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SELETIVIDADE E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM MANDIOCA EDUARDO DE SOUZA MOREIRA 2014

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SELETIVIDADE E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO

DE HERBICIDAS EM MANDIOCA

EDUARDO DE SOUZA MOREIRA

2014

EDUARDO DE SOUZA MOREIRA

SELETIVIDADE E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM

MANDIOCA

Dissertação apresentada à Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de

Vitória da Conquista, para obtenção do título de Mestre em Agronomia, Área de

Concentração em Fitotecnia.

Orientador:

Prof. DSc. Alcebíades Rebouças São José

Co-Orientadora:

Profa. DSc. Sylvana Naomi Matsumoto

VITÓRIA DA CONQUISTA

BAHIA - BRASIL 2014

1

M837s Moreira, Eduardo de Souza.

Seletividade e épocas de aplicação de herbicidas em

mandioca / Eduardo de Souza Moreira, 2014.

62f.: il. ; algumas col.

Orientador (a): Alcebíades Rebouças São José.

Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual do

Sudoeste da Bahia

Programa de Pós-graduação em Agronomia, Vitória da

Conquista, 2014.

Referências: f. 47-54.

1. Manihot esculenta Crantz. 2. Herbicida - Mandioca.

I. São José, Alcebíades Rebouças. II.Universidade Estadual

do Sudoeste da Bahia, Programa de Pós-Graduação em

Agronomia. III.T.

CDD: 633.682

CDD: 631.811

CDD: 401.41

CDD: 469

Linguística, Vitória da Conquista, 2013.

2

3

Aos meus pais, Osmando e Ademilde, meus irmãos Thiago e Márcia, pelo

carinho e incentivo.

À minha esposa, Gabriela Luz, pela paciência, dedicação, companheirismo e

apoio incondicional em todos esses anos de convivência.

Dedico.

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, a Deus, pela força nos momentos mais difíceis;

Ao Prof. Dr. Alcebíades Rebouças, pela oportunidade, orientação e

confiança;

Ao Prof. Dr. Anselmo Eloy Viana e à pesquisadora Dra. Paula Acácia

Ramos, pela colaboração e disponibilidade de participação na Banca

Examinadora;

À Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e ao Programa de Pós-

Graduação em Agronomia, pela oportunidade;

À equipe do Laboratório de Fisiologia, pela ajuda nas avaliações;

Aos colegas do Mestrado, em especial, Maurício, Raelly, Aderson e

Fabiano, pela ajuda na condução e avaliações do experimento, além dos bons

momentos passados juntos;

À Diretoria do Campo Agropecuário, pelo apoio; e

À CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.

5

RESUMO

MOREIRA, E. S. Seletividade e épocas de aplicação de herbicidas em

mandioca. Vitória da Conquista - BA: UESB, 2014. 59 p. (Dissertação –

Mestrado em Agronomia, Área de Concentração em Fitotecnia)

Este trabalho teve como objetivo avaliar a seletividades de moléculas herbicidas

em plantas de mandioca, da variedade Sergipe, em duas épocas de aplicação. O

experimento foi conduzido em casa de vegetação, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Vitória da Conquista.

Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, no arranjo fatorial 2x5,

com 10 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram formados pela

combinação de duas épocas de aplicação (30 e 45 dias após a brotação) e cinco moléculas herbicidas aplicadas em doses comerciais (Bentazon – 720g i. a. ha

-1,

Fluazifop-p-butil - 250g i. a. ha-1, Chlorimuron-ethyl - 15g i. a. ha

-1, Mesotrione

- 144g i. a. ha-1

e Sethoxydim - 230 g i. a. ha-1

). Após as aplicações, foram avaliadas, semanalmente, características fisiológicas e a toxicidade dos

herbicidas às plantas de mandioca. Os dados foram submetidos à análise de

variância e posteriormente os tratamentos foram comparados pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade. O herbicida bentazon apresentou maior toxicidade nas

avaliações aos 7, 14 e 35 dias após a aplicação, sendo que a aplicação aos 30

dias após a brotação proporcionou maior toxicidade. O fluazifop-p-butil e o

chlorimuron-ethyl apresentaram ausência de toxicidade ao final do período de avaliações. Não foram verificadas diferenças entre os herbicidas em relação aos

efeitos sobre as características de crescimento das plantas. O bentazon reduziu a

fotossíntese líquida e a eficiência do uso da água das plantas, apenas nos primeiros 15 dias após a aplicação, quando aplicado aos 30 dias após a brotação.

Não houve interferência dos herbicidas e das épocas de aplicação sobre as

demais características fotossintéticas nas outras avaliações. Apesar de sintomas

de toxicidade inicial, todos os herbicidas avaliados demonstraram potencial de utilização, independentemente da época de aplicação.

Palavras-chave: Manihot esculenta Crantz, planta daninha, toxicidade.

Orientador: Alcebíades Rebouças São José, D.Sc., UESB e Co-orientadora: Sylvana

Naomi Matsumoto, D.Sc. UESB.

6

ABSTRACT

MOREIRA, E. S. Selectivity and application times of herbicide in cassava

Vitória da Conquista - BA: UESB, 2014. 59 p. (Dissertação – Mestrado em

Agronomia, Área de Concentração em Fitotecnia)

This study aims to evaluate the selectivity of herbicide molecules to two cassava

cultivars in two application times. The experiment was conducted in a greenhouse at the experimental area of the State University of Southwest Bahia ,

Campus de Vitória da Conquista . Completely randomized design in 2x5

factorial arrangement with 10 treatments and 4 replications was used. The

treatments eas formed by five herbicides applied at commercial doses molecules (Bentazon - 720g ai ha - 1 ,Fluazifop - p - butyl - 250g ai ha -1 -ethyl

Chlorimuron - 15g ai ha - 1 , mesotrione - 144g ai ha - 1 and sethoxydim - 230 g

ai ha - 1 ) and two application times ( 30 and 45 days after sprouting ). After the applications was evaluated weekly, agronomic, physiological and phytotoxic

plant characteristics. The data will be submitted to analysis of variance and

subsequent treatments will be compared by Tukey test with 5 % probability. Herbicide bentazon showed higher toxicity on 7, 14 and 35. The fluazifop-p-

butyl and chlorimuron-ethyl showed no toxicity at the end of the trial period. No

differences between herbicides in relation to the effects on the growth

characteristics of the plants were found. Bentazon reduced net photosynthesis and the efficiency of water use only the first assessment, 15 DAA, when applied

at 30 days after sprouting. Although initial symptoms of toxicity, all herbicides

show potential for use regardless of application time.

Key words: Manihot esculenta Crantz, weed, totoxicity.

Orientador: Alcebíades Rebouças São José, D.Sc. UESB e Co-orientadora: Sylvana

Naomi Matsumoto, D.Sc. UESB.

7

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo da análise de variância e coeficientes de variação da toxicidade de herbicidas na cultura da mandioca, em

duas épocas de aplicação. Vitória da Conquista – BA, 2014..............

26

Tabela 2 - Toxicidade (%) de herbicidas pós-emergentes na cultura da mandioca. Vitória da Conquista – BA, 2014..................................

27

Tabela 3 - Toxicidade de herbicidas pós-emergentes na cultura da mandioca, em função das épocas de aplicação. Vitória da Conquista

– BA, 2014...........................................................................................

30

Tabela 4 - Resumo da análise de variância e coeficientes de variação de altura de plantas (ALT), diâmetro do caule (DIAM),

área foliar total (AFT) e índice SPAD de plantas de mandioca em

função de herbicidas e épocas de aplicação. Vitória da Conquista – BA, 2014.............................................................................................

31

Tabela 5 – Altura, diâmetro do caule, área foliar total e índice SPAD de plantas de mandioca em função de épocas de aplicação e

herbicidas. Vitória da Conquista – BA, 2014.....................................

33

Tabela 6 – Resumo da análise de variância e coeficientes de variação para o peso de parte aérea (PPA), peso de raiz (PR), peso

total (PT), massa seca de parte aérea (MSPA), massa seca de raiz

(MSR) e massa seca total (MST) em função de herbicidas e épocas de aplicação. Vitória da Conquista – BA, 2014..................................

35

Tabela 7 – Peso de parte aérea (PPA), peso de raiz (PR), peso total da planta (PT), massa seca de parte aérea (MSPA), massa seca de

raiz (MSR) e massa seca total (MST) de mandioca em função de

herbicidas e épocas de aplicação. Vitória da Conquista – BA,

2014.....................................................................................................

36

Tabela 8 –Resumo da análise de variância e coeficientes de

variação da fotossíntese líquida (A), condutância estomática (Gs) e concentração interna de CO2 (Ci), transpiração (E) e eficiência do

uso da água (EUA) de mandioca em função de épocas de aplicação

e herbicidas. Vitória da Conquista – BA, 2014..................................

38

8

Tabela 9 – Fotossíntese líquida (A - μmol m-2

s-1

) de plantas de mandioca em função de herbicidas. Vitória da Conquista – BA,

2014....................................................................................................

40

Tabela 10 – Fotossíntese líquida (A - μmol m

-2 s

-1) de plantas de

mandioca em função de épocas de aplicação de herbicidas. Vitória

da Conquista – BA, 2014.....................................................................

