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ANO 6 EDIÇÃO Nº 48 Setembro/Outubro 2005 COOPERATIVA TRITÍCOLA REGIONAL SANTO ÂNGELO LTDA COTRISA Cotrisa apresenta novas tecnologias em dia de campo sobre culturas de inverno Propiciar aos associados o contato com novas tecnologias e conscientizá-los das mudanças necessárias para a sustentabilidade da agropecuária, principalmente no sentido de utilizar materiais genéticos adaptados à região, sementes de qualidade, proteger e melhorar o solo através de plantas recuperadoras visando um maior fornecimento de palha e nutrientes, bem como proporcionar uma redução nos custos de produção e aumentar a produtividade foram os objetivos da Cotrisa, com a realização do Dia de Campo das Culturas de Inverno, no Centro de Atividades Agrícolas e Florestais (CAAFC), no dia 06 de outubro. A importância do tratamento de sementes de soja Preservação do meio ambiente. Quem paga a conta? Pag 11 Pag 12

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ANO 6EDIÇÃO Nº 48

Setembro/Outubro2005

COOPERATIVATRITÍCOLA

REGIONAL SANTOÂNGELO LTDA

COTRISA

Cotrisa apresenta novas tecnologias emdia de campo sobre culturas de inverno

Propiciar aos associados o contatocom novas tecnologias econscientizá-los das mudançasnecessárias para a sustentabilidade daagropecuária, principalmente nosentido de utilizar materiais genéticosadaptados à região, sementes dequalidade, proteger e melhorar o soloatravés de plantas recuperadorasvisando um maior fornecimento depalha e nutrientes, bem comoproporcionar uma redução nos custosde produção e aumentar aprodutividade foram os objetivos daCotrisa, com a realização do Dia deCampo das Culturas de Inverno, noCentro de Atividades Agrícolas eFlorestais (CAAFC), no dia 06 deoutubro.

A importância dotratamento de

sementes de soja

Preservação do meioambiente.

Quem paga a conta?Pag 11Pag 12

CENTRO ADMINISTRATIVORua Florêncio de Abreu, 1557 - CEP 98.804-560 - Cx. Postal

257 Fone: (055) 3312-0300 - Fax (055) 3313-1585e-mail: [email protected] - SANTO ÂNGELO - RS

CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO

PRESIDENTERoberto Haas

VICE-PRESIDENTEAmando Dalla Rosa

SECRETÁRIOJúlio César Terra Dias

EFETIVOS Antonio BazzanaJosé Paulo MeneghiniNewton José MumbachMauri Luiz Krupp

SUPLENTES Ricardo Antonio CopettiCarlos TrevisanPaulo André HentzErno Aloísio ThomasJoão Dal Forno

CONSELHO FISCAL

EFETIVOS Érico José R. KrackeckerOlavo LibardoniDarceli A. Jung

SUPLENTES Ciro Nei RopkeJorge Carlos CopettiNeri Felden

COORDENADORES DE ÁREAS DE NEGÓCIOGrãos Armindo Aloísio TerhorstInsumos Adroaldo Rosa de OliveiraVarejo Norma Avrella ZalamenaIndústria Indio Brasil dos SantosDiversificados Paulo Antonio Ribeiro Fan

COORDENADORES DE ÁREA DE APOIOTécnica João BeckerFinanceira Ione Oliveira CostaOperacional Luiz Edmundo Motta ReisAdministrativa Mauro Nelson PrettoInformática Cinésio Antunes LissarassaControladoria Neiva Marisa Jonh Birck

UNIDADES DE RECEBIMENTO- Catuípe - Caibaté- Cerro Largo - Roque Gonzales- Comandaí - Guarani das Missões- Entre Ijuís - Coímbra- São Paulo das Missões - Parque Industrial- Vitória das Missões - Eugênio de Castro- Carajazinho - São Miguel das Missões- São Pedro do Butiá - Rincão dos Pires- Esquina Gaúcha - Mato Queimado- Restinga Seca

- Santa Cruz

Conselho Editorial:Roberto Haas e Amando Dalla RosaEditor:Itamar Luiz StadtloberDiagramação Eletrônica e Apoio:Antonio Marcos Gomes, Nelson Maso, e José RauberCoordenação Depto. de ComunicaçãoNery VierTiragem5.000 exemplaresGráfica do Jornal A TRIBUNA

Setembro/Outubro 20052

COTRISA

O colaborador do mercado de Santo Ângelo, RicardoRudek está representando a Cotrisa em várias rústicasa nível de Estado. Durante este ano já participou emdiversas competições, obtendo boas colocações. NaMeia Maratona de Uruguaiana, conquistou o terceiro

Colaborador da Cotrisaparticipa de rústicas

Ricardo Rudek está representando a Cotrisa emvárias rústicas no Rio Grande do Sul

lugar. Na cidade de Passo Fundo, na mesmamodalidade chegou em 5º lugar.Na prova de revezamento em Porto Alegre,conquistou o terceiro lugar.Faltando ainda duas provas do Circuito de Rua deSanta Rosa, Rudek aparece em terceiro naclassificação geral.Rudek treina forte diariamente, supervisionado pelotreinador para se preparar para a Rústica em BentoGonçalves e as olimpíadas do SESC para as quaisestá classificado para representar o município deSanto Ângelo. E também já está se preparando parafinal do circuito da Mini-Maratona do SESC dia 4de dezembro em Porto Alegre.Mas o grande sonho de Rudek é correr a São Silvestreem São Paulo no final do ano. Para realizar este sonhojá tem a promessa de direção da Cotrisa de patrocinara sua ida à São Paulo.

No dia 8 de setembro,quando de sua estada naterra natal, o diretor deJornalismo da Rede Globode Televisão, CarlosHenrique Schröder fezuma visita especial àCotrisa, cooperativa daqual seu avô HenriqueFasolo foi um dosfundadores.

Carlos Henrique esteveacompanhado de diversasautoridades. O ex-presidente da Cotrisa, LuizVilmar Denardin, quetambém foi vice-prefeito,na época em que o paiCarlos Wilson Schroderadministrava SantoÂngelo, participou dahomenagem ao ilustrevisitante. Na oportunidadeCarlos conheceu arealidade atual dacooperativa e a situaçãodo agronegócio na região.

