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UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO GENITA BEZERRA DE SOUZA EDUCAÇÃO DO TRÂNSITO PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL MACEIÓ AL 2013

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UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO

GENITA BEZERRA DE SOUZA

EDUCAÇÃO DO TRÂNSITO PARA ALUNOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL

MACEIÓ – AL

2013

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GENITA BEZERRA DE SOUZA

EDUCAÇÃO DO TRÂNSITO PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof. Dr. Manoel Ferreira do Nascimento Filho

MACEIÓ-AL

2013

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GENITA BEZERRA DE SOUZA

EDUCAÇÃO DO TRÂNSITO PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito.

APROVADO EM ____/____/____

______________________________________ PROF. DR. MANOEL FERREIRA DO NASCIMENTO FILHO

ORIENTADOR

_____________________________________ PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________ PROF. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA

BANCA EXAMINADORA

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DEDICATÓRIA

Dedico a minha mãe por ter me dado a vida; A minha família de coração

Margarida Padilha, Roberto Gil e seus filhos: Ana Paula, Adriana e Roberto pelo

apoio e participação nessa caminhada;

A Jeane por ser muito inteligente e ter sido a minha companheira nos

trabalhos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado forças para chegar aonde

eu cheguei;

A meu orientador Manoel pelo apoio e disponibilidade;

Aos amigos da sala pelo companheirismo, em especial a Jeane que me

acompanhou nas pesquisas;

Aos professores pelos conhecimentos transmitidos;

A minha família pelo apoio e confiança;

Aos funcionários do Núcleo de Educação para o trânsito;

E a todos que me apoiaram nesta nova etapa.

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“No trânsito somos todos iguais, com papéis

diferentes, em momentos diferentes. Então é

o maior espaço de cidadania.”

(Nereide Tolentino)

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RESUMO

Este trabalho visa identificar através de pesquisa a educação no trânsito para alunos do ensino fundamental, tendo como objetivo compreender como a educação do trânsito poderá ser ensinada em escolas de ensino fundamental. Partindo da seguinte pergunta: Diante da constatação da importância da educação para o trânsito no ensino fundamental. Como realizar essa educação para o trânsito nas escolas de Ensino Fundamental? O método de pesquisa utilizado foi o estudo de caso, por meio de entrevista semi-estruturada, feita a professores do ensino fundamental. Observou-se nessa pesquisa que são poucos, mas ainda existem professores que não estão preocupados com a situação que se encontra o trânsito. Constatou-se que a educação para o trânsito no ensino fundamental é de suma importância. Admitindo, portanto, que o assunto trânsito é um problema social em que todos, inclusive pais e professores, devem participar para que haja melhorias. PALAVRAS-CHAVE: Educação para o trânsito; Ensino Fundamental; Lei de Trânsito

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ABSTRACT

This work aims to identify through research the traffic education for elementary school students, with objective of understand how the traffic education can be taught in elementary schools. Starting from the following question: in the face of realization of the importance of traffic education in the elementary schools. How to make this traffic education in elementary schools? The research method used was a case study using semi-structured interview, made with elementary school teachers. Observed in this study that there are few there are still teachers who are not concerned with the situation that the transits today. It was found that the traffic education in elementary education is of utmost importance. Assuming, therefore, that the traffic issue is a social problem in which everyone, including parents and teachers should participate so that there are improvements.

Keywords: Education for transit; Basic education; Traffic Law

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

GRÁFICO 01 – Relação percentual da rede escolar onde os professores

entrevistados lecionam..............................................................................................24

GRÁFICO 02 – Distribuição, em porcentagem, da faixa etária dos professores

entrevistados..............................................................................................................25

GRÁFICO 03 - Distribuição do tempo de trabalho dos docentes...............................25

GRÁFICO 04 – Resultados referentes a questão do professor entrevistado ser ou

não habilitado para o trânsito.....................................................................................26

GRÁFICO 05 - Distribuição, em porcentagem, da observação ou envolvimento dos

docentes em algum acidente de trânsito....................................................................26

GRÁFICO 06- Distribuição, em porcentagem, do nível de conhecimento dos

professores acerca da nova lei de trânsito que altera os limites de velocidade para

fins de enquadramentos infracionais e de penalidades.............................................27

GRÁFICO 07- Distribuição, em porcentagem, dos professores que obtiveram

disciplinas sobre o trânsito, durante o período de formação educacional.................28

GRÁFICO 08- Distribuição, em porcentagem, dos professores que tiveram alguma

preparação para orientar seus alunos ao convívio com o trânsito.............................28

GRÁFICO 09- Relação percentual de professores sobre a importância dada à

introdução de uma disciplina cujo conteúdo contemplasse aspectos de legislação de

trânsito, voltada para o ensino fundamental ..............................................................29

GRÁFICO 10- Distribuição, em porcentagem, do grau de envolvimento da escola

com o trânsito.............................................................................................................29

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GRÁFICO 11- Distribuição, em porcentagem, quanto ao nível que as diretrizes sobre

o trânsito deveriam ser trabalhadas/desenvolvidas...................................................30

GRÁFICO 12- Distribuição, em porcentagem, dos professores que tem algum

conhecimento sobre o envolvimento de algum dos seus alunos em acidentes de

trânsito........................................................................................................................31

GRÁFICO 13- Distribuição, em porcentagem, dos professores tem algum

conhecimento sobre o envolvimento de algum dos familiares de seus alunos em

acidentes de trânsito .................................................................................................31

GRÁFICO 14- Distribuição, em porcentagem, dos professores que acham que o

trânsito exerce influência sobre as relações sociais..................................................32

GRÁFICO 15- Distribuição, em porcentagem, dos professores que acreditam que a

educação para o trânsito nas escolas, possibilitaria uma maior participação social

dos alunos..................................................................................................................32

GRÁFICO 16 – Distribuição, em porcentagem, dos professores que se emocionam

com os problemas gerados pelo trânsito ...................................................................33

GRÁFICO 17- Distribuição, em porcentagem, dos professores que consideram os

problemas do trânsito como uma questão grave para a sociedade...........................33