41

Tabela 11 – Condutância estomática (GS - mol m

-2 s

-1),

concentração interna de CO2 (Ci - μmol mol-1

) e transpiração (E -

mol H2O m-2

s-1

) de plantas de mandioca em função de herbicidas e épocas de aplicação. Vitória da Conquista – BA, 2014......................

42

Tabela 12 – Eficiência do uso da água (EUA - mol CO2 mol H2O-1

)

de plantas de mandioca em função de herbicidas e épocas de aplicação. Vitória da Conquista – BA, 2014......................................

44

Tabela 13 – Eficiência do uso da água (EUA - mol CO2molH2O-1

) de plantas de mandioca em função de épocas de aplicação de

herbicidas, avaliada aos 30 dias após aplicação. Vitória da

Conquista – BA, 2014........................................................................

45

9

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Temperatura máxima, temperatura mínima e umidade relativa do ar durante o período de condução do experimento.

Vitória da Conquista - BA, 2014.........................................................

22

Figura 2 - Plantas de mandioca aos 12 dias após o plantio. Início da contagem do número de dias após a brotação (DAB) para aplicação

dos herbicidas. Vitória da Conquista – BA, 2014...............................

54

Figura 3 - Sintomas de toxicidade provocada pelo herbicida

bentazon em plantas de mandioca, variedade Sergipe. Vitória da

Conquista - BA, 2014..........................................................................

55

Figura 4 - Sintomas de toxicidade provocada pelo herbicida

fluazifop-p-butil em plantas de mandioca, variedade Sergipe.

Vitória da Conquista - BA, 2014.........................................................

56

Figura 5 - Sintomas de toxicidade provocada pelo herbicida

chlorimuron-ethyl em plantas de mandioca, variedade Sergipe. Vitória da Conquista - BA, 2014........................................................

57

Figura 6 - Sintomas de toxicidade provocada pelo herbicida

mesotrione em plantas de mandioca, variedade Sergipe. Vitória da Conquista - BA, 2014..........................................................................

58

Figura 7 - Sintomas de toxicidade provocada pelo herbicida sethoxydim em plantas de mandioca, variedade Sergipe. Vitória da

Conquista - BA, 2014..........................................................................

59

10

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

A Fotossíntese líquida

AFT Área foliar total

ALT Altura de plantas

DIAM Diâmetro do caule

Ci Concentração interna de CO2

DAA Dias após aplicação

DAB Dias após a brotação

E Transpiração

EUA Eficiência do uso da água

Gs Condutância estomática

MSPA Massa seca de parte aérea

MSR Massa seca de raiz

MST Massa seca total

PPA Peso de parte aérea

PR Peso de raiz

PT Peso total da planta

11

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................. 12

2. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................ 14

2.1 Importância sócio-econômica da mandioca.............................. 14

2.2 Interferência e controle das plantas daninhas na cultura da

mandioca.......................................................................................... 16

2.3 Seletividade de herbicidas na cultura da mandioca................. 19

3. MATERIAL E MÉTODOS............................................................. 23

3.1 Local e época de condução do experimento.................................. 23

3.2 Delineamento experimental e tratamentos................................... 23

3.3 Instalação e condução do experimento.................................... 23

3.4 Variáveis avaliadas................................................................... 24

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................... 26

5. CONCLUSÕES.............................................................................. 46

6. REFERÊNCIAS ....................................................................... 47

12

1. INTRODUÇÃO

A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é originária da América

Tropical e extensamente cultivada em quase todo o território nacional devido à

sua adaptação às mais variadas condições de clima e solo (COCK, 1989). A

parte da planta mais importante economicamente são as raízes tuberosas, ricas

em amido e utilizadas na alimentação humana e animal, além de constituirem-se

em matéria-prima de amplo e diversificado emprego industrial.

Embora seja uma planta rústica e que apresente elevada diversificação

de uso, a produtividade da mandioca encontra-se muito abaixo do potencial

produtivo da espécie. Dentre as causas que contribuem para o baixo rendimento

da mandioca no Brasil, pode-se destacar o manejo inadequado de plantas

daninhas (ALBUQUERQUE e outros, 2008). Essas plantas são consideradas

como um dos principais componentes do agrossistema da cultura que interferem

no desenvolvimento e na produtividade da mandioca. Competem, de maneira

agressiva, principalmente por espaço, água, nutrientes e luz, devido a eficientes

mecanismos desenvolvidos pelas mesmas no aproveitamento dos recursos do

meio. De acordo com Peressin (2011), as perdas na produção de raízes tuberosas

podem chegar a 95%, dependendo do período de convivência e da densidade

populacional das espécies daninhas.

Ao longo do tempo, foram desenvolvidos vários métodos de controle de

plantas daninhas, desde físicos, como roçadas e queimadas, até o químico, por

meio do uso de herbicidas seletivos. Esta última modalidade tem crescido muito

nos últimos anos, devido à escassez e custo da mão-de-obra e à sua eficiência no

controle das espécies daninhas. Entretanto, ainda é reduzida a quantidade de

herbicidas seletivos registrados para a cultura da mandioca. Atualmente, a

maioria dos herbicidas utilizados nessa cultura é de aplicação em pré-

13

emergência, sendo o Cletodim o único herbicida registrado para aplicação em

pós-emergência em área total.

Estudos recentes têm mostrado que há no mercado moléculas herbicidas

que promoveram resultados satisfatórios no controle das plantas daninhas,

apresentando bons níveis de seletividade para a mandioca. Dentre estes produtos

estão o fluazifop-p-butil e o mesotrione, para o uso em pós-emergência.

Entretanto, nenhum destes herbicidas é registrado para a cultura.

A recomendação de um herbicida está condicionada a sua seletividade,

ou seja, a sua capacidade de eliminar espécies vegetais indesejáveis sem

promover reduções economicamente significativas na cultura (VELINI e outros,

2000). De maneira geral, devido às similaridades morfológicas e fisiológicas

entre a cultura e as plantas daninhas, a aplicação de um herbicida pode ou não

promover sintomas visuais de intoxicação às plantas cultivadas, sendo esta, o

primeiro parâmetro avaliado na determinação da seletividade (SILVA, 2011). A

ausência de injúrias visuais nas plantas tratadas com um determinado herbicida

também não é suficiente para determinar a sua tolerância a este produto, sendo

necessária, para tal, uma avaliação mais detalhada do crescimento da cultura.

A pouca disponibilidade de herbicidas registrados e a falta de

informações podem levar os produtores à utilização de produtos registrados para

outras culturas, ocasionando resultados indesejáveis, como toxicidade e

consequente redução na produção da cultura da mandioca. Diante disso, este

trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a seletividade de cinco

moléculas herbicidas à cultura da mandioca, em duas épocas de aplicação.

14

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Importância sócio-econômica da mandioca

A mandioca, dicotiledônea da família Euphorbiaceae, é uma espécie

originária da América Tropical e representa a principal fonte de carboidratos

para mais de 600 milhões de pessoas em regiões da África, Ásia e América

Latina, sobretudo naquelas em desenvolvimento (IYER e outros, 2010). Suas

raízes são empregadas na alimentação humana e animal e utilizadas como

matéria-prima de amplo e diversificado emprego industrial, como na produção

de amido, farinha, biocombustível, entre outros (HALSEY e outros, 2008). As

folhas também podem ser empregadas na alimentação humana e animal e são

ricas em proteínas e vitaminas (FUKUDA, 2005).

No Brasil, a mandiocultura tem uma importância social e cultural

significativa, por representar a base econômica de milhares de propriedades. É

cultivada em todo território nacional, sob diferentes condições ambientais e

sistemas de cultivo. Segundo Peressin (2011), seu cultivo é realizado dentro de

diferentes níveis tecnológicos. Dentre eles, pode-se destacar: o cultivo de “fundo

de quintal”, observado em todas as regiões do País, onde se cultiva

principalmente variedades mansas; o cultivo de subsistência, comumente

adotado nas regiões Norte e Nordeste, com pouca adoção de tecnologias

modernas; o cultivo em escala comercial, caracterizado pelo alto nível

tecnológico e uso de insumos agrícolas, principalmente no Centro-Sul do Brasil;

e o cultivo de mandioca em pivô-central, como alternativa de rotação de

culturas.

Entre as culturas mais produzidas no País, a mandioca ocupa a quarta

posição em valor de produção, inferior apenas à cana-de-açúcar, soja e milho (1ª

e 2ª safras) (IBGE, 2014). Considerando-se a fase de produção primária e o

15

processamento de farinha e fécula, estima-se que, na safra de 2012/2013, a

cultura da mandioca empregou diretamente mais de meio milhão de

trabalhadores. A atividade mandioqueira proporcionou uma receita bruta anual

de aproximadamente 3,5 bilhões de dólares e uma contribuição tributária de 210

milhões de dólares. A produção de farinha e fécula gerou uma receita

equivalente a 600 milhões e 150 milhões de dólares, respectivamente (CONAB,

2014).

O Brasil é o terceiro maior produtor de mandioca, depois da Nigéria e da

Tailândia (FAO, 2014). A produção nacional, em 2012, foi de aproximadamente

23 milhões de toneladas de raízes, em uma área plantada de 1,7 milhões de

hectares e com uma produtividade média de 13,1 t ha-1 (IBGE, 2014),

considerada baixa, quando comparada com o potencial produtivo da espécie que

pode atingir até 90 t ha-1

de raízes tuberosas, em condições adequadas de cultivo

(COCK e outros, 1979).