Na ocasião, Denardindestacou a honra que todosos santo-angelensessentem em ver CarlosHenrique, ocupando umcargo de tamanhaimportância. O diretor deJornalismo da Globo,agradeceu a homenagem efez um pequeno relatosobre sua trajetória atéchegar na Rede Globo deTelevisão.

Diretor de Jornalismo da Globorecebe homenagem na Cotrisa

Participaram da homenagem a diretoria da Cotrisa e lideranças

Presidente Roberto Haas e Carlos Henrique

Carlos recebeu das mãosde Denardin um troféu

Setembro/Outubro 20053

COTRISA

Cotrisa promove reunião com associados-cooperadosNo período de 5 a 23 de setembro

a diretoria da Cotrisa, juntamente comos coordenadores das áreas deinsumos e técnica promoveu quatorzereuniões, com o objetivo de levarinformações da cooperativa ao quadrosocial, avaliar as atividades que estãosendo desenvolvidas e oportunizar aoassociado-cooperado para que este dêsugestões para melhorar e com isso

fazer com que a cooperativa possaatender sempre mais as suas reaisnecessidades.

Um total de 747 associados-cooperados de todas as unidadesatenderam ao convite dos gerentes deunidades e participaram deste espaçode discussão, visando melhorar a vidada cooperativa.

Na oportunidade, o presidente

Roberto Haas iniciou sua participaçãoenfocando a importância docooperativismo e ações institucionaisda Cotrisa, recebimento de grãos,acerto de dívidas e recursos para opróximo plantio.

O coordenador técnico agrônomoJoão Becker, falou sobre o foco dotrabalho de assistência técnica/vendas,trabalhos e serviços prestados aos

associados. Por sua vez, ocoordenador de Insumos AdroaldoRosa de Oliveira, levou informações epossibilidades de negócios. O vice-presidente Amando Dalla Rosadesenvolveu o espaço de reflexão eação, onde os associados-cooperadospuderam avaliar as atividades dacooperativa e dar sugestões deatividades a melhorar.

São Miguel das Missões Carajazinho Cerro Largo Vitória das Missões

Guarani das Missões Catuipe Caibaté Entre Ijuís

São Pedro do Butiá e São Paulodas Missões

Roque Gonzales Parque Industrial Comandaí

Coimbra Eugênio de Castro

Setembro/Outubro 20054

COTRISA

Téc. Agr. Lindomar José Konzen

Diante da globalização daeconomia, aumento nos custos deprodução e somados ainda com asintempéries, torna-se indispensável ocorreto gerenciamento da propriedade.

Este acompanhamento permiteao associado obter melhores resultadosem suas atividades agropecuárias, poisapresentará qual a atividade de maiorcontribuição dentro da unidade deprodução, e também poderá se avaliar

Gerenciamento de Propriedades Ruraisas potencialidades e limitações destapropriedade.

Sabendo-se então qual aspotencialidades e limitações servirãocomo para o ponto de partida na tomadade decisões que terão como objetivomelhorar as atividades agrícolasdeficitárias e potencializar as que estãotendo melhores resultados, ressaltandoque a tomada de decisões sempredeverão ser feitas dentro daspossibilidades e condições da unidadede produção, no aspecto dos meios deprodução (Mão-de-Obra, Terra eCapital). Lembrando que cada unidadede produção tem limitações inerentes àsoutras e a intervenção aplicada a umaunidade de produção não significa quepoderá ser aplicada à outra, cadapropriedade tem suas particularidades.

Este gerenciamento permiteainda demonstrar qual a remuneração dotrabalho de cada membro da família que

está trabalhando na propriedade, ouseja, se esta unidade de produçãojuntamente com as atividades emandamento estão dando condiçõesdignas aos trabalhadores, com acomposição da renda da propriedadeonde permite ao produtor analisarquanto que cada atividade contribui e arespectiva área que está sendoexplorada para alcançar os índices.Seguem abaixo os gráficosrepresentando a remuneração dotrabalho e composição da rendaagrícola. Diante dos dados expostospercebe-se no primeiro gráfico aremuneração do trabalho por Unidadede Trabalho Familiar (UTF) emcomparação a um salário mínimomensal, e também nos permite visualizarS A U Mínima (Superficíe Agrícola Útil),ou seja, quantas hectares sãonecessários para cobrir os custos fixosda propriedade e (S A U Equivalente)que representa quantas hectares são

necessários para atingir o NRS (Nívelde Reprodução Social), ou seja, o valorde um salário mínimo mensal.

Na apresentação do segundográfico podemos perceber acomposição da renda desta propriedadequanto mais acentuada a linha maior serárepresentatividade percebe-se que aatividade tritícula nesta unidade deprodução apresenta uma leve inclinaçãoda reta demonstrando sua baixarepresentatividade na composição darenda.

Diante da competitividade domercado agrícola minha orientaçãocomo assistente técnico da Cotrisa euniversitário do curso de Gestão eDesenvolvimento Rural, para nosmanter na atividade agropecuária cadapropriedade deveria ter oacompanhamento para identificar osproblemas e corrigí-los com o objetivoter melhor aproveitamento dos meios deprodução (Terra, Mão-de-Obra eCapital ) disponíveis ao produtor.

Setembro/Outubro 20055

COTRISA

Objetivo é tornar o perfil nutricional do óleo desoja semelhante ao do azeite de oliva, de acordocom a líder global em nutrição da Monsanto, MaureenDirienzo. Além disso, a empresa também estádesenvolvendo variedades de soja e canolaenriquecidas com ômega-3

Pesquisas em novas tecnologias agrícolas vêmao encontro das recomendações nutricionaissugeridas por instituições como a OMS (OrganizaçãoMundial de Saúde) para reduzir o colesterol e auxiliarno combate às doenças cardiovasculares. Esse foi otema da palestra apresentada a diferentes públicospela nutricionista e líder global em Nutrição daMonsanto, Maureen Dirienzo, que esteve no Brasilem 22 e 23 setembro para participar II SimpósioInternacional Tendências e Inovações em Tecnologiade Óleos e Gorduras, promovido pela SociedadeBrasileira de Óleos e Gorduras.

