretamente, controle sobre a qualidade dos veículos

utilizados por fornecedores para o transporte de malotes. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, o

contrato de prestação de serviço obriga o uso de veículos com no máximo quatro anos de

fabricação e que atendam a condições de conservação e funcionamento especificadas pelo

Banco. Nas demais localidades, o transporte é compartilhado com outros bancos, sob a gestão

da Febraban, que observa os mesmos procedimentos na sua relação com os fornecedores.

A destinação adequada dos resíduos sólidos, principalmente os gerados a partir de

obras e reformas, faz parte das exigências feitas às construtoras contratadas.

Mensalmente, são recolhidas da Cidade de Deus, dos principais Prédios

Administrativos e de alguns Pólos (centros de compensação de cheques e outros papéis),

aproximadamente 100 toneladas de papel e papelão.

Deste de Dezembro de 2005, com exceção dos pólos, também é realizada a coleta

seletiva de metal, vidro e plástico.

O processo inclui a separação e correta destinação dos materiais, acompanhadas de

campanhas de incentivo e conscientização dos funcionários.

Os cheques utilizados pelos clientes e já processados e microfilmados são enviados

para a reciclagem, observando princípios que garantam a segurança da informação.

A correta utilização de recursos como água e energia elétrica, além de ganhos

econômicos para o Bradesco, resulta em benefícios ambientais para a sociedade como um

todo.

Por isso, a Organização mantém várias iniciativas visando a racionalização de

consumo e suas operações.

Nos últimos três anos, cerca de 30 mil lâmpadas de 40 Watts foram substituídas por

lâmpadas de 32 Watts, com fundos espelhados, que aumentam a eficiência luminosa.

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Na Cidade de Deus, o sistema de iluminação foi modernizado, com a troca das

lâmpadas de mercúrio por outras, de vapor de sódio. Com a substituição de 80% das

lâmpadas, o consumo de energia elétrica foi reduzido em 20% na sede.

O Bradesco também vem substituindo equipamentos e motores por outros, de melhor

desempenho, com o objetivo de reduzir o consumo de energia em suas instalações.

Com a substituição dos elevadores, por exemplo, espera-se uma redução de 20% no

consumo de energia do novo equipamento.

Os colaboradores de todas as dependências da Organização, permanentemente

envolvidos em campanhas sobre o uso racional da água, são orientados a acompanhar

mensalmente o consumo, ajudando a evitar perdas e a manter o consumo em níveis aceitáveis.

O Bradesco tem ampliado a utilização de produtos alinhados à Política de

Responsabilidade Socioambiental

Em julho de 2006, o Bradesco passou a utilizar papel reciclado em parte de seus talões

de cheques. Mensalmente, os talões consomem 100 toneladas de papel.

O Banco utiliza cerca de 600 toneladas de papel reciclado (aproximadamente 90% do

total consumido) por mês. Desde fevereiro de 2005, gradativamente, o material reciclado

passou a substituir o papel branco, aplicado principalmente na produção de material de

comunicação interna e externa. O próximo passo será a utilização do papel reciclado nos

envelopes expressos e sua ampliação para todos os talões de cheques, substituindo cerca de 50

toneladas mensais de papel branco.

O papel usado é 100% reciclado, composto por 75% de matéria-prima de pré consumo

e 25% de papel comprado de cooperativas de catadores. Parte da receita obtida com sua venda

é revertida para os projetos socioambientais do Instituto Ecofuturo, criado pela empresa

Suzano. Dessa forma, indiretamente, o Bradesco contribui com o projeto social da cooperativa

dos catadores de papel e material (Coopamare).

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Mensalmente, cerca de 22 toneladas de resíduos – o papel é o principal deles – são

recolhidas em 194 agências monitoradas na capital paulista.

Lápis fabricado com madeira certificada com o selo FSC (Forest Stewardship

Council), órgão internacional regulador do manejo controlado de florestas. Além de não

degradar o meio ambiente, a matéria-prima contribui com o combate à exploração de madeira

ilegal e de origem predatória.

