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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO ESCOLA DE GESTÃO E DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO INGRID APARECIDA SIQUEIRA CRISPIM FATORES ANTECEDENTES À EXAUSTÃO NO TRABALHO. SÃO BERNARDO DO CAMPO 2018

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

ESCOLA DE GESTÃO E DIREITO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

INGRID APARECIDA SIQUEIRA CRISPIM

FATORES ANTECEDENTES À EXAUSTÃO NO TRABALHO.

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2018

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INGRID APARECIDA SIQUEIRA CRISPIM

FATORES ANTECEDENTES À EXAUSTÃO NO TRABALHO.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Administração da Universidade

Metodista de São Paulo como requisito parcial

para obtenção do título de Mestre em

Administração.

Área de Concentração: Gestão Econômica-

Financeira de Organizações.

Orientador: Prof. Dr. Alexandre Cappellozza.

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2018

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FICHA CATALOGRÁFICA

C868f Crispim, Ingrid Aparecida Siqueira

Fatores antecedentes à exaustão no trabalho / Ingrid

Aparecida Siqueira Crispim. 2018.

84 p.

Dissertação (Mestrado em Administração) --Escola de

Gestão e Direito da Universidade Metodista de São Paulo,

São Bernardo do Campo, 2018.

Orientação de: Alexandre Cappellozza.

1. Exaustão no trabalho 2. Tecnoestresse 3. Conflitos -

Administração 4. Justiça distributiva I. Título.

CDD 658

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INGRID APARECIDA SIQUEIRA CRISPIM

FATORES ANTECEDENTES À EXAUSTÃO NO TRABALHO.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Administração da Universidade

Metodista de São Paulo como requisito parcial

para obtenção do título de Mestre em

Administração.

Área de Concentração: Gestão Econômica-

Financeira de Organizações.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________

Prof. Dr. Alexandre Cappellozza

Orientador

Universidade Metodista de São Paulo

______________________________

Prof. Dr. Márcio Shoiti Kuniyoshi

Examinador interno

Universidade Metodista de São Paulo

______________________________

Prof. Dr. Gilberto Perez

Examinador externo

Universidade Presbiteriana Mackenzie

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado saúde, paciência e concentração para concluir

este trabalho.

Agradeço a todos os professores do Programa de Pós-Graduação em Administração Stricto

Sensu da Universidade Metodista que foram essenciais durante o processo de aprendizagem.

Ao professor Dr. Alexandre Cappellozza que, com muita competência, me orientou com grande

presteza, com muita dedicação para que este trabalho pudesse ser concluído.

Agradeço a minha mãe Irene que sempre me incentivou com os estudos.

A minha princesa Gabriela o amor mais doce e puro do mundo. Minha inspiração!

Ao meu marido, Eduardo Cremonese, que sempre me apoiou.

Meus sinceros agradecimentos a todos que participaram e se envolveram neste período tão

importante da minha vida!

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RESUMO

As empresas têm buscado uma melhor gestão administrativa, aperfeiçoamento dos processos,

implementação de novas tecnologias para maior agilidade na produção e obter melhores

resultados com o aumento da produtividade e satisfação no trabalho. Porém, estes

aperfeiçoamentos também podem levar a efeitos negativos aos funcionários tais como a

Exaustão no trabalho. Esse estudo investigou fatores que influenciam a exaustão no trabalho,

inclusive seu efeito pelo Tecnoestresse. Para tanto, o trabalho foi conduzido por meio de uma

pesquisa confirmatória e de corte transversal único por meio de um questionário com 10

perguntas demográficas e 40 questões. Os dados foram analisados por meio de 273

questionários respondidos por profissionais usuários das tecnologias de informação. Para os

testes de hipóteses do estudo, foi realizada a análise de equações estruturais, ao modelo de

pesquisa proposto. Foi confirmado que o Tecnoestresse teve o maior efeito na exaustão no

trabalho. E o estudo evidencia que o segundo maior efeito foi o conflito de papéis, seguido da

justiça distributiva como um fator atenuante da exaustão, ou seja, a percepção de justiça

organizacional pelos colaboradores diminui o nível de estresse. A confiança na gestão não foi

confirmada como um fator que influencia a exaustão no trabalho.

Palavras-chave: Exaustão no trabalho. Tecnoestresse. Conflito de papéis. Confiança na gestão.

Justiça distributiva.

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ABSTRACT

Companies have sought a better company manager, improved processes, implemented new

technologies for greater agility in production and better results with increased productivity and

job satisfaction. In addition, these improvements can also have a negative effect on your

employees, such as Exhaustion at work. This is to investigate the factors that influence the

exhaustion in the work, including its effect by the Technostress. To do so, the study was

conducted in the middle of a confirmatory and cross-sectional survey of the first questionnaire

with 10 demographic questions and 40 questions. Data were collected through 273

questionnaires answered by users of information technology. The testing of the hipsters, an

analysis of initial equations was carried out, to the proposed research model. It was confirmed

that the Technostress had the greatest effect on exhaustion at work. And the study shows that

the second major effect was the conflict of roles, the continuation of distributed justice as an

attenuating factor of exhaustion, that is, the perception of justice organized by employees

reduces the level of stress. Trust in the company has not been confirmed as a factor that

influences job exhaustion.

Keywords: Exhaustion at work. Technostress. Conflict of roles. Trust in management.

Distributive justice.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Dimensões de exaustão no trabalho ........................................................................ 14 Figura 2 – Dimensões de tecnoestresse no trabalho ................................................................. 17 Figura 3 – Geradores de tecnoestresse ..................................................................................... 17 Figura 4 – Dimensões de conflito de papéis no trabalho .......................................................... 22 Figura 5 – Dimensões de confiança na gestão .......................................................................... 26

Figura 6 – Dimensões de justiça organizacional ...................................................................... 31 Figura 7 – Modelo de pesquisa ................................................................................................. 33 Figura 8 – Itens construto exaustão no trabalho ....................................................................... 36

Figura 9 – Itens construto tecnosobrecarga .............................................................................. 37 Figura 10 – Itens construto tecnoinvasão ................................................................................. 37 Figura 11 – Itens construto tecnocomplexidade ....................................................................... 38 Figura 12 – Itens construto tecnoinsegurança .......................................................................... 38

Figura 13 – Itens construto tecnoincerteza ............................................................................... 39 Figura 14 – Itens construto conflito de papéis .......................................................................... 39 Figura 15 – Itens construto confiança na gestão....................................................................... 40 Figura 16 – Itens construto justiça distributiva ........................................................................ 40

Figura 17 – Variáveis sociodemográficas ................................................................................ 41 Figura 18 – Gênero dos respondentes. ..................................................................................... 41

Figura 19 – Dados descritivos da escolaridade dos respondentes ............................................ 42 Figura 20 – A função dentro da organização está bem definida .............................................. 43 Figura 21 – Modelo estrutural .................................................................................................. 50

Figura 22 – Modelo resultante da pesquisa .............................................................................. 55

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Coleta de dados ....................................................................................................... 35 Tabela 2 – Dados descritivos da idade dos respondentes ......................................................... 42 Tabela 3 – Dados descritivos da experiência profissional dos respondentes ........................... 42

Tabela 4 – Dados descritivos do tempo de serviço na organização atual................................. 43 Tabela 5 – Frequência das respostas dos itens da escala .......................................................... 44 Tabela 6 – Escore médio por construto .................................................................................... 47 Tabela 7 – Cargas fatoriais cruzadas do modelo ajustado ........................................................ 49 Tabela 8 – Alpha de Cronbach, Confiabilidade Composta e Variância Média Extraída ......... 52

Tabela 9 – Validade Discriminante – Raiz Quadrada da AVE ................................................ 52

Tabela 10 – Avaliação de colinearidade ................................................................................... 53

Tabela 11 – Coeficientes estruturais do modelo de medidas e estatística t de Student ............ 54 Tabela 12 – Coeficientes do modelo estrutural – entre construtos ........................................... 54 Tabela 13 – Resultados dos valores de R2 e Q2 ........................................................................ 55 Tabela 14 – Análise de relacionamentos do modelo de pesquisa por diferenciação

de gênero................................................................................................................................... 56 Tabela 15 – Análise de moderação de idade, tempo de casa e experiência profissional

associada com o construto Exaustão no trabalho. .................................................................... 56 Tabela 16 – Síntese dos testes de hipóteses do estudo ............................................................. 57

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AVE – Variância Média Extraída

ECIG – Escala de Conflitos Intragrupos

HOC – High Order Constructs

IBM – International Business Machines

ISMA – International Stress Management Association

LOC – Low Order Constructs

MBI – Maslach Burnout Inventory

MEE – Modelos de Equações Estruturais

PLS-PM – Partial Least Squares - Path Modeling

TC – Tecnocomplexidade

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TI – Tecnoinvasão

TICs – Tecnologias da Informação e Comunicação

TIN – Tecnoincerteza

TIS – Tecnoinsegurança

TS – Tecnosobrecarga

VIF – Variance Inflation Factor

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10 1.1 OBJETIVO .............................................................................................................................11 1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 11 1.1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 11 1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO .....................................................................................................12 2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 13 2.1 EXAUSTÃO NO TRABALHO .......................................................................................................13 2.2 FATORES QUE PROMOVEM A EXAUSTÃO NO TRABALHO ...............................................15 2.2.1 Tecnoestresse ................................................................................................................... 15

2.2.2 Conflito de Papéis ............................................................................................................ 19 2.3 FATORES QUE ATENUAM A EXAUSTÃO NO TRABALHO ..................................................23 2.3.1 Confiança na Gestão ........................................................................................................ 23 2.3.2 Justiça Distributiva .......................................................................................................... 27

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 34 3.1 DIMENSIONAMENTO DA AMOSTRA .......................................................................................34 3.2 COLETA DE DADOS .....................................................................................................................35 3.3 INSTRUMENTO DE MEDIDA ......................................................................................................35 3.4 DEFINIÇÃO DAS ESCALAS.........................................................................................................36 3.5 TÉCNICAS ESTATÍSTICAS ..........................................................................................................41 3.6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DESCRITIVA .....................................................................................41 3.6.1 Perfil da Amostra ............................................................................................................. 41

3.6.2 Análise descritiva das Variáveis da Escala...................................................................... 43 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................................ 48 4.1 ANÁLISE DA DIMENSIONALIDADE DO MODELO ................................................................48 4.2 ABORDAGEM DE DOIS ESTÁGIOS (TWO STAGE MODEL) ...................................................49 4.3 AVALIAÇÃO DE MODELOS DE MENSURAÇÃO REFLEXIVOS ...........................................51 4.4 AVALIAÇÃO DE MODELO DE MENSURAÇÃO FORMATIVO ..............................................52 4.5 AVALIAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL ..............................................................................53 4.6 ANÁLISE MULTIGRUPO ..............................................................................................................56 4.7 ANÁLISE DE MODERAÇÃO ........................................................................................................56 5 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 58 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 61 APÊNDICE A ......................................................................................................................... 77

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1 INTRODUÇÃO

Devido à competitividade, as empresas têm procurado uma melhor gestão dos seus

negócios, por meio do aperfeiçoamento dos processos, agilidade na produção e execução das

tarefas e obter melhores resultados com o aumento da produtividade e da satisfação no trabalho

(King, 2007).

As tecnologias da informação e comunicação (TIC) podem ajudar a empresa a ser mais

produtiva e pode proporcionar vantagens para uma melhor eficiência. As tecnologias voltadas

para o aumento de produtividade adotadas nos últimos anos são vistas como fator de

viabilização da competição, bem como de criação de novas estratégias de negócios, novas

estruturas organizacionais e de novas formas de relacionamento entre empresas e seus

consumidores (Laurindo, 2002).

Com a inserção das tecnologias no ambiente de trabalho, os funcionários estão

propensos ao estresse tecnológico, denominado tecnoestresse (Michael, 1998). O conceito de

tecnoestresse está diretamente relacionado aos efeitos psicossociais negativos do uso de TIC.

Esse conceito foi abordado primeiramente por Brod (1984), que o definiu como uma debilidade

de adaptação causada pela falta de habilidade para tratar com as novas tecnologias.

A influência do tecnoestresse sobre os conflitos internos tem um efeito negativo sobre

o colaborador na organização, o que pode afetar a produtividade (Monideepa Tarafdar, Qiang

Tu, Bhanu S. Ragu-Nathan & T. S. Ragu-Nathan, 2008).

Todavia, a insegurança com o trabalho pode atingir a satisfação do funcionário, e a sua

produtividade com o trabalho pode ser abalada. A exaustão refere-se à sensação de que os

recursos emocionais se esgotaram, sendo assim considerada como o componente estressante da

síndrome de burnout. A diminuição da satisfação do funcionário está relacionada à sensação de

declínio da competência e produtividade, sendo um dos componentes do burnout (Shirom,

2003). Uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA-BR),

em 2016, revelou que cerca de 33% dos brasileiros economicamente ativos apresentam

sintomas da síndrome de burnout. O país está atrás apenas do Japão na lista elaborada pela

associação (Michael, 1998).

Entretanto, a redução da realização profissional evidencia o sentimento de insatisfação

com as atividades no trabalho e provoca o sentimento de baixa autoestima na execução de suas

atividades e, desta forma, pode levar os colaboradores ao estresse (Pereira, 2010).

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11

O esgotamento emocional entre os colaboradores que apresentam grandes expectativas

em relação ao seu desenvolvimento profissional pode levar a situações conflitantes relacionadas

à qualidade do ambiente de trabalho dos funcionários (Cataldi, 2002).

Em relação ao baixo nível de satisfação dos colaboradores, devido às decisões dos

gestores, isso pode influenciar o estresse no local de trabalho e os colaboradores podem

apresentar um menor comprometimento organizacional, mesmo que o nível de remuneração ou

responsabilidades equivalentes seja considerado aceitável (Deconinck & Stilwell, 2004). Na

organização, os funcionários têm suas expectativas sobre o que irão realizar dentro da

organização, e um nível equilibrado de pressão no trabalho poderá contribuir para o

desenvolvimento profissional (Cordes & Dougherty, 1993; Arroba & James, 1988).

Na literatura encontram-se diversos estudos de fatores que aumentam a exaustão no

trabalho (Neves, 2012; Ruviaro & Bardagi, 2010; Moreira et al., 2009; Tamayo, 2008; Silva &

Carlotto, 2008) e fatores que reduzem a exaustão no trabalho (Migueles & Zanini, 2014;

Schuster, Dias & Battistella, 2013; Santos, Laquila & Dalfior, 2013; Barroso, 2013), mas não

foram encontrados estudos nacionais que analisem os fatores que influenciam a exaustão no

trabalho em conjunto com o tecnoestresse. A partir da lacuna de pesquisa apresentada, este

estudo investiga quais são os fatores que mais influenciam a exaustão no trabalho, inclusive seu

efeito pelo tecnoestresse.

1.1 OBJETIVO

1.1.1 Objetivo Geral

Como objetivo principal, este estudo se propõe a investigar fatores que influenciam a

exaustão no trabalho.

1.1.2 Objetivos Específicos

1. Analisar se a exaustão no trabalho pode sofrer influência do tecnoestresse;

2. Analisar a influência dos conflitos de papéis na exaustão no trabalho;

3. Investigar os efeitos da justiça distributiva na exaustão no trabalho;

4. Avaliar se a confiança na gestão influencia na exaustão no trabalho.

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1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

Os problemas físicos e psicológicos dos funcionários que sofrem com a exaustão no

trabalho podem custar, de acordo com estimativas, de US$ 125 a 190 bilhões por ano em

tratamento de saúde nos Estados Unidos (Garton, 2017).

O uso das tecnologias da informação e a execução de múltiplas tarefas para chegar ao

fim do volume de trabalho devido ao excesso de prioridades e expectativas dos colaboradores

acabam sendo exaustivos e contraproducentes à medida que alternamos entre diferentes

atividades. Os prejuízos com esta alternância de situações são bem documentados: mudar para

uma nova tarefa ainda no meio de outra aumenta 25% o tempo gasto para cada uma delas. Um

estudo realizado pela Microsoft revelou que os colaboradores levam 15 minutos para retomar

um projeto importante depois de serem interrompidos por um e-mail (Garton, 2017).

Na organização, as consequências do tecnoestresse mostram o aumento do absenteísmo,

a diminuição da produtividade, o aumento do número de acidentes de trabalho, o pagamento de

indenizações e o aumento dos erros de produção, a falta de motivação e insatisfação no trabalho,

as falhas de comunicação, os erros de decisão e a deterioração das relações interpessoais (Day,

Paquet, Scott & Hambley, 2012; Tacy, 2016).

A exaustão no trabalho pode gerar consequências negativas para o colaborador como

também para a empresa e com os colegas de trabalho. “A perda na qualidade do trabalho

executado, constantes faltas, atitudes negativas para com os que o cercam atingem também os

que dependem do serviço deste profissional” (Coelho & Otávio, 2014).

