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DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano II – nº 32 – Porto Alegre, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Expediente SPLE Nro 19/2007 Secretaria do Plenário, Corte Especial e Seções AUTOS COM DESPACHO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2003.04.01.040819-9/RS RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER IMPETRANTE : CRISTOV BECKER e outros ADVOGADO : Cristov Becker e outros IMPETRADO : DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4A REGIAO INTERESSADO : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes DESPACHO Arquivem-se os autos, com baixa na distribuição. Porto Alegre, 31 de janeiro de 2007. MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2007.04.00.000935-6/RS RELATOR : Des. Federal ÉLCIO PINHEIRO DE CASTRO IMPETRANTE : PATRICIO MARCHETTI ADVOGADO : Luiz Alberto Froner da Silveira e outros IMPETRADO : DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4A REGIAO DESPACHO Cuida-se de ação mandamental ajuizada por Patrício Marchetti, objetivando concessão liminar da ordem, em síntese, para que seja determinada a suspensão parcial do Edital de Concurso Público nº 04/2006 deste Tribunal, em relação ao cargo de Analista Judiciário/Área Judiciária/Execução de mandados, reservando-se para o Impetrante, na condição de candidato portador de deficiência, uma das duas vagas ofertadas. DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4º REGIÃO 1 / 1510

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DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno II n 32 Porto Alegre, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

PUBLICAES JUDICIAIS

SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEES

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOExpediente SPLE Nro 19/2007

Secretaria do Plenrio, Corte Especial e Sees

AUTOS COM DESPACHOMANDADO DE SEGURANA N 2003.04.01.040819-9/RS

RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER

IMPETRANTE : CRISTOV BECKER e outros

ADVOGADO : Cristov Becker e outros

IMPETRADO :DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA

4A REGIAO

INTERESSADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes

DESPACHO

Arquivem-se os autos, com baixa na distribuio.

Porto Alegre, 31 de janeiro de 2007.

MANDADO DE SEGURANA N 2007.04.00.000935-6/RS

RELATOR : Des. Federal LCIO PINHEIRO DE CASTRO

IMPETRANTE : PATRICIO MARCHETTI

ADVOGADO : Luiz Alberto Froner da Silveira e outros

IMPETRADO :DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA

4A REGIAO

DESPACHO

Cuida-se de ao mandamental ajuizada por Patrcio Marchetti, objetivando concesso liminar da ordem, em sntese, para que seja

determinada a suspenso parcial do Edital de Concurso Pblico n 04/2006 deste Tribunal, em relao ao cargo de Analista

Judicirio/rea Judiciria/Execuo de mandados, reservando-se para o Impetrante, na condio de candidato portador de

deficincia, uma das duas vagas ofertadas.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 1 / 1510

http://www.trf4.gov.br/

Prestadas informaes pela ilustre Desa. Federal Presidente desta Corte, retornaram os autos.

Consta da documentao juntada, o seguinte dispositivo, extrado do edital do certame (fl. 87):

"8. As pessoas portadoras de deficincia, resguardadas as condies previstas no Decreto Federal n 3.298/99, particularmente em

seu art. 40, participaro do concurso em igualdade com os demais candidatos, no que se refere ao contedo das provas, avaliao e

aos critrios de aprovao, ao dia, horrio e local de aplicao das provas (...)"

Consoante se observa do comprovante da fl. 28, PATRCIO j efetuou sua inscrio no concurso, cujas provas realizar-se-o, para

candidatos portadores de necessidades especiais, em conjunto com os demais concorrentes.

Assim, verifica-se inexistir perigo de dano irreparvel, porquanto persiste o dever do Impetrante prestar os exames na data aprazada

no edital.

Com efeito, tendo em conta o prazo de durao do guerreado concurso pblico, no h cogitar em risco de ineficcia da ordem

postulada caso seja concedida somente ao final, devendo-se levar em considerao, ademais, a tramitao clere do writ (Lei

1.533/51). Portanto, melhor anlise sobre o mrito do pedido dever ser procedida, de forma colegiada, pela Corte Especial.

Nesse contexto, frente ausncia de um dos requisitos legais para a medida emergencial pleiteada, qual seja, o periculum in mora,

indefiro a liminar. J tendo sido prestadas informaes, abra-se vista dos autos douta Procuradoria Regional da Repblica.Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 05 de fevereiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2001.04.01.075212-6/SC

RELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

AUTOR : FRANCISCA CARDOZA DIAS

ADVOGADO : Joao Carlos Santin e outro

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Patricia Helena Bonzanini

DESPACHO

Diante do trnsito em julgado do acrdo, requeiram as partes, no prazo comum de dez dias, o que entenderem de direito.

No silncio, d-se baixa na distribuio e arquive-se.

Intimem-se.

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2002.04.01.019122-4/RS

RELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

AUTOR : ALICE COLOMBO MARTINS TITONI

ADVOGADO : Decio Scaravaglioni e outros

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Mariana Gomes de Castilhos

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 2 / 1510

http://www.trf4.gov.br/

DESPACHO

Diante do trnsito em julgado do acrdo, requeiram as partes, no prazo comum de dez dias, o que entenderem de direito.

No silncio, d-se baixa na distribuio e arquive-se.

Intimem-se.

Porto Alegre, 31 de janeiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2003.04.01.008682-2/RS

RELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

AUTOR : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Mariana Gomes de Castilhos

REU : ARIOSTO BRAGA PAIM e outros

ADVOGADO : Jose Bernardo de Medeiros Neto e outro

REU : ARTHEMIO ALOYSIO MACIEL VIANNA

DESPACHO

Diante do trnsito em julgado do acrdo, requeiram as partes, no prazo comum de dez dias, o que entenderem de direito.

No silncio, d-se baixa na distribuio e arquive-se.

Intimem-se.

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2003.04.01.021610-9/RS

RELATOR : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA

AUTOR : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Mariana Gomes de Castilhos

REU : CLAUDIO PIFFER e outros

ADVOGADO : Guilherme Pfeifer Portanova e outros

REU : IRIA SIBILLA KOCH e outro

DESPACHO

Controverte-se acerca da inconstitucionalidade reconhecida pela deciso rescindenda, quanto expresso "nominal" inserta no art.

20, I da lei 8.880/94, que determinou a converso do valor dos benefcios previdencirios em manuteno pela unidade real de valor

- URV.

Prefacialmente, verifica-se que o acrdo da 5 Turma deste Tribunal transitou em julgado em 07 de novembro de 2001 (fl. 75) e a

lide rescisria restou aforada em 23 de maio de 2003 (fl. 02), dentro do binio legal previsto no art. 495 do CPC.

Ainda, em sede preambular, defiro o pedido de assistncia judiciria gratuita postulado pelos demandados, uma vez que " suficiente

a simples afirmao do estado de pobreza para obteno do benefcio" (STJ, Resp 475.268/RS, 6 Turma, Rel. Min. Fernando

Gonalves, DJ 10-3-2003), excetuando os rus Iria Sibilla Koch e Longino Spohn, os quais no apresentaram contestao, embora

regularmente citados, devendo quanto a eles ser observado o disposto no art. 322 do CPC.

Outrossim, no havendo nada a sanear no feito e tratando-se de matria predominantemente de direito, declaro encerrada a instruo,

dispensadas as razes finais.

Intimem-se.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 3 / 1510

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Decorrido o prazo de intimao, remetam-se os autos ao MPF.

Porto Alegre, 30 de janeiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2005.04.01.027052-6/RS

RELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

AUTOR : GERALDO ODILON HORN

ADVOGADO : Guilherme Pfeifer Portanova e outros

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DESPACHO

Sobre a contestao, diga o autor no prazo legal.

Intime-se. Publique-se.

Porto Alegre, 26 de janeiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2006.04.00.007374-1/RS

RELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

AUTOR : ZAQUEU SUTIL DE OLIVEIRA

ADVOGADO : Zaqueu Sutil de Oliveira

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DESPACHO

Intime-se o Autor para manifestar-se acerca da certido de fl. 221. Prazo: 10 (dez) dias.

Porto Alegre, 26 de janeiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2006.04.00.013097-9/RS

RELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

AUTOR : CLAUZI PEDRO GUERINI

ADVOGADO : Guilherme Pfeifer Portanova e outros

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DESPACHO

Sobre a contestao, diga o autor no prazo legal.

Intime-se. Publique-se.

Porto Alegre, 26 de janeiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2006.04.00.020279-6/SC

RELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

AUTOR : ILSE HASSMANN CARMINATI

ADVOGADO : Osmar Peron Junior e outros

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DESPACHO

Sobre a contestao, diga o autor no prazo legal.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 4 / 1510

http://www.trf4.gov.br/

Intime-se. Publique-se.

Porto Alegre, 26 de janeiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2006.04.00.025339-1/RS

RELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

AUTOR : NATALIA VERGINIA MOREIRA COGO

ADVOGADO : Zaqueu Sutil de Oliveira e outros

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DESPACHO

Sobre a contestao, diga o autor no prazo legal.

Intime-se. Publique-se.

Porto Alegre, 26 de janeiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2006.04.00.027076-5/RS

RELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

AUTOR : MARIA GODOY WEILER

ADVOGADO : Candida Anunciacao Aurelio de Souza Freitas e outro

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DESPACHO

Sobre a contestao, diga o autor no prazo legal.

Intime-se. Publique-se.

Porto Alegre, 26 de janeiro de 2007.

AO RESCISRIA N 2006.04.00.031006-4/RS

RELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

AUTOR : CRISTINA SEHBE FEDRIZZI

: MARTHA SEHBE GOLIN

ADVOGADO : Claudio Sehbe Fichtner

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DESPACHO

Intime-se a parte autora para que, no prazo de 10 (dez) dias, emende a petio inicial, regularizando sua representao processual

com a juntada de procurao original e especfica para o ajuizamento da presente ao rescisria, bem como de cpia da ao

rescindenda, sob pena de indeferimento (art. 37 c/c art. 284 caput e pargrafo nico).

Aps, voltem conclusos.

Porto Alegre, 26 de janeiro de 2007.

SECRETARIA DA 1 TURMA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 5 / 1510

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOExpediente Nro 17/2007

Secretaria da Primeira Turma

00001 APELAO CVEL N 2001.71.13.001632-6/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Patricia Helena Bonzanini

APELANTE : POLITORNO MOVEIS LTDA/

ADVOGADO : Priscila Sackser Gomes

: Jorge Fernando Costa Di Giorgio

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUZO SUBSTITUTO DA VF e JEF CRIMINAL DE BENTO GONALVES

DESPACHO

Intime-se o INSS para que, em 10 (dez) dias, se manifeste sobre o pedido formulado s fls. 144.

Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00002 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2004.04.01.036714-1/PR

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Clovis Juarez Kemmerich

AGRAVADO : ARTELESTE CONSTRUCOES LTDA/

ADVOGADO : Soraya dos Santos Pereira

DECISO

Insurge-se o INSS contra deciso proferida nos autos do Mandado de Segurana n. 2004.70.00.023972-7/PR, deferitria de liminar

no sentido de obrigar a impetrada a expedir CND ou CPD-EN.

Historia que apurou, por rebatimento, diferenas entre os valores declarados nas GFIPs referentes s competncias 10 e 11/02, 05 e

07/03 e 01, 02 e 03/04 e os efetivamente recolhidos. Escora sua pretenso na desnecessidade de proceder ao lanamento das

diferenas encontradas, porquanto, com o autolanamento, estavam os crditos repletos de exigibilidade.

Decido.

Verificada a supervenincia de sentena nos autos da ao ordinria n 2004.70.00.02.3972-7, em trmite na 8 Vara Federal de

Curitiba/PR, informao obtida atravs de consulta processual, resta prejudicado o presente agravo de instrumento ante a perda de

objeto.

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00003 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2005.04.01.056194-6/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : MAE MEDICINA ASSISTENCIAL DE EMERGENCIA LTDA/

ADVOGADO : Edison Gomes Machado Junior e outro

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 6 / 1510

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ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

: Niura Iara Nunes Saucedo

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso (fls. 49-51) que determinou, para o caso de inexistirem bens livres e

desembaraados, a penhora de 5% (cinco por cento) sobre o faturamento da empresa executada, at o limite do valor em cobrana.

A agravante narra a delicada situao vivenciada pela empresa, com dvidas que superam o seu patrimnio. Aponta a existncia de

inmeros dbitos previdencirios, trabalhistas e fiscais, alm de algumas dvidas junto a outros credores comuns. Alega que no

processo n 1999.71.00.013342-5 tambm fora determinada a penhora sobre o seu faturamento, no percentual de 5%. Sustenta que a

penhora foi determinada sem requerimento do credor, no podendo subsistir. Requer, em ateno ao art. 620 do CPC, seja

possibilitado o pagamento parcelado da dvida em 60 meses ou, alternativamente, a reduo do percentual da penhora para 0,5% do

faturamento. Roga pela atribuio de efeito suspensivo ao recurso, na forma do art. 558 do CPC.

Negado seguimento ao recurso, a parte ops embargos de declarao s fls. 90-93.

Decido.

No despacho onde foi negado seguimento ao agravo de instrumento (fl. 87), restou consignado que no havia sido comprovado o

termo inicial do prazo recursal, uma vez que, realizada a intimao da penhora executada mediante oficial de justia, no constava

do recurso a data da juntada aos autos do mandado cumprido. No entanto, verifico que a agravante escoltou aos autos (fl. 14) a data

em que seu advogado restou cientificado em Secretaria da deciso que determinou a penhora, em 02.12.2005.

Considerando-se que o prazo recursal conta-se da data da intimao dos advogados da deciso (art. 242 do CPC), resta desinfluente

tenha sido realizada a intimao do executado por mandado, sendo suficiente para comprovar a tempestividade do recurso, portanto,

a comprovao da data da cincia da deciso agravada pelo advogado. Assim, interposto o agravo em 13.12.2005, averbo a suatempestividade, pelo que reconsidero a deciso de fl. 87 e passo, desde logo, a analisar o recurso.

A penhora sobre o faturamento da empresa no est vedada pelo ordenamento jurdico, tendo, inclusive, sua validade reconhecida

por diversos acrdos desta Corte e do STJ, desde que seja comprovada a inexistncia de outros bens ou a possibilidade de se

frustrar o procedimento executrio, sendo certo que se trata de medida extrema, no devendo ser deferida quando da existncia de

outros bens a serem constritos.

No caso, a determinao para que recasse a penhora sobre o faturamento da executada foi condicionada pelo Juzo inexistnciade outros bens livres e desembaraados. Neste ponto, a prpria recorrente informa que "a empresa est ativa, mas com dvidasque superam o seu patrimnio, que se encontra penhorado", e ainda a existncia de diversas execues trabalhistas, "algumas em

fase de execuo j com penhora, inclusive penhora de bens que tambm garantem as dvidas fiscais" (fl. 04).

Como visto, na hiptese revela-se possvel a penhora sobre o faturamento da executada, mormente ante a constatao de queinexistem outros bens aptos a garantir a execuo. Entendo, todavia, que a medida excepcionalssima deve recair em percentual queno sobrecarregue demasiadamente o fluxo de recursos da empresa, porquanto, quando h comprometimento do faturamento,

deve-se ter cautela na fixao do percentual, a fim de no pr em risco a higidez da empresa, sob pena de implicar a cessao das

suas atividades, com prejuzo, inclusive, dos credores.

Pertinentes, nesse trilhar, os seguintes julgados do STJ:

"PROCESSUAL CIVIL. EXECUO. PENHORA SOBRE O FATURAMENTO LQUIDO DA EMPRESA. AUSNCIA DE OUTROS

BENS PASSVEIS DE CONSTRIO EFICAZ. POSSIBILIDADE. PERCENTUAL ELEVADO. COMPROMETIMENTO DAS

ATIVIDADES EMPRESARIAIS. REDUO. CPC, ART. 620. I. Conquanto possvel a penhora sobre o faturamento da devedora,

quando inexistentes bens disponveis de fcil liquidao, deve ela observar percentual que no comprometa a higidez financeira,

ameaando o prosseguimento das atividades empresariais. II. Recurso especial conhecido e parcialmente provido, para reduo do

percentual da penhora incidente sobre o faturamento a patamar razovel." (REsp 485512/SP - Relator Ministro Aldir Passarinho

Junior - DJ 25.02.2004 - p. 182)

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 7 / 1510

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"HABEAS CORPUS. DEPOSITRIO JUDICIAL. PENHORA INCIDENTE SOBRE 30% DO FATURAMENTO DIRIO DA

EMPRESA. PERCENTUAL DEMASIADO GRAVOSO PARA O DEVEDOR. APLICAO DO ART. 620 DO CDIGO DE

PROCESSO CIVIL. REDUO PARA 6%. - Segundo a jurisprudncia desta Corte, a penhora sobre o faturamento da empresa

restringe-se a hipteses excepcionais. Afigura-se ela admissvel se, por outro modo, no puder ser satisfeito o interesse do credor

ou quando os bens oferecidos so insuficientes ou ineficazes garantia do juzo. preciso tambm que no comprometa a

solvabilidade da empresa (REsp n 286.326-RJ). - Reduo do percentual a 6%, determinando-se a intimao da devedora para que

apresente, em cinco dias, um plano de pagamento e o cumpra, sob as penas da lei. Recurso provido parcialmente." (RHC 15058/SP

- Relator Ministro Barros Monteiro - DJ 16.02.2004 - p. 254)

Nesse andar, possvel a penhora no patamar de 5% do faturamento da executada, passvel de reviso conforme a recuperao da

empresa. Esta Corte tem entendido razovel a fixao do patamar de 5 pontos percentuais. Neste sentido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PENHORA SOBRE FATURAMENTO DA EMPRESA. POSSIBILIDADE. - A

penhora sobre o faturamento mensal da empresa admitida na hiptese de no haver bens passveis de constrio, ou de os

indicados serem de difcil alienao, desde que a fixao no inviabilize o funcionamento da empresa. No caso concreto, no se

afigura como excessivamente onerosa a fixao da penhora no percentual de 5% (cinco por cento) sobre o faturamento da empresa.

(TRF4, AG 2005.04.01.032311-7, Quarta Turma, Relator Valdemar Capeletti, publicado em 22/03/2006)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUO FISCAL. EMBARGOS. CONDIO DE ADMISSIBILIDADE. PENHORA SOBRE

FATURAMENTO . 1 - A lei estabelece como condio de admissibilidade dos embargos de devedor a segurana do juzo por meio

da penhora , sem a exigncia de que o valor dos bens constitudos seja maior ou igual ao dbito exeqendo. Contudo,

considerando-se que a execuo se d em prol do interesse do credor, se o valor dos bens ofertados for muito desproporcional ao

montante da execuo, no haver mcula na conduta do julgador de determinar penhora por parte do

faturamento da empresa, a ttulo de reforo, mngua de melhores bens aptos a tanto. 2 -A penhora sobre o faturamento ,

entretanto, medida excepcional, admissvel apenas quando inexistirem bens livres e desembaraados capazes de garantir os

dbitos em execuo ou quando existirem apenas bens de difcil alienao. 3 - No presente caso, mostra-se razovel a fixao da

penhora sobre o faturamento no patamar de 5%, pois no ter o condo de inviabilizar as atividades da executada. 4 - Agravo de

instrumento improvido. Agravo regimental prejudicado. (TRF4, AG 2005.04.01.047798-4, Primeira Turma, Relator lvaro Eduardo

Junqueira, publicado em 08/02/2006)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUO FISCAL. PENHORA SOBRE O FATURAMENTO . MEDIDA

EXCEPCIONAL. COMPROVADA INEXISTNCIA DE BENS. 1. No h contrariedade aos artigos 677 e 678 do Cdigo de

Processo Civil, pois o representante legal da agravante foi investido na condio de administrador-depositrio do bem penhora do.

2. A penhora sobre o faturamento da empresa somente pode ser deferida em carter excepcional, j que medida extrema e

demasiadamente gravosa para o devedor. Todavia, existe nos autos comprovao documental da ausncia de bens aptos a

acautelar a execuo. 3. Mostra-se razovel, no caso, que a penhora seja efetivada em 5% (cinco por cento) sobre o faturamento

bruto mensal da empresa, percentual que no comprometer o usual desempenho das suas atividades. (TRF4, AG

2005.04.01.043241-1, Segunda Turma, Relator Marga Inge Barth Tessler, publicado em 18/01/2006)

Compulsando os autos, verifico que no existe comprovao de que a empresa j suporte penhora de 5% do faturamento, uma vez

que no recurso existe unicamente cpia do mandado ordenando a constrio nos autos do processo n 1999.71.00.013342-5, sem

qualquer comprovao do seu cumprimento ou realizao. Assim, no encontro motivos para a reduo do percentual, na trilha dos

precedentes desta Corte.

Quanto alegao de que o credor no requereu a penhora sobre o faturamento, inexistem elementos neste recurso para averiguar a

consistncia do argumento, uma vez que a recorrente no traz cpia integral dos autos da execuo, notadamente das folhas

imediatamente anteriores ao despacho confutado, onde poderia estar demonstrado eventual pedido da exeqente.

De outro canto, vedado ao Poder Judicirio imiscuir-se nas atividades privativas da administrao, que a concesso de

parcelamento do crdito tributrio, pois inclusive, nessa hiptese, o julgador, atuando como legislador positivo, teria de estabelecer

as fraes do dbito e fiscalizar o seu cumprimento, e as execues por ventura ajuizadas no poderiam seguir seu curso natural. Em

ficando suspensa a exigibilidade, haveria, com efeito, autntico parcelamento judicial, o que terminantemente vedado pelo art.