O produto foi disponibilizado a todas as dependências da Organização, por meio dos

Suprimentos On-Line. Em 2006, aproximadamente 100 metros cúbicos de madeira 100%

reflorestada foram utilizados na confecção de móveis e divisórias, aplicados em prédios

administrativos.

§ Meio Ambiente.

A Organização participa de diversos projetos ambientais relacionados à proteção do

meio ambiente.

§ Mata Atlântica.

Desde 1989, mantemos uma sólida parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, para

viabilizar projetos voltados à proteção de um dos mais ricos, diversos e ameaçados

ecossistemas do planeta.

Ao longo de quase duas décadas, essa parceria gerou iniciativas importantes, tais como

o lançamento do Cartão de Afinidade SOS Mata Atlântica, do título de capitalização Pé

Quente Bradesco SOS Mata Atlântica e do EcoFinanciamento de Veículos, iniciado em 2007.

Parte dos recursos arrecadados com a venda desses produtos é repassada à Fundação,

transformando-se em programas de conservação, de educação ambiental e de restauração

florestal, dentre outros, relatados a seguir. Com o apoio do Bradesco, já foi possível plantar

24 milhões de mudas de árvores nativas, em áreas da Mata Atlântica. Somados os recursos

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provenientes da venda dos produtos relacionados à ONG, o total repassado à entidade atinge a

cifra de R$ 62 milhões.

§ Mapeamento.

Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica – Produzido desde 1989, em

parceira com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o mapeamento e o

monitoramento da cobertura vegetal são atualizados a cada cinco anos, desde 1985. Em 2004,

foi lançado o Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, que revela os detalhes da situação dos

remanescentes florestais, em 2.815 cidades de 10 dos 17 Estados cobertos pelo bioma.

Trata-se da primeira e única iniciativa no País que permite acompanhar a realidade

mutante da Mata Atlântica. Os mapas de remanescentes de cada uma dessas localidades estão

disponíveis no portal www.sosma.org.br.

§ Conservação

Programa Costa Atlântica – Lançado em 2006, contempla, pela primeira vez, um

conjunto de esforços coletivos para contribuir com a conservação da biodiversidade, a

manutenção do equilíbrio ambiental, a integridade dos patrimônios naturais, históricos e

culturais e o desenvolvimento sustentável dos territórios costeiros e marinhos sob a influência

do bioma Mata Atlântica. Com aporte inicial de R$ 1 milhão da Copebrás – Anglo American,

o programa obteve outro R$ 1 milhão, repassado pela Bradesco Capitalização.

Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) da

Mata Atlântica.

Desde 2003, procura estimular proprietários de terras a criar RPPNs em suas

propriedades e apóia projetos para a criação e gestão das reservas privadas. Além disso,

promove o fortalecimento institucional da Confederação Nacional e das Associações

Estaduais de proprietários de RPPNs. Graças ao patrocínio do Bradesco Cartões e do Fundo

de Parcerias para Ecossistemas Críticos (CEPF), a Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria

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com a Conservação Internacional (CI), ONG com quem estabeleceu uma Aliança para a

conservação da Mata Atlântica, já apoiou 33 projetos, que resultaram na criação de mais de

200 novas reservas privadas, localizadas nos corredores de biodiversidade da Serra do Mar e

Central da Mata Atlântica. Desde 2007, o Programa conta com a parceria da The !ature

Conservancy e o patrocínio da Bradesco Capitalização, que permitiram ampliar a área de

abrangência para o Corredor do Nordeste e a Ecorregião Floresta com Araucárias. O

investimento realizado até agora totaliza cerca de R$ 4 milhões.

§ Restauração floresta.

Clickarvore – Programa de restauração florestal pelo qual usuários da Internet podem

clicar gratuitamente e doar uma árvore por dia, com financiamento de uma empresa parceira.

Desde agosto de 2000, foram doados 24 milhões de mudas com o apoio do Bradesco. Já

foram liberados 825 projetos de reflorestamento, 33 viveiros estão cadastrados e 318

municípios (em noves estados) foram contemplados.

Por meio da parceria firmada com a Bradesco Capitalização (Pé Quente Bradesco), mais 5

milhões de mudas poderão ser plantadas. Visite o www.clickarvore.com.br e participe.