A manifestação da exaustão no trabalho pode apresentar sintomas de fadiga persistente,

falta de energia, adoção de condutas de distanciamento afetivo, insensibilidade, indiferença ou

irritabilidade relacionada ao trabalho, além de sentimentos de ineficiência e baixa realização

pessoal (Vieira, 2010).

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13

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 EXAUSTÃO NO TRABALHO

O psicólogo e pesquisador Herbert Freudenberger (1974) apresentou o conceito de

burnout para descrever um processo de exaustão física e emocional, resultante das condições

de trabalho e excessivas exigências de energia e recursos individuais (Pinto & Chambel, 2008).

Nos estudos sobre o burnout na década de 80, a investigação sobre o assunto foi

adequada a uma forma sistemática e empírica com inspiração na psicologia social e nas

organizações. Esse período foi marcado pelo desenvolvimento de medidas de

operacionalização, definições e metodologias. Foi construído o primeiro instrumento de medida

que avalia a burnout em colaboradores, o Maslach Burnout Inventory (MBI) (Maslach, Jackson

& Leiter, 1996).

A partir da década de 90, o campo de estudo do burnout ampliou, sendo identificado em

outras profissões e caracterizado como exaustão (emocional e física). Ao burnout incluem as

variáveis relativas a problemas do ambiente social da organização em que o indivíduo

desenvolve as suas funções, aponta para evidências de uma forte relação de trabalho entre

burnout e ambiente organizacional (Maslach & Leiter, 1997; Loureiro, Pereira, Oliveira, &

Pessoa, 2008).

A síndrome de burnout é caracterizada por um estado físico, mental e emocional que

surge devido ao acúmulo de estresse característico e específico do contexto laboral (Lautert,

1995; Lousada, 2001).

O trabalho poderá apresentar efeitos positivos para o funcionário, quando se refere à

satisfação do colaborador na execução de uma determinada tarefa, e efeitos negativos, devido

à insatisfação do funcionário, e isso acarreta uma série de comportamentos indesejáveis sobre

a organização (Rocha, 2005). Nessa pesquisa apresenta-se o conceito dos fatores que promovem

e atenuam a exaustão no trabalho, e os fatores antecedentes do estresse na vida do profissional

que utilizam as tecnologias da informação no desenvolvimento de suas atividades.

Quando as mudanças organizacionais são superadas com maior facilidade e

competência, os funcionários apresentam melhor capacidade de resiliência. Quando eles não

aceitam as mudanças organizacionais, funcionários e gestores podem apresentar disfunções,

tais como: decisões incorretas, conflitos no ambiente de trabalho. Desta forma, os funcionários

que apresentam dificuldade em administrar seu estado emocional dentro da organização

poderão apresentar sintomas de estresse, esgotamento físico ou psicológico (Conner, 1995).

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14

As consequências do burnout afetam a vida pessoal, social e organizacional, pelo nível

excessivo de exaustão emocional, fadiga e cansaço até interrupção do trabalho por afastamento

psicológico, pela falta de satisfação pelo trabalho, fraco relacionamento organizacional, o que

provoca o absenteísmo e turnover (Maslach, 2010).

Quando os funcionários têm de trabalhar numa situação de desequilíbrio das atividades

exercidas dentro da organização, apresenta-se, então, a exaustão emocional (Maslach & Leiter,

1997).

Os profissionais dedicados excessivamente, detalhistas, ansiosos e compulsivos têm

predisposição ao burnout. Quando, na organização, o profissional não tem detalhamento de sua

função, esse fato poderá causar a ele um desconforto emocional, de modo a chegar ao nível de

estresse e a ocasionar uma predisposição a desenvolver sintomas de burnout (Freudenberg,

1974; Queirós, 2005).

A definição de burnout, atualmente fundamentada na perspectiva social-psicológica de

Maslach e colaboradores, está formada em três dimensões: exaustão emocional,

despersonalização e baixa realização pessoal no trabalho (Maslach, Schaufeli & Leiter, 2001).

Ainda, os autores definem essas três dimensões de burnout, que estão apresentadas na

Figura 1.

Dimensões Definições

Emocional

É a falta de entusiasmo e um sentimento de esgotamento de recursos. A

esses sentimentos podem somar-se sentimentos de frustração e tensão

nos trabalhadores que percebem já não terem condições de despender

mais energia para o atendimento de seu cliente ou demais pessoas como

já houve em situações passadas.

Despersonalização

Excluir o sentimento interpessoal, ao se tratar tudo e todos como objetos.

Por tratar os clientes, colegas e a organização com indiferença,

demonstra uma insensibilidade emocional. Nesta dimensão prevalece o

cinismo ou a dissimulação afetiva, a crítica acentuada de tudo e de todos.

Baixa realização pessoal

no trabalho

Tendência à autoavaliação de forma negativa. As pessoas poderão sentir-

-se infelizes e insatisfeitas com seu desenvolvimento profissional. O

trabalhador tende a se autoavaliar de forma negativa. As pessoas poderão

sentir-se infelizes com elas próprias e insatisfeitas com seu

desenvolvimento profissional. Também experimentam um declínio no

sentimento de competência e êxito no seu trabalho e de sua capacidade

em interagir com as pessoas.

Figura 1 – Dimensões de exaustão no trabalho. Adaptada "Job Burnout” por Maslach, C.,

Schaufeli, W., Leiter, M. P. (2001). Annual Review Psychology. Vol. 52, nº 1, p. 397-422.

A síndrome de burnout tem sido associada a vários tipos de disfunções sociais e a

resultados organizacionais negativos, o que pode levar a uma deterioração do desempenho do

funcionário na organização, os colaboradores podem ter intenção de abandonar sua profissão e

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15

pedido de transferência para fugir de situações conflitantes no trabalho. Além disso, a

produtividade do funcionário é abalada, o que pode acarretar problemas na qualidade do

trabalho. Os níveis elevados de burnout fazem com que os profissionais fiquem com ansiedade

de terminar o horário de trabalho, e a desmotivação dos funcionários faz elevar o índice de

absenteísmo (Lee & Ashforth, 1996; Maslach & Goldberg, 1998; Wisniewski & Gargiulo,

1997).

A relação entre a síndrome de burnout e o trabalho está mais correlacionada a

características do ambiente de trabalho do que às características do trabalhador, quando as

expectativas do trabalhador não são alcançadas com relação ao trabalho podem gerar estresse e

burnout (Aiken & Sloane, 1997; Maslach, 2007; Tamayo & Tróccoli, 2002a, 2002b).

2.2 FATORES QUE PROMOVEM A EXAUSTÃO NO TRABALHO

O estresse no trabalho pode ser definido como “um processo em que o indivíduo percebe

demandas do trabalho como estressores, os quais, ao exceder sua capacidade de enfrentamento,

provocam no sujeito reações negativas” (Paschoal & Tamayo, 2004, p. 46). Os elementos que

estressam ou são agressores seriam as variáveis principais no decorrer do trabalho, a resistência

seria a capacidade de enfrentamento do funcionário ou resiliência, e a exaustão seria a reação

negativa decorrente do processo, que faz parte de demandas potencialmente estressoras,

percepções e reações do trabalhador. O estresse decorrente de uma avaliação subjetiva negativa

diante do uso das TICs é chamado de tecnoestresse. O tecnoestresse ocorre quando há, por parte

do trabalhador, uma percepção de desequilíbrio entre as demandas de trabalho e as habilidades

para seu atendimento (Sellberg & Susi, 2014).

2.2.1 Tecnoestresse

O tecnoestresse foi proposto originalmente pelo psicólogo Craig Brod (1984), a partir

de sua percepção sobre a incapacidade das pessoas de lidarem positivamente com as TICs. O

tecnoestresse foi definido como uma síndrome adaptativa de incapacidade originada pela

constante mudança tecnológica. Acredita que o tecnoestresse é um impacto negativo, que atinge

os fatores fisiológicos, comportamentais e mudanças psicológicas do usuário e pode se

apresentar emocionalmente, o que pode ocasionar exaustão no trabalho (Brod, 1984).

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É conhecido também como síndrome do excesso de informação, provocada pela

dependência das tecnologias e pela falta de adaptação causada por uma inabilidade de lidar com

as tecnologias em constante mudança o tecnoestresse (Camargo, 2006).

Desta maneira, os aspectos de criação de estresse estão ligados à multitarefa, sobrecarga

de informações, comunicações constantes e são associados ao uso da TIC pelos colaboradores

nas organizações (Tarafdar et al., 2014).

O conceito de tecnoestresse é definido como um estado psicológico negativo

correlacionado ao uso das tecnologias da informação e comunicação (TICs) ou à ameaça de seu

uso futuro. Esse conceito foi abordado também como uma enfermidade causada pela falta de

habilidade em lidar com as novas tecnologias (Carlotto, 2010). A maneira de lidar com o

estresse tem sido designada tecnoestresse, e normalmente as pessoas que trabalham com as

tecnologias de informação têm a despertar sentimentos de descrença, ansiedade, fadiga e outros

(Carlotto, 2011).

O Brasil tem um órgão que mede o nível de estresse do brasileiro, o ISMA-BR

(International Stress Management Association) que mede, junto aos outros órgãos mundiais, o

nível do tecnoestresse, conhecidamente a doença da conectividade (Rocha, 2015). As

tecnologias crescentes fizeram com que os dias estendessem e com que se comprometesse

assim, cada vez mais, a qualidade de vida dos colaboradores (Al-Dabbagh, 2015).

O tecnoestresse apresenta fatores individuais – resistência às inovações tecnológicas,

sobrecarga de inovação e falta de treinamento; organizacionais – sistema de informação

inadequado ou insuficiente ausência de participação dos usuários finais nas decisões e falta de

monitoramento quanto à adaptação desses; e ausência de visão sistêmica – falta de dinamismo

organizacional (Ayres, 2000).

De acordo com Salanova, Cifre & Martin (2004) e Salanova, Cifre & Nogareda (2007),

são três as dimensões centrais do tecnoestresse: dimensão afetiva, dimensão comportamental e

dimensão cognitiva, que estão apresentadas na Figura 2.

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Dimensões Definições

Afetiva Pode ser classificada como um sintoma relacionado à sensação de

desconforto psicológico (ansiedade, fadiga).

Comportamental

Pode ser classificada como atitudes negativas diante das TICs

(atitudes de descrença frente às tecnologias).

Cognitiva Pode ser classificada como pensamentos negativos sobre a própria

capacidade e eficácia no uso das tecnologias de informação e

comunicação (crenças de ineficácias no uso de tecnologias).

Figura 2 – Dimensões de tecnoestresse no trabalho. Adaptada de “Information technology

implementation styles and their relation with worker´s subjective well-being” por Salanova, M.,

Cifre, E., & Martin, P. (2004). International Journal of Operations & Production Management,

24(1), 42-54. E adaptada de “El tecnoestrés: concepto, medida e intervención psicosocial” por

Salanova, M., Llorens, S., Cifre, E., & Nogareda, C. (2007). Nota Técnica de Prevención, 730.

Barcelona: Centro Nacional de Condiciones de Trabajo - Instituto Nacional de Seguridad e

Higiene en el Trabajo.

Além disso, Ragu-Nathan, Tarafdar, & Ragu-Nathan (2008) mencionaram possíveis

geradores de tecnoestresse: a tecnosobrecarga, tecnoinsegurança, tecnoinvasão, tecnoincerteza

e tecnocomplexidade, que estão apresentadas na Figura 3.

Geradores de tecnoestresse Definições

Tecnosobrecarga Refere-se ao uso das TICs que forçam a trabalhar mais rápido, tendo

os utilizadores o alto volume de informação, que leva à fadiga de

informação.

Tecnoinvasão Define pelo desenvolvimento de estados de estresse e de frustração

devido à necessidade de que os profissionais estejam sempre

conectados. Entretanto, quando não conectados, existe o sentimento

de inquietação, sentem-se inquietos e com receio de estar em falha

com algo importante no trabalho.

Tecnocomplexidade Trata o tempo e o esforço desprendido pelos profissionais em

aprender TICs, que estão cada vez mais complexas, sobrepondo-se

às tarefas já existentes e ao sobrecarregar o profissional.

Tecnoinsegurança Afeta trabalhadores mais velhos por se sentirem ameaçados pela

perda de suas posições de trabalho para outros, mais jovens e

detentores de mais conhecimentos e compreensão do uso das TICs,

ao gerar estresse e tensão.

Tecnoincerteza Gera frustração e ansiedade devido à necessidade de adaptação

contínua a novas TICs, o que transforma os seus conhecimentos

rapidamente obsoletos.

Figura 3 – Geradores de tecnoestresse. Adaptada de “The Consequences of Technostress for

End Users in Organizations: Conceptual Development and Empirical Validation.” por Ragu-

Nathan T. S., Tarafdar M., Ragu-Nathan B. S. (2008, december). Information Systems

Research. Vol. 19, No. 4, pp. 417–433.doi 10.1287/isre.1070.0165.

O tecnoestresse foi conceituado como sendo qualquer impacto negativo sobre as

atitudes, pensamentos, comportamentos ou fisiologia causado direta ou indiretamente pela

utilização das tecnologias (Weil & Rosen, 1997). O uso incorreto das TICs no ambiente de

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trabalho pode apresentar as consequências psicossomáticas, tais como problemas no sono, dores

de cabeça, dores musculares, transtornos gastrointestinais, bem como danos organizacionais,

como o absenteísmo e a redução do desempenho no trabalho (Nelson & Simmons, 2013;

Ayyagari et al., 2011; Salanova et al., 2004, 2007; Tacy, 2016; Weil & Rosen, 1997).

Os fatores da causa ou criadores do tecnoestresse são justamente o que causam estresse

que no âmbito organizacional e estão ligados com a função do trabalho de um funcionário,

associado com as tecnologias utilizadas (Srivastava, Mansimov & Salakhutdinov, 2015). Esses

aspectos de criação de estresse estão ligados à multitarefa, sobrecarga de informações,

comunicações constantes, e são associados ao uso da TIC pelos colaboradores nas organizações

(Tarafdar, Tu, Ragu-Nathan & Ragu-Nathan, 2007).

É evidente que a TIC proporciona e desenvolve a multitarefa, o que oferece a realização

e o auxílio de tarefas diversificadas. A execução de diversas atividades por enormes períodos

poderá causar o estresse e atingir sua produtividade laboral (Tarafdar, Tu, Ragu-Nathan &

Ragu-Nathan, 2007).

A implantação das tecnologias poderá manter os funcionários conectados por meio de

e-mail, internet e telefone, o que passa a sensação de os funcionários estarem vinculados

totalmente à organização. As tecnologias vem a contribuir com resultados favoráveis para a

empresa, porém, como consequência, podem surgir os resultados negativos, como

consequências para a saúde mental do trabalhador, o que pode ser constatado pelos casos de

desequilíbrios psicossomáticos e doenças ocupacionais e levar a um estado de estresse

tecnológico (Pocinho & Garcia, 2008; Ferreira, 2006; Souto, 2006; Pacheco, Ferreira Jr.,

Pereira Filho, 2005; Korunka, 2002; Valle, 1996).

Sendo assim, elabora-se a primeira hipótese deste estudo:

Primeira hipótese (H1): O tecnoestresse influencia positivamente a exaustão no trabalho.

Existe a possibilidade de um esgotamento emocional ocorrer em ambientes de trabalho

devido à alta solicitação da demanda de serviço e estresse. O esgotamento ou exaustão

emocional é um tipo de estresse que se desenvolve pelas condições de trabalho e do contato

com pessoas (Brotheridge & Lee, 2002; Maslach, 1982).

Além disso, relações de poder desenvolvidas dentro das organizações e a diversidade

de interesses podem gerar conflitos, pois os colaboradores têm necessidades diferentes e podem

não querer colaborar com os objetivos de outros (Adizes, 2002; Motta, 2004).

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2.2.2 Conflito de Papéis

No campo da ciência da Administração, a visão de conflito é tida como um problema

social, defendida pela Escola das Relações Humanas, que incentivava o ocultamento das

situações conflituosas por meio da manipulação e alienação dos envolvidos (Tragtenberg,

1971).

O conflito de papéis pode ocorrer quando os funcionários não possuem uma definição

da formação de um papel, o que gera conflito social causado por assumir papéis distintos e

incompatíveis (Biddle, Bank, Anderson, Hauge & Keats, 1985). Ainda segundo s autores, o

conflito de papéis é interessante, pois conseguem capturar alguns dos problemas subjetivos

existentes na complexidade dos sistemas sociais.

A teoria dos papéis tem seu foco em estressores organizacionais e corrobora dois fatores

que englobam a categoria de estressores: o primeiro trata-se do conflito entre papéis, quando as

informações de um funcionário e de outros funcionários em relação ao trabalho entram em

conflito. O outro estressor associado aos papéis trata-se da ambiguidade do papel, quando a

função do colaborador dentro da organização não está definida, existe improcedência quanto

ao desenvolvimento de seu papel (Jex, 1998).

