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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ÉRIKA SATIE DOS SANTOS TSUYAMA
TRATAMENTO DE TENDINITES DO MANGUITO ROTADOR COM A APLICAÇÃO DE ACUPUNTURA
Mogi das Cruzes, SP
2014
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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ÉRIKA SATIE DOS SANTOS TSUYAMA
TRATAMENTO DE TENDINITES DO MANGUITO ROTADOR COM A APLICAÇÃO DE ACUPUNTURA
Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Universidade de Mogi das Cruzes, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Acupuntura.
Orientadores: Prof. Luiz A. Alfredo e
Profa. Bernadete Nunes Stolai
Mogi das Cruzes, SP 2014
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ÉRIKA SATIE DOS SANTOS TSUYAMA
TRATAMENTO DE TENDINITES DO MANGUITO ROTADOR COM A APLICAÇÃO DE ACUPUNTURA
Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Universidade de Mogi das Cruzes, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Acupuntura.
Aprovado em ..............................
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Luiz Antonio Alfredo UMC – UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
Profa. Bernadete Nunes Stolai UMC – UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
Profa. Romana de Souza Franco UMC – UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
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“Mente sã em um corpo são, é uma descrição curta, mas completa, de uma condição
feliz neste mundo. Aquele que tem ambos, tem muito pouco mais a desejar; e
aquele que deseja ambos, será um pouco melhor em tudo.”
(John Locke)
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DEDICATÓRIA
Homenagem primeiramente a Deus, por todas as oportunidades e coragem para
sempre seguir em frente.
Dedico aos meus amados pais, Odete dos Santos Tsuyama e Eizo Tsuyama, por
todo o amor, paciência, pela educação e princípios que sempre me foram dados, e
por sempre me apoiarem e proporcionarem a realização de muitos dos meus
sonhos.
Dedico também ao meu querido irmão e amigo, Lincoln dos Santos Tsuyama, pelo
apoio que sempre me deu e por estar sempre ao meu lado.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu querido orientador deste trabalho, professor Luiz Antonio Alfredo,
pela atenção e paciência ao ensinar e orientar, nunca deixando de ser bem
humorado. Pelos “puxões de orelha”, que sempre me fizeram melhorar.
Agradeço à coordenadora do curso de pós graduação de Acupuntura da UMC,
querida professora Romana Souza Franco, pelos ensinamentos, pelo carinho,
risadas e por nunca deixar de buscar o melhor para o curso e para a profissão.
Agradeço à professora Bernadete Stolai, pela co-orientação neste trabalho, pela
paciência e ensinamentos.
Agradeço ao professor Luis Leoneli, por todos os ensinamentos e meditações,
passando sempre calma a todos.
Agradeço a cada aluno que fez parte desta turma: Tatiana, Valeria, Nádia, Erick,
Regis, Marisa, Simone, Moacir, José, Adriano, Armando, Ivone, Debora, Rosangela
e Elizangela, por sempre me ensinarem alguma coisa, pelos momentos divertidos,
almoços, amizade, ajuda, apoio e por proporcionarem uma convivência gostosa
durante todo o curso.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Imagem da estrutura do complexo do ombro (Fonte:
http://www.artroscopiadeombro.com.br/instabilidade_ombro.php.......................
........................................................................................................................ 14
Figura 2: Imagem da Clavícula (Fonte: SOBOTTA, Johannes, Atlas de
Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, Koogan,
2000................................................................................................................ 14
Figura 3: Imagem da Clavícula (Fonte: SOBOTTA, Johannes, Atlas de
Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, Koogan,
2000................................................................................................................ 15
Figura 4: Imagem anterior e posterior do Úmero (Fonte: SOBOTTA,
Johannes, Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara,
Koogan, 2000)................................................................................................ 16
Figura 5: Imagem da articulação do ombro (Fonte: NETTER, Frank. Atlas de
Anatomia Humana. 2ed. Porto alegre: Artmed,
2000................................................................................................................ 17
Figura 6: Imagem da articulação do ombro (Fonte: NETTER, Frank. Atlas de
Anatomia Humana. 2ed. Porto alegre: Artmed, 2000
........................................................................................................................ 18
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RESUMO
A dor no ombro é um problema comum com uma prevalência estimada de 4% para 26%. Cerca de 1 % dos adultos acima de 45 anos consulta o seu médico de família com uma nova apresentação de dor no ombro a cada ano no Reino Unido. A etiologia da dor no ombro é diversificada e inclui patologia proveniente do pescoço, glenoumeral, articulação acromioclavicular, manguito rotador, e outros tecidos moles ao redor da cintura escapular. A fonte mais comum de dor no ombro é o manguito rotador, representando mais de dois terços dos casos. A Acupuntura apresenta uma enorme vantagem, pois é possível tratar inúmeras doenças e aliviar muitas dores e deve ser enfatizado que também é um tratamento preventivo, ou seja, a Acupuntura pode ser aplicada em um indivíduo sadio, para estimular seu sistema imunológico, suas energias, permitindo assim prolongar seus períodos de bem-estar e de saúde. Portanto a circulação harmoniosa das correntes energéticas pelo corpo impede o aparecimento das doenças. A Acupuntura pode ser eficaz no tratamento da dor crônica no ombro. Não pode haver nenhuma diferença de eficácia entre o tratamento de Acupuntura individualizado e padronizado. Isto sugere que a utilização de pontos de norma pode tornar o tratamento mais fácil para o cuidado do paciente e para os estudos de investigação. Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia do tratamento de tendinites do manguito rotador utilizando Acupuntura. Foi realizada uma revisão bibliográfica disponível em livros de Acupuntura, anatomia e patologia clínica. Os pontos mais significantes são: IG15 é considerado o mestre do ombro, o ID19 favorece a circulação do QI e XUE local, o TA14 elimina a dor no ombro e a impotência funcional melhorando a abdução, o IG11 tem ação sobre o ombro eliminando o bloqueio do QI e XUE, acalmando a dor, o TA10 elimina a dor e o bloqueio do QI, o ID8 elimina a obstrução do QI e XUE, o TA5, ponto distal, favorece a desobstrução do QI e XUE do meridiano. As análises obtidas através desta revisão nos mostram um efeito positivo da utilização da Acupuntura no tratamento e melhora da dor em pacientes com tendinite do manguito rotador. Pode-se verificar que ainda existe campo vasto a ser explorado, oferecendo oportunidades de trabalho diferenciado para profissionais da área de saúde. Entretanto, observa-se uma carência de estudos referente a este tema, portanto é preciso mais estudos com metodologias mais apuradas, fazendo com que essa terapia continue ganhando cada vez mais expressão na área da saúde. Palavras Chave: tendinite, acupuntura, manguito rotador, ombro, dor.