Florestas do Futuro – Programa de restauração florestal em matas ciliares, visando à proteção

dos mananciais e à produção de água, com a primeira versão lançada em 2003. Em 2007,

graças aos recursos doados pelo Bradesco, foram plantadas 680 mil árvores. Saiba mais

acessando: www.florestasdofuturo.org.br Viveiros Comunitários – Locais de produção de

mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, no âmbito do programa Florestas do Futuro,

voltados à restauração florestal em áreas de mata ciliar. Além da participação do Pé Quente

Bradesco, titulo de capitalização e de repasses de receitas do Cartão de Crédito Bradesco

Visa, as mudas contribuem com o Programa EcoFinanciamento de Veículos Bradesco, que se

destina a compensar, com o seu plantio, as emissões de CO2 na atmosfera resultantes de frota

de veículos financiados pelo Banco.

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§ Total de mudas de árvores viabilizadas pela comercialização de produtos

Mini-viveiros – A Fundação SOS Mata Atlântica implantou 15 viveiros em escolas da

Fundação Bradesco, onde professores e alunos realizam, além do plantio e manutenção de

árvores, educação ambiental e oficinas, criando um centro de visitação para outras escolas da

região. Nos próximos três anos, a meta da ONG é instalar mais 9 viveiros, contemplando as

unidades da Fundação Bradesco inseridas no bioma Mata Atlântica.

§ Conscientização

Mata Atlântica Vai à Escola – Criado em 2007, com a participação da Bradesco

Cartões, visa capacitar professores e alunos do Ensino Fundamental das redes pública e

particular para o desenvolvimento de atividades e ações em prol da conservação ambiental e

do bioma Mata Atlântica. Um projeto-piloto está sendo desenvolvido, em escolas do

município de São Paulo, e poderá ser estendido para outras regiões da Mata Atlântica. Viva a

Mata – Lançado em 2005, transformou-se num evento anual, realizado na cidade de São

Paulo, durante a semana do Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio). Centenas de

instituições, entre elas ONGs, pesquisadores, órgãos governamentais e empresas, participam

do esforço de conservação do bioma por meio de exposições, palestras, shows, teatros,

oficinas interativas e mobilizações.

Em 2007, passaram pelo evento cerca de 75 mil visitantes. Um Pé de Quê? – Série

Mata Atlântica – Programa de TV produzido pela Pindorama Filmes e levado ao ar pelo

Canal Futura, com patrocínio da Fundação Bradesco e da Bradesco Cartões, tem como

principais personagens as árvores brasileiras. A cada programa, apresentado pela atriz Regina

Casé, uma espécie diferente de árvore é mostrada, revelando-se histórias curiosas da fl ora

brasileira.

Embora os serviços bancários, em comparação com outras atividades econômicas, não

tenham impactos ambientais diretos tão relevantes, o Bradesco é signatário dos Princípios do

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Equador, participa do Carbon Disclosure Project (CDP) e se tornou o primeiro banco

brasileiro a lançar um programa de inventário e neutralização de suas emissões de Gases de

Efeito Estufa.

A Organização também investe sistematicamente em ações de conservação do bioma

Mata Atlântica, por meio de projetos que incluem reflorestamento, educação ambiental,

implantação de viveiros e campanhas de mobilização da sociedade.

A responsabilidade do Bradesco diante de questões ambientais relevantes para o

planeta e para os negócios, como o aquecimento global, está contemplada em vários aspectos

da Política de Responsabilidade Socioambiental do Banco. Algumas diretrizes dessa Política

que, de alguma forma, têm impacto em situações ligadas às mudanças climáticas são:

- desenvolver e comercializar produtos e serviços que respeitem o espírito da

consciência socioambiental;

- considerar, para efeito de seleção de fornecedores e prestadores de serviços, aqueles

que comprovadamente pratiquem a responsabilidade socioambiental;

- assegurar a conformidade da legislação aplicável às questões socioambientais;

- adotar políticas responsáveis de concessão de crédito a clientes;

- estipular aos tomadores de recursos a obrigatoriedade de manter um plano de ação de

mitigação dos riscos;

- adotar políticas internas para racionalizar o uso de recursos não-renováveis;

- conscientizar e treinar funcionários e orientar prestadores de serviços para as

questões socioambientais;

- desenvolver, implantar e manter um sistema de gerenciamento socioambiental.

