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Trabalho de serviço social sobre ética e sociedade

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ABNT - UNOPAR - Completo

Servio social

andreia santos barbosaGILLIARD DA SILVA SANTOSJoelma santos pereirapatricia alves de oliveiraregieli melo beserratain ribeiro silvavaldirene nunes de souza

TICA E SOCIEDADE

Ji-Paran2014

Trabalho de Servio Social apresentado

Universidade Norte do Paran - UNOPAR, como

requisito parcial para a obteno de mdia

semestral na disciplina de tica Profissional

em Servio Social; Fundamentos das Polticas

Sociais; Administrao e Planejamento em

Servio Social; Seminrio Interdisciplinar IV;

Fundamentos hist. tericos do ssoc. III

Orientador: Prof Clarice Kernkamp; Maria

Lucimar Pereira; Paulo Srgio Arago; Rosane

Malvezi; Marilucia Ricieri; Paulo Srgio Arago

andreia santos barbosaGILLIARD DA SILVA SANTOSJoelma santos pereirapatricia alves de oliveiraregieli melo beserratain ribeiro silvavaldirene nunes de souza

TICA E SOCIEDADE

Ji-Paran2014

SUMRIO1 INTRODUO......................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO..........................................................................................4

3 CONCLUSO........................................................................................................9

REFERNCIAS.......................................................................................................10

INTRODUO

A tica moral, enquanto cincia que estuda as virtudes da humanidade, vem sendo especulada desde os tempos antigos ate os nossos dias, pelos mais ilustres filsofos como Scrates, Plato, Aristteles, Rousseau, Kant, Hegel e outros. Contudo, sabemos que o primeiro cdigo tico, enquanto regras a serem cumpridas, data, segundo a Bblia, dos tempos do antigo testamento com os Dez Mandamentos, mas, mesmo assim, j havia quem os transgredia. Ainda dentro de uma viso bblica, entende-se que o descumprimento das leis divinas, tem origem desde a criao da terra com Ado e Eva. H quem fale que o contraste de moralidade hoje, reflete o pecado cometido no incio dos tempos.Numa abordagem mais filosfica, abordaremos sobre o tico na concepo de alguns filsofos, fazendo entre eles uma relao de modo a deixar claras as divergncias e convergncias de pensamentos no que tange as suas concepes de tica. Abordaremos tambm, a partir de um prisma mais social, as desigualdades de pensamento que legitimam a relativizao do comportamento tico, desde as sociedades gregas, fazendo uma reflexo histrica nas pocas que mais transpareceu o amoral. Ainda numa viso sociolgica, abordaremos alguns fatores que fortalecem o descaso da virtude moral com a sociedade de hoje. Abordando ainda o Brasil de 64 relembrando a mobilizao e o sofrimento dos contra-ditadura por uma realidade sociais igualitrias chegaremos ate o Brasil dos anos 90 abordando verdadeiros exemplos de cidadania expressa na mobilizao de sociedade por uma poltica tica.

DESENVOLVIMENTO

A tica como [] reflexo cientfica, filosfica e at teolgica[], vem sendo estudada desde a antiguidade pelos mais renomeados filosficos. Scrates, consagrado fundador da moral, destacou-se nesta rea da filosofia por buscar em suas indagaes, a convico pessoal dos transeuntes para obter uma melhor compreenso da justia. Scrates acreditava nas leis, mas como pensador capaz de pr em prova o prprio subjetivo, s questionava gerando um descontentamento aos conservadores gregos da poca. A condenao de Scrates a beber veneno ainda questionamento, cuja resposta possa estar nas entrelinhas dos argumentos conservadores do poder: [] As leis existiam para serem obedecidas e no para serem justificadas.J Plato (427-347 a.C.) admirvel discpulo de Scrates, articulava em suas inspiraes tericas a idia de se encontrar a felicidade no centro das questes ticas. A sabedoria para Plato, no est expressa no saber pelo saber, ou melhor, no se identifica o sbio pela sua grandeza de conhecimentos tericos, mas pela sua grandeza de virtudes. O homem virtuoso tende a encontrar e contemplar o mundo ideal.Aristteles (384-322 a.C.), tambm pensador da Grcia antiga, fundamentou a maior parte de seu postulado terico no empirismo onde, baseado no tipo de sociedade, desenvolveu algumas obras que enfocam as questes ticas daquele tempo: tica a Eudemo, tica a Nicmaco uma Magna Moral. Aristteles no descarta a relao entre Ser e o Bem, porm enfatiza que no um nico bem, mas vrios bens, e que esse bem deve variar de acordo com a complexidade do ser. Para o homem, por exemplo, h necessidade de se ter vrios bens, para que este possa alcanar a felicidade humana. A virtude em Aristteles est entre os melhores dos bens.Com o Cristianismo, percebemos que se encerra o papel da filosofia Moral enquanto determinante do que ou no tico. As aes humanas agora se norteiam na divindade de um nico Deus, e no mais no politesmo como na cultura grega. O tico reflete agora a conscincia interior de cada um, o que estabelece o corao do individuo. Em coerncia com essa viso crist de ao moral.Kant no final do sc.XVIII, nega a existncia da bondade natural. No corao dos humanos s existem sentimentos negativos e para conseguirmos e para conseguirmos superar todos esses males, devemos almejar a tica racional e universal identificada no dever moral.Hegel, ao contrrio de Kant, encara a questo tica de outro prisma. Opondo-se ao argumento do corao como determinante da vontade individual de Rousseau, e da moral racional de Kant, Hegel diz que somos seres indissociveis.O ser humano histrico e vive o coletivo em todas as aes, associado aos seus costumes e as suas manifestaes culturais. por esse ngulo que Hegel argumenta sobre a vontade coletiva que guia nossas aes e comportamentos. A famlia, o trabalho, a escola, as artes, a religio etc. norteiam nossos atos morais e determinam o cumprimento do dever. tambm por essa linha de pensamento que tentaremos direcionar nosso raciocnio enfocando as relaes ticas no contexto poltico-social, expondo a relativizao do comportamento tico nos ltimos tempos.

