sociedade e trabalho

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  • Sociedade e Trabalho

    1. O trabalho nas sociedades tribais

    No se pode partir do mesmo ponto de vista que se adota para analisar o trabalho nas sociedades

    modernas.

    Isso porque as atividades vinculadas produo nas sociedades tribais esto associadas aos ritos

    e mitos, ao sistema de parentesco, s festas, s artes

    O trabalho no tem um valor em si, separado de todas as coisas. Ele s pode ser entendido se for

    encarado como fazendo parte do conjunto de atividades que constituem essas sociedades como

    tais

    Quando se fala em sociedades tribais, necessrio esclarecer que elas no so todas iguais; ao

    contrrio, diferenciam-se muito tanto no tempo como no espao

    As sociedades tribais possuem, uma organizao do trabalho em geral baseada na diviso por

    sexo, em que homens e mulheres executavam atividades diferentes

    O fato de se dedicar menos tempo s tarefas vinculadas produo no significa, portanto, que se

    tenha uma vida de privaes. Ao contrrio, essas sociedades viviam muito bem alimentadas

    A explicao para o fato de trabalharem muito menos que ns est no modo como se relacionam

    com a natureza. A terra , alm do lugar onde se vive, um valor cultural.

    O mundo do trabalho nas sociedades tribais , pos, algo que tem relao com todos os outros

    elementos de suas sociedades e com todo o meio ambiente em que vivem

    Desse modo, nelas no se encontra a ideia de que se deve produzir mais para poupar ou acumular

    alguma riqueza

    As atividades vinculadas produo limitam-se a conseguir os meios necessrios sobrevivncia;

    mesmo assim so quase sempre desenvolvidas em conjunto com outras atividades, formando um

    todo.

    O aspecto mais importante das comunidades tribais o sentido de unidade existente no cotidiano

    dessa sociedades. Segundo Clastres quando, nessas sociedades, aquilo que chamamos de

    econmico se torna uma rea definida e autnoma, ou seja, quando a atividade produtiva se

    transforma em trabalho desligado das outras esferas da vida(....) sinal de que elas se tornaram

    divididas entre dominantes e dominados, ou seja, se descaracterizaram

    2. O trabalho na sociedade feudal

    Com a decadncia da escravido, causada por uma srie de fatores, como o uso difundo do peclio

    e da alforria, as constantes rebelies dos escravos , a presena crescente de colonos, e mais as

    invases dos povos considerados brbaros, h uma transformao nas relaes de trabalho.

    O fim do Imprio Romano do Ocidente fez com que todo aquele imenso territrio, antes mantido

    unido por Roma e seus exrcitos, se fragmentasse a tal ponto que surgissem muitas formas de

    organizaes sociais e polticas.

  • Caractersticas predominantes

    A terra o principal meio de produo, e as principais relaes sociais desenvolvem-se em torno

    dela, uma vez que se tem uma economia fundamentalmente agrcola

    Os trabalhadores tm direitos ao usufruto e ocupao das terras, mas nunca propriedade delas

    Na combinao dessas relaes, pode-se detectar uma rede de vnculos pessoais de direitos e

    deveres e de honra entre os senhores, e entre estes e os servos, em que uns trabalham em regime

    de servido no qual no se tem plena liberdade, mas tambm, no se escravo

    Ao analisar a evoluo do sistema feudal europeu, pode-se afirmar que a servido no fruto

    exclusivo das conquistas dos povos brbaros nem uma evoluo do antigo regime de colonato ou

    da escravizao do mundo romano.

    Ele resultante da convergncia de uma srie de fatores, bem como das aes dos grupos

    dominantes, fruto de relaes pessoais que foram se constituindo em situao de fato, at que esta

    se tornou de direito, passando a regulamentar todas as relaes de vassalagem

    A propriedade feudal era constituda, no mnimo, de uma aldeia, das terras dos camponeses, da

    floresta, das pastagens comuns, da igreja, da casa paroquial e das terras pertencentes a ela, da

    casa do senhor, que possua o moinho, o forno e o celeiro, bem como as melhores terras do

    terreno

    A produo nesse sistema tinha como base o trabalho na terra e esta se subdividia basicamente

    em trs partes: uma para plantao de outono, outra para a primavera e uma outra, a do pousio,

    uma poro de terra que ficava descansando, sem plantao

    Os servos alm de trabalharem em suas terras, eram tambm obrigados a trabalhar nas terras do

    senhor, bem como na construo e manuteno de estradas e pontes Corvia

    O censo era outro imposto, mas esse era pago somente pelos homens livres (camponeses e

    aldees)

    A talha era uma taxa que se pagava sobre tudo o que se produzia na terra e atingia todas as

    categorias dependentes

    As banalidades consistiam em outra obrigao devida ao senhor, e eram pagas pelos servos e

    camponeses pelo uso do moinho, do forno, dos tonis de cerveja e por residir na aldeia

  • Apesar do trabalho ligado terra ser o preponderante na sociedade feudal, isso no significa que

    outras formas de trabalho no existiram.