As atividades relacionadas ao tema mudanças climáticas nas operações do Bradesco

são coordenadas pelo Diretor do Departamento de Relações com o Mercado, Sr. Jean Philippe

Leroy.

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A Organização Bradesco mantém desde 1990 uma parceria com a Fundação SOS

Mata Atlântica com o propósito de viabilizar projetos voltados à proteção de um dos mais

ricos, diversos e ameaçados ecossistemas do planeta. Do ponto de vista prático, essa parceria

gerou diversas iniciativas importantes, com destaque para dois produtos: o "Cartão de

Afinidade SOS Mata Atlântica" e o título de capitalização da família "Pé Quente Bradesco

SOS Mata Atlântica". Em ambos os casos, parte dos recursos arrecadados é doada à Fundação

e se transforma em programa de educação ambiental e de reflorestamento. Esse suporte da

Organização Bradesco já viabilizou o plantio de 18,2 milhões de mudas de árvores,

contribuindo de maneira direta com o esforço de preservação da Mata. Somados os recursos

provenientes, principalmente, dos produtos Cartões Bradesco, Bradesco Capitalização e

Previdência Privada, o total repassado atinge a cifra de R$ 49 milhões.

• Fundação Bradesco.

Há cinco décadas a semente foi lançada. A Fundação, hoje, se afirma no consenso de

que educar é transformar vidas e abrir caminhos.

Há 50 anos a Fundação Bradesco visita o amanhã, integrada ao hoje, inquieta e

responsável, aliando ensino e qualidade de vida.

Essa tarefa demanda a afirmação de um conjunto de princípios educacionais e éticos

que orientam ações pessoais e coletivas na condução do projeto maior que é a formação e

profissionalização de milhares de brasileiros, nos mais diversos recantos do país.

O que mantém seu trabalho vivo, atual, é o engajamento de seus educadores, amantes

do desafio, com fé ilimitada na possibilidade de transformar o mundo.

Desenvolve propostas pedagógicas que levam em conta as reflexões contemporâneas

sobre educação, nos segmentos de educação básica, profissional e educação de jovens e

adultos. Procura implantar infra-estruturas que consideram os avanços tecnológicos,

associados aos recursos das regiões onde estão suas escolas.

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Na Cidade de Deus, em Osasco, está seu núcleo administrativo / pedagógico que

organiza, encaminha e acompanha a dinâmica de todo o sistema educacional.

Trata-se de um grupo de educadores, técnicos, supervisores, compondo a diretoria da

Fundação e todo o corpo administrativo. São profissionais ativos, atentos, responsáveis pela

gestão dos recursos, capacitação profissional e, sobretudo, pelo desenvolvimento de todo o

projeto educativo.

O alcance da ação social da Fundação Bradesco vai atualmente muito além dos limites

de suas 40 escolas: hoje são beneficiadas também comunidades próximas ou distantes, por

meio dos programas de voluntariado, da educação à distância, dos Centros de Inclusão

Digital, dos cursos técnicos gratuitos e programas de capacitação de professores da rede

pública que melhoram a qualidade do ensino em todo o país. Os benefícios dessas ações já

estão ao alcance inclusive dos deficientes visuais, para quem a Fundação disponibiliza

ferramentas de acessibilidade em informática, permitindo que eles usem computadores e

naveguem na Internet.

• Formando cidadãos.

Criada em 1956, a Fundação aumenta, a cada ano, a sua atuação: nos últimos 25 anos,

elevou de 13 mil para mais de 109 mil o número de alunos atendidos em suas escolas. A

instituição oferece ensino gratuito e de qualidade na educação infantil, ensinos fundamental e

médio, formação inicial continuada de trabalhadores e educação profissional técnica de nível

médio nas áreas de Informática, Eletrônica, Indústria, Gestão e Agropecuária. Oferece, ainda,

educação de jovens e adultos, por meio da Teleducação e do portal Escola Virtual, na

modalidade de ensino a distância.