A produção brasileira de mandioca sofreu uma grande redução na safra

de 2012/2013, ocasionada pela seca ocorrida na região nordeste no ano de 2012

e sua difícil recuperação, além de geadas e chuvas na região sul no mesmo

período. Como os estados nordestinos sofreram redução na atual safra, a

previsão de colheita foi de 4,8 milhões de toneladas, o que representa a menor

produção dos últimos 13 anos (CONAB, 2014). Entretanto, esta região ainda

destaca-se como a maior produtora de mandioca do Brasil, com participação de

22,64% na produção nacional. Entre os estados produtores do país, destacam-se

Pará, Paraná e Bahia, que em conjunto são responsáveis por quase a metade da

produção, com 49,06% (IBGE, 2014).

Dentro do cenário estadual, a região Sudoeste da Bahia destaca-se como

uma das maiores zonas produtoras de mandioca, que apresenta elevada

importância econômica e social, com grande participação na renda familiar de

milhares de pequenos agricultores. Entretanto, segundo Carvalho e outros

16

(2009), o sistema de produção da mandioca nessa região é caracterizado pela

ausência de adoção de técnicas adequadas de manejo e baixo input de insumos.

Para esses autores, esta condição deve-se ao fato de a mandioca ser considerada,

por parte dos agricultores locais, uma planta rústica e tolerante às condições

edafoclimáticas desfavoráveis, não sendo destinada a ela condição para

expressar seu máximo potencial produtivo.

2.2 Interferência e controle das plantas daninhas na cultura da mandioca

Dentre os fatores que contribuem para redução na produtividade da

cultura da mandioca no Brasil, destaca-se o manejo inadequado das plantas

daninhas (ALBUQUERQUE e outros, 2008; SILVA e outros, 2009), sendo

relatadas reduções superiores a 90% na produção de raízes tuberosas

(JOHANNS; CONTIERO, 2006; BIFFE e outros, 2010; PERESSIN 2011) em

função do tempo de convivência e da densidade das espécies daninhas

(CARVALHO, 2000; MATTOS; CARDOSO, 2003). A presença dessas plantas

na área de cultivo de mandioca pode causar, ainda, redução no desenvolvimento

da parte aérea (CARVALHO e outros, 1990), no estande final de plantas e no

número de raízes por planta (JOHANNS; CONTIERO, 2006), além de reduzir

os teores de massa seca e amido nas raízes (SILVA e outros, 2012) e a qualidade

do produto colhido (PERESSIN, 2011). Essas plantas competem com a cultura

pelos nutrientes, luz, água e espaço físico (SILVA e outros, 2009).

Além dos efeitos das plantas daninhas sobre o crescimento e

desenvolvimento das plantas de mandioca, elas podem atuar como hospedeiras

de pragas e doenças, provocando perdas ou até inviabilizando seu cultivo, em

determinadas situações (ARNAUD e outros, 2007; OLIVEIRA; FONTES, 2008;

SILVA e outros, 2012).

17

As perdas de produtividade causadas pelas plantas daninhas na cultura

da mandioca variam em função da intensidade de competição, da duração do

período de convivência, do estádio de desenvolvimento da cultura (SILVA e

outros, 2012) e do cultivo por períodos muito extensos, com dois ou até três

ciclos vegetativos (PERESSIN, 2011). Na região Sudoeste da Bahia a maior

parte dos produtores realiza a colheita entre 18 e 24 meses após o plantio, com

dois ciclos vegetativos (CARVALHO e outros, 2009). Em função disso, a

cultura está sujeita a vários ciclos de infestação de plantas daninhas (SILVA e

outros, 2012). Normalmente, os produtores de mandioca acreditam que, por ser

uma cultura rústica, não precisam realizar o controle frequente das plantas

daninhas, as quais estão sempre presentes nos mandiocais, na maior parte do

ciclo (SILVA e outros, 2009).

De acordo com Biffe (2008), a mandioca é uma planta que possui baixa

capacidade competitiva com a comunidade infestante. A cultura apresenta

crescimento inicial lento e pequena capacidade de sombreamento, o que deixa o

solo desprotegido por um longo período, facilitando, dessa forma, o

desenvolvimento de plantas daninhas que competem pelos fatores de produção

(LORENZI; DIAS, 1993; AZEVEDO e outros (2000).

Segundo Silva e outros (2012), as culturas e as plantas daninhas podem

se desenvolver em conjunto na mesma área, por um período sem prejuízo

significativo à produção. Para a mandioca, Albuquerque e outros (2012)

concluíram que esta cultura deve ficar livre da competição com plantas daninhas

por um período mínimo de 75 dias, após a emergência das plantas, e o seu

controle deve ser iniciado próximo aos 25 dias após o plantio, dependendo das

condições edafoclimáticas da região, onde a mandioca é cultivada. De acordo

com esses autores, a convivência das plantas daninhas com a cultura, por mais

de 50 dias após o plantio, afeta, de forma negativa, a altura das plantas, o

diâmetro do caule, o número e o comprimento das raízes tuberosas.

18

Os principais métodos de controle de plantas daninhas na cultura da

mandioca são o manual, por meio de capinas manuais com enxadas; o mecânico,

com auxílio de cultivadores; e o químico, por meio da aplicação de herbicidas

(ABREU e outros, 2010; COSTA e outros, 2013). Contudo, sua escolha está

diretamente relacionada às condições financeiras do agricultor e ao seu acesso à

mão-de-obra e equipamentos (SILVA e outros, 2012). De acordo com esses

autores, a capina manual com enxada ainda é o método de controle de plantas

daninhas mais utilizado nos mandiocais, principalmente nas regiões onde se

pratica a agricultura de subsistência. Entretanto, devido à escassez de mão-de-

obra, ao alto custo operacional e ao baixo rendimento, esse tipo de controle tem

sido substituído pelo controle químico (BIFFE e outros, 2010).

A participação da mão-de-obra, destinada às capinas manuais e

mecânicas para o controle das plantas daninhas, pode variar de 30 a 45% do

custo total de produção da cultura, segundo Peressin (1998), e representar cerca

de 60% da mão-de-obra utilizada no plantio e condução da lavoura de mandioca

(MIRANDA e outros, 1995). Diante disso, o manejo químico tem sido indicado,

nas propriedades com produção comercial, como alternativa para reduzir o custo

final do cultivo (BIFFE e outros, 2010), por permitir a intervenção em grandes

áreas com pouca dependência de mão-de-obra e rapidez na aplicação (SILVA e

outros, 2012).

O uso de herbicidas nessa cultura ainda é limitado e depende da

disponibilização de mais informações. Alguns resultados indicam que a resposta

da mandioca à aplicação de herbicidas varia desde a total seletividade até o

comprometimento da produção, por causa da toxicidade provocada à cultura

(BIFFE, 2008). Em alguns casos, esta variação ocorre em função do produto e

da dose aplicados (SILVEIRA e outros, 2012), do tipo de solo, no qual o

trabalho foi conduzido (ALCÂNTARA; SOUZA, 1982), ou das variedades de

mandioca utilizadas (SILVA e outros, 2014).

19

2.3 Seletividade de herbicidas na cultura da mandioca

Os herbicidas apresentam como função o controle de plantas daninhas,

interferindo no desenvolvimento destas, por meio do bloqueio da germinação

das sementes ou no crescimento de mudas, desidratação de folhas e caules, além

de impedirem a produção de carboidratos, proteínas, óleos e gorduras, essenciais

ao desenvolvimento dessas plantas (SANTRA; BAUMANN, 2008). Apesar de

oferecer inúmeras vantagens sobre os demais métodos de controle, o controle

químico deve ser praticado, portanto, com o uso de herbicidas seletivos e

registrados para a cultura. Entretanto, a indisponibilidade de produtos,

registrados para algumas culturas, tem sido o entrave para esta utilização

(ABREU e outros, 2010).

A seletividade, segundo Abreu e outros (2010), é definida como a

capacidade que um determinado herbicida tem de eliminar as plantas daninhas

da cultura, sem reduzir a sua produtividade. Segundo Velini e outros (2000),

para que um herbicida seja recomendado para uma determinada cultura, este

deve demonstrar seletividade aos cultivares mais comuns da mesma.

Atualmente, existem registrados para a cultura da mandioca seis

moléculas herbicidas: cletodim, para aplicação em pós-emergência; clomazone,

dimethenamida-p, isoxaflutole e metribuzin, de aplicação em pré-emergência; e

uma para aplicação em pré e pós-emergência, a ametryn (BRASIL, 2014).

Dentre esses herbicidas, o clomazone e o isoxaflutole são inibidores da síntese

de carotenoides, com eficiência de controle para espécies gramíneas anuais e

perenes e de folhas largas; o ametryn e o metribuzin são inibidores do

fotossistema II e recomendados para controle de folhas largas; a dimethenamida-

p age inibindo a divisão celular e controla gramíneas e algumas dicotiledôneas; e

o cletodim atua na inibição da enzima ACCase, recomendado para o controle em

20

pós-emergência de gramíneas anuais e perenes (BRASIL, 2014; OLIVEIRA

JUNIOR e outros, 2011).