    Atividades artesanais nas cidades ou mesmo dentro do feudo e atividades comerciais nas cidades

    complementavam as outras formas de trabalho

    Umas das atividades que se desenvolveram foram o artesanato e a sua organizao

    As associaes de trabalhadores de diferentes ofcios so um trao marcante da sociedade

    feudal. Essas associaes, que vem do tempo de Roma, tem uma ordenao bem rgida. Havia uma

    regulamentao que estabelecia o conceito de ofcio, criava os mecanismo de controle da

    profisso. Ficou conhecida como Corporaes de Ofcio

    As corporaes de ofcios se organizavam da seguinte forma: no topo da escala estava o mestre,

    que controlava o trabalho de todos. Era encarregado de pagar os direitos ao rei ou ao senhor

    feudal

    Logo depois vinha o oficial, que ocupava uma posio intermediria entre a do aprendiz e a do

    mestre. Era este quem fixava a jornada de trabalho e a remunerao, sendo tambm o responsvel

    por transmitir os ensinamentos do mestre ao aprendiz

    O aprendiz, que ficava na base da hierarquia, devia ter entre 12 e 15 anos e pertencer a um s

    mestre. Seu tempo de aprendizado era predeterminado, bem como os seus deveres e as sanes a

    que estava sujeito, conforme o estatuto da corporao.

    Para se compreender como foi possvel essa situao de servido se sustentar por tanto tempo,

    necessrio que se entenda que a sociedade feudal, em termos gerais, se caracterizava pela

    solidariedade entre as famlias senhoriais, pelo cumprimento irrestrito de compromissos,

    juramentos, e tambm pela presena da Igreja sancionando esses compromissos e definindo

    claramente o lugar das classes servis nessa comunidade

  • Fim do feudalismo XIV

    A fome generalizada causada pelas chuvas, que acabam com as colheitas em quase toda

    Europa.

    A Peste Negra responsvel por milhares de mortes

    A Guerra do Cem anos

    Morte estimada nessa poca em mais de 35% de toda a populao

    Revoltas campesinas

    ROCK N ROLL NA VEIA

  • 3. SOCIEDADE CAPITALISTA

    O trabalho na sociedade capitalista

    Ao se analisar a questo do trabalho, na sociedade capitalista, importante dizer:

    No existe uma nica sociedade capitalista, mas muitas, que esto espalhadas por todas regies

    do planeta

    O que comum entre elas a forma como a produo material se desenvolve.

    O que define uma sociedade capitalista a presena da PROPRIEDADE PRIVADA O TRABALHO

    ASSALARIADO E A DIVISO SOCIAL DO TRABALHO.

    COMO O TRABALHO SE TRANSFORMA EM MERCADORIAS

    Historicamente , o capitalismo surge na Europa.

    A Inglaterra, foi o primeiro pas, onde as relaes capitalistas se desenvolveram plenamente

    Pode se afirmar que o trabalho se transforma em fora de trabalho quando se torna uma

    mercadoria que pode ser compra e vendida

    E para completar esse processo, necessrio que o trabalhador seja desvinculado de seus meios

    de produo, ficando apenas com a sua fora de trabalho para vender.

    Por que a Inglaterra?

    Na Inglaterra, os mais significativos foram:

    O Cercamento: Foi o processo de cercamento das terras comunais e a expulso de milhares de

    camponeses. Esse processo permitiu a liberao de terras para a produo de l.

    E a Expulso: Com a expulso de suas terras os trabalhadores foram obrigados a ir para as

    cidades todos esses fatores foram importante para o desenvolvimento da indstria txtil

    Outros fatos importantes foram:

    O trfico de escravos africanos

  • A conquista e a apropriao das terras do Novo Mundo, principalmente ouro e prata das

    Amricas

    Explorao das colnias

    E a Guerra Comercial entre os pases poderosos

    O processo resultante desses fatores passou a ser conhecido como acumulao primitiva de capital.

    dessa forma que se explica como um grupo de pessoas conseguiu acumular riquezas e ter

    dinheiro nas mos aplicar em empreendimentos voltados para a fabricao de mercadorias em

    outra escala de produo e com outra finalidade: Exclusivamente para vender no mercado

    Os primeiros comerciantes:

    Esses primeiros comerciantes/industriais, que tinham acumulado riquezas, comearam a aplicar o

    seu capital e para isso, fizeram:

    Financiaram e organizaram a produo de mercadorias atravs da coordenao do processo de

    trabalho dos artesos

    Coordenao do processo de trabalho

    Acontecem de duas formas:

    A cooperao simples: o processo no qual os trabalhadores ainda mantm a hierarquia da

    produo artesanal, ou seja, entre o mestre e o aprendiz e tambm entre os mais jovens e os

    adultos

    Nesse sistema, o arteso ainda desenvolve, ele prprio, todo o processo produtivo. Assim, ao

    produzir um sapato, ele faz do comeo ao fim

    A diferena que agora ele est a servio de quem lhe financia, no s a matria-prima, mas

    tambm, instrumentos de trabalho, e ainda define o local e as horas trabalhadas.