Segundo a especialista, a crescenterecomendação dos órgãos de saúde internacionaispara que sejam reduzidos os índices de gordurasaturada e trans nos alimentos impulsionou aMonsanto a desenvolver tecnologias aplicadas àagricultura para gerar alimentos de maior valornutricional. O foco inicial da pesquisa com soja é aredução da gordura trans – responsável pelaformação do colesterol “ruim” (LDL) – e cujodesenvolvimento está dividido em três etapas.Paralelamente, a empresa está conduzindo estudos

Monsanto pesquisa variedades de sojacom foco na saúde cardiovascular

para a produção de fontes alternativas de óleos comômega-3 – substância capaz de abaixar o nível detriglicérides e colesterol no organismo.

O fruto da primeira fase do desenvolvimento devariedades de soja visando a saúde cardiovascular,por meio da redução de gordura trans, já estádisponível para os agricultores norte-americanosdesde o início de 2005. Trata-se da soja Vistive®,que conta com menos de 3% de ácido linolênico,enquanto a soja tradicional possui 8% da substância.Seu grão será utilizado como matéria-prima porindústrias de alimentos para a produção de biscoitos,margarinas e outros. Vale lembrar que o ácidolinolênico é o responsável pela formação da gorduratrans durante o processo de hidrogenação do óleo.

Produtos em desenvolvimento Ainda sob a marca Vistive®, a Monsanto está

trabalhando hoje nas outras duas etapas para odesenvolvimento de uma soja mais “saudável”, quemanterão os benefícios da variedade anterior: asegunda fase visa uma um óleo mais estável e poderáser usado como ingrediente efetivo na culinária e,como última etapa, prevista para 2011, a Monsantopretende lançar a soja Vistive® com baixo teor degordura saturada, com propriedades similares aoazeite de oliva.

Sobre o desenvolvimento de fontes alternativasde ômega-3, Maureen Dirienzo informou que as

pesquisas em biotecnologia já estão adiantadas paraa obtenção, no futuro, de óleos de soja e de canolaenriquecidos com enzimas que produzirão esse tipode gordura “saudável” dentro do grão. As pesquisasda Monsanto pretendem transformar os vegetaiscomuns na dieta diária em fontes ômega-3, substânciaatualmente encontrada em abundância em peixesmarinhos, alimento de difícil acesso em algumas regiõesdo mundo.

O princípio das pesquisas com a soja enriquecidacom ômega-3 é sintetizar o SDA (ácido estearidônico),substância com estabilidade similar ao ácidoalfalinolênico (ALA) – comumente encontrado no óleode soja - e com propriedade bio-ativa equivalente aosácidos EPA (ácido eicosapentanóico) e DHA (ácidodecosahexaenóico), presentes no ômega-3 encontradoem fontes animais.

Palestrante Maureen Dirienzo é líder global em Nutrição da

Monsanto, responsável pela direção das pesquisas comnovos produtos de maior valor nutricional. Possui vastaexperiência em avaliação de segurança de alimentos eregulamentação para novos produtos alimentícios,tendo trabalho por 16 anos nessa área. MaureenDirienzo é formada em Ciência Nutricional pelaUniversidade da Califórnia (EUA) e obteve seus títulosde mestrado e PhD pela Universidade de Minnesota,na mesma área.

Um recente estudo, realizado pelo professorde matemática da Universidade de Washington,Edward Spitznagel, e pelo diretor de pesquisas sobreo câncer da The Solae Company, professor Lin Yan,demonstra uma redução de 30% no risco dedesenvolvimento de câncer de próstata em homensque consomem regularmente alimentos à base de soja.O estudo foi feito com base na análise de oito estudos,publicados, com populações diferenciadas, queinvestigaram a relação entre o consumo de alimentosque contém proteína de soja e o câncer de próstata.

Cinco desses estudos foram conduzidos nosEUA e no Canadá e três, em países asiáticos.

As recentes constatações do estudo tornam-se ainda mais consistentes quando cruzadas comdados da ONU (Organização das Nações Unidas)sobre a relação entre fatores nutricionais e taxa demortalidade por problemas de próstata. Nestes dadosda ONU, são analisadas informações de 42 países ea conclusão é de que o consumo de soja estárelacionado a um índice de mortalidade por câncerde próstata expressivamente mais baixo. Tudo indicaque a proteção oferecida pela soja chega a ser quatrovezes maior do que a oferecida por qualquer outro

Consumo de proteína de soja podereduzir o risco de câncer de próstata

Estudo publicado no International Journal of Câncer demonstra que o consumo regular de alimentos ebebidas que contêm proteína de soja pode reduzir em até 30% o risco de câncer de próstata.

dos fatores dietéticos analisados. “O câncer de próstata é a segunda maior causa

de mortes relacionadas ao câncer em homens norte-americanos, ficando abaixo apenas do câncer depulmão,” afirma o Dr. Yan. “Uma dieta rica em proteínade soja pode contribuir para que a pessoa jamais venhaa ter que enfrentar essa doença mortal”, complementa.

O Hospital do Câncer, em São Paulo, revelaque o câncer de próstata acomete homens maduros,apresenta crescimento lento, com tempo de duplicaçãode 2 a 4 anos, o que pode levar o paciente a descobrirsua existência tardiamente. É imprescindível que ohomem, à partir dos 50 anos, comece a fazer testesperiodicamente.

A American Cancer Society (Sociedade norte-americana contra o Câncer) estima que em 2005 haverá232.090 novos casos de câncer de próstata e 30.350mortes por câncer de próstata nos Estados Unidos.No Brasil, segundo o Inca – Instituto Nacional deCâncer – o câncer de próstata, além de ser também osegundo tipo mais mortal (atrás do câncer de pulmão),prevê-se que 46.330 homens serão acometidos.

“Além de prevenir o câncer de próstata, outrosbenefícios da incorporação da proteína de soja à dieta

diária – como a manutenção geral da saúde, a reduçãodo colesterol e até mesmo a diminuição do risco dedesenvolvimento da diabete – estão pouco a poucose tornando conhecidos,” segundo o Dr. Yan. “Amaioria das pesquisas revela que a soja é muito maisdo que simplesmente um alimento saudável para ocoração.”

