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1 UNI- ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA MANEJO DA ADUBAÇÃO NA QUALIDADE FÍSICO - QUÍMICA E PRODUTIVIDADE DE DOIS HÍBRIDOS DE MELANCIA LETÍCIA NUNES DOS SANTOS GOIÂNIA Nov/2014

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UNI- ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS

CURSO DE AGRONOMIA

MANEJO DA ADUBAÇÃO NA QUALIDADE FÍSICO - QUÍMICA E PRODUTIVIDADE DE DOIS HÍBRIDOS DE MELANCIA

LETÍCIA NUNES DOS SANTOS

GOIÂNIA

Nov/2014

2

LETÍCIA NUNES DOS SANTOS

MANEJO DA ADUBAÇÃO NA QUALIDADE FÍSICO - QUÍMICA E PRODUTIVIDADE DE DOIS HÍBRIDOS DE MELANCIA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA, sob orientação da Prof.ªMsc. Adriana Rodolfo da Costa, como requisitoparcial para obtenção do título de Bacharel em Agronomia.

Goiânia

Nov/2014

3

4

Dedico esse trabalho de conclusão de

curso aos meus pais e meus irmãos, que

estiveramem todos os momentos me

apoiando e fazendo tornar possível esse

grande sonho.

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, aquele que me deu a paciência, o

equilíbrio e a sabedoria para que pudesse realizar esse sonho.

Agradeço, especialmente, aos meus pais Joaquim e Maria pelo amor e

por serem meu exemplo de vida e por darem o seu melhor pra mim,

aos meus irmãos CleytoneLarice, por sempre terem me apoiado,

ajudado e acreditado em mim.

Aos amigos e colegas que participaram desse momento incrível me

motivando cada vez mais, às amigas LaizAntônia por estarsempre ao

meu lado,aMarcellaBrito e a Marcela Braga que desde o início esteve

comigo, e a todos que estiveram me ajudando durante esses quatro

anos, que foi uma experiência inesquecível, que deixará saudades.

Agradeço também em especial à Adriana Rodolfoe à professora

Leandra Semensato por me ajudarem na construção deste trabalho, e a

todos os professores em geral, que se dedicaram ao máximo durante

todo curso.

6

Caminho em busca do sucesso, e das mais diversas oportunidades que a vida há

de mim proporcionar, vou caminhando sem parar e ao longo do meu percurso

quero me alimentar de conhecimentos e valores dos quais sei que sou capaz de

conseguir.

Igor Rodrigues

7

Resumo

O presente trabalho foi realizado no município de São Domingos – GO. O objetivo do trabalho é avaliar a influência da adubação (5-25-15) em dosagens diferentes nas duas cultivares de melancia. Foram utilizados dois híbridos de melancia (Citrulluslanatus),Talisman eManshester, que vem se destacando na sua boa qualidade interna e externa, sólidos solúveis totais(Brix), frescor textura e são mais resistente a pós-colheita. O plantio foi feito em sulco, distribuído em 24 parcelas, essas parcelas foramdivididas em blocos ao acaso, cada parcela com espaçamento de 3m entre linhas e 1,50m entre covas, totalizando 9x7,5 m. A parcela continha quatro linhas, cada linha cinco covas, ou seja, vinte plantas por parcela, onde se considerou doze plantas centrais como área útil para realizar as avaliações quanto à qualidade e produção da melancia.Foi avaliado peso, produtividade, teor de sólidos solúveis e frutos comercializáveis.E identificado o melhor manejo da adubação para as duas cultivares, cultivada sob irrigação no município de São Domingos – GO.

PALAVRAS-CHAVE:Sólidos solúveis totais. Recomendação da adubação.Citrullus

lanatus.

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LISTAS DE FIGURAS

Figura.1 Implantação do experimento 21 Figura.2 Distribuição da água sobre os sulcos 21 Figura.3 Mosca branca nas folhas de melancia 22 Figura.4 Aplicação de defensivos 22 Figura. 5 Frutos sendo medidos com fita métrica 24 Figura.6 Contagem e escolha dos frutos 24 Figura.7 Medindo os sólidos solúveis do fruto 25 Figura.8 Frutos com espessura da casca mais extensa 28 Figura.9 Menor e maior valor encontrado no experimento 29

9

LISTAS DE TABELAS Tabela. 1 Resultados relativos conforme a adubação 26 Tabela. 2 Número de plantas por área util 27 Tabela. 3 Resultados da avaliação 27 Tabela. 4 Frutos maiores e comprimenros dos frutos 29

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11

1.1 A adubação da melancia 11

2 REFERENCIAL TEÓRICO 13

2.1 Características botânicas e exigências climáticas e edáficas 13 2.2 Manejo de adubação para melancia 15 2.3 Qualidade físico – químico da melancia 19

3 MATERIAL E MÉTODOS 20

3.1 Plantio 20 3.2 Coleta e análise dos dados 24 3.3 Sólidossolúveistotais 25

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 26

5 CONCLUSÕES 30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31 RESUMO PARA CONGRESSO 37

11

1 INTRODUÇÃO

1.1 A adubação da melancia

A melancia (Citrulluslanatus) é uma cucurbitácea tropical de ciclo curto de

origem africana bastante consumida nas épocas mais quentes do ano. Apresenta grande

importância econômica e social, especialmente para a agricultura familiar, a qual se

enquadra a maioria dos produtores (CAVALCANTE et al., 2010; NASCIMENTO et al.,

2011).

Dentre os países produtores, o Brasil ocupa o quarto lugar com uma produção de

mais de dois milhões de toneladas e produtividade média de 22,5 ton.ha¹, ficando atrás

da China, do Irã e da Turquia. Dos estados produtores, o Rio grande do Sul é o maior

produtor e contribui com cerca de 20% da produção nacional. E o estado de Tocantins,

com uma produção de 90.580 toneladas e produtividade de 25 ton. ha¹em 2011,

contribuindo com aproximadamente 4,5% do total nacional, sendo o oitavo estado no

ranking nacional (IBGE, 2011).