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO .......................................................................................................12

2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................14

2.1 Educação como Instrumento de Transformação ...........................................14

2.2 A Escola como Ambiente de Produção de Conhecimentos .........................15

2.3 Evolução da Educação para o Trânsito ..........................................................17

2.4 Interdisciplinaridade Relacionada à Educação para o Trânsito ...................18

2.5 Ensino Fundamental e sua Estrutura ..............................................................19

2.6 Características e Perfil dos Professores do Ensino Fundamental ...............20

3 MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................22

3.1 Ética....................................................................................................................22

3.2 Tipo de Pesquisa...............................................................................................22

3.3 Universo.............................................................................................................22

3.4 Sujeitos e Amostra.............................................................................................22

3.5 Instrumento de Coleta de Dados......................................................................22

3.6 Procedimentos para Coleta de Dados..............................................................23

3.7 Procedimentos para Análise dos Dados..........................................................23

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................24

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................34

REFERÊNCIAS..........................................................................................................36

APÊNDICE.................................................................................................................37

ANEXO.......................................................................................................................40

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1. INTRODUÇÃO

Quem já não ouviu falar que o trânsito é a utilização das vias por veículos

motorizados, veículos não motorizados, pedestres e animais, para fins de circulação,

parada ou estacionamento. E que se faz necessária a conscientização de todos para

que haja uma qualidade harmônica ao se transitar. Todavia, mesmo com esse

conhecimento parece que existe uma má informação tanto dos pedestres como dos

condutores sobre o correto comportamento no trânsito, pois ainda existe um número

muito grande de acidentes.

Muitas crianças são vitimas de acidentes no trânsito, levando até a morte. O

que nos faz pensar: Será que se instruídas quanto às devidas práticas

comportamentais no trânsito pelos pais e professores esse índice iria mudar? E

Como realizar esse ensino nas escolas de Ensino Fundamental? Diante esses

questionamentos, este trabalho tem como hipóteses que as crianças quando

recebem orientações de trânsito desde o Ensino Fundamental por pessoas

capacitadas desenvolvem maior conscientização através das informações recebidas,

pois a elas serão apresentadas o que deve ou não se fazer, criando dessa forma

uma responsabilidade ao transitar pelas ruas, a qual será estendida a outros níveis,

no futuro, proporcionando indivíduos mais conscientes no trânsito.

Percebe-se então que a educação para o trânsito, no Brasil, atualmente é

uma realidade a ser considerada, sendo importante a adoção desde o ensino

fundamental até o momento que o indivíduo candidata-se à habilitação inscrevendo-

se no processo necessário à sua obtenção. Mas, infelizmente, os conceitos e

conhecimentos relativos ao trânsito são priorizados apenas no momento que o

indivíduo necessita da Carteira Nacional de Habilitação, momento no qual se

inscreve em um Centro de Formação de Condutores que irá lhe proporcionar

conhecimentos acerca do Código de Trânsito Brasileiro e legislações relacionadas,

sendo este tempo insuficiente para que possa adquirir noções que se encontram

agregadas às exigências do trânsito, como: o respeito à vida, noções de cidadania,

primeiros socorros, dentre várias outras. Nesse sentido, observa-se uma urgente

necessidade de se implantar nos currículos do ensino fundamental, disciplinas

acerca da educação para o trânsito, devendo estas serem trabalhadas

transversalmente e de forma interdisciplinar, para que os seus conceitos sejam

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assimilados pelos alunos desde a sua infância, e no momento oportuno, tornem-se

condutores e pedestres conscientes dos seus papéis como cidadãos.

A partir de tal concepção, em que se apresenta ainda um índice elevado de

crianças e adultos com comportamentos inadequados no trânsito, ocasionando

mortes. Fato esse que se propaga por encarar a educação para o trânsito só

necessária para adultos com idade para obtenção da Carteira Nacional de

Habilitação, o que obriga os Centros de Formação de Condutores a reeducar

pessoas que já estão inseridas no trânsito há anos, como pedestres, ciclistas e até

como condutores inabilitados. Isso é, se tanto crianças como adultos estivessem

sendo educadas para o trânsito desde o ensino fundamental a realidade seria de

maneira geral completamente diferente. Com essa justificativa o presente trabalho

teve como objetivo geral buscar compreender como essa educação para o trânsito

poderá ser ensinada nas escolas de Ensino Fundamental. Para tanto pesquisou a

perspectiva dos docentes, atuantes na rede pública e privada de ensino fundamental

do município de Recife-PE, quanto à necessidade de se implantar no ensino

fundamental a disciplina educação para o trânsito, objetivando a formação de

condutores e cidadãos mais conscientes acerca da problemática que se constituiu o

trânsito no Brasil. O que forneceu respaldo sobre o real conhecimento da

valorização na educação escolar para instruções sobre o trânsito; sobre a

possibilidade de futuras ações voltadas ao correto comportamento nas vias, dentre

outras.

A hipótese que norteia esse trabalho relaciona-se com a inserção da

disciplina educação para o trânsito, a ser desenvolvida desde o ensino fundamental,

entendendo que as crianças ao receberem orientações de trânsito já nesse período

por pessoas capacitadas desenvolvem maior conscientização através das

informações recebidas, facilitando a compreensão e a consciência das mesmas em

relação à realidade do trânsito.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 A Educação como Instrumento de Transformação

Antes de ser imposta a educação no trânsito, muitos pensavam da seguinte

maneira: “A educação de trânsito será a salvação”. É verdade que sua chegada foi

comemorada, porém, seguida de uma dose de decepção, exemplo: determinava-se

a educação nas escolas, mas não havia clareza do que era educação de trânsito,

quais os conteúdos necessários, quem aplicaria, como se daria e como se passaria.