Dentre os herbicidas com potencial de uso na cultura da mandioca,

indicado por diversos estudos, destaca-se o mesotrione (SILVEIRA e outros

2012), o fluazifop-p-butil (SILVA e outros, 2014), o sethoxydim, o

cholorimuron-ethyl e o bentazon (SILVA e outros, 2012)

O mesotrione inibe a biossíntese de carotenoides, interferindo na

atividade da enzima 4-hidroxifenilpiruvato-dioxigenase (HPPD) nos

cloroplastos, causando o branqueamento com posterior necrose e morte dos

tecidos vegetais (LEE, 1997; WITCHERT e outros, 1999). Registrado para a

cultura do milho (SYNGENTA, 2014) e, quando aplicado em pós-emergência

inicial, tem promovido excelente controle de várias espécies de daninhas, como:

Digitaria horizontalis, Eleusine indica, Brachiaria plantaginea,

Acanthospermum hispidum, Portulaca oleracea e Galinsoga parviflora

(BRASIL, 2014).

O herbicida fluazifop-p-butil pertence ao grupo químico

ariloxifenoxipropionato (BRASIL, 2014), que age inibindo a enzima

AcetilCoenzima-A Carboxilase (ACCase), bloqueando a síntese de lipídeos,

utilizados na construção de membranas, necessárias ao crescimento celular

(BURKE e outros, 2006). É um herbicida sistêmico, utilizado no controle de

gramíneas anuais e perenes, como Acanthospermum australe, Amaranthus

hybridus, Euphorbia heterophylla, Bidens pilosa, Ipomoea grandifolia, na

cultura da soja e outras dicotiledôneas (EMBRAPA, 2014).

O sethoxydim, do grupo químico Ciclohexanodiona, age também

inibindo a enzima AcetilCoenzima-A Carboxilase (ACCase). É um graminicida

sistêmico, seletivo para a cultura de soja, feijão, algodão, fumo, gladíolo e

milho. É utilizado no controle de Digitaria insularis, Brachiaria plantaginea,

Digitaria horizontalis, Digitaria ciliaris, Rottboelia exaltata, Echinochloa

21

crusgalli, Echinochloa colona, Cenchrus echinatus, Pennisetum setosum,

Eleusine indica, Brachiaria decumbens, Paspalum acuminatum (EMBRAPA,

2014).

O Chlorimuron-ethyl é um herbicida seletivo sistêmico, do grupo das

sulfonilureias, e recomendado para o controle de plantas infestantes de folhas

largas na cultura da soja (BRASIL, 2014). Atua por meio da inibição da ALS

(Acetato Lactato Sintase), enzima chave na rota de biossíntese dos aminoácidos

valina, leucina e isoleucina (OLIVEIRA JUNIOR e outros, 2011). De acordo

com os autores, após a absorção, este herbicida é translocado para áreas

meristemáticas, onde ocorre inibição do crescimento e morte das plantas, devido

à incapacidade de produzir os aminoácidos essenciais de que necessitam.

Controla principalmente plantas daninhas anuais dicotiledôneas, dentre elas

Desmodium tortuosum, Acathospermum australe, Ipomoea grandifolia, Bidens

pilosa, entre outras (EMBRAPA, 2014).

O herbicida bentazon é recomendado para o controle de folhas largas em

cultivos de soja, milho, trigo, feijão e arroz, sendo pertencente ao grupo químico

tiadiazina (BRASIL, 2014). Atua na inibição da fotossíntese, por meio do

bloqueio do transporte de elétrons das proteínas QA para QB, no fotossistema II

(AHRENS, 1994), causando, por consequência, interrupção na fixação de CO2 e

produção de ATP e NADPH2, os quais são essenciais para o crescimento das

plantas (OLIVEIRA JUNIOR e outros, 2011). Esse herbicida é altamente

seletivo e controla com eficiência espécies de folhas largas anuais, entre elas

Sida rhombifolia, Bidens pilosa, Ipomoea grandifolia, Brassica napus e

Commelina benghalensis (EMBRAPA, 2014). Silva e outros (2012), avaliando

22 moléculas herbicidas para a variedade de mandioca IAC-12, obtiveram alta

seletividade deste herbicida, quando aplicado aos sessenta dias após a brotação.

Abreu e outros (2010), ao avaliar o efeito de herbicidas aplicados em pré

e pós-emergência, em duas cultivares de mandioca, verificaram que não houve

22

efeito das moléculas no comprimento e diâmetro das raízes tuberosas, entretanto,

observaram redução na porcentagem de raízes comerciais, quando houve

aplicação das moléculas haloxyfof-methyl, sethoxydim, bentazon e fomezafen.

Biffe e outros (2007) relataram que o herbicida diuron, aplicado em pré-

emergência ou em pós-emergência, em jato dirigido, proporcionou controle

satisfatório para muitas espécies de plantas daninhas no cultivo de mandioca.

Para aplicação em pós-emergência, o aciclofen, fluazifop-p-butil e mesotrione

apresentaram seletividade à mandioca, podendo ser incluídos em programas de

manejo de plantas daninhas (OLIVEIRA JUNIOR e outros, 2001; SILVA e

outros, 2012; SILVEIRA e outros, 2012).

Braga e outros (2014) concluíram que os herbicidas fluazifop-p-butil

(aplicado em área total - 250 g i.a. ha-1

), fomesafen (aplicado em área total - 250

g i.a. ha-1

), glyphosate (aplicação dirigida na entrelinha da cultura - 750 gi.a. ha-

1), paraquat (aplicação dirigida na entrelinhada cultura - 300 g i.a. ha

-1) e a

mistura fluazifop-p-butil + fomesafen (aplicada em áreatotal - 200 + 250 g i.a.

ha-1

) apresentaram controle satisfatório das plantas daninhas presentes na área de

plantio, com poucos sinais visíveis de intoxicação nas plantas. Além disso,

observaram que a mistura fomesafen + fluazifop-p-butil promoveu controle mais

prolongado das plantas infestantes, entretanto, com redução na população

microbiana do solo.

Costa e outros (2013) relatam que os herbicidas cletodim (120 gi.a. ha-1),

fluazifop-p-butyl (250 gi.a. ha-1

) e o mesotrione (240 gi.a. ha-1) não reduziram a

produtividade de raízes tuberosas, assim como a porcentagem e o rendimento de

amido, apesar de o mesotrione ter proporcionado sintomas moderados de

toxicidade, apresentando-se, portanto, seletivos à variedade „Cascuda‟, quando

aplicados em pós-emergência na presença ou ausência do óleo mineral Assist®

até 1% v v-1

.

23

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Local de condução do experimento e data

O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Vitória da Conquista, no período de

outubro de 2013 a janeiro de 2014.

A área experimental está localizada nas coordenadas 14º 53‟08”, latitude

Sul e 40º 48‟02‟‟ longitude Oeste, em uma altitude de 882 m. O clima do

município de Vitória da Conquista, conforme classificação de Köppen, é do tipo

Cwa (tropical de altitude), com precipitação média anual de 733,9 mm,

concentrada nos meses de novembro a março, e temperatura média anual de

20,2°C (SEPLAN/SEI, 2013).

A temperatura máxima, a temperatura mínima e a umidade relativa do

ar, durante a condução do experimento na casa de vegetação, encontram-se na

Figura 1.

22

Figura 1 - Temperatura máxima, temperatura mínima e umidade relativa do ar durante o período de condução do

experimento. Vitória da Conquista - BA, 2014.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

10

14

18

22

26

30

34

Um

idad

e re

lati

va

(%)

Tem

per

atura

(C

)

Período

Tmáx. Tmín. Umid.

22

23

3.2 Delineamento experimental e tratamentos

Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com 10

tratamentos e quatro repetições, no esquema fatorial 5x2, sendo estes compostos

pela combinação de cinco moléculas herbicidas registradas para aplicação em

pós-emergência (Bentazon – 720g i. a. ha-1, Fluazifop-p-butil - 250g i. a. ha

-1,

Chlorimuron-ethyl - 15g i. a. ha-1, Mesotrione - 144g i. a. ha

-1 e Sethoxydim -

230 g i. a. ha-1), e duas épocas de aplicação (aos 30 e aos 60 dias após a

brotação).

3.3 Instalação e condução do experimento

Cada unidade experimental foi composta por um vaso com volume de

15 dm3, preenchido com solo, obtido da área experimental da UESB. O solo foi

classificado como Latossolo Amarelo Distrófico Típico, textura Areno Argilosa.

A granulometria apresentou os valores de 445 g Kg-1

de areia grossa, 115 g Kg-1

de areia fina, 50 g Kg-1

de silte e 380 g Kg-1

de argila. A análise química do solo

apresentou os seguintes resultados: pH (em água) = 4,2; P = 2,0 mg dm-3

; K+ =

0,10 cmolc dm-3

; Ca2+

= 0,12 cmolc dm-3

; Mg2+

= 0,6 cmolc dm-3

; Al3+

= 0,9

cmolc dm-3

; H+ = 3,0 cmolc dm

-3; SB = 1,6 cmolc dm

-3; t = 2,0 cmolc dm

-3; T =

5,0 cmolc dm-3

; V = 18,0%; m = 20,0%. De acordo com a análise química do

solo, foi feita aplicação de calcário, superfosfato simples, cloreto de potássio e

ureia, conforme recomendação para a cultura da mandioca (RIBEIRO e outros,

1999).