A melancia possui efeito diurético e antioxidante, além de auxiliar na circulação

sanguínea, trazendo benefícios importantes para a saúde. A fruta possui uma variedade

ímpar de nutrientes. Dados da Associação Brasileira de Nutrição (ABN) demonstram

que nos mais de 90% de água de sua composição são encontradas vitaminas A e C,

licopeno, minerais como cálcio, ferro, potássio e fósforo, carboidratos e fibras. Sem

contar que a fruta pode ser totalmente aproveitada, desde as sementes (trituradas em

sucos ou vitaminas) até a parte branca, que é rica no aminoácido digestivo L-citrulina.

Dentre os fatores limitantes á produção, as doenças provocam grande perdas na

produtividade e na qualidade dos frutos (SANTOS et al., 2005). O ataque de insetos

também é uma importante limitação à cultura, levando o alto uso de inseticidas e

altoscustos de produção. Estes insetos podem provocar danos na planta através da

herbivoria ou através da disseminação de vírus e toxinas (BANDAS et al., 2004;

STURZA et al. 2011). Além de doenças e pragas, há também fatores abióticos, como

danos mecânicos, fatores fisiológicos e deficiência de nutrientes, que podem causar

perda total da safra se medidas preventivas não forem tomadas (SANTOS et al., 2009).

12

As cultivares de melancia disponíveis no mercado brasileiro são na sua grande

maioria de origem americana e japonesa, como por exemplo, as lançadas há pouco

tempo, Talisman F1 e a Manshester, ambas são híbridos, que vem se destacando na sua

boa qualidade interna e externa, grau brix (sólidos solúveis), frescor e crocância, e são

mais resistente a pôs colheita, que é o prazo ate a chegada ao consumidor.

O objetivo do trabalho de pesquisa foiestudar a influência da adubação química

em diferentes dosagens para dois híbridos de melancia. E, desta forma identificar a

melhor dosagem do adubo para os dois híbridos, cultivadossob irrigação no município

de São Domingos – GO.

13

2REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Características botânicas e exigências climáticas e edáficas

A planta de melancia(Citrulluslanatus)é uma planta herbácea, de ciclo

vegetativo anual. O sistema radicular é vasto, mas superficial, com umadominação de

raízes nos primeiros 30 cm de profundidade do solo. Os caules são rastejantes,

angulosos, estriados, com gavinhas ramificadas. As folhas da melancia são

profundamente recortadas. A espécie é monoica(EMBRAPA,2007).

A planta produz ramas, que podem alcançar 3m, e folhas com limbo

profundamente recortado. Apresenta gavinhas, que auxiliam na fixação da planta ao

solo. O sistema radicular é extenso, mais desenvolvido no sentido horizontal,

concentrando-se na camada de solo até 30 cm, embora algumas raízes alcancem maiores

profundidades. O hábito de florescimento é monoico. O fruto é globular ou alongado,

com polpa vermelha, apresentando um mínimo de parte branca, nas cultivares preferida.

As sementes, escuras, estão distribuídas pela poupa (FILGUEIRA, 2007).

As flores da planta de melancia são desertas, pequenas, de corola amarela. Tanto

as flores femininas quanto as masculinas localizam-se nas ramas principais, nas axilas

das folhas. As flores femininas, menos abundantes, localizam-se a partir do meio até as

extremidades das ramas. Permanecem abertas durante menos de um dia e são

polinizadas por insetos. As plantas são auto combinantes e a percentagem de

polinização cruzada é muito variável(ESALQ, 2013).

O fruto è um pepônio cuja massa varia entre 1 a 25 kg. A forma pode ser

redonda, alongada, podendo atingir 60 cm de comprimento. A casca é espessa (1a 4 cm).

O exocarpo é verde, claro ou escuro, de tonalidade única, listrado ou manchado. A polpa

é, normalmente, vermelha, podendo ser amarela, laranja, branca ou verde. As sementes

encontram-se incluídas no tecido da placenta que constitui a parte comestível.Ao

contrário dos frutos de melão e de abóbora, o da melancia não possui cavidade

(ALMEIDA, 2003; FILGUEIRA, 2008).

A melancia é uma espécie diploide com um número haploide de cromossomos

igual a 11. As cultivares de melancia sem sementes são triploides (3n=33) e resultam do

cruzamento de um progenitor feminino tetraploide (4n=44) com um masculino diploide,

as quais são estéreis.Já as cultivares com sementes são diploides (KIHARA, 1951).

Embora a fecundação não ocorra, a polinização é necessária para instigar o

14

desenvolvimento do ovário e a produção de frutos partenocárpicos. A semente é de alto

valor, pois as linhas tetraploides produzem apenas 5-10% da quantidade de semente das

linhas diploides (ALMEIDA, 2003).

A cultura da melancia é bastante sensível ao frio e a ventos fortes. Desenvolve-

se melhor sob condições de clima quente e umidade relativa do ar baixa, com

temperaturas alterando de 18 a 25 ºC e extremos de 10 a 32 ºC. O melhor crescimento

ocorre em temperaturas de 20 a 30 ºC, sem muita variação entre diurnas e noturnas.

Embora possa ser cultivada nos mais variados tipos de solos, os de textura areno-

argilosa, profundos e bem estruturados são os mais indicados. A melancia é levemente

tolerante à acidez do solo, se desenvolvendo bem em pH (H2O) de 5,0 a 6,0 (MINAMI.

IAMAUTI, 1993; VILLA et al., 2001).

A melancia se desenvolve bem na maioria dos tipos de solo, preferindo solos

sílico argilosos e profundos, pois a mesma é muito sensível. Devem-se evitar os solos

muito pesados, pois levam a planta a crescer pouco e a produzir frutos menores e de

pior qualidade.A melancia opta solos ricos em matéria orgânica, soltos e bem drenados.

Solos úmidos devem ser evitados. Solos compactados ou mal drenados são prejudiciais

devido ao acúmulo de água que dificultam ou impedem a respiração e o metabolismo

das raízes(CARVALHO, 1988).

