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Uni-ANHANGUERA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS
CURSO DE AGRONOMIA
QUALIDADE PÓS-COLHEITA DA LARANJA PÊRA RIO COMERCIA LIZADA NAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DO ESTADO DE GOIÁS
ANA CLÁUDIA DE CASTRO PEREIRA
GOIÂNIA Junho/2014
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ANA CLÁUDIA DE CASTRO PEREIRA
QUALIDADE PÓS-COLHEITA DA LARANJA PÊRA RIO COMERCIA LIZADA NAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DO ESTADO DE GOIÁS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA, sob orientação da Profª Me. Leandra Regina Semensato, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Agronomia.
GOIÂNIA Maio/2014
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TERMO DE APROVAÇÃO
ANA CLÁUDIA DE CASTRO PEREIRA
QUALIDADE EM PÓS-COLHEITA DA LARANJA PERA RIO COMERCIALIZADA NAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DO ESTADO DE GOIÁS
Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Agronomia do Centro Universitário de Goiás - Uni-
ANHANGÜERA, defendido e aprovado em 21 de Maio de 2014 pela banca examinadora constituída por:
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Dedico esse trabalho de conclusão de curso
aos meus pais e meus irmãos, que me
apoiaram em todos os momentos e fizeram
tornar possível esse grande sonho.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, Aquele que me deu a paciência, o equilíbrio e a sabedoria
para que pudesse realizar esse sonho.
Agradeço aos meus pais Wilmar e Dalzita, e aos meus irmãos Renato e
Isabela, por sempre terem me apoiado, ajudado e acreditado em mim.
Aos meus amigos que estiveram comigo durante esses quatro anos de luta.
Agradeço também em especial à Adriana Rodolfo, ao Lucas Oliveira e à
professora Leandra Semensato por me ajudarem na construção deste
trabalho, e a todos os professores em geral, que se dedicaram ao máximo
durante todo curso, e que graças a cada um desses enfim obtive vitória.
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Nenhuma luta haverá jamais de me embrutecer, nenhum
cotidiano será tão pesado a ponto de me esmagar, nenhuma
carga me fará baixar a cabeça. Quero ser diferente. Eu sou, e se
não for, me farei.
Caio Fernando Abreu
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RESUMO
Esse trabalho tem por objetivo realizar a avaliação da qualidade pós-colheita da laranja Pêra Rio, variedade de maior importância no Brasil, comercializadas em Goiânia-GO, na Central de Abastecimento de Goiás S/A (CEASA-GO). Um dos produtos mais comercializados na CEASA-GO é a laranja. Portanto, pretende-se avaliar a variabilidade temporal da qualidade desse citros em pós-colheita, já em fase de comercialização, sendo avaliado em relação ao diâmetro transversal e longitudinal do fruto, seu peso, espessura da casca, rendimento de caldo, o número de sementes, sólidos solúveis totais (Graus Brixº), acidez titulável total e ratio, como alternativas de verificar a qualidade desses frutos, com o propósito de saber se atende aos pré-requisitos de qualidade estipulados pelos consumidores, no qual têm acesso fácil dessa fruta, principalmente para o consumo in natura da fruta, portanto a qualidade da mesma é um fator importante no momento da escolha e compra dessas frutas. Como resultados, foram comparados com o que se é esperado dessa variedade, e houve uma aproximação da qualidade, mas ainda a que melhorar muito em relação às variáveis analisadas neste trabalho. PALAVRAS-CHAVES: Citricultura. Qualidade físico-química. Citrus sinensis.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 8
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 10
2.1 Citricultura Brasileira 10
2.2 Laranja Pêra 12
2.3 Produção de Laranja 12
2.4 Qualidade físico-química da laranja 13
2.5 Qualidade pós-colheita da laranja 15
2.6 Comercialização da Laranja Pêra 17
3 MATERIAL E MÉTODOS 19
3.1 Diâmetro transversal e longitudinal 21
3.2 Peso do fruto 22
3.3 Espessura da Casca 22
3.4 Rendimento de Caldo 23
3.5 Quantidade de Sementes 23
3.6 Sólidos solúveis 24
3.7 Acidez Titulável 24
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 26
5 CONCLUSÃO 30
REFERÊNCIAS 31
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1 INTRODUÇÃO
A citricultura brasileira apresenta importância econômica e social para o país, os
números expressivos traduzem o quão importante essa atividade tem para economia brasileira,
e a laranja é um dos citros que mais se destaca em escala comercial.
Em Nice, França, em 1980, as laranjas doces cultivadas, Citrus auratium pyriforme,
eram também conhecidas como laranjas piriforme, essas que apresentavam muitas sementes e
uma ótima qualidade, além de folhas pequenas e excelente conservação da planta
(DONADIO, 1999). Portanto nota-se que as características continuam muito parecidas,
apenas com exceção no número de sementes, além de que se acredita que os portugueses que
introduziram as sementes de laranja nos Estados da Bahia e São Paulo (SALIBE et al., 2002).
A laranja “pêra”, Citrus sinensis (L), destaca-se por ser considerada a variedade de
citros de maior importância na citricultura nacional. Está na preferência de produtores e
consumidores por possuir várias vantagens e atributos de qualidade, por ser uma variedade
doce e levemente ácida, tornando-se o citros mais cultivado no País, predominando as
plantações em todos os Estados brasileiros, de norte a sul (SALIBE et al., 2002).
A laranja pêra é apenas cultivada em escala comercial no Brasil, nos outros países não
se cultiva essa variedade, isso porque o consumo dessa fruta nos outros países são por meio
do consumo dos sucos industrializados que são importados do Brasil. Ainda tem sua origem
desconhecida, o que se sabe é que foi cultivada no Rio de Janeiro, e por volta da década de
1920, foi levada para Limeira (SP), a qual foi difundida para todos os outros Estados
brasileiros, com o nome de “pêra rio”, ou também conhecida apenas por laranja ‘pêra’. A
laranja pêra é utilizada na indústria e no mercado de frutas frescas, destacando-se como a
variedade cítrica mais importante do Brasil (FIGUEIREDO et al.,1991).
Apesar de o Estado de São Paulo estar no comando da produção de laranja no Brasil,
com a melhora do poder aquisitivo da população brasileira, fez-se impulsionar o consumo de
frutas frescas, com isso fez tornar-se mais atraente seu cultivo em outros Estados
(EMBRAPA, 2011).