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ABSTRACT
Shoulder pain is a common problem with an estimated prevalence of 4% to 26%. About 1% of adults over 45 years consulting their GP with a new presentation of shoulder pain each year in the UK. The etiology of shoulder pain is diverse and includes pathology from the neck, glenohumeral, acromioclavicular joint, rotator cuff, and other soft tissues around the shoulder girdle. The most common source of shoulder pain is rotator cuff, representing more than two thirds of cases. Acupuncture has a huge advantage because you can treat numerous diseases and alleviate a lot of pain and should be emphasized that it is also a preventative treatment, or acupuncture can be applied in a healthy individual, to stimulate your immune system, your energy, thus allowing to extend their periods of wellness and health. Therefore the smooth flow of energy currents in the body prevents the onset of disease. Acupuncture can be effective in treating chronic shoulder pain. There can be no difference in efficacy between treatment individualized and standardized acupuncture. This suggests that the use of standard points can make handling easier for patient care and research studies. This work aims to evaluate the effectiveness of treatment of rotator cuff tendinitis using Acupuncture. A literature review of books available in Acupuncture, anatomy and clinical pathology was performed. The most significant points are: IG15 is considered the master of the shoulder, the ID19 favors the circulation of QI and XUE site, the TA14 eliminate shoulder pain and functional impotence by improving the abduction, the IG11 acts on the shoulder by lifting the blockade QI and XUE, soothing pain, TA10 eliminates pain and blockage of QI, the ID8 eliminates the obstruction of QI and XUE, the TA5, distal point, promotes the clearing of QI and XUE meridian. The analyzes obtained in this review show a positive effect of the use of acupuncture in the treatment and pain relief in patients with rotator cuff tendinitis. One can check that there is still vast field to be explored, offering opportunities for differentiated work for health professionals. However, there is a lack of studies regarding this topic, so we need more studies with more refined methodologies, making this therapy continues gaining increasing expression in health. Keywords: Tendonitis, acupuncture, shoulder pain.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................11
2 METODOLOGIA............................................................................................13
3 ANATOMIA DO OMBRO...............................................................................14
3.1 OSTEOLOGIA..........................................................................................14
3.2 ARTROLOGIA..........................................................................................16
3.3 MANGUITO ROTADOR............................................................................19
3.3.1 Músculos do Manguito Rotador.................................................19
4 ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA..................................................................20
5 MEDICINA OCIDENTAL.................................................................................21
5.1 DIAGNOSTICO.........................................................................................21
5.2 TRATAMENTO.........................................................................................22
6 MEDICINA TADICIONAL CHINESA...............................................................25
6.1 FILOSOFIA DA ACUPUNTURA................................................................25
6.2 DIAGNOSTICO NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA.......................26
6.2.2 Pulso e Língua ..............................................................................27
7 TRATAMENTO...............................................................................................29
8 CONCLUSÃO ................................................................................................34
REFERÊNCIAS...............................................................................................35
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1 INTRODUÇÃO
A dor no ombro é um problema comum com uma prevalência estimada de
4% para 26%. Cerca de 1 % dos adultos acima de 45 anos consulta o seu médico
de família com uma nova apresentação de dor no ombro a cada ano no Reino
Unido. A etiologia da dor no ombro é diversificada e inclui patologia proveniente do
pescoço, glenoumeral, articulação acromioclavicular, manguito rotador, e outros
tecidos moles ao redor da cintura escapular. A fonte mais comum de dor no ombro é
o manguito rotador, representando mais de dois terços dos casos. (GREEN,
BUCHBINDER e HETRICK, 2013)
No Brasil a dor no ombro é a queixa de cerca de 20% dos pacientes que
procuram as clínicas ortopédicas e de fisioterapia. Mas são as lesões crônicas dos
tendões, as chamadas tendinopatias, as responsáveis por nada menos que 40% das
ocorrências. As causas são variadas, entre elas encurtamento muscular, falhas
posturais e de alongamento ou formato do osso acrômio. Atividades profissionais
que exigem movimentos repetitivos dos braços acima da linha dos ombros fazem de
seus executores alvos fáceis de tendinopatias. É o caso de pintores de parede,
cabeleireiras e pessoas que precisam frequentemente pegar objetos pesados em
locais elevados. Esportes como tênis, natação, vôlei, handebol e pólo aquático
também predispõem seus praticantes a lesões. (EJNISMANN, 2011)
A causa mais comum de lesão muscular ou articular é a atividade excessiva
(“Overuse”). Continuar à atividade física, quando ocorre dor contínua, exacerba a
lesão. Sempre que os músculos sofrem estresse, algumas fibras são danificadas
aumentando a probabilidade de lesão. Um exemplo deste tipo de lesão é a tendinite
do manguito rotador, que é uma laceração e inflamação dos tendões dos músculos
supra-espinhoso, infra-espinhoso, subescapular e redondo menor. (AKISKAL, et al.,
2000, p.1178)
A Acupuntura é muito usada para o tratamento de tendinites, e tem os seus
seguidores. Nas patologias crônicas tem pouco resultado, pois nesta fase
geralmente o tendão já se encontra com mudança na sua estrutura celular. Para as
lesões agudas é um tratamento interessante para aliviar a dor e fazer com que o
paciente suporte melhor um tratamento fisioterápico. (SILVA, 2011)
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Ross (1994, p.231) lista a eficácia do tratamento com Acupuntura em casos
de dor dental pós-operatória, dores devido às cólicas menstruais, epicondilites e
fibromialgia, sugerindo que a Acupuntura possa ter um efeito geral sobre a dor.
Yamamura (2001, p.65) relata que a dor é um sintoma que surge quando o
corpo sofre uma agressão física, química, mecânica ou psíquica contra nosso corpo,
e causa um desequilíbrio entre as energias Yin e Yang. E é esse o objetivo da
Acupuntura, equilibrar o Yin e Yang e com isso promover a homeostase.
A Acupuntura é uma importante parte da Medicina Tradicional Chinesa e tem
uma longa história. Os pontos de Acupuntura localizam-se na parte superficial do
corpo e estão conectados às estruturas mais internas. Utilizando estes pontos,
podemos ajustar as funções dos órgãos internos, promovendo seu equilíbrio e,
assim, tratar as doenças. Os seus efeitos são muito confiáveis e não há efeitos
colaterais ou toxidade específica. (WEN, 2008, p.298)
Este estudo foi feito para comprovar a eficácia do tratamento de tendinite
com Acupuntura, por haver um número grande de pessoas que tem esta patologia, e
pelo tratamento não oferecer nenhum efeito colateral.
