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UNIVERSIDADE DE SOROCABA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CURSO SUPERIOR DE GESTÃO EM LOGÍSTICA TRABALHO INTERDISCIPLINAR Processo de Terceirização da logística na JCB Por: João Paulo de Souza Moura

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UNIVERSIDADE DE SOROCABA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CURSO SUPERIOR DE GESTÃO EM LOGÍSTICA

TRABALHO INTERDISCIPLINAR

Processo de Terceirização da logística na JCB

Por:

João Paulo de Souza Moura

Sorocaba/SPAno 2010

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UNIVERSIDADE DE SOROCABA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CURSO SUPERIOR DE GESTÃO EM LOGÍSTICA

TRABALHO INTERDISCIPLINAR

Processo de Terceirização da logística na JCB

Trabalho apresentado como exigência parcial para aprovação no componente curricular da Disciplina de Trabalhos Interdisciplinares do curso de Gestão em Logística.

João Paulo de Souza Moura

Orientador: Prof. Adilson Spin

Sorocaba/SPAno 2010

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, ajudaram e se

dedicaram ao máximo ao desenvolvimento deste trabalho.

A equipe que sempre se manteve disposta e dedicada e não mediram

esforços para que este projeto tivesse fim.

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EPÍGRAFE

“A terceirização requer cautela do ponto de vista econômico, pois implica planejamento de produtividade, qualidade e custos. Os cuidados devem ser redobrados do ponto de vista jurídico, porquanto a adoção de mão-de-obra terceirizada poderá implicar reconhecimento direto de vínculo empregatício com a tomadora de serviços, na hipótese de fraude, ou responsabilidade subsidiária dessa ultima, quando inadimplente a prestadora de serviços.”

(BARROS, 2009)

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 5

2. TERCEIRIZAÇÃO ............................................................................ 6

3. QUESTIONÁRIO (JCB).................................................................... 10

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................. 16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: .................................................. 18

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1. Introdução

Muitos, certamente, já ouviram o termo terceirização ou qualquer um de seus

correlatos, como trabalho de terceiros, serviço terceirizado etc. Mas o que vem a ser

terceirização? Como isso pode ser aplicado na logística? Quem presta esses

serviços? Quais os benefícios e possíveis desvantagens em sua adoção? Há

normas ou leis especificas que tratem sobre o assunto?

Para Lívio Antônio GIOSA, a terceirização é uma técnica moderna de

administração onde a empresa terceirizada liga o tomador dos serviços à mão de

obra terceirizada. Assim àquela tem mais tempo para controlar e gerir o seu negócio

principal, melhorando sobremaneira suas atividades.

De certa maneira a terceirização pode ser entendida como “atividades

desenvolvidas por uma empresa, chamada de prestador, que é contratado por outra

empresa, chamada de tomador, sendo a contratação de mão de obra especializada

e de todo o suporte técnico necessário para desenvolvimento dessas atividades de

responsabilidade do primeiro desde que não ocorre o vínculo empregatício por parte

do segundo”.

No Brasil a terceirização tem seu surgimento, tardiamente, por volta da

década de 1980, visto que seu surgimento data da década 1950 nos Estados

unidos. A terceirização trazia a idéia de que essas empresas prestavam serviços

mais especializados, já que se concentravam nessas atividades acumulando seus

esforços nas mesmas. Ao mesmo tempo dava liberdade maior às empresas

tomadoras desses serviços a se concentrarem em suas atividades principais.

Segundo Amauri Mascaro NASCIMENTO, quando são descentralizadas as

atividades das empresas, sendo estas realizadas por vários centros de serviços,

permite a possibilidade da empresa se concentrar mais em sua atividade-fim.

Com o desenvolvimento do Capitalismo e a crescente expansão econômica,

inclusive na década de 1990. É nesse período que a terceirização ganha ênfase no

cenário brasileiro. Muitas empresas passaram a adotar essa prática para se

tornarem mais competitivas.

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Para Giovanni ALVES, a terceirização deixará de abranger apenas os

serviços de apoio e passará a atingir também as atividades relacionadas à

produção. Ou seja, o foco em especialização tende a ser ainda maior, em busca de

vantagens competitivas.

Contudo, pelo lado jurídico, as empresas se viam impedidas de se

beneficiarem devido às restrições impostas pela legislação. Mas ainda nessa década

surgem alterações que passam a permitir essa atividade, mesmo que não tão

especifica como poderá ser observado no desenvolvimento deste trabalho.