THE SOLAE COMPANY Baseada em St. Louis, Missouri, EUA, The

Solae Company é uma empresa dedicada aodesenvolvimento de tecnologias e pesquisa e aplicaçãoda proteína de soja. Ela atende a indústria alimentíciae de suplementos dietéticos, bem como distribuidorese consumidores em 100 países ao redor do mundo,incluindo Estados Unidos e Canadá, Europa, OrienteMédio, Ásia e América Latina.The Solae Company é uma aliança entre a Bunge e aDuPont Protein Technologies e há mais de 30 anosvem investindo na pesquisa dos benefícios da proteínade soja para a saúde. Pesquisadores em mais de 180universidades e centros de pesquisa usam os produtosproduzidos pela The Solae Company em estudos sobresoja.

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COTRISA

Propiciar aos associados o contato com novastecnologias e conscientizá-los das mudançasnecessárias para a sustentabilidade da agropecuária,principalmente no sentido de utilizar materiais genéticosadaptados à região, sementes de qualidade, protegere melhorar o solo através de plantas recuperadorasvisando um maior fornecimento de palha e nutrientes,bem como proporcionar uma redução nos custos deprodução e aumentar a produtividade foram osobjetivos da Cotrisa, com a realização do Dia deCampo das Culturas de Inverno, no Centro deAtividades Agrícolas e Florestais (CAAFC), no dia

Cotrisa apresenta novas tecnologias em d06 de outubro.Participaram das atividades 452 agricultoresassociados de todas as unidades divididos em doisturnos, manhã e tarde. Além das explanaçõesocorreram também demonstrações práticas.Na primeira estação, a cargo do agrônomo e vice-presidente da Cotrisa, Amando Dalla Rosa foramtratados assuntos relacionados ao meio-ambiente, queé uma das preocupações da cooperativa. Dalla Rosadestacou os caminhos da sustentabilidade, o Sistemade Plantio Direto na Palha (SPDP) e a readequaçãodas estradas (captadores de água da chuva) e a

importância da mata ciliar. Lembrou que osagricultores tem como alternativas de inverno, oazevém, aveia, nabo forrageiro e a ervilhaca, nacomposição da massa verde e que também produzemum perfil radicular para a recuperação física, químicae biológica do solo no Sistema de Plantio Direto naPalha.Na segunda estação, o agrônomo ZécarlosLibardoni demonstrou o manejo das pragas nasculturas de inverno, especialmente no trigo.Na terceira estação, foi abordado pelo técnicoagrícola responsável pelo CAAFC, Giordani André

Primeira Estação

Quarta EstaçãoTerceira Estação

Sexta EstaçãoQuinta Estação

Segunda Estação

Setembro/Outubro 20057

COTRISA

m dia de campo sobre culturas de invernoDezordi , o manejo da dessecação e plantas daninhas nacultura da soja, onde Giordani destacou os cuidados queo produtor precisa ter com os bicos e regulagem dopulverizador e o momento correto da aplicação para obtermaior eficiência com os produtos.Na quarta estação, o agrônomo Élvio Contri alertou osprodutores, da necessidade neste ano de fazer o tratamentoda semente de soja, por que a semente disponível é demuito pouca qualidade de germinação e vigor.Na quinta estação, o agrônomo Alexandre Voltztratou com os produtores o manejo das doenças nacultura do trigo. Chamou atenção para a importânciado controle das principais doenças como, oídio,ferrugem, mancha amarela e marrom, giberela eferrugem da folha uma vez que causam grande prejuízoas plantas. Falou também sobre as condiçõesfavoráveis para o surgimento destas doenças e o seu

controle.A sexta estação, foi sobre cultivares de trigo eprodução de sementes. O agrônomo Sérgio Sperottodemonstrou as principais variedades cultivadas naregião, bem como algumas novas linhagens emdiferentes situações como: com adubo e fungicida, comadubo e sem fungicida, sem adubo e sem fungicida esem adubo e com fungicida para avaliar o seuspotencias.Na sétima estação uma das novidades do Dia deCampo, foi o tema alimentação da pecuária leiteira. Oassunto foi abordado pelos veterinários Elvis Basso eAntônio César Pereira. Como a produção leiteira éuma excelente alternativa de aumentar a renda napequena e média propriedade, a Cotrisa está voltandoa fomentar a produção. Neste sentido os produtores,nesta estação, foram orientados sobre a importância

da boa alimentação e manejo do gado leiteiro paraaumentar a produção de leite e também redução decustos.Na oitava estação, o presidente Roberto Haasenfatizou que a Cotrisa busca em cada evento mostraras tecnologias compatíveis com a nossa realidade,objetivando sempre aumentar a produção e reduziros custos. Demonstrou também a preocupação comos preços dos produtos agrícolas e suacomercialização. “Em vista disso, nossa intenção ésempre auxiliar o associado que é a razão de ser dacooperativa”, completou o presidente.Na nova e última estação, coordenada pelo gerentedo setor de insumos, Adroaldo Rosa de Oliveira, osassociados presentes tiveram oportunidade de adquiririnsumos com preços especiais, especialmente para oplantio da próxima safra de soja.

Oitava EstaçãoSétima Estação Nona Estação

Setembro/Outubro 20058

COTRISA

Após nove anos de comercialização, as culturasderivadas da biotecnologia já apresentam um impactosignificativo e muito positivo na economia global e nomeio ambiente. Estas são as principais conclusões doestudo divulgado no dia 11 de outubro, em Londres:“Lavouras GM: Impactos Econômicos e Ambientaisno Brasil e no Mundo - Os Primeiros Nove Anos, de1996-2004” (“GM Crops: The Global Socio-Economic and Environmental Impact — The FirstNine Years 1996–2004”), pela PG Economics. “Desde 1996, o plantio de transgênicos temcontribuído para a redução da emissão de gasescausadores do efeito estufa e para a diminuição daspulverizações com pesticidas,” afirma GrahamBrookes, diretor da PG Economics, e um dos autoresdo estudo. “Além de ter melhorado a maneira comoagricultores de 18 países produzem alimentos, raçõese fibras, o cultivo de plantas transgênicas reduziu em14% a área afetada por agroquímicos. O estudoapresenta a primeira avaliação global quantificável doimpacto da produção de plantas geneticamentemodificadas”, afirma o economista. O trabalho apontou também que o cultivo detransgênicos contribuiu para reduzir, de maneirasignificativa, a emissão de gases causadores do efeitoestufa, com a substituição das práticas agrícolas. Issose dá em função da redução no uso de combustível -cerca de 1,8 bilhão de litros nos últimos nove anos -