O conhecimento dos tipos de conflitos de papéis é importante para a gestão

organizacional. É fundamental que atitudes sejam estabelecidas e processos internos sejam

priorizados dentro da organização, para se prevenir sentimentos de raiva, tensão ou intolerância

pela troca ou discussões, tarefas desnecessárias por falta de planejamento adequado na gestão

organizacional (Silva & Puente-Palacios, 2010).

São considerados três métodos de pensamento principais sobre o conflito de papéis: o

primeiro trata-se de como o conflito de interesses em determinado ambiente social externo à

organização é absorvido pelo ambiente interno. O segundo método é o conflito de papéis entre

os gestores. Nesse, os gestores possuem autonomia na decisão e tentam controlar a

produtividade dos funcionários, o que contrapõe aos desejos e necessidades individuais

daqueles que poderão sofrer os impactos dessas decisões e atitudes. Já o terceiro trata-se da

questão interpessoal e observa o conflito como de “personalidade e de percepções em nível

individual e de pequenos grupos organizacionais” (Motta, 2004, p. 153).

O conflito possui quatro estágios: primeiramente temos um conflito latente, após isso

identificamos um ou mais envolvidos, quando “as pessoas ganham consciência cognitiva e

emocional das divergências”. No terceiro estágio fica claro, e os envolvidos tomam a decisão

de aumentar o conflito ou resolver o atrito, por intermédio do comportamento tanto agressivo

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quanto positivo. O quarto estágio trata do desfecho e é decretado pelas decisões tomadas no

terceiro estágio (Quinn, Faerman, Thompson, Mcgrath & Bright, 2003, p. 98).

O conflito pode ser funcional, quando envolve atitudes positivas por parte dos

envolvidos, tendo resultados satisfatórios, que atuam de forma construtiva para apoiar os

objetivos da equipe e melhorar o desempenho organizacional; ou disfuncional, quando causa

atitudes negativas, sentimentos desagradáveis e comportamento constrangedor no local de

trabalho, sendo necessária a interferência do gestor (Dubrin, 2006; Quinn et al., 2003).

A diversidade de estilos e culturas gera conflito, isso faz com que na óptica das pessoas

elas consigam solucionar problema (Adizes, 2002). Pode existir certa dificuldade na aceitação

de diferenças culturais e, na maioria das vezes, não aceitam modelos mentais diferentes. E erros

de compreensão ocorrem devido às diferenças culturais, transcendem as dificuldades culturais

e a inclusão dos menos favorecidos (Quinn et al., 2003).

A origem do conflito tem o papel importante no estudo, porque os colaboradores agem

em seu próprio interesse, ao colocar em risco o do outro: a especialização, característica da

atual configuração da divisão do trabalho, e a interdependência, o que é ter muitas

oportunidades de interferir no trabalho dos outros (Carvalhal, Andrade, Araújo & Knust, 2006).

A falta de comunicação eficiente ocasiona o conflito entre os funcionários. Toda vez

que há uma comunicação falha, existe a grande possibilidade de o funcionário não ter a clareza

necessária para reconhecer os objetivos postos pela organização e, com isso, a comunicação

entre departamentos pode ter falhas e não ser eficiente, o que gera assim futuras separações

entre opiniões e a criação de rivalidade (Quinn et al., 2003; Robbins, 2003).

É fundamental para resolução de conflitos o comprometimento do gestor com o

desenvolvimento dos seus liderados. Isso acontece devido aos gestores estarem envolvidos, por

conta da posição ocupada por eles, além de muitas vezes serem acionados pelos próprios

funcionários envolvidos no conflito para tentarem solucioná-lo (Goleman, 1999).

O gerenciamento dos conflitos poderá ser prejudicial às organizações por conta do

diagnóstico dos processos organizacionais em que são envolvidos, o que cria um ambiente

desequilibrado por conta das situações não favoráveis e sentimentos de desconfiança entre os

colaboradores (Rahim, 2000). Uma vez que se tem eficiência no gerenciamento do processo

organizacional, o conflito não necessariamente poderá ser prejudicial (Bacal, 2004).

A equipe organizacional precisa ter um comportamento disciplinado, tendo metas de

desempenho por meio de uma abordagem não desigual no trabalho. É fundamental a definição

das características para a equipe como: responsabilidade, comprometimento, múltiplas tarefas

e solução de conflitos (Katzenbach & Smith, 1994).

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Existem duas compreensões para análise do processo de conflito: a compreensão

negativa define que conflito pode ocasionar reações distintas na organização. As organizações

são criadas para alcançar seus objetivos e metas, tendo bem detalhado o papel de cada indivíduo

dentro do ambiente de trabalho, para cumprir com as responsabilidades laborais, ter um bom

desempenho em suas funções e, no meio desses processos, poderá surgir conflito e cabe ao

gestor intervir para a resolução desses conflitos. A compreensão positiva é necessária no

momento dos processos conflitantes, saber questionar, incentivar os funcionários da

organização a exporem seus conhecimentos e habilidades, e desta forma contribuir com

processos novos no ambiente de trabalho (Bacal, 2004).

Os conflitos são positivos quando geram um aperfeiçoamento no poder de decisão,

dessa forma, quando existe incentivo na criatividade e aperfeiçoamento entre as equipes, os

problemas são solucionados ao máximo, e isso consequentemente vai fazer com que diminua o

estresse no local de trabalho (Bacal, 2004).

O conflito entre papéis é uma forma de incompatibilidade quando as pressões exercidas

por um papel são discordantes com as pressões exercidas por outro. Existem três fontes

geradoras de conflitos entre os papéis do trabalho e da família: o conflito com base no tempo;

o conflito com base na tensão; e o conflito com base no comportamento. Conforme os autores,

as aplicações das dimensões são para uma melhor idealização da incompatibilidade de pressões

entre a organização e a família (Greenhaus & Beutell, 1985). O estudo do padrão avançado

sugere que qualquer atributo que influencia o tempo, a tensão e o comportamento de uma pessoa

dentro de um papel pode constituir conflito entre papéis. Essas dimensões estão apresentadas

na Figura 4.

Dimensões Definições

Conflito com base no tempo

Sucede quando o tempo aplicado às exigências de um papel

impossibilita a realização dos quesitos de outro papel e,

desta forma, fazem com que seja fisicamente impossível

cumprir as expectativas que surjam em outro papel.

Conflito com base na tensão

Ocorre quando a tensão vivenciada em um papel interfere

no desempenho de outro, tais como: estressores, como

fadiga ou ansiedade, associados a um papel fazem com que

seja difícil cumprir as exigências de outro papel.

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Conflito com base no comportamento

Sucede quando os padrões específicos de comportamento

num papel que podem ser incompatíveis com as

expectativas em relação ao comportamento em outro papel.

Há, no entanto, que salientar que devido a dificuldades na

operacionalização desta última forma de conflito, há poucos

dados empíricos que a suportem (Geurts & Demerouti,

2003).

Figura 4 – Dimensões de conflito de papéis no trabalho. Adaptada de “Sources of conflict

between work and family roles” por Greenhaus, J. H., & Beutell, N. J. (1985). Academy of

Management Review, v. 10, n. 1, p. 76-88.

Tendo como ponto de vista de tensão ou conflito de papel, os riscos de

incompatibilidade são proporcionais à acumulação de papéis, quanto maiores os riscos de

diferentes papéis, maior o conflito e tensão. Irremediavelmente, quando se envolve vários

papéis, a pessoa não consegue atender os diferentes papéis exigidos e, consequentemente, surge

o conflito. Esse por sua vez surge quando existe o aumento da dificuldade em cumprir as

exigências solicitadas de um determinado papel e o não cumprimento dos objetivos. A tensão

do papel é a consequência afetiva de uma avaliação cognitiva do conflito no trabalho

(Voydanoff, 2002).

Por outro lado, à compreensão de conflito de papel, há um conjunto de teorias e

averiguações que têm recomendado que a performance de múltiplos papéis estivesse

correlacionada a uma gratificação e vantagens que ajudam à sua gestão, ao diminuir os efeitos

negativos da acumulação de papéis, para garantir maior recompensa e estimular um melhor

funcionamento global do colaborador (Grzywacz & Marks, 2000).

A falta de entendimento sobre múltiplos papéis e o não comprometimento dos

colaboradores pode gerar conflito de papéis. Portanto, pode ser requisitado ao funcionário que

realize tarefas laborais que não fazem parte da sua função, também os que se deparam com o

conflito com os colegas de trabalho, sejam de mesmo nível inferior sejam de nível superior ou

externos, como clientes e fornecedores. O diferencial entre o papel do funcionário e sua

competência e capacidade, quando a função não está compatível com a competência, faz com

que haja uma situação que potencializa o conflito entre papéis (Eu-Osha, 2014; Gil-Monte,

2009, 2012; Leka, Griffiths & Cox, 2003; Leka, Cox & Zwetsloot, 2008; Leka, Aditya, Iavicoli,

Vartia & Ertel, 2011).

Em contrapartida, o tempo dedicado e investido a uma atividade para o seu

desenvolvimento, com a falta de tempo, fica complicado ser envolvido em outros domínios, e

isso pode ocasionar o conflito de papéis (Frone, 2002, como citado por Geurts & Demerouti,

2003). Conforme os resultados da pesquisa de Pleck (1977, citado por Byron, 2005), é sugerido

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que quanto mais tempo desprendido e comprometido numa ação e papel, mais ele irá sentir

interferência entre o papel principal e o secundário. Portanto, há divergência das teorias de

estresse de papéis tradicionais, ao considerar que a performance de múltiplos papéis não se

traduz inevitavelmente em maiores níveis de estresse, sendo que cada papel pode fornecer

recursos que ajudem a lidar com as exigências correlacionadas à performance de outros papéis

(Geurts & Demerouti, 2003).

A estrutura organizacional excessivamente formal pode conduzir à rotina; e uma

estrutura demasiada informal, a conflito de papéis, podem ambas facilitar o aparecimento de

exaustão no trabalho (Lousada, 2001).

O conflito de papéis é um tipo de conflito social causado por um indivíduo que está

sendo forçado a assumir papéis distintos e incompatíveis no trabalho, que pode levar o

colaborador à exaustão emocional e conduzi-lo para o desenvolvimento de sintomas ansiedade,

depressão e à diminuição do seu bem-estar (Nordenmark, 2002; Simbula, 2010).

Desta forma elabora-se a segunda hipótese deste estudo:

Segunda hipótese (H2): O conflito de papéis influencia positivamente a exaustão no

trabalho.

2.3 FATORES QUE ATENUAM A EXAUSTÃO NO TRABALHO

É necessário que a gestão ajude no processo de comunicação organizacional, para

estruturar assim um contexto de confiança, para que sejam construídas relações de confiança

que permitam a atribuição de significado à ação dos liderados (Vendemiatti et al., 2010).

Quando os gestores desenvolvem comportamentos de confiança para os seus colaboradores,

pode gerar uma maior participação nos processos organizacionais, maior satisfação e menor

intenção de saída da organização (Tzafrir, 2005; Guest, 1999; Marchington & Grugulis, 2000).

2.3.1 Confiança na Gestão

Nas relações interpessoais, a confiança tem sido foco no âmbito organizacional. Quanto

às mudanças sociais, econômicas e os avanços tecnológicos, esses ocasionaram modificações

que incentivaram as investigações em torno do assunto. Portanto, ter conhecimento dessa

estrutura e um relacionamento de confiança nessa conjuntura organizacional passou a ser

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necessário, tendo em vista que formalização de contratos é insuficiente para manter uma

associação de confiança, principalmente quando se trata do vínculo funcionário e sua

organização de trabalho (Oliveira & Tamayo, 2008).

A confiança é uma variável fundamental que influencia na eficácia e eficiência da

performance da organização. A qualidade e a agilidade exigem autonomia dos empregados em

todos os níveis organizacionais. Entretanto, os métodos tradicionais e burocráticos de controle

são ineficazes quanto à exigência de funcionários na tomada de decisão. Portanto, a confiança

dos gestores em seus subordinados adquire valor, ao contribuir com agilidade e eficácia na

tomada de decisões e em suas ações (Grey & Garsten, 2001; Spreitzer & Mishra, 1999).

Existem cinco características que definem o conceito de confiança: a integridade – com

base na honestidade e confiabilidade; competência – tendo habilidades e conhecimentos

técnicos e interpessoais; consistência – está associada com a segurança, previsibilidade e

julgamento na administração das situações; lealdade – constitui-se à disposição de proteger e

defender outra pessoa; abertura – admitir que a outra pessoa tenha confiança em você (Robbins,

2009).

O gestor da organização deve ter confiabilidade junto aos empregados, os colaboradores

precisam ser tratados como funcionários competentes. Os funcionários se sentem bem quando

trabalham em um local que tenha transparência na gestão. A confiança é fundamental no

desenvolvimento desse clima organizacional, deve-se observar o relacionamento do empregado

com o trabalho e com os colegas de trabalho, isso proporciona um ambiente apropriado para se

trabalhar (Levering, 1995).

Os funcionários precisam certificar-se de que o outro colaborador é digno de confiança.

Portanto, o gestor que disponibiliza poder aos colaboradores, ao criar grupos de trabalho

autogeridos, tem reduzido ou eliminado muitos mecanismos artifícios tradicionais utilizados

para controlar os colaboradores. Uma equipe de trabalho é livre para planejar seu próprio

trabalho, analisar a própria performance e até para tomar suas decisões de contratação para a

equipe, a confiança se torna primordial (Robbins, 2007).

A confiança deve ser vista como um fator importante na gestão do ambiente

organizacional, por discorrer de um mecanismo a partir do qual os autores sociais diminuem a

dificuldade do sistema de interação pela crença na credibilidade de uma pessoa (Giddens,

1991).

É fundamental que seja perceptivo aos funcionários que as promoções e remunerações

são concedidas por merecimento. Portanto, se um colaborador se sentir tratado injustamente é

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necessário que esteja ciente que poderão recorrer. A confiança gerencial também envolve

consideração, os colaboradores precisam ser respeitados (Levering, 1995).

A cooperação melhora conforme o nível de confiança aumenta. Quando se tem a força

de trabalho que sempre está a cooperar uma com as outras, podemos dizer que existe uma

vantagem competitiva. Uma relação de confiança dentro do cenário organizacional pode ser

verificada e previamente estimulada pela própria organização ao longo do tempo, formar ou

não uma relação de confiança baseada na racionalidade a partir destas atitudes de cooperação

(Sato, 2003).

A confiança pode ser definida como construto formado por três componentes:

previsibilidade, justiça e boa vontade. Os autores relatam que a confiança é desenvolvida por

uma pessoa em relação à outra ou a um grupo de pessoas (Dyer & Chu, 2000).

A confiança surge como uma crença com base nas ações futuras do colaborador. De

acordo com Sahay (2003), estudiosos de diferentes disciplinas definem a confiança de maneiras

diferentes. Os estudiosos comportamentais a interpretam como uma possibilidade que trata o

comportamento das pessoas. Os sociólogos e economistas estão preocupados com incentivos

para diminuir a incerteza e consequentemente aumentar o nível confiança nas interações. E,

desta forma, incorporar as duas abordagens de confiança: a confiança é interpretada como uma

crença, sentimento ou expectativa quanto à lealdade do indivíduo, decorrente de suas intenções,

integridade e competência, e a confiança é definida como um comportamento ou intenção de

comportamento, que envolve vulnerabilidade e incerteza por parte de quem confia.

A confiança é validada quando o colaborador acredita no outro em que depositará a

confiança e quando o funcionário tem fortemente estabelecido à importância de contar com a

outra parte. Portanto, pressupõe nesse conceito a ocorrência de quando existe a confiança: tem

crenças positivas sobre a benevolência, competência e honestidade da outra parte e que essa se

comportará de forma previsível e tem a intenção de contar com a outra parte em uma dada

situação (Mcknight & Chervany, 1998).

A confiança é um construto que interpreta as dimensões cognitiva, emocional e

comportamental (Kasperson, Golding & Tuler, 1992), apresentadas na Figura 5.

Dimensões Definições

Cognitiva Permite distinguir as pessoas ou instituições que são dignas de

confiança ou desconfiança.

Afetiva Trata-se à ligação emocional existente entre os indivíduos

envolvidos na relação.

Comportamental Reflete as variações em importância das duas dimensões

anteriores.

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Figura 5 – Dimensões de confiança na gestão. Adaptada de “Social distrust as a facilitator in

setting hazardous facilities and communication risks” por Kasperson, R. E., Golding, D., &

Tuler, S. (1992). Journal of Social Issues, v. 40, n. 4, p. 161-187, Winter.

A confiança permite distinguir dois subtipos de confiança. A confiança interpessoal,

que se trata da confiança entre pessoas, que é baseada em percepções pessoais ou de equipe e

intenções de outros indivíduos. Essa forma de confiança está mais associada com a dimensão

afetiva e preserva-se o relacionamento interpessoal. O outro significado é a confiança

institucional, que se trata da confiança depositada em agentes interpessoais, como as

instituições sociais, políticas e econômicas. Essa confiança está mais relacionada aos aspectos

cognitivos e racionais, devido à natureza incógnita desses sistemas (Seligman, 1997).