Dados do IBGE mostram que a área colhida de laranja em hectare no ano de 2011, em
todo Brasil foi de 817.292 ha, com uma produção, em toneladas, de 19.811.064. O Estado de
São Paulo lidera o ranking de produção com 15.293.506 t, já o Estado de Goiás ocupa o
oitavo lugar, com uma produção significativa de 121.866 toneladas (IBGE, 2011).
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Dentre os fatores relacionados à qualidade das frutas, o potencial genético e o processo
de produção do pomar são os principais. Uma das principais características das frutas cítricas,
são suas condições do tecido vivo, que são submetidas a constantes mudanças, e muitas vezes
irreversíveis, na fase de produção do pomar quanto na fase de pós-colheita. Algumas dessas
mudanças são desejáveis, devido aprimorar o sabor e aroma da frutas, mas algumas que não
são desejáveis vão contribuir para redução da qualidade. Portanto, as técnicas de manuseio em
pós-colheita tem como objetivo preservar a qualidade que a fruta alcançou no pomar até a sua
chegada à mesa de seus consumidores (EMBRAPA, 2006).
Este trabalho foi proposto com o intuito de verificar a qualidade de laranjas Pêra que
são comercializadas no Estado de Goiás e demais regiões, por meio da Central de
Abastecimento do Estado de Goiás e comparar dentre os cinco comerciantes o porquê a
qualidade das frutas é melhor em um determinado comércio quando comparado com os
outros, em relação à qualidade físico-química das laranjas, e estabelecer a qualidade ideal que
os consumidores preferem, e se as frutas comercializadas na CEASA atendem aos pré-
requisitos de qualidade estabelecidos pelos consumidores.
Portanto esse trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade da laranja pêra rio,
citros de maior importância no Brasil, comercializadas em Goiânia-GO, na (CEASA-GO),
local que comercializa, em grande maioria, produtos hortifrutigranjeiros, atendendo o
mercado goiano e até outros estados brasileiros e um dos produtos mais comercializados na
CEASA-GO é a laranja. E como objetivos específicos pretende-se avaliar o diâmetro
transversal e longitudinal do fruto, seu peso, espessura da casca, rendimento de caldo, o
número de sementes, sólidos solúveis totais (Graus Brixº), acidez titulável total e ratio
(relação entre sólidos solúveis totais e acidez titulável total).
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Citricultura Brasileira
Dentro da cadeia produtiva de frutíferas, a cultura cítrica é uma das mais importantes,
desde viveiros e mudas certificadas, do plantio e cultivo da laranja, até a distribuição in
natura ou de sucos de laranja, no território nacional, e internacional por meio de sistemas
integrados a granel com caminhões-tanques (NAVES et al.,2011).
O setor de frutas apresenta um grande potencial de geração de empregos e
consequentemente de renda, e a fruticultura brasileira proporciona cerca de cinco milhões de
postos de trabalho (NOGUEIRA et al., 2011).
Nos pomares do Brasil, dados de 2010, havia cerca de 165 milhões de árvores
produzindo frutas. A densidade de árvores por hectare vem aumentando de forma gradativa
durante os anos, era cerca de 357 árvores/hectare em 1990, 476 árvores/hectares em 2000 e
em 2010 já existiam pomares com quase 850 árvores por hectare. Isso porque as mudas são
hoje de melhor qualidade, por serem vindas de viveiros telados e irrigados (NEVES et
al.,2011).
O gênero Citrus, compreende uma das espécies que mais se destaca em melhores e
mais cultivadas frutas de todo mundo, e destas as principais são as laranjas doces (Citrus
sinensis, (Linn) Osbeck). Há diversos produtos que a citricultura brasileira pode oferecer para
o mercado nacional e internacional, a fruta in natura, e diversos tipos de sucos cítricos
(CEPEA, 2013).
Grande parte da produção de frutas, em todo Brasil, destina-se principalmente ao
mercado interno de frutas frescas, mas grande parte dessa produção também é destinada às
indústrias produtoras de suco. No processamento industrial considera-se às tradicionais
indústrias de suco de laranja concentrado. O destaque dessa cadeia agroindustrial apesar da
grande representação de produção dessas frutas para consumo in natura, o setor de
processamento do suco vem crescendo devido sua importância no setor produtivo e sua
participação no mercado internacional (CEPEA, 2013).
Apesar do Brasil não estar no primeiro lugar no ranking de produção de citros, o país é
considerado o maior produtor mundial de laranja, com uma média de 449.515.686 toneladas
de laranja destinadas para mesa e suco no ano de 2010 (CEPEA, 2013).
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A cadeia produtiva da laranja gera em torno de 200 mil empregos diretos, em 300
municípios, além de uma receita cambial de exportação variando de US$ 1,5 bilhão e US$ 2,5
bilhões anuais (CEPEA, 2013).
Há diversas variedades de laranjas, as de frutos normais (comum) como a Pêra e a
Valência, as laranjas de umbigo como a Baía e Baianinha, as laranjas sanguíneas como a
Rubi, todas cultivadas no Brasil. As variedades de cada grupo desses podem ser classificadas
como precoces, de meia-estação ou tardias.
Em relação à utilização, as laranjas de umbigo são destinadas principalmente para o
consumo de fruta fresca, para mercado local tanto como para exportação. Por ser
principalmente ausente de sementes, as comuns servem também para o consumo de fruta
fresca, mercado local, para a indústria e exportação, destacando-se em meio aos citros. As
sanguíneas, devido maiores exigências em condições climáticas, são para consumo local, e
podendo eventualmente ser processadas, só que em pequenas escalas (PEREIRA et al.,2006).
Porém a que tem maior destaque em questão de consumo, comercialização e
exportação é a Laranja Pêra, por apresentar característica mais doce e levemente ácida,
tornando-se a variedade cítrica mais importante do País. E dessas variedades, todas possuem
quantidades apreciáveis de potássio, fósforo, cálcio e sódio, além da vitamina C e de
vitaminas do complexo B (HELLMEISTER et al., 2012).
A multiplicação das laranjas se fazia de forma exclusivamente por sementes, mas
tinham o desenvolvimento e início da frutificação bastante lento e mesmo assim eram fortes e
viviam bastante, mesmo sujeitas à doenças (PIMENTEL et al. 1999). Tornou-se bastante rara
a utilização de semente, e agora a multiplicação é feita por meio de enxertia, a qual há
vantagens, como a redução da juvenilidade, maior adaptação ao meio ambiente e o maior
desempenho na produção. Os enxertos devem ser certificados, se possível provenientes de
estabelecimentos do Ministério da Agricultura, ou de viveiros particulares de competência
reconhecida.