O código de trânsito é bem claro no capítulo VI do art. 74: A educação para o

trânsito é direito de todos e constitui dever prioritários para os componentes do

Sistema Nacional de Trânsito. E no parágrafo único do mesmo capitulo diz: para a

finalidade prevista neste artigo, o Ministério da Educação e do Desporto, mediante

proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras,

diretamente ou mediante convênio, promoverá: I - A adoção, em todos os níveis de

ensino, de currículo interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança

de trânsito. Logo, fica bastante evidente o direito de temos uma educação para o

trânsito, e também a possível atuação dos órgãos da educação, esporte, através de

propostas do CONATRAN e do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras

na contribuição quanto conteúdos programáticos sobre segurança de trânsito. E a

Portaria 147 em 02 de junho de 2009, aprova as Diretrizes Nacionais da Educação

para o trânsito na Pré-Escola e no Ensino Fundamental. Os professores então

passam a ter a oportunidade de desenvolver atividades que deem importância à

adoção de posturas e atitudes voltadas ao bem comum; favorecendo a análise e a

reflexão de comportamentos seguros no trânsito, o respeito e a valorização da vida.

As diretrizes trazem conceitos e diferentes sugestões de como ensinar sobre o

trânsito nestes dois níveis de ensino. No caso do ensino fundamental o assunto

trânsito entra como assunto transversal ao currículo. No entanto ao fazermos um

percurso histórico sobre educação para o trânsito percebe-se que foi na década de

20 nos Estados Unidos que surgiram as primeiras disciplinas visando à inserção da

educação para o trânsito no sistema educacional. Tendo como objetivo a

conscientização dos indivíduos no sentido de práticas mais seguras ao dirigir, assim

como a transmissão de noções e conceitos sobre a estrutura básica da legislação

relativa ao trânsito.

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A Inglaterra, por sua vez também foi percussora com as questões de trânsito,

porque sua frota de veículo aumentou bastante, sendo necessária a adoção de

normas e medidas capazes de proporcionar maior segurança nos seus vários

sistemas. Surgindo assim investimento em estudos sobre às vias de tráfego para

reduzir os acidentes.

Na década de 30, as companhias de seguros e da Associação Americana de

automóveis é que faziam questão de uma disciplina associada ao trânsito, pois o

número de acidentes aumentará, e como conseqüência também o número de

indenização. O governo americano passava a lançar campanhas de educação

pública voltadas para o trânsito com a finalidade de se reduzir o crescente número

de acidentes (SANTOS, 1989).

Todavia, nem nos Estados Unidos, nem na Inglaterra existia uma disciplina

especifica sobre a educação para o trânsito ou que buscasse a preparação dos

indivíduos para um transito mais seguro, vinculada aos dispositivos legais e normas

que o disciplinavam (PEREIRA, 1980). Foi a Suécia que desenvolveu uma

legislação que responsabilizava de forma mais rigorosa aqueles condutores

responsáveis por graves acidentes em virtude da inobservância dos sistemas

normativos estabelecidos (SANTOS, 1989).

Quanto ao Brasil, apenas no final da década de 60 é que se observou a

adoção de medidas de caráter educativo, através da Resolução do Conselho

Nacional de Trânsito – CONTRAN. (RODRIGUES, 2007).

Em pleno século 21, não vemos ainda em todas as escolas dos Estados

Brasileiros a inserção nos currículos escolares de uma educação voltada para as

questões do trânsito. Há lei, mas parece não haver ainda concretização da mesma

em todas as escolas para a inserção de uma disciplina voltada às questões sobre a

educação no trânsito.

2.2 A Escola como Ambiente de Produção de Conhecimentos

A noção que o mundo é uma totalidade, grande e complexo e seu

conhecimento é feito pelas partes, trouxe a ideia de que a fragmentação facilitaria a

compreensão do conhecimento científico, por isso, orientou a elaboração dos

currículos básicos em certo número de disciplinas consideradas indispensáveis à

construção do saber escolar. Tal simplificação, por outro lado, complicou a

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compreensão de fenômenos mais complexos. A solução para o problema foi

relacionar as várias disciplinas do currículo. Criando assim três níveis de relação das

disciplinas entre si: multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.

Na multidisciplinaridade, recorremos a informações de várias matérias para

estudar um determinado elemento, sem a preocupação de interligar as disciplinas

entre si. Essa forma de relacionamento entre as disciplinas é a menos eficaz para a

transferência de conhecimentos para os alunos. Já a interdisciplinaridade, aborda

um assunto por meio da interação entre duas ou mais disciplinas. O ensino baseado

nesse elemento proporciona uma aprendizagem muito mais estruturada e rica, pois

os conceitos estão organizados em torno de unidades mais globais, de estruturas

conceituais e metodológicas compartilhadas por várias disciplinas. Enquanto, que a

transdisciplinaridade, observa um assunto, de modo que não se estabelece fronteira

entre uma disciplina e outra. É como se o assunto abordado fosse uma linha

perpassando pelas disciplinas. A cooperação entre as várias matérias é tanta, que

não dá mais para separá-las, por isso, acaba surgindo uma nova "macrodisciplina".

Esse é o estágio de cooperação entre as disciplinas mais difícil de ser aplicado na

escola, pois há sempre a possibilidade de uma disciplina "imperialista" sobrepor-se

às outras.

Apesar das dificuldades encontradas para elaboração de temas transversais.

Quando se uni à interdisciplinaridade e a transversalidade, elas se completam por

que:

“(...) abordam o conhecimento, como algo ativo, inacabado, passível de transformação e de ser vinculado às questões sociais. Portanto, por meio dos temas transversais e da interdisciplinaridade acredita-se ser possível trabalhar o trânsito de uma forma muito mais abrangente e contextualizada para que se possa atingir, com maior eficácia, os objetivos de proporcionar-lhe maior segurança e humanização.” (BOTELHO, 2009).

A preparação não é para uma disciplina isolada sobre o trânsito, mas sim um

tema incluído nos conteúdos já existentes. E, as diretrizes dão orientações didáticas

para as áreas como trânsito em Língua Portuguesa, trânsito em matemática, trânsito

em história.

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2.3 Evolução da Educação para o Trânsito

Em entrevista sobre a longa espera pela educação de trânsito feita por J.