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2 METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão bibliográfica disponível em livros de Acupuntura,
anatomia e patologia clínica. A revisão também contém artigos científicos que foram
pesquisados previamente nos sites da Bireme, PubMed, Lilacs e Scielo.
O texto foi produzido de acordo com as normas da ABNT, segundo o Manual
de Trabalhos Acadêmicos da UMC.
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3 ANATOMIA DO OMBRO
3.1 OSTEOLOGIA
Os ossos que formam a estrutura do complexo do ombro são: a clavícula, a
escápula e o úmero, formam um conjunto funcional (Figura 1) que permite unir o
membro superior ao tórax.
Figura 1 – Ossos que formam o ombro.
Fonte: (http://www.artroscopiadeombro.com.br/instabilidade_ombro.php)
A clavícula (Figura 2) é um osso subcutâneo que corre horizontalmente do
esterno ao acrômio. (PALASTANGA, FIELD e SOAMES, 2000, p.109)
A fase superior do osso é lisa e suas extremidades diferem: a esternal, que
se articula com o esterno, é globosa, ao passo que a acromial é achatada, e se
articula com a escápula. Os dois terços mediais mostram convexidade anterior, pois
a clavícula deve adaptar-se à curvatura anterior da caixa torácica, ao passo que o
terço lateral é de convexidade posterior. (DANGELO E FATTINI, 2007, p. 306)
Figura 2-Clavícula
Fonte: SOBOTTA, Johannes, Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara,
Koogan, 2000, p.125.
15
A escápula (Figura 3) é um osso laminar que apresenta um corpo triangular
com duas formações bem salientes, a espinha e o processo coracóide. A face
anterior do corpo adapta-se à curvatura posterior da caixa torácica e por esta razão
é côncava e denominada face costal. (DANGELO E FATTINI, 2007. p.306).
Uma crista aguda, a espinha, corre diagonalmente através da superfície do corpo.
A extremidade da espinha é denominada acrômio. Este processo articula-se com a
clavícula. Inferiormente ao acrômio está uma depressão denominada cavidade
glenóide. Esta cavidade articula-se com a cabeça do úmero para formar a
articulação do ombro. Também está presente na escápula uma projeção
denominada processo coracóide, ao qual fixam os músculos. (TORTORA, 2000,
p.173)
Figura 3 – Escápula.
Fonte: SOBOTTA, Johannes, Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara,
Koogan, 2000, p.126.
O úmero é o maior dos ossos no membro superior (Figura 4). Ele é um osso
longo típico, com uma diáfise (corpo) e duas extremidades. Proximamente, úmero
articula-se com a fossa glenóide da escapula, formando a articulação do ombro, e
distalmente com o rádio e ulna, formando a articulação do cotovelo. (PALASTANGA,
FIELD e SOAMES, 2000, p.261)
16
Figura 4 – Úmero.
Fonte: SOBOTTA, Johannes, Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara,
Koogan, 2000, p.126.
3.2 ARTROLOGIA
O ombro é formado por três articulações: esternoclavicular, acromioclavicular
e escapuloumeral (SOBOTTA, 2000, p. 288).
A disfunção de uma dessas articulações ou estruturas pode resultar em
função limitada ou lesão do complexo do ombro (ANDREWS e WILK, 2000, p.232).
A articulação esternoclavicular é do tipo sinovial duplo-plana, que ocorre entre
a extremidade esternal da clavícula, o manúbrio do esterno e a primeira cartilagem
costal.
A cápsula que envolve a articulação é reforçada na frente e atrás da
articulação pelos fortes ligamentos esternoclaviculares. De acordo com Snell (1925,
p.121), o movimento realizado nesta articulação é o da clavícula para frente e para
trás, que ocorre no compartimento medial, e a elevação e o abaixamento da
clavícula que ocorre no compartimento lateral. O movimento da clavícula para frente
é produzido pelo músculo serrátil anterior. O movimento para trás é produzido pelos
músculos trapézio e romboide. A elevação da clavícula é produzida pelos músculos
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trapézio, esternocleidomastóideo, elevador da escápula e romboides. O
abaixamento da clavícula é produzido pelos músculos peitoral menor e subclávio
(SNELL,1925, p.369).
Figura 5
Fonte: NETTER, Frank. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto alegre: Artmed, 2000, p.171.
A articulação acromioclavicular é formada pela extremidade lateral da
clavícula e pelo acrômio sendo classificada por Andrews, Harrelson e Wilk, (2000,
p.245) como uma articulação sinovial plana, Segundo Dângelo e Fattini (2000,
p.306), sua cápsula articular não é robusta e, além disto, o plano da juntura é
oblíquo de modo que a clavícula tende a sobrepor-se ao acrômio. Para garantir
estabilidade e evitar a sobreposição, o ligamento córacoclavicular estende-se entre a
clavícula e o processo coracóide. Este ligamento está constituído de duas partes, o
ligamento coronóide e o trapezoide.
A articulação acromioclavicular permite movimento mínimo entre seus dois
ossos, mormente rotação durante abdução e adução do braço; fora disso os dois
ossos movem-se virtualmente em uníssono sobre o tronco, em torno do eixo
costoclavicular. (BACKHOUSE, 1989, p.309)
A articulação escapuloumeral é considerada a de maior mobilidade do corpo;
tem acetábulo pequeno, raso, ampliado pelo lábio glenoidal, de cartilagem fibrosa,
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que só entra em contato com cerca de 1/3 da cabeça do úmero. A cápsula articular,
muito ampla e frouxa, insere-se na margem do lábio glenoidal, desvia-se levemente
para cima no tubérculo supraglenoidal e envolve o tendão longo do bíceps. A
cápsula é reforçada pelo ligamento coracoumeral que sobrepassa sulco
intertubercular e se estende da base do processo coracóide aos tubérculos maior e
menor e pelos ligamentos glenoumerais. Os movimentos da articulação por ser
esferoide é triaxial, isto é, possui três eixos equivalentes às direções geométricas no
espaço. Permite a execução isolada, ou combinada, de todos os movimentos:
flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e lateral e circundução, cujo
ápice de cone corresponde à própria articulação. (SPALTEHOLZ, 2006, p.298)
Figura 6
Fonte: NETTER, Frank. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto alegre: Artmed, 2000, p.173.