O revolvimento do solo auxilia no controle de vegetação voluntária, pragas e

patógenos do solo. O preparo convencional do solo contorna horizontes superficiais

com objetivos de reduzir a compactação, incorporar corretivos e fertilizantes, somar os

espaços porosos e, com isso, elevar a permeabilidade e o armazenamento de ar e água,

facilitando o crescimento das raízes das plantas(EMBRAPA, 2005).

A produção ideal seria na faixa de pH 5,0 e 6,0 com ausência de alumínio

trocável, em pH maior que 6, inicia-se insolubilização do fósforo e ocorre menor

disponibilidade da maioria dos nutrientes da melancia, quando o solo é ácido ocorrem

sintomas drásticos de deficiência de cálcio e magnésio(EPAGRI, 1996).

De acordo com Epagri (1996), em áreas não corrigidas ou com necessidade de

calcário deve-se aplicar calcário ao solo com antecedência de seis meses do plantio,

liberando a correção do mesmo. A amostragem de solo para fins de fertilidade deve ser a

uma profundidade de 20 cm e sendo representativa da área a ser cultivada.

A melancia necessita de boa luminosidade, é sensível ao frio, em temperaturas

menores de 11°C não ocorre germinação, o desenvolvimento vegetativo é inativo,

ocorrendoa formação de frutos pequenos, deformados e ainda baixa floração. A

15

temperatura noturna deve ser inferior à diurna, no mínimo seis graus, desta forma,

permitindo um maior acúmulo de sólidos solúveis.Altas temperaturas com baixa

umidade do solo na fase do amadurecimento do fruto favorecem o aroma, a consistência

do fruto (EPAGRI, 1996).

2.2 Manejo de adubação para melancia

A produção e a qualidade dos frutos de melancia estão associadas a fatores

genéticos, climáticos e fitotécnicos, sendo a nutrição da planta de fundamental

importância para se conseguir resultados satisfatórios. O nitrogênio e potássio são os

nutrientes extraídos em maior quantidade pela planta de melancia (GRANJEIRO ;

CECÍLIO FILHO, 2004). De modo geral, pode-se considerar que o nitrogênio é o

nutriente com maior efeito na produção, enquanto o potássio é o nutriente com maior

efeito na qualidade dos frutos.

A densidade populacional é outro fator que interfere na quantidade e qualidade

dos frutos. A busca incessante pelo acréscimo de produtividade faz com que,

constantemente, em razão de novas cultivares, novas regiões de plantio e de

características de mercado, a otimização de práticas culturais, entre elas da fertilização,

seja associada à adequação da densidade populacional. Variações no espaçamento entre

plantas e/ou entre linhas podem diminuir ou aumentar a exigência nutricional da planta,

em consequência altera o desenvolvimento da planta e a resposta aos fatores de

produção. Atualmente asrecomendações são baseadas em culturas não irrigadas tanto

para a fertilização, quanto para a densidade populacional de melancia

fertirrigada(FELTRIM, 2010).

As quantidades de macronutrientes exportadas pelos frutos representam

importante componente de perdas de nutrientes do solo, que devem ser restituídos. Para

a produtividade alcançada de 40 t ha-1, Grangeiro e Cecílio Filho (2004) observaram a

seguinte exportação demacronutrientes pelos frutos: 106,4; 11,1; 118; 4,3; 6,8 e 6,0 kg

há¹de N, P, K, Ca, Mg e S, respectivamente.

Traniet al. (1997) recomendam que a adubação da melancia deve ser feita,

aproximadamente 30 dias antes da semeadura, com 20 a 40 t ha-1 de esterco de bovino

ou 5 a 10 t ha-1 de esterco de galinha, 30 kg ha-1 de N, 120 a 240 kg ha-1 de P2O5 e 30 a

90 kg ha-1 deK2O, cujas doses dependem dos teores disponíveis no solo. Em 6

cobertura, recomendam 50 a 100 kg ha-1 de N e de K2O, parcelados em três aplicações,

16

aos 15, 30 e 50 dias após a emergência das plântulas.

De acordo com Carvalho (1988), a adubação orgânica, deve ser considerada em

função de resultados obtidos da análise do solo. Deve-se aplicar 3 doses de 5g por cova

de N e 5g de K2O, do adubo orgânico que deve ser misturado com o solo da cova após

sua abertura.

Carvalho (1988)orienta que é interessante tercautela especial para o Cálcio, pois

influi na proporção de flores masculinas e femininas e tolera significativos aumentos na

proporção de frutos e logo de sementes.

A cultura da melancia tem na nutrição mineral um dos fatores que colaboram

diretamente para a produtividade e qualidade dos frutos, tendo o nitrogênio e o potássio

que são os elementos mais exigidos e pode se aplicar de acordo com as exigências de

cada cultivar, produção esperada, estádio de desenvolvimento e condições climáticas.

Na adubação convencional apenas um terço dos adubos nitrogenados e potássicos

incorporados ao solo são aproveitados pelas plantas. Os outros componentes são

perdidos por lixiviação, escoamento superficial e volatilização. Com a aplicação de

fertilizantes via água por irrigação, essas perdas podem ser reduzidas ou eliminadas,

pois os nutrientes são ministrados no momento e em quantidades adequadas para as

plantas, acrescentando a sua eficiência (ANDRADE, 2006).

O nitrogênio é um nutriente muito importante para se obter alta produtividade

dos cultivos, pois apresenta função estrutural importante, sendo componente de

aminoácidos, amidas, proteínas, ácidos nucléicos, nucleotídeos, coenzimas,

hexoaminas, clorofila e metabólitos secundários como alcaloides, glicosídeos

cianogênicos, glucosinolatos e aminoácidos não proteicos que atuam na defesa da planta

(MALAVOLTA et al., 1997; TAIZ. ZEIGER, 2004). E está relacionado com os mais

importantes processos bioquímicos e fisiológicos que ocorrem na planta, tais como

fotossíntese, desenvolvimento e atividade das raízes, respiração, crescimento e

diferenciação celular,absorção iônica de outros nutrientes(CARMELLO, 1999).