Em cada vaso foi plantada uma maniva, de aproximadamente 15 cm de

comprimento. As manivas foram obtidas do terço médio de plantas sadias,

adquiridas em plantios da região. Utilizou-se manivas da variedade Sergipe. Esta

variedade é uma das mais cultivadas e preferidas pelos produtores de mandioca

24

de Vitória da Conquista, Cândido Sales, Belo Campo e Tremedal, devido à sua

característica de rusticidade e alta produtividade (CARVALHO e outros, 2009),

sendo explorada para produção de farinha e extração de amido.

A aplicação dos herbicidas foi realizada aos 30 e aos 45 dias após a

brotação das manivas, que ocorreu aos 12 dias após o plantio (Figura 2).

Utilizou-se pulverizador costal de pressão constante, à base de CO2, equipado

com barra de ponta tipo jato leque XR 110.02, trabalhando a uma altura de 0,5 m

do alvo, com uma vazão de 200 L ha-1 de calda.

3.4 Variáveis avaliadas

Durante a condução do experimento, os sintomas visuais de toxicidade

dos herbicidas foram avaliados aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após a aplicação,

atribuindo-se notas de 0 a 100, em que 0 (zero) corresponde à ausência de dano à

planta e 100 (cem), à morte da planta (SBCPD, 1995). Estas avaliações foram

realizadas por três pessoas, obtendo-se a média de percepção de controle dos

três.

Os parâmetros relativos à fisiologia foram mensurados utilizando-se um

sistema portátil de análise de gases por infravermelho (IRGA), modelo LCpro,

ADC BioScientific Ltd. UK, no qual foi acoplada uma fonte artificial de luz para

projetar sobre a superfície da folha, uma irradiância de 1.100 mol fótons m-2

s-1

.

As medições foram realizadas aos 15 e 30 dias após a aplicação dos herbicidas,

entre 8:00 h e 11:00 h. Foram mensuradas a fotossíntese líquida, transpiração,

condutância estomática e concentração interna de CO2. A eficiência do uso da

água foi obtida pela razão entre fotossíntese e transpiração.

Aos 92 dias após o plantio, por ocasião da colheita, foram avaliados a

altura das plantas, medindo-se a região compreendida entre o colo e a gema

apical; e o diâmetro do caule, com auxílio de um paquímetro. Mediu-se também

25

o teor relativo de clorofila (índice SPAD), por meio de um clorofilômetro

portátil, SPAD-502 (Soil Plant Analysis Development), Minolta, Japão. As

medições do SPAD foram feitas na primeira folha completamente expandida,

com a média de seis medições por parcela. Foi avaliada ainda a área foliar total,

por meio do equipamento Área Meter, modelo LI-3100, fabricado pela LI-COR,

expressa em cm2.

A parte aérea das plantas (haste + limbo + pecíolo) foi seccionada rente

ao solo e separada das raízes. Em seguida, o sistema radicular foi lavado em

água corrente para retirada do substrato e pesado para obtenção do peso total de

raízes. Após, as diferentes frações (parte aérea e raiz) foram pesadas e

acondicionadas separadamente em sacos de papel e levadas à estufa de

circulação forçada de ar, a 65°C, por 72 h, para determinação da massa seca.

Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias dos

tratamentos foram comparadas pelo Tukey, a 5% de probabilidade.

26

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O resumo da análise de variância para a característica toxicidade dos

herbicidas está apresentado na Tabela 1. Verifica-se que houve influência dos

herbicidas aos 7, 14 e 35 dias após a aplicação. Não houve influência da época

de aplicação dos herbicidas, em nenhum dos períodos avaliados. Verificou-se,

ainda, efeito da interação época x herbicida aos 7 dias, após a aplicação.

Tabela 1 – Resumo da análise de variância e coeficientes de variação da

toxicidade de herbicidas na cultura da mandioca, em duas épocas de aplicação.

Vitória da Conquista – BA, 2014.

FV GL

QUADRADOS MÉDIOS

Dias após aplicação (DAA)

7 14 21 28 35

Herbicidas (H) 4 593,163* 60,187* 32,00ns

23,875ns

53,525*

Época (E) 1 65,025ns

0,400ns

5,625ns

11,025ns

9,025ns

E x H 4 552,088* 44,087ns

7,750ns

16,025ns

2,150ns

Resíduo 30 29,292 19,283 16,625 17,258 7,442

CV (%) 33,15 58,55 61,55 100,71 153,69

* = Significativo pelo teste F, a 5% de probabilidade;

ns = não significativo.

Na primeira avaliação, realizada aos 7 dias após aplicação (DAA),

verificou-se que, entre os herbicidas aplicados aos 30 dias após a brotação

(DAB), o bentazon proporcionou a maior porcentagem de intoxicação, com 45%

(Tabela 2). As plantas tratadas com chlorimuron-ethyl apresentaram a menor

porcentagem de sintomas, embora não tenham diferido estatisticamente daquelas

tratadas com fluazifop-p-butil, mesotrione e sethoxydim. Entretanto, quando

aplicados aos 45 DAB, não houve diferença entre os herbicidas.

27

Tabela 2 – Toxicidade (%) de herbicidas na cultura da mandioca. Vitória da Conquista – BA, 2014.

Herbicidas

7 DAA 14 DAA 21 DAA 28 DAA 35 DAA

Épocas de aplicação ---------------------------Média-----------------------------

30 DAB 45 DAB

Bentazon 45,00 Aa 18,00 Ab 11,38 A 8,75 A 6,00 A 6,25 A

Fluazifop-p-butil 6,25 Bb 17,00 Aa 4,50 B 5,25 A 5,50 A 0,00 B

Chlorimuron-ethyl 5,75 Bb 19,25 Aa 8,38 AB 4,50 A 1,63 A 0,00 B

Mesotrine 11,25 Bb 17,00 Aa 5,25 AB 5,86 A 3,75 A 1,38 B

Sethoxydim 7,00 Bb 16,50 Aa 8,00 AB 8,75 A 3,75 A 1,25 B

Médias seguidas por uma mesma letra maiúscula, na coluna, e minúscula, na linha, não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de

probabilidade.

DAB = dias após a brotação.

DAA = dias após aplicação.

27

28

Sintomas de intoxicação com valor superior a 40% foi encontrado

somente para o bentazon, sendo que para os demais herbicidas esses valores

não ultrapassaram 20%, em todas as épocas de avaliação. No estudo

realizado por Silva e outros (2012), os herbicidas bentazon, fluazifop-p-butil,

chlorimuron-ethyl e mesotrione apresentaram sintomas de intoxicação

inferiores a 22% para a mandioca, em todas as avaliações. Com exceção das

injúrias promovidas pelo bentazon, nas duas primeiras avaliações, os valores

de toxicidade verificados por esses autores estão semelhantes aos observados

neste trabalho. Abreu (2010) obteve resultados semelhantes, ao avaliar o

efeito de herbicidas sobre duas cultivares de mandioca, no estado de São

Paulo, em que as injúrias mais severas foram proporcinados pelo bentazon.

A maior porcentagem de injúrias causadas pelo bentazon nas plantas

avaliadas, provavelmente, deve-se ao fato dele ser um herbicida de contato.

Herbicidas com esta característica apresentam pouca ou nenhuma

mobilidade na planta, acumulando-se nas áreas pulverizadas e causando

necrose nos tecidos próximos, devido à alta concentração da molécula nestes

locais (OLIVEIRA JUNIOR e outros (2011). Além disso, a idade da planta

pode também ter afetado a atividade dos herbicidas, influenciando esse

resultado. Aos 30 dias após a brotação, a mandioca encontrava-se com os

tecidos mais tenros e, de acordo com os mesmos autores, plantas jovens são

mais sensíveis do que plantas mais velhas, por possuírem quantidade maior

de tecidos meristemáticos, os quais são o centro da atividade biológica e

divisão celular.

Na avaliação realizada aos 14 DAA, os danos causados pelo

bentazon foram maiores do que os causados pelo fluazifop-p-butil, não

diferindo dos demais herbicidas. Não houve diferença entre as moléculas

também aos 21 e 28 DAA e, aos 35 DAA, o bentazon proporcionou maior

toxicidade (Tabela 2).

Os níveis de intoxicação encontrados nas plantas pulverizadas com

fluazifop-p-butil e chlorimuron-ethyl estiveram entre os mais baixos em

todas as avaliações, sendo que, na avaliação realizada aos 35 DAA, estes

29

chegaram a 0%. Os resultados encontrados neste estudo assemelham-se

àqueles obtidos por Silva e outros (2014), ao estudarem a tolerância de cinco

cultivares de mandioca aos herbicidas fluazifop-p-butil e fomesafen. Braga e

outros (2014), trabalhando com seletividade de mandioca a herbicidas pós-

emergentes, verificaram que o fluazifop-p-butil e sua mistura comercial com

fomesafen provocaram os menores sintomas de intoxicação nas plantas

(21%), nas avaliações realizadas aos 14 e 21 DAA. Estes autores também

encontraram altos valores de coeficiente de variação para esta variável, o

que, segundo eles, é justificável para experimentos desta natureza.

Mudas de pinhão-manso tratadas com fluazifop-p-butil não

apresentaram sintomas de toxicidade nas doses estudadas por Gonçalves e

outros (2011), demonstrando alta seletividade do herbicida para esta espécie.

Freitas e outros (2004) também observaram que este herbicida foi seletivo

para a cultura da mandioquinha-salsa.