A muda tem que ter formação perfeita, ou seja, sadia e vigorosa, e apresentar um
sistema radicular reto com bastante raízes secundárias (PIMENTEL, 1999). A escolha do
porta-enxerto e do cavalo são de suma importância, no caso da Laranja Pêra, a variedade
cavalo mais utilizada é o limão cravo (Citrus limoni). Fato que tem preocupado estudiosos,
devido essa laranja possuir apenas um tipo de porta-enxerto, deixando-a frágil perante a
hipótese que possa surgir pragas e doenças capazes de destruir o Citrus limonia, e assim
comprometer as atividades citrícolas (OLIVEIRA et al., 2010).
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2.2 Laranja Pêra
Segundo Figueiredo et al. (1991), a Laranja “Pêra” é a variedade cítrica mais
importante do Brasil, a qual pode ser utilizada na indústria e para o mercado de frutas frescas,
já a longo período. E apesar de a laranja Pêra ter passado por períodos de menor interesse, por
causa de sua suscetibilidade à tristeza, doença causada pelo vírus Citrus tristeza virus que
causa muitos prejuízos na árvores e na fruta de laranja, esse citros sempre ocupou um lugar de
grande destaque na citricultura brasileira. A variedade ‘Pêra’ é responsável em média por
85% do total de laranjas comercializadas no Brasil no mês de dezembro e 64% nos meses de
junho e julho.
A laranjeira Pêra é uma árvore de porte médio, galhos um pouco eretos, com
folhagem acuminada. É bastante suscetível à Tristeza do Citros. Possui excelente produção,
atingindo uma produtividade média de 250 Kg de frutos por planta por ciclo (RODRIGUEZ,
1991). Suas flores possuem um cálice persistente, com as sépalas de coloração verde-clara. A
corola tem as pétalas de coloração branca e com textura fina. Maiores que as sépalas, as
pétalas têm ápice agudo e base truncada (ROMANO, 1980).
Segundo Donadio et al. (1999), os frutos possuem forma mais ovalada, cor da casca
laranja-amarela, polpa alaranjada e suculenta, com poucas sementes e casca lisa e fina. Sua
maturação tardia faz com que mesmo depois de alguns meses já maduros se mantenham
muito bem na árvore, sem que haja perda da qualidade, além de possuírem boas
características para armazenamento e transporte. Esses frutos destinam-se ao consumo 'in
natura' ou à indústria.
A laranja Pêra é uma variedade brasileira com grande potencial de exportação em
cenário mundial. O Brasil foi considerado o maior produtor dessa variedade e as perspectivas
é que cresça cada vez mais, principalmente devido às condições climáticas do Brasil e o solo
bastante apropriado para o cultivo desse citros, os quais favorecem uma boa colheita e
abundante dessa variedade (OLIVEIRA et al., 2002).
2.3 Produção de Laranja
A safra nacional de laranja em 2013 experimentou um decréscimo de 4,6%, ou
877.094 toneladas em comparação com a safra anterior. Os grandes estoques nacionais e
internacionais foram agravados pelos bloqueios alfandegários e crise européia que
configuraram como os principais fatores de desestímulo à produção citrícola desse ano. São
Paulo, como principal produtor, participa com 74,1% da safra nacional de laranja. Apesar das
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reavaliações apresentadas, o estado experimentou, em relação a 2012, decréscimos de 3,8%
na estimativa da área plantada, 13,3% na área destinada à colheita e 6,6% na produção.
Somente o rendimento médio apresentou acréscimo de 7,7% em comparação com a safra
2012 (CEPEA, 2013).
Em agosto de 2013, a média de preço da Laranja Pêra foi de R$ 7,30 por caixa de 40,8
kg. Esses preços ainda não agradam os produtores, por considera-los baixos e por não cobrir o
custo de produção da fruta. Portanto, segundo agentes do Cepea, garantem que o ideal para
negociação da Laraja “Pêra” seria no mínimo R$ 9,00 a caixa de 40,8 kg, na árvore, para que
as receitas se igualem com os custos operacionais de produção do fruto (CEPEA, 2013).
Apesar das variações, a laranja Pêra continua sendo a variedade de citros de maior
destaque na citricultura brasileira, garantindo a renda de muitos produtores, dominando as
plantações de todos estados brasileiros, e sendo a preferência da população devido seus
atributos de pouca acidez e bastante adocicada. Está na mesa dos brasileiros, nos restaurantes,
supermercados, seja na forma in natura ou na forma de suco.
2.4 Qualidade físico-química da laranja
Na produção de frutas cítricas, principalmente para o consumo in natura, deve-se
priorizar a qualidade interna e externa dos frutos em geral (PETRY et al.,2012). A qualidade
das frutas está diretamente relacionada à segurança alimentar, que significa a garantia de
frutos que possuam todos os atributos adequados à saúde para os seus consumidores.
Implicando, assim, em alimentos de boa qualidade, livre de contaminações física, química,
biológica ou de qualquer substância que possa causar problemas a saúde da população
(NOGUEIRA et al., 2011). A qualidade dos frutos pode ser alterada durante a colheita,
transporte, comercialização e armazenamento, principalmente pelo uso inadequado de
manuseio.
As laranjas produzidas no Brasil são diferentes daquelas produzidas em outros lugares
do mundo, principalmente, com relação aos teores de sólidos solúveis e insolúveis. Além de
ser rica em ácido ascórbico, que é considerado um excelente antioxidante (YAMADA et al.,
2012). Muitos fatores estão envolvidos na conservação e qualidade pós-colheita de frutas
cítricas, dentre eles há as técnicas de manuseio pós-colheita e as condições de cultivo
(ARRUDA et al.,2011).
Segundo Silva et al. (2007), os teores de ácido ascórbico e de sólidos solúveis totais,
bem como a contagem de microrganismos, são usados como parâmetros para avaliar a
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qualidade das frutas. Alguns atributos em sua composição química, como ácido ascórbico,
sólidos solúveis totais, acidez total titulável e cor são utilizados como parâmetros de aferição
da qualidade da laranja.