Esse trabalho tem o objetivo de apontar a viabilidade do processo de

terceirização, suas vantagens e desvantagens. Tentará explicar melhor o conceito

entre tomador e prestador de serviços com a definição de empregador e empregado

como é exposto em lei.

Serão apresentados alguns conceitos básicos a serem observados e as

normas necessárias para que haja legalidade no processo de terceirização para o

sucesso de sua implantação.

Será apresentado um questionário desenvolvido perante a empresa JCB

através de perguntas e respostas do processo de terceirização, onde poderemos

entender melhor sua implantação e como a empresa se utilizou desse processo para

obter vantagem competitiva e os resultados positivos de sua implantação.

E, por fim, as considerações finais com a opinião dos integrantes da equipe

responsável pelo desenvolvimento deste trabalho.

2. Terceirização

A terceirização das atividades logísticas como ferramenta estratégica se

tornou muito comum nos dias de hoje. As empresas atuais vêm buscando cada vez

mais firmar parcerias a fim de aprimorarem suas atividades e, sobretudo, reduzir

custos. A terceirização se mostra como uma ferramenta eficiente, quando bem

estruturada, e pode proporcionar grande vantagem competitiva.

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A escolha da ferramenta logística correta é fundamental para o sucesso da

organização, por isso, um estudo de viabilidade é muito importante antes de tudo.

Uma análise sistemática da empresa como estratégias competitivas, planos e

tipos de negócios são fatores que não podem ser descartados na hora de se optar

por firmar parceria com operadores logísticos.

A proposta da terceirização é, acima de tudo, reduzir a preocupação, por

parte da tomadora, das atividades não inerentes ao seu negócio principal que é a

razão de ser da empresa, deixando a cargo de outra empresa, esta especializada

em serviços de logística, o operador logístico também conhecido como 3PL.

Na logística os serviços a serem terceirizados pode se dá tanto nas atividades

de serviços físicos (como armazém e transporte) e/ou gerenciais. A terceirização

pode melhorar as condições competitivas das organizações ajudando à mesma

atingir os objetivos gerais. A empresa tomadora dos serviços logísticos tende a se

manter mais focada em sua atividade principal, tendo mediante uma parceria

firmada com o operador logístico. A tendência é uma maior competitividade, maior

especialização técnica e melhor gerenciamento interno.

Segundo Queiroz (1998, p. 32):

Em face da nova realidade econômica e financeira e da

competitividade do mercado brasileiro, o desenvolvimento do

projeto de terceirização é uma importante meta a ser atingida. A

busca da modernização e da eficiência administrativa deverá ser

constante e não permite o posicionamento acomodado das

empresas, apenas contemplando o avanço dos concorrentes.

Ao decidir pela terceirização dos serviços logísticos, a empresa tomadora dos

serviços deve ter claras as metas e os objetivos gerais a fim de obter o máximo em

qualidade, seja dos serviços prestados ou dos produtos fabricados. O grau de

qualidade, porém, não se restringirá apenas a atuação da empresa contratante

como também da prestadora, portando a parceria também é fator decisivo e de

fundamental importância no processo de terceirização. Então a escolha de um bom

parceiro poderá definir o grau de sucesso da organização.

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A escolha do parceiro deve ser feito de forma minuciosa, observando a real

competência da prestadora através do histórico, tecnologia disponível, os recursos

disponíveis ou se a mesma é flexível a negociações e firma um contrato sólido. O

contrato é indispensável, é nele que serão estabelecidas as regras de

relacionamento, definição de todas as obrigações e condições da parceria e a

responsabilidade de cada um dentro da mesma.

O autor Queiroz (1998) define a parceria como sendo a essência da

terceirização, portando se não há o pensamento de parceria e de divisão de

tecnologia, definição comum de valores e convergência de interesses não tem que

se pensar em sucesso na terceirização da logística.

O operador logístico tende a ser mais especializado e melhor preparado para

as atividades logísticas, uma vez que é focado nessa atividade e, portanto pode

oferecer melhor tecnologia, mão de obra mais especializada e melhor recursos

operacionais.