155-A do CTN.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 8 / 1510

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Nesse sentido, colho precedentes desta Turma:

EXECUO FISCAL. EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE. PARCELAMENTO DO DBITO. (...) - No compete ao Poder

Judicirio intermediar proposta de parcelamento de dbito entre as partes, sob pena de indevida intromisso na atividade

administrativa. - Ademais, desejando obter o parcelamento do dbito, o executado dever dirigir-se diretamente ao exeqente, o

qual, em caso de formalizao do acordo administrativo, poder requerer ao Juzo a suspenso do feito pelo prazo do

parcelamento. (TRF4, AG 2005.04.01.058839-3, Primeira Turma, Relator Vilson Dars, publicado em 03/05/2006)

PROCESSO CIVIL. PRINCPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. EXECUO FISCAL. EXCEO DE

PR-EXECUTIVIDADE. DECISO INTERLOCUTRIA (CPC, ART. 162, 2). AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRAZO. DVIDA

OBJETIVA. EXTENSO COGNITIVA DA OBJEO DE NO-EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE DILAO

PROBATRIA. (...) 3. O pedido alternativo, triscado no sentido de que seja deferido pedido de parcelamento do dbito exeqendo,

no pode ser investido pelo Poder Judicirio, a quem descabe invadir o chamado mrito do ato administrativo, no que tange aos

juzos de convenincia e oportunidade. 4. Apelao conhecida como agravo de instrumento, a que se nega provimento. (AC

2003.71.03.001455-9/RS, Relator Des. Federal Wellington Mendes de Almeida, DJ de 14-09-2005).

Assim, no calha o pedido de parcelamento do dbito.

Por fim, consigno que a penhora realizada no poder importar quebra na ordem de pagamento dos crditos, porquanto, medida

que estejam disponveis os valores no Juzo, dever ser verificada a existncia de eventuais crditos preferenciais, nos termos do art.

186 do CTN, com penhora no rosto dos autos, antes da satisfao do crdito buscado na execuo fiscal.

Ante o exposto, indefiro o pedido de efeito suspensivo, julgando prejudicados os embargos de declarao de fls. 90-93.

Intimem-se, sendo o INSS para, querendo, apresentar resposta.

Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00004 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2006.04.00.026917-9/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : KITTEL PEDRAS DO BRASIL LTDA/ e outros

ADVOGADO : Andre Roberto Mallmann e outros

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DECISO

Intime-se o INSS para os fins do art. 527, V, do CPC.

Publique-se.

Porto Alegre, 12 de janeiro de 2007.

00005 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2006.04.00.037618-0/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : CONSTRUTORA CARDINAL LTDA/ e outros

ADVOGADO : Lourenco Juarez Biermann

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

: Luiz Carlos Souto Fonseca

DECISO

Verificada a reconsiderao da deciso que motivou a interposio do presente agravo de instrumento, nos autos da execuo fiscal

n 2007.71.20.000159-0, em trmite na Vara Federal de Santiago/RS, resta prejudicado o recurso ante a perda de objeto.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 9 / 1510

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Intimem-se.

Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00006 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2006.04.00.037725-0/SC

RELATOR : Des. Federal VILSON DARS

AGRAVANTE : GERSON LISBOA GARCIA

ADVOGADO : Katia Kristiane Goulart

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

: Sergio Silva Boabaid

INTERESSADO : CARBONIFERA BARRO BRANCO S/A e outros

ADVOGADO : Nelson Castello Branco Nappi Junior e outros

DECISO

GERSON LISBOA GARCIA interps agravo de instrumento da deciso do juzo a quo colocada nas seguintes letras na Execuo

Fiscal n 200372040075298:

"(...)

Diante da inexistncia de bens em nome dos executados passveis de penhora, requer o credor a pesquisa atravs do sistema

BACENJUD de contas correntes e aplicaes financeiras de titularidade dos mesmos.

Tendo em vista que no foram localizados bens em nome dos devedores, plausvel o pedido do credor. Neste sentido:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUO FISCAL. PENHORA. ART 11 DA LEI N 6830/80 E ART 655, I

DO CPC. BLOQUEIO DE ATIVO FINANCEIRO ATRAVS DO SISTEMA BACENJUD. LOCALIZAO DE BENS DO

DEVEDOR PASSVEIS DE PENHORA. DILIGNCIAS ESGOTADAS. INOCORRNCIA. INTIMAO DO AGRAVADO.

1- (...)

2- (...)

3- O bloqueio de importncia em dinheiro, atravs do BACENJUD, medida de carter excepcional, somente devendo ser deferida

quando no existem outros bens a serem constritos, e se demonstrado ter o exeqente esgotado todos os meios para a localizao

do devedor e de bens passveis de constrio.

Agravo de instrumento improvido. (TRF 1 regio. AG 200301000301707. Relator: Antnio Ezequiel da Silva. DJ 03/08/2004. P.52)

Ante o exposto, defiro o pedido de incluso no sistema BACENJUD da pesquisa requerida pelo INSS s fls. 141/144, devendo a

Secretaria certificar nos autos os procedimentos adotados para a realizao do ato.

Cricima, 02 de outubro de 2006.

Marcelo Cardozo da SilvaJuiz Federal"Nas suas razes de recorrer, o agravante sustenta que no fazia parte da empresa, como acionista, na poca dos fatos, pois o perodo

da dvida executada nos autos, conforme CDA de n 32.634.990-1, agosto de 1993 a junho de 1994, e setembro de 1994 a

dezembro de 1997. Alega, ainda, que o mesmo magistrado, na Ao de Depsito n 200.72.04.000984-7, afastou qualquer

responsabilizao do agravante. Diz: "H que se observar excelncias, de que o perodo da dvida na execuo fiscal onde foi

pronunciada a sentena acima transcrita compreende o perodo de agosto de 1993 a julho de 1994 (igual o perodo da presentediscusso) e de julho de 1994 a setembro de 1998 (perodo superior ao da presente demanda), restando caracterizada, com clarezasolar, a no responsabilidade do ora agravante sobre a dvida executada." (fl. 07)

Pleiteou a concesso do efeito suspensivo.

o relatrio. Decido.

A deciso agravada, como se v, em nenhum momento, fala a respeito de responsabilizao do agravante, porquanto considero-o,

sim, parte do plo passivo do feito executivo, tanto que determinou a pesquisa junto ao BACEN JUD no sentido de obter

contas-correntes e aplicaes financeiras de titularidade dos executados.

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A par disso, no AI n 2005.04.01.044258-1/SC, em que fui Relator, a 1 Turma decidiu, por unanimidade, que a questo do

redirecionamento deferido pelo MM. Magistrado a quo em deciso anterior - motivo da insurgncia do agravante novamente neste

recurso -, no obstante dissesse respeito s condies da ao, recomendava no fosse apreciada na via estreita da exceo de

pr-executividade ante a complexidade do caso posto em tela. (AI n 2005.04.01.044258-1/SC - RELATOR : Des. Federal VILSON

DARS AGRAVANTE : GERSON LISBOA GARCIA - AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

INTERESSADO : CARBONIFERA BARRO BRANCO S/A - DJU: 25/01/2006.).

Assim, no h nos autos qualquer indicativo que a questo do redirecionamento j tenha sido resolvida na Execuo Fiscal n

200372040075298, no servindo para tanto deciso posta em outra ao, mormente quando no diz respeito ao dbito exeqendo

neste feito.

O agravante, portanto, executado, e no sendo bens encontrados passveis de garantir o feito, correta a deciso que determinou a

pesquisa junto ao BACEN JUD no sentido de obter contas-correntes e aplicaes financeiras em seu nome.

Nesse sentido, vejam-se os precedentes do STJ e desta Corte:

"RECURSO ESPECIAL. VIOLAO DO ART. 535 DO CPC. INOCORRNCIA. EXECUO FISCAL. SIGILO BANCRIO.

SISTEMA BACEN JUD.

1. Inexiste ofensa ao art. 535 do CPC, quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente

sobre a questo posta nos autos. Ademais, o magistrado no est obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte,

desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a deciso.

2. Ademais "(...)Inexiste omisso suprimvel atravs de embargos declaratrios se se trata de matria cuja apreciao dependia de

provocao da parte, que no ocorreu." (Jos Carlos Barbosa Moreira in "Comentrios ao Cdigo de Processo Civil ", vol. V,

Forense, Rio de Janeiro, 2003).

3. A regra a de que a quebra do sigilo bancrio em execuo fiscal pressupe que a Fazenda credora tenha esgotado todos os

meios de obteno de informaes sobre a existncia de bens do devedor e que as diligncias restaram infrutferas, porquanto

assente na Corte que o juiz da execuo fiscal s deve deferir pedido de expedio de ofcio Receita Federal e ao BACEN aps o

exeqente comprovar no ter logrado xito em suas tentativas de obter as informaes sobre o executado e seus bens.

4. Precedentes: RESP 282.717/SP, Rel. Min. Garcia Vieira, DJ de 11/12/2000 RESP 206.963/ES, Rel. Min. Garcia Vieira, DJ de

28/06/1999, RESP 204.329/MG, Rel. Min. Franciulli Netto, DJ de 19/06/2000, RESP 251.121/SP, Min. Nancy Andrighi, DJ de

26.03.2001.

5. Todavia, o sistema BACEN JUD agiliza a consecuo dos fins da execuo fiscal, porquanto permite ao juiz ter acesso

existncia de dados do devedor, viabilizando a constrio patrimonial do art. 11, da Lei n 6.830/80. Deveras uma forma de

diligenciar acerca dos bens do devedor, sendo certo que, atividade empreendida pelo juzo, e que, por si s, torna despiciendo

imaginar-se um prvio pedido de quebra de sigilo, no s porque a medida limitada, mas tambm porque o prprio juzo que,

em ativismo desejvel, colabora para a rpida prestao da justia.

6. Destarte, a iniciativa judicial, in casu, conspira a favor da ratio essendi do convnio. Acaso a constrio implique em

impenhorabilidade, caber ao executado opor-se pela via prpria em juzo.

7. Recurso Especial provido.

(STJ - Processo REsp 666419 / SC ; RECURSO ESPECIAL 2004/0071960-8 Relator(a) Ministro LUIZ FUX (1122) rgo Julgador

T1 - PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 14/06/2005 Data da Publicao/Fonte DJ 27.06.2005 p. 247)

"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. EXECUO FISCAL. REQUISIO DE OFCIO AO

BANCO CENTRAL. LOCALIZAO DE BENS PASSVEIS DE PENHORA. ADMISSO SOMENTE EM CASOS EXCEPCIONAIS.