Pedro Côrrea, à Nereide Tolentino pedagoga e especialista em trânsito, ela diz que

para uma implementação imediata da educação de trânsito no nosso sistema

escolar, três coisas são importantes: 1º Implementar um projeto para o ensino infantil

e fundamental, por meio de atividades inseridas nas disciplinas de cada série como,

por exemplo o Rumo a Escola (parceria Denatran/Unesco). 2º Programar um

projeto para o ensino médio e superior, por meio de atividades inseridas nas

disciplinas de cada série como, por exemplo o Transitando (do programa Volvo). E

3º desenvolver um programa de campanhas. Não esquecendo as empresas que

podem contribuir treinando seus funcionários sobre os comportamentos adequados

no trânsito.

Algumas sugestões de aulas são apresentadas através de sites como estes:

http://educacaotransitoportalprofessor.wordpress.com/sugestoesdeaulas, e

http://www.detran.ba.gov.br/download/educacao/modulo_basico.pdf com a intenção

de apresentar propostas educativas, que abordem o tema trânsito através de

estratégias interativas, colaborativas e cooperativas. Entre esses temas estão:

regras do trânsito; organização do trânsito; educação no trânsito: como prática de

cidadania; meios de transporte e trânsito; a relação entre pedestres e motoristas;

placas de trânsito; sinalização de trânsito; a vida em trânsito; comportamento

adequado no trânsito; transporte urbano; vias utilizadas pelos meios de transportes;

policiamento e fiscalização; acidentes de trânsito; uso de cinto de segurança.

Dentre outros. Todos transmitidos através de um plano de aula que evidência o

conteúdo aos objetivos específicos e com sugestões de atividades dinâmicas e

criativas.

Transmitir como funciona o sistema trânsito como um todo, através de

conteúdos que expliquem o que é desenvolvimento urbano, movimento, velocidade,

direito de ir e vir, segundo, Nereide são conteúdos básicos para os cursos nas

escolas.

É, suposto que fazendo desta maneira, a apresentação das regras e

proibições seja mais compreendida e aceita, e o cumprimento das mesmas,

certamente virá não por medo, mas por consciência de um dever que deve ser

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cumprido, pois se trata de uma tarefa de âmbito social e uma questão de saúde

pública.

2.4 Interdisciplinaridade Relacionada à Educação para o Trânsito

Apesar de muitas escolas ainda não terem inserido em seus currículos uma

disciplina referente ao trânsito. A escola Conêgo Camargo na capital do Paraná é

uma exceção, pois implantou a mais de 7 anos na grade curricular, o projeto de

educação para o trânsito. E, segundo Edicléia Cruz da Silva, coordenadora

educacional, teve êxito, porque os acidentes no entorno da escola diminuíram muito.

“Os alunos ficam muito mais atentos ao que acontece no trânsito”, enfatizou a

coordenadora.

Através de livros de apoio e muita pesquisa, os professores dessa escola

aplicam a educação no trânsito durante um mês em conjunto com outros conteúdos

propostos, e ao final levam os alunos a aula prática na Escola de Trânsito do estado.

A educação ainda é o melhor caminho para a construção social de crianças,

jovens e adultos, como menciona Anderson Gomes Secretário de Educação no

caderno Todos por uma Escola Legal:

“A escola de educação básica é lugar onde se ensinam práticas de civilidade, de respeito aos direitos humanos, onde crianças, jovens e adultos adquirem conhecimentos e desenvolvem ações educativas para exercício da cidadania.”

A educação por se tratar de um processo de construção social permanente e

sistemático, que se concretiza com as relações entre os seres humanos e natureza,

acaba por refletir a problemática da sociedade em que está inserida. Logo, a escola

inserida numa sociedade violenta não pode cumprir a tarefa de educar para a

cidadania se as unidades de ensino e as pessoas que as freqüentam refletem essa

violência.

Portanto, uma educação voltada para o trânsito nos currículos escolares,

principalmente no nível fundamental, se faz necessária e muito importante, mas não

surtirá efeito para essas crianças, se as pessoas que fazem a escola demonstrem

irresponsabilidades no trânsito. “Elas, crianças são muito mais vitimas do que

causadoras de acidentes!.” (CORRÊA, 2009) Todavia, uma educação voltada a

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questões sobre o trânsito, instituída por professores capacitadas e conscientes de

seu papel como agentes de mudança social, juntamente com o exemplo de

condutas corretas no trânsito, dos familiares, parentes, vizinhos, amigos mais

próximos, servirá como alicerces para uma pré-conscientização dos pequeninos

sobre a realidade do trânsito, preparando-os para futuros cidadãos mais

compromissados com a situação dessa via. “Ora, sabemos que nada é tão perigoso

quanto bons conselhos seguidos de maus exemplos” (Idem).

Então, além de uma educação advinda das instituições de ensino

fundamental e médio deverá se ter também uma consciência coletiva entre os

adultos, que para os pequeninos por em prática no futuro as aulas aprendidas no

âmbito educacional, necessitam de exemplos vivos, principalmente, vindo daqueles

que eles admiram, respeitam e tentam imitá-los ao longo de suas vidas.

2.5 Ensino Fundamental e sua Estrutura

O trânsito hoje, de acordo com o Ministério da Saúde, virou questão de saúde

pública, por conta dos inúmeros casos de acidentes envolvendo motoristas,

pedestres, ciclistas, e todos aqueles que constituem o trânsito. 6% das deficiências

físicas em todo o mundo deve-se a acidentes de trânsito. No Brasil, os acidentes de

trânsito são o segundo maior problema de saúde pública, perdendo apenas para a

desnutrição. O país é dono de 3,3% da frota mundial de veículos, mas também de

5,5% do total mundial de acidentes. O número de acidentes fatais no Brasil, em

2007, para cada 10.000 veículos, está na proporção de 4,7%, enquanto que no Piauí

é de 12,1%, segundo dados do DETRAN. O total de acidentes com vítima registrado

no Piauí no ano de 2008 foi de 3.522.