Os sólidos solúveis, como o próprio nome indica, são todas as substâncias sólidas que
se encontram dissolvidas em um determinado solvente. Geralmente mede-se o conteúdo de
sólidos solúveis, que são os compostos dissolvidos no suco da fruta, neste caso no da laranja.
Como a maior parte dos sólidos solúveis são açúcar, sua medida é referência para o teor de
açúcar que contém na fruta (HORTIBRASIL, 2009).
A unidade de medida do conteúdo de sólidos solúveis é o grau Brix (ºBrix), sendo que
1º Brix será o mesmo que a um grama de sólidos dissolvidos em 100 gramas. Uma laranja,
com 10 ºBrix possui 10 gramas de sólidos solúveis, dissolvidos em 100 gramas de suco, ou
seja, 10% de concentração de sólidos solúveis (HORTIBRASIL, 2009).
A medição dos açúcares nas frutas de um modo geral, e principalmente nas laranjas é
importante, pois traduzem bem a percepção do sabor da fruta pelo consumidor e são fáceis de
se medir. Por isso, o conteúdo de açúcares é usado como referência de ponto de colheita e
consumo (HORTIBRASIL, 2009).
Em relação à acidez titulável, a determinação de acidez pode fornecer um dado valioso
na apreciação do estado de conservação de algumas frutas e outros produtos alimentícios. Os
ácidos orgânicos presentes em alimentos influenciam o sabor, odor, cor, estabilidade e a
manutenção de qualidade. A acidez titulável de frutas varia de 0,2 a 0,3% em frutas de baixa
acidez, mas podem atingir acima de 6% em frutas com maior teor de acidez (PEIXOTO et al.,
2011).
Os principais ácidos orgânicos que são encontrados em alimentos são o cítrico, málico,
oxálico, succínico e tartárico dentre outros. O ácido cítrico é o principal constituinte de várias
frutas, como por exemplo da laranja. A proporção relativa de ácidos orgânicos presentes em
frutas e vegetais varia com o grau de maturação e condições de crescimento (PEIXOTO et al.,
2011).
A análise de acidez mais comum é a quantitativa, que determina a acidez total por
titulação. A acidez total titulável é a quantidade de ácido de uma amostra que reage com uma
base de concentração conhecida. O procedimento é feito com a titulação de uma alíquota de
amostra com uma base de normalidade conhecida utilizando fenolftaleína como indicador do
ponto de viragem. Já o ratio é utilizado para identificar o grau de maturação da fruta, sendo
este um importante indicador para produção de sucos cítricos. O ratio é calculado pela razão
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entre os sólidos solúveis totais e a acidez titulável total. Portanto, é um parâmetro utilizado
para determinar a maturação dos frutos, sendo que quanto maior esta for, maior será o teor de
sólidos solúveis e menor a acidez do suco e, consequentemente, mais elevado o ratio (VOLPE
et al., 2002).
Os sucos que possuem uma baixa acidez e ratio elevado apresentam sabor doce bem
mais acentuado, sendo a preferência dos consumidores (FRATA et al., 2002). E, também é
de suma importância que os frutos que serão destinados ao processamento apresentem
maturação adequada para que se possa obter um suco com características físico-químicas e
sensoriais que atendam à legislação e às expectativas dos consumidores (MACHADO et al.,
2010).
De acordo com Benbrook et al. (2009), nos sistemas de cultivo convencional,
geralmente o rápido crescimento, o maior tamanho dos frutos, e o maior tamanho médio das
células, conduzem a um efeito chamado de diluição, em que faz ter um teor de açúcar menor
nos frutos.
A qualidade e composição das laranjas devem apresentar características típicas de
cada variedade, não sendo aceito no programa de comercialização frutos imaturos, ou seja,
aqueles que não atingiram os teores adequados de sólidos solúveis, ratio e porcentagem de
suco das diferentes cultivares de laranja. Para que possam ser comercializadas, no caso da
laranja ‘Pêra’ deve apresentar um teor mínimo de porcentagem de suco de 45%, sólidos
solúveis de 10 ºBrix e ratio acima de 9,5 (YAMADA et al., 2012). Segundo Agustí et al.
(1995), durante o processo de maturação do fruto pode ocorrer algumas mudanças de cor da
casca, o aroma e sabor do fruto, aumenta os teores de sólidos solúveis, sobretudo açúcares, e
de compostos nitrogenados.
Os consumidores brasileiros têm preferência por sucos naturais que são exprimidos na
hora, comparados aos sucos industrializados. Isso devido ao suco natural ser mais saudável e
ter um preço bastante acessível, e a oferta dessa fruta tropical serem durante o ano todo, o que
facilita o consumo. E mesmo que ainda não existem análises estatísticas, é visto que tem
aumentado o consumo de sucos naturais tanto em residências quanto em estabelecimentos
comerciais (ROSA et al., 2006).
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2.5 Qualidade pós-colheita da laranja
As frutas cítricas são organismos vegetais perecíveis, com uma vida pós-colheita curta
ou média. Dessa forma a qualidade pode ser afetada diretamente de forma negativa, caso seu
manuseio pós-colheita não seja adequado (EMBRAPA, 2006).
No mercado competitivo que é existente no cenário nacional e internacional, a
qualidade da laranja é um dos principais fatores que determinam o volume de comercialização
e de exportações. Alguns atributos na composição química da fruta, como os sólidos solúveis
totais, ácido ascórbico, acidez titulável total e cor, são utilizados como parâmetros de aferição
da qualidade da laranja pelos consumidores. No entanto, essas variáveis fisiológicas podem
sofrer alterações, se no período compreendido entre a colheita e o consumo, a laranja não
receber tratamento adequado em pós-colheita, nem armazenamento em temperatura e
umidade devidamente controladas (OLIVEIRA et al., 2002).
As doenças em pós-colheita podem ser responsáveis por perdas significativas ao
citricultor. Os danos em pós-colheita de citros são causados principalmente por patógenos
fúngicos, que normalmente são decorrentes de práticas inadequadas de condução da cultura
no campo e durante a colheita, transporte e/ou embalagem (EMBRAPA, 2011).
Em levantamento das doenças pós-colheita em laranjas ‘Pêra’, considera-se que o
bolor verde (Penicillium digitatum) é considerado a principal doença de pós-colheita desse
citros, principalmente em climas quentes. A infecção pelo patógeno ocorre por meio de
ferimentos em que os nutrientes estão disponíveis e estimulam a germinação dos esporos
depositados na superfície do fruto (FISCHER et al., 2013).