I - Somente em casos excepcionais, ou seja, quando comprovadamente esgotados todos os esforos diretos do exeqente para

localizao de bens passveis de penhora que se admite a requisio, pelo Juiz, de informaes a rgos da Administrao

Pblica.

II - Agravo regimental improvido

(STJ, AGRESP 510535/MG, Primeira Turma, Rel. Min. Francisco Falco, DJU de 20/10/2003)

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. BACEN JUD. CONTA CORRENTE. BLOQUEIO DE VALORES. PENSO. BENS

IMPENHORVEIS.

1. pacfica a jurisprudncia dos tribunais no sentido de que o sistema do BACEN JUD deve ser utilizado em situaes

excepcionais, de modo a tutelar a garantia constitucional do sigilo bancrio.

2. Ao meu ver, deve ser utilizado o sistema do BACEN-JUD quando o exeqente efetivamente tomou providncias concretas visando

localizao de bens penhorveis, tais como pesquisas junto aos departamentos de trnsito e cartrios de registros de imveis,

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medidas essas adotadas no caso em tela.

3. No obstante a deciso agravada tenha ressalvado a impossibilidade de recair a constrio sobre bens impenhorveis, faz-se

mister ratificar tal determinao, uma vez que a penso percebida pela parte agravante depositada na conta bancria bloqueada.

4. Agravo de instrumento parcialmente provido.

( TRIBUNAL - QUARTA REGIO Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 209915 Processo: 2004.04.01.013350-6 UF: PR

rgo Julgador: PRIMEIRA TURMA Data da Deciso: 04/08/2004 Documento: TRF400098355 Fonte DJU DATA:18/08/2004

PGINA: 394 Outras Fontes 357/04 18/08/04 de 18-08-2004,bol.3518/08/04 Relator JUIZ ALVARO EDUARDO JUNQUEIRA)

"TRIBUTRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUO FISCAL. SISTEMA BACEN JUD. LOCALIZAO DE BENS

PASSVEIS DE PENHORA.

- A utilizao do sistema BACEN JUD para a identificao de conta corrente e/ou aplicaes financeiras de titularidade do

devedor, com o fim de obter informaes sobre bens passveis de PENHORA, deve ser utilizado somente em casos excepcionais e

mediante a comprovao de que o exeqente esgotou os meios de que dispe para localizar o patrimnio do executado.

(TRIBUNAL - QUARTA REGIO - Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO Processo: 2005.04.01.003611-6 UF: RS rgo

Julgador: SEGUNDA TURMA Data da Deciso: 10/05/2005 Documento: TRF400107610 Fonte DJU DATA:15/06/2005 PGINA:

615 Relator JUIZ JOO SURREAUX CHAGAS)

"EXECUO FISCAL. ACESSO AO SISTEMA BACEN JUD. QUEBRA DE SIGILO BANCRIO.

Existindo comprovao por parte do exeqente de esgotamento das diligncias em busca de bens penhorveis em nome da

executada, mostra-se razovel conceder-lhe, por meio do sistema BACEN JUD, o acesso s informaes acerca das contas

bancrias, que podero servir de garantia ao processo executivo.

entendimento deste Tribunal que, para configurar o exaurimento das diligncias na busca de bens passveis de penhora,

suficiente a comprovao da realizao de consultas junto ao Ofcio de Registros de Imveis da comarca do devedor e ao DETRAN.

A quebra de sigilo bancrio no se configura, uma vez que as informaes requeridas limitam-se existncia ou no de contas

bancrias em nome do devedor e eventual saldo disponvel, no se tendo acesso movimentao financeira do executado.

(TRF4 - AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2005.04.01.032401-8/PR: AGRAVANTE CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

AGRAVADO : LOVE SONS COM/ DE DISCOS E FITAS LTDA/ e outros - massa falida - DJU: 14/09/2005 - Relator : DES.

FEDERAL VILSON DARS )"

O caput do artigo 557 do Cdigo de Processo Civil autoriza o Relator a negar seguimento ao recurso em confronto com smula ou

jurisprudncia dominante do respectivo Tribunal ou do STJ. Pacificada a questo, no mbito do STJ e deste Regional, deve ser

obstado o seguimento ao agravo interposto.

Isso posto, com fulcro no caput do artigo 557 do Cdigo de Processo Civil, nego seguimento ao presente recurso.

Intime-se. Aps, com as cautelas legais, d-se baixa na distribuio e remetam-se os autos ao Juzo a quo.

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2006.

00007 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2006.04.00.037815-1/PR

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

AGRAVADO : ASSOCIACAO DE PAIS E AMIGOS DOS DEFICIENTES VISUAIS APADEVI

ADVOGADO : Marcelo Fernandes Polak e outros

DECISO

Verificada a supervenincia de sentena de parcial procedncia nos autos da ao ordinria n 2006.70.00.025862-7, em trmite na

Vara Federal Ambiental, Agrria e Residual de Curitiba/PR, resta prejudicado o presente agravo de instrumento ante a perda de

objeto.

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00008 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2006.04.00.038742-5/RS

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RELATOR : Des. Federal VILSON DARS

AGRAVANTE : IND/ CAXIENSE DE MOLDURAS LTDA/

ADVOGADO : Leo Evandro Figueiredo dos Santos e outros

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DECISO

Por meio de consulta ao sistema informatizado do primeiro grau de jurisdio, constatou-se que, em 09 de janeiro de 2007, foi

proferida sentena, julgando improcedente o pedido no mandado de segurana originrio, o que determina a perda do objeto do

presente agravo de instrumento.

Isso posto, nego seguimento ao agravo de instrumento.

Intimem-se. Aps, d-se baixa e arquive-se.

Porto Alegre, 01 de fevereiro de 2007.

00009 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2006.04.00.039255-0/PR

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

AGRAVADO : SOLINFO COML/ DE EQUIPAMENTOS DE INFORMATICA LTDA/

ADVOGADO : Joao Alberto Graca e outros

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso deferitria de liminar, para o efeito de que o INSS se abstenha de exigir

da impetrante a reteno do percentual de 11% institudo no artigo 31 da Lei 8.212/91, enquanto optante pelo SIMPLES.

Refere o INSS que a sistemtica de recolhimento trazida pela Lei 9.711/98 no conflita com as normas estatudas pela Lei 9.317/96,

inclusive sob a tica dos artigos 170, X, e 179, da CF/1988. Assim, inexistindo incompatibilidade entre os sistemas, no devem ser

isentadas de reteno os optantes do SIMPLES. Roga seja atribudo efeito suspensivo ao recurso.

Decido.

Malgrado as alegaes do agravante, no vislumbro, e sequer restou devidamente explicitado, em que consistiria o perigo na demora

a justificar a antecipao da tutela recursal, nos moldes em que requestado. Evidentemente, durante a suspenso da exigibilidade do

crdito tributrio, permanece sobrestado o prazo de prescrio para a Fazenda Pblica promover a ao de cobrana, no havendo,

pois, risco de dano irreparvel ou de difcil reparao.

Do exposto, determino a converso do agravo de instrumento em retido, na forma do art. 527, II, do CPC.

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00010 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.000043-2/SC

RELATOR : Des. Federal VILSON DARS

AGRAVANTE : MARIA LUIZA DOS SANTOS

ADVOGADO : Luiz Fernando Cunha

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DECISO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 13 / 1510

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MARIA LUIZA DOS SANTOS interps agravo de instrumento da deciso do juzo a quo colocada nas seguintes letras nos

Embargos de Terceiro N 2006.72.05.005498-0/SC:

"(...)

Conforme restou constatado na execuo fiscal n 97.2002100-4, o imvel objeto dos presentes j restou arrematado nos autos n

99.2001231-9, os quais se encontram suspensos at o julgamento definitivo dos embargos de terceiro interpostos pela ora

embargante (autos n 2004.72.05.001591-6). Nos referidos embargos, que se encontram no TRF da 4 Regio com apelao da

embargante recebida em ambos os efeitos, foi proferida sentena nestes termos: "... JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os

embargos de terceiro propostos por MARIA LUIZA DOS SANTOS em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

INSS, para o fim de reconhecer o seu direito metade do valor alcanado na arrematao dos bens matriculados sob os ns.

15.401, 15.460, 15.461 e 15.462, ressalvando-se os direitos do credor hipotecrio, extinguindo o processo com fundamento no art.

269, inciso I, do Cdigo de Processo Civil. (...)"

Pela situao relatada, nesta data foi proferido despacho nos autos executivos n 97.2002100-4, excluindo dos leiles os imveis

matriculados sob os ns. 15.401, 15.460, 15.461 e 15.462, dentre os quais se encontra aquele referido na inicial desta actio, razopela qual eventual direito da embargante acha-se resguardado por ora.

Destarte, SUSPENDO o curso/processamento dos presentes at o julgamento definitivo dos embargos de terceiro n

2004.72.05.001591-6.

Intime-se.

Blumenau, 23 de novembro de 2006.

Nelson Gustavo Mesquita Ribeiro AlvesJuiz Federal Substituto na Titularidade Plena"

Nas suas razes de recurso, a agravante sustenta que na h fundamento para a suspenso determinada. Assevera que, in verbis, "(...)

que no h qualquer prova de que tenha a embargante se beneficiado com o no recolhimento das verbas previdencirias, mesmo

porque for decretada a sua separao judicial muito antes da constituio do dbito reclamado. Como amplamente ressaltado na

pea vestibular dos presentes embargos, por ocasio da separao, o imvel objeto da presente s no foi registrado em nome da

embargante porque o pertinente financiamento no se encontrava quitado, como alis, no est, at o presente momento. Nas

diferentes aes propostas, sempre obteve a embargante xito em seus pleitos e, muito embora a questo de fundo sempre fosse a

mesma, jamais se decidiu pelo sobrestamento de qualquer feito, o que alis, implicaria na violao do princpio do devido processo

legal. Desta forma, entende a agravante que inexiste fundamento para a suspenso ora atacada." (fl. 06). Prequestiona, ainda, as

ofensas diretas e frontais legislao federal, principalmente o artigo 265, VI, letra 'a', da lei n 5.869/73/98. Quanto ao risco

iminente, evidencia que milita em seu favor os princpios constitucionais da celeridade, da isonomia e da segurana jurdica.

Pleiteou a concesso do efeito suspensivo.

o relatrio. Decido.

A atribuio de efeito suspensivo ao agravo de instrumento pelo Relator depende da conjugao de duplo requisito, ou seja,

relevncia da fundamentao e possibilidade da deciso agravada provocar leso grave e de difcil reparao ao agravante (CPC,

artigo 558). Em que pesem os argumentos trazidos pela agravante, no vislumbro o segundo requisito acima a justificar a atribuio

de efeito suspensivo. O imvel constrito (n 15.401), objeto dos embargos de terceiro, foi excludo dos leiles designados na

Execuo Fiscal 97.20.02100-4, razo por que o direito da embargante, neste momento, encontra-se amparado, sendo possvel,

portanto, aguardar-se o julgamento do mrito do agravo de instrumento pela Turma, aps vindas as informaes da parte contrria.