Nada como uma operação conjunta para diminuir o número de acidentes de

trânsito. A Operação Funil, lançada pela Secretaria de Segurança Pública no dia 22

de dezembro de 2011, é um exemplo disso, tendo como objetivo reduzir os

acidentes e o número de mortes nas vias urbanas, nas rodovias distritais e rodovias

federais que cortam o DF.

Tudo acontece através de uma fiscalização que é feita em conjunto pelo

Departamento de Trânsito do DF (Detran), polícias Civil e Militar, Departamento de

Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) e Polícia Rodoviária Federal. Todavia, essa

operação além das ações integradas de fiscalização também compreende ações

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integradas de educação de trânsito, advertindo os condutores sobre os riscos de

acidentes provocados principalmente pelo excesso de velocidade e pela embriaguez

ao volante. Com intervenções de teatro de bonecos e entrega de material educativo.

Dados do Distrito Federal (GDF) divulga que em cerca de três meses de

fiscalização, entre 22 de dezembro de 2011 e 12 de fevereiro de 2012, a ação

reduziu em 53,3% o número de acidentes (15 para 7) com vítimas fatais nas BRs

020, 040, 060, 070 e 251. Nas mesmas rodovias, o total de mortes caiu 31,6%, de

19 para 13, durante o mesmo período.

A idéia da Operação Funil já deu certo, e ainda continua dando certo, pois

houve a interação de todos que estavam inseridos no projeto, e também a utilização

de ações educativas. Mais uma vez conclui-se que um projeto sem participações,

colaborações jamais sairá do papel, e se sair provavelmente não dará certo.

2.6 Características e Perfil dos Professores do Ensino Fundamental

Na página da Abetran Associação Brasileira do Trânsito, divulga-se que está

em tramitação na Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins, o Projeto de Lei nº

254, de autoria do Deputado Estadual Osires Damaso (DEM), que dispõe sobre a

inclusão da matéria “Educação para o Trânsito” como disciplina obrigatória no

currículo das Escolas de Ensino Fundamental e Médio da rede estadual de ensino.

Essa proposta é uma indicação do Vereador Neivon Bezerra (DEM) de

Paraíso do Tocantins. Os objetivos específicos são: conscientizar crianças e

adolescentes sobre a responsabilidade social no trânsito; reduzir as ocorrências

relativas a acidentes e violência no trânsito; e acima de tudo, educar os futuros

condutores de veículos sobre princípios de cidadania e ética, observando a

legislação vigente no país.

Esses políticos assustados com o grande índice de acidentes no trânsito, e

por isso, considerando esse assunto como um problema de saúde pública estão

agora mais do que nunca, articulando propostas que amenize essa situação.

Partindo da idéia de que:

“É educando os nossos filhos que vamos evitar as tragédias tão comuns no Brasil, pois, sabemos que é na infância e adolescência que se verifica a maior aceitação de ensinamentos e condutas (deputado Osires Damaso)."

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Se estes em conjunto com outros políticos, educadores, empresários e todos

os órgãos competentes pelas diretrizes do trânsito, empenharem- se pela inclusão

da matéria educação para o trânsito em todas as escolas, tanto de redes estaduais,

municipais e privadas, principalmente nos primeiros anos de aprendizagem, é

provável que no amanhã diminua em 80% ou mais o índice de mortes no trânsito.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Ética

A presente pesquisa segue as exigências éticas e científicas fundamentais

conforme determina o Conselho Nacional de Saúde – CNS nº 196/96 do Decreto nº

93933 de 14 de janeiro de 1987 – a qual determina as diretrizes e normas

regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.

A identidade dos sujeitos da pesquisa segue preservada, conforme apregoa a

Resolução 196/96 do CNS-MS, visto que, não foi necessário identificar-se ao

responder o questionário. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE). Foram coletados dados a respeito do trânsito, para que se

possa obter maiores informações sobre a população pesquisada.

3.2 Tipo de Pesquisa

Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com dupla, combinação de

abordagens, a saber quanti-qualitativa.

3.3 Universo

O presente estudo abrangeu a área de educação (Estadual, Municipal,

particular) da cidade do Recife-PE.

3.4 Sujeitos

A amostra deu-se por conveniência quando lançou-se mãos população de

professores do ensino fundamental, sendo 20% da rede particular; 30% do município

e 50% da rede estadual do Município de Recife-PE.

3.5 Instrumentos de Coleta de Dados

Construiu-se um instrumento estruturado, um questionário com perguntas

objetivas que levavam a repostas abertas. Composto por Anselmo Sebastião

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Botelho, com 17 perguntas, que abrange a caracterização dos sujeitos, cujas

primeiras variáveis incorporadas retratam o percentual do perfil dos professores

pesquisados (faixa etária, tempo de trabalho, etc.), e as outras retratam o

conhecimento dos docentes sobre assuntos diretamente ligados ao trânsito dentro

de seus ambientes de trabalho.

3.6 Planejamento para Coleta dos Dados

Na oportunidade, o questionário foi entregue pessoalmente aos professores,

no tal de 100, que concordaram em responder e participar da pesquisa. Foram

respondidos 100 questionários.

3.7 Planejamento para Análise dos Dados

Os dados foram tratados e analisados com auxilio de um software Excel para

o tratamento estatístico (média). Quanto a parte qualitativa recorreu se a análise de

conteúdo enquanto técnica para dar sentido as falas dos sujeitos entrevistados.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A relação da rede escolar do ensino fundamental com seus quantitativos

percentuais de professores, encontra-se apresentada no gráfico 01. Verifica-se que,

dos 100 professores pesquisados, 20% fazem parte da Rede de ensino particular,

30% do Município e 50% da Rede Estadual. Ou seja, a maior demanda de

professores do ensino fundamental está na Rede de Ensino Estadual, logo o

Governo Estadual precisa se empenhar em ações governamentais que visem à

implantação de ações voltadas para a introdução de uma disciplina que vise educar

os alunos da rede de ensino fundamental sobre os devidos comportamentos no

trânsito. De acordo com os dados estatísticos a maioria dos professores

entrevistados tem como principal perfil: ensinar na rede estadual, possuir idade

maior que 40 anos, ter mais de 5 anos de profissão e possuir carteira de habilitação.

