bursites e tendinites

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DOENÇAS OCUPACIONAIS Acadêmicas: Aline Alves Raí Cabral

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Page 1: Bursites e TENDINITEs

DOENÇAS OCUPACIONAIS

Acadêmicas: Aline Alves Raíza Cabral

Page 2: Bursites e TENDINITEs

Bursites São decorrentes de processo inflamatório que

acomete as bursas. O que são bursas ? Pequenas bolsas de paredes finas, constituídas

de fibras colágenas e revestidas de membrana sinovial. Que tem como função evitar o atrito entre duas estruturas ou proteger as proeminências ósseas.

Onde elas se encontram ? Em regiões onde os tecidos são submetidos a

fricção,geralmente próximas a inserções tendinosas e articulações.

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Etiologia

Traumatismos Infecções Lesões por esforço Uso excessivo das articulações Movimentos repetitivos Artrite (inflamação das articulações) Gota (depósito de cristais de ácido úrico

na articulação)

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Anatomia do Ombro

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Anatomia do Joelho

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Quadro Clínico Dores importantes nos ombros,

principalmente em certos movimentos como a abdução, rotação externa e elevação do membro superior;

Pode haver irradiação para região escapular ou braços;

Limitação de movimentos Edema “Ombro Congelado” = Incapacidade

Funcional Grave

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Diagnóstico O diagnóstico da bursite começa com histórico

médico e exame físico. O paciente descreverá a dor e circunstâncias nas quais ela acontece. A localização da dor, quando ela começa, se sua severidade varia durante o dia, e os fatores que a aliviam ou agravam são importantes para o diagnóstico. Médicos e fisioterapeutas usarão testes manuais para determinar qual tendão está envolvido. Raio-x não mostra tendões ou bursas, mas pode ser útil para eliminar problemas ósseos e artrite. No caso de tendão lacerado, o raio-x pode ajudar a identificar qual tendão foi afetado. O médico também pode usar ressonância magnética para confirmar rompimento total ou parcial. Para eliminar a suspeita de infecção o médico pode remover e testar o fluido da área inflamada.

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Teste Ortopédico Palpação da bursa subacromial

 Paciente sentado ou em pé, terapeuta realiza passivamente extensão do ombro e com a outra mão palpa a região da bursa subacromial. Se o paciente sentir dor o teste é sugestivo para inflamação da bursa.

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Bursas

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Tendinites É a inflamação de um tendão que surge

usualmente através do excesso de repetições de um mesmo movimento (LER - Lesão por Esforço Repetitivo).

O que são tendões ? São tecidos fibrosos, densos e resistentes,

através dos quais os músculos se prendem aos ossos, e permitem a realização do movimento articular.

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Anatomia da Mão

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Anatomia do Cotovelo

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Tendinite do Supra-espinhoso e Bicipital O músculo supra-espinhoso é encontrado numa

região conhecida como fossa supra-espinhal da escápula e tem suas dimensões delimitadoras, que é desta região até o início ou cabeça do úmero;

A tendinite do supra-espinhoso parece ser causada por relações anatômicas desfavoráveis, levando a isquemia local e degeneração.

  Ela pode ser resultante de inúmeros fatores: uso

excessivo e por longo tempo; pegar peso demais; pancadas na região; posições mantidas por muito tempo; entre outros.

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Tendinite Biciptal A tendinite bicipital pode ser encontrada como uma

entidade isolada, mas, frequentemente, é secundária as lesões nas bainhas dos rotadores. A primária pode ser devida a traumas, exercícios excessivos ou atividades repetitivas do braço. Se caracteriza por dor na região antero-superior do ombro.

Nesta situação o bíceps age como um estabilizador importante do ombro tracionando a cabeça do úmero para dentro da fossa glenóide. Se os outros estabilizadores estiverem enfraquecidos (manguito rotador) o bíceps será mais exigido. É muito comum sua associação com a tendinite do manguito rotador.

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Diagnóstico

• Dor localizada na região ântero-lateral do ombro, é mais intensa durante a noite a na posição de decúbito homolateral.• A dor exacerba-se durante a abdução (elevação) do braço, particularmente na porção média deste movimento, e mais se for contrariada, isto é se o movimento for bloqueado por outro. Pode, nos casos mais graves, irradiar-se para o todo o membro superior.• Teste de Apley e Jobe positivos.