    A manufatura ou a Cooperao avanada: a ltima forma de organizar o trabalho antes da

    capitalista

    Na manufatura, o trabalho artesanal continua sendo a base, s que reorganizado e decomposto

    atravs da fragmentao de suas tarefas.

  • No caso da produo de sapatos, os artesos, reunidos, no fazem mais o sapato mais cada um o seu sapato,

    mas cada um faz uma parte, ou seja, um confecciona a sola, outro a parte de trs, outro a parte da frente,

    para que no final, teremos um sapato produzido por vrios, mas por nenhum em particular

    Mudana na concepo de trabalho

    Se houve transformao na prpria forma de produzir mercadorias, alterando a diviso social do trabalho

    e toda a estrutura da produo, houve tambm mudana na concepo de trabalho, ou seja, mudou-se a

    maneira de pensar a respeito do ato de trabalhar

    A Reforma Protestante desenvolveu uma anlise que alteraria o pensamento, cristo sobre o

    trabalho contrariando a viso do catolicismo, que mais tarde adotou posio percebida

    Nesta nova viso, o trabalho aparece como o fundamento da vida, constituindo uma virtude e um

    dos caminhos para a salvao

    A profisso de cada um passa a ser vista como vocao, e a preguia, como uma coisa ruim e m,

    que se contrape ordem natural do mundo

    O trabalho passa a ser encarado como uma virtude, e ao se trabalhar muito, pode-se chegar a ter

    sucesso na vida material, que expresso das bnos divinas sobre os homens

    O cristo protestante deve levar uma vida sem apego, ter costumes simples, e o que pode poupar

    deve ser reinvestido no trabalho, dessa forma gerando mais oportunidades para outros

    trabalharem

    Outro fato importante:

    Quase junto com as Reformas Protestantes, h outro grande impulso para uma transformao

    radical na concepo do trabalho.

    Ele se d quando a ideia de transformao da natureza pela ao dos homens passa a ser um dos

    temas dos Iluministas

    4. Trabalho e capital: uma relao conflituosa

    A cooperao simples e a manufatura so os dois momentos que precederam e que possibilitaram a

    emergncia de um novo modo de produzir: a MAQUINOFATURA

    A primeira diferena que estabelece que agora a mecanizao (o conjunto de vrias ferramentas

    em operao) independente da capacidade manual dos trabalhadores, exigida nos processos

    anteriores

  • A mecanizao revoluciona o modo de produzir mercadorias, no s pelo fato de incorporar as

    habilidades dos trabalhadores, mas tambm porque os subordina mquina

    Agora os trabalhadores devem apenas ligar a mquina, manuse-la e regul-la

    Estes, agora, serve mquina, ela o domina, d-lhe o ritmo de trabalho

    O trabalhador no necessita ter um conhecimento especfico sobre algum ofcio.

    Ele no precisa ter uma qualificao determinada. Sendo um operador de mquinas eficiente, ser

    um bom e produtivo trabalhador

    O que ocorre no interior da fbrica:

    O trabalhador ao assinar um contrato para trabalhar numa determinada empresa, est dizendo ao

    seu proprietrio que se dispe a trabalhar, por exemplo, oito horas dirias ou 40 hrs semanais,

    por um determinado salrio

    O capitalista passa a partir da, a ter direito de utilizar a fora de trabalho no interior das fbricas

    O que ocorre, na realidade, que o trabalhador, em cinco ou seis horas de trabalho dirios, por

    exemplo, produz um valor que corresponde ao seu salrio total.

    As duas horas restantes, so apropriados pelo capitalista diariamente, ou seja, o empregado

    trabalha duas horas ou mais de graa para o dono da empresa

    O que se produz nessas duas horas a mais se chama mais valia

    So as horas trabalhadas e no pagas que, acumuladas e reaplicadas no processo produtivo, vo

    fazer com que o capitalista enriquea rapidamente

    Uma parcela significativa do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores a apropriada pelos

    capitalistas. Esse processo denomina-se acumulao de capital

    O capital nada mais do que o trabalho no pago, isto , aquela parte do trabalhador produz e

    que no lhe paga (mais-valia) vai para o bolso do patro

    O que o trabalho na sociedade moderna?

    Diversas caractersticas do trabalho so relevantes neste ponto:

  • Dinheiro: um ordenado ou salrio o principal recurso do qual muitas pessoas dependem para

    satisfazer suas necessidades. Sem uma renda, multiplica-se as ansiedades em relao ao modo de

    lidar com o dia-a-dia

    Nvel de atividade: O trabalho, em geral, proporciona uma base para a aquisio e o exerccio das

    aptides e das habilidades.