Portanto em pós-colheita os frutos devem ser retirados do pomar o mais rápido possível,
sendo transportados e colocados em locais com temperaturas amenas e totalmente protegidos
do sol. É também muito importante, nesta movimentação do material colhido, que não
ocorram danos de impacto e de abrasão aos frutos (EMBRAPA, 2011).
O uso de embalagens apropriadas e limpas e de equipamento de colheita como
tesouras, escadas e sacolas de colheita em bom estado de conservação facilitam a operação e
eliminam eventuais focos de danos aos frutos. Além do uso de caixas adequadas, com
superfícies mais lisas contribui significativamente para a redução desses danos, pois as
superfícies mais ásperas podem remover a camada de ceras, facilitando a desidratação dos
frutos (EMBRAPA, 2011).
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2.6 Comercialização da Laranja Pêra
A qualidade da laranja é o ponto mais importante no momento da comercialização do
fruto, e se ocorrer o manuseio inadequado durante a colheita, o transporte e o armazenamento,
pode acarretar alterações na qualidade desse citros. É por isso que estudos de qualidade de
frutos comercializados em revendas ou distribuidoras são muito importantes, para que haja
uma estratégia de comercialização e consequentemente redução das perdas (PEREIRA et al.,
2006).
O consumidor utiliza a cor da casca da fruta, como um indicador no momento da
escolha do produto para compra, mas a cor nem sempre é um indicador de doçura seguro. As
frutas cultivadas nas regiões mais quentes, no geral, possuem a casca um pouco mais verde e
são menos ácidas, diferente das cultivadas em climas amenos, que podem ser tão ou até mais
doces. O que garante melhor a doçura do fruto é a quantidade de sólidos solúveis, o ºBrix,
porém para que seja analisado, é preciso fazer um corte nesse citros, o que iria inviabilizar
posteriormente na sua comercialização. Para Laranja Pêra, o conteúdo de sólidos solúveis
ideal é no mínimo 10ºBrix (CEAGESP, 2012).
Yamauchi et al. (1997) afirmam que o primeiro contato entre o consumidor e o fruto, é
em relação ao atributo cor. Para que consigam uma cor mais atraente que vai atender aos
padrões de aceitação impostos pelos consumidores, utiliza-se uma técnica de aplicar etileno
durante o armazenamento do fruto, para que possa ocorrer o desverdecimento da casca da
fruta por meio da biossíntese dos carotenóides e a degradação da clorofila.
As laranjas, além de passarem por técnicas utilizando o etileno, antes da
comercialização, também passam por um processamento o qual os frutos são lavados para
tirar qualquer sujeira da colheita, secos, polidos e encerados, para promover brilho ao fruto, e
após esses processos que são classificados e embalados, essas técnicas garantem um melhor
aspecto à fruta e, consequentemente, atrai melhor o consumidor (PEREIRA et al., 2006).
No estado de Goiás, a comercialização de citros in natura concentra-se na CEASA-
GO, em que centraliza a distribuição de diversos produtos e permite aos compradores
adquirirem tudo que querem em apenas um só lugar. Dessa forma, a quantidade
comercializada é maior, compensando os gastos com relação ao aluguel do Box.
As frutas são oriundas tanto do Estado de Goiás quanto de outros estados, o que
depende da demanda e da oferta daquele produto. Caso esses sejam adquiridos em Goiás, são
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colhidos e prontamente conduzidos à CEASA em um dia, processados (lavados, secos,
polidos, classificados e embalados) e comercializados no dia seguinte.
Desta forma, o consumidor final encontrará produto nas prateleiras dos
estabelecimentos comerciais que foram colhidos há menos de quarenta e oito horas
(PEREIRA et al., 2006).
Quando o produto vem de outros estados, principalmente do nordeste do país, o
período é aumentado em vinte e quatro horas. O frete representa cerca de trinta por cento do
valor do produto, quando o produto é originário de outros estados (PEREIRA et al., 2006).
Portanto, no momento de compra da laranja Pêra, é necessário algumas exigências da
qualidade física da fruta, devido frutos com defeitos serem inviabilizados para o consumo, e
consequentemente inviabilizando-os também à comercialização.
Produtos que apresentam podridão, ou seja, um processo de grau de decomposição,
desidratação, fermentação dos tecidos ou polpa, ou apresente lesões que podem ser de origem
patológica, entomológica ou mecânica, que possa atingir o albedo, que é a parte branca do
fruto, ou cause danos diretamente na polpa, ou até mesmo alterações típicas de sabor, causada
eventualmente por senescência, pragas ou doenças ou pela maturação excessiva, são aspectos
que inviabilizam a comercialização e consumo da fruta (CEPEA, 2013).
Frutos imaturos em que o teor de sólidos solúveis seja menor que 10ºBrix, fruto
murcho devido falta de turgor causada por desordem fisiológica ou desidratação, e fruto não
suculento, aquele fruto que tem a relação: (massa do suco/massa do fruto) x100) menor que
35, no qual é o mínimo considerado aceitável para o consumo de laranja de uma maneira
agradável, também são fatores que influenciam para que a comercialização do produto não
aconteça, por não aceitação de produtos desses aspectos pelos consumidores finais, portanto a
qualidade da laranja é um fator de total importância para garantir a sua comercialização e
consumo (CEPEA, 2013).
19
3 MATERIAL E MÉTODOS
Foram realizadas amostragens dos frutos de laranja Pêra em duas datas, em 20 de
Dezembro de 2013 e 30 de Janeiro de 2014, em cinco estabelecimentos, que comercializam
esses na Central de Abastecimento do Estado de Goiás (Goiânia-GO), sendo as frutas
adquiridas de produtores distintos (Figura 1). Em cada localidade foram amostradas
quantidades específicas de frutos.
Na coleta referente ao dia 20 de Dezembro de 2013, foi informado a procedência do
lote de laranja Pêra, que cada comerciante adquiriu naquele dia. O Comércio Pindorama
(Comércio 1), teve aquele lote proveniente de São Paulo - SP, o Comércio Laranjas Lupy
(Comércio 2) a produção daquele dia era proveniente de Campestre – GO, o Comércio Goiás
Laranjas (Comércio 3), também adquiriu um lote de Goiás, mas este no município de Itaberaí,
o Comércio RB Laranja (Comércio 4), teve seu lote proveniente do Estado de Goiás também,
mas da cidade de Hidrolândia, e o último Comércio, Só Laranja (Comércio 5), adquiriu as
laranjas em Minas Gerais, da cidade de Prata.