Ao longo de seus 51 anos, a Fundação Bradesco já ofereceu ensino formal gratuito,

com reconhecida qualidade, para mais de 2 milhões de alunos. Consideradas outras

modalidades de cursos presenciais e a distância, o número supera 2,5 milhões.

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• Inclusão digital.

Os centros de inclusão digital (CIDs) formam uma rede de laboratórios de informática

criada para atender as comunidades carentes, promovendo a inclusão digital e estimulando a

responsabilidade social e o empreendedorismo, além de ampliar as noções de cidadania.

Nesses espaços, professores, alunos da Fundação e voluntários ensinam outros alunos da

comunidade a lidar com computadores e acessar a Internet.

O projeto existe desde 2004, com a inauguração das primeiras unidades. Até dezembro

de 2007, foram implantados, em todo o Brasil, 69 CIDs, atuando por meio de parcerias locais

com entidades sem fi ns lucrativos, empresas, universidades e órgãos públicos, entre outros.

Os beneficiados contam com um espaço de aprendizagem, onde podem acessar os cursos da

Escola Virtual e usufruir de recursos tecnológicos aos quais normalmente não teriam acesso.

• Escola Virtual.

A Escola Virtual oferece cursos a distância, via Internet e semipresenciais, nos

segmentos de educação básica, profissionalizante e de jovens e adultos. O portal da escola (e-

learning) está à disposição de alunos, ex-alunos, educadores e funcionários da Fundação

Bradesco, além de pessoas da comunidade e desempregados que desejem obter uma nova

especialização ou requalificação para o trabalho.

O Portal da Escola Virtual oferece suporte ao Projeto Intel Educação para o Futuro,

como espaço virtual de comunicação e colaboração entre os participantes do projeto, voltado

à formação de profissionais da educação para o uso da tecnologia.

• Deficientes visuais.

O Programa de Informática para Deficientes Visuais representa o principal suporte à

difusão de uma de suas principais ferramentas: o Virtual Vision, um software utilizado para

capacitar os deficientes visuais, permitindo a completa interação com o Bradesco Internet

Banking e a realização de diversas operações bancárias pelo computador, além de textos

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(Word) e de gráficos e tabelas (Excel). A iniciativa visa promover a inclusão social e

possibilitar que o deficiente visual acesse informações, ampliando os conhecimentos e as

competências necessários para o desenvolvimento do seu trabalho. Realizado desde 1998,

atualmente, o treinamento acontece em 32 unidades escolares da Fundação e em 37 entidades

parceiras, localizadas em diversos estados.

• Voluntariado.

Desde 2003, no mês de março, a Fundação Bradesco promove o Dia Nacional de Ação

Voluntária. A atividade acontece em inúmeros locais, incluindo toda a rede de 40 escolas da

Fundação, centros de inclusão digital (CIDs), escolas estaduais e municipais e entidades

sociais, com a participação de dezenas de voluntários, responsáveis pela realização de mais de

140 atividades gratuitas. Em 2007, cerca de 1,6 milhão de pessoas foram atendidas, com a

execução de atividades de esporte e lazer, educação ambiental, oportunidade de emprego e

renda, prevenção de doenças e consultas clínicas.

• Recursos.

Os recursos para o custeio das atividades da Fundação Bradesco, também acionista do

Bradesco, são provenientes de rendas exclusivas de seu próprio patrimônio, que, nos últimos

dez anos, somaram R$ 1,392 bilhão. Em valores nominais, atualizados até dezembro de 2007

pela taxa CDI/Selic, o montante equivale a R$ 3,074 bilhões.

• Ongs.

O Bradesco mantém um diálogo constante com diversas ONGs.Além da Fundação

SOS Mata Atlântica, cuja parceria se estende desde 1989, com a realização de inúmeras

atividades, a Organização dialoga freqüentemente com outras entidades, tais como Amigos da

Terra – Amazônia Brasileira, Instituto Ethos, Instituto Akatu e BankTrack, rede internacional

de organizações que monitora as operações das instituições financeiras privadas e seus

impactos sobre as comunidades e o meio ambiente.

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Os encontros com as entidades constituem mais uma oportunidade para ouvir as

demandas e as expectativas da sociedade em relação à atuação da Organização, além de

inspirar o desenvolvimento de produtos – especialmente os de caráter e apelo socioambiental.