As injúrias causadas pelo mesotrione, a partir dos 14 DAA (Tabela 2),

são inferiores às obtidas por Silveira e outros (2012), que obtiveram valores

ente 7,5 e 13,8%, para a mesma dosagem utilizada neste estudo (144 g i.a.

ha-1

), em diferentes cultivares, e próximos ao verificado por Silva e outros

(2012), confirmando a tolerância da mandioca a esse herbicida.

Os sintomas visíveis de intoxicação mais evidentes foram os

causados pelo bentazon, sendo que estes se caracterizavam como

encarquilhamento e necrose foliar (Figura 3); o fluazifop-p-butil e o

sethoxydim provocaram manchas amarronzadas nas extremidades do limbo

foliar (Figuras 4 e 7); o chlorimuron-ethyl causou manchas amarronzadas na

extremidade do limbo foliar, além de encarquilamento e necrose das folhas

mais jovens (Figura 5); e o mesotrione provocou branqueamento nas folhas

(Figura 6) . Costa e outros (2013) verificaram que as injúrias causadas pelo

mesotrione, na variedade de mandioca Cascuda, ocorreram principalmente

nas folhas novas, as quais apresentaram amarelecimento de todo o limbo

foliar, enquanto que, em algumas folhas do terço médio da planta, ocorreu

amarelecimento nas margens do limbo com posterior necrose e formação de

30

áreas encarquilhadas, sendo que esses sintomas desapareceram

completamente a partir dos 43 DAA.

Em mudas de espécies arbóreas, Brancalion e outros (2009) relatam

que o sintoma mais evidente de toxicidade foi clorose, após a aplicação de

sethoxydim e bentazon. Entretanto, essas injúrias desapareceram

gradualmente com o desenvolvimento das mudas e surgimento de novas

folhas, a partir dos 15 DAA.

Com relação às épocas de aplicação dos herbicidas, verificou-se que

não houve diferença entre a aplicação realizada aos 30 DAB e a aplicação

aos 45 DAB, para a toxicidade, aos 14, 21, 28 e 35 DAA (Tabela 3).

Tabela 3 – Toxicidade de herbicidas na cultura da mandioca, em função das

épocas de aplicação. Vitória da Conquista – BA, 2014.

Épocas de aplicação Toxicidade (%)

14 DAA 21 DAA 28 DAA 35 DAA

30 DAB 7,40 A 6,25 A 3,60 A 1,30 A

45 DAB 7,60 A 7,00 A 4,65 A 2,25 A

Médias seguidas por uma mesma letra, na coluna, não diferem entre si, pelo teste

Tukey, a 5% de probabilidade.

DAB = dias após a brotação.

DAA = dias após aplicação.

De maneira geral, tanto para épocas de aplicação como para

herbicidas, a partir dos 14 DAA, houve tendência de redução dos sintomas,

ao longo das avaliações, em função da recuperação da planta e emissão de

novas folhas, sendo que, naquelas tratadas com chlorimuron-ethyl e

fluazifop-p-butil, os sintomas desapareceram completamente aos 35 DAA

(Tabela 2). Os herbicidas avaliados não inibiram a emissão de folhas novas,

sendo que estas já não apresentavam sinais visíveis de injúrias. A

recuperação da mandioca após aplicação dos herbicidas possivelmente pode

ser explicada pelas condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento das

31

plantas (Figura 1), pela capacidade da planta em metabolizar o ingrediente

ativo e pela qualidade do material de plantio. Comportamento semelhante foi

observado por Biffe e outros (2010), Silva e outros (2012), Costa e outros

(2013) e Braga e outros (2014).

O resumo da análise de variância para as características altura de

plantas, diâmetro do caule, área foliar total e índice SPAD está apresentado

na Tabela 4. Verificou-se que não houve efeito significativo de herbicidas e

épocas de aplicação para tais características.

Tabela 4 – Resumo da análise de variância e coeficientes de variação de

altura de plantas (ALT), diâmetro do caule (DIAM), área foliar total (AFT) e

índice SPAD de plantas de mandioca em função de herbicidas e épocas de

aplicação. Vitória da Conquista – BA, 2014.

FV GL QUADRADOS MÉDIOS

ALT DIAM AFT SPAD

Herbicidas (H) 4 25,543ns

1,067ns

173.437,30ns

11,500ns

Época (E) 1 4,225ns

0,469ns

28.055,03ns

0,110ns

E x H 4 60,800ns

0,651ns

159.632,20ns

2,860ns

Resíduo 30 46,262 1,610 153.228,20 13,122

CV (%) 15,58 13,72 23,65 10,64

* = Significativo pelo teste F, a 5% de probabilidade.

ns = não significativo.

DAA = dias após aplicação.

Apesar da ocorrência de diferentes níveis de toxicidade visível entre

os herbicidas, principalmente na primeira avaliação após a aplicação (Tabela

2), não foram verificadas diferenças entre estes em relação ao

desenvolvimento da parte aérea das plantas de mandioca neste estudo

(Tabela 5). Dessa forma, sugere-se algum nível de seletividade da variedade

Sergipe a estes herbicidas, nas épocas de aplicação avaliadas. Essa

seletividade pode estar relacionada à metabolização das moléculas, o que

reduz progressivamente a ação tóxica das mesmas e permite a continuidade

32

do desenvolvimento das plantas. Para o fluazifop-p-butil e o sethoxydim, a

insensibilidade enzimática constitui o principal mecanismo de seletividade

aos herbicidas inibidores da acetil-coenzima A carboxilase (LÓPEZ

OVEJERO e outros, 2008). Com relação ao bentazon, Roman e outros

(2007) e Christoffoleti e outros (1994) sugerem que algumas espécies

possuem a capacidade de metabolizar rapidamente a molécula deste

herbicida em formas não tóxicas, tornando-a inativa antes que cause danos

aos tecidos.

Outro fator que pode ter contribuído para este resultado foi a

qualidade do material de plantio, oriundo de plantas adubadas, com boa

qualidade sanitária e diâmetro de aproximadamente 3,0 cm. A utilização de

material de plantio de boa qualidade, com uma quantidade adequada de

reserva, provavelmente contribuiu para o desenvolvimento de plantas mais

vigorosas, mesmo considerando que as mesmas foram submetidas a

diferentes moléculas herbicidas, na fase inicial de crescimento. Para o

estabelecimento da cultura da mandioca, segundo Câmara e Godoy (1998),

manivas com 2,0 a 2,6 cm de diâmetro proporcionam melhor desempenho

por apresentarem maior conteúdo em reservas nutritivas.

Silveira e outros (2012) não relataram reduções na altura de plantas e

diâmetro do caule de quatro cultivares de mandioca, após aplicação em pós-

emergência do herbicida mesotrione, corroborando os resultados deste

estudo. No trabalho realizado por Costa e outros (2013), os herbicidas

fluazifop-p-butil e mesotrione também não reduziram a altura das plantas de

mandioca. Em avaliação de nove cultivares de mandioca, Vidigal Filho e

outros (2000) verificaram que a característica altura de planta está

diretamente relacionada com a produção final da parte aérea da cultura.

33

Tabela 5 – Altura, diâmetro do caule, área foliar total e índice SPAD de plantas de mandioca em função de épocas de

aplicação e herbicidas. Vitória da Conquista – BA, 2014.

Características

Herbicidas

Bentazon Fluazifop-p-butil Chlorimuron-

ethyl Mesotrione Sethoxydim

Altura (cm) 43,58 a 46,75 a 43,00 a 42,36 a 42,61 a

Diâmetro (mm) 8,67 a 9,23 a 9,52 a 9,60 a 9,21 a

Área foliar (cm2) 1.508,61 a 1.748,34 a 1.826,73 a 1.495,54 a 1.695,72 a

SPAD 35,95 a 34,01 a 33,49 a 32,70 a 34,06 a

Características Épocas de aplicação

30 DAB 45 DAB

Altura (cm) 43,99 a 43,43 a

Diâmetro (mm) 9,35 a 9,13 a

Área foliar (cm2) 1.628,50 a 1.681,47 a

SPAD 33,99 a 34,10 a Médias seguidas por uma mesma letra, na linha, não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade.

DAA = dias após aplicação.

33

34

O índice SPAD é um parâmetro utilizado para medir o teor de clorofila,

através da passagem de luz pelo tecido vegetal. Sua escala, em valores SPAD, é

proporcional ao teor de clorofila no local amostrado (MARWELL e outros,

1995). Mesmo tendo como principal característica a inibição da síntese de

carotenoides, e consequente branqueamento das folhas, o mesotrione não afetou

de maneira significativa as plantas neste experimento. As plantas apresentaram

uma baixa porcentagem de sintomas visuais, desde a primeira avaliação (14%),

com redução gradativa destes valores até a data da última avaliação, com uma

rápida recuperação da área foliar afetada (Tabela 2).

O resumo da análise de variância, para as características peso de parte

aérea, peso de raízes, peso total, massa seca de parte aérea, massa seca de raízes

e massa seca total, está apresentado na Tabela 6. Verificou-se que não houve

efeito significativo de herbicidas e épocas de aplicação para estas características

(Tabelas 6 e 7), indicativo de tolerância da cultura a esses herbicidas, apesar de

as plantas apresentarem algum sinal visível de intoxicação nas primeiras

avaliações (Tabela 2). Contudo, mais estudos sobre esses produtos são

necessários em campo, principalmente para avaliar seus efeitos sobre a

produtividade da cultura.