Ao se estabelecer uma parceria com as 3PLs as empresas tomadoras

buscam, acima de tudo, reduzir custos e aumentar a competitividade econômica,

repassando a terceiros a responsabilidade das atividades logísticas. Assim, a

empresa tomadora poderá se concentrar mais em seu ramo de atividade.

Além do mais, observam-se outras vantagens oriundas do processo de

terceirização, além do aumento de competitividade e produtividade. O foco nos

negócios principais da empresa, a redução de mão de obra nas atividades meio,

troca de tecnologias com a parceria aumentando o poder de negociação etc.

Portando, se feita uma boa parceria e havendo uma boa implantação do processo a

empresa contratante poderá obter todas essas vantagens dentre outras que virá a

contribuir com seu desenvolvimento.

Contudo, nem sempre o resultado é aquilo que se esperava. Má gestão,

parcerias equivocadas e falta de planejamentos podem ocasionar o insucesso no

processo de terceirização.

Às vezes a própria empresa já tem uma logística interna bem estruturada, não

havendo necessidade de terceirizar ou esse processo não vem a ser essencial à sua

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estratégia competitiva. A terceirização se mostra sobremaneira inviável nesses

casos, não podendo trazer vantagens em seu processo de implantação. Isso não

significa que a empresa terá insucesso com o processo, mas apenas serve de

exemplo como casos, muitas vezes, inviáveis.

A escolha da parceria ideal, a adaptabilidade empresarial, os riscos de

coordenação e a falta de parâmetros contratuais, o aumento da dependência

externa, as leis trabalhistas e etc. são fatores que dificultam o processo de

terceirização. Essas desvantagens prejudicam o processo de terceirização,

tornando-o arriscado e custoso se não planejado adequadamente.

A escolha minuciosa de uma boa parceria, termos contratuais bem

elaborados e a observação às leis trabalhistas são de fundamental importância para

que o processo tenha sucesso.

No âmbito legal a evolução da terceirização desenvolveu-se de forma muito

lenta, não havendo ainda lei específica que trata do assunto. O TST procurou

sempre ir contra a prática da terceirização com o propósito de preservar os direitos

trabalhistas. A principal preocupação era quanto aos contratos, nem sempre clara

quanto às obrigações trabalhistas, se da tomadora ou da prestadora dos serviços.

A terceirização nunca foi regulamentada por lei específica, eram permitidos

apenas os casos de trabalho temporário e serviço de vigilância (Súmula-256, Lei n°

7.102, de 20.06.83). Porém, com o Enunciado 331/TST as portas se abriram

permitindo a terceirização de outras atividades, de conservação e limpeza, bem

como a de serviços especializados ligados a atividade-meio do tomador, desde que

inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.

Assim o TST, diante do crescimento incontestável da terceirização, passa a

permitir a terceirização de outras atividades. Deixa claro que as mesmas só são

permitidas se forem atividades meio da tomadora dos serviços e de que não haja

vínculo empregatício entre o tomador e os colaboradores diretos.

A Súmula prevê ainda em seu inciso IV de que as obrigações trabalhistas

podem recair para empresa tomadora se a prestadora não cumprir os compromissos

trabalhistas dos seus colaboradores diretamente ligados às atividades terceirizadas.

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Para um melhor entendimento faz-se necessário conhecer alguns conceitos

descritos na CLT para um melhor entendimento das relações e obrigações

trabalhistas da tomadora e da prestadora dos serviços terceirizados.

Conforme o art. 2° da CLT: “considera-se empregador a empresa individual

ou coletiva que, assumido os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e

dirige a prestação pessoal de serviços.”.

Segundo o artigo 3° da CLT: “considera-se empregado toda pessoa física que

prestar serviço de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste

mediante salário.”.

Outro ponto importante a ser observado com essas definições diz respeito ao

vínculo empregatício entre empregador e empregado. Este vínculo se forma quando

o empregado se presta a exercer atividades a determinada empresa, sendo esta sua

contratante ou não. Assim, se este empregado estiver à disposição ou obedecendo

a ordens de empresa tomadora de serviços terceirizados, mesmo que contratado

pela prestadora, aquela terá de cumprir as obrigações trabalhistas descritas nos

artigos supracitados.

Contudo a empresa tomadora poderá exigir qualidade e acompanhar as

atividades exercidas pela prestadora, mas as mesmas devem ser direcionadas

diretamente aos responsáveis pela empresa prestadora dos serviços, conforme

firmado em contrato. Portando a tomadora fica impedida de dar ordens diretas aos

empregados subordinas à execução dos serviços.