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Tendinite Calcária

A tendinite calcária é uma patologia caracterizada por um processo inflamatório crônico com fases de agudização que acomete o manguito rotador;

As mudanças degenerativas que ocorrem no tendão do supra-espinhal durante o processo de envelhecimento, combinadas com esforço, podem causar inflamação crônica com depósitos de cálcio. Os depósitos de cálcio podem se romper dentro da bolsa que recobre o tendão do supra-espinhoso. Isso alivia temporariamente a situação mas pode causar bursite;

Etiologia desconhecida; Pessoas acima de 50 anos, mais em sexo feminino; A fase aguda da doença se manifesta por dor intensa

no ombro, provocando limitação da mobilização ativa e passiva do ombro e, ocasionalmente, eritema no local. Nos casos mais intensos o paciente pode evoluir para a capsulite adesiva;

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Tendinite dos Extensores dos Dedos É a inflamação aguda ou crônica dos tendões

e bainhas dos músculos extensores dos dedos; É caracterizada por crepitação, calor e rubor locais com dor e impotência funcional.

DIAGNÓSTICO

Pode ser feito através da queixa do paciente que revela dor na parte dorsal da mão, principalmente após o uso excessivo daquelas articulações. O paciente pode se queixar de fraqueza nas mãos bem como sensação de queimação em vez de dor.

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Etiologia Esforço físico intenso ou repetido; Traumas mecânicos Infecções Doenças Reumatológicas Doenças do Sistema Imunológico Distúrbios metabólicos Processos degenerativos das articulações Neuropatias que induzam alterações

musculares

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Quadro Clínico Sensações de peso; Dor local; Edema; A dor localiza-se próxima a pequena

tuberosidade do úmero e face anterior do braço;

Diminuição de força muscular Irradiação para todo o membro superior

nos casos graves; Apresentação de quadros álgicos

violentos, associados à completa impotência funcional da articulação.

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Testes Ortopédicos

Queda de Braço

O terapeuta realiza passivamente o movimento de abdução do ombro até 90º e solicita para o paciente manter a posição. O paciente refere dor durante a descida do seguimento. 

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Diferencial para Bursite Subacromial e Tendinite do Supra-Espinhoso

Paciente em pé, realiza abdução do ombro contra uma leve resistência oferecida pelo terapeuta, Se o paciente relatar dor na inserção ou no trajeto do supra o teste é sugestivo de tendinite, mas que pode ser confundido com inflamação da bursa. Portanto o terapeuta realiza uma de coaptação articular (no sentido inferior) e solicita o movimento de abdução, se o paciente relatar alívio da dor o teste é positivo para bursite. É importante que o terapeuta realize o mesmo movimento associado com movimento ativo, pois se o paciente relatar dor o teste é positivo para tendinite.

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Speed

Paciente sentado , terapeuta palpa o sulco biciptal e solicita ao paciente a flexão de ombro com o antebraço em supinação contra uma leve resistência oferecida pelo terapeuta. Se o paciente referir dor na região do tendão do bíceps o teste é positivo. Indicado para tendinite da porção longa do bíceps.

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Apley

Avalia a tendinite do manguito rotador através do estiramento do manguito e da bolsa subacromial, obtida pela rotação externa e abdução do ombro. Pede-se para o paciente alcançar, por trás da cabeça, o ângulo médio superior da escápula contralateral.

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Jobe

Avalia especificamente o músculo supraespinhoso. É realizado com o paciente em ortostatismo membros superiores em abdução no plano frontal e anteflexão de 30º, e assim alinhando o eixo longitudinal do braço com o eixo de movimento da articulação glenoumenral.

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O examinador faz força de abaixamento nos membros, simultânea e comparativa, enquanto o paciente tenta resistir. O teste será considerado alterado no membro que oferecer menor força. Um resultado falso positivo ou duvidoso pode surgir devido a interferência da dor. 