Dentro da empresa, os direitos e os interesses dos colaboradores, ao tomarem decisões

que os sensibilizam, níveis mais altos de confiança na organização devem ser claros. A

associação entre conduta ética e confiança é de afinidade. Define um impacto positivo do clima

ético da organização sobre a dimensão da confiança (Loe & Ferrell, 1999).

É importante para a organização ser compreendida, ser vista pelos funcionários como

uma empresa de confiança, integridade, caráter e habilidade do gestor. Quando os funcionários

confiam em um gestor, eles não apresentam medo de expor as suas atitudes porque existe uma

confiabilidade de que seus direitos e interesses não foram afetados (Robbins, 2007).

A confiança é válida quando o colaborador acredita no outro em que depositará a

confiança e quando o indivíduo tem fortemente estabelecido que pode e/ou precisa contar com

a equipe. Portanto, quando existe a confiança: tem crenças positivas sobre a benevolência,

competência e honestidade da outra parte e que esta se comportará de forma previsível e tem a

intenção de contar com a outra parte em uma dada situação (McKnight e Chervany,1998).

O clima organizacional precisa ser favorável e incentivar o bom desempenho das

atividades laborais. Quando o clima organizacional é equilibrado, os funcionários sentem-se

mais confiantes e, consequentemente, têm um impacto positivo no desenvolvimento de suas

atividades (Barroso, 2013). A confiança está relacionada ao bem-estar do colaborador e isso

pode contribuir para o seu desenvolvimento dentro do ambiente de trabalho e, dessa forma,

reduzir o estresse (Araújo & Oliveira, 2008; Baptiste, 2008).

O ambiente de trabalho com alta confiança indica vantagens competitivas, aumenta a

satisfação dos colaboradores e comprometimento com o trabalho, uma melhor

comunicabilidade, concordância e delegação de autoridade, capacidade de liderar, justiça nos

julgamentos e menos competição interna (Zanini, 2008). Quando desenvolvem relações de

confiança na gestão empresarial, permitem que os colaboradores não possuam medo de expor

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as suas ações porque sentem confiança que seus direitos e interesses não foram prejudicados,

e, desta forma, leva a um melhor desempenho da equipe e, consequentemente, reduz os casos

de esgotamento emocional (Migueles & Zanini, 2014).

A relação interpessoal é de extrema importância, pode resultar no aumento de

produtividade favorável no qual todos os colaboradores possam deixar fluir suas

potencialidades, o que pode contribuir para a redução da exaustão no trabalho (Almeida &

Zanini, 2009). Desta forma, elabora-se a terceira hipótese deste estudo:

Terceira hipótese (H3): A confiança na gestão influencia negativamente a exaustão no

trabalho.

A confiança na gestão assume um papel de extrema relevância, que é o de facilitar as

relações de trabalho e as trocas econômicas e, consequentemente, de fazer com que as

atividades fluam melhor, que os objetivos sejam atingidos mais rapidamente e com menor

custo, o que possibilita, portanto, uma gestão mais efetiva (Williamson, 1985).

A confiança do colaborador na organização como sendo o conjunto de cognições

interdependentes que agrega o que se acredita sobre os padrões éticos, a informação verdadeira,

o poder econômico e, por sua vez, a capacidade do reconhecimento do empregado pela empresa

em todos os aspectos representam um conjunto de padrões éticos, a solidez econômica da

empresa, honrarem os compromissos, seguir as normas e justiça (Oliveira, 2004).

2.3.2 Justiça Distributiva

Justiça organizacional é um termo amplo utilizado no contexto do trabalho, sendo

definido por autores clássicos da área, por exemplo: Homans em 1961 e Adams em 1965, como

os tipos de recompensa que o trabalhador espera receber, de acordo com o seu investimento e

o seu desempenho no trabalho. Dentro do contexto organizacional, a justiça distributiva pode

ser influenciada por o quanto o empregado perceber o ambiente de trabalho como justo ou

injusto. É necessário o entendimento do que é percebido como justo pelo funcionário, se este

percebe como justas as distribuições de recursos, as relações políticas e interpessoais

(Mendonça & Tamayo, 2004).

A justiça no trabalho, tendo como seu principal foco de pesquisa as organizações,

proporcionou denominar o fenômeno de justiça organizacional, sendo utilizados os estudos

teóricos, específicos e ajustados ao mundo das organizações (Greenberg, 1987). Na análise feita

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por Cohen-Charash e Spector (2001), relatam-se o enorme crescimento de pesquisas e as

construções teóricas do fenômeno e o seu impacto no ambiente organizacional. Além de o

fenômeno focar nas associações comportamentais, foca também nas afetivas e atitudinais dos

membros organizacionais em associação à justiça do trabalho (Cohen-Charash & Spector,

2001).

A justiça organizacional exerce um papel de desenvolvimento de relacionamento entre

os funcionários e o trabalho, ao aumentar ou diminuir sua identificação com a organização e o

trabalho desempenhado. Ainda, os autores, remetem essa associação às trocas sociais entre os

funcionários e seus gestores, que desenvolvem associações positivas, de confiança,

comprometimento organizacional e suporte no local de trabalho (Karriker & Williams, 2009).

A justiça organizacional adquire cada vez maior relevância para a gestão organizacional,

essa variável está diretamente associada ao comprometimento organizacional, à satisfação no

trabalho, à saúde dos funcionários, ao burnout, ao comportamento do consumidor, entre outros.

Ainda, segundo os autores, existe um crescimento nos estudos nos últimos anos de justiça

estrutural, adotados em novos padrões e no estreitamento das associações com o

comportamento organizacional (Schuster, Dias & Battistella, 2013).

É constituída a justiça organizacional por quatro dimensões: distributiva, processual,

interpessoal e informacional. A justiça interacional foi separada em duas dimensões: a

interpessoal, que condiz a interação do gestor com os colaboradores, com foco no respeito entre

as partes, renúncia de preconceitos, tomada de decisão de forma rígida e tratamento dos

colaboradores com cordialidade e civilidade; e a justiça informacional que trata às informações

dadas aos colaboradores para o crescimento das suas atividades e o feedback referente às

tomadas de decisões, ao esclarecer os critérios amparados para a decisão (Colquitt, 2001).

Entretanto, esta explicação não é um consenso entre os estudiosos, sendo que outros

autores preferem trabalhar com três dimensões: justiça distributiva, processual e interacional

(que correspondem à interpessoal e à informacional em uma dimensão única). A justiça

processual é relacionada à estruturação de métodos para a tomada de decisão, aplicação de

recursos, recompensas, demissões, entre outras ocupações, de forma imparcial e justa (Schuster,

Dias & Battistella, 2013).

As justiças distributiva e interpessoal influenciam diretamente a exaustão emocional, no

comprometimento organizacional e nas intenções de deixar a organização. A associação da

justiça distributiva e justiça processual se mostram de forma mais óbvia quanto à satisfação

salarial, à satisfação com o gestor e ao comprometimento organizacional. O engajamento

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organizacional tem sido uma constante nas associações com as pesquisas de justiça

organizacional (Cole, Bernerth, Walter & Holt, 2010; DeConinck & Stilwell, 2004).

O bom desempenho da empresa é refletido no clima de justiça organizacional que atua

como fator de buffer contra a insegurança no trabalho, e sugere que não somente a melhoria da

percepção de justiça dos empregados pode melhorar o desenvolvimento no trabalho, mas

também que a melhoria do clima de justiça organizacional pode contribuir para melhorar o

comportamento individual da organização (Sora, Caballer, Peiró, Silla & Gracia, 2010).

Impuseram um papel fundamental nos métodos sobre justiça nas organizações, a visão

sistêmica nos estudos da justiça estrutural. O sistema social proporciona mais o uso de algumas

metodologias de justiça que outros. Nas associações cooperativas que têm em vista o lucro

econômico, a equidade seria o começo de justiça dominante; já as associações cooperativas em

que o progresso de associações sociais agradáveis é o objetivo comum, o começo dominante

seria a igualdade; e o princípio da necessidade seria operado em relações cooperativas que

planejem o bem-estar pessoal. Ainda o autor não se limita a fazer uma aproximação

unidimensional dos princípios de justiça distributiva. Ao reconhecer a dificuldade do fenômeno,

ele atribui mérito aos princípios de equidade, igualdade e necessidade (Deutsch, 1975).

O valor instrumental da justiça distributiva levanta as situações que seriam consideradas

para utilização dos critérios de equidade, igualdade e necessidade nas organizações. Portanto,

Leventhal (1976) apresenta seis regras fundamentais que devem ser admitidas nos processos

organizacionais e que subsidiam a justiça processual: precisão das regras, ausência de

tendenciosidade, representatividade dos interesses de todos que a elas são submetidos,

consistência na aplicação dessas, possibilidade de correção e suporte em padrões éticos

prevalentes.

As percepções de justiça organizacional são fundamentais no ambiente de trabalho, uma

vez que há a interferência de vários tipos de comportamentos dos colaboradores na execução

de suas atividades, portanto, apresenta-se como um preditor significativo de suas atitudes

(Cohen-Charash; Spector, 2001; Colquitt, Conlon., Wesson, Porter & Ng, 2001; Gotlib, 2011).

Os colaboradores, quando se sentem injustiçados, têm sentimentos de raiva, indignação,

frustração e desejo de vingança. Isso deduz que o crescimento no trabalho envolve não apenas

atividades, mas também elementos contextuais, como componentes interpessoais e

motivacionais (Pereira, Lima, Santos, Araújo & Lima, 2012; Pozza & Martins, 2014).

A justiça em locais organizacionais vem sendo investigada por meio de três tipos de

percepções subjetivas: justiça distributiva – justiça da distribuição dos resultados ou alocações

de recursos; justiça procedimental – justiça dos procedimentos utilizados para determinar essas

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alocações; e justiça interacional – justiça que focaliza a qualidade do tratamento interpessoal

(Assmar, 1997; Hassan & Hashim, 2011; Schuster, Dias & Battistella, 2013).

No entanto, embora sejam várias as discussões por volta da questão da justiça

organizacional e tenha-se disponibilizado avanços quanto ao crescimento de um objeto

científico de medida para uma questão, tal objeto ainda não é uma veracidade, uma vez que não

são coincidentes o número e a natureza das dimensões implícitas às compreensões de justiça do

trabalho (Maia, 2005).

Os gestores procedem como mediadores entre a justiça processual dos funcionários e

seu comprometimento organizacional. Os gestores tomam decisões fundamentadas por valores

organizacionais que retratam as metas da empresa que procuram atingir. Os funcionários

apresentam menor desempenho organizacional quando o nível de satisfação com as decisões

dos supervisores é baixo, isso ocorre independentemente do nível de remuneração ou da justiça

distributiva ser considerada cabível (DeConinck & Stilwell, 2004; Oliveira & Tamayo, 2004).

A teoria da equidade é definida como sinônimo de justiça, retidão ou merecimento em

comparação com outras organizações ou outros colaboradores, seja existente, seja fictício,

individual ou coletivo (Oliver, 1997). Em outras palavras, a teoria da equidade agrega o

entendimento de percepção da justiça (Kwon & Jang, 2012; Sabharwal, Soch & Kaur, 2010).

A equidade defende que um fator motivacional que deve ser isolado é a percepção do

funcionário acerca da equidade ou justiça referente à recompensa recebida em confrontação

com seus colegas de trabalho (Santos, Laquila & Dalfior, 2013).

De outro modo, a teoria da equidade divulga que as recompensas devem ser simétricas

ao esforço e iguais para todos. Entretanto, caso dois colaboradores tenham o mesmo empenho,

a recompensa de ambos deve ser justa (Maximiano, 2012).

A percepção de inequidade é associada aos sentimentos de injustiça, um dos aspectos

mais fundamentais trata-se das tensões produzidas pela inequidade e das ações

comportamentais que diminuem essa tensão. Muitos estudos foram desempenhados com as

proposições de Adams, exclusivamente nos anos 60. Portanto, os estudos possibilitaram a

compreensão de que as perguntas relativas à justiça distributiva são impressionantes no

contexto organizacional (Adams, 1965).

No ponto de vista organizacional, a teoria da equidade tem forte associação com o

salário e compartilhamento do mérito entre seus colaboradores e, caso estes métodos não sejam

bem orientados, o clima organizacional pode se desgastar, ao colaborar para a formação de um

local de trabalho onde existe percepção de injustiça e, dessa forma, sem estímulos para a

motivação ao trabalho (Robbins, 2002).

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Assim, a teoria da equidade passou a priorizar a análise dos efeitos da desigualdade

sentida, bem como os comportamentos e as ações realizadas pelas pessoas para compensar e

reduzir o desagradável estado emocional que floresce a partir de uma situação de desigualdade

(Pereira et al., 2012).

Os colaboradores enfrentam as ações e decisões tomadas pela gestão organizacional

constantemente. O entendimento do colaborador em relação às tais decisões, como sendo justas

ou injustas, pode influenciar atitudes e comportamentos do colaborador. A justiça

organizacional na tomada de decisão pode estimular a aceitação dos colaboradores para muitas

decisões organizacionais. Compreender a justiça organizacional em métodos e na técnica de

avaliação de desempenho é importante para as empresas devido à sua associação com a

satisfação dos colaboradores no emprego, com comprometimento organizacional e,

subsequentemente, com a sua capacidade para procurar outro emprego (Owolabi, 2012; Sudin,

2011).

A decorrência é que as justiças distributiva, procedimental, interpessoal e

informacional são as dimensões da justiça organizacional percebidas no ambiente de trabalho

(Golparvar & Javadian, 2012). Essas dimensões estão apresentadas na Figura 6.

Dimensões Definições

Distributiva A justiça distributiva se concentra sobre a confiança

dos colaboradores quanto ao controle das regras de

igualdade na distribuição dos resultados na

organização.

Procedimental A justiça procedimental reflete na percepção dos

colaboradores quanto à presença de normas de

igualdade na tomada de decisão e no gerenciamento

de decisões no ambiente de trabalho.

Interpessoal A justiça interpessoal centraliza na presença de

justiça em comunicação e convívio entre pessoas

que ocorrem entre os colaboradores e gestores

dentro das organizações.

Informacional A justiça informacional foca na justiça de

compartilhamento de informações na empresa e

como essas informações referentes aos novos

procedimentos são divulgadas e explicadas aos

funcionários.

Figura 6 – Dimensões de justiça organizacional. Adaptada de “The relationship between

perceived Organizational Justice and OCBs with consider moderating role of equity sensitivity:

some cultural implications.” por Golparvar, M., & Javadian, Z. (2012). International Journal of

Psychological Studies, v. 4, n. 2.

É fundamental o entendimento de justiça por parte do funcionário, para que ele tenha

confiança na empresa e nos seus supervisores, para impedir um dos elementos mais destrutivos

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no local de trabalho, que é a notoriedade de injustiça (Cropanzano, Byrne, Bobocel & Rupp,

2001). Entretanto, se a compreensão de tal contribuição for assertiva, acredita-se que existiu

justiça no tratamento da equipe, tendo como consequência a satisfação no trabalho. Portanto,

se essa compreensão for desfavorável, o sentimento de injustiça leva à falta de satisfação e à

falta de comprometimento para com a organização, seus propósitos traçados e resultados

desejados (Santos, Laquila & Dalfior, 2013).

Na teoria da equidade, quando os colaboradores têm a percepção de situação de

desigualdade, injustiça ou parcialidade, eles procuram restabelecer a equidade ao assumir

determinadas atitudes, das quais: a eficiência dos colaboradores varia conforme a percepção de

ganho e perda; as recompensas são alteradas por causa da diminuição da produção ou qualidade

dos produtos; buscam um padrão a ser seguido, uma nova referência; abrem mão da situação

atual por causa da insatisfação em busca de uma situação melhor em outra organização (Hitt,

2007; Robbins, 2010; Pereira et al., 2012).

As compreensões de justiça organizacional têm sido utilizadas em muitos estudos para

averiguar e esclarecer as associações de comportamentos, atitudes e eficácia nas organizações.

Entretanto, a justiça organizacional tem sido utilizada como um resultado relevante para o

entendimento dos fatores que dominam a saúde dos colaboradores, a satisfação, a eficácia e o

comprometimento com o serviço e com a empresa. A percepção de justiça pelos colaboradores

pode diminuir o nível de estresse, além de um ambiente salubre e justo, é importante para a

segurança da organização (Mendonça, Pereira, Tamayo & Paz, 2003; Prestes, Mendonça &

Ferreira, 2013; Paz, Gosendo, Dessen, & Mourão, 2009).

Portanto, elabora-se a quarta hipótese deste estudo:

Quarta hipótese (H4): A justiça distributiva influencia negativamente a exaustão no

trabalho.