3.3 MANGUITO ROTADOR
Segundo Snell (1925, p.371) o manguito rotador é formado pelos músculos
supra espinhal, o infra espinhal, o redondo menor e o subescapular, e é o tônus
destes músculos que auxiliam na estabilização da cabeça do úmero na cavidade
glenóide da escapula, durante o movimento da articulação do ombro. O manguito
rotador se situa nas faces anterior, superior e posterior da articulação, e com isso a
região inferior fica deficiente, propícia à fraqueza.
19
3.3.1 Músculos do Manguito Rotador
O manguito rotador é composto por quatro músculos e seus tendões, sendo
eles: músculos supra-espinhal, infra-espinhal, subescapular e redondo menor. O
músculo subescapular é o mais anterior dos quatro. Origina-se na face costal da
escápula, atravessa anteriormente a articulação gleno-umeral e se insere no
tubérculo menor do úmero.
O músculo supra-espinhal é o mais superior, originando-se na fossa supra
espinhal e se inserindo no tubérculo maior do úmero. O músculo infra espinhal
origina-se na fossa infra-espinhal da escápula e se insere no tubérculo maior do
úmero. O redondo menor é um pequeno músculo que pode estar fundido ao infra
espinhal.
Outra estrutura muscular, rotineiramente examinada durante a
ultrassonografia do ombro, é o tendão da cabeça longa do bíceps, que se origina no
tubérculo supra glenoidal, percorre o úmero lateral e anteriormente e sai da
articulação pelo sulco intertubercular. O tendão bicipital e o manguito rotador são
separados do processo acromial e do músculo deltóide por uma quantidade variável
de gordura e pela bursasubdeltóidea-subacromial. A bursa promove a lubrificação
local e auxilia na suavidade dos movimentos entre as estruturas vizinhas
(ZORZETTO e URBAN, 2003, p.345).
20
4 ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
A tendinite é uma inflamação de um tendão. Os tendões são cordões fortes
de fibras que ligam os músculos aos ossos.
A tendinite ocorre e pessoas de meia-idade ou avançada, quando os tendões
fiam mais sensíveis às lesões. No entanto, também pode aparecer em jovens que
praticam muito exercício, que podem desenvolver tendinite da coifa dos rotadores, e
em indivíduos que realizam tarefas repetitivas. (AKISKAL, ALEXANDER, ALEXSON,
2000, p.1178)
As causas da dor no ombro são muitas. A causa mais comum é uma tendinite
degenerativa. Constitui 90 por cento das incapacidades não traumáticas dolorosas.
Foi chamada bursite, péricapsulite, tendinite, capsulite adesiva, periartrite escápulo-
umeral, etc. (CAILIET, RENE, 1989, p.367)
A posição em que o ombro realiza a maioria das atividades é em flexão ou em
elevação, e não em abdução; isso determina o fenômeno de impacto (impingement)
da grande tuberosidade contra o arco coracoacroial, que é formado por três
estruturas: superfície inferior e anterior do acrômio, ligamento coracoacromial, e
articulação acromioclavicular. A área do impacto está centrada na área crítica do
supra-espinal e na cabeça longa do bíceps (LECH, OSVANDRÉ,2004, p.111).
Segundo Salter (1985, p.128), a doença degenerativa do manguito rotador é
frequentemente mais notada na porção do supra-espinhoso, possivelmente porque o
suprimento sanguíneo nesta área é menos adequado e, daí mais vulnerável às
pressões. As lacerações degenerativas e suas sequelas produzem reações
inflamatórias agudas ou crônicas nos tecidos, derivando-se o termo clínico tendinite.
21
5 MEDICINA OCIDENTAL
5.1 DIAGNÓSTICO
Com o nível de atividade crescente na população atual, lesões, que no
passado eram prevalentes em pacientes mais idosos, atualmente, são vistas em
pacientes mais novos.Pacientes mais jovens, geralmente, estão envolvidos em
atividades atléticas, com movimentos repetitivos do braço acima da cabeça,
acidentes de alto impacto ou trabalho pesado. A dor ocorre, principalmente, durante
a fase da atividade com abdução acima de 90°. A dor contínua, presente mesmo
após a interrupção da atividade, é sinal de comprometimento mais grave, e a ruptura
do manguito rotador deve ser suspeitada. (EJISMAN et al., 2008).
Pacientes de meia idade, freqüentemente, apresentam tendinopatia,
resultante de sobrecarga repetitiva, particularmente quando o trabalho do paciente
envolve a atividade com os membros superiores acima da cabeça.
A ruptura total do manguito pode ocorrer, mas raramente incluem lesão de toda a
espessura do manguito e retração dos tendões. Os sintomas consistem em um
ombro cronicamente doloroso com irradiação para a inserção do deltóide no úmero.
Os pacientes mais idosos, geralmente, apresentam um impacto subacromial
verdadeiro, causando atrito no manguito rotador. Os episódios de dor podem ser
intensos e associados à crepitação, fraqueza na abdução e rotação lateral, sendo
que a dor geralmente se exacerba à noite. O exame físico pode trazer informações
sobre a localização e gravidade da lesão e consiste da inspeção e palpação da
cintura escapular, análise da amplitude de movimento ativo e passivo da cintura
escapular, testes para analisar a força motora dos diferentes grupos musculares e
testes de sensibilidade. Além disso, testes especiais direcionados a afecção
completam o exame. (AKISKAL et al., 2010, p.856)
Os testes de Neer, Hawkins e Yokun são direcionados para avaliar o impacto
subacromial; os testes do supra espinal e de Jobe são direcionados para avaliar
afecções do tendão supra espinal; o teste de Patte e o teste da cancela servem para
avaliar as afecções do tendão infraespinal; e o teste de Gerber serve para avaliar o
tendão do subescapular. Os exames complementares podem ser solicitados para
avaliar outros aspectos importantes do diagnóstico, como grau de retração tendínea,
grau de degeneração muscular e lesões associadas. A radiografia é o exame
22
solicitado, inicialmente, pois fornece informações importantes principalmente sobre
as alterações ósseas, como artrose glenoumeral, esporão acromial e ascensão da
cabeça umeral em relação aglenóide. A ultra-sonografia é um exame atraente, por
não ser invasivo e ter o potencial de mostrar lesões incompletas, mas é um exame
que depende da experiência do radiologista, podendo ser pouco sensível quando
executado por profissionais menos experientes. A ressonância nuclear magnética é
o melhor método de imagem para avaliar as lesões do manguito rotador, podendo
ser realizado com ou sem contraste. .A artroscopia é o melhor método para
visualizar a lesão do manguito rotador, permitindo realizar o tratamento da lesão.