Na segunda coleta, que foi feita no dia 30 de Janeiro de 2014, também foram colhidas
informações da procedência dos lotes de laranja Pêra. O comércio Pindorama e Goiás
Laranjas obtiveram suas laranjas de Itaberaí-GO, conhecido como maior polo de produção de
laranja no Estado de Goiás, já os Comércios Laranjas Lupy e RB Laranjas teve o lote
proveniente de São Paulo - SP e por último, o Comércio Só Laranja, a produção de laranjas
daquele dia foi de Prata – MG.
Figura 1. Estabelecimentos comerciantes de laranja na Central de Abastecimento do Estado de Goiás. A – Comércio 1 (Pindorama); B – Comércio 2 (Laranjas Lupy); C – Comércio 3 (Goiás Laranja); D – Comércio 4 (RB Laranja); E – Comércio 5 (Só Laranja).
20
Os frutos de laranja Pêra foram escolhidos aleatoriamente. Foram escolhidos 12 frutos
de cada fornecedor, para realização de quatro repetições, compostas por três unidades de
laranja Pêra.
Após recolher os frutos, estes foram encaminhados ao laboratório do Centro
Universitário de Goiás - Uni-ANHANGUERA, separados em bancada para serem avaliados
quanto à sua qualidade físico-química (Figura 2), sendo: a) diâmetro transversal e longitudinal
(cm): leitura direta com paquímetro; b) massa (g): por meio de pesagem direta em balança de
precisão; c) espessura da casca: leitura direta com paquímetro; d) rendimento de suco:
medição do volume de rendimento de caldo com proveta; e) quantidade de sementes
(contagem); f) sólidos solúveis totais: leitura direta em refratômetro digital com correção
automática de temperatura, sendo os resultados expressos em ºBrix; e g) acidez titulável total:
com indicador de ácido básico (fenolftaleína) e por meio de titulação com NaOH (ARRUDA
et al., 2011).
Figura 2. Identificção de cada comércio para efetuar as análises
Em cada época de amostragem foram utilizadas quatro repetições de três frutos cada,
para cada coleta de fornecedores (Figura 3). Os dados foram submetidos à análise de variância
e as médias comparadas pelo teste de Tukey com (5%) de probabilidade.
21
Figura 3. Divisão de parcelas com três laranjas por parcela.
3.1 Diâmetro transversal e longitudinal
A primeira etapa para análise física realizada neste trabalho foi a medição do diâmetro
transversal e longitudinal, com unidade de medida em milímetros (mm), utilizando
paquímetro eletrônico. Em cada parcela foram avaliadas três laranjas que ao final foi feito
uma média, para cada uma das quatro parcelas (Figura 4).
Figura 4. Análise de diâmetro da laranja. A – Paquímetro eletrônico. B- Diâmetro Transversal. C – Diâmetro Longitudinal.
22
3.2 Peso do fruto
A segunda variável física avaliada foi a pesagem dos frutos, com unidade de medida
em gramas (g), na qual foram selecionadas três laranjas para cada parcela, e ao final efetuou-
se a média. A balança utilizada foi digital com peso máximo de 1kg (Figura 5).
Figura 5. Laranja submetida a pesagem em balança.
3.3 Espessura da Casca
Foi feito um corte transversal na parte superior de cada laranja, e assim como os
diâmetros, a espessura da casca foi medida com paquímetro eletrônico, com unidade de
medida em milímetros (mm), cada parcela com três laranjas e ao final obteve-se uma média
(Figura 6).
Figura 6. Medição com paquímetro da espessura da casca da laranja.
23
3.4 Rendimento de Caldo
Utilizando um espremedor de laranja industrial, as laranjas foram esprimidas para que
pudesse obter o suco da fruta, posteriormente foi colocado em uma proveta de vidro para
fazer a medição correta do rendimento de caldo (mL) de cada três laranjas em cada uma das
parcelas (Figura 7).
Figura 7. A – Procedimento de espremer as laranjas. B – Proveta com volume de suco.
3.5 Quantidade de Sementes
Contar a quantidade de sementes da laranja também fez parte da análise física desse
trabalho. Após serem espremidas as laranjas, um pouco do bagaço da fruta e as sementes
ficaram mantidas em peneira que faz parte do espremedor industrial. Assim facilitando a
contagem das sementes, que também foi um total de sementes das três laranjas de cada
parcela, e ao final, foi feita uma média de quantidade de sementes por parcela (Figura 8).
Figura 8. Sementes mantidas em peneira para serem contadas posteriormente.
24
3.6 Sólidos solúveis A primeira análise química desse trabalho foi de leitura dos sólidos solúveis referente
ao suco das laranjas de cada parcela. Foi feita a leitura direta em refratômetro digital com
correção automática de temperatura, no qual se coloca uma gota do suco da laranja no
refratômetro e expressa os resultados em ºBrix (Figura 9).
Figura 9 – A- Aparelho Refratômetro. B- Medição de Sólidos Solúveis em refratômetro digital.
3.7 Acidez Titulável
Outra análise química em que as laranjas foram submetidas foi a acidez títulável com
o intuito de avaliar a acidez do caldo das laranjas de cada parcela.
A titulação foi feita utilizando 10 mL de suco de laranja e adicionados 50 mL de água
destilada em um béquer. Usou-se o indicador de ácido básico (fenolftaleína), na quantidade de
0,7 mL, dispensados com uma pipeta de vidro, e por meio de titulação com NaOH (0,1 mol/L)
em uma bureta e fixado com uma garra de condensador (Figura 10), sendo os resultados
expressos em % ácido cítrico de acordo com a fórmula:
AT = (Vx100xf)/(Pxc)
Onde: V = volume gasto na titulação
f = concentração da solução da NaOH
P = peso/volume da amostra utilizada
c = correção para a solução de NaOH 1M
25
Figura 10. A – Material laboratorial utilizado para efetuar análise de Acidez Titulável. B – Indicador de Ácido básico (Fenolftaleina) e NaOH (0,1mol/L). C – Procedimento de titulação.
26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observou-se efeito de épocas para as variáveis: peso de laranjas, diâmetro transversal,
espessura de casca, número de sementes, volume de calda, teor de sólidos solúveis totais e
rendimento de calda (Tabela 1).