Plantio de transgênicos reduz a utilização de inseticidase reduz os gases causadores do efeito estufa

O cultivo dessas plantas gera rendimentos adicionais para a agricultura mundial da ordem de US$27,5 bilhõesdo seqüestro adicional de carbono em função daaragem reduzida e de melhores práticas de plantiodireto associadas às lavouras transgênicas. Em 2004,essa redução foi equivalente à eliminação de mais de10 bilhões de kg de dióxido de carbono da atmosferaou a tirar 5 milhões de carros — um quinto dosautomóveis registrados no Reino Unido — das ruaspor um ano. Desde 1996, o plantio de transgênicos reduziu em 6%o volume de pulverização de agroquímicos em nívelmundial, o equivalente a um decréscimo de 172,5milhões de kg, o que representa eliminar 1.514 vagõesde trem de ingredientes ativos de pesticidas. Osmaiores ganhos ambientais observados em função daredução da pulverização de pesticidas foramobservados nas culturas de soja e algodão, quereduziram a área afetada no meio ambiente em 19% e17%, respectivamente. A economia obtida, em 2004,em razão do uso reduzido de agroquímicos equivale acerca de 1/3 do total de ingredientes ativos dessesprodutos usados nas culturas aráveis da Europa. De acordo com o estudo, nações industrializadas comoos Estados Unidos e o Canadá, bem como naçõesem desenvolvimento, como a China, África do Sul eArgentina, observaram as maiores reduções noimpacto ambiental da produção das lavouras. “Omundo, hoje, está cada vez mais voltado para anecessidade da redução da emissão de gasescausadores do efeito estufa; o cultivo de transgênicosjá se apresenta como uma contribuição positivaimportante para alcançarmos tal objetivo”, afirmaBrookes. Benefícios econômicos Além dos ganhos ambientais advindos com as lavourastransgênicas, são registrados também benefícioseconômicos substanciais no âmbito agrícola. Desde1996, os rendimentos agrícolas globais aumentaram,chegando a um total acumulado de US$ 27 bilhões,resultado da combinação de uma produtividade

melhorada e de ganhos em eficiência. Esse aumentonos rendimentos agrícolas equivale a adicionar de 3 a4% ao valor da produção global das quatro principaislavouras transgênicas. O cultivo de soja tolerante aherbicida proporcionou os maiores ganhos, chegandoa mais de US$ 17 bilhões de aumento nos rendimentos,enquanto produtores de algodão transgênicomelhoraram suas rendas em até US$ 6,5 bilhões, nosúltimos nove anos. Agricultores dos Estados Unidos e da Argentinaobtiveram os melhores resultados, ganhando,aproximadamente, US$ 10 bilhões, nos últimos noveanos, enquanto produtores na China tiveram umaumento de rendimentos na ordem de US$ 4 bilhõesplantando algodão transgênico. Além dos benefícios mensuráveis, ganhos indiretosvaliosos, que são mais difíceis de quantificar, podemser creditados à adoção do plantio de transgênicos.Incluem-se aqui uma flexibilidade maior degerenciamento - o que facilita a redução de práticasde aragem do solo - a redução de riscos de produçãoe a melhora na qualidade das lavouras. “Atualmente, a União Européia está deixando deusufruir desses benefícios ambientais e econômicos.Como cidadão europeu, acho difícil entender por queestamos negando, a nós mesmos, uma oportunidadeclara de melhorar nosso meio ambiente e de melhoraros rendimentos e a eficiência do nosso setor agrícola”,declara Brookes. Mais de 8,25 milhões de fazendeiros,em 18 países do mundo, adotaram o cultivo detransgênicos, e 90% deles são produtores comrecursos escassos, que estão em países emdesenvolvimento.O estudo completo A PG Economics é uma empresa de consultoriaindependente especializada no impacto econômico eambiental de tecnologias na agricultura. Um manuscritocompleto do relatório está disponível no sitewww.pgeconomics.co.uk.

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COTRISA

No último dia 28, foi concluído o Projeto Escola noCampo 2005 no município de Vitória das Missões, oevento contou com as presenças do prefeito ÊnioCarvalho, vereadores, da secretária municipal deEducação, Sônia Berwin, do vice-presidente daCotrisa, agrônomo Amando Dalla Rosa, dorepresentante de vendas da Syngenta, André LuizBundt, do gerente da unidade da cooperativa,Armando Marczewski, diretores das escolas, alunose pais..Na cerimônia, as autoridades manifestaram-se,destacando a importância do projeto naconscientização dos alunos, pais e comunidade emgeral, quanto a preservação da natureza e os cuidadosque todos devem ter com a aplicação de agrotóxicos,da necessidade de sua utilização, o que é justamenteo grande objetivo da Syngenta que idealizou o projeto.Os alunos dos quatro educandários participantes do

Projeto Escola no Campo foiconcluído em Vitória das Missões

projeto Escola Municipal de Ensino FundamentalRoque Gonzales, Escola Municipal de Ensino MédioJoaquim Rolim de Moura, Escola Municipal de EnsinoFundamental São João Batista e Escola.Estadual deEnsino Médio Nossa Senhora do Perpétuo Socorroparticiparam de apresentações artísticas e culturais,enfocando os temas trabalhados com o materialfornecido pela Syngenta. Houve também, a premiaçãodos alunos que apresentaram as três melhores frasese desenhos, e os quatro relatórios dos professores.As melhores frases foram produzidas pelos alunosFernanda da Silva (9 anos), 4ª série, da EscolaJoaquim Rolim de Moura, Taciana Ribeiro de Cândido(12 anos), 5ª série, da Escola Municipal RoqueGonzales, da localidade de Esquina Redin, RenanSantos Moura (10 anos), 4ª série da Escola NossaSenhora do Perpétuo Socorro.Os melhores desenhos foram produzidos pelos alunos

Diúlia Cristina Colpo Copetti (10 anos), da EscolaNossa Senhora do Perpétuo Socorro, Evandro Borges(10 anos), 4ª série, da Escola Joaquim Rolim de Mourae Maria de Fátima Goulart Fillipin (11 anos), 5ª série,da Escola São João Batista.