Além de aumentar a produção também aumenta à visita de insetos polinizadores,

que seria um fator importante para a produção de frutos, por esse motivo a aplicação de

nitrogênio deve ser feita exclusivamente em cobertura (CARVALHO, 1988).

Uma vez que o nitrogênio se encontra adjunto a vários componentes celulares, o

primeiro sintoma a se manifestar nas plantas é a clorose das folhas mais velhas, devido

à translocação do nitrogênio nelas contido para as folhas mais novas para que ocorra a

manutenção dos pontos de crescimento e posteriormente, há redução na taxa de

17

crescimento(TAIZ. ZEIGER, 2004). Em melancia, a deficiência de N surge

primeiramente em folhas mais velhas com tonalidade verde claro, evoluindo para cor

amarela, característico de plantas deficientes em N. Ocorre também redução do

crescimento de folhas mais novas e aumento da distância entre estas folhas(VIDIGAL et

al., 2006).

Todo nutriente em excesso é prejudicial à plantae com o nitrogênio não seria

diferente, podendo causa maior crescimento da parte aérea em relação ao sistema

radicular, deixando a planta mais suscetível as deficiências hídrica e de nutrientes,

principalmente fósforo e potássio. Com o desenvolvimento foliar excessivo, a

decorrência positiva do nitrogênio na fotossíntese diminui pelo autossombreamento. O

aumento do sombreamento pode alterar as condições microclimáticas, potencializando a

incidência de infecções por fungos. O nitrogênio também pode aumentar a concentração

de aminoácidos e de amidas no apoplasto e na superfície foliar, que tem maior

influência do que os açúcares no desencadeamento de doenças fúngicas (RAIJ, 1991;

ENGELS MARSCHENER, 1995; SALES, 2005).

A aplicação excessiva de nitrogênio também pode causar danos ambientais como

a contaminação do lençol freático. Segundo Stevenson (1982), do total de N aplicado no

solo muito pouco é recuperado pelas plantas, evidenciando grande perda por processos

de volatilização, lixiviação, desnitrificação, erosão e imobilização microbiana.

Portanto, o manejo adequado da adubação nitrogenada é, essencial para uma

atividade bem-sucedida, que visa altas produtividades, com redução de custo,

respeitando-se a característica do produto e o meio ambiente(FELTRIM, 2010).

O potássio (K) não faz parte de compostos orgânicos na planta; portanto, não

tem função estrutural, diferentemente do N. Segundo MARSCHNER (1995), o potássio

participa no processo de abertura e fechamento de estômatos, síntese de

proteínas,respiração celular,osmorregulação, extensão celular e balanço de cátions e

ânions. O nutriente caracteriza-se, também, por ser um ativador de um grande número

de enzimas vegetais, principalmente dos grupos das desidrogenases, sintetases,

quinases,oxirredutasese transferases, estando estreitamente relacionado com os

processos de assimilação de carbono e de nitrogênio, favorecendo a formação de

compostos nitrogenados e na síntese, translocação e armazenamento de açúcares

(MALAVOLTA ; CROCOMO, 1982). Sendo assim, o potássio aumenta a resistência

natural da parte aérea das hortaliças que tornam os tecidos mais fibrosos e mais

conservados às doenças fúngicas, inclusive ao acamamento e, principalmente,

18

diminuindo efeitos negativos do excesso de N (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA

PESQUISA DA POTASSA E DO FOSFATO, 1990; FAQUIN, 1994 . FILGUEIRA,

2008).

O K é o cátion principal que afeta o potencial osmótico, o que está relacionado

com a presença na célula como íon livre. Aumentando a concentração de K na célula

aumenta também a sua capacidade de absorver água (MALAVOLTA, 2006).

No processo de abertura e fechamento dos estômatos, o K, especialmente do

vacúolo, influencia na turgescência das células-guarda, pois eleva o potencial osmótico

dessas células, resultando em absorção de água das células-guarda e adjacentes e,

consequentemente, maior abertura dos estômatos. Assim, a baixa perda de água pelas

plantas bem supridas em potássio é devida à redução na taxa de transpiração, a qual não

depende somente do potencial osmótico das células, mas também é controlada pela

abertura e fechamento dos estômatos. Esse controle da abertura/fechamento dos

estômatos também é importante na taxa de fotossíntese, pois em plantas deficientes em

K a abertura dos estômatos não ocorre regularmente, diminuindo a entrada de CO2

(STEINECK HAEDER, 1978).

Uma das razões que explicam o fato das plantas apresentarem alta exigência em

potássio é a necessidade que elas têm de manter elevado o seu teor no citoplasma,

principalmente para cobrir atividade enzimática ótima, pois esse nutriente não tem alta

afinidade com compostos orgânicos. Outro motivo da necessidade de alta concentração

do K no citossol e no estroma dos cloroplastos é para manter a neutralização de ânions

(ácidos orgânicos e ânions de macromoléculas e inorgânicos solúveis) e manutenção do

pH nos níveis adequados para o funcionamento da célula, isto é, pH de 7,0-7,5 no

citossol e, aproximadamente, 8,0 no estroma (MARSCHNER, 1995).

O K+ é absorvido pelas plantas, sendo bastante permeável nas membranas

plasmáticas, e isto o torna fácil de ser absorvido e transportado a longa distância pelo

xilema e pelo floema. Grande parte do potássio total está na forma solúvel (mais de

75%), portanto, a sua redistribuição é bastante fácil no floema. Sob condições de baixo

suprimento de K no meio, o nutriente é redistribuído das folhas mais velhas para as

mais novas e para as regiões em crescimento, por isso os sintomas de deficiência

aparecem primeiro nas folhas mais velhas (FAQUIN, 1994).