    Mesmo nos casos em que o trabalho consiste em uma rotina, ele oferece um ambiente estruturado

    no qual as energias do indivduo podem ser absorvidas.

    Sem ele, possvel que se reduza a oportunidade de exercer tais capacidades

    Variedade: O trabalho proporciona um acesso a contextos que contrastam com o meio domstico.

    No ambiente do trabalho, mesmo quando as tarefas so relativamente montonas, as pessoas

    podem acabar gostando de execut-las por serem diferentes dos afazeres domsticos.

    Contatos sociais: O ambiente de trabalho muitas vezes proporciona amizades e oportunidades de

    participao em atividades comuns com as outras pessoas.

    Estrutura temporal: Para quem tem um emprego regular, o dia normalmente se organiza em

    torno do ritmo do trabalho. Embora este aspecto s vezes possa parecer opressivo, ele oferece um

    senso de direo nas atividades dirias.

    Identidade pessoal: Normalmente, valoriza-se o trabalho pela sensao de identidade social

    estvel que ele oferece. No caso dos homens, em particular, a autoestima est em geral muito

    ligada sua contribuio econmica para o sustento do lar

    Tendncias do sistema ocupacional

    O trabalho est sempre ligado ao sistema econmico

    Nas sociedades modernas, esse sistema depende da produo industrial

    A prpria indstria moderna est em constante transformao a mudana tecnolgica uma de

    suas principais caractersticas.

    A tecnologia refere-se ao aproveitamento da cincia nos maquinrios com o intuito de atingir

    uma eficincia produtiva maior.

    Mudanas na economia global e avanos tecnolgicos provocaram transformaes profundas no

    tipo de trabalho que realizamos

    No incio do sculo, o mercado era dominado pelos empregados de produo na manufatura, mas,

    com o tempo, houve um deslocamento para cargos pblicos e do setores de servio

    Em 1900, mais de 30% da populao empregada desempenhavam atividades manuais (de

    produo). Desses, 28% eram trabalhadores profissionalizados, 35% semiprofissionais e 10%

    no-profissionalizados.

    At a metade do sculo (1950), os trabalhadores manuais representavam menos de 20% da

    populao que fazia parte da mo-de-obra remunerada, e o trabalho no manual havia

    apresentado uma expanso semelhante

  • 5. A Diviso do trabalho

    Uma das principais caractersticas do sistema econmico das sociedades modernas a existncia de

    uma diviso do trabalho extremamente complexa:

    O trabalho passo a ser dividido em um nmero enorme de ocupaes diferentes nas quais as

    pessoas se especializam.

    Nas sociedades antes da capitalista, o trabalho que no fosse agrrio implicava o domnio de um

    ofcio.

    As habilidades do ofcio eram adquiridas em um perodo prolongado de aprendizagem, e o

    trabalhador normalmente realizava todos os aspecto do processo de produo, do incio ao fim.

    Com o progresso da produo industrial moderna, a maioria dos ofcios sumiram completamente,

    sendo substituda por habilidades que fazem parte de processos de produo da maior escala

    Os avanos na tecnologia industrial, como o uso dos maquinrios que funcionam a carvo e depois

    a eletricidade, contriburam para a separao entre trabalho e casa

    A produo em massa de mercadorias comearam a afetar o trabalho artesanal, que tinha como

    base a casa familiar

    As pessoas que procurassem empregos em fbricas eram treinadas para se especializarem em

    uma tarefa, recebendo um ordenado por esse trabalho

    Um eletricista que hoje trabalhe em um ambiente industrial, por exemplo, pode examinar e

    consertar apenas alguns componentes de um tipo de mquinas; diferentes pessoas lidaro com os

    demais componentes e com outras mquinas

    A sociedade moderna tambm testemunhou uma mudana na localizao do trabalho. Antes da

    industrializao a maior parte do trabalho ocorria em casa, sendo concluda coletivamente por

    todos os membros da famlia

    O desempenho do trabalhador era supervisionado pelos gerentes, os quais se preocupavam em

    implementar tcnicas para ampliar a produtividade e a disciplina dos trabalhadores

    O contraste que existe na diviso do trabalho entre as sociedades tradicionais e as modernas

    verdadeiramente extraordinrio. Pelo fato de:

    Mesmo nas maiores cidades tradicionais, geralmente no havia no mais que 20 ou 30 ofcios. Em

    um sistema industrial moderno podem existir mais de 10 mil ofcios

    6. TRANSFORMAES NO MUNDO DO TRABALHO

    A DIVISO DO TRABALHO E A DEPENDNCIA ECONMICA

    Uma das caractersticas mais distintivas do sistema econmico das sociedades modernas a

    experincia de uma diviso do trabalho extremamente complexa

    Com essa diviso o trabalho passou a ser dividido em um nmero enorme de ocupaes

    diferentes nas quais as pessoas se especializam

    Nas sociedades tradicionais, o trabalho que no fosse agrrio implicava o domnio de um ofcio