3. Questionário (JCB)

A seguir segue um levantamento realizado mediante perguntas e respostas

frente à responsável pela empresa JCB que utiliza a terceirização como ferramenta

estratégica:

JCB BRAZIL.

Endereço: Av. Vila Olímpica, 24, Sorocaba-SP, CEP: 18087-350.

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Telefones: (15) 2101 1265,  (15) 9151-9628 

Fax: (15) 2101 1224.  

1- Por que terceirizar?

A Terceirização de Serviços já é uma realidade nas grandes e pequenas

empresas do Brasil. O sistema estabelece uma relação de parceria entre empresas

ou entre uma empresa e profissionais, permitindo que cada um se concentre na sua

atividade principal. O resultado é um produto ou serviço de qualidade, por isso, a

terceirização de serviços é uma tendência que não tem retorno e começa a proliferar

em empresas de vários segmentos.

2- O que a prestadora deve oferecer aos seus colaboradores?

Garantir salários iguais para homens e mulheres do mesmo cargo; Não adotar

nenhuma discriminação de raça, sexo, religião, orientação política ou opção sexual

em contratações, promoções, treinamentos, etc.;

Impedir todo e qualquer tipo de violência ou pressão física, psicológica ou

verbal sobre os trabalhadores;

Garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores por meio de mecanismos e

treinamentos apropriados.

A terceirização correta, isto é, nos termos da lei, requer alguns cuidados para

não caracterizar o vínculo empregatício.

Vale dizer que a legislação trabalhista reconhece a relação de emprego

sempre que a contratação conter os elementos característicos da relação patrão

versus empregado, que são: subordinação, habitualidade, pessoalidade, horário e

remuneração. Além disso, a jurisprudência não tem permitido a terceirização de

atividade fim das empresas.

Como atividade fim entende-se aquela que a empresa contratante se propõe

a atuar e que consta em seus objetivos sociais (verificar contrato social).

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3- A mão de obra, como avaliar se é ou não qualificada?

Solicitar documentação e verificar nos órgãos específicos.

4- Meu funcionário terceirizado faltou e agora?

A empresa de terceirização tem o dever de substituir este funcionário, pois a

mão de obra neste caso é a "matéria prima" deste setor. Nos contratos de

terceirizados consta 01 funcionário e não exatamente aquele que presta serviços na

sua empresa, isso o obriga a ter um funcionário naquele período seja qual for.

5- Que encargos trabalhistas eu pago?

Não existem encargos trabalhistas o que existe é a responsabilidade solidária,

desde que a empresa contratada seja idônea. Nos contratos que temos há uma

cláusula que diz que nos casos de ações trabalhistas por parte de funcionários desta

empresa, toda a despesa decorrente da ação é de total responsabilidade da

contratada.

6- Não estou gostando do funcionário terceirizado que está trabalhando na

minha empresa, posso trocar?

Geralmente as empresas terceirização têm um quadro grande de efetivos

treinados para substituição da mão de obra especifica o que dá a segurança de

troca de funcionário ao cliente.

7- Tenho que disponibilizar uniformes ou outros equipamentos?

As empresas terceirizadas disponibilizam uniforme da empresa contratada e

não da contratante, pois isso iria caracterizar vinculo. Quanto a equipamentos elas

disponibilizam o que esta no contrato e sua substituição em caso de danos.

Se não pago encargos trabalhistas, então eu pago outros tributos?

Recolhimento de ISS, Confins, PIS, I.R/CSSl

8- O que é trabalhar como terceirizado?

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Um funcionário contratado nas normas da CLT, exercendo os mais variáveis

serviços.

9- O profissional contratado é subordinado a qual sindicato: da prestadora de

serviços ou da empresa tomadora de serviços?

Ao Sindicato da Categoria da prestadora de serviço.

10- Para utilizar mão-de-obra terceirizada é necessário fazer um contrato de

prestação de serviços entre a empresa prestadora de serviços e a empresa

tomadora de serviços?

Sim, assim como toda contratação de serviços existe um contrato, onde

consta preço, reajuste, quadro contratado, etc.

11- Quais são os problemas considerados mais graves que podem ocorrer

com a terceirização de mão-de-obra?

A empresa prestadora de serviço deixar de repassar os salários e benefícios.