Os sintomas de deficiência de K nas culturas, em geral, caracterizam-se pela

clorose marginal, seguida de necrose nas folhas, inicialmente, nas mais velhas. Em

estádios mais avançados de deficiência, a clorose e a necrose podem difundir-se para as

19

folhas mais novas, ocorrendo abscisão prematura das folhas mais velhas (SILVA

JÚNIOR et al.,1995; LOCASCIO, 1996). Em melancia, segundo Faria (1998), os sinais

de deficiência de potássio iniciam-se com murcha, logo após clorose nas bordas das

folhas mais velhas, que evolui para necrose. O excesso de K desequilibra a nutrição das

hortaliças, dificultando a absorção de Ca e Mg. Os sintomas confundem-se com os

danos causados pela salinidade, que é alta nos principais fertilizantes potássicos.

2.3 Qualidade físico – químico da melancia

Os sólidos solúveis totais variam entre as diferentes cultivares de melancia. As

mais antigas situam-se abaixo de 9°Brix e as variedades mais recentes podem apresentar

valores acima de 12°Brix (MORHR, 1986). Esses valores dependem das condições

ambientais, pois o excesso de água no estádio final do ciclo pode resultar em frutos

pouco doces, resultante da maior diluição dos açúcares (CASTELLANE, 1995).

O principal açúcar da melancia é a frutose. O acúmulo de açúcar ocorre de 20 a

36 dias após a abertura das flores (antese). O conteúdo de frutose e glicose tende a

reduzir após 28 dias a partir da antese, enquanto o conteúdo de sacarose e açúcares

totais pode aumentar no período de 20 a 60 dias após a antese, dependendo da cultivar

(ELMOSTROM; DAVIS, 1981; BROWN; SUMMERS,1985; ARAÚJO NETO et al.,

2000).

20

3.MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no município de São Domingos - GO, em uma

área comercial, que já vem sendo utilizado pelo produtorsem seguir a recomendação

segundo a análise de solo, alegando um bom desempenho da lavoura. Ele usa a

adubação abaixo do recomendado na análise e diz que o resultado já é satisfatório.

No experimento foram utilizados dois híbridos de melancia (‘Talisman’ e

‘Manchester’). O plantio foi feito em sulco, distribuído em 24 parcelas, cada parcela

com espaçamento de 3m entre linhas e 1,50m entre covas, totalizando 9x7,5 m. A

parcela continha quatro linhas, cada linha cinco covas, ou seja, vinte plantas por parcela,

ondese considerou doze plantas centrais como área útil para realizar as avaliações

quanto à qualidade e produção da melancia.

As parcelas foram estabelecidas em um delineamento experimental de blocos

casualizados num esquema fatorial de 3x2 (três recomendações de adubação e dois

híbridos), com quatro blocos. Os tratamentos variaram na adubação de plantio: 1.

Adubação segundo a recomendação da análise de solo: 2. Adubação utilizada pelo

produtor e 3. Controle (sem adubação). Na adubação de semeadura recomendada

utilizou-se 1,8 kg por linha da fórmula (5-25-15) e na utilizada pelo produtor 800g da

fórmula (5-25-15) por linha, utilizando-se no total 83 kg de adubo e 480 sementes, 240

da Talisman e 240 da Manchester.

Realizou-se adubação de cobertura após 15 dias depois da emergência da planta,

sendo na recomendada um número maior de cobertura, cerca de 360 g por linha, já na

utilizada pelo produtor foi gasto 290g, sendo que a cobertura foi feita com a mesma

formulação (5-25-15).

3.1 Início daSemeadura

A semeadura ocorreu no dia 20 de Abril de 2014, em uma área disponibilizada

pelo produtor. Foram utilizados os mesmos métodos e equipamentos do produtor no

preparo do solo, aração e sulcagem, conforme visualizado nas Figuras 1A, 1B e 1C.

21

Figura 1. Implantação do experimento, A – sulcagem, B – Semeadura, C – Parcelas Prontas.

Em cada parcela sulcada a adubação foi diferente, para isso foi feito a regulagem

do sulcador. Para identificar o quanto aplicar em cada linha de 7,5m foi colocado um

recipiente na boca do sulcador,onde é liberada a adubação, e em seguida o volume foi

pesado em uma balança normal resultando em 800g, então nas parcelas com adubação

utilizada cairia em média 800g. Segundo a análise de solo na adubação recomendada

teria que cair 1,8 kg por linha, logo a rotação do trator seria menor. As sementes foram

inseridas no solo manualmente, entre 3 a 5 cm de profundidade, e acima da linha de

adubação.

19 dias após o plantio ocorreu a primeira irrigação, que por sinal foi tardia

devido problemas técnicos, na tubulação. Esses canos são responsáveis pela condução

da água retirada do rio, com ajuda de um motor acoplado a uma bomba que conduz a

água diretamente para um sulco profundo no solo como mostra a Figuras 2A,que é

mandado para ‘sulco menor visualizado Figuras 2B, sai conduzindo a água ate as

ruas(linhas)Figuras 2C, nas quais estão as sementes juntamente com a adubação. Com a

falta d água as plântulas(que por sinal não teve nem uma falha ao germinar) ,

começaram a morrer, sem á água elas não resistiram, ocasionando pequenas falhas no

experimento.

Figura 2.A – Abertura onde a água é depositada, B – Sulco Mestre, C – Água nas linhas.

A B

B A C

C

22

A primeira aplicação de defensivo foi feita20 dias após o plantio,com ofungicida

tendo como principio ativo Acetaprido, que é o mais eficiente no combate a mosca

branca,o Xileno e Piriproxifinacompõe um inseticidaque combate os ovos e ninfas da

mosca branca, visualizado na Figura 3A e B, que por sinal foi a praga chave

encontradana condução do experimento, e o Tiofanato-Metílico, que é um fungicida

utilizado para controle do míldio e oídio. A segunda aplicação de defensivos foi feita no

dia 15 de maio com Acetaprido e o Imedidacloprid para a mosca branca, e na prevenção

de fungos o Tiofanato-Metílico.

Figura 3.A - Mosca branca nas folhas da melancia, B – Quantidades ameaçadoras, C – Folhas não desenvolvida, causada pelas moscas.