Nota-se que os frutos comercializados em janeiro (época 2) na CEASA-GO
apresentaram melhores características físico-químicas que as comercializadas em dezembro
(época 1) independentemente do estabelecimento.
Tabela 1 – Variáveis físico-químicas da laranja Pêra comercializada na CEASA-GO nos meses de dezembro de 2013 (1) e janeiro de 2014 (2).
Época
Peso (g) Diam_Trans (mm)
Diam_Longns
(mm) Esp (mm)
NS Vol (mL)
SST (ºBRIX)
ATTns
(% Ac. Cit.)
Rations Rend (%)
1 209,49 b 73,00 b 75,93 5,10 a 4,80 b 98,25 b 7,05 b 0,78 9,55 46,93 b 2 231,20 a 75,53 a 76,53 4,32 b 6,20 a 115,27 a 7,48 a 0,86 10,08 49,89 a CV (%) 5,67 2,47 1,99 8,63 30,19 7,63 7,27 24,23 20,63 6,66 Médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. ns: não significativo pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV: coeficiente de variação. **Diam_Trans - diâmetro transversal, Diam_Long – diâmetro longitudinal, Esp – espessura de easca, NS – número de semenstes, Vol – volume de suco, SST – sólidos solúveis totais, ATT – acidez titulável total, Rend – rendimento de caldo.
Características como maior peso e maior diâmetro refletem num maior
rendimento de suco, fato que é desejado por distribuidores do fruto in natura, principais
clientes da CEASA-GO. Segundo Machado et al. (2010), a variedade Pêra Rio é considerada
a mais importante para a comercialização, porque seu fruto possui alta resistência durante o
transporte e processamento, e ainda, oferece elevado rendimento de suco, em média de 52%
de suco. Nas duas épocas de amostragem o rendimento de suco foi inferior a média desta
variedade 46,93% e 49,89%, respectivamente para os meses de dezembro e janeiro.
O tamanho dos frutos de laranja é bastante influenciável por diversos fatores
edafoclimáticos e genéticos dentre os quais Arruda et al. (2011) destacam: fornecimento de
nutrientes, especialmente o nitrogênio, a posição do fruto no broto e a competição entre os
órgãos em desenvolvimento. Porém Benbrook (2009), destaca que o maior tamanho de frutos
conduzem a um efeito denominado “diluição”, em que frutos maiores, com maior rendimento
de caldo tendem a ter menor teor de açúcar. Fato que não foi observado neste estudo em
nenhuma época de amostragem, corroborando com Arruda et al. (2011).
Frequentemente utiliza-se como indicativos de maturação e de qualidade dos
frutos de laranja o teor de sólidos solúveis (SST), acidez total (ATT), ratio (SST:ATT) e
27
rendimento de suco (Arruda et al., 2011; Silva et al., 2007; Petry et al., 2012). Segundo
Machado (2010) o fruto de laranja Pêra, quando maduro, apresenta teor de sólidos solúveis de
11,8 °Brix, acidez titulável de 0,95 g ácido cítrico/100 ml e ratio 12,5. Nas duas épocas de
amostragem de frutos de laranja na CEASA-GO estes indicadores de qualidade apresentaram-
se sempre inferiores, sugerindo que as mesmas não estavam maduras, independentemente da
procedência. Apenas para a variável SST a amostragem de janeiro foi superior, no entanto
ainda foi menor que o reconhecido como fruto maduro. Para ATT e ratio não foi observado
diferença entre as épocas de amostragem.
Na Tabela 2 observa-se grande variabilidade entre os estabelecimentos fornecedores
de laranja da CEASA-GO para todos os parâmetros estudados, exceto espessura de casca
(Esp) e número de sementes (NS). O estabelecimento 3 foi o que comercializou frutos com
piores características entre as avaliadas neste estudo: peso 199,42g; SST 6,19º BRIX; 1,03 %
de ácido cítrico e consequentemente menor ratio 7,21. O ratio é um parâmetro utilizado para
determinar a maturação dos frutos, sendo que quanto mais avançada esta for, maior é o teor de
sólidos solúveis e menor a acidez do suco e, consequentemente, mais elevado o ratio (VOLPE
et al., 2002).
Tabela 2 - Variáveis físico-químicas da laranja Pera comercializada em cinco estabelecimentos** da CEASA-GO em dezembro de 2013 e janeiro de 2014.
Estb. Peso (g)
Dm_Trans (mm)
Dm_Long
(mm)
Espns (mm)
NSns Vol (mL) SST
(ºBRIX)
ATT (% Ac. Cit.)
Ratio Rend (%)
1 227,83 ab 74,46 abc 75,55 b 4,79 5,12 102,08 b 8,25 a 0,93 ab 9,37 ab 44,88 b 2 223,56 bc 74,55 ab 76,62 b 4,70 5,66 112,08 ab 7,70 ab 0,68 b 11,55 a 49,52ab 3 199,42 d 71,84 c 73,18 c 4,42 4,37 102,10 b 6,19 c 1,03 a 7,21 b 51,48 a 4 241,91 a 76,62 a 80,22 a 4,98 6,33 115,25 a 7,13 b 0,77 ab 9,78 ab 47,14ab 5 209,00 cd 73,85 bc 75,58 b 4,64 5,99 102,29 b 7,06 b 0,69 b 11,16 a 49,00ab
Médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. ns: não significativo pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ** Origem dos produtos, de São Paulo, Goiás e Minas Gerais.
Nos quesitos tamanho de fruto (peso e diâmetros) destacaram-se aqueles
comercializados no estabelecimento 4, porém o teor de SST (7,13º BRIX) foi reduzido, sendo
assim, observado o efeito da “diluição” citado por Benbrook (2009). O que também pode ter
influenciado no ratio, que foi de 9,78, valor ainda baixo para um fruto considerado maduro. Já
no estabelecimento 2 o tamanho do fruto também foi maior, os sólidos solúveis foram
relativamente baixos (7,70º BRIX), porém a ATT estava abaixo do esperado para um fruto
maduro, o que refletiu em um alto ratio próximo ao recomendado, 11,55. A fruta que produz
28
um suco com baixa acidez e elevado ratio apresenta sabor doce mais acentuado, sendo
preferido pelos consumidores (FRATA et al., 2002).
Na Tabela 3 são apresentados as características dos frutos de laranja comercializados
em dezembro (coleta 1) na CEASA-GO.