A histria no uma abstrao dotada de uma existncia independente dos homens. Os homens reais entre suas relaes entre si e com a natureza so os portadores da objetividade scia histrica. E nesse sentido pode-se dizer o ser social fundamenta-se em categorias ontolgicos sociais, pois os modos de ser que caracterizam so construes scios histricos que se interdeterminam de forma complexa e contraditria, em seu processo de constituio. (BARROCO 2008b, p. 20) A tica, como conjunto e normas e valores que regem uma sociedade deve necessariamente refletir a conscincia e as aes desse povo, assim como trazer consigo o tipo de organizao que alimenta essa sociedade. Acreditamos na universalidade do comportamento e das aes ticas, assim como na sua transformao relativa s transformaes das sociedades que as impera, mas se voltarmos a Grcia antiga e fazermos o percurso histrico at os nossos dias, vamos encontrar diversidade de virtudes e comportamentos, ao ponto de colocarmos em cheque essa virtude que tanto sonhamos para todos. Se analisarmos a educao espartana e a ateniense, ambas vividas numa mesma poca, e entramos no feudalismo e verificar o contraste entre os servos e os senhores feudais, os dogmas da Igreja enquanto posicionamento do clero como meio de conservar seu poder em detrimento vida dos que questionavam tais dogmas, continuar caminhando at o sc.XVIII e nos deparamos com as injustias sociais nas quais a miservel classe proletria subordinava-se em plena revoluo industrial, trabalhando 14 a 15 horas por dia, sem restrio de cor, raa, sexo e idade, com alguns ficando ate neurticos em decorrncia do volume de trabalho que havia, e tudo para beneficiar um pequeno grupo de capitalistas que emergia em detrimento vida dos necessitados. Nesse caso, seria essa a tica do capitalismo? E no caso de clero, a tica da Igreja? Sim, certamente, mas importante tambm refletirmos sobre o lado moral e o princpio tico universal idealizado por Kant. Os costumes e as regras morais impostas pelo clero na idade mdia e pelos capitalistas no Sec. XVIII, no refletiam com certeza, a conscincia da maioria da populao, de suas respectivas pocas, nem to pouco, o dever moral dos submissos no atendia e nem entende aos interesses dos dominadores.De acordo com Barroso (2008b, p.22):

constituir-se cada vez mais socialmente quer dizer dominar a natureza, criar alternativas, dar respostas sociais, e da decorre a transformao de todos os sentidos humanos.