Todas as aplicações foram feitas com bomba costal, de 20 litros e as doses

aplicadas segundo recomendação do fabricante. Na fase inicial do desenvolvimento da

cultura utilizou em média até duas bombas no experimento inteiro, à medida que as

ramas cresciam aumentava o número de área a combater, sendo assim chegando um

número de três bombas a cada aplicação.

Figura 4. A e B – Aplicação de defensivos, bomba costal.

A B C

A B

23

Trinta dias após o plantio ocorreu a terceira aplicação foramutilizadoso

Acetaprido, Xileno e Piriproxifina, Tiofanato-Metílico. Como pode-se perceber, os três

são aplicados em uma mesma mistura, na bomba costal. E no experimento sempre

estará relacionado porque quando a mosca branca suga a seiva das ramas da melancia,

além de liberar toxinas elas liberam fezes adocicadas, proporcionando um ambiente

favorável para os fungos.

A segunda irrigação ocorreu no dia 23 de maio, na parte da manha. O tempo da

irrigação depende do solo se é mais poroso ou mais compactado. Mas em media em

cada irrigação a água chega a uma profundidade de 20 a 30 cm e dependendo do tipo do

solo e de como o clima está, o solo pode conservar se úmido por até 15 dias.

O desbaste de frutos ocorreu no dia 4 de junho, sendo que o objetivo é a

uniformidade do mesmo eocorreram também à cobertura como já foi citada, utilizandoa

mesma formulação do plantio, mas em quantidadesdiferentes entre os tratamentos.

No dia 5 de junho ocorreu à retirada de plantas daninhas por capina juntamente

com aterceira irrigação e no dia seguinte a quarta aplicação dos defensivos, Acetaprido,

Tiofanato-Metílicoe oFlubendiamida. O Flubendiamidaé indicado para as lagartas da

melancia como a curuquerê, entre outras.

No dia 9 de junho houve outra aplicação de inseticidas, utilizando o Bifelthin,

que também é indicado para mosca branca, só que ele deve ser aplicado o quanto antes,

pois a carência dele é muito grande, podendo trazer riscos a saúde. E o Tebuconazol,

que éum fungicida indicado principalmente para o encrespamento gomoso do caule, e

oTiofanato-Metílico fungicida também.

A quarta irrigação ocorreu no dia 12 de junho, sete dias depois da última

irrigação. E no dia seguinte no dia 13 de junho,a sexta aplicação com oBifelthine o

Tebuconazol.Após três dias houve a sétima aplicação, com quatro defensivos,

Acetaprido(mosca branca),Espiromesifeno (ovos, ninfas e adultos de mosca branca),

Nativo (fungicida) e o Amistar Top que é indicado para pinta preta.

No dia 18 a quinta irrigação foi realizada, no período da tarde.No dia 20 o

fungicida com o principio ativo Difenoconazole foi aplicado, ele ajuda no combate de

encrespamento entre outros.

A penúltima e sexta irrigação ocorreu 65 dias após o plantio.A última aplicação

dos defensivos foi feita no dia 1° de julho, em uma mistura de inseticidas e fungicidas,

como oAcetaprido, Flubendiamida, Azoxistrana, Defenoconazol e

24

oTiofanatoMetílico.A última irrigação ocorreu no dia 3 de julho, dez dias antes da

colheita da melancia.

3.2 Coleta e análise dos Dados

A coleta de dados ocorreu na parte da manhãdo dia 13 de junlo. Foram avaliados

a produtividade,o tamanho(largura e comprimentodos frutos partidos), o peso, a

espessura da casca e o teor de sólidos solúveis. O tamanho das melancias e a espessura

da casca foram avaliados com uma fita métrica, e os resultados expressos em

centímetros,em todos os frutos esse processo feito com eles partidos, como mostra na

Figura 6A, 6B e 6C. O teor de sólidos solúveis totais (SST) foi expresso em ºBrix,

medido por meio de um refratômetro de campo com, correção automática da

temperatura.

Figura 5. A – Largura, B – comprimento, C – Espessura da casca sendo medidas com uso da

fita métrica.

Todos os frutos foramcontados em cada parcelaFigura 6A e 6B, depois

classificados por peso, quantidade de frutos com pesos de 1 kg até 6 kg, de 6 até 10 kg e

de 10 a 20 kg.A escolha do fruto foi aleatória, no intuito de não ter nem uma influência.

O fruto escolhido foi retirado, pesado, e feitas as medições necessárias e depois

descartados.

B A

A B C

25

Figura 6. A – Frutos sendo contados, B – Frutos escolhidos.

3.3Sólidos solúveis totais

Depois do fruto partido, foram separadas três partes da melancia próximo a

casca, junto às sementes e no centro (miolo) Figura 7A. Sendo esmagados num

recipiente de plástico, dai extraídas as gotas Figura 7B e depositadas no

refratômetromedindo os SST(Figura 7C).

Figura 7.A – pedaços de melancia sendo retirados, B – Conta gotas, C – Medindo o Brix.

Os resultados foram submetidos à análise de variância, ao nível de significância

de 5%. Por se tratar de fatores qualitativos, os efeitos do manejo da adubação e

cultivares de melancia serão comparados pelo teste de Tukey, após significância da

análise de variância. O aplicativo computacional que foi utilizado é o programa

SISVAR.

C A B

26

4RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores de F da análise de variância para os efeitos de recomendação de

adubação e cultivar de melancia foram significativos, para algumas variáveis e são

apresentados com suas interações na Tabela 1. Nota-se que todas as variáveis se

diferenciaram em função da adubação aplicada, e que interações entre cultivares e

adubação se deu apenas para os variáveis frutos maiores que 10 kg (FG), comprimento

(Comp) e largura (Larg) de fruto.