Gráfico 01- Relação percentual da rede escolar de ensino fundamental onde os professores

entrevistados lecionam.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Parece então, que a participação, principalmente, do Governo do Estado e

dos professores mais experientes (faixa etária acima de 40 anos, conforme

demonstra o gráfico 02) sobre a inserção da disciplina educação no trânsito poderá

ajudar bastante na construção de um ensino voltado para a educação no trânsito.

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Gráfico 02- Distribuição, em porcentagem, da faixa etária dos professores entrevistados.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Observa-se que a idade entre 20 e 25 anos possuem 5% dos professores,

entre 26 e 30, possuem 15%, entre 31 e 40, 30% e acima de 40 anos, 50%, Isto é, a

maior faixa de idade dos professores entrevistados está acima de 40 anos o que nos

dá a noção de que possuem docentes mais experientes e maduros capazes de

entender a necessidade fundamental de existir uma disciplina voltada para as

questões do trânsito.

Em relação ao tempo de profissão como docente, gráfico 03, verifica-se que a

maioria dos professores lecionam a mais de 5 anos totalizando 60% do resultado, os

outros 40% estão divididos entre os tempos com menos de 2 anos de ensino com

5%, de 2 à 3 anos também com 5% e entre 3 e 4 , 4 e 5 anos de tempo de ensino

encontra-se 10% dos professores

Gráfico 03- Distribuição do tempo de trabalho dos docentes

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Nesse resultado observa-se que há uma maior quantidade de docentes que

trabalham há mais tempo, o que indica também uma experiência bastante vasta

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sobre os conteúdos a serem ensinados, e certamente uma consciência mais

apurada do que necessita ser acrescentado o retirado do currículo.

Quanto a questão de possuírem ou não a Carteira Nacional de Habilitação

(CNH), gráfico 04, observa-se que 70% dos entrevistados possuem habilitação, logo

estes conhecem na prática os transtornos ocasionados no trânsito. Os 30%

restantes não conhecem como condutores de veículos, mas como pedestres e

também sabem os riscos que o trânsito oferece para quem transita.

Gráfico 04- Resultados referente à questão do professor entrevistado ser ou não habilitado

para o trânsito

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Em relação ao conhecimento do docente sobre assuntos ligados ao trânsito e

ao ambiente de trabalho, apresentado no gráfico 05, verifica-se que 70% dos

docentes já presenciaram ou se envolveram em acidentes de trânsito, enquanto

30% alegam não terem presenciado ou se envolvido em acidentes. Trânsito é coisa

séria, não se deve brincar no trânsito. É tanto que essa estimativa aponta que é bem

maior o conhecimento e envolvimento em acidentes de transito.

Gráfico 05- Distribuição, em porcentagem, da observação ou envolvimento dos docentes em

algum acidente de trânsito.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

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A maioria dos docentes pesquisados presenciou ou se envolveu em acidentes

de trânsito, e continuam apenas tendo conhecimento parcial da legislação do

trânsito. E durante sua formação não tiveram nenhuma disciplina que contemplasse

o ensino sobre o trânsito.

Sobre o conhecimento da nova lei de trânsito, apresentado no gráfico 06, fica

evidenciado que apenas 5% dos docentes possuem o conhecimento total da lei de

trânsito, já 25% admitem não terem nenhum conhecimento sobre essa lei e 70%

confirmam ter um conhecimento parcial. Estes índices comprovam a deficiência no

conhecimento da legislação, algo que é de suma importância para a manutenção da

segurança no trânsito e a implantação da disciplina de educação para o trânsito nas

escolas de educação infantil e ensino fundamental..

Gráfico 06- Distribuição, em porcentagem, do nível de conhecimento dos professores acerca

da nova lei de trânsito que altera os limites de velocidade para fins de enquadramentos

infracionais e de penalidades.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Sendo assim, através dos resultados apresentados no gráfico 07, comprova-

se que 75% não obtiveram disciplinas sobre o trânsito durante sua formação,

enquanto apenas 25% tiveram. Logo, percebe-se que essa deficiência da não

utilização de uma disciplina voltada para questões sobre o trânsito dentro da sala de

aula, não é apenas de hoje, mas já de algum tempo.

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Gráfico 07- Distribuição, em porcentagem, dos professores que obtiveram disciplinas sobre o

trânsito. durante o período de formação educacional.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Portanto, verifica-se, através dos dados apresentados no gráfico 08,

que 80% dos docentes não foram preparados para orientar seus alunos ao convívio

com o trânsito, e apenas 20% obtiveram esse preparo. Mais uma vez as estimativas

apresentam o porquê da deficiência para aplicação de uma disciplina sobre os

devidos comportamentos no trânsito dentro da sala de aula.

Gráfico 08- Distribuição, em porcentagem, dos professores que tiveram alguma preparação

para orientar seus alunos ao convívio com o trânsito.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Embora que a grande maioria tem consciência sobre a importância de uma

disciplina voltada exclusivamente para o trânsito, nas escolas, conforme demonstra

o gráfico 09. Onde 45% observam a disciplina sobre o trânsito como muito

necessária, 50% como sendo necessária e apenas 5% como indispensável. De

acordo com esses dados observa-se que para os professores entrevistados do

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Ensino Fundamental é necessária uma disciplina que evidencie sobre a legislação

do trânsito, mas, não muito necessária, nem indispensável.

Gráfico 09- Relação percentual de professores sobre a importância dada à introdução de uma

disciplina cujo conteúdo contemplasse aspectos de legislação de trânsito, voltada para o

ensino fundamental.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Quanto a influência do trânsito nas relações sociais, demonstrada pelo

envolvimento da escola com o trânsito, gráfico 10, Constata-se que a maioria dos

professores relatam que o envolvimento da escola com as ações relacionadas ao

trânsito é regular 50%; ruim e péssimo ficaram com 45% de estimativas e bom com

5%, ou seja, ruim e péssimo, apesar de não ter superado o nível regular, seus

dados foram alarmantes e preocupantes, pois, notar-se que as escolas não estão

dando os devidos valores a produção de ações sobre o trânsito.