Avaliação dos trabalhos na Smed Representante da Syngenta fazendo seu pronunciamentoAlunos e diretores recebendo a premiação

Grande número de alunos presentes no ato

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COTRISA

O Projeto Afluências, promovido pela prefeitura deEntre-Ijuís em parceria com a Academia Santo-angelense de Letras, é realizado em três etapas: OAcampamento da Poesia, o Recital da Poesia e asSessões de Autores Presentes.

No dia 28 de setembro, os alunos da EscolaMunicipal de Ensino Fundamental Antônio Cortez deEsquina Boa Vista, tiveram uma oportunidade ímpar,com uma Sessão de Autores Presentes dentre os quaisClaudino de Lucca, Francisco Carneiro Neto, OtávioGeraldo Reichert e a poetisa Nilza Goulart Mousquer.

Eles encantaram as crianças e adultos.Donos

Alunos da Escola Antônio Cortesparticipam do Projeto Afluências

de imensa sensibilidade conseguiram mostrar a essênciado ser humano: o lado emocional e poético que todostemos em nós, independentemente da idade, sexo ouprofissão que exercemos e que, às vezes é ofuscadoem nós pelas exigências da vida ou mesmo porinsegurança.

O grupo foi recepcionado pelos alunos que ossaudaram com poesias no salão da comunidade SantaInês, contando com uma mostra dos trabalhosconfeccionados pelos estudantes. Prestigiaram a icasião,a equipe pedagógica da Smec, direção e professores daEscola Municipal de Ensino Fundamental professoraMaria Antonia Uggeri Pizzeta. Ao meio dia foi servidoum almoço comunitário.

À tarde realizou-se a 1ª Conferência do MeioAmbiente, quando foi apresentada a caminhada que aescola vem realizando em relação ao tema, sendo queneste ano de 2005 concretizou-se a formação daCOM-VIDA (Comissão do Meio Ambiente eQualidade de Vida) integrada pelos alunos AndresaMenegol, Ana Paula Schaurich, Tatiane Almeida,Charles Plain e Jean Jardim todos da 5ª série,orientados pela professora Maria Elisabeth Josviack.No encontro apresentaram os objetivos e as açõespropostas.. Os alunos Dionathan Krupp e Cristiane da

Silva encenaram uma pequena peça intitulada Árvoredos Sonhos, onde as pedras significavam asdificuldades enfrentadas, o tronco se constituía emações e as folhas em resultados positivos quealmejamos.

Após, Nery Vier, assessor de comunicação daCotrisa, fez uma explanação do trabalho realizado pelacooperativa e que vem de encontro ao tema abordado.Também o agrônomo e vice-presidente da cooperativa,.Amando Dalla Rosa proferiu palestra enfocando a“Motivação para a preservação ambiental, cooperaçãoe qualidade de vida com eco-atitudes. A professora EliDutra, coordenadora do programa A União faz a Vida,pela URI, enfatizou a importância das ações propostas..Participaram da Conferência Paulo Schnorrenberger,gerente da Unidade da Cotrisa de Entre-Ijuís, DiegoMoraes Garcia, gerente do Sicredi, vereador MauriKrupp, Lucas Almeida, técnico em agropecuária, e derepresentantes de diversas entidades cujo trabalho seafinam com o tema abordado, inclusive com umacomissão do COODEMA - Cooperativa dos Defensoresdo Meio Ambiente da Escola Municipal de EnsinoFundamental São Paulo, juntamente com a direção eprofessores,. pais e comunidade também se fizerampresentes.

Setembro sempre será um mês especial para todosos sócios, colaboradores e parceiros da ARFOM. Poiscomemoramos a semana da árvore que estáintrinsecamente ligada a Associação. A árvore é a razãode ser da ARFOM.

No dia 19 de setembro foi realizado um plantiosimbólico para marcar o aniversário da ARFOM. Oplantio de uma muda de pau-brasil simbolizou a árvorede número 6 milhões. O pau-brasil foi escolhidojustamente porque é a árvore que deu o nome ao nossopaís.

No dia 25 do mês de julho deste ano completamos15 anos de fundação da ARFOM que nasceu em umareunião realizada na ACISA e teve 29 participantes decinco municípios. Por uma dessas coincidências, aARFOM foi fundada justamente no dia do Colono e doMotorista.

A idéia que nasceu há 15 anos, atualmente é umexemplo de trabalho e dedicação em prol do meioambiente.

A ARFOM é uma associação que reúneagricultores, consumidores de matéria prima florestale outros entusiastas tendo como objetivo principalincentivar o reflorestamento.

SEIS MILHÕES DE MOTIVOS PARA COMEMORARSua missão é o buscar o desenvolvimento sustentável

em seus aspectos ambientais, econômicos, sociais,políticos e institucionais propiciando uma melhorqualidade de vida.

Incentivar o reflorestamento em uma regiãoessencialmente agrícola não é uma tarefa das maisfáceis. O retorno de uma floresta plantada começa apartir dos 4-5 anos. O tempo de colheita é bem maislongo do que a safra de soja e milho.

Há 40-50 anos ocorreu um desmatamento aceleradoem todo noroeste do estado para expansão de áreasagrícolas. Esse desmatamento desordenado trouxevárias conseqüências negativas, porque não foiacompanhado de um programa de recuperação florestalpara manter o equilíbrio ambiental. Prova disso, é que anossa região é hoje a que possui menor coberturaflorestal e uma das mais pobres do Estado.

A ARFOM procura modificar esta realidadeincentivando o plantio de árvores, principalmente comfinalidade econômica.

Atualmente os reflorestamentos apoiados daARFOM estão presentes em 18 municípios da região,abrangendo uma área de 2.400 ha. Neste 15 anos foramdistribuídas 6 milhões de mudas beneficiando 3.731famílias rurais.

A importância deste programa de fomento édemonstrada pela sua capilaridade. Plantar 6 milhõesde mudas em duas ou três propriedades é uma coisa.Bem diferente é plantar 6 milhões de árvores em quasequatro mil propriedades. Esse é o ponto que eu queriadestacar na comemoração dos 15 anos.

O programa da ARFOM é principalmente umprograma de florestas sociais. Porque beneficia milharesde famílias rurais e incentiva o plantio de pequenas áreas.