Isso s pode ser vivel, se o homem tiver conscincia de seus atos de suas prprias transformaes sociais.Hoje a beira do Sc. XXI, ainda nos deparamos com situaes que fogem aos anseios de uma tica universal, onde pessoas injustiadas perdem a vida, morrem de fome, passam as piores necessidades e situaes de constrangimento por serem negras ou pobres. Instituies como a famlia, Igreja e organizaes culturais ainda cultivam no seio de suas atividades valores representativos de uma tica padro e de valores condizentes com a noo humanitria de vida, porem por outro lado, sentimos na pele aes de uma minoria que infringe as normas legais e ultrapassam as barreiras do tico na nsia de adquirir ou conservar seu poder. Em apoio e como cmplice desse processo de decadncia moral, encontramos os meios de comunicao de massa. Com enorme fora de poder de conscientizao, eles funcionam de maneira a levar aos lares da sociedade, as situaes mais ilusrias e pervertidas do social, fazendo com que seu publico caia no abismo do amoral. Lamentavelmente, a televiso como meio de comunicao que atinge em maior proporo a populao em todas as camadas, desponta na frente como meio que mais distorce a realidade e infiltra na populao a ideologia dominante, quando ao invs disso, poderia utilizar tal poder no sentido de esclarecer, educar e conscientizar a populao, almejando uma sociedade igualitria onde o brando, o negro, o rico e o pobre tenham direitos iguais.Particularmente, o Brasil dos ltimos 50 anos enfrentou algumas altas e baixas no que se refere a liberdade de vida de maneira digna, a que mais repercutiu foi o golpe de 64 que originou o despertar da comunidade estudantil e da sociedade em geral para gestes primarias como liberdade e democracia. A represso originada pelo golpe sacrificou toda uma gerao com todos os meios possveis de tortura e constrangimento. Uns mortos, outros torturados e outros para ao serem mortos ou presos passaram a viver em exlio, mesmo assim no escapavam das perseguies. Os 10 mil brasileiros que viviam no exterior, principalmente na America latina no se intimidaram com essas represses, mesmos exilados em pases diferentes, formaram uma corrente contra ditadura no deixando o esprito patriotismo morrer. Pessoas como Paulo Freire, Gilberto Gil e outros, trouxeram do exlio verdadeiras lies de vida e conhecimentos, contribuindo com a educao, cultura e dando sua participao de solidariedade humana. Se expressa ai aes dessa gente o verdadeiro significado de comprometimento moral com a sociedade.Hoje, na dcada atual, sentimos que alcanamos melhorias na sociedade principalmente com relao a conscientizao de uns poucos para as questes morais que norteiam a sensibilidade do homem as situaes crticas e polmicas da sociedade. Projetos com a Ao da Cidadania contra a misria e pela vida e a prpria tentativa de dar um basta na corrupo poltica do pas, resgatou a confiana do povo para um Brasil melhor onde o dever e o valor moral e de uma postura socialmente tica.Com certeza disparidades sociais so vividas em todo o mundo. A existncia de dominantes e dominados parecer ser o requisito principal para viver em sociedade. Mas estamos caminhando para essa superao, e certamente, a educao a melhor maneira de montarmos a nossa estratgia no sentido de alcanarmos uma padronizao nas aes e comportamentos dos homens.

A liberdade, bem como sua possibilidade, no algo dado por natureza, no um dom do alto e nem sequer uma parte integrante - de origem misteriosa - do ser humano. o produto da prpria atividade humana, que de certo sempre atinge concretamente alguma coisa diferente daquilo que se propusera, mas que nas suas consequncias dilata objetivamente de modo continuo o espao no qual a liberdade se torna possvel Lukacs (apud BARROCO 2008b. 26).

O ideal seria alcanarmos o idealismo Kantiano, de uma tica universal onde todos sejam norteados pelos mesmos princpios e eticamente puros. Entendemos que isso h de ser conseguido aos poucos dentro de um processos educativos e cauteloso.

CONCLUSO

Ao nos indagarmos sobre a tica e a Sociedade, nos vem uma reflexo sobre o conceito bsico de tica, que seria a relao entre o homem enquanto ser social e seus princpios, e define a tica como a discusso terica da realidade moral. Partindo deste princpio, a cultura criada pelo homem torna-se a realidade cultural do ambiente em que ele est inserido. Essa tal realidade, est a todo o momento sofrendo a interao do homem, pois nela ele vive e se cria, mas nem sempre essa interao produz efeitos benficos para o coletivo social inserido nesta cultura. Relaes contraditrias so comuns nesta esfera, contrassensos so criados e alimentados, enquanto conceitos bsicos so transpassados. O sentido de bem comum a base das aes humanas em seu coletivo, onde o individualismo se mostra como um grande mal a ser superado pelos valores ticos. A fora do capitalismo, na economia atual, conflita vai de encontro com a existncia de problemas sociais bsicos e graves, motivando uma inverso de valores. Na poltica moderna, rompendo com bases histricas, a moral e a tica se distanciam cada vez mais, criando uma imensido de problemas coletivos e individuais. Na ecologia, como na economia, o conceito capitalista trouxe novos absurdos, e somente quando os mais ricos comearam a sofrer com o caos, que atentaram para determinadas questes, e mesmo assim de modo individualista. As relaes humanas so profundamente abaladas pela quebra de antigos padres trazidos desde a antiguidade, e que perdem fora na medida em que a cultura vai dando espao a novos conceitos sociais, como nas relaes entre homem e mulher. Em todos os sentidos, a relao entre tica e moral est sendo reavaliada, como um dueto que ser capaz de transformar determinadas culturas a fim de diminuir a agresso humana e ao planeta. Mudanas s so possveis atravs de uma nova forma de pensar do homem enquanto ser social, que depende, por extinto, da coletividade e que cada vez mais buscar na responsabilidade.

REFERNCIAS

PIERITZ, Vera Lucia Hoffmann-tica Profissional do Assistente Social- Editora Grupo UNIASSELVI 2012.

AGUIAR, Emerson Barros de. tica: instrumento de paz e justia. 2. ed. Joo Pessoa: Tessitura, 2003. 192p. (UFPB)

ARISTTELES. A tica. Rio de Janeiro: Ediouro, 1990. 164 p. (UFPE).

KUNG, H. (1993). Projeto de tica mundial. So Paulo: Paulinas.

SINGER, P. (1998). tica prtica: tica social. So Paulo: Martins Fontes, 2 edio.

LIBERAL, M. (2002). Um Olhar sobre tica e Cidadania. So Paulo: Editora Mackenzie, Coleo Reflexo Acadmica.