Isso posto, indefiro o efeito suspensivo.

parte agravada para responder, querendo. Intimem-se. Publique-se. Aps, retornem os autos conclusos para julgamento.

Porto Alegre, 01 de fevereiro de 2007.

00011 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.000059-6/SC

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 14 / 1510

http://www.trf4.gov.br/

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

AGRAVADO : ALFA TRANSPORTES ESPECIAIS LTDA/

ADVOGADO : Nelson Wilians Fratoni Rodrigues e outros

INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA - INCRA

ADVOGADO : Marcelo Ayres Kurtz

: Roberto Porto e outro

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso que concedeu em parte a antecipao de tutela para obstar a exigncia

do adicional de 0,2% sobre a folha de salrios, contribuio devida ao INCRA (fls. 39-49).

O INSS afirma, em suma, a legalidade e constitucionalidade da exao. No mais, insurge-se contra o indeferimento do pedido de

citao do INCRA.

Decido.

Quanto legitimidade passiva do INCRA, tenho que merece prosperar o recurso. Deveras, perfilho do entendimento segundo o qual,

nas aes judiciais, ainda que mandamentais, cuja controvrsia principal a exigncia do adicional de 0,2% sobre a folha de

salrios, h litisconsrcio passivo necessrio entre o INCRA e o INSS, com fulcro no art. 47, pargrafo nico, do Cdigo de

Processo Civil, sem olvidar, ademais, que eventual ordem tendente a suspender a exigibilidade da contribuio ter

indubitavelmente efeitos reflexos e diretos no oramento daquela autarquia federal.

Este Tribunal j se manifestou sobre a matria:

"CONTRIBUIO AO INCRA . LEI 7787/89. EXTINO. LITISCONSRCIO NECESSRIO. INSS E INCRA . PROCEDNCIA

Sendo questionada a exigibilidade da contribuio previdenciria destinada ao INCRA , o INSS, agente autorizado a lanar a

contribuio, no possui por si s legitimidade passiva ad causam, pois a esfera de disponibilidade jurdica do INCRA ser

atingida pela deciso, sendo caso de formao de litisconsrcio passivo necessrio." (AMS n 1999.04.01.039862-0/RS, 1 Turma,

Rel. Juiz Guilherme Beltrami, julg. 20-06-00, DJU 09-08-00)

Passo, pois, questo de mrito.

Este Tribunal vem decidindo, reiteradamente, que devida a contribuio ao INCRA at o advento da Lei 8.212, de 24 de julho de

1991, conforme se colhe da ementa abaixo colacionada:

"TRIBUTRIO. CONTRIBUIO SOCIAL. INCRA . FUNRURAL. PRESCRIO. COMPENSAO. CORREO MONETRIA.

... 2. Aps consolidao das contribuies sociais incidentes sobre a folha de salrios, promovida pela Lei n 8.212/91, no h mais

que se falar na exigibilidade das contribuies devidas ao INCRA ...". (AMS 2004.04.01.017523-9/RS, 1T, julg. 30/06/2004, pub.

DJU 25/08/2004, pg. 448, Relator p/ Acrdo Juza Maria Lcia Luz Leiria)

Portanto, na esteira de precedentes desta Corte (AC n 1999.04.01000257-8, Rel. Juiz Vilson Dars, DJ de 06/06/2001), a

contribuio ao INCRA restou exigvel aps o advento da Lei n 7.787/89, sendo extinta com a edio da Lei n 8.212/91.

E isto porque a contribuio ora tratada no se caracterizou como fonte de custeio para o PRORURAL, motivo pelo qual no foi

suprimida pelo art. 3, 1, da referida Lei n 7.787/89. Neste sentido, leia-se o seguinte precedente do Superior Tribunal de Justia:

"FUNRURAL - EMPRESAS URBANAS - PRORURAL - FONTE DE CUSTEIO - CONTRIBUIO PARA O INCRA . ... Somente a

contribuio de 2,4% foi destinada ao FUNRURAL e fonte de custeio do PRORURAL. A contribuio de 0,2% do INCRA nunca

foi fonte de custeio do PRORURAL, e o art. 3, 1 da Lei n 7.787/89 no a suprimiu ..." (Resp n 173.588/DF, Rel. Min. Garcia

Vieira, 1 Turma, DJ de 21/09/98)

A composio atual da 1 Turma do c. STJ, indo alm, entende que a exao restou suprimida com o advento da Lei 7.787/89,

consoante se observa do aresto a seguir:

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"TRIBUTRIO. CONTRIBUIO DO ART. 15 DA LC 11/71. ADICIONAL DE 0,2% DESTINADO AO INCRA . EXTINO PELO

ART. 3 DA LEI 7.787/89. 1. Com o advento da Lei 7.787/89, art. 3, restou extinta a contribuio em tela, a contar de 1 de

setembro de 1989, j que o referido dispositivo extinguiu a contribuio instituda para o custeio do Programa de Assistncia ao

Trabalhador Rural - Prorural, e no apenas a parte destinada ao Fundo de Assistncia ao Trabalhador Rural - Funrural. 2. Agravo

regimental improvido." (AGRESP 374583/SC, 1T, DJ 25/02/2004, Relator Min. Teori Albino Zavascki)

De qualquer forma, pleiteando a agravada a suspenso da exigibilidade de valores descontados de sua folha de salrios (a partir da

deciso, portanto, e obviamente posteriormente edio da Lei n 8.212/91) no h mcula, em princpio, no despacho guerreado

neste ponto.

Do exposto, defiro em parte o pedido de efeito suspensivo to-somente para determinar que o juzo a quo proceda citao do

INCRA, com arrimo no art. 47, nico, do CPC.

Intimem-se, sendo a agravada, inclusive, para resposta.

Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00012 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.000755-4/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

AGRAVADO : RUBENS MOREIRA COM/ DE LUBRIFICANTES LTDA/

ADVOGADO : Vitor Roberto Bona Junior e outros

DECISO

Nego seguimento do agravo de instrumento, tendo em vista o descumprimento dos requisitos previstos no art. 525, I, do CPC

(ausncia da cpia da deciso agravada).

Intimem-se.

Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00013 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.000815-7/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : RETROSUL CONSTRUCOES E TERRAPLANAGEM LTDA/

ADVOGADO : Luiz Carlos Buchain

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso (fls. 256/257) que indeferiu liminar na qual visava a impetrante

compensao de crdito apurado em sentena judicial com trnsito em julgado com a NFLD 357882911.

Aduz a recorrente que titular dos direitos de crdito emergentes de sentena transitada em julgado nos autos do processo n

2000.71.00.030643-9. Assim, requereu a compensao entre o crdito apurado na ao antes referida e a NFLD 357882911, a qual

abrange as competncias 01/2003 e 03/2006, que so posteriores data da sentena. Argumenta que o fato de existir mais de uma

NFLD no elide seu direito compensao de ofcio e, mesmo que assim no fosse, aquela apontada pelo fisco como a outra

(35539194-5) j foi objeto de pagamento. Expende que no h outros dbitos a serem compensados. Assevera que tanto a lei quanto

a sentena transitada em julgado lhe garantem o direito lquido e certo de proceder compensao. Alega que o artigo 89, da Lei n

8212/91 expressamente autoriza o contribuinte a realizar a compensao da contribuio para a seguridade na hiptese de pagamento

ou recolhimento indevido. Alm disso, no h a limitao da compensao ao percentual de 30% do valor recolhido, consoante a

deciso transitada em julgado. Afirma que, na hiptese de reteno de tributos na "fonte" (salrios), o retentor fica obrigado e

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 16 / 1510

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responsvel solidrio pelos mesmos, tanto assim que foi autuada como devedora. Diz que no apenas o desrespeito lei e o abuso na

conduta da administrao so mculas legalidade, mas tambm os atos desarrazoados que representem um agravo intil aos

direitos de cada qual por serem desproporcionais ao resultado almejado. Roga pela concesso do efeito suspensivo.

Decido.

O INSS obstou a compensao requerida pela ora agravante sob a alegao de que "(...) inexiste determinao de compensao com

algum dbito especfico da empresa para com o INSS, de forma que a compensao, que nada mais uma subespcie de

pagamento, deve observar o disposto no artigo 163 do CTN, na falta de dispositivos mais especficos:

Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais dbitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurdica de

direito pblico, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniria ou juros de mora, a

autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinar a respectiva imputao, obedecidas as seguintes

regras, na ordem em que enumeradas:

I - em primeiro lugar, aos dbitos por obrigao prpria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributria;

II - primeiramente, s contribuies de melhoria, depois s taxas e por fim aos impostos;

III - na ordem crescente dos prazos de prescrio;

IV - na ordem decrescente dos montantes.

Dessa forma, existindo outros dbitos que no sejam referentes apropriao indbita, estes devem ser compensados

prioritariamente, pois tratam-se de obrigao prpria, e no repassadas ao INSS.

Outrossim, tambm deve ser respeitada a ordem crescente dos prazos de prescrio, alm da ordem decrescente dos montantes.

Tudo isso leva a crer que a autoridade administrativa que efetuar a compensao no poder atender ao pleito da empresa

requerente, uma vez que existem diversos outros crditos mais antigos e por obrigao prpria a serem compensados antes do

crdito 357882911, os quais totalizam mais de dois milhes de reais. (...)." (fls. 139/140).

Inicialmente, cabe referir que no se mostra razovel este julgador, antes da oitiva do agravado, afirmar, cabalmente, sobre a

existncia de um ou mais dbitos em nome da recorrente, j que matria controversa. Este fato, no entanto, no impede a anlise da

questo no tocante possibilidade de que o fisco denegue a compensao sob o fundamento de inobservncia da ordem prevista no

artigo 163, do CTN.

A compensao, segundo o CTN, constitui modalidade de extino do crdito tributrio, na qual o contribuinte obrigado ao

pagamento do tributo credor da Fazenda Pblica. Para que se faa o "encontro de contas", necessrio crdito lquido e certo,

podendo lei especfica estipular as condies e as garantias a serem exigidas (art. 170). E o contribuinte o titular do direito,

podendo, desta forma, dispor dos crditos como lhe aprouver. Por certo a lei poderia vedar a escolha, determinando que, nacompensao, a imputao do pagamento deveria observar os ditames do artigo 163, do CTN ou at de forma diferente deste. Mas

no h qualquer determinao neste sentido nas legislaes que regem o instituto em tela, o que reconhecido pelo prprio

recorrido, quando afirma que "deve observar o disposto no artigo 163 do CTN, na falta de dispositivos mais especficos".