  • As habilidades do ofcio eram adquiridas em um perodo prolongado de aprendizagem, e o

    trabalhador normalmente realizava todos os aspectos do processo de produo, do incio ao fim

    Com o progresso da produo industrial moderna, a maioria dos ofcios tradicionais desapareceu

    completamente, sendo substituda por habilidades que fazem parte de processos de produo

    industrial de maior escala

    Um eletricista por exemplo, pode examinar e consertar apenas alguns componentes de um tipo de

    mquina; diferentes pessoas lidaro com os demais componentes e com outras mquinas

    A sociedade moderna tambm testemunhou uma mudana na localizao do trabalho. Antes da

    industrializao, a maior parte do trabalho ocorria em casa, sendo concludo coletivamente por

    todos os membros da famlia

    Os avanos na tecnologia industrial, como o uso de maquinrios que funcionam a eletricidade e

    carvo, contriburam para a separao entre trabalho e casa

    As fbricas de propriedade de empresrios tornaram-se o foco do desenvolvimento industrial:

    maquinrios e equipamentos concentram-se dentro destas, e a produo em massa de

    mercadorias comeou a ofuscar a habilidade artesanal em pequena escala, que tinha a casa como

    base

    As pessoas que procurassem emprego em fbricas eram treinadas para se especializarem em uma

    tarefa, recebendo um ordenado por esse trabalho

    O desempenho do empregado era supervisionado pelos gerentes, os quais se preocupavam em

    implementar tcnicas para ampliar a produtividade e a disciplina dos trabalhadores

    O contraste que existe na diviso do trabalho entre as sociedades tradicionais e as modernas

    verdadeiramente grande. Mesmos nas maiores sociedades tradicionais, geralmente no havia

    mais que 20 ou 30 ofcios, hoje existe cerca de 20 mil.

  • Nas comunidades tradicionais, a maior parte dessas pessoas trabalhava na agricultura, sendo

    economicamente autossuficiente (alimento, roupas e outros)

    Um dos aspectos principais das sociedades modernas, em contraste, uma enorme expanso da

    interdependncia econmica

    Para termos acesso aos produtos e aos servios que nos matem vivos, todos ns dependemos de

    um nmero imenso de trabalhadores que, hoje em dia, esto bem espalhados pelo mundo. Com

    raras excees, a grande maioria no produz seu alimento, suas casas, ou bens materiais que

    consome

    7. TAYLORISMO e o FORDISMO

    H mais de dois sculos, Adam Smith, um dos fundadores da economia moderna, j escrevia sobre

    as vantagens que a diviso do trabalho proporciona em termos do aumento da produo

    Ex: trabalhando sozinha, uma pessoa conseguisse produzir 20 alfinetes por dia, mas, dividindo-se essa

    tarefa em diversas operaes simples, empregando 10 indivduos em funes especializadas em

    cooperao mtua, produziriam coletivamente 48 mil alfinetes, ou seja, a mdia de produo por

    empregado aumentaria de 20 para 4.800 alfinetes; cada operador especialista produziria 240 vezes

    mais do que se trabalhasse sozinho

    8. O TAYLORISMO

    Mais de um sculo depois, essas ideias alcanaram sua maior expresso nos escritos de Frederick

    W Taylor, um consultor comercial norte-americano

    A abordagem de Taylor ao que ele chamou de gerenciamento cientfico envolvia o estudo

    detalhado dos processos industriais a fim de dividi-los em operaes simples que pudessem ser

    cronometradas e organizadas com preciso

  • O taylorismo, como gerenciamento cientfico no foi apenas um estudo acadmico seu impacto

    difundiu-se sobre a organizao da produo e da tecnologia industrial

    Muitas fbricas passaram a empregar as tcnicas tayloristas a fim de maximizar a produo

    industrial e aumentar o nvel de produtividade dos trabalhadores

    Os empregados eram monitorados de perto pela gerncia para assegurar a concluso rpida e

    precisa do trabalho, seguindo as especificaes exatas transmitidas pelos superiores

    Com o intuito de estimular a eficincia no trabalho, introduziu-se um sistema de pagamento de

    incentivos por meio do qual os ordenados dos trabalhadores correspondiam aos seus ndices de

    produtividade

    A produo em massa exige mercados em massa, e essa questo no foi dada a importncia por

    Taylor e muito menos as suas consequncias

    9. FORDISMO

    A produo em massa exige mercados em massa: foi o industrial Henry Ford quem primeiro

    percebeu essa ligao

    O fordismo uma extenso dos princpios de Taylor o termo utilizado para designar o sistema

    de produo em massa atrelado ao desenvolvimento dos mercados de massa

    Ford projetou sua primeira fbrica de automveis em Michigan, em 1908, para fabricar apenas

    um produto o Ford Modelo T -, permitindo assim a introduo de ferramentas e maquinaria

    especializados projetados para a velocidade, a preciso e a simplificao da operao

    Onde o taylorismo se concentrou em encontrar o modo mais eficiente de completar tarefas

    distintas, o fordismo avanou mais uma etapa, unindo essas tarefas isoladas dentro de um sistema

    de produo contnua, corrente

    Uma das inovaes mais significativas de Ford foi a construo de uma linha de montagem com

    esteira rolante:

    Ex: cada empregado da linha de montagem de Ford especializava-se em uma tarefa, como colocar a

    maaneta da porta do lado esquerdo enquanto as carrocerias deslizassem ao longo da linha

  • 10. As limitaes do taylorismo e do fordismo

    Houve um tempo que se pensou que o fordismo representasse o futuro provvel de toda a

    produo industrial mas esta teoria no se confirmou

    Esse sistema pode ser aplicado apenas em indstrias, como a manufatura de veculos, que

    fabricam produtos padronizados para grandes mercados

    O estabelecimento de linhas de produo mecanizadas extremamente caro, e um vez que se

    estabelece um sistema fordista, tem-se um sistema bastante rgido; para alterar um produto, por

    exemplo, necessrio um reinvestimento considervel

    Havendo a disponibilidade de verba suficiente para instalar a fbrica, fcil copiar a produo

    fordista; porm as empresas situadas em pases onde a mo-de-obra cara encontram-se

    dificuldades para competir com aquelas localizadas em pases onde os ordenados so baixos

    As dificuldades relacionadas ao fordismo e ao taylorismo vo alm da necessidade de

    equipamentos caros. O fordismo e o taylorismo consistem no que alguns socilogos definem como

    sistema de baixa confiana

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120222_apple_china_bg.shtml

    Reprter mostra vida de trabalhadores em linha de produo da Apple na China

    Nesse sistema os empregos so determinados pela gerncia e adaptados s mquinas. Aqueles

    que executam as tarefas do trabalho so supervisionados de perto, sendo-lhes permitida pouca

    autonomia de ao

    Para manter a disciplina e os altos padres de qualidade na produo, os empregados so

    monitorados continuamente atravs de vrios sistemas de vigilncia

  • No entanto, essa superviso constante tende a produzir um resultado oposto ao esperado: muitas

    vezes, h um desgaste no compromisso e na moral dos trabalhadores, j que estes tem pouca voz

    ativa em seus empregos e no modo de executar suas tarefas

    Nos locais de trabalho onde existem muitos cargos de baixa confiana, alto o nvel de

    insatisfao dos trabalhadores e da prtica de abandonar o cumprimento de deveres e funes de

    determinado posto ou cargo

    Um sistema de alta confiana, ao contrrio, aquele no qual se permite que os empregados

    controlem o ritmo e at mesmo o contedo de seu trabalho dentro de diretrizes gerais

    Esses sistemas normalmente concentram-se nos nveis superiores das organizaes industriais

    Os sistemas de alta confiana tornaram-se mais comuns em muitos locais de trabalho nas ltimas

    dcadas, transformando o prprio modo de imaginarmos a organizao e a execuo do trabalho

    11. PS FORDISMO

    O ps fordismo, uma expresso popularizada por Michael Piore e Charles Sabel, define uma nova

    era da produo econmica capitalista na qual a flexibilidade e a inovao so maximizadas a fim

    de satisfazer s demandas que o mercado tem de produtos diversos, que atendam ao gosto dos

    clientes

    No entanto, a ideia do ps-fordismo tanto problemtico. Emprega-se esse termo para denominar

    um conjunto de transformaes sobrepostas que estejam ocorrendo no apenas no domnio do

    trabalho e da vida econmica, mas em toda a sociedade

    Apesar da confuso em torno do termo ps fordismo, surgiram, nas ltimas dcadas, vrias

    correntes distintas dentro do mundo do trabalho

    Entre elas, esto a ideia da produo flexvel, a descentralizao do trabalho em grupos

    formados por equipes no hierrquicas, o abandono das habilidades especializadas, o

  • treinamento para habilidades gerais e o treinamento contnuo, alm da introduo de padres de

    trabalho mais flexveis

    PRODUO FLEXVEL

    Apesar do sucesso do taylorismo e do fordismo na fabricao de produtos padronizados em

    massa, destinado a mercados de massa, esses sistemas eram incapazes de produzir pequenas

    encomendas de mercadorias, e menos ainda mercadorias feitas especificamente para

    determinado cliente

    Designs elaborados com o auxlio do computador, juntamente com outros tipos de tecnologias

    baseadas na computao, alteraram radicalmente essa situao

    Pela ideia da produo, ou especializao flexvel, pequenas equipes compostas por trabalhadores

    altamente profissionalizado utilizam tcnicas de produo inovadora e novas formas de

    tecnologia para produzir quantidades menores de mercadorias que seja mais individualizadas do

    que aquelas produzidas em massa

    Mudanas em termos de designs, opes e caractersticas podem ser introduzidas com maior

    frequncia, sem precisarem seguir o ritmo mais lento dos movimentos de vendas, comum aos

    mtodos fordista de produo

    Exemplo: o aumento no nmero de mulheres e jovens a adquirirem carros hoje em dia, inspirou

    muitos fabricantes de automveis a introduzirem veculos pacotes opcionais direcionados

    especificamente a esses mercados (baixo consumo, modelos compactos, designs mais arrojados)