12- A quem os empregados terceirizados devem prestar contas e como deve

ser a fiscalização dos mesmos?

A empresa prestadora de serviço, no caso da vigilância patrimonial, existe o

cargo de supervisor, que é responsável pelo funcionário no posto de serviço, atraso,

faltas, reclamações, eles fazem a supervisão dos empregados.

13- Por que a empresa resolveu terceirizar?

Assim como existe empresa focada em fabricar um determinado produto,

existem as empresas focadas em segurança, além da diminuição das

responsabilidades, diminuição de reclamação trabalhista, ou seja, contratar uma

empresa focada no serviço contrato, assim as chances de um serviço com qualidade

é muito maior.

14- Qual o maior problema da terceirização?

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A empresa prestadora de serviço deixar de repassar os salários e benefícios.

15- Qual a maior vantagem da terceirização?

Economia em folha de pagamento, diminuição das reclamações trabalhistas,

coberturas de faltas, ferias entre outros, todos os funcionários são registrados no

primeiro dia de trabalho, recebendo uniformes, e todos os recolhimentos são

enviados uma copia junto à nota fiscal dos serviços prestados.

16- Como a empresa escolheu a melhor empresa para terceirizar?

Confira quem são seus clientes, e se estão satisfeitos com os serviços

oferecidos. Itens importantes: qualidade do serviço, eficiência na substituição dos

faltosos, baixa ou alta rotatividade de funcionários. Não é conveniente escolher uma

empresa apenas pelo preço baixo, pois isso pode ocorrer por ela pagar baixos

salários - o que ocasiona muita rotatividade entre os funcionários. A alta rotatividade

acaba gerando falta de segurança para o condomínio, e pouca intimidade com as

rotinas do trabalho para os funcionários. Verifique se a empresa possui seguro

contra acidentes de trabalho.

Confira a lista com alguns documentos úteis para verificar procedimentos e

idoneidade da empresa:

- Certidões Negativas de Débitos Municipais, Estaduais e Federais,

especialmente as expedidas pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

- Documentação Societária atualizada do prestador de serviços.

- Certidões dos Distribuidores de Processos Cíveis, Criminais e Trabalhistas.

- Certidão do Distribuidor de Processos Federais, tanto da pessoa jurídica

como dos sócios ou proprietários das empresas de prestação de serviços.

- Certidão Negativa de Reclamações, expedida pelo PROCON.

- Lista dos clientes da empresa, para consulta dos serviços oferecidos.

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Utilize o sistema de cotações antes de contratar, para informar-se sobre a

relação preço/qualidade das empresas da seção.

17- Qual o nível de satisfação da empresa após terceirizar?

Se seguir todos os critérios citados acima, tudo indica um nível altíssimo de

satisfação.

18- A empresa terceirizada tem um plano definido de treinamento para seus

funcionários?

Sim no caso da vigilância (Proevi) temos um plano de a cada seis ou oito

meses, o funcionário passa por uma reciclagem, onde é abordado postura,

atendimento ao cliente, leis, dinâmica de grupo, abordagem a suspeitos etc.

19- A empresa que terceiriza possui equipamentos adequados para execução

do serviço contratado?

Sim de acordo com a necessidade do cliente.

20- Quais os Fatores que se deve levar em conta no processo de contrato de

terceirização?

Organização, administração, supervisão, soluções para os problemas, sempre

solicitar às guias que foram recolhidas de FGTS, INSS.

21- A empresa terceirizada trabalha com técnico de segurança agregada a

equipe de frente do trabalho?

Sim a Proevi conta com uma grande equipe de técnico em segurança do

trabalho, que percorre todos os nossos clientes diariamente.

22- A empresa terceirizada garante o prazo de entrega do serviço contratado

durante o período estipulado pelo contratante? Qual a garantia?

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Depende do tipo da empresa que você esta trabalhando, se for uma empresa

idônea, tudo indica que será cumprido todos os prazos falados e também no

contrato empresa x empresa.

23- O trabalhador terceirizado tem salários, benefícios e condições de trabalho

compatíveis?

A terceirização de vigilância segue a convenção coletiva da categoria, que é

elaborada pelo próprio sindicato, sendo assim a única coisa que deve ser feito e

verificar se a empresa esta praticando a convenção ou não.