Com base nos estudos que levaram à criação das diversas hipóteses deste estudo, foi

elaborado um modelo conceitual a ser explorado nesta pesquisa, apresentado na Figura 7.

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Figura 7 – Modelo de pesquisa.

Fonte: elaborada pela autora.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta é uma pesquisa de abordagem quantitativa que foi possível mensurar opiniões,

reações, hábitos e atitudes em um universo, por meio de uma amostra que o represente

estatisticamente (Neves, 1996).

Este estudo foi de corte transversal único, pois os dados coletados em um só ponto no

tempo e sintetizados estaticamente. Os dados podem ser considerados primários, foram

coletados especificamente para completar o projeto de pesquisa (Hair, Anderson, Tatham, &

Black, 2005).

A pesquisa também se caracteriza por ser confirmatória, pois parte da premissa de que

já se tenha uma teoria sobre quais variáveis medem quais fatores, também conhecidos como

construtos, e de que se busca confirmar o grau de ajuste dos dados observados à teoria que foi

hipotetizada (HAIR et al.,2010).

Essa pesquisa é de caráter descritiva. Na pesquisa descritiva realiza-se o estudo, a

análise, o registro e a interpretação dos fatos do mundo físico sem a interferência do pesquisador

(Barros, & Lehfeld, 2007).

3.1 DIMENSIONAMENTO DA AMOSTRA

Para avaliar o tamanho da amostra e o poder estatístico das análises foi realizada uma

análise com o software G*Power 3.1 (Faul, Erdfelder, Lang, & Buchner, 2007; Faul, Erdfelder,

Buchner, & Lang, 2009), de acordo com as recomendações de Chin e Newsted (1999), Cohen

(1988) e Hair, Hult, Ringle e Sarstedt (2017). A maior quantidade de setas que chegam a uma

variável latente é 5 (maior quantidade de preditores). Considerando-se 5 preditores, nível de

significância de 5%, poder estatístico de 0,8 e tamanho do efeito médio (f² = 0,15, que equivale

a um coeficiente de determinação r² = 13%), tem-se que o tamanho mínimo da amostra é de 92

respondentes. Como a amostra utilizada foi de 273 respondentes, é adequada para a estimação

por Partial Least Squares Path Modeling (PLS-PM).

As análises a posteriori (post hoc) para a amostra obtida indicam que qualquer r²

superior a 4,59% seria detectado como significante (mantendo o poder de 0,8 e nível de

significância a 5%), e que para o tamanho de efeito médio, o poder é de 0,999, que é bem

superior ao valor de 0,8 recomendado por Chin e Newsted (1999) e Hair et al. (2017).

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3.2 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada de fevereiro até abril de 2018 aplicados em três empresas

localizadas na Grande São Paulo com seus funcionários, que exercem atividades remuneradas

por mais de três anos e utilizam as TICs para realizar suas atividades do trabalho. Para esta

fase, a população pesquisada foi validada em um total de 90 questionários válidos. A coleta foi

realizada presencialmente.

Em outra fase, a coleta de dados foi realizada em duas Universidades do Grande ABC

por meio de questionário presencial, obtendo um total de 200 respondentes. Nesta amostra 17

questionários apresentaram divergências passiveis de eliminação pelo devido preenchimento

incompleta e duplicidade de respostas e tiveram sua validação negada, e restaram 183

questionários validados. O resultado pode ser visto na Tabela 1.

Tabela 1 – Coleta de dados

Método de aplicação Total de

respondentes

Total de questionários

válidos

Questionário impresso

(Organização) 90 90

Questionário impresso

(Universidade) 200 183

Total 290 273

Fonte: elaborada pela autora.

3.3 INSTRUMENTO DE MEDIDA

Para o desenvolvimento do instrumento de medida, foram aplicadas escalas encontradas

na literatura para os construtos envolvidos na estrutura do modelo.

Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado um questionário estruturado que

contém perguntas fechadas, em ordem preestabelecida, o que caracteriza um survey

(levantamento), com o objetivo de identificar as percepções e causas de exaustão no ambiente

de trabalho.

Com relação ao questionário desenvolvido, no que se refere às escalas de medição, foi

utilizada uma escala com o formato Likert em sete pontos para os construtos exaustão,

tecnoestresse, conflito de papéis, confiança na gestão e justiça distributiva na qual 1 indica

“discordo totalmente” e 7 indica “concordo totalmente”. O questionário foi auto preenchível,

sem a necessidade de os respondentes se identificarem, o que é conveniente para pesquisas mais

complexas e sensíveis. A vantagem desse tipo de instrumento é permitir que os participantes

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tenham maior liberdade nas respostas em razão do anonimato, além de haver menos riscos de

distorção por não existir influência do pesquisador (Marconi & Lakatos, 2003).

O questionário apresentou uma parte introdutória que contém todos os dados do TCLE

– termo de consentimento livre e esclarecido, no qual foi explicado o objetivo da pesquisa, a

garantia de sigilo e o uso dos resultados apenas como base de dados para uma posterior

investigação científica, caso o participante autorize. Também foi apresentado o nome da

instituição, o nome do autor da pesquisa. Houve uma opção de aceite para que o participante

tenha a opção de escolha em participar ou não da pesquisa. E no final do questionário, foram

apresentadas dez questões para identificação do perfil da amostra dos respondentes, com

definição de gênero, idade, nível de escolaridade, estado civil etc.

3.4 DEFINIÇÃO DAS ESCALAS

Para se medir a exaustão no trabalho, foi aplicada a Escala de Exaustão (Mcknight,

Phillips, & Hardgrave, 2009), e foram utilizados quatro indicadores que refletem na exaustão

no trabalho. Os itens dos construtos estão apresentados na Figura 8.

Itens do construto Adaptação para a pesquisa

ET1 - I feel emotionally drained from my work. Sinto-me emocionalmente exausto no meu

trabalho.

ET2 - I feel used up at the end of the workday. Eu me sinto cansado no final do dia de trabalho.

ET3 - I feel fatigued when I get up in the morning

and have to face another day on the job.

Sinto-me cansado quando me levanto de manhã

e tenho que enfrentar outro dia de trabalho.

ET4 - I feel burned out from my work.

Eu me sinto esgotado no meu trabalho.

Figura 8 – Itens construto exaustão no trabalho. Adaptada de “Which reduces IT turnover

intention the most: Workplace characteristics or job characteristics?” por Mcknight, D. H.,

Phillips, B., & Hardgrave, B. C. (2009). Information & Management, v. 46, n. 3, p. 167-174.

Para se medir o tecnoestresse, utilizou-se o instrumento de Ragu-Nathan, Tarafdar,

Ragu-Nathan (2008) que considera o tecnoestresse como uma percepção multidimensional com

as dimensões: tecnosobrecarga, tecnoinvasão, tecnocomplexidade, tecnoinsegurança,

tecnoincerteza, cuja escala com as seis dimensões, totaliza 28 itens.

Na sequência, são apresentadas as escalas utilizadas no questionário com as perguntas

originais em inglês e as questões adaptadas para este estudo. As questões foram traduzidas e

avaliadas por duas pessoas, sendo uma a coordenadora geral da escola de idioma Cultura

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Inglesa e o outro o gerente geral expatriado nos Estados Unidos de uma indústria química. Os

itens dos construtos estão apresentados na Figura 9.

Itens do construto Adaptação para a pesquisa

TS1 - I am forced by this technology to work much

faster.

As tecnologias do meu trabalho me forçam a

trabalhar mais rápido.

TS2 - I am forced by this technology to do more

work than I can handle.

As tecnologias do meu trabalho me forçam a

realizar mais tarefas do que eu posso suportar.

TS3 - I am forced by this technology to work with

very tight time schedules.

As tecnologias do meu trabalho me forçam a

trabalhar com prazos apertados.

TS4 - I am forced to change my work habits to

adapt to new technologies.

Sou obrigado a mudar meus hábitos de trabalho

para me adaptar às tecnologias do meu trabalho.

TS5 - I have a higher workload because of

increased technology complexity.

Eu tenho uma carga maior de trabalho por causa

das tecnologias do meu trabalho.

Figura 9 – Itens construto tecnosobrecarga. Adaptada de “The Consequences of Technostress

for End Users in Organizations: Conceptual Development and Empirical Validation.” por

Ragu-Nathan T. S., Tarafdar M., Ragu-Nathan B. S. (2008, december). Information Systems

Research. Vol. 19, No. 4, pp. 417–433.doi 10.1287/isre.1070.0165.

Itens do construto Adaptação para a pesquisa

TI1 - I spend less time with my family due to this

technology.

Eu tenho menos tempo com minha família por

causa das tecnologias da empresa.

TI2 - I have to be in touch with my work even during

my vacation due to this technology.

As tecnologias do meu emprego me fazem ficar

em contato com meu trabalho, mesmo nas

minhas férias.

TI3 - I feel my personal life is being invaded by this

technology.

Eu sinto que minha vida pessoal é invadida pelas

tecnologias do meu trabalho.

TI4 - I feel my personal life is being invaded by this

technology.

As tecnologias do meu emprego me fazem ficar

em contato com meu trabalho, mesmo nos finais

de semana.

TI5 - I feel my personal life is being invaded by this

technology.

As tecnologias do meu emprego me fazem ficar

em contato com meu trabalho, mesmo nos meus

horários de lazer.

Figura 10 – Itens construto tecnoinvasão. Adaptada de “The Consequences of Technostress for

End Users in Organizations: Conceptual Development and Empirical Validation.” por Ragu-

Nathan T. S., Tarafdar M., Ragu-Nathan B. S. (2008, december). Information Systems

Research. Vol. 19, No. 4, pp. 417–433.doi 10.1287/isre.1070.0165.

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Itens do construto Adaptação para a pesquisa

TC1 - I do not know enough about this technology to

handle my job satisfactorily.

Tenho dúvidas para usar as tecnologias nas

minhas tarefas.

TC2 - I need a long time to understand and use new

technologies.

Preciso de muito tempo para entender e usar

novas tecnologias que são usadas no meu

trabalho.

TC3 - I do not find enough time to study and upgrade

my technology skills.

Não encontro tempo suficiente para melhorar

minhas habilidades com tecnologias.

TC4 - I find new recruits to this organization know

more about computer technology than I do.

Acho que as pessoas mais jovens da minha

empresa sabem mais sobre as tecnologias.

TC5 - I often find it too complex for me to understand

and use new technologies.

Normalmente, eu acho complexo entender e

usar novas tecnologias no trabalho.

Figura 11 – Itens construto tecnocomplexidade. Adaptada de “The Consequences of

Technostress for End Users in Organizations: Conceptual Development and Empirical

Validation.” por Ragu-Nathan T. S., Tarafdar M., Ragu-Nathan B. S. (2008, december).

Information Systems Research. Vol. 19, No. 4, pp. 417–433.doi 10.1287/isre.1070.016

Itens do construto Adaptação para a pesquisa

TIS1 - I feel constant threat to my job security due to

new technologies.

Sinto que meu emprego fica ameaçado por

causa das novas tecnologias.

TIS2 - I have to constantly update my skills to avoid

being replaced.

Eu tenho que atualizar constantemente para

evitar ser demitido.

TIS3 - I am threatened by coworkers with newer

technology skills.

Eu me sinto ameaçado por colegas de trabalho

que lidam melhor com novas tecnologias.

TIS4 - I do not share my knowledge with my

coworkers for fear of being replaced.

Eu não compartilho conhecimento das

tecnologias com meus colegas de trabalho por

medo de ser substituído.

TIS5 - I feel there is less sharing of knowledge

among coworkers for fear of being replaced.

Eu sinto que os colegas de trabalho não

compartilham conhecimentos das tecnologias

por medo de serem substituídos.

Figura 12 – Itens construto tecnoinsegurança. Adaptada de “The Consequences of Technostress

for End Users in Organizations: Conceptual Development and Empirical Validation.” por

Ragu-Nathan T. S., Tarafdar M., Ragu-Nathan B. S. (2008, december). Information Systems

Research. Vol. 19, No. 4, pp. 417–433.doi 10.1287/isre.1070.0165.

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Itens do construto Adaptação para a pesquisa

TIN1 - There are always new developments

in the technologies we use in our

organization.

Há sempre modificações nos sistemas que usamos na

empresa.

TIN2 - There are constant changes in

computer software in our organization.

Os sistemas do meu trabalho são trocados

frequentemente.

TIN3 - There are constant changes in

computer hardware in our organization.

Os computadores do meu trabalho são trocados

frequentemente.

TIN4 - There are frequent upgrades in

computer networks in our organization.

Existem atualizações frequentes na rede de computador

no meu trabalho.

Figura 13 – Itens construto tecnoincerteza. Adaptada de “The Consequences of Technostress

for End Users in Organizations: Conceptual Development and Empirical Validation.” por

Ragu-Nathan T. S., Tarafdar M., Ragu-Nathan B. S. (2008, december). Information Systems

Research. Vol. 19, No. 4, pp. 417–433.doi 10.1287/isre.1070.0165.

Para medir se o conflito de papéis dentro da organização influencia positivamente a

exaustão no trabalho, foi utilizada a escala de conflito de papéis adaptada de Rutner, Mcknight

& Hardgrave (2008) composta de:

Itens do construto Adaptação para a pesquisa

CP1 - I do things that are apt to be accepted by one

person and not accepted by others.

Eu faço tarefas que deveriam ser atribuídas a

outras pessoas.

CP2 - I sometimes have to buck a rule or policy in

order to carry out an assignment.

Às vezes eu tenho que burlar uma regra do meu

trabalho para finalizar uma tarefa.

CP3-I frequently receive incompatible requests

from two or more parties.

Normalmente, eu recebo ordens e pedidos no

trabalho que não dizem respeito à minha função.

CP4 - I often perform work for two or more parties

who operate quite differently.

Costumo executar atividades de outros colegas de

trabalho, com funções diferentes.

CP5 - In my work, I have to try to balance two or

more conflicting preferences.

No meu trabalho, eu tenho que administrar as

diferentes preferências dos colegas de trabalho

para a execução de alguma tarefa.

Figura 14 – Itens construto conflito de papéis. Adaptada de “Emotional Dissonance and the

Information Technology Professional.” por Rutner, P. S., Hardgrave, B. C., & McKnight, D.

H. (2008). MIS Quarterly, (32:3) pp. 635-652.

Para medir se a confiança na gestão dentro da organização influencia negativamente a

exaustão no trabalho, foi utilizada a escala de confiança na gestão adaptada de Mcknight,

Phillips & Hardgrave (2009) composta de:

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40

Itens do construto Adaptação para a pesquisa

CG1 - The quality of top leadership at this

organization is very high.

Minha empresa possui uma liderança de

qualidade.

CG2 - Overall, we have very capable and

proficient senior management.

No geral, tenho uma gerência muito capaz e

eficiente.

CG3 - Senior management is concerned about my

well-being.

A gerência está preocupada com meu bem-estar.

CG4 - I believe senior management cares enough

to act in my personal best interest.

Eu acredito que a gerência se preocupa bastante

com o meu desenvolvimento pessoal.

Figura 15 – Itens construto confiança na gestão. Adaptada de “Which reduces IT turnover

intention the most: Workplace characteristics or job characteristics?” por Mcknight, D. H.,

Phillips, B., & Hardgrave, B. C. (2009). Information & Management, v. 46, n. 3, p. 167-174.

Para medir se a justiça distributiva dentro da organização influencia negativamente a

exaustão no trabalho, foi utilizada a escala de Percepção de Justiça Distributiva desenvolvida

por Siqueira, 1996. É uma medida unidimensional, com objetivo de avaliar as crenças do

empregado acerca de sua percepção das compensações que recebe da organização, de acordo

com o seu investimento no trabalho (Siqueira, 2008) composto de:

Itens do Construto

JD1 – Sou recompensado, de maneira justa, por minha responsabilidade no trabalho.

JD2 – Sou recompensado, de maneira justa, por minha experiência profissional.

JD3 – Sou recompensado, de maneira justa, por meus esforços no trabalho.

JD4 – Sou recompensado, de maneira justa, pela qualidade do trabalho que apresento.

JD5 – Sou recompensado, de maneira justa, pelo estresse a que sou submetida durante o meu trabalho.

Figura 16 – Itens construto justiça distributiva. Adaptada de “Envolvimento com o trabalho.

In: SIQUEIRA, Mirlene Maria Matias (org.). Medidas do comportamento organizacional:

ferramentas de diagnóstico e de gestão.”, por Siqueira, Mirlene Maria Matias (2008). Porto

Alegre: Artmed, p. 139-143.

As variáveis sociodemográficas estão apresentadas na Figura 17:

Idade Anos

Gênero ⃝ Masculino ⃝ Feminino

Escolaridade

Experiência profissional Anos

Tempo de serviço na organização Anos

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41

A sua função dentro da organização está

bem definida? ⃝ Sim ⃝ Não

Figura 17 – Variáveis sociodemográficas. Elaborada pela autora.