E nota-se que apenas o número de sementes, os sólidos solúveis, o volume de suco e o
rendimento do mesmo apresentaram diferenças entre os estabelecimentos avaliados.
A laranja comercializada em dezembro no estabelecimento 5 teve maior volume de
suco (114,58 mL), e consequentemente maior rendimento (54,24%), alcançando valores
superiores ao esperado por esta variedade (52%). Porém o ratio estava baixo 8,13, o que
sugere que o fruto sofreu um processo de “diluição” a medida que foi crescendo, ou que este
ainda não tinha completado sua maturação. Segundo Agustí et al., (1995) durante o processo
de maturação do fruto ocorre a mudança de cor da casca; síntese de alguns compostos voláteis
responsáveis pela formação do aroma e sabor do fruto; aumento dos teores de sólidos
solúveis, sobretudo açúcares, e de compostos nitrogenados, principalmente aminoácidos;
redução na concentração de ácidos e o aumento do ratio. Por isso, estas variáveis auxiliam na
indicação da maturação dos frutos comercializados.
Tabela 3 - Variáveis físico-químicas da laranja Pêra comercializada em cinco estabelecimentos da CEASA-GO em dezembro de 2013.
Estb. Peso (g) D_Transns (mm)
D_Long
(mm) Espns (mm)
NS Vol (mL) SST
(ºBRIX)
ATTns
(% Ac. Cit.)
Rations Rend (%)
1 199,42 71,55 73,07 c 5,04 3,99ab 87,49 bc 7,75 a 1,04 7,99 45,46bc 2 198,00 71,57 74,71 bc 5,17 4,49ab 90,83 c 7,50 ab 0,68 11,18 44,18bc 3 217,41 74,35 76,17 bc 5,19 3,75 b 106,25ab 6,63 b 0,68 9,86 48,93ab 4 220,27 73,76 81,62 a 5,44 7,33 a 92,08 bc 6,63 b 0,64 10,59 41,83 c 5 212,34 73,81 77,11 b 4,66 4,41ab 114,58 a 6,75 ab 0,84 8,13 54,24 a
Médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. ns: não significativo pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Na Tabela 4 observa-se que apenas a variável número de sementes (NS) não distinguiu
estatisticamente os estabelecimentos vendedores de laranja Pera na CEASA-GO pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade. Em todas as demais foi possível observar diferenças, dentre as
quais um maior tamanho de frutos dos estabelecimentos 1, 2 e 4, com pesos de 256,24g,
249,12g e 263,55g respectivamente. O que gerou um volume de caldo de 113,33mL,
136,66mL e 138,41mL para esta mesma sequência. Porém, os estabelecimentos que
comercializaram laranjas com maior rendimento de suco foram o 2 (54,87%), 3 (54,03%) e o
29
4 (52,46), os três com rendimento superior ao potencial esperado para esta variedade de
laranja.
Tabela 4 - Variáveis físico-químicas da laranja Pêra comercializada em cinco estabelecimentos da CEASA-GO em janeiro de 2014.
Estb. Peso (g) Diam_Trans
(mm) Diam_Long
(mm) Esp
(mm) NSns
Vol (mL)
SST (ºBRIX)
ATT (% Ac. Cit.)
Ratio Rend (%)
1 256,24 a 77,39 ab 78,04 a 4,55 a 6,25 113,33 b 8,75 a 0,82 b 10,75ab 44,29 b 2 249,12 a 77,54 ab 78,53 a 4,24ab 6,83 136,66 a 7,90 ab 0,68 b 11,92ab 54,87 a 3 181,43 b 69,34 c 70,19 c 3,65 b 4,99 97,96 bc 5,75 c 1,37 a 4,56 c 54,03 a 4 263,55 a 79,49 a 78,81 a 4,53 a 5,33 138,41 a 7,63 b 0,89 b 8,97 b 52,46 a 5 205,67 b 73,89 b 74,05 b 4,63 a 7,58 89,99 c 7,38 b 0,55 b 14,19 a 43,77 b Médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. ns: não significativo pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
A laranja comercializada no estabelecimento 5, em janeiro deste ano, apesar de estar
com peso inferior as demais, apresentou características físico-químicas melhores, como
sólidos solúveis de 7,38ºBRIX e acidez titulável numa porcentagem de 0,55% de ácido
cítrico, o que refletiu em um ratio de 14,16, indicando que nem sempre frutos maiores são
mais doces.
Segundo Machado et al. (2010), a principal época de colheita da laranja pera cultivada
é julho, sendo considerada de meia-estação. Porém, o mercado interno pode ser abastecido
com fruto in natura praticamente durante o ano inteiro. O consumo médio de suco de laranja
pelos brasileiros é de 20 litros por habitante ao ano, sendo que desse total, pouco mais de um
litro é de suco industrializado.
O consumidor brasileiro parece ter preferência por sucos naturais, espremidos no
momento do consumo. Tal fato decorre da grande facilidade que o consumidor tem de
adquirir frutos a preços acessíveis, em qualquer época do ano (ROSA et al., 2006). Por isso, a
qualidade da fruta constitui o principal fator que pode interferir na aceitação do suco de
laranja e até mesmo da própria fruta. E o ponto de colheita ideal para seleção da época de
colheita contribui para a boa aceitação da fruta no mercado varejista. E observa-se que nem
sempre a laranja ofertada na Central de Abastecimento do Estado de Goiás (CEASA-GO) está
com as características físico-químicas indicando uma completa maturação do fruto, tendo-se
em vista de que se trata de um fruto não climatério, o qual não continua sua maturação após
ter sido retirado da planta-mãe.
30
5 CONCLUSÃO
Pelos resultados obtidos nesse trabalho, conclui-se que as laranjas Pêra
comercializadas nas Centrais de Abastecimento do Estado de Goiás estão próximas dos
padrões pré-definidos pelos consumidores em relação à qualidade da fruta. Porém pode-se
melhorar bastante em relação às variáveis estudadas, principalmente os Sólidos Solúveis
Totais e Acidez Titulável Total, para proporcionar um melhor Ratio dentro do esperado para
essa espécie. Foi visto também que houve diferenças significativas entre as épocas de coletas,
assim pressupõe-se que dependendo do sistema de cultivo e manejo, e principalmente o clima
das diferentes regiões, foi o que influenciou na qualidade dessa fruta que está sendo
distribuída por todo Estado de Goiás e demais regiões consumidoras.
31
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