Ressalve-se, ainda, que, se o legislador optou por tratar a compensao em regra prpria (artigo 170 do CTN e leis ordinrias), no

h como aplicar restries que no foram a ela impostas, devendo a administrao seguir estritamente os ditames previstos em lei

(por bvio dirigida compensao especificamente) e, no existindo determinao de imputao para a compensao, no h como

vedar que o contribuinte proceda ao encontro de contas com o dbito que escolher.

Esse, alis, o magistrio de Paulo de Barros Carvalho:

(...) A lei que autoriza a compensao pode estipular condies e garantias, ou instituir limites para que a autoridade

administrativa o faa. Quer isso significar que, num ou noutro caso, a atividade vinculada, no sobrando ao agente pblico

qualquer campo de discricionariedade, antagnico ao estilo de reserva legal estrita que preside toda a normalizao dos momentos

importantes da existncia das relaes jurdicas tributrias.

(...). "(Curso de Direito Tributrio, 5 edio, Editora Saraiva, p. 309).

E Leandro Paulsen, ao analisar o artigo 163, do CTN, tem entendimento semelhante ao antes expendido:

A oportunidade para a imputao conforme os critrios do art. 163 poderia se dar quando do reconhecimento de crditos em face

de pedidos administrativos de restituio ou de compensao de indbitos tributrios. Cuidando-se de compensao, segue o

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 17 / 1510

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regramento prprio, conforme determinado por lei para cada caso, nos termos do art. 170 do CTN. (Direito Tributrio,Constituio e Cdigo Tributrio Luz da Doutrina e da Jurisprudncia, 7 edio, 2005, Livraria do Advogado Editora, p. 163).

Grifei.

Destarte, como a recorrente aponta, especificamente, qual o dbito que pretende ver quitado com a compensao, deve o fisco

verificar a possibilidade do encontro de contas exatamente nos termos em que requerido. Ressalve-se, ainda, que prejuzo no haver

aos cofres pblicos, porquanto as quantias objeto de compensao sero a eles incorporadas.

Nesse sentido, decises desta Corte, in verbis:

TRIBUTRIO. EMPRESA COM DECRETAO DE FALNCIA AUTORIZADA NA CONTINUAO DAS ATIVIDADES.

COMPENSAO DE CRDITOS DE IPI COM DBITOS SURGIDOS APS A QUEBRA. VIABILIDADE. AUSNCIA DE

NORMA IMPEDITIVA. ART. 163 DO CTN. INAPLICABILIDADE.

1. A continuidade das atividades do falido tem como norte os interesses da massa, e em ltima anlise, dos prprios credores.

Assim sendo, se a empresa demandante vem acumulando crditos de IPI advindos do perodo ps-quebra, e se no puder

compensar com dbitos surgidos neste perodo, evidente que restar seriamente prejudicada a continuao determinada pelo juzo

falimentar, uma vez que a empresa, alm de ter que quitar todos seus dbitos relativos a fatos geradores ocorridos aps a falncia,

seus crditos relativos ao mesmo perodo sero compensados com dbitos em aberto oriundos de perodo anterior.

2. No h falar em necessidade de imputao ao pagamento nos moldes do art. 163 do CTN, porquanto a empresa impetrante

aponta nos prprios pedidos de compensao encaminhados autoridade fiscal, os dbitos que quer compensar com seus crditos

apurados no perodo posterior decretao da falncia.

3. A utilizao do crdito faculdade do credor. ele que, na condio de titular do direito, deve escolher quais os dbitos que

pretende quitar atravs da compensao.

4. Interpretando-se harmonicamente as normas jurdicas atinentes ao caso concreto e conciliando-se os variados interesses

conflitantes envolvidos na peculiar situao dos autos (interesse dos credores na continuao das atividades da empresa falida,

salvaguarda dos empregos, interesse do Fisco na arrecadao tributria) deve ser assegurado impetrante a possibilidade de

compensar seus crditos de IPI com dbitos tributrios relativos a tributos vincendos aps a data da quebra.

(TRF4, AMS 2003.72.05.000433-1, Primeira Turma, Relator Maria Lcia Luz Leiria, publicado em 06/07/2005)

Isso posto, defiro o efeito suspensivo, para determinar que o agravado analise o pedido de compensao do crdito da agravantecom as contribuies no recolhidas dos empregados, sem a restrio concernente imputao do pagamento, consoante a

fundamentao.

Intimem-se. Publique-se. Comunique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00014 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.000915-0/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : CIA/ PROVINCIA DE CREDITO IMOBILIARIO

ADVOGADO : Ana Maria Pereira Thaddeu

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso que julgou deserto o recurso adesivo interposto pela agravante, face ao

no-recolhimento das custas recursais (fl. 73).

Assevera a agravante que o recurso adesivo, quando dependente de recurso de apelao, a este se equipara de acordo com o art. 500

do Cdigo de Processo Civil, inclusive, para os efeitos de preparo. Defende, nessa senda, que, se a apelao interposta pelo INSS

no se sujeitou ao prvio recolhimento de preparo, este tambm no pode lhe ser exigido. Requer seja emprestado efeito suspensivo

ao agravo, nos termos do art. 527, III, c/c art. 558, caput, do CPC.

Decido.

Merece prosperar a insurgncia.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 18 / 1510

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Com efeito, na esteira do entendimento do E. Superior Tribunal de Justia, bem como em observncia ao disposto no pargrafo

nico do art. 500 do CPC, entendo que o recurso adesivo deve seguir a sorte do principal, inclusive, quanto aos requisitos para o seu

conhecimento. De conseguinte, em no sendo exigido o preparo (custas recursais e porte de remessa e retorno) para a apelao da

autarquia previdenciria, do mesmo modo no o ser para o recurso aderente.

Nesse sentido, os seguintes esclios do STJ:

"Recurso adesivo. Pressuposto de admissibilidade. 1. O recurso adesivo possvel quando presente a sucumbncia recproca,

subordinando-se s mesmas regras do independente, quanto s condies de admissibilidade, preparo e julgamento no Tribunal

Superior.

2. Recurso especial conhecido e provido." (REsp 213.813 - Relator Ministro Carlos Alberto Menezes Direito - DJ 26.06.00, p. 160.)

"PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO. MOTIVAO DEFICIENTE. NO ENFRENTAMENTO DAS

QUESTES POSTAS A JULGAMENTO. REJEIO PURA E SIMPLES POR INEXISTNCIA DOS PRESSUPOSTOS

AUTORIZADORES. VIOLAO DE LEI FEDERAL CONFIGURADA. NULIDADE EXISTENTE. 1 - Se, em sede de Embargos

Declaratrios, o Tribunal se nega a apreciar questo preliminar de mrito que se apresenta como prejudicial ao exame da causa, e

que, por fora at mesmo do Recurso de Ofcio se lhe impunha conhecer, comete ato de entrega de prestao jurisdicional

imperfeito. As decises judiciais devem ser motivadas, sob pena de nulidade, devendo conter explicitao fundamentada quanto aos

temas suscitados pelas partes.

2 - Reconhecida essa precariedade no acrdo dos embargos, via recurso especial, decreta-se a sua nulidade, determinando-se que

seja proferido novo julgamento com o exame obrigatrio da preliminar suscitada pelo contribuinte, apreciando-se e decidindo-se

como melhor for construdo o convencimento a respeito.

3 - Recurso adesivo. No h preparo se, tambm, inexigvel para o recurso principal.4 - A autonomia do recurso adesivo, em face da apelao, de contedo. No se exige rigorismo formal para a sua interposio.

5 - Recurso provido, para anular o acrdo dos Embargos de Declarao." (REsp 244393 - Relator Ministro Jos Delgado - DJ

02.05.00, p. 119.) - grifei

"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ADESIVO. PREPARO. EXIGIBILIDADE.

ART. 500, PAR. UNICO, DO CPC.

1. O PREPARO DO RECURSO ADESIVO SO SERA DEVIDO QUANDO TAMBEM O FOR PARA O APELO PRINCIPAL.

2. ESTANDO A MUNICIPALIDADE DESOBRIGADA DO PAGAMENTO DO PREPARO DO SEU RECURSO, A PARTE QUE

RECORREU ADESIVAMENTE NO ESTA SUJEITA A ESSE ONUS.

3. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO." (REsp 40220 - Relator Ministro Francisco Peanha Martins - DJ 21.10.96,

p. 40229.)

Tambm esta Turma j se posicionou de igual forma:

"EMENTA: PROCESSUAL. RECURSO ADESIVO. PREPARO.

- A dispensa de preparo do recurso principal aproveita ao recorrente adesivo." (TRF4, AG 2005.04.01.048717-5, Primeira Turma,

Relator Marcelo Malucelli, publicado em 22/02/2006)

Isso posto, defiro o pedido de efeito suspensivo, para determinar o recebimento do recurso adesivo de apelao.Intimem-se, sendo o agravado para resposta.

Publique-se.

Comunique-se o juzo a quo.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00015 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.001043-7/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

AGRAVADO : CESELT CENTRAL DE SERVICOS DE PROCESSAMENTO DE DADOS LTDA/ massa falida

INTERESSADO : NILSON OLIMPIO VENCESLAU RODRIGUES e outro

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 19 / 1510

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DECISO

Trata-se de agravo de instrumento que investe contra deciso que indeferiu o pedido de prosseguimento da execuo contra os

responsveis tributrios.

Suscita ainda, que restou demonstrada nos autos a existncia de fundamentos para o redirecionamento da execuo, haja vista a

ocorrncia de falncia da executada sem a satisfao das obrigaes tributrias pela massa falida.

Assevera a aplicabilidade e a constitucionalidade do art. 13 da Lei 8620/93.

No merece prosperar o agravo.

O art. 135, III, do CTN, autoriza o redirecionamento da execuo contra os diretores ou representantes de pessoas jurdicas de direito

privado, quando praticarem atos com excesso de poderes ou infrao lei, contrato social ou estatuto.

A questo que exsurge se o simples inadimplemento do tributo acarreta a responsabilizao pessoal do scio ou diretor da

empresa. De regra, de responsabilidade da sociedade comercial o pagamento do tributo, a qual deve arcar com as conseqncias

resultantes do no-cumprimento da obrigao tributria. Cuidando-se de sociedade por cotas de responsabilidade limitada, h

responsabilidade solidria dos scios-gerentes somente pelo excesso de mandato e pelos atos praticados com violao da lei ou do

contrato. Nas sociedades annimas, os diretores no so responsveis pelas obrigaes que contrarem em nome da empresa e em

virtude de ato regular de gesto, porm respondem civilmente pelos prejuzos que causarem, quando agirem com culpa ou dolo,

dentro de suas atribuies ou poderes, ou com violao da lei ou do estatuto.