Gráfico 10- Distribuição, em porcentagem, do grau de envolvimento da escola com o trânsito

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Neste contexto, pode-se afirmar que o envolvimento da escola com ações

relacionadas ao trânsito pode ser considerado como ruim e péssimo. Então, as

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diretrizes sobre o trânsito deveriam ser desenvolvidas em todo território nacional, e

não apenas local, conforme resultados apresentados no gráfico 11.

Gráfico 11- Distribuição, em porcentagem, quanto ao nível que as diretrizes sobre o trânsito

deveriam ser trabalhadas/desenvolvidas.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Onde se observa que 80% dos entrevistados concordam que as diretrizes

sobre o trânsito deveriam ser desenvolvidas em todo território nacional e 20%

acham que deveriam ser desenvolvidas como um assunto local.

Obviamente por se tratar de um assunto Nacional o Trânsito, ele deve mesmo

ser explorado em dimensões mais amplas, porém respeitando a singularidade de

cada Região, Estado e Município.

Os resultados apresentados no gráfico 12 demonstram que 55% dos

docentes afirmam ter conhecimento que seus alunos já sofreram acidentes, e. de

diversas gravidades, com alguns chegando até a falecer. Enquanto que, 10%

admitem que nenhum aluno sofreu acidente e 30% divulga não ter o conhecimento

sobre o assunto. Mas, observa-se que a quantidade de alunos acidentados ainda é

assustadora, mas essa realidade pode mudar através de uma conscientização

veiculada por uma educação para o trânsito.

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Gráfico 12- Distribuição, em porcentagem, dos professores que tem algum conhecimento

sobre o envolvimento de algum dos seus alunos em acidentes de trânsito.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Em relação a este mesmo tema, mas voltado para os familiares dos alunos,

gráfico 13, verifica-se que a situação torna-se mais agravante, com 65% os

professores confirmando que familiares de alunos já sofreram acidentes, 30% diz

não saber se algum familiar sofreu acidente e 5% diz que familiares de alunos não

sofreram acidentes.

Gráfico 13- Distribuição, em porcentagem, dos professores tem algum conhecimento sobre o

envolvimento de algum dos familiares de seus alunos em acidentes de trânsito

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

O índice de familiares de alunos do ensino fundamental acidentados é

bastante intenso. Pode-se concluir então de acordo com a pergunta anterior que

tanto os alunos como seus familiares tem sofrido com a questão de acidente de

trânsito quase na mesma proporção.

Sobre a ação social do trânsito, demonstrada no gráfico 14, verifica-se que

95% dos entrevistados admitem que o trânsito exerce “com força” uma influencia

sobre as relações sociais, enquanto 5% diz que não. Esse índice comprova que os

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docentes entrevistados têm a consciência que o assunto trânsito é algo de

fundamental importância para a sociedade. Como menciona Nereide Tolentino –

pedagoga e especialista em trânsito “No Trânsito somos todos iguais, com papéis

diferentes, em momentos diferentes. Então é o maior espaço de cidadania.”

Gráfico 14- Distribuição, em porcentagem, dos professores que acham que o trânsito exerce

influência sobre as relações sociais.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Percebe-se, através dos dados apresentados no gráfico 15, que a mesma

quantidade (95%) dos professores pesquisados que admitiu o trânsito como

componente que exerce influência sobre as relações sociais, comprovam que uma

educação voltada para o trânsito nas escolas possibilitaria uma maior participação

social entre os alunos. Com toda certeza esses docentes admitem que os

pequeninos ao estudarem sobre o trânsito passaram de uma voz passiva para uma

voz ativa, e, claro com uma maior participação na sociedade.

Gráfico 15- Distribuição, em porcentagem, dos professores que acreditam que a educação

para o trânsito nas escolas, possibilitaria uma maior participação social dos alunos.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

Em relação ao emocional, transmitido pela intranqüilidade, quanto aos

problemas do trânsito ser um fator bastante evidente nos docentes entrevistados,

percebe-se uma preocupação maior, onde 95% dos professores não estão

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intranquilos quanto ao problema do trânsito, conforme descreve os resultados

apresentados no gráfico 16.

Gráfico 16 – Distribuição, em porcentagem, dos professores que se emocionam com os

problemas gerados pelo trânsito

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

E, mais uma vez, gráfico 17, os professores entrevistados comprovam em

maior número 95%, que os problemas do trânsito são questões graves, enquanto

5% acham que não é. Enquanto houver pessoas ainda vendo a situação do trânsito

como não grave, ela não mudará.

Gráfico 17- Distribuição, em porcentagem, dos professores que consideram os problemas do

trânsito como uma questão grave para a convívio social.

Fonte: dados da pesquisa. Recife/PE. 2012.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como uma das fontes de combate à violência no trânsito está à educação

para o trânsito ainda nos primeiros anos escolares, estratégia essa que será

ministrada à longo prazo.

Logo, esse trabalho tenta constatar a hipótese que ao se inserir a disciplina

educação para o trânsito no nível fundamental, as crianças que receberem essas

orientações pelos educadores, desenvolveram uma maior conscientização sobre os

problemas encontrados no trânsito, diminuindo certamente a violência nessa via.

Diferente da realidade passada e atual onde a maior parte das pessoas só passa a

entender o funcionamento adequado no trânsito no momento da obtenção da CNH.

Para se comprovar essa hipótese passa-se a analisar os dispositivos legais e

da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que poderão permitir a

implantação de uma infra-estrutura para o desenvolvimento e aplicabilidade dessa

disciplina; as possíveis perspectivas dos docentes quanto essa necessidade de se

implantar no ensino fundamental a disciplina educação para o trânsito, dentre outras

coisas. E a pesquisa de campo feita com professores atuantes na rede pública e

privada de ensino fundamental do município de Recife-PE, ajudou nessa

compreensão.