3.5 TÉCNICAS ESTATÍSTICAS

Para realizar o teste das hipóteses deste estudo, foram utilizados testes estatísticos com

a técnica de Modelos de Equações Estruturais – MEE, entre outros.

A técnica de MEE pode ser distinguida por duas características: a estimação de múltiplas

e inter-relacionadas relações de dependência e a habilidade de representar conceitos não

observados nessas relações (Hair, Hult, Ringle & Sarstedt, 2013).

Para análise dos dados, define-se a escolha pela técnica PLS-PM (Partial Least Squares

– Path Modeling), pois, entre outras opções, há a vantagem de estimar o modelo de mensuração

(relação entre os indicadores e as variáveis latentes) e o modelo estrutural (relações entre as

variáveis latentes) simultaneamente (Hair et al., 2013).

O software SmartPLS 3.0M3 (Ringle, Wende, & Becker, 2015) foi utilizado para os

cálculos e validações dos testes estatísticos, desenvolvidos por meio da técnica de análise

multivariada de modelagem por equações estruturais.

3.6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DESCRITIVA

3.6.1 Perfil da Amostra

A amostra apresentou 136 participantes do gênero feminino que representa 49,8% da

amostra e 137 participantes do gênero masculino que representa 50,2%. O percentual por

gênero está apresentado na figura a seguir:

Figura 18 – Gênero dos respondentes.

Fonte: dados da pesquisa.

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42

Com relação à idade dos respondentes, observa-se a variação entre 21 e 64 anos, e a amostra

aponta que a média dos respondentes é composta de adultos com 29 anos, como pode ser visto na

Tabela 2.

Tabela 2 – Dados descritivos da idade dos respondentes

Idade (anos) Idade Mínima Idade Máxima Média Mediana Desvio Padrão

21 64 29,3 28,0 7,61

Fonte: elaborada pela autora.

Em relação à escolaridade dos respondentes, 58,6% possuem superior completo e 41,4%

dos respondentes possuem superior incompleto, conforme apresenta a figura 19.

A Tabela 3 apresenta os dados sobre a experiência profissional dos respondentes. Os

resultados indicam que a média é representada por 9,67 anos com desvio padrão de 7,71 anos,

o que indica que os respondentes possuem uma experiência razoável no exercício de suas

atividades profissionais em relação a uma determinada função.

Tabela 3 – Dados descritivos da experiência profissional dos respondentes

Mínima Máxima Média Mediana Desvio Padrão

Experiência Profissional 3 47 9,67 8,0 7,71

Fonte: elaborada pela autora.

Figura 19 – Dados descritivos da escolaridade dos respondentes.

Fonte: dados da pesquisa.

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43

Além da experiência profissional, foi possível mensurar o tempo de serviço dos

respondentes na organização em que trabalha atualmente. O tempo médio dos respondentes na

organização atual é de 4,52 anos sendo o tempo mínimo três anos e o máximo 45 anos na mesma

organização, o que indica que os respondentes também trabalham há um bom tempo na

organização atual e conhecem a realidade e a adversidades do trabalho.

Tabela 4 – Dados descritivos do tempo de serviço na organização atual

Mínima Máxima Média Mediana Desvio Padrão

Tempo de serviço 1 45 4,52 3,0 5,38

Fonte: elaborada pela autora.

A grande maioria dos participantes informou ter sua função dentro da organização está

bem definida, a predominância dos respondentes é de 74,7%, e a menor participação de 25,3%

não tem sua função definida dentro da organização, o que pode indicar que uma boa parcela

pode sofrer de conflitos de papéis.

Figura 20 – A função dentro da organização está bem definida.

Fonte: dados da pesquisa.

3.6.2 Análise descritiva das Variáveis da Escala

O objetivo desta análise é apresentar a distribuição da frequência de resposta da escala

Likert em percentual nas 40 variáveis do questionário.

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44

Tabela 5 – Frequência das respostas dos itens da escala

1 2 3 4 5 6 7

ET1 Sinto-me emocionalmente exausto no meu trabalho. 9,9 8,4 7,7 13,6 27,5 16,1 16,8

ET2 Eu me sinto cansado no final do dia de trabalho. 0,4 2,9 4,4 4,0 26,7 23,1 38,5

ET3

Sinto-me cansado quando me levanto de manhã e tenho

que enfrentar outro dia de trabalho. 7,3 9,5 6,2 9,2 23,4 15,8 28,6

ET4 Eu me sinto esgotado no meu trabalho. 9,2 11,4 11,7 12,1 26,0 16,5 13,2

TS1

As tecnologias do meu trabalho me forçam a trabalhar

mais rápido. 11,7 11,4 10,3 12,1 24,9 17,9 11,7

TS2

As tecnologias do meu trabalho me forçam a realizar mais

tarefas do que eu posso suportar. 12,1 7,7 16,5 16,5 23,8 15,0 8,4

10,3 8,4 9,9 13,2 27,1 15,8 15,4

TS4

Sou obrigado a mudar meus hábitos de trabalho para me

adaptar às tecnologias do meu trabalho. 13,2 12,1 11,7 18,7 22,7 12,1 9,5

TS5

Eu tenho uma carga maior de trabalho por causa das

tecnologias do meu trabalho. 24,9 13,9 13,2 20,1 13,9 9,5 4,4

TI1

Eu tenho menos tempo com minha família por causa das

tecnologias da empresa. 23,8 9,5 11,0 23,8 16,1 9,5 6,2

TI2

As tecnologias do meu emprego me fazem ficar em

contato com meu trabalho, mesmo nas minhas férias. 43,2 15,0 5,5 12,5 13,6 5,1 5,1

TI3

Eu sinto que minha vida pessoal é invadida pelas

tecnologias do meu trabalho. 24,9 15,0 15,0 12,1 16,8 9,2 7,0

TI4

As tecnologias do meu emprego me fazem ficar em

contato com meu trabalho, mesmo nos finais de semana. 33,3 13,2 12,1 9,9 16,1 7,7 7,7

TI5

As tecnologias do meu emprego me fazem ficar em

contato com meu trabalho, mesmo nos meus horários de

lazer.

34,1 12,5 11,0 13,6 15,4 7,3 6,2

TC1

Tenho dúvidas para usar as tecnologias nas minhas

tarefas. 29,3 17,6 11,7 11,0 20,1 8,1 2,2

TC2

Preciso de muito tempo para entender e usar novas

tecnologias que são usadas no meu trabalho. 26,7 25,3 15,4 13,2 11,4 4,0 4,0

TC3

Não encontro tempo suficiente para melhorar minhas

habilidades com tecnologias. 18,7 13,2 16,1 14,7 20,5 9,9 7,0

TC4

Acho que as pessoas mais jovens da minha empresa

sabem mais sobre tecnologia. 19,0 15,0 14,7 14,7 16,5 9,9 10,3

TC5

Normalmente, eu acho complexo entender e usar novas

tecnologias no trabalho. 26,4 22,7 17,2 12,8 13,2 4,8 2,9

ITENS

Frequência de resposta dos itens da

escala em (%)

EXAUSTÃO NO TRABALHO

TECNOSOBRECARGA

TECNOCOMPLEXIDADE

TECNOINVASÃO

TS3

As tecnologias do meu trabalho me forçam a trabalhar

com prazos apertados.

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45

Fonte: elaborada pela autora.

TIS1

Sinto que meu emprego fica ameaçado por causa das

novas tecnologias. 28,6 17,2 11,4 15,4 15,0 5,9 6,6

TIS2

Eu tenho que atualizar constantemente para evitar ser

demitido.11,0 8,4 11,0 19,0 21,2 17,9 11,4

TIS3

Eu me sinto ameaçado por colegas de trabalho que lidam

melhor com novas tecnologias.31,5 18,3 7,7 15,4 13,9 8,1 5,1

TIS4

Eu não compartilho conhecimento das tecnologias com

meus colegas de trabalho por medo de ser substituído.54,9 15,4 9,5 7,0 6,6 3,7 2,9

TIS5

Eu sinto que os colegas de trabalho não compartilham

conhecimentos das tecnologias por medo de serem

substituídos.

19,8 14,7 12,5 14,7 19 14,3 5,1

TIN1

Há sempre modificações nos sistemas que usamos na

empresa. 15,8 11,4 13,6 14,3 21,6 12,8 10,6

TIN2

Os sistemas do meu trabalho são alterados

frequentemente. 17,9 15,0 16,1 15,0 17,9 12,1 5,9

CP1

Eu faço tarefas que deveriam ser atribuídas a outras

pessoas. 8,8 6,2 7,0 13,2 28,6 19,4 16,8

CP2

Às vezes eu tenho que burlar uma regra do meu trabalho

para finalizar uma tarefa. 24,9 11,7 12,1 11,0 23,4 9,9 7,0

CP3

Normalmente, eu recebo ordens e pedidos no trabalho que

não dizem respeito à minha função. 12,1 8,4 9,2 11,0 27,8 17,6 13,9

CP4 15,8 9,2 7,3 15,8 24,2 14,7 13,2

CP5

No meu trabalho, eu tenho que administrar as diferentes

preferências dos colegas de trabalho para a execução de

alguma tarefa. 13,9 10,3 9,2 23,8 19,0 15,8 8,1

CG1 Minha empresa possui uma liderança de qualidade. 12,1 9,2 8,8 13,2 22,3 20,9 13,6

CG2 No geral, tenho uma gerência muito capaz e eficiente. 8,1 11,4 9,2 13,5 23,8 20,5 13,6

CG3 A gerência está preocupada com meu bem-estar. 20,1 14,7 9,5 15,8 19,4 11,4 9,2

CG4

Eu acredito que a gerência se preocupa bastante com o

meu desenvolvimento pessoal. 15,4 12,8 15,4 11,0 20,5 17,2 7,7

JD1

Sou recompensado, de maneira justa, por minha

responsabilidade no trabalho. 12,8 10,6 17,6 8,8 26,0 19,0 5,1

JD2

Sou recompensado, de maneira justa, por minha

experiência profissional. 11,0 7,0 17,2 16,5 28,2 12,8 7,3

JD3

Sou recompensado, de maneira justa, por meus esforços

no trabalho. 16,1 11,7 15,0 11,7 23,4 16,1 5,9

JD4

Sou recompensado, de maneira justa, pela qualidade do

trabalho que apresento. 5,5 8,4 16,8 8,4 32,2 21,6 7,0

JD5

Sou recompensado, de maneira justa, pelo estresse a que

sou submetida durante o meu trabalho. 34,1 13,9 13,9 15,0 12,8 7,3 2,9

Fonte: Elaborado pela autora

TECNOINCERTEZA

CONFLITO DE PAPÉIS

Costumo executar atividades de outros colegas de

trabalho, com funções diferentes.

CONFIANÇA NA GESTÃO

JUSTIÇA DISTRIBUTIVA

TECNOINSEGURANÇA

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O construto exaustão no trabalho foi avaliado a partir de 4 itens e obteve 4,91 média

geral de respostas e desvio padrão de 1,34. O item que apresentou a média mais elevada foi ET

2 “Eu me sinto cansado no final do dia de trabalho.” Que atingiu média de 5,77 e desvio padrão

de 1,31, enquanto a menor média de resposta obtida foi obtida no item ET 4 “Eu me sinto

esgotado no meu trabalho” com 4,37 de média e 1,84 de desvio padrão.

Com 5 itens, o construto Tecnosobrecarga obteve 4,03 como média geral de respostas e

desvio padrão de 1,24. O item que apresentou a média mais elevada foi TS3 “As tecnologias do

meu trabalho me forçam a trabalhar com prazos apertados.” com média de 4,47 e desvio

padrão de 1,85, enquanto a menor média de resposta foi obtida no item TS4 “Sou obrigado a

mudar meus hábitos de trabalho para me adaptar às tecnologias do meu trabalho.” com 3,30

de média e 1,84 de desvio padrão.

O construto tecnoinvasão, foi composto de 5 itens e sua avaliação apresentou 3,18 como

média geral em suas respostas e desvio padrão de 1,37. O item que apresentou a média mais

elevada foi TI1 “Eu tenho menos tempo com minha família por causa das tecnologias da

empresa” Com média de 3,52 e desvio padrão de 1,87, enquanto a menor média entre as

resposta foi obtida no item TI2 “As tecnologias do meu emprego me fazem ficar em contato

com meu trabalho, mesmo nas minhas férias” com 2,74 de média e 1,94 de desvio padrão.

O construto tecnocomplexidade, foi composto de 5 itens e sua avaliação apresentou 3,22

como média geral em suas respostas e desvio padrão de 1,12. O item que apresentou a média

mais elevada foi TC4 “Acho que as pessoas mais jovens da minha empresa sabem mais sobre

as tecnologias.” Com média de 3,65 e desvio padrão de 1,96, enquanto a menor média entre as

respostas foi obtida no item TC2 “Preciso de muito tempo para entender e usar novas

tecnologias que são usadas no meu trabalho” com 2,85 de média e 1,70 de desvio padrão.

O construto tecnoinsegurança, foi composto de 5 itens e sua avaliação apresentou 3,26

como média geral em suas respostas e desvio padrão de 1,19. O item que apresentou a média

mais elevada foi TIS2 “Eu tenho que atualizar constantemente para evitar ser demitido.” Com

média de 4,30 e desvio padrão de 1,82, enquanto a menor média entre as respostas foi obtida

no item TIS4 “Eu não compartilho conhecimento das tecnologias com meus colegas de

trabalho por medo de ser substituído.” com 2,18 de média e 1,68 de desvio padrão.

O construto tecnoincerteza, foi composto de 2 itens e sua avaliação apresentou 3,78

como média geral em suas respostas e desvio padrão de 1,67. O item que apresentou a média

mais elevada foi TIN1 “Há sempre modificações nos sistemas que usamos na empresa.” Com

média de 3,96 e desvio padrão de 1,92, enquanto a menor média entre as resposta foi obtida no

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47

item TIN2 “Os sistemas do meu trabalho são alterados frequentemente.” com 3,60 de média e

1,85 de desvio padrão.

O construto conflito de papéis, foi composto de 5 itens e sua avaliação apresentou 4,18

como média geral em suas respostas e desvio padrão de 1,18. O item que apresentou a média

mais elevada foi CP1 “Eu faço tarefas que deveriam ser atribuídas a outras pessoas” Com

média de 4,72 e desvio padrão de 1,78, enquanto a menor média entre as resposta foi obtida no

item CP2 “Às vezes eu tenho que burlar uma regra do meu trabalho para finalizar uma tarefa.”

com 3,54 de média e 1,97 de desvio padrão.

O construto confiança na gestão é composto de 4 itens e apresentou 4,13 como média

geral de respostas e desvio padrão de 1,49. O item que apresentou a média mais elevada foi

CG2 ”No geral, tenho uma gerência muito capaz e eficiente” com média de 4,50 e desvio

padrão de 1,82, enquanto a menor média de resposta foi obtida no item CG3 “A gerência está

preocupada com meu bem-estar.” com 3,70 de média e 1,97 de desvio padrão.

O construto de justiça distributiva é composto de 5 itens que apresentou a média mais

elevada foi JD4 “Sou recompensado, de maneira justa, pela qualidade do trabalho que

apresento.” Que atingiu a média de 4,46 e desvio padrão de 1,61, enquanto a menor média de

resposta foi obtida no item JD5 “Sou recompensado, de maneira justa, pelo estresse a que sou

submetida durante o meu trabalho.” com 2,92 de média e 1,82 de desvio padrão. A Tabela 6

apresenta à média e desvio padrão de cada uma das dimensões do modelo.

Tabela 6 – Escore médio por construto

Construto Média Desvio Padrão Coeficiente de Variação

Exaustão no Trabalho 4,91 1,34 0,273

Tecnosobrecarga 4,03 1,24 0,308

Tecnoinvasão 3,18 1,37 0,431

Tecnocomplexidade 3,22 1,12 0,348

Tecnoinsegurança 3,26 1,19 0,365

Tecnoincerteza 3,78 1,67 0,442

Conflito de Papéis 4,18 1,18 0,282

Confiança na Gestão 4,13 1,49 0,361

Justiça Distributiva 4,12 1,41 0,342

Fonte: dados da pesquisa.

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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A análise dos resultados está dividida em sete blocos: análise da dimensionalidade do

modelo; abordagem de dois estágios; avaliação de modelos de mensuração reflexivos; avaliação

de modelo de mensuração formativo; avaliação do modelo estrutural; análise multigrupo; e

análise de moderação.

4.1 ANÁLISE DA DIMENSIONALIDADE DO MODELO

Para verificar se os indicadores associados a cada construto realmente são reflexos do

conceito que representam, foram analisadas as cargas fatoriais cruzadas de cada indicador (Hair

et al., 2017).