Em 2007, por exemplo, esse entendimento resultou na criação do Programa

Ecofinanciamento de Veículos Bradesco, desenvolvido em parceria com a Fundação SOS

Mata Atlântica.

3.3. Impacto do projeto para a marca da organização.

Prêmios e certificações atestam a qualidade da política de recursos humanos adotada

pelo Bradesco. Somente em 2006, foram os seguintes destaques:

Campeão mundial em valorização de mercado, em termos percentuais (jornal inglês

Financial Times).

Maior grupo empresarial privado brasileiro (anuário Melhores e Maiores, da revista

Exame).

Melhor banco brasileiro (revista Global Finance); Líder no ranking brasileiro de

dividendos para acionistas (Consultoria Economática).

Banco brasileiro mais bem colocado na lista das 500 maiores (ranking da revista

Fortune).

Maior valor de mercado da América Latina (revista The Banker).

Melhor site de banco do Brasil (Prêmio iBest, na categoria Bancos/ Júri Popular), pelo

10º ano consecutivo. No mesmo concurso, conquistou o Grand Prix, prêmio concedido ao site

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que recebe a maior quantidade de votos, de acordo com o júri popular. Já a Bradesco Seguros

e Previdência levou o troféu como o site mais votado na categoria Seguros pela quinta vez. O

site Bradesco Cartões conquistou o prêmio pela segunda vez.

Vencedor do Prêmio Valor Social 2006, nas categorias Gestão Sustentável e Grande

Prêmio (escolha do júri popular)

Empresa mais ligada do Brasil (revista Info Exame, que reconhece as companhias que

estão na vanguarda da Tecnologia da Informação).

Top5 no IR Global Rankings (categorias Websites de RI e Divulgação de Resultados

Trimestrais).

Primeiro colocado entre os bancos na pesquisa As Melhores na Gestão de Pessoas da

revista Valor Carreira, do jornal Valor Econômico, com apoio da consultoria Hay Group.

Uma das 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar (pela sétima vez) e uma das 50

Melhores Empresas para a Mulher Trabalhar (quarto ano consecutivo), conforme pesquisa do

Guia Exame-Você S/A.

Uma das 100 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil (ranking da revista Época,

com apoio do Great Place to Work Institute).

O Bradesco recebeu a norma internacional de responsabilidade social SA8000®:2001,

concedida pelo gerenciamento dos recursos humanos no Centro Administrativo, na Avenida

Paulista, em São Paulo, e no Departamento de Recursos Humanos, no andar térreo do Prédio

Novíssimo, na Cidade de Deus, em Osasco (SP). Com o reconhecimento, o Banco tornou-se a

primeira organização do setor financeiro das Américas a receber a SA 8000.

Por conta de sua atuação socioambiental, sempre ampliada e aprimorada, a Fundação

Bradesco vem sendo repetidas vezes reconhecida como uma das referências do país.

Em 2006, recebeu os seguintes prêmios e menções:

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Campeonato Internacional de Robótica First Lego League – FLL: dez alunos da

2ª série do Ensino Médio da Escola de Osasco, Unidade I, participaram do campeonato,

realizado no mês de abril em Atlanta nos Estados Unidos. O campeonato envolveu 83 equipes

de estudantes de 16 países, que usam a ciência e a tecnologia para estudar e explorar temas

relevantes à sociedade. A Fundação Bradesco conquistou o 2º lugar na Categoria Pesquisa

Científica.

VII Concurso �acional de Cartazes: um trabalho da Unidade Escolar de

Paragominas – PA obteve o 3º lugar, tendo sido premiado em solenidade no Palácio da

Alvorada em Brasília.

Prêmio E-Learning Brasil 2006: a Fundação Bradesco foi reconhecida na Categoria

Educacional – Star e como Relevante Contribuição Nacional – Diamond, pelos resultados de

seu trabalho em educação à distância em anos consecutivos.