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Prevenção

Com algumas orientações é possível minimizar o aparecimento e a intensidade dos sintomas, tais como:

Procurar sentar com as costas apoiadas no encosto da cadeira e os pés no chão;

Sempre que possível, deixar os cotovelos apoiados na mesa;

Evitar movimentos repetitivos; Exercício pra fortalecimento muscular; Alongamentos;

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Prevenção Alternar 50 minutos de trabalho com 10

minutos para uma pausa, alongar-se e caminhar ( pode ser realizado no próprio ambiente de trabalho );

Se a pessoa freqüentemente sentir dores no punho e ainda não apresentar quadros de tendinite, ela deve combinar três atitudes: alongamentos, adaptações ergonômicas e tempo de pausa no trabalho;

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Tratamento para Bursite e Tendinite O tratamento da tendinite e bursite visa sarar a lesão na

bursa ou tendão lesionado. O primeiro passo do tratamento, tanto da tendinite quanto da bursite, é reduzir a dor e inflamação com descanso, compressão e antiinflamatórios.

Gelo também pode ser usado em lesões agudas. Uma bolsa de gelo pode ser aplicada na área afetada por 15-20 minutos a cada 4-6 horas por 3-5 dias.

O médico ou fisioterapeuta pode usar ultra-som para aquecer tecidos mais profundos e melhorar o fluxo sanguíneo.

Alongamento suave e exercícios de fortalecimento são adicionados gradualmente. Massagem do tecido mole também pode ajudar.

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Se não houver melhora, o médico pode injetar medicamento corticóide na área ao redor da bursa ou tendão inflamado. Embora essas injeções sejam comuns no tratamento, elas devem ser usadas com cautela. Se ainda não houver melhora depois de 6-12 meses o médico pode fazer artroscopia ou cirurgia aberta para reparar o dano e aliviar pressão sobre os tendões e bursa.

Se a bursite for causada por uma infecção, o médico pode receitar antibióticos. 

Se o tendão for rompido completamente, cirurgia pode ser necessária para reparar o dano.

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Relação com o trabalho

Artigo

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As lesões do manguito rotador são problemas comuns relacionados a sobrecargas na articulação do ombro, sobretudo em condições ocupacionais.

Esse agravo é responsável por considerável número de afastamentos do trabalho, cerca de 27%, resultando em custos ao sistema previdenciário e, também, problemas sociais, como dificuldade de reinserção no mercado formal de emprego.

Os participantes foram agrupados conforme o estado da patologia do tendão supra-espinhal (tendinite, ruptura parcial e ruptura total)e de acordo com a atividade laboral exercida, com ênfase na biomecânica constituindo-se de cinco grupos: a) indivíduos do ramo de serviços (costureira, cabeleireiro e do lar); b) construção civil (pedreiro, marceneiro e serralheiro); c) trabalhadores domésticos e faxineiros; d) lavradores; e) segurança

O afastamento laboral neste estudo acometeu 55% da amostra estudada, refletindo um problema de saúde com conseqüências socioeconômicas;

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Além dos aspectos físicos descritos e discutidos, é importante reiterar os comprometimentos econômicos e sociais relacionados às doenças do manguito rotador. Por sua elevada freqüência e grande número de afastamentos,podem ser classificadas como problema de saúde pública;

O desenvolvimento da afecção do tendão supra-espinal e seus estados podem estar relacionados com a atividade de trabalho, principalmente no que diz respeito à postura, repetição e trabalhos manuais;

Entretanto, sugere-se que, na tendinite, por o quadro doloroso ser maior, as pessoas tendem mais a reclamarem e a se sentirem incapazes de realizar suas tarefas laborais;

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Sobre o maior número de afastados no grupo profissional I (costureira, cabeleireiro e do lar) e IV (lavradores), as hipóteses explicativas, mais adequadas para condição, referem-se à redução do aporte sanguíneo durante a flexão de ombro acima de 60 graus e ao impacto constante do manguito rotador sob o arco coracoacromial com carga estática com posturas adotadas no dia-a-dia destes trabalhadores, juntamente com velocidade de movimentos das mãos, o que aumenta a atividade muscular do ombro;

A partir dos resultados encontrados, concluiu-se que houve elevado número de casos de afastamentos devido à doença do tendão supraespinal, em maior porcentagem no estado de tendinite, nos grupos profissionais I(costureira, cabeleireiro e do lar) e IV (lavrador), caracterizandose como importante problema epidemiológico.

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Referências Bibliográficas BARBOSA, L.G.Fisioterapia Preventiva

nos distúrbios osteomusculares voltados ao trabalho-DORTS-A fisioterapia do trabalho aplicada.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002,p. 41-53.

<http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/294/bursite> Acessado em: 08 de junho de 2011 às 18:33.

ALMEIDA, J. S et al.Afecção do tendão supra espinhal e afastamento laboral.