O valor da carga fatorial do indicador deve ser maior ou igual a 0,7 e maior que as cargas

cruzadas com outros construtos para que os indicadores sejam mantidos no modelo (Hair et al.,

2017). Caso o valor da carga fatorial do indicador seja menor do que 0,4, o indicador deve ser

automaticamente excluído. A respeito disso, os indicadores CP2 e TC4 foram excluídos, pois

apresentaram carga fatorial menor do que 0,40.

Outros indicadores apresentaram cargas fatoriais inferiores a 0,7, porém maiores que

0,4. Assim, recorreu-se à sugestão de Hair et al. (2017) de analisar o impacto da exclusão de

indicadores com cargas fatoriais maiores que 0,4 e menores que 0,7 na variância média extraída

(Average Variance Extracted - AVE) e na confiabilidade composta. A partir das análises nas

variações das medidas de AVE e confiabilidade composta com a exclusão de cada indicador

com carga fatorial inferior a 0,7, optou-se por excluir os indicadores CP5, TS1, TS5, TIS4, TIS5

e TC3.

A Tabela 7 apresenta as cargas fatoriais cruzadas após a exclusão dos indicadores

indicados.

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Tabela 7 – Cargas fatoriais cruzadas do modelo ajustado

Indicadores CG CP ET JD TC TI TIN TIS TS

CG1 0,767 -0,140 -0,185 0,402 0,015 0,034 0,043 0,085 -0,067

CG2 0,794 -0,117 -0,197 0,366 -0,005 -0,033 -0,043 -0,035 -0,096

CG3 0,830 -0,327 -0,306 0,473 0,050 -0,071 -0,027 -0,035 -0,160

CG4 0,726 -0,156 -0,204 0,375 0,050 0,013 -0,022 0,017 -0,103

CP1 -0,195 0,822 0,423 -0,250 0,107 0,204 0,044 0,093 0,401

CP3 -0,247 0,824 0,411 -0,256 0,138 0,218 0,113 0,125 0,326

CP4 -0,148 0,662 0,291 -0,202 0,051 0,166 0,116 0,187 0,266

ET1 -0,301 0,397 0,828 -0,356 0,210 0,213 0,191 0,294 0,448

ET2 -0,167 0,250 0,667 -0,149 0,143 0,140 0,154 0,126 0,228

ET3 -0,115 0,385 0,736 -0,235 0,126 0,085 0,194 0,136 0,300

ET4 -0,290 0,451 0,838 -0,309 0,154 0,204 0,221 0,204 0,349

JD1 0,411 -0,334 -0,290 0,839 0,071 0,008 0,037 -0,029 -0,123

JD2 0,435 -0,209 -0,250 0,749 0,039 0,045 0,057 -0,024 -0,063

JD3 0,436 -0,234 -0,328 0,835 0,073 0,036 -0,007 -0,066 -0,123

JD4 0,340 -0,229 -0,254 0,743 0,039 0,000 0,083 0,017 -0,123

JD5 0,410 -0,171 -0,245 0,690 0,184 0,088 0,037 -0,024 -0,128

TC1 0,048 0,054 0,140 0,115 0,749 0,212 0,238 0,398 0,206

TC2 -0,029 0,112 0,172 0,055 0,779 0,316 0,219 0,391 0,232

TC5 0,075 0,134 0,156 0,064 0,727 0,191 0,250 0,365 0,256

TI1 -0,021 0,280 0,229 -0,015 0,166 0,462 0,094 0,230 0,267

TI2 -0,061 0,126 0,089 0,017 0,273 0,734 0,077 0,222 0,190

TI3 -0,071 0,234 0,312 -0,018 0,271 0,727 0,184 0,349 0,435

TI4 -0,024 0,147 0,071 0,049 0,215 0,801 0,135 0,220 0,318

TI5 0,085 0,132 0,054 0,121 0,199 0,763 0,143 0,251 0,274

TIN1 0,013 0,074 0,245 0,012 0,264 0,124 0,873 0,391 0,280

TIN2 -0,044 0,122 0,196 0,073 0,286 0,199 0,894 0,417 0,282

TIS1 -0,019 0,083 0,193 -0,053 0,394 0,253 0,315 0,744 0,324

TIS2 0,037 0,228 0,276 -0,007 0,286 0,271 0,337 0,668 0,391

TIS3 -0,012 0,049 0,095 -0,017 0,425 0,266 0,339 0,750 0,302

TS2 -0,139 0,382 0,398 -0,160 0,156 0,358 0,219 0,351 0,775

TS3 -0,060 0,315 0,304 -0,070 0,177 0,301 0,174 0,242 0,725

TS4 -0,123 0,292 0,309 -0,097 0,346 0,317 0,314 0,449 0,771

Fonte: dados da pesquisa.

4.2 ABORDAGEM DE DOIS ESTÁGIOS (TWO STAGE MODEL)

Os modelos de variáveis latentes hierárquicas são caracterizados pela quantidade de

níveis e pelas relações entre os construtos do modelo (Becker, Klein, & Wetzels, 2012). Um

construto de nível de segunda ordem é um conceito geral que é formado (construto formativo)

ou representado (construto reflexivo) por construtos de nível de primeira ordem, em que a

relação entre os construtos de segunda e primeira ordem não representa dependência, mas sim,

uma hierarquia, pois o construto de segunda ordem não existe sem os construtos de primeira

ordem (Becker, Klein, & Wetzels, 2012).

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O modelo desenvolvido na pesquisa apresenta uma variável latente hierárquica, em que

o construto Tecnoestresse é um construto de segunda ordem (High Order Constructs - HOC)

formado pelos construtos de primeira ordem (Low Order Constructs - LOCs): Tecnosobrecarga

(TS), Tecnoinvasão (TI), Tecnocomplexidade (TC), Tecnoinsegurança (TIS) e Tecnoincerteza

(TIN).

Devido à característica do modelo, foi adotada a abordagem de dois estágios para

estimação dos parâmetros (Hair et al., 2018). Para isso, também foi utilizado o software

SmartPLS 3.0M3 (Ringle, Wende, & Becker, 2015).

Na abordagem de dois estágios, as análises são separadas em duas etapas: na primeira

etapa, recomenda-se a utilização da abordagem do indicador repetido para obter os scores dos

construtos (Hair et al., 2018). Esses valores, scores das variáveis latentes, foram salvos como

variáveis adicionais na planilha, para análise posterior no segundo estágio. Assim, na segunda

etapa, os scores dos LOCs obtidos na etapa anterior foram utilizados como indicadores para os

construtos de segunda ordem (HOCs), que tem a vantagem de estimar um modelo mais

parcimonioso, pois não há a necessidade de apresentar os LOCs (Hair et al., 2018).

A Figura 21 apresenta a modelagem no segundo estágio, a qual foi considerada para as

análises que seguem.

Figura 21 – Modelo estrutural.

Fonte: elaborada pela autora.

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4.3 AVALIAÇÃO DE MODELOS DE MENSURAÇÃO REFLEXIVOS

Para os indicadores do modelo que são reflexivos (Justiça Distributiva, Conflito de

Papéis, Confiança na Gestão e Exaustão no Trabalho), os critérios para avaliação dos modelos

de mensuração, de acordo com Hair et al. (2017), são: consistência interna; confiabilidade do

indicador; validade convergente; e validade discriminante.

A validade convergente é definida como sendo a medida de um determinado conjunto

de indicadores de um modelo, que convergem ou compartilham uma alta proporção da variância

em comum. É o grau em que os itens que deveriam estar relacionados teoricamente estão, de

fato, inter-relacionados (Hair et al., 2017).

A validade discriminante é considerada à medida que os indicadores de um modelo

representam um construto único e os indicadores do construto são distintos dos outros

constructos no modelo (Hair et al., 2017).

A confiabilidade de uma medida é a sua consistência e estabilidade. Uma medida é

confiável se o mesmo valor for obtido se a medição for repetida (Hair et al., 2017).

As validades discriminante e convergente foram avaliadas no nível dos indicadores e

das variáveis latentes.

A Tabela 7 já apresentou a análise das cargas fatoriais cruzadas. A maioria dos

indicadores apresentou cargas fatoriais altas em suas variáveis latentes, superiores a 0,70, e

baixa nas demais variáveis latentes.

A variância média extraída (AVE) e a consistência interna (Alpha de Cronbach) são

critérios que também são utilizados para validação convergente do modelo (Hair, Ringle, &

Sarstedt, 2011).

A variância média extraída (AVE) deve apresentar um valor superior a 0,5 (Hair, Ringle,

& Sarstedt, 2011). Já para consistência interna, que é avaliada por meio do Alpha de Cronbach,

valores entre 0,60 e 0,70 são considerados aceitáveis em estudos exploratórios e valores entre

0,70 e 0,90 para estudos avançados (Nunally & Berstein, 1994; Hair et al., 2017).

Para avaliar o modelo de mensuração, uma medida principal utilizada, além do exame

das cargas para cada indicador, é a confiabilidade composta de cada construto (Hair et al., 2005;

Hair et al., 2017), que descreve o grau em que os indicadores representam o construto latente

em comum, e tem como valor de referência aceitável 0,70.

A Tabela 8 apresenta os indicadores mencionados. Todos os indicadores estão dentro

dos valores estabelecidos, com exceção do indicador CP que apresentou um valor de Alpha de

Cronbach de 0,66. Além de o valor estar dentro do estabelecido para estudos exploratórios, e

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próximo do valor para estudos avançados, de acordo com Hair et al. (2017) o Alpha de

Cronbach é sensível ao número de itens da escala e, geralmente, tende a subestimar a

consistência interna, sendo mais apropriado realizar a avaliação pela confiabilidade composta,

na qual o indicador apresentou valor adequado.

Tabela 8 – Alpha de Cronbach, Confiabilidade Composta e Variância Média Extraída

Construtos Alpha de

Cronbach Confiabilidade Composta

Variância Média

Extraída

CG 0,790 0,861 0,609

CP 0,664 0,815 0,598

ET 0,774 0,853 0,594

JD 0,830 0,881 0,598

Fonte: dados da pesquisa.

O cálculo da raiz quadrada da AVE é outro indicador de validade discriminante entre

os construtos. Esses valores são apresentados na Tabela 9. A raiz quadrada da variância média

extraída é apresentada em negrito na diagonal, esse valor deve ser maior que a correlação entre

as variáveis latentes (Fornell & Larcker, 1981).

Tabela 9 – Validade Discriminante – Raiz Quadrada da AVE

Construtos CG CP ET JD Tecnoestresse

CG 0,780

CP -0,258 0,773

ET -0,297 0,492 0,771

JD 0,525 -0,307 -0,357 0,773

Tecnoestresse -0,123 0,413 0,461 -0,098 FORMATIVO

Fonte: dados da pesquisa.

De acordo com a Tabela 9, todos os valores de correlação entre as variáveis latentes

estão maiores do que os valores da raiz quadrada da variância média extraída (diagonal).

4.4 AVALIAÇÃO DE MODELO DE MENSURAÇÃO FORMATIVO

Para o indicador do modelo que é formativo (Tecnoestresse), os critérios para avaliação

são: validade convergente, análise da multicolinearidade e significância e relevância (Hair et

al., 2017).

A validade convergente foi realizada por meio da análise de redundância. Essa análise

foi feita por meio da correlação das variáveis do construto formativo com uma medida global

do indicador. O construto foi modelado como a variável independente e a medida global como

variável dependente. De acordo com Hair et al. (2017), um coeficiente de caminho acima do

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limiar de 0,800 fornece suporte para a validade convergente do construto formativo. No caso

do construto Tecnoestresse, o valor foi de 0,848, fornecendo suporte para validade convergente.

Para testar a colinearidade dos indicadores, foram analisados os valores de VIF

(Variance Inflation Factor) para as variáveis do construto formativo. Todos os valores estão

abaixo de 5, dentro do estabelecido por Hair et al. (2017).

Para analisar a significância e relevância foi utilizada a técnica bootstrapping no

SmartPLS. De acordo com a estatística T dos pesos externos (outer weights), os indicadores

TIM e TS são significantes, mas as variáveis TI, TC e TIS não. Porém, Hair et al. (2017)

recomendam que se analise as cargas externas também (outer loadings). Na análise da

estatística T das cargas externas, todas as variáveis são significantes (p < 0,01). Nesse caso, a

recomendação é que as variáveis sejam mantidas no modelo.

4.5 AVALIAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL

Antes de avaliar o modelo estrutural, é necessário avaliar a colinearidade do modelo

estrutural. Para avaliar a colinearidade, foram analisados os valores de VIF para cada subparte

do modelo estrutural. A Tabela 10 apresenta os valores de VIF, e todos os valores estão dentro

do estabelecido por Hair et al. (2017), sendo abaixo de 5.

Tabela 10 – Avaliação de colinearidade

Exaustão no Trabalho

Confiança na Gestão 1,402

Conflito de Papéis 1,332

Justiça Distributiva 1,446

Tecnoestresse 1,209

Fonte: dados da pesquisa.

Para analisar as significâncias dos indicadores, foi utilizada a técnica bootstrapping

(Efron & Tibshirani, 1998). A utilização da técnica bootstrapping para analisar a significância

das cargas obtidas para as variáveis observáveis não se baseia só em uma estimação de modelo,

mas calcula estimativas de parâmetros e seus intervalos de confiança com base em múltiplas

estimações (Hair et al., 2005; Hair et al., 2017).

A estatística t de Student analisa a hipótese de que os coeficientes de correlação são

iguais a zero. Caso os resultados deste teste indiquem valores superiores a 1,96, a hipótese é

rejeitada e a correlação é significante (Efron & Tibshirani, 1998; Hair et al., 2017). A Tabela

11 apresenta os coeficientes estruturais do modelo de medidos e estatística t de Student.

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Tabela 11 – Coeficientes estruturais do modelo de medidas e estatística t de Student

Indicadores Média Erro Padrão Estatística T P-valor

CG1 <- CG 0,757 0,058 13,177 0,000

CG2 <- CG 0,785 0,048 16,371 0,000

CG3 <- CG 0,832 0,036 23,044 0,000

CG4 <- CG 0,721 0,059 12,206 0,000

CP1 <- CP 0,821 0,031 26,782 0,000

CP3 <- CP 0,821 0,033 24,763 0,000

CP4 <- CP 0,657 0,056 11,781 0,000

ET1 <- ET 0,827 0,021 39,650 0,000

ET2 <- ET 0,664 0,040 16,440 0,000

ET3 <- ET 0,741 0,039 19,271 0,000

ET4 <- ET 0,833 0,023 36,039 0,000

JD1 <- JD 0,838 0,025 33,695 0,000

JD2 <- JD 0,747 0,041 18,247 0,000

JD3 <- JD 0,835 0,025 33,130 0,000

JD4 <- JD 0,743 0,044 17,011 0,000

JD5 <- JD 0,687 0,046 15,080 0,000

TC -> Tecnologia 0,434 0,113 3,977 0,000

TI -> Tecnologia 0,452 0,112 4,145 0,000

TIN -> Tecnologia 0,517 0,109 4,958 0,000

TIS -> Tecnologia 0,544 0,105 5,378 0,000

TS -> Tecnologia 0,939 0,039 24,478 0,000

Fonte: dados da pesquisa.

A Tabela 12 apresenta os valores dos coeficientes entre os construtos e as respectivas

estatísticas t de Student. Os valores também foram estimados pela técnica de bootstrapping.

Todos os valores dos relacionamentos que apresentaram valores de t de Student

superiores a 1,96 (nível de significância = 5%), têm suporte para a hipótese correspondente.

Porém, o relacionamento entre CG e ET apresentou t de Student inferior a 1,96, não dando

suporte para a hipótese desse relacionamento.

Tabela 12 – Coeficientes do modelo estrutural – entre construtos

Indicadores Média Erro Padrão Estatística T P-valor

Confiança na Gestão -> Exaustão no Trabalho -0,086 0,056 1,451 0,147

Conflito de Papéis -> Exaustão no Trabalho 0,279 0,058 4,804 0,000

Justiça Distributiva -> Exaustão no Trabalho -0,197 0,054 3,617 0,000

Tecnoestresse -> Exaustão no Trabalho 0,327 0,050 6,332 0,000

Fonte: dados da pesquisa.

Para avaliar o coeficiente de determinação (r²), utilizou-se os estudos de Cohen (1988)

e Faul et al. (2007), que determinam que os valores de f2 iguais a 0,02, 0,15 e 0,35 são

considerados, respectivamente, como efeitos pequenos, médios e grandes. Esses valores de f2

representam valores de r2 iguais a 2%, 13% e 25%, respectivamente.

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De acordo com as análises, o construto ET apresentou um r² de 0,378, considerado alto.

O modelo resultante da pesquisa é apresentado na Figura 22.

Figura 22 – Modelo resultante da pesquisa.

Fonte: elaborada pela autora.

Notas: * = significante a 5%; ** = significante a 1%; *** = significante a 0,1%; NS = não

significante.