O fomento florestal é uma forma inteligente deoferecer a pequenos e médios produtores rurais aoportunidade de plantar florestas e, assim, complementarsuas outras atividades. A prática vem se estabelecendo

como uma verdadeira “poupança verde” no meio rural,graças à possibilidade de geração de um fluxo de rendacontínuo aos pequenos empreendedores, auxiliando nasustentabilidade da propriedade familiar. Além disso,garante madeira para as necessidades da propriedaderural.

A ARFOM que surgiu como uma idéia passou váriosproblemas, o principal foi a mudança da legislação queextinguiu a reposição florestal obrigatória (em 2002) ecom isso acabou com a sua única fonte de receita.

Um dos avanços mais importantes da associação,ocorreu este ano com o início da produção de mudasem tubetes. Em 2005 foram produzidas 70.000 mudasde eucalipto em tubetes. A nossa meta para 2006 éproduzir somente mudas em tubetes.

Sempre que nos deslocamos para Guarani dasMissões ou Cerro Largo, observamos os eucaliptos daárea de Vilmar Cargnelutti. Ela fica situada na BR 392,perto da localidade de Cristo Rei. Há 15 anos aquelaárea era uma grande barroca, hoje é uma floresta deeucalipto. O que antes era uma área inaproveitável ecom sérios problemas de erosão, hoje está reflorestada.

Este é um exemplo que ilustra como nos sentimoscom mais esse aniversário da ARFOM.

Só planta quem tem esperanças. Se isso é verdade,esta é uma grande demonstração de esperança. Seismilhões de árvores ou seis milhões de motivos paraplantar. Tanto faz. Até porque, cada árvore é sempreum bom motivo. Até pra comemorar.

Estamos todos de parabéns por mais um ano de vida,de trabalho e de serviços prestados. Agradecemos atodas as empresas que nos apoiaram financeiramente ea cada entidade parceira. Sem esse apoio, nós nãoteríamos alcançado esses resultados. Obrigado peladedicação e participação de cada um.

Nelson Lopes de Almeida - Eng. FlorestalCoordenador Técnico da ARFOM

Alunos da Escola Antônio Cortes

Plantio simbólico de uma árvore marcou oaniversário da ARFOM

Setembro/Outubro 200511

COTRISA

Qualquer pessoa de bom senso nãopode duvidar que a preservação domato nativo e do banhado sãoimportantes para o equilíbrio do meioambiente. E, naturalmente, proporcionauma melhor condição de vida aoshumanos. A questão é quem paga aconta.As colocações que estamos fazendoaqui não são as de defender açõesdestruidoras da natureza, da qual nóse futuras gerações dependem parasobreviver na face da terra, mas simrefletirmos sobre parte da legislaçãopertinente ao caso e a sua colocaçãoem prática.Para justificar o nosso ponto de vista,fazemos a seguinte pergunta: vocêcompraria uma área de terra, compostaem sua totalidade, de mato nativo ebanhado? Certamente a resposta serianão. Por quê?A Constituição Federal de 1988, TítuloVIII, que trata Da Ordem Social,Capítulo VI, “caput” do art. 225 diz:Todos têm direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado, bem deuso comum do povo e essencial aqualidade de vida, impondo-se aopoder público e a coletividade o deverde defendê-lo e preservá-lo para aspresentes e futuras gerações.Com base na premissa da ConstituiçãoFederal outras leis, federais e estaduais,foram criadas com o objetivo dedefender o meio ambiente. Mas vamosnos deter na lei número 9.605 de 13-

PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.QUEM PAGA A CONTA?

a combustão, além de ser o refúgio oua casa, como queiram, de inúmerasespécies da fauna. Isto para salientaralgumas de suas utilidades. O banhado,encharcado de água, regula o seuabastecimento nos riachos e rios, emperíodos de seca. Dá vida a minhocas,sapos, rãs e tantos outros quedispensam comentário, inclusivepredadores de insetos, diminuindo suapresença na atmosfera. Então, devemser preservados? Nos parece que aresposta é sim. Mas por quem? Aresposta é por todos.Se é verdade que o meio ambienteecologicamente equilibrado, como diza Constituição Federal, é um direito detodos e de uso comum do povo,também é verdade que ele deve sersustentado por todos.O agricultor não pode ser tratado comovilão, mas sim como herói. As áreas quedevem ser preservadas têm de serremuneradas pelo poder público, como

02-98, por entendermos ser o principalalicerce para os órgãos de fiscalização epunição dos chamados crimesambientais. Segundo a referida lei oscrimes ambientais são classificados em:crimes contra a fauna, crimes contra aflora, da poluição e outros crimesambientais, contra o ordenamento urbanoe o patrimônio cultural e os crimes contraa administração ambiental. Comopodemos ver, sua abrangência é ampla.Mas, nosso comentário restringe-se aoscrimes contra a flora, não podendo serignorado que, por extensão acaba,também, atingindo a fauna.As penas aos agentes causadores variamdesde: a restrição de direitos, multas(tendo como valor menor um saláriomínimo e como valor máximo trezentose sessenta salários mínimos), privação daliberdade (cadeia), com atenuantes eagravantes, segundo a apuração dosfatos.Pode-se verificar que a lei é altamenterepressiva. Mas para quem? Para quempreservou o mato nativo e o banhado.Este viu, no decorrer do tempo, seupatrimônio perder o valor econômico.Um hectare de terra em nossa região temo valor entre 200 a 250 sacas de soja.Este valor convertido em R$ e aplicadona poupança, a uma taxa de juro de 6%ao ano, rende em torno de 12 a 15 sacasde soja anualmente.Sabe-se que a floresta faz a troca docarbono pelo oxigênio, processoindispensável para a vida humana e para

se plantadas fossem. Todos pagamtributos ao poder público e este deve darprioridade ao interesse comum e nãorepassar a conta a uma parcela dapopulação. Só assim, todos arcarão como custo do meio ambiente e, não menosde 20% da população brasileirarepresentada pelo homem do campo.Imaginem um pequeno agricultor quepossui uma área de terras de 5 ou 6hectares e 50% de sua propriedadecomposta de mato nativo e banhado.Impor a ele o dever de preservar metadede sua área assim como a natureza lheentregou é humanamente impossível.Como ele vai sustentar-se, juntamentecom sua família?O Estado, no sentido da palavra comonação política e juridicamenteorganizada, precisa ser menos repressivoe mais participativo. Só assim poderemosao longo do tempo reorganizar aquilo queem pouco tempo foi desorganizado. OMeio Ambiente.