(EJISMANN et al., 2008)
5.2 TRATAMENTO
O sucesso do tratamento está diretamente relacionado com um correto
diagnóstico instalado precocemente e no início imediato do tratamento, juntamente
com o afastamento do exercício da atividade que provocou o dano.
O tratamento depende do estágio da doença e quanto mais cedo for feito o
diagnostico e a intervenção, menos invasivo será o tratamento. Este, por sua vez
consiste basicamente na fisioterapia, crioterapia, repouso articular ou do membro
afetado, uso de medicamentos (anti-inflamatórios, analgésicos, tricíclicos), de sorte
que o individuo que apresente essas alterações deverá ainda realizar mudança do
hábito de vida e em casos extremos, podem ser utilizados procedimentos cirúrgicos.
(AKISKAL et al., 2000, p.1178)
Os objetivos do tratamento são o alívio da dor e o repouso do tendão
inflamado.
O tratamento conservador oferece a vantagem de evitar a cirurgia e as suas
complicações inerentes (infecção, lesões nervosas e do deltoide). Suas
desvantagens: possibilidade de recorrência dos sintomas e, mais importante, o
agravamento da lesão e alterações degenerativas crônicas (atrofia, degeneração
gordurosa e retração dos tendões) que poderiam complicar um eventual tratamento
cirúrgico futuro e influenciar negativamente na qualidade de seu resultado final. O
tratamento cirúrgico oferece a possibilidade de alívio da dor e, possivelmente, a
prevenção de alterações crônicas. (OLIVEIRA, 2010)
23
Os riscos e benefícios do tratamento cirúrgico e não cirúrgico devem ser
considerados e discutidos com o paciente.
As cirurgias são indicadas apenas em casos específicos, analisando bem os
possíveis riscos e benefícios, uma vez que uma cirurgia mal indicada poderá
prejudicar o quadro clínico, dificultando a reabilitação e retorno do paciente à sua
atividade normal. O apoio psicológico do paciente portador de LER/DORT também é
de grande importância para o sucesso do tratamento. (MURRY e CARR, 2010)
O tratamento conservador oferece a vantagem de evitar a cirurgia e as suas
complicações inerentes (infecção, lesões nervosas e do deltóide). Suas
desvantagens: possibilidade de recorrência dos sintomas e, mais importante, o
agravamento da lesão e alterações degenerativas crônicas (atrofia, degeneração
gordurosa e retração dos tendões) que poderiam complicar um eventual tratamento
cirúrgico futuro e influenciar negativamente na qualidade de seu resultado final. O
tratamento cirúrgico oferece a possibilidade de alívio da dor e, possivelmente, a
prevenção de alterações crônicas. (OLIVEIRA, 2010)
O tratamento conservador consiste na combinação da infiltração de
corticosteróides, antiinflamatórios não esteróides, ultra-som e cinesioterapia.
A infiltração de corticóides atua diminuindo o processo inflamatório e,
consequentemente, a dor, facilitando assim a reabilitação. Os efeitos nocivos dessas
substâncias são bem conhecidos (atrofia e piora da qualidade tissular, que poderiam
dificultar um eventual reparo cirúrgico futuro) e, por isso, devem ser usadas com
cautela, sendo recomendadas no máximo três infiltrações, com um intervalo mínimo
de três meses entre elas.
Já com o uso de antiinflamatórios não esteróides e ultra-som, embora não
existam estudos controlados avaliando a eficácia dessas modalidades
especificamente no tratamento das lesões do manguito rotador, elas são
amplamente utilizadas em todo o mundo. Atuam aumentando o fluxo sanguíneo e
diminuindo o processo inflamatório.
O ultrassom é utilizado em uma modalidade chamada fonoforese, que serve
para a administração de medicamentos esteróides ou não esteróides por via
transdérmica para evitar os seus efeitos colaterais sistêmicos. É também
amplamente utilizada, embora a sua eficácia não tenha sido ainda definitivamente
provada.
A parte mais importante do tratamento não cirúrgico e é a cinesioterapia,
24
que é dividida em duas fases: na 1a são instituídos os exercícios de alongamento
com o objetivo de obter a recuperação completa das amplitudes do movimento; a 2a
fase constitui-se de exercícios de reforço para o manguito rotador e os
estabilizadores da escápula e, posteriormente, para o deltoide. (MURPHY e CARR,
2010).
O uso da tipoia é contraindicado devido ao risco de provocar a "Síndrome
do ombro congelado", caracterizada por uma capsulite adesiva da cápsula articular
do ombro, na qual surgem aderências fibrosas que restringem o movimento e
provocam dor. Já o tratamento cirúrgico é indicado para as lesões parciais (não-
transfixantes). O tratamento cirúrgico dessas lesões está indicado em casos de
insucesso após um tratamento não cirúrgico bem conduzido e por um período de
tempo suficiente (geralmente de três a seis meses) e varia desde o desbridamento
da lesão à ressecção da mesma e reparo tendão-tendão ou tendão-osso, com ou
sem acromioplastia. O procedimento pode ser realizado por via aberta convencional
transdeltóidea, artroscopicamente assistido (técnica do mini-open) ou por via
totalmente artroscópica. O tratamento de escolha depende da exata causa da lesão.
(OLIVEIRA, 2010)
25
6 MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
Durante toda a história, o ser humano ocupou-se em compreender a si
mesmo e ao meio que o rodeia. Os resultados desses esforços são a criação de
conceitos mágicos, de convicções religiosas, de sistemas filosóficos e de teorias
científicas que refletem o ambiente intelectual e emocional do período histórico ao
qual pertencem. A Acupuntura é uma técnica terapêutica empírica desenvolvida em
uma cultura Oriental, baseada em tentativa e erro e que utiliza linguagem mágica
(pensamento pré-científico). Ou seja, sua fundamentação é um raciocínio causal
não-científico e mítico. Pertence à Medicina Tradicional Chinesa - MTC que engloba
técnicas de massagem (Tui-Na), exercícios respiratórios (Chi-Gung), orientações
nutricionais (Shu-Shieh) e a farmacopéia chinesa (medicamentos de origem animal,
vegetal e mineral). A Acupuntura consiste na estimulação de pontos específicos do
corpo com objetivo de atingir um efeito terapêutico ou homeostático.
Trata-se de uma terapia reflexa na qual o estímulonociceptivo dado ao ponto de
Acupuntura desencadeia respostas em outras áreas do organismo. O termo
Acupuntura, cunhado no século XVII por jesuítas, deriva dos radicais latinos acus e
pungere, que significam agulha e puncionar. Originalmente, o vocábulo chinês que a
define - Zhenjiu - possui sentido mais abrangente: literalmente "agulha-moxabustão",
que inclui outras técnicas de estímulo do ponto.Unidos (SCOGNAMILLO-SZABÓ e
BECHARA, 2010).