De forma semelhante, Silveira e outros (2012) concluíram que o

herbicida mesotrione não causou danos no acúmulo de biomassa dos

componentes vegetativos da mandioca.

35

Tabela 6 – Resumo da análise de variância e coeficientes de variação para o peso de parte aérea (PPA), peso de raiz

(PR), peso total (PT), massa seca de parte aérea (MSPA), massa seca de raiz (MSR) e massa seca total (MST) em função

de herbicidas e épocas de aplicação. Vitória da Conquista – BA, 2014.

FV GL QUADRADOS MÉDIOS

PPA PR PT MSPA MSR MST

Herbicidas (H) 4 224,059ns

84,723ns

562,611ns

3,639ns

51,703ns

8,18ns

Época (E) 1 8,372ns

77,855ns

137,270ns

0,001ns

224,833ns

19,97ns

E x H 4 142,587ns

460,510ns

1.042,576ns

1,503ns

348,468ns

29,23ns

Resíduo 30 191,965 201,132 599,456 3,429 173,451 24,44

CV (%) 19,02 41,93 22,95 5,85 32,96 14,49

* = Significativo pelo teste F, a 5% de probabilidade.

ns = não significativo.

35

36

Tabela 7 – Peso de parte aérea (PPA), peso de raiz (PR), peso total da planta (PT), massa seca de parte aérea (MSPA),

massa seca de raiz (MSR) e massa seca total (MST) de mandioca em função de herbicidas e épocas de aplicação. Vitória

da Conquista – BA, 2014.

Características

Herbicidas

Bentazon Fluazifop-p-

butil Chlorimuron-ethyl Mesotrione Sethoxydim

Peso de parte aérea (g) 70,24 a 77,95 a 78,71 a 66,44 a 70,93 a

Peso de raiz (g) 31,86 a 38,50 a 35,96 a 31,02 a 31,77 a

Peso total da planta (g) 102,10 a 116,45 a 114,67 a 97,46 a 102,69 a

Massa seca de parte aérea (%) 31,12 a 31,65 a 30,95 a 32,62 a 32,00 a

Massa seca de raiz (%) 39,88 a 42,93 a 35,95 a 40,92 a 40,08 a

Massa seca total (%) 34,15 a 35,03 a 32,61 a 35,04 a 33,77 a

Características Épocas de aplicação

30 DAB 45 DAB

Peso de parte aérea (g) 72,40 a 73,31 a

Peso de raiz (g) 32,43 a 35,22 a

Peso total da planta (g) 104,82 a 108,53 a

Massa seca de parte aérea (%) 31,67 a 31,66 a

Massa seca de raiz (%) 42,32 a 37,58 a

Massa seca total (%) 34,82 a 33,41 a Médias seguidas por uma mesma letra, na linha, não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade.

DAA = dias após aplicação.

DAB = dias após a brotação.

36

37

Silva e outros (2014), estudando a tolerância de cinco cultivares de

mandioca aos herbicidas fluazifop-p-butil e fomesafen, verificaram que a

mistura dos herbicidas causou redução em mais de 60% no acúmulo de matéria

seca do caule e no crescimento de plantas de mandioca, mostrando-se não

seletivo para a cultura. Para esses autores, reduções no crescimento do caule, no

período inicial do desenvolvimento da mandioca, podem resultar no

comprometimento da formação do material propagativo da cultura.

Silva e outros (2012) e Braga e outros (2014) também não observaram

reduções significativas na massa seca de parte aérea, massa seca de raiz e massa

seca total de plantas de mandioca, tratadas com o fluazifop-p-butil. De acordo

com Ternes (2002), dos 7 aos 77 dias após o plantio, a planta de mandioca inicia

a formação do sistema radicular fibroso, do qual serão formadas algumas raízes

tuberosas, responsáveis pelo armazenamento dos carboidratos, resultantes da

fotossíntese. Qualquer interferência no desenvolvimento das raízes, nesta fase,

portanto, poderá prejudicar o rendimento da cultura.

O resumo da análise de variância para as características fotossíntese

líquida, condutância estomática, concentração interna de CO2, transpiração e

eficiência do uso da água de plantas de mandioca está apresentado na Tabela 8.

Verificou-se efeito de herbicidas e épocas de aplicação, isoladamente, sobre a

fotossíntese líquida na avaliação realizada aos 15 dias após a aplicação (DAA)

dos herbicidas. Houve efeito da interação herbicidas x épocas de aplicação para

a variável eficiência do uso da água, na avaliação realizada aos 30 dias após

aplicação. Para condutância estomática, concentração interna de CO2 e

transpiração, não houve influência dos tratamentos, em todas as épocas de

avaliação.

38

Tabela 8 – Resumo da análise de variância e coeficientes de variação da fotossíntese líquida (A), condutância estomática

(Gs) e concentração interna de CO2 (Ci), transpiração (E) e eficiência do uso da água (EUA) de mandioca em função de

épocas de aplicação e herbicidas. Vitória da Conquista – BA, 2014.

FV GL

QUADRADOS MÉDIOS

A (μmol m-2

s-1

) Gs (mol m-2 s

-1) Ci (μmol mol

-1)

15 DAA 30 DAA 15 DAA 30 DAA 15 DAA 30 DAA

Herbicidas (H) 4 2,391* 1,373ns

0,0005ns

0,00030ns

120,100ns

2.344,850ns

Época (E) 1 5,791* 4,258ns

0,0009ns

0,00004ns

55,225ns

5.522,500ns

E x H 4 1,738ns

3,455ns

0,0004ns

0,00100ns

379,850ns

4.430,750ns

Resíduo 30 0,772 2,756 0,0008 0,00120 287,658 2.563,367

CV (%) 12,83 27,01 24,01 44,87 7,03 23,93

FV GL

E (mol H2O m-2

s-1

) EUA (mol CO2molH2O-1)

15 DAA 30 DAA 15 DAA 30 DAA1

Herbicidas (H) 4 0,023ns

0,055ns

0,860ns

0,306ns

Época (E) 1 0,005ns

0,025ns

2,316ns

0,227ns

E x H 4 0,206ns

0,109ns

4,109* 0,629ns

Resíduo 30 0,109 0,098 1,337 0,332

CV (%) 22,43 37,7 23,68 20,47

* = Significativo pelo teste F, a 5% de probabilidade; ns = não significativo. 1 = Dados transformados para

DAA = dias após aplicação

38

39

Verifica-se que, aos 15 DAA, as plantas pulverizadas com o bentazon

apresentaram menores valores de fotossíntese líquida, quando comparadas

àquelas pulverizadas com o mesotrione. Na avaliação aos 30 DAA, não houve

diferença entre os herbicidas (Tabela 9).

Os menores valores obtidos nas plantas pulverizadas com bentazon

podem ser consequência do seu mecanismo de ação na planta. A fotossíntese

liquida é o balanço entre o CO2 assimilado durante a fotossíntese e o gasto

durante a respiração. Dentre os herbicidas avaliados neste estudo, o bentazon é o

único pertencente ao grupo dos inibidores do fotossistema II ou inibidores da

síntese de Hill. Entre outras características, herbicidas com este mecanismo de

ação promovem uma rápida diminuição na taxa de assimilação de CO2 devido à

interrupção da cadeia transportadora de elétrons (BALKE, 1985). Segundo El-

Sharkawy e Cock (1987), a mandioca pode ser considerada como uma planta

intermediária entre C3 e C4, apresentando fixação do CO2 atmosférico pelas

duas rotas. Esta condição confere à planta uma alta capacidade fotossintética,

quando comparadas a outras espécies (EL-SHARKAWY e outros 1989). No

entanto, mesmo com esta superioridade em relação ao seu mecanismo

fotossintético, as plantas pulverizadas com o bentazon tiveram a sua fotossíntese

líquida afetada negativamente.

40

Tabela 9 – Fotossíntese líquida (A - μmol m-2

s-1

) de plantas de mandioca em

função de herbicidas. Vitória da Conquista – BA, 2014.

Herbicida A (μmol m

-2 s

-1)

15 DAA 30 DAA

Bentazon 5,99 B 5,54 A

Fluazifop-p-butil 6,85 AB 5,96 A

Chlorimuron-ethyl 7,05 AB 6,64 A

Mesotrine 7,51A 6,30 A

Sethoxydim 6,85 AB 6,30 A

Médias seguidas por uma mesma letra, na coluna, não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade.

DAA = dias após aplicação.

As maiores taxas fotossintéticas apresentadas pelo mesotrione, quando

comparadas ao bentazon, na primeira avaliação, demonstram a diferença no

tempo de atuação das moléculas sobre o metabolismo das plantas. O mesotrione

inibe a síntese de carotenoides, responsáveis pela proteção da molécula de

clorofila da fotoxidação. Isso afeta, de maneira indireta, a fotossíntese, sendo

que o primeiro sintoma visível após a sua aplicação é o branqueamento das

folhas. Entretanto, a sua ação é considerada lenta e os primeiros efeitos no

metabolismo podem demorar alguns dias para acontecerem (SENSEMAN,

2007), sendo que apenas as folhas formadas após a aplicação do produto

manifestarão os sintomas de albinismo (OLIVEIRA JUNIOR e outros, 2011).

Houve influência da época de aplicação apenas na avaliação realizada

aos 15 DAA, sendo que, quando aplicados aos 30 DAB, os herbicidas reduziram

a fotossíntese líquida em aproximadamente 10% (Tabela 10). Esta redução deve-

se, provavelmente, à maior quantidade de tecidos tenros nas plantas nesta idade.