Prêmio Raça e Gênero: um projeto pedagógico realizado pela Unidade Escolar de

Cuiabá – MT foi homenageado com selo e diploma "Raça e Gênero", ação da Prefeitura local,

que reconhece instituições, entidades e pessoas envolvidas no combate ao

racismo, na luta contra a discriminação racial e de gênero e na construção de uma cultura de

paz e justiça social.

Concurso Tesouros do Brasil: a Fundação Bradesco de Laguna – SC foi premiada

com o projeto “Kuaray Ouá (Renascer do Sol)” desenvolvido por alunos do Ensino

Fundamental, tendo sido selecionado para fazer parte do Livro Tesouros do Brasil. A Unidade

Escolar de Manaus também fará parte da publicação com o projeto “Ruínas de Paricatuba”,

desenvolvido por alunos do Ensino Médio.

49º Concurso Cientistas de Amanhã: a Fundação Bradesco de Teresina – PI

conquistou o Prêmio Fiocruz com o projeto “Fatores que Contribuem para a Automedicação”,

desenvolvido por alunos do Ensino Fundamental. A Unidade Escolar de Maceió-AL recebeu

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Menção Honrosa pelo projeto “Paradas de Ônibus: Tecnologia e acessibilidade”,

desenvolvido por alunos do Ensino Médio.

Prêmio Victor Civita 2006 – Educador �ota 10: a Professora Marli Aparecida

Salum Benjamin Melillo, da Unidade Escolar de Laguna-SC, foi eleita uma das dez

Educadoras Nota 10, com o projeto “As Tainhas em Laguna”.

Prêmio IT Leaders 2006: a sexta edição do prêmio destacou profissionais de TI que

conquistaram espaço no ambiente corporativo. A Fundação Bradesco foi classificada em 2o

lugar no segmento educação.

Semana da Alfabetização: a Fundação Bradesco foi homenageada durante a abertura

da Semana da Alfabetização 2006, pela parceria com o Programa Alfabetização Solidária,

voltado à redução do analfabetismo no Brasil.

Prêmio Microsoft Educadores Inovadores: Educadoras da Escola de Osasco

Unidade II venceram o concurso nacional com o projeto “Web aula – Ler e escrever? Com

um computador!”. O grupo foi um dos escolhidos para representar o Brasil no Microsoft

World Wide Innovative Teachers Fórum nos Estados Unidos, sendo classificado em segundo

lugar.

Prêmio Pátio-Isme: a Fundação Bradesco foi premiada com o projeto “Uma Droga

de Questão”, elaborado por professores. O prêmio tem por objetivo identificar experiências

sucedidas em andamento na rede escolar pública e privada, visando melhorar o desempenho

dos alunos e contribuir para a formação integral.

Educare – Prêmio �acional de Excelência na Educação: a Fundação Bradesco foi

contemplada com o prêmio “Destaque na Educação”, categoria especial baseada na indicação

da comissão julgadora que considerou o impacto e importância da instituição para o País.

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Prêmio Destaque Bovespa 2006: a Fundação Bradesco foi premiada na categoria

“Bovespa Vai até Você”, em reconhecimento aos seus 50 anos de atuação e parceria firmada

em 2006 para implantação do Programa Bovespa Educar.

A atuação no campo da Responsabilidade Socioambiental faz parte dos valores

corporativos do Banco Bradesco. Este trabalho, que chega aos 64 anos, busca estimular o

desenvolvimento econômico, a melhoria da qualidade de vida da comunidade onde atua e da

Sociedade como um todo. A empresa exerce a cidadania corporativa através de projetos nas

áreas de educação, esportes, recursos humanos e eventos que estimulam a informação e o

conhecimento no terreno da cultura.Este trabalho trouxe ao Bradesco reconhecimento

nacional e internacional como empresa sólida e confiável. Prova disso é sua posição de

liderança no mercado financeiro há mais de 50 anos.