Elvino WalterAgricultor e Bacharel em Direito

A Direção da Cotrisa, através de seu presidente,Roberto Haas e do vice-presidente Amando Dalla Rosaparticiparam dos atos inaugurais da 6ª FEICAT queaconteceu no município de Catuipe de 9 a 11 desetembro 2005.

COTRISA teve presença destacadana 6ª FEICAT em Catuípe

A Cotrisa Unidade de Catuípe montou um espaçonos pavilhões interno da feira com objetivo de mostraraos visitantes o 5º Show de Prêmios da área de varejo,os produtos Cotrisa da área de agroindústria e atravésde baners demonstrar a estrutura de recebimento.

No dia 10 de setembro, os colaboradores da Cotrisaparticiparam do desfile com as viaturas da unidade, Showde Prêmios e o caminhão (carreta) emplacado emCatuípe.

Estande da Cotrisa recebendo visita de autoridades na 6º FEICAT Cotrisa participou do desfile da 6º FEICAT

Setembro/Outubro 200512

COTRISA

A Importância do Tratamento de Sementes de SojaO tratamento de sementes de soja aumenta a

germinação? Esta é uma pergunta feita por muitosagricultores. Resposta: o tratamento em si não aumentao poder germinativo de uma semente, apenas asseguraseu potencial, protegendo-a, principalmente, contrafungos e pragas. Desta maneira, a semente podeexpressar seu potencial, resultando numa lavoura commelhor índice de germinação e vigor, garantindo umaboa densidade e stand, evitando possíveis problemas dereplantio. Cabe aqui diferenciar densidade e stand:densidade é o número de sementes ou plantas por área,no caso usamos ha, e stand é a distribuição uniformedestas plantas na mesma área. Uma lavoura com bomstand, significa que a emergência foi distribuídauniformemente, dentro de uma densidade desejada, sempartes “ralas ou povoadas”.

O tratamento de semente inclui fungicidas einseticidas, podendo ainda ser adicionado micronutriente.

Os fungicidas protegem contra odesenvolvimento de fungos presentes na semente, bemcomo fungos de solo, que ocasionam a deterioração dasemente, reduzindo o poder germinativo.

Os inseticidas protegem contra insetos e outraspragas, em seus variados estágios, que provocam danosà semente, durante a emergência, na fase de plântulaou desenvolvimento inicial. Além disso, algunsinseticidas, além de controlar pragas, ainda atuam nabioquímica e fisiologia da planta – mecanismo aindasendo estudado pela pesquisa, conferindo à planta ummaior enraizamento e desenvolvimento inicial, que setraduz em maior produtividade.

Polímeros: a indústria química, nos últimos anos,teve um grande avanço, e na área de sementes,contamos hoje com produtos de última geração, atravésde polímeros, resinas e pigmentos que conferem altopoder de adesão, capacidade de distribuição erecobrimento da semente, garantindo maior eficiência

dos produtos utilizados para o tratamento. Porém, sóuse produtos testados e recomendados pela pesquisa.Permitem o tratamento antecipado, sem perda daeficiência, e ainda contribuem para a proteção duranteo armazenamento. O tratamento da semente, ultimamente, tornou-se prática obrigatória, devido aos fungos presentes nasemente, por ocasião da colheita ou no armazenamento,e fungos de solo, que com condições ambientaisfavoráveis podem reproduzir-se e afetar a germinaçãoda semente, como também pela presença de pragas quetem surgido nos últimos anos. Com a estiagem ocorridana região na última safra, a semente obtida apresentauma série de fatores que também podem influenciar aqualidade.

Para cada situação haverá um tratamento quemelhor se adapte as necessidades da lavoura, o qualpoderá ser indicado pela Assistência Técnica da suaunidade. SEMENTE PRODUZIDA COM ESTIAGEM

Além do dano mecânico – sementes trincadas,a semente obtida na situação de estiagem, commaturação forçada, tende a apresentar grãos comdiferentes teores de umidade, podendo levar àdeterioração durante o armazenamento, econseqüentemente, problemas na germinação.

Presença de grãos esverdeados: por nãocompletar devidamente o seu desenvolvimento, asemente esverdeada retém clorofila e tem reduzido seupoder germinativo e vigor.

Tamanho do grão: segundo pesquisa daEmbrapa, para semente de soja produzida em situaçãode estiagem na fase de enchimento de grão, quantomaior for a semente, melhor será sua produtividade.Em situação normal, praticamente não há diferença depotencial entre os tamanhos de semente, para a maioriadas culturas, com exceção da aveia branca, em que as

sementes maiores tem maior potencial.CUIDADOS NO TRATAMENTO Preparo da calda: ver a dose correta dos produtos e acompatibilidade da mistura; regular a máquina detratamento; usar um volume de calda suficiente paraque recubra toda a semente, com distribuição uniformesobre o grão. A INOCULAÇÃO

O uso de inoculante na semente tem por objetivoa fixação biológica do nitrogênio (FBN), pela associaçãode bactéria (rizobium) com as raízes da soja. Emboraexistam bactérias de vida livre no solo, que tambémfixam N, a pesquisa desenvolveu e selecionou estirpesque se diferenciam pela maior capacidade de FBN. Estaseleção de bactérias, inclusive, é um dos grandessucessos da pesquisa agrícola brasileira. Como ainoculação tornou-se uma prática meio esquecida pelosprodutores, o avanço na composição das formulações,tipo líquido ou gel, tem facilitado a operação deinoculação. Assim, mesmo que a soja seja cultivada hávários anos na mesma área, a introdução de novasestirpes, através da inoculação, tem apresentado ganhosde rendimento.

Hoje, a inoculação ainda deve ser feita nomesmo dia do plantio, e após o tratamento com os demaisprodutos: fungicidas, inseticidas e micronutrientes. LEMBRETE

As tecnologias existem, para proporcionar maiorretorno econômico na atividade agrícola, e estão àdisposição de todo produtor. O tratamento de semente,aliado a outras tecnologias, consiste na busca de umstand ideal para alcançar-se uma boa produtividade. Esomente com uma boa produtividade é que poderemossair da crise.

Sérgio Luiz Sperotto - Engenheiro AgrônomoEspecialista em Ciência e Tecnologia de Sementes

DETEC – Unidade de Coimbra