Percebeu-se então que existem leis e diretrizes que norteiam a implantação

de uma disciplina voltada para conteúdos sobre o transito e até mesmo sites, e blogs

que ajudam na preparação de aulas práticas com parâmetros intradisciplinares e

transdisciplinares. Mas, na maior parte das escolas não se aplica esta lei, e nem se

usam esses conteúdos para apoio.

Observou-se que a maior parte dos professores entrevistados faz parte do

ensino Estadual, por isso, constata-se uma maior falta de cumprimento da lei dentro

desse âmbito educacional. Sendo necessária a observância do Governo Estadual

sobre tal acontecimento. Logo, nota-se também que a maioria tem idade superior a

40 anos, ou seja, são pessoas experientes, porém não tanto sobre questões do

trânsito, pois, admitem não terem tido durante sua formação disciplinas que

trouxesse informações sobre o trânsito, e agora como professores também dizem

não receber instruções para a aplicabilidade de conteúdos sobre o trânsito que os

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direcionem a transmitir-los para seus alunos. O que nos ajuda há compreender um

pouco sobre tal imprudência: um erro do passado continua ainda sendo repetido.

Todavia, a maior parte dos professores entrevistados tem consciência da

situação do trânsito, admitindo que uma disciplina no ensino fundamental sobre o

trânsito, que contemple a realidade a qual ele se encontra, seria necessária para

uma construção social mais consciente sobre as leis e os problemas encontrados no

trânsito.

Todavia, o que chama mais atenção nesse questionário são dois aspectos:

1º- alguns professores, embora poucos 5%, admitem está tranqüilos, quanto à

situação a qual o trânsito se encontra; 2º- apenas, 5% vêem à introdução de uma

disciplina, cujo conteúdo contemple aspectos de legislação de trânsito como algo

indispensável.

Baseando-se em relatos de escolas que implantaram essa educação sobre o

trânsito, e que deu certo. Constata-se que a educação para o ensino fundamental é

de suma importância, pois os pequeninos aprenderiam desde cedo que o assunto

trânsito não é apenas do DETRAN, do CONTRAN, do DNER, admitindo que seja

também um problema social em que todos devem participar para que haja

melhorias, inclusive os pais e os professores.

Vale ressaltar, entretanto, que este trabalho não foi elaborado com a

pretensão de estancar as análises sobre a inserção de uma educação voltada para o

trânsito nas escolas de ensino fundamental, mas sim como instrumento que possa

instigar estudantes e pesquisadores a investigar ainda mais a grande importância

em implantar em todas as escolas ainda no ensino fundamental esta educação.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE

QUESTIONÁRIO DA PESQUISA

Prezado Docente, este questionário diz respeito à um trabalho monográfico acerca da

viabilidade de se inserir a disciplina Educação para o Trânsito, no âmbito do Ensino

Fundamental, com o objetivo de se reduzir o número de acidentes de trânsito. Pelo exposto,

gostaria de contar com a sua colaboração no que se refere à resposta deste questionário

para a viabilidade da pesquisa e

consecução dos trabalhos.

1. Em que escola leciona?________________________________________

2. Sua faixa etária:

( ) Entre 20 e 25 anos

( ) Entre 26 e 30 anos

( ) Entre 31 e 40 anos

( ) Acima de 40 anos

3. Há quanto tempo leciona:

( ) Há menos de 2 anos

( ) Entre 2 e 3 anos

( ) Entre 3 e 4 anos

( ) Entre 4 e 5 anos

( ) Acima de 5 anos

4. Você é habilitado(a)(possui Carteira Nacional de Habilitação)?

( ) Sim

( ) Não

5. Já presenciou ou se envolveu em algum acidente de trânsito?

( ) Sim

( ) Não

6. Seu nível de conhecimento acerca da nova lei de trânsito, Lei nº 11.334, de

25 de julho de 2006 que altera os limites de velocidade para fins de

enquadramentos infracionais e de penalidades, é:

( ) Total

( ) Parcial

( ) Não tem conhecimento

7. No seu processo de formação, teve alguma disciplina relacionada às

questões sobre educação no trânsito?

( ) Sim

( ) Não

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8. Você teve alguma preparação para orientar seus alunos em relação ao

convívio com o trânsito?

( ) Sim

( ) Não

9. Você acredita que a introdução de uma disciplina cujo conteúdo

contemplasse aspectos de legislação de trânsito, voltada para o Ensino

Fundamental seria:

( ) Indispensável

( ) Muito necessária

( ) Necessária

( ) Pouco necessária

( ) Irrelevante

10. Qual o grau de envolvimento da escola onde trabalha, com o trânsito?

( ) Ótimo

( ) Bom

( ) Regular

( ) Ruim

( ) Péssimo

11. Você entende que o trânsito, nas escolas, deveria ser

trabalhado/desenvolvido sob diretrizes em qual nível?

( ) Em todo território nacional;

( ) Como um assunto local;

( ) Deveria ter uma diretriz nacional porém adaptado às diversas realidades

locais.

12. Algum aluno seu já se envolveu em acidente de trânsito?

( ) Sim

( ) Não

( ) Não tem conhecimento

13. Você tem conhecimento se algum aluno já teve familiares envolvidos em

acidente de trânsito?

( ) Sim

( ) Não

( ) Não tem conhecimento

14. Você acredita que o trânsito exerce influência sobre as relações sociais?

( ) Sim

( ) Não

15. Você acredita que a educação para o trânsito nas escolas, possibilitaria

uma maior participação social dos alunos?

( ) Sim

( ) Não

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16. Você se sente tranquilo(a) com os problemas gerados pelo trânsito?

( ) Sim

( ) Não

17. Você considera estes problemas como uma questão grave? (ou seja que se

apresenta como obstáculo para a concretização da plenitude da cidadania).

( ) Sim

( ) Não

Obs.: Este questionário foi reproduzido do trabalho de Pós-graduação de BOTELHO,

Anselmo Sebastião.

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ANEXO