Tabela 1. Valores de F e significância da análise de variância dos efeitos de fatores e suas interações no número de plantas por área util (NPAU), número de frutos (NF), frutos menores que 6kg (FP), frutos entre 6 e 10kg (FM), frutos maiores que 10 kg (FG), comprimento (Comp) e largura (Larg) de frutos, espessura de casca (EC), peso do fruto avaliado (PFA), sólidos solúveis totais (SST), número de frutos por planta (NFP)de duas cultivares e três adubações.

FV GL NPAU NF FP FM FG Comp Larg EC PFA SST NFPCultivar 1 ns ns ns ns 13,039** 6,306* ns ns ns ns nsAdubação 2 3,542* 18,175** 6,69** 23,79** 80,17** 38,29** 15,473** 20,199** 11,063** 26,063** 53,001**Bloco 3 ns ns ns ns ns 13,073** ns ns ns ns nsCult*Adubo 2 ns ns ns ns 3,651* 11,462** 3,085* ns ns ns nserro 16 - - - - - - - - - - -CV (%) 19,35 18,31 38,78 27,77 27,58 5,81 9,58 10,88 26,07 9,54 12,47

FV: fonte de variação; GL: graus de liberdade; *, **: significativo a 5 e 1%, respectivamente, pelo Teste de F; ns: não significativo

Observou-se na Tabela 2o número de plantas por área útilfoi maior nas parcelas

de adubação utilizada pelo produtor, seguida da testemunha, sendo essa última

semelhantea recomendada, observa então que a recomendada teve um numero menor de

plantas, mas a adubação não influenciou no numero de plantas, esse numero menor de

plantas poderia ter ocorrido em qualquer tratamento, devido o atraso da água.Quanto

número de frutos totais, os resultados do Tratamento 1 e a doTratamento 2 não houve

diferença significativa entre si. Já a testemunha teve um resultado bem inferior às

demais.A testemunha se destacou negativamente no número de frutos pequenos, em

seguida à da recomendação e a do produtor sem diferença significativa entre si.

Segundo Granjeiro &Cecíclio Filho (2004) aumentos na produção, proporcionados pelo

emprego de fertilizantes, devem ser acompanhados pelo aumento ou manutenção da

qualidade dos frutos produzidos, a fim de que eles possam atender ao mercado

consumidor, de forma satisfatória.

27

Em relação ao número de frutos médios, os resultados foram bem distintos, o

Tratamento 2 se destacou com maior número de frutos médios por parcela, o

Tratamento1 não obteve o mesmo número de frutos, mas em relação à testemunha,

ainda sim conseguiu um bom resultado.

Apesar de a Tratamento1ter um número menor de plantas, ela se superou e

obteve um ótimo resultado em quantidade de frutos grandes (maiores que 10kg), e não

apresentandodiferença significativa entre a doTratamento 2. A testemunha não obteve

nem um fruto grande e a falta de nutriente ocasionou plantas raquíticas, que não teve

capacidade de se desenvolver a ponto de gerar frutos grandes.

Tabela 2.Numero de plantas por área útil(NPAU); numero de frutos total (NFT); Frutos pequenos (FP); frutos médios (FM); frutos grandes (FG) em função da adubação utilizada para o cultivo de dois híbridos de melancia em São Domingos-GO.

NPAU NFT FP FM FG Tratamento1 9,75 b 19,00 a 5,00 b 5,75 b 8,25 a Tratamento2 12,63 a 20,00 a 4,88 b 8,00 a 7,15 a Tratamento3 11,63 ab 11,5 b 8,75 a 2,75 c 0,00 b

Médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

Os resultados observados no comprimento foram diferentes entre si, a adubação

recomendada obteve frutos com o comprimento maior, em seguida a adubação utilizada

pelo produtor, e por último a testemunha como os frutos são menores,conforme

observado na Tabela 3. No que tange a largura dos frutos, a adubação recomendada

segundo a análise de solo teve um valor maior, mas não foi diferente da adotada pelo

produtor, e na testemunha foi inferior diferenciando se das demais. Com isso, observa-

se que com a adubação, aumento de nutrientes como o N, o P e o K, tem-se um aumento

de tamanho em frutos de melancia. Contrariando o encontrado por Barros et al. (2012)

que não verificou influência dos níveis de nitrogênio na relação comprimento/diâmetro

de fruto, bem como na espessura de casca.

Tabela 3. Comprimento (COMP); largura (LARG); espessura da casca (EC); peso do fruto avaliado (PFA); sólidos solúveis totais (SST); numero de frutos por planta(NFP) em função da adubação utilizada para o cultivo de dois híbridos de melancia em São Domingos-GO.

COMP (cm) LARG (cm) EC (cm) PFA SST (ºBRIX) NFP

Tratamento1 34,25 a 29,25 a 1,56 b 13,23 a 9,90 a 1,95 a Tratamento2 30,06 b 27,94 a 1,50 b 13,98 a 10,61 a 1,62 b Tratamento3 26,25 c 22,56 b 2,04 a 7,49 b 7,54 b 0,99 c

Médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem entre si a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

As testemunhas se destacaram, porém negativamente, quanto a característica

28

espessura da casca, ao obter um resultado em que a espessura casca foimais extensa,

isso significa frutos mais verdescomo o observado nasfiguras 8A e 8B. Não houve

diferença estatisticamente nos resultados entre a adubação recomendada e a utilizada

pelo produtor, na espessura da casca.Lima Neto et al. (2010) avaliaram a espessura de

casca de diferentes cultivares de melancias produzidas em Mossoró-RN, e obtiveram

uma variação média de 1,12 a 2,47cm. Segundo estes autores espessuras de casca mais

delgadas necessitam de maiores cuidados no transporte e armazenamento, e aquelas

mais espessas apresentam potencial para a industrialização, na fabricação de doces a

partir da casca.

Figura 8. A e B – Frutos mais verdes, com espessura de casca maior observada na testemunha.

Os resultados dos sólidos solúveis totais nas áreas em que se utilizou a adubação

recomendada e que adotou-se a indicação do produtor não se diferenciou

estatisticamente,provando que as variedades mais recentes podem apresentar valores

acima de 12°Brix como mostra a Figura 9-A, conforme indicado por Morhr, 1986.