A pesquisa Marcas de Confiança, realizada pelo Ibope há seis anos para determinar o

índice de confiança geral nas marcas, apontou o Bradesco como a empresa de maior destaque

em responsabilidade social. No mesmo levantamento, a Bradesco Seguros e Previdência

recebeu o prêmio na categoria Companhia de Seguro e a Bradesco Vida e Previdência na

categoria Previdência Privada. Logo no topo do ranking das marcas mais valiosas do Brasil,

aparece o banco Bradesco. A marca, que ocupa a segunda posição, logo abaixo da gigante

estatal Petrobras, vale cerca de R$ 6,5 bilhões Pela perfeita integração entre fatores

econômicos, ambientais e sociais na sua atividade, o Bradesco integra, pelo segundo ano

consecutivo, o Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), indicador da Bolsa de Nova

York que lista as melhores empresas em termos de adoção de boas práticas de governança

corporativa, transparência, ética e responsabilidade socioambiental.

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CO�CLUSÃO

A adoção de uma postura socialmente responsável por parte da empresa aliada ao

comportamento ético traz muitas vantagens para a instituição, como também para aqueles que

de alguma forma se relacionam com ela. Com a utilização de um sistema eficaz de gestão,

capaz de promover o desenvolvimento sustentável e a preservação ecológica, a empresa tem

grandes chances de se fortalecer e permanecer num mercado cada vez mais competitivo.

Então cabe a empresa assumir um compromisso com a sociedade, investindo no social e

demonstrando periodicamente o resultado de suas operações de forma clara, ética e

transparente aos os seus diversos públicos alvo.

No âmbito empresarial a responsabilidade social pode ser entendida como um

processo de evolução da atuação da empresa, muito mais que filantropia, através da

responsabilidade social as instituições passaram a repensar suas atitudes e procedimentos, e a

partir daí viram que a mudança era inevitável. E hoje observamos que a maioria das empresas

que estão no mercado buscam implantar em seus negócios práticas éticas, socialmente

responsáveis visando o bem comum, seja sozinha, em parceria com Organizações não

Governamentais (ONGs), ou ainda com a ajuda do governo. Contudo percebe-se que ainda há

muito por fazer, cabe a cada um de nós a construção de uma sociedade melhor, mais humana

e as empresas tem papel fundamental no desenvolvimento do meio em que atua, pois somente

através de comportamentos conscientes, responsáveis e éticos a instituição será capaz de

lucrar, e ainda melhorar a qualidade de vida de seus stakeholders, revertendo em benefícios

para a própria população e para a empresa tanto nas áreas financeiras e de produção quanto na

construção de estratégias competitivas e na melhoria de sua imagem.

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A partir deste estudo, pode-se afirmar que a Responsabilidade Social está

predominantemente direcionada a uma atitude e a um comportamento empresarial ético e

responsável. Nesta abordagem prevalece o que denominamos de “responsabilidade ética”. É o

dever e compromisso da empresa em assumir uma atitude transparente, responsável e ética em

suas relações com os seus diversos públicos-alvos (governo, clientes, fornecedores,

comunidade, etc.).

As organizações buscam na Responsabilidade Social benefícios como o reforço de sua

imagem e, dependendo dos resultados dos projetos sociais por ela financiados, a empresa

pode torna-se mais conhecida e vender mais. A marca, os seus produtos e serviços podem

ganhar maior visibilidade. Os clientes podem orgulhar-se de comprar produtos ou contratar

serviços de uma empresa com elevada Responsabilidade Social. Os seus funcionários

orgulham-se e sentem-se motivados em trabalhar nessa empresa. Com relação aos

fornecedores, podem sentir-se motivados a trabalhar como parceiros de uma empresa dessa

natureza. Os concorrentes podem reconhecer o ganho de valor dessa empresa. É o uso da

cidadania empresarial como vantagem competitiva. O governo e a sociedade civil podem

tornar-se parceiros desta empresa em seus empreendimentos sociais. E, como resultado final,

em longo prazo pode-se obter um sensível aumento nas vendas, a empresa pode fortalecer a

sua imagem, ganhar respeito e confiabilidade e assegurar a sua autopreservação.

Conclui-se que o marketing social está sendo utilizado como uma estratégia

empresarial e também como um meio que estabelece formas de divulgação das ações sociais

empresariais, comunicando-as a toda a rede de interessados na empresa direta ou

indiretamente. Dessa maneira, as organizações praticantes da Responsabilidade Social através

do marketing social podem conseguir sustentabilidade para sobrevivência, permanência e

destaque no mercado onde atuam.

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