6.1 FILOSOFIA DA ACUPUNTURA
O objetivo central da MTC e, portanto, da Acupuntura, é a idéia de equilíbrio,
tanto no que se refere às funções orgânicas quanto à relação do corpo com o meio
externo. Em outras palavras, a Acupuntura preconiza que a saúde é dependente das
funções psico-neuro-endócrinas, sob influência do código genético e de fatores
extrínsecos como nutrição, hábitos de vida, clima, qualidade do ambiente, entre
outros. (VAS, PERA-MILLA, e MENDEZ, 2005)
A Acupuntura possui uma concepção filosófica holística baseada no
Taoísmo e considera que os sistemas orgânicos estão integrados de tal forma que
suas propriedades não podem ser reduzidas às suas partes. O todo (do grego hólos)
26
depende da harmonia funcional existente entre seus elementos, numa relação
dialética entre particular e universal, morfologia e função, estímulo e controle, onde
uma parte não pode ser compreendida a não ser quando relacionada com o todo.
Enquanto a identificação precisa do agente e a compreensão dos
mecanismos das enfermidades são essenciais para a prática médica científica, o
exercício da Acupuntura prioriza o enfoque nas respostas orgânicas individuais,
produzindo uma abordagem particular para cada paciente. Em termos práticos,
pode-se dizer que a medicina científica usa intervenções que mimetizam ou
bloqueiam a ação da bioquímica orgânica. A Acupuntura, por sua vez, visa afetar os
níveis de atividade funcional nos órgãos e sistemas. Pequeno ou nenhum efeito da
Acupuntura ocorre sobre as funções que estão normais. É somente na disfunção
que o "mecanismo de equilíbrio" mostra resultados claros. (AUTEROCHE e NAVAIH,
1992, p. 490)
A filosofia da Acupuntura e a lógica científica são derivadas de observações
da natureza e dos organismos. Porém, a Acupuntura se detém principalmente nas
inter-relações dos fatos observados, gerando um raciocínio dialético dinâmico e
sintético. Por outro lado, o raciocínio científico é, via de regra, compartimentalizado,
de forma que, para a ciência, as diversas áreas do conhecimento pouco têm em
comum. Entretanto, para o Taoísmo biologia, política, física e religião são baseadas
no mesmo princípio: Tao ou "O Grande Princípio", segundo o qual o universo é
regido por uma única lei central que orienta todos os fenômenos.
As bases filosóficas da Acupuntura estão contidas nas teorias gerais do
Taoísmo como Yin e Yang e Cinco Movimentos ou Wu Xing. As particularidades do
funcionamento orgânico também são analisadas através das teorias das
Substâncias Vitais ou Fundamentais (Qi, Xue, Jing e Jin Ye), e dos Sistemas
Internos (Zang Fu) corrente na China, Europa e Estados Unidos. (SCOGNAMILLO-
SZABÓ, BECHARA, 2010)
6.2 DIAGNÓTICOS DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
Há quatro métodos diagnósticos básicos utilizados na Medicina Tradicional
Chinesa (MTC), que são: Inspeção (incluindo a observação e o diagnóstico pela
língua), ausculta (incluindo a observação da voz, das queixas e dos odores do
27
paciente), Interrogatório (história do paciente) e exame físico (incluindo exame físico
geral e diagnóstico pelo pulso).
A maioria desses procedimentos é semelhante aos da medicina moderna
ocidental, mas a MTC enfatiza o equilíbrio do corpo e a íntima relação existente
entra as manifestações externas e a saúde interna do organismo. (WEN, 2008,
p.124)
Wen (2008, p.125) relata que pelos conceitos da MTC, os músculos se
relacionam com o sistema de Baço – Pâncreas (BP). Os músculos incluem não só
as fibras musculares, mas também fáscias e todos os vasos e nervos relacionados.
Se o sistema do BP apresenta um distúrbio funcional, os músculos estarão frágeis,
susceptíveis lesões. Se o Yang Qi estiver deficiente, os músculos estarão fracos,
frágeis e com predisposição a lesão.
Já os tendões e ligamentos são comandados pelo sistema do Fígado
(incluindo a Vesícula Biliar (VB) e são nutridos pelo Qi e pelo Sangue (Xue). Se
houver excesso no sistema de Fígado, os tendões serão rígidos e sem flexibilidade.
Se estiver deficiente, os tendões serão fracos, duros e apresentarão menor força de
tensão. Tanto na situação de Excesso ou Deficiência, os tendões, os músculos e os
ossos serão pouco rígidos ou fracos. As condições do Qi e do Xue são
extremamente importantes nas lesões destas partes moles. O Qi e o Xue estão
fisiologicamente correlacionados, pois a maioria dos textos de MTC relata que o Qi é
o “comandante” do Xue, e o Xue é a “mãe” do Qi. (WEN, 2008, p.125)
6.2.2 Pulso e Língua
Nos exames de pulso e de língua o acupunturista obtém mais informações
sobre o paciente. Por meio da pulsação, também é possível saber se existe
desequilíbrio nos órgãos internos. Utilizam-se três dedos para a leitura do pulso, em
três e as três profundidades diferentes. Observa-se também a hora do dia, o sexo, a
fase do ciclo menstrual, a pressão atmosférica, a temperatura, a umidade e a
estação do ano. O conjunto de todas essas observações dá uma indicação mais ou
menos precisa do estado energético do corpo. Na língua, observa-se as alterações
no formato, cor ou no revestimento.
O outro padrão é a Deficiência de Xue do Fígado, o Fígado controla os
tendões não serão nutridos nem umedecidos ocasionando debilidade muscular e
28
câimbras. O Rim tem a função de armazenar a Essência (Jing), que se transforma
em medula (YAMAMURA, 1993, p.25). Segundo Yamamura (1993, p.33), a
combinação de água, substancias dos alimentos, o Yong Qi e a medula, forma o
Xue, portanto uma Deficiência do Qi ou da Essência do Rim pode levar a Deficiência
de Xue. Sendo assim, qualquer uma das causas de Deficiência do Rim pode
também conduzir a Deficiência de Xue do Fígado (MACIOCIA,1994, p.24). Em
conseqüência, a Deficiência do Yang do Rim resulta na debilidade de circulação de
Qi e Xue; e qualquer disfunção do BP poderá causar problemas na produção de
Xue. (ROSS,1994, p.37)
29
7 TRATAMENTO
A Acupuntura trata as doenças por meio de agulhas que inseridas em
determinados lugares do corpo estimulam o aumento do fluxo de energia (Qi) e
aplicando certos meios de manipulação, pode curar uma enfermidade, ou seja,
reequilibrar o órgão ou área em desequilíbrio.