H que se considerar, todavia, que a violao lei, ao contrato ou ao estatuto no presumida, exigindo-se comprovao de que o

scio-gerente ou diretor agiu culposa ou dolosamente na administrao da empresa. A legislao comercial afasta a responsabilidade

objetiva do scio ou administrador, merecendo interpretao sistemtica o dispositivo do CTN que trata da responsabilidade

tributria pessoal. Assim, somente possvel a responsabilizao pessoal se houver prova inequvoca de que o no-recolhimento de

tributo resultou da atuao dolosa ou culposa do scio-gerente ou do diretor, que, com o seu procedimento, causaram violao lei,

ao contrato ou ao estatuto.

Os mesmos princpios norteiam a responsabilizao dos scios em caso de dissoluo irregular da sociedade, ou mesmo de falncia,

pois estas hipteses no configuram, a priori, atuao dolosa ou culposa. No se pode erigir exigncia de ordem formal como fator

de responsabilizao objetiva, sob pena de privilegiar-se a forma em detrimento da realidade. No se pode olvidar que a difcil

conjuntura econmico-financeira do pas provoca o perecimento de muitas empresas, cuja crtica situao no permite sequer que

regularizem a extino da sociedade. No tocante falncia, a prpria legislao de regncia condiciona a extenso da

responsabilidade social dos scios-gerentes ou administradores apurao em processo ordinrio, no juzo falimentar, de iniciativa

do sndico.

Outrossim, alm de comprovar a participao consciente em atos com excesso de poderes ou infrao lei, contrato ou estatuto, que

acarrete o inadimplemento do tributo, deve o exeqente provar que o scio ou administrador tenha efetivamente exercido as suas

funes ao tempo do surgimento da obrigao tributria, porquanto no pode ser responsabilizado por dbitos anteriores ou

posteriores ao seu ingresso ou gesto na sociedade.

Compete ao exeqente produzir as provas neste sentido, porquanto no merece vingar o pedido com base em mera imputao de

responsabilidade objetiva do scio-gerente. Somente aps o cumprimento destes requisitos, verificar o MM. Juzo a quo a

possibilidade de redirecionamento da execuo.

No caso concreto, no houve prova inequvoca de que o scios agiram com excesso de poderes ou infrao lei, pelo que no cabe,

neste momento, a responsabilizao dos mesmos.

A argumentao expendida neste voto traduz orientao da 1 Seo desta Corte, ento espelhada em julgado do E. STJ, consoante

os precedentes a seguir transcritos:

"TRIBUTRIO E PROCESSUAL CIVIL - ICMS - EXECUO FISCAL - REDIRECIONAMENTO - SCIOS DE SOCIEDADE

POR QUOTAS - RESPONSABILIDADE SOCIETRIA - ART. 135, III, CTN.

I - A responsabilidade tributria prevista no art. 135, III, do CTN, imposta ao scio-gerente, ao administrador ou ao diretor de

empresa comercial s se caracteriza quando h dissoluo irregular da sociedade ou se comprova a prtica de atos de abuso de

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gesto ou de violao da lei ou do contrato.

II - Os scios da sociedade de responsabilidade por cotas no respondem objetivamente pela dvida fiscal apurada em perodo

contemporneo a sua gesto, pelo simples fato da sociedade no recolher a contento o tributo devido, visto que, o no cumprimento

da obrigao principal, sem dolo ou fraude, apenas representa mora da empresa contribuinte e no "infrao legal" deflagradora

da responsabilidade pessoal e direta do scio da empresa.

III - No comprovado os pressupostos para a responsabilidade solidria do scio da sociedade de responsabilidade limitada h que

se primeiro verificar a capacidade societria para solver o dbito fiscal, para s ento, supletivamente, alcanar seus bens.

IV - Recurso Especial a que se d provimento." (REsp n 121.021/PR, 2 Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJU 11/09/2000, p. 235)

"EMBARGOS INFRINGENTES. EXECUO FISCAL. CITAO DO SCIO-GERENTE. ART. 135, INC. III, DO CTN.

1. De acordo com a jurisprudncia do e. Superior Tribunal de Justia, interpretando o alcance do art. 135, III, do CTN, o simples

inadimplemento de tributos no autoriza o redirecionamento da execuo fiscal contra os scios-gerentes da empresa devedora.

2. O recolhimento de contribuies previdencirias constitui encargo da pessoa jurdica, cujo patrimnio no se confunde com o

dos scios que a integram.

3. Para que se promova a responsabilizao do scio-gerente, necessrio que a exeqente faa prova no sentido de que o scio

agiu com excesso de mandato ou infringncia lei ou estatuto, em detrimento dos objetivos almejados pelo empreendimento.(Jos

Germano da Silva, DJU 11/07/2001, p. 127)

No obstante, o mencionado art. 13 da Lei n 8620/93 j foi analisado por este Tribunal na Argio de Inconstitucionalidade em

Agravo de Instrumento N 1999.04.01.096481-9/SC, onde foi declarado inconstitucional na parte em que estabelece: "e os scios

das empresas por cotas de responsabilidade limitada" por invadir rea reservada lei complementar, vulnerando, dessa forma, o art.

146, III, 'b', da Constituio Federal.

Tendo em vista o fundamento acima exarado, junto o inteiro teor da Argio de Inconstitucionalidade.

Assim sendo, nego seguimento ao presente agravo, conforme autoriza o artigo 557, do CPC, o que no retira da exeqente a

condio de, se demonstrada a efetiva ingerncia dos scios da empresa para com as obrigaes desta, vir a postular novamente o

redirecionamento do executivo.

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00016 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.001047-4/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

AGRAVADO : CORA MARTINS ATACADISTAS E DISTRIBUIDORES LTDA/ massa falida

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento que investe contra deciso (fls. 56/57) que indeferiu o pedido de prosseguimento da execuo

contra os responsveis tributrios.

Suscita ainda, que restou demonstrada nos autos a existncia de fundamentos para o redirecionamento da execuo, haja vista a

ocorrncia de falncia da executada sem a satisfao das obrigaes tributrias pela massa falida.

Assevera a aplicabilidade e a constitucionalidade do art. 13 da Lei 8620/93.

No merece prosperar o agravo.

O art. 135, III, do CTN, autoriza o redirecionamento da execuo contra os diretores ou representantes de pessoas jurdicas de direito

privado, quando praticarem atos com excesso de poderes ou infrao lei, contrato social ou estatuto.

A questo que exsurge se o simples inadimplemento do tributo acarreta a responsabilizao pessoal do scio ou diretor da

empresa. De regra, de responsabilidade da sociedade comercial o pagamento do tributo, a qual deve arcar com as conseqncias

resultantes do no-cumprimento da obrigao tributria. Cuidando-se de sociedade por cotas de responsabilidade limitada, h

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 21 / 1510

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responsabilidade solidria dos scios-gerentes somente pelo excesso de mandato e pelos atos praticados com violao da lei ou do

contrato. Nas sociedades annimas, os diretores no so responsveis pelas obrigaes que contrarem em nome da empresa e em

virtude de ato regular de gesto, porm respondem civilmente pelos prejuzos que causarem, quando agirem com culpa ou dolo,

dentro de suas atribuies ou poderes, ou com violao da lei ou do estatuto.

H que se considerar, todavia, que a violao lei, ao contrato ou ao estatuto no presumida, exigindo-se comprovao de que o

scio-gerente ou diretor agiu culposa ou dolosamente na administrao da empresa. A legislao comercial afasta a responsabilidade

objetiva do scio ou administrador, merecendo interpretao sistemtica o dispositivo do CTN que trata da responsabilidade

tributria pessoal. Assim, somente possvel a responsabilizao pessoal se houver prova inequvoca de que o no-recolhimento de

tributo resultou da atuao dolosa ou culposa do scio-gerente ou do diretor, que, com o seu procedimento, causaram violao lei,

ao contrato ou ao estatuto.

Os mesmos princpios norteiam a responsabilizao dos scios em caso de dissoluo irregular da sociedade, ou mesmo de falncia,

pois estas hipteses no configuram, a priori, atuao dolosa ou culposa. No se pode erigir exigncia de ordem formal como fator

de responsabilizao objetiva, sob pena de privilegiar-se a forma em detrimento da realidade. No se pode olvidar que a difcil

conjuntura econmico-financeira do pas provoca o perecimento de muitas empresas, cuja crtica situao no permite sequer que

regularizem a extino da sociedade. No tocante falncia, a prpria legislao de regncia condiciona a extenso da

responsabilidade social dos scios-gerentes ou administradores apurao em processo ordinrio, no juzo falimentar, de iniciativa

do sndico.

Outrossim, alm de comprovar a participao consciente em atos com excesso de poderes ou infrao lei, contrato ou estatuto, que

acarrete o inadimplemento do tributo, deve o exeqente provar que o scio ou administrador tenha efetivamente exercido as suas

funes ao tempo do surgimento da obrigao tributria, porquanto no pode ser responsabilizado por dbitos anteriores ou

posteriores ao seu ingresso ou gesto na sociedade.

Compete ao exeqente produzir as provas neste sentido, porquanto no merece vingar o pedido com base em mera imputao de

responsabilidade objetiva do scio-gerente. Somente aps o cumprimento destes requisitos, verificar o MM. Juzo a quo a

possibilidade de redirecionamento da execuo.

No caso concreto, no houve prova inequvoca de que o scios agiram com excesso de poderes ou infrao lei, pelo que no cabe,

neste momento, a responsabilizao dos mesmos.

A argumentao expendida neste voto traduz orientao da 1 Seo desta Corte, ento espelhada em julgado do E. STJ, consoante

os precedentes a seguir transcritos:

"TRIBUTRIO E PROCESSUAL CIVIL - ICMS - EXECUO FISCAL - REDIRECIONAMENTO - SCIOS DE SOCIEDADE

POR QUOTAS - RESPONSABILIDADE SOCIETRIA - ART. 135, III, CTN.

I - A responsabilidade tributria prevista no art. 135, III, do CTN, imposta ao scio-gerente, ao administrador ou ao diretor de

empresa comercial s se caracteriza quando h dissoluo irregular da sociedade ou se comprova a prtica de atos de abuso de

gesto ou de violao da lei ou do contrato.

II - Os scios da sociedade de responsabilidade por cotas no respondem objetivamente pela dvida fiscal apurada em perodo

contemporneo a sua gesto, pelo simples fato da sociedade no recolher a contento o tributo devido, visto que, o no cumprimento

da obrigao principal, sem dolo ou fraude, apenas representa mora da empresa contribuinte e no "infrao legal" deflagradora

da responsabilidade pessoal e direta do scio da empresa.

III - No comprovado os pressupostos para a responsabilidade solidria do scio da sociedade de responsabilidade limitada h que

se primeiro verificar a capacidade societria para solver o dbito fiscal, para s ento, supletivamente, alcanar seus bens.

IV - Recurso Especial a que se d provimento." (REsp n 121.021/PR, 2 Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJU 11/09/2000, p. 235)

"EMBARGOS INFRINGENTES. EXECUO FISCAL. CITAO DO SCIO-GERENTE. ART. 135, INC. III, DO CTN.