Além de avaliar a magnitude dos valores de r² como um critério de precisão preditiva,

foi avaliado o valor Q², que é um indicador de relevância preditiva do modelo. A medida Q²

aplica uma técnica de reutilização de exemplo que omite parte da matriz de dados e usa as

estimativas do modelo para prever a parte omitida. Especificamente, quando um modelo PLS-

SEM apresenta relevância preditiva, prediz com precisão os pontos de dados dos indicadores

em modelos de mensuração reflexivos. A Tabela 13 apresenta os valores de r2, r2 ajustado e Q2.

Tabela 13 – Resultados dos valores de R2 e Q2 Construto r2 r2 ajustado Q2

Exaustão no Trabalho 0,378 0,369 0,194

Fonte: elaborada pela autora.

Para os modelos de SEM, valores de Q² maiores que zero para uma variável latente

endógena reflexiva específica que indicam a relevância preditiva do modelo de caminho. No

caso do presente estudo, os valores foram maiores que zero.

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4.6 ANÁLISE MULTIGRUPO

Para testar se há diferenças entre os relacionamentos nos gêneros masculino e feminino,

foi realizada uma análise multigrupos, de acordo com as sugestões de Hair et al. (2018).

A Tabela 14 apresenta os resultados da análise dos relacionamentos significantes dos

construtos entre grupos de respondentes masculinos e femininos.

Tabela 14 – Análise de relacionamentos do modelo de pesquisa por diferenciação de gênero

Diferença de

coeficientes -

Gênero

P-valor

Confiança na Gestão -> Exaustão no Trabalho 0,053 0,327

Conflito de Papéis -> Exaustão no Trabalho 0,013 0,54

Justiça Distributiva -> Exaustão no Trabalho 0,005 0,52

TECNOESTRESSE -> Exaustão no Trabalho 0,006 0,478

Fonte: dados da pesquisa.

Pelos resultados da Tabela 14, observa-se que não existem diferenças

significativas dos relacionamentos entre os construtos de acordo com o gênero dos

respondentes.

4.7 ANÁLISE DE MODERAÇÃO

Para testar se existem influências da idade, tempo de casa e experiência profissional

como variáveis moderadoras dos relacionamentos entre construtos, foram conduzidos testes de

significância. A Tabela 15 apresenta os resultados dos testes associados ao construto Exaustão

no Trabalho.

Tabela 15 – Análise de moderação de idade, tempo de casa e experiência profissional associada

com o construto Exaustão no trabalho.

Construto associado: Exaustão no trabalho Coeficiente p-Valor

Justiça Distributiva * idade -0,119 0,317

Conflito de Papéis * idade 0,072 0,07

Tecnoestresse * idade 0,076 0,061

Justiça Distributiva * tempo de casa -0,023 0,723

Conflito de Papéis * tempo de casa 0,033 0,338

Tecnoestresse * tempo de casa 0,012 0,841

Justiça Distributiva * experiência -0,102 0,216

Conflito de Papéis * experiência 0,049 0,147

Tecnoestresse * experiência 0,053 0,197

Fonte: dados da pesquisa.

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Pelos resultados da Tabela 15, observa-se que não existe relacionamento significante

de moderação de idade, tempo de casa e experiência profissional com Exaustão no Trabalho.

Com as validações obtidas com o modelo estrutural, obteve-se a síntese dos testes de

hipóteses do estudo na Tabela 16.

Tabela 16 – Síntese dos testes de hipóteses do estudo

Hipóteses Descrição Resultado

H1 O tecnoestresse influencia positivamente a exaustão no trabalho.

Confirmada

H2 O conflito de papéis influencia positivamente a exaustão no trabalho. Confirmada

H3 A confiança na gestão influencia negativamente a exaustão no trabalho.

Não

confirmada

H4 A justiça distributiva influencia negativamente a exaustão no trabalho. Confirmada

Fonte: elaborada pela autora.

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5 CONCLUSÕES

Este estudo teve como objetivo investigar fatores que influenciam a exaustão no

trabalho e que pode levar a consequências negativas para o colaborador como também para a

empresa.

Acredita-se que muitas organizações reconhecem que seus empregados podem

experimentar condições adversas e estressantes de trabalho, algumas características do

ambiente de trabalho são consideradas importantes para o aparecimento da exaustão.

A amostra de 273 respondentes, considerados válidos para a pesquisa, apresentaram

evidências dos fatores que podem influenciar a exaustão no trabalho.

As relações entre os construtos foram analisadas estatisticamente, proporcionando o

teste das hipóteses para analisar o problema de pesquisa. Ao todo foram analisadas quatro

hipóteses e três foram confirmadas.

A exaustão no trabalho é definida como uma resposta ao estresse ocupacional crônico,

caracterizada por sentimentos de desgaste físico e emocional (Maslach & Jackson 1986;

Maslach, 1993). De acordo com o resultado, essa dimensão apresentou um r² de 37,8%,

considerado alto conforme (Cohen, 1998). Assim, as variáveis independentes do modelo

explicam 37,8% da exaustão no trabalho considerado um valor significativo para investigação

do estudo.

O tecnoestresse é um impacto negativo quando associado à adaptação tecnológica, que

pode atingir aspectos fisiológicos, comportamentais e psicológicos dos colaboradores, e pode

apresentar exaustão no trabalho de acordo com os resultados desse estudo (Brod, 1998).

De acordo com a primeira hipótese do estudo “O Tecnoestresse influencia positivamente

na exaustão no trabalho” - foi confirmada. Esse resultado indica que as organizações devem

estar atentas na forma como utilizam as tecnologias. São constantes as mudanças tecnológicas,

mas ainda existe uma resistência pelo funcionário quando se trata de adaptações a essas

tecnologias. Sugere-se aos gestores quanto à implementação desses processos um eficiente

gerenciamento, comunicar aos seus colaboradores a razão pela qual as mudanças são

implementadas, apresentar a necessidade dessa adaptação para o melhor desenvolvimento do

trabalho. Tais resultados demonstram a importância para as organizações em se ter o

conhecimento dos efeitos das tecnologias sobre os usuários e o papel que as tecnologias

exercem nos indivíduos. Dessa forma, é possível tomar decisões que podem reduzir o número

de casos de tecnoestresse em colaboradores que usam as tecnologias para o desenvolvimento

de seu trabalho.

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Além disso, dentro dos fatores estudados observou-se que o Tecnoestresse teve o maior

efeito na exaustão no trabalho. Portanto, sugere-se aos gestores quando se trata de mudanças

tecnológicas para minimizar os impactos negativos, orientar e conduzir o quanto ao melhor uso

das tecnologias da informação, para reduzir os efeitos do tecnoestresse.

A segunda hipótese - “O Conflito de papéis influencia positivamente na exaustão no

trabalho” - foi confirmada. Esse resultado indica que as organizações devem se preocupar com

ações para prevenir os conflitos de papéis na organização. Portanto, sugere-se ao gestor

desenvolver um papel importante no direcionamento de seus colaboradores, priorizar as

atividades em situações onde há diversos papéis. No local de trabalho é importante a definição

de metas claras e acompanhamento dos processos pelos gestores, o que pode contribuir com

clareza e compreensão das atividades no ambiente organizacional.

A terceira hipótese - “A confiança na gestão influencia negativamente a exaustão no

trabalho” - não foi confirmada. Mas, apesar de a hipótese não ter sido confirmada, existe uma

pequena influência sobre a Exaustão no trabalho, embora não significante nesse estudo. Outros

estudos afirmam que a confiança na gestão pode influenciar negativamente na exaustão no

trabalho (Williamson, 1985). Acredita-se que a confiança no trabalho surge após um tempo de

convivência com as pessoas, e de experiências de cooperação baseadas nas expectativas que

se formam dentro de uma relação.

A quarta hipótese - “A justiça distributiva influencia negativamente a exaustão no

trabalho” - foi confirmada, onde foi identificado que a Justiça distributiva influencia

negativamente na exaustão no trabalho. A percepção de justiça pelos colaboradores diminui o

nível de estresse, além de um ambiente organizacional salubre e justo, é importante para a

segurança da organização, esse resultado também corrobora os estudos de (Mendonça, Pereira,

Tamayo & Paz, 2003; Prestes, Mendonça & Ferreira, 2013; Paz, Gosendo, Dessen, & Mourão,

2009). Esse resultado indica que as organizações devem se preocupar com a justiça

organizacional, pois essa variável está diretamente associada ao comprometimento

organizacional, à satisfação no trabalho, à saúde dos funcionários, ao comportamento do

consumidor, entre outros. A percepção de justiça pelos empregados pode melhorar o

desenvolvimento e a qualidade no trabalho.

De acordo com a análise Multigrupo de respondentes em relação ao gênero observa-se

que não existem diferenças significativas dos relacionamentos entre os construtos. Portanto,

essa análise de gênero ofereceu uma importante informação, às diferenças entre homens e

mulheres quando associado à exaustão no trabalho não houve impacto significativo.

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Na análise de Moderação foi testado se existem influências entre idade, tempo de casa

e experiência profissional entre os construtos quando associado à exaustão no trabalho,

observou-se que não existe relacionamento significante. Portanto, a relação entre tempo de

serviço na empresa mostrou que os colaboradores, não necessariamente, sofrem mais com

exaustão no trabalho.

Os resultados desse estudo podem ser úteis às organizações, quando se trata dos fatores que

promovem a exaustão no trabalho, pois o profissional que utiliza tecnologias pode apresentar

nível de estresse por inabilidade de adaptação tecnológica. Nesse sentido sugerem-se às

organizações buscar formas de melhorar a relação entre lideres e seus subordinados no sentido

de melhorar o desenvolvimento das atividades laborais.

Entre as contribuições originadas por esta pesquisa, algumas estão relacionadas ao

âmbito acadêmico. Os resultados atendem a chamada de pesquisa de (Monideepa Tarafdar,

Qiang Tu, Bhanu S. Ragu-Nathan & T. S. Ragu-Nathan (2008), na qual os autores recomendam

pesquisas para identificar os fatores criadores de tecnoestresse e incluir variáveis que associem

o tecnoestresse em diferentes áreas organizacionais. Em outro estudo, os autores Monideepa

Tarafdar, Tu Qiang, Bhanu S. Ragu-Nathan & TS Ragu-Nathan (2007) recomendaram

pesquisas com maior profundidade à relação entre tecnoestresse e a conflito de papéis. Além

disso, este estudo atende a chamada de D. Harrison McKnight, Brandis Phillips & Bill C.

Hardgrave (2009) a pesquisa foi aplicada em organizações e diferentes departamentos.

Pesquisas futuras podem agregar ao estudo outras dimensões que versam a confiança na

gestão, na qual não foi possível confirmar seu relacionamento à exaustão nesse estudo. Por

exemplo, uma possibilidade de estudo é a replicação com outros instrumentos de confiança que

apresente este construto de forma multidimensional. Outra possibilidade de pesquisa pode ser

um estudo longitudinal para a investigação do surgimento das relações de relações de causa e

efeito sobre a confiança na gestão e a exaustão no trabalho.

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APÊNDICE A

Prezado participante

Este questão certas ou erradas, o que importa é a sua opinião e sua experiência pessoal. Por

questões éticas, irei tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo, assim como o

anonimato. Os dados serão utilizados exclusivamente para análise investigatória.

Obs. Na área de tecnologia podemos pensar em computadores, tablets, notebooks, smartphones

e outros.

As questões foram criadas de modo a serem respondidas por meio de uma escala de 1 a 7, sendo

que 1 representa que discorda totalmente e 7 que concorda totalmente. Agradeço desde já por

sua ajuda e gostaria de contar com a sua colaboração respondendo ao questionário!

Obrigada.

Ingrid Crispim,

Pós-Graduanda em Administração

Universidade Metodista de São Paulo

[email protected]

* Obrigatório

“Aceito participar voluntariamente de uma pesquisa sobre fatores que influenciam a

exaustão no trabalho para fins exclusivamente acadêmicos. Sei que minha opinião será

mantida anônima, analisada e divulgada apenas para fins educativos, obedecendo a

critérios científicos.”*

⃝ Concordo ⃝ Discordo

Sou recompensado, de maneira justa, pela qualidade do trabalho que apresento.*

1.Discordo totalmente

2.Discordo em grande parte

3.Discordo parcialmente

4.Nem concordo nem discordo

5.Concordo parcialmente

6.Concordo em grande parte

7.Concordo totalmente

⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝

Eu me sinto cansado no final do dia útil.*

1.Discordo totalmente

2.Discordo em grande parte

3.Discordo parcialmente

4.Nem concordo nem discordo

5.Concordo parcialmente

6.Concordo em grande parte

7.Concordo totalmente

⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝

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Eu faço tarefas que deveriam ser atribuídas a outras pessoas.*

1.Discordo totalmente

2.Discordo em grande parte

3.Discordo parcialmente

4.Nem concordo nem discordo

5.Concordo parcialmente

6.Concordo em grande parte

7.Concordo totalmente

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Eu tenho menos tempo com minha família por causa das tecnologias da empresa.*

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4.Nem concordo nem discordo

5.Concordo parcialmente

6.Concordo em grande parte

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Tenho dúvidas para usar as tecnologias nas minhas tarefas.*

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Sou recompensado, de maneira justa, por minha responsabilidade no trabalho.*

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5.Concordo parcialmente

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Eu me sinto esgotado no meu trabalho.*

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Eu tenho que atualizar constantemente para evitar ser demitido.*

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Há sempre modificações nos sistemas que usamos na empresa.*

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Às vezes eu tenho que burlar uma regra do meu trabalho para finalizar uma tarefa.*

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Minha empresa possui uma liderança de qualidade. *

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Eu sinto que minha vida pessoal é invadida pelas tecnologias do meu trabalho.*

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As tecnologias do meu trabalho me forçam a trabalhar mais rápido.*

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Sou recompensado, de maneira justa, por minha experiência profissional.*

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As tecnologias do meu trabalho me forçam a trabalhar com prazos apertados.*

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Sinto-me emocionalmente exausto no meu trabalho.*

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As tecnologias do meu trabalho me forçam a realizar mais tarefas do que eu posso

suportar.*

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Normalmente, eu recebo ordens e pedidos no trabalho que não dizem respeito à minha

função.*

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No geral, tenho uma gerência muito capaz e eficiente.*

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Sinto-me cansado quando me levanto de manhã e tenho que enfrentar outro dia de

trabalho.*

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7.Concordo totalmente

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Sou obrigado a mudar meus hábitos de trabalho para me adaptar às tecnologias do meu

trabalho.*

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Os sistemas do meu trabalho são alterados frequentemente.*

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Sou recompensado, de maneira justa, por meus esforços no trabalho.*.

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As tecnologias do meu emprego me fazem ficar em contato com meu trabalho, mesmo

nos finais de semana.*

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Não encontro tempo suficiente para melhorar minhas habilidades com tecnologias.*

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Eu me sinto ameaçado por colegas de trabalho que lidam melhor com novas

tecnologias.*

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A gerência está preocupada com meu bem-estar.*

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Acho que as pessoas mais jovens da minha empresa sabem mais sobre as tecnologias.*

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Eu tenho uma carga maior de trabalho por causa das tecnologias do meu trabalho.*

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Eu não compartilho conhecimento das tecnologias com meus colegas de trabalho por

medo de ser substituído.*

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⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝ ⃝ Sou recompensado, de maneira justa, pelo estresse a que sou submetido durante o meu

trabalho.*

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As tecnologias do meu emprego me fazem ficar em contato com meu trabalho, mesmo

nos meus horários de lazer.*

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Eu acredito que a gerência se preocupa bastante para o meu desenvolvimento pessoal.*

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Costumo executar atividades de outros colegas de trabalho com funções diferentes.*

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Sinto que meu emprego fica ameaçado por causa das novas tecnologias.*

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Normalmente, eu acho complexo entender e usar novas tecnologias no trabalho.*

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Eu sinto que os colegas de trabalho não compartilham conhecimentos das tecnologias

por medo de serem substituídos.*

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3.Discordo parcialmente

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No meu trabalho, eu tenho que administrar as preferências diferentes dos colegas de

trabalho sobre a execução de alguma tarefa.*

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6.Concordo em grande parte

7.Concordo totalmente

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Preciso de muito tempo para entender e usar novas tecnologias que são usadas no meu

trabalho.*

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2.Discordo em grande parte

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As tecnologias do meu emprego me fazem ficar em contato com meu trabalho, mesmo

nas minhas férias.*

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2.Discordo em grande parte

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5.Concordo parcialmente

6.Concordo em grande parte

7.Concordo totalmente

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Gênero: *

⃝ Feminino ⃝ Masculino

Idade

Anos

Qual é o seu nível de escolaridade? *

Estado civil *

⃝ Solteiro(a)

⃝ Casado(a)

⃝ Divorciado(a)

⃝ Viúvo(a)

Tempo de experiência profissional, somando todas as empresas que você trabalhou. *

Anos

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Tempo de serviço na organização atual. *

Anos

A sua função dentro da organização está bem definida? *

⃝ Sim ⃝ Não