Diferentemente da testemunha que por sinal obteve um valor inferior ao que constata na

literatura(Figura 9-B) com média de 7,54ºBrix.

Figura 9. Teores de sólidos solúveis totais determinados por meio do refratômetro em frutos de melancia que receberam adubação (A) e testemunha, sem adubação (B).

A B

A B

29

Os teores de SST em frutos de melancia são bastante desejáveis e de grande

aceitação, visto que este índice é considerado parâmetro importante em muitos países,

inclusive no Brasil na determinação da qualidade de frutos (BLEINROTH, 1994).O teor

de SST observado nos tratamentos com adubação, tanto a recomendada quanto a

utilizada pelo produtor, está de acordo com as exigências do mercado, que segundo

Barros et al. (2012) é de 10% (ou ºBrix) como o mínimo aceitável à comercialização.

Araújo Neto et al. (2000) avaliaram a qualidade e vida útil em pós-colheita de

melancia Crimson Sweet, comercializada em Mossoró-RN, e observaram que melancias

maiores e médias apresentaram aparência externa melhor que aquelas de tamanho

pequeno, pois apresentaram também maior doçura, pois o conteúdo de SST foi

significativamente maior. Resultado também, observado neste estudo, em que verifica-

se no tratamento testemunha (fruto avaliado com 7,49 kg) um teor de SST inferior aos

tratamentos que receberam adubação, tendo-se em vista maior desenvolvimento de

frutos, consequentemente melhor qualidade quanto à doçura.

O número de frutos por planta teve resultados distintos, a recomendada obteve o

melhor dos resultados, em seguida a do produtor e por último a testemunha com o

menor número de frutos por pé. Indicando, mais uma vez, que uma adubação

equilibrada reflete em maior produção de frutos.

Houve interação significativa entre os efeitos de híbridos e adubação para as

características FG e Comp de frutos de melancia, conforme observado na Tabela 3.

Observa-se que a testemunha não produziu frutos maiores que 10kg, e que o Híbrido

Talisman foi superior ao Manchester, produzindo, em média 2,5 frutos a mais quando

adubado em acordo com a recomendação e produzindo, em média 4,25 frutos a mais

que quando adubado segundo o produtor. Dados que indicam superioridade do híbrido

Manchester no tange a produção de frutos maiores que 10kg. Para a característica

comprimento de fruto, observa-se tendência semelhante. A adubação recomendada foi

superior aos demais tratamento para o híbrido Talisman e semelhante a do produtor para

o híbrido Manchester.

Tabela 4.Frutos maiores que 10kg (FG) e comprimento de frutos (Comp) de dois híbridos de

melancia cultivadas em São Domingos-Go, sob diferentes adubações.

FG Comp (cm)

Adubação Manchester Talisman Manchester Talisman

Tratamento1 7,00 Ab 9,50 Aa 33,25 Aa 35,25 Aa Tratamento2 5,25 Ab 9,00 Aa 33,38 Aa 26,75 Bb Tratamento3 0,00 Ba 0,00 Ba 26,75 Ba 25,75 Ba

30

Médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 5 CONCLUSÃO

Pelos resultados obtidos nesse trabalho conclui- se que em alguns aspectos a

adubação utilizada pelo produtor segundo essas condições apresentadas não houve

diferença significativa com a recomendada. Porem levar em consideração que houve

uma diferença nos números de plantas que foram menores na recomendada, portanto os

resultados da recomendada foram iguais ou até melhores do que todos os tratamentos.

Percebe se então que se não houvesse falhas nas parcelas recomendadas pela analise de

solo teríamos uma diferença de resultado ainda mais e melhores.

O produtor está no caminho certo, por já ter resultados satisfatórios para ele,

mas talvez seria melhor para o mesmo plantar menos e investir mais na área com

adubações. E foi deixado bem claro nos tratamentos sem adubação, que a adubação

reflete sim nos resultados, se não houver adubação de maneira correta, não haverá bons

resultado.Mas não podemos se estender e adubar mais que o necessário, pois como em

qualquer outra planta chega um determinado ponto que ela estabelece, e não reage mais

a adubação.

31

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MANEJO DA ADUBAÇÃO NA QUALIDADE FISICO - QUIMICA E PRODUTIVIDADE DE DOIS HÍBRIDOS DE MELANCIA

SANTOS, Leticia Nunes¹; COSTA, Adriana Rodolfo²; SEMENSATOL,Leandra Regina³

¹Aluna do curso de AgronomiadoCentro Universitário de Goiás – Uni-

ANHANGUERA. ² Professora orientadora Me. Adriana Rodolfo da Costa do Cursode Agronomia na Universidade Federal de Goiás.³Professora coorientadora Me. Leandra

Semensatodo Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás – Uni-

ANHANGUERA.

O presente trabalho foi realizado no município de São Domingos – GO. Foram utilizados dois híbridos de melancia (Citrulluslanatus), Talisman eManshester, que vem se destacando na sua boa qualidade interna e externa, grau brix (sólidos solúveis), frescor e crocancia, e são mais resistente a pós-colheita. O plantio foi feito em sulco, distribuído em 24 parcelas, essas parcelas foramdivididas em blocos por acaso, cada parcela com espaçamento de 3m entre linhas e 1,50m entre covas, totalizando 9x7,5 m. A parcela continha quatro linhas, cada linha cinco covas, ou seja, vinte plantas por parcela, onde se considerou doze plantas centrais como área útil para realizar as avaliações quanto à qualidade e produção da melancia. O objetivo do trabalho é avaliar a influência da adubação (5-25-15) em dosagens diferentes nas duas cultivares de melancia. Bem como avaliar peso, produtividade, teor de sólidos solúveis e frutos comercializáveis.E identificar o melhor manejo da adubação para as duas cultivares, cultivada sob irrigação no município de São Domingos – GO.

PALAVRAS-CHAVES:Sólidos solúveis totais. Recomendação da adubação. Citrullus

lanatus.