4. Considerações finais

Considerando que o mercado tende a ficar cada vez mais competitivo, o

processo de qualificação e de desenvolvimento estratégico das empresas tende a se

dá com a mesma intensidade. A terceirização dentro desse processo se mostra

como uma ferramenta com conceito moderno e, portanto fundamental, tendo em

vista o negócio das empresas na disputa por novos mercados.

Novas estratégias de gestão são sempre bem vindas dentro do mundo dos

negócios e ganham mais forças àquelas que se mostram mais eficientes no

aumento da competitividade e na redução de custos. A terceirização se caracteriza

muito com esse princípio, já que se preza a prestar um serviço mais qualificado ao

mesmo tempo em que deixa o tomador dos serviços mais centrado em sua

atividade-fim.

Outro ponto importante diz respeito ao desenvolvimento tecnológico das

empresas uma vez que a parceria proporciona um inter-relacionamento

organizacional, agregando valor estratégico e proporciona o compartilhamento

dessa tecnologia entre as empresas. Esse compartilhamento pode trazer várias

vantagens para ambos os parceiros como aprimoramento tecnológico e troca de

informações e novos modelos de trabalho.

A terceirização passa a ser uma ferramenta muito importante nesse cenário

competitivo e se mostra muito eficiente, quando bem planejada e adequada ao meio

empresarial. Mas percebe-se que sua implantação depende de vários fatores que

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devem observados, como o tipo de negócio e o real objetivo das empresas

tomadoras dos serviços e que nem sempre é viável sendo, por vezes, um

investimento dispendioso e desnecessário.

Observa-se, que a Súmula 331 do TST veio ampliar novas formas de

terceirização, antes restrita a certas atividades, com isso a terceirização torna-se

possível para todas as atividades meio desde que não configure a existência de

vínculo empregatício do tomador e os empregados terceirizados. As atividades

logísticas passam também a ser exploradas pelas empresas prestadoras de serviços

logísticos.

Assim, entendemos que esse trabalho não põe fim à questão e que ainda há

muito que se discutir sobre o assunto. É preciso análises mais profundas dentro do

cenário brasileiro a fim de aprimorar esses processos dentro das organizações

nacionais em face da estrutura mundial. Com isso as empresas tendem a ganhar

mais poder gerencial e, conseqüentemente, maior poder competitividade perante o

mundo globalizado.

Page 19: Trabalho sábado _ Terceirização

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REFERÊNCIAS

BRASIL. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. Enunciado Nº 256 de 22 de setembro de

1986. Contrato de prestação de serviços: Legalidade – Revisto pelo Enunciado Nº 331.

Diário da Justiça [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 30 set. 1986. Seção 1.

BRASIL. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. Enunciado Nº 331 de 11 de setembro de

2000. Contrato de prestação de serviços: Legalidade – Revisão do pelo Enunciado Nº 256.

Diário da Justiça [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 set. 2000. Seção 1.

GIOSA, Lívio Antonio. Terceirização: uma abordagem estratégica. 5. ed. São Paulo:

Pioneira, 1999;

ALVES, Giovanni. Reestruturação produtiva, novas qualificações e empregabilidade.

Reestruturação produtiva, gestão da força de trabalho e educação. IV SIMPÓSIO

TRABALHO E EDUCAÇÃO, ago. 2007. p 205-206.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro, 1932 - Curso de direito do trabalho. 12. ed. rev. e aum. -

São Paulo: Saraiva, 1996;

QUEIROZ, Carlos Alberto Ramos Soares de. Manual e terceirização. 9. ed. São Paulo: STS,

1998.

Guia trabalhista. Cuidados na terceirização de atividades. Disponível no site:

<http//www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/perigosdeterceirizar.htm>. acesso em:

12/10/2010.

CAMPOS, Auristela Carvalho. TERCEIRIZAÇÃO: vantagens e desvantagens para as

organizações empresariais, Artigo apresentado ao Curso de Pós –Graduação em Gestão

Estratégica de Pessoas da Faculdade Atenas Maranhense – FAMA, 2009.

GIOSA, Lívio Antônio. Terceirização: uma abordagem estratégica. 5. ed. São Paulo:

Pioneira, 1997. p. 13.

MARTINS, Sérgio Pinto. Terceirização nas relações trabalhistas e desemprego. Disponível

em: <http://www.aspr.com.br/arquivos/Junho%20n%2049.pdf> Acesso em: 10 out. 2010.