    Os resultados da produo flexvel tambm pode ser percebidos na infinidade de tipos de

    empresas que introduziram linhas de produtos que no agridem o meio ambiente desde

    detergentes at xampus e cosmticos ao lado de suas mercadorias comuns

    PRODUO EM GRUPO

    A produo em grupo s vezes utilizada em combinao com a automao como forma de

    reorganizar o trabalhado

    A ideia fundamental aumentar a motivao do trabalhador ao deixar que grupos de

    trabalhadores colaborem nos processos de produo, em vez de exigir que cada um deles passe

    um dia inteiro realizando uma nica tarefa repetitiva, como inserir parafusos na maaneta da

    porta

    Exemplo: os crculos de qualidade (CQs): grupo de 5 a 20 trabalhadores que fazem reunies para

    estudar e resolver problemas da produo. Os trabalhadores que pertencem aos CQs recebem um

    treinamento extra, que os habilita a contriburem com conhecimentos tcnicos para a discusso

    relacionadas a produo

  • TRABALHO EM EQUIPE

    Nos locais no-automatizados, as equipes colaborativas tambm esto ganhando popularidade

    como forma de aumentar a eficincia e a relao entre o custo e a eficcia do desenvolvimento do

    produto e da soluo de problemas

    Em lugar da atribuio de um cargo fixo com um conjunto definido de responsabilidade, muitos

    empregados agora devem trabalhar em um ambiente de mudanas, fazendo reunies com

    colaboradores e consultores externos para projetos de curto prazo, passando em seguida, para

    outra tarefa colaborativa

    Essa abordagem muitas vezes utilizada na publicidade e na indstria do marketing: comum

    formar uma equipe para montar uma campanha e lanar determinado produto e logo aps

    dissolver essa equipe e deslocar seus membros para novos projetos

    HABILIDADES MLTIPLAS

    Hoje em dia novas formas de trabalho permitem aos empregados uma amplitude maior de suas

    habilidades por meio da participao em uma variedade de tarefas, em vez da realizao de uma

    tarefa especfica repetidas vezes

    A produo em grupo e o trabalho em equipe so vistos como caminhos para promover uma mo-

    de-obra que tenha habilidades mltiplas, capaz de executar um conjunto mais amplo de

    responsabilidades; o que, por sua vez, leva a um crescimento na produtividade e na qualidade de

    mercadorias e servios

    O movimento em direo s habilidades mltiplas traz implicaes para o processo de

    contratao

    Se houve um tempo em que as decises em relao contratao de funcionrios eram tomadas

    quase que exclusivamente com base na educao e nas qualificaes, muitos empregadores agora

    procuram indivduos que sejam capazes de se adaptar e de adquirir novas habilidades com

    rapidez

    A capacidade de colaborar e de trabalhar de forma independente, te domar iniciativas e de

    escolher caminhos criativos diante de desafios esto entre as melhores habilidades que um

    indivduo pode trazer a um emprego

    Exemplo: empregados que conseguem prestar contribuies mltiplas aos seus empregos tero mais

    sucesso na hora de resolverem problemas e proporem abordagens criativas

  • O TREINAMENTO NO EMPREGO

    As habilidades mltiplas esto relacionadas ideia do treinamento e do retreinamento dos

    empregados

    Em lugar de empregar especialistas limitados, muitas empresas preferem contratar pessoas

    competentes que no sejam especialista, mas que tenham capacidade de desenvolver novas

    habilidades no emprego

    Como a tecnologia e o mercado exigem mudanas, as empresas retreinam seus prprios

    empregados conforme a necessidade

    12. AS MULHERES E O TRABALHO

    Durante toda a histria, homens e mulheres contriburam para produzir e reproduzir o mundo

    social que os cerca, tanto diariamente quanto atravs de longos perodos. Entretanto, com o

    tempo, a natureza dessa parceria e a distribuio de responsabilidade dentre desta assumiu

    diferentes formas

    At recentemente, o trabalho remunerado nos pases ocidentais era uma esfera

    predominantemente masculina. Nas ltimas dcadas, essa situao mudou radicalmente: um

    volume crescente de mulheres tem se deslocado para a fora de trabalho

    Atualmente, entre 35% e 60% das mulheres com idades entre 16 e 60 anos que vivem na maioria

    dos pases europeus possuem empregos remunerados fora de casa

    AS MULHERES E O LOCAL DE TRABALHO: VISO HISTRICA

  • Para a vasta maioria da populao nas sociedades pr-industriais, no havia uma separao entre

    as atividades produtivas e as atividades domsticas

    A produo acontecia dentro de casa ou nas proximidades, e todos os membros da famlia

    participavam do trabalho na terra ou dos trabalhos manuais.