Segundo Oliveira Junior e Inoue (2011), a idade da planta afeta a absorção, a

translocação e a atividade do herbicida nas plantas. Plantas jovens são mais

41

susceptíveis aos herbicidas do que plantas mais velhas, principalmente por

possuírem mais tecidos meristemáticos, os quais são o centro da atividade

biológica das plantas. Consequentemente, espera-se que os herbicidas que

afetam processos metabólicos sejam muito tóxicos para plantas que possuem

uma grande quantidade de tecidos meristemáticos e tenham pouca ou nenhuma

atividade em plantas mais velhas, nas quais passam a predominar tecidos

diferenciados.

Tabela 10 – Fotossíntese líquida (A - μmol m-2

s-1

) de plantas de mandioca em

função de épocas de aplicação de herbicidas. Vitória da Conquista – BA, 2014.

Época de aplicação A (μmol m

-2 s

-1)

15 DAA 30 DAA

30 DAB 6,47 A 6,47 A

45 DAB 7,23 B 5,82 A

Médias seguidas por uma mesma letra, na coluna, não diferem entre si, pelo teste Tukey,

a 5% de probabilidade.

DAB = dias após a brotação.

DAA = dias após aplicação.

Verificou-se que não houve influência dos herbicidas e das épocas de

aplicação sobre a condutância estomática, a concentração interna de CO2 e a

transpiração (Tabela 11). A condutância estomática (gs) está relacionada com a

abertura dos estômatos, influenciando na resistência associada à entrada e saída

de gases pela abertura estomática. As mudanças na resistência estomática são

importantes para a regulação da perda de água pela planta e para o controle da

taxa absorção de dióxido de carbono, necessário para fixação contínua durante a

fotossíntese (TAIZ e ZEIGER, 2009). Dessa maneira, espera-se que se a

condutância estomática não for afetada, as demais características fotossintéticas

também não sejam influenciadas.

42

Tabela 11 – Condutância estomática (GS - mol m-2

s-1

), concentração interna de CO2 (Ci -μmol mol-1

) e transpiração (E -

mol H2O m-2

s-1) de plantas de mandioca em função de herbicidas e épocas de aplicação. Vitória da Conquista – BA,

2014.

Herbicidas Gs (mol m

-2 s

-1) Ci (μmol mol

-1) E (mol H2O m

-2s

-1)

15 DAA 30 DAA 15 DAA 30 DAA 15 DAA 30 DAA

Bentazon 0,13 A 0,07 A 237,38 A 214,88 A 1,50 A 0,78 A

Fluazifop-p-butil 0,11 A 0,08 A 236,88 A 210,13 A 1,38 A 0,78 A

Chlorimuron-ethyl 0,13 A 0,07 A 243,38 A 183,38 A 1,48 A 0,77 A

Mesotrine 0,11 A 0,09 A 244,13 A 221,50 A 1,48 A 0,89 A

Sethoxydim 0,13 A 0,09 A 244,88 A 227,88 A 1,52 A 0,95 A

Épocas de aplicação Gs (mol m

-2 s

-1) Ci (μmol mol

-1) E (mol H2O m

-2s

-1)

15 DAA 30 DAA 15 DAA 30 DAA 15 DAA 30 DAA

30 DAB 0,13 A 0,08 A 240,15 A 199,80 A 1,48 A 0,86 A

45 DAB 0,12 A 0,08 A 242,50 A 223,30 A 1,46 A 0,81 A

Médias seguidas por uma mesma letra, dentro de herbicidas e dentro de épocas de aplicação, na coluna, não diferem entre si, pelo

teste Tukey, a 5% de probabilidade.

DAB = dias após a brotação

DAA = dias após aplicação

42

43

As condições favoráveis proporcionadas às plantas durante a condução

do presente experimento, em ambiente controlado, podem ter contribuído para

que os herbicidas, nas doses utilizadas, não afetassem totalmente o seu

metabolismo. Segundo Silveira e outros (2012), a condutância estomática (Gs) é

dependente de uma série de fatores, como radiação solar, nível de CO2 no

mesofilo, potencial hídrico, reguladores de crescimento, ritmos endógenos

próprios de cada espécie e características anatômicas e fisiológicas específicas

das células estomáticas, bem como pela sua distribuição. Assim, a Gs é

proporcional ao número e tamanho dos estômatos e diâmetro da abertura destes

(BRODRIBB & HOLBROOK, 2003). Soares e outros (2011) observaram que

plantas avaliadas aos 510 após o plantio, com condições de temperatura e

pluviosidade favoráveis, apresentaram maiores valores de Gs que plantas

avaliadas aos 240 dias após o plantio, com temperaturas mais baixas e menor

disponibilidade hídrica.

Na avaliação aos 15 DAA, observou-se que o bentazon reduziu a

eficiência do uso da água, apenas quando aplicado aos 30 DAB (Tabela 12).

Esta característica está diretamente relacionada com a taxa fotossintética e

espera-se que alterações na fotossíntese líquida (Tabela 9) afetem diretamente a

EUA. Não houve diferença, nesta avaliação, entre as plantas pulverizadas aos 45

DAB (Tabela 12).

44

Tabela 12 – Eficiência do uso da água (EUA - mol CO2 mol H2O-1

) de plantas

de mandioca, em função de herbicidas e épocas de aplicação. Vitória da

Conquista – BA, 2014.

Herbicidas

15 DAA 30 DAA

Épocas de aplicação Média

1

30 DAB 45 DAB

Bentazon 3,90 Bb 5,57 Aa 2,75 A (7,56)

Fluazifop-p-butil 4,91 Aa 5,36 Aa 2,85 A (8,12)

Chlorimuron-ethyl 4,53 Aa 5,29 Aa 3,12 A (9,73)

Mesotrine 4,30 Aa 4,55 Aa 2,78 A (7,73)

Sethoxydim 5,31 Aa 4,11 Aa 2,59 A (6,71)

Médias seguidas por uma mesma letra maiúscula, na coluna, e minúscula, na linha, não

diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade. 1 = médias transformadas para ; médias destransformadas entre parênteses.

DAB = dias após a brotação.

DAA = dias após aplicação.

Apesar de curto, o intervalo de 15 dias entre as duas aplicações parece

ter sido suficiente para o herbicida inibidor do fotossistema II interferir no

mecanismo fotossintético da mandioca. Entretanto, não foram observadas

diferenças entre os herbicidas e as épocas de aplicação na avaliação dos 30 DAA

(Tabelas 12 e 13), demonstrando uma rápida recuperação das plantas afetadas na

primeira avaliação. Segundo El–Sharkawy (2003), sob condições ambientais

favoráveis, as plantas de mandioca normalmente são muito eficientes quanto ao

uso da água, ou seja, perdem menos água que muitas espécies, para a fixação da

mesma quantidade de CO2. Aspiazu e outros (2010), trabalhando com a cultura

da mandioca em condição de competição, verificaram que a cultura apresentou

maior EUA, comparada às plantas daninhas testadas.

45

Tabela 13 – Eficiência do uso da água (EUA - mol CO2 mol H2O-1

) de plantas

de mandioca, em função de épocas de aplicação de herbicidas, avaliada aos 30

dias após aplicação. Vitória da Conquista – BA, 2014.

Época de aplicação EUA

1 (mol CO2 mol H2O

-1)

30 DAA

30 DAB 2,89 A (8,73)

45 DAB 2,74 A (7,84)

Médias seguidas por uma mesma letra, na coluna, não diferem entre si, pelo teste Tukey,

a 5% de probabilidade. 1 = médias transformadas para ; médias destransformadas entre parênteses.

DAB = dias após a brotação e DAA = dias após aplicação

46

5. CONCLUSÕES

Os herbicidas avaliados mostram potencial de utilização em pós-

emergência na variedade de mandioca Sergipe, nas dosagens utilizadas, uma vez

que os sintomas de toxicidade não afetam o desenvolvimento das plantas após os

35 dias.

São necessários mais estudos, em nível de campo, para se determinar

seus efeitos sobre a produtividade da cultura.

47

6. REFERÊNCIAS

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54

APÊNDICE

Figura 2 – Plantas de mandioca aos 12 dias após o plantio. Início da contagem

do número de dias após a brotação (DAB) para aplicação dos herbicidas. Vitória

da Conquista – BA, 2014.

55

Figura 3 - Sintomas de toxicidade provocada pelo herbicida bentazon em

plantas de mandioca, variedade Sergipe. Vitória da Conquista - BA, 2014.

56

Figura 4 - Sintomas de toxicidade provocada pelo herbicida fluazifop-p-butil

em plantas de mandioca, variedade Sergipe. Vitória da Conquista - BA, 2014.

57

Figura 5 - Sintomas de toxicidade provocada pelo herbicida chlorimuron-ethyl

em plantas de mandioca, variedade Sergipe. Vitória da Conquista - BA, 2014.

58

Figura 6- Sintomas de toxicidade provocada pelo herbicida mesotrione em

plantas de mandioca, variedade Sergipe. Vitória da Conquista - BA, 2014.

59

Figura 7 - Sintomas de toxicidade provocada pelo herbicida sethoxydim em

plantas de mandioca, variedade Sergipe. Vitória da Conquista - BA, 2014.