O tratamento tem duração de 10 a 20 sessões, em geral. O intervalo entre
as sessões depende da intensidade dos sintomas. Nos problemas crônicos, as
sessões geralmente são semanais. Os resultados já podem começar a aparecer
desde a primeira sessão ou então há uma melhora progressiva. (WOLTER, 2013)
A colocação de agulhas é feita por todo o corpo, nos pontos ao longo dos
meridianos. As sessões são feitas com a pessoa deitada, mas pode ser também
com o paciente sentado. O tempo de cada sessão em média dura cerca de 60
minutos, podendo ser aumentadas ou diminuídas em função do estado da pessoa.
Como já foi dito anteriormente a origem da dor do ombro está no desequilíbrio
principalmente do Fígado. Está relacionado com aspecto emocional: egoísmo.
Pontos Locais para o tratamento do ombro:
IG4: Alívio das dores e edemas;
ID9: Indicado para dor no ombro e no braço;
TA14: Indicado para dor e inflamação do ombro;
IG14; Indicado para rigidez, paresias, redução da mobilidade do ombro;
Pontos Distantes:
Dor anterior e superior: Intestino Grosso:
E36: Dissipa os fatores externos patogênicos;
E37: Indicado para dores, distúrbios de sensibilidade e distúrbios da
circulação;
E41: Elimina a Umidade e a Estagnação, elimina o Vento a calma o Shen-
mente;
E38: Ponto distante eficaz, elimina dores agudas e distúrbios da articulação
do ombro;
Dor posterior e superior: Triplo Aquecedor:
VB34: Indicado para redução da mobilidade, espasmos, distúrbios da
circulação e distúrbios funcionais dos músculos e tendões;
30
VB38: Dispersa o Vento e liberta o Calor, ativa o meridiano e seus vasos;
Dor sobre escápula: Intestino Delgado:
B65: Pacifica e fortalece o espirito, liberta o Calor e alivia a dor;
B64: Suprime os espasmos e relaxa os tendões;
B60: Alivia dor e ativa o meridiano;
Pontos Emocionais:
B18: Promove calma geral e elimina os espasmos; para disfunções
psíquicas e psicossomáticas;
B47- Trata egoísmo; Diminui o Qi invertido;
F8- Relaxa os tendões; atuação da Acupuntura para o tratamento de
L.E.R./D.O.R.T. no ombro.
(MINORI e MEJIA, 2005, p.10)
Fortalecer a energia do Fígado e dos Rins através dos seus pontos de
tonificação: F8 e o R7, respectivamente. Se o agente etiológico for o Vento, deve-se
acrescentar o VB20 e o TA17. Se for Umidade, deve-se acrescentar os pontos E10 e
CS6: Se for o Frio, deve-se fazer o uso da Moxa. (VAS, PERA-MILLA e MENDEZ,
2005)
Em uma pesquisa foi utilizada Acupuntura do ponto E-37 (Shangjuxu) por
dez aplicações de 20 minutos. Foram avaliados três movimentos (A, B e C) antes e
depois de cada aplicação. Movimento A: rotação interna do membro afetado,
adução, flexão do antebraço alcançando o ombro oposto. Movimento B: abdução
com rotação externa do membro superior, flexão do antebraço sobre a cabeça,
alcançando a orelha oposta. Movimento C: rotação interna do membro afetado,
flexão do antebraço com polegar totalmente abduzido e os dedos fletidos
alcançando o processo espinhoso. A avaliação da amplitude dos movimentos após
as dez aplicações revelou diferenças significantes entre o pré e o pós-tratamento
para os trés movimentos, de acordo com os testes de Friedman ANOVA e Wilcoxon.
Pelo teste de McNemar, os movimentos de rotação interna e abdução com rotação
externa, mostraram melhora significante, enquanto o movimento de rotação interna
do membro afetado, mostrou melhora parcial após cinco semanas de tratamento.
Por outro lado, o teste de Wilcoxon mostrou que o movimento C teve melhora
significante dentre as avaliações. (KOZU, et al., 2000)
O ponto Ashi promove a estimulação da circulação do QI e XUE.
31
O ponto IG15 é considerado o mestre do ombro, o ID19 favorece a
circulação do QI e XUE local, o TA14 elimina a dor no ombro e a impotência
funcional melhorando a abdução, o IG11 tem ação sobre o ombro eliminando o
bloqueio do QI e XUE, acalmando a dor, o TA10 elimina a dor e o bloqueio do QI, o
ID8 elimina a obstrução do QI e XUE, o TA5, ponto distal, favorece a desobstrução
do QI e XUE do meridiano (BARELA, 2000).
Os pontos Ashi e B60 eliminam a dor, o VB39 reforça os ossos e tendões e
combate a dor nas extremidades, o VB 40 estimula o QI e XUE, o E41 trata as
alterações na porção lateral do cotovelo e o E36 elimina a obstrução e estimula a
circulação de QI e XUE local (FRANCA et al., 2004)
Em outra pesquisa, foram utilizados cinco acupontos bilateralmente, sendo
eles IG11 (depressão na extremidade externa da prega de flexão do cotovelo), ID8
(na depressão óssea da face posteromedial do cotovelo, na incisura do nervo
cubital), TA12 (no dorso do braço, aproximadamente na metade do comprimento do
úmero) TA15 (depressão superior da espinha escapular) e P1 (região superolateral
torácica, no primeiro espaço intercostal, ligeiramente medial ao limite inferior do
processo coracóide clavicular). Os acupontos foram colocados na ordem acima
descrita e as agulhas (0.25mm x 30mm, marca Han Sol®) inseridas e estimuladas
até que o paciente relatasse o De Qi, ou seja, a sensação de dormência, peso,
tensão, provocada pelas agulhas. Os indivíduos ficaram sentados em repouso com a
aplicação das agulhas durante 15 minutos. Após a remoção destas, permaneceram
em repouso por 2 minutos antes da repetição dos testes. Através dos resultados
obtidos é possível avaliar a dimensão do efeito da acupuntura sobre o músculo. Com
os dados eletromiográficos, pode-se estudar como a acupuntura promove mudanças
a níveis elétricos, e, se tais alterações refletem nos valores obtidos na força e na
resistência muscular. (MORIYA, 2013)
Segundo Jirui e Wang (2007, p.188) em suas experiência, o método de unir
E38 (Tiao Kou) a B-57 (Cheng Shan) tem tido bastante eficácia no tratamento de dor
e limitação funcional de ombro. A estimulação dos pontos locais IG15 (Jian Yu),
TA14 (Jian Liao) e ponto extra Jian Nei Ling facilita o fluxo do Qi nos canais locais,
bem como revigora a circulação de sangue. Aplicar moxibustão nesses pontos tem
efeito de aquecer e dispersar o Frio. Agulhar IG10 (Shou San Li), ponto um tanto
distante do local da dor, tem a função aliviar a dor em ombro e braço. TA-14 (Jian
Liao), outro ponto distante ou remoto, foi usado com a finalidade de dispersar
32
Vento.