1. De acordo com a jurisprudncia do e. Superior Tribunal de Justia, interpretando o alcance do art. 135, III, do CTN, o simples

inadimplemento de tributos no autoriza o redirecionamento da execuo fiscal contra os scios-gerentes da empresa devedora.

2. O recolhimento de contribuies previdencirias constitui encargo da pessoa jurdica, cujo patrimnio no se confunde com o

dos scios que a integram.

3. Para que se promova a responsabilizao do scio-gerente, necessrio que a exeqente faa prova no sentido de que o scio

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agiu com excesso de mandato ou infringncia lei ou estatuto, em detrimento dos objetivos almejados pelo empreendimento.(Jos

Germano da Silva, DJU 11/07/2001, p. 127)

No obstante, o mencionado art. 13 da Lei n 8620/93 j foi analisado por este Tribunal na Argio de Inconstitucionalidade em

Agravo de Instrumento N 1999.04.01.096481-9/SC, onde foi declarado inconstitucional na parte em que estabelece: "e os scios

das empresas por cotas de responsabilidade limitada" por invadir rea reservada lei complementar, vulnerando, dessa forma, o art.

146, III, 'b', da Constituio Federal.

Tendo em vista o fundamento acima exarado, junto o inteiro teor da Argio de Inconstitucionalidade.

Assim sendo, nego seguimento ao presente agravo, conforme autoriza o artigo 557, do CPC, o que no retira da exeqente a

condio de, se demonstrada a efetiva ingerncia dos scios da empresa para com as obrigaes desta, vir a postular novamente o

redirecionamento do executivo.

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00017 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.001051-6/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

AGRAVADO : BOJUNGA DIAS S/A massa falida

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento que investe contra deciso (fls. 23/24) que indeferiu o pedido de prosseguimento da execuo

contra os responsveis tributrios.

Suscita ainda, que restou demonstrada nos autos a existncia de fundamentos para o redirecionamento da execuo, haja vista a

ocorrncia de falncia da executada sem a satisfao das obrigaes tributrias pela massa falida.

Assevera a aplicabilidade e a constitucionalidade do art. 13 da Lei 8620/93.

No merece prosperar o agravo.

O art. 135, III, do CTN, autoriza o redirecionamento da execuo contra os diretores ou representantes de pessoas jurdicas de direito

privado, quando praticarem atos com excesso de poderes ou infrao lei, contrato social ou estatuto.

A questo que exsurge se o simples inadimplemento do tributo acarreta a responsabilizao pessoal do scio ou diretor da

empresa. De regra, de responsabilidade da sociedade comercial o pagamento do tributo, a qual deve arcar com as conseqncias

resultantes do no-cumprimento da obrigao tributria. Cuidando-se de sociedade por cotas de responsabilidade limitada, h

responsabilidade solidria dos scios-gerentes somente pelo excesso de mandato e pelos atos praticados com violao da lei ou do

contrato. Nas sociedades annimas, os diretores no so responsveis pelas obrigaes que contrarem em nome da empresa e em

virtude de ato regular de gesto, porm respondem civilmente pelos prejuzos que causarem, quando agirem com culpa ou dolo,

dentro de suas atribuies ou poderes, ou com violao da lei ou do estatuto.

H que se considerar, todavia, que a violao lei, ao contrato ou ao estatuto no presumida, exigindo-se comprovao de que o

scio-gerente ou diretor agiu culposa ou dolosamente na administrao da empresa. A legislao comercial afasta a responsabilidade

objetiva do scio ou administrador, merecendo interpretao sistemtica o dispositivo do CTN que trata da responsabilidade

tributria pessoal. Assim, somente possvel a responsabilizao pessoal se houver prova inequvoca de que o no-recolhimento de

tributo resultou da atuao dolosa ou culposa do scio-gerente ou do diretor, que, com o seu procedimento, causaram violao lei,

ao contrato ou ao estatuto.

Os mesmos princpios norteiam a responsabilizao dos scios em caso de dissoluo irregular da sociedade, ou mesmo de falncia,

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 1510

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pois estas hipteses no configuram, a priori, atuao dolosa ou culposa. No se pode erigir exigncia de ordem formal como fator

de responsabilizao objetiva, sob pena de privilegiar-se a forma em detrimento da realidade. No se pode olvidar que a difcil

conjuntura econmico-financeira do pas provoca o perecimento de muitas empresas, cuja crtica situao no permite sequer que

regularizem a extino da sociedade. No tocante falncia, a prpria legislao de regncia condiciona a extenso da

responsabilidade social dos scios-gerentes ou administradores apurao em processo ordinrio, no juzo falimentar, de iniciativa

do sndico.

Outrossim, alm de comprovar a participao consciente em atos com excesso de poderes ou infrao lei, contrato ou estatuto, que

acarrete o inadimplemento do tributo, deve o exeqente provar que o scio ou administrador tenha efetivamente exercido as suas

funes ao tempo do surgimento da obrigao tributria, porquanto no pode ser responsabilizado por dbitos anteriores ou

posteriores ao seu ingresso ou gesto na sociedade.

Compete ao exeqente produzir as provas neste sentido, porquanto no merece vingar o pedido com base em mera imputao de

responsabilidade objetiva do scio-gerente. Somente aps o cumprimento destes requisitos, verificar o MM. Juzo a quo a

possibilidade de redirecionamento da execuo.

No caso concreto, no houve prova inequvoca de que o scios agiram com excesso de poderes ou infrao lei, pelo que no cabe,

neste momento, a responsabilizao dos mesmos.

A argumentao expendida neste voto traduz orientao da 1 Seo desta Corte, ento espelhada em julgado do E. STJ, consoante

os precedentes a seguir transcritos:

"TRIBUTRIO E PROCESSUAL CIVIL - ICMS - EXECUO FISCAL - REDIRECIONAMENTO - SCIOS DE SOCIEDADE

POR QUOTAS - RESPONSABILIDADE SOCIETRIA - ART. 135, III, CTN.

I - A responsabilidade tributria prevista no art. 135, III, do CTN, imposta ao scio-gerente, ao administrador ou ao diretor de

empresa comercial s se caracteriza quando h dissoluo irregular da sociedade ou se comprova a prtica de atos de abuso de

gesto ou de violao da lei ou do contrato.

II - Os scios da sociedade de responsabilidade por cotas no respondem objetivamente pela dvida fiscal apurada em perodo

contemporneo a sua gesto, pelo simples fato da sociedade no recolher a contento o tributo devido, visto que, o no cumprimento

da obrigao principal, sem dolo ou fraude, apenas representa mora da empresa contribuinte e no "infrao legal" deflagradora

da responsabilidade pessoal e direta do scio da empresa.

III - No comprovado os pressupostos para a responsabilidade solidria do scio da sociedade de responsabilidade limitada h que

se primeiro verificar a capacidade societria para solver o dbito fiscal, para s ento, supletivamente, alcanar seus bens.

IV - Recurso Especial a que se d provimento." (REsp n 121.021/PR, 2 Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJU 11/09/2000, p. 235)

"EMBARGOS INFRINGENTES. EXECUO FISCAL. CITAO DO SCIO-GERENTE. ART. 135, INC. III, DO CTN.

1. De acordo com a jurisprudncia do e. Superior Tribunal de Justia, interpretando o alcance do art. 135, III, do CTN, o simples

inadimplemento de tributos no autoriza o redirecionamento da execuo fiscal contra os scios-gerentes da empresa devedora.

2. O recolhimento de contribuies previdencirias constitui encargo da pessoa jurdica, cujo patrimnio no se confunde com o

dos scios que a integram.

3. Para que se promova a responsabilizao do scio-gerente, necessrio que a exeqente faa prova no sentido de que o scio

agiu com excesso de mandato ou infringncia lei ou estatuto, em detrimento dos objetivos almejados pelo empreendimento.(Jos

Germano da Silva, DJU 11/07/2001, p. 127)

No obstante, o mencionado art. 13 da Lei n 8620/93 j foi analisado por este Tribunal na Argio de Inconstitucionalidade em

Agravo de Instrumento N 1999.04.01.096481-9/SC, onde foi declarado inconstitucional na parte em que estabelece: "e os scios

das empresas por cotas de responsabilidade limitada" por invadir rea reservada lei complementar, vulnerando, dessa forma, o art.

146, III, 'b', da Constituio Federal.

Tendo em vista o fundamento acima exarado, junto o inteiro teor da Argio de Inconstitucionalidade.

Assim sendo, nego seguimento ao presente agravo, conforme autoriza o artigo 557, do CPC, o que no retira da exeqente a

condio de, se demonstrada a efetiva ingerncia dos scios da empresa para com as obrigaes desta, vir a postular novamente o

redirecionamento do executivo.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 24 / 1510

http://www.trf4.gov.br/

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2007.

00018 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.001268-9/RS

RELATOR : Des. Federal VILSON DARS

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

AGRAVADO :SINDICATO DAS INDS/ DE ARTEFATOS DE BORRACHA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

ADVOGADO : Cynthia Varisco

DECISO

O INSS interps agravo de instrumento da deciso do juzo a quo colocada nos seguintes termos no Mandado de Segurana Coletivo

n 2006.71.08.017634-9/RS:

"(...)

Trata-se de mandado de segurana coletivo impetrado pelo SINDICATO DAS INDSTRIAS DE ARTEFATOS DE BORRACHA NO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, visando a afastar a exigncia de recolhimento, por parte das empresas associadas ao

sindicato, da contribuio previdenciria sobre os valores pagos durante o afastamento dos empregados por motivo de doena, no

perodo inicial de 15 dias arcado pela empregadora. O impetrante pede liminar para que seja suspensa a exigibilidade da

contribuio previdenciria patronal.

As nicas excluses permitidas pela Lei da base de clculo da contribuio previdenciria prevista no art. 22, I, da Lei 8212/91 so

aquelas mencionadas na prpria lei (art. 28, 9), nelas no se incluindo o auxlio-doena. Por esta razo, julguei improcedentes

inmeros feitos com pretenso idntica. Todavia, o entendimento do Superior Tribunal de Justia tem se consolidado no sentido de

excluir da base de clculo das contribuies previdencirias os valores referentes aos primeiros 15 (quinze) dias de afastamento da

atividade por motivo de doena ou acidente do trabalho, sob o fundamento de que tais parcelas tm carter indenizatrio.

Transcrevo recentes decises da Primeira e da Segunda Turma daquele Tribunal:

TRIBUTRIO. CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA. REMUNERAO PAGA PELO EMPREGADOR NOS PRIMEIROS QUINZE

DIAS DO AUXLIO-DOENA. NO-INCIDNCIA. PRECEDENTES. SALRIO- MATERNIDADE. INCIDNCIA.

PRECEDENTES. COMPENSA