    As mulheres geralmente exerciam uma influncia considervel dentro do lar, em consequncia de

    sua importncia nos processos econmicos, ainda que fossem excludas dos domnios masculinos

    da poltica e da guerra

    Essa situao mudou bastante quando o desenvolvimento da indstria moderna provocou a

    separao entre a casa e o local de trabalho

    O deslocamento da produo para as fbricas mecanizadas foi provavelmente o maior fator

    individual

    O trabalho era feito ao ritmo da mquina por indivduos contratados especificamente para as

    tarefas em questo

    Assim, aos poucos, os empregadores passaram a contratar trabalhadores individualmente, e no

    famlias

    Com o tempo e o progresso da industrializao, estabeleceu-se uma diviso cada vez maior entre

    a casa e o local de trabalho

    A ideia de esferas distintas pblica e privada penetrou nas atitudes populares

    Os homens, em virtude de seu emprego fora de casa, passavam mais tempo no domnio pblico,

    envolvendo-se mais em assuntos locais, na poltica e no mercado

    As mulheres acabaram sendo associadas aos valores domsticos, sendo responsveis por tarefas

    como cuidar dos filhos, manter a casa em ordem e preparar comida para a famlia

    A ideia de que o lugar de uma mulher em casa trouxe diferentes implicaes para as mulheres

    em diversos nveis da sociedade

    As mulheres ricas contavam com os servios das faxineiras, babs e empregadas domsticas

    O fardo mais cruel foi para as mulheres mais pobres, que tiveram de enfrentar os afazeres

    domsticos, alm de se lanarem no trabalho industrial para complementar a rendo do marido

    O CRESCIMENTO DA ATIVIDADE ECONMICA DAS MULHERES

    Desde ento, a participao das mulheres na fora de trabalho assalariada sofreu um aumento

    mais ou menos constantes

  • Uma grande influncia foi a escassez de mo-de-obra sentida durante a Primeira Guerra Mundial

    (1914-1918)

    Nos anos de guerra, as mulheres executaram muitas tarefas que anteriormente eram

    consideradas de competncia exclusiva dos homens

    Ao retornarem da guerra, os homens voltaram a assumir a maioria dos empregos, mas o padro

    preestabelecido havia sido rompido

    Nos anos que seguiram II Guerra Mundial (1939-1945), a diviso do trabalho entre os gneros

    sofreu uma mudana dramtica

    Se em 1945 as mulheres representavam apenas 29% da fora de trabalho, nos anos subsequentes

    os nmeros chegou a 45%

    Em 1997, mais de 75% das mulheres entre 25 e 44 anos na Europa eram economicamente ativas,

    ou seja, tinham um emprego remunerado ou estavam em busca de um

    Os ndices masculinos de atividade econmica continuam sendo mais altos do que os femininos.

    Porm, medida que cresce a proporo de mulheres na fora de trabalho remunerada, diminui a

    proporo de homens economicamente ativo

    H diversas razes para o fim dessa disparidade nos ndices de atividade econmica entre

    mulheres e homens. Em primeiro lugar, houve mudanas no alcance e na natureza das tarefas que

    tradicionalmente eram associadas s mulheres e esfera domstica

    Com a diminuio do ndice de natalidade e o aumento da mdia de idade na qual as mulheres tem

    seus filhos, hoje em dia, muitas mulheres assumem um emprego remunerado quando jovens,

    retornando ao trabalho aps o nascimento dos filhos

    Famlias menores significam uma reduo no tempo que muitas mulheres gastavam em casa

    cuidando dos filhos pequenos

    A mecanizao de muitas tarefas domsticas tambm ajudou a diminuir o volume de tempo para

    manter a casa

    Lavadoras de loua, aspirador de p, mquina de lavar roupa, secadora de roupas, micro-ondas

    tornaram a carga de trabalhos domsticos menos desgastantes

    Fica tambm evidente que a diviso domstica do trabalho entre homens e mulheres vem

    sofrendo um desgastes constante ao longo do tempo, embora as mulheres certamente ainda

    executem mais tarefas domsticas que os homens

    Existem motivos financeiros que levam um nmero cada vez maior de mulheres a ingressar no

    mercado de trabalho

    O modelo tradicional de famlia nuclear composto pelo homem provedor, a dona de casa e os

    filhos dependentes agora representa um nmero cada vez mais reduzido na sociedade moderna.

    Para manter o estilo desejado , muitas famlias percebem a necessidade de uma dupla renda

    Outra mudana na estrutura domstica incluindo os altos ndices de mulheres solteiras e de

    mulheres sem filhos bem como um crescimento no nmero de lares formados por mes solteiras,

    significam que as mulheres que no pertencem aos padres tradicionais de famlia tambm esto

    ingressando no mercado de trabalho quer por opo quer por necessidade