Durante a realização da primeira sessão, quando E38 (Tiao Kou) foi unido a B57
(Cheng Shan), o paciente foi estimulado a exercitar o ombro direito, ao mesmo
tempo em que o acupunturista girava a agulha. O resultado disso foi a redução
imediata e significativa da dor, o que permitiu paciente aumentar a amplitude de
movimentos de seu ombro. De fato, passou a ser capaz de abduzir o braço até um
ângulo de 120º, levantá-lo até tocar o topo de sua cabeça e levá-lo para trás até
encostar na região sacral com o dorso de sua mão. Seis minutos depois, agulha foi
removida. Em seguida, os outros pontos foram agulhados com manipulação de
pistonagem e rotação de agulhas e rotação das agulhas durante 1 min depois de
obtida a sensação de Acupuntura. Nos pontos IG15 (Jian Yu) e TA14 (Jian Liao),
após as agulhas terem sido inseridas, aplicou-se moxabustão por aquecimento da
agulha, as quais ficaram retidas no paciente por cerca de 30 min.
Decorrida três sessões, a dor havia sido substancialmente reduzida ea
variação de movimentos no ombro direito ampliara-se ainda mais. Pelo fato de a
junção de E38 com B57 ser indicada somente para caso de dor aguda e intensa (
ela própria sendo um tanto quanto dolorosa), seu uso foi descontinuado por essa
ocasião. Passadas três sessões de tratamento com os pontos restantes, a dor
desapareceu, dormência e distensão dos dedos diminuíram e a capacidade do braço
direito para abdução, elevação e extensão posterior foi completamente
restabelecida. Todavia, um desconforto ainda se fazia sentir quando o paciente
tentava ampliar um pouco mais o leque de abertura de seus movimentos.
Continuando o tratamento até completar 10 sessões, o resultado final foi obtenção
de total alívio, sem a presença de quaisquer restrições funcionais. Deu-se, então,
por encerrada a terapia de acupuntura. O paciente foi acompanhado por três meses,
não tendo sido verificada recorrência dos sintomas. (JIRUI e WANG, 2007, p.188)
A Acupuntura apresenta uma enorme vantagem, pois é possível tratar
inúmeras doenças e aliviar muitas dores e deve ser enfatizado que também é um
tratamento preventivo, ou seja, a Acupuntura pode ser aplicada em um indivíduo
sadio, para estimular seu sistema imunológico, suas energias, permitindo assim
prolongar seus períodos de bem-estar e de saúde. Portanto a circulação harmoniosa
das correntes energéticas pelo corpo impede o aparecimento das doenças.
Acupuntura pode ser eficaz no tratamento da dor crônica no ombro. Não
pode haver nenhuma diferença de eficácia entre o tratamento de Acupuntura
33
individualizado e padronizado. Isto sugere que a utilização de pontos de norma pode
tornar o tratamento mais fácil para o cuidado do paciente e para os estudos de
investigação. (LATHIA, JUNG, e CHEN, 2009)
No estudo feito, os pacientes com queixas de dor no ombro, foram
submetidos por três sessões semanais de Acupuntura por três semanas. Alguns
pacientes, imediatamente após as sessões de Acupuntura, foram encaminhados à
medicina física, e submetidos vários tipos de fisioterapia, relatando, quase todos
eles, melhor aceitação destas técnicas, já que a dor aliviou. (CASTRO, 2009)
No tratamento com acupressão aricular com esferas de cristais, presas por
esparadrapos nos pontos: Shenmen, Rim, Simpático, Ombro, Airticulação do Ombro
e Clavicula, por 12 semanas, os resultados foram os seguintes: comparando
somente os itens de Dor e Satisfação, pode-se obeservar que, após a oitava
semana, o item Satisfação manteve-se inalterados; já o item Função teve uma
melhora de 7,77pontos entre a primeira avaliação e a oitava, essa diferença
aumentou em apenas 1 ponto entre a oitava e a décima semana. Ao compararmos
a primeira aaliação com a décima segunda a melhora atingiu uma diferença de
12,35 pontos. Ou seja, a função dos ombros teve uma evolução significativa.
(ZANELATTO, 2013)
34
8 CONCLUSÃO
É possível verificar que a acupuntura tem se mostrado tão eficiente no
controle das tendinites quanto as terapias convencionais. Além disso, essa técnica
utiliza o mecanismo de analgesia do próprio organismo sem provocar quaisquer
efeitos colaterais, podendo ser usada quantas vezes forem necessárias.
As análises obtidas através desta revisão, nos mostra um efeito positivo da
utilização da acupuntura no tratamento e melhora da dor em pacientes com tendinite
do manguito rotador. Demonstrou que a maioria dos pacientes responde
satisfatoriamente, e níveis de resistência podem ser notados em poucos casos.
Os resultados deste trabalho mostraram que os movimentos de rotação interna do
ombro e o movimento de abdução com rotação externa, mostraram melhora
significante após aplicação da agulha no ponto E-37 por 20 min. A acupuntura
promove mudanças a níveis elétricos, e tais alterações refletem nos valores obtidos
na força e na resistência muscular. Houve também a redução imediata e significativa
da dor, o que permitiu paciente aumentar a amplitude de movimentos de seu ombro.
Outro resultado foi o desaparecimento da dor, dormência e diminuição da distensão
dos dedos e a capacidade do braço direito para abdução, elevação e a extensão
posterior foi completamente restabelecida.
Pode-se verificar que ainda existe campo vasto a ser explorado, oferecendo
oportunidades de trabalho diferenciado para profissionais da área de saúde.
Entretanto, observa-se uma carência de estudos referente a este tema, portanto é
preciso mais estudos, fazendo com que essa terapia continue ganhando cada vez
mais expressão na área da saúde.
35
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37
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